construção da marca da pequena empresa

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  • 8/6/2019 construo da marca da pequena empresa

    1/32

    ATITUDEEMARKETING

    PARAACONSTRUODAM

    ARCA

    DAPEQUENAEM

    PRESA.

    ASSOCIA

    OBRASILEIRA

    DEAGN

    CIASDEP

    UBLICIDA

    DE

    RuaPe

    drosoAlvarenga

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    .abap.com

    .brE

    -mail:abap@abap

    .com

    .br

    COMUNICARECRES

    CER

  • 8/6/2019 construo da marca da pequena empresa

    2/32

    VOC

    UM

    EMPREE

    NDED

    OR.

    VOC

    MER

    ECET

    ODOON

    OSSO

    APOIO

    .A Associao Brasileira de Agncias de Publicidade tem a satisfao de fazer

    chegar s suas mos a nova edio da cartilha Comunicar e Crescer, relativa

    ao seminrio Comunicar e Crescer 2, que estar sendo ministrado em todo oBrasil, entre o segundo semestre de 2006 e o primeiro semestre de 2007. A

    excelente acolhida do Comunicar e Crescer 1, realizado em 2004 e 2005, em

    36 cidades de todas as regies do Pas, e assistido por mais de 10.530

    pequenos e mdios empreendedores, alm da distribuio de 11.500 cartilhas,

    atendendo a pedidos de 559 municpios, nos encorajou a ampliar o alcance

    deste trabalho. A agenda do novo Comunicar e Crescer est contemplando 42

    cidades, chegando a todas as capitais e aos pr incipais plos de

    desenvolvimento regional brasileiros. Nesta segunda cartilha, voc vai

    encontrar um estudo mais aprofundado do que voc leu na primeira edio.

    Estaremos tratando de maneira mais detalhada temas relevantes na vida do

    pequeno e do mdio empreendedor. Falamos do significado da sua pessoa

    fsica na histria da pessoa jurdica do seu empreendimento. Falamos sobre

    atitudes fundamentais para uma lida eficaz com o mercado consumidor.

    Falamos das melhores iniciativas para uma construo de marca bem

    sucedida. Falamos da importncia do trabalho profissional das agncias de

    publicidade. Enfim, dedicamos tempo e energia para oferecer a voc conceitos

    e ferramentas estratgicas para o desenvolvimento saudvel do seu n egcio.

    Porque ns acreditamos que o sonho de empreendedores como voc que faz

    o mercado renovar-se permanentemente e aperfeioar-se a cada renovao.

    Ns acreditamos no amor ao trabalho como alavanca do desenvolvimento e,

    por isso, queremos dar a nossa contribuio para que voc nunca deixe de

    acreditar nos seus sonhos. Portanto, aproveite esta cartilha e faa dos seus

    sonhos a sua melhor marca.

    Dalton Pastore

    Presidente Nacional

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    AGRA

    DECIMEN

    T0S

    A ABAP agradece o apoio,

    o incentivo e a valiosacontribuio oferecida

    pelas seguintes entidades:

    ABA - Associao Brasileira de Anunciantes

    ABERT - Associao Brasileira das Empresas de Rdio e Televiso

    ANJ - Associao Nacional de Jornais

    ANER - Associao Nacional dos Editores de Revistas

    APP - Associao dos Profissionais de Propaganda

    CENTRAL DE OUTDOOR

    FENAPRO - Federao Nacional das Agncias de Propaganda

    CENP - Conselho Executivo das Normas-Padro

    ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing

    FGV - Fundao Getlio Vargas

    Agradecimentos especiais a Jos Zaragoza e Bruno Landi (DPZ)

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    INTRODU

    O

    VOC CONHECE ESSA PESSOA?

    O que ns somos como pessoas fsicas que vai

    acabar determinando a histria da nossa pessoa

    jurdica. No apenas em termos de sonhos ou

    ambies ou, mesmo, de preparo tcnico. Mas at

    o jeito de andarmos, sorrirmos, nos relacionarmos

    com os outros, encararmos a vida. A nossa

    personalidade afetar diretamente a percepo

    sobre aquilo que produzirmos. E na construo

    de marcas, percepo tudo.

    A personalidade da marca produto das

    personalidades que lidam com ela. o resultado

    da soma das conseqncias do comportamento

    do que chamo de comunidade da marca: o

    conjunto de indivduos que, direta ou

    indiretamente, levaro a cabo iniciativas que tero

    efeito na percepo do consumidor. E voc, comolder dessa comunidade - mdia, pequena ou

    minscula - quem estabelece a cadncia

    profissional e o padro tico da construo da

    marca.

    Voc quem decide o destino da marca.

    As pessoas no so produzidas em srie, como

    robs, portanto, natural que pessoas diferentes

    toquem negcios iguais de maneiras diferentes,

    gerando diferentes percepes de marca, dentro

    de um mesmo ramo, e mantenham suas marcas

    com uma imagem positiva. Isso bom para o

    mercado, estimula uma competio saudvel,proporciona o atendimento a diferentes

    preferncias dos consumidores, revela a

    democracia da produo.

    O grande encanto da construo de uma

    percepo de marca reside exatamente no amplo

    espectro de possibilidades oferecidas pelas nossas

    diferenas pessoais.

    Afinal, a maior qualidade de uma marca a

    personalidade.

    Nossa personalidade, nossa marca.

    O Dicionrio de Filosofia de Nicola Abbagnano,

    entre outras definies, explica a Personalidade

    como a organizao que a pessoa imprime

    multiplicidade de relaes que a constituem.

    Mais adiante, fazendo referncia a uma

    similaridade entre os conceitos do filsofo

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    CONSCINCIAEEQUILBRIODEVEMC

    ONSTITUIR

    ABASEDAREALIDADE"PESSOAFSICA"PARA

    GERARAPERCEPO"PE

    SSOAJURDICA".

    Nietzsche e a psicologia contempornea, cita H.

    J. Eysenck: Personalidade a organizao mais

    ou menos estvel e duradoura do carter, do

    temperamento, do intelecto e do fsico de uma

    pessoa: organizao que determina sua

    adaptao total ao ambiente. Carter designa o

    sistema de comportamento conativo (da

    vontade) mais ou menos estvel e duradouro da

    pessoa. Temperamento designa seu sistema maisou menos estvel e duradouro de

    comportamento afetivo (emoo); intelecto seu

    sistema mais ou menos estvel e duradouro de

    comportamento cognitivo (inteligncia) () (The

    Structure of Human Personality, 1952, p. 2).

    Como vemos, a personalidade a estrutura de

    nossas caractersticas prprias que vai

    estabelecer uma percepo a nosso respeito e

    sobre tudo aquilo em que interferimos, nossos

    negcios, inclusive.

    Da a necessidade fundamental de nos

    conhecermos para projetarmos uma idia das

    conseqncias das intervenes da nossa

    personalidade sobre a personalidade daquilo que

    estamos construindo.

    Portanto, seguir apenas modelos,

    desconectados de nossas verdades interiores,

    na tentativa de construir a prpria marca ,

    mais ou menos, como pintar uma casa sem

    preocupar-se com mais nada, alm de passar o

    pincel e a tinta sobre todas as superfcies.

    Qualquer pintor de bom senso sabe que uma

    superfcie a ser pintada, primeiro precisa ser

    tratada. Ou seja, temos que ter conscincia da

    superfcie sobre a qual vamos trabalhar. Assim,

    evitamos surpresas.

    Na construo da marca no diferente.Do ponto de vista prtico, sobre a interferncia

    da nossa personalidade no processo de construo

    da marca, no podemos confundir sonho e iluso.

    O sonho, para efeito dessa abordagem, o ideal,

    o desejo, a vontade, o objeto da motivao. E a

    iluso, o produto da alienao, da falta de

    conscincia; denota falta de responsabilidade na

    conduo do projeto. As iluses, na verdade, so

    incompatveis com os nossos sonhos.

    Podemos at sonhar com projetos que, a princpio,

    no combinem com a nossa personalidade, mas

    no podemos nos iludir com relao s

    dificuldades com que vamos nos deparar nesse

    caso.

    Se somos perdulrios, por exemplo, num negcio

    que exige um controle rigoroso de custos, temos de

    compreender que essa caracterstica da nossa

    personalidade tende a retardar ou at inviabilizar o

    desenvolvimento dos nossos negcios. Vcios e

    compulses costumam, muitas vezes, competir

    com capacidades brilhantes de construo de

    marcas.

    Da mesma forma, dependendo da atividade em

    que estejamos envolvidos, o excessivo

    recatamento, a absteno radical e uma conteno

    mesquinha de despesas podem retardar as

    pretenses de exposio e reconhecimento da

    marca.

    Isso significa dizer que a construo da imagem da

    marca , sim, produto das intervenes da nossa

    personalidade, porm, o tempero dessas

    intervenes deve ser dosado de maneira

    equilibrada, baseado na conscincia de que vamos

    atender as necessidades fundamentais para o um

    inter-relacionamento positivo entre nossos

    objetivos de produo e as demandas de quem

    consome.

    Stalimir Vieira

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    API

    ZZAD

    A

    PERS

    ONALIDA

    DE

    Personalidade a organizao de uma

    multiplicidade. Ou seja, uma espcie de

    trabalho de laboratrio, em que vamosaportando, adequadamente, ao nosso sonho,

    diversos componentes - todos dotes nossos -,

    criando, assim, a matria-prima essencial para a

    qualidade da nossa influncia na construo da

    imagem da marca. uma pena que nem todo

    mundo d a necessria importncia a isso e acabe

    fazendo as coisas movido apenas por alguns

    aspectos da personalidade, em prejuzo de outros,

    que vo fazer falta para os passos seguintes.

    Certamente, a construo das grandes marcas

    deveu-se coragem de empreendedores,

    caracterstica de suas personalidades, no campo

    do carter. Carter que deve ser compreendido

    como a fibra, a tmpera, que forjam um esprito

    de persistncia e determinao. Mas se o

    empreendedor basear sua ao apenas no

    carter (a vontade), correr srios riscos, por

    desconsiderar o filtro da inteligncia (o intelecto)

    na elaborao das estratgias e o poder da

    emoo (o temperamento) na motivao da

    comunidade da marca e no convencimento do

    consumidor.

    Devemos partir da premissa de que um projeto

    que busque revelar as reais potencialidades de

    um empreendimento tem que ser desenhado sob

    a tica de uma personalidade equilibrada. Uma

    personalidade consciente e senhora de seus

    recursos e capaz de se utilizar deles , de maneira

    que se retroalimentem na busca do mesmo

    propsito. Ou seja, a sociedade fundamental que

    antecede a qualquer outra a sociedade que

    estabelecemos com as nossas faculdades

    mentais.

    dessa auto-compreenso e dessa

    auto-cumplicidade que nasce a capacidade

    organizacional, que permite lidarmos

    produtivamente com a multiplicidade de relaes

    da personalidade.

    uma vantagem importante pararmos e

    pensarmos nos diferentes pesos que temos

    programados para os elementos que compem

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    CARTE

    R=VONT

    ADE

    TEMPE

    RAMEN

    TO=EMO

    O

    INTE

    LECT

    O=INTE

    LIGN

    CIA

    a nossa personalidade, antes de seguirmos em

    frente. Melhor ainda, nos darmos conta,

    antecipadamente, de que um desequilbrio nessa

    rea pode influenciar negativamente em nossos

    projetos. Assim, teremos tempo para trabalhar as

    necessrias correes para uma organizao mais

    eficaz.

    Se imaginarmos que uma parcela muito

    significativa dos empreendimentos que esto

    sendo postos em prtica, nesse exato momento,

    esto sendo tocados quase que em ritmo de

    aventura, baseados apenas em instrues de

    fora, e negligenciando uma ateno s

    caractersticas pessoais de seus gestores,

    podemos supor uma circunstncia de mercado

    muito favorvel para nossa proposta, sensvel e

    atenta as nossas questes pessoais.

    Pensar num negcio no apenas fazer contas.

    , antes de tudo, habilitar-se espiritualmente para

    a misso.

    Uma personal idade verdadeiramente

    empreendedora deve equilibrar a interferncia do

    carter, do temperamento e do intelecto nas

    reflexes e nas aes.

    Faa o seguinte exerccio: d um peso, de 1 a 10,

    para cada um desses sabores na pizza da

    sua personalidade.

    AGORA

    ,VAMOS

    AVA

    LIAR

    OSIGNIFIC

    ADO

    DE

    ALG

    UNSRES

    ULT

    ADO

    S:

    um bom sinal, no sentido de ser uma condioreveladora da garra e da determinao quemotivaro voc a levar o projeto adiante: voc nomedir esforos para realizar o seuempreendimento e no se deixar desestimularpor qualquer coisa. No entanto, sem a interfernciados outros temperos, essa garra pode setransformar em teimosia, movida pelo orgulho (

    um avano inconveniente para alm da

    fibra, da garra, da determinao). E a, aquelamesma vontade que constri pode destruir, aopersistir irracionalmente, diante de obstculosintransponveis, usando os mesmos mtodos. preciso compreender que os elementos dapersonalidade so os mesmos, a servio do bem oudo mal. O que faz a diferena o uso que se fazdeles, o que tambm pode ser interpretado como a

    distribuio do peso deles em nossas atitudes.

    1. O CARTER (VONTADE) DETM MAIS DE 50% DO PESO:

    A emoo faz uma enorme diferena naconstruo da marca. Ela traduz afeio,entusiasmo, f, otimismo, confiana, fora intuitiva,

    carisma Sozinha, no entanto, como uma drogaque provoca um imenso prazer, uma agradveleuforia, mas com o tempo vai se transformar emmera iluso. Quando a emoo tem um pesodesproporcionalmente maior nas decises, elapode promover um impulso importante na largada

    dos nossos projetos; o risco , no meio do caminho,

    d ia nt e d e p e rca lo s q ue

    a emoo pura no capaz de decifrar com anecessria frieza, arrefecermos, desistirmos,mudarmos de idia, desacreditamos do projeto,pois a emoo pela emoo vive apenas do queexperimenta naquele momento Nossas emoes

    so como lufadas de vento: so fundamentais para

    nos impulsionarem, mas para atingirmos nossosobjetivos, temos que gui-las com as velas darazo. Com as velas armadas, podemos deixarventar vontade, que mais rpido chegaremosonde queremos.

    2. O TEMPERAMENTO (EMOO) DETM MAIS DE 50% DO PESO:

    O uso mais inteligente que se pode fazer dainteligncia utiliz-la na otimizao de nossasoutras qualidades. A inteligncia planeja, organiza,

    distribui funes, avalia os riscos, portanto, devedeter o controle das decises, mas nonecessariamente o maior peso nas caractersticas

    dessas decises. A verdade que, num mercado de

    intensa competitividade entre as marcas, o canalatravs do qual a razo chega a mente doconsumidor a emoo. Ou seja, a intelignciaprecisa dramaticamente do invlucro da emoo.

    Portanto, o grande risco de um empreendimentoexcessivamente focado num conceito intelectual

    impregnar a tudo e a todos os envolvidos com eladesse esprito, sufocando a relao emocional com

    a marca. Para as coisas andarem bem devemfuncionar como uma boa comdia: as pessoasmorrem de rir, movidas por intensa emoo, e nem

    lembram que por trs de tudo h um texto escritocom suma inteligncia. O lugar da emoo nopalco, o da inteligncia, nos bastidores.

    Como voc deve ter percebido nessa reflexo, fundamental a distribuio equilibrada doselementos da personalidade na programaomental para empreendermos a construo denossa marca. E esse equilbrio necessita deserenidade para sua administrao.Pessoas muito emotivas, diante de uma reflexocomo essa, podem comear a policiarem-se,temerosas de que sua emocionalidade possaconduzi-las a falsas expectativas. preciso cuidado: quando falo em equilbrio, no

    estou falando em represso a caractersticas danossa personalidade, mas na valorizao de outras.

    diferente dizer a algum que se diverte muitoque pare de se divertir ou que se divirta menos edizer que, alm de se divertir, faa tambm outras

    coisas que, somadas ao seu divertimento, sirvamde impulso para seus negcios. Ou seja, no temos

    que anular caractersticas da nossa personalidade.

    So elas que vo fazer a diferena, so elas quevo construir uma percepo original da nossamarca.

    3. O INTELECTO (INTELIGNCIA) DETM MAIS DE 50% DO PESO:

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    1kmam

    elhor

    compe

    titiva

    alterna

    tiva

    10km

    100km

    PLANEJAMENTOCOISA

    SR

    IAESIMPLES.

    A partir de certo momento, o planejamento das

    decises deve dar lugar ao planejamento das

    atenes. isso que deve ser estimulado. Todoo tempo gasto na ateno ser ganho na

    deciso. O inverso - a deciso que antecede a

    ateno - denota mediocridade gerencial e limita

    as possibilidades criativas do negcio. O

    planejamento srio deve estabelecer metas,

    sug er i r me i os , est i mul ar a r e f l ex o

    principalmente, e nunca cristalizar conceitos.

    O mercado dinmico, mas no apenas o

    dinamismo do mercado quem recomenda mais

    perenidade na ateno do que velocidade na

    deciso: a prpria necessidade de originalidade

    que o negcio precisa ter para ser competitivo.So duas linhas correndo paralelas e simultneas.

    Uma estabelece a lgica cartesiana do mercado

    e a outra, a lgica contrria, prpria da busca

    criativa. Conduzir a convivncia desses

    antagonismos na construo da nossa marca

    exige prudncia, delicadeza na abordagem,

    sensibilidade diante das manifestaes da

    intuio, respeito s solicitaes da inteligncia.

    Figuradamente, o planejamento para a construo

    de uma percepo de marca para a pequena

    empresa deve partir do seguinte diagrama bsicode status (vide ilustrao ao lado).

    Projete-se a, proporcionalmente, todas as

    possibilidades: o que rua, vira bairro; o que

    bairro, vira cidade; o que cidade, vira estado e,

    assim, sucessivamente.

    Com isso, quero dizer que ningum que no se

    habilite a ser o melhor no seu endereo deve abrir

    um negcio neste endereo. A derrota mais

    devastadora a derrota para si mesmo.

    Antes, portanto, de sair planejando ouencomendando planejamento de mdio e longo

    prazo, preste ateno no que significa o seu

    negcio num raio de 1 km. esse o seu

    laboratrio, a que voc vai aprender os

    princpios e as sutilezas das relaes de mercado.

    o jeito mais econmico de experimentar, de

    errar, de tentar outra vez, de corrigir-se e crescer.

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    No momento em que consolidamos nosso

    negcio como um empreendimento-referncia

    dentro de uma determinada comunidade, nos

    apropriamos de um case particular, ou seja, de

    um modelo, de um jeito de fazer, forjado na

    experincia, o mais eficaz dos aprendizados.

    Quando transformamos nosso

    empreendimento num sucesso de um mercadodentro de um raio de 1 km, conquistamos a

    necessria segurana para nos sentirmos

    competitivos num raio de 10 km.

    H que se respeitar as premissas do es pao e do

    tempo. Tempo para fazer, oferecer, observar,

    interpretar, adaptar, reapresentar, ouvir, inova r,

    arriscar, crescer Precisamos vivenciar cada um

    desses momentos, experimentando um sincero

    e profundo amor pelo trabalho que estamos

    realizando.

    A histria de um empreendimento

    absolutamente encantadora. Porque se confunde

    com a histria de nossas vidas. Alm da

    materializao dos sonhos, o compartilhamento

    de nossas qualidades com os outros. isso o que

    nos habilita para o mercado, o sentimento de que

    estamos dividindo o nosso talento com a

    necessidade alheia.

    O mercado decorrncia da nossa comunho

    com os outros.Afinal, para que o nosso negcio seja vivel so

    necessrias duas condies fundamentais:

    As duas tm o mesmo peso. Todo planejamento

    deveria nascer impregnado dessas questes. Elas

    carregam a chave do acesso ao mercado.

    Na primeira, que se refere a nossa necessidade,

    o que torna a condio ns precisarmos dele

    cada vez mais dramtica a pouca importncia

    que tem sido dada s vocaes.

    Hoje, quando se trata de empreender, a questo

    da vocao passou a ser valorizada como

    vocao para negcios, em lugar de vocao

    para o negcio. E o que so negcios? umageneralizao que trata do empreendimento sob

    a tica do lucro, apenas. Ou seja, o bom

    negcio o negcio que d lucro.

    A partir da, se estabelece uma escala que

    qualifica os negcios, como piores ou

    melhores, de acordo com a velocidade e a

    quantidade em que se d o lucro. um conceito

    perigosssimo, antagnico vocao para o

    negcio.

    Diferente da vocao para negcios, em que

    o lucro a causa da afeio pelo negcio, a

    vocao para o negcio compreende o lucro

    como conseqncia da afeio pelo negcio. Isso

    faz muita diferena.

    A questo :

    So situaes bastante diferentes. Por exemplo,

    se voc acha o seu endereo conveniente para

    abrir uma floricultura e voc tem vocao para

    empreender numa floricultura (vocao para onegcio), o recomendvel que voc abra uma

    floricultura. J se voc tem vocao para

    negcios (portanto, no tende a amar o

    negcio de floricultura), o recomendvel que

    voc venda ou alugue o seu endereo para uma

    rede de floriculturas.

    1. NS PRECISARMOS DELE.

    2. OS OUTROS PRECISAREM DELE.

    1. A MINHA VOCAO PARA O NEGCIO.

    2. A MINHA VOCAO PARA NEGCIOS.

    incontvel o nmero de pessoas com faro para

    oportunidades, que olham, vem e tm certeza

    de que abrir um empreendimento de

    determinado ramo naquele lugar garantia de

    sucesso. Abre e vai mal. Passa adiante para

    algum do ramo e o negcio comea a ir bem.

    Ou seja, as condies de mercado no se

    bastam para viabilizar um empreendimento. Elas

    precisam das vocaes para vingar.

    Vocaes diferentes promovem olhares com

    focos diferentes para a mesma coisa. Por isso,

    to importante termos muito claras as

    motivaes que nos movem no mundo dos

    negcios. Elas solicitam recomendaes muito

    especficas em termos de planejamento.

    Uma equaozinha simples nos d, de sada, a

    diferena monumental entre dois

    empreendedores num negcio envolvendo

    floricultura, por exemplo.

    H ocasies em que as atitudes de um e de outro

    podero se confundir e dar-nos a falsa

    impresso de que seus propsitos so iguais.Por exemplo: um empreendedor com vocao

    para negcios identifica um bom endereo

    para uma floricultura e monta a floricultura.

    Embora ele no tenha vocao para o negcio,

    ele estuda o negcio, mas sob o filtro dos seus

    objetivos: como montar uma floricultura que

    parea interessante aos olhos dos

    empreendedores em floriculturas.

    Agora, alm da oportunidade representada pela

    localizao, ele tem o prprio ponto para vender,

    com a aparncia que desperta ateno das

    pessoas do ramo. No entanto, ele sabe que no

    pode ficar com o negcio por muito tempo, pois

    as condies prprias da sua vocao para

    negcios no servem, por muito tempo, para

    atender s demandas prprias do negcio queexige que se tenha vocao para o negcio.

    Essas demandas exigem um padro de

    dedicao, exigem uma disponibilidade de tempo

    que ele no tem.

    Sua atividade no caso - a intermediao de

    imveis - trabalha num ritmo muito diferente

    daquela exercida por quem tem vocao ou

    envolvimento afetivo com o negcio de vender

    flores.

    Ento, voc j conseguiu se situar entre esses

    dois personagens do mercado? Essa

    identificao muito importante para evitar

    aborrecimentos no futuro.

    A verdade que desenvolver o plano de

    desenvolvimento para um empreendimento que

    vai ser tocado por algum sem vocao pode se

    tornar uma enorme perda de tempo e gerar uma

    despesa irrecupervel.

    A vida de empreendedor cheia de solavancos,

    sustos, variaes de comportamento do

    mercado, altas e baixas de preos, eventuais

    faltas de mercadorias, acidentes, prejuzosinesperados O que vai determinar se, apesar

    disso tudo, ns somos felizes fazendo o que

    fazemos a nossa vocao.

    EMPREENDEDOR COM VOCAOPARA O NEGCIO

    MERCADO: COMPRADORESDE FLORES

    EMPREENDEDOR COM VOCAOPARA NEGCIOS

    MERCADO: COMPRADORESDE FLORICULTURAS

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    ASPESSOASPRECISAM

    SABERQUEVOC

    GOSTADOQUEFAZ.

    Provavelmente voc nunca deve ter lido essa

    recomendao expressada com tanta nfase num

    livro sobre marketing. No entanto, ela a mais

    importante recomendao que um profissional de

    marketing deve dar a seus clientes. O problema

    que os profissionais costumam ter certa

    dificuldade em lidar com o simples, ficam

    desconfortveis, julgando-se superficiais em

    assuntos que solicitam tanta profundidade.

    Na verdade, certos profissionais de marketing

    muitas vezes no tm coragem de assumir que o

    trabalho deles dar trabalho para voc. cobrar

    atitude, iniciativa, amor a sua marca, em vez de

    apresentar uma papelada com tudo mastigadinho

    sobre o que voc deve fazer para vencer na vida.

    No assim que funciona, essas regras no

    existem.

    E como que funciona esse negcio de dar a

    perceber que gostamos do que fazemos?

    Ocorreu comigo h algum tempo um episdio

    emblemtico. Viajava com minha esposa pelo

    litoral do estado de Santa Catarina, quando

    resolvemos entrar na cidade Garopaba. Era um

    comeo de noite e ns havamos almoado pouco.

    Queramos jantar direito.

    O guia de viagens que carregvamos recomendava

    um determinado restaurante. Fomos para l.

    Ficava nua ruazinha aprazvel e tinha uma

    decorao rstica, mas de muito bom gosto.

    Quando estacionvamos, percebemos uma

    senhora bem arrumada que regava o jardim

    prximo entrada do restaurante; jardim, diga-se

    de passagem, tambm muito bonito e bem

    cuidado.

    Pedimos nossos pratos, obedecendo a um certo

    estilo do lugar, que sugeria peixes e frutos do mar.

    Mas a comeou a nossa decepo. Os pratos

    insossos estavam longe de qualquer proposta que

    merecesse alguma recomendao. Foi muito

    desagradvel. Deixamos tudo praticamente

    intocado e pedimos a conta.

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    Foi interessante observar que os pratos foram

    retirados, levados para a cozinha, a conta trazida

    e, em nenhum momento, o fato mereceu

    qualquer comentrio da parte da casa.

    J rodando em busca de outro lugar para comer,

    comentei com minha esposa sobre a senhora

    que havamos visto regando o jardim quando da

    nossa chegada ao restaurante. Parecia evidente,

    desde o incio, que ela fosse a dona do lugar, fato

    que depois comprovamos durante a nossa

    permanncia.

    Ora, se na hora de preparar a comida, servir o

    jantar e acompanhar o servio aos clientes - o

    momento mais dramtico da vida de um

    restaurante -, a dona do restaurante estava

    regando o jardim, era evidente que ela estava

    no negcio errado. A comida daquela casa no

    poderia ser mesmo ser boa.

    Talvez essa senhora deveria ter um negcio de

    decorao, uma loja de artesanato ou mesmouma bela floricultura. Nunca um restaurante!

    Escrevemos para o guia, dando conta da falha

    deles e nunca mais pisamos l.

    Na mesma noite, j com a fome apertando e sem

    muita pacincia para escolhas minuciosas,

    entramos num restaurante desses de comida

    por peso, numa avenida movimentada. Demos

    uma olhada no buf - a comida era tipicamente

    caseira e fresca - e resolvemos ficar por ali

    mesmo.

    No demorou muito saiu da cozinha uma

    senhora, vestindo um avental impecavelmente

    branco e usando uns culos de aros de

    tartaruga, com uma travessa nas mos.

    Dirigiu-se ao buf e tratou de arranjar por ali

    mais aquele prato. Antes de sair, passeou

    cuidadosamente os olhos em cada uma das

    sugestes, dando uma mexida aqui e ali com

    uma colher de pau.

    Acompanhei todos os seus gestos com muita

    ateno e experimentei uma sensao de

    absoluta confiana de que comeramos muito

    bem naquele lugar.

    No deu outra.

    Quando evidenciamos o gosto pelo que fazemos,

    isso tem um efeito multiplicador em torno de

    ns, sobretudo na comunidade da marca.Nossos colaboradores, uma vez impregnados

    por essa espcie de encanto, vo reproduzir as

    nossas melhores atitudes nas mais diversas

    circunstncias.

    Lembram do garom do tal restaurante de

    Garopaba? Retirou os pratos praticamente

    intocados, como se o fato do cliente no ter

    comido o que foi servido no t ivesse nada a ver

    com os objetivos da casa. Seu comportamento

    seguiu o padro de indiferena com o negcio

    principal demonstrado pela patroa.

    Vivenciei outros dois casos que tambm ilustram

    bastante bem essa tese.

    E, aqui, revelam a fora da mentalidade do dono

    sobre o comportamento dos funcionrios.

    Cumprindo esse ritual de simplicidade

    em nosso planejamento estratgico,

    temos duas perguntas para responder:

    1. Eu gosto do que fao?

    2. Os outros esto percebendo que eu

    gosto do que fao?

    Todos sabemos da paixo que o comandante

    Rolim Adolfo Amaro nutria pela aviao e pela

    TAM, sua companhia area. Essa paixo era

    demonstrada a todo momento, nenhuma ocasio

    era desperdiada para fazer chegar a quem quer

    que fosse que viajar pela TAM era viajar numa

    companhia que era a menina dos olhos de seu

    proprietrio. Que conforto para os clientes! Que

    segurana! Conceitos fundamentais para a

    consagrao da imagem de uma companhia

    area eram alimentados todos os dias por

    expresses de amor ao trabalho. E impregnavam

    a postura da equipe frente s suas obrigaes.

    Tive um exemplo claro disso na ocasio em que

    um vo da ponte area entre So Paulo e Rio,

    operado pela TAM, sofreu um atraso de mais de

    uma hora. Ora, para uma viagem de 40 minutos,

    com partidas de trs companhias de meia em

    meia hora, um absurdo submeter o cliente a

    uma espera to grande, sem tomar nenhuma

    providncia para atend-lo melhor. Foi o que

    ocorreu. Eu tinha compromisso com um

    programa ao vivo de televiso e, percebendo o

    tempo passar, fui diversas a atendente pedir

    informaes e ela sempre me dizia que j amos

    embarcar.

    Mas o embarque somente se daria bem depois.

    Bastante contrariado, no me contive ao ver o

    comandante daquele vo e expressei o meu

    protesto.

    Eu esperava um pedido de desculpas, mas eleme surpreendeu: alm de pedir desculpas,

    afirmou que isso no podia acontecer com uma

    companhia que dizia ter o foco no cliente.

    Parecia adivinhar que eu era um profissional de

    marketing, ao usar de uma linguagem to

    apropriada para o meu convencimento.

    A verdade que sua atitude demonstrou

    tamanha conscincia dos compromissos da

    companhia com os clientes que me satisfiz com

    a resposta.

    Viajando em outra companhia regional, cujo

    proprietrio est muito longe de trabalhar com

    a paixo com que trabalhava o comandante

    Rolim, testemunhei um fato digno de registro,

    s que revelador exatamente do contrrio do

    que testemunhei na TAM: uma absoluta falta de

    amor ao trabalho de quem a representa junto

    aos clientes.

    Por uma trapalhada no despacho dos

    passageiros para a aeronave, acabamos ficando

    num nibus estacionado na pista por longos

    minutos. Ao entrar no avio, um cidado

    reclamou do ocorrido para a comissria.

    Sua reao foi pattica: a culpa no minha,

    senhor, do pessoal de terra. Fiquei bobo.

    A resposta revelava que o proprietrio do

    negcio poderia at ter vocao para

    negcios, mas certamente no tinha nenhuma

    vocao para aquele negcio.

    isso a. Como os filhos costumam ser espelhos

    dos pais, aos olhos dos outros, seus funcionri os

    revelam o grau de paixo do patro pelo que faz.

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    C

    OMOD

    EMON

    STRA

    R

    QUEV

    OCGOS

    TADO

    NEG

    CIO

    QUEEST

    FAZEN

    DO?

    1. Voc tem um scio, cujo maior sonho dar

    uma grande tacada?

    Livre-se dele.

    No tem nada menos recomendvel para o

    futuro de um empreendimento do que um scio

    que vive preocupado em dar a grande tacada

    que vai mudar a sua vida. Quem vive sonhando

    com uma grande tacada no tem tempo para

    pensar no prprio negcio. Est nele por acaso,

    poderia estar em qualquer outro. uma espcie

    de ave migratria que, ao primeiro sinal do

    inverno, levanta vo em busca do quente.

    Representa a anttese do que falamos at agora

    - gostar do negcio e demonstrar que gosta

    do negcio.

    algum que nas oportunidades de divulgar o

    negcio, nos contatos de mercado, vai priorizar

    a expresso de sua busca da grande tacada e

    desperdiar oportunidades importantes para a

    const r uo p r ud ent e e p au l a t i na d o

    empreendimento de vocs.

    Outra coisa: o mercado tem um certo p atrs

    com quem se ocupa com tanto afinco de

    generalidades, de algo etreo, sem um endereo

    certo. Cheira a oportunismo.

    Se voc no tem esse scio, timo; voc nem

    precisa dele. No h aporte de capital que

    justifique voc trazer para o projeto que voc

    ama, algum incapaz de am-lo. Lembre-se: o

    amor ao negcio traz dinheiro; o dinheiro no

    traz necessariamente amor ao negcio. E

    dinheiro, um dia, acaba.

    Se precisar de um scio, procure algum do

    ramo, que tenha uma histria. Pode ser uma

    experincia bem-sucedida ou no. Isso no temtanta importncia, afinal, h muita gente boa,

    capaz, talentosa, eficiente no seu ramo, mas que

    administra mal e a acaba quebrando. O que no

    invalida suas virtudes.

    Alis, se voc for um bom administrador, esse

    pode ser um casamento perfeito.

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    2. D o exemplo. mais importante do que

    falar.

    Ao longo da sua trajetria, como pequeno

    empreendedor, no vo faltar recomendaes

    e ofertas de servios de treinamento de pessoal,

    de palestras motivacionais e de cursos de

    administraes de recursos humanos. Algumas

    dessas propostas valem a pena, a maioria

    perda de tempo e desperdcio de dinheiro.

    Com o tempo e a experincia voc vai acabar

    aprendendo a fazer o filtro correto.

    Por enquanto, o que eu posso lhe dizer o

    seguinte: aposte no seu amor ao negcio e d,

    na prtica, o exemplo para o seu pessoal. Isso

    to insubst ituvel quanto a fam l ia

    insubstituvel na educao de uma criana. Uma

    boa escola pode dar uma formao boa na rea

    do conhecimento. Mas a boa educao quem vai

    dar a famlia.

    Assim tambm ocorre na relao dos

    empreendedores com seus colaboradores.

    Voc e seu pessoal constituem os pilares da

    comunidade da marca. do trabalhoharmnico de vocs que se constituir a base

    conceitual sobre a qual ser construda a

    reputao da marca. Ou seja, a primeira opinio

    sobre o que fazemos nasce dentro de casa. E,

    dificilmente, a opinio externa, no futuro, ser

    diferente da opinio interna hoje.

    Portanto, considere a percepo que seu

    pessoal tem do negcio como um dos

    patrimnios mais valiosos da empresa. Essa

    percepo comea no valor que voc d ao que

    faz. E a vale a pena a gente lembrar da

    inconvenincia de um scio desalinhado com

    esse pensamento, aquele scio focado numa

    grande tacada.

    Os exemplos so dados de diversas formas, mas

    o mais importante que nas atitude haja

    coerncia. Aquela coerncia natural de quem

    est fazendo o que gosta.

    3. Elogie a concorrncia. o seu negcio que

    est sendo avaliado.

    Quando um concorrente nosso quebra, isso, a

    princpio, pode parecer uma boa notcia. Mas se

    voc pensar um pouquinho, vai ver que, na

    verdade, essa notcia no tem nada de bom.

    Queiramos ou no, aos olhos do mercado, o que

    fica em questo a viabilidade da prpriaatividade. Afinal, por que o consumidor no

    poder pensar que o Fulano quebrou por

    trabalhar direito e os outros no quebram

    porque so mais espertos, no mau sentido?

    Gostar do que se faz encarar com um

    encanto natural tudo o que relativo ao

    prprio negcio.

    E nada est mais relacionado ao nosso

    negcio do que os negcios dos nossos

    concorrentes.

    preciso olhar para eles com carinho. Aprendercom os erros e os acertos deles. Aprender,

    principalmente, com nossas perdas para eles.

    Lembre-se: no frigir dos ovos, a competio

    saudvel aquela que se d no campo da

    qualidade.

    Da mesma forma com que o amor dos

    pais a base de uma boa educao dos

    filhos, o amor do empreendedor por seu

    negcio a base do bom exemplo para

    seus funcionrios.

    Tudo, portanto, o que estimula mais busca de

    qualidade da nossa parte deve ser sempre visto

    com bons olhos, motivo de reflexo pessoal e

    avaliao em equipe.

    O consumidor no bobo. Mais dia, menos dia,

    ele acaba descobrindo o melhor custo/benefcio.

    O que torna totalmente desnecessrio tecercomentrios desairosos a um concorrente s

    porque ele tomou uma iniciativa suspeita que,

    num primeiro momento, afetou os nossos

    resultados.

    Tenha pacincia, d tempo ao tempo.

    A experincia ensina que o cliente mais fiel no

    o que est com voc agora, mas aquele que

    vai voltar depois de uma experincia equivocada

    com outro fornecedor. Se voc, nesse perodo,

    mantiver a classe com relao concorrncia e

    sustentar uma comunicao elegante com seu

    cliente, melhor ainda. Sero verdadeiras atitudes

    de lder ou de um lder potencial.

    J o contrrio, reagir com retaliaes, tentativas

    de desmerecer os outros ou entrar numa guerra

    de preos ou ofertas, pode ter um efeito

    extremamente nefasto junto ao consumidor.

    Primeiro, porque ningum gosta de ser acusado

    de incompetente: se o seu cliente optou por

    comprar do concorrente, ele acredita que tomou

    uma deciso inteligente para as circunstncias;

    tentar apontar defeitos na iniciativa, portanto,

    no uma boa poltica. Depois, entrar numaguerra de preos, uma faca de dois gumes: se,

    num primeiro momento, isso pode criar um

    impasse na cabea do seu cliente, pode tambm

    deixar uma forte impresso de queele foi

    explorado por voc at agora.

    O recomendvel, com relao concorrncia,

    adotar duas posturas bsicas:

    - Acredita r que se o nosso negcio vai bem

    porque o mercado bom para aquilo que

    fazemos; torcer, portanto, para que todos vo

    bem.

    - Pensar que est construindo uma reputaode marca dentro de um mercado; por isso,

    encarar sempre os concorrentes, junto com

    os clientes, como os melhores monitores para

    suas atitudes.

    4. Construa uma imagem pessoal de

    especialista.

    Quem gosta do que faz no fica alheio a nada

    do que se passa e que diga respeito a sua

    atividade. Interessa-se em ler, ouvir, debater.

    um personagem sempre presente nos momentos

    mais importantes para a vida do segmento. Se

    tiver vocao para a liderana, acaba presidindo

    alguma entidade representativa. Se essa no

    for sua vocao, de qualquer modo dar um jeito

    de aportar sua contribuio na consolidao e

    no aperfeioamento do negcio como um todo.

    Isso importante para a construo da imagem

    da marca. O consumidor gosta de saber que voc

    um especialista, do ramo, no apenas um

    player, um investidor que poderia estar

    apostando em qualquer outro negcio em que

    farejasse um lucro fcil.

    Ser um profissional do ramo a quem a imprensaprocura sempre que necessite algum

    depoimento significativo faz de voc um

    formador de opinio. Mas para que essa

    exposio seja positiva, necessrio um preparo

    srio, preciso conhecer no apenas a situao

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    do seu ramo de atividade no momento e no lugar

    em que voc est instalado, mas ter uma viso

    global da atividade, contemplando sua histria

    e como ela se comporta no mundo. a fora do

    contedo do seu depoimento que vai dar

    consistncia imagem que voc vai deixar no

    mercado. E que vai estimular a mdia a

    procur-lo mais vezes.

    Voc no precisa esperar o seu empreendimento

    crescer para se dar ao direito de ocupar esse

    espao pessoal.

    Conhecer profundamente o seu negcio e usar

    esse conhecimento apenas para consumo

    interno ou conhecer superficialmente o negcio

    e especial izar-se, como compensao

    superficialidade, em marketing e relaes

    pblicas, so equvocos que deve ser evitados.

    Para o bem da sua marca, o verdadeiro

    especialista precisa de um suporte profissional

    de marketing, relaes pblicas e assessoria de

    imprensa para tornar pblicas e notrias suasmelhores capacidades. Ficar quieto, nesse caso,

    desperdiar um tempo precioso na construo

    da marca.

    Por outro lado, nada mais prejudicial para seu

    prprio negcio do que um amador falando

    pelos cotovelos, em pblico, sobre o que no

    conhece.

    O que determinante no trabalho para tornar-se

    um sinnimo da prpria atividade?

    - Conhecer todos os aspectos tcnicos donegcio.

    - Conhecer todas as prticas comerciais do

    negcio.

    - Conhecer a histria do negcio e o histrico

    de suas inter-relaes com outras atividades.

    - Conhecer a situao do mercado e o

    comportamento do negcio no mundo.

    - Contratar profissionais de marketing e de

    relaes pblicas e assessores de imprensa

    que potencializem publicamente sua cultura

    sobre o negcio.

    - Participar ativamente, com ou sem interesse

    em cargos diretivos, da vida associativa do

    negcio, dando regularmente a sua

    contribuio.

    - Cr ia r oportun idades de pub l icar ,

    eventualmente, artigos sobre o negcio,

    cuidando para que os conceitos apresentados

    carreguem propsitos inovadores ou crticas

    fundadas a agentes prejudiciais a atividade.

    5. Dedique uma parte do seu tempo a formar

    gente.

    Uma das grandes motivaes de quem

    apaixonado pelo que faz ensinar a profisso.

    Os que tm tempo e vocao para o ensino

    regular acabam dando aulas em escolas. Outros

    p r efer em faz- l o em seus p r p r i os

    empreendimentos. Considerando que a sua

    empresa ainda pequena e deve exigir

    dedicao integral, talvez o ideal seja voc

    adotar jovens sem experincia para ensinar-lhes

    a profisso.

    Alm de atender a um apelo tpico do esprito

    do verdadeiro prof issional , voc estarcumprindo um papel social importantssimo.

    De acordo com o entusiasmo que voc

    demonstrar nessa prtica, mais do que novos

    prof issionais, voc estar formando,

    simultaneamente, uma legio de admiradores

    TODAD

    EMONSTRA

    O

    DEGRANDE

    ZA

    QUEVOC

    DER

    EM

    QUALQ

    UER

    TEM

    PO

    UMA

    SIN

    ALIZ

    ADORA

    PODER

    OSA

    DOPOTEN

    CIAL

    DESU

    AMA

    RCA

    .

    que, continuando com voc ou no depois de

    aprender, certamente vo compartilhar com

    outras pessoas a impresso positiva que voc

    deixou. um instrumento muito eficaz na

    alavancagem da imagem da marca, a longo

    prazo.

    6. Pratique criatividade.

    A busca permanente de um jeito novo de fazeras coisas outra marca inconfundvel de quem

    apaixonado pelo que faz. A criatividade nos

    mtodos e procedimentos de produo e

    administrao, nos padres de relacionamento

    com fornecedores e clientes, nas formas de

    apresentar-se publicamente, so indicadores de

    uma marca moderna, dinmica, tocada por gente

    decididamente focada no negcio e a caminho

    de tornar-se uma verdadeira locomotiva das

    tendncias do segmento.

    Essa energia, fatalmente, vai influenciar seu

    pessoal e alcanar a sensibilidade do

    consumidor.

    Insisto: isso nada tem a ver com o

    empreendimento ser grande ou pequeno,

    fisicamente, ou mesmo em termos de alcance

    de mercado no momento. , antes de tudo, uma

    atitude de marketing, trabalhando a construo

    de conceitos que estaro impregnando a marca

    e a transformando em verdadeira referncia no

    segmento.

    O verdadeiro amor quele trabalho que se

    escolheu para ganhar a vida e empreender seu

    talento faz toda a diferena. E essa diferenaprecisa acontecer, ser percebida. Por isso, no

    basta pular cedo da cama, correr feliz para a

    empresa e dedicar-se horas a fazer um trabalho

    correto, honesto, digno. Essas coisas todas s

    se transformam em percepo de marca quando

    elas acontecem da porta para fora, atravs de

    atitudes criativas.

    7. Faa propaganda.

    Fazer propaganda contar para todo o mundo

    o resultado de uma aplicao entusiasmada num

    determinado empreendimento.

    Quando voc conta para seus parentes e amigos

    uma conquista importante obtida numa jornadade trabalho, voc est fazendo propaganda

    dessa conquista, do seu trabalho e de voc

    mesmo.

    A propaganda, como expresso da paixo que

    nutrimos por nossa atividade, insubstituvel.

    Ela revela que estamos orgulhosos, confiantes,

    felizes com o que alcanamos e que estamos

    seguros de que outras pessoas vo compartilhar

    conosco desse estado de esprito.

    Por isso, fazer propaganda, do jeito que for

    possvel, parte do conjunto de atitudes que vai

    revelar que gostamos do que fazemos, que

    somos dignos de fazer e competitivos em termos

    de mercado.

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    CONS

    TRUIRM

    ARCA

    UMA

    ESP

    CIEDE

    ENGEN

    HARIA

    Imagine que a mente do consumidor um

    imenso terreno. E que esse imenso terreno est

    dividido em condomnios. E que num desses

    condomnios voc tem um lote para construiruma casa.

    Essa casa se chama percepo programada da

    marca.

    Percepo de marca um negcio to

    interessante que se voc no fizer

    absolutamente nada, ela se constri sozinha.

    O problema que ao se construir sozinha ela

    no obedece a nenhuma regra da engenharia

    do marketing e fica entregue prpria sorte.

    Da mesma forma com que terrenos

    abandonados formam uma impresso negativa

    dos seus proprietrios, marcas que no tm um

    acompanhamento zeloso deixam a impresso

    de que os responsveis por elas no esto nem

    a para o que os outros pensem delas. Isso

    grave. Afinal, se a percepo pblica de um de

    s e u s m a i o r e s p a t r i m n i o s

    - a marca - no merece a devida ateno, as

    pessoas j imaginam como a produo, aquilo

    a que quem est de fora no tem acesso. Ou se ja,

    negligenciar a imagem da m arca dar margem atoda sorte de especulaes por parte do mercado

    sobre o seu negcio como um todo.

    Essas coisas podem ser evitadas com

    procedimentos simples, econmicos, mas que

    necessitam de permanente monitoramento

    profissional.

    Observe as seguintes recomendaes e ganhe

    tempo na construo da imagem da sua marca:

    1. A criao da marca deve ser tratada com

    profissionalismo para que voc no tenha que

    mudar tudo depois.

    Se tudo o que voc pode fazer pela marca, hoje,

    o mnimo, a esse mnimo que voc deve dar

    toda a ateno, pensando que est dando os

    primeiros passos naquilo que vai ser a cara do seu

    negcio.

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    No porque ainda no tem verba para fazer

    uma grande campanha de publicidade que voc

    pode dar pouca importncia imagem da sua

    marca. Pelo contrrio: exatamente quem no

    tem verba para corrigir eventuais falhas de

    comunicao, a curto ou mdio prazo, que deve

    evit-las desde o incio.

    Nunca esquea de que, desde a primeira ao

    voltada para a construo da marca, existe umcompromisso de coerncia entre o que se faz

    agora e o que se far no futuro. Ficar se

    comportando de maneira diferente com relao

    construo da marca em momentos diferentes

    da histria do empreendimento desperdiar

    tempo e adiar indefinidamente a consolidao

    de uma imagem clara na mente do consumidor.

    Nenhum momento menos importante.

    Onde e quando a marca aparece, sempre

    importante.

    Como todo documento que voc assina.

    A ESCOLHA DO NOME.

    Para voc ter uma idia da importncia desse

    assunto, existe uma diviso no marketing

    chamada naming, uma cincia especializada

    na busca do nome mais apropriado para o seu

    produto, servio, loja, etc.

    Provavelmente, poder se constituir num luxo

    excessivo voc comear seu negcio chamando

    um especialista e investir dinheiro na criao

    de um nome para ele. Se puder contrataralgum, timo.

    O importante agora saber que, embora haja

    quem diga que se nome fosse importante,

    Caracu no seria nome de uma cerveja de

    sucesso, o nome pode ser um facilitador na

    fixao da marca pelas pessoas e um gerador

    importante de empatia.

    Por isso, bom dar uma estudada criteriosa no

    assunto, observando as associaes de idias

    entre nome e produto; nome e pblico-alvo;

    nome e matria-prima, entre as idias que

    ocorrem a voc ou a outras pessoas que estejam

    colaborando com voc, por exemplo.

    Critrios como esses diminuem a chance de se

    fazer uma bobagem logo de sada.

    Considere seriamente que, principalmente nesse

    momento em que ainda no significamos nada,

    adotar um nome que tambm no significa nada

    ou que remeta a outra coisa s atrapalha.

    Uma iniciativa interessante ir internet e dar

    uma olhada na histria das marcas conhecidas

    e pesquisar a origem das suas adoes.

    A compreenso dos critrios adotados para a

    criao de algumas marcas conhecidas pode

    servir de inspirao para a s ua tarefa de escolher

    um nome para o seu empreendimento.

    Depois do nome escolhido, voc deve procurar

    um escritrio especializado em marcas e

    patentes para garantir que ele no est

    registrado em nome de outro na mesma

    categoria e tratar de fazer o registro em seu

    nome. Essas coisas parecem bvias, mas muita

    gente boa, depois que cresceu, teve que pagar

    uma nota preta para o proprietrio da marca,

    sob pena de perd-la.

    Um caso incrvel o do Brasil: depois de 500

    anos investindo nas expresses cupuau e

    rapadura, teve que negociar com Japo e

    Alemanha o uso dessas marcas registradas,

    espertamente, por eles.

    A CRIAO DA LOGOMARCA.

    A, no tem jeito: ou voc do ramo ou vai ter

    que chamar algum do ramo para cuidar disso.

    No adianta voc ser uma pessoa criativa e de

    bom gosto para um monte de coisas.

    Desenhar uma logomarca no pertence

    categoria um monte de coisas. Guarde a sua

    criatividade para o seu negcio. Alis, respeitar

    os outros nas especialidades deles o primeiropasso para sermos respeitados nas nossas.

    Mas isso no significa que voc no tenha que

    ter opinio sobre o assunto.

    Tem que ter e muita.

    Trate, portanto, de estudar aquilo que vai pedir.

    No precisa ser necessariamente um estudo

    profundo, mas suficiente para formar uma noo

    do porqu das coisas e adquirir um certo senso

    crtico para avaliar o que vai ser apresentado

    pelo seu fornecedor.

    Voc no obrigado a aprovar a primeira

    sugesto que for apresentada. Nem a segunda,

    nem a terceira. Alis, voc no obrigado a nada

    em termos de aprovao. Voc pode, inclusive,

    solicitar sugestes para mais de um fornecedor.

    O que voc no pode deixar de remunerar o

    custo de quem trabalhou para voc, tenha voc

    aprovado o trabalho ou no. Remunerar o custo

    no pagar pela marca desenvolvida e

    reprovada, apenas evitar o prejuzo de quem

    investiu tempo e dinheiro fazendo alguma coisa

    que voc pediu e que voc, por algum motivo,

    no aprovou.Combinar isso, logo de sada, vai pegar bem para

    voc.

    Um bom procedimento convidar diversos

    fornecedores para conversar, conhecer o

    trabalho que eles fazem e especular sobre suas

    capacitaes profissionais. E s, ento, depois

    de uma boa avaliao, escolher aqueles a quem

    voc vai encomendar a tarefa. No descarte os

    melhores profissionais s porque so mais caros.

    Faa o contrrio: priorize uma boa negociao

    com eles.

    Os bons profissionais respeitam os pequenosempreendedores que fazem questo de

    trabalhar com os melhores provedores de

    servios, apesar das limitaes financeiras

    tpicas de quem est comeando.

    Demonstrar conscincia de que o seu sucesso

    depende tambm de contar com parceiros

    qualidade e agir eticamente com eles tambm

    faz parte da construo da imagem da marca.

    A APLICAO DA MARCA.

    Quando voc encomenda a criao da

    logomarca do seu empreendimento, desse

    pacote devem fazer parte as aplicaes da

    logomarca. E um manual de identidade visual,

    com todas as instrues para as diversas

    modalidades de uso da marca. Quanto mais o

    manual for respeitado, mais unidade de

    comportamento ter o uso da sua marca.

    bobagem comprar a logomarca e depois se

    encarregar ou encarregar a uma grfica

    qualquer os seus diversos usos. Os profissionais

    que criaram a logomarca so as pessoas mais

    recomendadas para fazer os estudos da melhor

    aplicao da logomarca. Profissionaisverdadeiros quando criam j pressupem,

    considerando a modalidade de servio ou

    produtos que est em questo, as diversas

    possibilidades de utilizao que a logomarca vai

    ter. E j criam o design prevendo seu

  • 8/6/2019 construo da marca da pequena empresa

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    encaixe nas diversas aplicaes.

    Isto importante porque significa que eles esto

    envolvidos com a marca desde o comeo e vo

    trabalhar buscando dar personalidade s

    aplicaes. J uma grfica, envolvida a partir

    de certo momento no projeto, tende a dar uma

    soluo padro. Afinal, o negcio principal da

    grfica no esse, imprimir.

    O ideal que sejam pensadas aplicaes de uso

    imediato e aplicaes de uso futuro.

    O que so aplicaes de uso imediato? Cartes

    de visita, notas fiscais, oramentos, papel de

    correspondncia, envelopes, etc.

    Se o nosso negcio uma loja, a aplicao deve

    prever, naturalmente, a fachada da loja, o

    uniforme de funcionrios, a sinalizao interna,

    etc. Se for uma indstria, provavelmente, vai

    precisar da aplicao da marca em embalagens,

    em veculos de distribuio, em catlogos, etc.

    Seja como for, interessante prever aplicaes

    da marca que hoje a nossa verba ainda no

    alcana, mas que, mais cedo ou mais tarde, sero

    necessrias, como em anncios em jornais, em

    revistas, em outdoors, assinando comerciais de

    televiso, etc.

    Lembre-se: existe uma variedade enorme de

    formas de aplicao da marca.

    Pea e aceite sugestes de seu fornecedor.

    Construir um lao de afeio com relao ao

    futuro do seu negcio com seus fornecedores

    uma boa medida: voc certamente receber,

    espontaneamente, contribuies valiosas para

    seus planos.

    2. No se iluda: a propaganda boca a boca no

    grtis.

    Alguns pequenos empreendedores mais

    teimosos acreditam que o sucesso da marca

    depende apenas da qualidade do produto ou do

    servio e que o resto - da propagao das

    qualidades experimentadas - o consumidor se

    encarrega fazendo propaganda boca a boca. Noh dvidas de que a propaganda boca a boca

    surte grande efeito pela credibilidade que

    desperta. Mas no podemos esquecer de que,

    ao apostarmos nessa estratgia, temos que

    pensar tambm na ttica. Estratgia sem ttica

    como um plano de ao sem meios eficazes

    para ser implementado.

    Afinal, o consumidor pode estar muito satisfeito

    com a experincia vivida mas, na hora de

    recomendar para os outros, confrontar-se com

    muitas dificuldades porque na ocasio da

    compra no teve estimulada a memorizao dos

    smbolos que representam o lugar onde esteve.

    Considerando que a utilizao da chamada

    propaganda boca a boca pressupe que voc

    quer transformar o consumidor num publicitrio

    a servio da sua marca, isso pede, como

    princpio, a disponibilidade de:

    Normalmente, quem aposta suas fichas na

    propaganda boca a boca confia na qualidade dos

    produtos que vende ou dos servios que presta.

    Faz sentido. E muito provvel que as

    Condies ideais para uma boaexperincia de consumo.

    Condies ideais para a

    memorizao das referncias.

    pessoas saiam por a falando bem da experincia

    de consumo que tiveram.

    Mas se esse mecanismo de propagao da marca

    to bom, por que no trabalhar na sua

    otimizao? Isso vai bem alm de prestar um

    bom servio ou vender um bom produto.

    Significa entregar junto com a mercadoria, os

    indicativos mais precisos possveis para amemorizao daquela experincia, facilitando

    ao nosso cliente-publicitrio a tarefa de nos

    recomendar.

    Se temos uma loja, a nossa localizao deve ser

    muito mais do que uma rua ou avenida e um

    nmero. Deve ser um nome adequado, de

    sonoridade agradvel, que remeta a aspectos

    positivos. Deve ser uma cor prpria,

    predominante, promocional, presente no

    ambiente como um todo e nos detalhes que

    sero carregados para fora da loja: sacolas,

    papel de embrulho, cartes, etc.

    Se fabricamos produtos, nossa apresentao,

    nossas embalagens, devem refletir a qualidade

    do que carregam, ao mesmo tempo em que sua

    programao visual deve ser coerente com

    todos os demais itens que levem nossa marca.

    Temos que formar uma nica impresso

    memorvel de tudo.

    Ou seja, ns temos que oferecer para esse

    admirador uma bandeira para que ele possa

    nos vender por a.

    Historicamente, as pessoas se juntam em tornode smbolos. assim na religio, na poltica e

    nos esportes, por exemplo. Na arregimentao

    de novos fiis, esses smbolos tm papel

    preponderante.

    Pegue o caso do McDonald's, por exemplo. Entre

    na loja e observe que o investimento na

    padronizao visual e nos cones memorveis

    no deve ser menor do que o investimento na

    matria-prima do que a loja serve a seus

    clientes.

    Portanto, se voc entende que a propaganda

    boca a boca um mecanismo apropriado para

    a fase inicial de seu empreendimento, no

    cometa a bobagem de achar que ela dresultados sozinha. No, ela apenas uma

    forma. Para que seja eficiente, depende do

    contedo que voc aportar.

    Aprenda a investir nesses agentes espontneos

    de construo de marca. D a eles subsdios,

    referncias e smbolos para que possam

    orgulhar-se de suas bandeiras na busca de novos

    fiis.

    Os clientes que fazem propaganda boca a boca

    so como pedreiros trabalhando na construo

    da sua marca. Voc precisa dar uma pla nta para

    eles construrem do jeito que voc quer.

    3. Pesquise. caro? Ento, pesquise.

    Uma construo eficiente de imagem de marca

    precisa de muita pesquisa. E pesquisa sria,

    profissional, cientfica, custa dinheiro, um bom

    dinheiro. Um dinheiro que, talvez, voc ainda

    no disponha.

    Nesse caso, a pior soluo a improvisao,

    juntar um bando de amadores que vo sair por

    a fazendo perguntas para seus clientes ou

    potenciais clientes. Os resultados costumam ser

    pssimos.

    Pesquisa um negcio muito srio. No final,

    ela vira uma espcie de carta de navegao

    pela qual ns vamos nos guiar.

    Uma interpretao equivocada e l vamos ns

    de encontro montanha.

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    Mas se voc no tem dinheiro para fazer

    pesquisa direito e no deve fazer pesquisa torta,

    o que fazer? Pesquisar.

    Nem s de pesquisar os consumidores vive a

    pesquisa. Pesquisar as tendncias do seu ramo

    de atividade pode substituir muito bem a

    pergunta direta ao consumidor. E essa pesquisa

    voc pode fazer na internet, por exemplo, na

    mdia, em geral, lendo livros e viajando, se tiver

    tempo e algum d inheiro para comprar um pacote

    promocional de seis noites em Nova York

    (custam, mais ou menos, 1.400 dlares, com

    passagens e hospedagem e voc pode pagar em

    seis prestaes, sem juros).

    Com a facilidade da internet, hoje, qualquer

    pessoa fica sabendo o que est acontecendo em

    qualquer segmento em qualquer lugar do

    mundo.

    No preciso ser nenhum Einstein para imaginar

    que o que acontece nos Estados Unidos porexemplo, dentro de determinado ramo de

    atividade, acaba, em algum tempo, repercutindo

    aqui. Sabendo disso, s uma questo de

    antecipar-se demanda, preparar-se para o

    futuro.

    A presena de certas referncias inovadoras na

    sua linha de produtos, ainda que, num primeiro

    momento, um importante sinalizador de que

    voc est sabendo das coisas, e tem um efeito

    poderoso na construo de uma imagem de

    contemporaneidade para a marca.

    Fique atento porque agora boa parte dos

    consumidores tambm est pesquisando. No

    h tempo perder. Se no pode antecipar-se a

    eles, corra junto. Isso vai fazer a sua marca virar

    referncia.

    4. Seja pobre, porm, limpinho.

    Tem um tipo de vendedor no mercado para

    quem os pequenos empreendedores so um

    monte de gente relaxada, sem critrio e vida

    por um negocinho esperto.

    Esse vendedor um desastre para a

    construo da sua marca.

    Portanto, fuja de quem quer convencer voc

    das vantagens de enfiar a marca do seu

    negcio em faixas no meio da rua, placas em

    postes e pinturas em muros, por exemplo,

    quase sempre em desacordo com a

    regulamentao municipal.

    Apesar dos argumentos deles serem atraentes

    a curto prazo - a marca fica exposta a um grande

    nmero de pessoas a um custo baixo -, esse tipo

    de gente no pondera os planos de mdio e

    longo prazo que voc tem para a imagem da sua

    marca.Se voc no tem dinheiro para fazer direito tud o

    o que voc precisa, faa direito aquilo que voc

    pode.

    Eu sempre defendi a tese, junto aos meus

    clientes, de que dinheiro pequeno no se

    pulveriza em diversas aplicaes, muito menos

    em aplicaes de baixo nvel. Afinal, se ele j

    pequeno, vai se dividir em partes invisveis ou

    vai virar lixo nos meios de s ub-comunicao.

    Se o dinheiro no d para fazer uma campanha

    publicitria de qualidade, faa uma belssimasacola ou um adesivo que d vontade de col ar

    no carro. Para isso, invista em empresas

    especializadas no assunto.

    A diferena gritante: enquanto aquele

    vendedor ia colocar a sua marca para poluir

    a cidade, um bom profissional de design e

    publicidade far um trabalho de que voc vai se

    orgulhar e seus clientes ou potenciais clientes

    vo fazer questo de usar.

    assim que funciona: s posso fazer um adesivo

    ou uma sacola? Quero os melhores e os mais

    bonitos que houver. desse jeito que se constri,

    passo a passo, uma marca admirada.

    5. Cadastre seus clientes (mas no para

    atorment-los!)

    O primeiro cara que resolveu cadastrar seus

    clientes e enviar cartes de aniversrio para

    eles foi criativo. O milionsimo que est fazendo

    isso um chato!

    por falta de se fazer certas reflexes como

    essa que eu fico contrariado com certos

    check-lists de providncias de algumas

    consultorias para o cumprimento daquilo que

    elas entendem como uma boa poltica de

    relacionamento com os clientes.

    Acho a maioria dessas recomendaes de uma

    mesmice de dar d.

    Com um agravante: perderam completamente

    a noo de conseqncia.

    Todo santo dia ns somos abordados, por todos

    os meios, por uma carga insuportvel de

    mensagens cheias de boas intenes no

    contedo, mas absolutamente inconvenientes

    na forma de se apresentar. Operadoras de

    cartes de crdito, de telefonia, de internetrpida, de tev a cabo e tantos outros segmentos

    vivem se atropelando em nossas caixas de

    e-mails, em nossos telefones, debaixo da nossa

    porta e ningum pra e pensa num jeito mais

    inteligente de fazer o que j foi feito antes.

    Quer copiar alguma coisa que algum j fez

    nessa rea? Copie aquilo que algum fez para

    voc e que foi bom. Esse o critrio e no o de

    abrir um manual e sair cumprindo regrinhas.

    Precisamos sentir o que fazemos.

    A impresso que eu fico s vezes de que

    quanto maior a empresa pior a qualidade no

    gerenciamento da comunicao com os clientes.

    Faz sentido: quanto mais gente, mais cara fica

    a personalizao. E a quem era para ficar com

    a impresso de ser especial, vip ou coisa

    parecida, acaba recebendo uma mensagem

    padro de um jeito padronizado, totalmente

    impessoal.

    Ento, aproveite o momento: uma das

    vantagens de ser pequeno poder dar a devida

    ateno grafia do nome de cada cliente, por

    exemplo. Parece primrio. Mas errar nisso

    comum e uma das mais feias demonstraes

    de desleixo com o cliente.

    Certa vez, passei uma temporada prestando uma

    consultoria numa capital do nordeste.

    Tive necessidade de adquirir um telefone celular

    de que fiz muito uso e sempre paguei as contas

    rigorosamente em dia.

    Talvez por essa combinao no ser corriqueira

    na poca - gastar muito e pagar em dia -, um

    representante da operadora um dia me ligou

    convidando para um jantar num restaurante

    chique da cidade.Nesse jantar, estaria sendo feita uma

    homenagem a seus mais importantes clientes

    na regio. Caso eu aceitasse, estariam

    formalizando o convite pelo correio. Embora

    sem muita certeza se a agenda me permitiria

    estar na cidade naquela data, pedi que me

    enviasse o convite.

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    SER

    PEQ

    UEN

    OUM

    ACOIS

    A.

    PENSA

    RPEQ

    UEN

    OOUTR

    A.

    O convite veio. Com o meu nome grafado com

    um erro grosseiro. No envelope e no corpo do

    prprio convite. Ou seja, o erro no era um

    acidente. Era um defeito incorporado pela

    operao.

    Sabe como o nome disso? Desmentir, na

    prtica, as melhores intenes tericas.

    Claro que o marketing direto uma ferramenta

    extremamente til quando bem utilizada e

    muito adequada para quem dispe de pouco

    dinheiro para se comunicar com seus clientes.

    Mas isso no significa dizer que marketing

    direto bom marketing direto barato. Nada

    disso. Como em qualquer outro recurso, h os

    piores e os melhores. E os melhores,

    normalmente, custam de um pouco mais at

    bem mais. H campanhas concentradas em

    marketing direto que superam os custos de uma

    campanha de mdia.

    Mas esse no o seu caso. O seu caso otimiza rcada centavo. E otimizar cada centavo pode ser

    exatamente o contrrio do que se pratica. Quero

    dizer, d graas a Deus por ainda ser pequeno

    e fuja dos mailings vendidos ou alugados com

    milhares de nomes; fuja das ferramentas de

    envio de milhes de mensagens

    simultaneamente; fuja das terceirizaes

    robticas. Isso dinheiro jogado pelo ralo.

    Se voc tem tempo para falar com seus clientes

    pessoalmente, lembre-se que esse tempo, junto

    com tempo dedicado qualidade do que voc

    produz, o tempo mais bem aplicado por voc

    no seu negcio.

    No um tempo para ser usado em outra coisa,

    aproveitando que agora existem mecanismos

    apropriados para uma comunicao veloz e

    simultnea com milhes de seres humanos.

    A verdade que esses mecanismos foram

    criados para amenizar as deficincias, as

    fatalidades e as desgraas do crescimento que

    se abatem na comunicao com os clientes das

    grandes corporaes.

    Voc no precisa deles.

    Consciente disso, vai ficar muito mais fcil paravoc procurar uma empresa especializada em

    marketing direto e encomendar uma campanha

    inteligente, criativa e que tenha muito c laro o

    melhor proveito que voc quer tirar desse

    momento em que tem a oportunidade de fazer

    chegar a seus clientes o tamanho da paixo que

    voc tem pelo seu negcio.

    6. Patrocine. o jeito mais rpido de criar

    empatia com seu pblico.

    Pensar pequeno pensar que nada do que serve

    para o mdio e para o grande serve para opequeno. Pensar grande pensar que todos os

    recursos de construo de marca que existem

    para o grande e para o mdio, tambm existem

    para o pequeno. Proporcionalmente.

    Isso serve para o patrocnio.

    A Pepsi patrocinou o Esporte Clube Corinthians

    Paulista. Voc pode patrocinar o time do seu bairro.

    Quer saber? Talvez o efeito para a sua marca,

    em termos de empatia com sua comunidade,

    seja proporcionalmente maior que o da Pepsi

    com os corintianos. Afinal, quantos corintianos

    voc acha que pararam de beber Coca e

    passaram a beber Pepsi? Nem a Pepsi nem o

    Corinthians jamais sabero.

    Viu como, sob alguns aspectos, as coisas so

    bem mais fceis para voc?

    Um patrocnio para ser eficiente precisa que

    voc tenha claras, antes de tudo, algumas

    coisas:

    PATROCNIO NO FAVOR

    Portanto, ao ser procurado por algum em busca

    de patrocnio no encare a pessoa que traz a

    proposta como um pedinte. Mas como algum

    que pode estar disponibilizando uma

    oportunidade de negcio a ser avaliado sob o

    foco da convenincia para a construo da sua

    marca.

    PATROCNIO UMA COISA; AO DE

    CARIDADE OUTRA.

    Se voc quer fazer caridade, faa, uma atitude

    muito bonita. Mas no misture com as suas

    decises voltadas para a construo da sua

    marca. Nem misture as verbas. Uma ao de

    patrocnio pode at coincidir com o atendimento

    a uma necessidade premente de algumaentidade. Mas a eficincia de qualquer ao de

    marketing deve ser medida pelo retorno que

    traz ao caixa, no s conscincia.

    Tendo isso bem esclarecido, vamos para a

    segunda parte: a avaliao da proposta de

    patrocnio. Patrocnio bom atende a duas

    premissas bsicas: expor a marca a quem nos

    interessa, seja como consumidor, seja como

    formador de opinio, e estabelecer uma

    associao positiva de conceitos, entre a

    imagem do patrocinado e a imagem do

    patrocinador.

    Baseado nesses critrios, voc pode dizer sim

    ou no ao proponente com absoluta segurana.

    Mas antes avalie bem se a sua deciso, embora

    obedecendo a esses critrios bsicos, no estar

    sendo apenas convencional. Ou seja, primeira

    vista, o patrocnio no fala com o seu

    consumidor ou consumidora. No entanto, no

    estar falando com o pai, a me ou outro decisor

    de compra? Estabelecer empatia com eles pode

    ser importante para criar um clima favorvel ao

    atendimento de um pedido de uma criana, por

    exemplo.

    A construo consistente de uma marca vai mais

    alm das atitudes evidentes; exige uma certa

    sofisticao de raciocnio que preveja a

    ocupao de espaos esquecidos pelo

    raciocnio convencional da concorrncia.

    Um bom exerccio para a identificao de um

    patrocnio conveniente refletir sobre a

    posio da sua marca no mercado e os

    diversos flancos sob os quais ela pode ser

    observada.

    Vejamos:

    Do ponto de vista geogrfico, sendo dointeresse do seu negcio vincular sua marca

    regio, procure saber quais so as opes

    de patrocnio possveis.

    Lembre-se: voc no precisa patrocinar,

    necessariamente, alguma entidade ou clube

    social, esportivo ou cultural. Voc pode

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    PEN

    SENOAGORA,

    MASPRINCIPA

    LMEN

    TE,

    PENSEN

    ODEP

    OIS.

    patrocinar eventos, pr-existentes ou novos, por

    exemplo.

    E mais: voc pode patrocinar iniciativas teis

    regio. Organizar mobilizaes coletivas de

    recuperao do bairro pode ser um meio

    poderoso de fixar na mente do consumidor uma

    imagem extremamente positiva para sua marca.

    Pense no valor de contribuir com a melhora da

    auto-estima da comunidade, atravs de uma

    iniciativa que se materialize em benefcio de

    todos e que seja perene.

    Seja qual for a escolha que voc venha a fazer,

    no esquea da necessidade de organizao e

    apoio profissional.

    Se voc ainda no est vinculado a nenhuma

    empresa de marketing, procure um especialista

    e desenhe com ele a melhor estratgia para a

    sua iniciativa. A forma mais segura de otimizar

    o seu investimento cercar-se de garantias de

    que nada d errado.

    No existe nada pior para a marca do que estar

    ligada a resqucios de abandono de alguma

    coisa que foi boa um dia. Uma camiseta

    desbotada e rasgada; uma parede pichada; um

    terreno cheio de mato; uma placa enferrujada,

    so smbolos inconfundveis de fracasso e

    decadncia. Portanto, antes de colocar a sua

    marca no que quer que seja, inclua nos seus

    clculos que talvez voc, um dia, se veja sozinho

    na obrigao de salv-la de uma associao

    indesejada.

    Um acompanhamento rigoroso da vida e da

    administrao daquilo a que voc patrocina e

    uma ateno especial s condies de exibio

    da sua marca so providncias que devem estar,

    necessariamente, atreladas ao ato de patrocinar.

    A pior posio que voc pode adotar acreditar,

    porque um dia deixou de ser cobrado por um

    patrocinado em declnio, que pode negligenciar

    o uso da sua marca por ele.

    ANTECIPE-SE AOS GRANDES CONCORRENTES.

    Voc j deve ter observado que as grandesmarcas esto sempre de olho em oportunidades

    de associar suas imagens a eventos do interesse

    das comunidades.

    A inrcia dos empreendedores locais costuma

    ser um flanco aberto para elas.

    Mapear a regio e atentar ao calendrio de

    eventos de interesse da comunidade um

    cuidado valioso para ganhar agilidade para

    fincar sua bandeira antes que algum de fora

    o faa. No h necessidade de voc tentar cercar

    todas as possibilidades. Isso exigiria uminvestimento que voc no dispe. Se voc, no

    entanto, s pode fazer uma ao, faa a mais

    importante. Nunca perca a chance de marcar

    sua posio de lder no corao da sua

    comunidade.

    FAA DO SEU PATROCNIO, UM PACOTE.

    Patrocinar no significa apenas expor a sua

    logomarca. Deve se traduzir tambm em

    oportunidades de interagir com o pblico de seu

    interesse. Portanto, trate de incluir em seus

    contratos de patrocnio condies para vender

    seus produtos, eventualmente, com

    exclusividade; distribuir brindes e material de

    propaganda; fazer promoes e sorteios, etc.

    Como eu disse e repito: pense nas suas aes

    de marketing como mini-grandes aes de

    marketing. Ou seja, obedea aos mesmos

    princpios que os grandes patrocinadores

    seguem quando patrocinam grandes eventos.

    Depois, s guardar as propores. Nunca

    permita que o fato de ser um pequeno

    empreendedor seja justificativa para uma falta

    de profissionalismo nas aes de marketing.

    SE PATROCINAR FOI BOM, REPITA; CRIE

    TRADIO.

    No tenha medo de ser feliz. Se a iniciativa de

    investir num patrocnio pareceu ousada da

    primeira vez, mas assim mesmo deu certo,

    repita. Voc estar partindo de um novo patamar

    de percepo e prestgio. Mas aproveite para

    apresentar-se de maneira renovada, mostre que

    sua marca dinmica, aproveite a experincia

    adquirida e faa ajustes na sua participao.

    Enfim, cresa junto com aquilo que est sendo

    patrocinado.

    7. Disponibilize canais de acesso para o

    consumidor.

    Voc deve ter percebido que eu sou um crtico

    da abordagem indiscriminada ao consumidor.

    Aquela que no pede licena, que invade a

    privacidade, entope caixas-postais ou faz tocar

    o telefone nas horas mais imprprias.

    Mas sou um grande defensor do contrrio: da

    disponibilidade do mximo de meios do

    consumidor comunicar-se com as empresas

    sempre que julgar necessrio. Sem pedir licena.

    Junto com os resultados das vendas, esse

    contato o que nos d a medida mais exata de

    como anda a nossa relao com o mercado.

    Crie os canais para que as pessoas digam o que

    pensam a respeito do seu empreendimento.

    Critiquem, sugiram, reivindiquem, elogiem. Pode

    ser pelo telefone, pela internet ou por carta. O

    importante que esses telefones e endereos

    constem em todas as peas publicitrias que

    cheguem ao pblico.

    Mas no descuide, jamais, de criar as condies

    internas para atender as pessoas. Seno, o que

    era para ser um excelente termmetro para a

    avaliao do seu negcio pode se transformar

    no meio mais rpido dele ficar com uma pssima

    imagem no mercado. Se voc acha que o

    telefone um risco, porque sua empresa no

    dispe de linhas suficientes para um aumento

    eventual na demanda das ligaes, use um

    endereo eletrnico. Responda imediatamente

    s mensagens, nem que seja para dizer que vai

    analisar o caso e voltar a se comunicar em 24

    horas. E nunca deixe de cumprir essa promessa .

    Se voc no pode pagar um funcionrio para

    isso, faa voc mesmo, de madrugada, ou treine

    um parente. Mas no deixe de ter esse canal de

    acesso e faa tudo o que puder para que ele

    funcione direito.

    Eficincia, ateno e agilidade so verdadeiros

    pilares na construo da imagem da marca.

    8. No faa propaganda s porque barato.

    H milhares de pessoas por a que vivem de

    vender espao na mdia. Elas so comissionadas.

    Precisam, portanto, atingir certas metas para

  • 8/6/2019 construo da marca da pequena empresa

    21/32

    PROPAGANDA NO SE IMPROVISA.

    N EM N A C R I A O , N EM N A

    PRODUO, NEM NA COMPRA DE

    ESPAO. PROPAGANDA SE PLANEJA,

    JUNTO COM ALGUM DO RAMO.

    que seus salrios permitam que elas e seus

    familiares sobrevivam.

    Diante dessa realidade, natural que, de vez em

    quando, aparea algum na sua empresa

    vendendo espao num jornal, revista, rdio, tev

    ou outdoor para voc anunciar a sua marca.

    Conscientes de que voc um pequeno

    empreendedor, essa pessoas, naturalmente, no

    vo oferecer a voc um espao de trinta

    segundos no intervalo do Jornal Nacional. Vo

    oferecer alguma coisa que elas julgam que um

    pequeno negcio possa pagar. No s isso: vo

    oferecer alguma coisa to barata que vai lhe dar

    uma coceira de experimentar.

    S que no assim que se faz propaganda. No

    se compram os espaos apenas porque so

    quase de graa. No se tomam atitudes de levar

    a marca para a mdia correndo, s porque a

    revista est fechando, o jornal j vai rodar ou

    porque tem mais um concorrente quasefechando aquele espao na tev ou no rdio.

    Se voc vai fazer, decida como quer fazer,

    baseado nas suas necessidades de construo

    de marca, na srie de associaes de imagem

    que precisam ser previstas. Ou seja, pense na

    adequao do espao antes de pensar na

    convenincia do preo. No adianta ir para o ar,

    ocupar um espao qualquer, ter um espasmo

    com a marca e depois voltar a se esconder.

    Principalmente por no dispor de uma verba

    significativa, voc precisa pensar a longo prazo,

    num jeito de permanecer no ar, construindo

    paulatinamente a sua marca. Pensar como se

    fosse numa prestao que voc tem que pagar

    todo ms para ter a sua casa. No caso, para

    construir a sua marca na mente das pessoas.

    Voc no compraria qualquer casa em qualquer

    lugar s porque barata, concorda? Ento, no

    faa propaganda desse jeito tambm.

    Acompanhe algumas condies para que o seu

    ingresso na mdia no seja um salto no escuro:

    - Pense em longo prazo: se para aparecer

    uma vez e sair correndo, melhor continuar

    fora.

    - Pense que anunciar para muito menos gente

    do que voc precisa acaba sendo to caro

    quanto anunciar para muito mais gente do

    que voc precisa: portanto, pagar pouco para

    ficar falando sozinho no vale a pena. Pense

    sempre em custo/benefcio, no apenas embaixo custo.

    - As solues que outros empreendedores

    adotaram para vender certas coisas muito

    rpido podem no ser apropriadas para seus

    planos de construir marca em longo prazo.

    - Freqentar ambientes editoriais ou

    programaes de baixo nvel ou significado

    pobre pode estabelecer associaes nefastas

    para a sua marca.

    - Se for o caso de prestigiar alguma iniciativa

    editorial nascida e focada no bairro, melhor

    fazer contas e assumir o projeto inteiro,

    controlando a qualidade do que vai sair, do

    que gastar uns tostes para enfiar um

    anuncinho de quinta num produto editorial

    amadorstico.

    - Aes de merchandising na televiso,

    sozinhas, no constroem marca; seu objetivo

    meramente oportunstico: vender o que

    puder naquela hora. So estratgias de

    curtssimo prazo que, a mdio prazo, tendem

    a queimar as marcas.

    - No h investimento em mdia que se

    justifique, enquanto o seu negcio no estiver

    apresentvel: logomarcas, rtulos,

    embalagens, fachadas, vitrines e tudo o mais

    que constitua a imagem da sua marca precisa

    de acompanhamento profissional antes de dar

    as caras no mercado. Portanto, faa os

    investimentos na ordem correta.

    - No aceite a colaborao de vendedores

    de espaos na criao dos seus anncios;

    contrate os servios de criativos

    publicitrios.

    - No crie uma estratgia de marketing na

    elaborao de um anncio; a estratgia demarketing deve existir de antemo, cabe ao

    anncio apenas repercuti-la.

    - Estabelea uma unidade visual para seus

    anncios. Apresentar-se de maneira

    totalmente diferente a cada vez que aparece

    na mdia desperdiar a oportunidade de

    acumular referncias para uma percepo

    mais rpida da marca.

    VAI ANUNCIAR? NO IMPROVISE: O RISCO

    MUITO GRANDE.

    Anunciar apresentar-se em pblico, dar as

    caras para uma primeira impresso a respeito

    do nosso empreendimento. Nessa hora, podem

    acontecer trs situaes:

    - Passarmos despercebidos.

    - Chamarmos a ateno, negativamente.

    - Chamarmos a ateno, positivamente.

    Passar despercebido faz menos mal,

    naturalmente, do que causar deixar

    m-impresso. Mas no deixa de ser um enorme

    desperdcio, principalmente para um pequeno

    empreendedor, que tem necessidade de aplicar

    direito cada centavo da sua verba. Numa

    situao dessas, o primeiro cuidado que temos

    de tomar diz respeito a nossa prpria reao

    indiferena provocada pelo nosso investimento.

    Um grande equvoco, neste momento, achar

    que propaganda no funciona. Se no

    funcionasse, as marcas mais importantes do

    mundo no estariam a, valendo mais como

    marcas do que o prprio negcio em si. Na

    verdade, o que no funciona voc tentar fazer

    propaganda da sua marca negando o objetivoda propaganda. Ou seja, comportando-se no

    anncio com tamanha falta de personalidade e

    de clareza sobre a proposta conceitual da marca

    que ningum conseguir identificar qualquer

    inteno de sinalizar alguma afinidade com

    algum. Da, a importncia fundamental de s

    dizer alguma coisa atravs da propaganda

    depois de ter muito claro o que a sua marca tem

    a dizer. E depois de ter muito claro o que a marca

    tem a dizer, dizer isso de um jeito diferente,

    surpreendente, que potencialize os argumentos

    em favor da marca.

    aquela histria do sujeito que se diz honesto.

    No tem nada que deixe as pessoas mais

    indiferentes. Inclusive, a mensagem pode ter

    at um efeito contrrio: as pessoas

    desconfiarem de que o sujeito no honesto.No

    entanto, sua honestidade pode ser verdadeira.

  • 8/6/2019 construo da marca da pequena empresa

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    E ele estar perdendo uma grande oportunidade

    de consolidar na mente de seus interlocutores

    uma imagem determinantes para seus

    propsitos. Por absoluta falta de originalidade.

    Certa vez, h uns quase trinta anos, os

    responsveis por uma companhia area

    europia sacaram que vinha ocorrendo um

    aumento no extravio de bagagens. Talvez, o fato

    se devesse ao simples aumento da demanda de

    passageiros. Mas eles no perderam aoportunidade de, diante da percepo de que se

    estavam extraviando mais malas, criar um

    conceito particular para a sua companhia: eles

    cuidavam das bagagens melhor do que as

    outras. Eles poderiam ter feito um anncio

    dizendo que no extraviavam bagagens, que

    dispunham de pessoal especializado no

    acompanhamento dos despachos, que tinham

    equipamentos especiais, etc. Tudo isso podia

    ser verdade, mas dito de um jeito convencional,

    provavelmente passaria despercebido ou, pelo

    menos, no ganharia o significado que eles

    pretendiam, considerando que investir numanncio, para eles, pesava muito mais do que

    para as grandes companhias. Portanto, no

    podiam perder a chances de tirar o melhor

    proveito daquele espao em que sua marca

    estaria sendo avaliada pelo pblico. Ento, como

    era o anncio que foi criado por sua agncia e

    eles aprovaram? Era um anncio de pgina de

    jornal. A foto ocupava dois teros do espao: um

    balco de bar, desses com bancos altos; aos ps

    de um dos bancos, uma maleta; ao lado da

    maleta, um homem vestido com o uniforme da

    companhia, apontando para ela. Sob a foto, uma

    pergunta: Essa mala sua? Assinando o

    anncio, embaixo, esquerda, a logomarca da

    companhia. Convenhamos que j uma imagem

    inusitada. Dificilmente as pessoas tero deixado

    de ler o texto, que dizia alguma coisa como:

    Fulano de Tal, funcionrio da nossa companhia,

    numa noite de folga, encontrou seus amigos no

    Bar X.

    Em dado momento, percebeu que algum havia

    esquecido uma mala no bar. Imediatamente,

    pegou a mala e trouxe para a companhia. A mala

    no viajou conosco, no temos a menor idia de

    quem seja o dono, mas como somos a companhia

    que melhor cuida das bagagens de seus

    passageiros, no conseguimos ficar indiferentes: