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CONSTITUIÇÕES. 1 ÍNDICE CONSTITUIÇÕES Primeira parte I.SOMOS COMPANHIA DE SANTA TERESA DE JESUS Capítulo 1. Seguimos Jesus como teresianas 5 II.CONSAGRADAS PELO PAI Capítulo 2. Partilhamos a vida e o mistério pascal de Jesus na Companhia 13 III. SEGUIMOS JESUS EM COMUNIDADE E PARTILHAMOS A SUA MISSÃO Capítulo 3. Em comunidades orantes, apostólicas e fraternas 19 Capítulo 4. Ao serviço do Reino como educadoras 24 Capítulo 5. Vivendo com Ele numa relação de amor e de amizade 27 Capítulo 6. Vivendo como Ele em obediência, pobreza 29 e castidade pelo Reino 32 IV. ABERTAS AO ESPÍRITO, PRESENTE NA VIDA E NA HISTÓRIA Capítulo 7. Participamos na criação de uma humanidade 41 nova Segunda parte Capítulo 8. O nosso caminho de formação 47 Capítulo 9. O nosso serviço de governo 55 Capítulo 10. A economia ao serviço do Reino 72 Capítulo 11. Animação e organização apostólicas 76 Capítulo 12. Irmãs em situações particulares 79 Capítulo 13. As nossas Constituições, projecto de vida 83

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CONSTITUIÇÕES.

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ÍNDICE

CONSTITUIÇÕES

Primeira parte I.SOMOS COMPANHIA DE SANTA TERESA DE JESUS Capítulo 1. Seguimos Jesus como teresianas 5

II.CONSAGRADAS PELO PAI Capítulo 2. Partilhamos a vida e o mistério pascal de Jesus na Companhia 13 III. SEGUIMOS JESUS EM COMUNIDADE E PARTILHAMOS A SUA MISSÃO Capítulo 3. Em comunidades orantes, apostólicas e fraternas 19 Capítulo 4. Ao serviço do Reino como educadoras 24 Capítulo 5. Vivendo com Ele numa relação de amor e de amizade 27 Capítulo 6. Vivendo como Ele em obediência, pobreza 29 e castidade pelo Reino 32 IV. ABERTAS AO ESPÍRITO, PRESENTE NA VIDA E NA HISTÓRIA Capítulo 7. Participamos na criação de uma humanidade 41 nova Segunda parte Capítulo 8. O nosso caminho de formação 47 Capítulo 9. O nosso serviço de governo 55 Capítulo 10. A economia ao serviço do Reino 72 Capítulo 11. Animação e organização apostólicas 76 Capítulo 12. Irmãs em situações particulares 79 Capítulo 13. As nossas Constituições, projecto de vida 83

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PRIMEIRA PARTE

I. Somos Companhia de Santa Teresa de Jesus

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I. SOMOS COMPANHIA DE SANTA TERESA DE JESUS

Capítulo 1. SEGUIMOS JESUS COMO TERESIANAS

“Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste”. (Jo. 17,3) “Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da palavra”. (Act. 6, 4) “A Companhia de Santa Teresa de Jesus julga como dito a si o que Jesus disse a Santa Teresa: Zelarás a minha honra como minha verdadeira esposa. A minha honra é a tua honra e a tua, a minha”. (EEO II, p. 15) “O fim da Companhia de Santa Teresa de Jesus é a maior honra de Jesus Cristo, difundindo o reinado do seu conhecimento e amor por todo o mundo, por meio do apostolado da oração, ensino e sacrifício”. (Cfr. EEO II, p. 14)

1 A Companhia de Santa Teresa de Jesus nasceu como dom de Deus e fruto da vida de fé e de amor de um homem santo. Henrique de Ossó experimentou a bondade e o amor de Deus Pai. Viveu a sua identificação com Jesus num caminho próprio de encontro existencial com Maria e Teresa, e transformou-se em apóstolo do conhecimento e amor de Jesus Cristo. Assim se foi configurando o seu coração de sacerdote, pai e mestre. Em Teresa de Jesus descobriu também a capacidade da mulher na evangelização e transformação da sociedade.

Henrique de Ossó, apóstolo e fundador

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Como resposta às situações do seu tempo levou a cabo múltiplas iniciativas apostólicas e recebeu o carisma de fundador da Companhia O Espírito Santo continua impulsionando a vida da nossa família religiosa e a sua evolução no tempo. A Igreja acolhe o carisma da Companhia e reconhece-a como Instituto religioso apostólico de direito pontifício. 1

2 Somos mulheres consagradas, convocadas a promover os interesses de Jesus para restaurar n’ Ele todas as coisas. Henrique de Ossó deu-nos Teresa de Jesus como mestra de vida e de oração. Ela ensina-nos a viver em relação de amizade com Jesus, a partilhar o seu mistério pascal e a reconhecer a sua humanidade sofredora e ressuscitada nas pessoas, na história e no cosmos. Teresa de Jesus acompanha-nos no caminho do próprio conhecimento e na experiência do Deus que nos habita, animando-nos a fazer uma a nossa vontade com a de Deus e a viver em gratuidade relações cordiais e humanizadoras. Com ela, em comunidade de discípulas e pela nossa vocação educadora, aprendemos a conhecer e a amar Jesus e a torná-lo conhecido e amado, a deixar-nos tocar e a comprometer-nos com as situações que afectam a vida e a dignidade das pessoas. Vivemos a nossa espiritualidade teresiana como um itinerário crente que gera e exige amor fraterno, desprendimento e humildade, e que exprimimos em atitudes de proximidade e comunhão, especialmente com os mais pobres. 2

1 Cfr EEO II p 10-13 2 Cfr EEO II p 14-16, 24, 76

“Ser outras Teresas de Jesus”

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3 O Espírito Santo vai recriando em nós e na família teresiana a espiritualidade que recebemos de Santo Henrique de Ossó. Os desafios que nos interpelam e a busca de respostas apropriadas em cada contexto pedem-nos viver com fé viva a nossa espiritualidade encarnada, inculturada, libertadora e comprometida: encarnada: buscamos o Deus que se revela na

fragilidade e na grandeza de todo o ser humano e proclamámo-lo no compromisso quotidiano de viver o Evangelho

inculturada: recriamos o nosso estilo de vida e de relações, acolhendo as diversas culturas e exprimindo-nos com os seus próprios sinais e linguagens

libertadora: o seguimento de Jesus pobre exige de nós: atitudes de desprendimento, tornarmo-nos pobres, pormo-nos ao lado dos excluídos e participarmos em processos de libertação, especialmente da mulher

comprometida: anunciamos e defendemos a vida e assumimos opções e projectos que promovam a justiça, a paz e a mudança social.3

4. Cada uma das nossas comunidades está chamada a ser espaço teologal no qual partilhamos a vida como experiência de Deus, recriamos a comunhão e vivemos a nossa entrega como educadoras. A comunidade é mediação privilegiada para o nosso seguimento de Jesus em obediência, pobreza e castidade e âmbito de formação contínua. Comprometemo-nos a viver as Constituições, projecto da Companhia, como expressão da vontade de Deus para nós.

3 Cfr. EEO II, p 133

Dinamismo da nossa espiritualidade

Convocadas em comunidade

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A nossa comunhão, vivida com humildade, realismo e abertura às preocupações e alegrias dos homens e mulheres, é sinal profético do Reino e fermento evangélico num mundo sedento de testemunhos de humanidade.

5 Seguidoras e discípulas de Jesus como Maria participamos na sua missão evangelizadora como testemunhas da sua presença na história. Vivemos a nossa vocação de formar Cristo na mente e no coração entregando as nossas forças e a nossa vida toda para difundir o conhecimento e o amor de Jesus por todo o mundo através da oração e a educação. A missão, que partilhamos com quem participa do carisma teresiano, abrange toda a nossa vida: o trato de amizade com o Senhor na oração, o sacrifício como entrega incondicional a todos e o compromisso de educar segundo o espírito de Teresa de Jesus. 4 6 Como parte do Povo de Deus que caminha na história, anunciamos o Reino vivendo como testemunhas, profetas e apóstolas. A nossa vocação à disponibilidade pede-nos para eleger aquelas situações e lugares onde os interesses de Jesus correm maior perigo. O Espírito anima-nos a promover relações inclusivas e solidárias, a abrir-nos ao diálogo intercultural, ecuménico e inter-religioso e a colaborar na construção de uma nova cidadania e eclesialidade. As nossas comunidades, integradas por irmãs de diferentes culturas, formação e idade, estão chamadas a ser espaços de diálogo e de inculturação.

4 Cfr EEO II p 18, 76, 650-651

Toda a nossa vida é missão

Abertas à universalidade, em comunhão eclesial

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7 Santo Henrique de Ossó e as Fundadoras são sinais proféticos e fonte de inspiração para nós. A comunidade das oito primeiras irmãs tem especial relevância como referente no nosso caminho de fidelidade e de releitura do carisma. Do mesmo modo são testemunhas e profetas as nossas irmãs que escreveram e escrevem com a sua vida a história da Companhia. 5

8 Viver a fidelidade ao carisma e ao património espiritual da Companhia requer de nós uma conversão contínua buscando juntas a vontade de Deus, através do diálogo e do discernimento. Exige-nos igualmente audácia e criatividade perante as novas situações e necessidades, e especialização no próprio trabalho. O Espírito Santo impele-nos a voltar às fontes e a abrir-nos aos contextos onde vivemos; e possibilita-nos exprimir o seguimento de Jesus nas diferentes realidades de modo compreensível e significativo. 6

5 Cfr EEO II p 10-1

6 Cfr EEO II p 132

Documentos de referência

Cfr XIV Cap. Gral. n 25-50

Testemunhas e profetas

A nossa fidelidade ao carisma

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II. Consagradas pelo Pai

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II. CONSAGRADAS PELO PAI Capítulo 2. PARTILHAMOS A VIDA E O MISTÉRIO PASCAL DE

JESUS NA COMPANHIA

“Subiu ao monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar.” (Mc 3, 13-14) “Pensar, sentir, amar como Jesus Cristo; trabalhar, conversar e falar como Ele; conformar, numa palavra, toda a nossa vida com a de Cristo; revestir-nos de Jesus Cristo é a nossa ocupação essencial.” (Cfr. EEO III, p. 456)

9 O Pai, que nos consagrou no baptismo, atrai-nos com o seu amor, convidando-nos a seguir o seu Filho com uma entrega total. Jesus chama-nos a viver em intimidade com Ele e a participar da sua missão, seguindo-o em comunidade e partilhando a sua opção de vida em obediência, pobreza e castidade. 7

10 O Espírito Santo conduz-nos e fortalece o nosso desejo de ser todas de Jesus e de assumir como própria a sua missão. Vamos sendo redimidas e configuradas com Cristo no Seu mistério pascal ao serviço do Reino. Conhecendo-nos e conhecendo Jesus, amando-o e fazendo-o conhecer e amar por todo o mundo colaboramos na construção de uma humanidade mais justa e fraterna segundo o projecto de Deus. 8

7 CDC c 573, 607 8 Cfr EEO II p 17, 27

Consagradas pelo Pai

Acolhemos e construimos reino

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11 Vivemos o seguimento de Jesus na Companhia de Santa Teresa de Jesus. A nossa vocação, o projecto comum, a vida que partilhamos, os dons de cada uma e as nossas relações fraternas criam entre nós laços de comunhão e pertença. Exprimimos este vínculo pela profissão religiosa de obediência, pobreza e castidade mediante o voto público. O nosso modo de viver é a melhor forma de expressar a nossa consagração. Com um signo próprio manifestamos externamente a pertença à Companhia. 9 12 Somos chamadas a formar comunidades proféticas que mantêm viva a memória de Jesus e o testemunho das bem-aventuranças nas realidades em que vivemos. No projecto comunitário de discernimento e obediência à vontade de Deus estamos dispostas a ir onde correm maior perigo os interesses de Jesus, vivendo a nossa solidariedade com todos, especialmente com os pobres, e promovendo relações de justiça, reconciliação e paz. 10

13 Vivemos a nossa consagração religiosa na comunidade eclesial. Valorizamos as diferentes vocações e partilhamos o seguimento de Jesus com todos os membros do Povo de Deus, mantendo relações de comunhão e colaboração, em particular com quem partilha o nosso carisma.

9 Cfr. EEO II p 29 ; CDC c 607, 654, 669 §1 10 Cfr. EEO II p 69

Seguimos Jesus na Companhia *

Participamos do profetismo de Cristo

Somos Povo de Deus

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14 Em Maria, a Virgem do Magnificat, reconhecemos a mulher que antecipa o Reino pela sua abertura ao Espírito Santo e à Palavra. Ela anima a nossa busca da vontade de Deus e a nossa fidelidade ao seu plano de salvação. Educa-nos e acompanha-nos no seguimento de Jesus e fortalece-nos na obediência de fé e na nossa entrega diária. 11

Exprimimos assim a nossa profissão: Deus e Pai, Tu me consagraste desde o baptismo na Igreja, e o Teu amor me atraiu para seguir o Teu Filho Jesus, numa entrega total. Conduzida pelo Teu Espírito, sinto-me convocada a viver em união com Jesus e a participar em comunidade, da sua missão evangelizadora. Quero conhecer-Te e amar-Te cada vez mais e tornar-Te conhecido e amado pela oração, a educação e o sacrifício, entregando tudo o que sou e o que tenho para manter viva a memória de Jesus, a fim de que se realize o Teu Projecto de vida e amor para a humanidade. Por isso, na presença de (irmãos/ãs, comunidade, família, amigos/as…) e nas mãos de (irmã geral, provincial ou delegada), eu____________ entrego-Te livre e totalmente a minha vida e faço voto de obediência, pobreza e castidade (por um ano ou para sempre) segundo as Constituições da Companhia de Santa Teresa de Jesus. Quero partilhar com esta família o dom do carisma teresiano e fortalecer os laços de comunhão e pertença ao serviço do Reino. Acolho o Teu Espírito que animou o caminhar de Maria e José, de Teresa de Jesus e Henrique de Ossó e que hoje continua actuando na nossa história.

Sei que o Teu amor e a Tua graça completarão a Tua obra em mim. Amém. 12

11 Cfr. EEO II p 65 12 Cfr. EEO II p 65; CDC c 654-658

Com Maria e como Maria *

Fórmula de profesión *

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Documentos de referência

LG 5, 12, 40, 41, 44, 45, 46, 64, 65 PC 1, 5, 25 ET 3, 7, 9, 56 VC 4, 5, 16-18, 19, 25-27, 28, 31, 32, 34-38, 46, 84 XIV Cap. Gral. n 40, 48

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III. Seguimos Jesus em comunidade e partilhamos a sua missão

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III. SEGUIMOS JESUS EM COMUNIDADE E PARTILHAMOS A SUA

MISSÃO

Capítulo 3. EM COMUNIDADES ORANTES, APOSTÓLICAS E FRATERNAS

“Brilhe a vossa luz diante de todos, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai celestial.” (Cfr Mt 5,16) “A multidão dos que tinham abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Entre eles tudo era comum.” (Act 4, 32 e 2, 42) “Que possa dizer-se sempre de todas as filhas da Companhia, solícitas ao máximo em conservar a unidade de espírito no vínculo da paz, o que se dizia dos primeiros cristãos: Cor unum et anima una.” (Cfr EEO II, p 71)

16 A nossa comunidade, animada pelo Espírito de Jesus, é espaço humano habitado pela Trindade. A presença de Deus-comunhão, que reconhecemos entre nós, vai transformando as nossas relações e fortalece a nossa fragilidade para viver em unidade de espírito e no vínculo da paz. 13

13 Cfr EEO II, p 71

No amor de Deus-Trinidade

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17 Somos comunidades orantes, chamadas a escutar, acolher, celebrar, viver e proclamar a Palavra de Deus. A nossa experiência de caminhar comunitariamente com Jesus ajuda-nos a interpretar a realidade com fé e tornar presente a Palavra nas situações e desafios que vivemos. O processo de oração pessoal e comunitário juntam-se e enriquecem-se mutuamente e vão configurando o nosso seguimento de Jesus.

18 Viver em união e concórdia e pôr-nos ao lado dos pobres constituem sinais proféticos do Reino e um meio de promover os interesses de Jesus. Movidas pelo desejo de que tudo encontre em Cristo a sua plenitude, entregamos a nossa vida à missão evangelizadora. Discernimos os nossos compromissos apostólicos dentro do projecto comunitário e partilhamos o nosso carisma e missão com leigas e leigos, reconhecendo-os como parte da família teresiana. 14

19 Recriamos dia a dia a comunhão entre todas. Celebramos as alegrias e os acontecimentos significativos. Propiciamos o diálogo e assumimos os conflitos e a confrontação fraterna como meios de crescimento pessoal e comunitário. Acolhemo-nos e estamos dispostas a oferecer e a pedir perdão. A convivência entre irmãs de diferentes culturas, países e idades manifesta um amor universal que abraça no Senhor a todas em todos os lugares, e nos mostra que a diversidade é dom de Deus ao serviço do Reino. A interioridade, a solidão e o silêncio são fundamentais para uma comunicação profunda e para nos abrirmos ao mistério de cada irmã. 15

14 Cfr EEO II, p.71, 15; CDC c 673, 675 §1,2, 677 § 2 15 Cfr EEO II, p. 31; CDC c 602

Comunidades orantes

Comunidades apostólicas

Comunhão fraterna na diversidade

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20 Viver em comunidade como dom do Espírito Santo oferece-nos meios de crescer no conhecimento próprio e das nossas irmãs. É âmbito de formação contínua que deve abranger toda a pessoa durante toda a vida, e nos capacita para encarnar o carisma. 16

21 Vivemos o projecto comunitário como meio que nos corresponsabiliza no discernimento e na obediência à vontade de Deus. A busca e o compromisso de todas vão-nos possibilitando diversos modos de viver em comunidade, de exercer o serviço da autoridade e de responder com fidelidade aos questionamentos e desafios que nos interpelam. 17

22 Partilhamos a vida da província, as suas buscas, realizações e necessidades. Comprometemo-nos activamente no discernimento e na realização do projecto provincial em atitude de colaboração e disponibilidade. Através da Província tomamos parte na vida e projecto da Companhia e encarnamos o carisma nas diferentes culturas. 8

23 Acolhemos com gratidão e valorizamos o dom que é cada irmã. Partilhamos o que somos e vivemos de acordo com a situação e a etapa da vida de cada uma, apoiando-nos e rezando umas pelas outras. Acompanhamo-nos com amor e particular atenção às irmãs anciãs e doentes. .

16 Cfr EEO II, p.828; CDC c 661 17 CDC c 602 18 CDC c 621, 633

Comunidades em processo de formação *

Discernimos e projectamos em comunidade *

Em comunidade provincial *

Comunidades solícitas com cada irrmã *

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Manifestamos o nosso interesse, proximidade e apoio às irmãs que não podem participar plenamente da vida de comunidade por terem autorização de ausência, exclaustração ou outras causas. Recordamos com gratidão as irmãs defuntas e rezamos por elas. 24 Uma irmã pode viver temporariamente fora da comunidade, com autorização da coordenadora provincial, por doença, estudos ou se é enviada para um apostolado pela Companhia. Se tem que ausentar-se por razões pessoais pode solicitar autorização de ausência, prévio discernimento com a coordenadora provincial; a esta compete, quando há uma causa justa e com o consentimento do conselho, conceder esta licença por um ano. 19

25 Acolhemos cordialmente os nossos familiares, amigos e benfeitores e a quem vem à nossa casa. Rezamos por eles e apoiamo-los nas suas necessidades. Oferecemos com generosidade o nosso tempo e os nossos espaços comunitários, cuidando a intimidade da nossa vida de família. 20

19 CDC c 665 § 1 20 Cfr EEO II, p.45; CDC c 667

Irmãs ausentes da comunidade *

Comunidades abertas e acolhedoras *

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26 Participamos na comunidade eclesial e abrimo-nos ao diálogo e à colaboração com quantos nos rodeiam. Pomos os meios para conhecer e interpretar criticamente os dinamismos característicos das realidades que vivemos, situar-nos nelas e comprometer-nos a que seja possível um mundo mais humano. 21

21 CDC c 666, 708 Documentos de referência

PC 6, 15, 16, 18 ET 9, 21, 39, 44, 46-49, 55 VC 41-45, 51, 54, 67, 69, 71, 74, 80, 82 NMI 39, 40, 42, 43, 45, 46, 49, 50 XIV Cap. Gral. n 49, 50

A nossa integração eclesial e sociocultural *

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III. SEGUIMOS JESUS EM COMUNIDADE E PARTILHAMOS A SUA MISSÃO

Capítulo 4. AO SERVIÇO DO REINO COMO EDUCADORAS

“Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado!” (Lc 12, 49)

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa Noticia aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos.” (Lc 4, 18) “Todas as vossas forças e a vossa vida toda consagrai-as sem reserva à oração, ensino e sacrifício, para fomentar no maior grau possível os interesses de Jesus e Santa Teresa. (Cfr. M VI, 6,3)

“A calmar a sede de Jesus vindes vós, Filhas da Companhia de santa Teresa, sacrificando as vossas forças e a vossa vida toda no exercício dos apostolados mais fecundos de salvação e conversão, a saber: a oração e o ensino”. (Cfr EEO II, p 61)

27 O Espírito Santo envia-nos como comunidade de mulheres consagradas a tornar presente o Reino pela oração e educação. Marcadas pela experiência de Deus, iluminadas pela Palavra e interpeladas pela realidade, vivemos a nossa vocação de conhecer e amar a Jesus e torná-lo conhecido e amado. Toda a nossa vida é e se vai fazendo mística e missão. 22

22 Cfr EEO II, p 15, 17

A nossa vida inteira é missão

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28 Com Jesus optamos pelos pequenos e pelos pobres, que nos evangelizam, ao revelar-nos com a sua vida o Cristo que se fez pobre. Vamos fazendo um caminho de inserção entre os marginalizados e excluídos. Pela oração e pela educação colaboramos na transformação das estruturas e realidades que excluem a tantos grupos humanos e. 23

29 O nosso modo específico de evangelizar é ser educadoras: a educação é mediação carismática no nosso serviço ao Reino. Educamos promovendo processos pessoais e comunitários de acordo com o itinerário teresiano para que as pessoas descubram o projecto de Deus nas suas vidas, desenvolvam as suas capacidades e sejam agentes de transformação social. Comprometemo-nos nos vários campos apostólicos com a promoção da liberdade, da paz e da justiça. Cultivamos o amor como atitude pedagógica e fomentamos a dimensão comunitária através de relações solidárias e fraternas. 24 30 Oferecemos o nosso contributo como mulheres em diferentes âmbitos da vida e das culturas, anunciando a Boa Notícia especialmente às crianças e jovens. Optamos em favor da dignidade das mulheres e assumimos o repto de aprofundar através da perspectiva de género na mística da educação teresiana. 25

23 Cfr EEO II, p 694, 695, 61, 69

24 Cfr EEO II, p 745, 749, 766, 777

25 Cfr EEO II, p 232, 233, 252, 744; EEO I, p 207; EEO III, p 801, 802

Evangelizamos como educadoras

Opções Legadas por Henrique de Ossó

Sinais proféticos

*

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31 Pela vocação teresiana somos ao mesmo tempo discípulas e mestras de vida e de oração. Aprendemos com as nossas irmãs e irmãos a relacionar-nos com o Deus de Jesus que nos habita e se torna presente no mundo. Assim vamos recriando comunidades crentes que favorecem a experiência de Deus e o caminho de oração como história de amizade, e se comprometem com a cultura da vida. 26

32 Vivemos a missão educativa em pluralidade de formas e presenças. Realizamo-la na escola e noutros meios, reconhecendo o desafio que nos é lançado pelo mundo da comunicação. No discernimento das nossas presenças e obras temos como critério ir aonde correm maior perigo os interesses de Jesus. Estamos dispostas a entregar a nossa vida ali, onde formos chamadas a construir o Reino. 27

33 Reconhecemos as culturas como lugar onde Deus está e se revela. Assumimos o compromisso de viver abertas ao diálogo intercultural, inter-religioso e ecuménico, educando-nos e educando na colaboração, na reciprocidade e na valorização do diferente.

26 Cfr. EEO II, p 43, 650 27 Cfr. EEO III, p 801, 802, EEOII p 69

Discípulas e mestras de vida e oração

*

Presenças educativas *

Viver e educar num mundo plural

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34 Partilhamos o carisma e a missão com os leigos. Com eles aprofundamos na vivência do nosso carisma e acolhemos o dom da sua própria vocação. A nossa vinculação com o MTA compromete-nos de forma especial com a sua vida e desenvolvimento como movimento laical. Acolhemos e promovemos outras modalidades de vida laical teresiana. 28

35 A nossa missão exprime-se e vai-se renovando ao vivê-la em diálogo e discernimento com a comunidade eclesial: pastores, leigos e consagrados. Formamos redes com pessoas, grupos e organismos que dedicam os seus esforços a construir um mundo mais humano.29 36 A formação permanente ajuda-nos a discernir e responder às interpelações do diálogo com as culturas e a projectar com fé e realismo as nossas respostas educativas. Priorizamos a capacitação e a dedicação ao estudo como meios para analisar a complexa realidade do mundo contemporâneo e a acção de Deus na história. 30

28 Cfr. EO, RT, enero 1878, p.99 29 Cfr. CDC c. 678,1 30 Cfr. EEO II, p 346

Carisma e missão partilhados com os leigos

Em comunhão eclesial e redes sociais

Formação integral e permanente *

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CONSTITUIÇÕES.

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Documentos de referência

LG 32,33 GS 1-3; 12, 28, 60, 69, 92 PC 6, 8, 18, 20 GE 8, 9 AA 2-4 IM 3-5, 8 AG 11,15 EN 6, 11-13, 20, 23, 24, 28, 30, 40, 41, 44, 45, 60, 66, 69, 70, 73 RM 12-16, 20, 37, 43,-45, 52-54, 58, 59, 69 b, 88, 89;

MD 28-30 MR 11 SRS 42, 43 VC 37, 54-56, 72-82, 84, 85, 94, 96-103 NMI 32-34, 45, 46, 48, 49-51, 54-56, 57 XIV Cap. Gral. n 28-34, 36-44, 48, 49, 54; Priorid. e L. orient. A2, A3, A4, Acordos 13, 14, 20

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CONSTITUIÇÕES.

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III. SEGUIMOS JESUS NA COMUNIDADE E PARTILHAMOS A SUA MISSÃO

Capítulo 5. VIVENDO COM ELE EM RELAÇÃO DE AMOR E DE AMIZADE

“Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha Palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.” (Jo 14, 23)

“Para isto é a oração, minhas filhas; disto serve este matrimónio espiritual: de que nasçam sempre obras, obras.” (M VII 4,6) “Que feliz será quem aprender cada dia e praticar esta lição, de conhecer sempre mais Jesus Cristo. Quem tal fizer transformar-se-á em Jesus.” (Cfr EEO III, p 457,458)

37 Convocadas a viver com Jesus que nos revela o Pai, somos conduzidas pelo Espírito a conformar a nossa vida com a de Cristo e fazer tudo em união com Ele. Para fazer o nosso itinerário de experiência de Deus, Henrique de Ossó oferece-nos a vida e o magistério de Teresa de Jesus. Com ela aprendemos a orar e a viver o mistério da Igreja como corpo de Cristo na história. 31

31 Cfr. Sta. Teresa: I M 2,8; C 20,1; 21, 2; VII M 4,12; V 21,7 EEO III, p 456, 25; EEO I, p 458,1030,1031; EEO II, p 845

Chamadas a viver com Jesus *

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38 Seduzidas por Jesus, vamos aprofundando a nossa relação com Ele. Santa Teresa ensina-nos a contemplar a Humanidade de Cristo e a ter com Ele um trato de amizade que nos vai transformando até tornar vida as palavras por Ele proferidas: Zelarás a minha honra como minha verdadeira esposa. A minha honra é a tua honra e a tua a minha. 32 39 Na relação com Jesus estamos chamadas a realizar um processo afectivo integrador que nos vai levando a partilhar os seus sentimentos e a sua paixão pelo Reino. Assim, a nossa vida vai-se fazendo oração, e a nossa oração se vai transformando em vida. Jesus abre-nos o caminho da vida teologal e possibilita-nos viver relações interpessoais animadas pelo amor, o desprendimento e a humildade. Para viver este processo de relação com Jesus necessitamos de tempos prolongados de encontro com Ele. Dedicamos cada dia pelo menos uma hora à oração pessoal. 33 40 O nosso encontro com Jesus na oração tem a sua fonte na Palavra de Deus e na história. Deixamo-nos interpelar pela Palavra que nos ensina a fazer uma leitura crente da vida e nos capacita para viver o nosso apostolado da oração. 34

32 Cfr. Sta. Teresa: MVI, 7,6; V 8,5; Rel 35,2; VI M 7, 6; EEO II, p 15, 43 33 Cfr. Sta. Teresa: V 11, 7-8; I M 1,1,3; C 26, 3-6; F 5,2; VII M 4,12; V 7,6; C 4,4; VII M 2, 1-5; 4,1-11; EEO II, p 709; EEO III, p 536 34 Cfr. Sta. Teresa: C 21,4 ; 37,1 CAD 1,2 .7; VC 94; CDC c 663 § 1.3

“Todo o nosso bem é a Humanidade de Cristo”

Dinamismo da nossa oração

A Palavra, fonte de oração e discernimento

*

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41 Como comunidade que louva, agradece, intercede e celebra, partilhamos cada dia, tempos comunitários de oração, procurando que sejam expressão encarnada e inculturada da nossa fé. Na Liturgia das Horas unimo-nos à oração da Igreja. Com todo o povo de Deus acolhemos e oferecemos a vida e a história, unindo-as com os mistérios da vida e da Páscoa de Jesus. 35

42 Celebramos a Eucaristia, banquete do Reino, no qual o Pai nos dá o seu Filho e nos enche do Espírito Santo. A nossa vida vai-se fazendo Eucaristia ao tornarmo-nos participantes da entrega de Jesus e da transformação n’Ele de toda a realidade. A celebração eucarística vai configurando a nossa comunidade e dá novo ardor à nossa entrega pelo Reino. Participamos nela diariamente na medida do possível. 36

43 Conscientes da nossa fragilidade e do nosso pecado pessoal e social, promovemos um modo de conviver que favoreça atitudes de conversão e reconciliação. Os encontros e celebrações comunitárias e a participação no Sacramento da Reconciliação dispõem-nos a abrir o nosso coração à acção do Espírito e a crescer na capacidade de perdão e misericórdia. 37

35 CDC c 663 § 3

36 CDC c 663 § 2 37 CDC c. 664

Documentos de referência

LG 41; DV 2-4 SC 6, 7, 37, 38, 47, 48 VC 38, 93, 95 NMI 16-30, 32-35, 37-40

Oramos com o Povo de Deus

*

Vivemos e celebramos a Eucaristia

*

Abertas à conversão e reconciliação

*

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III. SEGUIMOS JESUS NA COMUNIDADE E PARTILHAMOS A SUA MISSÃO

Capítulo 6. VIVENDO COMO ELE EM OBEDIÊNCIA, POBREZA E

CASTIDADE PELO REINO

"O SENHOR, teu Deus, também será fiel à aliança e bondade que jurou aos teus pais. Ele te amará, abençoará e há-de multiplicar”. (Dt 7, 12, 13) “Já te foi revelado o que é bom, o que o SENHOR requer de ti: nada mais do que praticares a justiça, amares com ternura e andares humildemente diante do teu Deus”. (Mi 6, 8) "Tudo quanto para mim era ganho, julguei-o uma perda por causa de Cristo. Corro para ver se o alcanço, já que fui alcançado por Cristo Jesus”. (Cfr. Flp 3, 7,12) “Tende com Deus uma generosidade sem limites, pois a quem tudo se lhe deu, nada se lhe pode recusar”. (EEO II, p 19)

44 Deus Pai chama-nos e associa-nos à aliança de amor com o seu povo, preparando-nos para a entrega total num processo que dura toda a vida. Exprimimo-la com a profissão religiosa ao serviço do Reino comprometendo-nos com voto público na Companhia. Conduzidas pelo Espírito Santo vivemos a aliança como um único movimento de amor que exprime e realiza a unidade entre obediência, pobreza e castidade.

Em resposta à Aliança

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45 Vivemos a aliança unidas à missão de Jesus na comunidade eclesial, optando em favor dos pobres e marginados e acolhendo a todos com misericórdia. Interpeladas pelo contexto histórico e sóciocultural, pela nossa vocação educadora vamos discernindo o modo mais significativo de ser memória vivente de Jesus através da obediência, da pobreza e da castidade.

46 Pela profissão exprimimos que as nossas vidas estão apoiadas em Deus como único Senhor, e anunciamos com fé e esperança a realização plena do Reino que já está no nosso meio. A experiência de viver em comunidade a obediência, pobreza e castidade gera em nós um dinamismo capaz de transformar e aumentar as nossas relações segundo o projecto das bem-aventuranças. O Espírito Santo vai-nos levando a penetrar nos sentimentos de Jesus e a revestir-nos d’ Ele que veio para fazer a vontade do Pai, fez-se pobre para enriquecer-nos com a sua pobreza e viveu celibetário pelo Reino. 38

Vivendo em obediência 39

47 Queremos viver como Jesus a paixão pela vontade do Pai pondo os meios para buscar sempre e em todas as coisas conformar a nossa vontade com a de Deus. Com fé e disponibilidade vamos descobrindo e realizando o seu projecto de amor na história que vivemos e construímos.

38 CDC c. 575 39 Cfr EEO II p. 46, 52 ; CDC c.601

Profetismo e inculturação

Anúncio do Reino

Viver no querer do Pai

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48 A nossa obediência é um caminho quotidiano de fé e entrega livre que realizamos pessoal e comunitariamente. A escuta da realidade e a valorização das pessoas abrem-nos à Palavra e ao Espírito Santo para discernir com liberdade e criatividade como Deus se nos manifesta na comunidade e na vida quotidiana. A obediência exprime e confirma a nossa pertença à Companhia e a participação na sua missão.

49 Todas somos corresponsáveis e viver e recriar o projecto comum da Companhia. Comprometemo-nos num processo de busca conjunta da vontade de Deus e nas decisões a tomar. As irmãs a quem se lhes confiou o serviço de governo animam esta dinâmica e em certos casos têm a responsabilidade de tomar a última decisão, sempre em discernimento. Cultivamos a verdade, a confiança mútua e o diálogo e comprometemo-nos com voto a obedecer às irmãs coordenadoras em matéria de Constituições.

50 O nosso processo de identificação com Jesus obediente faz-nos participantes da sua liberdade e do seu abandono confiado no querer de Deus. Comprometemo-nos a viver relações de igualdade e serviço. Assumimos o desprendimento de nós mesmas sabendo que quem entra na Companhia deve fazer de conta que já não é sua; é toda de Jesus.

O caminho da obediência

Corresponsabilidade, diálogo e discernimento

A obediência como experiência pascal

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Vivendo em pobreza 40

51 Jesus manifestou-se-nos como o tesouro pelo qual vale a pena deixar tudo para viver em pobreza como Ele. Confiadas na providência do Pai, queremos buscar em todas as coisas primeiramente o Reino de Deus e a Sua justiça. Assumimos o compromisso de estar ao lado dos pobres nos quais reconhecemos o Senhor e colaboramos na transformação das estruturas e realidades injustas e exclusivistas. Reconciliarmo-nos com as debilidades próprias e das nossas irmãs, é também um modo de viver a pobreza.

52 Em cada uma das nossas comunidades optamos por um estilo de vida simples e sóbrio. Com disponibilidade e confiança partilhamos quanto somos e temos. Vivemos do que comunitariamente obtemos pelo nosso trabalho. Seguir a Jesus em pobreza exige-nos igualmente discernir formas de vida comunitárias e institucionais. As estruturas materiais e os meios que empregamos hão-de estar ao serviço do projecto de Deus.

40 Cfr EEO II p. 18, 58 ; CDC c.600

Buscamos o Reino de Deus e a sua justiça

Comunhão de bens e testemunho institucional

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CONSTITUIÇÕES.

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53 Desejamos negociar e empregar o nosso caudal inteiro, pequeno ou tal como é, no que há-de dar maior glória a Jesus e aumento dos seus divinos interesses. Pelo voto comprometemo-nos a pôr em comum os bens materiais que possuímos e obtemos, excepto os patrimoniais, e a não dispor deles pessoalmente. Usámo-los e administrámo-los fomentando a interdependência, a transparência, e a solidariedade com um mundo empobrecido. 54 Se uma irmã tem bens patrimoniais cede livremente a sua administração, uso e usufruto a quem desejarmos antes da primeira profissão Se os adquire posteriormente, realiza então a cedência correspondente. Antes da profissão perpétua ou no momento de adquirir bens patrimoniais, a irmã faz um testamento civilmente válido.

Vivendo em castidade 41

55 Seduzidas pelo amor de Deus, acolhemos o convite de Jesus para estar com Ele e fazer nossos os Seus interesses. O Seu Espírito dilata o nosso coração de mulheres para amar e deixar-nos amar suscitando em nós novos modos de nos relacionarmos e de contemplar a realidade assim como de assumi-la e interpretá-la. Dispomo-nos a dar a vida que recebemos de Deus e tornamo-nos solidárias com todos, em particular com os que sofrem.

41 CDC c.599

Partilhamos quanto somos e temos

Estar com Jesus e viver como Ele

Bens patrimoniais

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56 O seguimento de Jesus unifica-nos integrando pelo amor todas as dimensões da pessoa. Percorremos um caminho que nos ajuda a crescer no conhecimento próprio e na aceitação da nossa identidade, na integração da corporalidade e sexualidade e na capacidade de assumir a solidão como meio para entrar em relação. Sentimo-nos responsáveis por colocar os meios adequados para uma vida plena ao serviço do Reino de Deus.

57 A relação com Jesus dispõe-nos a abrir-nos ao dom da amizade e a manifestar o nosso amor a todos com gestos, palavras e atitudes de ternura e misericórdia. A experiência de viver em castidade fortalece a nossa comunhão e a entrega à missão

58 Como Jesus que viveu relações libertadoras, inclusivas e fraternas comprometemo-nos com o voto a viver a castidade no celibato pelo Reino e a cultivar este modo de relações connosco mesmas, com os outros, com o mundo e com Deus.

Documentos de referência

LG 42, 43, 44, 46; PC 5, 6, 10, 12, 13-15; ET 13, 14, 15, 16-18, 20-22, 23-25, 39, 43, 84, 91, 92 VC 16, 19, 20-22, 24, 26, 27, 51, 73, 82, 87-91, 92; NMI 23, 43, 48-51, 55, 56; XIV Cap. Gral. 25. 26. 28-31. 35, 36, 41-46, 50-52

Integração pessoal

Construimos a comunhão

Chlamadas a vivir célibes como Jesús

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IV. Abertas ao Espírito, presente na vida e na

história

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IV. ABERTAS AO ESPÍRITO, PRESENTE NA VIDA E NA HISTÓRIA

Capítulo 7. PARTICIPAMOS NA CRIAÇÃO DE UMA

HUMANIDADE NOVA

“Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.” (Jl 3, 1) “Vi um céu novo e uma terra nova…Esta é a morada de Deus com a humanidade” (Cfr Apoc. 21,1) “Parecia-me que dentro da minha alma estavam e via estas três Pessoas que se comunicavam a todo o criado.” (Cfr Rel 18) “O Espírito Santo fará nascer um número incalculável de pessoas e derramar-se-á sobre elas e as encherá de todos os seus dons.” (Cfr EEO III, p 721)

59 O Espírito Santo impulsiona-nos a ampliar os nossos horizontes e urge-nos a um processo de mudança de mente e de coração que nos abre à confiança, ao acolhimento entranhável das pessoas e a colaborar com quem trabalha por uma humanidade nova. Buscamos viver toda a relação como lugar de encontro com Deus e cremos que o seu rosto também se nos revela no diálogo intercultural e inter-religioso, no ecumenismo e no compromisso ecológico.

Uma humanidade nova

*

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CONSTITUIÇÕES.

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60 Amamos e defendemos a vida como dom de Deus e sentimo-nos corresponsáveis pela sobrevivência do nosso planeta e pela construção de uma sociedade justa, solidária e não violenta. O desequilíbrio ecológico, a devastação do planeta, a injusta distribuição dos bens da terra e as situações de violência e de guerra, interpelam-nos. Estas realidades urgem-nos a viver a aliança de amor que Deus estabeleceu com as suas criaturas, manifestada na unidade fundamental da família humana e na interdependência entre todos e com o cosmos.

61 A relação e abertura ao diálogo com pessoas e grupos pertencentes a outras culturas com uma atitude de respeito e compreensão enriquecem-nos pessoal e comunitariamente. Este diálogo supõe reconhecer o valor do diferente, ser capazes de promover o que humaniza as relações interpessoais e ser testemunhas da nossa experiência espiritual teresiana.

62 Sabemos que somos chamadas a percorrer caminhos de reconciliação e unidade com os irmãos de outras igrejas cristãs. Reconhecemo-los como discípulos de Jesus e partilhamos com eles a nossa experiência de fé. Fomentamos o conhecimento mútuo e participamos em iniciativas e acções que promovem o ecumenismo, a equidade e a dignidade para todos.

Compromisso ecológico

*

Diálogo intercultural

*

Caminhos de ecumenismo

*

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63 A nossa vocação para viver a experiência de Deus ajuda-nos a descobrir o seu rosto nas religiões não cristãs e compromete-nos a dialogar numa atitude de humildade e liberdade de espírito com pessoas de outras crenças e com quem não professa convicção religiosa alguma. 64 Fomentamos novos modos de viver a pertença, corresponsabilidade e participação na sociedade e na comunidade eclesial. Estabelecemos relações recíprocas de solidaridade e cooperação a partir da nossa vida e da nossa experiência. Assim participamos na construção de uma nova eclesialidad e uma nova cidadania.

Documentos de referência

VC 73, 74, 79-82, 84, 100-103, 105 NMI 12, 43, 45, 48-52, 55, 56 Cam. d. Cristo 18, 19, 40, 41, 42-46

Diálogo inter-religioso

*

Nova cidadania e nova eclesialidade

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SEGUNDA PARTE

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Capítulo 8. O NOSSO CAMINHO DE FORMAÇÃO

“Quando Ele chegar, o Espírito da verdade, vos guiará até à verdade completa” (Cfr Jo. 16, 13a) " Juntai-vos a este bom Mestre, muito determinadas a aprender o que vos ensina, e Sua Majestade vos fará boas discípulas e não vos deixará se vós não O deixardes." (CP 26,10) " Já que somos de Jesus e recebemos tudo d’ Ele, temos de empregar todo o nosso caudal, pequeno ou tal como é, no que Lhe há-de dar maior glória e aumento dos Seus divinos interesses. Irmãs da Companhia, deveis ser, tanto quanto possível, outras Teresas de Jesus. " (Cfr EEO II, pp 18. 25)

65 Como discípulas de Jesus, somos chamadas cada uma, a seguí-Lo para estar com Ele em comunidade, participar da Sua missão e do seu mesmo destino, recriando o caminho aberto por Teresa de Jesus e proposto por Henrique de Ossó. Isto implica assumir pacientemente um processo de identificação com Cristo como dom e tarefa de toda a vida: pensar, sentir e amar como Jesus, trabalhar e conversar como Ele, é a nossa ocupação essencial.

A formação: caminho de identificação com Jesus *

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66 Assumimos a formação como um processo de integração que abrange todas as dimensões da pessoa ao longo da vida. Animadas pelo Espírito Santo vivemos esta experiência como caminho de conversão e de transformação, que vai consolidando a nossa identidade de mulheres consagradas. Somos chamadas a ser outra Teresa de Jesus e a encarnar o carisma teresiano no lugar e momento histórico que nos toca viver.

67 A experiência de Deus vivida a partir do nosso carisma é o núcleo integrador do processo formativo. É força dinamizadora que nos permite crescer e responsabilizar-nos mutuamente pela nossa vocação, partilhando a experiência espiritual apostólica da Companhia. María, mulher crente, comprometida com a história e ouvinte da Palavra, acompanha o nosso caminho quotidiano de fidelidade ao Deus da vida.

68 Partilhamos na comunidade eclesial o seguimento de Jesus, enriquecendo-nos mutuamente com os diversos carismas. A nossa atitude de abertura e comunhão com todos, e o nosso compromisso solidário com os que mais sofrem, são expressão de fidelidade e um convite para que todos descubramos e desenvolvamos a dimensão vocacional da própria vida.

69 Toda a vida se converte em âmbito formativo se a assumimos como meio de formação, e vamos acolhendo a acção de Deus em nós, na história e no mundo.

Processo de integração e converssão

*

Experiência crente e carismática

Em comunhão eclesial

Âmbitos formativos

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70 Somos as primeiras responsáveis pela nossa vocação e assumimos a formação como caminho de fidelidade aberto à acção do Espírito Santo. As comunidades local, provincial e congregacional são corresponsáveis pelos processos pessoais e comunitários. Em determinadas etapas do itinerário formativo pede-se a algumas irmãs para orientarem e acompanharem o processo pessoal e do grupo. As formadoras são mulheres de fé, identificadas com o carisma, com capacidade de discernir, dialogar, cultivar relações interpessoais e perceber os sinais dos tempos e a novidade do Espírito que se manifesta na vida quotidiana. 71 A delegada geral orienta e anima a formação na Companhia a partir das orientações do Projecto Formativo e das orientações do Capítulo geral. Realiza o seu serviço com a colaboração de uma equipa a quem coordena. Participa com o governo geral nos discernimentos e decisões ligadas com a formação. A delegada de formação deve ter pelo menos cinco anos de profissão perpétua. É nomeada pela coordenadora geral com o consentimento do conselho por um triénio renovável e cessa com ela.

Mediaciones del proceso formativo *

Delegada geral de formação e equipa *

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ITINERÁRIO DO PROCESSO DE FORMAÇÂO

72 O itinerário de formação compreende as diversas etapas da vida. Inclui a pastoral vocacional, própria do tempo de busca. Em cada etapa tentamos permanecer em atitude de discernimento e abertura ao Espírito Santo, que suscita em nós uma dinâmica de crescimento e conversão contínuas.

73 No pré-noviciado a jovem aprofunda no conhecimento progressivo de si mesma e na relação com Jesus. Partilha o estilo de vida e o sentido apostólico de uma comunidade teresiana e vai clarificando as suas motivações vocacionais. Nesta etapa realiza o acompanhamento uma irmã de profissão perpétua designada pela coordenadora provincial. A admissão ao noviciado corresponde à coordenadora provincial com o aval do conselho. 74 No noviciado a jovem vai-se introduzindo na vida religiosa da Companhia e aprofunda no conhecimento e na experiência do seguimento de Jesus em comunidade apostólica. Esta etapa supõe um processo de formação integral no qual se centraliza a experiência de Deus e o discernimento da opção vocacional. Propicia-se o conhecimento próprio, a implicação na vida comunitária, e a vivência da dimensão apostólica e do carisma da Companhia.

A formação, processo contínuo

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Pré-noviciado

*

Noviciado *

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75 A comunidade do noviciado assume a corresponsabilidade da formação das noviças dentro do seu projecto comunitário apostólico. O acompanhamento do processo vocacional das jovens realiza-o uma irmã de profissão perpétua nomeada formadora de noviças pela coordenadora provincial com o consentimento do conselho por um triénio renovável. Corresponde à coordenadora geral autorizar a instalação ou a trasladação da casa onde se realiza o noviciado. No caso dos noviciados interprovinciais, a coordenadora geral com o aval do conselho, em diálogo com os governos provinciais, faz a nomeação da formadora de noviças, aprova a constituição da comunidade e o referido à vivência do noviciado. 76 O tempo de noviciado é de dois anos, um dos quais é canónico, de acordo com o estabelecido pelo direito universal. A duração desta etapa pode prolongar-se até seis meses. Corresponde à coordenadora provincial com o consentimento do conselho admitir à profissão religiosa.

77 O juniorado é o tempo de formação no qual a irmã continua o seu processo vocacional e de integração pessoal, comunitária e apostólica. Compreende o período de profissão temporária e orienta-se para a profissão perpétua. A gradual inserção na missão da Companhia permite à juniora amadurecer e confirmar a autenticidade da sua opção e preparar-se para a entrega definitiva a Deus na Companhia.

Lugar e acompanhamento

*

Duração

*

JJuniorado

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CONSTITUIÇÕES.

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São mediações básicas a comunidade, o apostolado e o acompanhamento pessoal. Dá-se prioridade à formação teológica, carismática e profissional.

78 A duração do juniorado é de cinco a oito anos. Durante os dois primeiros, as junioras podem viver juntas na mesma casa ou em diferentes comunidades. A coordenação e acompanhamento desta etapa são realizados em cada província por uma irmã que tenha pelo menos cinco anos de profissão perpétua, nomeada ou designada formadora de junioras pela coordenadora provincial com o consentimento do conselho.

79 Após quatro anos de profissão temporal, a juniora em diálogo com a coordenadora provincial pode começar um período específico de preparação para a profissão perpétua. Neste tempo a juniora intensifica o seu processo de discernimento, que integra: a vida ordinária com momentos formativos específicos os quais a ajudam a confirmar a sua opção vocacional de pertença definitiva à Companhia.

80 Depois de cinco anos de profissão temporal e finalizado o período de preparação, a irmã pode solicitar à coordenadora provincial a profissão perpétua. Corresponde à coordenadora geral com o aval do conselho a admissão definitiva à Companhia.

Lugar e duração

*

Preparação para a profissão perpétua

*

Profissão perpétua

*

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CONSTITUIÇÕES.

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81 Findas as etapas iniciais, prosseguimos em formação. A entrega à missão em comunidade vai dando sentido cada vez mais pleno ao seguimento de Jesus na Companhia. Constatamos la validade dos nossos desejos e projectos, a resistência imposta pela realidade e a necessidade de orientar as nossas forças para a construção do Reino. Dentro desta etapa, a Companhia oferece-nos um tempo específico de renovação a fim de podermos redimensionar a nossa vocação teresiana.

82 A meia idade da vida é habitualmente o tempo de maior expansão das capacidades pessoais expressas especialmente nos nossos compromissos apostólicos. Necessitamos de assumir os riscos e as possibilidades desta etapa e de renovar continuamente a entrega de nós mesmas para viver com fé, esperança e amor a opção existencial por Jesus e o seu Reino.

83 Ao envelhecermos vai mudando a nossa situação na vida e isto compromete-nos a buscar novas possibilidades de evangelização em diálogo com a comunidade. É um tempo de continuar aprofundando a relação com o Senhor, integrando a experiência vivida e cultivando o encontro com os irmãos e irmãs.

84 Quando a doença ou o avanço dos anos nos obrigam a maior inactividade, é chegado o particular momento de nos deixarmos configurar pela experiência pascal de Jesus. É uma oportunidade para experimentar com maior plenitude o só Deus basta. Supõe uma atitude de abandono confiado e constitui uma particular presença de Deus para a comunidade.

Irmãs de meia idade *

Irmãs idosas *

Na doença e idade avançada *

Primeros anos de profissão perpétua

*

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CONSTITUIÇÕES.

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Documentos de referência

VC 28, 52, 64, 65, 67-69, 71, 74, 80, 100-102, 112 NMI 33, 34; 42-46 Cam.d.Cristo 13, 15, 16, 18, 19, 20 XIV CG 27, 32-34, 36, 45-51, Priorid. e L. Orient. E 1-3

CDC = Código de derecho canónico

Formação dos religiosos professos: CDC c.659 § 1; 660; 661 Projecto Formativo: VC 68, 69; CDC c. 659 § 2 Admissão ao noviciado - CDC c 641; 645

Finalidade do noviciado - CDC c 646;

Formação das noviças - CDC c 652 § 2,3, 5 Casa noviciado - CDC c 647 Mestra de noviças, colaboradoras e outras irmãs - CDC c 650; 651; 652 § 1,4

Duração do noviciado - CDC c 648 § 1,2

Prolongamento do noviciado - CDC c 653 § 2 A noviça pode abandonar o Instituto ou ser admitida à profissão - CDC c 653 § 1, 2

Validade da profissão temporária - CDC c 654-658

Sobre a formação depois da primeira profissão - CDC c 659 § 1, 2; 660;

Admissão à renovação da profissão temporária - CDC c 657 § 1

Prolongamento tempo de profissão temporária - CDC c 657§ 2

Antecipação até três meses da profissão perpétua - CDC c 657 § 3;

Admissão à profissão perpétua e validade da mesma - CDC c 658

Formação durante toda a vida. CDC c 661

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CONSTITUIÇÕES.

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Capítulo 9 O NOSSO SERVIÇO DE GOVERNO

“Estou no vosso meio, como aquele que serve.” (Lc.22,27)

“Nosso Senhor nos ensine a cumprir a Sua vontade." (CAD 7,10) “Buscai, desejai, e pedi sempre e em todas as coisas exclusivamente conformar a vossa vontade com a de Deus.” (Cfr EEO II p 53)

85 Somos enviadas pelo Espírito de Jesus a participar da missão que o Pai nos confiou dentro da comunidade eclesial. Assumimos com fé os meios da comunidade e das nossas irmãs coordenadoras buscando a vontade de Deus nos sinais dos tempos, na Palavra de Deus, nos apelos da Igreja e no projecto comum da Companhia.

86 A nossa obediência vivida em comunidade pede-nos relações recíprocas de confiança e apoio incondicional e o compromisso de participação e corresponsabilidade. A obediência activa de cada uma e o serviço da autoridade como forma de obediência são dinamismos criadores de comunidades ao serviço do Reino.

Fidelidade ao querer de Deus

Obediência vivida em comunhão

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CONSTITUIÇÕES.

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87 A finalidade do governo é animar e promover a missão vivida em comunhão e em fidelidade criativa ao carisma. As irmãs coordenadoras estão ao serviço do projecto comum e governam de acordo com o direito universal e próprio. Animam processos de crescimento e reflexão. Facilitam a corresponsabilidade, a subsidariedade e a coordenação.

88 As coordenadoras dos vários níveis promovem o diálogo. Acolhem e discernem as iniciativas das irmãs e comunidades. Têm em conta a diversidade e favorecem e a interacção promovendo a participação de todas nos processos de discernimento. Assumem em corresponsabilidade as decisões tomadas e, na medida do possível, a realização dos projectos. São mulheres orantes, abertas ao Espírito, identificadas com o carisma, com capacidade para dialogar e cultivar relações interpessoais. Sensíveis aos sinais dos tempos, estão dispostas a discernir a vontade de Deus, com cada irmã e comunidade.

89 As nossas estruturas manifestam a sua autêntica razão de ser quando estão ao serviço das irmãs e das comunidades criando meios de diálogo e discernimento em favor da missão. Os organismos e procedimentos estabelecidos fazem possível a função de governo nos vários níveis e facilitam a comunicação, inter-relação e colaboração entre comunidades, com outras províncias e dentro da comunidade congregacional.

A autoridade ao serviço do projecto comum

*

Irmãs coordenadoras

Estruturas em função da comunhão e a participação

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CONSTITUIÇÕES.

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90 A Companhia está organizada em casas, províncias, vice-províncias e delegações, que são erigidas e podem ser modificadas ou suprimidas conforme o direito universal e próprio.

91 Os organismos de governo coordenam e dinamizam a vida e acção das comunidades nos diferentes níveis. Exercem o governo de modo extraordinário, os Capítulos local, provincial e geral e de modo ordinário, as coordenadoras local, provincial e geral com os seus respectivos conselhos. 92 Cultivamos a pertença à comunidade eclesial e reconhecemos o Papa como autoridade suprema. Todas as irmãs podemos recorrer à autoridade superior por decisões ou actos administrativos que nos afectem pessoalmente. 93 Como norma geral, é conveniente que as coordenadoras não permaneçam em serviços de governo ininterruptamente mais de doze anos. Uma irmã pode cessar em qualquer responsabilidade, antes do tempo estabelecido, por renúncia, traslado ou substituição.

Em comunidade local

94 Vivemos o carisma da Companhia na nossa comunidade local animando-nos mutuamente para viver a missão em comunhão.

Organização territorial

*

Organismos de governo

Autoridade eclesial e direito de recorrer

*

Permanência nas responsabilidades

*

Coordenadora local

*

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CONSTITUIÇÕES.

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Elaboramos o projecto comunitário a partir da nossa realidade e no marco do projecto provincial, propiciando que encarne e anime a nossa vida comum e pessoal. 95 Na casa erigida canonicamente habita uma comunidade formada pelo menos por três irmãs professas que partilham a vida, a fraternidade e o serviço apostólico. Uma delas é a coordenadora e tem autoridade ordinária própria. Todas as irmãs temos adscrição local.

96 O Capítulo local é uma instância importante de comunhão e discernimento. É convocado pela coordenadora local no tempo estabelecido para tratar assuntos que requerem a nossa participação e corresponsabilidade como comunidade.

97 O governo local vive e promove a fraternidade, o discernimento e a corresponsabilidade de todas. A coordenadora tem um conselho formado pela comunidade ou por duas irmãs. Neste último caso, uma dela é a vigária.

98 A coordenadora é sinal de comunhão e vive a missão da Companhia no seu serviço à comunidade realizado de acordo com as Constituições. Compromete-se com todas ao projecto comunitário. Em interacção com as suas irmãs, atenta às necessidades de cada uma e ao bem comum, fomenta um clima de confiança, que ajuda a viver e a partilhar a fé, o discernimento comunitário e entrega apostólica.

Adscripção das irmãs

*

Governo local

*

Coordenadora local

*

Capítulo local *

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CONSTITUIÇÕES.

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Acompanha o processo de crescimento da comunidade e de cada irmã na sua integração comunitária e favorece as atitudes de pertença à comunidade provincial. Representa a Companhia dentro das suas competências ante os organismos oficiais, eclesiásticos e civis. A coordenadora local é uma irmã de profissão perpétua que recebe da irmã provincial a nomeação por um período de três anos, renovável por outro triénio. Só em casos excepcionais pode ser renovada por um terceiro triénio na mesma comunidade. 99 As reuniões comunitárias são encontros nos quais manifestamos e enriquecemos a nossa pertença à comunidade. São um meio privilegiado de discernimento e de formação. Ajudam-nos a partilhar e confrontar a vida quotidiana com o projecto comunitário e a verificar a fidelidade no nosso caminhar. Em comunidad provincial 100 As províncias exprimem o rosto do carisma inculturado em contextos diversos e partilham e realizam a missão da Companhia de acordo com as realidades das regiões e países nos quais as suas comunidades estão inseridas. Uma província está formada por várias casas num determinado território e tem uma coordenadora com autoridade ordinária. Constitui uma comunidade de fé que exprime a sua unidade e a sua identidade no projecto provincial.

Reuniões comunitárias

Características da província

*

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101 O Capítulo provincial representa a província e é convocado pela coordenadora provincial. Exprime a comunhão, a colegialidade, a corresponsabilidade e a participação de todas as irmãs. Nele fortalecemos os nossos laços como província e Companhia. Valorizamos o caminho percorrido, avaliamos o projecto provincial e buscamos em discernimento conjunto linhas que possam concretizar a nossa resposta ao querer de Deus. O Capítulo provincial reúne-se cada seis anos para preparar o Capítulo geral e tratar assuntos da província. O Capítulo provincial electivo convoca-se para eleger o governo provincial. O Capítulo provincial extraordinário é convocado pela coordenadora provincial com o voto colegial do conselho naqueles casos nos quais o considerarem necessário para a província, prévia aprovação da coordenadora geral com o consentimento do conselho. 102 São membros de direito do Capítulo provincial: a coordenadora e conselheiras provinciais e as coordenadoras de delegações, se as houver; a delegada de educação, ecónoma e secretária provinciais; a formadora de noviças e de junioras e as coordenadoras locais. Os membros de eleição, cujo número não deve ser inferior ao dos membros de direito, são eleitas na província de acordo com o regulamento capitular

103 As eleições para coordenadora e conselheiras provinciais e para vogais ao Capítulo geral realizam-se de acordo com os regulamentos capitulares respectivos e o direito universal e próprio. A coordenadora e as conselheiras provinciais são eleitas por maioria absoluta de votos.

Capítulo provincial

*

Membros do Capítulo provincial

*

Eleições do governo provincial e das vogais *

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É necessária a confirmação da coordenadora geral ou da sua delegada na eleição do governo provincial.

104 O governo provincial está constituído pela coordenadora e quatro conselheiras. A delgada de educação, ecónoma e secretária provinciais, junto com o governo, formam a equipa provincial. As irmãs do governo provincial são pessoas capazes de viver em espírito de comunhão e de trabalhar em equipa. Animam e acompanham a vida da província de acordo com as orientações do Capítulo geral e provincial e segundo o direito universal e próprio. Agem em fidelidade criativa ao carisma, atentas aos sinais dos tempos e às orientações da Igreja. Vivem e realizam o seu serviço em atitude de discernimento e põem os meios para se manterem actualizadas. Promovem a corresponsabilidade e a participação, acolhem e discernem sobre as iniciativas das irmãs e comunidades. Fomentam a comunhão das comunidades entre si e da comunidade provincial com a Companhia e com organismos eclesiais. Promovem igualmente a colaboração com outras instituições e organismos. Para ser coordenadora ou conselheira provincial requerem-se cinco anos de profissão perpétua.

105 A coordenadora provincial promove a comunhão, impulsiona a vivência do carisma e orienta e anima a missão na província. Tem autoridade ordinária própria e governa a província em corresponsabilidade com as conselheiras provinciais segundo as Constituições e de acordo ao direito universal e próprio.

Governo e equipa provincial

*

Coordinadora provincial

*

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Propicia o diálogo com as irmãs. Promove a reflexão com a equipa provincial, as formadoras e as coordenadoras locais e convida à participação de que cada uma nos discernimentos quando se trata de assuntos que lhes competem. Fomenta laços de união, pertença e sentido de família, e favorece meios de comunhão provincial e com a comunidade congregacional. Representa a Companhia na sua província perante organismos oficiais, eclesiásticos e civis. A coordenadora provincial é eleita pelo Capítulo provincial ou nomeada pela coordenadora geral com o aval do conselho, após consulta às irmãs da província, por um período de três anos renovável por outro triénio. 106 As conselheiras provinciais complementam e assessoram a coordenadora provincial e colaboram com ela no seu serviço. São eleitas pelo Capítulo provincial ou nomeadas pela coordenadora geral com o consentimento do conselho, por um período de três anos renovável por outro triénio. Uma das conselheiras é a vigária. Substitui a coordenadora provincial com autoridade vigária, quando for necessário. Em caso de suspensão da coordenadora provincial, a vigária assume a responsabilidade com autoridade ordinária própria até que se eleja ou se nomeie coordenadora provincial. A secretária, ecónoma e delegada de educação, juntamente com o governo, formam a equipa provincial.

Conselheiras provinciais

*

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107 A coordenadora provincial e as suas conselheiras discernem habitualmente aspectos da vida da província. Segundo os assuntos, a coordenadora provincial consulta, solicita o consentimento do conselho ou o voto colegial para tomar as decisões. A coordenadora provincial pode delegar nas conselheiras algumas funções. 108 A coordenadora provincial ou uma delegada visita todas as comunidades da província uma vez por ano. As visitas têm como fim animar, acompanhar, e orientar as comunidades e irmãs tomando como referência o projecto comunitário e provincial.

109 Nas províncias formam-se equipas que animam as áreas de economia, educação e formação. Estas equipas promovem acções conjuntas e coordenam projectos com o governo e com outros grupos a nível provincial e interprovincial.

110 A assembleia provincial é um órgão de participação e consulta da província; um meio para favorecer o intercâmbio de experiências e reflexões, e aprofundar as relações interpessoais e intercomunitárias. Convoca-a a coordenadora provincial e nela podemos participar todas as irmãs da província. Assumimos corresponsavelmente as suas conclusões e orientações. O governo provincial recolhe as sugestões da assembleia para tê-las em conta na sua acção de governo.

Competências de nível provincial

*

Visitas

*

Coordenação das equipas

Assembleia provincial

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Em comunidade vice-provincial e delegação

111 As vice-províncias e delegações formam-se como resposta a determinadas situações que afectam uma região, um grupo de casas ou parte de uma província. A vice-província é um organismo maior governado por uma coordenadora com autoridade ordinária vigária, dependente da coordenadora geral. A delegação está formada por um grupo de casas regida por uma coordenadora com autoridade delegada da coordenadora geral ou de uma provincial. A delegação tem as atribuições que se lhe concedem no estatuto próprio aprovado pelo governo geral.

112 O Capítulo de uma vice-província e de uma delegação que dependem da coordenadora geral celebram-se observando as mesmas orientações dadas para os Capítulos provinciais e de acordo com os regulamentos capitulares próprios aprovados pelo governo geral.

113 O governo de uma vice-província está formado pela coordenadora e pelo conselho vice-provincial, constituído pelo menos por duas conselheiras. Tudo o que se disse do governo provincial aplica-se, conforme as suas características próprias, ao da vice-província.

Capítulo da vice-província e delegação

Governo vice-provincial *

Vice-províncias e delegações

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114 A coordenadora de uma vice-província tem as mesmas atribuições que a coordenadora provincial no seu território. È o Capítulo vice-provincial ou nomeada pela coordenadora geral, com o aval do conselho, prévia consulta às irmãs da vice-província, por um período de três anos renovável por um triénio. Quando eleita pelo Capítulo, necessita da confirmação da coordenadora geral ou da sua delegada. A coordenadora de uma delegação dependente da coordenadora geral é nomeada por esta, após consulta à delegação e com o consentimento do conselho, e tem as faculdades que lhe indica o estatuto próprio. Nas delegações dependentes de uma coordenadora provincial, a nomeação de coordenadora realiza-o a coordenadora provincial com o consentimento do conselho seguindo o procedimento de consulta próprio da província. A coordenadora de uma delegação dependente de uma província tem as faculdades que lhe indica o direito próprio.

Em comunidade congregacional

115 Vivemos o nosso carisma em comunhão com as irmãs e comunidades das diferentes regiões e países. A nossa pertença à Companhia abre-nos à universalidade e à disponibilidade do intercâmbio entre irmãs de diversas províncias, culturas e experiências do carisma congregacional. A comunicação e interacção dos vários organismos exprime e realiza a comunhão na diversidade e numa única missão.

Coordenadora da vice-província ou delegação

Comunidade congregacional

*

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116 O Capítulo geral representa a toda a Companhia e é a sua autoridade máxima. É a expressão viva de comunhão e manifesta colegialmente a participação de todas na vida e fidelidade da Companhia. As irmãs capitulares, sentindo-se convocadas pelo Espírito Santo, em clima de fé, de comunhão fraterna e discernimento, buscam a vontade de Deus sobre a Companhia. É responsabilidade e compromisso de todas assumir as suas decisões. O Capítulo geral ordinário celebra-se periodicamente cada seis anos. Durante o Capítulo:

a. avaliam-se aspectos da vida da Companhia durante o sexénio

b. projectam-se orientações e linhas de acção a partir da realidade, à luz do Evangelho e em fidelidade ao carisma

c. elegem-se a coordenadora e as conselheiras gerais

O Capítulo geral extraordinário convoca-se em circunstâncias especiais, por decisão da coordenadora geral com o voto colegial do conselho, prévia consulta às coordenadoras provinciais e vice-provinciais. Tudo o que se refere à preparação e desenvolvimento dos Capítulos define-se de acordo com os regulamentos aprovados pelo governo geral.

117 São membros de direito do Capítulo geral: a coordenadora e conselheiras gerais; as delegadas de educação e formação, ecónoma y secretária gerais; as coordenadoras de províncias, vice-províncias e delegações dependentes da coordenadora geral. São membros de eleição: as vogais por províncias, vice-províncias e delegações dependentes da coordenadora geral.

Capítulo geral *

Membros do Capítulo geral

*

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118 O Capítulo geral determina o número de membros de eleição para os Capítulos geral, provinciais e vice-provinciais seguintes, e das delegações, tendo em conta que o número dos membros de eleição não deve ser inferior ao dos que assistem por direito. 119 A coordenadora geral é eleita por maioria absoluta por um período de seis anos, renovável por outro sexénio. Aceite a eleição pela interessada e proclamada por quem preside ao Capítulo, as irmãs reconhecem-na como coordenadora geral da Companhia. 120 O Capítulo, presidido pela nova coordenadora geral, elege as conselheiras gerais, uma das quais é a vigária. São eleitas pelo mesmo período que a coordenadora geral e cessam com ela. Podem ser reeleitas.

121 O governo geral está constituído pela coordenadora e quatro conselheiras. As delgadas de educação e formação, ecónoma e secretária gerais, junto com o governo, formam a equipa geral. As irmãs do governo geral são pessoas capazes de viver em espírito de comunhão e de trabalhar em equipa. Anima e orientam a vida da Companhia segundo as linhas do Capítulo geral e de acordo com o direito universal e próprio. Governam em fidelidade criativa ao carisma, atentas aos sinais dos tempos e as orientações da Igreja. Vivem e realizam o seu serviço em atitude de discernimento promovendo projectos e processos de diálogo.

Número de membros de eleição

Eleição da coordenadora geral

*

Eleição das conselheiras gerais *

Governo e equipa geral *

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Propiciam meios de participação de e corresponsabilidade, favorecem a comunhão e fomentam a riqueza da diversidade da Companhia. Põem os meios para manter-se actualizadas e relacionam-se com pessoas, instituições e organismos, com quem colaboram em projectos de acordo com a nossa missão. Para ser coordenadora e conselheiras gerais requerem-se ao menos cinco anos de profissão perpétua.

122 A coordenadora geral promove a comunhão e a missão na Companhia. Tem autoridade ordinária própria e governa a Companhia em corresponsabilidade com as conselheiras gerais segundo as Constituições e de acordo ao direito universal e próprio. Actuando com o conselho orienta e anima a missão da Companhia e impulsiona a vivência do carisma. Propicia o diálogo com todas as irmãs. Promove a reflexão com a equipa do governo geral e com as coordenadoras provinciais e convida a que cada uma participe nos discernimentos quando se trata de assuntos que lhe competem. Fomenta laços de união, pertença e sentido de família e favorece meios de comunhão e participação a todos os níveis. Representa a Companhia ante os organismos oficiais, civis e eclesiásticos. Representa a Companhia perante os organismos oficiais, eclesiásticos e civis.

123 As conselheiras gerais colaboram com a coordenadora geral no governo da Companhia. A vigária substitui a coordenadora geral com autoridade vigária, sempre que for necessário. Em causa de suspensão da coordenadora geral, a vigária assume a responsabilidade com autoridade

Coordenadora geral *

Conselheiras gerais *

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CONSTITUIÇÕES.

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ordinária própria e convoca, num prazo não superior a um ano, o Capítulo geral ordinário para eleição da nova coordenadora geral.

124 A coordenadora geral e as conselheiras discernem habitualmente aspectos da vida da Companhia. Conforme os assuntos, a coordenadora geral consulta, solicita o consentimento do conselho ou o voto colegial para tomar decisões A coordenadora geral pode delegar nas conselheiras algumas funções.

125 A coordenadora geral ou uma delegada visita todas as províncias, viceprovíncias e delegações pelo menos uma vez durante o sexénio. As visitas têm como fim animar, acompanhar, avaliar e orientar as comunidades e as irmãs.

126 As delegadas gerais de educação e formação e a ecónoma geral, com as suas respectivas equipas, coordenam entre si os projectos das áreas da sua competência de acordo com as opções e linhas do Capítulo geral.

127 Se a coordenadora geral considerar que deve renunciar exporá os motivos ao conselho geral que fará os trâmites do expediente perante a Santa Sé, a quem toca aceitar a renúncia. Se a juízo da vigária geral e das conselheiras se visse a necessidade de substituir a coordenadora geral para o bem da Companhia, depois de dialogar com ela, quando for possível, o conselho geral, exporá o caso ante a Santa Sé submetendo-se ao que ela dispuser.

Competências de nível geral *

Visitas *

Coordenação das equipas *

Renúncia ou substituição da coordenadora geral

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Secretaria

128 Em cada nível, confia-se a gestão da secretaria e arquivos às irmãs secretárias local, provincial e geral respectivamente. São irmãs capazes de realizar a sua função com discreção e profissionalismo, com claridade para expressar e transmitir, aptidão para organizar e sentido da história. Realizam a sua função de acordo com a coordenadora do nível correspondente. As secretárias provincial e geral são nomeadas pela coordenadora correspondente com o consentimento do conselho, por um triénio renovável. Cessam quando cessa a coordenadora correspondente. A secretária local ou as irmãs que realizam esta função são eleitas pela comunidade. Para ser nomeada secretária provincial requer-se profissão perpétua. Para secretária geral, pelo menos cinco anos de profissão perpétua.

.

Documentos de referência VC 42, 43, 92 NMI 43, 45 Cam. d. Cristo 14 CDC = Código do direito canónico

Casas: cc. 608, 609, 610. Província: c.621

Capítulos Capítulo geral: c.631. Outros capítulos e assembleias c. 632. Organismos participação e consulta c. 633

Responsáveis de secretaria e arquivos *

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Superiores e conselhos O Papa, autoridade suprema: c 590§ 2 Superiores e conselhos: cc. 617, 618, 619. Superiores maiores

c 620 Projecção da potestade dos superiores: c 622 Superiores:

o requisitos de validdade do cargo c. 623 o temporalidade, substituição c. 624 o eleições e nomeações c. 625, § 1.3 o normas para nomeações e eleição : c 626

Conselhos dos superiores c. 627 (ver também c. 127) Visitadores c. 628, § 1.3 Direito de recorrer c. 1400

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Capítulo 10. ECONOMÍA AO SERVIÇO DO REINO

“Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo”. (Mt 6, 33) “Vede sempre o mais pobre com que puderdes passar e procurai servir a Sua Majestade de maneira que não comais o que é dos pobres, sem servi-Lo”. (Cfr CAD 2, 10) “Tende a certeza de que se chegar a faltar-vos o espírito de pobreza, faltará o espírito de Jesus e Santa Teresa à sua Companhia; e será desde então, não Sua Companhia, mas sim, companhia de especulação e comércio”. (Cfr EEO II p 58)

129 A nossa opção de seguir Jesus que se fez pobre e veio anunciar a boa nova aos pobres manifesta-se também no modo de nos situarmos em relação com os bens económicos. A injusta distribuição da riqueza no mundo e as ideologias que a justificam interpelam-nos e exigem uma atitude crítica e profética. Discernimos de que modo adquirimos os bens, como os administramos e partilhamos e que uso fazemos deles para que estejam ao serviço do Reino.

130 A fidelidade ao evangelho e as situações de injustiça comprometem-nos a viver com simplicidade e a fomentar a interdependência, a comunicação de bens e a solidaridade. Confiando na providência de Deus partilhamos os bens materiais numa atitude de gratuidade e desprendimento.

Sentido profético de los bens *

Critérios e atitudes evangélicas

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CONSTITUIÇÕES.

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131 Os nossos recursos provêm fundamentalmente do nosso trabalho e de outras fontes de receitas. Empregamos os bens ao serviço da acção apostólica, especialmente entre os pobres, e para atender às necessidades das irmãs, comunidades e províncias.

132 As casas, as províncias e o Instituto têm capacidade de adquirir, possuir, administrar e alienar bens económicos de acordo com o direito universal e próprio e a legislação de cada país. As comunidades de cada nível discernem critérios e prioridades para administrar os bens em coerência com o seguimento de Jesus pobre e com princípios éticos e de justiça social, evitando o lucro e a acumulação. Cuidamos que a nossa administração se caracterize pelo profissionalismo e pela transparência e que os bens cumpram a sua função de meio e não de fim. Todas somos responsáveis em determinada medida do bom uso e administração dos bens.

133 Consideramos que a nossa administração é ordinária quando se refere à vida habitual das irmãs, comunidades e obras apostólicas assim como à manutenção ordinária do imobilizado. A administração é extraordinária quando os actos afectam o património estável da Companhia, modificando-o ou comprometendo-o. Neste caso é requerida a autorização, dada por escrito, da coordenadora competente com o consentimento do conselho.

Origem e destino dos bens que administramos

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Critérios de administração

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Administração ordinária e extraordinária

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134 Em cada nível confia-se a gestão dos bens económicos às irmãs ecónomas. Actuam em corresponsabilidade com as suas comunidades e com os governos dos diferentes níveis. Estão capacitadas para desenvolver as funções que lhes competem com profissionalismo. Cultivam boas relações humanas e são sensíveis e comprometidas com a justiça social. Realizam a própria função segundo a programação económica correspondente, participam nos discernimentos e decisões vinculadas com o âmbito da respectiva gestão e dão conta da sua gestão administrativa ao governo do seu nível. A ecónoma local actua em corresponsabilidade com a sua comunidade; a provincial e a geral, com a assessoria e colaboração de uma equipa económica a quem coordenam. A nível local e provincial recebem a nomeação da coordenadora provincial prévia consulta às irmãs e com o consentimento do conselho por um triénio renovável. A ecónoma geral é nomeada pela coordenadora geral com o consentimento do conselho por um triénio renovável. As ecónomas nomeadas cessam ao cessarem as respectivas coordenadoras.

Responsáveis da economía

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Documentos de referência

GS 4, 63; 67, 85 SRS 14-17, 38-40 CA 43 VC 89, 90 NMI 50 Camin. d. Cristo 45 XIV CG Priorid. e L. orient D 1-3

CDC: Código de Direito Canónico CDC c 608 § 1; 634; 635 § 2; 636; 638 § 1,3; 639 § 1, 2; 1280; 3640

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Capítulo 11. ANIMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO APOSTÓLICAS

“Ide pelo mundo inteiro, proclamai o evangelho a toda a criatura.” (Mc. 16, 15) “Nunca deixei fundação por medo de trabalhos; até os caminhos, em especial os longos, me faziam sentir repugnância; mas depois de iniciados já me pareciam pouco, tendo em vista para quem revertia esse serviço.” (F 18, 5)

“A união e concórdia são absolutamente necessárias para promover eficazmente os interesses de Jesus na maior extensão possível” (Cfr EEO II, p 71) “Tratemos de organizar, ordenar, edificar e apoiar o que há-de contribuir mais eficazmente para unir as forças para erguer o edifício.” (Cfr RT 1876-1877 p 62)

135 O Espírito leva-nos a colaborar na construção do Reino fazendo-nos apóstolos do conhecimento e amor de Jesus por todo o mundo. Evangelizamos por meio da educação na escola e em diversos âmbitos.

136 A comunidade faz presente a missão da Companhia no que vive, projecta e realiza. O projecto comunitário inclui os compromissos apostólicos da comunidade e os de cada irmã, discernidos em comum.

O Espírito anima a missão

Vivemos a missão em comunidade

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137 As delegadas de educação provincial e geral acompanham e animam os projectos apostólicos do seu nível segundo as matriz da proposta educativa teresiana e as orientações capitulares. Realizam este serviço com a colaboração das equipas de animação apostólica provincial e geral respectivamente, às quais coordenam. São irmãs qualificadas no âmbito educativo, capazes de trabalhar em equipa e de cultivar relações interpessoais. Requer-se que sejam pessoas capazes de dialogar, trabalhar. Abertas à novidade do Espírito e comprometidas com o Reino, promovem a comunhão na diversidade. Informam periodicamente os governos correspondentes, agem em coordenação com eles, e participam nos discernimentos e decisões vinculados com o âmbito da sua gestão. Para ser nomeada delegada de educação provincial de educação requer-se profissão perpétua. Para delegada geral de educação, ao menos cinco anos de profissão perpétua. Depois de realizadas as consultas necessárias são nomeadas pelas coordenadoras respectivas com o consentimento dos respectivos conselhos, por um triénio renovável, e cessam com elas.

138 As equipas provincial e geral, integradas por irrmãs e leigos, participam com as delegadas respectivas na animação apostólica do seu nível dinamizando a proposta educativa teresiana.

Delegadas de educação

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Equipas de animação apostólica

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139 As delegadas provincial e geral de educação com as suas equipas:

a. impulsionam a reflexão e o discernimento para dar respostas criativas e adequadas a um mundo em contínua mudança

b. promovem meios para crescer em identidade teresiana

c. dinamizam projectos, acompanham processos e avaliam os seus resultados

d. fomentam a formação contínua, a capacitação, a investigação e a actualização de irmãs e leigos

e. favorecem a interacção e coesão, entre as diversas equipas e projectos dos campos apostólicos a nível provincial, interprovincial e general

f. promovem a colaboração congregacional com outras instituições e organismos.

Documentos de referência

AA 2, 3, 4 VC 72, 73, 96-99 NMI 43, 49-51, 58 Cam. d. Cristo 9, 10 XIII CG p. 34-35, 43-44; XIV CG n 32-40, Prior. e L.Orient. A 1-5

Competências da delegada e equipas

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Capítulo 12. IRMÃS EM SITUAÇÕES PARTICULARES

“Formamos um só corpo. Se um membro sofre, todos sofrem com ele; se é honrado, todos tomam parte da sua alegria”. (Cfr 1Cor 12, 12, 26)

”Importa muito entender que Deus não leva a todos pelo mesmo caminho”. (C 17, 2)

“Ajudemo-nos mutuamente os que trabalhamos por promover os interesses de Jesus. (EEO II, p 28)

140 Somos as primeiras responsáveis da nossa fidelidade pessoal a Deus no processo de crescimento vocacional e apoiamo-nos mutuamente para o viver. Quando alguma vive situações de especial dificuldade, oferecemos-lhe um acompanhamento específico que a ajude a discernir a vontade de Deus. Se uma irmã julgar necessário solicitar indulto de exclaustração, saída ou mudança de Instituto, toma a decisão em diálogo com as coordenadoras local e provincial.

EXCLAUSTRAÇÃO

141 Uma irmã de profissão perpétua, depois de um processo de discernimento, pode solicitar indulto de exclaustração por razões justificadas. A coordenadora geral, com o consentimento do conselho, tem a faculdade de lho conceder anualmente durante um triénio, segundo o direito universal e próprio. Depois deste tempo, a renovação do indulto solicita-se à Santa Sé.

Diálogo e discernimento

Solicitação de exclaustração

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142 A irmã exclaustrada vive a sua profissão religiosa de acordo com a sua nova condição de vida e fica livre das obrigações que não são compatíveis com a sua situação. Está adscrita a uma província e depende da coordenadora provincial. Enquanto durar o indulto carece de voz activa e passiva.

143 A Santa Sé pode impor a exclaustração a uma irmã de profissão perpétua por causas sérias e a pedido da coordenadora geral com voto colegial do conselho.

SAÌDA DA COMPAÑHÍA

14 A irmã que no período da sua profissão temporária, depois de um discernimento, decide sair da Companhia, pode fazê-lo ao finalizar o tempo da sua profissão. Se decide sair por causa justificada antes de terminar este tempo, a atribuição da licença corresponde à coordenadora geral com o consentimento do conselho e ouvido o parecer da irmã provincial. A provincial, em diálogo com a irmã e buscando o seu bem, prévio consentimento do conselho, pode não admiti-la à renovação ou recusar-lhe o requerimento para a profissão perpétua. A confirmação do decidido corresponde à coordenadora geral com o consentimento do conselho.

Situação da irrmã exclaustrada

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Exclaustração imposta

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Irmãs de profissão temporária

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145 Uma irmã de profissão perpétua deve ter razões sérias, suficientemente discernidas, para sair da Companhia. Estes motivos exprimem-se no pedido de saída dirigida à coordenadora geral e conselho. Se no acto da notificação a irmã aceita o indulto de saída concedido pela Santa Sé fica dispensada das obrigações da profissão religiosa. Se não o aceitar, o indulto não tem validade.

146 Em situações graves e depois de um processo de diálogo com a irmã interessada sem que esta manifeste mudança na sua atitude, as coordenadoras provincial e geral com os respectivos conselhos podem iniciar o trâmite de separação da Companhia perante a Santa Sé. O processo realiza-se de acordo com o direito universal e próprio. Informada, a irmã pode recorrer à Santa Sé. Neste caso o decreto não entra em vigor sem que o recurso se resolva.

MUDANÇA DE CONGREGAÇÃO

147 Uma irmã pode solicitar a mudança para outro instituto de vida consagrada ou sociedade de vida apostólica. Igualmente, a Companhia pode admitir a quem provenha de tais instituições. Em todos os casos procede-se de acordo com o direito universal.

Irmãs de profissão perpétua

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Saída imposta

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READMISSÃO À COMPAÑHÍA

148 Uma irmã que saiu legitimamente da Companhia pode ser readmitida pela coordenadora geral com o consentimento do conselho. A irmã geral, em diálogo com a provincial, determina as condições para levar a cabo o processo de readmissão de acordo com o direito universal.

Documento de referência CDC: CÓDIGO DE DEREITO CANÓNICO

Indulto de exclaustração: c 686 § 1 Exclaustração imposta: c 686 § 3 Situação da irmã exclaustrada: c 687 Mudança de Instituto: c 684, 685 Saída de uma professa temporária: c 688 § 1 (ao terminar o tempo da profissão); c 688 § 2 (antes de terminar o tempo da profissão) Exclusão da seguinte profissão de irmãs de prof. temporária: c 689 Saída: c 691 § 1; c 692; c 694 – 704 Readmissão: c 690 § 1

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Capítulo 13. AS NOSSAS CONSTITUÇÕES, PROJECTO DE VIDA

“Jesus respondeu-lhe: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (Cfr Jn 14,6) “Sua Majestade foi o livro verdadeiro onde vi as verdades.“ (V 26,5) “Todos estes Documentos e Constituições serão pouco menos que letra morta se as irmãs que formais a Companhia de Santa Teresa de Jesus não agis sempre e em todas as coisas com espírito de fé viva, fazendo tudo por Jesus.” (EEO II, p 133)

149 As Constituições exprimem a nossa leitura carismática do Evangelho e da tradição viva da Companhia. São o nosso projecto de vida e uma mediação para discernir a vontade de Deus. Os Documentos de Perfeição iluminam as Constituciones e ajudam-nos a interpretá-las e aprofundá-las. Conduzidas pelo Espírito Santo rezamo-las e reflectimos, pessoalmente e em comunidade, e comprometemo-nos a vivê-las com fidelidade sempre nova no nosso seguimento de Jesus.

As Constituições, projecto e mediação *

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CONSTITUIÇÕES.

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150 As nossas Constituições são aprovadas pela Santa Sé que reconhece assim a eclesialidade do nosso carisma. A coordenadora geral com o voto colegial do conselho pode interpretar as dúvidas e dificuldades com respeito a algum ponto das Constituições. Para introduzir modificações requer-se a decisão do Capítulo geral por maioria qualificada. Corresponde à Santa Sé a aprovação de tais modificações e a interpretação oficial das Constituições.

Documentos de referência

VC 37 Cam d. Cristo 10, 36 CDC: CÓDIGO DO DIREITO CANÓNICO

o c 577 = Os institutos de vida consagrada recebem dons

diversos o c 578 = Fidelidade ao património espiritual do Instituto: a

mente e propósito do Fundador e as sãs tradições o c 583 = Aprovação por parte da Santa Sé das modificações

introduzidas no instituto o c 586 = Justa autonomia do instituto de vida consagrada o c 587 = Sobre as Constituições e outros códigos (directório) o c 593 = Os institutos de direito pontifício dependem

directamente da autoridade da Sé Apostólica

Aprobação e modificações

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