contabilidade pÚblica para concursos debora de araujo marinho

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home page: www.crc.org.br - E-mail: [email protected] CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO [email protected] RIO DE JANEIRO Atualização: 18/06/2004

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Page 1: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional

Home page: www.crc.org.br - E-mail: [email protected]

CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

[email protected]

RIO DE JANEIRO Atualização: 18/06/2004

Page 2: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................. 4 1 CONTABILIDADE PÚBLICA: CONCEITOS INICIAIS E ORÇAMENTO 1.1 CONCEITO/ CAMPO DE APLICAÇÃO/DIVISÃO/ REGIME CONTÁBIL.... 5 1.2 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA............... 6 1.3 ORÇAMENTO. CONCEITO.......................................................................... 9 1.4 PLANO PLURIANUAL/LDO/LOA............................................................... 9 1.5 CICLO ORÇAMENTÁRIO........................................................................... 11 1.6 ORÇAMENTO PROGRAMA....................................................................... 15

1.7 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS............................................................... 19 1.8 CRÉDITOS ADICIONAIS............................................................................ 21

1.9 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO....................................................................... 22 2 RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS 2.1 RECEITA PÚBLICA. CONCEITO .CLASSIFICAÇÃO................................ 26 2.2 RECEITAS CORRENTES/RECEITAS DE CAPITAL.................................. 27 2.3 ESTÁGIOS DA RECEITA........................................................................... 29 2.4 DÍVIDA ATIVA.......................................................................................... 30 2.5 DESPESA PÚBLICA.CONCEITO. CLASSIFICAÇÃO............................... 31 2.6 DESPESA ORÇAMENTÁRIA. DESPESAS CORRENTES E DE CAPITAL 45 2.7 ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA............................................... 48

2.8 DESPESAS NÃO SUBMETIDAS A PROCESSO NORMAL DE REALIZAÇÃO 51

2.9 LICITAÇÃO. MODALIDADES................................................................... 53 2.10 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA............................ 54

2.11 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO...................................................................... 57 3 PATRIMÔNIO PÚBLICO

3.1 CONCEITO. BENS PÚBLICOS.................................................................. 62

3.2 DÍVIDA PÚBLICA. CONCEITO.CLASSIFICAÇÃO.................................. 66 3.3 RESTOS A PAGAR..................................................................................... 67 3.4 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS.................................................................. 69

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3.5 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO................................................................... 70 4 SISTEMAS DE CONTAS 4.1 CONTABILIDADE.................................................................................... 73 4.2 PLANO DE CONTAS................................................................................. 73 4.3 SISTEMAS DE CONTAS........................................................................... 74 4.4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO..................................................................... 78 5 BALANÇOS 5.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO.................................................................. 79 5.2 BALANÇO FINANCEIRO......................................................................... 80 5.3 BALANÇO PATRIMONIAL..................................................................... 82 5.4 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS....................... 84 5.5 TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS............................................. 86 5.6 SIAFI......................................................................................................... 90

5.7 QUESTÕES DE CONCURSOS.................................................................. 95 GABARITO............................................................................................................. 118 CONCLUSÃO......................................................................................................... 121 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................... 122

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INTRODUÇÃO

A contabilidade pública é, das especialidades, a mais complexa para os profissionais

da área contábil. Seu estudo requer, inicialmente, conhecimento da matéria orçamentária,

abrangendo desde a Proposta Orçamentária até a análise de sua execução. A formação

acadêmica prende-se apenas à execução orçamentária, insuficiente para o entendimento do

assunto no nível em que é exigido na maioria dos concursos públicos.

A presente apostila, juntamente com a ministração das aulas, tem como objetivo

auxiliar os candidatos a cargos públicos a serem bem sucedidos em concursos que requeiram

conhecimento de Contabilidade Pública, cobrindo todo o Ciclo Orçamentário, com enfoque

prático baseado na experiência profissional da autora e na bibliografia adotada para

concursos.

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Faça a sua parte. Deus está fazendo a dele.

1 CONCEITOS INICIAIS CONTABILIDADE PÚBLICA Conceitos:

É o ramo da contabilidade que estuda, controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas variações. É também, a disciplina que aplica, na administração pública, as técnicas de registros e apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do Direito Financeiro (Piscitelli). É um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem por objetivo captar, registrar,

acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais (Kohama). É o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização e

execução da Fazenda Pública; o patrimônio e suas variações (Divisão de Contabilidade do Estado de SP). Contabilidade Governamental é uma especialização da ciência contábil voltada para o

estudo e a análise dos fatos administrativos que ocorrem na administração pública, objetivando fornecer à mesma dados sobre:

o organização e execução dos orçamentos; o normas para o registro das entradas de receita; o normas para o registro dos desembolsos da despesa; o registro, controle e acompanhamento das variações do patrimônio do Estado; o normas para a prestação de contas dos responsáveis por bens e valores; o controle para a prestação de contas do Governo; o controle de custos e eficiência do setor público.

CAMPO DE APLICAÇÃO

É o das pessoas jurídicas de Direito Público - União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas autarquias - bem como o de algumas de suas entidades vinculadas - empresas públicas e fundações - pelo menos quando utilizam recursos à conta do Orçamento Público (Piscitelli). O patrimônio público (Lino Silva). Entidades de direito público interno: União, Estados, Distrito Federal e Municípios e

respectivas autarquias. (Kohama). . DIVISÃO De acordo com Lino Silva a contabilidade pública é classificada em dois campos: • a organização político-administrativa;

• as especializações.

a) A organização político-administrativa Sob este aspecto pode ser: → Federal - a que trata do registro dos atos e fatos que afetam o patrimônio definido

Constitucionalmente como sendo da União; → Estadual - a que trata do registro do patrimônio e suas mutações, quando definido como

sendo dos Estados; → Municipal - cuida do registro do patrimônio definido como municipal. b) As especializações

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Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

6 Sob este aspecto temos: → Contabilidade orçamentária; → Contabilidade financeira; → Contabilidade patrimonial; → Contabilidade industrial; → Contabilidade agrícola. REGIME CONTÁBIL

Existem três sistemas de escrituração contábil :

• Caixa → é o que considera as receitas arrecadadas e as despesas pagas no período; • Competência → é o que considera as receitas e as despesas realmente incorridas no período,

de acordo com o fato gerador. • Misto → O artigo 35 da Lei no 4320/64, determina que: a) devem pertencer ao exercício financeiro “as receitas nele arrecadadas”, isto quer dizer que,

em relação ao regime contábil de escrituração, devemos utilizar o regime de caixa, pois só dever ser considerada a receita que for efetivamente arrecadada no exercício;

b) e que devem pertencer ao exercício financeiro “as despesas nele legalmente empenhadas”, o que em termos de escrituração contábil, trata-se do regime de competência, uma vêz que a despesa é atribuída ao exercício, de acordo com a sua real incidência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador.

Concluindo, é o regime adotado pela administração pública no Brasil, isto é, adota-se ao

mesmo tempo o regime de caixa para a arrecadação das receitas e o regime de competência para a realização das despesas.

Obs.:

Ano Financeiro é o período durante o qual se executa o orçamento. Período Adicional é o espaço de tempo adicionado ao ano financeiro e empregado na liquidação e no encerramento das operações relativas a rendas lançadas e não arrecadadas, a despesas empenhadas e não pagas durante o ano financeiro. Exercício Financeiro é o período de tempo durante o qual se exercem todas as atividades administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento. Pode, por conseguinte, englobar o ano financeiro o período adicional ou ocorrer como no Brasil, onde o “exercício financeiro coincide com o ano civil” (artigo 34 Lei no 4320/64), não existindo o período adicional, e os termos exercício financeiro e ano financeiro possuem o mesmo significado. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA A organização político-administrativa brasileira compreende a União, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios, todos com autonomia, de acordo com o artigo 18 da CF/88. Os Territórios Federais integram a União . A Administração Federal compreende (Decreto-lei no 200/67): I - a Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios; II- a Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) autarquias; b) empresas públicas; c) sociedades de economia mista. Administração Direta ou Centralizada É aquela que se encontra integrada e ligada, na estrutura organizacional, diretamente ao chefe do Poder Executivo (Ministérios).

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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Administração Indireta ou Descentralizada É aquela atividade administrativa, caracterizada como serviço público ou de interesse público, transferida ou deslocada do Estado, para outra entidade por ele criada ou cuja criação é por ele autorizada. Dentre as entidades que compõem a chamada administração indireta ou descentralizada, o Estado pode utilizar-se de instituições com personalidade jurídica de direito público (Autarquias) ou de direito privado (Entidades Paraestatais), dependendo dos serviços que pretende transferir, quer por força de contingência ou de conveniência administrativa. Autarquias Autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade de direito público interno, com patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, ou seja, atribuições estatais específicas. Principais características: 1) criação feita por lei, organizada e regulamentada por decreto; 2) patrimônio inicial oriundo da entidade estatal a que se vincula; 3) bens e rendas constituem patrimônio próprio; 4) orçamento idêntico ao das entidades estatais; 5) despesas relativas a compras, serviços e obras estão sujeitas às normas de licitação; 6) atos dos dirigentes equiparam-se aos atos administrativos; 7) o pessoal sujeita-se a regime estatutário próprio ou pode adotar o regime de funcionários ou servidores públicos, ou ainda a CLT, entretanto, seus atos para efeito criminal equiparam-se aos praticados por funcionários públicos. 8) está sujeita ao controle de vigilância, orientação e correção que a entidade estatal a que está vinculada exerce sobre os atos e conduta dos dirigentes; 9) adquirem os privilégios tributários e prerrogativas dos entes estatais. Exemplos de autarquias: ♦ Autarquia Previdenciária - Instituto de Assistência Médica e Previdência Social ♦ Autarquias Profissionais - Conselho Federal de Contabilidade ♦ Autarquias Industriais - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem ♦ Autarquias Especiais - Banco Central do Brasil. Entidades Paraestatais Paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, com patrimônio público ou misto, para a realização de atividades, obras ou serviços de interesse coletivo, sob normas e controle do Estado. Podem ser: Gab # Empresas Públicas # Sociedades de Economia Mista # Fundações Características gerais: 1) a organização depende de autorização legislativa, mas obedece às normas das pessoas jurídicas de direito privado; 2) regem-se por seus estatutos ou contratos sociais, registrados na Junta Comercial ou Registro Civil, conforme a natureza dos seus objetivos; 3) o patrimônio dessas entidades pode ser constituído por recursos do poder público, de particulares, ou por ambos os recursos conjugados; 4) a administração de tais entidades varia conforme o tipo e modalidade que a lei determinar, sendo possível a direção unipessoal ou colegiada, com ou sem elementos do Estado; 5) possuem autonomia administrativa e financeira, e são apenas supervisionadas pela entidade estatal a que estiverem vinculadas, através da ação de orientação, coordenação e controle, para ajustar-se ao Plano Geral de Governo; 6) não possuem privilégios tributários ou processuais, a não ser que sejam especialmente concedidos por lei;

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8 7) a realização de despesas com compras, serviços ou obras sujeita-se a sistema licitatório especial, através da edição de regulamentos próprios, devidamente publicados, com os princípios básicos da licitação; 8) o pessoal sujeita-se ao regime da CLT. Empresas Públicas Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente governamental, criação autorizada por lei, para exploração de atividade econômica ou industrial, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. A característica específica das empresas públicas é o seu capital, exclusivamente público, de uma só ou de várias entidades, mas sempre governamental. Exemplos de empresas públicas: A nível de União - Rede Ferroviária Federal - Casa da Moeda do Brasil - Caixa Econômica Federal - EBCT A nível do Estado - Caixa Econômica Estadual - Imprensa Oficial do Estado A nível do Município - Empresa Municipal de Urbanismo Sociedades de Economista Mista Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, criação autorizada por lei para a exploração de atividade econômica, sob forma de sociedade anônima, cujas ações com direto a voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração Indireta. A principal característica das Sociedades de Economia Mista é a participação governamental e particular na constituição do seu capital, onde se conciliam os objetivos de interesse público com a estrutura das empresas privadas. As demais características gerais já descritas para as entidades paraestatais, é evidente, aplicam-se também a estas entidades. Exemplos de Sociedades de Economia Mista: A nível da União - Petrobrás - Banco do Brasil S/A - Telesp A nível do Estado - Eletropaulo - Banespa A nível de Município - Prodam- SP - Cia. de Processamento de Dados do Município de São Paulo Fundações As fundações instituídas pelo poder público são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, criação autorizada por lei, escritura pública e estatuto registrado e inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, com objetivos de interesse coletivo, geralmente de educação, ensino, pesquisa, assistência social etc., com a personificação de bens públicos, sob o amparo e controle permanente do Estado. Exemplos de Fundações: A nível da União - FUNAI - Fundação Universidade de Brasília A nível do Estado - Fundação Padre Anchieta

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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ORÇAMENTO

É um ato de previsão de receita e fixação da despesa para um determinado período de tempo, geralmente, um ano, e constitui o documento fundamental das finanças do Estado, bem como da Contabilidade Pública. (Manual do Contador Público - São Paulo). É o instrumento que dispõe o Poder Público para expressar, em determinado período, seu

programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como a natureza e o montante dos dispêndios a serem efetuados (Piscitelli). É considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza aos Poderes Executivo,

Judiciário e ao próprio Legislativo, por certo período, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e aos investimentos indicados pela política econômica, assim como a arrecadação das receitas já criadas por lei. Portanto, o orçamento tem como objetivo prever as fontes dos recursos financeiros e registra-los anualmente para o financiamento dos planos, programas e projetos, de modo a satisfazer às necessidades coletivas (Lino Silva).

De acordo com Lino Silva o estudo do orçamento pode ser considerado do ponto de vista objetivo ou subjetivo. Objetivo: designa o ramo das Ciências das Finanças que estuda a Lei Orçamentária e o conjunto de normas que se refere à sua preparação, sanção legislativa, execução e controle. Subjetivo: constitui a faculdade adquirida pelo povo de aprovar a priori, por seus representantes legitimamente eleitos, os gastos que o Estado realizará durante o exercício. O Sistema de Planejamento Integrado, levado a efeito pela ONU, com o objetivo de determinar as ações a serem realizadas pelo poder público, escolhendo as alternativas prioritárias e compatibilizando-as com os meios disponíveis para colocá-las em execução, é conhecido no Brasil como Processo de Planejamento-Orçamento e consubstancia-se nos seguintes instrumentos (art. 165 da Constituição Federal/88): ♣ Plano Plurianual ♣ Lei de Diretrizes Orçamentárias ♣ Lei do Orçamento Anual Ratificando a CF/88, a Lei Complementar 101, de 4/5/2000, que estabelece normas de finanças públicas, no § 1º do art. 1º,diz:

A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. Plano Plurianual É um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um período de quatro anos, ao nível do governo federal, e de quatro anos ao nível dos governos estaduais e municipais. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 165 § 1º da CF/88). E nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.(art. 167 § 1º da CF/88). DIRETRIZES - orientações ou princípios que nortearão a captação, gestão e gastos de recursos durante o

período, com vistas a alcançar os objetivos de Governo no período do Plano.

OBJETIVOS - consistem na discriminação dos resultados que se pretende alcançar com a execução das ações governamentais que permitirão a superação das dificuldades diagnosticadas.

METAS - são a tradução quantitativa dos objetivos.

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Lei de Diretrizes Orçamentárias Tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos aqui o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas e o orçamento da seguridades social, de forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidas no plano plurianual. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. (art. 165 § 2º da CF/88).

Resumindo, a LDO estabelece: . as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício subseqüente; . as orientações para a elaboração do orçamento subseqüente; . os limites das propostas orçamentárias de cada Poder; . disposições relativas às despesas com pessoal (art. 169 da CF); . disposições relativas às alterações na legislação tributária; . disposições relativas à administração da dívida pública; e . política da aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. E de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000-LRF), a LDO disporá, ainda, sobre: . Equilíbrio entre Receitas e Despesas; . Critérios e forma de limitação de empenhos, no caso do não cumprimento de meta de Resultado Fiscal e de a dívida consolidada ultrapassar o respectivo limite; . Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financeiros com recursos dos orçamentos; . Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. . Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financeiros com recursos dos orçamentos. OBS. 1)

A LRF em seu art. 4º § 1º estabelece que a LDO será integrada pelo Anexo de Metas Fiscais, que estabelecerá metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

O Anexo de Metas Fiscais conterá, ainda(§ 2º): I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

IV - avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador e dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. OBS. 2) A LRF conterá também o Anexo de Riscos Fiscais onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.(art. 4º § 3º).

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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OBS. 3) A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os

objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente. Lei de Orçamentos Anuais Para viabilizar a concretização das situações planejadas no plano plurianual e, obviamente, transformá-las em realidade, obedecida a lei de diretrizes orçamentárias, elabora-se o Orçamento Anual, onde são programadas as ações a serem executadas, visando alcançar os objetivos determinados. A lei orçamentária anual compreenderá: 1- o orçamento fiscal referente aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; 2- o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e 3- o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Trata-se de uma lei que contém o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social e não de leis específicas para cada orçamento. A LRF em seu art. 5º dispõe que devem ser observados no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o seguinte:

deve ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas definidas nela; conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os

objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais; será acompanhado do demonstrativo do efeito sobre as receitas e despesas, decorrentes de

isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária, e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na

receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos; todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as

atenderão, constarão da lei orçamentária anual; o refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de

crédito adicional; a atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a

variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica. é vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação

ilimitada; não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que

não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão. O orçamento evoluiu em sua história, percorreu três etapas identificadas na luta entre o Poder Legislativo e o Executivo, a saber:

A conquista da faculdade de votar impostos; Conquista da faculdade de discutir e autorizar despesas; e Periodicidade do orçamento e especialização dos gastos.

Ciclo Orçamentário O orçamento, embora seja anual, não pode ser concebido ou executado isoladamente do período imediatamente anterior e do posterior, pois sofre influências condicionantes daquele que o precede, assim como constitui uma base informativa para os futuros exercícios.

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12 Daí a necessidade de compreensão do Ciclo Orçamentário (também chamado de Processo Orçamentário), que é a seqüência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário, assim, consubstanciadas: a) elaboração; b) estudo e aprovação; c) execução; e d) avaliação Elaboração A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes orçamentárias, compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização. Como corolário desta etapa, devemos providenciar a formalização de um documento onde fique demonstrada a fixação dos níveis das atividades governamentais, através da formulação dos programas de trabalho das unidades administrativas, e que, em última análise, constituirá a Proposta Orçamentária. Compete privativamente ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. (art. 84 da CF/88) Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação (art. 22 da Lei Federal nº 4.320/64) O prazo para envio do projeto de lei pelo Presidente da República ao Congresso Nacional é de até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro; a devolução para sanção se dará até o encerramento da sessão legislativa, cabendo a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão como órgão central de planejamento e de orçamento federal esta etapa. A Proposta Orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos pela CF compor-se-á de: I – Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e ouros compromissos financeiros exigíveis. Exposição e justificação da política econômico-financeira do governo, justificação da despesa e receita, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II – Projeto de Lei de Orçamento (PLOA); III – Tabelas Explicativas das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas para fins de comparação, a receita arrecadada nos últimos exercícios anteriores àqueles em que se elabora a proposta; receita para o exercício em que se elabora a proposta; a receita prevista para o exercício a que se refere a proposta; e a despesa realizada no exercício imediatamente anterior; a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e a despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta; IV – especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativas de custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. De acordo com o art. 22 da lei 4320/64, constará ainda da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa (UA), descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação. Estudo e Aprovação Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las. Caso, o Poder Legislativo não receba a proposta no prazo constitucional, será considerada como proposta a Lei Orçamentária vigente no próprio exercício. Se, até trinta dias antes do encerramento do exercício financeiro, o Congresso não o devolver para sanção, será promulgado como lei. Se o projeto for rejeitado pelo Poder Legislativo, subsistirá, para o ano seguinte, a Lei Orçamentária do exercício em curso. (art. 32 Lei 4320/64). As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou sejam relacionadas

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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com a correção de erros ou omissões, ou com os dispositivos do texto do projeto de lei. (art. 166 § 3º da CF/88). O presidente da República, além de sancionar a Lei Orçamentária, deverá promulgá-la e fazê-la publicar no DOU. Se houver veto - total ou parcial - ele será votado em sessão do Congresso Nacional. Execução A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros. O art. 47 da Lei 4320/64 determinam que cabe ao Poder Executivo após a promulgação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e com base nos limites nela fixados, aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada Unidade Orçamentária (UO) fica autorizada a utilizar. Estas cotas de despesas têm o propósito de fixar as autorizações máximas em um subperíodo orçamentário para que as Unidades Executoras (UGE) possam empenhar ou realizar pagamentos. Isto se deve a necessidade de regular os recursos financeiros às reais necessidades dos programas de trabalho. Enquanto a lei 4320/64 trata das cotas trimestrais da despesa do ponto de vista orçamentário, a lei 101/2000 (LRF) trata como programação financeira e do cronograma de execução mensal desembolsado (do ponto de vista financeiro), como a seguir:

Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica (fundos especiais) serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. (Art. 8º, Parágrafo único)

Avaliação A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e grau de racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias (Art. 9º da LRF). Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias e, no caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Art. 9º da LRF §§ 2º e 3º).

Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. (Art. 9º da LRF § 4º).

A avaliação também se concretizará com o Processo de Tomada de Contas Anual, de competência do Congresso Nacional auxiliado pelo Tribunal de Contas da União.

⇒ O Estado é uma pessoa jurídica de existência necessária e sua atividade não pode parar, qualquer que seja o motivo, e por isso é imperioso que todos os instrumentos de orçamentação (Plano Plurianual, Lei de Diretrizes e Orçamento Anual ) sejam votados pelo Poder Legislativo nos prazos estabelecidos pela Constituição e pela Lei Complementar. Prazos estabelecidos pela CF/88 para encaminhamento das propostas:

PROJETO ENCAMINHAMENTO AO PL DEVOLUÇÃO AO PE Plano Plurianual 4 meses antes do encerramento do 1o

exercício financeiro do mandato presidencial.

Até 15 de dezembro do exercício em que for encaminhado (até o encerramento da seção legislativa)

Lei de Diretrizes Orçamentárias 8 meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro ( 15 de abril)

Até 30 de junho (até o encerramento da primeira seção legislativa).

Lei Orçamentária Anual 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto)

Até 15 de dezembro

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CICLO ORÇAMENTÁRIO: Processo de caráter contínuo e simultâneo, através do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro.

M A I O

01 JAN A 31 DEZ

EXECUÇÃO DA DESPESA / EMPENHO

AVALIAÇÃO PROCESSO DE TOMADA DE CONTAS / CN --TCU

15DEZ

Análise e aprovação

Propostas Parciais

(subsídios) UGE

UG SetorialOrçamentária

(Proposta Orç)

Unidade Central dePlanejamento

(SOF/MPOG)

Congresso Nacional (Comissão Mista)

VETO CMPO - CN

EXECUÇÃO

ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA PROVISÃO

DOTAÇÃO/DESPESA

CRÉDITOS ADICIONAIS

DOU SANÇÃO PLOA 31AGO

INICIATIVA PRIVATIVA DO PRESREP

Orientado pela LDO, que foi encaminhada em 15 de abr

MPOG PRESREP

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Capítulo 1 Contabilidade Pública 11

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O diagrama abaixo procura representar as várias etapas do que se poderia

denominar processo integrado de planejamento e orçamento.

ELABORAÇÃO E

REVISÃODO PLANO PLURIANUAL - PPA

ELABORAÇÃO E REVISÃO DE PLANOS

E PROGRAMAS NACIONAIS, REGIONAIS E

ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DA LEI

DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA

ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA

EXECUÇÃO

ORÇAMENTÁRIA

CONTROLE E AVALIAÇÃO DA

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DISCUSSÃO, VOTAÇÃO E

APROVAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA

Orçamento Programa Conceitos:

a) É aquele que discrimina as despesas segundo sua natureza, dando ênfase aos fins, de modo a demonstrar em que e para que o Governo gastará, também quem será responsável pela execução de seus programas. As grandes áreas de atuação são classificadas como funções, desdobradas em subfunções, programas, atividades, projetos e operações especiais, tudo de acordo com a classificação funcional e programática estabelecida na legislação pertinente.(Piscitelli)

b) É o processo pelo qual se elabora, expressa, executa e avalia o nível de cumprimento da quase totalidade do programa de governo, para cada período orçamentário. É um instrumento de governo, de administração e de efetivação e execução dos planos gerais de desenvolvimento sócio-econômico. (Kohama)

c) Um sistema em que se presta particular atenção às coisas que um governo realiza mais do que às coisas que adquire. (Organizações Unidas –1959).

d) É um plano de trabalho governamental expresso em termos monetários, que evidencia a política econômico-financeira do Governo e em cuja elaboração foram observados os princípios da unidade, universalidade, anualidade, especificação. (Lino Silva)

e) O orçamento-programa constitui modalidade de orçamento na qual a previsão dos recursos financeiros e sua destinação decorrem da elaboração de um plano completo. Do ponto de vista de sua apresentação, os recursos financeiros para cada unidade orçamentária vinculam-se direta ou indiretamente aos objetivos a serem alcançados.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

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16 O processo de planejamento-orçamento desenvolve-se através dos seguintes passos: ♣Determinação da situação→ deve-se conhecer o problema existente e proceder à verificação das causas que o estão originando; ♣Diagnóstico da situação→ com base nas verificações feitas, pode-se, como conseqüência, inferir e diagnosticar a situação; ♣Apresentação de soluções→ deve-se procurar formas e maneiras pelas quais o problema poderá ser minimizado, contornado ou resolvido; ♣Estabelecimento de prioridades→ deve-se definir qual a ordem a seguir para que sejam atendidas as soluções propostas; ♣Definição de objetivos→ procede-se ao detalhamento do que se pretende atingir e alcançar; ♣Determinação das atividades para concretização dos objetivos→ após definidos os objetivos, que são de caráter amplo, é necessário determinar as atividades a serem desenvolvidas, para melhor atingi-los; ♣Determinação dos recursos humanos, materiais e financeiros→ feito o detalhamento das ações, cabe a identificação e determinação dos recursos humanos, materiais e financeiros para o cumprimento e execução das atividades. Após feitos os estudos técnicos, ordenadas as prioridades, definidos os objetivos a cada uma correspondente, bem como determinadas as atividades e os recursos humanos, materiais e financeiros indispensáveis, o assunto está em condições de merecer por parte dos responsáveis uma tomada de decisão, para escolha da solução que melhor atenda os requisitos técnicos, adequados aos recursos existentes ou possíveis. Há que se proceder a devida classificação programática. Classificações Institucional, Funcional e Programática As classificações orçamentárias são essenciais para a programação, execução, acompanhamento, controle e avaliação da atividade financeira do Estado. Para as receitas os critérios de classificação são: institucional, segundo sua natureza e quanto às fontes de recursos. Para as despesas os critérios são: institucional, funcional, programático (ou estrutura programática) e segundo sua natureza.

A classificação institucional corresponde aos Órgãos Setoriais e suas respectivas Unidades Orçamentárias. O código que a identifica é composto de 5 algarismos, correspondendo os dois primeiros ao Órgão e os demais, à Unidade Orçamentária. Exemplos: 25.000 Ministério da Fazenda 25.100 Administração Direta O 3o algarismo identifica se a unidade orçamentária pertence à Administração Direta - 1, à Indireta -2 ou se trata de Fundos - 9. A classificação funcional é constituída pelas Funções e pelas Subfunções, destinada a agregar os gastos públicos por área de ação governamental, nas três esferas. As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas. Esta classificação é obrigatória e possibilita a consolidação nacional das despesas públicas, por isso é adotada pela União, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Funções → representam o maior nível de agregação, através das quais procura-se alcançar os objetivos nacionais.

Subfunções → identificam a natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções, detalhando estas. Exemplos: 24 -Comunicações 721 -Comunicações Postais

722 -Telecomunicações

25 -Energia 751 -Conservação de Energia

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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752 -Energia Elétrica

753 -Petróleo

754 -Álcool

Para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, a Portaria nº 42/99 do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão atualizou a discriminação da despesa por funções, e seu disposto aplica-se aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal, e a partir do exercício financeiro de 2002, aos Municípios. De acordo com a citada portaria, deve entender-se como função o maior nível de agregação das diversas áreas que competem ao setor público, as quais passaram a ser em n º de 28, sendo: 01- Legislativa 15- Urbanismo 02- Judiciária 16- Habitação 03- Essencial à Justiça 17-Saneamento 04- Administração 18- Gestão Ambiental 05- Defesa Nacional 19- Ciência e Tecnologia 06- Segurança Pública 20- Agricultura 07- Relações Exteriores 21- Organização Agrária 08- Assistência Social 22- Indústria 09- Previdência Social 23- Comércio e Serviços 10- Saúde 24- Comunicações 11- Trabalho 25- Energia 12- Educação 26- Transporte 13- Cultura 27- Desporto e Lazer 14- Direito e Cidadania 28- Encargos Especiais

A classificação programática ou estrutura programática

Programas→ desdobramento das funções, representam os meios e instrumentos de ações organicamente articuladas para o cumprimento das funções. Dessa forma, além dos recursos financeiros, cada programa agrupa, de forma ordenada, recursos humanos, materiais e institucionais próprios à sua execução. É ainda, um instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no PPA, visando à solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade ou demanda da coletividade. Projeto: é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo. É mais facilmente associado à quantificação de metas e, geralmente, dá origem a uma atividade ou concorre para a expansão e/ou aperfeiçoamento de atividades já existentes. Atividade: é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, necessárias à manutenção da ação do governo. Operações Especiais: as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo,das quais não resulta um produto - exceto quando associada a programas finalísticos - e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Constituem basicamente o detalhamento da função Encargos Especiais, compreendendo: amortização e encargos, aquisição de títulos, pagamento de sentenças judiciais, transferências a qualquer título, fundos de participação, concessão de empréstimos, ressarcimento de toda ordem, indenizações, pagamento de inativos, participação acionária, etc. Exemplo:

Função: 20- Agricultura Subfunção: 602 - Promoção da Produção Animal

Programa: 0356 - Segurança e Qualidade de Alimentos e Bebidas – Sanitário - Animal Projeto/Atividade/Operações Especiais: 2145 - Inspeção de Produtos de Origem Animal

OBS.: Quando o 1º dígito do conjunto que identifica os Projetos/Atividades/Operações Especiais for 0, indica que se refere a uma Operação Especial, se for par, revela que se trata de Atividade; e, se ímpar, indica um Projeto.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

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18 Programas : módulo integrador entre planejamento e orçamento: O programa constitui-se no elo de ligação entre o planejamento de médio prazo e os orçamentos anuais, sendo a categoria básica também na organização do PPA.

Em termos de estruturação, o plano plurianual (planejamento) termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses documentos uma integração desde a origem.

Portanto, temos uma concepção de planejamento e orçamento, baseada no Gerenciamento de Programas, que contempla as seguintes características: a) visão estratégica, com estabelecimento de objetivos; b) identificação dos problemas a enfrentar ou oportunidades a aproveitar, objetivando tomar realidade essa visão estratégica; c) concepção dos programas que deverão ser implementados, com vistas ao atingimento dos objetivos que implicarão na solução dos problemas ou aproveitamento das oportunidades; d) especificação das diferentes ações do programa, com identificação dos respectivos produtos, que darão origem, quando couber, aos projetos e atividades; e) atribuição de indicadores aos objetivos, e aos produtos, metas. Dessa forma, observa-se um encadeamento lógico entre os planos e orçamentos, ou seja, problemas, programas e produtos. Ou de uma outra forma: problemas, programas, atividades e projetos. Cada Programa deve conter: I - objetivo; II - órgão responsável; III - valor global; IV - prazo de conclusão; V - fonte de financiamento; VI - indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim modificar; VII - metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o objetivo; VIII - ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à consecução do objetivo; IX - regionalização das metas por Estado. Toda a ação finalística do Governo Federal deve ser estruturada em programas, orientados para consecução dos objetivos estratégicos definidos, para o período, no PPA. A ação finalística é a que proporciona bem ou serviço para atendimento direto às demandas da sociedade. Os programas de ações não finalísticas são programas constituídos predominantemente de ações continuadas, devendo conter metas de qualidade e produtividade a serem atingidas em prazo definido. São quatro os tipos de programas previstos: Programas finalísticos: resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade. Seus atributos básicos são: denominação, objetivo, público-alvo, indicador(es), fórmulas de cálculo do índice, órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. Programas de gestão das políticas públicas: abrangem as ações de gestão de Governo e serão compostos de atividades de planejamento, orçamento, controle interno, sistemas de informação e diagnóstico de suporte à formulação, coordenação, supervisão, avaliação e divulgação de políticas públicas. As atividades deverão assumir as peculiaridades de cada órgão gestor setorial. Assumirão denominação específica de acordo com a missão institucional de cada órgão. Portanto, haverá apenas um programa dessa natureza por órgão. Exemplo: "Gestão da Política de Saúde". Seus atributos básicos são: denominação, objetivo, órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. Programas de serviços ao Estado: são os que resultam em bens e serviços ofertados diretamente ao Estado, por instituições criadas para esse fim específico. Seus atributos básicos são denominação, objetivo, indicador(es), Órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. Programa de apoio administrativo: correspondem ao conjunto de despesas de natureza tipicamente administrativa e outras que, embora colaborem para a consecução dos objetivos dos programas finalísticos e de gestão de políticas públicas, não são passíveis de apropriação a esses programas. Seus objetivos são, portanto, os de prover os órgãos da União dos meios administrativos para a implementação e gestão de seus programas finalísticos.

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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Princípios Orçamentários São premissas, linhas norteadoras de ação a serem observadas na concepção da proposta. Além dos princípios mais conhecidos: Anualidade, Unidade e Universalidade, citados no art. 2o da Lei do Direito Financeiro, existem, consagrados pela CF/88 e pela tradição: Exclusividade, Equilíbrio, Especificação, Publicidade, Clareza. Anualidade A aplicação deste princípio estabelece que o orçamento deve ter vigência limitada a um período anual. A razão que fundamenta este princípio consiste em que a prerrogativa de controle prévio por parte do Poder Legislativo deve ser realizada do modo mais freqüente possível. Unidade Este princípio estabelece que o orçamento deve ser uno, que os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem-se fundamentar em uma única política orçamentária estruturada uniformemente e que se ajuste a um método único. Universalidade De acordo com este princípio, o orçamento deve compreender todas as receitas e todas as despesas. Alguns autores também o denominam de orçamento bruto, haja vista que, todas as receitas e todas as despesas devem constar da Lei Orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Este princípio é de fundamental importância, pois possibilita ao Legislativo conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las. Exclusividade Estabelece a CF/88 que não deve constar na lei orçamentária matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, isto quer dizer que não devem ser incluídas na lei orçamentária normas relativas a outros campos jurídicos. Equilíbrio O orçamento deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista financeiro, entre os valores de receita e da despesa. Procura-se consolidar uma salutar política econômico-financeira que produza a igualdade entre valores de receita e despesa, evitando desta forma déficits espirais, que causam endividamento congênito, isto é, déficit que obriga a constituição de dívida que, por sua vez, causa o déficit. Especificação ou Especialização ou Discriminação Este princípio preconiza a identificação de cada rubrica de receita e despesa, de modo que não figurem de forma englobada, isto é, sem discriminação, daí a exigência de um quadro de detalhamento de despesa, bem como da classificação das receitas e despesas sob vários critérios e em diversos níveis. Publicidade É um princípio contido no art. 37 da CF/88, e aplica-se aos atos da administração em geral. Exige-se do poder público absoluta transparência e pleno acesso a qualquer interessado das informações mínimas necessárias ao exercício da fiscalização das ações dos dirigentes e responsáveis pelo uso dos recursos dos contribuintes. Clareza ou Evidenciação Sem descuidar das exigências da técnica orçamentária, especialmente em matéria de classificação, especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas, o orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo. Se o orçamento é hermético e vem acompanhado de complicados quadros que só o técnico entende, é possível que os legisladores e o público não compreendam o seu alcance e não consigam descobrir coisas fundamentais para a vida do cidadão comum. Não-Vinculação ou não-afetação da Receita Estabelecido no art. 167 da CF/88 é o princípio que postula o recolhimento de todos os recursos a uma caixa única do Tesouro, sem discriminação quanto a sua destinação. No entanto, a CF só consagrou esse princípio para as receitas provenientes de impostos, vedando sua vinculação a determinado órgão, fundo ou despesa, ressalvando as seguintes:

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20a) repartição do produto da arrecadação dos seguintes impostos: IR incidente na fonte sobre

rendimentos, impostos sobre a propriedade territorial rural, IPVA, ICMS, IR, IPI; b) destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino; c) prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; d) destinação de recursos para aplicação na área de saúde.

Princípio da exatidão Preocupação com a realidade e com a efetiva capacidade do setor público de nela intervir de forma

positiva por intermédio do orçamento. Princípio da Programação Para representar os elementos do planejamento, o orçamento vem sofrendo mudanças profundas a em

sua linguagem, buscando veicular a programação de trabalho de governo (objetivos e metas perseguidos, e os meios necessários para alcança-los).

De acordo com Lino Silva, ainda temos os princípios: Legalidade da tributação: limitações que o Estado possui quanto ao seu poder de tributar; Precedência: a LOA é um instrumento de controle e não pode deixar de votada, por se constituir em

autorização prévia das despesas. Uniformidade: o orçamento deve reunir também a condição de conservar estrutura uniforme por meio

dos distintos exercícios.

Orçamento Clássico ou Tradicional • Se caracterizava por ser um documento de previsão de receita e autorização de despesa. • Classificava as despesas por objeto de gastos. • Não cogitava primordialmente, em atender às reais necessidades da coletividade, da Administração,

nem considerava objetivos econômicos sociais. • Os órgãos eram dotados com os recursos suficientes para pagar pessoal, adquirir material de consumo

e permanente. • Era corrigido de acordo com o que gastava no exercício anterior.

Orçamento de Desempenho ou de Realizações • Verificava o que o Governo fazia e não o que comprava. • Já buscava ligar o gasto aos objetivos. • Apesar dos objetivos previstos, não era vinculado ao Planejamento. Teorias orçamentárias: orçamento tradicional X orçamento programa

Apesar das dificuldades que cercaram a implantação do PPBS,boa parte de seus elementos conceituais está, presentemente, integrada no Orçamento-programa, cuja feição moderna, conforme já afirmado, incorporou quase todas as idéias reformistas geradas, especialmente, após a segunda guerra mundial. O orçamento-programa resultante dessas modernas orientações é mais ambicioso e, conseqüentemente, de mais difícil aplicação prática. Isso é compreensível, pois aumentou a distância a ser ultrapassada entre as formas tradicionais e modernas de orçamentação. De acordo com o Prof. Giacomoni as principais diferenças entre o orçamento tradicional e o orçamento-programa são:

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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Orçamento tradicional Orçamento-programa

1. O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação.

2. A alocação de recursos visa à aquisição de meios. 3. A decisões orçamentárias são tomadas tendo em

vista as necessidades das unidades organizacionais.

4. Na elaboração do orçamento são consideradas as

necessidades financeiras das unidades organizacionais.

5. A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos

contábeis de gestão. 6. Principais critérios classificatórios: unidades

administrativas e elementos. 7. Inexistem sistemas de acompanhamento e medição

do trabalho, assim como dos resultados. 8. O controle visa avaliar a honestidade dos agentes

governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento.

1. O orçamento é o elo de ligação entre o planejamento e as funções executivas da organização.

2. A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.

3. A decisões orçamentárias são tomadas com base

em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.

4. Na elaboração do orçamento são consideradas

todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício.

5. A estrutura do orçamento está voltada para os

aspectos administrativos e de planejamento. 6. Principal critério de classificação: funcional-

programático.

7. Utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados.

8. O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a

efetividade das ações governamentais.

Elementos essenciais do Orçamento-Programa: a) Os objetivos e propósitos perseguido pela instituição e para cuja consecução são utilizados os

recursos orçamentários; b) Os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços governamentais no sentido da

concretização dos objetivos; c) Os custos dos programas medidos através da identificação dos meios ou insumos (pessoal, material,

equipamentos, serviços, etc.) necessários para a obtenção dos resultados; e d) Medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizações (produto final) e os esforços

despendidos na execução dos programas. Créditos Adicionais São valores que se adicionam ou acrescem ao orçamento, quer como reforço de dotações existentes, quer como dotações destinadas a cobertura de encargos provenientes da criação de novos serviços, ou ainda, para atender despesas imprevisíveis e urgentes. São ainda definidos como: autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento (art. 40, Lei no 4.320/64). Classificam-se em: Suplementares • Destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias; • São autorizados por lei e abertos por decreto, podendo esta autorização estar contida na própria lei orçamentária, até determinada importância; • Incorporam-se ao Orçamento, adicionando-se a importância autorizada à dotação orçamentária a que se destinou o reforço; • Sua vigência não pode ultrapassar o exercício financeiro em que foram concedidos. ⇒ A CF/88 veda a abertura sem prévia autorização legislativa como também sem indicação dos recursos correspondentes.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

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22 Especiais • Destinam-se a despesas para as quais não haja dotação específica; • São autorizados por lei e abertos por decreto, dependendo da existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa, requerendo-se uma exposição justificativa; • Apresentam as respectivas despesas realizadas separadamente; • Sua vigência não poderá ultrapassar o exercício financeiro em que foram concedidos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. ⇒ A CF/88 veda a abertura sem prévia autorização legislativa como também sem indicação dos recursos correspondentes. Extraordinários • Destinam-se a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública; • Sua abertura deve ser precedida do reconhecimento expresso de uma das situações que o justificam; • São abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo; • Sua vigência não poderá ultrapassar o exercício financeiro em que foram concedidos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. Constituem recursos (desde que não comprometidos) para a abertura de créditos suplementares e especiais: I - superávit financeiro (= a diferença entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro) apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas; II - provenientes de excesso de arrecadação (= diferença positiva entre a receita prevista e a executada, deduzindo-se a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício); III - resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos autorizados em lei; e IV - produtos de operações de crédito autorizadas, em forma que, juridicamente, possibilite o Poder Executivo realizá-las; Exercícios de fixação

1) O ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar durante o exercício é denominado:

a) Crédito adicional; b) Decreto; c) Lei; d) Lei Orçamentária.

2) O orçamento constitui a faculdade adquirida pelo povo de aprovar a priori, por seus representantes

legitimamente eleitos, os gastos que o Estado realizará durante o exercício. É o orçamento considerado sob o aspecto:

a) objetivo; b) adjetivo; c) subjetivo; d) legal. 3) O orçamento-programa contribui para o planejamento governamental, pois é capaz de expressar com

maior veracidade:

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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a) A composição política do governo; b) A situação financeira extra-orçamentária; c) As disponibilidades bancárias; d) As responsabilidades do governo para com a sociedade. 4) Planejamento......................compreende as diretrizes e interações que relacionam o presente ao futuro

da organização. 5) No Brasil a Lei do Orçamento é denominada de iniciativa...............................porque o titular do Poder

Executivo deve fazer o encaminhamento da proposta orçamentária em prazo determinado pela Constituição. Marque a alternativa que completa a afirmativa.

a) vinculada b) desvinculada c) objetiva d) de encaminhamento 6) O conjunto de documentos que o Chefe do Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo para sua

apreciação e votação é denominado: a) Orçamento; b) Proposta Orçamentária; c) Orçamento-Programa; d) Diretrizes 7) O período durante o qual o orçamento é executado denomina-se: a) Execução orçamentária. b) Execução financeira. c) Execução orçamentário-financeira. d) Exercício financeiro. 8) Qual o período de vigência da Lei Orçamentária? a) Tempo indeterminado. b) Dois anos. c) Um ano. d) Seis meses. 9) O princípio que estabelece a inclusão no orçamento de todas as receitas e despesas do Estado

denomina-se: a) Universalidade. b) Unidade. c) Anualidade. d) Precedência. 10) Os recursos para execução dos Programas de Trabalho do Governo são especificados no orçamento

anual através de: a) Créditos orçamentários. b) Receita orçamentária. c) Receita de operações de crédito. d) Transferências correntes. 11) As autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária

denominam-se: a) Orçamento. b) Crédito orçamentário. c) Superávit orçamentário. d) Créditos adicionais. 12) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: 1) Créditos suplementares. ( ) Destinados a reforçar a dotação orçamentária que se

tornou insuficiente.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

24(2) Créditos especiais. ( ) Destinados ao atendimento de despesas decorrentes de

guerra ou estado de calamidade pública. (3) Créditos extraordinários ( ) Destinados a atender despesas para as quais não haja

dotação orçamentária específica. 13) Alguns créditos adicionais dependem da prévia autorização legislativa e de indicação dos recursos

disponíveis que compensarão a sua abertura. São os seguintes: a) Crédito especial e suplementar. b) Crédito extraordinário e especial. c) Crédito suplementar e extraordinário. d) Somente os créditos suplementares. O Balanço Patrimonial da Prefeitura Verde Oliva, encerrado em 31 de dezembro de 19X1, apresentava

as seguintes contas: Ativo Financeiro Passivo Financeiro Caixa........................200 Restos a Pagar.............300 Bancos.....................500 Depósitos.....................400 700 Valor a receber.........400 1.100 Ativo Permanente Passivo Permanente Bens do Estado........300 Dívida F. Interna.........300 Ações......................100 400 Patrimônio..................500 800 Total............................. 1.500 Total......................... 1.500 Com base no demonstrativo acima responda às questões nos: 14 e 15. 14) Qual o valor do superávit financeiro? 15) Qual o tipo de crédito adicional a ser aberto para reintroduzir o superávit acima no orçamento de

19X2, no elemento de despesa referente a Obras e Instalações, não incluído no referido orçamento? 16) Marque abaixo dois recursos que podem ser utilizados para abertura de créditos adicionais, desde

que não comprometidos: a) Excesso de arrecadação e Superávit Financeiro. b) Superávit Financeiro e Créditos Autorizados. c) Anulação total de dotações orçamentárias e excesso de arrecadação d) Produto de operações de crédito autorizadas e anulação parcial de crédito. 17) O Orçamento Geral da União é um orçamento-programa porque: a) Estima as receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. b) Incorpora as receitas e as despesas dos órgãos da administração indireta. c) As despesas são fixadas para serem aplicadas nas categorias e subcategorias econômicas,

elementos, subelementos e itens de despesa. d) As despesas são fixadas para serem aplicadas nas funções, programas, subprogramas, projetos ou

atividades governamentais. 18) De acordo com a classificação funcional, o maior agregado das ações do governo é:

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Capítulo 1 Contabilidade Pública

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a) A categoria econômica. b) O programa. c) A função. d) O subprograma. 19) São características da autarquia: a) regulamentada por lei e despesas sujeitas às normas de licitação; b) despesas não sujeitas às normas de licitação e criação feita por lei; c) criação feita por lei, organizada e regulamentada por decreto; d) orçamento diferente do das entidades estatais e bens de terceiros. 20) Correlacione as colunas: a) Empresas Pública ( ) Conselho Federal de Contabilidade b) Autaquias ( ) Petrobrás c) Sociedade de Economia Mista ( ) Caixa Econômica Federal 21) São características da Lei de Diretrizes Orçamentárias: a) Nortea a elaboração dos orçamentos anuais e compreende as metas do governo. b) Não pode apresentar proposta de alteração da legislação tributária e de política de

aplicação das agências de fomento; c) Contém proposta de concessão de vantagens ou aumento de remuneração e extingue cargos; d) É incompatível com o plano plurianual.

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RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS

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RECEITA PÚBLICA Conceito Genericamente é todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, quer seja efetivado através de numerário ou outros bens representativos de valores (decorrentes de leis, contratos) quer seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertencerem, classificando assim, quanto à natureza em em: orçamentária e extra-orçamentária (Lino Silva). Classificação Receita Orçamentária é a consignada na Lei do Orçamento. Classifica-se nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital Receitas Correntes são basicamente as que não provenham da alienação de um bem de capital, não estejam, na lei, definidas como de capital e estejam por ato do poder público vinculadas a uma despesa corrente. Receitas de Capital são as que provêm da alienação de um bem de capital, as que estejam na lei, definidas como operações de capital, recebimento das amortizações de empréstimos concedidos e as que estejam, por ato do poder público, vinculadas a uma operação de capital. De acordo com a Lei 4320/64 as categorias econômicas desdobram-se em fontes de receitas e estas em subfontes que, por sua vez, são analisadas em rubricas, alíneas e subalíneas e podem chegar a item e subitem. Exemplo: 1.113.02.01

Discriminação Econômica Código Orçamentário Especificação Categoria Econômica Fonte Subfonte Rubrica Alínea Subalínea Subalínea

1.000.00.00 1.100.00.00 1.110.00.00 1.113.00.00

1.113.02.00 1.113.02.01 1.113.02.02

Receitas Correntes Receita Tributária Impostos Impostos sobre produção e a circulação ICMS Parte do Estado Parte dos Municípios

# O somatório das subalíneas perfazem o valor da alínea; # As rubricas são compostas pelo somatório das alíneas; # As subfontes englobam os valores das rubricas; # As fontes compreendem as somas das subfontes; # As Categorias Econômicas contêm o total das fontes. As fontes de receitas classificam-se em: I - Receitas Correntes ♦ Receita Tributária ♦ Receitas de Contribuições ♦ Receita Patrimonial ♦ Receita Agropecuária

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

27 ♦ Receita Industrial ♦ Receita de Serviços ♦ Transferências Correntes ♦ Outras Receitas Correntes II - Receitas de Capital ♦ Operações de Crédito ♦ Alienação de Bens ♦ Amortização de Empréstimos ♦ Transferências de Capital ♦ Outras Receitas de Capital Receitas Correntes Receita Tributária é a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios diretos e imediatos recebidos do Estado. É famosa a definição dada pelo Código Tributário Nacional para Tributo: é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. São espécies de tributo: imposto, taxa e contribuição de melhoria. Imposto é o tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação, independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. É pago coativamente, independentemente de uma contraprestação imediata e direta do Estado. Taxa é outra subfonte de tributos que tem como fato gerador o exercício do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Contribuição de melhoria é o tributo destinado a fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo do valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado. Receita de Contribuições é a destinada a arrecadar receitas relativas a contribuições sociais e econômicas, destinadas, geralmente, à manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse coletivo. Receitas Patrimonial, Agropecuária e Industrial são fontes que se compõem de rendas provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao Estado, como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, ou ainda, das rendas obtidas na aplicação de recursos, como juros, participações e dividendos; da produção vegetal, animal e de derivados; e da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção. Receita de Serviços é outra fonte das receitas correntes que se originam da prestação de serviços comerciais, financeiros, de transporte, de comunicação e de outros serviços diversos, bem como tarifa de utilização de faróis, aeroportuárias, e de pedágio. Transferências Correntes são recursos financeiros recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de despesas correntes. Outras Receitas Correntes são fonte de receitas correntes originárias da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas diversas. Receitas de Capital Operações de Crédito são fontes oriundas da realização de recursos financeiros advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e financiamentos. Alienação de bens é fonte da receita de capital, captada através da venda de bens patrimoniais móveis ou imóveis, e dizem respeito às conversões de bens e valores em espécie. Amortização de Empréstimos é fonte da receita de capital, através da qual se recebem valores dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de direito público

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28 Transferências de Capital são fontes de recursos recebidos de outras entidades de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificadas em despesas de capital. Outras Receitas de Capital fonte destinada a arrecadar outras receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não enquadrável nas fontes anteriores. Será ainda considerado receita de capital o superávit do orçamento corrente, segundo disposição da Lei 4.320, embora não constitua item da receita orçamentária. A LRF em seu art. 2º, inciso IV incluiu o conceito de Receita Corrente Líquida.

A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Cabe lembrar que as receitas, de acordo com os juristas, também se dividem em Receita Originária ou de Economia Privada - proveniente de bens pertencentes ao patrimônio do Estado - e Receita Derivada ou de Economia Pública - proveniente do exercício da competência ou do poder de tributar. Chamada pelo prof. Lino Silva como classificação quanto à coercitividade. Receita Originária ou de Economia de Privada → proveniente de bens pertencentes ao patrimônio do Estado, vale dizer é a receita segundo a qual os recursos ou meios financeiras são obtidos mediante a cobrança de Preço pela venda de bens e serviços. Neste caso, o Estado funciona como particular mediante a exploração de atividades privadas. Exemplos: ♦ prestação de serviços públicos: estradas de ferro, água, luz, telefone, telecomunicações, etc.; ♦ venda de bens intermediários ou finais: minérios de ferro, petróleo e derivados, etc.; ♦ outras receitas de serviços tais como: projetos na agricultária: Emater, Pesagro, Siagro e Projetos de Assistência

Técnica: Finep. ♦ Derivada ou de Economia Pública → receita proveniente do exercício da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade. É caracterizada pelo constrangimento legal para sua arrecadação. Exemplos: ♦ as receitas de tributos; ♦ as receitas decorrentes de empréstimos e contribuições compulsórias; ♦ em geral todas as receitas cuja percepção dependa de disposição legal. Ordinária → são aquela com características de continuidade, ou seja, as que representam ingressos permanentes e estáveis do Tesouro, servindo-lhe de fonte perene de recursos, pela regularidade na sua arrecadação. Exemplos: ICMS, IPI, IPTU, IPVA. Extraordinária → são aquelas sem a característica de continuidade, ou seja, as que representam ingressos de caráter acidental de natureza transitória ou, pelo menos, inconstante e, não raro,excepcional. Exemplos: doações, impostos lançados por motivo de guerra.

SOMATÓRIO das Receitas Correntes (+) Tributárias (+) Contribuições (+) Patrimoniais (+) Agropecuárias (+) Serviços (+) Transferências (+) Outras Receitas Correntes (-) Transferências Constitucionais ou legais aos Estados e Municípios (-) Contribuições à previdência (seguridade social, PIS, PASEP) (-) Contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social; (-) Somatório dos valores considerados como duplicidade (-) Cancelamento de Restos a Pagar (+/-) Saldo Lei Kandir (+/-) Saldo FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) = RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

29 Receita Extra-Orçamentária é aquela que não integra o orçamento público. Compreende os recolhimentos feitos e que constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conseguinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e outras. As cauções, as fianças e os depósitos efetuados em títulos, apólices ou outro valor diferente da moeda nacional corrente, serão classificados em contas de compensação, não sendo, nestes casos, considerados receitas extra-orçamentárias. Estágios da Receita São etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las. O Regulamento De Contabilidade Pública dispõe que a receita percorre três estágios: fixação, arrecadação e recolhimento. Alguns estudiosos, no entanto, discordam considerando os seguintes estágios para a receita pública: a) Previsão b) Lançamento c) Arrecadação e

d) Recolhimento. Previsão A previsão indica a expectativa da receita por parte da Fazenda Pública e configura o que se pretende arrecadar no exercício financeiro com o objetivo de custear os serviços públicos programados para o mesmo período. A previsão da receita compreende as seguintes fases: ♦ organização das estimativas que servirão de base às parcelas indicadas na proposta orçamentária; ♦ conversão da proposta em orçamento público ( ato legislativo). Lançamento É o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. A Lei no 4.320/64 especifica unicamente como objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Pelo Código Tributário Nacional, não somente os impostos diretos são objeto de lançamento, como também os indiretos, além das taxas e das contribuições de melhoria. As modalidades de lançamentos é que variam, de acordo com as característica de cada um desses tributos. Existem três modalidades de lançamento: o direto, o indireto, e o por declaração. Lançamento direto: é o lançamento feito unilateralmente pela autoridade administrativa, sem intervenção do contribuinte. Lançamento por homologação - também chamado indireto ou auto-lançamento: é o lançamento feito pelo próprio contribuinte, e apenas posteriormente verificado pela autoridade pública. Lançamento por declaração: é o lançamento feito pela autoridade administrativa, com a colaboração do próprio contribuinte ou de uma terceira possa obrigada por lei a prestar informações sobre a matéria de fato indispensável à sua efetivação. Pelo Código de Contabilidade Pública, além dos impostos diretos, são objeto de lançamento: os aluguéis, arrendamentos, foros e qualquer outra prestação relativa aos bens do Estado; os serviços industriais do Governo, a débito de outras administrações ou de terceiros, e cuja importância não tenha sido imediatamente arrecadada após a prestação dos serviços; todas as outras rendas, taxas ou proventos que decorram de direitos preexistentes do Estado contra terceiros, ou que possam originar-se de direito novo prescrito em leis, regulamentos ou contratos aprovados ou concluídos no decurso do ano financeiro. Arrecadação É o ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao agente arrecadador. Agentes arrecadadores classificam-se em dois grupos: agentes públicos - são as próprias repartições do Governo com atribuições legais para arrecadar receitas públicas. São as tesourarias, as delegacias fiscais,

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Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

30alfândegas; agentes privados - são os bancos autorizados investidos das mesmas atribuições conferidas aos agentes públicos. Recolhimento É o ato que se relaciona com a entrega dos valores arrecadados pelos agentes arrecadadores ao Tesouro Público. Só através do recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estarão efetivamente disponíveis para utilização pelos gestores financeiros, de acordo com a programação que for estabelecida. É neste momento que se verifica o princípio de unidade de caixa. Dívida Ativa

De acordo com o art. 39 do Decreto 1.735/79 a Dívida Ativa são créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, e que serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. Esses créditos podem ser tributários ou não, que não pagos no vencimento, são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica. Classifica-se, portanto, em Tributária e Não Tributária. A dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas; dívida ativa não tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcance dos responsáveis definitivamente julgados e outras obrigações legais.

A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, e nos Órgãos correspondentes dos Estados, DF e Municípios.

A inscrição da Dívida Ativa constitui-se em exceção ao Regime de Caixa para receitas, já que o aumento patrimonial se dá pelo fato gerador, ou seja, Regime de Competência.

Restituição e anulação de receitas

São procedimentos relativos ao processo e execução orçamentária adotados para o ressarcimento de valores recebidos indevidamente dos contribuintes. Havendo a decisão autorizatória da restituição no mesmo exercício em que o recolhimento indevido foi efetuado, anula-se a receita orçamentária (estorno da receita).

Quando a autorização da restituição ocorrer no exercício seguinte ao do recolhimento indevido, não havendo condições de se reverter a quantia, pois estaremos em exercício posterior, onera-se a despesa orçamentária do exercício em que deva ser restituída, compensando-se, assim, a receita arrecadada no exercício anterior indevidamente. Nesta situação (restituição da receita) deverá ser emitido um empenho em dotação própria de “Restituições e Indenizações”.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

31 DESPESA PÚBLICA Conceitos

Constituem os gastos fixados na lei orçamentária ou leis especiais e destinados à execução

dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações, etc (Kohama).

Constituem todos os gastos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos da Constituição, das leis, ou em decorrência de contratos ou outros instrumentos... Temos, portanto, desembolsos que, dentro de uma autorização legislativa, reduzem o patrimônio de forma definitiva e aqueles que se referem a restituições de valores recebidos anteriormente. No primeiro grupo, temos as Despesas Públicas (Stricto Sensu); no segundo, temos os desembolsos, cuja característica é o fato de serem simples saídas de numerário sem afetação no patrimônio.(Lino Silva).

Caracteriza um dispêndio de recursos do patrimônio público, representado essencialmente por uma saída de recursos financeiros, imediata – com redução de disponibilidades – ou mediata – com reconhecimento dessa obrigação (Piscitelli).

Podemos observar que a doutrina possui duas linhas, a que considera como despesa pública somente aorçamentária, e outra que considera como tal, tanto a orçamentária como também a extra-orçamentária. Istose deve ao fato da despesa extra-orçamentária ter caráter compensatório, ou seja, de mero depósito(obrigação de restituir).

De acordo com o prof. Lino Silva as Despesas Públicas deve obedecer aos princípios:

a) Utilidade: a despesa deve atender ao custeio de gastos necessários ao funcionamento dos organismos do Estado, bem como dos serviços públicos, objetivando ao atendimento da coletividade.Deve satisfazer as exigências fundamentais à vida da coletividade.

b) Legitimidade: para ser legítima a despesa deve fundamentar-se no consentimento coletivo (LOA) e na possibilidade contributiva (sem esforços excessivos dos contribuintes).

c) Oportunidade: a despesa para ajustar-se à necessidade coletiva, deve ser oportuna, e esta oportunidade evidencia-se na própria execução da despesa em função de uma necessidade pública (ação política) e de uma necessidade coletiva (ação social).

d) Legalidade: o gestor público está em sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não deve afastar-se sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.

e) Economicidade: as atividades da gestão pública devem ser avaliadas pela relação custo-benefício na aplicação dos recursos públicos (viabilidade, eficiência e eficácia das operações).

Geração de despesas:

A criação, a expansão ou o aperfeiçoamento de ação governamental que acarretem aumento da despesa serão acompanhados de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes com premissas metodologia de cálculo utilizadas e declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO (art. 16 da LRF).

A LRF considera:

I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

32Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado

Uma vez iniciados, alguns programas passam a ter um ciclo próprio, não se limitando ao exercício financeiro a que corresponde a autorização inicial, resultado disso sua inclusão no PPA. A LRF no Art. 17 considera obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.

Os atos que criarem ou aumentarem despesas de caráter continuado (não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal) deverão ser instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que devam entrar em vigor e nos dois subsequentes, demonstrar a origem dos recursos para seu custeio e serem acompanhados de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais, e devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, serem compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

O § 3º do art. 17 da LRF, considera aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

O § 4º do art. 17 da LRF diz que a comprovação citada acima conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

De acordo com o prof. Lino Martins em alguns estudos levantados pelos profissionais de contabilidade de como medir o custo do consumo ou a perda potencial do serviço (depreciação), identificam como alternativas para registro dos ativos do setor público:

Depreciação do valor original Renovação ou reposição dos ativos; Manutenção diferida.

Classificação No volume 1 desta apostila, quando falamos de orçamento público mencionamos que a portaria 42 de 14/4/99 classificou a despesa pública, considerando como tal, a orçamentária, segundo a funcional e a programática e que a despesa ainda é considerada, segundo a institucional (o prof. Lino Silva diz que estas classificações estão sob o enfoque administrativo-legal).

A complexidade decorrente do grande volume de informações que são manipuladas pelo Poder Público na área denominada de finanças pública, bem como, a vinculação do orçamento (planejamento) aos programas desenvolvidos pelo governo, determinou algumas codificações. Na lei 4320/64 a classificação apresentada era a econômica que se dividia em duas categorias

econômicas –corrente e capital- que prevalecem dentro da classificação por natureza.

Classificação segundo a natureza A portaria interministerial STN/SOF 163/2001, atualizada pela 325/2001, atendendo ao disposto no

art. 50, § 2o, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, promoveu a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação, com o objetivo de estabelecer uma padronização dessa classificação no âmbito das três esferas de Governo. Em seu art. 3o determinou que a classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:

I - categoria econômica; II - grupo de natureza da despesa; III - elemento de despesa; Sendo complementada pela informação gerencial denominada “modalidade de aplicação”, a qual

tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.

O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

33Será então, a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo “c.g.mm.ee. dd”, onde:

a) “c” representa a categoria econômica; b) “g” o grupo de natureza da despesa; c) “mm” a modalidade de aplicação; d) “ee” o elemento de despesa; e e) “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.

OBS.: Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. A classificação segundo a natureza consta do Anexo II da portaria 163/2001.

NATUREZA DA DESPESA I - DA ESTRUTURAA - CATEGORIAS ECONÔMICAS 3 - Despesas Correntes 4 - Despesas de Capital B - GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA 1 - Pessoal e Encargos Sociais 2 - Juros e Encargos da Dívida 3 - Outras Despesas Correntes 4 - Investimentos 5 - Inversões Financeiras 6 - Amortização da Dívida

C - MODALIDADES DE APLICAÇÃO 20 - Transferências à União 30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal 40 - Transferências a Municípios 50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos 60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos 70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais 80 - Transferências ao Exterior 90 - Aplicações Diretas 99 - A Definir D - ELEMENTOS DE DESPESA 01 - Aposentadorias e Reformas 03 - Pensões 04 - Contratação por Tempo Determinado 05 - Outros Benefícios Previdenciários 06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso 07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência 08 - Outros Benefícios Assistenciais 09 - Salário-Família 10 - Outros Benefícios de Natureza Social 11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil 12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar 13 - Obrigações Patronais 14 - Diárias - Civil 15 - Diárias - Militar 16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

3417 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar 18 - Auxílio Financeiro a Estudantes 19 - Auxílio-Fardamento 20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 21 - Juros sobre a Dívida por Contrato 22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária 24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária 25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita 26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária 27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares 28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos 30 - Material de Consumo 32 - Material de Distribuição Gratuita 33 - Passagens e Despesas com Locomoção 34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização 35 - Serviços de Consultoria 36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 37 - Locação de Mão-de-Obra 38 - Arrendamento Mercantil 39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 41 - Contribuições 42 - Auxílios 43 - Subvenções Sociais 45 - Equalização de Preços e Taxas 46 - Auxílio-Alimentação 47 - Obrigações Tributárias e Contributivas 48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas 49 - Auxílio-Transporte 51 - Obras e Instalações 52 - Equipamentos e Material Permanente 61 - Aquisição de Imóveis 62 - Aquisição de Produtos para Revenda 63 - Aquisição de Títulos de Crédito 64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado 65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas 66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos 67 - Depósitos Compulsórios 71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado 72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado 73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada 74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada 75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação da Receita 76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado 77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado 81 - Distribuição de Receitas 91 - Sentenças Judiciais 92 - Despesas de Exercícios Anteriores 93 - Indenizações e Restituições 94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas 95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo 96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado 99 - A Classificar II - DOS CONCEITOS E ESPECIFICAÇÕES

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

35 A - CATEGORIAS ECONÔMICAS

3 - Despesas Correntes Classificam-se nesta categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

4 - Despesas de Capital Classificam-se nesta categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a

formação ou aquisição de um bem de capital. B - GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA

1 - Pessoal e Encargos Sociais

Despesas de natureza salarial decorrentes do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, bem como soldo, gratificações e adicionais, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público, quando se referir à substituição de servidores, e despesas com a substituição de mão-de-obra constantes dos contratos de terceirização quando se tratar de categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, exceto nos casos de cargo ou categoria em extinção, em atendimento ao disposto no art. 18, § 1o , da Lei Complementar no 101, de 2000.

2 - Juros e Encargos da Dívida Despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

3 - Outras Despesas Correntes Despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público, quando não se referir à substituição de servidores de categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.

4 - Investimentos Despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

5 - Inversões Financeiras

Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas.

6 - Amortização da Dívida Despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização

monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

36 C - MODALIDADES DE APLICAÇÃO

20 - Transferências à União Despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante

transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração

indireta.

30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta.

40 - Transferências a Municípios Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.

50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades nacionais,

criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação.

80 - Transferências ao Exterior

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos e entidades governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam os recursos no Brasil.

90 - Aplicações Diretas

Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo.

99 - A Definir

Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, ficando vedada a execução orçamentária enquanto não houver sua definição. D - ELEMENTOS DE DESPESA

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

37

01 - Aposentadorias e Reformas

Despesas com pagamentos de inativos civis, militares reformados e segurados do plano de benefícios da previdência social.

03 - Pensões

Despesas com pensionistas civis e militares; pensionistas do plano de benefícios da previdência social; pensões concedidas por lei específica ou por sentenças judiciais.

04 - Contratação por Tempo Determinado

Despesas com a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, de acordo com a Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e alterações posteriores, inclusive obrigações patronais e outras despesas variáveis, quando for o caso. Se a contratação se referir a categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal a despesa será classificada no grupo de despesa “1 - Pessoal e Encargos Sociais”.

05 - Outros Benefícios Previdenciários

Despesas com outros benefícios do sistema previdenciário exclusive aposentadoria,

reformas e pensões.

06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

Despesas decorrentes do cumprimento do art. 203, item V, da Constituição Federal, que dispõe:

"Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

I - ....... II - ....... III - ....... IV - ....... V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de

deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei".

07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência

Despesas com os encargos da entidade patrocinadora no regime de previdência

fechada, para complementação de aposentadoria.

08 - Outros Benefícios Assistenciais

Despesas com: Auxílio-Funeral devido à família do servidor falecido na atividade, ou aposentado, ou a terceiro que custear, comprovadamente, as despesas com o funeral do ex-servidor; Auxílio-Reclusão devido à família do servidor afastado por motivo de prisão; Auxílio-Natalidade devido à servidora, cônjuge ou companheiro servidor público por motivo de nascimento de filho; Auxílio-Creche.

09 - Salário-Família Benefício pecuniário devido aos dependentes econômicos do servidor estatutário.

Não inclui os servidores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, os quais são pagos à conta do plano de benefícios da previdência social.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

3810 - Outros Benefícios de Natureza Social

Despesas com abono PIS/PASEP e Seguro-Desemprego, em cumprimento aos §§ 3o

e 4o do art. 239 da Constituição Federal.

11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

Despesas com: Vencimento; Salário Pessoal Permanente; Vencimento ou Salário de Cargos de Confiança; Vencimento do Pessoal em Disponibilidade Remunerada; Gratificação Adicional Pessoal Disponível; Representação Mensal; Gratificação de Interiorização; Gratificação de Dedicação Exclusiva; Gratificação de Regência de Classe; Retribuição Básica (Vencimentos ou Salário no Exterior); Diferenças Individuais Permanentes; Adicional de Insalubridade; Gratificação pela Chefia ou Coordenação de Curso de Área ou Equivalente; Gratificação por Produção Suplementar; Gratificação por Trabalho de Raios X ou Substâncias Radioativas; Adicionais de Periculosidade; Férias Antecipadas de Pessoal Permanente; Aviso Prévio (cumprido); Férias Vencidas e Proporcionais; Férias Indenizadas (Férias em dobro e abono pecuniário); Parcela Incorporada (ex-quintos e ex-décimos); Gratificação pela Chefia de Departamento, Divisão ou Equivalente; Adiantamento do 13o Salário; 13o Salário Proporcional; Incentivo Funcional - Sanitarista; Gratificação de Direção Geral ou Direção (Magistério de lo e 2o Graus); Gratificação de Função-Magistério Superior; Gratificação de Atendimento e Habilitação Previdenciários; Gratificação Especial de Localidade; Aviso Prévio Indenizado; Gratificação de Desempenho das Atividades Rodoviárias; Gratificação da Atividade de Fiscalização do Trabalho; Gratificação de Engenheiro Agrônomo; Vantagens Pecuniárias de Ministro de Estado; Gratificação de Natal; Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação aos Fiscais de Contribuições da Previdência e de Tributos Federais; Gratificação por Encargo de Curso ou de Concurso; Gratificação de Produtividade do Ensino; Licença-Prêmio por assiduidade; Adicional Noturno; Adicional de Férias 1/3 (art. 7o, item XVII, da Constituição); Indenização de Habilitação Policial; Gratificação de Habilitação Profissional; Abono Provisório; Gratificação de Atividade; pró-labore de Procuradores; Gratificação de Representação de Gabinete; e outras correlatas.

12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar

Despesas com: Soldo; Gratificação de Tempo de Serviço; Gratificação de Habilitação Militar; Gratificação de Compensação Orgânica (Raios X, imersão, mergulho, salto em pára-quedas e controle de tráfego aéreo); Gratificação de Atividade Militar; Gratificação de Condição Especial de Trabalho; Adicional de Férias; Adicional Natalino; e demais adicionais e indenizações regulares e eventuais, exceto diárias, previstos na estrutura remuneratória dos militares.

13 - Obrigações Patronais

Despesas com encargos que a administração tem pela sua condição de empregadora, e resultantes de pagamento de pessoal, tais como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e contribuições para Institutos de Previdência.

14 - Diárias - Civil

Cobertura de despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana, com o servidor público estatutário ou celetista que se deslocar de sua sede em objeto de serviço, em caráter eventual ou transitório, entendido como sede o Município onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício em caráter permanente.

15 - Diárias - Militar

Despesas decorrentes do deslocamento do militar da sede de sua unidade por motivo de serviço, destinadas à indenização das despesas de alimentação e pousada.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

3916 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

Despesas relacionadas às atividades do cargo/emprego ou função do servidor, e

cujo pagamento só se efetua em circunstâncias específicas, tais como: hora-extra; substituições; e outras despesas da espécie, decorrentes do pagamento de pessoal dos órgãos e entidades da administração direta e indireta.

17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar

Despesas eventuais, exceto diárias, devidas em virtude do exercício da atividade militar.

18 - Auxílio Financeiro a Estudantes

Despesa com ajuda financeira concedida pelo Estado a estudantes

comprovadamente carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de natureza científica, realizadas por pessoas físicas na condição de estudante, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101, de 2000.

19 - Auxílio-Fardamento

Despesas com o auxílio-fardamento, pago diretamente ao servidor ou militar.

20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores

Apoio financeiro concedido a pesquisadores, individual ou coletivamente, exceto na condição de estudante, no desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas, nas suas mais diversas modalidades, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101, de 2000.

21 - Juros sobre a Dívida por Contrato

Despesas com juros referentes a operações de crédito efetivamente contratadas. 22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

Despesas com outros encargos da dívida pública contratada, tais como: taxas,

comissões bancárias, prêmios, imposto de renda e outros encargos.

23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

Despesas com a remuneração real devida pela aplicação de capital de terceiros em títulos públicos.

24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

Despesas com outros encargos da dívida mobiliária, tais como: comissão,

corretagem, seguro, etc.

25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

Despesas com o pagamento de encargos da dívida pública, inclusive os juros decorrentes de operações de crédito por antecipação da receita, conforme art. 165, § 8o, da Constituição.

26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária

Despesas com a cobertura do resultado negativo do Banco Central do Brasil, como autoridade monetária, apurado em balanço, nos termos da legislação vigente.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

40

27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares Despesas que a administração é compelida a realizar em decorrência da honra de avais, garantias, seguros, fianças e similares concedidos.

28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos Encargos decorrentes da remuneração de cotas de fundos autárquicos, à semelhança de dividendos, em razão dos resultados positivos desses fundos.

30 - Material de Consumo

Despesas com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel automotivo; lubrificantes automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; gás engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais; material de coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de alimentação; material de construção para reparos em imóveis; material de manobra e patrulhamento; material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente; material de cama e mesa, copa e cozinha, e produtos de higienização; material gráfico e de processamento de dados; aquisição de disquete; material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material para instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação; material odontológico, hospitalar e ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; vestuário, fardamento, tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção ao vôo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; explosivos e munições e outros materiais de uso não-duradouro.

32 - Material de Distribuição Gratuita

Despesas com aquisição de materiais para distribuição gratuita, tais como: prêmios e condecorações; medalhas, troféus; livros didáticos; medicamentos e outros materiais que possam ser distribuídos gratuitamente.

33 - Passagens e Despesas com Locomoção

Despesas com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou marítimas), taxas de embarque, seguros, fretamento, locação ou uso de veículos para transporte de pessoas e suas respectivas bagagens e mudanças em objeto de serviço.

34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

Despesas relativas à mão-de-obra, constantes dos contratos de terceirização, que sejam inerentes a categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, classificáveis no grupo de despesa “1 - Pessoal e Encargos Sociais”, em obediência ao disposto no art. 18, § 1o, da Lei Complementar no 101, de 2000. Quando a mão-de-obra envolver categorias funcionais em extinção a despesa será classificada nos mesmos elementos das demais despesas do contrato e no grupo de despesa “3 - Outras Despesas Correntes”.

35 - Serviços de Consultoria

Despesas decorrentes de contratos com pessoas físicas ou jurídicas, prestadoras de serviços nas áreas de consultorias técnicas ou auditorias financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.

36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

41Despesas decorrentes de serviços prestados por pessoa física pagos diretamente a

esta e não enquadrados nos elementos de despesa específicos, tais como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente contratados; diárias a colaboradores eventuais; locação de imóveis; salário de internos nas penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa física.

37 - Locação de Mão-de-Obra

Despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em que o contrato especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado.

38 - Arrendamento Mercantil

Despesas com a locação de equipamentos e bens móveis, com opção de compra ao final do contrato.

39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

Despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios, etc.); fretes e carretos; pedágio; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais permanentes; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; despesas miúdas de pronto pagamento; vale-transporte; vale-refeição; auxílio-creche (exclusive a indenização a servidor); software; habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e outros congêneres.

41 - Contribuições Despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens e serviços e não seja reembolsável pelo recebedor, bem como as destinadas a atender a despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 e 26 da Lei Complementar no 101, de 2000.

42 - Auxílios

Despesas destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 e 26 da Lei Complementar no 101, de 2000.

43 - Subvenções Sociais

Cobertura de despesas de instituições privadas de caráter assistencial ou cultural,

sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16, parágrafo único, e 17 da Lei no 4.320, de 1964, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101, de 2000.

45 - Equalização de Preços e Taxas

Despesas para cobrir a diferença entre os preços de mercado e o custo de remissão de gêneros alimentícios ou outros bens, bem como a cobertura do diferencial entre níveis de encargos praticados em determinados financiamentos governamentais e os limites máximos admissíveis para efeito de equalização.

46 - Auxílio-Alimentação

Page 42: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

42Despesas com auxílio-alimentação pago em pecúnia diretamente aos servidores

públicos federais civis ativos ou empregados da Administração Pública direta e indireta, inclusive de caráter indenizatório.

47 - Obrigações Tributárias e Contributivas

Despesas decorrentes do pagamento de tributos e contribuições sociais e econômicas (Imposto de Renda, ICMS, IPVA, IPTU, Taxa de Limpeza Pública, COFINS, PIS/PASEP, CPMF, etc.), exceto as incidentes sobre a folha de salários, classificadas como obrigações patronais, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso das obrigações de que trata este elemento de despesa.

48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

Despesas com a concessão de auxílio financeiro diretamente a pessoas físicas, sob as mais diversas modalidades, tais como ajuda ou apoio financeiro e subsídio ou complementação na aquisição de bens, não classificados explicita ou implicitamente em outros elementos de despesa, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101, de 2000.

49 - Auxílio-Transporte

Despesa com Auxílio-Transporte pago em pecúnia, de natureza jurídica indenizatória, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos servidores e empregados, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, ou trabalho-trabalho nos casos de acumulação lícita de cargos ou empregos.

51 - Obras e Instalações

Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores, aparelhagem para ar condicionado central, etc.

52 - Equipamentos e Material Permanente

Despesas com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios médico, odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e equipamentos para esporte e diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos; bandeiras, flâmulas e insígnias; coleções e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento; equipamentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos musicais e artísticos; máquinas, aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e equipamentos gráficos e equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório; máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário em geral; obras de arte e peças para museu; semoventes; veículos diversos; veículos ferroviários; veículos rodoviários; outros materiais permanentes.

61- Aquisição de Imóveis

Despesas com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização de obras ou para sua pronta utilização.

62 - Aquisição de Produtos para Revenda

Despesas com a aquisição de bens destinados à venda futura.

63 - Aquisição de Títulos de Crédito

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

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Despesas com a aquisição de títulos de crédito não representativos de quotas de capital de empresas.

64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

Despesas com a aquisição de ações ou quotas de qualquer tipo de sociedade, desde que tais títulos não representem constituição ou aumento de capital.

65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

Despesas com a constituição ou aumento de capital de empresas industriais, agrícolas, comerciais ou financeiras, mediante subscrição de ações representativas do seu capital social.

66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos

Concessão de qualquer empréstimo ou financiamento, inclusive bolsas de estudo reembolsáveis.

67 - Depósitos Compulsórios

Depósitos compulsórios exigidos por legislação específica, ou determinados por decisão judicial.

71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado

Despesas com a amortização efetiva do principal da dívida pública contratual, interna e externa.

72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

Despesas com a amortização efetiva do valor nominal do título da dívida pública mobiliária, interna e externa.

73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

Despesas decorrentes da atualização do valor do principal da dívida contratual, interna e externa, efetivamente amortizado.

74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

Despesas decorrentes da atualização do valor nominal do título da dívida pública mobiliária, efetivamente amortizado.

75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação de Receita

Correção Monetária da Dívida decorrente de operação de crédito por antecipação de receita.

76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

Despesas com o refinanciamento do principal da dívida pública mobiliária, interna e externa, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos provenientes da emissão de novos títulos da dívida pública mobiliária.

77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

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Despesas com o refinanciamento do principal da dívida pública contratual, interna e externa, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos provenientes da emissão de títulos da dívida pública mobiliária.

81 - Distribuição de Receitas

Despesas decorrentes da entrega a outras esferas de governo de receitas tributárias, de contribuições e de outras receitas vinculadas, de competência do órgão transferidor, prevista na legislação vigente.

91 - Sentenças Judiciais Despesas resultantes de:

a) pagamento de precatórios, em cumprimento ao disposto no art. 100 e seus parágrafos da Constituição, e no art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT;

b) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de empresas públicas e sociedades de economia mista, integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social;

c) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de pequeno valor, na forma definida em lei, nos termos do § 3o do art. 100 da Constituição; e d) cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segurança e Medidas Cautelares, referentes a vantagens pecuniárias concedidas e ainda não incorporadas em caráter definitivo às remunerações dos beneficiários.

92 - Despesas de Exercícios Anteriores

Cumprimento do art. 37 da Lei no 4.320, de 1964, que dispõe:

“Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.

93 - Indenizações e Restituições

Despesas com indenizações, exclusive as trabalhistas, e restituições, devidas por

órgãos e entidades a qualquer título, inclusive indenização de transporte, indenização de moradia e ajuda de custo devidas aos militares e servidores e empregados civis e devolução de receitas quando não for possível efetuar essa restituição mediante a compensação com a receita correspondente.

94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas

Despesas de natureza salarial resultantes do pagamento efetuado a servidores públicos civis e empregados de entidades integrantes da administração pública, em função da perda da condição de servidor ou empregado, inclusive pela participação em programa de desligamento voluntário, bem como a restituição de valores descontados indevidamente, quando não for possível efetuar essa restituição mediante compensação com a receita correspondente.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

45 95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

Despesas com indenizações devidas aos servidores que se afastarem de seu local

de trabalho, sem direito à percepção de diárias, para execução de trabalhos de campo, tais como os de campanha de combate e controle de endemias; marcação, inspeção e manutenção de marcos decisórios; topografia, pesquisa, saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais.

96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

Ressarcimento das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem quando o servidor pertencer a outras esferas de governo ou a empresas estatais não-dependentes e optar pela remuneração do cargo efetivo, nos termos das normas vigentes.

99 - A Classificar

Elemento transitório que deverá ser utilizado enquanto se aguarda a classificação em elemento específico, vedada a sua utilização na execução orçamentária. A DESPESA ORÇAMENTÁRIA DE ACORDO COM LEI 4320/64 DESPESA ORÇAMENTÁRIA

É aquela cuja realização depende de autorização legislativa. Não pode se realizar sem crédito orçamentário correspondente; em outras palavras, é a que integra o orçamento, despesa discriminada e fixada no orçamento público. A lei 4320/64 em seus artigos 12 e 13 classifica a despesa nas seguintes categorias econômicas: Despesas Correntes e Despesas de Capital, que prevalece na classificação contábil por natureza, por alguns chamada classificação econômica.

Despesas Correntes são os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos. Despesas de Capital são os gastos realizados pela administração pública, cujo propósito é o de criar novos bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso, como é o caso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente, e, que constituirão, em última análise, incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou através de mutação patrimonial. Ainda conforme a Lei 4320/64 as categorias econômicas desdobravam-se em itens mais específicos denominados elementos e estes em subelementos. É facultado, em qualquer nível de Governo, o desdobramento dos elementos com a adoção de códigos locais sempre que a administração julgar conveniente. De acordo com o Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Entendendo-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins. Despesas Correntes Despesas de Custeio são as destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes são despesas para as quais não corresponda uma contraprestação direta em bens e serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado. Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei Federal no 4.320/64, as transferências para cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

46 II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais. c) as dotações destinadas a cobrir déficit de manutenção de empresa pública, desde que expressamente autorizada na Lei de Orçamento ou em crédito adicional.

A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenção cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. Despesas de Capital Investimentos são aquelas necessárias ao planejamento e à execução de obras, à aquisição de instalações, equipamentos, material permanente, constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Incluem-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de obras. Inversões financeiras são despesas com aquisição de imóveis, de bens de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos de entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando tal operação não importa aumento de capital; constituição ou aumento de capital de entidades que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Transferências de capital são dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. A diferença entre Investimentos e Inversões Financeiras é que no primeiro caso, haverá acréscimo e no segundo, mera transferência de capital. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das empresas privadas de fins lucrativos. De acordo com o art. 14 da lei 4320/64 constitui Unidade Orçamentária (UO) o agrupamento de serviços a que serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão. Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos. Os arts. 12 e 13 da Lei 4320/64, discriminam as despesas em: I – Despesas Correntes ♣ Despesas de Custeio:

• Pessoa Civil. • Pessoal Militar. • Material de Consumo. • Serviços de Terceiros. • Encargos Diversos.

♣ Transferências Correntes

• Subvenções Sociais. • Subvenções Econômicas. • Inativos. • Pensionistas. • Salário Família e Abono Familiar. • Juros da Dívida Pública. • Contribuições de Previdência Social. • Diversas Transferências Correntes.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

47 II - Despesas de Capital ♣ Investimentos

• Obras e instalações • Serviços em Regime de Programação Especial. (Segundo Kohama: Investimento

em Regime de Execução Especial) • Equipamentos e Instalações. • Material Permanente. • Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades

Industriais ou Agrícolas. .

♣ Inversões Financeiras

• Aquisição de Imóveis. • Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades

Comerciais ou Financeiras. • Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento. • Constituição de Fundos Rotativos. • Concessão de Empréstimos. • Diversas Inversões Financeiras.

♣ Transferências de Capital

• Amortização da Dívida Pública. • Auxílios para Obras Públicas. • Auxílios para Equipamentos e Instalações. • Auxílios para Inversões Financeiras. • Outras Contribuições.

OBS.: De acordo com Lei 4320/64 as categorias econômicas desdobravam-se em subcategorias dedespesas (custeio, transferências correntes, investimentos, inversões financeiras, transferências decapital), hoje reestruturadas pela LDO nos chamados grupos de despesas, que estão dentro daclassificação por natureza vista acima.

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Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

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De acordo com Lino Silva cabe lembrar que, para os juristas, as despesas também se dividem em: Despesas Fixas → são as que têm caráter permanente. São estabelecidas por lei e, por conseguinte, só por outra lei podem ser alteradas. Exemplos: despesas com pessoal, custeio dos serviços e outras fixadas em lei. A origem das despesas fixas pode ser:

Constitucional - quando originárias de dispositivo expresso nas Constituições Federal ou Estadual, correspondentes aos subsídios e vencimentos dos membros do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário; as relativas ao atendimento de precatórios judiciais, bem como às participações na receita por parte das várias esferas de Governo. Legal – as decorrentes de leis ordinárias federais, estaduais ou municipais e correspondentes em cada área de competência aos vencimentos do funcionalismo civil e militar, bem como as destinadas à amortização da dívida pública e aos respectivos serviços de juros. Despesas Variáveis → são as que somente serão realizadas de acordo com as necessidades dos serviços. Exemplo: diárias, ajuda de custo, serviços extraordinários, investimentos, etc. E quanto à regularidade, as despesas também se dividem em: Despesas Ordinárias → são despesas constantes, ou seja, aquelas que são gastas na manutenção dos serviços públicos. Repetem-se em todos os exercícios. Exemplo: material de consumo, serviços de terceiros, pessoal. Despesas Extraordinárias → são despesas esporádicas provocadas por circunstâncias de caráter excepcional. Exemplos: enchentes, despesas extraordinárias decorrentes de guerra, etc.

Alguns autores dizem que a despesa pública se divide, ou se classifica em dois grande grupos: Despesa Orçamentária e Despesa Extra-Orçamentária DESPESA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA

É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa, pois se constitui em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo financeiro, oriundas de receitas extra-orçamentárias, correspondendo à restituição ou entrega de valores recebidos, como cauções, depósitos, consignações e outros. São, ainda, exemplos, pagamentos de restos a pagar, resgates de operações de crédito por antecipação de receita, ou seja, empréstimos e financiamentos cuja liquidação deve ser efetuada em prazo inferior a 12 (doze) meses, que também são considerados extra-orçamentários, pois constituem saídas compensatórias de entrada, no ativo e passivo financeiro, respectivamente. De acordo com Lino Silva seria melhor chamada dispêndio extra-orçamentária. A despesa extra-orçamentária não passa por estágios. ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA São operações com finalidade específica. O Regulamento De Contabilidade Pública dispõe que a despesa percorre três estágios: empenho, liquidação e pagamento. Alguns autores consideram o crédito fixado na lei orçamentária como o primeiro estágio da despesa, denominando-o por isso, de fixação. Fixação A fixação é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei de Orçamento. A fixação da despesa compreende as seguintes fases: ♦ organização das estimativas; ♦ conversão da proposta em orçamento público ( autorização legislativa), e

♦ programação da despesa. A LOA é o documento que caracteriza a fixação da despesa. De acordo com o art. 47 da lei 4320/64,

imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

49Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.

A fixação das cotas mencionadas atenderá aos seguintes objetivos:

a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;

b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.

Ainda de acordo com os art. 49 e 50 da referida lei, a programação da despesa orçamentária, para feito dos objetivos descritos no item b) acima, levará em conta os créditos adicionais e as operações extra-orçamentárias e as cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da dotação e o comportamento da execução orçamentária. Empenho É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Poder Público obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição (art. 58 da lei 4320/64). Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou não. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. A importância da despesa empenhada fica abatida do crédito orçamentário respectivo e constitui uma garantia para o fornecedor. O empenho materializa-se através da emissão de um documento denominado nota de empenho, o qual será extraído para cada empenho, e indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. O parágrafo único do art. 24 do decreto 93.872/86 diz “Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa”. Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho. Existem três modalidades de empenho:

♦ Ordinário ou normal - é utilizado quando o montante a ser pago for previamente conhecido e deva ocorrer de uma só vez. São perfeitamente conhecidos o valor e o credor. ♦ Global - é utilizado quando o montante a ser pago também for previamente conhecido, mas deva ocorrer parceladamente. São despesas típicas de empenhamento global aquelas que se referem a aluguéis, a manutenções, a conservações, a limpeza, a pessoal. Quase sempre o empenho global se refere a pagamentos mensais sucessivos e do mesmo valor. É utilizado segundo o art. 60 da lei 4320/64 nos casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento.

De acordo com o prof. Kohama são exemplos típicos de gasto, onde se utilizam os empenhos globais: compra de materiais, com entregas parceladas ou pagamentos parcelados, aluguel de máquinas, equipamentos e imóveis, em que se fixam pagamentos mensais. Não deve ser utilizado empenho global nos casos em que os contratos embora exijam pagamentos parcelados, devem ainda ser ajustados a cada pagamento, pó não ser conhecido o montante da despesa:locação de máquinas xerocopiadoras ou ainda nos casos de contratos que além dos custos possuem uma previsão de reajustamentos de preços, para adequar os gastos na época de sua realização efetiva: contratos de construção de obras. ♦ Estimativa - é utilizado quando não se possa determinar previamente o montante exato a ser pago, por não ser a respectiva base periódica homogênea, como ocorre, em particular, com as contas de água, luz, gás, telefone, etc. Nesta modalidade de empenho, em vista de sua característica básica ser o valor, que não se pode determinar, mas precisa se estimado, obriga-se a emissão de outro documento, na ocasião do recebimento das contas onde está determinado o valor do gasto efetivo, que é o subempenho. Subempenho é o ato de registro do valor deduzido da importância empenhada por estimativa, ou seja, uma vez conhecido o valor da despesa, através da conta apresentada, providencia-se sua dedução da importância empenhada por estimativa. O Empenho por Estimativa poderá ser reforçado, emitindo-se para tal o empenho reforço.

Existe ainda o:

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Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

50♦ Empenho com garantia de pagamento contra entrega -

• É o processo pelo qual as UG on-line do SIAFI garantem aos fornecedores de pequenas

compras de bens materiais e serviços, o pagamento da despesa até 72 horas após o recebimento do bem, material ou serviço, por intermédio da OB correspondente;

• Visa resgatar a credibilidade de Empenho e reduzir o custo dos bens e serviços adquiridos pelo Governo, que vem sendo prejudicado pela prática comum entre fornecedores de aumentar os preços de seus produtos quando o cliente é a Administração Pública;

• Obedecerá ao valor limite fixado como teto para dispensa de licitação e será adotada apenas em relação aos fornecedores inscritos no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF;

Para o prof. Lino Silva o empenho compreende três fases: A licitação ou sua dispensa – precede ao empenho e tem por objetivo verificar, entre vários

fornecedores, quem oferece condições mais vantajosas à administração; A autorização – decisão, manifestação ou despacho do Ordenador de Despesas; A formalização – corresponde à dedução do valor da despesa feita no saldo disponível da dotação;

O empenho ou o documento Nota de Empenho seja na autorização ou na formalização conterá: nome do credor; especificação da receita; indicação do código orçamentário onde a despesa será apropriada; importância da despesa; declaração de ter sido o valor deduzido do saldo da dotação própria, firmada pelo servidor encarregado e visada por autoridade competente; e declaração expressa, quando se tratar de despesa de caráter secreto ou reservado.

Na execução do Orçamento Programa compete as Unidade Orçamentárias, diretamente ou viaUnidades Administrativas (UA), executar os projetos e atividades fixados nos programas detrabalho consignados no Orçamento. Assim, se a execução for efetuada pelas UA, o que naprática acontece, impõe-se a descentralização dos créditos do Orçamento. Portanto: PROVISÃO: é a descentralização interna do crédito. E se a execução do crédito for feita por outra UO de outro órgão, dá-se o nome DESTAQUE adescentralização externa do crédito. Somente após a Provisão que libera o CRÉDITO DISPONÍVEL, é que as UA (Executoras)poderão cumprir o estágio do Empenho, o qual diminui o crédito disponível.

Após a descentralização de créditos é feita as liberações de recursos financeiros, acomeçar pela Cota, que é o recurso financeiro colocado à disposição dos Órgãos Setoriais deProgramação Financeira, pela STN.

Liquidação Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao benefício. Essa verificação tem por fim apurar: • a origem e o objeto do que se deve pagar; • a importância exata a pagar; e • a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. A liquidação da despesa por fornecimentos feitos, obras executadas ou serviços prestados terá por base: • contrato, ajuste ou acordo respectivo; • nota de empenho; • comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço ou execução de obra;

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

51 • prova de quitação, pelo credor, das obrigações fiscais incidentes sobre o objeto da liquidação. Responderão pelos prejuízos que acarretarem à Fazenda Nacional, o ordenador de despesas e o agente responsável pelo recebimento e verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos. Pagamento Só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. A ordem de pagamento será dada em documento próprio, assinado pelo ordenador de despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro. O decreto 93.872/86 diz: Art 43. A ordem de pagamento será dada em documento próprio, assinado pelo ordenador da despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro. § 1º A competência para autorizar pagamento decorre da lei ou de atos regimentais, podendo ser delegada. § 2º A descentralização de crédito e a fixação de limite de saques a unidade gestora importa mandato para a ordenação do pagamento, observadas as normas legais pertinentes. Art 44. O pagamento de despesa será feito mediante saque contra o agente financeiro, para crédito em conta bancária do credor, no banco por ele indicado, podendo o agente financeiro fazer o pagamento em espécie, quando autorizado. Ainda sobre pagamento:

Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de material, execução de obra ou

prestação de serviço, inclusive de utilidade pública.

Pagamento indevido: pagamento efetuado sem documento comprobatório correspondente da

despesa; pagamento efetuado além da despesa liquidada e qualquer despesa impugnada cuja

regularização seja feita por ressarcimento à Fazenda Nacional.

RESTOS A PAGAR São as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de encerramento do exercício financeiro, inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subseqüente. De acordo com a Lei no 4.320/64, art. 36, e o Decreto no 93.872/86, art. 67, “Consideram-se Restos a Pagar as despesa empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”. Por despesas processadas entende-se aquelas despesas que completaram o estágio liquidação. Já as despesas não processadas são as que não concluíram o estágio liquidação, mesmo que nele já tenham ingressado. Restos a Pagar é um assunto importante dentro da nossa matéria, além de serem os Restos Passivos constituem-se em parte da chamada Dívida Flutuante, por isso vamos falar mais dele no capítulo sobre DÍVIDA PÚBLICA.

DESPESAS NÃO SUBMETIDAS A PROCESSO NORMAL DE REALIZAÇÃO De acordo com o prof. Lino Martins: O regime de Adiantamentos é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor devidamente credenciado, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo norma de aplicação; e Suprimento de Fundos constitui forma descentralizada de pagamento de despesas que usualmente tem os mesmos limites e regras do adiantamento. Excetuam-se os recursos financeiros a ele destinados que não são entregues a servidor, mas a um órgão da própria administração que necessita realizar despesas que não possam ser submetidas ao regime centralizado de tesouraria, cabendo a esse órgão designar o responsável pela movimentação dos recursos.

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Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

52 Para o prof. Kohama: Suprimento de Fundos é um processamento especial da despesa pública orçamentária, através do qual se coloca o numerário à disposição de um funcionário ou servidor, a fim de dar-lhe condições de realizar gastos, que por sua natureza, não possam obedecer ou depender de trâmites normais. Concessão: 1) Excepcionalmente, a critério do Ordenador de Despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser

concedido Suprimento de Fundos a servidor, sempre precedido de empenho na dotação própria as despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos:

• para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto

pagamento em espécie; • quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e • para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujos valores, em cada caso,

não ultrapassarem limites estabelecidos.

As seguintes cautelas devem ser tomadas pelos administradores ao requisitar: indicação do exercício; classificação completa da despesa imputada a crédito orçamentário ou adicional do orçamento, vigente no mesmo exercício; nome, matrícula e cargo ou função do servidor, no caso de adiantamento e nome do órgão e do responsável, no caso de suprimento de fundos;

2) A entrega do numerário ao suprido será mediante: • emissão de Ordem Bancaria, tendo como favorecido o Suprido, para crédito em conta bancaria

aberta em seu nome e com a sigla da UG concedente e o respectivo CNPJ, devidamente autorizado pelo Ordenador de Despesa, quando seu montante for igual ou superior a 50% (cinqüenta) dos valores estabelecidos no inciso II do art. 24 da Lei 8666/93.

Obs.: No caso em que o valor for inferior a 50%, nada impede a abertura de uma conta-corrente bancaria, em nome do suprido e vinculada ao Órgão Concedente.

• a emissão de OBP, com entrega do numerário ao suprido, quando o valor for inferior ao previsto no

subitem anterior (verificar a Obs. deste subitem). Neste caso, o prazo de entrega do numerário dependerá de o seu valor ser inferior ou não ao limite estabelecido na transação CONLIMIOBP. Se for igual ou inferior, paga-se no mesmo dia. Se for superior, paga-se 1 dia após a emissão da OBP.

• A concessão de Suprimento de Fundos deve ser classificada em função do objeto de gasto. • Suprimento de Fundos será contabilizado e incluído nas contas do Ordenador como despesa realizada;

as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.

• No ato em que autorizar a concessão de suprimento, a autoridade ordenadora fixará o prazo de

aplicação, que não deve exceder a 90 (noventa) dias, nem ultrapassar o Término do exercício financeiro, e o da prestação de contas, que devera ser apresentada dentro dos 30 (trinta) dias subsequentes.

• Na prestação de contas, para a comprovação das despesas realizadas, deverão ser observados os

seguintes procedimentos: • O servidor que receber Suprimento de Fundos, na forma do subitem anterior, é obrigado a prestar

contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, a tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo Ordenador de Despesa, sem prejuízo das providencias administrativas para apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

53• A comprovação das despesas realizadas, devera estar devidamente atestada, por outros servidores

que tenham conhecimento das condições em que estas foram efetuadas, em comprovante original cuja emissão tenha ocorrido em data igual ou posterior a de entrega do numerário e compreendida dentro do período fixado para aplicação, em nome do órgão emissor do empenho.

3) Não se concederá Suprimento de Fundos: • a responsável por dois suprimentos; • a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não

houver na repartição outro servidor; • a servidor declarado em alcance. • Cabe aos detentores de Suprimento de Fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em

31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo Ordenador da Despesa.

• A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada ate 15 de janeiro seguinte. Licitação É o conjunto de procedimentos administrativos, legalmente estabelecidos, através do qual a Administração Pública cria meios de verificar, entre os interessados habilitados, quem oferece melhores condições para a realização de obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração. No processamento e julgamento da licitação constituirão princípios básicos: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a igualdade, a publicidade, a probidade administrativa, a vinculação ao instrumento convocatório, o julgamento objetivo e os que lhes são correlatos. Entretanto, em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, aos bens e serviços: I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; II - produzidos no País; e III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. Modalidades de Licitação São modalidades de licitação, de acordo com o artigo 22 da Lei no 8.666/93: a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão. # Concorrência é a modalidade envolvendo quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu projeto. # Tomada de preços é a modalidade entre interessados devidamente cadastrados, observada a necessária qualificação. Para fins de registro cadastral, o interessado deverá apresentar documentação relativa a: habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal. # Convite é a modalidade, entre os interessados do ramo pertinente ao objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três, pela unidade administrativa, a qual afixará cópia do instrumento convocatório em local apropriado e o estenderá aos demais cadastrados na especialidade correspondente que manifestarem seu interesse com antecedência de até vinte e quatro horas da apresentação das propostas. # Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital, publicado na Imprensa Oficial. # Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, nos casos de:

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54 • venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados; ou • alienação de bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento.

# Pregão é a modalidade cuja característica é a seleção do vencedor mediante “propostas e lances em sessão pública” que têm as seguintes peculiaridades:

• procedimento peculiar, com duas características fundamentais: 1) inversão das fases de habilitação e julgamento 2) possibilidade de renovação de lances por todos ou alguns dos licitantes, até chegar-se à proposta mais vantajosa;

• embora as propostas possam ser por escrito, o desenvolvimento do certame envolve a formulação de novas proposições (“lances”), sob forma verbal (ou, mesmo, por via eletrônica);

• possibilita a participação de quaisquer pessoas, inclusive as que não estejam inscritas no cadastro.

As modalidades de licitação por convite, tomada de preços e concorrência serão determinadas em função de limites constantes de tabela atualizável mensalmente pelo IGP-M/FGV, tendo em vista o valor estimado da contratação. Dispensa e Inexigibilidade de licitação A licitação pode ser dispensada nos casos especificados no art. 24 da lei 8.666/93, incisos de I à XX e ser inexigível de acordo com o art. 25 da mesma lei. Tipos de Licitação A definição do tipo de licitação é essencial para que o julgamento das propostas seja objetivo. Os tipos de licitação, a seguir explicitados, são cabíveis em todas as modalidades, exceto para o concurso. # Menor preço - aplica-se quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que o licitante vencedor seja o que ofertar o menor preço. # Melhor técnica - utiliza-se, exclusivamente, para serviços de natureza predominantemente intelectual, como: elaboração de projetos, cálculos, etc. # Técnica e preço - classificação de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preços mediante a utilização de pesos. # Maior lance ou oferta - utiliza-se nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Prazos mínimos para a realização de uma licitação 45 dias para: a) Concurso b) Concorrência ( para regime de empreitada integral ou tipo melhor técnica ou técnica e preço). 30 dias para: a) Concorrência ( para os casos não especificados na alínea “b” acima). b) Tomada de Preços (para quando a licitação for do tipo melhor técnica e melhor ou melhor preço) 15 dias para Tomada de Preços, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou leilão. 5 dias para convite.

A EXECUÇÃO DA DESPESA APÓS A LOA - PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Como observamos a LOA é o documento que caracteriza a fixação da despesa. De acordo com o art. 47 da lei 4320/64, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

55fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.

A fixação das cotas mencionadas atenderá aos seguintes objetivos:

a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;

b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.

Ainda de acordo com os art. 49 e 50 da referida lei, a programação da despesa orçamentária, para efeito dos objetivos descritos no item b) acima, levará em conta os créditos adicionais e as operações extra-orçamentárias e as cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da dotação e o comportamento da execução orçamentária. Alguns critérios, de natureza financeira, são definidos nos art. 8º, 9º até seu § 3º, da LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (Lei 101/2000), como seguem transcritos, em substituição ao determinado acima pela lei 4320: Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolsoexecução mensal . Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio (para 2004 : Decreto 4.992 de 18/02/2004) e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA A Programação Financeira:

“compreende um conjunto de atividades que tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos financeiros, de modo a assegurar a execução dos programas anuais de trabalho”.

“é um conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de estabelecer o fluxo de caixa da União, para determinado período, tendo como parâmetros a previsão da receita, os limites orçamentários, as demandas para despesas e a tendência de resultado (déficit, equilíbrio ou superávit) considerada na política macroeconômica para o mesmo período (IN nº 5 – 26/6/92). As atividades de programação financeira do Tesouro Nacional foram organizadas sob forma de sistema (Decreto-lei 200/67), cabendo a uma Unidade no Ministério da Fazenda o papel de Órgão Central de Programação Financeira - Coordenação Geral de Programação Financeira (COFIN), e as Unidades de Programação Financeira dos Ministérios e unidades equivalentes das Secretarias da Presidência da República e dos Poderes Legislativo e Judiciário o papel de Órgãos Setoriais. Órgão Central: elabora e executa a programação financeira do Tesouro, fixa os limites globais mensais a serem desembolsados para os Órgãos Setoriais, observada a legislação pertinente, e exerce

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56orientação normativa, supervisão técnica e fiscalização específica em relação aos Órgãos encarregados das atividades de programação financeira. Os procedimentos de programação financeira são definidos pelos Decretos publicados anualmente e instruções normativas, da STN. A IN nº 2, de 26 de abril de 1999 determinava (ainda válidos): 1. A STN, após a aprovação da LOA registrará no SIAFI os limites orçamentários da dotação inicial, com

reflexo nos Órgãos Setoriais de Programação Financeira (OSPF) onde é registrada a cota a programar; 2. Os OSPF, considerando as necessidades de recursos financeiros das UG supervisionadas, deverão

registrar, até o último dia útil de cada mês, as Propostas de Programação Financeira - PPF para o mês seguinte, através de um documento chamado Nota de Programação Financeira (PF).

3. As PPF apresentarão as seguintes informações: I - categoria de gasto; II - tipo de despesa; III - código de vinculação de pagamento; IV - fonte de recursos; V - mês de referência; VI - valor. As categorias de gasto serão apresentadas nas classificações:

a) Pessoal e Encargos Sociais b) Dívida c) Outras Despesas

4. A STN, no início de cada mês, ajustará os valores propostos pelos OSPF, registrando a Programação Financeira Aprovada (PFA), até o 3º dia útil do mês de referência, levando em consideração a arrecadação, a existência de dotação orçamentária nas categorias de gastos, as vinculações constitucionais e legais das receitas arrecadadas, a prioridade de gasto, a demanda dos órgãos e entidades, a sazonalidade de alguns gastos e a política fiscal estabelecida para o período.

5. As liberações de recursos da STN aos OSPF e destes para as UG supervisionadas serão efetivadas

mediantes a concessão de limites de saque à conta única do Tesouro Nacional, através de registro em conta contábil, em até dois dias úteis do lançamento da PFA pela STN;

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

57 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1) As entradas de numerário que passam a integrar o patrimônio sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo denomina-se: a) Receitas públicas. b) Receitas extra-orçamentárias. c) Ingresso. d) Depósitos. 2) .....................................................................são receitas de capital provenientes de empréstimos e financiamentos que objetivam a cobertura do déficit orçamentário. 3) Ao pagarmos impostos, estamos contribuindo para a formação da Receita: a) Patrimonial. b) Industrial. c) de Transferências Correntes. d)Tributária. 4) A receita proveniente do exercício da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade denomina-se: a) Originária. b) Derivada. c) Corrente. d) Capital. 5) O lançamento feito unilateralmente pela autoridade administrativa, sem a intervenção do contribuinte, denomina-se............................................................. . 6) É o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora, e inscreve o débito desta. É a definição para o estágio: a) arrecadação da receita. b) lançamento da receita. c) fixação da despesa. d) lançamento direto. 7) São exemplos de receita originária: a) Taxa, tributos e multas. b) Industrial, patrimonial e de agropecuária. c) Contribuição de melhoria e taxas. d) Operações de crédito e receitas tributárias. 8) A receita proveniente do exercício da competência ou do poder de tributar, é denominada: a) Originária. b) Receitas de capital. c) Alienações. d) Derivada. 9) São exemplos de receitas extra-orçamentárias: a) Originária e Derivada. b) Amortização de Empréstimos e Receitas de capital. c) Cauções e Depósitos. d) Receitas de serviços e taxas. 10) É o estágio da individualização da receita: a) Arrecadação. b) Recolhimento. c) Lançamento.

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58d) Previsão. 11) Em qual estágio da receita se verifica o princípio de unidade de caixa. a) Recolhimento. b) Arrecadação. c) Previsão. d) Lançamento. 12) Os créditos da Fazenda Pública, não pagos no vencimento, inscritos em registro próprio, são denominados: a) Dívida passiva. b) Créditos próprios. c) Dívida Ativa não tributária. d) Dívida Ativa. 13) As dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, recebem a denominação: a) Transferências de capital. b) Inversões financeiras. c) Investimentos. d) Despesas de custeio. 14) São despesas de..........................................as destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender obras de conservação e adaptação de bens imóveis. 15) O ato emanado da autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não, de implemento de condição denomina-se: a) Fixação. b) Empenho. c) Pagamento. d) Liquidação. 16) Marque F ( Falso) ou V (Verdadeiro), conforme o caso: a) Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele legalmente empenhadas. ( ) b) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. ( ) c) No caso de não se poder determinar o montante da despesa, o empenho será global. ( ) d) O pagamento só será efetuado após a liquidação. ( ) 17) Quando o empenho é destinado a atender despesas cujo pagamento se processe de uma só vez, denomina-se: a) Legislativo. b) Judiciário. c) Global. d) Ordinário. 18) Quando o Estado compra um imóvel necessário à realização de obras, deve classificar a despesa no elemento denominado: a) Material de Consumo. b) Serviços de Terceiros e Encargos. c) Aquisição de Imóveis. d) Obras e Instalações.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

5919) A Lei Federal no 4.320/64 dispõe que pertencem ao exercício financeiro: a) As despesas nele legalmente empenhadas e as receitas nele estimadas. b) As despesas nele legalmente empenhadas e as receitas nele arrecadadas. c) As receitas nele arrecadadas e as despesas nele liquidadas.

e) As despesas nele legalmente empenhadas e as despesas nele recolhidas. 20) Quando uma unidade orçamentária for emitir dois empenhos, sendo um para atender despesas não quantificáveis e o outro para atender despesas relativas a um contrato de manutenção de máquinas de escrever, no valor de R$ 60.000,00, com duração de um semestre e pagamento de R$ 10.000,00 por mês, deve classificar os citados empenhos, respectivamente, nos tipos denominados: a) Estimativa e ordinário. b) Global e estimativa. c) Estimativa e global. d) Ordinário e estimativa. 21) A classificação da despesa que indica os órgãos e as unidades orçamentárias denomina-se: a) Funcional-programática. b) Econômica. c) Fonte de recursos. d) Institucional. 22) Marque a segunda coluna de acordo com a primeira. a) Receita originária. ( ) são as inconstantes, irregulares: impostos de guerra . b) Receita derivada. ( ) depósitos, operações de crédito por antecipação de receita. c) Receita extra-orçamentária. ( ) são aquelas com característica de continuidade: Iptu, Icms. d) Receita ordinária. ( ) receitas decorrentes de empréstimos. e) Receita extraordinária. ( ) receitas de serviços: luz, água, telefone, estradas de ferro. 23) As despesas de acordo com o enfoque jurídico podem ser: fixas e variáveis. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira. a) Despesas Fixas. ( ) despesas com precatórios judiciais. b) Despesas Variáveis. ( ) despesas com amortização da dívida pública. ( ) despesas com dívidas. ( ) despesas com investimentos. 24) Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira: a) Despesas Fixas ( ) são as de caráter permanente, estabelecidas por lei e, por conseguinte, só por outra lei podem ser alteradas . b) Despesas Variáveis ( ) são as que somente serão realizadas de acordo com as necessidades dos serviços, encontram-se consignadas apenas na Lei do Orçamento. 25) A receita orçamentária proveniente de um empréstimo tomado pelo governo é classificada na subcategoria econômica denominada: a) Receita Patrimonial. b) Transferências de Empréstimos. c) Amortização de Empréstimos. d) Operações de Crédito.

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6026) As despesas do Estado do Rio de Janeiro com o pagamento de salário-família a funcionários são classificadas na subcategoria econômica denominada: a) Despesas de Custeio. b) Transferências Correntes. c) Inversões Financeiras. d) Transferências de Capital. 27) É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores: a) Concorrência. b) Tomada de preços. c) Concurso. d) Leilão. 28) São despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de encerramento do exercício financeiro, inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subseqüente. a) Restos a Pagar. b) Dívida Ativa. c) Despesas não pagas. d) Despesas processadas. 29) Marque com um “X” as hipóteses de inexigibilidade de licitação: a) Para aquisição de imóvel destinado ao serviço público. b) Para aquisição ou restauração de obras de arte e objeto históricos, de autencidade certificada. c) Para aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo. d) Para contratação, com profissionais ou firmas de notória especialização que prestem serviços relativos a pareceres, perícias e avaliações em geral. e) Quando a operação envolver concessionário de serviço público e o objeto do contrato for pertinente ao da concessão. 30) De acordo com lei no 8.666/93, são modalidades de licitação: a) concorrência, tomada de preços, convite e adjudicação. b) concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. c) leilão, convite, tomada de preços e contrato. d) homologação, leilão, tomada de preços e convite. 31) Na concorrência o processo licitatório compõe-se dos seguintes momentos: a) edital, julgamento, adjudicação e leilão. b) preparação, abertura, contrato e homologação. c) preparação, edital, abertura, julgamento, adjudicação, homologação e contrato. d) preparação, edital, julgamento e contrato. 32) Que modalidade de licitação se caracteriza pela velocidade do seu processamento? a) Convite. b) Tomada de Preços. c) Concorrência. d) Leilão. 33) Amortização de Empréstimos é receita de............................................ . 34) Despesas de custeio é despesa ( )corrente ( ) de capital.

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Capítulo 2 Contabilidade Pública

6135) Distinguem-se as subvenções em:.............................e..................................... . 36) O tipo de empenho global é mais utilizado para: a) contratos. b) pagamento de conta de luz. c) despesas em geral. d) despesas específicas. 37) As categorias econômicas contêm o total das...............................................................

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PATRIMÔNIO PÚBLICO

3

Conceito Como vimos anteriormente o Patrimônio Público constitui o campo de aplicação da Contabilidade Pública ou Governamental e compreende o conjunto de bens, direitos e obrigações, que somente constituir-se-ão em patrimônio quando forem observados dois requisitos básicos: sejam componentes de um conjunto que possua conteúdo econômico avaliável em moeda corrente, e exista interdependência dos elementos componentes do patrimônio e vinculação do conjunto a uma entidade que vise alcançar determinados fins (prof. Lino Silva). A arrecadação de receitas é realizada pela administração e seu produto é aplicado nas mais variadas despesas – obras, educação, saúde, segurança, saneamento – de modo que as receitas obtidas dos cidadãos revertem para o benefício coletivo. Para que os serviços públicos sejam realizados, o Estado mantém um patrimônio considerável constituído por imóveis, escolas, usinas, fazendas, quartéis, museus, bibliotecas, móveis, semoventes, obras de arte, navios, aviões, veículos, créditos e valores. Além dos recursos financeiros obtidos (receitas) e da realização dos gastos de custeio (despesas correntes), o Estado realiza gastos na construção ou aquisição de bens (despesas de capital) cujo conjunto deve administrar e conservar. Esse conjunto de bens constitui os Bens Públicos. Os valores que representam créditos realizáveis a curto ou longo prazo, provenientes de depósitos bancários, diversos devedores e créditos relativos a fornecimentos e serviços prestados, e inscrição da dívida ativa, são denominados Direitos das Entidades Públicas. Referem-se a valores a receber registrados, quer por fornecimento feitos, quer por serviços prestados pelas entidades públicas, e ainda aqueles que, provenientes da inscrição Dívida Ativa. Ainda em decorrência da execução orçamentária a administração pública também assume compromissos (obrigações) com terceiros mediante a obtenção de empréstimos internos e externos, a curto e longo prazos, que constituem o que se denomina Dívida Pública. BENS PÚBLICOS Os bens (conjunto de coisas corpóreas ou incorpóreas, imóveis e móveis e semoventes) e os direitos públicos (créditos e direitos) formam a substância patrimonial do Estado. O Código Civil Brasileiro diz que são considerados bens públicos: Os bens de uso comum do povo, conhecidos como Bens de Domínio Público, pois são utilidades postas à disposição do povo de forma gratuita ou remunerada, conforme dispuser a legislação específica. O que caracteriza este tipo de bem é que são todos aqueles destinados ao uso direto e imediato da coletividade (povo) em virtude de uma destinação formal, quer seja por dispositivo legal, quer seja por resultado de fatos naturais. Exemplos: ♣ naturais - mares, baías, enseadas, rios, praias, lagos, ilhas, etc; ♣ artificiais - ruas, praças, avenidas, canais, fontes, etc. Os bens de uso especial conhecido como do patrimônio administrativo, são assim denominados por estarem a serviço público e constituírem uma utilidade pública, sempre dependente de interferência de pessoas que administram o serviço público. Exemplos: edifícios ou terrenos utilizados pelas repartições ou estabelecimentos públicos, bem como os móveis e materiais indispensáveis ao seu funcionamento. Os bens dominicais ou dominiais, ou do patrimônio disponível são os que constituem o patrimônio público ou domínio público, com características diferentes, pois podem ser utilizados em

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Capítulo 3 Contabilidade Pública

63qualquer fim, ou mesmo alienados se a administração julgar conveniente. Exemplo: Disponível (Caixa - Numerário), Bens Móveis, Imóveis e de Natureza Industrial, e a discriminação usual a cada um desses grupos.

Embora previstas em lei, tanto a depreciação, quanto a reavaliação de bens , não sãonormalmente efetuadas. Isto porque, por serem instrumentos utilizados com efeitos fiscais (IR), e por nãoestarem, as empresas públicas sujeitas a tributação, tais procedimentos não são levados emconsideração. Como a escrituração contábil dos bens móveis e imóveis é feita com base no custo histórico,quando da alienação deve-se proceder à devida apropriação e adequação dos valores, ou seja: • quando o bem for vendido por valor superior ao escriturado a receita será registrada no sistema

financeiro e orçamentário pelo valor de venda. No sistema patrimonial será efetuada a valorização dobem (independente da execução orçamentária), para só então registrar a desincorporação do mesmo,por mutação patrimonial.

• quando o bem for vendido por valor inferior ao escriturado a receita será registrada no sistemafinanceiro e orçamentário pelo valor de venda. No sistema patrimonial será registrada a depreciação(desvalorização) ocorrida (independente da execução orçamentária), para então registrar adesincorporação do mesmo, por mutação patrimonial.

INVENTÁRIO Para controle e preservação do patrimônio de órgãos e entidades públicas, bem como para comprovar o saldo constante do balanço geral do exercício, faz-se necessário elaborar o inventário físico, de forma analítica, dos bens móveis e imóveis e dos saldos de estoques nos almoxarifados. O inventário físico, instrumento de controle, irá permitir, entre outros: .o ajuste dos dados escriturais dos saldos dos estoques com o saldo físico real nas instalações de armazenagem; .a verificação do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado, por meio dos resultados obtidos no levantamento físico; .o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao estado de conservação dos estoques; .o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e de suas necessidades de manutenção e reparos; .a verificação sobre a necessidade do bem móvel naquela unidade; e .a atualização dos registros e controles administrativo e contábil. MATERIAL PERMANENTE Os materiais permanentes, na aquisição ou incorporação ao patrimônio, receberão números seqüenciais de registro patrimonial para identificação e inventário. o número de registro patrimonial deverá ser aposto no material, mediante gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada. A distribuição do material permanente ou equipamento para uso será efetuada mediante Termo de Responsabilidade que será assinado pelo responsável pela guarda e conservação; em caso de redistribuição do material, o termo deverá ser atualizado e assinado pelo novo responsável. Quando o custo do controle for evidentemente superior ao risco de perda do bem, o material permanente de pequeno valor econômico poderá ser controlado por meio de simples relação (dispensado o tombamento). Considera-se bem móvel: .controlado - o material que está sujeito ao tombamento e requer controle rigoroso de uso e responsabilidade pela sua guarda e conservação; .relacionado - o material dispensado de tombamento, porém sujeito ao controle simplificado, por ser de pequeno valor econômico. Conforme as situações, adota-se o tipo de inventário, que pode ser: a) anual; b) inicial; c) de transferência de responsabilidade; d) de extinção ou transformação; e e) eventual. Entende-se como inventário anual o elaborado em 31 de dezembro de cada ano e que se destina a comprovar a espécie, a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade. Resulta do inventário anterior e dos acréscimos e baixas autorizados de bens (variações patrimoniais) ocorridos durante o exercício. Além da verificação da existência física dos bens, o inventário anual objetiva:

• manter atualizados os registros e controles administrativo e contábil; • confirmar a responsabilidade dos agentes responsáveis pelos bens patrimoniais sob sua guarda;

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64• conferir a listagem do cadastro geral dos bens móveis; e • instruir as tomadas de contas anuais.

O inventário inicial é realizado quando da criação de uma unidade, para identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade. O inventário de transferência de responsabilidade será realizado todas as vezes que houver mudança do responsável pela guarda e utilização do bem. O inventário de extinção ou transformação é realizado quando da extinção ou transformação da unidade. O inventário eventual poderá ser realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade ou por iniciativa dos órgãos fiscalizadores.

Para a perfeita caracterização do bem, no inventário analítico, figurarão: descrição, número de registro, valor (preço de aquisição, custo de produção, valor de avaliação), estado (bom, ocioso ou inservível) e outros elementos julgados necessários, tais como a localização.

O levantamento dos bens móveis será realizado por Comissão designada, devendo ser composta

de, no mínimo, três membros conhecedores de bens móveis patrimoniais.

MATERIAL DE CONSUMO Todo material de consumo adquirido e recebido é estocado no almoxarifado. Quando do

recebimento, o material deverá ser conferido com a nota de empenho e a nota fiscal, termo de doação ou cessão, etc. A conferência deverá compreender a quantidade, qualidade, especificações, entre outros aspectos.

Os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar fácil inspeção e rápido inventário. Os materiais sensíveis à ação de calor, umidade, sol, insetos etc. deverão ser armazenados em local apropriado.

A movimentação do material em estoque deverá ser registrada, de acordo com os documentos de entrada e saída, demonstrando, após cada fato ocorrido, o saldo atualizado, seja por meio de fichas de controle ou processamento eletrônico.

Na Contabilidade Pública, os bens do almoxarifado serão avaliados pelo preço médio ponderado das compras (item III do art. 106 da Lei n 4.320/64). O preço unitário de cada item do estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, encontra-se o preço médio dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes.

Todos os tipos de inventário físico poderão ser adotados, conforme a situação, para os estoques no almoxarifado. Por ocasião do encerramento do exercício, deverá proceder-se ao inventário anual dos bens do almoxarifado, realizado por comissão designada, objetivando constatar a existência física dos materiais e confirmar os saldos constantes do balanço geral.

Para o bom andamento do trabalho de inventariar, preliminarmente deve-se verificar se os controles estão atualizados, para, em seguida, proceder-se ao levantamento do material em estoque e efetuar-se o respectivo confronto.

As divergências verificadas quando da contagem física serão registradas pela comissão designada, que encaminhará o processo ao órgão competente para as devidas providências; este, finalmente, remeterá o inventário ao órgão de controle interno.

Na gerência do material, objetivando dar a este a destinação mais conveniente ao interesse público são

realizadas as seguintes operações: ."transferência -modalidade de movimentação de material, com troca de responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra, dentro do mesmo órgão ou entidade; .cessão -modalidade de movimentação de material de acervo, com transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou entre estes e outros, integrantes de quaisquer dos demais Poderes da União; .alienação -operação de transferência do direito de propriedade do material, mediante venda, permuta ou doação (formas também adotadas pela Lei n 8.666/93); .outras formas de desfazimento -renúncia ao direito de propriedade do material, mediante inutilização ou abandono".

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Capítulo 3 Contabilidade Pública

65 Preliminarmente à realização de quaisquer destas operações, ou outras assemelhadas, o material considerado genericamente inservível para a repartição, órgão ou entidade que detém sua posse ou propriedade deve ser classificado, de acordo com o parágrafo único, do art. 32, do Decreto n2 99.658, de 1990, como: a) "ocioso -quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado; b) recuperável- quando sua recuperação for possível e orçar, no máximo, a cinqüenta por cento de seu valor de mercado; c) antieconômico -quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; d) irrecuperável- quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido a perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação". Das operações citadas, a transferência é a modalidade de movimentação de material mais simples, que ocorre rotineiramente, sem causar maiores dificuldades aos administradores, pois se efetiva pela atualização dos Termos de Responsabilidade. Já a cessão, normalmente ocorre quando o material for classificado como ocioso ou recuperável, sendo efetivada mediante o preenchimento do Termo de Cessão. DIREITOS

♦ Os Créditos a Receber, sãos os chamados Direitos, alguns são de origem financeiras e outros patrimonial (Dívida Ativa).

A lei no 4.320/64 adotou a seguinte classificação dos bens e direitos: a) Ativo Financeiro - compreende créditos, valores realizáveis e valores numerários, que podem ser movimentados independentemente de autorização legislativa, tais como:

dinheiro em tesouraria; depósitos bancários ; aplicações financeiras; devedores diversos;

b) Ativo Permanente - compreende bens, créditos e valores não incluídos no ativo financeiro, que para serem movimentados dependem de autorização legislativa, tais como:

os valores móveis e imóveis que se integram no patrimônio como elementos instrumentais da administração;

os que, para serem alienados, dependem de autorização legislativa especial; a dívida ativa, originada de tributos e outros créditos estranhos ao ativo financeiro; todos aqueles que, por sua natureza, formem grupos especiais de contas, que, movimentadas,

determinem mutações perfeitas dentro do próprio sistema do patrimônio permanente ou produzem variações no patrimônio financeiro.

As contas representativas de bens, valores e créditos compreendem o que denominamos Ativo Real, ou seja, são contas que registram a existência e a movimentação dos bens e direitos, cuja realização não admite dúvidas.

AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES PATRIMONIAIS

A Lei 4320/64 em seu Art. 106. diz que avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes: I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

66 § 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.

§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial.

§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

DÍVIDA PÚBLICA São todos os compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros (prof. Domingos D’Amore citado pelo prof. Kohama). Compreendem os compromissos internos e externos, a curto e a longo prazo, bem como os valores arrecadados a título de receita extra-orçamentária e formam a contra-substância patrimonial do Estado Classificação: Classifica-se em Fundada ou Consolidada (interna ou externa) e Flutuante ou Administrativa. Dívida Fundada ou Consolidada é aquela que representa um compromisso a longo prazo, de valor previamente determinado, garantida por títulos do governo, que rendem juros e são amortizáveis ou resgatáveis, podendo ou não o seu vencimento ser fixado; é ainda a efetuada através de contratos de financiamentos, sendo o seu pagamento estipulado em prestações parciais (amortizações), distribuídas por certo período de anos. Quando não se determinar o prazo para a sua liquidação, diz-se que a dívida é perpétua. Dívida Fundada ou Consolidada interna é aquela que compreende os empréstimos contraídos por títulos do governo ou contratos de financiamento, dentro do País. Dívida Fundada ou Consolidada externa é aquela cujos empréstimos são contratados ou lançados no estrangeiro, por intermédio geralmente de banqueiros incumbidos não só da colocação dos títulos, mas também do pagamento dos juros e amortizações. De acordo com o Art. 98 da Lei no 4.320/64, compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos, dependendo para seu resgate de autorização legislativa. O Art. 116 do Decreto 93.872/86 diz que a dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos compromissos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.

De acordo com o Art. 30 da LRF compete ao Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição. Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao final de cada quadrimestre. O Art. 31 da LRF estabelece que se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.

§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.

§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.

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Capítulo 3 Contabilidade Pública

67 § 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham

ultrapassado os limites das dívidas consolidada e mobiliária.

♦ A LRF em seu art. 29, inciso I, define para seus efeitos, a dívida pública consolidada ou fundada como: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; e em seus § § 2o e 3o inclui na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

Dívida Flutuante, ou não Consolidada, ou Administrativa é aquela que o Tesouro contrai por um breve ou indeterminado período de tempo, quer para atender a eventuais insuficiências de caixa (débitos de tesouraria), quer como administrador dos bens e valores de terceiros (depósitos). Caracteriza-se pela indicação de débitos de curto prazo, que variam constantemente de valor e cujo pagamento, geralmente, é feito por resgate e independentemente de autorização legislativa (decreto 93.872/86), por corresponderem e advirem de compromissos assumidos por prazo inferior a doze meses. De certa forma, são os mesmos compromissos assumidos em vista da condição de depositário, que o poder público exerce, como sejam: os depósitos de cauções, fianças, consignações, etc., além dos Restos a Pagar e dos Débitos de Tesouraria, que são considerados receita extra-orçamentária por ocasião de seu recebimento e que constituem a dívida flutuante, enquanto não liquidada ou não devolvida e, por ocasião de sua devolução ou pagamento, é processada como despesa extra-orçamentária, pois independe de autorização legislativa, para tanto. De acordo com o aspecto legal, a dívida flutuante compreende:

I- os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; II- os serviços da dívida a pagar; III- os depósitos; IV- os débitos de tesouraria. V- papel-moeda ou moeda fiduciária (incluída pelo § 1º art. do 15 do Decreto 93.872/86) ♦ A Dívida Flutuante só pode ser interna e a Dívida Consolidada interna e externa. RESTOS A PAGAR Os Restos a Pagar, como já foi dito, são as despesas empenhadas, pendentes de pagamento

na data de encerramento do exercício financeiro, inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subseqüente. Embora o fato gerador da inscrição em Restos a Pagar seja o Empenho, a despesa só é considerada processada (realizada) quando já transcorreu o estágio da liquidação.

A inscrição dos Restos a Pagar por se tratar de saldos da despesa orçamentária, é considerada orçamentária, ou seja, onera o orçamento do ano de sua inscrição; quando de seu pagamento, no ano seguinte ao da inscrição é considerado extra-orçamentário, haja vista, tratar-se apenas de saída de numerário, já que não há a necessidade de nova autorização legislativa (orçamento) para pagá-lo, daí figurar na chamada Dívida Flutuante.

É vedada a reinscrição de Restos a Pagar, portanto, RP não pagos serão cancelados. Após o cancelamento, se o credor se habilite ao recebimento, o pagamento dos Restos a Pagar ocorrerá orçamentariamente por conta do elemento de despesa “Despesas de Exercícios Anteriores”.

De acordo com a lei 4320/64 eram inscritas em RP as despesas processadas e não processadas, de alguns anos para cá a inscrição estava limitada às despesas processadas (liquidadas), as não liquidadas eram anuladas, mas isto varia de ano para ano.

A LRF em seu art. 42 observa: “É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício

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68seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito” e no Parágrafo único: “Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício”.

Os Restos a Pagar prescrevem em cinco anos contados a partir da inscrição.

DÉBITOS DE TESOURARIA (Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária)

De acordo com o Art. 38 da LRF a operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:

I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;

II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;

III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;

IV - estará proibida:

a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;

b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. A lei no 4.320/64 adotou a seguinte classificação para as obrigações: a) Passivo Financeiro - abrange os compromisso exigíveis, provenientes de operações que devam ser pagas independentemente de autorização orçamentária, tais como:

restos a pagar; Dívida Flutuante

serviço da dívida a pagar; depósitos de diversas origens; consignações; débitos de tesouraria (empréstimo de curto prazo).

b) Passivo Permanente - compreende as dívidas não incluídas no passivo financeiro, tais como:

as responsabilidades que, para serem pagas, dependam de dotação orçamentária ou de autorização legislativa;

todas aquelas que, por sua natureza, formam grupos especiais de contas, cujos movimentos determinem compensações perfeitas dentre do próprio sistema do patrimônio permanente, ou que produzam variações no patrimônio financeiro.

Empréstimos de longo prazo.

As contas representativas da dívida pública compreendem o denominado Passivo Real e registram a existência e a movimentação das obrigações e das responsabilidades cuja exigibilidade não admite dúvida, visto representarem dívidas líquidas e certas.

Dívida Fundada

♦ O confronto do conjunto de Bens, Valores e Créditos com as Dívidas evidencia a Situação

Líquida Patrimonial.

A Situação Líquida Patrimonial (ou Patrimônio Líquido) é modificada pelas Variações Patrimoniais.

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Capítulo 3 Contabilidade Pública

69Variações Patrimoniais São as alterações de valor, de qualquer elemento do patrimônio público, por alienação, aquisição, dívida contraída, dívida liquidada, depreciação ou valorização, amortização, superveniência, insubsistência, efeitos da execução orçamentária e resultado do exercício financeiro. Variações Ativas São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniência ativas, quer por insubsistência passivas. Portanto, qualquer aumento de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo permanente, ou qualquer diminuição de valor nos elementos das obrigações do passivo permanente consideram-se variações ativas, pois contribuem para que o patrimônio seja aumentado. Essas variações podem ser decorrentes da execução orçamentária (Resultantes da Execução Orçamentária; Mutações Patrimoniais) ou independentes dela (Independentes da Execução Orçamentária). As variações ativas podem ser classificadas em três grupos: Resultantes da Execução Orçamentária; Mutações Patrimoniais e Independentes da Execução Orçamentária. Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária - são feitas no final do exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base nas receitas orçamentárias arrecadadas no exercício financeiro, que são transferidas do Sistema Financeiro (onde ocorre o recebimento da receita) onde são encerradas pela transferência de seus saldos, para comporem variações patrimoniais no Sistema Patrimonial. Variações Ativas - Mutações Patrimoniais - são as decorrentes de uma troca de bens, permutados entre elementos numerários do ativo (dinheiro-caixa), por bens ou valores de caráter permanente (móveis, imóveis, títulos e valores), e originam-se, sempre, da execução orçamentária. Portanto, mutação patrimonial é a troca, modificação e mudança que ocorre entre os bens, direitos e obrigações do patrimônio público. No caso destas variações, fica registrada a variação patrimonial permutativa em dois momentos distintos: 1o) Variação Passiva, diminutiva, pela correspondente saída do dinheiro, que é feita no final do exercício, quando se der encerramento do balanço, através da transferência dos saldos do Sistema Financeiro das contas de despesa orçamentária, e que vai causar no Sistema Patrimonial a variação passiva resultante da execução orçamentária; 2o) Variação Ativa, aumentativa, pela incorporação do bem adquirido e que é feita na conta de Bens Móveis - Móveis e Utensílios, no caso, em contrapartida com a conta de Variação Ativa - Mutação Patrimonial. Variações Ativas - Independentes da Execução Orçamentária são as que conforme o próprio nome indica, provocam modificação no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária. As variações ativas - independentes da execução orçamentária, por não se originarem de fatos orçamentários, surgem sempre por fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas. Superveniências Ativas são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio. Insubsistências Passivas são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, não podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação ativa, provocada pela baixa ou desincorporação e uma obrigação passiva. Variações Passivas São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público, diminuindo a situação patrimonial, por incorporação e desincorporação ou baixa, conseqüente da alienação (venda), depreciação e desvalorização de bens, constituição de dívidas passivas, recebimento de créditos, cobrança da dívida ativa, insubsistências ativas ou superveniências passivas. Portanto, qualquer diminuição de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo permanente, ou qualquer aumento no valor dos elementos das obrigações do passivo permanente consideram-se variações passivas, pois concorrem para que o patrimônio seja diminuído. Essas variações podem ser decorrentes da execução orçamentária ou independentes dela.

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70 As variações passivas também podem ser classificadas em três grandes grupos: Resultantes da Execução Orçamentária; Mutações Patrimoniais e Independente da Execução Orçamentária. Variações Passivas - Resultantes da Execução Orçamentária são feitas no final do exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base nas despesas orçamentárias realizadas no exercício financeiro, as quais são transferidas do Sistema Financeiro (onde ocorre a movimentação financeira da despesa) encerrando-se pela transferência de seus saldos, para comporem variações patrimoniais no Sistema Patrimonial. Variações Passivas - Mutações Patrimoniais - são as decorrentes de uma troca de bens permanentes, através de alienação (venda) ou constituição de dívidas passivas, por um bem numerário e originam-se sempre da execução orçamentária. Portanto, mutação patrimonial é a troca, modificação, mudança ou permuta que ocorre entre os elementos patrimoniais. No caso destas variações, fica registrada a variação patrimonial permutativa em dois momentos distintos: 1o) Variação Ativa, aumentativa, pela correspondente entrada do dinheiro, que é feita no final do exercício, quando se der encerramento do balanço, através da transferência dos saldos do Sistema Financeiro das contas de receita orçamentária, e que vais causar no Sistema Patrimonial a variação ativa resultante da execução orçamentária; 2o) Variação Passiva, diminutiva, pela desincorporação ou baixa do bem imóvel alienado e que é feita diminuído o valor correspondente da conta de Bens Imóveis em contrapartida com a conta de Variações Passivas - Mutações Patrimoniais. Variações Passivas - Independentes da Execução Orçamentária são as que conforme o próprio nome indica, provocam modificação no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária. As variações passivas- independentes da execução orçamentária, por não se originarem de fatos orçamentários, surgem sempre por fatos de Insubsistências Ativas ou de Superveniências Passivas. Insubsistências Ativas são movimentações que ocorrem por fatos que não possam mais subsistir, ou seja, mão podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou de um direito, ativo. Superveniências Passivas são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. As Variações Ativas e Passivas Resultantes da Execução Orçamentária; por Mutações Patrimoniais e as Independentes da Execução Orçamentária, são reflexo:

As primeiras (REO) da arrecadação da receita e empenho/liquidação da despesa ocorridas no sistema financeiro, refletindo a contra-partida do caixa no Patrimônio Líquido;

As segundas dos fatos permutativos ocasionados pela arrecadação da receita de capital e liquidação da despesa de capital no sistema financeiro refletindo o fluxo do caixa em bens, direitos e obrigações; e

As terceiras dos fatos que não envolveram o orçamento, mas que integram o Patrimônio Líquido, haja vista, tratarem-se de incorporações/desincorporações do ativo/passivo.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: (a) Bens de uso comum do povo. ( ) não podem ser alienados. (b) Bens de uso especial ( ) dão e podem produzir renda. (c) Bens dominicais ( ) são inalienáveis quando empregados no serviço público. 2).....................................................compreende os créditos, valores realizáveis e valores numerários que podem ser movimentados independentemente de autorização legislativa.

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Capítulo 3 Contabilidade Pública

71 3) O Passivo Financeiro abrange os valores que para serem pagos: a) dependem de autorização legislativa; b) dependem de inclusão no orçamento; c) independem da existência de numerário; d) independem de autorização legislativa. 4) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: (a) Substância patrimonial. ( ) Depósitos de terceiros. ( ) Dívida Ativa. (b) Contra-substância patrimonial. ( ) Restos a pagar. ( ) Bens de uso. ( ) Créditos de tesouraria. ( ) Dívida fundada. 5) É uma das condições para se adotar o regime de adiantamento: a) pode ser utilizado em casos rotineiros; b) não precisa passar por processo normal de licitação; c) não precisa ter despesas previamente definidas em lei. d) deve ser utilizado em casos excepcionais. 6) Dívida...............................................................é aquela que compreende os empréstimos contraídos por títulos do governo ou contratos de financiamento dentro do País. 7) Dívida...............................................................é aquela que o Tesouro contrai por um breve ou indeterminado período de tempo. 8) São bens públicos que podem ser alienados :............................................... . 9) A substância patrimonial é formada: a) ( ) por bens e direitos c) ( ) pelos Restos a Pagar inscritos; b) ( ) pelas obrigações assumidas; d) ( ) pelas Dívidas Públicas. 10) São movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio: a) Insubsistência Passiva; b) Superveniências Ativas; c) Variações Ativas; d) Variações Passivas. 11) Marque F (falso) ou Verdadeiro (V). ( ) As Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária são as receitas orçamentárias arrecadadas que são transferidas pelos seus saldos do Sistema Financeiro para o Patrimonial. ( ) As Variações Ativas- Mutações Patrimoniais são registradas no mês em que ocorre o fato. ( ) A venda de um bem móvel é registrada como Variações Passivas- Resultantes da Execução Orçamentária. ( ) A morte de um animal classificado na conta de Bens Móveis - Semoventes, será classificada como Superveniências Passivas.

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7212) Marque a (as) Variação (ões) que não se movimenta(m) por reflexo do Sistema Financeiro: ( ) Variações Resultantes da Execução Orçamentária; ( ) Variações Independentes da Execução Orçamentária; ( ) Variações por Mutações Patrimoniais. 13) As variações ativas-independentes da execução orçamentária modificam o patrimônio, diminuindo-o porém não se originam da execução orçamentária. A afirmativa está correta? ( ) Sim ( ) Não 14) Marque as contas representativas do Ativo Financeiro: ( ) dinheiro em cofre; ( ) devedores diversos; ( ) depósitos bancários; ( ) consignações; ( ) restos a pagar; ( ) aplicações financeiras. 15) As contas representativas da dívida pública compreendem o denominado.......................................... . 16) São as movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio: a) ( ) Superveniências Ativas; b) ( ) Variações Passivas; c) ( ) Superveniências Passivas; d) ( ) Insubsistências Passivas.

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4

SISTEMAS DE CONTAS

Contabilidade A lei no 4.320/64 dispõe que a “contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados”. A evidenciação se faz através dos registros, e conseqüentemente das demonstrações contábeis, mediante os quais se toma conhecimento dos bens, direitos e obrigações que estão sob a responsabilidade de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem esses bens pertencentes às instituições públicas. A informação contábil permite à Administração a análise e a tomada de decisões com vistas a melhorar a arrecadação das suas receitas, aperfeiçoar os mecanismos de cobrança dos seus créditos, proporcionar bases para uma melhor programação da despesa e dos desembolsos, e, ainda, dar ao administrador, ao público e àqueles com quem a entidade transaciona, elementos sobre a composição do patrimônio da instituição, por fim, cumpre-lhe analisar e interpretar os resultados obtidos. Para exercer essas funções, a contabilidade utiliza-se de mecanismo próprio que se denominou de conta. As contas devem ser estruturadas tendo em vista os objetivos da entidade. A contabilidade é basicamente patrimonial, o mais são especializações mediante agrupamentos de contas com a finalidade de gerar informações das mais variadas naturezas que permitam o conhecimento dos fatos de caráter financeiro, resultantes ou não de execução orçamentária e ainda os chamados “independentes da execução do orçamento”, com repercussões sobre o patrimônio, como conseqüência de atos praticados pelos gestores. Assim sendo, para o processamento de informações para controle e avaliação de desempenho a contabilidade pública, tradicionalmente, desmembra-se em:

♣ Contabilidade Orçamentária; ♣ Contabilidade Financeira; ♣ Contabilidade Patrimonial.

Também determina a lei no 4.320/64, em seu artigo 86, que “a escrituração contábil efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas”. Plano de contas É uma relação das contas necessárias e suficientes ao controle dos elementos que integram o patrimônio, controle de sua situação líquida, controle das mutações e das variações da situação líquida. Compreende, além da relação das contas, a descrição de sua natureza e de sua função, bem como o encerramento. O Plano de Contas objetiva a relevação ordenada dos seguintes fatos:

estágios de receita e despesa; entradas e saídas financeiras; fatos contingentes e aleatórios que afetam o patrimônio; registro de fatos e operações que não produzem alterações patrimoniais.

Um plano de contas bem organizado deve ter a seguinte estrutura:

elenco das contas; função das contas; funcionamento das contas.

O plano de contas é um guia, um estudo prévio dos fatos administrativos que deverão ser

registrados, e constitui um documento no qual são estabelecidas as regras básicas para o registro sistemático desses mesmos fatos.

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Capítulo 4 Contabilidade Pública

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74 Sistemas de Contas Os planos de contas voltados para a contabilidade governamental apresentam as contas em quatro sistemas: Sistema Orçamentário SISTEMAS DE Sistema Financeiro CONTAS Sistema Patrimonial Sistema de Compensação

Sistema Orçamentário Evidencia o registro contábil da receita e da despesa, de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos Créditos Adicionais, assim como o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis, ou seja, no final do exercício apresenta os resultados comparativos entre a previsão e a execução orçamentária registrados. Exemplo de registros: receita prevista (orçamento da receita), créditos autorizados (orçamento da despesa), abertura dos créditos adicionais, descentralização dos créditos (provisão, destaque), utilização dos créditos (empenho da despesa), inscrição dos RP não processados. Sistema Financeiro Engloba todas as operações que resultam débitos e créditos de natureza financeira, não só das compreendidas (receitas e despesas orçamentárias), como também das não compreendidas na execução orçamentária (receitas e despesas extra-orçamentárias), que serão objeto de registro e controle contábil. Apresentando no final do exercício o resultado financeiro apurado.

Exemplo de registros: cota financeira, sub-repasse, repasse, arrecadação da receita, liquidação e pagamento da despesa, recebimentos e pagamentos extra-orçamentários. Sistema Patrimonial Registra analiticamente todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, bem como mantém registro sintético dos bens móveis e imóveis. As alterações da situação líquida patrimonial que abrangem os resultados da execução orçamentária, assim como as variações independentes dessa execução e as superveniências ativas e passivas constituirão elementos do sistema patrimonial. Deverá apresentar, no final do exercício o resultado da gestão econômica (resultado patrimonial). Exemplo de registros: Variações ativas - incorporações de bens e direitos, cancelamento de dívidas passivas (obrigações); Variações passivas – desincorporações de bens e direitos, cancelamento de dívidas ativas (direitos). Sistema de Compensação Registra e movimenta as contas representativas de direitos e obrigações (que não produzem de imediato nenhuma variação patrimonial, embora essa variação possa ocorrer no futuro), geralmente decorrentes de contratos, convênios ou ajustes. Muito embora seja um sistema escriturado com elaboração de balancetes, mensais independentes, a Lei no 4.320/64 o considerou, simplesmente, como contas de compensação e, quando forem elaborados os balanços, no final do exercício, os saldos de suas contas serão incluídos no balanço de sistema patrimonial. Exemplo de registros: registro de responsabilidade pela execução de contrato, convênio, baixa de responsabilidade pela prestação de contas, com a execução de contrato, convênio. O esquema a seguir apresenta o sistema de informações da contabilidade governamental.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 75 SISTEMA DE APOIO SISTEMA DE MATERIAIS SISTEMA DE PESSOAL SISTEMA DE PATRIMÔNIO SISTEMA DE PLANEJAMENTO SISTEMA DE ORÇAMENTO INTERNOS DADOS EXTERNOS CONTABILIDADE CONTABILIDADE CONTABILIDADE CONTABILIDADE

ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA PATRIMONIAL INDUSTRIAL Receita prevista Execução da receita Bens Custos Despesa autorizada Execução da despesa Direitos Ingressos Controle contábil Ingressos e desembolsos Obrigações Resultado Mutações Patrimoniais Resultado Balanço Balanço Balanço Orçamentário Financeiro Patrimonial NECESSIDADES GERENCIAIS _ Controle das operações _ Controle das operações _ Avaliação do patrimônio _ Apuração do déficit _ Apuração do déficit/ _ Determinação do resultado ou superávit orçamentário superávit financeiro e do patrimônio Prestação de Contas

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Capítulo 4 Contabilidade Pública

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ESCRITURAÇÃO RESUMIDA DOS PROF LINO E PISCITELII RECEITA ESTÁGIOS DA RECEITA

sistema

LINO PISCITELI

PREVISÃO

orçament.

D- Receita Prevista C- Orçamento da Receita

D- Receita a Realizar C- Previsão Inicial da Receita

ARRECADAÇÃO

orçament. financ. patrim.

D- Execução da Receita C- Receita Prevista D- Banco C- Receita Arrecadada Só p/ Rec. de Capital D- Variações Passivas - Mutação patr. da receita C- Bem/ Dívida/Direito

D- Receita Realizada C- Receita a Realizar D- Bancos C- Receita Corrente/Capital Só p/ Rec de Capital D- Mutaç. Pass. Orçam. (VPMP) C- Bem/ Dívida/Direito

DÍVIDA ATIVA

PATRIM. (extra-orç)

D- Créditos Fiscais Inscrit. C- Var. Ativ. - IEO

D- Dívida Ativa C- Acréscimos Partrim. (VAIEO)

DESPESA ESTÁGIOS DA DESPESA

sistema

LINO PISCITELI

FIXAÇÃO

orçament.

D- Orçamento da desp. C- Créditos disponíveis

D- Crédito Inicial C- Crédito Disponível

Provisão (Descentralização interna do Crédito)

orçamen

Na Set. Orç. D- Crédito Disponível C- Provisão Concedida Na UGE D- Provisão Recebida C- Crédito Disponível

Empenho orçament. D- Créditos disponíveis C- Despesa Empenhada

D- Crédito Disponível C- Crédito Empenhado a Liquidar D- Emissão de Empenhos C- Empenhos a Liquidar D- Valores Comprometidos C- Valores em liquidação

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 77Liquidação

orçament Financ. Patrim.

D- Despesa realizada C- Execução da Despesa D- Despesa Liquidada C- Despesa liquid. a pagar D- Bem/Direito/ObrigaçãoC- Variações Ativ.- Mutação patrim. da desp.

D- Crédito Empenh. a Liquidar C- Crédito Empenh. Liquidado D- Empenhos a Liquidar C- Empenhos Liquidados D- Valores em liquidação C- Valores liquidados a Pagar __________________________ P/ Liquid e Pagto. Imediato D- Depesa Corr/Capital C-limite de saque c/ vinculação de pagamento P/ liquid. e pagto. posterior D- Depesa Corr/Capital C- Fornecedores (o saldo nesta conta em 312/12 será o RP liquidado D- Bem/Direito/Obrigação C- Variações Ativ.- Mutação patrim. da desp

Liberação de Recursos financeiros

financ Na Set. Prog. Financ. D- Interf. Passiva Orçamentária (cota/sub-repasse/repasse concedido) C- Banco / limite de saque c/ vinculação de pagamento Na UGE D- Banco/ limite de saque c/ vinculação de pagamento C- Interferência Ativa Orçamentária (cota/sub-repasse/repasse recebido)

Pagamento

financ.

D- Despesa liquid. a pagarC- Bancos

D- Fornecedores C- Limite de saque c/ vincul. e pagamento

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Capítulo 4 Contabilidade Pública

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78Inscrição em RP

financ orçament. financ. patrim.

Liquidados D- Despesa liquid. a pagarC- Restos a pagar não liquidados D- Despesa empenhada C- Execução da despesa D- despesa realizada C- Restos a pagar não processado só p/ desp. de capital D- Bens a incorporar C- Variações ativas - mutações patrim. da desp.

Liquidados vide comentário na liquidação para pos- terior pagamento Não liquidados D- Crédito Empenh. a Liquidar C- Crédito Empenh. liquidado D- Empenhos a Liquidar C- Empenhos liquidados D- Valores em liquidação C- Empenhos Inscritos em RP D- Despesa Corrente/Capital - RP C- RP não processados a liquidar

Exercícios de fixação 1) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: a) Sistema Orçamentário ( ) Receita Prevista b) Sistema Financeiro ( ) Bancos c/Movimento c) Sistema Patrimonial ( ) Restos a Pagar ( ) Execução Da Receita ( ) Variações Ativas ( ) Dívida Ativa ( ) Dívida Fundada Interna 2) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: a) Registro das estimativas da receita ao início de cada exercício ( ) sistema compensado com base na Lei de Orçamento. b) Registro dos ingressos recebidos, tanto de natureza orçamentária ( ) sistema patrimonial como extra-orçamentária. c) Encerramento, ao fim do exercício, das contas orçamentárias de re- ( ) sistema financeiro receita e despesa, com transferência para a apuração do resultado econômico. d) Controle dos bens e valores do Estado, inclusive bens de terceiros ( ) sistema orçamentário que estejam de posse do Estado. 3) A escrituração sintética é feita nos livros: ...................................e............................................ . 4) A escrituração analítica é feita nos livros:................................... Relacione-os: 5) Na escrituração...........................é utilizado o método das partidas simples.

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5 BALANÇOS Os resultados gerais do exercício serão demonstrados nos Balanços Orçamentário e Financeiro e na Demonstração das Variações Patrimoniais, e a situação patrimonial no Balanço Patrimonial, devendo ser apresentados segundo os Anexos nos 12, 13, 15 e 14 da Lei no 4.320/64, respectivamente. Balanço Orçamentário De acordo com o art. 102, da Lei no 4.320/64, “demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas”. O resultado final do exercício será obtido estabelecendo as diferenças para mais ou para menos, ou seja, a soma dos excessos e a das insuficiências, que resultam num superávit ou num déficit na execução do orçamento. Na comparação do executado com o orçado, têm-se:

Receita prevista > Receita arrecadada = insuficiência de arrecadação; Receita prevista < Receita arrecadada = excesso de arrecadação; Despesa fixada > despesa realizada = economia de despesas; Despesa fixada < despesa realizada = excesso de despesas; Receita arrecadada > Despesa realizada = superávit; Receita arrecadada < Despesa realizada = déficit; Receita arrecadada = Despesa realizada = equilíbrio orçamentário.

O Balanço Orçamentário deve ser elaborado obedecendo-se a um modelo, agregado à Lei Federal no 4.320/64, como Anexo no 12, sendo em realidade um quadro onde se resume a receita do exercício, a nível de fonte, e a despesa a nível de créditos orçamentários e suplementares globais, em termos de previsão e fixação respectivamente, e de execução, ou seja, o quanto foi realizado, apresentando a seguir as diferenças entre ambas. Para o levantamento do Balanço Orçamentário, são necessários lançamentos efetuados no Sistema Orçamentário, desde a abertura do Orçamento quando de sua aprovação ao encerramento do Sistema no final do exercício.

BALANÇO ORCAMENTÁRIO EM 31/12/200X ANEXO NO 12

RECEITA DESPESA Títulos Rec. Cor. Rec. Trib. Rec.de Contr Rec. Patrim. Transf. Cor. Rec. de Cap

SOMA Déficit

Previsão

Execução

Diferença Títulos Créditos Orçamentários/Suplementares Especiais Extraord.

SOMA Superávit

Fixação Execução Diferença

TOTAIS TOTAIS

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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80 Balanço Financeiro A Lei no 4.320/64, com respeito ao Balanço Financeiro, diz em seu artigo 103: “O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único - Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar a sua inclusão na despesa orçamentária.” O Balanço Financeiro preconizado através do artigo acima, da Lei no 4.320/64, fica claramente entendido quando observado o modelo que constitui o Anexo no 13, dessa mesma lei, sendo um quadro de contabilidade com duas seções, “receita” e “despesa”, em que se distribuem as entradas e as saídas de numerário, demonstrando-se as operações de tesouraria e de dívida pública, igualando-se as duas somas com os “saldos de caixa”, o inicial e o existente (que se transfere para o exercício seguinte). Registrando-se todas essas movimentações teremos a seguinte situação: Saldo inicial (anterior) + entradas (receitas) - saídas (despesas) = saldo existente (atual). Na coluna de receita inscrevem-se: ♦ os totais da receita orçamentária por categoria econômica e suas subdivisões; ♦ os totais da receita extra-orçamentária e ♦ os saldos provenientes do exercício anterior(disponíveis). No título “Restos a Pagar”, classificado como receita extra-orçamentária, será computado o total dos “Restos a Pagar” inscritos no exercício, para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Deve-se entender que o Balanço Financeiro tem a função de um demonstrativo de fluxo de caixa; logo, as despesas não pagas, que foram computadas no balanço orçamentário, e figuram também no balanço financeiro, não provocaram alterações no saldo disponível (caixa e bancos), anulando-se seu efeito por inclusão simultânea nas colunas da receita e da despesa. Do mesmo modo, o Serviço da Dívida a Pagar também integra a receita extra-orçamentária. Na coluna da despesa serão inscritos:

♦ os totais da despesa orçamentária por funções (total empenhado); ♦ os totais da despesa extra-orçamentária (total pago); ♦ os saldos para o exercício seguinte (disponíveis).

Deverá também constar no Balanço Financeiro, na especificação da despesa orçamentária, a despesa realizada (paga e a pagar), que inclui a inscrição em Restos a Pagar. O valor desta inscrição deverá igualar-se numericamente aos Restos a Pagar classificados como receita extra-orçamentária, como exposto acima. A despesa orçamentária efetivamente paga no exercício será a diferença entre a despesa realizada (empenhada) e a inscrição em Restos a Pagar (empenhada, a pagar). Os Restos a Pagar que figuram como despesa extra-orçamentária referem-se a pagamentos no exercício, correspondentes a valores inscritos no exercício anterior, razão de seu pagamento não ser considerado como despesa orçamentária, porque já tiveram o tratamento de despesa orçamentária quando de sua inscrição. Este procedimento também é aplicado para o Serviço da Dívida a Pagar Assim, o levantamento do Balanço Financeiro, como se deve proceder para qualquer levantamento de balanço, dependerá sempre do levantamento de balancetes prévios, também chamados de verificação, elaborados em 31 de dezembro, seguidos de feitura dos lançamentos de encerramento com vistas ao balanço geral. Os procedimentos a serem seguidos devem, ser dispostos por um trâmite devidamente organizado, desde a escrituração dos livros, feitura de lançamentos, passando-se para os levantamentos dos balancetes, culminando-se com a elaboração dos Balanços Gerais.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 81

BALANÇO FINANCEIRO EM 31/12/200X - ANEXO NO 13

RECEITA DESPESA $ $ $ $ $ $

Orçamentária Receitas Correntes Receita Tributária Receita Patrimonial Receitas de Capital Alienação de Bens Móveis Extra -Orçamentária Restos Pagar Serviço da Dívida a Pagar Outras contas pendentes Depósitos Cauções Consignações Saldo do Exercício Anterior Disponível Caixa Bancos e Correspondentes Total

Orçamentária Agricultura Educação e Cultura Transporte ... Extra-Orçamentária Restos a Pagar Serviço da Dívida a Pagar Outras contas pendentes Depósitos Cauções Consignações Saldo para o Exercício Seguinte Disponível Caixa Bancos e Correspondentes Total

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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82 Balanço Patrimonial É o demonstrativo (Anexo no 14 da Lei no 4.320/64) que evidencia a posição das contas que constituem o Ativo e o Passivo. O Ativo demonstra a parte positiva, representada pelos bens e direitos, e o Passivo representa os compromissos assumidos com terceiros; e o equilíbrio numérico do Balanço é estabelecido pelo Saldo Patrimonial positivo ou negativo. Na coluna do Ativo inscrevem-se os valores do: ♣ Ativo Financeiro; ♣ Ativo Permanente; ♣ Saldo Patrimonial (Passivo Real a Descoberto, quando negativo) e ♣ Ativo compensado. Na coluna do Passivo deve figurar os valores do: ♣ Passivo Financeiro; ♣ Passivo Permanente ♣ Saldo Patrimonial (Ativo Real Líquido, quando positivo); e ♣ Passivo Compensado. O artigo 105 da Lei no 4.320/64, em seu parágrafo 1o, determina que “O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numéricos”. Este compreende as contas representativas do Disponível e do Realizável, formado em grande parte pelos créditos a curto prazo da Fazenda Pública. Como esses valores independem de autorização orçamentária para sua movimentação e realização, não é necessária que constem do orçamento da unidade. Entretanto, o superávit financeiro (diferença entre o ativo financeiro e passivo financeiro), constitui fonte de recursos para autorização de créditos adicionais, aprovados durante o exercício financeiro, pois esse superávit em princípio só é conhecido depois da aprovação do orçamento. De acordo com o parágrafo 2o do citado artigo, “O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa”. Compreende os Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens de Natureza Industrial e Créditos a longo prazo. Denomina-se Ativo Real a soma do Ativo Financeiro com o Ativo Permanente. Determina o parágrafo 3o do artigo 105 que “O Passivo Financeiro compreenderá os compromissos exigíveis cujo pagamento independe de autorização orçamentária”. Representa esses compromissos a Dívida Flutuante (RP, depósitos, serviço da dívida a pagar, débitos de tesouraria). “O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate” é o que versa o parágrafo 4o do artigo mencionado da Lei. Compreende as dívidas a longo prazo, de exigibilidade superior a um ano, que sejam internas ou externas, contraídas para atender a desequilíbrio orçamentário ou financiamento de obras e serviços públicos. Como dito anteriormente, a LRF determinou a inclusão na dívida pública fundada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento (receitas de capital). Denomina-se Passivo Real a soma do Passivo Financeiro com o Passivo Permanente. O Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro não são, normalmente, escriturados no Sistema Patrimonial, por se referirem a operações e movimentação de caráter financeiro, entretanto, assim como as contas de compensação, os saldos das contas relativas a créditos e valores realizáveis, independentemente de autorização orçamentária (Caixa/Bancos e Realizáveis) e dos valores numerários, são demonstrados no Balanço Patrimonial, e constituem o Ativo Financeiro. Por sua vez, os compromissos exigíveis cujo pagamento independa de autorização orçamentária (Restos a Pagar, Depósitos, Débitos de Tesouraria, enfim, o que se denomina dívida flutuante) são demonstrados no Balanço Patrimonial e constituem o Passivo Financeiro. O Saldo Patrimonial corresponde à acumulação dos Resultados Patrimoniais, apurados através do quadro da Demonstração das Variações Patrimoniais, acrescendo-se ao resultado do exercício, ou diminuindo-se, conforme o caso, do saldo anterior. Se o saldo patrimonial for positivo, será denominado Ativo Real Líquido, caso seja negativo será denominado Passivo Real a Descoberto. Isto fica bem perceptível, ao olharmos para o quadro Anexo 15, que apresenta o saldo do exercício, e depois observarmos o saldo patrimonial apresentado pelo Balanço Patrimonial.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 83 Embora o Sistema de Compensação seja escriturado independentemente, a lei manda que a demonstração das contas de compensação seja feita no balanço patrimonial, conforme o inciso VI, do artigo 105 que diz: “Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, direta ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio”. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/19X0 - ANEXO NO 14

ATIVO PASSIVO Títulos $ $ $ Títulos $ $ $ FINACEIRO Disponível Caixa Bancos e Corresp. REALIZÁVEL Diversos Deved. Outras contas pend. PERMANENTE Bens Móveis Bens Imóveis Créditos Valores Diversos SOMA DO ATIVO REAL SALDO PATRIMONIAL Passivo Real a Descoberto ATIVO COMPENSADO TOTAL

FINANCEIRO Restos a Pagar (inscrito) Serviço da Dívida a Pagar DEPÓSITOS Cauções Consignações Débitos de Tesouraria PERMANENTE Dívida Fundada Interna Por contratos SOMA DO PASSIVO REAL SALDO PATRIMONIAL Ativo Real Líquido Anterior Do exercício PASSIVO COMPENSADO TOTAL

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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84 Demonstração das Variações Patrimoniais Conforme o artigo 104 da Lei no 4.320/64 “a Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício”. A Demonstração das Variações Patrimoniais é um quadro com duas seções, “Variações Ativas” e “Variações Passivas”, distribuídas em três grandes grupos: Resultantes da Execução Orçamentária, Mutações Patrimoniais e Independentes da Execução Orçamentária. ♣ As Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária são representadas pelas Receitas Orçamentárias realizadas durante o exercício, e querem refletir a variação patrimonial aumentativa, causada pela entrada do numerário. Já as Variações Passivas Resultantes da Execução Orçamentária são representadas pelas Despesas Orçamentárias realizadas durante o exercício, e querem expressar a variação patrimonial diminutiva, causada pela saída de numerário. ♣ As Mutações Patrimoniais Ativas, já mencionadas na parte relativa ao Patrimônio Público, que sempre derivam de fatos Resultantes da Execução Orçamentária, demonstram os aumentos patrimoniais, relativos à entrada de bens (incorporações), adquiridos ou trocados, permutados, enfim, por numerário. As Mutações Patrimoniais Passivas, que também sempre derivam de fatos Resultantes da Execução Orçamentária, demonstram as diminuições patrimoniais, relativas à saída de bens (desincorporações), alienados ou trocados, mudados enfim, por numerário. Mais uma vez alertamos para o fato de que as Mutações Patrimoniais, ou seja, a troca, modificação ou mudança, em termos patrimoniais, de bens, só ocorrem derivadas que são da execução orçamentária.

As variações ativas e passivas da execução orçamentária referem-se ao caixa para a receita (arrecadação) e às despesas realizadas (liquidação) no sistema financeiro.

♣ As Variações Ativas, Independentes da Execução Orçamentária, são sempre originadas por fatos Supervenientes Ativos, ou de Insubsistências Passivas, isto é, fatos que surgem aumentando o ativo ou diminuindo o passivo, porém sempre de forma ativa. Por sua vez, as Variações Passivas, Independentes da Execução Orçamentária, são sempre originadas por fatos Supervenientes Passivos, ou de Insubsistências Ativas, isto é, fatos que surgem aumentando o passivo ou diminuindo o ativo, porém de forma passiva. O Resultado Patrimonial apurado na Demonstração das Variações patrimoniais será a diferença entre as Variações Ativas e as Variações Passivas. Quando as variações ativas ultrapassam as passivas, o resultado representará um Superávit; em sentido inverso, o resultado obtido representará um Déficit. Este resultado patrimonial do exercício é demonstrado no Balanço Patrimonial, pois constitui o Saldo Patrimonial existente.

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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Após o término do exercício financeiro (31/12 de cada ano), ou seja, após a conclusão do estágio do

orçamento chamado Execução Orçamentária, o qual envolve tudo o que vimos a partir da arrecadação da

receita e do empenho da despesa até a Inscrição dos RP, entramos no estágio da Avaliação da execução

orçamentária, o qual envolve as Tomadas e Prestações de Contas Anuais, embora durante o próprio

período da execução vemos outras tomadas e prestações de contas, abaixo descritas.

TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS: Responsáveis Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas (artigo 93 do Decreto-lei no 200/67). O Decreto nº 93.872/86, em seu Art. 145 determina “quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes (Dec. -Iei nº 200/67, art. 93)”. O Art. 147 do mesmo Decreto esclarece “terão sua situação perante a Fazenda Nacional evidenciada na tomada de contas anual, o ordenador de despesas, o agente recebedor ou pagador e o responsável pela guarda ou administração de valores e outros bens da União, ou pelos quais esta responda”.

O Art. 70 da CF/88 estabelece em seu Parágrafo único que “ Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”. Pela legislação orçamentária e financeira estão sujeitos ao levantamento de contas: I - Na Administração Direta os ordenadores de despesa; os agentes recebedores; os almoxarifes ou encarregados de depósitos; outros responsáveis, co-responsáveis ou responsáveis que de algum modo sejam gestores, isolada ou conjuntamente, de dinheiros, valores e bens do Estado ou pelos quais este responda. II - Na administração Indireta os administradores ou dirigentes das entidades seguintes: autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista. III - Em outra áreas os partidos políticos; os sindicatos, de representação profissional e representação econômica, gestores de contribuições profissionais; fundações instituídas ou mantidas pelo poder público; etc. A Instrução Normativa nº 12/96 do Tribunal de Contas da União, atualizada pela de nº 37/00, relaciona como responsáveis:

o O ordenador de despesas; o O ordenador de restituição de receitas; o O dirigente máximo; o O dirigente máximo do órgão ou entidade supervisora; o O dirigente máximo do banco operador; o Os membros da diretoria; o Os membros dos órgãos colegiados responsáveis por atos de gestão, definidos em

lei, regulamento ou estatuto; o Os membros dos conselhos de administração, deliberativo ou curador e fiscal;

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 87o O encarregado do setor financeiro ou co-responsável por atos de gestão; o O encarregado do almoxarifado ou do material em estoque; o O encarregado do depósito de mercadorias e bens apreendidos; e o Os membros dos colegiados do órgão ou entidade gestora.

Processos O levantamento de contas pode ser efetuado por duas modalidades: Prestação de Contas Tomada de Contas E são regulados pelo TCU (Instrução Normativa 12/96) e pela Secretaria Federal de Controle – SFC (IN 2/2000), ambas com alterações posteriores. Prestação de contas É o processo organizado pelo próprio agente responsável ou pelos órgãos de contabilidade analítica das entidades da administração indireta, referente aos atos de gestão praticados pelos respectivos dirigentes. Tomada de Contas É o processo preparado pelo órgão de contabilidade analítica da administração direta (formalizado pelo titular da UG), referente aos atos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial e a guarda de bens e valores públicos sob a responsabilidade responsável. Objetiva evidenciar os resultados alcançados, mediante confronto do programa de trabalho , com as informações e comprovantes da execução física dos projetos e das atividades efetivamente desenvolvidas. As IN acima estabelecem especialmente os documentos que devem instruir os processos e os prazos a serem observados em seu encaminhamento. Estabelecem-se, ademais, documentos, registros e controles a serem mantidos, a fim de facilitarem-se os trabalhos de auditoria e de inspeção.

Atualmente a IN SFC 01/2002 define rotinas e estabelece o fluxo processual para o fornecimento de informações, ao Tribunal de Contas da União, sobre irregularidades ou ilegalidades constatadas quando da realização das ações de controle, no âmbito do Poder Executivo Federal e a Orientação Normativa 02/2001 também do SFC da orientações técnicas e instruções procedimentais de cunho operacional, sobre as normas de organização e apresentação dos processos de tomada e prestação de contas, disciplinadas na Instrução Normativa SFC/MF n.º 02, de 20 de dezembro de 2000.

Devem encaminhar os processos:

UG da Administração Direta; Entidades autárquicas e fundacionais; Empresas públicas; Sociedade de Economia mista e demais empresas controladas direta ou indiretamente pela

União; Empresas encampadas ou sob intervenção federal; Fundos constitucionais, de investimentos ou outros fundos que devam prestar contas em

processo autônomo (fundo partidário); Órgãos ou entidades que arrecadem ou gerenciem contribuições para-fiscais (CFC);

Órgão ou entidades sob contrato de gestão.

Tipos Tipos de Tomada de Contas Segundo as definições da IN/SFC 02/00,

a tomada de contas poderá se anual, especial e extraordinária, e a prestação de contas, anual e extraordinária.

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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88A anual é levantada ao final do exercício financeiro. A especial, quando se verificar que não houve prestação de contas por agente responsável ou que ocorreu desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública. A extraordinária, nos casos de tomada de contas, será levantada quando ocorrer a extinção, dissolução, transformação, fusão ou incorporação de unidades gestora de um ministério ou órgão; nos casos de prestação de contas, será elaborada quando ocorrer a extinção, cisão, fusão, incorporação, transformação, liquidação ou privatização de entidades da administração indireta, inclusive as fundações instituídas e/ou mantidas pelo Poder Público Federal. A IN 9/90 do Departamento do Tesouro Nacional, dispensou o levantamento do PTC ou do PPC anual, quando o dirigente da unidade não tiver praticado atos de gestão orçamentária e financeira previstos no § 1º do art. 80 do DL 200/67. Documentos Os documentos integrantes dos processos, de modo geral, compreendem relação dos dirigentes e responsáveis e de servidores em débito, demonstrativos da execução orçamentária, demonstrações contábeis, relatórios e pareceres de dirigentes, gestores e instâncias de controle, inclusive externas, normas alteradoras do funcionamento do órgão/entidade, dispêndios e outros tetos, composição e participações de capital, demonstrativos sobre a situação do pessoal ativo e inativo, sendo que estes documentos são exigidos de acordo com a natureza jurídica da entidade, a modalidade do instrumento de descentralização adotado (convênio, acordo, ajuste) ou a forma de concessão dos recursos (subvenção, auxílio, contribuição, suprimento de fundos). Prazos para encaminhamento e julgamento das contas

A IN 12/96 do TCU determinou que “salvo disposição legal ou regulamentar do Tribunal em contrário”, o prazo máximo para apresentação das contas (encaminhamento ao TCU) é de 120 dias a partir do encerramento do correspondente exercício financeiro, como regra geral, e de 150 dias para a administração indireta, inclusive fundações públicas, empresas controladas direta ou indiretamente, além das sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, bem como os fundos constitucionais, de investimentos e outros, entidades administradas sob controle de gestão que gerenciem contribuições parafiscais.

Para o encaminhamento dos processos ao Controle Interno de cada órgão, os prazos são: PTC e PPC anuais – até 45 dias e até 75 dias, respectivamente, a partir do encerramento do

exercício financeiro; Tomada de contas extraordinária – até 60 dias, contados da data de extinção, dissolução,

transformação, etc; Prestação de contas extraordinária – até 90 dias, contados da data de extinção, cisão,

dissolução, transformação, etc; A apreciação das contas anuais do Presidente da República se dá mediante parecer prévio, em sessenta dias de seu recebimento (art. 71, inciso I da CF), que por sua vez, deve ocorrer dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. A Constituição/88 é bastante clara quando estabelece que todos os poderes governamentais manterão, de forma integrada, o sistema de controle interno, bem como, que o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União e a Lei no 4.320/64 diz que o mesmo terá por objetivo verificar a probidade da Administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento. CONTROLE E AVALIAÇÃO EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA Orçamento público surgiu com a finalidade de ser instrumento de controle. A Lei nº 4320/64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 89Constituição Federal de 1988, art.70, caput. ampliou o conceito, abrangendo além da fiscalização financeira e orçamentária, as áreas operacional e patrimonial: “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia das receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder”. A Lei nº 4320/64, define no art. 75 as áreas do controle orçamentário: O controle da execução orçamentária compreenderá: I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; II – a fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; III – o cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. Os itens I e II caracterizam os aspectos jurídico-legais do controle orçamentário. O item III, representa uma evolução nas concepções de controle (orçamento programa). O CONTROLE EXTERNO O Art. 71 da CF determina que “O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União”.

Portanto o exercício do controle externo é da competência do Legislativo que conta com o auxílio do TCU, cuja atribuições estão detalhadas na CF/88, como segue: I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo presidenta da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento; II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas pelo Poder Público Federal, e as contas daqueles que derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV – realizar por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados , do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; e XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

Essas disposições constitucionais amplamente assentadas nos aspectos adjetivos da gestão pública consagram o estabelecido pela Lei nº. 4.320/64 em seu artigo 81:

O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei do Orçamento. (grifo nosso)

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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90Tanto a lei maior como a lei básica do orçamento (4.320/64) mostram claramente que as

questões contrais de interesse do controle externo são os aspectos legais legados à questão dos dinheiros públicos e à observância dos limites financeiros consignados no orçamento.

O art. 82 da CF diz que ”O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no

prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios. § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer

prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente”. Este artigo é criticado pelos juristas já que submete a Administração Pública ao controle político.

O CONTROLE INTERNO

A Constituição define assim os objetivos principais do controle interno: Art. 74 – Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema

de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Evidencia-se aqui a amplitude da abrangência do controle afeto aos órgãos de controle interno, cujos trabalhos servem de base às verificações e conclusões do TCU.

De acordo com o Art. 77 da Lei 4320/64 “A verificação da legalidade dos atos de execução

orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente”.

Ainda de acordo com Lei 4320/64 cabe ao órgão central de orçamento controlar o cumprimento da programação de trabalho: “Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o contrôle estabelecido no inciso III do artigo 75.

Parágrafo único. Êsse controle far-se-á, quando fôr o caso, em têrmos de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada atividade “.

Também o Art. 78 da mesma lei “Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos”. No Governo Federal após a publicação da LOA, a mesma é introduzida no SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL, que é o sistema em que se cumpre a execução orçamentária. SIAFI Sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessamento aos Órgãos do

Governo Federal existentes em todo o país e também no exterior, que processa a execução orçamentária,

financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da administração federal, direta e indireta.

Abrangência: a) Nível Central – SOF e STN

b) Nível Setorial – órgãos que compõem o controle interno

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 91c) Nível de Execução – UG em geral e Delegacias do Tesouro Nacional nos Estados e no Distrito Federal,

ou Órgãos de Contabilidade Analítica.

Objetivos básicos: a) Prover os órgãos centrais, setoriais e executores de mecanismos adequados de controle diário da

execução orçamentária, financeira e patrimonial; b) Fornecer meios para dinamizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do

Tesouro Nacional; c) Possibilitar a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais para todos

os níveis da administração; d) Integrar e compatibilizar as informações disponíveis nos diversos órgãos e e) Obter a transparência dos gastos públicos. E objetivos específicos: a) Centralização da execução orçamentária, financeira e patrimonial, permitindo a padronização dos

métodos e rotinas de trabalho; b) Unificação dos recursos de caixa do Governo Federal; c) Criação de condições para os órgão de contabilidade analítica realizem seus trabalhos de forma mais

efetiva, permitindo melhor alocação de recursos humanos na análise e controle das informações contábeis.

Órgãos: São os Ministérios, o Ministério Público, as entidades supervisionadas, os Tribunais do Poder Judiciário, as Casas do Poder Legislativo e as Secretarias da Presidência da República. Unidade Orçamentária: Repartição da administração direta a que a Lei do Orçamento ou, especificamente o QDD consigna dotações específicas para a realização de Programas de Trabalho do Governo Federal e, sobre as quais essa repartição exerce o poder de disposição. As UO são codificadas no sistema de classificação institucional. Unidade Administrativa: Repartição pública da administração direta à qual a Lei do Orçamento não consigna diretamente créditos, necessitando, portanto , de provisões de crédito para executar PT a seu cargo, por conseguinte, trata-se de um serviço ou setor vinculado a uma UO. Unidade Gestora UO ou a UA investida de autoridade para gerir créditos orçamentários e recursos financeiros, próprios ou sob descentralização, gerenciado atos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial. Podem ser: UG Responsável UG responsável pela realização da parcela do PT contida num crédito. Pode transferir, no todo ou em parte, créditos orçamentários e recursos financeiros próprios para outra UG, objetivando a execução de determinado PT. UG Executora UG que realiza atos de gestão orçamentária, financeira ou patrimonial, cujo titular, em conseqüência, está sujeito à Tomada ou Prestação de Contas anual. As UG que utilizam seus próprios créditos passam a ser, simultaneamente, UGR e UGE. UG Setorial É aquela e que exerce a supervisão funcional dos atos de execução de uma Unidade Gestora ou Órgão. São: Setorial Orçamentária: que exerce a supervisão funcional dos atos de programação e execução orçamentária de uma UG . Setorial Financeira: exerce a supervisão dos atos de execução financeira de um órgão. Setorial Contábil: responsável pelos dados contábeis apresentados pela UGE a ela jurisdicionadas.

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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92 Setorial de Auditoria: responsável pelas funções de auditoria dos órgãos da administração direta que terão, como Setorial de Auditoria, as Secretarias de Controle Interno.

PLANO DE CONTAS O Plano de Contas Único da Administração Federal tem o propósito de atender de maneira uniforme e sistematizada ao registro contábil de atos e fatos relacionados com os recursos do Tesouro Nacional sob a responsabilidade dos órgãos da administração direta e indireta, de forma a proporcionar maior flexibilidade no gerenciamento e consolidação dos dados e atender as necessidades de informação em todos os níveis da administração Federal. Objetiva, entre outras coisas, permitir através da relação de contas e tabelas, a manutenção de um sistema intregrado de informações orçamentárias, financeiras e patrimoniais na administração pública federal, com a extração de relatórios ncessários à analise gerencial, inclusive balanços e demais demonstrações contábeis. x x x x x xx xxx código

Estrutura 1º nível - classe............................ x 2º nível - grupo........................... .x 3º nível - subgrupo..................... ..x 4º nível - elemento....................... x 5º nível - subelemento................ ..x 6º nível - item...............................x 7º nível - subitem......................... x conta corrente............................. código variável

Sempre que uma conta necessitar de desdobramento maior, que não possa ser atendido através do uso dos níveis do Plano de Contas, será utilizado o mecanismo de controle analítico denominado conta corrente. Estrutura de consolidação de balanços A consolidação de balanços se dará no 3º nível (subgrupo). 1.ATIVO 2. PASSIVO 1.1 - CIRCULANTE 2.1- CIRCULANTE 1.1.1- Disponível 2.1.1 - Depósitos 1.1.2- Créditos 2.1.2 - Obrigações em circulação 1.1.3- Bens e Valores em Circulação 2.1.3 - Emprést. e Finan em circulação 1.1.4- Valores Pendentes a curto prazo 2.1.4 - Valores pendentes a curto praz 1.2 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 2.2- EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 - Dep. realiz. a LP 2.2.1 - Dep. exig. a LP 1.2.2 - Créditos realiz a LP 2.2.2 - Obrig. exig. a LP 2.2.9 - Outras exib. 2.3- RESULT. DE EXERC. FUTUROS 2.3.1- Rec de exerc. futuros 2.3.9- Custos e desp. correspondentes 1.4- PERMANENTE 2.4- PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.4.1- Investimentos 2.4.1 - Patrimônio/capital 1.4.2 - Imobilizado 2.4.2 - Reservas 1.4.3- Diferido 2.4.3- Resultado Acumulado 2.4.9- Ajuste do PL /capital 1.9 - COMPENSADO 2.9 COMPENSADO

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 93 1.9.1 Execução orçamentária da receita 2.9.1 Exec. Orç. da Receita 1.9.2 Execução orçamentária da despesa 2.9.2 Exec. Orç. da Despesa 1.9.3 Execução de Progamação Financ. 2.9.3 Exec. de prog. Financ 1.9.4 Despesas e Dív. dos Est. e Munic 2.9.4 Despesas e Div. dos Est. e Munc 1.9.5 Execução de RP 2.9.5 Execução de RP 1.9.9 Compesações Ativas Diversas 2.9.9 Compesações passiavas Diversas 3- DESPESAS 4- RECEITAS 3.3- Despesas Correntes 4.1 Receitas Correntes 3.4- Despesas de capital 4.2 Receitas de Capital 3.9- Despesas de contigência 4.9 (Deduções da Receita) 5 -RESULTADO DO EXERCICIO 6-RESULTADO DO EXERCÍCIO 5.1 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 6.1 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 5.1.1 Despesa orçamentária 6.1.1 Receita orçamentária 5.1.2 Interferências Passivas 6.1.2 Interferências Ativas 5.1.3 Mutações Patrimonias 6.1.3 Mutações patrimoniais

5.2 RESULTAO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO 6.2 RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO 5.2.1 Baixas patrimoniais 6.2.1 Incorporações patrimoniais 5.2.2 Interferências passivas 6.2.2 Interferências ativas 5.2.3 Mutações patrimoniais 6.2.3 Mutações patrimoniais 6.3 - RESULTADO APURADO

EVENTO Denomina-se evento qualquer ato ou fato contábil que mereça tratamento no SIAFI. O SIAFI baseia-se integralmente na idenficação do evento sob registro para efetuar os processamentos correspondentes, incluindo os registros contábeis. É portanto, imprescindível a correta informação do evento, pois dela depende a correção dos dados e das informações geradas pelo SIAFI. Os roteiros de contabilização contemplam lançamentos: # para a unidade que está efetuando o registro (UGE-1) e # para a unidade que está sendo favorecida, caso seja outra unidade do SIAFI (UG-2). Código do evento: cada evento recebe um código composto de 6 números (XXZYYY), onde: XX corresponde à transação ( identifica eventos de uma mesma natureza) Z correponde ao tipo ( identifica a situação do registro) YYY corresponde ao código sequencial dentra da transação. Ïndices dos códigos de evento por transação: . 10.0.000- eventos de previsão de receita . 20.0.000- eventos de dotação . 30.0.000- eventos de moviementação de crédito . 40.0.000- eventos de empenho . 50.0.000- eventos de apropriação, retenção, liquidação e outros . 51.0.000- eventos de apropriação de despesas . 52.0.000- eventos de retenção e obrigação . 53.0.000- eventos de liquidação de retenção e obrigação . 54.0.000- eventos de diversos . 55.0.000- eventos de apropriação de bens e de direitos . 56.0.000- eventos de liquidação de bens e direitos . 60.0.000- eventos de restos a pagar . 61.0.000- eventos de liquidação de restos a pagar . 70.0.000- eventos de desembolso . 80.0.000- eventos de embolsos e de receita, e por tipo: . 0 - evento normal do gestor . 1 - evento de máquina . 2 - evento complementar do normal

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94. 3 - evento complementar de máquina . 5 - estorno de evento normal . 6 - estorno de evento de máquina . 7 - estorno complementar normal . 8 - estorno complementar de máquina Fundamentos lógicos • Os códigos dos eventos não mantém relação com os documentos de entrada do SIAFI, à exceção dos

eventos 20, 30 e 40, que somente podem aparecer, respectivamente, Nota de Dotação (ND), Nota de Movimentação de Crédito (NC) e Nota de Empenho (NE).

• Os eventos 10 são preenchidos de forma individual na NL e se destinam a registrar a previsão da receita. • Os eventos 20 são indicados na ND e objetivam registrar a dotação da despesa. • Os eventos 30 são indicados de forma individual na NC e se destinam a registrar a movimentação de

créditos orçamentários. • Os eventos 40 são preenchidos na NE ou PE (Nota de Pré-Empenho) • Os códigos de eventos 50, 60, 70 e 80, quando preenchidos em NL, não podem se apresentar de forma

individual ( exceto os códigos 54), porque são eventos representativos de partida contábiol de débitos (51, 53, 55, 61 e 70) e de créditos ( 52, 56 e 80). A combinação/ utilização desses eventos apresenta-se descrita abaixo:

• Os eventos 51.0.xxx são utilizados sempre que a despesa for reconhecida. Esse evento exigem como complemento, eventos 52.0.2xx para o caso de retenção da respectiva obrigação da NL. Em se tratando de pagamento direto, o evento de despesa é utilizado diretamente na OB que apropriará e liquidará, simultaneamente a despesa.

• Os eventos 52.0.2xx são utilizados, normalmente, em conjunto com os 51.0.xxx ou 61.0.xxx, sempre que houver retenção da obrigação para pagamento posterior.

• Os eventos 53.0.3xx são utilizados para liquidar obrigações, retidas por meio dos eventos 52.0.2xx, e suas dezenas finais mantém, na sua maioria, correlação entre si, para facilitar a identificação e o uso dos mesmos.

• Os eventos 54.0.xxx são utilizados em situações diversas, e não necessitam ser associados a outro evento, por apresentarem, em seu roteiro de contabilização, a partida dobrada. São exemplos de registros diversos: apropriação de adiantamentos concedidos e suas baixas, apropriação da correção monetária, apropriação da depreciação, amortização e exaustão, registro da incorporação de bens recebidos em doação, registro de baixa de estoques, apropriação da reavaliação de bens, registros da assinatura de contratos, baixa de suprimentos de fundos, baixa e cancelamentos da dívida ativa, baixa de bens por doação, permuta e outros casos.

• Os eventos 55.0.5xx são utilizados para apropriar os valores representativos de bens e direitos , inclusive por desembolsos efetuado pela própria unidade gestora para prestação de contas posterior.

• os eventos 56.0.6xx são utilizados para liquidar os bens e direitos, apropriados pelos eventos 55.0.5xx, e suas dezenas finais mantém, na sua maioria, correlações entre si, para facilitar a identificação e o uso dos mesmos.

• Os eventos 61.0.xxx são utilizados para apropriar as despesas incritas em RP. As sequências dos eventos são as mesmas, tanto para 51 quanto para 61.

• Os eventos 70.0.7xx são utilizados para apropriação de desembolsos (normalmente, concessão de cotas, sub-repasses, etc). Suas dezenas finais mantém, na sua maioria , correlação com os eventos 80.0.8xx, para facilitar a identificação e o uso dos mesmos.

• Os eventos 80.0.8xx são utilizados para apropriação de embolsos ou de receitas. • O SIAFI somente valida os documentos de entrada de dados, em termos contábeis, se eles se

apresentarem com eventos que, no todo, completem partidas dobradas ( total dos débitos igual ao total dos créditos).

• Os eventos 51, 53, 55, 61, e 70, utilizados em OB (bem como sos 52, 56, e 80), geram, automaticamente, um evento de máquina, fazendo a partida dobrada com um lançamento a débito ou a crédito, conforme o caso, na conta contábil Banco correspondente.

No dia seguinte ao registro dos eventos deverá ser procedida a conformidade de registro, que equivale à assinatura do responsável pela contabilidade da UG.

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QUESTÕES DE CONCURSOS 1) A lei 4.320/64 estatui: a) Normas de Direito Tributário para elaboração dos Códigos Tributários dos Estados e Municípios. b) Normas de Direto Comercial para elaboração dos Códigos referentes ao comércio. c) Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle do sistema financeiro. d) Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. e) Normas Gerais de Direto Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União e dos Estados. 2) Os créditos adicionais classificam-se em: a) suplementares, especiais e autorizativos; b) suplementares, especiais e extraordinários; c) autorizativos, suplementares e extraordinários; d) especiais, autorizativos e orçamentários; e) extraordinários, autorizativos e especiais. 3) Pertencem ao exercício financeiro as a) receitas arrecadadas em exercícios anteriores; b) despesas compromissadas; c) receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas; d) despesas empenhadas nos três últimos exercícios; e) despesas empenhadas. 4) O “Déficit”, o “Superávit” ou o Equilíbrio da “execução orçamentária” devem ser demonstrados através do a) Balanço Financeiro. b) Balanço Econômico. c) Balanço Patrimonial. d) Balanço Orçamentário. e) Balanço Financeiro e Econômico. 5) Empenho é o ato de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento: a) pendente ou não de implemento de condição. b) não pendente do implemento de condição. c) com autorização do Presidente do Legislativo. d) sem a necessária autorização competente. e) com a respectiva dotação orçamentária. 6) A dotação destinada à constituição ou aumento do capital de empresas industriais e agrícolas deve ser classificada como: a) despesa de custeio; b) inversões financeiras; c) transferências de capital; d) transferências correntes; e) investimentos. 7) O resultado econômico do exercício é apurado através do Sistema de Contabilidade: a) Patrimonial; b) Financeiro; c) Industrial; d) Bancário; e) Orçamentário.

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96 8) “O controle externo será exercido.................................................com o auxílio ..................... ...” Assinale o preenchimento correto das lacunas: a) pelo Poder Executivo - da Câmara Municipal b) pela Câmara Municipal - do Tribunal de Contas c) pelo Tribunal de Contas - da Câmara Municipal d) pela Auditoria - do Tribunal de Contas e) pela Inspetoria de Finanças - da Câmara Municipal. 9) O procedimento pelo qual, dentro dos prazos fixados em lei, regulamento ou instrução, o responsável está obrigado, por iniciativa pessoal, a comprovar ante o órgão competente o uso, o emprego ou a movimentação dos bens, numerários e valores que lhe forem entregues e confiados, caracteriza a) Tomada de Contas b) Tomada de Contas Especial c) Comprovação dos Atos da Gestão d) Prestação de Contas e) Auditoria de Gestão. 10) Um dos procedimentos adotados para controle dos bens patrimoniais na administração pública é a) atribuir número de registro para lotes de bens b) elaborar fichas de lotes de bens c) realizar por determinação do Tribunal de Contas verificações periódicas d) atribuir número patrimonial para bens e almoxarifado e) atribuir número de registro para cada bem individualmente. 11) Os estágios da despesa pública, cronologicamente, obedecem a seguinte ordem: a) fixação, liquidação, empenho e pagamento. b) empenho, fixação, liquidação e pagamento. c) empenho, fixação, pagamento e liquidação. d) empenho, liquidação, fixação e pagamento. e) fixação, empenho, liquidação e pagamento. 12) Cronologicamente, os estágios da receita podem ser assim apresentados: a) previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. b) previsão, arrecadação, lançamento e recolhimento. c) previsão, arrecadação, recolhimento e lançamento. d) lançamento, previsão, recolhimento e arrecadação. e) lançamento, previsão, arrecadação e recolhimento. 13) O registro da “Despesa” pelo “orçamento aprovado” pode ser feito através de a) Créditos Disponíveis a Execução da Despesa b) Orçamento da Despesa a Créditos Disponíveis c) Execução da Despesa a Orçamento da Despesa d) Créditos Especiais a Orçamento da Despesa e) Orçamento da Despesa a Créditos Especiais. 14) O Município, através do Tesouro Municipal, efetua o pagamento de “Restos a Pagar” e é registrado da seguinte forma: a) Restos a Pagar a Execução da Despesa b) Execução da Despesa a Bancos e Correspondentes c) Restos a Pagar a Transferências Financeiras d) Restos a Pagar a Bancos e Correspondentes e) Bancos e Correspondentes a Restos a Pagar.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 97 15) O Responsável por Adiantamento, ao ser considerado em “alcance”, estará sujeito à a) advertência b) exoneração c) multa e tomada de contas d) demissão e reposição do adiantamento e) suspensão e reposição do adiantamento. 16) Quando se verificar a omissão do responsável na comprovação do uso, o emprego ou a movimentação dos bens, numerários e valores que lhe foram entregues ou confiados, cabe a seguinte ação. a) inspeção Especial do Tribunal de Contas b) elaboração de Tomada de Contas pelo órgão competente c) realização de Prestação de Contas Especial d) realização de Tomada de Contas Extraordinária e) inspeção Ordinária de Auditoria Geral 17) A prefeitura do município de Dois Irmãos, no exercício de 19x1, realizou Operações de Crédito por Antecipação de Receita no valor de $ 150.000,00. Como foi contabilizado este fato? a) Débito de Tesouraria a Operações de Créditos b) Bancos e Correspondentes a Receitas Correntes c) Bancos e Correspondentes a Débito de Tesouraria d) Débito de Tesouraria a Receita de Capital e) Operações de Créditos a Receita Orçamentária 18) No exercício de 19x1, a prefeitura amortizou dívidas contraídas anteriormente com o Banco Holandês Unido S/A, com sede na Holanda. Qual o correspondente lançamento contábil? a) Dívida Fundada Interna a Variações Ativas b) Dívida Fundada Interna a Variações Passivas c) Variações Ativas a Dívida Fundada Externa d) Dívida Fundada Externa a Variações Ativas e) Dívida Fundada Externa a Variações Passivas 19) O Balanço Patrimonial da Prefeitura de Nova Petrópolis encerrado em 31 de dezembro de 19x0, apresentava as seguintes contas: ATIVO PASSIVO Caixa..........................................$ 550.000 Restos a Pagar.................$ 2.540.000 Bancos........................................$ 1.993.000 Depósitos........................$ 160.000 Valores a Receber.......................$ 237.000 Dívida Fundada Inter.......$ 820.000 Bens Móveis...............................$ 3.220.000 Dívida Fundada Exter......$ 1.180.000 Ações.........................................$ 220.000 Patrimônio......................$ 1.500.000 Total $ 6.200.000 Total $ 6.200.000 Com base no demonstrativo acima, qual o valor do “Superávit Financeiro” a) $ 390.000 b) $ 3.000 c) $ 240.000 d) $ 2.700.000 e) $ 80.000 20) Que tipo de crédito adicional será aberto para reintroduzir o “Superávit” acima no Orçamento de 19x1, no elemento da despesa referente a Obras e Instalações, não incluído no referido Orçamento? a) Crédito Especial b) Crédito Adicional c) Crédito Suplementar d) Crédito Extraordinário

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98e) Crédito Orçamentário 21) A conta Restos a Pagar da Prefeitura Municipal de Dois Irmãos apresentou o saldo final de $ 369.222,00 no Balanço encerrado em 31 de dezembro de 19x0 e, no exercício seguinte, a contabilidade registrou inscrição de Restos a Pagar no valor de $ 1.529.534,00 e uma baixa de Restos a Pagar por pagamentos e cancelamentos no valor de $ 348.603,00. Qual o valor da mutação líquida no exercício de 19x1? a) $ 1.529.534,00 b) $ 1.180.931,00 c) $ 348.603,00 d) $ 369.222,00 e) $ 717.825,00 22) A Prefeitura Municipal de Dois Irmãos participa no Capital Social da Empresa de Turismo Municipal com a quantia de $ 500.000,00. Qual o lançamento contábil para este fato? a) Mutações Patrimoniais a Variações Ativas b) Variações Passivas a Inversões em Sociedade de Economia Mista c) Inversões em Sociedade de Economia Mista a Variações Ativas d) Variações Passivas a Mutações Patrimoniais e) Variações Passivas a Participação do Capital de Empresa Pública OBS.: As questões de 1 à 22 foram do concurso público para contador/1992 da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. 23) Para efeito de classificação econômica, as receitas públicas podem ser detalhadas obedecendo-se à seguinte ordem: a) fontes/ subfonte/ rubrica/ categoria econômica b) rubrica/ categoria econômica/ fonte / subfonte c) categoria econômica/ fonte/ subfonte/ rubrica d) categoria econômica/ rubrica/ fonte/ subfonte e) fontes/ subfonte/ categoria econômica/ rubricas 24) A modalidade de licitação entre, pelo menos, três interessados do ramo pertinente ao objeto da licitação, registrados ou não, convocados por escrito pela administração com antecedência mínima de três dia úteis, é a de: a) leilão b) convite c) concurso d) concorrência e) tomada de preços 25) O balanço que deve ser elaborado de acordo com a Lei no 4.320/64, no qual se resume a receita do exercício, a nível de fonte, e a despesa, a nível de créditos orçamentários e suplementares globais, em termos de previsão e fixação respectivamente, e da execução, ou seja, o quanto foi realizado, é o: a) de caixa b) financeiro c) patrimonial d) orçamentário e) de compensação 26) A arrecadação das receitas durante o mês, conforme o livro diário de receitas orçamentárias, deve ser registrada no sistema financeiro através do seguinte lançamento: a) Receitas correntes c) Receitas correntes e) Imposto de renda retido a Caixa a Restituições a pagar a Caixa

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 99b) Caixa d) Créditos fiscais inscritos a Receitas correntes a Inscrição de créditos fiscais 27) As dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisições de instalações, equipamentos e material permanente, e constituição ou aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro, classificam-se como: a) Investimentos b) Despesas de Custeio c) Inversões financeiras d) Transferências correntes e) Transferências de capital’ 28) São consideradas receitas de capital as oriundas das seguintes fontes: a) tributárias b) industriais c) patrimoniais d) de contribuições e) operações de crédito 29) Entre as despesas correntes, é possível incluir: a) aquisição de imóveis b) concessão de empréstimos c) encargos de dívida interna d) amortização da dívida interna e) aquisição de títulos de crédito 30) Os créditos adicionais destinados às despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pública, são os: a) especiais b) correntes c) ordinários d) suplementares e) extraordinários OBS.: As questões de 23 à 30 foram do concurso público para contador/1992 da PREVRIO. 31) Entende-se por execução orçamentária da despesa: a) a transferência de recursos de uma para outra unidade administrativa b) a autorização de uma unidade a outra para a realização de pagamento c) a descentralização dos créditos orçamentários e adicionais feita pela unidade orçamentária à unidade administrativa que lhe é subordinada. d) a descentralização dos créditos orçamentários e adicionais feita pela unidade orçamentária a unidades administrativas que não lhe são subordinadas. e) a utilização dos créditos consignados no orçamento geral e dos créditos adicionais, visando à realização dos projetos e ou atividades atribuídos à unidades orçamentárias. 32) As receitas públicas correspondentes a impostos, taxas e contribuições de melhoria, sob o ponto de vista da coercitividade para sua arrecadação, classificam-se: a) volitivas b) originárias c) ordinárias d) derivadas e) efetivas

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10033) O princípio orçamentário consagrado pelo Direito Financeiro que tem por intenção vedar as autorizações globais, tanto para arrecadar tributos como para a aplicação dos recursos financeiros, ou seja, as despesas devem ser classificadas e discriminadas com um nível de desagregação tal que facilite a análise por parte dos cidadãos e ação fiscalizadora do Poder Legislativo, denomina-se: a) Clareza; b) Exclusividade c) Especificação d) Universalidade e) Precedência da Despesa sobre a Receita 34) Conforme a classificação da Dívida Pública, o resgate anual da dívida externa contraída pelo Estado, e que constitui despesa orçamentária, deve ser enquadrada como: a) Dívida administrativa b) Dívida econômica c) Dívida flutuante d) Dívida fundada e) Dívida ativa 35) Por ocasião da elaboração do orçamento público brasileiro, são adotados quatro critérios de classificação da despesa pública. O critério que identifica as grandes áreas de atuação do Estado, fixando objetivos para cada uma delas e, em conseqüência, as ações que se pretende desenvolver para o alcance desses propósitos, é: a) econômica b) por elemento c) institucional d) funcional-programática e) classificação por objeto de gasto 36) As transferências fixadas em lei especial, destinadas a cobrir déficit de manutenção, funcionamento e diferença de preços de mercados, de empresas públicas ou privadas de caráter comercial, industrial, agrícola ou pastoril são consideradas como: a) auxílios b) contribuições c) subvenções sociais d) inversões financeiras e) subvenções econômicas 37) As contas representativa do Balanço Patrimonial de 31/12/93 da Prefeitura de Ouro Branco, relacionada a seguir, apresentam os seguintes valores: Caixa............................................................................................................. 110.000 Móveis e Utensílios........................................................................................150.000 Equipamentos............................................................................................... .320.500 Restos a Pagar............................................................................................. ..190.000 Dívida Fundada Interna.................................................................................. 350.000 Imóveis..........................................................................................................550.000 Bancos c/movimento......................................................................................563.500 Diversos Responsáveis...................................................................................215.000 Consignações.................................................................................................185.000 Patrimônio Líquido Acumulado.................................................................... .381.000 Dívida Fundada Externa.................................................................................605.000 Débito de Tesouraria......................................................................................135.500 Resultado do Exercício.................................................................................. 87.000 Dívida Ativa ................................................................................................. 85.000 Depósito de Terceiros................................................................................... 45.500

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 101 Salários a Pagar............................................................................................. 115.000 Em função dos elementos anteriores e considerando a padronização estabelecida pelo Anexo 14 da Lei no 4.320/64, pode-se concluir que a Prefeitura poderá utilizar como recursos financeiros disponíveis para abertura de créditos adicionais, caso haja necessidade de retificar o orçamento do exercício de 1994, o montante de: a) 217.500 b) 308.500 c) 468.000 d) 673.500 e) 888.500 38) Observe os dados abaixo: Receitas.....................................................................................................550.000 Incorporação de bens doados por terceiros................................................ 22.000 Impostos lançados e não arrecadados........................................................ 85.000 Alienação de Bens Móveis......................................................................... 25.000 Cobrança da Dívida Ativa.......................................................................... 70.000 Despesas Pagas.........................................................................................490.000 Amortização de Empréstimo...................................................................... 80.000 Desincorporação de equipamentos por extravio........................................ .18.000 Despesa a Pagar.......................................................................................175.000 Com base nesses dados, pode-se concluir que o resultado econômico corresponde a; a) déficit de 41.000 b) déficit de 100.000 c) superávit de 49.000 d) superávit de 97.000 e) superávit de 134.000 39) As dotações inicial, suplementar, especial e extraordinária são representadas no Balanço Orçamentário como; a) Despesa Orçada b) Fixação da Receita c) Fixação da Despesa d) Previsão da Receita e) Previsão da Despesa 40) Sendo você o encarregado da Contabilidade de uma entidade pública, tendo que registrar o pagamento de uma dívida externa contratada para aquisição de diversos materiais permanentes, classificaria as parcelas de amortização e juros, respectivamente, como: a) despesas extra-orçamentárias e inversões financeiras b) transferências correntes e transferências de capital c) transferências de capital e transferências correntes d) despesas de custeio e transferência de capital e) investimentos e transferências correntes OBS.: As questões de 31 à 40 foram do concurso público para contador/1994 da Procuradoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 41) O controle externo da Administração Federal será exercido: a) pelo Senado Federal, auxiliado pelo Tribunal de Contas da União b) pelo Tribunal de Contas da União c) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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102d) Pelo Tribunal de Contas da União, sob a supervisão do Congresso Nacional e) Pelo Congresso Nacional. 42) Dos fatos abaixo, assinale aquele que se enquadra como realizável a longo prazo, de acordo com o plano de contas único para os órgãos da administração direta: a) participação em fundos. b) inscrição em restos a pagar. c) ouro em depósito. d) inscrição da dívida ativa. e) receita patrimonial 43) Assinale a alternativa que indique uma receita de capital: a) receita patrimonial b) receita industrial c) superávit do orçamento corrente d) transferências intragovernamentais para despesas correntes OBS.: As questões de 41 à 43 foram do concurso público para perito criminal/1993 da Polícia Federal. 44) Segundo o que estabelece a Constituição de 1988, a hierarquia correta dos instrumentos de planejamento e orçamentação é: a) Lei de Diretrizes Plurianuais, Lei do Orçamento Anual e Lei do Orçamento de Investimento Empresarial. b) Lei do Plano Plurianual de Investimentos, Lei do Orçamento Fiscal e lei do Orçamento da Seguridade. c) Lei do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei do Orçamento Anual. d) Lei do Orçamento Fiscal, Lei do Orçamento da Seguridade e Lei de Investimentos das Empresas e) Lei do Orçamento Plurianual, Lei de Investimentos (OPI), Lei de Diretrizes e Metas da Administração e Lei do Orçamento Fiscal. OBS.: A questão acima foi do concurso público Técnico de Controle Interno/1995 da Controladoria Geral do Município do RJ. 45) São contas pertencentes ao Sistema Financeiro, na Contabilidade Pública: a) Caixa, Restos a Pagar, Restituições a Pagar, Serviço da Dívida a Pagar e Resultado da Exec. Orç. b) Caixa, Dívida Ativa, Dívida Fundada Interna, Dívida Fundada Externa e Result. da Exec. Finan. c) Disponibilidades, Almoxarifado, Ações de Empresas, Restituições a pagar e Serv. da Dív. a Pag. d) Depósitos Vinculados Outras Contas Pendentes, RP, Dívida Fundada Int. e Dív. Fundada Ext. . e) Bancos, Dívida Ativa, Almoxarifado, RP e Resultado da Exec. Orçamentária. 46) O lançamento, que é o ato administrativo que o Poder Executivo visando identificar e individualizar o contribuinte ou o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos, ensejará registros contábeis a) em contas dos sistemas orçamentário e financeiro da contabilidade pública b) em contas dos sistemas orçamentário e patrimonial da contabilidade pública c) em contas dos sistemas orçamentário, financeiro e de compensação da contabilidade pública d) em contas dos sistemas orçamentário e de compensação da contabilidade pública e) somente no sistema de compensação da contabilidade pública, no caso de o órgão responsável pela arrecadação nele fazer constar conta específica para tal registro. 47) Observando a forma de classificação da receita pública, relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita. I - Alienação de Bens a) Receitas Correntes II- Receita de Serviços III- Operações de Crédito Internas b) Receitas de Capital

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 103IV- Consignações V- Amortizações de Empréstimos Concedidos VI- Receita Tributária c) Receitas Extra-Orçamentárias Assinale a opção que representa a seqüência de associações corretas a) I-a II-a III-c IV-a V-b VI-c b) I-b II-a III-b IV-c V-b VI-a c) I-a II-b III-a IV-a V-c VI-c d) I-b II-a III-b IV-a V-b VI-a e) I-b II-b III-a IV-c V-c VI-a 48) Observando a classificação econômica das despesas pública, relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita. I- Aquisição de Títulos de Crédito a) Despesas de Custeio II- Amortização da Dívida Externa III- Serviços de Terceiros e Encargos b) Transferências Correntes IV- Encargos da Dívida Interna V- Constituição de Empresa Agrícola c) Investimentos VI- Constituição de Empresa Financeira VII- Obras e Instalações d) Inversões Financeiras VIII- Pessoal IX- Contribuições e) Transferências de Capital Assinale a opção que apresenta a seqüência de associações corretas. a) I-d II-e III-a IV-b V-c VI-c VII-a VIII-c IX-a b) I-d II-a III-e IV-c V-b VI-d VII-c VIII-c IX-a c) I-d II-a III-e IV-c V-b VI-c VII-c VIII-a IX-b d) I-d II-e III-a IV-b V-c VI-d VII-c VIII-a IX-b e) I-c II-e III-a IV-b V-c VI-c VII-c VIII-a IX-b 49) A inscrição de despesa empenhada não liquidada em Restos a Pagar deve ser efetuada de tal modo que: a) contas de todos os sistemas contábeis sejam afetadas b) somente contas dos sistemas financeiro e patrimonial sejam afetadas c) somente contas dos sistemas orçamentário e financeiro sejam afetadas d) somente contas dos sistemas financeiro, patrimonial e de compensação sejam afetadas e) somente contas dos sistemas orçamentário, financeiro e de compensação sejam afetadas. 50) A escrituração contábil dos valores entregues sob regime de adiantamento deve ser efetuada de tal modo que: a) contas de todos os sistemas contábeis sejam afetadas. b) somente contas dos sistemas financeiros e patrimonial sejam afetadas c) somente contas dos sistemas orçamentários e financeiro sejam afetadas d) somente contas dos sistemas financeiro, patrimonial e de compensação sejam afetadas e) somente contas dos sistemas orçamentário, financeiro e de compensação sejam afetadas 51) A avaliação dos elementos do patrimônio público e, em especial, os bens do almoxarifado, será efetuada mediante a utilização do a) preço médio ponderado móvel d) primeiro que entre é o primeiro que sai (PEPS) b) preço médio fixo e) último que entra é o primeiro que sai (UEPS) c) preço específico 52) A propósito das demonstrações elaboradas com base nos preceitos da contabilidade pública, julgue os itens que se seguem. I- No balanço orçamentário, é perfeitamente viável a apresentação da despesa executada em montante superior ao da despesa prevista.

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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104II- No balanço financeiro, o valor correspondente ao restos a pagar inscritos ao final do exercício são apresentados no grupo de receitas extra-orçamentárias. III- O excesso de arrecadação é apresentado no balanço financeiro. IV- O superávit financeiro, apresentado no balanço financeiro, corresponde ao excesso de receitas orçamentárias em relação as despesas orçamentárias. Assinale a opção correta a) Nenhum item está certo. d) Apenas três itens estão certos b) Apenas um item está certo. e) Todos os itens estão certos. c) Apenas dois itens estão certos. 53) Leia os dados a seguir, de um determinado órgão público Receitas............................................................................. $ 54.800,00 Receitas de Capital............................................................. $ 32.600,00 Restos a Pagar (Inscritos ao final do exercício)....................$ 15.500,00 Serviço da dívida a pagar(saldo no início do exerc.).............$ 8.750,00 Despesa Orçamentária.........................................................$ 76.900,00 Restos a Pagar(inscritos no início do exerc.)........................$ 13.400,00 Serviço da Dívida a pagar(saldo no final do exerc.)..............$ 7.970,00 Saldo financeiro do exercício anterior..................................$ 11.230,00 O valor do saldo financeiro para o exercício seguinte, a ser apresentado no Balanço Financeiro, com base nos dados apresentados será de a) $ 20.410,00 c) $ 23.050,00 e) 25.510,00 b) $ 22.650,00 d) $ 24.610,00 54) Analise os dados a seguir, relativos a um determinado órgão público; Receitas Correntes..........................................................$ 88.600,00 Receitas de Capital......................................................... $ 61.400,00 Despesas Correntes.........................................................$ 83.500,00 Despesas de Capital.........................................................$ 72.700,00 Aquisição de Títulos e Valores...................................... ..$ 8.700,00 Empréstimos Concedidos................................................$ 5.300,00 Cobranças da Dívida Ativa..............................................$ 1.600,00 Construção de Imóveis....................................................$ 13.800,00 Empréstimos Tomados....................................................$ 15.500,00 Incorporação de Bens..................................................... $ 3.900,00 Cancelamento de Dívida Passiva.....................................$ 800,00 Cancelamento de Dívida Ativa.........................................$ 550,00 Considerando os dados apresentados, os valores das Variações Passivas Resultantes da Execução Orçamentária, das Mutações Patrimoniais Ativas, das Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária e o Resultado Patrimonial, ao final de um determinado exercício financeiro, serão, respectivamente, de: a) $ 150.000,00, $ 44.900,00, $ 4.700,00 e $ 10.550,00 b) $ 156.200,00, $ 17.100,00, $ 4.700,00 e $ 11.850,00 c) $ 156.200,00, $ 44.900,00, $ 550,00 e $ 8.650,00 d) $ 150.000,00, $ 27.800,00, $ 2.400,00 e $ 11.850,00 e) $ 156.200,00, $ 27.800,00, $ 4.700,00 e $ 8.650,00 OBS.: As questões de 45 à 54 foram do concurso público para o Ministério Público da União/1996. 55) O sistema de compensação registra a) apenas as contas do sistema orçamentário.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 105b) os bens, os direitos, as obrigações e o patrimônio líquido. c) os valores que direta ou indiretamente possam vir a afetar o patrimônio. d) os valores que se anulam - débito e crédito - sem finalidade alguma de controle. e) a soma algébrica da dívida ativa em relação a dívida passiva. 56) Os auxílios para inversões financeiras estão enquadrados, dentro das Despesas de Capital, como a) investimentos. b) transferências de capital. c) transferências especiais. d) custeio. e) provisão recebida. 57) As transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das empresas públicas ou privadas de caráter industrial, agrícola ou pastoril, são consideradas a) inversões financeiras. b) subvenções sociais. c) subvenções econômicas-sociais. d) subvenções econômicas. e) investimentos financeiros. 58) O quarto nível de uma conta contábil do plano de contas da Administração Federal corresponde a) ao item. d) a elemento. b) ao subitem. e) a parcela. c) ao subelemento. 59) A Dívida Flutuante compreende a) os créditos empenhados, os restos a pagar e os serviços da dívida b) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida, os serviços da dívida a pagar, os depósitos e os débitos de Tesouraria. c) o empenho e a liquidação da despesa. d) os restos a pagar, os créditos empenhados e o movimento de caixa. e) os créditos empenhados e não pagos, a despesa paga e os créditos provisionados. 60) No Balanço Financeiro, os Restos a Pagar, para compensar as despesas a que eles se referem e que não foram pagas até o final do exercício, figuram na a) Receita Extra-Orçamentária. b) Despesa Orçamentária. c) Despesa Extra-Orçamentária. d) Receita Orçamentária. e) Provisão Cancelada. 61) Marque V ou F caso as afirmativas sejam verdadeiras ou falsas e assinale a opção correta. a) o empenho da despesa classificado na modalidade “ordinário”, atende a despesas de valor determinado e cujo pagamento ocorrerá de uma só vez. b) na anulação de uma nota de empenho, só será movimentado o sistema financeiro. c) o Balanço Financeiro demonstra a receita e a despesa orçamentária realizadas, bem como os recebimentos e pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. d) os bens de almoxarifado serão avaliados, pelo preço médio ponderado das compras. a) V, V, F,V d) V, F, V, F b) V, F, V, V e) V, V ,V, V c) F, V, V, F 62) A assinatura de um contrato de serviço é um ato que não afeta o patrimônio imediatamente mas que no futuro poderá vir a afetá-lo. Este ato está representado contabilmente no:

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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106 a) Balanço Orçamentário. d) Demonstração das Variações Patrimoniais. b) Balanço Financeiro. e) Fluxo de caixa futuro. c) Balanço Patrimonial. 63) A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por Lei para exploração de atividade econômica que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa denomina-se a) autarquia. d) empresa comercial. b) empresa pública. e) empresa industrial. c) sociedade economia mista. 64) Assinale a alternativa que completa as lacunas da sentença abaixo. O Controle Externo é o exercido no âmbito........................................................., com o auxílio......................................................................, a quem compete desde a apreciação das contas do Presidente da República até o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração Direta e Indireta. a) do Fundo Monetário Internacional / do Tribunal de Contas da União. b) do Congresso Nacional / do Tribunal de Contas da União. c) da Procuradoria Geral da República / da Secretária de Orçamento e Finanças. d) da Secretaria do Tesouro Nacional / do Fundo Monetário Internacional. e) do Conselho Monetário Nacional / do Fundo Monetário Internacional. 65) Para pagamento de despesas com água, telefone e energia elétrica, geralmente de base mensal, cabe a emissão de empenho do tipo a) ordinário. c) global. e) por estimativa. b) normal. d) especial. 66) Assinale a alternativa que completa a lacuna da sentença abaixo: De acordo com Lei 4.320/64, o superávit financeiro apurado ............................... constitui recurso para abertura de créditos suplementares e especiais. a) no Balanço Orçamentário. d) no Balanço das Variações Patrimoniais b) no Balanço Patrimonial. e) na Demonstração da execução da receita e despesa. c) no Balanço Financeiro. 67) Na Contabilidade Pública, no Demonstrativo das Variações são apresentadas as aquisições de Bens Móveis e Bens de Estoque como a) mutações passivas. d) ativo permanente. b) interferências passivas. e) interferências ativas. c) mutações ativas. 68) O que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao beneficiário? a) Empenho. c) Homologação b) Licitação. d) Pagamento e) Liquidação. . 69) A demonstração da receita e da despesa orçamentária, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza exta-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte, são feitos através a) do balanço orçamentário. d) da demonstração das variações patrimoniais. b) do balanço financeiro. c) do balanço patrimonial. e) da demonstração do resultado orçamentário.

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 107 70) As licitações para obras, compras e serviços na Administração Direta são feitas mediante a) concorrência para realização de obras, tomada de preços para aquisição de material e convite para prestação de serviços. b) concorrência para realização de obras, tomada de preços para prestação de serviços e convite para aquisição de material. c) qualquer das três modalidades, dependendo da preferência da autoridade que autorizou a licitação. d) concorrência para realização de obras e aquisição de material, tomada de preços e convite para prestação de serviços. e) concorrência, tomada de preços e convite, tendo em vista o vulto da despesa. 71) Quais das categorias de receita abaixo são classificados como Receitas Correntes? a) Tributária/ Superávit do Orçamento. b) Agropecuária / Industrial. c) Conversão, em espécie, de bens e direitos / Agropecuária. d) Tributária / Alienação de bens. e) Amortização de empréstimos concedidos / contribuições. 72) Qual das alternativas abaixo descreve os estágios da receita e da despesa, respectivamente? a) Arrecadação, fixação e recolhimento / Empenho, liquidação e pagamento. b) Empenho, liquidação e pagamento / Fixação, arrecadação e recolhimento. c) Fixação, recolhimento e arrecadação/ Empenho, liquidação e pagamento. d) Fixação, arrecadação e pagamento / Empenho, liquidação e recolhimento. e) Fixação, arrecadação e recolhimento / Empenho, liquidação e pagamento. 73) De acordo com o anexo no 14 da lei 4.320/64, o Balanço Patrimonial, do lado Ativo, compreende, ordenadamente, os seguintes grupos de contas: a) Circulante, realizável a longo prazo e permanente. b) Circulante, compensado, permanente e realizável a longo prazo. c) Ativo financeiro, Ativo permanente, saldo patrimonial e Ativo Compensado. d) Circulante, permanente e realizável a longo prazo. e) Ativo financeiro, Ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente. 74) Segundo o artigo 43, e seus parágrafos, da lei 4.320/64, quando ocorrer diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, fica facultado à unidade gestora a solicitação de abertura de créditos a) suplementares e especiais. b) suplementares e extraordinários. c) especiais e extraordinários. d) adicionais e suplementares. e) adicionais e extraordinários. 75) A estrutura da Organização Administrativa Federal compreende a Administração Direta e Indireta, sendo esta última composta de a) Ministérios e órgãos da Presidência da República. b) órgãos Autônomos. c) Autarquias, Empresas Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundações Públicas. d) Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. e) Autarquias, Empresas Públicas e órgãos Autônomos. 76) Qual das alternativas abaixo caracteriza uma inversão financeira? a) Aquisição de máquinas para uso próprio. b) Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras. c) Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou agrícolas. d) Concessão de empréstimos.

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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108e) Obras públicas. 77) Dentro das categorias de despesa, como se classificam os pagamentos de juros da dívida pública e equipamentos? a) Transferência de capital / despesa corrente. b) Transferência corrente / Inversões financeiras. c) Investimentos / Inversões financeiras. d) Transferência corrente / Investimentos. e) Transferência de capital / Investimentos. 78) Após a publicação da lei anual do orçamento, e editado o quadro de detalhamento da despesa (QDD), será emitida a nota de dotação. Dentre os lançamentos abaixo, qual identifica esta operação? a) D - Dotação Suplementar C - Crédito disponível b) D - Crédito Disponível C - Provisão concedida c) D - Dotação Orçamentária C - Crédito Disponível d) D - Provisão Recebida C - Crédito Disponível e) D - Crédito Disponível C - Dotação Orçamentária 79) Os créditos destinados ao atendimento de despesa imprevisíveis e urgentes, em caso de guerra interna ou calamidade pública, denomina-se a) complementares. b) adicionais. c) suplementares. d) especiais. e) extraordinárias. 80) A constituição ou aumento de capital de empresa pública é uma despesa de a) investimento. b) inversão financeira. c) amortização da dívida interna. d) amortização da dívida externa. e) capital. 81) O que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao beneficiário? a) Empenho. c) Pagamento. e) Liquidação. b) Licitação. d) Homologação. 82) Identifique os lançamentos com os respectivos sistemas a) Cauções ( ) sistema patrimonial - var. passiva a Caixa b) Restos a Pagar ( ) sistema financeiro -pagamento de desp exta-orç. a Receitas correntes c) Móveis e utensílios ( ) sistema patrimonial - var. ativa a Aquisição de bens móveis

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 109 d) Cobrança da Dívida Ativa ( ) sistema financeiro - cancelamento de RP. a Créditos diversos inscritos OBS.: As questões de 55 à 81 foram do concurso QC/QAFO/1992/93/94, do Ministério da Marinha. 83) O balanço patrimonial de 97 apresentou os seguintes dados: Almoxarifado 40.000 Dívida Fundada Interna 25.000 Bens Móveis 30.000 Caixa 10.000 Bancos c/movto 60.000 Restos a pagar 97 50.000 Dívida Ativa 45.000 Bancos c/ vinc 20.000 Dívida Fundada Externa 35.000 Débitos de Tesouraria 25.000 Patrimônio 70.000 Os eventos de 98 foram: 1. Cobrança da Dívida Ativa 30.000 2. Recebimento de impostos 100.000 3. Alienação a vista de um bem móvel por 40.0000, que estava registrado por 20.000. 4. Pagamento de RP/97 35.000 5. Pagamento de NE pela aquisição de um terreno 25.000 6. Pagamento de NE correspondente a amortização da Dívida Externa 30.000 7. Pagamento de NE correspondente a encargos da Dívida Externa 10.000 8. Pagamento líquido da NE relativa a Folha de Pagamento de Pessoal no valor bruto de 40.000. Do valor bruto foi descontado 12.000 de valores consignados. 9. Emissão de NE em material de consumo no valor de 18.000, cujo material foi recebido e estocado. A NE não foi paga em 98, mas foi inscrita em RP de 98. 10. Registro da diferença para mais valor de 5.000, encontrado no inventário de material de consumo que foi feito no almoxarifado. 11. Registro da baixa de uma máquina, por obsolência 4.000. 12. Inscrição em Dívida Ativa para cobrança em 99 de imposto direto no valor de 50.000 previsto para 98 e não arrecadada. Estes foram os movimentos de 98, considerando os de 97, pede-se: a) A diferença entre as receitas correntes e as de capital é positiva em ? b) A diferença entre as mutações patrimoniais ativa e as mutações patrimoniais passiva resultantes da execução orçamentária em ? c) A diferença ente as despesas correntes e as de capital é ? d) Comparadas as variações ativas e passivas, encontra-se a diferença de ? e) Em 98 comparado a 97, o Ativo Real Líquido é de? f) As receitas orçamentárias somaram? g) As despesas extra-orçamentárias? h) As receitas extra-orçamentárias? i) O ativo financeiro em 98? j) O ativo permanente em 98? l) O passivo financeiro em 98? m) O passivo permanente em 98? n) O superávit financeiro em 98 foi ? o) O resultado econômico apurado em 98 foi? p) O PL final em 98 é de? q) O resultado da execução orçamentária em 98 é de? OBS.: A questão acima foi do Concurso ao QCO – do Exército.

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

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11084) Contabilize os fatos abaixo e responda as questões: a) Aprovação e conseqüente registro da LOA por equilíbrio das previsões, no valor de 100.000,00 por

categoria econômica; b) Recebimento de 30.000,00 referente a impostos; c) Empenhado o valor de 80.000,00 para atendimento do Projeto 01, referente a construção de um

pavilhão; d) Recebimento de 40.000,00 de Terceiros através de depósito em conta bancária; e) Empenhado 60.000,000 referente a material de consumo; f) Recebimento de 10.000,00 de caução referente ao Projeto 01; g) Liquidação e pronto pagamento de despesa de material de consumo para estoque no valor de

10.000,00; h) Recebimento de 20.000,000 referente a operações de créditos com vencimento de 5 anos; i) Liquidação de 50.000 referente a despesa de material de consumo para estoque; j) Liquidação de 30.000,00 referente a despesa com o Projeto 01 pelo encerramento da etapa inicial; k) Pagamento dos fornecedores no valor disponível; l) Restituição de metade dos ingressos extra-orçamentários; m) Uso de metade do material de consumo; Pergunta-se: 1. Qual o valor da Receita Extra-Orçamentária? a) 10.000, b) 25.000, c) 40.000 d) 100.000 e) 50.000 2. Qual o valor final de Fornecedores? a) 40.000, b) zero c) 15.000 d) 80.000, e) 30.000, 3. Qual o valor da despesa de capital e da despesa corrente, respectivamente: a) 25.000; 90.000 b) 20.000; 30.0000 c) 30.0000; 60.000 d) 30.000; 20.000 e) NDA 4. Qual o valor do resultado financeiro? a) 25.000 b) 40.000 c) (25.000) d) (40.000) e) 150.000

85) Dados os fatos abaixo, responda as perguntas que se seguem: a) Recebimento de $ 30.000 referente a subrepasse b) Recebimento de $ 80.000 em consignação de uma outra U.A c) Apropriação de $ 50.000 refente a despesa de material de consumo d) Apropriação e pronto pagamento de $ 30.000 referente a despesa com material permanente. e) Recebimento de subrepasse no valor de $ 20.000. f) Pagamento de fornecedores no valor disponível para tal. g) Recebimento de $ 60.000 de terceiros através de depósito em conta bancária. h) Pagamento de metade do depósito de terceiros. 1. O valor da Receita Extra-orçamentária é? a) 60.000 b) 80.000 c) 140.000 d) 100.000 e) 40.000 2. O valor da despesa extra-orçamentária é? a) 50.000 b) 30.000 c) 40.000 d) 70.000 e) 80.000 3. O valor da despesa orçamentária é?

a) 100.000 B) 30.000 c) 15.000 d) 50.000 e) 80.000 4. O valor da despesa de capital e da despesa corrente, respectivamente é? a) 30.000 e 100.000 b) 20.000 e 30.000 c) 30.000 e 50.000 d) 20.000 e 80.000 d) 40.000 e 50.000

Page 111: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 1115. O valor de RP processados é? a) 30.000 b) 0 c) 50.000 d) 80.000 e) 20.000 6. O valor do resultado financeiro é? a) Superávit de 30.000 b) Déficit de 50.000 c) Déficit de 30.000 d) Superávit de 100.000 e) Nulo 86) Dados os saldos dos Ativo e Passivo Financeiros provenientes do exercício anterior: Ativo Financeiro 800,00 Disponível 800,00 Passivo Financeiro 500,00 RP 100,00 Serviço da Dívida a Pagar 200,00 Depósitos de Diversas Origens 40,00 Débitos de Tesouraria 160,00 E os Fatos ocorridos no exercício: Receitas orçamentárias previstas 1.100,00 Receitas orçamentárias arrecadadas 1.000,00 Despesas fixadas 1.100,00 Despesas empenhadas 800,00 Despesas pagas 600,00 Pagamento do serviço da dívida a pagar 200,00 Pagamento dos restos a pagar 60,00 Cancelamento dos Restos a Pagar 40,00 Recebimento de Caução de terceiros 100,00 Inscrição de Restos a Pagar do exercício 200,00 Transferências Financeiras Recebidas da STN p/ RP 400,00 Pergunta-se: 1. Qual a receita extra-orçamentária apurada? 2. A despesa extra-orçamentária, no final do período foi de? 3. O resultado financeiro do exercício foi de? 4. O saldo disponível para o exercício seguinte foi de? 5. O resultado orçamentário foi de? 87) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: (a) Sistema orçamentário ( )Receita prevista ( ) Execução da Receita (b) Sistema financeiro ( ) Bancos c/ Movimento ( ) Variações Ativas (c) Sistema patrimonial ( ) Restos a Pagar ( ) Dívida Ativa ( ) Dívida Fundada Interna

88) Examine o Balanço Orçamentário abaixo e responda às questões que se seguem.

Balanço Orçamentário RECEITA DESPESA

Títulos Previsão Execução Diferença Títulos Fixação Execução Diferença Rec. Trib. Transf. Cor. Outras Re Cor Subsoma

20.917 6.000 417 27.334

23.700 3.700 173 27.573

+2.783 -2.300 -244 +239

Créd. Orça Créd. Espe

41.200 38.738 -2.462 1.500 1.100 -400

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

112Oper. de Créd. Alien. de Bens Subsoma SOMA Déficit das pre Déficit da exe Total

13.345 100 13.445 40.779 1.921 42.700

3.310 - 3.310 30.883 8.955 39.838

-10.035 -100 -10.135 -9.896 -2.862

SOMA Total

42.700 42.700

39.838 39.838

-2.862 -2.862

O montante da economia orçamentária é de: a) $ 9.896 b) $ 1.921 c) $ 8.955 d) $ 2.862 O montante dos empréstimos tomados pelo governo é de: a) $ 1.921 b) $ 2.862 c) $ 3.310 d) 8.955 Sabendo-se que o crédito especial foi aberto no mês de novembro, qual a parcela a ser reaberta no exercício seguinte? a) $ 239 b) $ 400 c) $ 2.300 d) $ 2.783 89) A Prefeitura de Salvador apresentou os seguintes dados no início de 19x1: Orçamento para 19x1 Balanço Encerrado em 31-12-19x0 Receita 300 Despesa 300

Ativo Financeiro Passivo Financeiro Caixa 100 Bancos 90 190 Ativo Permanente Móveis 80 Ações 30

Restos a Pagar 80 Passivo Permanente Dívida Fundada Interna 60

Durante os meses de janeiro e fevereiro de 19x1, foram realizadas as seguintes transações: 1. Registro inicial do orçamento: $ 1.1 - previsão da receita 300 1.2 - fixação da receita 300 2. Recebimento em caixa de receita relativa a tributos 250 3. Recebimento por bancos de receitas relativas a: • Alienação de Bens Imóveis 30 • Operações de Crédito 60 90 4. Empenho de diversas despesas 120 5. Liquidação de despesas relativas a: • Resgate de dívidas permanente 40 • Aquisição de ações 10 50 6. Pagamento em cheque da despesa liquidada(5) 50 7. Liquidação de despesas relativas a pessoal, sendo: • Bruto da folha 60 • Consignações (10) líquido a pagar 50 8. Pagamento do líquido da folha (7) 50 Pede-se: fazer os lançamentos no Diário, fazer os balanços. 90) A compra de material permanente gera lançamentos no sistema: a) Orçamentário b) Orçamentário e financeiro

Page 113: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 113c) Orçamentário, financeiro e patrimonial d) Financeiro e patrimonial. 91) Escreva a subcategoria e a categoria econômica. a) Encargos da dívida interna - b) Concessão de empréstimos - c) Amortização de dívida interna - d) Aquisição de títulos de crédito - e) Aquisição de imóveis - f) Transferências a pessoas - g) Serviços de terceiros - h) Pasep - i) Aquisição de bens para revenda - j)l) Diferenças de câmbio - l) Obras e Instalações - m) Material permanente - n) Constituição ou aumento do capital de empresas industriais - o) Auxílio para Inversões Financeiras 92) As categorias econômicas das receitas contêm o total das......................................... . 93) Relacione e complete: a) Receitas correntes ( ) despesas efetivas - fato .................................... b) Receitas de capital ( ) receitas efetivas - fato ................................... c) Despesas correntes ( ) despesas por mutação patrimonial - fato .................................... d) Despesas de capital ( ) receitas por mutação patrimonial - fato ..................................... 94) Relacione: a) receita pela cobrança de preço pela venda de bens e serviços ( ) receita derivada b) receita proveniente do poder de tributar ( ) receita originária 95) A inscrição e a pagamento de RP se dão em que sistema(s), respectivamente ? 96) A inscrição e a cobrança da Dívida Ativa se dão em que sistema(s) respectivamente? 97) A LOA deve ser encaminha ao poder legislativo até ............................ do fim do exercício financeiro. 98) A avaliação dos bens móveis e imóveis do poder público será efetuada pelo valor de(o): a) preço médio ponderado móvel b) preço específico c) aquisição ou pelo custo de produção ou de construção d) seu valor nominal 99) Monte a Demonstração das Variações Patrimoniais e ache o resultado patrimonial: Receitas Correntes Receitas de Capital Despesas Correntes Despesas de Capital Incorporação de bens doados Construção e aquisição de bens imóveis Aquisição de bens móveis Inscrição da Dívida Ativa

$ 1000.000 $ 800.000 $ 300.000 $ 600.000 $ 100.000 $ 1000.000 $ 700.000 $ 500.000

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

114Inscrição de outros créditos Empréstimos tomados Cobrança da dívida ativa Alienação de bens imóveis Insubsistência ativas Cancelamento de Dívida ativa Cancelamento de Dívida Passiva Baixa de bens imóveis por permuta

$ 200.000 $500.000 $ 100.000 $ 250.000 $ 150.000 $ 50.000 $ 100.000 $ 300.000

100) Em quais balanços se demonstra o superávit orçamentário e o financeiro, são respectivamente: a) balanço orçamentário e financeiro b) balanço financeiro e patrimonial c) balanço orçamentário e patrimonial d) balanço patrimonial e financeiro 101) O lançamento: D - Receita a realizar C - Previsão orçamentária Refere-se à: a) arrecadação da receita b) recolhimento da receita c) anulação de previsão d) previsão da receita 102) O lançamento: D- Orçamento da despesa C - Crédito disponível Refere-se à: a) fixação da despesa b) empenho da despesa c) anulação do empenho d) liquidação da despesa. 103) O que representa o Passivo Real? 104) Qual o balanço que demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte? 105)O que demonstrará o Balanço Patrimonial? 106) Os bens, os créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa devem figurar no : a) Ativo financeiro b) Balanço orçamentário c) Ativo permanente d) Passivo permanente 107) A liquidação da despesa, por fornecimentos ou serviços prestados, terá por base:

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 115a) o contrato, ajuste ou acordo respectivo, nota de empenho e os comprovantes da entrega do material ou

da prestação efetiva do serviço; b) o contrato e a nota de empenho apenas; c) os comprovantes da entrega do material e o contrato; d) o contrato, ajuste ou acordo respectivo e os comprovantes da entrega do material 108) A verificação tem por fim apurar dentre outras: a) a exatidão do valor da compra; b) a origem e o objeto do que se deve pagar; c) a qualidade do material; d) a capacitação técnica do fornecedor 109) Faça o registro do diário da arrecadação da dívida ativa (sist. orçamentário, financeiro e patrimonial) D- D- D- C- C- C- 110)Qual a diferença entre Prestação de Contas e Tomada de Contas? 111) De acordo com a Lei do Direito Financeiro, o controle externo tem por objetivo verificar:.............................................................................................,............................................................................................................................e..................................................................................... EXERCÍCIOS SOBRE A EXECUÇÃO FINANCEIRA E SOBRE O SIAFI 1) Provisão e sub-repasse estão relacionados respectivamente, com: a) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros; b) pagamento de despesa e autorização orçamentária; c) receita orçamentária e despesa orçamentária; d) reserva de recursos para desembolso futuro e embolso de recursos orçamentários. 2) As repartições públicas nominalmente contempladas com dotação específica no orçamento chama-se: a) unidade de caixa; c) unidade administrativa; b) órgão autônomos; d) unidade orçamentária. 3) O exercício financeiro abrange todas as operações relativas à receita e despesa autorizadas pela lei do orçamento, ou leis sucessivas, bem como todas as variações que se verificam no patrimônio decorrentes da execução dos orçamentos. ( ) Falso ( ) Verdadeiro 4) O sistema orçamentário utiliza contas de compensação para registrar a receita prevista e a despesa fixada e o seu comportamento durante o exercício. ( ) Falso ( ) Verdadeiro 5) O que se entende por execução orçamentária da despesa? a) É a autorização de uma unidade a outra para realização de pagamento; b) É a utilização dos créditos consignados no orçamento e nos créditos adicionais, visando à realização dos projetos e/ou atividades atribuídos às unidades orçamentárias; c) É a descentralização dos créditos orçamentários e adicionais feita por unidade orçamentária a unidade administrativa que lhe seja subordinada; d) É a descentralização dos créditos orçamentários e adicionais feita por unidade administrativa a unidade orçamentária. 6) O que se entende por execução financeira? a) É a transferência de recurso de uma para outra unidade administrativa; b) É a transferência de recursos de uma para outra unidade orçamentária; c) É a transferência de recursos de uma unidade orçamentária para uma unidade administrativa;

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Capítulo 5 Contabilidade Pública

Faça sua parte. Deus está fazendo a dele.

116d) É a utilização dos recursos financeiros visando a atender a realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às unidades orçamentárias. 7) De acordo com o plano de contas, o segundo dígito que identifica a receita de capital, despesa corrente, receita corrente e despesa de capital é, respectivamente: a) 1,2,3,4; c) 2,3,4,1; b) 3,2,1,4; d) 2,3,1,4. 8) Correlacione a segunda coluna com a primeira: a) ativo, passivo, despesa e receita ( ) conta corrente b) ativo circulante, permanente e compensado ( ) classe c) CGC, CPF, domicílio bancário, etc ( ) grupo 9) A estrutura básica do plano de contas a nível de classe consiste na seguinte disposição: a) ativo, passivo, despesa e receita; b) passivo, receita, circulante e permanente; c) ativo, passivo, despesa, receita, resultados diminutivo e aumentativo do exercício; d) despesa, receita, patrimônio líquido e compensado. 10) Aponte as opções que apresentam objetivos do SIAFI: a) Prover de mecanismos adequados ao registro e controle diário da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, os órgãos e entidades da Administração Federal; b) Fornecer meios para agilizar a programação financeira, com vistas a otimizar a utilização dos recursos do Tesouro Nacional; c) Integrar e compatibilizar as informações disponíveis nos diversos órgãos e entidades participantes do sistema; d) Permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal. 11) Aponte com V se verdadeiro e com F se falso: a) O código de evento é composto de 6 dígitos estruturados da seguinte forma: os dois primeiros identificam a classe, o terceiro identifica o tipo de evento e os três últimos o código seqüencial; b) As contas recebem lançamentos contábeis em qualquer nível de desdobramento; c) Na descrição das contas encontramos informações acerca da função, momento de débito e crédito, natureza do saldo e outros dados relevantes; d) O mecanismo de funcionamento da tabela de eventos possibilita fazer lançamentos contábeis em mais de uma unidade gestora. 12) O evento utilizado quando há embolso financeiro é: a) 80.0.xxx c) 51.0.xxx b) 70.0.xxx d) 61.0.xxx 13) A utilização do evento de classe 54.0.xxx em uma NL poderá registrar: a) o desembolso financeiro decorrente de aplicação bancária; b) a concessão de suprimento de fundos; c) a prestação de contas de suprimento de fundos; d) o recebimento de uma receita extra-orçamentária. 14) Correlacione as colunas: a) Previsão adicional da Receita ( ) 80.0.xxx b) Crédito suplementar ( ) 10.0.xxx c) Anulação de empenho ( ) 54.0.xxx d) Apropriação de despesas de aquisição de material permanente ( ) 20.0.xxx e) Inscrição da Dívida Ativa ( ) 51.0.xxx f) Concessão de Sub-repasse ( ) 30.0.xxx g) Concessão de Provisão ( ) 70.0.xxx h) Apropriação de receita de corrente- receitas diversas ( ) 40.5.xxx i) Liquidação de Restos a Pagar ( ) 60.0.xxx

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CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO 117 15) A cobrança da Dívida Ativa é um fato orçamentário, mas o registro da sua inscrição não é, implicando débito em conta de Ativo Realizável a Longo Prazo. Qual a contrapartida a crédito nesse lançamento? a) Receita corrente extra-orçamentária. b) Variação ativa extra-orçamentária; c) Receita corrente orçamentária; d) Variação ativa orçamentária. 16) Num determinado órgão, verificou-se, durante o exercício, entre outros, os fatos abaixo: • orçamento aprovado: 200 • receitas arrecadadas: 180 • despesas empenhadas: 160 • despesas pagas: 150 Da despesa paga, 50 se destinaram à aquisição de mobiliário de uso, e 25, a materiais de consumo, que foram consumidos imediatamente. O restante destinou-se às despesas com pessoal e serviços de terceiros. Apure o Resultado Patrimonial.

Page 118: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

118

Faça a sua parte. Deus está fazendo a dele.

GABARITO

CAPÍTULO 1

1) D 2) C 3) D 4) * 5) A 6) B 7) D 8) C 9) A 10) A 11) D 12) * 13) A 14) * 15) * 16) A 17) D 18) C 19) C 20) * 21) A

* 4) Estratégico 12) 1-3-2 14) 400 15) Especial 20) b-c-a CAPÍTULO 2

1) A 2) * 3) D 4) B 5) * 6) B 7) B 8) D 9) C 10) C 11) A 12) D 13) C 14) * 15) B 16) * 17) D 18) D 19) B 20) C 21) D 22) * 23) * 24) * 25) D 26) B 27) C 28) A 29) * 30) B 31) C 32) A 33) * 34) * 35) * 36) A 37) *

* 2) Operações de Crédito 5) lançamento direto ou de ofício. 14) custeio 16) F/V/F/V 22) E/C/D/B/A 23) A/A/B/B 24) A/B 29) C/D 33) capital 34) corrente 35) sociais e econômicas 37) fontes CAPÍTULO 3

1) * 2) * 3) D 4) * 5) D 6) * 7) * 8) * 9) A 10) B 11) * 12) * 13) N 14) * 15) * 16) A

1) A/C/B 2) Ativo Financeiro 4) b-a-b-a-a-b 6) Fundada ou consolidada interna 7) Flutuante ou não consolidada 8) dominicais ou dominiais 11) V/V/F/F 12) Variações independentes da execução orçamentária 14) Dinheiro em cofre/ devedores diversos/depósitos bancários/aplicações financeiras. 15) Passivo Real CAPÍTULO 4

1) * 2) * 3) * 4) * 5) * 1) A/B/B/A/C/C/C 2) D/C/B/A 3) Diário geral e razão geral 4) Analíticos. Diário da receita orçamentária; diário de despesa prevista, empenhada e realizada; diário do movimento extra-orçamentário; diário do movimento bancário; livro caixa resumido. 5) Analítica CAPÍTULO 5

1) D 2) B 3) C 4) D 5) A 6) E 7) A 8) B 9) D 10) E

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11911) E 12) A 13) B 14) D 15) C 16) B 17) C 18) D 19) E 20) A 21) B 22) C 23) C 24) B 25) D 26) B 27) A 28) E 29) C 30) E 31) E 32) D 33) C 34) D 35) D 36) E 37) A 38) A 39) C 40) C 41) C 42) D 43) C 44) C 45) A 46) B 47) B 48) D 49) C 50) E 51) A 52) B 53) C 54) E 55) C 56) B 57) D 58) C 59) B 60) A 61) B 62) C 63) B 64) B 65) E 66) B 67) C 68) E 69) B 70) E 71) B 72) E 73) C 74) A 75) C 76) B 77) D 78) C 79) E 80) A 81) E 82) * 83) * 84) * 85) * 86) * 87) * 88) * 89) * 90) C 91) * 92) * 93) * 94) * 95) * 96) * 97) * 98) C 99) * 100) C 101) D 102) A 103) * 104) * 105) * 106) C 107) A 108) B 109) * 110) * 111) *

82) * D/A/C/B 83) a) $ 90.000 b) $ 3.000 c) $ 13.000 d) $ 121.000 e) $ 51.000 f) $ 170.000 g) $ 35.000 h) $ 30.000 i) $ 132.000 j) $ 159.000 l) $ 70.000 m) $ 30.000 n) $ 62.000 o) $ 121.000 p) $ 191.000 q) $ 47.000 84) 1- e 2- a 3- c 4- a 85) 1- c 2- b 3- e 4- c 5- a 6- 110.000 86) 1- $ 700 2- $ 260 3-$ 640 4- $ 1440 5- Superávit orçamentário de $ 200 87) coluna 1 - a/b/b/c coluna 2 - a/c/c 88) 1- d 2- c 3- b 89) Será resolvida em sala de aula 91) a) transferências correntes/ desp. corrente b) inversões financeiras/ desp. de capital c) transferências correntes/ desp. de capital d) inversões financeiras/ desp. de capital e) inversões financeiras/ desp. de capital f) transferências correntes/ desp. corrente g) despesas de custeio/ desp. corrente h) transferências correntes/ desp. corrente i) inversões financeiras/ desp. de capital j) transferências de capital/ desp. de capital l) investimentos/ desp. de capital m) investimentos/ desp. de capital n) investimentos/ desp. de capital o) transferências de capital/ desp. de capital 92) fontes 93) c/a/d/b 94) b/a 95) Inscrição de RP não processados - sist. orçamentário e financeiro Inscrição de RP processados - sist. financeiro Pagamento de RP - sist. financeiro 96) Inscrição de Dívida Ativa - sist. patrimonial Cobrança - sist. orçamentário, financ. e patrimonial 97) 4 meses antes (31 de agosto) 99) Será resolvida em sala de aula 103) A soma do PF com o PP 104) Balanço Financeiro 105) AF, AP, PF, PP, saldo patrimonial e as contas de compensação. 109) Sist. orç. D- Exec Orç. C- Receita Realizada Sist. financ. D- Caixa C- Receita Arrecadada

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120

Sist. patrim. D- Mutação passiva C- Créditos Fiscais Inscritos 110) O PPC é elaborado pelo próprio agente responsável e o PTC pelo órgão de contabilidade analítica (setorial contábil) 111) a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da lei de orçamento. EXERCÍCIOS SOBRE A EXECUÇÃO FINANCEIRA E SOBRE O SIAFI 1) A 2) D 3) (V) 4) (V) 5) B 6) D 7) D 8) C/A/B 9) C 10) 11) 12) A 13) C 14) (1) 15) B (1) H/A/E/B/D/G/F/C/I (2)

Variações ativas Variações passivas

REO REO

Receitas 180 Despesas 160 MUTAÇÃO PATRIMONIAL MUTAÇÃO PATRIMONIAL

Mobiliário 50 Material de consumo 25

IEO IEO

Material de consumo – consumo 25

Resultado patrimonial 70

Total variações ativas 225 Total variações passivas 225

Page 121: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

121

Faça a sua parte. Deus está fazendo a dele.

CONCLUSÃO

Este trabalho foi desenvolvido tendo por base a bibliografia sem, contudo, pretender

substituí-la.

O candidato a concursos deve aprofundar-se o máximo possível nas pesquisas bibliográficas

e resolver questões de provas para exercitar a mecânica do órgão elaborador.

As questões hoje apresentadas nos diversos concursos exigem a necessidade de

conhecimentos que vão além dos artigos da lei 4320/64.

As aulas ministradas com o auxílio desta apostila constituem uma orientação, mesmo para os

já profissionais de órgãos públicos, no sentido de um maior entendimento dos assuntos da execução

orçamentária, financeira e patrimonial de seus empregadores.

Esperamos ter alcançado nosso objetivo, qual seja, o de auxiliar os colegas contabilistas a

obter o sucesso pretendido.

Page 122: CONTABILIDADE PÚBLICA PARA CONCURSOS DEBORA DE ARAUJO MARINHO

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Faça a sua parte. Deus está fazendo a dele.

BIBLIOGRAFIA

1 ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. 8. ed. São Paulo, Atlas, 1995.

2 GIACOMONI, James. Orçamento Público. 12. ed. São Paulo, Atlas, 2003.

3 JACINTHO, Roque. Contabilidade Pública. São Paulo, Ática, 1989.

4 KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública: Teoria e Contabilidade. 9. ed. São Paulo, Atlas,

2003.

5 MACHADO JUNIOR, J. Teixeira & REIS, Heraldo da Costa. A Lei 4.320 Comentada. 26. ed.

Rio de Janeiro, IBAM, 1995.

6 PISCITELLI, Roberto Bocaccio...[et alii.]. Contabilidade Pública: Uma abordagem da

Administração Financeira. 7. ed. rev. e ampl. São Paulo, Atlas, 2002.

7 SILVA, Lino Martins da. Contabilidade Governamental: Um Enfoque Administrativo. 5. ed.

São Paulo, Atlas, 2002.