consórcio realiza aspectos contábeis fiscais e tributários

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www.tercogt.com.br © Terco Grant Thornton. Todos os direitos reservados. Consórcios de empresas Aspectos contábeis, fiscais e tributários Nelson Varandas dos Santos Jornere D. Silva Tanajura Agosto/2009 Excelência em Auditoria e Consultoria

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Page 1: Consórcio realiza   aspectos contábeis fiscais e tributários

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Consórcios de

empresas

Aspectos contábeis,

fiscais e tributários

Nelson Varandas dos Santos

Jornere D. Silva Tanajura

Agosto/2009

Excelência em Auditoria e Consultoria

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Índice

1 Introdução e conceituação

2 Aspectos contábeis

3 Aspectos fiscais e tributários

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Introdução e

conceituação

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Introdução e conceituação

Associação entre duas ou mais empresas;

Objetivo comum para execução de determinado

projeto, empreendimento ou prestação de serviços;

Possui prazo determinado;

Não se confunde com grupos de sociedades;

Não possui personalidade jurídica própria;

Consorciadas somente se obrigam nas condições

previstas no contrato de consórcio, respondendo

cada uma por suas obrigações, sem presunção de

solidariedade;

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Introdução e conceituação

Empresas participantes não perdem a sua

personalidade jurídica própria;

Principais tipos de consórcios são constituídos para:

• Execução de grandes obras de engenharia;

• Acordos exploratórios de serviços de transporte;

• Grandes contratos de prestação de serviços;

• Licitações públicas.

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Introdução e conceituação

Administração se dá a cargo da empresa designada como

“LÍDER”, que possui as responsabilidades:

• Pela escrituração contábil e/ou fiscal (estadual e municipal

no caso do consórcio possuir as respectivas inscrições junto

aos órgãos competentes);

• Pela guarda dos livros e documentos comprobatórios das

operações do consórcio, conforme os prazos legais.

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Aspectos

contábeis

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Aspectos contábeis

Segue os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem

como as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas

Interpretações e Comunicados Técnicos, editados pelos

órgãos regulamentadores, em especial, pelo CFC e CPC;

NBC T 10.20 é a norma do CFC que estabelece os

critérios e procedimentos contábeis a serem adotados

para o consórcio de empresas;

Deve registrar os atos e os fatos administrativos

mantendo contabilidade distinta das empresas

consorciadas;

Deve ser tratado como uma entidade econômica que

funciona como qualquer tipo de entidade que tem

patrimônio e, portanto, é objeto da Contabilidade;

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Aspectos contábeis

No aspecto contábil, a conta Capital é substituída por

Conta Corrente de Consorciados ou denominação

semelhante, não existindo a figura do Patrimônio Líquido;

Caso as empresas consorciadas forneçam ou adquiram

materiais ou serviços em transações operacionais com o

consórcio, elas devem ser tratadas, contabilmente, como

fornecedores ou clientes;

Quando da liquidação do consórcio, os ativos e os

passivos remanescentes devem ser transferidos, baixados

ou liquidados, de acordo com o contrato entre as

consorciadas;

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Aspectos contábeis

A escrituração contábil e a guarda dos livros e dos

documentos comprobatórios das operações do Consórcio

(conforme os prazos legais) são de responsabilidade da

entidade consorciada nomeada líder no contrato de

consórcio;

Os livros e documentos do consórcio são o complemento

legal dos livros e dos demonstrativos contábeis de cada

entidade consorciada;

O saldo apurado na demonstração de resultado do

consórcio de empresas deve ser transferido às empresas

consorciadas na proporção prevista no contrato, podendo

as empresas consorciadas efetuarem os registros por

operação ou saldo das contas.

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Aspectos fiscais e

tributários

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Aspectos fiscais e tributários

Empresa líder:

A empresa líder do consórcio deverá manter registro contábil

das operações do consórcio por meio de escrituração

segregada na sua contabilidade, em contas ou subcontas

distintas, ou mediante a escrituração de livros contábeis

próprios, devidamente registrados para este fim;

Os registros contábeis das operações no consórcio, efetuados

pela empresa líder, deverão corresponder ao somatório dos

valores das receitas, custos e despesas das pessoas jurídicas

consorciadas, podendo tais valores serem individualizados

proporcionalmente à participação de cada consorciada no

empreendimento;

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Aspectos fiscais e tributários

Empresa líder:

Por estar obrigado a promover os registros contábeis, está

também obrigado a manter a escrituração dos livros fiscais que

façam prova dos registros contábeis;

Os livros obrigatórios da escrita comercial e fiscal, devem ser

escriturados, encadernados, registrados e mantidos pelo mesmo

tempo exigido para as demais Pessoas Jurídicas (período

prescricional).

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Aspectos fiscais e tributários

Empresas consorciadas:

A apropriação das receitas, custos e despesas incorridos deve

se dar de forma proporcional à participação de cada

consorciada no projeto/empreendimento;

Cada pessoa jurídica consorciada deverá efetuar a escrituração

segregada das operações relativas à sua participação no

consórcio em seus próprios livros contábeis, fiscais e auxiliares.

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Aspectos fiscais e tributários

Faturamento das operações objeto do consórcio:

O faturamento das operações do consórcio será realizado pelas

pessoas jurídicas consorciadas, mediante a emissão de Nota

Fiscal ou Fatura próprios, proporcionalmente à participação de

cada uma no empreendimento;

Caso o consórcio esteja autorizado a emitir Nota Fiscal de

serviços ou de venda, este poderá efetuar a emissão da Nota

Fiscal correspondente ao valor total dos serviços ou da venda,

dispensando assim as consorciadas da emissão da Nota Fiscal;

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Aspectos fiscais e tributários

Faturamento das operações objeto do consórcio:

Caso o consórcio esteja autorizado a emitir documento fiscal,

deverá remeter cópia da Nota Fiscal ou Fatura às pessoas

jurídicas consorciadas, indicando na mesma as parcelas de

receitas correspondentes a cada uma;

Independente da forma utilizada (faturamento via consorciadas

ou diretamente pelo consórcio), deve ser mencionado no

histórico do documento fiscal o vínculo às operações do

consórcio.

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Aspectos fiscais e tributários

Tributação:

Como não tem personalidade jurídica, o consórcio não recolhe

tributos como IPI, PIS/PASEP, COFINS, IRPJ e CSLL;

Quem o faz são as consorciadas, na razão de suas atividades e

arrecadações, quando atuam pelo consórcio;

Caso tenha inscrição estadual e/ou municipal, o ICMS e/ou ISS

são recolhidos em nome do próprio consórcio.

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Aspectos fiscais e tributários

Imposto de Renda e Contribuição social sobre o lucro:

Às receitas, custos, despesas, direitos e obrigações decorrentes

das operações relativas às atividades dos consórcios aplica-se o

regime tributário a que estão sujeitas as pessoas jurídicas

consorciadas, ou seja:

• Lucro Real;

• Lucro Presumido, ou

• Lucro Arbitrado.

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Aspectos fiscais e tributários

PIS/PASEP e COFINS

Serão apurados pelas pessoas jurídicas consorciadas

proporcionalmente à participação de cada uma no

empreendimento;

Deverá seguir o regime tributário das pessoas jurídicas

consorciadas;

Créditos relativos aos custos, despesas e encargos vinculados

às receitas das operações do consórcio (não cumulatividade),

deverão ser computados nas pessoas jurídicas consorciadas,

proporcionalmente à participação de cada uma no

empreendimento.

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Aspectos fiscais e tributários

Retenções na Fonte por pagamento (faturas e salários):

Nos pagamentos sujeitos à retenção na fonte do IR, da CSLL,

do PIS/PASEP e da COFINS, a retenção e o recolhimento

devem ser efetuados por cada pessoa jurídica consorciada,

proporcionalmente à sua participação no empreendimento;

A nota fiscal de compra/ contratação de serviços, emitida pelo

fornecedor poderá ser efetuada em nome do consórcio, com a

indicação da correspondente retenção dos tributos devidos,

entretanto, o recolhimento e a posterior informação na DIRF

deverá ser efetuada por cada empresa consorciada;

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Aspectos fiscais e tributários

Retenções na Fonte por pagamento (faturas e salários):

Procedimento semelhante ocorrerá em relação aos pagamentos

da folha de salários;

Fornecedores e funcionários que tiverem sofrido retenção pelo

consórcio, deverão receber no início do ano seguinte o Informe

de Rendimentos de cada consorciada;

Não há uma orientação clara sobre o procedimento de cálculo

da retenção, se pelo valor total do pagamento do consórcio ou

pelo valor individual de cada consorciada.

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Aspectos fiscais e tributários

Retenções na Fonte por recebimento da fatura de serviços:

No recebimento de receita decorrente das operações do

consórcio a retenção deve ser efetuada em nome de cada

pessoa jurídica consorciada, proporcionalmente à sua

participação no empreendimento;

Quando o faturamento é efetuado por cada consorciada esse

processo será automático, entretanto, nos casos em que o

faturamento seja realizado pelo consórcio, não há

pronunciamento da RFB sobre o comprovante de retenção;

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Aspectos fiscais e tributários

Retenções na Fonte por recebimento da fatura de serviços:

A fim de evitar questionamentos sobre as retenções, é

recomendável:

• Que o consórcio demonstre em documento apartado a divisão das

receitas e a respectiva retenção por empresa consorciada;

• Solicite ao cliente que efetue a divisão das informações para efeito

de elaboração da DIRF e dos informes de rendimentos.

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Aspectos fiscais e tributários

ISS e ICMS:

Se possuir inscrição estadual e/ou municipal, a emissão da nota

fiscal, escrituração, apuração e recolhimento será efetuado em

nome do próprio consórcio;

Se não possuir inscrições específicas para o consórcio, o

trâmite será realizado pelas empresas consorciadas.

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Fontes

Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A) - arts. 278 e 279;

Resolução CFC nº 1.053/05 – NBC T 10.20;

Instrução Normativa RFB nº 834/2008;

Instrução Normativa RFB nº 917/2009.