constituição do campo da comunicação
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Resenha sobre o texto constitução do campo da comunicação.TRANSCRIPT
De acordo com José Luiz Braga, o campo da comunicação se constitui como
disciplina e não como conhecimento social devido à tradição de olhar por um
ângulo especial a sociedade. O autor aborda o conceito de interdisciplinaridade
não como um terreno vazio, mas sim como um espaço de interfaces.
Como a comunicação é ampla e possui como objeto qualquer conversação do
espaço social, precisamos identificar o que há de comunicacional nessas
interfaces. Segundo Francis Rüdiger, o objeto do campo da comunicação é a
“conversação da sociedade”: “uma espécie de mediação cotidiana do conjunto
das relações sociais, da difusão das ideias e da formação das condutas que
têm lugar na sociedade”. Braga concorda, mas sugere o uso de “interação” ao
invés de “conversação”, pois esta pressupõe um caráter fisicamente presencial.
Dito isso, pensamos o campo da comunicação como um tema ampliado, que
não cabe somente nos espaços de cada campo e tem como objetivo observar
como a sociedade conversa com a própria sociedade.
Segundo Braga, o campo comunicacional enfrenta quatro problemas. O
primeiro é em relação a mídia, enfatizando que não se deve entender
“comunicacional” somente como o que se passa na mídia, mas como um dos
temas que se pode estudar no campo, mas acreditar que é a midiatização é o
melhor a ser usado, pois a mídia ajuda a comunicação a se ampliar, mas o
objeto não se restringe somente a ela. Em segundo lugar, o autor ressalta que
o conhecimento comunicacional reflete em questões (direta ou indiretamente)
em todas as ciências humanas e sociais, porém, de diferentes perspectivas.
Braga também ressalta a constituição interna do campo comunicacional, aonde
se devem organizar as perspectivas e temas que as pesquisas irão abordar. E
por ultimo, o autor enfatiza que deve haver uma distinção entre cultura e
comunicação, uma vez que as duas possuem proximidade.
Bibliografia:
BRAGA, José Luiz. Constituição do campo da comunicação. Disponível em:
http://www.revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/viewFile/
924/147. Acesso em: 27 ago. 2015.