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MARCEL GUIMARÃES Contabilidade Pública para Concursos 1ª edição Brasília 2014

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Contabilidade Pública para Concursos

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MARCEL GUIMARÃES

Contabilidade Pública para

Concursos

1ª edição

Brasília

2014

G963 Guimarães, Marcel. Contabilidade pública para concursos / Marcel Guimarães. –

Brasília: Marcel Guimarães, 2014. Livro eletrônico. ISBN: 978-85-917402-1-5

1. Contabilidade pública - Brasil. 2. Direito Financeiro. 3. Finanças Públicas. 4. Serviço público - Brasil - Concursos. I. Título

CDD: 657.61 CDU: 35.073.52

DEDICATÓRIA

Dedico este livro à minha esposa, Tábata, pelo amor e companheirismo de sempre,

compreendendo minhas ausências e me apoiando nos momentos mais difíceis.

Dedico aos meus pais, Diva e Eduardo, e à minha irmã, Caroline.

Dedico a todos os meus alunos, especialmente os de Brasília-DF, Porto Alegre-RS

e São Paulo-SP, e a todos aqueles que de alguma forma me incentivaram no decorrer

desta caminhada.

APRESENTAÇÃO

Este livro foi elaborado com a finalidade de apresentar os demonstrativos

contábeis do setor público para aqueles que precisam estudá-los para concursos públicos.

Esta obra foi idealizada de modo que o candidato a cargos públicos tenha uma

visão objetiva a respeito dos balanços mais cobrados em concursos. O objetivo é fazer

uma apresentação mais direta da teoria, de forma didática, resolvendo posteriormente

questões que já foram cobradas em concursos anteriores do CESPE, banca

tradicionalmente escolhida para organizar os concursos mais relevantes do país.

A metodologia adotada será a seguinte:

Teoria

Exposição da parte teórica;

Apresentação de esquemas, figuras e tabelas para facilitar a fixação do conteúdo.

Questões propostas (CESPE)

As questões comentadas em cada capítulo obedecerão à seguinte estrutura geral:

Item (CESPE)

Comentários a respeito do item;

Gabarito oficial;

Dicas: comentários para ajudá-los na resolução de questões de concursos públicos

ou apresentação de tabelas para facilitar seu estudo (eventualmente);

CONTEÚDO

O conteúdo desta obra foi baseado nos últimos editais para os concursos de

Tribunais de Contas organizados pelo CESPE (TCU, TCDF, TCE-ES, TCE-RS, entre

outros.

A disciplina Contabilidade Pública tem passado por várias mudanças nos últimos

anos. Tais mudanças visam à promoção da convergência da contabilidade pública

brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade Pública (IPSAS), publicadas pela

International Federation of Accountants (IFAC), assim como à adoção das Normas

Brasileiras de Contabilidade aplicadas aos Setor Público – NBCTs, editadas pelo

Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Nesse sentido, a estrutura original dos quatro balanços da Lei 4.320/64

(orçamentário, financeiro, patrimonial e DVP) sofreram várias alterações nos últimos

anos, em decorrência da NBCT 16.6. Com isso, a Secretaria do Tesouro nacional – STN

publicou o novo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, cujo

volume V trata das novas estruturas dos balanços públicos.

Desse modo, o livro está estruturado em quatro capítulos, divididos da forma

exposta a seguir.

No capítulo 1, estudaremos o Balanço Orçamentário de acordo com a Lei

n.4.320/64 e com a nova estrutura trazida pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao

Setor Público – MCASP. Estudaremos as características do balanço e aprenderemos como

ocorre a Interpretação do resultado orçamentário. Ao final, comentaremos questões de

concursos do CESPE acerca do assunto.

No capítulo 2, veremos o Balanço Financeiro de acordo com a Lei n.4.320/64 e

com a nova estrutura definida pelo MCASP. Trataremos também de características das

receitas e despesas extra-orçamentárias e da interpretação do resultado financeiro. Ao

final, encontram-se questões comentadas de concursos do CESPE acerca do assunto.

O capítulo 3 nos mostrará o Balanço Patrimonial, também de acordo com a Lei

n.4.320/64 e com a nova estrutura do MCASP. Veremos quais são as características dos

ativos e passivos e das contas de compensação. Ao final, comentaremos questões de

concursos do CESPE acerca do assunto.

No capítulo 4, apresentaremos a estrutura e características da Demonstração das

Variações Patrimoniais - DVP, de acordo com a Lei n. 4320/64 e com o MCASP.

Veremos também como se dá a interpretação do resultado patrimonial e o que são as

variações patrimoniais, bem como as características das interferências, mutações,

superveniências e insubsistências. Também aprenderemos o que são receitas e despesas

efetivas e não-efetivas. Por fim, comentaremos questões de concursos do CESPE acerca

do assunto.

O AUTOR

Marcel Guimarães ocupa atualmente o cargo de Auditor Federal de Controle

Externo - AUFC do TCU. É professor de Contabilidade Pública e de Administração

Financeira e Orçamentária - AFO em cursos preparatórios para concursos públicos em

Brasília-DF, Porto Alegre-RS e São Paulo-SP. É graduado em Engenharia Civil pela

Unicamp e Pós-graduado em Administração Financeira pela FGV e em Desenvolvimento

de Sistemas Orientados a Objeto pela UnB. Foi Analista de Finanças e Controle da CGU,

e Engenheiro dos Correios (ECT), tendo obtido o 1º lugar em ambos os concursos. Além

do TCU e CGU, também foi aprovado nos concursos do MPU, IPEA, TJDFT, MPOG,

Anatel, Inmetro, INSS, Infraero e, em 2012, para Consultor de Orçamentos do Senado

Federal.

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1: CONTABILIDADE PÚBLICA: CAMPO DE APLICAÇÃO, OBJETO E

OBJETIVOS ...................................................................................................................... 13

1) Conceito ......................................................................................................................... 13

2) Campo de Aplicação ...................................................................................................... 14

3) Objetivo ......................................................................................................................... 17

4) Objeto ............................................................................................................................ 18

5) Regime Contábil ............................................................................................................ 21

6) Outras alterações trazidas pela NBCT ........................................................................... 29

6.1) Demonstrações Contábeis .................................................................................................. 29

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................... 33

CAPÍTULO 2 - BALANÇO ORÇAMENTÁRIO ............................................................. 49

1) Conceito / Objetivo ........................................................................................................ 49

2) Características do BO .................................................................................................... 50

2.1) Subsistema Orçamentário ................................................................................................... 50

2.2) Classificação da receita e da despesa ................................................................................. 52

2.2.1) Balanço Orçamentário – nova estrutura ....................................................................... 52

2.2.2) Classificação por natureza da receita ........................................................................... 54

2.3) Equilíbrio formal .................................................................................................................. 54

2.4) Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO ..................................................... 55

2.5) Despesas Executadas........................................................................................................... 56

3) Estrutura do BO ............................................................................................................. 58

3.1) Nova estrutura do BO (MCASP)........................................................................................... 60

4) Análise do Balanço Orçamentário ................................................................................. 62

4.1) Resultado orçamentário ...................................................................................................... 62

4.2) Resultado da execução da receita ....................................................................................... 64

4.3) Resultado da execução da despesa ..................................................................................... 66

4.4) Comparação dos Resultados Corrente e de Capital ............................................................ 67

4.5) Análise do Endividamento ................................................................................................... 70

4.6) Indicadores do Balanço Orçamentário ................................................................................ 71

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................... 73

CAPÍTULO 3 - BALANÇO FINANCEIRO ..................................................................... 88

1) Conceito / Objetivo ........................................................................................................ 88

2) Características do BF ..................................................................................................... 89

2.1) Sistema Financeiro e Subsistema de Informações Patrimoniais ........................................ 89

2.2) Classificação da receita e da despesa ................................................................................. 90

2.3) Receitas ............................................................................................................................... 92

2.4) Despesas ............................................................................................................................. 93

2.5) Restos a Pagar ..................................................................................................................... 95

3) Estrutura......................................................................................................................... 99

3.1) Sentido de Leitura do BF ................................................................................................... 101

4.1) Resultado financeiro ......................................................................................................... 102

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 105

CAPÍTULO 4 - BALANÇO PATRIMONIAL................................................................ 124

1) Conceito ....................................................................................................................... 124

2) Características do BP ................................................................................................... 124

2.1) Sistema Patrimonial e Subsistema de Informações Patrimoniais .................................... 124

2.2) Escolas de Pensamento Contábil – Teoria das Contas...................................................... 127

2.3) Ativos e Passivos ............................................................................................................... 130

2.4) Disposição das Contas no BP ............................................................................................ 131

3) Balanço Patrimonial na Lei 4.320/64 .......................................................................... 132

3.1) Estrutura do BP ................................................................................................................. 136

4) Análise do Balanço Patrimonial .................................................................................. 140

4.1) Saldo Patrimonial .............................................................................................................. 140

4.2) Superávit Financeiro ......................................................................................................... 143

4.3) DVP x BP ............................................................................................................................ 145

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 148

CAPÍTULO 5 - DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS - DVP .... 159

1) Conceitos Básicos ........................................................................................................ 159

1.1) Receitas e Despesas Efetivas e Não-Efetivas .................................................................... 159

1.2) Fatos Contábeis................................................................................................................. 161

1.3) Variações Quantitativas e Qualitativas ............................................................................. 164

1.4) Variações Ativas e Passivas ............................................................................................... 166

1.5) Superveniências e Insubsistências .................................................................................... 169

1.6) Mutações Patrimoniais ..................................................................................................... 172

1.7) Interferências .................................................................................................................... 177

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 181

CAPÍTULO 6 - DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS - DVP .... 205

1) Características da DVP ................................................................................................ 205

1.1) Sistemas de Contas ........................................................................................................... 205

1.2) Escolas de Pensamento Contábil – Teoria das Contas ...................................................... 207

2) DVP na Lei 4.320/64 ................................................................................................... 209

2.1) Estrutura da DVP ............................................................................................................... 210

3) Análise da DVP ........................................................................................................... 217

3.1) Resultado Patrimonial ....................................................................................................... 217

3.2) Resultado das Mutações ................................................................................................... 219

3.3) Resultado Patrimonial na nova DVP (MCASP) ................................................................... 221

3.4) DVP x BP ............................................................................................................................ 221

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 223

CAPÍTULO 7: TÍTULO IX DA LEI 4.320/64 ................................................................ 247

1) Título IX da Lei 4.320/64 ............................................................................................ 247

1.1) CAPÍTULO I - Disposições Gerais - art. 83 a 89 .................................................................. 248

1.2) CAPÍTULO II – Da Contabilidade Orçamentária e Financeira - art. 90 a 93 ....................... 255

1.3) CAPÍTULO III – Da Contabilidade Patrimonial e Industrial - art. 94 a 100 ......................... 260

1.4) CAPÍTULO IV – Dos Balanços - art. 101 a 106 .................................................................... 266

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 271

CAPÍTULO 8: GESTÃO ORGANIZACIONAL DA CONTABILIDADE PÚBLICA NO

BRASIL: PAPÉIS DA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL E DOS ÓRGÃOS

SETORIAIS DE CONTABILIDADE CONSTANTES DA LEI N. 10.180/2001 .......... 281

1) Gestão Organizacional das Finanças Públicas no Brasil – Lei 10.180/2001............... 281

1.1) Introdução ......................................................................................................................... 281

1.2) Papéis da STN e dos órgãos setoriais de Contabilidade constantes da Lei 10.180/2001 . 283

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 293

CAPÍTULO 9: SIAFI ....................................................................................................... 305

1) Introdução .................................................................................................................... 305

1.1) SIDOR e SIOP ..................................................................................................................... 305

2) SIAFI ........................................................................................................................... 306

2.1) Conceito do SIAFI .............................................................................................................. 306

2.2) Histórico e Antecedentes .................................................................................................. 309

2.3) Estrutura do SIAFI .............................................................................................................. 311

2.4) Utilização ........................................................................................................................... 313

2.5) Objetivos ........................................................................................................................... 318

2.6) Segurança do Sistema (princípios e instrumentos) .......................................................... 320

2.6.1) SENHA ...................................................................................................................... 321

2.6.2) Conformidade Contábil ............................................................................................. 323

2.6.3) Conformidade de Operadores .................................................................................... 323

2.6.4) Conformidade de Registro de Gestão ........................................................................ 323

2.6.5) Identificação das Operações do Usuário .................................................................... 323

2.6.6) Integridade e Fidedignidade dos Dados ..................................................................... 324

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................. 325

Contabilidade Pública para Concursos

13

CAPÍTULO 1: CONTABILIDADE PÚBLICA: CAMPO DE APLICAÇÃO,

OBJETO E OBJETIVOS

Assunto: Contabilidade Pública – Campo de Aplicação, objeto e objetivos, conforme definido na

NBCT 16.1. Alterações trazidas pelas demais NBCTs.

1) Conceito

A Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 16.1/2008 – Resolução CFC nº.

1.128/08 conceitua Contabilidade Pública da seguinte forma:

“A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no

processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as

normas contábeis direcionadas ao controle PATRIMONIAL de entidades do setor

público."

Observação

Entidade do Setor Público: Órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público

ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem,

movimentem, gerenciem ou apliquem DINHEIROS, BENS E VALORES

PÚBLICOS, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito

contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo,

fiscal ou creditício, de órgão público.

CONTABILIDADE PÚBLICA

Controla Patrimônio Público

Contabilidade Pública para Concursos

14

Para Francisco Glauber, a Contabilidade Pública é o ramo da Contabilidade que

estuda, registra, controla e demonstra os ATOS E FATOS administrativos da Fazenda

Pública, evidencia o PATRIMÔNIO e suas variações, bem como o ORÇAMENTO

PÚBLICO.

Existem ainda alguns conceitos legais importantes, reproduzidos a seguir:

“A Contabilidade Pública estuda, registra, controla e demonstra o orçamento

aprovado e acompanha a sua execução” (art. 78, do Decreto-Lei 200/67).

“A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os

resultados da gestão” (art. 79, do Decreto-Lei 200/67).

“Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o

acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição

patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos

balanços gerais a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros” (art.

85, da Lei 4.320/64).

“A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos,

de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem

bens a ela pertencentes ou confiados” (art. 83, da Lei 4.320/64).

2) Campo de Aplicação

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange

TODAS as entidades do setor público. (NBC T/CFC 16.1/2008)

Observação

Entidade do Setor Público: Órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público

ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem,

movimentem, gerenciem ou apliquem DINHEIROS, BENS E VALORES

PÚBLICOS, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito

contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo,

fiscal ou creditício, de órgão público.

Contabilidade Pública para Concursos

15

As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as

técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte

escopo:

(a) INTEGRALMENTE, as entidades governamentais, os serviços

sociais e os conselhos profissionais;

(b) PARCIALMENTE, as demais entidades do setor público, para

garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e

instrumentalização do controle social.

Cabe ressaltar que, embora a definição apresentada anteriormente seja aquela

constante na NBCT/CFC 16.1/2008, deve-se considerar que a contabilidade pública é

regulamentada originalmente pela Lei 4.320/64, que estatui normas gerais de direito

financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,

dos Municípios e do Distrito Federal. A partir dessa lei, o campo de aplicação da

contabilidade pública é essencialmente o das pessoas jurídicas de direito público – União,

Estados, Distrito Federal e Municípios. Portanto, todos os entes federados devem seguir

as normas gerais de direito financeiro estabelecidas na Lei 4.320/64.

Sob a ótica institucional, o campo de aplicação da contabilidade pública abrange

as seguintes entidades:

- Administração direta da União, Estados e Municípios;

INTEGRALMENTE Entidades

Governamentais (Adm. Dir.

Autarq., Fund. EP dep.)

Serviços Sociais (SESI, SENAI...)

Conselhos Profissionais (CREA, CFC...)

Contabilidade Pública para Concursos

16

- Autarquias e fundações;

- Empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes.

Observação

LRF art. 2º: “III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba

do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com

pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles

provenientes de aumento de participação acionária” (grifo nosso).

Deve-se considerar ainda que o orçamento público brasileiro se encontra

consubstanciado em uma Lei, a chamada Lei Orçamentária Anual (LOA), que se

subdivide, para fins administrativos, de acordo com a Constituição Federal (art. 165) em:

a) Orçamento Fiscal (OF);

b) Orçamento da Seguridade Social (OSS);

c) Orçamento de Investimento das Empresas Estatais (OI).

A partir dessa ótica orçamentária, até a publicação das NBCTs, era comum

definir-se o campo de aplicação da contabilidade pública coincidindo com as entidades

participantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social (OFSS), excluindo-se, portanto,

as entidades participantes do orçamento de investimento (OI), conforme esquema a

seguir:

LOA

OFSS OI

Administração Direta

Autarquias, Fundações Públicas

Contabilidade Pública para Concursos

17

Empresas Públicas e

Sociedades de Economia

Mista Dependentes

Empresas Públicas e

Sociedades de Economia

Mista Não-Dependentes

Entretanto, a partir do disposto na NBCT 16.1, atualmente as estatais

independentes, quando receberem recursos públicos para aplicação em determinados

projetos, por exemplo, estão sujeitas ao escopo PARCIAL de aplicação da contabilidade

pública, para garantia dos procedimentos suficientes de prestação de contas e

instrumentalização do controle social. As estatais independentes podem, inclusive, de

forma facultativa, adotar o novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

Portanto, o entendimento que se deve levar para a prova do seu concurso é o de

que o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS

as entidades do setor público.

3) Objetivo

Conforme Resolução CFC nº 1.128/08 e NBCT 16.1, o OBJETIVO da

Contabilidade Aplicada ao Setor Público é FORNECER aos usuários:

informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza

orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor

público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão;

a adequada prestação de contas;

e o necessário suporte para instrumentalização do controle social.

Observação

Instrumentalização do Controle Social: compromisso fundado na ética

profissional, que pressupõe o exercício cotidiano de fornecer informações que

sejam compreensíveis e úteis aos cidadãos no desempenho de sua soberana

Contabilidade Pública para Concursos

18

atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos agentes

públicos.

4) Objeto

O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o PATRIMÔNIO PÚBLICO.

De acordo com a Resolução CFC n° 1.129/2008:

Patrimônio público é “o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis,

onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou

utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um

fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos

ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.”

É importante considerar a classificação do patrimônio público SOB O

ENFOQUE CONTÁBIL. De acordo com a Resolução CFC n° 1.437/2013, o

patrimônio público é estruturado em três grupos:

(a) ATIVO – é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos

passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a

entidade;

(b) PASSIVO – é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos

passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade

capazes de gerar benefícios econômicos;

(c) PATRIMÔNIO LÍQUIDO – é o interesse residual nos ativos da entidade

depois de deduzidos todos os seus passivos.

Contabilidade Pública para Concursos

19

Sendo assim, o patrimônio público, formado por bens, direitos (ativos) e

obrigações (passivos) pode ser esquematizado da seguinte forma:

Patrimônio Público Contábil

ATIVO PASSIVO E PL

(Aplicação de Recursos) (Fonte de Recursos)

BENS PASSIVO: CAPITAL DE

TERCEIROS

DIREITOS PL: CAPITAL PRÓPRIO

No Ativo Imobilizado, são contabilizados os Bens Móveis e Imóveis. Inseridos

nos Bens Imóveis, estão os BENS PÚBLICOS, sendo que é importante considerar o

disposto no Código Civil a respeito do assunto:

“Art. 98. São públicos os bens do domínio público nacionais pertencentes às

pessoas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for

a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou

estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,

inclusive os de suas autarquias;

III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito

público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os

bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado

estrutura de direito privado.”

Contabilidade Pública para Concursos

20

Até 2010, os bens públicos de uso comum do povo NÃO eram objeto de

registro pela contabilidade pública. Entretanto, a Resolução CFC n. 1.137/08, que

aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do

Setor Público, trouxe o seguinte entendimento:

“30. Os BENS DE USO COMUM que absorveram ou absorvem recursos públicos,

ou aqueles eventualmente recebidos em DOAÇÃO, devem ser incluídos no ATIVO

NÃO CIRCULANTE da entidade responsável pela sua administração ou controle,

estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

Exemplo: Uma ponte construída por estado ou município e posterior cobrança de pedágio

para fins de manutenção e outros gastos.

31. A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor

de aquisição ou ao valor de produção e construção.”

Desse modo, somente os bens de uso comum do povo que absorveram ou

absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação é que serão

registrados no patrimônio da entidade pública.

Por exemplo:

Serão objeto da contabilidade pública, por exemplo:

- Praças, estradas, ruas e pontes (foram gastos recursos públicos na

aquisição, produção ou construção desses bens);

Uso comum do povo

Dominicais

Especiais

Contabilidade Pública para Concursos

21

- Estátua do Zico doada ao município do Rio de Janeiro pelo Flamengo

para ser colocada em uma praça (doação recebida).

NÃO serão objeto da contabilidade pública:

- Rios, mares, e praias do litoral brasileiro (não foram gastos recursos

públicos para aquisição, produção ou construção desses bens).

Portanto, deve ficar claro para você que o objeto da contabilidade é o

PATRIMÔNIO PÚBLICO. Entretanto, é importante comentar que existe um outro

entendimento possível, de que o objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público

engloba o PATRIMÔNIO PÚBLICO, o ORÇAMENTO e os ATOS

ADMINISTRATIVOS. É isso que se observa a partir da Resolução CFC n. 1.132/2008:

“18. O patrimônio das entidades do setor público, o orçamento, a execução

orçamentária e financeira e os atos administrativos que provoquem efeitos de caráter

econômico e financeiro no patrimônio da entidade devem ser mensurados ou avaliados

monetariamente e registrados pela contabilidade.”

Desse modo, caso apareça na prova um item afirmando que um dos objetos da

contabilidade pública é o ORÇAMENTO PÚBLICO, não está errado. Este era o

entendimento anterior, mas que continua respaldado pela Resolução CFC n. 1.132/2008.

Entretanto, não se esqueça de que, conforme a NBCT 16.1, o objeto da

Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o PATRIMÔNIO PÚBLICO. É esse seu

foco central.

5) Regime Contábil

Inicialmente, faz-se necessário conhecer o conceito de regime de caixa e de

competência:

Contabilidade Pública para Concursos

22

Regime de caixa

Por esse regime, na apuração do resultado, a receita é reconhecida no

momento do seu recebimento (arrecadação) e a despesa no momento do

pagamento.

Regime de competência

Por esse regime, na apuração do resultado, a receita e a despesa são

reconhecidas no momento em que ocorrer o fato gerador, independente

do recebimento da receita, ou do pagamento da despesa.

A 4.320/64 instituiu, em seu art. 35, o regime contábil misto para a contabilidade

pública:

Regime Orçamentário (Misto)

Pertencem ao exercício financeiro:

As receitas (orçamentárias) nele arrecadadas;

As despesas (orçamentárias) nele legalmente empenhadas.

Entretanto, em vários outros dispositivos, a referida lei faz referência ao regime

contábil (competência), que pode ser caracterizado da seguinte forma:

Regime Contábil

As receitas (Variações Patrimoniais Aumentativas) e as

despesas (Variações Patrimoniais Diminutivas) devem ser

incluídas na apuração do resultado do período em que

ocorrerem, sempre simultaneamente quando se

correlacionarem, independentemente de recebimento ou

pagamento.

Os dispositivos legais citados são os seguintes:

“Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem

o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição

Contabilidade Pública para Concursos

23

patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento

dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e

financeiros.”

“Art. 89 - A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração

orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.”

“Art. 100 - As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os

resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes

dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas,

constituirão elementos da conta patrimonial.”

“Art. 104 - A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as

alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da

execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.”

A LRF também faz referência ao regime de competência para as despesas:

“Art. 50 – Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a

escrituração das contas públicas observará as seguintes:

(...)

II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de

competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos

financeiros pelo regime de caixa;

(...)

Art. 18 [...]

§ 2º - A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em

referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de

competência.”

Embora o uso do regime misto para as receitas e despesas orçamentárias tenha

sido utilizado há muito tempo no Brasil, essa prática sempre foi controversa. Observem,

por exemplo, o que diz o autor Heraldo da Costa Reis:

Contabilidade Pública para Concursos

24

“O regime de caixa tem provocado distorções nas receitas

governamentais, posto que não possibilita a visualização integral do seu

volume no exercício. [...]. É, sem dúvida alguma, uma distorção

gravíssima de entendimento que se reflete na informação sobre a gestão

financeira e sobre o desempenho tributário da entidade governamental.

O excesso de formalidade de alguns setores da administração pública tem

restringido o entendimento de certas disposições da legislação

financeira, contribuindo para a existência de dificuldades que, na maioria

das vezes, prejudica o desenvolvimento ou a evolução de conceitos, em

virtude da expansão e do aperfeiçoamento das atividades governamentais.

O equívoco na interpretação de dispositivos da legislação, também tem

contribuído para o aparecimento de dificuldades e/ou obstáculos que

levam os responsáveis pela Contabilidade das entidades governamentais a

cometerem erros, ainda que não intencionais, mas que distorcem as

informações sobre a situação patrimonial.

Por fim, o não registro prévio dos direitos líquido e certos da

organização governamental faz com que a Contabilidade não cumpra com

a sua missão institucional, ou seja, gerar informações úteis e confiáveis, só

para citar duas dentre outras características fundamentais que lhes

pertinem, a partir das quais são tomadas decisões sobre ações que se vão

desenvolver.”

(REIS, Heraldo da Costa. Regime de caixa ou de competência: eis a

questão. Revista de Administração Municipal-Municípios, Rio de Janeiro,

v. 52, n. 260, p. 37-48, out/dez 2006; grifo nosso)

Desse modo, as recentes mudanças implementadas na contabilidade pública

brasileira, visando à convergência das normas brasileiras aos padrões internacionais,

denominadas IPSAS – Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor

Público, elaboradas pela IFAC – International Federation of Accountants, que tomam

como referência os padrões aplicados ao setor empresarial, acarretaram a edição da NBC

T 16.5 – Registro Contábil, que dispõe o seguinte:

Contabilidade Pública para Concursos

25

“20. Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas

demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto,

pelos respectivos FATOS GERADOS, independentemente do momento da execução

orçamentária”.

O exemplo clássico de registro de uma receita pelo regime de competência

seria o caso da Atividade Tributária do Estado. A receita tributária é registrada, sob o

enfoque patrimonial, no momento do lançamento, em que ocorre o reconhecimento da

variação patrimonial aumentativa em virtude da ocorrência do fato gerador da obrigação

correspondente. Seria o caso do IPTU, cujo fato gerador ocorre no dia 1º de janeiro de

cada ano. Pelo regime de competência, a receita tributária é lançada no dia 1º de janeiro.

Entretanto, sob o enfoque orçamentário, essa receita deveria ser lançada pelo regime de

caixa, devendo ser registrada em data posterior, no momento da sua arrecadação.

Portanto, após as recentes mudanças implementadas na contabilidade pública no

país, atualmente o regime que vigora é o de competência, tanto para as receitas quanto

para as despesas públicas.

Posso afirmar que acabou o regime misto na contabilidade pública?

Não, isso não é verdade. O regime misto continua existindo, mas somente no caso

de receitas e despesas orçamentárias.

Para provas, podemos esquematizar o entendimento da seguinte maneira:

Regime MISTO (Lei nº 4.320/64)

Contabilidade Pública para Concursos

26

ATENÇÃO

Questões de prova que versem sobre receitas e despesas ORÇAMENTÁRIAS,

ou sobre a Lei 4.320/64.

MTO 2013

“Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei no 4.320, de 1964, pertencem

ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a

adoção do REGIME DE CAIXA para o ingresso das receitas públicas.“

Regime de competência (Portaria Conjunta STN/SOF nº 3 / 2008 +

NBCT 16.5)

ATENÇÃO

Questões sobre receitas e despesas de forma genérica ou sobre princípio

contábil da competência.

Contabilização da receita orçamentária no setor público

Portanto, pode-se afirmar que a contabilização das receitas orçamentárias no setor

público se dá nas seguintes etapas:

Enfoque orçamentário: arrecadação;

Enfoque patrimonial: lançamento.

Contabilidade Pública para Concursos

27

Contabilização da despesa orçamentária no setor público

Para a contabilização das despesas orçamentárias, que é feita pelo regime de

competência, é importante observar os seguintes dispositivos legais:

Considerando que a execução das despesas é composta das etapas de empenho,

liquidação e pagamento, constata-se, com base nesses artigos da lei, que a despesa não é

considerada realizada no momento do empenho.

Sendo assim, como a etapa de pagamento se refere ao regime de caixa, pode-se

afirmar que o fato gerador da despesa, pelo regime de competência, é o momento da sua

liquidação. É nesse momento que é gerada a obrigação de pagamento do setor público,

tendo em vista a verificação do direito adquirido pelo credor.

Entretanto, há uma situação específica em que a despesa pode ser contabilizada no

momento do empenho. Trata-se da inscrição em restos a pagar não processados.

Destaca-se que os restos a pagar são despesas que percorreram a etapa de

empenho, mas não foram pagas. Os restos a pagar não processados são despesas que

foram empenhadas, mas não foram liquidadas nem pagas. Já os restos a pagar

processados são despesas que foram empenhadas e liquidadas, mas não foram pagas. A

figura a seguir ilustra essa situação.

Contabilidade Pública para Concursos

28

É muito comum o entendimento de que a regra geral no setor público é a inscrição

das despesas em restos a pagar ao final de cada exercício, dado o montante expressivo de

despesas nessa situação em 31/12 de cada ano.

Entretanto, a regra geral deveria ser a anulação das despesas não liquidadas ao

final de cada exercício. É o que estabelece o art. 35 do decreto 93.872/86:

Nesse sentido, a inscrição em RP não processados só deve ser feita em um desses

casos excepcionais previstos no decreto.

Assim, caso uma despesa preencha os requisitos para inscrição em RP não

processados, esse empenho não é cancelado ao final de cada ano. Nessa situação, ocorre a

Contabilidade Pública para Concursos

29

liquidação forçada (contábil), já que o empenho gera o registro de uma obrigação,

embora não tenha havido a liquidação real (verificação do direito adquirido pelo credor).

Resumindo, excetuando-se os restos a pagar não processados, reconhece-se a despesa

orçamentária no momento de sua liquidação.

Ocorre que, em questões de provas de concursos, principalmente de balanços, é

comum a Banca afirmar que o exercício financeiro já foi encerrado. Nesse caso, se os

valores empenhados forem maiores do que os liquidados, é porque houve a inscrição em

restos a pagar não processados. É por essa razão que, no caso de questões de balanços

orçamentário e financeiro, como veremos nos próximos capítulos, são utilizados os

valores empenhados para efeito de cálculo.

Diante do exposto, pode-se afirmar que a contabilização das despesas orçamentárias

no setor público se dá nas seguintes etapas:

Enfoque orçamentário: liquidação (fato gerador) ou empenho (caso haja

inscrição em RP não processados ao final do ano;

Enfoque patrimonial: liquidação.

6) Outras alterações trazidas pela NBCT

6.1) Demonstrações Contábeis

De acordo com a NBCT 16.6, as demonstrações contábeis das entidades definidas

no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:

(a) Balanço Patrimonial;

(b) Balanço Orçamentário;

(c) Balanço Financeiro;

(d) Demonstração das Variações Patrimoniais;

(e) Demonstração dos Fluxos de Caixa;

(f) Demonstração do Resultado Econômico.

As demonstrações contábeis devem ser acompanhadas por anexos, por outros

Contabilidade Pública para Concursos

30

demonstrativos exigidos por lei e pelas notas explicativas.

Os Balanços Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e a DVP foram instituídos

pela Lei 4.320/64. Dada sua importância e relevância, serão estudados com mais detalhes

nos próximos capítulos.

Assim, nossa abordagem neste tópico se restringirá à Demonstração de Fluxos de

Caixa (DFC) e à Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, nos termos da

NBCT 16.6. Vale ressaltar que a DRE foi excluída dos anexos da Lei 4.320/64 por meio

da Portaria STN 438/2012, não sendo mais um demonstrativo obrigatório para o setor

público.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de

fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da

capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou

indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos

seguintes fluxos:

(a) das operações;

Contabilidade Pública para Concursos

31

(b) dos investimentos; e

(c) dos financiamentos.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) foi incluída na

NBCT 16.6 por intermédio da Resolução CFC nº 1.437, de 22/03/2013. Ela evidencia a

movimentação havida em cada componente do Patrimônio Líquido com a divulgação, em

separado, dos efeitos das alterações nas políticas contábeis e da correção de erros.

A DMPL deve ser elaborada apenas pelas empresas estatais dependentes e pelos

entes que as incorporarem no processo de consolidação das contas.

Finalmente, a última mudança relevante diz respeito às notas explicativas,

elementos característicos dos demonstrativos utilizados na contabilidade geral, mas que

não eram usados na contabilidade pública.

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes,

complementares ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não

constantes nas demonstrações contábeis.

As notas explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das

demonstrações contábeis, as informações de naturezas patrimonial, orçamentária,

econômica, financeira, legal, física, social e de desempenho e outros eventos não

suficientemente evidenciados ou não constantes nas referidas demonstrações.

5.2) Depreciação, Amortização e Exaustão (NBCT 16.9)

Há situações em que a Contabilidade Geral (Empresarial) registra receitas e

despesas, e a Contabilidade Pública não reconhece os efeitos por não haver embolsos ou

desembolsos. Por exemplo, as depreciações, amortizações e exaustões constituem

encargos, sendo imputadas ao resultado do exercício, afetando o Patrimônio Líquido na

Contabilidade Empresarial. Entretanto, não representam desembolso nem

comprometimento de recursos, pois não implicam dispêndios. Por esse motivo, até hoje

não eram computadas na apuração do resultado na Contabilidade Pública.

Contabilidade Pública para Concursos

32

Entretanto, a partir da NBCT 16.9 (1º de janeiro de 2010), os registros da

Depreciação, Amortização e da Exaustão tornaram-se uma norma obrigatória. A

NBCT 16.9 os define da seguinte maneira:

Amortização: a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de

propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou

exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo

legal ou contratualmente limitado.

Depreciação: a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de

utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

Exaustão: a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais,

florestais e outros recursos naturais esgotáveis.

Convém observar que não estão sujeitos ao regime de depreciação:

(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades,

documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre

outros;

(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos,

considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

(c) animais que se destinam à exposição e à preservação;

(d) terrenos rurais e urbanos.

Contabilidade Pública para Concursos

33

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/ANCINE/2012 - Cargo 1: Técnico Administrativo

De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue

os próximos itens.

1) (CESPE/ANCINE/2012 - Cargo 1 - Item 131) Obras de arte, antiguidades e bens

de interesse histórico devem ser depreciados anualmente.

2) (CESPE/ANCINE/2012 - Cargo 1 - Item 133) O orçamento público, no qual se

estimam as receitas e se fixam as despesas, é o objeto da contabilidade pública.

CESPE/CAPES 2012 - Cargo 4: Analista em Ciência e Tecnologia Júnior I –

Formação: Contabilidade

Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e suas alterações, julgue os itens seguintes, relativos às

demonstrações contábeis e ao campo de atuação da contabilidade governamental.

3) (CESPE/CAPES 2012 - Cargo 4 - Item 78) A contabilidade pública, por registrar

atos contábeis inerentes ao orçamento público, aplica os princípios orçamentários e as

normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades governamentais.

CESPE/TJAC 2012 - Cargo 5: Contador

Acerca do orçamento público e da contabilidade governamental, julgue os itens a seguir.

4) (CESPE/TJAC 2012 - Cargo 5: Contador - Item 87) O objetivo da contabilidade

pública é avaliar o patrimônio público, tendo como alicerce os princípios orçamentários.

CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 : ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA II

No que se refere a bens e patrimônio público, julgue o item abaixo.

5) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 – ÁREA II - Item 63) Os bens de uso comum

devem ser incorporados ao patrimônio público quando absorverem recursos públicos.

Em relação a classificação da receita, gestão patrimonial e variações patrimoniais, julgue

os próximos itens.

Contabilidade Pública para Concursos

34

6) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 – ÁREA II - Item 69) O Sistema de Custos da

Secretaria do Tesouro Nacional deve permitir o acompanhamento da gestão patrimonial.

De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, referente ao regime orçamentário, é correto afirmar

que pertence ao exercício financeiro de 2011

7) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 – ÁREA II - Item 84) a receita prevista e

lançada em 2011, porém arrecadada recolhida em 2012.

8) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 – ÁREA II - Item 85) a despesa empenhada em

2011, porém liquidada e paga em 2012.

CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2: Analista Administrativo – Área 2

Com relação aos entes estatais e sua contabilidade, julgue os itens subsequentes.

9) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2– Área 2 - Item 81) Define-se patrimônio público

o conjunto de bens e direitos e seus respectivos ônus, incluídos os considerados

inservíveis, por já não terem a capacidade de gerar benefícios presentes ou futuros.

10) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2– Área 2 - 82) Além de estudar, registrar e

evidenciar o patrimônio público e suas variações, a contabilidade pública atende a outros

campos do direito financeiro público.

11) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2– Área 2 - 83) Às empresas de economia mista

independentes se aplicam as normas de contabilidade pública.

A respeito do registro e controle das receitas e despesas públicas, julgue os itens

seguintes.

12) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2– Área 2 - 91) Excetuando-se os restos a pagar não

processados, reconhece-se a despesa orçamentária no momento de sua liquidação.

Considerando as orientações constantes das Normas Brasileiras de Contabilidade

Aplicadas ao Setor Público (NBCASP), editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade

(CFC), e normatização correlata, em âmbito nacional e internacional, julgue os itens que

se seguem.

Contabilidade Pública para Concursos

35

13) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2– Área 2 - 94) Dado o princípio da competência,

que se aplica plenamente ao setor público, as receitas e despesas públicas devem ser

contabilmente registradas independentemente de seu pagamento ou recebimento.

CESPE/ TRT 10ª Região 2012: ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA:

Contabilidade

Com relação ao registro da depreciação, amortização e exaustão no

âmbito do setor público, julgue os seguintes itens.

14) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2– Área 2 - 74) Os bens de uso comum

considerados, tecnicamente, de vida útil indeterminada não devem ser depreciados, ainda

que venham a absorver recursos públicos.

CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 10: Técnico Judiciário – Área: Administrativa

Com relação ao disposto na Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens a seguir.

15) (CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 10 - Item 119) Diferenciar o regime

orçamentário por meio do qual receitas e despesas são tratadas pode ser útil para melhor

evidenciar a situação fiscal do governo. Nesse sentido, adota-se, no Brasil, o regime

orçamentário misto: para a receita, adota-se o regime de caixa e, para a despesa, o regime

de competência.

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Com base no disposto nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público,

emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, julgue os itens seguintes.

16) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 67) Os bens de uso comum, considerados

tecnicamente de vida útil indeterminada, não estão sujeitos ao regime de depreciação.

CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: Analista do Executivo – Área de Formação 2:

Ciências Contábeis

17) (CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: 2 - QUESTÃO 57) Com relação à

contabilidade governamental e a sistemas de contas, assinale a opção correta.

Contabilidade Pública para Concursos

36

A A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que faz uso dos

princípios orçamentários, das normas brasileiras de contabilidade e dos pronunciamentos

do CPC, visando o controle patrimonial de entidades do setor público.

B O campo de aplicação da contabilidade do setor público abrange as entidades do setor

público, como órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou aquelas que,

possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem,

gerenciem ou apliquem dinheiro, bens e valores públicos na execução de suas atividades.

C O sistema contábil é estruturado nos subsistemas orçamentário, financeiro, gerencial,

patrimonial e de compensação.

D O objetivo da contabilidade do setor público é fornecer aos usuários informações sobre

os resultados alcançados e os aspectos de natureza econômica, financeira e física do

patrimônio da entidade pública e suas mutações, sendo excluídos os aspectos relativos à

execução financeira

orçamentária.

E O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, exceto os bens adquiridos,

produzidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público.

CESPE/TELEBRAS 2013 - Cargo 6: Especialista em Gestão de Telecomunicações –

Ocupação: Analista Superior – Subatividade: Finanças

No que concerne a orçamento público e ciclo orçamentário, julgue os próximos itens.

18) (CESPE/TELEBRAS 2013 - Cargo 6 - Item 92) O orçamento de investimento e o

programa de dispêndios globais das empresas do setor produtivo estatal federal são

elaborados segundo o regime misto (caixa e competência) aplicado ao setor público.

CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7: Analista Ministerial – Área: Orçamento

Acerca de receita e despesa públicas, julgue os itens de 58 a 51.

Contabilidade Pública para Concursos

37

19) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 61) A legislação brasileira impõe o regime

contábil de competência para as despesas públicas, o que significa que o fato gerador de

uma despesa deve sempre coincidir com o momento de sua liquidação.

CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13: Analista – Especialização: Gestão Financeira

Acerca do objeto, regime e campo de aplicação da contabilidade pública; da legislação

básica (Lei n.º 4.320/1964 e Decreto n.º 93.872/1986 e alterações); e dos princípios

fundamentais de contabilidade, julgue os itens subsequentes.

20) (CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13 - Item 80) O objeto da contabilidade pública é

o patrimônio público compreendido pelos bens e direitos, com exceção dos bens

intangíveis face à dificuldade de mensurá-los.

21) (CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13 - Item 82) Na entidade pública, o

reconhecimento de receitas e despesas deve observar o regime de caixa, o que resulta em

uma maior organização da contabilidade que permitirá o conhecimento da composição

patrimonial.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

Acerca da contabilidade pública e das variações patrimoniais, julgue os itens que se

seguem.

22) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6– Item 92) As empresas estatais dependentes

devem aplicar os procedimentos da contabilidade pública, via Sistema Integrado de

Administração Financeira (SIAFI) do governo federal, e estão dispensadas de cumprir os

requisitos contábeis previstos na legislação societária.

CESPE/MI 2013 - Cargo 1: Analista Técnico Administrativo

Julgue os itens subsecutivos, referentes a receitas e despesas públicas.

23) (CESPE/UNIPAMPA 2013 – Cargo 1 – Item 68) As receitas correntes e as

receitas de capital não devem afetar o patrimônio líquido da entidade pública até que

tenham passado pelos estágios de previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Contabilidade Pública para Concursos

38

A respeito da relação entre o regime orçamentário e o regime contábil, julgue os itens

subsequentes.

24) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 116) No âmbito da atividade tributária, pode-

se utilizar o momento da realização da receita como referência para o seu

reconhecimento.

25) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 117) Além do registro dos fatos ligados à

execução orçamentária, deve-se proceder à evidenciação dos fatos ligados à

administração financeira e patrimonial, de maneira que os fatos permutativos sejam

levados à conta de resultado.

CESPE/ANS 2013/Cargo 3: Analista Administrativo

Com relação à contabilidade governamental brasileira, julgue os itens que se seguem.

26) (CESPE/ANS 2013/Cargo 3 – Item 106) O princípio contábil da não afetação das

receitas está associado ao princípio da competência.

27) (CESPE/ANS 2013/Cargo 3 – Item 107) O princípio contábil da entidade não é

aplicável ao setor público, em razão da especificidade da administração pública.

28) (CESPE/ANS 2013/Cargo 3 – Item 108) O objeto da contabilidade governamental

é o patrimônio público.

No que se refere à operacionalização da contabilidade governamental, julgue os itens

subsequentes.

29) (CESPE/ANS 2013/Cargo 3 – Item 117) As demonstrações de fluxo de caixa e de

resultado econômico integram o conjunto de demonstrações constantes dos anexos da Lei

n.º 4.320/1964.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

Com referência aos estágios da receita pública, julgue os itens subsecutivos.

30) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 83) Por ser caracterizada como uma receita

orçamentária, a doação em espécie recebida pelos entes públicos passa pelo estagio do

lançamento.

Contabilidade Pública para Concursos

39

31) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 84) O registro do crédito tributário em favor da

fazenda pública em contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa será efetuado

no momento da entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou

devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas

pelo ente.

CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3: Técnico de Nível Superior –

SPU/UCP

Julgue os itens a seguir, com relação ao sistema de informações de custos no setor público

(SICSP).

32) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 106) Uma entidade

poderá adotar mais de uma metodologia de custeamento, conforme as características dos

objetos de custeio.

33) - (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 107) O uso do

SICSP é facultativo às entidades do setor público que tenham interesse no gerenciamento

de custos dos serviços públicos.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4: Analista Administrativo - Área: Ciências Contábeis

Considerando as normas e definições relativas ao campo de aplicação e objeto da

contabilidade pública e empresarial, os fatos que afetam o patrimônio dos entes públicos e

seus sistemas de contas e de controle, julgue os itens subsequentes.

34) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 63) A Caixa Econômica Federal, empresa

pública de patrimônio totalmente público, controla os recursos do FGTS por meio da

contabilidade empresarial.

35) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 65) Os bens de uso comum do povo,

produzidos pelos órgãos públicos, podem ser incluídos tanto no ativo circulante quanto no

ativo não circulante.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9: Especialista em Regulação de Serviços de

Transportes Terrestres – Área: Ciências Contábeis

Acerca da conceituação, objeto e campo de aplicação da contabilidade pública; e do

patrimônio, variações e sistemas contábeis, julgue os itens a seguir.

Contabilidade Pública para Concursos

40

36) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 89) A finalidade da contabilidade pública

consiste em gerar informações para um melhor controle do patrimônio público, sob as

diretrizes dos princípios de contabilidade e das normas contábeis.

37) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 90) O objeto da contabilidade pública é o

patrimônio contábil das pessoas jurídicas de direito público, mas sem abranger, no

entanto, o patrimônio de pessoas jurídicas de direito privado.

A respeito das transações no setor público e os registros contábeis, julgue os itens que se

seguem.

38) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 91) O registro e a informação contábil entre

suas diversas características, deve ser útil à transparência, suporte e à tomada de decisões.

Com relação à execução orçamentária e financeira do governo federal, julgue os seguintes

itens.

39) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 102) O reconhecimento da despesa

orçamentária ocorre no momento em que é realizado o pagamento.

Acerca do regime contábil, adotado pela contabilidade pública no Brasil, julgue os itens

subsequentes.

40) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 111) Uma receita que tenha sido lançada

em um ano, mas arrecadada no ano seguinte, pertence ao exercício financeiro em que

tenha ocorrido a arrecadação.

41) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 112) Ao contrário da contabilidade

societária, a contabilidade pública brasileira adota o regime de caixa para receitas e

despesas.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

Acerca da contabilidade governamental e suas especificidades, julgue os itens a seguir.

42) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 91) Os registros de atos administrativos

praticados pelos gestores públicos não são objeto da contabilidade governamental, pois

não afetam o patrimônio dos órgãos públicos.

Contabilidade Pública para Concursos

41

CESPE/MC 2013 - Nível III – Atividades Técnicas de Suporte – Nível Superior –

Especialidade 14

Julgue os próximos itens, acerca da contabilidade aplicada ao setor público.

43) (CESPE/MC 2013 - Nível III –Especialidade 14 – Item 107) O objeto da

contabilidade pública consiste no patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e

privado.

CESPE/MJ 2013 - CARGO 3: CONTADOR

A respeito dos princípios de contabilidade, do sistema de contabilidade federal e da

conceituação, objeto e campo de aplicação da contabilidade governamental, julgue os

itens subsequentes.

44) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 99) O campo de aplicação da contabilidade

do setor público abrange todas as entidades do setor público, excluindo-se, para efeito

contábil, as pessoas físicas que receberam subvenções, benefícios, incentivos fiscais ou

creditícios de órgãos públicos.

45) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 101) O objeto de estudo da contabilidade

pública é o patrimônio público consubstanciado no conjunto de bens e direitos, tangíveis

e intangíveis, produzidos ou formados, com exceção dos que foram desenvolvidos

internamente ou recebidos em doação.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8: CONTADOR

Em relação ao sistema de contabilidade federal, à conceituação, ao objeto e ao campo de

aplicação da contabilidade e suas variações, julgue os itens seguintes.

46) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 8 – Item 83) O patrimônio público compõe-se de

ativo, passivo e saldo patrimonial, de modo que, no setor público, o saldo patrimonial não

se diferencia do patrimônio líquido, considerado na contabilidade empresarial.

Em relação ao sistema de contabilidade federal, à conceituação, ao objeto e ao campo de

aplicação da contabilidade e suas variações, julgue os itens seguintes.

Contabilidade Pública para Concursos

42

47) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 8 – Item 85) Um ativo deve ser reconhecido no

patrimônio público quando for provável que dele sejam gerados benefícios futuros para a

entidade, ainda que as variações patrimoniais decorrentes do seu uso nem sempre

representam benefícios para a entidade.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 6: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO-ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: FINANÇAS E

CONTROLE

Com base nos fundamentos das contabilidades pública e comercial, julgue os itens a

seguir.

48) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 6 – Item 99) A inscrição de um crédito na dívida

ativa integra o objeto da contabilidade pública, embora não faça parte do ciclo

orçamentário.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

A respeito de aspectos das transações no setor público, registros e sistemas contábeis,

julgue os itens que se seguem.

49) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 87) O sistema contábil do setor público

federal representa a estrutura de informações que trata da gestão do patrimônio público,

do controle da elaboração, da discussão e da aprovação do orçamento público, com o

objetivo de subsidiar a tomada de decisões de naturezas orçamentária, financeira e

patrimonial.

Quanto ao plano de contas aplicado ao setor público, ao regime contábil, ao SIAFI e ao

suprimento de fundos, julgue os itens subsequentes.

50) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 100) Pelo regime de competência, o

registro de uma provisão representa obrigação presente na data do balanço, resultante de

evento passado, quando confiável a estimativa do valor da obrigação.

Contabilidade Pública para Concursos

43

CESPE/MPU 2013 - CARGO 13: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

PERÍCIA ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Acerca da conceituação, do objeto e do campo de aplicação da contabilidade

governamental e do patrimônio e suas variações, julgue os itens subsequentes.

51) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13 – Item 95) Os subsistemas contábeis devem ser

integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a

administração pública com informações sobre o conhecimento da composição e

movimentação patrimonial.

52) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13– Item 96) O campo de atuação do profissional

de contabilidade abrange as entidades do setor público, aí incluídas as entidades que,

ainda que tenham personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem,

movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos na execução de suas atividades,

no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas.

53) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13– Item 98) As empresas de capital aberto que

não estão contempladas no orçamento de investimentos, mas constam do orçamento fiscal

da seguridade social estão no campo de aplicação da contabilidade pública e são isentas

das exigências da contabilidade empresarial.

A respeito do plano de contas aplicado ao setor público, do regime contábil e da Conta

Única do Tesouro, julgue os itens que se seguem.

54) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13– Item 114) O reconhecimento da receita, sob o

enfoque orçamentário, ocorre no momento da arrecadação, de acordo com o regime de

caixa.

55) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13– Item 116) O reconhecimento da receita, sob o

enfoque patrimonial, tem como fato gerador o ato de verificação da procedência do

crédito e a identificação do devedor.

CESPE/BACEN 2013 - Analista - Área 5: INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

Acerca da contabilidade pública, seus métodos e procedimentos específicos, julgue os

itens subsequentes.

Contabilidade Pública para Concursos

44

56) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13– Item 79) A contabilidade pública não registra

os atos administrativos, assim entendidos os procedimentos que não provocam alteração

qualitativa ou quantitativa na composição do patrimônio público.

CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS

CONTÁBEIS/CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Acerca dos princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público, julgue os itens

a seguir.

57) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – item 81) Os créditos da fazenda

pública de natureza tributária são registrados na contabilidade no exercício em que forem

efetivamente arrecadados, em rubricas orçamentarias específicas, consignadas no plano

de contas, o que não esta compatível com o principio contábil da competência.

58) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – item 85) A autonomia patrimonial

das autarquias e empresas públicas se origina da obrigatoriedade de prestação de contas

dos agentes públicos, fato amparado pelos princípios contábeis aplicáveis ao setor

publico.

CESPE/FUNASA 2013 - ÁREA DE LOTAÇÃO: CELEBRAÇÃO E PRESTAÇÃO

DE CONTAS E CONVÊNIOS – NÍVEL IV: ATIVIDADES TÉCNICAS DE

COMPLEXIDADE INTELECTUAL – ESPECIALIDADE 3

Considerando o campo de aplicação e os princípios de contabilidade sob a perspectiva do

setor público, julgue os próximos itens.

59) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 92) Por ser a FUNASA

um órgão executivo do Ministério da Saúde, a ela é conferida a prerrogativa de observar

parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público,

com vistas à garantia de procedimentos suficientes de prestação de contas e

instrumentalização do controle social.

Contabilidade Pública para Concursos

45

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 1

1 E 21 E 41 E

2 E 22 E 42 E

3 E 23 E 43 E

4 E 24 E 44 E

5 C 25 E 45 E

6 C 26 E 46 C

7 E 27 E 47 C

8 C 28 C 48 C

9 E 29 C 49 C

10 C 30 E 50 C

11 E 31 E 51 C

12 C 32 C 52 C

13 C 33 E 53 E

14 C 34 C 54 C

15 C 35 E 55 E

16 C 36 C 56 E

17 B 37 E 57 C

18 E 38 C 58 C

19 E 39 E 59 E

20 E 40 C

Contabilidade Pública para Concursos

46

REVISÃO DO CAPÍTULO 1

Contabilidade pública: campo de aplicação, objeto e objetivos.

CONCEITO

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que

aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de

Contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle PATRIMONIAL

de entidades do setor público.

CAMPO DE APLICAÇÃO

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange

TODAS as entidades do setor público.

Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público

ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem,

movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas

atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam

subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

INTEGRALMENTE Entidades

Governamentais (Adm. Dir.

Autarq., Fund. EP dep.)

Serviços Sociais (SESI, SENAI...)

Conselhos Profissionais (CREA, CFC...)

Contabilidade Pública para Concursos

47

OBJETIVO

O OBJETIVO da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é FORNECER aos

usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza

orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor

público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a

adequada prestação de contas; e o necessário suporte para

instrumentalização do controle social.

OBJETO

O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o PATRIMÔNIO

PÚBLICO.

Obs: A partir de 2010, os BENS DE USO COMUM que absorveram ou

absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em DOAÇÃO,

devem ser incluídos no ATIVO NÃO CIRCULANTE da entidade responsável

pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade

operacional.

REGIME CONTÁBIL

Regime Contábil

Enfoque Orçamentário

Regime

Misto

Orçamento

Receita /Despesa

Orçamentária

Lei 4.320/64

Enfoque Patrimonial

Regime Competência

Qdo questão não falar nada

Receitas/

Despesa

Princípio da competência

Contabilidade Pública para Concursos

48

NBC T 16.6 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Insere como demonstrações contábeis obrigatórias a Demonstração dos Fluxos

de Caixa - DFC e o Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido -

DMPL, além dos demonstrativos tradicionais da Lei 4.320/64 (BO, BF, BP e

DVP).

Deverão ainda ser acompanhadas de Notas Explicativas e apresentação de valores

correspondentes ao período anterior em suas estruturas.

NBC T 16.9 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

Até o momento os registros de Depreciação, Amortização e da Exaustão, não

possuem tradição de aplicação no Setor Público, tornando-se assim, a partir da

NBCT 16.9, uma norma obrigatória.

Contabilidade Pública para Concursos

49

CAPÍTULO 2 - BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Assunto: Balanço orçamentário de acordo com a Lei n.o 4320/64: estrutura, características das

receitas e despesas orçamentárias. Interpretação do resultado orçamentário.

1) Conceito / Objetivo

A comparação entre a receita e despesa orçamentárias previstas (fixadas) e

executadas é feita no demonstrativo denominado BALANÇO ORÇAMENTÁRIO - BO,

conforme dispõe a Lei 4.320/64:

“Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas

PREVISTAS em confronto com as REALIZADAS.”

O objetivo do BO é demonstrar a receita prevista e a despesa fixada na lei

orçamentária e em créditos adicionais, bem como a sua execução, permitindo a

comparação dos valores previstos com os realizados.

A finalidade do balanço orçamentário é a avaliação da gestão orçamentária

confrontando as receitas previstas e despesas FIXADAS com as realizadas.

Qual a diferença entre despesa prevista e fixada?

Por se tratar de um conceito do ano de 1964, o novo conceito orçamentário não

esteja claramente expresso no art. 102 da Lei 4.320/64. Na verdade, o orçamento traz as

receitas previstas e as despesas fixadas, e é desse modo que devemos considerar.

É comum vermos na bibliografia o termo “prevista” estar ligado à receita

orçamentária, já que sabemos que a receita se trata apenas de uma estimativa. Já quando

estamos falando em despesas, é mais comum que o termo ”fixada” apareça, pois, para que

as despesas sejam realizadas, é necessário que haja a autorização legislativa prévia

(fixação).

Apesar disso, em provas de concurso é muito comum aparecer o conteúdo literal

do art. 102 da Lei 4.320/64, que fala em despesas previstas. As Bancas gostam muito de

reproduzir o conteúdo literal desse artigo, mesmo que tal conceito esteja superado.

Contabilidade Pública para Concursos

50

Portanto, se aparecer em uma questão o termo “despesa prevista”, não marquem errado

no item por causa disso! Itens literais, copiados das leis, estão corretos.

2) Características do BO

2.1) Subsistema Orçamentário

Inicialmente, é importante destacar que a contabilidade pública, originalmente

(Lei 4.320/64) trabalhava com QUATRO sistemas de contas, a saber:

Esses 4 sistemas registram o seguinte:

Contabilidade Pública para Concursos

51

O Balanço Orçamentário é elaborado apenas com contas do sistema

orçamentário, sendo possível se afirmar também que e as contas do sistema

orçamentário são destinadas apenas ao Balanço Orçamentário.

Observação:

Atualmente, conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor

Público (NBCASP), o sistema contábil público estrutura-se nos seguintes subsistemas:

Subsistema de Informações Orçamentárias

Subsistema de Informações Patrimoniais

Subsistema de Compensação

Subsistema de Custos

Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - 2ª

edição Portaria STN nº751, de 16 de dezembro de 2009.

As contas do sistema (e do subsistema) orçamentário controlam:

No concurso, como é possível saber se estão falando dos sistemas da Lei

4.320/64 ou dos novos trazidos pelas NBCASP?

Se aparecer apenas a palavra SISTEMA, trata-se daqueles 4 definidos pela Lei

4.320/64 (SO, SF, SP e SC). Caso apareça a palavra SUBSISTEMA, é porque a Banca

está se referindo aos novos (de Informações Orçamentárias, Patrimoniais, de

Compensação e de Custos), trazidos pelas NBCASP.

Contabilidade Pública para Concursos

52

2.2) Classificação da receita e da despesa

Uma característica importante no Balanço Orçamentário é que, no modelo da Lei

4.320/64, as receitas são classificadas por CATEGORIA ECONÔMICA, e as despesas

por TIPO DE CRÉDITO (e por categoria econômica). É importante observar que, no

lado das despesas, o valor do crédito suplementar deve ser somado ao valor do crédito

orçamentário inicial. Entretanto, no caso das receitas, não é necessário esse tipo de

separação.

Podemos esquematizar o que foi dito da seguinte maneira:

A disciplina contabilidade pública está passando por diversas mudanças nesses

últimos anos. Apenas a título de curiosidade, vale a pena apresentar a nova estrutura do

BO:

2.2.1) Balanço Orçamentário – nova estrutura

Para a NBCT 16.6 – Demonstrações Contábeis

“O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, por

categoria econômica, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a

execução, demonstra o resultado orçamentário e discrimina:

(a) as receitas por fonte (espécie);

(b) as despesas por grupo de natureza.”

Contabilidade Pública para Concursos

53

Podemos esquematizar a nova estrutura do BO da seguinte maneira:

Cabe ressaltar que, em geral, as Bancas ainda cobram o balanço conforme os

preceitos da Lei 4.320/64. Portanto, o importante aqui é que a gente se lembre do

conceito apresentado anteriormente, de que as receitas são classificadas por

CATEGORIA ECONÔMICA, e as despesas por TIPO DE CRÉDITO (e por

categoria econômica).

O que é classificação da receita por categoria econômica? E quanto às despesas

serem classificadas por tipo de crédito e por categoria econômica?

Dizer que a receita é classificada por categoria econômica, nada mais é do que

dividi-la em receita corrente e de capital, conforme esquema a seguir:

Contabilidade Pública para Concursos

54

2.2.2) Classificação por natureza da receita

Já quando se fala que as despesas são classificadas por tipos de crédito, deve-se ter

em mente que os créditos podem ser: iniciais e adicionais, sendo que estes últimos são

divididos em suplementares, especiais e extraordinários.

2.3) Equilíbrio formal

Na elaboração do orçamento, parte-se de uma situação em que a receita prevista é

igual à despesa fixada:

Receita PREVISTA = Despesa FIXADA

Entretanto, esse equilíbrio formal da peça orçamentária não significa que o

orçamento esteja equilibrado do ponto de vista econômico. É muito comum que o

equilíbrio seja alcançado somente por meio da cobertura do déficit com operações de

crédito (contratadas ou realizadas por meio da emissão de títulos públicos).

Contabilidade Pública para Concursos

55

Na obra “Contabilidade Pública: Uma Abordagem da Administração Financeira

Pública”, Piscitelli e Timbó fazem interessante análise acerca do equilíbrio formal:

“Por outro lado, um orçamento superavitário, a rigor, não teria sentido, à

medida que o Estado estaria cobrando dos cidadãos mais tributos que o necessário para

financiar suas atividades e projetos. Apesar disso, o superávit pode constituir-se num

mecanismo de política fiscal através da qual o governo retira da sociedade mais recursos

do que injeta, o que caracteriza uma tentativa de contração do nível da atividade

econômica. No caso brasileiro, a obtenção de elevados superávits (primários) tem-se

constituído numa verdadeira obsessão, em função de acordos internacionais do País e da

garantia aos credores.”

2.4) Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO

De acordo com a LRF, o balanço orçamentário é o único demonstrativo que

deve compor um relatório, no caso o Relatório Resumido da Execução Orçamentária –

RREO, conforme transcrito a seguir:

“Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá

todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o

encerramento de cada bimestre e composto de:

I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão

atualizada;

Contabilidade Pública para Concursos

56

b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a

despesa liquidada e o saldo;”

2.5) Despesas Executadas

Na coluna de DESPESA EXECUTADA, constam despesas com as seguintes

características:

a) empenhadas apenas, mas inscritas em restos a pagar não processados;

b) empenhadas e liquidadas apenas e inscritas em restos a pagar processados; e

c) empenhadas, liquidadas e pagas.

Cabe ressaltar que a STN considera como execução orçamentária da despesa a

ocorrência do estágio da liquidação (e não o do empenho), efetivado ou não o seu

respectivo pagamento.

Para efeito de questões de prova, considerando que em geral os balanços se

referem a exercícios financeiros já encerrados, em que houve a inscrição de Restos a

Pagar Não processados, devemos tomar como referência os valores empenhados para

efeito de cálculos.

O que são restos a pagar processados e não processados? E o que significam

despesas empenhadas, liquidadas e pagas?

ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

A despesa orçamentária passa por três momentos: planejamento, execução e

controle e avaliação.

O planejamento é o momento preliminar. Antes do empenho, o ente tem que

fixar a despesa orçamentária, efetuar a movimentação dos créditos entre as unidades,

licitar e fazer a sua programação financeira.

O momento da execução da despesa orçamentária é composto pelos três

estágios a seguir: empenho, liquidação e pagamento.

Contabilidade Pública para Concursos

57

O empenho é uma reserva orçamentária para determinado gasto. Cria para o

Estado uma obrigação de pagamento. Aqui temos que entender que não é uma obrigação

de natureza contábil. A obrigação que o empenho cria não é absoluta, não é eficaz, não é

líquida e certa. É uma obrigação do ponto de vista de caixa, tem a finalidade de diminuir

o superávit financeiro para não inviabilizar o pagamento quando as condições forem

totalmente realizadas. É um mecanismo de impedir obrigação sem disponibilidade de

caixa.

A obrigação registrada pela contabilidade representa a possibilidade de

exigibilidade por parte de terceiros.

A liquidação consiste na verificação da prestação do serviço e da entrega dos

bens, bem como do credor e do valor a ser pago. Só pode ser efetuada após o empenho.

O pagamento é a entrega de numerário ao credor e somente pode ser efetuado

após a liquidação.

RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS

Contabilidade Pública para Concursos

58

3) Estrutura do BO

Na coluna das receitas, estão incluídas: receitas tributárias, de contribuições,

patrimoniais e outras correntes, bem como receitas de operações de crédito, alienação de

bens, amortização de empréstimos e outras de capital.

Na coluna das despesas, estão incluídas: pessoal e encargos sociais, juros e

encargos, outras, investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida. Não estão

incluídas despesas com depreciação ou exaustão de ativos e despesas relacionadas a

consumo de materiais anteriormente incorporadas a estoques, por não se caracterizarem

despesas orçamentárias.

Veja abaixo a estrutura atual do balanço orçamentário – atual anexo 12 da Lei

4.320/64:

Receita Despesa

Título Previsão

Execuçã

o Difer. Título Fixação

Execuçã

o Diferença

Receitas

Correntes

Créditos Inicial

+

Tributárias

Suplementar

Contribuiçõ

es

Despesas

Correntes

Patrimonial

Pessoal e

Encargos

Agropecuári

a

Juros e Enc.

Dívida

Industrial

Outras Desp.

Corrent

Serviços

Transf.

Correntes

Despesa de

Capital

Outr. Rec.

Correntes Investimento

Inversões

Financeiras

Receitas de

Capital

Amortiz.

Dívida

Operações

Créditos Créditos

Especial

Alienação Despesas

Contabilidade Pública para Concursos

59

de Bens Correntes

Amortização

Emp/Fin

Despesas

Capital

Transf.

Capital

Outras Rec.

Capital Créditos

Extraordinário

Despesas

Correntes

Despesas

Capital

Subtotal Subtotal

Ressalta-se que essa estrutura foi transcrita apenas para que se ter uma noção de

como é um balanço orçamentário. Não há necessidade de se memorizar todas as

receitas e despesas relacionadas anteriormente. Isso normalmente não será importante

na resolução de questões de prova. Aliás, em provas do CESPE, por exemplo, é mais

comum que o BO seja apresentado da seguinte maneira:

Contabilidade Pública para Concursos

60

3.1) Nova estrutura do BO (MCASP)

O novo Balanço Orçamentário, constante do volume V do MCASP, apresenta

algumas alterações significativas em relação à estrutura da Lei 4.320/64.

Mudanças relevantes:

A despesa orçamentária passa a ser demonstrada por empenho, liquidação

e despesa paga, e não mais por tipo de crédito.

Linhas específicas de refinanciamento de dívida e saldos de exercícios

anteriores para as receitas.

Linha de amortização da dívida refinanciada para a despesa orçamentária.

Contabilidade Pública para Concursos

61

Além disso, o novo balanço é acompanhado dos seguintes anexos:

Contabilidade Pública para Concursos

62

4) Análise do Balanço Orçamentário

Existem 6 (seis) tipos de análises que podem ser feita em um balanço

orçamentário, sendo que as 3 primeiras são as mais cobradas em provas:

Resultado orçamentário;

Resultado da execução da receita;

Resultado da execução da despesa;

Comparação dos Resultados Corrente e de Capital;

Análise do Endividamento;

Indicadores do Balanço Orçamentário

A seguir explicaremos melhor cada uma dessas análises:

4.1) Resultado orçamentário

O resultado orçamentário final do exercício será obtido estabelecendo-se as

diferenças para mais ou para menos, ou seja, a soma dos excessos e a das insuficiências,

que resultam num superávit ou num déficit na execução do orçamento.

Comparando o desempenho das receitas e despesas (executadas), podem ocorrer

os seguintes resultados:

Para efeito de prova, o resultado orçamentário é calculado comparando os

seguintes valores:

Contabilidade Pública para Concursos

63

No caso hipotético acima, o resultado orçamentário do exercício seria um déficit

de 20.000.

Observar que o cálculo é feito com as receitas e despesas EXECUTADAS,

conforme esquematizado a seguir.

Podemos esquematizar o resultado orçamentário da seguinte maneira:

Resultado Orçamentário

Contabilidade Pública para Concursos

64

DICA

Em provas do CESPE, em geral não precisamos fazer contas para calcular os valores. Eles

já vêm calculados. Basta que a gente saiba onde eles estão localizados no balanço.

No Balanço orçamentário, os déficits (sejam correntes, sejam de capital) devem ser

colocados sempre do lado esquerdo (lado das receitas) e os superávits (correntes ou de capital),

no lado direito (lado das despesas).

É claro! O balanço deve estar equilibrado. Se houve um déficit, por exemplo, é porque

houve mais despesas do que receitas. Então, para equilibrar a situação, esse excesso de despesas

deve ser colocado do lado que está defasado (no caso, o das receitas), para que, na última linha, os

totais sejam iguais dos dois lados.

Portanto, no caso do balanço orçamentário, em questões do CESPE, normalmente não

precisaremos fazer contas quando estiver sendo solicitado o resultado orçamentário do exercício.

Normalmente, a Banca indica esse resultado em uma linha em que se calcula o déficit ou o

superávit. Quando fizermos os exercícios, tudo vai ficar mais claro!

4.2) Resultado da execução da receita

Analisando apenas o lado das receitas, podem ocorrer os seguintes resultados:

Para efeito de prova, o resultado da execução da receita é calculado comparando

os seguintes valores:

Contabilidade Pública para Concursos

65

No caso hipotético acima, o resultado da execução da receita seria uma

insuficiência de arrecadação de 22.000. O ente arrecadou menos do que estava previsto

inicialmente.

OBSERVAÇÃO

É importante ressaltar que, embora não esteja totalmente errado falarmos em

déficit ou superávit da arrecadação da receita, deve-se evitar o uso de tais terminologias

quando analisamos a execução da receita e também da despesa. Essa terminologia

(superávit e déficit) deve ser usada somente quando calculamos o resultado

orçamentário. Portanto, ao analisarmos a execução da receita, usaremos sempre os

termos insuficiência ou excesso, conforme o caso.

Observar que o cálculo é feito com as RECEITAS PREVISTAS E

REALIZADAS.

Podemos esquematizar o resultado da execução da receita da seguinte maneira:

Resultado da Receita:

Contabilidade Pública para Concursos

66

4.3) Resultado da execução da despesa

Analisando apenas o lado das despesas, podem ocorrer os seguintes resultados:

Para efeito de prova, o resultado da execução das despesas é calculado

comparando os seguintes valores:

No caso hipotético acima, o resultado da execução da despesa seria uma economia

de despesa no valor de 2.000. O ente gastou menos do que estava previsto.

Importante: É importante observar que a demonstração de um EXCESSO DE

DESPESAS no balanço orçamentário constitui uma situação impossível, pois as

despesas não podem ser executadas sem a respectiva autorização orçamentária.

Observar que o cálculo é feito com as DESPESAS FIXADAS E REALIZADAS.

Podemos esquematizar o resultado da realização da despesa da seguinte maneira:

Contabilidade Pública para Concursos

67

Resultado da Despesa:

4.4) Comparação dos Resultados Corrente e de Capital

É possível realizar análises de cunho econômico no balanço orçamentário,

incluindo o estudo sobre a tendência para a capitalização ou descapitalização na

aprovação do orçamento e principalmente na sua execução.

Quando há aplicação de receita corrente em despesa de capital, dá-se o

fenômeno denominado CAPITALIZAÇÃO orçamentária, ou seja, superávit corrente e

déficit de capital.

Em outras palavras, a capitalização consiste na aplicação (despesa) de fontes de

recursos (receitas) em bens de capital (tributos sendo utilizado na aquisição de

automóveis ou de um imóvel, por exemplo).

CAPITALIZAÇÃO

Contabilidade Pública para Concursos

68

Quando há aplicação de receita de capital em despesa corrente, dá-se o

fenômeno da DESCAPITALIZAÇÃO orçamentária, ou seja, superávit de capital e

déficit corrente.

Desse modo, a descapitalização ocorrerá quando bens de capital forem alienados

para realização de gastos de custeio (venda de um automóvel com a finalidade de

financiar despesa com pessoal, por exemplo).

DESCAPITALIZAÇÃO

Vedações:

O cálculo de capitalização/descapitalização é a base da chamada “REGRA DE

OURO”, conforme segue:

Art. 167, III da CF – REGRA DE OURO

“É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das

despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou

especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria

absoluta”.

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69

O fundamento para isso é o seguinte: se o montante das operações de crédito

exceder o montante das despesas de capital, então haverá uma margem considerável para

que ocorra o uso de recursos de capital em aplicações correntes (descapitalização).

É importante ressaltar que o dispositivo citado anteriormente (art. 167, inciso III,

da CF) em momento algum disse que é proibido o uso de recursos de operações de crédito

em despesas correntes, mas apenas se referiu a montantes. Portanto, lembrem-se disso:

Observação (Regra de Ouro)

NÃO é proibido o uso de recursos de recursos de operações de crédito em

despesas correntes. O que não pode é o montante das operações de crédito exceder o

montante das despesas de capital.

Por sinal, vale a pena comentarmos que a única proibição expressa de uso de

recursos de capital em despesas correntes está disposta na LRF, conforme segue:

Art. 44 da LRF

“É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e

direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente,

salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos

servidores públicos.”

Resumindo, a capitalização se origina da combinação conjunta de Superávit

Corrente e de Déficit de Capital. Já a descapitalização, origina-se da combinação

conjunta de Superávit de Capital e de Déficit Corrente. Com isso, podemos

esquematizar a comparação dos resultados corrente e de capital da seguinte maneira:

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70

Capitalização x Descapitalização

Onde:

Rc = Receitas Correntes

Dc = Despesas Correntes

Rk = Receitas de Capital

Dk = Despesas de Capital

4.5) Análise do Endividamento

A partir do balanço orçamentário, também é possível saber se está havendo um

aumento ou uma diminuição do nível de endividamento do ente.

Caso o montante referente às receitas de operações de crédito supere o montante

das despesas de amortização da dívida, é porque está ocorrendo um aumento do

endividamento. Caso contrário, diz-se que o endividamento está diminuindo.

Podemos esquematizar a análise do endividamento da seguinte maneira:

Contabilidade Pública para Concursos

71

Endividamento:

Receita Oper. Crédito > Desp. Amort. Dívida

Receita Oper. Crédito < Desp. Amort. Dívida

4.6) Indicadores do Balanço Orçamentário

Com relação ao BO, podemos ter os seguintes indicadores:

QUOCIENTE DA EXECUÇÃO DA RECEITA

Receita arrecadada ÷ Receita prevista

- Quanto maior melhor (> 1)

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72

QUOCIENTE DA EXECUÇÃO DA DESPESA

Despesa Executada ÷ Despesa Fixada

- Quanto mais próximo de um melhor (≤ 1)

- Se for maior, incorre em ilegalidade

QUOCIENTE DO RESULTADO ORÇAMENTÁRIO

Receita arrecadada ÷ Despesa Executada

- > 1 superávit orçamentário

- < 1 déficit orçamentário

- = 1 equilíbrio

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73

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Considerando-se a tabela acima, em que são apresentados os saldos, em reais, de uma

unidade gestora hipotética X, em 31/12/2011, é correto afirmar que

1) (CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2 - Item 85) o resultado orçamentário foi igual a

R$ 1.000,00.

2) (CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2 - Item 87) houve excesso de arrecadação no

valor de R$ 4.000,00.

CESPE/TCE-ES 2012 - Cargo: AUDITOR

Com relação às demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, julgue os itens que se

seguem, de acordo com o Manual de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional.

3) - (CESPE/TCE-ES 2012 - Cargo: AUDITOR - Item 100) Os demonstrativos da

execução de restos a pagar processados e não processados devem ser anexados ao balanço

orçamentário.

CESPE/TCE-ES 2012 - Cargo : AUDITOR

Tendo como referência inicial o texto acima, julgue os itens a seguir, a respeito do direito

financeiro brasileiro.

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74

4) (CESPE/TCE-ES 2012 - Cargo: AUDITOR - Item 150) É conhecida como regra

de ouro a vedação, prevista na CF, à realização de operações de créditos que excedam o

montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos

suplementares, ou especiais, com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo,

por maioria absoluta.

CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador

A tabela acima contém receitas e despesas, em reais, extraídas do balancete de um órgão

hipotético da administração direta, no exercício de X11, que teve orçamento aprovado

com previsão inicial de receita de R$ 500,00. Com base nessa tabela, julgue os itens a

seguir.

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75

5) (CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador - Item 78) No balanço orçamentário de

X1, haverá déficit orçamentário de R$ 200,00.

6) (CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador - 79) Com base no balanço

orçamentário de X11, haverá uma economia orçamentária (economia de despesas) no

valor de R$ 100,00.

7) (CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador - 80) Infere-se dos dados apresentados

na tabela que parte da despesa executada refere-se à abertura de créditos adicionais.

CESPE/TCU 2007 - Cargo: Auditor

Com base na Constituição Federal e na legislação complementar, no que concerne às

matérias orçamentária e financeira públicas, julgue os itens a seguir.

8) (CESPE/TCU 2007 - Cargo: Auditor - Item 165) Considere-se que a proposta

orçamentária de um ente público foi encaminhada com a seguinte estrutura (valores em

R$ bilhões).

Nessa situação hipotética, é correto concluir que a proposta é inadmissível, em virtude de

apresentar deficit corrente e de as receitas de capital excederem as despesas de capital.

CESPE/TCU 2007 - Cargo: Auditor

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76

Julgue os itens a seguir, relativos à apresentação e à composição dos balanços

orçamentário, financeiro e patrimonial.

9) (CESPE/TCU 2007 - Cargo: Auditor - Item 193) Haverá tanto superavit quanto

deficit na execução orçamentária de um ente público que apresente, ao final do exercício,

a seguinte situação.

CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2: ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA II

Considere que determinada unidade gestora tenha apresentado os seguintes saldos, em

reais, ao final do seu exercício financeiro.

10) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 71) Houve superávit orçamentário de R$

50,00.

11) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 72) Foi constatada economia de despesas

de R$ 130,00.

12) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 74) Ocorreu um déficit de arrecadação de

R$ 100,00.

CESPE/TCU 2009/ Cargo 4: Técnico Federal de Controle Externo – Área: Apoio

Técnico e Administrativo – Especialidade: Técnica Administrativa

Contabilidade Pública para Concursos

77

Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nos conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue os

itens de 92 a 96.

13) (CESPE/TCU 2009/ Cargo 4 - TFCE - Item 96) Considerando os saldos

orçamentários de determinado ente, em milhões de reais, ao final do exercício,

apresentados na tabela a seguir, é correto concluir que o superávit do orçamento corrente

foi de R$ 205 milhões.

CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E

INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Classe A, Padrão I) –

ÁREA: GESTÃO FINANCEIRA (A3)

A tabela acima ilustra os saldos do balanço orçamentário hipotético, em reais, de

determinado ente governamental. Com base nessa tabela, julgue os itens a seguir.

14) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 – Item 68) O déficit de arrecadação é de R$ 350,00.

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78

15) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 – Item 69) O resultado orçamentário é nulo.

16) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 – Item 70) Houve economia de despesa no valor

de R$ 450,00.

CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa

– Especialidade: Contabilidade

Julgue os itens a seguir, acerca da estrutura e componentes das demonstrações contábeis

no setor público.

17) (CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2 – Item 75) Os valores referentes ao

refinanciamento da dívida mobiliária deverão constar, destacadamente, no balanço

orçamentário, nas receitas de operações de crédito internas e externas e, nesse mesmo

nível de agregação, nas despesas com amortização da dívida de refinanciamento.

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

A Aprovação da Lei Orçamentária Anual no valor de R$ 200.000,00;

B Lançamento de impostos no valor de R$ 120.000,00, sendo arrecadados R$

100.000,00;

C Compra de imóvel a vista no valor de R$ 70.000,00;

D Recebimento de veículo em doação no valor de R$ 20.000,00;

E Despesas de água, luz e telefone no valor de R$ 40.000,00, com valor total inscrito em

restos a pagar.

Considerando os eventos acima, relativos ao encerramento do primeiro exercício

financeiro de determinada entidade governamental, julgue os itens que se seguem acerca

do fechamento de suas demonstrações contábeis.

18) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 79) Com relação ao balanço orçamentário, o

resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$ 10.000,00.

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79

CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3: Analista Legislativo – Ciências Contábeis

No primeiro exercício financeiro de uma entidade governamental, foi aprovada a lei

orçamentária anual (LOA) no valor de R$ 200.000,00 e foram registrados apenas os

seguintes eventos contábeis nesse exercício financeiro:

Com base nessas informações, julgue os próximos itens, relativos ao fechamento de

balanços públicos desse exercício financeiro, de acordo com a Lei n.º 4.320/1964.

19) (CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3 - Item 76) O resultado orçamentário do

exercício apresentou déficit orçamentário no valor de R$ 20.000,00.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

Acerca do balancete e das demonstrações contábeis, julgue os itens a seguir.

20) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 107) No balanço orçamentário, na

comparação do executado com o orçado, tem-se insuficiência de arrecadação quando a

receita prevista for maior que a receita arrecadada.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Determinada entidade do setor público apresentou os eventos registrados abaixo em seu

primeiro exercício financeiro, ocorrido em 2012.

• aprovação da Lei Orçamentária Anual, com previsão da receita e fixação da despesa no

valor de R$ 150.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 60.000,00;

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80

• empenho, consumo e pagamento de despesas com serviços de água, luz e telefone

durante o ano, no valor de R$ 20.000,00;

• recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 100.000,00;

• compra de veículo para uso no valor de R$ 30.000,00, com recebimento imediato do

bem, inscrito integralmente em restos a pagar ao final do exercício financeiro de 2012.

Com base nos eventos acima registrados, julgue os itens que se seguem, acerca do

fechamento das demonstrações contábeis do ano de 2012 da referida entidade conforme a

Lei n.º 4.320/1964.

21) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 108) O resultado orçamentário do exercício

foi superavitário em R$ 10.000,00.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

No primeiro exercício financeiro de uma entidade do setor publico, foram registrados

somente os seguintes eventos contábeis.

• Previsão da receita e fixação da despesa no valor de R$ 280.000,00.

• Impostos arrecadados no valor de R$ 130.000,00.

• Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$ 70.000,00.

• Compra de equipamento para uso da entidade, com recebimento imediato do bem, no

valor de R$ 120.000,00, com metade do pagamento a vista e o restante inscrito em restos

a pagar.

• Veiculo recebido em doação, no valor de R$ 20.000,00.

Considerando os eventos acima registrados, relativos ao encerramento desse primeiro

exercício financeiro, julgue os próximos itens, acerca da elaboração das demonstrações

contábeis, de acordo com a Lei n.o 4.320/1964.

22) (CESPE/ANS 2013/Cargo 5 – Item 75) O resultado orçamentário do exercício

apresentou déficit no valor de R$ 60.000,00.

CESPE/DPF 2013/CARGO 1: PERITO CRIMINAL FEDERAL/ÁREA 1

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81

Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do

balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e

despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os

próximos itens.

23) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 88) No balanço orçamentário, haverá

resultado orçamentário correspondente a superávit de R$ 20.000 e déficit no orçamento

de capital.

24) ) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 89) Com base apenas nos dados

mostrados na tabela apresentada, não é possível afirmar que a elaboração do balanço

orçamentário da referida prefeitura demonstrará economia de despesas. Por outro lado, é

possível afirmar que a execução orçamentária demonstra descapitalização.

CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3: Técnico de Nível Superior –

SPU/UCP

Considere que em uma entidade governamental tenham sido registrados os seguintes

eventos no primeiro exercício financeiro encerrado:

• aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no valor de R$ 120.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 73.000,00;

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82

• empenho, liquidação e pagamento de despesas com limpeza e conservação no valor de

R$ 35.000,00;

• recebimento de veículo em doação no valor de R$ 20.000,00;

• compra de equipamento para uso, com recebimento imediato do bem, no valor de R$

30.000,00, inscrito em restos a pagar.

Considerando as informações acima, julgue os próximos itens, com base nas

demonstrações contábeis da Lei n.º 4.320/1964.

25) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 119) No balanço

orçamentário, o resultado orçamentário do exercício é superavitário em R$ 55.000,00.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4: Analista Administrativo - Área: Ciências Contábeis

A respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de

Responsabilidade Fiscal, julgue os itens que se seguem.

26) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 85) O balanço orçamentário demonstra o

que foi planejado para as despesas e receitas do órgão público, em comparação com o que

foi efetivamente realizado, incluindo as inscrições e pagamentos de restos a pagar

ocorridos no exercício.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9: Especialista em Regulação de Serviços de

Transportes Terrestres – Área: Ciências Contábeis

De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, julgue os próximos itens, acerca das demonstrações

contábeis.

27) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 96) No balanço orçamentário, os restos a

pagar do exercício corrente serão computados na receita extraorçamentária para

compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

Contabilidade Pública para Concursos

83

No que se refere às demonstrações contábeis, segundo a legislação, julgue os itens a

seguir.

28) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 99) O superávit corrente é o excesso de

receitas correntes em relação às despesas correntes, possibilitando a cobertura de despesas

de capital. O superávit de capital ocorre na situação em que as receitas de capital superam

as despesas de capital, o que resulta no aumento do patrimônio público.

29) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 101) No balanço orçamentário,

evidencia-se a receita por categoria econômica, corrente e de capital, ao passo que a

despesa é desdobrada seguindo-se dois critérios: tipo de crédito (orçamentário e

suplementar, especial e extraordinário) e categoria econômica (corrente e de capital).

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

No curso de uma auditoria, estão em análise as contas de um órgão da administração

pública direta da União em seu primeiro exercício financeiro, com apuração das seguintes

receitas e despesas:

Contabilidade Pública para Concursos

84

Considerando as informações apresentadas acima, as normas vigentes e, ainda, o

consumo total do material de consumo adquirido, julgue os itens subsecutivos, em relação

às demonstrações contábeis previstas na Lei n.º 4.320/1964.

30) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 - Item 91) O resultado corrente demonstrado

no balanço orçamentário evidencia valor superavitário.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 13: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

PERÍCIA ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

No que se refere a demonstrações contábeis e receitas e despesas públicas, julgue os itens

seguintes.

31) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13 – Item) 104 No balanço orçamentário, com o

objetivo de equilibrar o demonstrativo, o déficit será informado do lado da receita e o

superávit será informado do lado da despesa.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Com relação às demonstrações contábeis da contabilidade governamental, julgue os itens

seguintes.

32) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 145) No

balanço orçamentário, se demonstrado que houve economia orçamentária no orçamento

corrente e excesso de arrecadação no orçamento de capital, é possível que ocorra déficit

orçamentário.

CESPE/FUNASA 2013 - ÁREA DE LOTAÇÃO: CELEBRAÇÃO E PRESTAÇÃO

DE CONTAS E CONVÊNIOS – NÍVEL IV: ATIVIDADES TÉCNICAS DE

COMPLEXIDADE INTELECTUAL – ESPECIALIDADE 3

Considere os seguintes dados relativos ao encerramento do primeiro exercício financeiro

de determinada entidade governamental:

Contabilidade Pública para Concursos

85

• previsão da receita orçamentária: ....................R$ 80.000,00.

• fixação da despesa orçamentária: ....................R$ 80.000,00.

• arrecadação de impostos: ................................R$ 50.000,00.

• empenho de despesas: .....................................R$ 80.000,00.

• liquidação de despesas: ...................................R$ 70.000,00.

• inscrição de despesas em restos a pagar: .........R$ 30.000,00.

• recebimento de imóvel em doação: ....................R$ 100.000,00.

Com base nessas informações, julgue os itens a seguir, acerca da elaboração das

demonstrações contábeis em conformidade com a Lei n.º 4.320/1964.

33) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 95) O resultado

orçamentário do exercício é nulo, visto que a despesa orçamentária foi fixada no mesmo

montante da receita orçamentária prevista.

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nas informações apresentadas na tabela acima,

referentes ao primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade

governamental, julgue os itens que se seguem.

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86

34) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 75) A partir do confronto

entre as receitas e as despesas, foi apurado o resultado orçamentário do exercício com

superávit no valor de R$ 13.000,00.

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 2

1 X (1) 21 C

2 C 22 C

3 C 23 E

4 C 24 E

5 E 25 E

6 C 26 E

7 E 27 E

8 E 28 C

9 E 29 E

10 C 30 C

11 E 31 C

12 E 32 E

13 X (2) 33 E

14 E 34 E

15 C

16 C

17 C

18 C

19 C

20 C

(1) ANULADA

Justificativa: A informação, em relação ao exercício, tratou dos empenhos

“liquidados” e não do total dos empenhos emitidos, o que impede a constatação de

que os valores dos empenhos informados corresponderiam à receita prevista. Devido

ao exposto, opta-se pela anulação do item.

(2) ANULADA

Justificativa: A utilização da expressão “déficit de arrecadação”, em desacordo com o

uso corrente da doutrina, pode ter induzido os candidatos ao erro, prejudicando o

julgamento objetivo do item. Dessa forma, opta-se pela anulação.

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87

REVISÃO DO CAPÍTULO 2 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Orçamento

aprovado

Orçamento

executado

Orçamento

aprovado

Orçamento

executado Resultado

Orçamento

aprovado

Receita

prevista

= Despesa

fixada

Equilíbrio

(formal)

Orçamento

executado

Receita

prevista

> Receita

arrecadada

Insuficiência

de

arrecadação

Receita

prevista

< Receita

arrecadada

Excesso de

arrecadação

Despesa

fixada

> Despesa

realizada

Economia de

despesa

Despesa

fixada

< Despesa

realizada

Excesso de

despesa

(vedado)

Receita

arrecadada >

Despesa

realizada Superávit

Receita

arrecadada <

Despesa

realizada Déficit

Receita

arrecadada =

Despesa

realizada Equilíbrio

LEI 4.320/64

O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas PREVISTAS em

confronto com as REALIZADAS. (Art. 102, Lei 4320/64)

Capitalização x Descapitalização

A capitalização se origina da combinação conjunta de Superávit Corrente e de

Déficit de Capital.

A descapitalização se origina da combinação conjunta de Superávit de Capital

e de Déficit Corrente.

Vedações:

Art. 167, III da CF

“É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das

despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares

ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por

maioria absoluta”

Art. 44 da LRF

“É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e

direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa

corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e

próprio dos servidores públicos.”

Contabilidade Pública para Concursos

88

CAPÍTULO 3 - BALANÇO FINANCEIRO

Assunto: Balanço financeiro de acordo com a Lei 4.320/64: estrutura, características das

receitas e despesas extra-orçamentárias. Interpretação do resultado financeiro

1) Conceito / Objetivo

A relação de receitas e despesas orçamentárias e extra-orçamentárias

EXECUTADAS é feita no demonstrativo denominado BALANÇO FINANCEIRO,

conforme dispõe a Lei 4.320/64:

“Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa

ORÇAMENTÁRIAS bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza EXTRA-

ORÇAMENTÁRIA, conjugados com os SALDOS em espécie provenientes do exercício

anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.”

O objetivo do balanço financeiro é demonstrar a movimentação de

disponibilidades da entidade.

Contabilidade Pública para Concursos

89

2) Características do BF

2.1) Sistema Financeiro e Subsistema de Informações Patrimoniais

O Balanço Financeiro é elaborado apenas com contas do antigo sistema

financeiro, que atualmente encontram-se inseridas no subsistema de Informações

Patrimoniais.

Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

(NBCASP), o sistema contábil público estrutura-se nos seguintes subsistemas:

Subsistema de Informações Orçamentárias

Subsistema de Informações Patrimoniais

Subsistema de Compensação

Subsistema de Custos

Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - 2ª

edição Portaria STN nº751, de 16 de dezembro de 2009.

De acordo com a NBC T 16.2, o sistema contábil está estruturado nos seguintes

SUBSISTEMAS de informações:

(...)

Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não

financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio

público;

Portanto, as contas do antigo SISTEMA FINANCEIRO (incluídas no atual

subsistema patrimonial) controlam:

Contabilidade Pública para Concursos

90

2.2) Classificação da receita e da despesa

Uma característica importante no Balanço Financeiro é que, no modelo da Lei

4.320/64, as receitas são classificadas por CATEGORIA ECONÔMICA, e as despesas

por FUNÇÃO.

Podemos esquematizar o que foi dito da seguinte maneira:

Como é sabido, a disciplina contabilidade pública está passando por diversas

mudanças nesses últimos anos. Apenas a título de curiosidade, vale a pena apresentarmos

a nova estrutura do BF:

Balanço FINANCEIRO – nova estrutura

Para a NBCT 16.6 – Demonstrações Contábeis:

“O Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das entidades do

setor público no período a que se refere, e discrimina:

(a) a receita orçamentária realizada por destinação de recurso;

Contabilidade Pública para Concursos

91

(b) a despesa orçamentária executada por destinação de recurso e o montante

não pago como parcela retificadora;

(c) os recebimentos e os pagamentos extra-orçamentários;

(d) as transferências ativas e passivas decorrentes, ou não, da execução

orçamentária;

(e) o saldo inicial e o saldo final das disponibilidades.”

Podemos esquematizar a nova estrutura do BF da seguinte maneira:

Cabe ressaltar que, em geral, as Bancas ainda cobram o balanço conforme os

preceitos da Lei 4.320/64. Portanto, o importante aqui é que a gente dê mais atenção ao

conceito apresentado anteriormente, de que as receitas são classificadas por

CATEGORIA ECONÔMICA, e as despesas por FUNÇÃO.

Como é feita a classificação da despesa por função?

A classificação da despesa por FUNÇÃO é derivada da classificação funcional

programática, conforme esquema a seguir:

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92

CLASSIFICAÇÁO FUNCIONAL - Indica as áreas em que se realizam as

despesas. É composta por um rol de funções e subfunções pré-fixadas, em que as

subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam

vinculadas. (Lei 4320/64, Art. 8 § 2º - Portaria MOG n ° 42/99).

Função - Compreende o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa

que competem ao setor público.

Subfunção - Representa uma partição da função. Visa agregar determinado

subconjunto de despesa do setor público.

2.3) Receitas

RECEITA PÚBLICA

Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias. (MTO 2014

adota este conceito)

Contabilidade Pública para Concursos

93

INGRESSOS DE VALORES NOS COFRES PÚBLICOS

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

São as entradas de numerário no caixa governamental que passam a integrar o

patrimônio do Poder Público.

Exemplo: receita de imposto de renda, receita de taxas de limpeza urbana,

receitas de aluguéis, receitas de serviços prestados, receitas de vendas de bens e de

obtenção de empréstimos.

RECEITAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS (ou Ingressos Extra-orçamentários

ou ainda Recebimentos Extra-orçamentários)

São entradas de dinheiro no caixa governamental que NÃO geram ao Poder

Público disponibilidade sobre o uso.

Exemplo: cauções, depósitos, empréstimos para caixa (ARO), salários não

reclamados. São mais conhecidas como ENTRADAS COMPENSATÓRIAS.

2.4) Despesas

DESPESAS

Contabilidade Pública para Concursos

94

São quaisquer saídas de recursos financeiros no caixa da entidade, podendo se

distinguir as orçamentárias, quando previamente autorizadas pela LOA, das extra-

orçamentárias, quando se tratar do pagamento de dívidas flutuantes.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

São as autorizações para realizações de gastos constantes da Lei Orçamentária

Anual.

Exemplo: despesa com pessoal, com serviços, investimentos em estradas,

despesas com juros.

DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS (ou DISPÊNDIOS EXTRA-

ORÇAMENTÁRIOS)

São as saídas de recursos financeiros relacionados à restituição de entradas

compensatórias e pagamentos da despesa orçamentária que estava a pagar. São, portanto,

pagamentos de dívidas flutuantes.

Exemplo: cauções, depósitos, ARO devolvidas, bem como pagamento de restos a

pagar, fornecedores e outras dívidas flutuantes. Pode-se denominá-las “saídas”

compensatórias.

- O que são dívidas flutuantes?

Trataremos com mais detalhes da dívida flutuante nos capítulos de balanço

patrimonial e do Título IX da Lei 4.320/64. Por enquanto, o que precisamos saber a

respeito desse tema é o seguinte:

A dívida flutuante é aquela que, em geral, tem prazo de vencimento inferior a 12

meses, não dependendo de autorização orçamentária para ser paga. Trata-se, portanto, de

uma dívida de curto prazo.

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95

De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/64, a DÍVIDA FLUTUANTE compreende:

os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; os serviços da dívida a pagar; os

depósitos; os débitos de tesouraria. Esses itens podem ser descritos da seguinte

maneira:

Restos a Pagar – as despesas empenhadas, não pagas até

31 de dezembro, e devidamente inscritas;

Serviço da Dívida a Pagar – as parcelas de amortização e

de juros da dívida fundada ou consolidada;

Depósitos – as cauções ou garantias recebidas de terceiros

para execução de contratos de obras e fornecimentos, em dinheiro;

Débitos de Tesouraria – as dívidas provenientes de

operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO).

2.5) Restos a Pagar

É importante atentar para o que dispõe o parágrafo único do artigo 103 da Lei

4.320/64, obrigando que as despesas orçamentárias informadas no Balanço Financeiro

sejam as empenhadas:

“Art. 103 (...)

Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita

extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”.

Cabe observar que no título “Restos a Pagar”, inserido nas receitas extra-

orçamentárias, o que consta na verdade é o total dos “Restos a Pagar” INSCRITOS no

exercício, compensando dessa forma a sua inclusão na despesa orçamentária.

Deve-se entender que o Balanço Financeiro tem a função de um demonstrativo de

fluxo de caixa. Desse modo, as despesas não pagas, que foram computadas no balanço

orçamentário e que figuram também no balanço financeiro, não provocarão alterações

Contabilidade Pública para Concursos

96

no saldo disponível, anulando-se seu efeito por inclusão simultânea nas colunas da

receita e da despesa. Do mesmo modo, o título “Serviço da Dívida a Pagar” também

integra as receitas extra-orçamentárias. De acordo com Piscitelli & Timbó, utiliza-se esse

artifício contábil para demonstrar a variação efetiva do disponível. Portanto, esses

valores não constituem genuinamente receitas extraorçamentárias, mas sim

compensação, de modo que ocorre uma “anulação” das despesas que não acarretaram

desembolso para efeito de apuração da movimentação efetiva das disponibilidades da

entidade.

Com relação à coluna das despesas, deverá constar no Balanço Financeiro, na

especificação da despesa orçamentária, a despesa realizada (paga e a pagar), incluindo-

se também a inscrição em Restos a Pagar. O valor desta inscrição deverá se igualar

numericamente aos Restos a Pagar classificados como receita extra-orçamentária,

conforme explicado no parágrafo anterior.

Desse modo, a despesa orçamentária efetivamente paga no exercício será a

diferença entre a despesa realizada (empenhada), que consta de despesas

orçamentárias, e a inscrição em Restos a Pagar (empenhada, a pagar), que consta da

receita extra-orçamentária.

Contabilidade Pública para Concursos

97

Assim, por meio desse artifício, fica mais fácil perceber a essência do parágrafo

único do art. 103 da Lei 4.320/64, que considera eu os Restos a Pagar inscritos no

exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão

na despesa orçamentária (empenhada):

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98

Além disso, consta nas despesas extra-orçamentárias o título “Restos a Pagar”,

que se refere aos pagamentos no exercício, correspondentes a valores inscritos no

exercício anterior, razão de seu pagamento não ser mais considerado como despesa

orçamentária, visto que já tiveram o tratamento de despesa orçamentária no momento da

sua inscrição (no exercício anterior).

Esse raciocínio também pode ser aplicado ao título “Serviço da Dívida a Pagar”,

constante das despesas extra-orçamentárias. Portanto, constata-se que o efeito no caixa só

se reflete no balanço financeiro do exercício em que o pagamento é realizado.

Em síntese, o que fica demonstrado no balanço financeiro é o movimento de caixa

durante todo o exercício, sem prejuízo dos saldos que se transferem de exercício.

Desse modo, podemos esquematizar o que foi dito da seguinte forma:

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99

3) Estrutura

Na coluna de receita, inscrevem-se:

os totais da receita orçamentária por categorias econômicas e suas

subdivisões;

os totais da receita extraorçamentária (incluídos os valores das despesas

realizadas – pelo regime de competência – e não pagas);

os saldos provenientes do exercício anterior (disponíveis).

Na coluna da despesa, serão incluídos:

os totais da despesa orçamentária por funções;

os totais da despesa extraorçamentária (incluídos os valores das despesas

realizadas anteriormente – pelo regime de competência – e pagas no exercício,

sem necessidade de nova autorização orçamentária);

os saldos para o exercício seguinte (disponíveis).

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100

Veja a seguir um exemplo de balanço financeiro extraído de uma prova do

CESPE, retratando a estrutura do balanço financeiro de acordo com a Lei 4.320/64:

Nova estrutura do BF (MCASP)

O balanço financeiro teve sua estrutura bastante alterada no MCASP – volume V.

Dentre as alterações mais significativas, destacam-se:

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101

Mudanças relevantes:

A despesa orçamentária passa a ser demonstrada por destinação de

recursos e não mais por função e grupo de despesa.

A despesa orçamentária registrada por empenho e não mais por

liquidação durante o exercício.

As transferências financeiras realizadas entre órgãos pertencentes ao

mesmo ente federativo (cotas, repasses e sub-repasses) passam a ser registradas

em linhas específicas (caso não se trate de balanço consolidado do ente).

A nova estrutura do balanço é a seguinte:

3.1) Sentido de Leitura do BF

O Balanço Financeiro deve ser lido no sentido horário. Desse modo, parte-se do

saldo do exercício financeiro anterior. Depois disso, acrescentam-se as receitas

orçamentárias e extraorçamentárias, descontando-se as despesas orçamentárias e

extraorçamentárias, determinando-se assim o saldo que passa para o exercício seguinte.

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102

4) Análise do Balanço Financeiro

Para efeito de prova, o que realmente interessa é a análise do Balanço Financeiro.

Enquanto no Balanço Orçamentário havia 6 tipos de análise possíveis, agora a informação

que realmente interessa é o Resultado Financeiro, cujo cálculo será explicado a seguir.

4.1) Resultado financeiro

O resultado financeiro do exercício poderá ser obtido de duas formas. Na primeira,

mais simples, basta se determinar a diferença entre o saldo disponível atual (ou que

passa para o exercício seguinte) e o saldo disponível do exercício anterior. Observe

exemplo a seguir:

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103

A segunda maneira de se obter o resultado financeiro do exercício é por meio da

diferença entre os ingressos e os dispêndios ocorridos no exercício. Para isso, basta fazer

a diferença entre o total das receitas (orçamentárias + extraorçamentárias) e o total das

despesas (orçamentárias + extraorçamentárias). Observe exemplo a seguir:

DICA

Como pode perceber-se, a primeira forma de calcular o resultado financeiro é

bem mais simples do que a segunda, pois basta fazer uma conta. Em provas de

concursos, sempre que possível, você deve calcular o resultado financeiro diminuindo o

saldo seguinte do anterior, pois assim estará ganhando tempo. Nada de tentar resolver a

questão das duas formas, pois isso resultará em perda de tempo ao final da prova. Faça

o mais simples!

O resultado financeiro pode apresentar três resultados, conforme representado

na tabela a seguir:

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104

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105

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/TCU/2012 - Cargo 1: Auditoria Governamental

Julgue os itens consecutivos, referentes à análise das demonstrações contábeis do setor

público.

1) (CESPE/TCU/2012 - Cargo 1 – Item 153) As despesas que se revistam de simples

transitoriedade e, em algum momento, constituíram receitas extraorçamentárias podem

ser tratadas como despesas extraorçamentárias.

CESPE/TCDF/2012 - Analista de Controle Externo

Com base nos valores acima, correspondentes ao encerramento do primeiro exercício

financeiro de determinada entidade governamental, julgue os itens que se seguem, acerca

do fechamento das demonstrações contábeis dessa entidade.

2) (CESPE/TCDF/2012 - Analista de Controle Externo – Item 132) O resultado

financeiro do exercício apresenta superávit no valor de R$ 31.000,00.

CESPE/BASA 2012 - Cargo 4: Técnico Científico – Área: Contabilidade

A respeito das demonstrações contábeis, julgue os próximos itens.

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106

3) (CESPE/BASA 2012 - Cargo 4 - Item 74) No balanço financeiro, o pagamento de

restos a pagar do exercício anterior, realizado durante o exercício financeiro, deve ser

registrado entre os dispêndios extraorçamentários.

CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Considerando-se a tabela acima, em que são apresentados os saldos, em reais, de uma

unidade gestora hipotética X, em 31/12/2011, é correto afirmar que

4) (CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2 - Item 83) o resultado financeiro foi igual a R$

6.000,00.

5) (CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2 - Item 86) o valor a ser inscrito em restos a pagar

processados corresponde a R$ 3.000,00.

CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador

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107

A tabela acima contém receitas e despesas, em reais, extraídas do balancete de um órgão

hipotético da administração direta, no exercício de X11, que teve orçamento aprovado

com previsão inicial de receita de R$ 500,00. Com base nessa tabela, julgue os itens a

seguir.

6) (CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador - Item 76) Os pagamentos de restos a

pagar ocorridos no exercício de X11 estão incluídos no total das despesas de R$ 600,00.

CESPE/TCU 2007 - Cargo: Auditor

Julgue os itens a seguir, relativos à apresentação e à composição dos balanços

orçamentário, financeiro e patrimonial.

7) (CESPE/TCU 2007 - Cargo: Auditor - Item 194) Suponha-se que o balanço

financeiro da União tenha acumulado, até novembro de 2006, seguintes valores.

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108

Nesse caso, é correto concluir que as disponibilidades existentes ao final de 2005 haviam

aumentado R$ 6.797 milhões.

CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 : ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA II

Acerca dos créditos adicionais, do subsistema de informações orçamentárias e do saldo

em espécie dos balanços financeiros, julgue os itens que se seguem.

8) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 66) O saldo em espécie para o exercício

seguinte, apurado no balanço financeiro, é obtido pela soma dos ingressos menos os

dispêndios realizados no exercício.

Considere que determinada unidade gestora tenha apresentado os seguintes saldos, em

reais, ao final do seu exercício financeiro.

Com base nos dados acima apresentados, julgue os próximos itens.

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109

9) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 70) O resultado financeiro do exercício é

igual a R$ 200,00.

10) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 73) Não haverá despesas a serem inscritas

em restos a pagar não processados.

CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E

INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Classe A, Padrão I) –

ÁREA: GESTÃO FINANCEIRA (A3)

A tabela abaixo apresenta os saldos do balanço financeiro hipotético, em reais, de

determinado ente governamental.

Sabendo que o valor da despesa orçamentária não paga foi de R$ 50,00, julgue os itens

subsecutivos.

11) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 71) O saldo financeiro para o exercício

financeiro seguinte será inferior a R$ 180,00.

12) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 72) A receita extraorçamentária que constará

da demonstração contábil será inferior a R$ 80,00.

CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa

– Especialidade: Contabilidade

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110

Julgue os itens a seguir, acerca da estrutura e componentes das demonstrações contábeis

no setor público.

13) (CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2 - Item 76) As transferências recebidas de

outro ente, obrigatórias ou facultativas, devem ser classificadas no balanço financeiro

como recebimentos extraorçamentários.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

Acerca da contabilidade pública e das variações patrimoniais, julgue os itens que se

seguem.

14) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 93) A restituição ou entrega de

valores recebidos, tais como cauções, depósitos e consignações são despesas

extraorçamentárias, pagas independentemente de lei orçamentária.

Acerca do balancete e das demonstrações contábeis, julgue os itens a seguir.

15) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 108) O balanço financeiro evidencia

o fluxo das disponibilidades, apurado a partir dos recebimentos e pagamentos

orçamentários ou extraorçamentários, não contemplando as variações patrimoniais

aumentativas nem as diminutivas, pois essas variações não representam movimentação

financeira.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Determinada entidade do setor público apresentou os eventos registrados abaixo em seu

primeiro exercício financeiro, ocorrido em 2012.

• aprovação da Lei Orçamentária Anual, com previsão da receita e fixação da despesa no

valor de R$ 150.000,00;

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111

• arrecadação de impostos no valor de R$ 60.000,00;

• empenho, consumo e pagamento de despesas com serviços de água, luz e telefone

durante o ano, no valor de R$ 20.000,00;

• recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 100.000,00;

• compra de veículo para uso no valor de R$ 30.000,00, com recebimento imediato do

bem, inscrito integralmente em restos a pagar ao final do exercício financeiro de 2012.

Com base nos eventos acima registrados, julgue os itens que se seguem, acerca do

fechamento das demonstrações contábeis do ano de 2012 da referida entidade conforme a

Lei n.º 4.320/1964.

16) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 109) No balanço financeiro, a despesa

orçamentária totalizou R$ 20.000,00.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

No primeiro exercício financeiro de uma entidade do setor publico, foram registrados

somente os seguintes eventos contábeis.

• Previsão da receita e fixação da despesa no valor de R$ 280.000,00.

• Impostos arrecadados no valor de R$ 130.000,00.

• Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$ 70.000,00.

• Compra de equipamento para uso da entidade, com recebimento imediato do bem, no

valor de R$ 120.000,00, com metade do pagamento a vista e o restante inscrito em restos

a pagar.

• Veiculo recebido em doação, no valor de R$ 20.000,00.

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112

Considerando os eventos acima registrados, relativos ao encerramento desse primeiro

exercício financeiro, julgue os próximos itens, acerca da elaboração das demonstrações

contábeis, de acordo com a Lei n.o 4.320/1964.

17) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 76) No balanço financeiro, o total da receita

orçamentária foi de R$ 190.000,00.

CESPE/IBAMA 2013/Cargo: Analista Administrativo

Com base nas leis que regulam o sistema tributário nacional e nas normas gerais de

direito financeiro, julgue os itens que se seguem.

18) (CESPE/IBAMA 2013/Cargo: Analista Administrativo - Item 94) O balanço

financeiro deve demonstrar as receitas e as despesas previstas, em confronto com as

receitas e as despesas realizadas.

CESPE/DPF 2013/CARGO 1: PERITO CRIMINAL FEDERAL/ÁREA 1

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113

Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do

balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e

despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os

próximos itens.

19) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 85) Com base nos dados apresentados na

tabela, e sabendo-se que houve inscrição em restos a pagar de parte da despesa executada,

é possível afirmar que, na elaboração do balanço financeiro da referida prefeitura, a soma

dos ingressos e dispêndios extraorçamentários será igual a zero.

CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3: Técnico de Nível Superior –

SPU/UCP

Considere que em uma entidade governamental tenham sido registrados os seguintes

eventos no primeiro exercício financeiro encerrado:

• aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no valor de R$ 120.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 73.000,00;

• empenho, liquidação e pagamento de despesas com limpeza e conservação no valor de

R$ 35.000,00;

• recebimento de veículo em doação no valor de R$ 20.000,00;

• compra de equipamento para uso, com recebimento imediato do bem, no valor de R$

30.000,00, inscrito em restos a pagar.

Considerando as informações acima, julgue os próximos itens, com base nas

demonstrações contábeis da Lei n.º 4.320/1964.

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114

20) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 118) O saldo para o

exercício seguinte do balanço financeiro é de R$ 38.000,00.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9: Especialista em Regulação de Serviços de

Transportes Terrestres – Área: Ciências Contábeis

De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, julgue os próximos itens, acerca das demonstrações

contábeis.

21) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 95) O balanço financeiro é elaborado a

partir de todas as transações do setor público registradas nos subsistemas patrimonial,

orçamentário e de compensação.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

No que se refere às demonstrações contábeis, segundo a legislação, julgue os itens a

seguir.

22) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 98) Considere que determinado balanço

financeiro demonstre nos ingressos extraorçamentários a rubrica restos a pagar com

valores superiores a zero. Nesse caso, é correto afirmar que os valores registrados

representam o montante de recursos recebidos para o pagamento desses restos a pagar no

exercício em tela.

23) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 102) Quando uma agência reguladora

retém o valor dos impostos referentes ao pagamento a fornecedores, estes devem ser

registrados como receita extraorçamentária.

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115

CESPE/MC 2013 - Nível III – Atividades Técnicas de Suporte – Nível Superior –

Especialidade 14

Julgue os itens seguintes com relação às demonstrações contábeis e às receitas e despesas

públicas.

24) (CESPE/MC 2013 - Nível III –Especialidade 14 – Item 111) No balanço

financeiro, a despesa orçamentária deve ser informada pelos valores realizados,

incluindo-se as despesas pagas e aquelas relativas à inscrição de restos a pagar.

CESPE/MJ 2013 - CARGO 3: CONTADOR

Acerca das demonstrações contábeis e dos registros aplicados ao setor público, julgue os

itens que se seguem.

25) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 92) Os restos a pagar do exercício corrente

devem ser incluídos na receita extraorçamentária, para compensar sua inclusão na despesa

orçamentária, devendo seus impactos ser devidamente evidenciados no balanço

orçamentário.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –

ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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116

Considerando as informações contábeis acima, referentes ao final do primeiro e do

segundo exercício financeiro de determinada entidade patrimonial, julgue os seguintes

itens, com base na Lei n.º 4.320/1964 e suas atualizações.

26) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 105) No ano 2, houve equilíbrio na

execução extraorçamentária.

27) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 106) No ano 1, o resultado financeiro

do exercício foi superavitário em R$ 53.000.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9: AGENTE ADMINISTRATIVO

No que concerne às contas do balanço financeiro, julgue o item abaixo.

28) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9 – Item 95) O valor inscrito em restos a pagar,

constante da despesa orçamentária do balanço financeiro, deve ser computado na receita

extraorçamentária da coluna de ingressos do referido balanço.

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117

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

No curso de uma auditoria, estão em análise as contas de um órgão da administração

pública direta da União em seu primeiro exercício financeiro, com apuração das seguintes

receitas e despesas:

Considerando as informações apresentadas acima, as normas vigentes e, ainda, o

consumo total do material de consumo adquirido, julgue os itens subsecutivos, em relação

às demonstrações contábeis previstas na Lei n.º 4.320/1964.

29) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 92) Em função do movimento financeiro,

o balanço financeiro evidencia o aumento do valor das disponibilidades para o exercício

seguinte em valor superior a R$ 50,00.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

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118

Com relação às demonstrações contábeis da contabilidade governamental, julgue os itens

seguintes.

30) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 148) No

balanço financeiro, a soma dos restos a pagar inscritos e ainda não pagos, assim como as

consignações em folha de pagamento representam ingressos extraorçamentários.

CESPE/FUNASA 2013 - ÁREA DE LOTAÇÃO: CELEBRAÇÃO E PRESTAÇÃO

DE CONTAS E CONVÊNIOS – NÍVEL IV: ATIVIDADES TÉCNICAS DE

COMPLEXIDADE INTELECTUAL – ESPECIALIDADE 3

Considere os seguintes dados relativos ao encerramento do primeiro exercício financeiro

de determinada entidade governamental:

• previsão da receita orçamentária: ....................R$ 80.000,00.

• fixação da despesa orçamentária: ....................R$ 80.000,00.

• arrecadação de impostos: ................................R$ 50.000,00.

• empenho de despesas: .....................................R$ 80.000,00.

• liquidação de despesas: ...................................R$ 70.000,00.

• inscrição de despesas em restos a pagar: .........R$ 30.000,00.

• recebimento de imóvel em doação: ....................R$ 100.000,00.

Com base nessas informações, julgue os itens a seguir, acerca da elaboração das

demonstrações contábeis em conformidade com a Lei n.º 4.320/1964.

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119

31) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 96) O balanço financeiro

apresenta saldo de R$ 10.000,00 para o exercício seguinte.

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nas informações apresentadas na tabela acima,

referentes ao primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade

governamental, julgue os itens que se seguem.

32) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 76) Para fins de apuração do

resultado financeiro do exercício, deve-se considerar a despesa orçamentária no valor de

R$ 114.000,00, correspondente às despesas empenhadas deduzidas dos valores inscritos

em restos a pagar.

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

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120

Considerando as informações acima, relativas às transações contábeis de entidade

governamental em determinado exercício, e o necessário relacionamento do regime

orçamentário com o regime contábil, julgue os itens subsecutivos.

33) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 82) Deve haver o registro de

despesa orçamentária, nesse exercício, no valor R$ 15.000,00, correspondente ao

empenho da despesa dos restos a pagar pagos.

CESPE/CADE 2014 - Cargo 3: Contador

Com relação a demonstrações contábeis, consolidação das contas públicas e notas

explicativas, julgue os itens subsequentes.

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121

34) (CESPE/CADE 2014 - Cargo 3 – Item 119) O balanço financeiro demonstra o

saldo em espécie para o exercício seguinte, também evidenciado no balanço patrimonial,

nas contas caixa e equivalentes de caixa.

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 3

1 C 21 E

2 C 22 E

3 C 23 C

4 E 24 C

5 C 25 E

6 E 26 C

7 C 27 E

8 E 28 C

9 E 29 C

10 C 30 C

11 E 31 E

12 C 32 E

13 E 33 E

14 C 34 C

15 E

16 E

17 E

18 E

19 E

20 C

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122

REVISÃO DO CAPÍTULO 3 – BALANÇO FINANCEIRO

LEI 4.320/64

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa

ORÇAMENTÁRIAS bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza

EXTRA-ORÇAMENTÁRIA, conjugados com os SALDOS em espécie

provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício

seguinte.

Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita

extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

RESULTADO FINANCEIRO

Há 2 formas de se calcular o RESULTADO FINANCEIRO - RF:

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123

a) RF = Disponível ATUAL (ou seguinte) – Disp. ANTERIOR

b) RF = + INGRESSOS ORÇAMENTÁRIOS

+ INGRESSOS EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS

– DISPÊNDIOS ORÇAMENTÁRIOS

- DISPÊNDIOS EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS

SENTIDO DE LEITURA

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124

CAPÍTULO 4 - BALANÇO PATRIMONIAL

Assunto: Balanço Patrimonial de acordo com a Lei n. 4320/64: estrutura, características dos

ativos e passivos e das contas de compensação.

1) Conceito

O balanço patrimonial é o demonstrativo que evidencia a POSIÇÃO das contas

que constituem o Ativo e o Passivo. O ATIVO demonstra a parte positiva, representada

pelos bens e direitos; o PASSIVO representa os compromissos assumidos com

terceiros; e o equilíbrio numérico do Balanço é estabelecido pelo Saldo Patrimonial

positivo ou negativo:

A riqueza econômica líquida da entidade governamental é denominada

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ou SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA. Antes de

estudar o disposto na Lei 4.320/64 a respeito do Balanço Patrimonial – BP, é interessante

dar uma olhada nas características do BP.

2) Características do BP

2.1) Sistema Patrimonial e Subsistema de Informações Patrimoniais

O Balanço Patrimonial é elaborado com contas do antigo sistema financeiro, do

sistema patrimonial e também do sistema de compensação. Atualmente, o antigo

sistema financeiro encontra-se inserido no subsistema de Informações Patrimoniais.

Contabilidade Pública para Concursos

125

ATENÇÃO

Cuidado com o que acabou de ser escrito. Até agora, os balanços orçamentário e

financeiro englobavam contas somente do sistema orçamentário e financeiro,

respectivamente. A tendência natural é acharmos que o BP contém contas somente do

sistema patrimonial, o que não é verdade. Veremos isso com mais detalhes mais adiante.

Por enquanto, guarde o seguinte:

Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

(NBCASP), o sistema contábil público estrutura-se nos seguintes subsistemas:

Subsistema de Informações Orçamentárias

Subsistema de Informações Patrimoniais

Subsistema de Compensação

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126

Subsistema de Custos

Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - 2ª edição

Portaria STN nº751, de 16 de dezembro de 2009.

Assim, as contas do antigo sistema patrimonial e, consequentemente, a

contabilidade patrimonial, registram o seguinte:

Já o BALANÇO PATRIMONIAL, além das contas de compensação, evidencia

os valores dos ativos e passivos financeiros e não-financeiros, conforme esquematizado

a seguir:

Portanto, lembre-se do seguinte: o BALANÇO PATRIMONIAL não evidencia

apenas contas do SISTEMA PATRIMONIAL. Nele, estão contidas também contas do

SISTEMA FINANCEIRO E DE COMPESAÇÃO.

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127

2.2) Escolas de Pensamento Contábil – Teoria das Contas

Existem 3 teorias/escolas de pensamento contábil, conforme evidenciado na tabela

a seguir. Aqui, o que é importante é que, no Brasil, adota-se a Teoria Patrimonialista.

De acordo com a TEORIA PATRIMONIALISTA, a finalidade da contabilidade

é controlar o patrimônio. Dessa forma, suas contas são classificadas em:

• contas patrimoniais – que representam a situação ESTÁTICA (ou o estoque)

da entidade, ou seja, bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido (A = P + PL); e

• contas de resultado – que representam a situação DINÂMICA (ou o fluxo), ou

seja, as contas de receita e de despesa. Estas contas serão encerradas ao final do

exercício, para apuração do resultado, que, por meio da conta de Lucros ou Prejuízos

Acumulados será incorporado ao patrimônio, aumentando-o ou diminuindo-o. Podemos

esquematizar o que acabou de ser visto da seguinte maneira:

Contabilidade Pública para Concursos

128

Fonte: Apresentação STN MCASP - Módulo II - Introdução à Contabilidade

Portanto, no tocante aos demonstrativos, infere-se que:

Assim, constata-se que, dos demonstrativos da Lei 4.320/64, o único que

representa uma SITUAÇÃO ESTÁTICA é o balanço patrimonial. O que importa é a

data de elaboração do balanço. Os demais representam sempre uma situação dinâmica,

sendo relacionados a um período de tempo (mês, bimestre, na, etc.).

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129

Portanto, outra característica importante do BP é que ele retrata a situação

patrimonial estática em um determinado momento do exercício financeiro, em geral, o

dia 31/12.

O que significam essas situações estáticas e dinâmicas? É comum que isso

caia em prova?

Raramente isso é cobrado em prova de forma expressa. Até hoje, só vi uma ou

duas questões abordarem diretamente esse conhecimento.

O importante é saber que o balanço patrimonial é uma fotografia da situação

patrimonial da entidade na data 31/12, ou em qualquer outra data. É isso que significa a

tal “situação estática”. Naquele determinado dia, a entidade tinha, por exemplo, R$

10.000 em ativos e R$ 8.000 em passivos, resultando em um patrimônio líquido de R$

2.000. No dia seguinte, essa situação poderá se modificar, devendo ser produzida uma

nova fotografia, um novo BP. Por isso que se diz que esse demonstrativo é estático:

depois de “tirada” a fotografia, aquele dia ficou para trás; a situação dele não se

modificará mais.

Já os demais demonstrativos (BO, BF e DVP) se referem ao resultado em um

determinado período, normalmente UM exercício financeiro. Isso dizer que aquele

resultado foi apurado não somente em um dia, mas no exercício inteiro (de janeiro até

Contabilidade Pública para Concursos

130

dezembro). Por isso que esses demonstrativos são dinâmicos, eles se modificam a cada

dia, sendo o resultado apurado periodicamente.

2.3) Ativos e Passivos

Vimos no início da aula que o balanço patrimonial é o demonstrativo que

evidencia a POSIÇÃO das contas que constituem o Ativo e o Passivo.

O ATIVO demonstra a parte positiva, representada pelos bens e direitos;

O PASSIVO representa os compromissos assumidos com terceiros.

Isso quer dizer que os recursos registrados no passivo são aplicados no ativo, o

que pode ser esquematizado da seguinte maneira:

Fonte: Apresentação STN MCASP – Módulo II – Introdução à Contabilidade

Conforme observado na figura acima, o equilíbrio numérico do Balanço é

estabelecido pelo Saldo Patrimonial positivo ou negativo.

Onde estão as receitas e as despesas no balanço patrimonial?

Contabilidade Pública para Concursos

131

Nos balanços orçamentário e financeiro, estávamos analisando somente receitas e

despesas, elementos que fazem parte do nosso dia-a-dia. Temos nossas receitas (salários)

e pagamos nossas contas (despesas).

No caso do balanço patrimonial, não estamos mais falando em receitas e despesas

diretamente. Estamos tratando agora de origens e aplicações. O exemplo clássico é o

caso de você tomar um recurso emprestado, um financiamento de um banco, por

exemplo, para comprar um imóvel ou qualquer outro bem. Nesse caso, o empréstimo

seria uma dívida sua com o banco, um compromisso assumido com um terceiro. Deve,

portanto, ser registrado como passivo no balanço patrimonial. Já o imóvel adquirido, um

bem, seria registrado como ativo no balanço patrimonial. Portanto, a origem do recurso

foi o empréstimo (passivo) e a aplicação, foi o bem (ativo).

2.4) Disposição das Contas no BP

No Balanço Patrimonial, as contas devem ser dispostas da seguinte forma:

Sendo que:

LIQUIDEZ: característica dos ativos relacionada à capacidade de realização

(transformação) de um bem não-numerário ou de um direito a receber em bem

numerário.

EXIGIBILIDADE: característica dos passivos relacionada à necessidade de

liquidação (pagamento) de uma dívida a pagar.

Portanto, as contas do ativo financeiro possuem uma liquidez maior do que o

passivo permanente. Da mesma forma, as contas do passivo financeiro possuem um grau

de exigibilidade maior do que as do passivo permanente, ou seja, deverão ser pagas antes.

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132

3) Balanço Patrimonial na Lei 4.320/64

O BP é o demonstrativo que apresenta o estoque de ATIVOS e PASSIVOS da

entidade governamental. De acordo com a Lei 4.320/64:

Art. 105 - O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - o Ativo Financeiro;

II - o Ativo Permanente;

III - o Passivo Financeiro;

IV - o Passivo Permanente;

V - o Saldo Patrimonial;

VI - as Contas de Compensação.

§ 1º - O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis

INDEPENDENTEMENTE de autorização orçamentária e os valores numerários.

§ 2º - O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja

mobilização ou alienação DEPENDA de autorização legislativa.

§ 3º - O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas flutuantes e outras, cujo

pagamento INDEPENDA de autorização orçamentária.

§ 4º - O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que

DEPENDAM de autorização legislativa para amortização ou resgate.

§ 5º - Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações,

e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, mediata ou

indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.

ATENÇÃO

A versão mais atual da Lei 4.320/64 dispõe o § 3º da seguinte maneira:

§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá “as dívidas fundadas e outras” cujo

pagamento independa de autorização orçamentária.

Portanto, observe que não interessa se a dívida é flutuante ou consolidada. O

importante é saber se ela depende ou não de autorização para pagamento.

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133

Outra divergência entre as versões da Lei 4.320/64 diz respeito ao § 5º do artigo

105:

Observe que na versão mais atual, consta o termo “imediata”. Para efeito de

provas, as Bancas têm considerado corretas as duas situações, ainda que no segundo caso,

em nosso entendimento, a palavra “imediata” foi aplicada de forma indevida.

Qual é a diferença entre dívida flutuante e consolidada? Elas se confundem

com o passivo financeiro e permanente, respectivamente?

Cuidado para não confundir esses conceitos. Dívida flutuante e consolidada são

conceitos que dizem respeito ao prazo de vencimento das dívidas. A dívida flutuante é

aquela cujo prazo de vencimento, em geral, é inferior a 12 meses. Trata-se, portanto, de

uma dívida de curto prazo.

De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/64, a DÍVIDA FLUTUANTE compreende:

- Restos a Pagar – as despesas empenhadas, não pagas até 31 de dezembro, e

devidamente inscritas;

- Serviço da Dívida a Pagar – as parcelas de amortização e de juros da dívida

fundada ou consolidada;

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134

- Depósitos – as cauções ou garantias recebidas de terceiros para execução de

contratos de obras e fornecimentos, em dinheiro;

- Débitos de Tesouraria – as dívidas provenientes de operações de crédito por

antecipação de receita orçamentária (ARO).

A dívida consolidada (ou fundada) é aquela cujo prazo de vencimento, em regra,

é superior a 12 meses. Trata-se, portanto, de uma dívida de longo prazo.

ATENÇÃO

A LRF mandou incluir na dívida pública consolidada as operações de crédito de

prazo INFERIOR a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento (art.

29, § 3º).

O passivo financeiro compreende dívidas flutuantes e fundadas cujo pagamento

independa de autorização orçamentária.

O passivo permanente compreende dívidas flutuantes e fundadas cujo pagamento

dependa de autorização orçamentária.

Portanto, Passivo financeiro e permanente se referem à dependência ou não de

autorização legislativa. Já dívida flutuante e fundada são conceitos que se referem ao

prazo para pagamento da dívida.

ATIVOS

Os ATIVOS do Setor Público podem ser divididos em duas grandes categorias,

conforme disposto pela Lei 4.320/64 em seu art. 105:

a) Ativo FINANCEIRO: compreende os créditos e valores (DIREITOS)

realizáveis INDEPENDENTEMENTE de autorização orçamentária e os valores

numerários (BENS NUMERÁRIOS)

Exemplo: Caixa e Bancos (bens numerários), Salário-Família (direitos).

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135

b) Ativo PERMANENTE (ou não-financeiro): compreende os bens, créditos e

valores, cuja mobilização ou alienação DEPENDA de autorização legislativa.

Exemplo: dívida ativa (direito), material de consumo (bens de almoxarifado),

móveis e utensílios (bens tangíveis), marcas e patentes e softwares (bens

intangíveis).

PASSIVOS

Os PASSIVOS do Setor Público podem ser divididos em duas grandes categorias,

conforme disposto pela Lei 4.320/64 em seu art. 105:

a) Passivo FINANCEIRO: compreende os compromissos cujo pagamento

INDEPENDA de autorização orçamentária.

Exemplo: Fornecedores, Restos a Pagar (Obrigações Financeiras).

b) Passivo PERMANENTE (ou não-financeiro): compreende as dívidas

fundadas e outras que DEPENDAM de autorização legislativa para amortização

ou resgate.

Exemplo: Empréstimos a Pagar, Títulos a Pagar.

Portanto, na prova é importante se lembrar do seguinte:

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136

ATIVO E PASSIVO COMPENSADOS

Vejamos novamente o que diz a Lei a respeito desse assunto:

§ 5º - Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações,

e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, mediata ou

indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.

Desse modo, as contas de compensação registram os bens, valores, obrigações e

situações que, mediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio. Representam

valores em poder de terceiros ou recebidos de terceiros, valores nominais emitidos,

contabilizados em contas de compensação apenas para efeito de registro de controle, não

alterando o patrimônio quando de sua origem, mas que podem modificá-lo no futuro.

Numericamente, o ativo compensado deverá ser igual ao passivo compensado.

3.1) Estrutura do BP

Na coluna de ativo, inscrevem-se:

Ativo financeiro;

Ativo permanente ou não financeiro;

Ativo real;

Saldo patrimonial negativo, quando for o caso; e

Ativo compensado.

Na coluna de passivo, inscrevem-se:

Passivo financeiro;

Passivo permanente ou não financeiro;

Passivo real;

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137

Saldo patrimonial positivo, quando for o caso; e

Passivo compensado;

Na contabilidade geral, o patrimônio líquido aparece sempre no lado do

passivo no balanço patrimonial. Por que é que na contabilidade pública não

acontece a mesma coisa? Por que ficar mudando o saldo de lado a todo momento?

De fato é assim mesmo que acontece na contabilidade geral: o patrimônio líquido

sempre estará no lado do passivo, independentemente de ser positivo ou negativo.

Na contabilidade pública, a STN tem seguido a mesma metodologia da

contabilidade geral. Portanto, atualmente, se você consultar o balanço patrimonial da

União, observará que o saldo patrimonial está sempre no lado do passivo.

Só que, originalmente, a Lei 4.320/64 previu essa alternância do saldo

patrimonial. Caso positivo, aparece do lado do passivo; caso negativo, do lado do ativo.

Como em geral as Bancas delimitam o escopo dos balanços conforme o disposto na

Lei 4.320/64, é importante guardar esse conceito para a prova.

Você se lembra que, no início do capítulo, foi comentado que o BP compreende

contas dos sistemas financeiro, patrimonial e de compensação? Agora que já sabemos

como é a estrutura do demonstrativo e também já estudamos os conceitos de ativo e

Contabilidade Pública para Concursos

138

passivo financeiros, permanentes (ou não financeiros) e compensados, podemos

visualizar com mais clareza como estão dispostas as contas relativas a cada sistema no

BP:

Nova estrutura do BP (MCASP)

O balanço patrimonial teve sua estrutura bastante alterada no MCASP – volume

V.

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139

Dentre as alterações mais significativas, destacam-se:

Os ativos e passivos passam a ser classificados em CIRCULANTE e NÃO-

CIRCULANTE, e não mais em FINANCEIRO e PERMANENTE (NÃO-

FINANCEIRO).

O “saldo patrimonial” passa a ser denominado de Patrimônio Líquido-PL.

Mesmo que seja negativo, constará da coluna de PASSIVOS.

Além disso, de modo a possibilitar o cálculo do superávit financeiro, foi criado o

seguinte anexo ao BP:

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140

4) Análise do Balanço Patrimonial

Podemos dizer que, para efeito de prova, o que realmente interessa é a análise do

Balanço Patrimonial. Existem dois tipos de análises comumente abordadas em provas

para o BP: a determinação do saldo patrimonial e do superávit financeiro, cujos cálculos

serão explicados a seguir.

4.1) Saldo Patrimonial

O saldo patrimonial corresponde à diferença entre o Ativo Real (ativo financeiro

+ permanente) e o Passivo Real (passivo financeiro + permanente).

Saldo Patrimonial = Ativo Real – Passivo Real

Caso essa diferença seja positiva, o resultado se denomina Ativo Real Líquido.

Caso seja negativa, Passivo Real Descoberto.

Contabilidade Pública para Concursos

141

DICA

Observe que os valores dos ativos e passivos COMPENSADOS não são

considerados para o cálculo do SALDO PATRIMONIAL. Isso é muito

importante para a prova, pois normalmente a Banca fornecerá esses valores como

dados da questão. O candidato que não estudou, tentará usar esses parâmetros para

alguma coisa. Mas você estará atento a esse detalhe e saberá que eles não servem para

absolutamente nada quando estamos calculando o saldo patrimonial.

Exemplo de cálculo do saldo patrimonial

Suponha que a Banca tenha apresentado o BP a seguir e solicitado o cálculo do

saldo patrimonial:

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142

Saldo Patrimonial = Ativo Real – Passivo Real

Saldo Patrimonial = AR – PR = 2.500 – 1.500 = 1.000

ATIVO REAL LÍQUIDO = 1.000

DICA

Cuidado com uma pegadinha clássica do CESPE envolvendo questões de BP e

da DVP. O RESULTADO PATRIMONIAL do exercício é calculado na DVP. O

BP fornece o SALDO PATRIMONIAL. Repetindo:

Portanto, a primeira coisa que você irá observar em um item de BP ou de

DVP é exatamente o termo que está sendo usado. Se a questão for de BP, a aparecer

algo como “o resultado patrimonial do exercício foi de xx”, você nem precisa perder

tempo com a conta. Marque errado e passe para o próximo item. Deixe o candidato que

está sentado ao seu lado perder tempo com essa conta. Não seja você o “pato”.

É assim que se faz prova em concurso, tentando resolver as questões

Contabilidade Pública para Concursos

143

rapidamente, sempre que possível. Se você já sabe que o CESPE frequentemente tenta

confundir o saldo do BP com o resultado patrimonial da DVP, preste atenção nisso!

4.2) Superávit Financeiro

O superávit financeiro corresponde à diferença POSITIVA entre o Ativo e

Passivo Financeiro.

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144

Superávit Financeiro = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro

ATENÇÃO

Observe que se a diferença entre o ativo e o passivo financeiro for negativa,

obviamente não haverá superávit financeiro.

Qual é o objetivo de se fazer a separação dos ativos e passivos financeiros no

balanço patrimonial?

O objetivo principal de se fazer essa é o cálculo do SUPERÁVIT FINANCEIRO

(diferença positiva entre o Ativo e Passivo Financeiro), que constitui fonte de recursos

para abertura de créditos adicionais, aprovados durante o exercício financeiro

subsequente.

Exemplo de cálculo do superávit financeiro

Suponha que a Banca tenha apresentado o BP a seguir e solicitado o cálculo do

superávit financeiro apurado no BP, para verificar a possibilidade de abertura de créditos

adicionais:

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145

AF – PF = 1.000 – 800 = = + 200

Portanto, houve Superávit Financeiro (SF) de 200, valor que poderá ser usado

no exercício seguinte como fonte para abertura de créditos adicionais.

4.3) DVP x BP

Já vimos que o RESULTADO PATRIMONIAL do exercício é calculado na

DVP, enquanto que o BP fornece o SALDO PATRIMONIAL. Outra relação entre os

dois demonstrativos é que o resultado patrimonial do exercício (DVP) deve ser

AGREGADO ao saldo patrimonial acumulado no balanço patrimonial. Portanto, no

Balanço Patrimonial:

Spi +/- Resultado Patrimonial (da DVP) = SPf

Sendo:

Spi = saldo patrimonial inicial;

Spf = saldo patrimonial final;

Vamos ver um exemplo para esclarecer melhor como isso acontece:

Considere que 2010 tenha sido o primeiro exercício financeiro da história de um

determinado ente. Logo, teríamos, no início de 2010 a seguinte situação:

Jan/2010

Saldo patrimonial (BP) = 0;

Resultado patrimonial (DVP) = 0.

Contabilidade Pública para Concursos

146

Suponha agora que, ao final do exercício de 2010, tenha sido apurado na DVP o

resultado positivo de 100. Como aquele foi o primeiro exercício financeiro da história

da entidade, logo, no BP, o saldo patrimonial acumulado também será igual a 100. Note

que somente nesse primeiro exercício é que ocorrerá essa coincidência entre o resultado

da DVP e o saldo patrimonial do BP!

Dez/2010

Saldo patrimonial (BP) = 100;

Resultado patrimonial (DVP) = 100.

Considere agora que, ao final do exercício de 2011, tenha sido apurado na DVP o

resultado positivo de 500. No BP, esse valor será acumulado do o saldo do exercício

anterior. Lembre-se de que, no BP, é como se houvesse uma fotografia da situação

patrimonial da entidade em 31/12, acumulando-se todo o resultado patrimonial pretérito

da entidade, desde o início de sua história. Já a DVP, conforme visto anteriormente, é um

demonstrativo dinâmico, que apresenta o resultado patrimonial da entidade em um

determinado período, em regra UM exercício financeiro. A cada término de exercício,

esse resultado é zerado.

Dez/2011

Saldo patrimonial (BP) = 600;

Resultado patrimonial (DVP) = 500.

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147

Contabilidade Pública para Concursos

148

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/CAPES 2012 - Cargo 4: Analista em Ciência e Tecnologia Júnior I –

Formação: Contabilidade

Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e suas alterações, julgue os itens seguintes, relativos às

demonstrações contábeis e ao campo de atuação da contabilidade governamental.

1) (CESPE/CAPES 2012 - Cargo 4 - Item 79) No balanço patrimonial —

demonstração financeira que compreende o ativo financeiro, o ativo permanente, o

passivo financeiro e o passivo permanente —, não se incluem as contas de compensação,

que são contempladas no balanço orçamentário.

CESPE/TJAC 2012 - Cargo 5: Contador

No que se refere às demonstrações contábeis, ao suprimento de fundos e à Lei de

Diretrizes Orçamentárias, julgue os próximos itens.

2) (CESPE/TJAC 2012 - Cargo 5: Contador - Item 94) No balanço patrimonial, o

ativo real é obtido somando-se as parcelas que compõem o ativo financeiro e o ativo não

financeiro ou permanente.

CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2: Analista Administrativo – Área 2

Em relação aos demonstrativos contábeis previstos na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei

Complementar n.º101/2000, julgue os itens a seguir.

3) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2 - Item 100) O balanço patrimonial subdivide-se

em ativo e passivo financeiro e permanente, e variações patrimoniais ativas e passivas.

Contabilidade Pública para Concursos

149

CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E

INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Classe A, Padrão I) –

ÁREA: GESTÃO FINANCEIRA (A3)

A partir da tabela acima, que apresenta os saldos do balanço patrimonial hipotético, em

reais, de um ente governamental, julgue os itens seguintes.

4) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 73) O valor das dívidas fundadas e de outras

que dependem de autorização legislativa para amortização ou resgate é superior a R$

1.200,00.

5) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 74) O valor dos bens, créditos e valores, cuja

mobilização ou alienação depende de autorização legislativa, é inferior a R$ 600,00.

CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa

– Especialidade: Contabilidade

Julgue os itens a seguir, acerca da estrutura e componentes das demonstrações contábeis

no setor público.

6) (CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2 - Item 80) No balanço patrimonial,

especificamente no quadro referente às compensações, devem ser incluídos os atos

Contabilidade Pública para Concursos

150

potenciais do ativo e do passivo que possam, imediata ou indiretamente, vir a afetar o

patrimônio, como, por exemplo, as obrigações conveniadas ou contratadas.

CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7: Analista Ministerial – Área: Orçamento

Com relação ao plano das contas único do governo federal, às variações patrimoniais, ao

balancete e às demonstrações contábeis, julgue os itens a seguir.

7) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 71) O balanço patrimonial, cuja estrutura

compõe-se de ativo, passivo, patrimônio líquido e contas de compensação — que

compreendem os atos que possam vir a afetar o patrimônio —, deve evidenciar qualitativa

e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Determinada entidade do setor público apresentou os eventos registrados abaixo em seu

primeiro exercício financeiro, ocorrido em 2012.

• aprovação da Lei Orçamentária Anual, com previsão da receita e fixação da

despesa no valor de R$ 150.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 60.000,00;

• empenho, consumo e pagamento de despesas com serviços de água, luz e

telefone durante o ano, no valor de R$ 20.000,00;

• recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 100.000,00;

• compra de veículo para uso no valor de R$ 30.000,00, com recebimento

imediato do bem, inscrito integralmente em restos a pagar ao final do exercício

financeiro de 2012.

Contabilidade Pública para Concursos

151

Com base nos eventos acima registrados, julgue os itens que se seguem, acerca do

fechamento das demonstrações contábeis do ano de 2012 da referida entidade conforme a

Lei n.º 4.320/1964.

8) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 107) No balanço patrimonial, o ativo real

totalizou R$ 170.000,00.

CESPE/DPF 2013/CARGO 1: PERITO CRIMINAL FEDERAL/ÁREA 1

Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do

balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e

despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os

próximos itens.

9) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 84) Com base apenas nos dados apresentados

na tabela, é possível afirmar que a parcela da despesa inscrita em restos a pagar (se

houver inscrição), fará parte da dívida flutuante que, na elaboração do balanço

patrimonial da referida prefeitura, integra o passivo financeiro.

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152

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4: Analista Administrativo - Área: Ciências Contábeis

A respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de

Responsabilidade Fiscal, julgue os itens que se seguem.

10) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 78) O balanço patrimonial deve

demonstrar todo o saldo do subgrupo investimento (ativo permanente) no ativo não

financeiro.

A respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de

Responsabilidade Fiscal, julgue os itens que se seguem.

11) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 83) No que concerne à União, o ato da

assinatura de um convênio para repasse de recursos a uma prefeitura enseja o registro da

obrigação em conta do passivo, no valor da despesa a ser executada.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9: Especialista em Regulação de Serviços de

Transportes Terrestres – Área: Ciências Contábeis

De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, julgue os próximos itens, acerca das demonstrações

contábeis.

12) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 94) No balanço patrimonial, o ativo real é

dado pelo somatório das parcelas que compõem o ativo financeiro e o ativo não

financeiro ou permanente. Já o passivo real é constituído pelo somatório das parcelas que

compõem o passivo financeiro e o passivo não financeiro ou permanente.

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153

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8: CONTADOR

Em relação ao sistema de contabilidade federal, à conceituação, ao objeto e ao campo de

aplicação da contabilidade e suas variações, julgue os itens seguintes.

13) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 84) Na contabilidade governamental,

o ativo classifica-se em circulante e não circulante, o que não impede a aplicação do

previsto na Lei n.º 4.320/1964, que divide o ativo em financeiro e permanente, para a

elaboração do balanço patrimonial.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

Em relação a princípios contábeis, sistema de contabilidade federal e variações

patrimoniais, julgue os itens a seguir.

14) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 83) Conforme a atual normatização da

contabilidade aplicada ao setor público, os elementos patrimoniais são segregados no

grupo circulante, realizável a longo prazo, e no grupo investimentos, imobilizado e

diferido, com base em atributos de conversibilidade e exigibilidade.

No curso de uma auditoria, estão em análise as contas de um órgão da administração

pública direta da União em seu primeiro exercício financeiro, com apuração das seguintes

receitas e despesas:

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154

Considerando as informações apresentadas acima, as normas vigentes e, ainda, o

consumo total do material de consumo adquirido, julgue os itens subsecutivos, em relação

às demonstrações contábeis previstas na Lei n.º 4.320/1964.

15) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 89) O balanço patrimonial demonstrará

passivo real a descoberto.

Quanto ao plano de contas aplicado ao setor público, ao regime contábil, ao SIAFI e ao

suprimento de fundos, julgue os itens subsequentes.

16) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 99) A conta contábil que registra e

controla as disponibilidades da União, segundo a teoria materialista, é uma conta

patrimonial.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 13: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

PERÍCIA ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Contabilidade Pública para Concursos

155

Acerca da conceituação, do objeto e do campo de aplicação da contabilidade

governamental e do patrimônio e suas variações, julgue os itens subsequentes.

17) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13 – Item 97) Entre os elementos patrimoniais

somente os circulantes devem obedecer ao critério de conversibilidade e exigibilidade.

No que se refere a demonstrações contábeis e receitas e despesas públicas, julgue os itens

seguintes.

18) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13 – Item 107) A partir da elaboração das

demonstrações contábeis, determinam-se três tipos de resultados: o orçamentário, apurado

no balanço orçamentário; o financeiro, apurado no balanço financeiro; e o patrimonial,

apurado no balanço patrimonial.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Com relação às demonstrações contábeis da contabilidade governamental, julgue os itens

seguintes.

19) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 149) A partir da

edição das normas brasileiras de contabilidade e da publicação do manual de

contabilidade aplicada ao setor público pela Secretaria do Tesouro Nacional, o balanço

patrimonial passou a evidenciar, no ativo circulante e no não circulante, itens que antes

eram classificados no ativo não financeiro.

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 4

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156

1 E 11 E

2 C 12 C

3 E 13 C

4 E 14 E

5 C 15 C

6 C 16 E

7 E 17 E

8 C 18 E

9 C 19 C

10 C

REVISÃO DO CAPÍTULO 4 – BALANÇO PATRIMONIAL

LEI 4.320/64

Art. 105 - O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - o Ativo Financeiro;

II - o Ativo Permanente;

III - o Passivo Financeiro;

IV - o Passivo Permanente;

V - o Saldo Patrimonial;

VI - as Contas de Compensação.

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157

ATENÇÃO

Ativo e Passivo Financeiro / Permanente Autorização legislativa

Dívida Flutuante / Fundada Prazo de pagamento

ANÁLISE

Saldo Patrimonial = Ativo Real – Passivo Real

Superávit Financeiro no BP = Ativo financeiro – Passivo Financeiro

ATENÇÃO

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158

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159

CAPÍTULO 5 - DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS -

DVP

Assunto: Demonstração das variações patrimoniais, de acordo com a Lei n. 4320/64: estrutura,

características das interferências, mutações, superveniências e insubsistências. Receitas e

despesas efetivas e não-efetivas. Interpretação do resultado patrimonial.

1) Conceitos Básicos

1.1) Receitas e Despesas Efetivas e Não-Efetivas

Primeiramente, é preciso dar uma olhada em alguns aspectos importantes da

classificação das receitas públicas. Sabemos que existem várias classificações dessas

receitas, mas uma delas em particular interessa para o assunto que iremos tratar neste

capítulo, conforme segue:

Foi visto nos capítulos anteriores, por exemplo, que o balanço orçamentário divide

as receitas quanto à natureza, ou categoria econômica. Como estamos interessados nas

variações patrimoniais, é fundamental entendermos a classificação da receita quanto ao

Impacto na Situação Líquida Patrimonial (efetiva e não-efetiva).

RECEITA EFETIVA

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160

A Receita Pública Efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de

recursos não constituem obrigações correspondentes e por isto ALTERAM a situação

líquida patrimonial. Ex. impostos.

RECEITA NÃO-EFETIVA

A Receita Pública Não-Efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades

de recursos NÃO ALTERAM a situação líquida patrimonial. Ex. operações de crédito.

Do mesmo modo que as receitas, as despesas também podem ser classificadas

quanto ao Impacto na Situação Líquida Patrimonial.

DESPESA EFETIVA

As que ALTERAM a situação líquida patrimonial. Ex. despesas com pessoal.

DESPESA NÃO-EFETIVA

As que NÃO ALTERAM a situação líquida patrimonial. Ex. investimentos.

De um modo geral, as receitas e correntes são efetivas. Já as de capital, são não-

efetivas. Mas atenção, pois há exceções a essa regra, como esquematizado a seguir:

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161

1.2) Fatos Contábeis

Outro ponto importante para a compreensão da DVP são os fatos contábeis, que

podem ser modificativos ou permutativos.

FATOS MODIFICATIVOS

São fatos que provocam alteração do valor do patrimônio líquido. São

decorrentes, portanto, de receitas e despesas efetivas.

Os fatos modificativos podem ser AUMENTATIVOS, quando ocorrer um

aumento do valor do PL, ou DIMINUTIVOS, caso ocorra uma diminuição do PL. Em

geral, esses fatos provocam os seguintes resultados no BALANÇO PATRIMONIAL da

entidade (ainda não estamos falando da DVP):

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162

FATOS PERMUTATIVOS

São fatos que NÃO alteram o valor do patrimônio líquido. São decorrentes,

portanto, de receitas e despesas não-efetivas. Em geral, esses fatos provocam os

seguintes resultados no BALANÇO PATRIMONIAL da entidade (ainda não estamos

falando da DVP):

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163

NOTA IMPORTANTE

Os exemplos acima são meramente didáticos e ilustrativos. Aqueles que já

possuem um conhecimento mais avançado da disciplina sabem que um fato contábil gera

lançamentos a débito e a crédito fechados dentro dos sistemas de contas.

Por exemplo, a realização de uma operação de crédito, gera impacto no sistema

financeiro, por conta do ingresso dos recursos no caixa, e no sistema patrimonial, por

conta da incorporação de uma dívida passiva, além de impacto no sistema orçamentário.

Isso tudo envolve lançamentos a débito e a crédito dentro de cada sistema. Mas o

resultado FINAL de toda essa operação no balanço patrimonial é a visualização de um

aumento do lado do ativo, por conta do aumento das disponibilidades (ativo financeiro) e

um aumento do lado do passivo, em decorrência do aumento da dívida fundada (passivo

permanente).

Por que o pagamento de fornecedores é um fato permutativo. Se está

pagando o fornecedor, está saindo recursos do caixa. Logo, não seria um fato

modificativo diminutivo? Não está ocorrendo uma diminuição do PL?

Lembre-se de que o regime adotado para as despesas na contabilidade pública é o

da competência. Assim, no momento em que ocorre a liquidação da despesa, ela é

registrada na conta fornecedores, como se fosse uma “despesa a pagar”. É nesse

momento que ela é contabilizada como um fato modificativo, pois diminui o PL (em

virtude do aumento do passivo). No momento do pagamento, da entrega do numerário

ao fornecedor, é contabilizado um fato permutativo, pois há a saída do recurso do caixa

ao mesmo tempo em que é dada baixa na dívida com o fornecedor no passivo.

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164

1.3) Variações Quantitativas e Qualitativas

Veremos agora os conceitos de variações QUANTITATIVAS e das

QUALITATIVAS. De acordo com o disposto na res. CFC 1.133/08, para fins de

apresentação na DVP, as variações devem ser segregadas em quantitativas e qualitativas.

VARIAÇÕES QUANTITATIVAS

As variações QUANTITATIVAS são decorrentes de transações que aumentam

ou diminuem o patrimônio líquido. Logo, correspondem aos fatos modificativos

(aumentativos ou diminutivos) que acabamos de ver. São, portanto, decorrentes das

receitas e despesas efetivas.

Observe que o aumento do PL da entidade pode decorrer de duas situações: do

aumento do ativo ou da diminuição do passivo. É uma questão matemática, pois o PL =

A – P. Se você ganha um carro de presente, seu ativo aumenta, em virtude do registro do

bem. Logo, seu PL aumenta. Da mesma forma, se você tem uma dívida com alguém e ela

é perdoada, seu passivo diminui. Logo, seu PL aumenta.

Da mesma forma, a diminuição do PL da entidade pode decorrer de duas

situações: da redução do ativo ou do aumento do passivo. Seguindo a mesma linha de

Contabilidade Pública para Concursos

165

raciocínio anterior, suponha que aquele seu carro tenha sido roubado. Então, seu ativo

diminui, em virtude da baixa do bem. Logo, seu PL também diminui. Além disso, seu

cunhado tem uma dívida e você, muito camarada, assume aquela dívida no lugar dele.

Assim, seu passivo aumentou. Logo, seu PL diminui.

VARIAÇÕES QUALITATIVAS

As variações QUALITATIVAS alteram a composição dos elementos

patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Logo, correspondem aos fatos

permutativos que acabamos de ver. São, portanto, decorrentes das receitas e despesas

não-efetivas. Portanto, no caso das variações QUALITATIVAS, Altera-se a

QUALIDADE patrimonial, mas NÃO a quantidade do PL. As alterações qualitativas

podem envolver:

Dois itens do ativo: compra de bens à vista:

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166

Um item do ativo e um item do passivo: compra de bens a prazo:

Dois itens do passivo: liquidação da despesa de amortização da dívida fundada:

1.4) Variações Ativas e Passivas

As variações que aumentam a situação líquida patrimonial são denominadas de

variações ativas e as que reduzem, variações passivas. Nesse contexto, as variações

ativas são provenientes do aumento de valores do ativo e/ou da diminuição de valores

do passivo, e as variações passivas decorrem da diminuição dos valores do ativo e/ou do

acréscimo dos valores do passivo.

Portanto, pode-se observar que nem toda variação ativa decorre do ativo assim

como também a variação passiva não só provém do passivo. As variações ativas e

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167

passivas ocorridas em um determinado exercício de um ente público podem ser

resultantes da execução orçamentária, como no caso da execução das receitas e

despesas orçamentárias, ou independentes da execução orçamentária. Neste último

caso, em geral, não há movimentação de recursos financeiros, somente alteração

patrimonial, como acontece, por exemplo, no caso de morte de um semovente (animal) ou

recebimento de um bem em doação. São fatos que afetam somente o sistema patrimonial

da entidade, independentemente da execução do orçamento.

OBSERVAÇÃO

As variações ativas e passivas independentes da execução orçamentárias são

comumente denominadas de variações EXTRAORÇAMENTÁRIAS. Normalmente, é

assim que vai aparecer da DVP da sua prova.

Essas variações extraorçamentárias têm a ver com as receitas e despesas

extraorçamentárias que foram estudadas no balanço financeiro?

No balanço financeiro, vocês devem lembrar que as receitas e despesas

extraorçamentárias se referiam a entradas e saídas compensatórias, valores que

transitavam de forma temporária nos cofres públicos, mas que não pertenciam ao poder

público, como por exemplo as cauções. Já na DVP, essas variações extraorçamentárias

Contabilidade Pública para Concursos

168

não possuem nenhuma correlação com aquelas receitas e despesas extraorçamentárias.

Uma receita extraorçamentária, por exemplo, NÃO GERA uma variação ativa

extraorçamentária. Não tem nada a ver uma coisa com a outra!

É comum pensarmos que existe essa correlação. Quando falamos em variação

ativa ou passiva extraorçamentária, quer dizer apenas que essas variações são

INDEPENDENTES da execução orçamentária. Um bem recebido em doação, por

exemplo, pertence ao poder público, é classificado na DVP como variação ativa

extraorçamentária, mas isso quer dizer que seu ingresso no patrimônio se deu de forma

independente da execução orçamentária. É diferente, portanto, do caso da denominação

usada no balanço financeiro.

Diante do exposto, podemos concluir que as variações ativas e passivas podem ser

subdivididas em orçamentárias e extraorçamentárias (independentes da execução

orçamentária), conforme esquematizado a seguir:

Variações Ativas:

Orçamentárias: receitas (aumentos do ativo ou reduções do passivo).

Extraorçamentárias (independentes da execução orçamentária):

superveniências de ITENS do ativo ou insubsistências de itens do passivo.

Variações Passivas:

Orçamentárias: despesas (reduções do ativo ou aumentos do passivo).

Extraorçamentárias (independentes da execução orçamentária): insubsistências

de ITENS do ativo ou superveniências de itens do passivo.

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169

1.5) Superveniências e Insubsistências

Agora que já sabemos o que são variações ativas e passivas e que elas se

subdividem em orçamentárias e extraorçamentárias, chegou a hora de estudarmos duas

palavras bastante simples, mas que costumam causar bastante confusão na hora da prova:

superveniência e insubsistência.

Os substantivos superveniência e insubsistência significam, respectivamente,

aumento e redução. Eles são usados para caracterizar as variações independentes da

execução orçamentária (extraorçamentárias) na DVP. Portanto, podem acontecer

superveniências (aumentos) do ativo e do passivo, bem como insubsistência

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170

(diminuições) do ativo e do passivo, cada um desses fatos resultando em alteração no

valor do patrimônio líquido, conforme representado a seguir:

No caso de superveniências, a nomenclatura não costuma causar nenhum

problema pra gente na prova.

SUPERVENIÊNCIA: GANHOS

Ativas ou do ativo: aumentos no ativo (VA)

Passivas ou do passivo: aumentos no passivo (VP)

Entretanto, existe uma divergência na literatura e na abordagem do tema pelas

Bancas. Não vamos ficar aqui discutindo quem está certo ou errado, ou por que cada

Banca adota um posicionamento. Vamos ao que interessa:

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171

Desse modo, o CESPE adota a abordagem tradicional.

INSUBSISTÊNCIA: PERDAS

Ativas ou DO ativo: diminuição no ativo (VP)

Passivas ou DO passivo: diminuição no passivo (VA)

Exemplos de insubsistência:

- O cancelamento de uma dívida de um ente público constitui uma

insubsistência passiva (DO passivo) – VA

- Uma doação de um bem efetuada pelo mesmo ente caracteriza uma

insubsistência ativa (DO ativo) – VP

Onde:

VA = Variação Ativa (aumentativa)

VP = Variação Passiva (diminutiva)

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172

1.6) Mutações Patrimoniais

Conforme estudado anteriormente, as alterações qualitativas ou fatos

permutativos são decorrentes de receitas ou de despesas orçamentárias não-efetivas.

Inicialmente, é preciso destacar que o termo MUTAÇÃO está relacionado a algo

que NÃO provoca alteração no PL da entidade. Lembre-se de PERMUTAÇÃO, que

designa uma troca.

No caso da RECEITA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA, por exemplo,

ocorre a arrecadação de recursos orçamentários acompanhada da incorporação de

elementos PASSIVOS ou da desincorporação de elementos do ATIVO do patrimônio

do ente (p. ex., recebimento de empréstimo concedido). A esse “reflexo” no sistema

patrimonial decorrente da receita orçamentária dá-se o nome de MUTAÇÃO

PATRIMONIAL DA RECEITA ou MUTAÇÃO PASSIVA.

Contabilidade Pública para Concursos

173

DICA

Mutações passivas estão associadas às RECEITAS NÃO-EFETIVAS, que,

geralmente, correspondem às RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS DE CAPITAL:

ATENÇÃO

Na hora da prova, para não se confundir, tente pensar da seguinte maneira:

primeiramente, ocorre a arrecadação da receita orçamentária. Patrimonialmente, de

forma isolada, essa arrecadação corresponde a uma variação ativa. Como se trata de

um fato permutativo, pois é uma receita não efetiva, deve acontecer “algo” que compense

essa variação ativa, de modo que o PL não seja alterado. Para equilibrar as coisas, deve

ocorrer então uma variação passiva, “anulando” o efeito da receita. Essa variação

passiva foi decorrente da receita orçamentária, então ela é denominada de mutação

passiva ou mutação patrimonial (decorrente) da receita.

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174

Já no caso da DESPESA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA, por exemplo,

ocorre a execução (liquidação) de despesas orçamentárias acompanhada da

incorporação de elementos ATIVOS do patrimônio ou da desincorporação de

elementos do PASSIVO do patrimônio do ente (p. ex., pagamento de empréstimo

tomado). A esse “reflexo” no sistema patrimonial decorrente da despesa orçamentária

dá-se o nome de MUTAÇÃO PATRIMONIAL DA DESPESA ou MUTAÇÃO

ATIVA.

DICA

Mutações ativas estão associadas às DESPESAS NÃO-EFETIVAS, que,

geralmente, correspondem às DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DE CAPITAL

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175

ATENÇÃO

Na hora da prova, para não se confundir, tente pensar da seguinte maneira:

primeiramente, ocorre a liquidação despesa orçamentária. Patrimonialmente, de forma

isolada, essa liquidação corresponde a uma variação passiva. Como se trata de um fato

permutativo, pois é uma despesa não efetiva, deve acontecer “algo” que compense essa

variação passiva, de modo que o PL não seja alterado. Para equilibrar as coisas, deve

ocorrer então uma variação ativa, “anulando” o efeito da despesa. Essa variação ativa foi

decorrente da despesa orçamentária, então ela é denominada de mutação ativa ou

mutação patrimonial (decorrente) da despesa.

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176

Portanto, podemos esquematizar o que vimos da seguinte maneira:

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177

Por fim, vale lembrar que as mutações são sempre variações dependentes da

execução orçamentária:

1.7) Interferências

Inicialmente, vamos ver como Francisco Glauber define as interferências:

INTERFERÊNCIA ATIVA ORÇAMENTÁRIA

Representa o aumento no ativo decorrente do recebimento de disponibilidades

financeiras intragovernamentais.

INTERFERÊNCIA PASSIVA ORÇAMENTÁRIA

Representa a redução no ativo decorrente da transferência de disponibilidades

financeiras intragovernamentais.

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178

INTERFERÊNCIA ATIVA EXTRAORÇAMENTÁRIA

Representa o aumento no ativo decorrente do recebimento de BENS e valores*

transferidos no âmbito intragovernamental.

INTERFERÊNCIA PASSIVA EXTRAORÇAMENTÁRIA

Representa a redução no ativo decorrente da concessão de BENS e valores* por

transferência de modo intragovernamental.

NOTA

(*) Os valores em questão são para pagamento de Restos a Pagar. Essas despesas

já foram autorizadas no exercício anterior, de modo que, no exercício de seu

pagamento, são considerados fatos EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS.

Portanto, as interferências ativas/passivas orçamentárias representam valores

oriundos da movimentação financeira decorrente da execução orçamentária: cotas,

repasses e sub-repasses recebidos de/concedidos a outros órgãos ou de/a unidades do

mesmo órgão.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

É importante destacar que a Lei 4.320/64 NÃO faz referência expressa à

existência das interferências orçamentárias. Este é um conceito mais moderno. Desse

modo, o modelo original da DVP trazido pela referida lei não contemplava esses grupos

de variações patrimoniais. Já o modelo mais atual da DVP, elaborado pela STN, insere

nas variações orçamentárias as interferências orçamentárias. O curioso é que o CESPE

tem constantemente ignorado o fato de a Lei 4.320/64 não se referir às

Contabilidade Pública para Concursos

179

interferências, colocando-as dentro de DVPs que supostamente deveriam seguir o

modelo da Lei 4.320/64.

O que são cotas, repasses e sub-repasses? Como não confundir com dotação,

destaque e provisão?

Primeiramente, é importante observar que os termos dotação, destaque e provisão

estão ligados à DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS.

Trata-se da transferência, por uma unidade orçamentária ou administrativa para outra

unidade, do poder de utilizar créditos que lhe foram dotados ou àquelas transferidos.

Não há TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS ainda! Portanto, não

há variação patrimonial na descentralização de créditos orçamentários.

DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

No caso das interferências (cotas, repasses e sub-repasses), já ocorre a

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS entre órgãos ou unidades do

mesmo órgão, dentro da mesma esfera de governo.

Contabilidade Pública para Concursos

180

INTERFERÊNCIAS ORÇAMENTÁRIAS

ATENÇÃO

As interferências orçamentárias se caracterizam como variações ativas ou passivas

conforme o órgão tomado como “referência”. Para o concedente, é como se fosse uma

despesa; para o recebedor, uma receita:

Contabilidade Pública para Concursos

181

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2: ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA II

Em relação a classificação da receita, gestão patrimonial e variações patrimoniais, julgue

os próximos itens.

1) (CESPE/ ANP 2012 - PERFIL 2 - Item 67) O valor depreciado, apurado

mensalmente e reconhecido nas contas de resultado, é uma variação patrimonial

resultante da execução orçamentária.

CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2: Analista Administrativo – Área 2

Acerca do sistema de contas da contabilidade pública e dos fatos que afetam o patrimônio

dos entes estatais, julgue os itens a seguir.

2) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2 - Item 84) Despesa monetária corrente com

aquisição de material de consumo para estoque gera uma variação patrimonial passiva.

3) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2 - Item 85) Toda receita orçamentária por mutação

gera uma variação patrimonial passiva.

4) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2 - Item 86) A aquisição de um veículo e a

contratação de uma operação de crédito representam variações patrimoniais qualitativas.

CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E

INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Classe A, Padrão I) –

ÁREA: GESTÃO FINANCEIRA (A3)

Contabilidade Pública para Concursos

182

A respeito das variações patrimoniais, julgue os itens subsequentes.

5) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 63) O cancelamento do valor inscrito em

restos a pagar não processado resulta em variação patrimonial aumentativa

extraorçamentária.

6) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 64) A compra de veículos resulta em

variação patrimonial aumentativa orçamentária.

7) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 65) O recebimento de uma doação de

computadores resulta em variação patrimonial aumentativa extraorçamentária.

8) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 66) Os gastos com pesquisa realizados pelo

ente governamental devem ser reconhecidos como variação patrimonial diminutiva.

9) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 67) A venda de um terreno pelo seu valor

contabilizado resulta em variação patrimonial diminutiva extraorçamentária.

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Considere os seguintes registros:

A: entrada de imóvel recebido em doação;

B: entrada de veículo adquirido a vista;

C: apropriação de despesas de água, luz e telefone;

D: ingresso de recurso decorrente de convênio;

E: lançamento de tributo a receber.

A partir desses registros e com base na perspectiva das variações patrimoniais, julgue os

itens subsequentes.

Contabilidade Pública para Concursos

183

10) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 69) Os registros C e D demonstram variações

patrimoniais qualitativas, uma vez que alteram a composição dos elementos patrimoniais

sem afetar o patrimônio líquido.

11) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 70) Os registros A, B e E demonstram

variações patrimoniais aumentativas, uma vez que aumentam o patrimônio líquido da

entidade.

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 9: Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado –

Especialidade: Engenharia Civil

No que se refere aos princípios de planejamento e orçamento públicos, julgue os itens

seguintes.

12) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 9 - Item 96) As receitas de capital, por serem oriundas

da exploração de atividades econômicas, provocam significativo efeito sobre o

patrimônio líquido.

CESPE/CNJ 2012 Cargo 13: Técnico Judiciário – Área: Administrativa

Consoante à despesa pública, julgue os itens subsequentes.

13) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 13 - Item 101) Uma despesa pública é considerada

não efetiva quando não reduz a situação líquida patrimonial da entidade no momento de

sua realização.

CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7: Analista Ministerial – Área: Orçamento

Contabilidade Pública para Concursos

184

Acerca de receita e despesa públicas, julgue os itens de 58 a 51.

14) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 58) A inscrição de créditos na dívida ativa

representa contabilmente um fato modificativo que tem como resultado um acréscimo

patrimonial no órgão ou unidade competente para inscrição em dívida ativa e um

decréscimo patrimonial no órgão ou entidade originadora do crédito.

CESPE/MME 2013 - Cargo 2: Analista Financeiro

15) (CESPE/MME 2013 - Cargo - QUESTÃO 95) Considerando-se o impacto na

situação líquida patrimonial da despesa pública, é correto afirmar que a despesa

orçamentária

A não efetiva reduz a situação líquida patrimonial.

B efetiva corresponde à despesa de capital.

C não efetiva constitui fato contábil permutativo.

D não efetiva corresponde à despesa originária.

E efetiva constitui fato contábil misto.

CESPE/MME 2013 - Cargo 3: Gerente de Projeto

16) (CESPE/MME 2013 - Cargo - QUESTÃO 94) No que se refere à abrangência e

aos procedimentos de escrituração da dívida ativa da União, assinale a opção correta.

A Como a dívida ativa corresponde aos créditos da Fazenda Pública, conclui-se que

somente os créditos de natureza tributária podem ser inscritos nesse indicador.

Contabilidade Pública para Concursos

185

B O cancelamento da dívida ativa é fato de natureza orçamentária.

C A inscrição da dívida ativa não provoca alteração no patrimônio líquido da União.

D O pagamento da dívida ativa é escriturado como receita orçamentária do exercício

financeiro.

E O pagamento da dívida ativa provoca alteração no patrimônio líquido da União.

CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3: Analista Legislativo – Ciências Contábeis

Considere as seguintes variações patrimoniais:

A atualização de dívida a pagar de longo prazo, em razão de variação monetária;

B registro da primeira parcela de depreciação de veículo;

C baixa de material inservível;

D doação de bem considerado inadequado para a entidade;

E baixa de estoque pelo consumo.

Com referência a essas variações patrimoniais, julgue os itens subsequentes, conforme o

disposto na Lei n.º 4.320/1964.

17) (CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3 - Item 73) Tendo em vista que os ativos são

lançados como despesas no momento da compra, as variações B e E não alteram a

situação patrimonial líquida.

18) (CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3 - Item 74) As variações A, C e D, por diminuírem

a situação patrimonial líquida e por serem independentes da execução orçamentária,

devem ser registradas como variações passivas extraorçamentárias.

Contabilidade Pública para Concursos

186

CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13: Analista – Especialização: Gestão Financeira

19) (CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13 - Item 81) Os efeitos econômicos das despesas

empenhadas e não processadas inscritas em restos a pagar serão gerados somente no

exercício seguinte àquele em que as despesas estão sendo reconhecidas, uma vez que os

bens físicos ou os serviços contratados ainda não foram entregues ou prestados.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

Acerca da contabilidade pública e das variações patrimoniais, julgue os itens que se

seguem.

20) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 91) A contabilização da liquidação

da despesa de amortização da dívida fundada afeta dois itens do passivo, gerando

variação patrimonial.

21) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 94) O recebimento de bem por

doação caracteriza-se como alteração patrimonial qualitativa, porque afeta a qualidade do

patrimônio líquido da entidade pública.

22) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 95) As variações patrimoniais

extraorçamentárias são quantitativas, originadas de fatos supervenientes ou insubsistentes,

tais como aumento da dívida fundada por atualização cambial e desincorporação de bens

por motivo de extravio.

A respeito da contabilização dos principais fatos contábeis da entidade pública e do

SIAFI, julgue os itens subsequentes.

Contabilidade Pública para Concursos

187

23) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 101) Na utilização do enfoque

patrimonial na contabilidade pública, a receita é reconhecida quando ocorre aumento da

situação líquida patrimonial, decorrente do registro da previsão da receita.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Julgue o item a seguir, referente ao tratamento contábil do suprimento de fundos.

24) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 120) O adiantamento de valores a título de

suprimento de fundos constitui despesa pelo enfoque patrimonial, pois no momento da

concessão ocorre redução no patrimônio líquido da entidade.

CESPE/MS 2013/Cargo 3: Administrador

Acerca da descentralização orçamentária e financeira, julgue os seguintes itens.

25) (CESPE/MS 2013/Cargo 3 – Item 81) Denomina-se sub-repasse a

disponibilização, pelo Ministério do Esporte, de recursos financeiros para o Ministério da

Educação, após a descentralização do crédito orçamentário.

26) (CESPE/MS 2013/Cargo 3 – Item 82) A cessão de crédito orçamentário pelo

Ministério do Esporte ao Ministério da Educação é denominada destaque.

Considere que o Ministério da Saúde, atuando como unidade gestora, tenha emitido, para

despesas anuais de 2012, os empenhos especificados abaixo.

despesas com energia elétrica, no valor de R$ 200,00;

contratos com empresas de serviços de limpeza, no valor de R$ 500,00;

Contabilidade Pública para Concursos

188

compra de equipamentos permanentes hospitalares, no valor de R$ 300,00;

compra de medicamentos, no valor de R$ 1.000,00;

despesas com pagamento de médicos e enfermeiros, no valor de R$ 5.000,00.

Com base nos dados acima e supondo que o total empenhado tenha sido liquidado, julgue

os próximos itens.

27) (CESPE/MS 2013/Cargo 3 – Item 85) As despesas classificadas como efetivas,

segundo a afetação patrimonial, totalizam R$ 2.000,00.

CESPE/DPF 2013/CARGO 1: PERITO CRIMINAL FEDERAL/ÁREA 1

A respeito do orçamento público, das receitas e despesas públicas e das variações por elas

provocadas no patrimônio, julgue os itens seguintes.

28) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 81) Uma prefeitura municipal que efetuou

o registro do recebimento da receita corrente de dívida ativa no exercício de 2010,

referente aos valores pagos pelo credor, contabilizou uma mutação patrimonial ativa.

29) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 83) No momento da contabilização da

inscrição da dívida ativa, não ocorre alteração do patrimônio do órgão competente para o

seu registro.

CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3: Técnico de Nível Superior –

SPU/UCP

Acerca do relacionamento do regime orçamentário com o regime contábil, julgue os

próximos itens.

Contabilidade Pública para Concursos

189

30) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 110) Não haverá

reconhecimento da variação patrimonial diminutiva se o fato gerador da obrigação

exigível ocorrer antes do empenho.

31) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 111) No lançamento

do crédito tributário a receber, deve haver, em seu fato gerador, o registro de aumento do

ativo e de aumento do resultado do exercício.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 1: Analista Administrativo – Área: Administração

No que se refere à despesa pública, julgue os itens de 86 a 89.

32) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 1 – Item 87) Considere que algumas estradas no

interior do Brasil tenham sido afetadas por chuvas intensas e que, por essa razão, uma

equipe da ANTT tenha sido deslocada para o local com o intuito de realizar uma

avaliação da situação. Para financiar os gastos com o descolamento, a ANTT teria

procedido a um suprimento de fundos, viabilizado por meio de um Cartão de Pagamento

do Governo Federal (CPGF). Nessa situação hipotética, a despesa é considerada despesa

orçamentária não efetiva, pois não altera a situação patrimonial da entidade, constituindo

apenas fato contábil permutativo.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4: Analista Administrativo - Área: Ciências Contábeis

Com relação às normas contábeis específicas aplicáveis ao setor público para as

demonstrações contábeis, julgue os próximos itens.

Contabilidade Pública para Concursos

190

33) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 75) As variações patrimoniais são

transações que alteram a composição dos elementos patrimoniais e modificam o

patrimônio líquido do órgão público.

A respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de

Responsabilidade Fiscal, julgue os itens que se seguem.

34) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 82) O registro da depreciação no setor

público constitui variação patrimonial diminutiva no exercício da sua contabilização,

evidenciando redução do ativo em função da depreciação acumulada.

No que se refere a receitas e despesas públicas, julgue os itens seguintes.

35) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 94) O registro de crédito não tributário em

dívida ativa constitui variação positiva da situação líquida patrimonial do respectivo ente

público.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9: Especialista em Regulação de Serviços de

Transportes Terrestres – Área: Ciências Contábeis

A respeito das transações no setor público e os registros contábeis, julgue os itens que se

seguem.

36) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 93) Considerando-se os reflexos no

patrimônio público, as transações no setor público podem ser caracterizadas pelas

naturezas econômico-financeira e administrativa.

Contabilidade Pública para Concursos

191

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

Acerca da contabilidade governamental e suas especificidades, julgue os itens a seguir.

37) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 93) Por ser proveniente de receita, a

alienação de bens deve ser tratada, na contabilidade governamental, como uma mutação

ativa.

Com relação ao plano de contas aplicado ao setor público e ao Sistema Integrado de

Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), julgue os seguintes itens.

38) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 97) A transferência de recursos

financeiros relativos a restos a pagar, efetuada pelo órgão central de programação

financeira para o órgão setorial, representa para este uma transferência financeira

extraorçamentária.

CESPE/MC 2013 - Nível III – Atividades Técnicas de Suporte – Nível Superior –

Especialidade 14

Julgue os itens seguintes com relação às demonstrações contábeis e às receitas e despesas

públicas.

39) (CESPE/MC 2013 - Nível III – Especialidade 14 – Item 113) O suprimento de

fundos será contabilizado como despesa efetiva e realizada quando forem prestadas

contas pelo ordenador da despesa.

40) (CESPE/MC 2013 - Nível III – Especialidade 14 – Item 114) O cancelamento de

créditos inscritos em dívida ativa provoca uma desincorporação do direito a receber, que

reflete negativamente no resultado do exercício por causar uma variação passiva.

Contabilidade Pública para Concursos

192

CESPE/MJ 2013 - CARGO 3: CONTADOR

Acerca das demonstrações contábeis e dos registros aplicados ao setor público, julgue os

itens que se seguem.

41) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 91) O registro do recebimento da doação de

um veículo exemplifica transação representada pela variação patrimonial quantitativa

aumentativa. Esse tipo de transação dá origem a lançamentos contábeis independentes da

execução orçamentária, que devem ser realizados no subsistema de informações

patrimoniais.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8: CONTADOR

Acerca das transações e registros contábeis do setor público, julgue os itens a seguir.

42) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 87) Se for registrado o direito ao

recebimento do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) no

momento da ocorrência do seu fato gerador, a operação corresponderá a uma variação

patrimonial quantitativa.

Considerando os conceitos, as etapas, os estágios e as categorias econômicas das receitas

e despesas públicas, julgue os itens subsecutivos.

43) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 97) A existência de fato contábil

resultante da conversão de um elemento patrimonial em receita implica o reconhecimento

de uma receita de capital, que decorre de fato contábil permutativo.

Contabilidade Pública para Concursos

193

44) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 98) O cancelamento de um passivo

registrado em restos a pagar é classificado como receita, que corresponde a um aumento

do patrimônio.

45) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 99) Sob o enfoque orçamentário, a

retenção de consignações em folha de pagamento referente a empréstimos efetuados pelos

servidores do órgão com instituições financeiras é considerada parte da despesa de

pessoal do órgão, o que inviabiliza sua classificação como receita extraorçamentária.

46) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 100) Embora sob o enfoque contábil

uma despesa resulte em decréscimo nos benefícios econômicos, no setor público, uma

despesa de amortização de dívida não tem impacto negativo sobre o patrimônio.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9: AGENTE ADMINISTRATIVO

A situação líquida patrimonial de uma entidade pode aumentar ou diminuir durante o

exercício financeiro. A respeito dos ingressos de recursos financeiros nos cofres do

Estado, julgue os itens subsequentes.

47) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9 – Item 96) As receitas públicas pertencem ao

Estado, aumentam o saldo financeiro do patrimônio do Poder Público e, por força do

princípio orçamentário da anualidade, estão, em regra, previstas na lei orçamentária anual

(LOA).

48) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9 – Item 97) Uma operação de crédito por

antecipação de receita orçamentária (ARO) constitui em ingresso de recurso ao erário,

devidamente classificado na modalidade compensatória.

Contabilidade Pública para Concursos

194

49) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9 – Item 98) Para fins contábeis, a situação

líquida patrimonial compensada ocorre quando uma receita modificativa aumentativa é

anulada por uma receita modificativa diminutiva.

50) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 9 – Item 99) O reconhecimento de uma receita

orçamentária não efetiva altera a situação líquida patrimonial de um ente público.

CESPE/TRT 8ª Reg 2013 - Cargo 1: Analista Judiciário – Área: Administrativa

51) (CESPE/TRT 8ª Reg - Cargo 1 - QUESTÃO 33) Correspondem, respectivamente,

a uma receita efetiva e a uma despesa por mutação patrimonial

A a receita de operações de crédito e a despesas com juros da dívida.

B a receita com caução e a despesa com amortização da dívida.

C a receita de alienação de terrenos e a despesas com investimentos.

D a receita tributária e a despesa com pessoal.

E a receita patrimonial e a despesa com a aquisição de imóveis.

52) (CESPE/TRT 8ª Reg - Cargo 1 - QUESTÃO 36) Segundo entendimento da

Secretaria do Tesouro Nacional, a variação patrimonial decorrente de extravio de bem

material do patrimônio de entidade do setor público é denominada

A insubsistência ativa.

B superveniência passiva.

C despesa orçamentária.

D insubsistência passiva.

Contabilidade Pública para Concursos

195

E superveniência ativa.

CESPE/TRT 8ª Reg 2013 – Cargo 11: Técnico Judiciário – Área: Administrativa

53) (CESPE/TRT 8ª Reg - Cargo 11 - QUESTÃO 53) A descentralização interna de

crédito realizada durante o processo de execução previsto no ciclo orçamentário é

denominada

A destaque.

B dotação.

C repasse.

D sub-repasse.

E provisão.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

A respeito de receitas, despesas e sistema de apuração de custos no setor público, julgue

os próximos itens.

54) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 97) Um cancelamento de dívida ativa

representa uma variação passiva (quantitativa) orçamentária.

Quanto ao plano de contas aplicado ao setor público, ao regime contábil, ao SIAFI e ao

suprimento de fundos, julgue os itens subsequentes.

Contabilidade Pública para Concursos

196

55) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 98) Segundo as normas brasileiras de

contabilidade aplicadas ao setor público, alinhadas com as regras do manual de

contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), na concessão de suprimento de

fundos, haverá o efetivo registro da variação patrimonial diminutiva somente com a

prestação de contas do suprido.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Com relação às demonstrações contábeis da contabilidade governamental, julgue os itens

seguintes.

56) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 147) A despesa

orçamentária não efetiva decorre de fato contábil permutativo, como a despesa de

aquisição de material de consumo, cuja variação patrimonial qualitativa é apresentada na

demonstração das variações patrimoniais, segundo o atual modelo do manual de

contabilidade aplicada ao setor público da Secretaria do Tesouro Nacional.

CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1: Analista Administrativo Área: I

No que se refere a receita e despesa pública, julgue os itens seguintes.

57) (CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1 – Item 94) O suprimento de fundos é um

adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas, contudo, não

representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois, no momento da concessão, o

patrimônio líquido da unidade concedente não é reduzido.

CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS

CONTÁBEIS/CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Contabilidade Pública para Concursos

197

Acerca dos princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público, julgue os itens

a seguir.

58) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – Item 82) Um aumento do

patrimônio liquido de que decorra aumento do ativo ou diminuição do passivo constitui

variação patrimonial aumentativa, equivalente ao conceito de receita no setor público.

59) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – Item 83) Conforme as práticas

aplicáveis pelo órgão central do sistema de contabilidade do governo federal, as variações

patrimoniais qualitativas, como a aquisição de um veiculo, assim como as demais

variações extra-orçamentárias, são evidenciadas na demonstração das variações

patrimoniais.

Com relação às receitas e despesas públicas, julgue os itens subsequentes.

60) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – Item 87) No momento da

concessão de suprimento de fundos, deve ser registrada uma despesa orçamentária — que

representa variação patrimonial diminutiva — a ser ajustada posteriormente, se houver

devolução de saldo não aplicado pelo suprido.

61) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – Item 88) O recebimento de

valores inscritos na dívida ativa constitui receita classificada como efetiva no momento

do ingresso dos recursos nos cofres públicos, uma vez que, no ato de inscrição na divida

ativa, ocorre apenas o registro contábil no sistema de compensação.

CESPE/FUNASA 2013 - ÁREA DE LOTAÇÃO: CELEBRAÇÃO E PRESTAÇÃO

DE CONTAS E CONVÊNIOS – NÍVEL IV: ATIVIDADES TÉCNICAS DE

COMPLEXIDADE INTELECTUAL – ESPECIALIDADE 3

Contabilidade Pública para Concursos

198

No primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade governamental,

foram registrados os seguintes eventos:

• impostos lançados no valor de R$ 50.000,00, tendo sido arrecadados 60% desse valor;

• compra de veículo à vista, com recebimento imediato do bem, no valor de R$

25.000,00;

• recebimento de depósitos de terceiros no valor de R$ 20.000,00;

• inscrição em restos a pagar não processados de despesas com serviços de pessoa jurídica

no valor de R$ 28.000,00.

Com base nessas informações e considerando a necessidade de o regime orçamentário

estar relacionado ao regime contábil, julgue os próximos itens.

62) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 103) Embora represente

um fato permutativo, a compra do veículo à vista deve ser reconhecida como despesa

orçamentária do exercício.

63) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 104) Como os serviços de

pessoa jurídica inscritos em restos a pagar representam despesas não processadas, eles

não devem ser reconhecidos como despesa orçamentária do exercício.

64) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 105) Observa-se, no

referido exercício financeiro, a realização de receita orçamentária no valor de R$

50.000,00, resultante da arrecadação de impostos e do recebimento de depósitos de

terceiros.

Contabilidade Pública para Concursos

199

CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5: Ciências

Contábeis

65) (CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5 -QUESTÃO

55) Com relação às variações patrimoniais, assinale a opção correta.

A A compra de um bem a prazo e um evento que provoca alteração quantitativa no

patrimônio da entidade, porque impacta um item do ativo e um item do passivo.

B A interferência ativa extraorçamentária representa a redução ou o aumento do ativo, em

decorrência do recebimento ou da doação a terceiros de bens submetidos à transferência

intragovernamental.

C A doação de bens a terceiros e um fato contábil que provoca alterações quantitativas no

patrimônio, porque reduz o saldo do patrimônio liquido em contrapartida de um aumento

do ativo.

D Os eventos contábeis resultantes da destinação de resultado acumulado para reservas de

lucro são considerados fatos permutativos que alteram a qualidade dos elementos do

patrimônio liquido.

E As contas contábeis de despesa corrente e despesa de capital são contas de despesa

orçamentária que representam a desincorporação de dinheiro do ativo, quando a vista, ou

a incorporação de compromissos no passivo, quando a prazo.

CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5: Ciências

Contábeis

66) (CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5 -QUESTÃO

67) As despesas orçamentárias podem ser classificadas em despesas efetivas e despesas

não efetivas. Com relação a essas modalidades de despesas, assinale a opção correta.

Contabilidade Pública para Concursos

200

A As despesas não efetivas são oriundas de fatos permutativos, produzem mutações

patrimoniais e não alteram o patrimônio liquido.

B As despesas não efetivas alteram o patrimônio liquido, sendo oriundas de fatos

modificativos diminutivos.

C As despesas não efetivas são oriundas de fatos permutativos e, por não produzirem

mutações patrimoniais, são consideradas como despesas no conceito contábil.

D As despesas efetivas são oriundas de fatos permutativos, produzem mutações

patrimoniais e não alteram o patrimônio liquido.

E As despesas efetivas são consideradas fatos modificativos diminutivos que não alteram

o patrimônio liquidam.

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Considerando as informações acima, relativas às transações contábeis de entidade

governamental em determinado exercício, e o necessário relacionamento do regime

orçamentário com o regime contábil, julgue os itens subsecutivos.

Contabilidade Pública para Concursos

201

67) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 83) Com o objetivo de

evidenciar o impacto no patrimônio, a entidade deve proceder ao registro de uma variação

patrimonial aumentativa no valor de R$ 50.000,00, correspondente aos impostos

arrecadados no exercício.

68) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 84) Ainda que não esteja

amparada por crédito orçamentário, a obrigação a pagar identificada deve ser registrada

nesse exercício como passivo com atributo de permanente em função do fato gerador.

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

No que se refere à receita pública e à despesa pública, julgue os itens subsecutivos.

69) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 102) A inscrição em dívida

ativa implica reconhecer a receita com base no regime de competência. Dessa forma, os

fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência e

evidenciados nas demonstrações do exercício com o qual esses fatos se relacionam,

complementarmente ao regime orçamentário das receitas e das despesas públicas.

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 5

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS E INTERFERÊNCIAS

1 E 21 E 41 C 61 E

2 E 22 C 42 C 62 C

3 C 23 E 43 C 63 E

Contabilidade Pública para Concursos

202

4 C 24 E 44 E 64 E

5 C 25 E 45 E 65 E

6 E 26 C 46 C 66 A

7 C 27 E 47 E 67 E

8 C 28 E 48 C 68 C

9 E 29 E 49 E 69 C

10 E 30 E 50 E

11 E 31 C 51 E

12 E 32 X (2) 52 D

13 C 33 E 53 E

14 C 34 C 54 E

15 C 35 C 55 C

16 D 36 C 56 C

17 E 37 E 57 C

18 X (1) 38 E 58 E

19 C 39 E 59 E

20 C 40 C 60 E

(1) ANULADA

Justificativa: Não há informações suficientes para o julgamento do item, razão

suficiente para sua anulação.

(2) ANULADA

Justificativa: Onde se lê “descolamento”, deveria ser “deslocamento”. Dessa forma,

opta-se pela anulação do item.

Contabilidade Pública para Concursos

203

REVISÃO DO CAPÍTULO 5 – VARIAÇÕES PATRIMONIAIS E

INTERFERÊNCIAS

VARIAÇÕES QUANTITATIVAS

As variações QUANTITATIVAS são decorrentes de transações que aumentam

ou diminuem o patrimônio líquido.

VARIAÇÕES QUALITATIVAS

As variações QUALITATIVAS alteram a composição dos elementos

patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

Contabilidade Pública para Concursos

204

Contabilidade Pública para Concursos

205

CAPÍTULO 6 - DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS -

DVP

Assunto: Demonstração das variações patrimoniais, de acordo com a Lei n. 4320/64 e com o

MCASP: estrutura e características. Interpretação do resultado patrimonial.

1) Características da DVP

1.1) Sistemas de Contas

A Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP é elaborada com contas do

antigo sistema financeiro e do sistema patrimonial. Na aula passada, vimos que,

atualmente, o antigo sistema financeiro encontra-se inserido no subsistema de

Informações Patrimoniais.

ATENÇÃO

Desse modo, agora que já estudamos todos os demonstrativos da Lei 4.320/64, é

possível esquematizar a relação entre esses balanços e os sistemas de contas da seguinte

maneira:

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206

Note que NENHUM demonstrativo contábil é formado por contas dos QUATRO

sistemas. Atualmente, conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao

Setor Público (NBCASP), o sistema contábil público estrutura-se nos seguintes

subsistemas:

Subsistema de Informações Orçamentárias

Subsistema de Informações Patrimoniais

Subsistema de Compensação

Subsistema de Custos

Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - 2ª edição

Portaria STN nº751, de 16 de dezembro de 2009.

Já foi comentado previamente que o antigo sistema financeiro encontra-se

inserido no subsistema de Informações Patrimoniais. Mas não se preocupem com isso

para a prova. A ideia aqui é termos uma noção do que acontece com as contas do antigo

sistema da Lei 4.320/64. Assim, as contas do antigo sistema patrimonial e,

consequentemente, a contabilidade patrimonial registram o seguinte:

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207

A evidenciação das variações positivas e negativas ocorridas no patrimônio e a

indicação do resultado patrimonial do exercício são feitas na DEMONSTRAÇÃO DAS

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS, conforme esquematizado a seguir:

Portanto, lembre-se do seguinte: a DVP não evidencia apenas contas do

SISTEMA PATRIMONIAL. Nela, estão contidas também contas do SISTEMA

FINANCEIRO.

1.2) Escolas de Pensamento Contábil – Teoria das Contas

Estudamos no capítulo anterior que existem 3 teorias/escolas de pensamento

contábil, a Personalista, a Materialista e a Patrimonialista. Conforme comentado, no

Brasil, adota-se a Teoria Patrimonialista. De acordo com a TEORIA

PATRIMONIALISTA, a finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio.

Dessa forma, suas contas são classificadas em:

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208

• Contas patrimoniais – que representam a situação estática (ou o estoque) da

entidade, ou seja, bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido (A = P + PL); e

• Contas de resultado – que representam a situação dinâmica (ou o fluxo), ou

seja, as contas de receita e de despesa. Estas contas serão encerradas ao final do

exercício, para apuração do resultado, que, por meio da conta de Lucros ou

Prejuízos Acumulados será incorporado ao patrimônio, aumentando-o ou

diminuindo-o.

Foi visto também que, dos demonstrativos da Lei 4.320/64, o único que representa

uma SITUAÇÃO ESTÁTICA é o balanço patrimonial. Os demais representam sempre

uma SITUAÇÃO DINÂMICA.

Portanto, como a DVP representa contas de resultado, outra característica

importante é que ela é um demonstrativo dinâmico, retratando o resultado patrimonial

do ente público em um determinado exercício financeiro, em geral, um ano civil.

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209

2) DVP na Lei 4.320/64

A DVP é o demonstrativo que apresenta o fluxo de variações ATIVAS e

PASSIVAS da entidade governamental. De acordo com a Lei 4.320/64:

Art. 104 - A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações

verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e

indicará o RESULTADO patrimonial do exercício.

De acordo com a res. CFC 1.133/2008, a DVP deve evidenciar as variações

QUANTITATIVAS, o resultado patrimonial e as variações QUALITATIVAS

decorrentes da execução orçamentária.

Portanto, depreende-se do disposto anteriormente que a DVP deverá evidenciar as

alterações verificadas no patrimônio, separadas por dois tipos: resultantes e

independentes da execução orçamentária. Além disso, no caso das alterações

RESULTANTES da execução orçamentária (e somente nele), deverá, além das

variações quantitativas, evidenciar também as qualitativas. Conclui-se, portanto, que os

fatos permutativos também constarão na DVP, embora não alterem o resultado

patrimonial numericamente. Veremos isso com mais detalhes a seguir.

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210

2.1) Estrutura da DVP

Na coluna de variações ATIVAS, registram-se:

Variações ativas resultantes da execução orçamentária, incluindo-se:

o Receitas Orçamentárias;

o Mutações Ativas (decorrentes da DESPESA)

o Interferências orçamentárias ativas, quando for caso;

Variações ativas independentes da execução orçamentária, incluindo-se:

o Acréscimos Patrimoniais (superveniências do ativo e insubsistências do

passivo);

Resultado patrimonial deficitário, quando for o caso.

Na coluna de variações PASSIVAS, registram-se:

Variações passivas resultantes da execução orçamentária, incluindo-se:

o Despesas Orçamentárias;

o Mutações Passivas (decorrentes da RECEITA)

o Interferências orçamentárias passivas, quando for caso;

Variações passivas independentes da execução orçamentária, incluindo-se:

o Decréscimos Patrimoniais (insubsistências do ativo e superveniências do

passivo);

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211

Resultado patrimonial superavitário, quando for o caso.

Anteriormente, nós falamos que a DVP compreendia contas dos sistemas

financeiro e patrimonial. Agora que já sabemos como é a estrutura do demonstrativo e

também já estudamos os conceitos de variações ativas e passivas, podemos visualizar

com mais clareza como estão dispostas as contas relativas a cada sistema na DVP:

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212

MUTAÇÕES NA DVP

Comentei anteriormente que, dentro do grupo das variações resultantes da

execução orçamentária, estão inseridas as mutações, conforme representado a seguir.

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213

ATENÇÃO

É comum a gente se descuidar e considerar as mutações como variações

extraorçamentárias. Preste atenção! Elas são consideradas variações

ORÇAMENTÁRIAS, pois decorrem das receitas e despesas orçamentárias não-efetivas.

Lembre-se de que foi comentado que as mutações são “reflexos” no sistema

patrimonial para balancear a realização de receitas e despesas orçamentárias não-

efetivas, de modo que o resultado final do fato permutativo seja exatamente a não

afetação da situação patrimonial líquida.

Vimos que as mutações acontecem quando há receitas e despesas orçamentárias

NÃO-EFETIVAS. Na DVP, a consequência desses fatos permutativos é o registro da

receita/despesa (variação ativa/passiva) acompanhado do registro da mutação

passiva/ativa (variação passiva/ativa). Na prática, o que ocorre é que as

receitas/despesas NÃO-EFETIVAS (em regra, as DE CAPITAL), terão seus valores

repetidos nos dois lados da DVP, de modo que esses registros se anulem

numericamente, não sendo afetado o resultado patrimonial do exercício:

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214

Assim, a DVP evidencia as seguintes variações:

Nova estrutura da DVP (NBCT 16.6 e MCASP)

De acordo com a NBCT 16.6, o novo conceito de DVP é o seguinte:

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215

Na estrutura proposta no MCASP – volume V, as variações são apresentadas em

três tabelas distintas: variações patrimoniais aumentativas, diminutivas e qualitativas.

Entretanto, para o cálculo do resultado patrimonial, são utilizadas apenas as duas

primeiras, conforme será visto adiante.

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216

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217

3) Análise da DVP

A análise da DVP é bastante simples, fornecendo apenas um parâmetro de

interesse: o resultado patrimonial do exercício. Ultimamente, tem sido cobrada em prova

a análise do resultado das mutações, que também será estudada a seguir.

3.1) Resultado Patrimonial

O resultado patrimonial corresponde à diferença entre os totais das duas colunas

da DVP, ou seja, entre as Variações Ativas (orçamentárias e extraorçamentárias) e as

Variações Passivas (orçamentárias e extraorçamentárias).

Resultado Patrimonial = Variações Ativas– Variações Passivas

Como em outros demonstrativos em que se apurava o resultado do exercício, o

resultado da DVP pode ser positivo, negativo ou equilibrado, denominados,

respectivamente, de superávit, déficit ou nulo;

Exemplo de cálculo do resultado patrimonial

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218

Suponha que a Banca tenha apresentado a DVP a seguir e solicitou o cálculo do

resultado patrimonial:

Resultado Patrimonial = Variações Ativas – Variações Passivas

Resultado Patrimonial = 1.210 – 1.230 = - 20

Resultado Patrimonial = - 20.000 (déficit)

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219

DICA

Note que, se a Banca tivesse solicitado o saldo patrimonial na questão

hipotética anterior, não seria necessário fazer contas. Marcar-se-ia errado e passar-

se-ia para o próximo item, pois á foi comentado a respeito da pegadinha clássica

do CESPE envolvendo questões de BP e da DVP: o RESULTADO

PATRIMONIAL do exercício é calculado na DVP. O BP fornece o SALDO

PATRIMONIAL. Relembrando:

3.2) Resultado das Mutações

Tem sido cobrada nas últimas provas do CESPE a análise do resultado das

mutações, que pode ser efetuada da seguinte maneira:

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220

Resultado das mutações

MA > MP indica que houve aumento patrimonial decorrente da execução

orçamentária.

MA < MP indica que houve diminuição patrimonial decorrente da execução

orçamentária.

Observe que a análise anterior não diz respeito ao resultado patrimonial do

exercício, mas sim às alterações patrimoniais decorrentes apenas da execução

orçamentária, que são causadas pelas receitas e despesas orçamentárias não efetivas. A

partir do exemplo anterior, seria correto afirmar que a diferença entre as mutações ativas

e passivas indicou que houve aumento patrimonial decorrente da execução orçamentária

(VA > VP).

ATENÇÃO

Por analogia, a Banca poderia afirmar que a diferença entre os acréscimos e

decréscimos patrimoniais indicou que houve aumento patrimonial independente da

Contabilidade Pública para Concursos

221

execução orçamentária (acréscimos patrimoniais > decréscimos patrimoniais). De

repente, pode aparecer algo nesse sentido na prova!

3.3) Resultado Patrimonial na nova DVP (MCASP)

De acordo com o MCASP, na nova estrutura, o resultado patrimonial é obtido da

seguinte maneira:

3.4) DVP x BP

Já foi visto que o resultado patrimonial do exercício (DVP) deve ser

AGREGADO ao saldo patrimonial acumulado no balanço patrimonial.

Portanto, no Balanço Patrimonial:

Spi +/- Resultado Patrimonial (da DVP) = SPf

Sendo:

Spi = saldo patrimonial inicial;

Spf = saldo patrimonial final.

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222

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223

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/TCDF/2012 - Analista de Controle Externo

Com base nos valores acima, correspondentes ao encerramento do primeiro exercício

financeiro de determinada entidade governamental, julgue os itens que se seguem, acerca

do fechamento das demonstrações contábeis dessa entidade.

1) (CESPE/TCDF/2012 - Analista de Controle Externo – Item 133) O resultado

patrimonial do exercício apresenta superávit no valor de R$ 118.000,00.

CESPE/BASA 2012 - Cargo 4: Técnico Científico – Área: Contabilidade

A respeito das demonstrações contábeis, julgue os próximos itens.

2) (CESPE/BASA 2012 - Cargo 4 - Item 73) O resultado patrimonial é apurado, na

demonstração das variações patrimoniais, confrontando-se as variações patrimoniais

qualitativas e quantitativas, que fazem aumentar ou diminuir o patrimônio líquido.

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224

CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Considerando-se a tabela acima, em que são apresentados os saldos, em reais, de uma

unidade gestora hipotética X, em 31/12/2011, é correto afirmar que

3) (CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2 - Item 84) o resultado patrimonial apurado foi

de R$ 2.000,00.

CESPE/FUNCAP/PA/2004 - Cargo 3: Contador

Relativamente à apuração dos resultados e às demonstrações contábeis obrigatórias no

âmbito da administração pública, conforme o que determina a legislação aplicável e a

doutrina, julgue os itens subseqüentes.

4) (CESPE/FUNCAP/PA/2004 - Cargo 3: Contador - Item 106) O resultado

orçamentário apurado na demonstração das variações patrimoniais é diferente do

resultado orçamentário apurado no balanço orçamentário, posto que nesse último conceito

não há influência das interferências ativas e passivas e das mutações ativas e passivas,

que são de origem orçamentária, ocorridas no patrimônio durante a execução do

orçamento da despesa e da receita.

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225

CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador

A tabela acima contém receitas e despesas, em reais, extraídas do balancete de um órgão

hipotético da administração direta, no exercício de X11, que teve orçamento aprovado

com previsão inicial de receita de R$ 500,00. Com base nessa tabela, julgue os itens a

seguir.

5) (CESPE/TJ RR 2012 - Cargo 4: Contador - Item 77) O valor das variações ativas

resultantes da execução orçamentária que deve constar na demonstração das variações

patrimoniais (DVP) no ano de X11 será igual a R$ 400,00.

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226

CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Com relação ao plano de contas da administração pública e às demonstrações contábeis,

julgue os itens que se seguem.

6) (CESPE/TRE-RJ 2012 - Cargo - Item 81) Na demonstração das variações

patrimoniais, a dívida ativa é classificada juntamente com as variações passivas, no grupo

das receitas extraorçamentárias.

CESPE/TJAC 2012 - Cargo 5: Contador

No que se refere às demonstrações contábeis, ao suprimento de fundos e à Lei de

Diretrizes Orçamentárias, julgue os próximos itens.

7) (CESPE/TJAC 2012 - Cargo 5: Contador - Item 93) A demonstração das variações

patrimoniais deve contemplar as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou não

da execução orçamentária.

CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2: Analista Administrativo – Área 2

Considerando as orientações constantes das Normas Brasileiras de Contabilidade

Aplicadas ao Setor Público (NBCASP), editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade

(CFC), e normatização correlata, em âmbito nacional e internacional, julgue os itens que

se seguem.

8) (CESPE/ANAC 2012 - Cargo 2 - Item 98) O conjunto de demonstrações contábeis

obrigatórias das entidades públicas inclui os balanços patrimonial, orçamentário e

financeiro e a demonstração de mutações do patrimônio líquido.

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227

CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2: Analista Judiciário – Área: Administrativa

– Especialidade: Contabilidade

Julgue os itens a seguir, acerca da estrutura e componentes das demonstrações contábeis

no setor público.

9) - (CESPE/TRT 10ª Região 2012 - Cargo 2 - Item 77) As variações cambiais

negativas são classificadas, na demonstração das variações patrimoniais, como variação

patrimonial quantitativa diminutiva financeira.

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

A Aprovação da Lei Orçamentária Anual no valor de R$ 200.000,00;

B Lançamento de impostos no valor de R$ 120.000,00, sendo arrecadados R$

100.000,00;

C Compra de imóvel a vista no valor de R$ 70.000,00;

D Recebimento de veículo em doação no valor de R$ 20.000,00;

E Despesas de água, luz e telefone no valor de R$ 40.000,00, com valor total inscrito em

restos a pagar.

Considerando os eventos acima, relativos ao encerramento do primeiro exercício

financeiro de determinada entidade governamental, julgue os itens que se seguem acerca

do fechamento de suas demonstrações contábeis.

10) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 78) O resultado patrimonial do exercício,

relativo à demonstração das variações patrimoniais, foi superavitário em R$ 60.000,00.

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228

CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: Analista do Executivo – Área de Formação 2:

Ciências Contábeis

11) (CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: 2 - QUESTÃO 51) Considere que uma

unidade governamental tenha realizado os seguintes eventos ao final de seu primeiro

exercício financeiro:

< Aprovação da lei orçamentária anual (LOA) no valor de R$ 90.000,00.

< Lançamentos de impostos no valor de R$ 40.000,00, sendo arrecadados R$ 30.000,00.

< Compra de máquinas à vista no valor de R$ 10.000,00.

< Recebimento de imóvel, em doação, no valor de R$ 90.000,00.

< Despesas de luz, água e telefone no valor de R$ 5.000,00, com valor total inscrito em

restos a pagar.

Com base nessas informações, é correto afirmar que as variações patrimoniais

aumentativas e as variações patrimoniais diminutivas totalizaram, respectivamente,

A R$ 125.000,00 e R$ 35.000,00.

B R$ 125.000,00 e R$ 10.000,00.

C R$ 130.000,00 e R$ 5.000,00.

D R$ 30.000,00 e R$ 5.000,00.

E R$ 40.000,00 e R$ 35.000,00.

CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7: Analista Ministerial – Área: Orçamento

Contabilidade Pública para Concursos

229

Com base no que dispõe a legislação sobre direito financeiro e contabilidade pública,

julgue os itens que se seguem.

12) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 67) Em respeito ao princípio da

transparência, a contabilidade pública deve evidenciar, na demonstração das variações

patrimoniais, as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da

execução orçamentária, e indicar o resultado patrimonial do exercício.

Com relação ao plano das contas único do governo federal, às variações patrimoniais, ao

balancete e às demonstrações contábeis, julgue os itens a seguir.

13) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 70) A demonstração das variações

patrimoniais deve evidenciar as variações quantitativas, o resultado patrimonial e as

variações qualitativas decorrentes da execução financeira.

14) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 72) O resultado patrimonial de um

determinado período deve ser apurado por meio do confronto entre as variações

qualitativas aumentativas e as diminutivas.

CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3: Analista Legislativo – Ciências Contábeis

No primeiro exercício financeiro de uma entidade governamental, foi aprovada a lei

orçamentária anual (LOA) no valor de R$ 200.000,00 e foram registrados apenas os

seguintes eventos contábeis nesse exercício financeiro:

Contabilidade Pública para Concursos

230

Com base nessas informações, julgue os próximos itens, relativos ao fechamento de

balanços públicos desse exercício financeiro, de acordo com a Lei n.º 4.320/1964.

15) (CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3 - Item 75) O resultado patrimonial do exercício

apresentou superávit no valor de R$ 80.000,00.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

Acerca do balancete e das demonstrações contábeis, julgue os itens a seguir.

16) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 109) De acordo com a estrutura do

SIAFI, a demonstração das variações patrimoniais apresenta o resultado patrimonial

decorrente da execução orçamentária, que é semelhante ao resultado orçamentário

apurado no balanço orçamentário.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Determinada entidade do setor público apresentou os eventos registrados abaixo em seu

primeiro exercício financeiro, ocorrido em 2012.

• aprovação da Lei Orçamentária Anual, com previsão da receita e fixação da despesa no

valor de R$ 150.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 60.000,00;

Contabilidade Pública para Concursos

231

• empenho, consumo e pagamento de despesas com serviços de água, luz e telefone

durante o ano, no valor de R$ 20.000,00;

• recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 100.000,00;

• compra de veículo para uso no valor de R$ 30.000,00, com recebimento imediato do

bem, inscrito integralmente em restos a pagar ao final do exercício financeiro de 2012.

Com base nos eventos acima registrados, julgue os itens que se seguem, acerca do

fechamento das demonstrações contábeis do ano de 2012 da referida entidade conforme a

Lei n.º 4.320/1964.

17) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 110) Na demonstração das variações

patrimoniais, os acréscimos patrimoniais totalizaram R$ 100.000,00.

CESPE/ANS 2013/Cargo 3: Analista Administrativo

No que se refere à operacionalização da contabilidade governamental, julgue os itens

subsequentes.

18) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 114) A demonstração das variações

patrimoniais, que integra o balanço patrimonial, evidencia as variações quantitativas e

qualitativas resultantes da execução orçamentária.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

No primeiro exercício financeiro de uma entidade do setor publico, foram registrados

somente os seguintes eventos contábeis.

• Previsão da receita e fixação da despesa no valor de R$ 280.000,00.

Contabilidade Pública para Concursos

232

• Impostos arrecadados no valor de R$ 130.000,00.

• Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$ 70.000,00.

• Compra de equipamento para uso da entidade, com recebimento imediato do bem, no

valor de R$ 120.000,00, com metade do pagamento a vista e o restante inscrito em restos

a pagar.

• Veiculo recebido em doação, no valor de R$ 20.000,00.

Considerando os eventos acima registrados, relativos ao encerramento desse primeiro

exercício financeiro, julgue os próximos itens, acerca da elaboração das demonstrações

contábeis, de acordo com a Lei n.o 4.320/1964.

19) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 74) Na demonstração das variações

patrimoniais, as mutações ativas totalizaram R$ 140.000,00.

CESPE/DPF 2013/CARGO 1: PERITO CRIMINAL FEDERAL/ÁREA 1

Contabilidade Pública para Concursos

233

Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do

balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e

despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os

próximos itens.

20) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 86) Na demonstração das variações

patrimoniais, o valor das mutações ativas (fatos permutativos da despesa) é igual a R$

320.000.

21) (CESPE/DPF 2013/CARGO 1 – Item 87) Se a demonstração das variações

patrimoniais evidenciar igualdade entre as variações ativas e passivas, independentemente

da execução orçamentária, o resultado patrimonial será um superávit de R$ 70.000.

CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3: Técnico de Nível Superior –

SPU/UCP

Considere que em uma entidade governamental tenham sido registrados os seguintes

eventos no primeiro exercício financeiro encerrado:

• aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no valor de R$ 120.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 73.000,00;

• empenho, liquidação e pagamento de despesas com limpeza e conservação no valor de

R$ 35.000,00;

• recebimento de veículo em doação no valor de R$ 20.000,00;

• compra de equipamento para uso, com recebimento imediato do bem, no valor de R$

30.000,00, inscrito em restos a pagar.

Contabilidade Pública para Concursos

234

Considerando as informações acima, julgue os próximos itens, com base nas

demonstrações contábeis da Lei n.º 4.320/1964.

22) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 120) Na

demonstração das variações patrimoniais, as mutações ativas totalizam R$ 50.000,00.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4: Analista Administrativo - Área: Ciências Contábeis

Com relação às normas contábeis específicas aplicáveis ao setor público para as

demonstrações contábeis, julgue os próximos itens.

23) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 77) A demonstração das variações

patrimoniais permite evidenciar as variações quantitativas e qualitativas ocorridas nos

elementos patrimoniais, de naturezas orçamentárias ou extraorçamentárias, e o saldo

patrimonial do exercício.

A respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de

Responsabilidade Fiscal, julgue os itens que se seguem.

24) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 84) A demonstração das variações

patrimoniais da União evidencia as transferências concedidas de caráter

intergovernamentais e intragovernamentais, assim como aquelas feitas a entidades sem

fins lucrativos e as referentes a convênios firmados que correspondam a despesas

correntes ou de capital.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

Contabilidade Pública para Concursos

235

No que se refere às demonstrações contábeis, segundo a legislação, julgue os itens a

seguir.

25) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16– Item 100) Na demonstração de variações

patrimoniais, as interferências ativas e passivas utilizadas para registrar as operações de

natureza intragovernamental devem ser identificadas e excluídas para fins de

consolidação das demonstrações conjuntas.

CESPE/MJ 2013 - CARGO 3: CONTADOR

Em determinada entidade governamental, foram registrados os seguintes eventos

referentes a seu primeiro exercício financeiro, já encerrado:

lançamento de impostos no valor de R$ 100.000,00, tendo sido arrecadados 60%

desse valor;

registro de veículo recebido em doação;

aquisição de imóvel no valor de R$ 120.000,00, com recebimento imediato do

bem, tendo sido efetuado 50% do pagamento à vista e o restante inscrito em restos a

pagar.

Considerando que haja relação entre o regime orçamentário e o regime contábil, julgue os

itens a seguir, a partir das informações apresentadas.

26) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 113) Apesar de ser uma transação

extraorçamentária, o veículo recebido em doação deve ser registrado como uma variação

patrimonial aumentativa no resultado do exercício.

Contabilidade Pública para Concursos

236

27) - (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 114) Devido à aquisição do imóvel, será

reconhecida uma variação patrimonial aumentativa no resultado do exercício no valor de

R$ 120.000,00.

28) (CESPE/MJ 2013 - CARGO 3 – Item 115) No momento da arrecadação dos

impostos, deve ser registrado aumento do ativo e do resultado do exercício no valor de R$

60.000,00.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –

ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Em determinado órgão público, foram registrados os seguintes eventos durante um

exercício financeiro já encerrado:

lançamento de impostos no valor de R$ 120.000, tendo sido arrecadados R$

90.000 durante o ano;

aquisição de material de consumo à vista para estoque no valor de R$ 40.000,

tendo sido consumidos 50% desse material durante o exercício;

empenho e liquidação de despesas com serviços de vigilância no exercício, no

valor de R$ 72.000, tendo sido 60% pagos durante o exercício e o restante inscrito em

restos a pagar ao final do exercício.

Considerando que deve haver o relacionamento entre o regime orçamentário com o

contábil, julgue os itens que se seguem.

29) - (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 110) O valor da despesa com

serviços de vigilância inscrito em restos a pagar não deve ser computado como despesa

orçamentária do exercício.

Contabilidade Pública para Concursos

237

30) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 111) Deve ser reconhecida receita

orçamentária no valor de R$ 90.000.

31) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 112) Será reconhecida, no exercício,

variação patrimonial diminutiva de estoques no valor de R$ 20.000.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8: CONTADOR

Em determinada entidade governamental hipotética, durante certo exercício financeiro já

encerrado, foram registrados os seguintes eventos:

• lançamento de impostos no valor de R$ 80.000,00;

• arrecadação de impostos no valor de R$ 68.000,00;

• compra de veículo, à vista, no valor de R$ 32.000,00, com recebimento imediato do

bem;

• empenho, liquidação e pagamento de folha de pessoal no valor de R$ 36.000,00;

• empenho e liquidação das despesas com água, luz e telefone consumidos no valor de R$

18.000,00, totalmente inscritas em restos a pagar.

Com referência a esses eventos, julgue os itens a seguir, considerando que deve haver

relação do regime orçamentário com o regime contábil.

32) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 109) Será reconhecido como despesa

orçamentária do exercício o valor de R$ 86.000,00.

Contabilidade Pública para Concursos

238

33) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 110) O valor de R$ 18.000,00,

referente às despesas com água, luz e telefone, inscrito em restos a pagar, não deverá ser

registrado como variação patrimonial diminutiva do exercício.

34) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 111) Com relação aos impostos, deve

ser reconhecida uma variação patrimonial aumentativa no valor de R$ 80.000,00.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

No curso de uma auditoria, estão em análise as contas de um órgão da administração

pública direta da União em seu primeiro exercício financeiro, com apuração das seguintes

receitas e despesas:

Considerando as informações apresentadas acima, as normas vigentes e, ainda, o

consumo total do material de consumo adquirido, julgue os itens subsecutivos, em relação

às demonstrações contábeis previstas na Lei n.º 4.320/1964.

Contabilidade Pública para Concursos

239

35) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 90) Na demonstração das variações

patrimoniais, o resultado patrimonial é superavitário.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Com relação às demonstrações contábeis da contabilidade governamental, julgue os itens

seguintes.

36) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 146) Dados os

custos, as receitas e as despesas a seguir, a demonstração das variações patrimoniais

evidencia resultado patrimonial deficitário.

CESPE/FUNASA 2013 - ÁREA DE LOTAÇÃO: CELEBRAÇÃO E PRESTAÇÃO

DE CONTAS E CONVÊNIOS – NÍVEL IV: ATIVIDADES TÉCNICAS DE

COMPLEXIDADE INTELECTUAL – ESPECIALIDADE 3

Considere os seguintes dados relativos ao encerramento do primeiro exercício financeiro

de determinada entidade governamental:

Contabilidade Pública para Concursos

240

• previsão da receita orçamentária: ....................R$ 80.000,00.

• fixação da despesa orçamentária: ....................R$ 80.000,00.

• arrecadação de impostos: ................................R$ 50.000,00.

• empenho de despesas: .....................................R$ 80.000,00.

• liquidação de despesas: ...................................R$ 70.000,00.

• inscrição de despesas em restos a pagar: .........R$ 30.000,00.

• recebimento de imóvel em doação: ....................R$ 100.000,00.

Com base nessas informações, julgue os itens a seguir, acerca da elaboração das

demonstrações contábeis em conformidade com a Lei n.º 4.320/1964.

37) (CESPE/FUNASA 2013 - ESPECIALIDADE 3 – Item 97) O imóvel recebido em

doação afeta positivamente, em R$ 100.000,00, a apuração do resultado patrimonial do

exercício.

CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5: Ciências

Contábeis

38) (CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5 -QUESTÃO

57) Com relação às demonstrações contábeis e ao balancete, assinale a opção correta.

A O balanço patrimonial, cuja parte integrante e o demonstrativo da apuração do

superávit/déficit orçamentário, evidencia os ativos e passivos circulantes e não circulantes

e o patrimônio liquido.

Contabilidade Pública para Concursos

241

B O balancete deve atender a uma serie de procedimentos de regra de integridade, tais

como estar certificado pelo contador e evidenciar a equivalência de saldos devedores e

credores no âmbito da mesma natureza de informação, nos níveis de classe, grupo e

subgrupo.

C O balanço orçamentário destina-se a evidenciar a receita arrecadada e a despesa

prevista, bem como as respectivas execuções, o que permite a apuração do resultado da

variação patrimonial.

D A anulação de uma dotação afeta apenas a coluna previsão atualizada no balanço

orçamentário.

E O anexo da demonstração das variações patrimoniais deve evidenciar as metas de risco

para o exercício corrente.

39) (CESPE/TCE-ES 2013 - Cargo: Analista Administrativo – Área 5 -QUESTÃO

58) Acerca das demonstrações contábeis, assinale a opção correta.

A No balanço patrimonial, o ativo financeiro abrange os creditos e valores realizáveis,

independentemente de autorização orçamentária, e os valores numerários.

B As variações patrimoniais aumentativas contribuem para a obtenção de superávit

primário e as variações patrimoniais diminutivas, para o superávit nominal.

C O resultado patrimonial do exercício deve compor o patrimônio liquido, sendo

destacado na conta ajuste de variação patrimonial.

D O balanço patrimonial deve evidenciar os ativos e passivos circulantes e não

circulantes, mas não as contas de compensação, pois estas são demonstradas no balanço

orçamentário.

E Somente serão classificados no grupo do ativo circulante os itens que se encontram

disponíveis para realização imediata ou os que forem pagos a terceiros ate o termino do

exercício seguinte.

Contabilidade Pública para Concursos

242

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nas informações apresentadas na tabela acima,

referentes ao primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade

governamental, julgue os itens que se seguem.

40) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 74) O recebimento de

depósitos de terceiros no valor de R$ 18.000,00 não interfere na apuração do resultado

patrimonial do exercício, visto que constituem valores restituíveis.

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243

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 6

1 C 21 C

2 E 22 E

3 C 23 E

4 C 24 C

5 E 25 C

6 E 26 C

7 C 27 E

8 E 28 E

9 C 29 E

10 E 30 C

11 Letra C 31 C

12 C 32 C

13 E 33 E

14 E 34 C

15 E 35 E

16 E 36 E

17 C 37 C

18 C 38 B

19 E 39 A

20 E 40 C

Contabilidade Pública para Concursos

244

REVISÃO DO CAPÍTULO 6 – DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES

PATRIMONIAIS

LEI 4.320/64

Art. 104 - A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações

verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução

orçamentária, e indicará o RESULTADO patrimonial do exercício.

VARIAÇÕES ATIVAS Resultantes da Execução Orçamentária:

Mutações patrimoniais DA DESPESA = MUTAÇÕES ATIVAS

associadas às DESPESAS NÃO EFETIVAS

(geralmente, DESP. ORÇ. DE CAPITAL).

VARIAÇÕES PASSIVAS Resultantes da Execução Orçamentária:

Contabilidade Pública para Concursos

245

Mutações patrimoniais DA RECEITA = MUTAÇÕES PASSIVAS

associadas às RECEITAS NÃO EFETIVAS

(geralmente, RECEITAS ORÇ. DE CAPITAL).

ANÁLISE

Resultado Patrimonial = Variações Ativas – Variações Passivas

ATENÇÃO

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246

Contabilidade Pública para Concursos

247

CAPÍTULO 7: TÍTULO IX DA LEI 4.320/64

Assunto: Título IX da Lei n. 4320/64

1) Título IX da Lei 4.320/64

Primeiramente, observe como a Lei 4.320/64 divide o seu Título IX:

TÍTULO IX - Da Contabilidade

CAPÍTULO I - Disposições Gerais

art. 83 a 89

CAPÍTULO II - Da Contabilidade Orçamentária e Financeira

art. 90 a 93

CAPÍTULO III - Da Contabilidade Patrimonial e Industrial

art. 94 a 100

CAPÍTULO IV - Dos Balanços

art. 101 a 106

Desse modo, destaco que os art. 101 a 105 não serão estudados neste capítulo,

pois tratam dos balanços, que já foram estudados nos capítulos anteriores (art. 102 – BO;

103 – BF; 104 – DVP e 105 – BP).

Quando a lei menciona que irá tratar da Contabilidade nesta seção, é importante

que se tenha em mente o seguinte conceito:

Contabilidade Pública para Concursos

248

1.1) CAPÍTULO I - Disposições Gerais - art. 83 a 89

Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública, a SITUAÇÃO de

todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem

ou guardem BENS a ela pertencentes ou confiados;

Este artigo costuma ser cobrado com frequência em provas. A partir dele, observa-

se que a contabilidade estará interessada em todos os atos e fatos envolvendo receitas,

despesas, administração ou guarda de bens e valores:

Também é importante observar o que são os “bens a ela pertencentes ou

confiados”:

A intenção do legislador neste artigo foi a de individualizar a responsabilidade

daqueles envolvidos, de alguma forma, com a gestão dos bens pertencentes à Fazenda

Pública ou a ela confiados.

Por último, deve-se observar que, quando se fala em individualização da

responsabilidade (e isso é bastante importante para os órgãos de controle), deve ficar

claro o papel do Contador, profissional responsável pela Contabilidade, que responde

pelo conteúdo informativo das demonstrações contábeis, enquanto o agente público,

Contabilidade Pública para Concursos

249

político ou administrativo, que assina aquelas demonstrações, é responsável pelos atos

praticados que deram consequência aos fatos representados pela Contabilidade nas

demonstrações. É essa a visão dos autores J. Teixeira Machado Jr. e Heraldo da Costa

Reis na obra “A Lei 4.320/64 Comentada e a Lei de Responsabilidade Fiscal”.

OBSERVAÇÃO

Neste capítulo, a partir de agora, quando mencionarmos a “DOUTRINA”, estarei

me referindo ao livro “A Lei 4.320/64 Comentada e a Lei de Responsabilidade

Fiscal”.

Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a

TOMADA DE CONTAS dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será

realizada ou superintendida pelos SERVIÇOS DE CONTABILIDADE.

Para que não haja confusão com relação ao termo “TOMADA DE CONTAS”, é

importante destacar que, à época da lei, o conceito era diferente do que observamos nos

normativos mais recentes.

No âmbito da Administração Federal, a IN 01/2001 SFC/MF, que define

diretrizes, princípios, conceitos e aprova normas técnicas para a atuação do Sistema de

Controle Interno do Poder Executivo Federal, o conceito de tomada de contas

Contabilidade Pública para Concursos

250

corresponde ao processo preparado pelo órgão de contabilidade analítica da

Administração Direta, referente aos atos de gestão orçamentária, financeira e

patrimonial e à guarda de bens e valores públicos sob a responsabilidade de agente

responsável. Já a prestação de contas se refere ao processo de contas da Administração

Indireta.

A Lei Orgânica do TCU também faz referência à tomada e a prestação de contas,

além da tomada de contas especial – TCE.

Portanto, a definição de TOMADA DE CONTAS pela Lei 4.320/64 difere da

adotada pelo TCU ou pela SFC/CGU. De acordo com a doutrina, a definição da Lei à

época era a seguinte:

Já a PRESTAÇÃO DE CONTAS, segundo a doutrina, possuía, à época (1964), a

seguinte definição:

Diante do exposto, constata-se que a definição que a Lei 4.320/64 tentou passar a

respeito da TOMADA DE CONTAS nesse art. 84 se aproxima bastante do que hoje

conhecemos como TOMADA DE CONTAS ESPECIAL – TCE, procedimento de

exceção adotado diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da

Contabilidade Pública para Concursos

251

aplicação dos recursos repassados pela União, da ocorrência de desfalque ou desvio de

dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo

ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, no âmbito federal.

Vale lembrar que, no caso de TCE, a competência do TCU não é a de executar o

procedimento, mas sim de determinar ao órgão competente a sua instauração. Em regra,

esse órgão competente é exatamente o serviço de contabilidade.

ATENÇÃO

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o

ACOMPANHAMENTO da execução orçamentária, o conhecimento da composição

patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos

balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.

Observe que a Contabilidade não se limita ao acompanhamento do orçamento

público. Lembrem-se de que o objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o

Patrimônio Público, algo bem mais amplo do que o orçamento. Assim, a organização do

sistema de contabilidade tem como objetivo evidenciar todas as modificações que o

patrimônio público sofre em razão das operações realizadas pelos gestores.

Outro ponto a ser destacado é que as entidades governamentais podem organizar

as suas respectivas contabilidades de acordo com suas necessidades não havendo a

obrigatoriedade de seguir ou adotar este ou aquele tipo de organização.

Art. 86. A escrituração SINTÉTICA das operações FINANCEIRAS e

PATRIMONIAIS efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas.

Contabilidade Pública para Concursos

252

Primeiramente, vamos ver o significado de escrituração:

Agora, vamos explicar rapidamente o que vem a ser o método das partidas

dobradas:

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

A essência do método, hoje universalmente aceito, é que o registro de qualquer

operação implica que a um débito ou a mais de um débito numa ou mais contas

deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a

soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados.

E as operações orçamentárias? Elas não são escrituradas pelo método das

partidas dobradas

Ao mencionar as operações financeiras e patrimoniais, a lei está assumindo um

caráter meramente didático, para melhor orientar, porque as operações patrimoniais

envolvem necessariamente as operações financeiras. Estas não estão à parte ou fora do

patrimônio, integram-se a ele substancialmente.

A Lei 4.320/64, ao definir os sistemas de contas, separou o sistema orçamentário

do financeiro e do patrimonial. Pela concepção da lei, o sistema orçamentário está

preocupado com o registro da arrecadação e do empenho da despesa. Entretanto, a

despesa orçamentária só afeta o patrimônio da entidade no momento da sua

liquidação, sendo neste momento que ocorre o seu lançamento contábil no sistema

financeiro de contas.

Contabilidade Pública para Concursos

253

Desse modo, a lei aqui expressamente definiu que a escrituração SINTÉTICA

das operações FINANCEIRAS e PATRIMONIAIS efetuar-se-á pelo método das

partidas dobradas, não tendo mencionado as operações orçamentárias. Não quer

dizer que estas últimas não sejam escrituradas pelo método das partidas dobradas.

ATENÇÃO

Fique atento às questões literais. Se estiver escrito em alguma questão que a

escrituração SINTÉTICA das operações ORÇAMENTÁRIAS e PATRIMONIAIS

efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas, está ERRADO! Não é isso que a lei

dispõe na sua literalidade!

Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de AJUSTES OU

CONTRATOS em que a administração pública for parte.

Neste artigo, a lei está se referindo ao SISTEMA DE COMPENSAÇÃO, em que

constam as contas de controle.

De acordo com a doutrina, este é mais um dispositivo de caráter didático, visto que ele

está implícito no art. 83:

Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com INDIVIDUAÇÃO do DEVEDOR

ou do CREDOR e especificação da natureza, importância e data do vencimento, quando

fixada.

Contabilidade Pública para Concursos

254

Este dispositivo não costuma aparecer muito em questões de prova. Essa

escrituração com individuação dos devedores e dos credores nada mais é o do que o

registro de informações, que pode ser efetuado da forma a seguir:

Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária,

financeira, patrimonial e industrial.

Este artigo costuma ser cobrado em prova com certa frequência.

ATENÇÃO

Observe que NÃO está se tratando aqui dos 4 sistemas de contas (SO, SF, SP e

SC).

O dispositivo trata de FATOS ligados à administração, elementos que afetam o

patrimônio público de alguma forma. O sistema de compensação se refere a fatos

potenciais, que possam vir a afetar o patrimônio no futuro. Não há, neste último caso,

impacto imediato no patrimônio público.

Contabilidade Pública para Concursos

255

1.2) CAPÍTULO II – Da Contabilidade Orçamentária e Financeira - art. 90 a 93

Art. 90 A contabilidade deverá EVIDENCIAR, em seus registros, o montante dos

créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta

dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

Este artigo costuma ser bastante cobrado em provas! A “palavra” mágica da

contabilidade é “EVIDENCIAR”. A finalidade será sempre a evidenciação de algo,

principalmente por meio dos demonstrativos contábeis. É a partir dessas informações

“produzidas” pela contabilidade que os órgãos de controle poderão, por exemplo, avaliar

a execução orçamentária, financeira e patrimonial do exercício.

Este artigo pode ser esquematizado da seguinte maneira:

Observe apenas que os saldos disponíveis em cada dotação são calculados a

partir da diferença entre o crédito inicial (despesas previstas ou fixadas na LOA) e o valor

dos empenhos feitos à conta da dotação.

Outra observação importante é que a contabilidade de que trata este artigo é a

orçamentária. A evidenciação das informações descritas anteriormente é feita a partir do

Balanço Orçamentário.

Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as

especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais.

Contabilidade Pública para Concursos

256

A contabilidade financeira não pode se afastar das especificações constantes da

lei de orçamento e dos créditos adicionais, facilitando, dessa forma, melhor controle e

cotejo (comparação) entre registros orçamentários e financeiros.

Assim, conforme dispõe a doutrina, a posição de tesouraria (ou caixa) a qualquer

momento será dada segundo a classificação das contas contidas na lei orçamentária, a

menos que se trate de fato extraorçamentário.

A intenção deste artigo é que as receitas e despesas, do ponto de vista financeiro,

sejam classificadas da mesma forma que a lei orçamentária, de modo a facilitar o controle

desses registros.

Art. 92. A dívida flutuante compreende:

I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

II - os serviços da dívida a pagar;

III - os depósitos;

IV - os débitos de tesouraria.

Primeiramente, é preciso destacar que a dívida flutuante é aquela de curto prazo,

em geral de vencimento inferior a um ano, e que não depende de autorização

orçamentária para ser paga.

DÍVIDA FLUTUANTE

Restos a Pagar: as despesas empenhadas, não pagas até 31 de dezembro, e

devidamente inscritas;

Serviço da Dívida a Pagar: as parcelas de amortização e de juros da dívida

fundada ou consolidada;

Depósitos (*): as cauções ou garantias recebidas de terceiros para execução de

contratos de obras e fornecimentos, em dinheiro;

Débitos de Tesouraria – as dívidas provenientes de operações de crédito por

antecipação de receita orçamentária (ARO).

Contabilidade Pública para Concursos

257

NOTA

(*) No caso dos Depósitos, são considerados dívida flutuante apenas os efetuados

em dinheiro. Depósitos em títulos não são dívida flutuante, mas sim registrados

em contas de compensação, não afetando o patrimônio da entidade de imediato.

Estudamos um pouco da dívida flutuante no capítulo sobre BALANÇO

PATRIMONIAL Vimos que essa dívida figura no PASSIVO FINANCEIRO do BP,

visto que não depende de autorização orçamentária para o seu pagamento. No Balanço

Financeiro, também há referência aos valores referentes ao recebimento e pagamento

desses títulos, como receitas e despesas EXTRAORÇAMENTÁRIAS:

BALANÇO FINANCEIRO

ATENÇÃO

Gostaria de chamar sua para um detalhe. Para a doutrina, consideram-se como

dívida flutuante somente os RESTOS A PAGAR PROCESSADOS, conforme segue:

Contabilidade Pública para Concursos

258

Assim, em tese não estariam considerados na dívida flutuante os restos a pagar

NÃO PROCESSADOS.

DICA

Estudamos que a doutrina considera que a dívida flutuante é composta apenas pelos

restos a pagar processados. A Lei 4.320/64 não faz essa distinção. Para ela, não interessa se

os RP são processados (despesas liquidadas e não pagas) ou não processados (despesas

empenhadas que não foram liquidadas nem pagas).

Ressalto que você deve tomar MUITO CUIDADO com isso. Embora esse seja um

conhecimento importante, você não deve considerá-lo no caso de questões que apareçam na

prova cobrando a literalidade da lei.

Art. 92. A dívida flutuante compreende:

(...)

Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á POR EXERCÍCIO e POR

CREDOR distinguindo-se as despesas PROCESSADAS das NÃO PROCESSADAS.

Contabilidade Pública para Concursos

259

A lei define, portanto, três critérios de classificação dos RESTOS A PAGAR: por

exercício, por credor e diferençando-se a condição de despesas em processadas e não-

processadas, o que pode ser visualizado a partir da tabela a seguir:

Art. 93. TODAS as operações de que resultem débitos e créditos de NATUREZA

FINANCEIRA, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto

de registro, individuação e controle contábil.

Esse é um dos artigos mais cobrados em provas de concursos em se e tratando do

Título IX da Lei 4.320/64.

Observe que este dispositivo trata na verdade das entradas e saídas

compensatórias (receitas e despesas extra-orçamentárias), estudadas no capítulo de

balanço financeiro.

Você deve ler este artigo da seguinte maneira:

As RECEITAS E DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS também serão

objeto de registro, individuação e controle contábil.

Contabilidade Pública para Concursos

260

1.3) CAPÍTULO III – Da Contabilidade Patrimonial e Industrial - art. 94 a 100

Art. 94. Haverá registros ANALÍTICOS de todos os bens de caráter permanente, com

indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e

dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.

Inicialmente, destaca-se que o registro analítico deverá conter, no mínimo, as

seguintes informações:

Contabilidade Pública para Concursos

261

DICA

As Bancas costumam tentar confundir o candidato trocando palavras constantes nos

artigos 94 e 95, que será apresentado a seguir.

Art. 95 A contabilidade manterá registros SINTÉTICOS dos bens móveis e imóveis

Esse registro sintético constará apenas os seguintes elementos:

É importante salientar que, pelo menos uma vez por ano, deve ser feito o

INVENTÁRIO FÍSICO-FINANCEIRO de TODOS os bens móveis e imóveis, em

uso ou estocados em almoxarifado, aí compreendendo o material para consumo e material

permanente, de modo que o balanço patrimonial reflita a realidade das exigências e permita

o controle de cada bem em uso ou em estoque.

Outro ponto que merece destaque é que o conceito de bens móveis e imóveis é mais

abrangente do que o de bens permanentes.

Contabilidade Pública para Concursos

262

MATERIAL PERMANENTE

É aquele que, em razão de seu uso corrente, NÃO perde a sua identidade física,

e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos. Para efeito de identificação e

inventário, os equipamentos e materiais permanentes receberão números

sequenciais de registro patrimonial.

MATERIAL DE CONSUMO

É aquele que em razão de seu uso corrente e da definição da Lei nº 4.320/64,

perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois

anos.

A partir desses conceitos, é possível constatar que existe uma lógica por trás

desses dois artigos. O registro sintético deverá ser feito para o caso dos bens móveis e

imóveis, conceito mais abrangente, incluindo-se, por exemplo, os materiais de consumo.

Do ponto de vista da relação custo-benefício, não vale a pena manter registros analíticos

de bens de consumo, como estoques de canetas no almoxarifado. Já os bens de caráter

permanente, como equipamentos e imóveis, além do registro sintético, deverão possuir

registros analíticos, dado seu maior valor econômico e sua importância.

Art. 96. O LEVANTAMENTO GERAL dos BENS MÓVEIS E IMÓVEIS terá por

base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da

escrituração sintética na contabilidade.

Neste artigo, fica evidenciada a atribuição dos setores de administração e de

contabilidade do órgão. As unidades administrativas deverão realizar os registros

analíticos e a contabilidade, os sintéticos, de modo que o produto final do conjunto desses

registros seja o levantamento geral dos bens móveis e imóveis, conforme esquema a

seguir, elaborado com base em figura constante do material do excelente professor Igor

Oliveira, meu colega aqui no Ponto.

Contabilidade Pública para Concursos

263

DICA

Administração Analíticos (os dois começam com a letra A).

Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, far-se-á o registro

contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.

De acordo com a doutrina, este dispositivo deve ser interpretado de MODO

AMPLO, para incluir no conceito de receitas patrimoniais TODAS AS QUE SÃO

AUFERIDAS PELA ENTIDADE GOVERNAMENTAL, sejam tributárias, industriais,

patrimoniais etc., inclusive aquelas provenientes da cobrança de Dívida Ativa, pois todas

passam a integrar o patrimônio da entidade.

De outro modo, estar-se-ia criando um conceito perigoso de que só as receitas

patrimoniais stricto sensu seriam contabilizáveis para os efeitos que o artigo assinala.

Art. 98. A DÍVIDA FUNDADA compreende os compromissos de exigibilidade superior

a doze meses, contraídos para atender a DESEQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO OU A

FINANCEIRO de obras e serviços públicos.

Contabilidade Pública para Concursos

264

A dívida fundada é aquela de longo prazo, cujo vencimento é superior a doze

meses.

É importante observar que o conceito apresentado neste artigo encontra-se

superado, tendo em vista que foi revogado pelo art. 29, inciso I, da LRF. A partir da LRF,

observa-se que se incluem na dívida fundada as contratuais e a mobiliária, além de outras

estabelecidas pela LRF, como, os precatórios judiciais posteriores a 5/5/200 vencidos e

não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos e, no caso

da União, a emissão de títulos de responsabilidade do BACEN. Estudaremos com mais

detalhes este assunto no capítulo a respeito de LRF.

ATENÇÃO!

A LRF mandou incluir na dívida pública CONSOLIDADA as operações de

crédito de prazo INFERIOR a doze meses cujas receitas tenham constado do

orçamento (art. 29, § 3º). Portanto, a dívida consolidada não é composta apenas por

elementos cujo pagamento deve ser feito a longo prazo. Existe essa exceção!

Art. 98.

(...)

Parágrafo único. A DÍVIDA FUNDADA será escriturada com individuação e

especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos,

bem como os respectivos serviços de amortização e juros.

Contabilidade Pública para Concursos

265

Este parágrafo único raramente é cobrado em prova. De interessante, destaco o

comentário da doutrina acerca dos órgãos responsáveis pela escrituração da dívida

pública:

Art. 99. Os serviços públicos INDUSTRIAIS, ainda que não organizados como empresa

pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos

CUSTOS, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeira

comum.

Com relação a este dispositivo, destaca-se que a tal “contabilidade especial” a que

ele se refere diz respeito à contabilidade de custos, definida adiante:

Observa-se que a determinação de custos, especialmente no serviço público, não

tem sido encarada com a objetividade que seria desejada e os processos utilizados

parecem ainda precários e complicados.

Atualmente, a contabilidade aplicada ao setor público tem adotado uma postura

em prol da implementação da contabilidade de custos. Prova disso é que o MCASP

define, além dos subsistemas de informações orçamentárias, patrimoniais e o de

compensação, o subsistema de custos. O novo plano de contas aplicado ao setor público

(PCASP – 8 classes) também insere nas classes 7 e 8, responsáveis pelas contas de

controles, grupos específicos para a apuração dos custos.

Contabilidade Pública para Concursos

266

O novo Subsistema de Custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e

serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

Assim, uma diferença é que o subsistema de custos atual tem maior abrangência

em relação àquele definido na Lei 4.320/64, que se referia apenas aos custos industriais.

Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da

execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as

superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta

patrimonial.

Este artigo não é muito cobrado em prova. Atenção apenas para o fato de que não

é este o dispositivo legal que define a DVP, mas sim o artigo 104.

Observe que, de acordo com esse artigo, parece que as superveniências e

insubsistências ativas e passivas constituem um terceiro grupo de alterações da situação

líquida patrimonial. Mas nós estudamos no capítulo sobre DVP que esses elementos

fazem parte das variações patrimoniais independentes da execução orçamentária.

1.4) CAPÍTULO IV – Dos Balanços - art. 101 a 106

Como nas capítulos anteriores já estudamos os artigos que tratam dos balanços,

destaco apenas o arts. 101 e 106 da Lei 4.320/64:

Contabilidade Pública para Concursos

267

Art. 101. Os RESULTADOS GERAIS DO EXERCÍCIO serão demonstrados no

Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na

Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e

15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1 – 6 – 7 – 8 – 9 – 10 –

11 - 16 e 17.

Chamo a atenção apenas para o fato de o artigo falar em resultados gerais e

balanço patrimonial. Conforme estudado, os balanços orçamentário, financeiro e DVP

fornecem resultados apurados no exercício. O balanço patrimonial apresenta o saldo

patrimonial acumulado.

Assim, o candidato deve ter muito cuidado em questões literais acerca do art. 101.

Aparentemente, parece estranho vincular balanço patrimonial a resultado. Mas a cópia

literal de um artigo é sempre uma questão correta. A dica é verificar se o termo

“resultados” vem seguido de “gerais”. Neste caso, trata-se provavelmente da literalidade

do artigo.

O art. 106, que trata da avaliação dos elementos patrimoniais:

Art. 106 - A AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS obedecerá às

normas seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu VALOR NOMINAL,

feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na DATA DO

BALANÇO;

O aspecto mais cobrado em prova acerca deste dispositivo é o caso da conversão

ser feita usando-se a taxa de câmbio vigente na DATA DO BALANÇO, no caso de valor

nominal de título ou dos débitos e créditos figurarem em moeda estrangeira.

Portanto, a Banca vai tentar confundir o candidato, colocando a data da operação,

de apuração do resultado, etc. O correto é a DATA DO BALANÇO!

Contabilidade Pública para Concursos

268

II - os bens móveis e imóveis, pelo VALOR DE AQUISIÇÃO ou pelo CUSTO DE

PRODUÇÃO OU DE CONSTRUÇÃO;

Observe apenas que o valor de aquisição é diferente do custo de produção ou

de construção. No caso da aquisição, a Administração Pública está comprando algo

pronto no mercado, como um edifício já em uso (despesa com inversão financeira). O

poder público paga, assim, um lucro embutido no preço do produto.

Já no caso em que o poder público produz o bem ou constrói com seus recursos

uma nova edificação (despesas com investimentos), por exemplo, então teremos os bens

registrados de acordo com o custo de produção ou construção. No caso de uma obra

pública, por exemplo, contratada por meio de licitação, o valor registrado no balanço será

o mesmo do contrato, no caso, o custo de construção.

Portanto, há mais de uma forma de se avaliar os bens móveis e imóveis: pelo

valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção.

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das COMPRAS.

Na contabilidade empresarial (geral), existem vários métodos de ser avaliar os

bens de almoxarifado: PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), UEPS (último que

entra, primeiro que sai), etc. No setor público, só há um método válido para a avaliação

dos bens de almoxarifado: preço médio ponderado das COMPRAS. E ponto final!

O que seria preço médio ponderado das compras?

Calcular o preço médio ponderado das compras não é tão difícil. Vamos ver com

mais detalhes como se faz esse cálculo.

Contabilidade Pública para Concursos

269

PREÇO MÉDIO PONDERADO DAS COMPRAS

O preço unitário de cada item do estoque altera-se pela compra de outras unidades

por um preço diferente. Assim, encontra-se o PREÇO MÉDIO da seguinte forma:

Custo total do estoque / Unidades Existentes

EXEMPLO:

Preço médio ponderado das compras = R$ 1.475/100 = R$ 14,75

Art. 106 - A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às normas seguintes:

(...)

§ 1º - Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda

estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda

nacional.

§ 2º - As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie

serão levadas à conta patrimonial.

§ 3º - PODERÃO ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Importante comentar que a lei estabelece que PODERÃO ser feitas reavaliações

dos bens móveis e imóveis. Não há obrigatoriedade de se fazer essas reavaliações. A lei

também não define como serão feitas as reavaliações.

ATENÇÃO

A partir de 1º de janeiro de 2010, passou a ser obrigatório reavaliar os bens tendo

como referência a NBC T 16.10:

Contabilidade Pública para Concursos

270

As REAVALIAÇÕES devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de

mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

ANUALMENTE, para as contas ou grupo de contas cujos valores de

mercado variarem significativamente em relação aos valores

anteriormente registrados; e

A CADA QUATRO ANOS, para as demais contas ou grupos de contas.

É importante sabermos que houve essa alteração, mas em provas deverá ser

cobrado o disposto na Lei 4.320/64. Portanto, vale a literalidade da lei. Preste atenção

nisso. Se o comando da questão vier falando algo como “Com base na Lei 4.320/64” ou

“com suporte na legislação de regência”, vale o que está na lei, ou seja, que PODERÃO

ser feitas as reavaliações.

Contabilidade Pública para Concursos

271

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/FNDE 2012 - Cargo 2: Técnico em Financiamento e Execução de Programas

e Projetos Educacionais

1) (CESPE/FNDE 2012 - Cargo 2 - Item 99) O registro dos restos a pagar deve ser

feito por exercício e por credor, não havendo distinção entre despesas processadas e não

processadas.

2) (CESPE/FNDE 2012 - Cargo 2 - Item 100) Os restos a pagar, assim como os

serviços da divida a pagar, integra a divida flutuante.

CESPE/CAPES 2012 - Cargo 4: Analista em Ciência e Tecnologia Júnior I –

Formação: Contabilidade

Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e suas alterações, julgue os itens seguintes, relativos às

demonstrações contábeis e ao campo de atuação da contabilidade governamental.

3) (CESPE/CAPES 2012 - Cargo 4 - Item 80) Os resultados gerais do exercício serão

evidenciados exclusivamente na demonstração das variações patrimoniais.

CESPE/TCU 2009 - Cargo 4: Técnico Federal de Controle Externo – Área: Apoio

Técnico e Administrativo – Especialidade: Técnica Administrativa

Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nos conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue os

itens de 92 a 96.

4) (CESPE/TCU 2009 - Cargo 4 - Item 92) A referida lei determinou que o

planejamento contábil deve permitir a apuração dos custos dos serviços industriais, o que

foi definitivamente implementado a partir da adoção do Plano de Contas Único no âmbito

da administração federal.

CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E

INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Classe A, Padrão I) –

ÁREA: GESTÃO FINANCEIRA (A3)

De acordo com as disposições da Lei n.º 4.320/1964, julgue os próximos itens.

Contabilidade Pública para Concursos

272

5) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 51) No registro sintético dos bens de caráter

permanente, devem constar os agentes responsáveis pela guarda do material, o que

possibilita a realização do inventário.

6) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 52) A contabilidade pública deve evidenciar

somente os fatos ligados à administração patrimonial do ente governamental.

7) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 53) As obrigações adquiridas em operações

de crédito por antecipação de receita orçamentária são classificadas como dívidas

flutuantes.

CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: Analista do Executivo – Área de Formação 1:

Administração

8) (CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: Analista do Executivo – Área de Formação 1 -

QUESTÃO 59) Em relação à dívida ativa, à dívida flutuante e à dívida fundada, assinale

a opção correta.

A A dívida flutuante compreende compromissos de exigibilidade superior a doze meses

contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a

desequilíbrio orçamentário, independentemente de autorização legislativa para

amortização ou resgate.

B Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida, compõem a dívida fundada do

governo, pois se referem a um compromisso exigível, que independe de autorização

orçamentária.

C A dívida ativa corresponde aos créditos da fazenda pública, tributários ou não, que, não

pagos nos vencimentos, são inscritos em registro próprio, após apuradas sua liquidez e

certeza.

D Os juros e amortização dos títulos da dívida pública serão pagos por intermédio dos

agentes financeiros do Banco Central do Brasil, aplicando-se os gravames de repartições

emitentes.

E Com a inscrição em dívida ativa é que se registra, se reconhece a receita, atendendo-se

melhor ao regime de caixa, o que constitui uma exceção, pois a regra geral para o

reconhecimento da receita pública é o regime de competência.

Contabilidade Pública para Concursos

273

CESPE/MME 2013 - Cargo 2: Analista Financeiro

9) (CESPE/MME 2013 - Cargo 2 - QUESTÃO 99) Considere que determinada

empresa tenha realizado uma consignação em um órgão público para pagamento de

determinado crédito que, depois, tenha sido considerado insubsistente. Considere, ainda,

que a empresa não tenha reclamado a devolução dos valores consignados. Nessa situação,

esses valores devem ser classificados como

A dívida fundada — depósitos públicos.

B dívida flutuante — depósitos de diversas origens.

C dívida fundada — débitos de tesouraria.

D dívida flutuante — débitos de tesouraria.

E dívida flutuante — restos a pagar.

CESPE/MI 2013 - Cargo 1: Analista Técnico Administrativo

Julgue os itens subsecutivos, referentes a receitas e despesas públicas.

10) (CESPE/MI 2013 - Cargo 1 – Item 67) Restos a pagar são despesas empenhadas,

mas não pagas até o dia 31 de dezembro do exercício corrente, distinguindo-se as

processadas das não processadas.

Em relação a despesas públicas, julgue os próximos itens.

11) (CESPE/MI 2013 - Cargo 1 – Item 71) Os serviços de dívidas a pagar,

representados pelos valores referentes à parcela da amortização do principal, correção

monetária, juros e outros encargos financeiros, são considerados restos a pagar.

CESPE/MI 2013 - Cargo 4: Administrador

Julgue os itens a seguir, relativos à despesa pública.

12) (CESPE/MI 2013 - Cargo 4 – Item 114) Considere que determinado município

contrate empréstimo com instituição financeira que consista na antecipação de parte de

Contabilidade Pública para Concursos

274

seus tributos para pagamento da folha de salários de seus funcionários. Nessa situação,

deve-se considerar essa operação dívida flutuante.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

Com relação ao plano de contas aplicado ao setor público e ao Sistema Integrado de

Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), julgue os seguintes itens.

13) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 95) As operações não compreendidas na

execução orçamentária de que resultem débitos ou créditos de natureza financeira são

objetos de registro contábil.

CESPE/MJ 2013 - Cargo 1: Analista Técnico-Administrativo

A respeito das receitas e despesas públicas, julgue os itens que se seguem.

14) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 92) Devem ser escriturados como dívida

fundada os compromissos de caráter contingencial, ou seja, quaisquer garantias

concedidas diretamente pelo Tesouro Nacional ou por intermédio de seus agentes

financeiros, desde que tenham exigibilidade superior a doze meses.

CESPE/MJ 2013 - CARGO 3: CONTADOR

Acerca das demonstrações contábeis e dos registros aplicados ao setor público, julgue os

itens que se seguem.

15) CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 93) Na avaliação dos elementos patrimoniais,

os bens de almoxarifado deverão ser evidenciados pelo valor justo, sendo custo ou

mercado, optando-se pelo maior.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –

ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Com base no disposto na Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens que se seguem.

Contabilidade Pública para Concursos

275

16) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 79) A tomada de contas de todos

que, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem

bens públicos é competência exclusiva do tribunal de contas ou órgão equivalente.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

Em relação a princípios contábeis, sistema de contabilidade federal e variações

patrimoniais, julgue os itens a seguir.

17) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 82) A contabilidade governamental,

direcionada ao controle patrimonial das entidades do setor público, promove o

levantamento dos balanços gerais, sem foco nos resultados econômicos e financeiros, haja

vista a ausência de finalidade de lucro.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Considerando o campo de aplicação, o objeto, os objetivos e a organização da

contabilidade pública e a estrutura do SIAFI, julgue os itens a seguir.

18) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 144) Após a

edição pelo Conselho Federal de Contabilidade das normas brasileiras de contabilidade

aplicadas ao setor público, a contabilidade pública brasileira passou a registrar, processar

e evidenciar os custos de bens e serviços e outros objetos de custos, produzidos e

oferecidos à sociedade pela entidade pública, seguindo a amplitude da previsão de

apuração de custos estabelecida desde a edição da Lei n.º 4.320/1964.

CESPE/MDIC 2013 - Cargo 1: Analista Técnico-administrativo

Acerca da programação orçamentária, da receita e da despesa públicas, julgue os itens de

72 a 76.

19) (CESPE/MDIC 2013 - Cargo 1 – Item 76) As dívidas realizadas para atender a

insuficiências de caixa ou de tesouraria constituem dívida flutuante.

Contabilidade Pública para Concursos

276

CESPE/CADE 2014 - Cargo 3: Contador

A respeito da contabilidade pública e das demonstrações contábeis aplicadas ao setor

público, julgue os itens que se seguem.

20) (CESPE/CADE 2014 - Cargo 3 – Item 106) A contabilidade governamental,

conforme prescrições da Lei n.º 4.320/1964, está legalmente organizada para permitir a

avaliação dos resultados econômicos e financeiros da gestão, incluída a apuração dos

custos de todos os serviços prestados ao cidadão.

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 7

1 E 11 C

2 C 12 C

3 E 13 C

4 E 14 C

5 E 15 C

6 E 16 E

7 C 17 E

8 Letra C 18 E

9 C 19 C

10 Letra B 20 E

Contabilidade Pública para Concursos

277

REVISÃO DO CAPÍTULO 7 – TÍTULO IX DA LEI 4.320

LEI 4.320/64

Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública, a SITUAÇÃO de

todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem

ou guardem BENS a ela pertencentes ou confiados;

Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a

TOMADA DE CONTAS dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será

realizada ou superintendida pelos SERVIÇOS DE CONTABILIDADE.

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o

ACOMPANHAMENTO da execução orçamentária, o conhecimento da composição

patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos

balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.

Art. 86. A escrituração SINTÉTICA das operações FINANCEIRAS e

PATRIMONIAIS efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas.

Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária,

financeira, patrimonial e industrial.

Contabilidade Pública para Concursos

278

Art. 90 A contabilidade deverá EVIDENCIAR, em seus registros, o montante dos

créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta

dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as

especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais.

Art. 92. A dívida flutuante compreende:

I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

II - os serviços da dívida a pagar;

III - os depósitos;

IV - os débitos de tesouraria.

Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á POR EXERCÍCIO e POR

CREDOR distinguindo-se as despesas PROCESSADAS das NÃO PROCESSADAS.

Art. 93. TODAS as operações de que resultem débitos e créditos de NATUREZA

FINANCEIRA, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto

de registro, individuação e controle contábil.

Contabilidade Pública para Concursos

279

Art. 94. Haverá registros ANALÍTICOS de todos os bens de caráter permanente, com

indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e

dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.

Art. 95 A contabilidade manterá registros SINTÉTICOS dos bens móveis e imóveis.

Art. 96. O LEVANTAMENTO GERAL dos BENS MÓVEIS E IMÓVEIS terá por

base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da

escrituração sintética na contabilidade.

Art. 98. A DÍVIDA FUNDADA compreende os compromissos de exigibilidade superior

a doze meses, contraídos para atender a DESEQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO OU A

FINANCEIRO de obras e serviços públicos.

Contabilidade Pública para Concursos

280

ATENÇÃO!

A LRF mandou incluir na dívida pública CONSOLIDADA as operações de crédito de

prazo INFERIOR a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento (art.

29, § 3º).

Art. 99. Os serviços públicos INDUSTRIAIS, ainda que não organizados como empresa

pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos

CUSTOS, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeira

comum.

BALANÇOS

Art. 101. Os RESULTADOS GERAIS DO EXERCÍCIO serão demonstrados no

Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na

Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e

15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1 – 6 – 7 – 8 – 9 – 10 –

11 - 16 e 17.

AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS PATRIMONIAIS

PODERÃO ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Contabilidade Pública para Concursos

281

CAPÍTULO 8: GESTÃO ORGANIZACIONAL DA CONTABILIDADE

PÚBLICA NO BRASIL: PAPÉIS DA SECRETARIA DO TESOURO

NACIONAL E DOS ÓRGÃOS SETORIAIS DE CONTABILIDADE

CONSTANTES DA LEI N. 10.180/2001

Assunto: Gestão organizacional da contabilidade pública no Brasil: papéis da Secretaria do Tesouro Nacional e dos

órgãos setoriais de Contabilidade constantes da Lei n. 10.180/2001.

1) Gestão Organizacional das Finanças Públicas no Brasil – Lei 10.180/2001

1.1) Introdução

A Organização do Sistema de Atividades Auxiliares como forma de promover a

descentralização de decisões dentro do Poder Executivo Federal teve começou a ser

implementada no Brasil com o Decreto-Lei 200/67, que dispões, em seu Título V, o

seguinte:

“Art. 30. Serão organizadas sob a FORMA DE SISTEMA as atividades de

pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, CONTABILIDADE e

auditoria, e serviços gerais, além de outras atividades auxiliares comuns a todos

os órgãos da Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de

coordenação central.

§ 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de que trata este artigo

consideram-se integrados no sistema respectivo e ficam, conseqüentemente,

sujeitos à orientação normativa, à supervisão técnica e à fiscalização específica

do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja

estrutura administrativa estiverem integrados.

§ 2º O chefe do órgão central do sistema é responsável pelo fiel cumprimento das

leis e regulamentos pertinentes e pelo funcionamento eficiente e coordenado do

sistema”

A Lei 10.180/2001 organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de

Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal

e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, dentre outras providências. De

acordo com esta Lei:

Contabilidade Pública para Concursos

282

O primeiro aspecto importante a ser observado é que a Lei 10.180/2001 é

aplicável somente no âmbito do Poder Executivo FEDERAL.

Um ponto interessante que se pode destacar é que a divisão das atividades nesses

quatro sistemas está de acordo com o princípio da segregação de funções.

SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES

A estrutura das unidades/entidades deve prever a separação entre as funções de

autorização/aprovação de operações, execução, controle e contabilização, de

tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo

com este princípio. (IN 01/2001 MF).

Uma boa maneira de identificar as atividades pertencentes a um determinado

sistema é fazendo uma analogia entre os quatro sistemas definidos pela Lei 10.180/2001 e

a segregação de funções, conforme figura a seguir:

A - Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal

Contabilidade Pública para Concursos

283

Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as

atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas

e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio-econômicas.

B - Sistema de Administração Financeira Federal

Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio

financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.

C - Sistema de Contabilidade Federal

Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação

orçamentária, financeira e patrimonial da União.

D - Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

Art. 19. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à

avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores públicos

federais, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial, e a apoiar o controle externo no exercício de sua

missão institucional.

ATENÇÃO

Neste livro, iremos estudar apenas as atribuições do Sistema de Contabilidade

Federal, de modo que analisaremos as atribuições da Secretaria do Tesouro

Nacional -STN enquanto órgão central desse sistema, além dos papéis dos órgãos

setoriais de Contabilidade constantes da Lei n. 10.180/2001.

1.2) Papéis da STN e dos órgãos setoriais de Contabilidade constantes da Lei

10.180/2001

Art. 17. Integram o Sistema de Contabilidade Federal:

I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central;

II - ÓRGÃOS SETORIAIS.

§ 1º Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da

Advocacia-Geral da União.

Contabilidade Pública para Concursos

284

§ 2º O órgão de controle interno da Casa Civil exercerá também as atividades de

ÓRGÃO SETORIAL CONTÁBIL de todos os órgãos integrantes da Presidência da

República, da Vice-Presidência da República, além de outros determinados em

legislação específica.

§ 3º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica

do ÓRGÃO CENTRAL DO SISTEMA, sem prejuízo da subordinação ao órgão em

cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

Podemos esquematizar então os órgãos integrantes do Sistema de Contabilidade

Federal – SCF da seguinte maneira:

ATENÇÃO

Observe com atenção que não existe subordinação hierárquica do ponto de vista

administrativo entre esses órgãos. Os órgãos setoriais ficam sujeitos apenas à

orientação normativa e à supervisão técnica do ÓRGÃO CENTRAL DO

SISTEMA, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura

administrativa estiverem integrados.

Acho importante darmos uma olhada nos órgãos centrais dos demais sistemas, já

que pode acontecer na prova de a Banca tentar confundir os candidatos com relação a

isso.

Contabilidade Pública para Concursos

285

* MRE: Ministério das Relações Exteriores; MD: Ministério da Defesa; AGU:

Advocacia-Geral da União e CC: Casa Civil.

Sendo que:

• MPOG: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

• STN/MF: Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

• SFC/CGU: Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da

União.

Note que a STN é o órgão central do SCF e também do Sistema de Administração

Financeira Federal.

FINALIDADE DO SFC

Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos

relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e

evidenciar:

I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos

sobre a estrutura do patrimônio da União;

Veja que a palavra mágica “evidenciar” está ligada a todas as finalidades do SFC.

Contabilidade Pública para Concursos

286

Esse primeiro inciso remete-nos ao conceito da escola patrimonialista, estudado

no capítulo de BP. Lembrem-se de que o objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor

Público é o patrimônio público.

Além disso, como a lei aplica-se ao poder executivo federal, o dispositivo trata do

patrimônio da União. Se aparecer na prova “patrimônio da União, Estados e Municípios”,

estará errado!

II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos

adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga

à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades;

Dispositivo parecido com o art. 90 da Lei 4.320/64, já estudado neste capítulo.

Art. 90 A contabilidade deverá EVIDENCIAR, em seus registros, o montante

dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa

realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

Note que a Lei 10.180 fala também em receitas prevista e arrecadada, algo que

não constava na Lei 4.320/64. Mais uma vez, atenção ao comando da questão!

III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo,

arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela

pertencentes ou confiados;

Cópia do art. 83 da Lei 4.320/64:

Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública, a SITUAÇÃO

de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas,

administrem ou guardem BENS a ela pertencentes ou confiados;

IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;

V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal;

Esses itens decorrem do art.85 da Lei 4.320/64:

Contabilidade Pública para Concursos

287

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o

ACOMPANHAMENTO da execução orçamentária, o conhecimento da

composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o

levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados

econômicos e financeiros.

Observe que a Lei 10.180/2001 dispõe que uma das finalidades do SCF é

evidenciar os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal.

Não se trata da Administração Pública Estadual e/ou Municipal. Cuidado com isso

na prova!

VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada;

VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.

Novamente, aqui estão sendo evidenciadas informações no âmbito federal!

Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de natureza

financeira NÃO compreendidas na execução orçamentária serão, também, OBJETO

DE REGISTRO, INDIVIDUALIZAÇÃO E CONTROLE CONTÁBIL.

Trata-se de outra cópia de dispositivo da Lei 4.320/64, também já estudado neste

capítulo:

Art. 93. TODAS as operações de que resultem débitos e créditos de NATUREZA

FINANCEIRA, não compreendidas na execução orçamentária, serão também

objeto de registro, individuação e controle contábil.

COMPETÊNCIA

Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de

Contabilidade Federal:

I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União;

Contabilidade Pública para Concursos

288

Observe que o SCF deve manter e aprimorar o Plano de Contas Únicos da União,

aquele antigo, de 6 classes. Não se trata aqui do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor

Público – PCASP.

O novo PCASP se aplica a todos os poderes das 3 esferas de governo, federal,

estadual e municipal. E o SCF é apenas Federal! Portanto, cuidado com uma possível

questão literal da Lei 10.180/2001.

II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e

dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades

da Administração Pública Federal;

Interessante comentar apenas que as normas e procedimentos estabelecidos pelo

SCF se restringem ao âmbito Federal.

III - com base em apurações de ATOS E FATOS INQUINADOS DE ILEGAIS OU

IRREGULARES, EFETUAR OS REGISTROS PERTINENTES e adotar as

providências necessárias à responsabilização do agente, COMUNICANDO O FATO

à autoridade a quem o responsável esteja subordinado E ao órgão ou unidade do

Sistema de Controle Interno;

No caso de apuração de atos e fatos ilegais ou irregulares, o SCF deve adotar

quatro procedimentos, quais sejam:

- Efetuar os registros pertinentes;

- Adotar as providências necessárias à responsabilização do agente;

- Comunicar o fato à autoridade a que o responsável esteja subordinado;

- Comunicar o fato ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno;

Contabilidade Pública para Concursos

289

IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permitam realizar a

contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União

e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão

ministerial;

Lembre-se de que a STN é o órgão responsável pela gestão do SIAFI.

V - REALIZAR TOMADAS DE CONTAS dos ordenadores de despesa e demais

responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda,

extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário;

Compare este inciso com o art. 84 da Lei 4.320/64:

Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a

TOMADA DE CONTAS dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros

públicos será realizada ou superintendida pelos SERVIÇOS DE

CONTABILIDADE.

Lembra-se do que comentamos quando estudamos este último artigo? Dissemos

que a definição que a Lei 4.320/64 tentou passar a respeito da TOMADA DE CONTAS

nesse art. 84 se aproximava bastante do que hoje conhecemos como TOMADA DE

CONTAS ESPECIAL – TCE. A Lei 10.180/2001 deixa claro que os órgãos do SCF é

que devem realizar as tomadas de contas (no âmbito da Administração Direta) e, quando

for o caso, as TCEs.

Contabilidade Pública para Concursos

290

Repare, ainda, que o inciso da Lei 10.180/2001 não contém o trecho ”Ressalvada

a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente...”. Apenas a Lei 4.320/64 é

que faz essa ressalva.

VI - elaborar os Balanços Gerais da União;

VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional;

É importante destacar que o papel dos órgãos do SCF é a ELABORAÇÃO dos

Balanços Gerais da UNIÃO. São vários balanços, mas com informações restritas ao

âmbito federal.

Já no caso do Balanço do Setor Público Nacional, o papel dos órgãos do SCF é a

CONSOLIDAÇÃO dos balanços dos demais entes em uma única peça.

VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos

de contabilidade.

Dispositivo pouco cobrado em provas. Essa promoção da integração com os

demais Poderes e esferas de governo é apenas em assuntos de CONTABILIDADE.

Contabilidade Pública para Concursos

291

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos

servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder

Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes às atividades de registros

contábeis, de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão.

É importante ressaltar, neste dispositivo, que nenhum processo, documento ou

informação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade

Federal no exercício das atribuições inerentes às atividades de registros contábeis.

§ 1º O agente público que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento ou

obstáculo à atuação dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no

desempenho de suas funções institucionais, ficará sujeito à pena de responsabilidade

administrativa, civil e penal.

§ 2º Quando a documentação ou informação prevista neste artigo envolver assuntos de

caráter sigiloso, deverá ser dispensado tratamento especial de acordo com o

estabelecido em regulamento próprio.

Observe que, mesmo no caso de assuntos de caráter sigiloso, a informação não

será negada, embora não siga o rito normal, visto que há a previsão para o tratamento

especial do procedimento de fornecimento desses dados.

Art. 28. Aos dirigentes dos órgãos e das unidades do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo Federal e dos órgãos do Sistema de Contabilidade Federal, no

exercício de suas atribuições, é FACULTADO impugnar, mediante representação ao

responsável, quaisquer atos de gestão realizados sem a devida fundamentação legal.

Compare o conteúdo deste artigo com aquele do inciso III do art. 18:

Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de

Contabilidade Federal:

Contabilidade Pública para Concursos

292

III - com base em apurações de ATOS E FATOS INQUINADOS DE ILEGAIS

OU IRREGULARES, EFETUAR OS REGISTROS PERTINENTES e adotar

as providências necessárias à responsabilização do agente, COMUNICANDO

O FATO à autoridade a quem o responsável esteja subordinado E ao órgão

ou unidade do Sistema de Controle Interno;

Observe que as unidades do SCF são obrigadas a tomar as providências cabíveis

no caso de atos e fatos ilegais ou irregulares. Já aos dirigentes dos órgãos do SCF, é

facultada a impugnação, por meio de processo de representação, de atos de gestão

realizados sem a devida fundamentação legal. Trata-se de casos distintos e com atores

também diferentes.

Contabilidade Pública para Concursos

293

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/FNDE 2012 - Cargo 2: Técnico em Financiamento e Execução de Programas

e Projetos Educacionais

Julgue os itens a seguir, acerca do sistema e do processo de orçamentação federal.

1) (CESPE/FNDE 2012 - Cargo 2 - Item 108) Compete à Secretaria de Orçamento e

Finanças a definição das estratégias do processo de elaboração da LOA.

2) (CESPE/FNDE 2012 - Cargo 2 - Item 109) O sistema de planejamento e de

orçamento federal visa o planejamento estratégico.

CESPE/IBAMA 2012 - ANALISTA AMBIENTAL - Tema 2: Monitoramento,

regulação, controle, fiscalização e auditoria ambiental

Considerando a legislação e as normas gerais do Sistema de Planejamento e Orçamento

Federal e do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, julgue os itens a

seguir.

3) (CESPE/IBAMA 2012 - ANALISTA AMBIENTAL - Tema 2 - Item 73) As

pessoas físicas que, no âmbito federal, utilizem recursos públicos, arrecadem receitas,

guardem bens, gerenciem valores públicos, administrem dinheiros, ou que, em nome da

União, assumam obrigação de natureza pecuniária estão sujeitas à fiscalização do Sistema

de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

4) (CESPE/IBAMA 2012 - ANALISTA AMBIENTAL - Tema 2 - Item 74) Entre as

finalidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal inclui-se a

avaliação do cumprimento de todas as metas previstas no plano plurianual.

5) (CESPE/IBAMA 2012 - ANALISTA AMBIENTAL - Tema 2 - Item 76) As

atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal incluem a

elaboração da prestação de contas anual do presidente da República e a emissão de

parecer sobre o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal pelo Poder Executivo.

6) (CESPE/IBAMA 2012 - ANALISTA AMBIENTAL - Tema 2 - Item 77) A

Secretaria de Controle Interno do Ministério da Defesa e as Unidades de Controle Interno

dos comandos militares constituem unidades setoriais do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo Federal, mesmo após a criação da CGU e a extinção das demais

secretarias de controle interno dos outros ministérios.

Contabilidade Pública para Concursos

294

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3: Analista Judiciário – Área: Administrativa –

Especialidade: Contabilidade

Acerca do planejamento e orçamento federal, julgue os itens seguintes.

7) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 114) As unidades de planejamento e

orçamento das entidades vinculadas ou subordinadas aos ministérios e órgãos setoriais

estão sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, assim como as unidades responsáveis pelos

orçamentos dos demais poderes estão sujeitas à orientação normativa do órgão central do

Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal.

8) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 3 - Item 115) O Sistema de Planejamento e de

Orçamento Federal abrange as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de

planos, programas e orçamento e a realização de estudos e pesquisas socioeconômicas,

tendo entre seus objetivos a formulação do Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e

os orçamentos anuais.

CESPE/CNJ 2012 - Cargo 9: Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado –

Especialidade: Engenharia Civil

No que se refere aos princípios de planejamento e orçamento públicos, julgue os itens

seguintes.

9) (CESPE/CNJ 2012 - Cargo 9 - Item 97) O Ministério da Fazenda, como órgão

central, é responsável por normatizar os procedimentos das unidades federais

responsáveis pelos seus orçamentos.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

Com base na Lei n.º 10.180/2001, que organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento

e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal

e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, julgue os itens que se seguem.

10) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 116) O cargo de assessor especial de

ministro de Estado com funções de controle interno deverá ser provido, exclusivamente,

Contabilidade Pública para Concursos

295

por ocupante do cargo efetivo da carreira de finanças e controle, devendo a indicação a

esse cargo ser submetida, previamente, à apreciação do respectivo ministro de Estado.

11) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – 117) A unidade de contabilidade da

UNIPAMPA integra, como órgão setorial, o Sistema de Contabilidade Federal,

sujeitando-se à orientação normativa e à supervisão técnica da Controladoria-Geral da

União.

12) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – 118) Considere que uma unidade do

Sistema de Controle Interno de uma entidade de ensino tenha divulgado que executou

30% das obras de um prédio para abrigar novos cursos e que despendeu 40% das

dotações orçamentárias destinadas à construção desse prédio. Nessa situação, ao fornecer

tais informações sobre a situação físico-financeira do projeto, essa unidade agiu de acordo

com suas competências legais, próprias dos órgãos/unidades do Sistema de Controle

Interno do Poder Executivo Federal.

CESPE/MS 2013/Cargo 3: Administrador

A respeito do orçamento público, julgue os itens que se seguem.

13) (CESPE/MS 2013/Cargo 3 – Item 77) Uma das finalidades do sistema de

planejamento e de orçamento federal, cujo órgão central é o Ministério da Fazenda, é

formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

Julgue os itens que se seguem, referentes a organização e competências do Sistema de

Contabilidade Federal.

14) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item I78) Não cabe às unidades responsáveis pelas

atividades do Sistema de Contabilidade Federal realizar tomadas de contas dos

ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos.

15) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 79) A Secretaria do Tesouro Nacional integra o

Sistema de Contabilidade Federal como órgão central.

Julgue o item a seguir de acordo com o disposto na Lei n.o 10.180/2001.

Contabilidade Pública para Concursos

296

16) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 96) A documentação comprobatória da

execução orçamentária, financeira e patrimonial das unidades da administração federal

direta deverá ser enviada às respectivas unidades de controle interno e externo, nas

condições e nos prazos estabelecidos pelo Tribunal de Contas da União.

CESPE/IBAMA 2013/Cargo: Analista Administrativo

Julgue os itens a seguir, relativos ao sistema de planejamento e orçamento federal e aos

sistemas de informação em uso no governo federal.

17) (CESPE/IBAMA 2013/Cargo: Analista Administrativo – Item 93) Compete às

unidades responsáveis pelas atividades de orçamento exercer o controle das operações de

crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3: Técnico de Nível Superior –

SPU/UCP

Com relação ao sistema de planejamento e de orçamento federal, julgue os itens

subsecutivos.

18) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 86) O Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central do sistema, realiza estudos e

pesquisas para acompanhamento da conjuntura socioeconômica e gestão dos sistemas

cartográficos e estatísticos nacionais.

19) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 87) A elaboração da

proposta da mensagem presidencial sobre o plano plurianual é de competência do

Departamento de Gestão do Ciclo do Planejamento.

Acerca da atribuição do Sistema de Contabilidade Federal (SCF), julgue o item que se

segue.

20) - (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 101) Na realização

de tomadas de contas dos ordenadores de despesa, cabe ao SCF efetuar a baixa contábil

pelo recebimento ou cancelamento do débito.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

Contabilidade Pública para Concursos

297

Julgue os itens que se seguem, referentes a organização e competências do Sistema de

Contabilidade Federal.

21) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 78) Não cabe às unidades responsáveis pelas

atividades do Sistema de Contabilidade Federal realizar tomadas de contas dos

ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos.

22) - (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 79) A Secretaria do Tesouro Nacional integra

o Sistema de Contabilidade Federal como órgão central.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9: Especialista em Regulação de Serviços de

Transportes Terrestres – Área: Ciências Contábeis

Julgue os itens seguintes, com relação aos princípios de contabilidade sob a perspectiva

do setor público e do Sistema de Contabilidade Federal.

23) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 84) O órgão central do Sistema de

Contabilidade Federal é a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e o

órgão setorial é a Secretaria do Orçamento Federal do Ministério do Orçamento

Planejamento e Gestão.

24) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 85) A contabilidade federal tem a

finalidade reconhecer, mensurar, registrar e controlar as operações relativas à

administração orçamentária, financeira e patrimonial da União, apresentando como

produto final as demonstrações contábeis.

25) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 9 – Item 86) É competência do órgão central do

Sistema de Contabilidade Federal promover a conciliação da Conta Única do Tesouro

Nacional com as disponibilidades no Banco Central do Brasil.

CESPE/MC 2013 - Nível III – Atividades Técnicas de Suporte – Nível Superior –

Especialidade 14

Julgue os próximos itens, acerca da contabilidade aplicada ao setor público.

26) (CESPE/MC 2013 - Nível III – Especialidade 14 – Item 106) O Sistema de

Contabilidade Federal utiliza as técnicas contábeis para registrar atos e fatos relacionados

com a administração financeira e patrimonial da União, não contemplando os eventos

orçamentários.

Contabilidade Pública para Concursos

298

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –

ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Julgue os itens a seguir, em relação ao Sistema de Contabilidade Federal (SCF).

27) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 102) Um dos objetivos do SCF é

promover a busca da convergência aos padrões internacionais de contabilidade,

respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente.

28) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 2 – Item 103) Compete ao órgão central

prestar suporte técnico aos órgãos dos estados e municípios para melhorar a qualidade do

processo sistêmico e organizacional da gestão contábil.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8: CONTADOR

Em relação ao sistema de contabilidade federal, à conceituação, ao objeto e ao campo de

aplicação da contabilidade e suas variações, julgue os itens seguintes.

29) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 84) Na contabilidade governamental,

o ativo classifica-se em circulante e não circulante, o que não impede a aplicação do

previsto na Lei n.º 4.320/1964, que divide o ativo em financeiro e permanente, para a

elaboração do balanço patrimonial.

30) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 86) À Secretaria do Tesouro

Nacional, órgão central do sistema de contabilidade federal, cabe a elaboração do plano

de contas padronizado a ser adotado por toda a Federação.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 8: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO- ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

Em relação a princípios contábeis, sistema de contabilidade federal e variações

patrimoniais, julgue os itens a seguir.

31) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 8 – Item 81) O Sistema de Contabilidade Federal,

cujo objetivo é o da evidenciação das variações patrimoniais aumentativas no momento

Contabilidade Pública para Concursos

299

da ocorrência do fato gerador dos créditos tributários, está concebido para o

reconhecimento das receitas de acordo com o princípio da competência.

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Acerca da gestão organizacional das finanças públicas e da LRF, julgue os itens

subsecutivos.

32) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 163) A unidade

responsável pelo orçamento do TCU está sujeita à orientação normativa do MPOG.

CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1: Analista Administrativo Área: I

No que se refere à competência da Secretaria do Tesouro Nacional, julgue o item abaixo.

33) (CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1 – Item 88) A Secretaria do Tesouro Nacional é

competente para elaborar processos de tomada de contas dos ordenadores de despesa e

demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda,

extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao erário e promover os

correspondentes registros contábeis de responsabilização dos agentes.

Em relação ao processo orçamentário no âmbito da administração pública do Brasil,

julgue os itens que se seguem.

34) (CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1 – Item 89) A responsabilidade pela elaboração

da proposta orçamentária é da Secretaria de Orçamento Federal, do MPOG.

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

A respeito do planejamento e do orçamento público no Brasil, julgue os itens a seguir.

35) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 96) As unidades responsáveis

pelos orçamentos nos órgãos do Poder Judiciário estão sujeitas à orientação normativa do

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Neste sentido, as unidades

responsáveis pelo planejamento e orçamento realizarão o acompanhamento e a avaliação

dos respectivos planos e programas.

Contabilidade Pública para Concursos

300

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 13: TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA:

ADMINISTRATIVA

A respeito de orçamento público, julgue os itens subsequentes.

36) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 94) Além do controle da gestão

financeira, o sistema de planejamento e de orçamento do governo federal abrange as

atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e

orçamentos.

CESPE/MDIC 2013 - Cargo 1: Analista Técnico-administrativo

Com relação ao orçamento público no Brasil, julgue os itens subsequentes.

37) (CESPE/MDIC 2013 - Cargo 1 – Item 68) Entre os órgãos setoriais do sistema de

planejamento estão as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios e da Casa

Civil da Presidência da República e a Secretaria de Orçamento Federal.

CESPE/DPF ADM 2014 - CARGO 1: ADMINISTRADOR – CLASSE A, PADRÃO

I

Acerca de orçamento público e planejamento, julgue os itens a seguir.

38) (CESPE/DPF ADM 2014 - CARGO 4 – Item 72) É responsabilidade do Sistema

de Planejamento e de Orçamento Federal promover a articulação de estados, Distrito

Federal e municípios, de modo a compatibilizar normas e tarefas presentes nos sistemas

desses entes da Federação.

CESPE/CADE 2014 - Cargo 1: Analista Técnico-Administrativo

A respeito do sistema de planejamento e dos documentos orçamentários previstos na

Constituição Federal de 1988, julgue os itens que se seguem.

39) (CESPE/CADE 2014 - Cargo 1 – Item 59) A unidade administrativa do Supremo

Tribunal Federal responsável pelo orçamento do referido órgão está sujeita à orientação

normativa do Ministério do Planejamento.

CESPE/CADE 2014 - Cargo 3: Contador

Contabilidade Pública para Concursos

301

Com relação ao Plano de Contas Único do Tesouro Nacional, julgue os itens que se

seguem, no que se refere ao tratamento contábil aplicável aos impostos e às contribuições

e transações registradas pelo SIAFI.

40) (CESPE/CADE 2014 - Cargo 3 – Item 113) Nos órgãos setoriais do sistema de

contabilidade federal, o registro da conformidade contábil deve ser realizado por

profissional de nível superior com formação em ciências contábeis, habilitado ou não, no

Conselho Regional de Contabilidade.

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 8

1 C 21 E

2 C 22 C

3 C 23 E

4 C 24 C

5 C 25 C

6 E 26 E

7 C 27 C

8 C 28 C

9 E 29 C

10 E 30 C

11 E 31 C

12 C 32 C

13 E 33 E

14 E 34 C

15 C 35 C

16 E 36 E

17 E 37 E

18 C 38 C

19 C 39 C

20 C 40 E

Contabilidade Pública para Concursos

302

REVISÃO DO CAPÍTULO 8 – TRECHOS DA LEI 10.180/2001

LEI 10.180/2001

SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL – SCF

ATENÇÃO

Contabilidade Pública para Concursos

303

Os órgãos setoriais ficam sujeitos apenas à orientação normativa e à supervisão

técnica do ÓRGÃO CENTRAL DO SISTEMA, sem prejuízo da subordinação

ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de

Contabilidade Federal:

I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União;

II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e

dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades

da Administração Pública Federal;

III - com base em apurações de ATOS E FATOS INQUINADOS DE ILEGAIS OU

IRREGULARES, EFETUAR OS REGISTROS PERTINENTES e adotar as

providências necessárias à responsabilização do agente, COMUNICANDO O FATO

à autoridade a quem o responsável esteja subordinado E ao órgão ou unidade do

Sistema de Controle Interno;

IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permitam realizar a

contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União

e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão

ministerial;

V - REALIZAR TOMADAS DE CONTAS dos ordenadores de despesa e demais

responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda,

extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário;

Contabilidade Pública para Concursos

304

VI - elaborar os Balanços Gerais da União;

VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional;

VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos

de contabilidade.

Contabilidade Pública para Concursos

305

CAPÍTULO 9: SIAFI

Assunto: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI:

conceito, objetivos, usuários e segurança do sistema (princípios e instrumentos).

1) Introdução

1.1) SIDOR e SIOP

Antes de falarmos sobre o SIAFI, acho importante falar rapidamente sobre o

SIDOR, já que é comum a Banca tentar confundir os conceitos dos dois sistemas na

prova.

SIDOR - Sistema Integrado de Dados Orçamentários

O SIDOR é um conjunto de procedimentos, justapostos entre si, com a

incumbência de cuidar do processamento de cunho orçamentário, por meio de

computação eletrônica, cabendo sua supervisão à Secretaria de Orçamento

Federal (SOF).

OBJETIVO

O SIDOR tem por objetivo dotar o PROCESSO ORÇAMENTÁRIO do

GOVERNO FEDERAL de uma estrutura de processamento de dados conforme

as modernas ferramentas da tecnologia de informação, de processos

informatizados e estruturas de dados para dar suporte às atividades do Sistema

Orçamentário Federal.

PRODUTO FINAL

O sistema permite a elaboração da proposta orçamentária e a revisão do PPA

para a formalização dos PROJETOS de lei do Orçamento Anual (PLOA) e do

Plano Plurianual, que são encaminhados ao Congresso Nacional.

Cada órgão público (os usuários “de entrada” do SIDOR) informa suas ações e

previsões orçamentárias ao sistema. Depois disso, cada ministério faz uma

consolidação dessas informações que, por último, chegam à SOF para uma

Contabilidade Pública para Concursos

306

consolidação final. De todo esse trabalho surge o PLOA, que vai ao Congresso,

onde é apreciado, emendado, votado e aprovado.

SIOP - Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal

É importante comentar que, desde 2009, existe o Sistema Integrado de

Planejamento e Orçamento do Governo Federal (SIOP), resultado da iniciativa de

integração dos sistemas e processos de Planejamento e Orçamento Federais, que visa

otimizar procedimentos, reduzir custos, integrando e oferecendo informações para a

gestão pública.

2) SIAFI

2.1) Conceito do SIAFI

SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

O SIAFI é o sistema de teleinformática que processa a EXECUÇÃO

orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos e entidades da

Administração Federal, com a utilização de técnicas eletrônicas de tratamento de

dados, objetivando minimizar custos e proporcionar eficiência e eficácia à gestão

dos recursos alocados no Orçamento Geral da União.

IMPORTANTE

Contabilidade Pública para Concursos

307

A primeira observação importante que faço é que o SIAFI é um sistema utilizado

no âmbito da Administração Federal. É comum as Bancas tentarem enganar os

candidatos, afirmando que o SIAFI é utilizado no âmbito estadual e municipal, o que não

é verdade.

Portanto, pode-se esquematizar a seguinte diferença básica entre o SIDOR e o

SIAFI.

É importante definir os limites de atuação de cada sistema no processo

orçamentário, conforme apresentado a seguir:

PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

Após a aprovação da LOA, a SOF gera os arquivos com as informações

das dotações orçamentárias aprovadas para os Órgãos, e os remete à STN

para registro no SIAFI.

PLOA é o produto final do SIDOR

Publicação da LOA início do SIAFI

Contabilidade Pública para Concursos

308

AMPLITUDE/ABRANGÊNCIA

De acordo com o Manual do SIAFI, publicado pela STN, item 020203 -

AMPLITUDE DO SISTEMA, temos o seguinte:

“1 - O SIAFI abrange desde o registro do orçamento inicial da receita e despesa

em todas as UG até a emissão das demonstrações contábeis mensais e anuais, além dos

procedimentos específicos de encerramento e abertura de exercício.

2 - As propostas orçamentárias são elaboradas pelas UG a partir dos objetivos e

das metas definidos para o exercício seguinte, consolidadas em nível de Órgão pelas

COF e remetidas à SOF, que gera a proposta orçamentária da União. Após a avaliação,

que pode redundar em remanejamentos e cortes, e de acordo com a Lei Orçamentária

Anual, o Orçamento da União é aprovado pelo Congresso e publicado no Diário Oficial

da União.

3 - Após tal aprovação, a SOF gera os arquivos com as informações das

dotações orçamentárias aprovadas para os Órgãos, e que é remetido à STN para registro

no SIAFI.

4 - De posse das informações registradas no sistema, as COF definem os limites

orçamentários das UG sob sua jurisdição e procedem à descentralização e transferência

dos créditos, permitindo, assim, que se inicie a execução orçamentária.

5 - As UG passam então a firmar contratos para aquisição de bens e serviços, no

sentido de cumprir suas metas; emite os empenhos, a partir da contratação desses bens e

serviços, formalizando os compromissos financeiros assumidos com fornecedores e

prestadores de serviço.

6 - Uma vez efetuada a entrega do bem adquirido, ou efetivada a prestação dos

serviços contratados, e de acordo com sua programação financeira, a UG, de posse dos

documentos comprobatórios, procede à liquidação da despesa, ou efetua o pagamento ao

fornecedor simultaneamente à liquidação, encerrando-se desta forma, a execução

financeira e realizada automaticamente a contabilização dos atos e fatos praticados pela

UG.

Contabilidade Pública para Concursos

309

7 - A qualquer momento, é possível emitir as demonstrações contábeis e

conhecer os saldos orçamentários e financeiros da UG.”

Os itens 1 e 7 acima são os mais cobrados em provas de concursos. Os demais não

costumam aparecer muito em provas de concursos.

SIAFI – Integração dos Dados

O SIAFI permite acompanhar as atividades relacionadas com a administração

financeira dos recursos da União, centraliza e uniformiza o processamento da

execução orçamentária, através da integração dos dados, que abrange

essencialmente:

2.2) Histórico e Antecedentes

Até o exercício de 1986, o Governo Federal convivia com uma série de problemas

de natureza administrativa que dificultavam a adequada gestão dos recursos públicos e a

preparação do orçamento unificado, que passaria a vigorar em 1987.

A solução desses problemas representava um verdadeiro desafio à época para o

Governo Federal. O primeiro passo para isso foi dado com a criação da Secretaria do

Tesouro Nacional - STN, em 10 de março de 1986, para auxiliar o Ministério da

Fazenda na execução de um orçamento unificado a partir do exercício seguinte.

A STN, por sua vez, identificou a necessidade de informações que permitissem

aos gestores agilizar do processo decisório, tendo sido essas informações qualificadas, à

época, de gerenciais. Dessa forma, optou-se pelo desenvolvimento e implantação de um

sistema informatizado, que integrasse os sistemas de programação financeira, de

execução orçamentária e de controle interno do Poder Executivo e que pudesse

Contabilidade Pública para Concursos

310

fornecer informações gerenciais, confiáveis e precisas para todos os níveis da

Administração.

Desse modo, a STN definiu e desenvolveu, em conjunto com o SERPRO, o

Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI em menos

de um ano, implantando-o em janeiro de 1987, para suprir o Governo Federal de um

instrumento moderno e eficaz no controle e acompanhamento dos gastos públicos.

Com o SIAFI, os problemas de administração dos recursos públicos que

apontamos anteriormente ficaram solucionados. Hoje o Governo Federal tem uma Conta

Única para gerir, de onde todas as saídas de dinheiro ocorrem com o registro de sua

aplicação e do servidor público que a efetuou. Trata-se de uma ferramenta poderosa para

executar, acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a correta utilização dos

recursos da União.

Portanto, a criação do SIAFI foi viabilizada com a criação da STN em 1986.

O SIAFI foi implantado em 1987.

A performance do SIAFI tem despertado a atenção e o interesse de organismos

internacionais e de vários países da Europa e América Latina, que têm enviado,

frequentemente, suas delegações à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o objetivo

Contabilidade Pública para Concursos

311

de conhecer a tecnologia utilizada e absorver a experiência adquirida, visando à

implantação de sistema similar no seu país de origem.

A eficiência do SIAFI como instrumento para controle da execução orçamentária

gerou interesse dos Estados e Municípios por um instrumento semelhante. Assim foi

criado o SIAFEM - Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e

Municípios.

É importante destacar que o SIAFI foi utilizado inicialmente apenas pelo Poder

Executivo, expandindo-se de forma gradual pelos demais poderes a partir da percepção,

pelos usuários, das vantagens oferecidas pelo sistema.

2.3) Estrutura do SIAFI

O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por

teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior.

Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO e também pela

conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema às quase

17.874 Unidades Gestoras ativas no SIAFI.

Contabilidade Pública para Concursos

312

ATENÇÃO

É possível acessar o SIAFI do exterior, para uso das embaixadas brasileiras.

O SIAFI foi concebido para se estruturar por exercícios: cada ano equivale a um

sistema diferente (SIAFI2000, SIAFI2001, SIAFI2002, etc.).

Apenas a título de curiosidade, cada sistema está organizado por subsistemas -

atualmente são 21 - e estes, por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas

inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse nível de

transação é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde

entrada de dados até consultas.

Contabilidade Pública para Concursos

313

2.4) Utilização

No Portal do SIAFI, encontra-se a seguinte definição:

SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais

instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira,

patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal,

das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de

economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no

Orçamento da Seguridade Social da União.

Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi

QUEM É OBRIGADO A OPERAR NO SIAFI?

NOTA

Observe que a figura acima é meramente didática e ilustrativa. Observa-se que as

agências são autarquias de natureza especial.

UTILIZAÇÃO - Outras entidades

Além dos anteriores (OFSS), o sistema também PODE ser utilizado pelas:

Contabilidade Pública para Concursos

314

- Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais: apenas para

receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia

elétrica, telefone, etc.) dos Órgãos que utilizam o sistema.

- ENTIDADES DE CARÁTER PRIVADO também podem utilizar o SIAFI,

desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da

CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO ou ASSINATURA DE TERMO DE

COOPERAÇÃO TÉCNICA entre os interessados e a STN.

Antes havia sido dito que o SIAFI era usado apenas no âmbito federal. Agora

já tem uma possibilidade de uso por entidades públicas federais, estaduais e

municipais. Afinal, o sistema é ou não é somente para a União?

Calma, não é tão complicado como parece.

Estudamos que o SIAFI é o sistema de teleinformática que processa a

EXECUÇÃO orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos e entidades

da Administração Federal.

Entretanto, existem casos em que entidades federais ou até mesmo estaduais ou

municipais, mesmo não sendo obrigadas a usar o SIAFI, podem acessá-lo de forma

parcial, apenas para consultar determinadas informações de seu interesse.

Quer ver um exemplo? Vários órgãos públicos federais localizados em Brasília

utilizam serviços públicos prestados pelo governo local, como fornecimento de água,

energia elétrica, telefone, esgoto, etc. Assim, a União deve pagar às entidades locais os

valores referentes À prestação mensal desses serviços. Desse modo, essas entidades do

governo do Distrito Federal, apenas para receberem, pela Conta Única do Governo

Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone, etc.) PODEM, caso

queiram, utilizar o SIAFI.

Contabilidade Pública para Concursos

315

FORMAS DE ACESSO

Existem duas formas de acesso ao SIAFI: ON LINE e OFF LINE.

Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional definir qual a forma de acesso de cada UG,

ouvindo o respectivo Ministério ou Órgão.

DICA

No que se refere à forma de acesso, o assunto mais cobrado em prova é o fato de, na

forma de acesso OFF-LINE, a UG não introduzir os dados diretamente no sistema, sendo

necessário que a unidade gestora - UG repasse a uma outra unidade a tarefa de introduzir

os dados relativos aos seus documentos contábeis.

O que é unidade gestora - UG?

Quando estamos estudando o SIAFI, é comum aparecerem os conceitos de UG e

UO, a saber:

Contabilidade Pública para Concursos

316

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA (UO) - repartição da administração federal a

que o orçamento da União consigna dotações específicas para a realização de

seus programas de trabalho e sobre os quais essa repartição exerce o poder de

disposição.

UNIDADE GESTORA (UG) - unidade orçamentária ou administrativa que

realiza atos de gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial.

MODALIDADES DE USO

Outro ponto importante a ser abordado são as modalidades de uso, TOTAL e

PARCIAL.

Os órgãos que se valem da utilização do sistema na modalidade parcial farão uso

somente dos grupos de eventos próprios para essa modalidade

Contabilidade Pública para Concursos

317

DICA

No que se refere às modalidades de uso, o ponto mais cobrado em provas é o fato de, na

modalidade de uso PARCIAL, o SIAFI não substituir a contabilidade do órgão, sendo necessário

o envio de balancetes para incorporação de saldos.

No caso da modalidade de uso TOTAL, observa-se que o SIAFI constitui a base de dados

orçamentários, financeiros e contábeis para todos os efeitos legais, sendo possível, portanto, que

substitua a contabilidade do órgão.

ATENÇÃO

É obrigatória a utilização do sistema na modalidade de uso TOTAL por parte

dos órgãos e entidades do Poder Executivo que integram os Orçamentos Fiscal e da

Seguridade Social, ressalvadas as entidades de caráter financeiro.

Os órgãos dos Poderes Legislativos e Judiciário PODERÃO, também, fazer uso

do sistema na modalidade total. Trata-se de uma faculdade.

Onde

PCU = Plano de Contas Único do Governo Federal

Cabe ressaltar que existem casos de empresas públicas que, mesmo não sendo

obrigadas, utilizam o SIAFI como sistema contábil, como é o caso do SERPRO e da Casa

da Moeda, que integram o orçamento de investimento das estatais, mas utilizam o sistema

na modalidade total.

Note que os Manuais do SIAFI se referem, a todo momento, ao plano de contas

único, utilizado no âmbito federal. Trata-se do Plano de Contas antigo, de 6 classes.

Contabilidade Pública para Concursos

318

Portanto, não constam ainda nos manuais do sistema as diretrizes relativas ao

novo plano de contas (8 classes). Isso porque os manuais do sistema ainda não foram

atualizados após a publicação no novo PCASP (Plano de Contas Aplicado ao Setor

Público), válido para União, Estados, DF e Municípios. Desse quando tratamos de SIAFI,

o que estará valendo é o Plano de Contas Único, válido somente para o Governo

Federal (6 classes).

O fato de uma entidade usar o SIAFI na modalidade total a obriga a ter

acesso on-line?

A modalidade de uso e a forma de acesso não dependem uma da outra. Existem

entidades que utilizam o sistema na modalidade parcial e estão interligadas na forma on-

line, ou seja, utilizam o sistema de forma voluntária. Normalmente, essas entidades

celebram termo de cooperação técnica com a STN para utilização da Conta Única, com o

objetivo de agilizar as transações com unidades do Sistema com imediata identificação

dos pagamentos efetuados. Como exemplo, pode-se citar a ECT (Correios), que usa o

SIAFI na modalidade parcial, com o objetivo de facilitar o pagamento de faturas de

entidades integrantes do SIAFI. Existem casos de empresas prestadoras de serviços que

nem pertencem ao Governo Federal, como é o caso da Companhia de Energia de Brasília

- CEB, mas que integram o SIAFI. Em contrapartida, essas entidades são obrigadas a

efetuar o recolhimento de seus tributos também por meio do SIAFI.

2.5) Objetivos

OBJETIVOS DO SIAFI:

Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária,

financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;

Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização

dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa

do Governo Federal;

Contabilidade Pública para Concursos

319

Permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de

informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública

Federal;

Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos

públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele

permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;

Permitir o registro contábil dos BALANCETES dos ESTADOS E

MUNICÍPIOS e de suas supervisionadas;

Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências

negociadas;

Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo FEDERAL;

Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos;

Proporcionar a transparência dos gastos do Governo FEDERAL.

Na Seção 020800 - ACESSO E SEGURANÇA DO SISTEMA SIAFI do manual,

constam, ainda, os seguintes objetivos:

Permitir aos segmentos da sociedade obter a necessária transparência dos gastos

públicos;

Permitir a programação e o acompanhamento físico-financeiro do orçamento,

em nível analítico;

Em concursos, é recorrente a cobrança de questões sobre os objetivos do SIAFI. A

Banca em geral tenta induzir o candidato a achar que o sistema é utilizado pelos governos

estaduais e municipais, e não somente pelo governo federal. Mas nós sabemos que

apenas o governo FEDERAL que utiliza o sistema, salvo algumas exceções, já

estudadas.

Contabilidade Pública para Concursos

320

DICA

Observe que quase todos os objetivos se relacionam ao governo FEDERAL. Há

somente um caso que é feita referência a estados e municípios, que é no caso do registro

contábil dos BALANCETES. Portanto, fiquem de olho nesse detalhe nas provas de

concursos. Somente neste caso é que estará correto vincular um objetivo do SIAFI a estados

e municípios.

O outro caso em que está correto vincular o SIAFI a entidades estaduais e

municipais é aquele do recebimento de receitas, já estudado anteriormente.

2.6) Segurança do Sistema (princípios e instrumentos)

O SIAFI apresenta uma série de métodos e procedimentos para disciplinar o

acesso e assegurar a manutenção da integridade dos dados e do próprio sistema. Esta

proteção se dá tanto contra utilizações indevidas ou desautorizadas como eventuais danos

que pudessem ser causados aos dados. Assegura-se, portanto, a confiabilidade dos dados

no sistema, sua responsável utilização e a responsabilização dos gestores e usuários que

delas dispõe.

A segurança do Sistema tem por base os seguintes princípios e instrumentos:

Contabilidade Pública para Concursos

321

SEGURANÇA DO SISTEMA

2.6.1) SENHA

Para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente por meio do

cadastramento de uma senha SENHA, quando são especificados os PERFIS e NÍVEIS

DE ACESSO de cada usuário.

Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídos a cada Operador, para

atender às necessidades de execução e consulta ao Sistema.

O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das

consultas feitas pelo usuário no sistema SIAFI.

Cabe sempre lembrar que o usuário responde integralmente pelo uso do

sistema sob a sua senha e obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela

STN, sujeitando-se ás consequências das sanções penais ou administrativas cabíveis em

decorrência do mau uso.

ACESSO – Usuários

O SIAFI deve ser acessado, preferencialmente, por servidores públicos

vinculados diretamente ao órgão responsável pelos lançamentos no sistema ou por

ele requisitados. Em casos excepcionais, usuários terceirizados poderão, sob

autorização expressa do titular da Unidade Gestora, ser cadastrados no SIAFI.

O acesso para registro de documentos ou para consultas no SIAFI somente será

autorizado após o prévio cadastramento e habilitação dos usuários.

Para viabilizar esse cadastramento, cada Órgão da Administração Direta do

Governo Federal deve indicar, formalmente, à Secretaria do Tesouro Nacional um

servidor, e seu substituto, para serem os responsáveis pelo processo de

cadastramento dos usuários do Sistema no âmbito do respectivo Órgão –

denominados Cadastradores de Órgão.

Contabilidade Pública para Concursos

322

São considerados como Órgãos da Administração Direta do Governo Federal,

para efeito do estabelecido no parágrafo anterior, os Ministérios, o Ministério

Público, a Advocacia Geral da União, os Tribunais do Poder Judiciário, as Casas

do Poder Legislativo e as Secretarias da Presidência da República.

NÍVEIS DE ACESSO - USUÁRIOS

Órgãos que possuem cadastradores nível 09:

Secretaria do Tesouro Nacional;

Secretaria Federal de Controle Interno;

Câmara dos Deputados;

Senado Federal;

Ministério Público Federal;

Tribunal de Contas da União.

Contabilidade Pública para Concursos

323

2.6.2) Conformidade Contábil

A Conformidade Contábil é a conferência efetuada pelas Unidades Setoriais

Contábeis de UG e de Órgão tendo como objetivo assegurar o fiel e tempestivo registro

dos dados contábeis registrados pelas UG no SIAFI, relativos aos atos e fatos de sua

gestão financeira, orçamentária e patrimonial, de acordo com a documentação.

Convém destacar que, de acordo com o art. 3º da IN 6/2007 STN, o registro da

Conformidade Contábil compete a contabilista devidamente habilitado no Conselho

Regional de Contabilidade, designado e credenciado no SIAFI para este fim.

2.6.3) Conformidade de Operadores

A Conformidade de Operadores OU CIRCULARIZAÇÃO DE SENHAS tem

por objetivo automatizar a rotina periódica de confirmação ou desativação de usuário

pela própria Unidade Gestora (UG), através de seu operador habilitado a proceder a

confirmação. A não execução da Conformidade de Operadores no mês implica a

suspensão dos usuários da UG.

2.6.4) Conformidade de Registro de Gestão

A Conformidade dos Registros de Gestão consiste na certificação dos registros

dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no

Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI e da

existência de documentos hábeis que comprovem as operações.

2.6.5) Identificação das Operações do Usuário

Quando o usuário entra no sistema, automaticamente são registrados o seu CPF,

a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Esta medida tem o objetivo de monitorar

as ações danosas ou fraudulentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma,

a inclusão ou modificação de dados no sistema também é registrada com a identificação

do CPF, a hora e o nome do autor da operação.

Contabilidade Pública para Concursos

324

2.6.6) Integridade e Fidedignidade dos Dados

Uma vez registrado um documento no sistema, não é permitida a sua alteração. A

imutabilidade dos documentos permite que sejam acompanhadas todas as modificações

nos dados do sistema e para a correção ou anulação de um documento já registrado é

necessário que seja incluído um novo documento de forma a retificar o anterior.

2.6.7) Inalterabilidade dos Documentos

Uma vez incluídos os dados de um documento no SIAFI e após sua

contabilização, qualquer irregularidade for constatada nesses dados, somente será

possível corrigi-la por meio da emissão de um novo documento que efetue o acerto do

irregular.

.

Contabilidade Pública para Concursos

325

QUESTÕES PROPOSTAS

CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E

INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Classe A, Padrão I) –

ÁREA: GESTÃO FINANCEIRA (A3)

Com relação a programação e execução orçamentária e financeira, julgue os itens

subsecutivos. Nesse sentido, considere que as siglas LOA e Siafi, sempre que

empregadas, referem-se, respectivamente, a lei orçamentária anual e a sistema integrado

de administração financeira.

1) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 97) Devido a complexidade das informações

contidas no orçamento, é fundamental o uso de sistemas informatizados para o

acompanhamento e controle da execução da LOA, sendo o Siafi o principal sistema de

gestão disponível no âmbito federal.

2) (CESPE/INPI 2012 - Cargo 9 - Item 98) O Siafi, apesar do uso generalizado,

apresenta como desvantagem a falta de unificação dos recursos financeiros do Estado em

uma conta única, o que compromete a capacidade dos órgãos em realizar de forma

eficiente a execução do orçamento.

CESPE/CNJ 2012 Cargo 13: Técnico Judiciário – Área: Administrativa

Acerca de programação orçamentária e acompanhamento da execução, julgue os

seguintes itens.

3) (CESPE/CNJ 2012 Cargo 13 - Item103) A integração por meio de arquivos batch

permite a troca de arquivos textuais entre as unidades gestoras e o SIAFI, possibilitando

tanto a importação quanto a extração de dados do sistema.

CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: Analista do Executivo – Área de Formação 1:

Administração

4) (CESPE/SEGER ES 2012 - Cargo: Analista do Executivo – Área de Formação 1:

Administração - QUESTÃO 55) Assinale a opção correta no que se refere à conta única

do Tesouro Nacional.

Contabilidade Pública para Concursos

326

A A posição líquida dos recursos do Tesouro Nacional no Banco do Brasil será

depositada no Banco Central do Brasil, à ordem do Tesouro Nacional.

B Os recursos de caixa do Tesouro Nacional incluem as parcelas ou cotas-partes dos

recursos tributários e de contribuições, destinadas aos estados, ao Distrito Federal e aos

municípios.

C As entidades da administração federal indireta poderão utilizar, em suas aplicações no

mercado financeiro, recursos provenientes de dotações orçamentárias da União, inclusive

transferências e eventuais saldos da mesma origem apurados no encerramento de cada

ano financeiro.

D O Banco Central do Brasil fará o crédito em conta dos estados e municípios conforme a

apuração e a classificação da receita arrecadada, assim como os percentuais de

distribuição ou índices de rateio definidos pelos órgãos federais competentes.

E A conta única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil ou em

instituição financeira pública federal, acolhe todas as disponibilidades financeiras da

União, excetuando-se os recursos das autarquias, que escolherão a conta mediante

concorrência bancária.

CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7: Analista Ministerial – Área: Orçamento

A respeito de orçamento e procedimentos contábeis no setor público, julgue os itens

subsequentes.

5) (CESPE/MPE-PI 2011- Cargo 7 - Item 78) O Sistema Integrado de Administração

Financeira do Governo Federal (SIAFI), que permite acompanhar as atividades relativas à

administração financeira dos recursos da União, centraliza e uniformiza o processamento

da execução orçamentária por meio da integração dos dados sobre a programação

financeira, a execução contábil e a administração orçamentária.

CESPE/MME 2013 - Cargo 3: Gerente de Projeto

6) (CESPE/MME 2013 - Cargo 3 - QUESTÃO 92) Em relação ao sistema de

informação da execução orçamentária e financeira, assinale a opção correta.

Contabilidade Pública para Concursos

327

A O registro contábil das operações do Poder Judiciário é feito por sistema próprio de

processamento da execução orçamentária, portanto, não se inclui no SIAFI.

B Os recursos financeiros do governo federal são disponibilizados aos diversos órgãos em

contas-correntes individuais e segregadas, constituídas para esse fim no Banco do Brasil.

C De acordo com o SIAFI, um órgão é sempre subordinado a uma unidade gestora, que é

a unidade investida do poder de gerir créditos orçamentários e recursos financeiros.

D A falta de padronização dos procedimentos orçamentários no Brasil faz que a emissão

de empenho, de ordem bancária ou de um documento de arrecadação de receitas federais

gere documentos distintos em relação à formalização e execução dos estágios da receita e

da despesa.

E De acordo com os conceitos do SIAFI, unidade administrativa é entendida como a

unidade que depende da descentralização de créditos de uma unidade orçamentária.

CESPE/MME 2013 - Cargo 6: Assistente Financeiro

7) (CESPE/MME 2013 - Cargo 6 - QUESTÃO 83) O Sistema Integrado de

Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) dispõe de documentos de entrada

de dados especialmente criados para esse fim, entre os quais está o documento utilizado

para efetuar bloqueios orçamentários, que é denominado

A nota de lançamento.

B nota de dotação.

C nota de pré-empenho.

D nota de empenho.

E nota de movimentação de crédito.

CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3: Analista Legislativo – Ciências Contábeis

A conta única é o mecanismo que permite a movimentação de recursos financeiros de

órgãos e entidades ligadas ao SIAFI em conta unificada. A respeito das características da

conta única, julgue o item a seguir.

Contabilidade Pública para Concursos

328

8) (CESPE/AL CE 2011 - Cargo 3 - Item 79) A ordem bancária, qualquer que seja a

sua modalidade, deverá conter, no campo conta-corrente da unidade gestora emitente, a

expressão “única” ou o número da conta bancária do agente financeiro que a acatará.

CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13: Analista – Especialização: Gestão Financeira

A respeito do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (SIAFI)

e da nota fiscal eletrônica (NF-e), julgue os itens seguintes.

9) (CESPE/SERPRO 2013 - Cargo 13 - Item 60) Um dos objetivos do SIAFI é a

uniformização dos métodos e rotinas de trabalho no que se refere à gestão dos recursos

públicos, mantida sob controle centralizado e exclusivo da Secretaria do Tesouro

Nacional.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 1: Administrador

No que se refere ao orçamento público, julgue os itens subsequentes.

10) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 1 – Item 61) Um dos principais objetivos do

sistema integrado de administração financeira do governo federal (SIAFI) consiste em

permitir o controle da dívida interna e externa, assim como das transferências negociadas.

11) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 1 – Item 66) A operacionalização da conta

única do Tesouro Nacional é efetuada por meio de documentos registrados no SIAFI.

CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6: Contador

A respeito da contabilização dos principais fatos contábeis da entidade pública e do

SIAFI, julgue os itens subsequentes.

12) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 102) Apesar de ser apresentado

como um sistema de administração financeira, o SIAFI é um sistema dinâmico, com

caráter essencialmente contábil, e visa, principalmente, facilitar a elaboração das

demonstrações contábeis do setor público.

13) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 6 – Item 103) A tabela de eventos

corresponde ao desdobramento mais analítico da estrutura de um plano de conta contábil

e compreende um conjunto de contas correntes contábeis, estruturado no SIAFI em forma

de manual de contas.

Contabilidade Pública para Concursos

329

CESPE/MI 2013 - Cargo 4: Administrador

Acerca da programação e execução orçamentária e financeira, julgue os itens

subsequentes.

14) (CESPE/UNIPAMPA 2013 - Cargo 4 – Item 109) Uma unidade orçamentária não

pode utilizar o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento para solicitar à Secretaria

de Orçamento Federal a análise de uma alteração qualitativa em seu programa de

trabalho.

CESPE/ANS 2013/Cargo 1: Analista Administrativo

Julgue o item que se segue, relativo à conta única do Tesouro Nacional.

15) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 118) As obrigações tributárias provenientes de

retenções na fonte e de encargos próprios da unidade gestora devem ser previamente

transferidas para a conta única da própria unidade gestora, por meio de ordem bancária,

com vistas à emissão do documento de arrecadação de receitas federais (DARF)

correspondente.

Com relação aos instrumentos de segurança do Sistema Integrado de Administração

Financeira (SIAFI), julgue o item seguinte.

16) (CESPE/ANS 2013/Cargo 1 – Item 119) Para efeito de divulgação ou publicação,

somente será reconhecido como dado oficial do SIAFI aquele devidamente autenticado

pelo titular da unidade responsável ou pelo titular da Secretaria do Tesouro Nacional.

CESPE/ANS 2013/Cargo 3: Analista Administrativo

No que se refere à operacionalização da contabilidade governamental, julgue os itens

subsequentes.

17) (CESPE/ANS 2013/Cargo 3 – Item 115) A nota de dotação destina-se ao registro

de lançamentos, cancelamentos e bloqueios de créditos nas unidades orçamentárias.

Com relação às movimentações financeiras na contabilidade governamental, julgue os

itens a seguir.

Contabilidade Pública para Concursos

330

18) (CESPE/ANS 2013/Cargo 3 – Item 120) A conta única do Tesouro Nacional,

mantida junto ao Banco do Brasil S.A. e gerida pelo BACEN, recebe as disponibilidades

financeiras da União.

CESPE/MS 2013/Cargo 5: Contador

Julgue o próximo item acerca da rotina de remuneração da Conta Única do Tesouro

Nacional.

19) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 89) Somente poderão efetuar aplicações

financeiras na Conta Única do Tesouro Nacional as entidades integrantes do orçamento

fiscal e da seguridade social que contarem com autorização específica em lei.

Relativamente ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

(SIAFI), julgue os itens a seguir.

20) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 90) As unidades setoriais representam o elo

entre as unidades gestoras e a Secretaria do Tesouro Nacional, com a prerrogativa de

efetuar transações inerentes as suas funções, como a descentralização de créditos.

21) (CESPE/MS 2013/Cargo 5 – Item 91) São de responsabilidade da Secretaria do

Tesouro Nacional o armazenamento e a segurança dos dados do SIAFI.

E (gab. preliminar)

CESPE/IBAMA 2013/Cargo Cargo: Analista Administrativo

Julgue os itens a seguir, relativos ao sistema de planejamento e orçamento federal e aos

sistemas de informação em uso no governo federal.

21) (CESPE/IBAMA 2013/Cargo Cargo: Analista Administrativo – Item 92) A nota

de liquidação é o documento utilizado pelo Sistema Integrado de Administração

Financeira (SIAFI) do governo federal para registrar a apropriação de receitas e despesas,

bem como outros atos e fatos administrativos, incluídos os relativos a entidades

supervisionadas, associados a eventos contábeis não vinculados a documentos

específicos.

Contabilidade Pública para Concursos

331

Superior – SPU/UCP

Com relação ao orçamento público, julgue os itens subsecutivos.

22) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 67) A execução

orçamentária e financeira da receita e da despesa das empresas estatais dependentes deve

ser registrada na modalidade parcial do Sistema Integrado de Administração Financeira

(SIAFI).

Acerca das classificações orçamentárias, julgue os próximos itens.

23) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 92) Conforme as

necessidades de execução orçamentária, alterações das classificações da modalidade de

aplicação poderão ser realizadas diretamente pela unidade orçamentária no Sistema

Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP).

Julgue os itens a seguir, referentes aos instrumentos de segurança do sistema integrado de

administração financeira (SIAFI).

24) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 114) Por razões de

segurança, a conformidade diária só poderá ser dada por operador que registre

documentos no SIAFI.

25) (CESPE/MPOG 2013 - temp/Categoria Profissional 3 – Item 115) Após a

contabilização, os documentos incluídos no SIAFI só poderão ser alterados por usuários

devidamente cadastrados e habilitados por meio do sistema Senha.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 1: Analista Administrativo – Área: Administração

Programação e acompanhamento da execução do orçamento são elementos básicos do

planejamento e controle. Com relação a esse tema, julgue os itens seguintes.

26) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 1 – Item 92) Entre os objetivos do Sistema

Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) estão a promoção do

controle diário da execução orçamentária e a disponibilização de meios para agilização da

programação financeira.

Contabilidade Pública para Concursos

332

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4: Analista Administrativo - Área: Ciências Contábeis

Com relação a métodos, técnicas, mecanismos e instrumentos de elaboração, execução,

acompanhamento e controle do orçamento público, bem como sua normatização legal,

julgue os próximos itens.

27) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 99) Um dos objetivos do Sistema Integrado

de Administração Financeira do governo federal (SIAFI) é propiciar o acesso da

sociedade às informações sobre os gastos públicos.

28) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 101) Por meio do Sistema Integrado de

Planejamento Orçamentário, os órgãos setoriais elaboram as propostas orçamentárias de

suas unidades orçamentárias e encaminham para avaliação, revisão e ajuste da Secretaria

do Orçamento Federal.

A respeito de programação e execução do Orçamento Público, julgue os itens

subsequentes.

29) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 103) As ordens bancárias (OB), as notas de

lançamento (NL) e os documentos de receita de estados e(ou) municípios (DAR) são

meios de movimentação da conta única do tesouro.

A respeito da Conta Única do Tesouro Nacional, julgue os itens subsecutivos.

30) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 113) O controle escritural dos recursos

financeiros da Conta Única do Tesouro Nacional é realizado pelo Sistema Integrado de

Administração Financeira do governo federal (SIAFI).

31) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 114) As disponibilidades de caixa da União

são depositadas no Banco Central do Brasil, que opera como agente financeiro do

Tesouro Nacional, arrecadando receitas e pagando fornecedores, com o uso da conta

única.

32) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 115) As disponibilidades de caixa das

autarquias e fundações públicas não estão dispensadas de recolhimento à Conta Única do

Tesouro Nacional.

Contabilidade Pública para Concursos

333

O SIAFI consiste no principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e

controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do governo federal. No que

se refere a esse sistema, julgue os itens a seguir.

33) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 116) A utilização do SIAFI permite o

registro contábil dos balancetes dos estados e municípios.

34) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 4 – Item 117) As instituições financeiras públicas

oficiais utilizam o SIAFI como um instrumento de registro contábil, para cumprir

obrigações societárias e tributárias, de forma segura e tempestiva.

CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16: Técnico Administrativo

Acerca da Conta Única do Tesouro Nacional e de suprimento de fundos, julgue os itens a

seguir.

35) (CESPE/ANTT 2013 - Cargo 16 – Item 109) A Conta Única do Tesouro Nacional

é utilizada para registrar a movimentação dos recursos financeiros de responsabilidade

dos órgãos e entidades da administração pública e das pessoas jurídicas de direito privado

que façam uso do SIAFI por meio de termo de cooperação técnica firmado com a

Secretaria do Tesouro Nacional.

CESPE/MJ 2013 - Cargo 1: Analista Técnico-Administrativo

O SIAFI, que é responsável pela execução orçamentária e financeira dos recursos

públicos do governo federal e por garantir a integridade da informação inserida na base de

dados, possui regras claras de controles e de auditores contábeis. A respeito das

conformidades no SIAFI, julgue os itens seguintes.

36) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 76) No SIAFI, há mecanismos de segurança de

dados que preservam a imutabilidade dos documentos, ou seja, o sistema não permite a

alteração de documento registrado.

37) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 77) A conformidade de operadores, cuja

responsabilidade é de cada unidade gestora, corresponde a uma rotina de confirmação ou

desativação de usuários, que deve ser registrada por usuário da própria unidade gestora,

uma vez por mês, em qualquer dia do mês.

Contabilidade Pública para Concursos

334

38) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 78) Ao acessar o sistema, o CPF do operador é

registrado automaticamente, bem como a data, a hora e o número do terminal utilizado

para o acesso. Isso decorre do cumprimento dos requisitos necessários para atendimento à

primeira regra de segurança, que é a identificação das operações do usuário.

39) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 79) A ausência da conformidade de controle

documental ou o registro de atos e fatos da gestão com restrição da conformidade de

controle documental implica o registro de conformidade contábil com restrição.

40) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 1 – Item 80) A conformidade contábil dos atos e fatos

da gestão orçamentária, financeira e patrimonial está circunscrita somente às unidades

gestoras executoras do SIAFI, exigindo-se, como condição precípua, a existência de

saldos contábeis ou movimentos mensais.

CESPE/MJ 2013 - Cargo 2: ADMINISTRADOR

Com relação ao Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), à Conta Única

do Tesouro e ao suprimento de fundos, julgue os itens seguintes.

41) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 2 – Item 92) As conformidades contábil, de operadores

e de registro de gestão, que são registradas pela própria unidade gestora, são instrumentos

de segurança do SIAFI.

42) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 2 – Item 93) A Conta Única, administrada pela

Secretaria do Tesouro Nacional, é mantida junto ao Banco do Brasil S.A. 94 A utilização

do cartão de pagamento do governo federal como mecanismo de movimentação

financeira de suprimento de fundos dispensa a emissão prévia do empenho da despesa.

43) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 2 – Item 95) Por intermédio do SIAFI, é possível

acompanhar a execução orçamentária e financeira da União, dos estados e dos

municípios.

CESPE/MJ 2013 - CARGO 3: CONTADOR

Acerca das demonstrações contábeis e dos registros aplicados ao setor público, julgue os

itens que se seguem.

44) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 3 – Item 94) Os registros contábeis relativos à previsão

da receita e à dotação da despesa ocorrem concomitantemente com o início da

administração orçamentária, após a publicação e a entrada em vigor da lei orçamentária.

Contabilidade Pública para Concursos

335

Com relação aos instrumentos de segurança do Sistema Integrado de Administração

Financeira (SIAFI) e à despesa de suprimento de fundos, julgue os itens subsecutivos.

45) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 3 – Item 118) Para se aumentar a segurança, a

conformidade contábil deve ser realizada pelos titulares das unidades gestoras ou por

operadores por eles indicados.

46) (CESPE/MJ 2013 - Cargo 3 – Item 119) É de responsabilidade da Secretaria do

Tesouro Nacional o mecanismo de segurança destinado a manter a integridade dos dados

do SIAFI.

CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8: CONTADOR

Julgue os itens a seguir, com relação à execução orçamentária e financeira.

47) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 101) As transferências para entidades

supervisionadas não constarão dos limites de saques aprovados para a unidade

orçamentária detentora dos créditos orçamentários.

48) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 102) A operacionalização da

programação financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) é

administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), como órgão central,

tendo ainda em sua composição a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) como órgão

setorial de programação financeira.

49) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 103) Desde que observados os

dispositivos contratuais, poderão ser aceitas despesas com data de realização anterior à

data da liberação efetuada pelo Tesouro Nacional para comprovação de adiantamento de

recursos externos.

Acerca dos instrumentos de segurança do SIAFI, julgue os itens a seguir.

50) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 115) Após a contabilização, possíveis

irregularidades de dados de documento no SIAFI somente serão corrigidas com a emissão

de novo documento que efetue o acerto.

51) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 116) Com autorização do titular da

respectiva unidade gestora, a conformidade diária poderá ser dada por operador que

registre documentos no sistema.

Contabilidade Pública para Concursos

336

52) (CESPE/TCE RO 2013 - CARGO 8 – Item 117) Para efeito de publicação, para

que seja reconhecido como oficial, o dado extraído do SIAFI deverá ser autenticado pelo

titular da unidade responsável ou pelo titular da STN.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 6: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

APOIO TÉCNICO-ESPECIALIZADO ESPECIALIDADE: FINANÇAS E

CONTROLE

A respeito do SIAFI e da nota fiscal de serviços eletrônica, julgue os itens seguintes.

53) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 6 – Item 79) O pré-empenho é um documento

utilizado pelo SIAFI por ocasião da assinatura de contratos ou convênios pela

administração, sendo substituído pela nota de empenho quando se inicia a sua execução.

CESPE/MPU 2013 - CARGO 13: ANALISTA DO MPU ÁREA DE ATIVIDADE:

PERÍCIA ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Julgue os itens subsecutivos, acerca do Sistema Integrado de Administração Financeira

(SIAFI) e dos suprimentos de fundos.

54) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13 – Item 117) O SIAFI integra um conjunto de

dados que abrange essencialmente a programação financeira, a execução contábil e a

administração orçamentária.

55) (CESPE/MPU 2013 - CARGO 13 – Item 118) No SIAFI, os registros contábeis

dos atos e fatos são realizados a partir de códigos de uma tabela de eventos, informados

nos documentos de entrada de dados, entre os quais destacam-se: nota de dotação (ND),

nota de empenho (NE) e transferência eletrônica disponível (TED).

CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo

Considerando o campo de aplicação, o objeto, os objetivos e a organização da

contabilidade pública e a estrutura do SIAFI, julgue os itens a seguir.

56) (CESPE/TCU 2013 - Auditor Federal de Controle Externo – Item 143) Os

subsistemas do SIAFI são as subdivisões de sua estrutura de funcionalidades, que são

organizados em módulos de transações.

Contabilidade Pública para Concursos

337

CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1: Analista Administrativo Área: I

Julgue o item abaixo, acerca da Conta Única do Tesouro.

57) (CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1 – Item 82) A ordem bancária (OB), utilizada

para pagamento de obrigações da unidade gestora UG e demais movimentações

financeiras, é um documento utilizado pela Conta Única do Tesouro. No entanto, para

manter a conformidade dessa operacionalização, independentemente da modalidade, a

OB deverá conter, no campo conta-corrente da UG emitente, a expressão Única ou a

conta bancária do agente financeiro que a acatará.

A respeito do Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SIDOR) e do Sistema

Integrado de Administração Financeira do governo federal (SIAFI), julgue o item abaixo.

58) (CESPE/ANCINE 2013 - Cargo 1 – Item 83) Para os locais em que o Sistema

Integrado de Planejamento e Orçamento do governo federal ainda não tenha sido

implantado, a elaboração do orçamento continua sendo processada no SIDOR. Contudo,

para melhor transparência e controle da informação, em atendimento à Lei de Acesso à

Informação, ainda que o processo de desativação do SIDOR esteja em andamento, o

acesso ao antigo SIDOR, exclusivo às UGs, também será estendido ao Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), órgão central de orçamento.

CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – ESPECIALIDADE: CIÊNCIAS

CONTÁBEIS/CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Em relação à execução orçamentária e financeira registrada no SIAFI, julgue os itens a

seguir.

59) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – Item 89) A conformidade contábil

realizada no SIAFI pode ser efetuada por servidor de carreira de perícia contábil, com

formação de nível superior, independentemente de registro no Conselho Regional de

Contabilidade.

60) (CESPE/PO AL 2013 - PERITO CRIMINAL – Item 90) Um depósito feito por

estudante para quitar multa em biblioteca de uma universidade federal deve ser feito na

Conta Única do Tesouro Nacional.

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338

CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA:

ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE

Acerca dos objetivos e instrumentos de segurança do SIAFI, julgue os itens que se

seguem.

61) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 87) O uso do módulo extrator

de dados possibilita que os dados da base SIAFI sejam transferidos para equipamentos de

processamento eletrônico do próprio usuário habilitado no sistema SENHA.

62) (CESPE/TRT 17ª Região 2013 - CARGO 2 – Item 88) Um dos objetivos do

SIAFI é permitir o controle da dívida interna e externa da União, dos estados e dos

municípios brasileiros.

CESPE/CADE 2014 - Cargo 1: Analista Técnico-Administrativo

Com referência ao processo de orçamentação público no Brasil, incluindo classificações e

conceitos técnicos, bem como o acompanhamento da execução e a descentralização

financeira, julgue os itens a seguir.

63) (CESPE/CADE 2014 - Cargo 3 – Item 65) Se determinado órgão do governo

federal for criar um programa de trabalho que não conste da lei orçamentária em

execução, ele deverá fazer a solicitação por meio do módulo qualitativo do Sistema

Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP).

CESPE/CADE 2014 - Cargo 5: Agente Administrativo

No que se refere ao suprimento de fundos e à Conta Única do Tesouro Nacional, julgue

os itens subsequentes.

64) (CESPE/CADE 2014 - Cargo 5 – Item 85) A nota de lançamento (NL) é utilizada

para lançamentos complementares da conciliação da Conta Única do Tesouro Nacional.

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339

GABARITOS OFICIAIS DAS QUESTÕES PROPOSTAS NO CAPÍTULO 9

1 C 21 E 41 E 61 C

2 E 22 E 42 E 62 E

3 C 23 E 43 E 63 C

4 A 24 E 44 C 64 C

5 C 25 E 45 E

6 E 26 C 46 E

7 C 27 C 47 E

8 C 28 E 48 E

9 E 29 C 49 E

10 C 30 C 50 C

11 C 31 E 51 C

12 E 32 E 52 C

13 E 33 C 53 E

14 E 34 E 54 C

15 E 35 C 55 E

16 C 36 C 56 C

17 C 37 C 57 X(1)

18 E 38 C 58 E

19 C 39 E 59 E

20 C 40 C 60 C

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340

REVISÃO DO CAPÍTULO 9 – SIAFI

CONCEITO

O SIAFI é o sistema de teleinformática que processa a EXECUÇÃO

orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos e entidades da

Administração Federal, com a utilização de técnicas eletrônicas de tratamento de

dados, objetivando minimizar custos e proporcionar eficiência e eficácia à gestão

dos recursos alocados no Orçamento Geral da União.

AMPLITUDE/ABRANGÊNCIA

O SIAFI abrange desde o registro do orçamento inicial da receita e despesa em

todas as UG até a emissão das demonstrações contábeis mensais e anuais, além

dos procedimentos específicos de encerramento e abertura de exercício.

HISTÓRICO

A criação do SIAFI foi viabilizada com a criação da STN em 1986.

O SIAFI foi implantado em 1987.

Contabilidade Pública para Concursos

341

QUEM É OBRIGADO A OPERAR NO SIAFI?

SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais

instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira,

patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal,

das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de

economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no

Orçamento da Seguridade Social da União.

UTILIZAÇÃO - Outras entidades

FORMAS DE ACESSO

Contabilidade Pública para Concursos

342

MODALIDADES DE USO

ESTRUTURA DO SIAFI

O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por

teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no

exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO e

também pela conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso

ao sistema às quase 17.874 Unidades Gestoras ativas no SIAFI.

Contabilidade Pública para Concursos

343

OBJETIVOS DO SIAFI:

Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária,

financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;

Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização

dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa

do Governo Federal;

Permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de

informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública

Federal;

Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos

públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele

permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;

Permitir o registro contábil dos BALANCETES dos ESTADOS E

MUNICÍPIOS e de suas supervisionadas;

Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências

negociadas;

Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo FEDERAL;

Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos;

Proporcionar a transparência dos gastos do Governo FEDERAL;

Permitir aos segmentos da sociedade obterem a necessária transparência dos

gastos públicos;

Permitir a programação e o acompanhamento físico-financeiro do orçamento,

em nível analítico.

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344

SEGURANÇA DO SISTEMA

SENHA

Para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente por meio do

cadastramento de uma senha SENHA, quando são especificados os PERFIS e

NÍVEIS DE ACESSO de cada usuário.

Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídos a cada Operador, para

atender às necessidades de execução e consulta ao Sistema.

O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das

consultas feitas pelo usuário no sistema SIAFI.

ACESSO – Usuários

O acesso para registro de documentos ou para consultas no SIAFI somente

será autorizado após o prévio cadastramento e habilitação dos usuários.

Inalterabilidade dos Documentos

Uma vez incluídos os dados de um documento no SIAFI e após sua contabilização,

qualquer irregularidade for constatada nesses dados, somente será possível corrigi-la

por meio da emissão de um novo documento que efetue o acerto do irregular.