conselho europeu: questão cep irlandesa adiada para...

Director:

Francisco Sarsfi eldEditor:

Raul Santos

Grupo Renascença

www.rr.ptwww.rfm.pt

Segunda-feira18 Julho de 2007

Gratuito

Am

anhã

Ho

jePorto Lisboa Director:or:

Francisco Sa Sarsfirsfi eldEditor:

Raul Santos

Grupo Renascença

wwwwww.rr.rr.pt.ptwww.rfm.pm.ptt

Segunda-feira18 18 JulJulho ho de de 20077

Am

an

Am

an

Am

an

Am

an

hã

hã

hã

Ho

jeH

oje

Ho

jeH

oje

Gratuito

LisLisboaboaD

epois

PorPorPortototoPorto Lisboa

Conselho Europeu: questão irlandesa adiada para Outrubro

Combustíveis

Imposto sobre petrolíferas desagradaA opinião é quase unânime. A criação de um imposto sobre o lucro das petrolíferas será, a longo prazo, ainda mais prejudicial para os consumidores. Este é o sentimento geral de-pois do presidente da Comissão Europeia não ter rejeitado a ideia avançada pelo governo italiano.

OPINIÃO

Um Livro sempre por ler

José Tolentino de Mendonça

Luxos da bola

Ângela SilvaPág.3»

Pág. 7 »

Am

anhã

Director:

F. Sarsfi eld CabralEditor:

Raul Santos

Grupo Renascença

www.rr.ptwww.rfm.pt

www.mega.fm

Quinta-feira19 Junho de 2008

CEP

Igreja detecta aumento da pobrezaReunidos em Fátima, os Bispos portugueses alertam para as difi -culdades crescentes. Pág.9 »

PSD

Marcelo põe Bloco Central na agendaMarcelo vê um Bloco Central no horizonte de 2009. É do que se fala antes do Congresso. Pág.4 »

Euro 2008

Dúvidas alemãs até às 19h45Está tudo apto do lado de Portu-gal e há dois alemães em dúvida até à hora do jogo. Pág.12 »

Grupo Renascença

Rádio SIM apresentou imagemA nova aposta do Grupo Renascen-ça já tem imagem de marca. Co-nheça-a nesta edição. Pág.10 »

BD

30 anos

Fãs em todo o mundo feste-jam o aniversá-rio de Garfi eld.

PU

B

e-sá-

Pág.11 »

Pág. 2 »

A opinião é quase unânime. A criação de um imposto sobre o lucro das petrolíferas será, a longo prazo, ain-da mais prejudicial para os consumidores.Este é o sentimento geral depois de, numa entrevista ao diário italiano “Corriere della Sera”, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, ter garan-tido que não se opõe à criação de um novo imposto, em resposta a uma ideia avançada pelo governo italiano. A Comissão Europeia sublinha que “cada estado-mem-bro é livre de cobrar uma taxa adicional”. Contudo, Barroso alerta para “as consequências dessa eventual medida, sobretudo no quadro do investimento a cargo das grandes empresas”.

APETRO contra...

Esse é justamente o dado sublinhado pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) para contestar a eventual criação de um imposto sobre o lucro.O secretário-geral da APETRO, José Horta, lembra que “um agravamento da carga fi scal sobre as empresas te-ria um impacto negativo na exploração de petróleo, o que seria prejudicial para os consumidores”. Horta lembra que “os enormes investimentos necessários para encontrar e explorar jazidas são gerados pelos lu-cros que as companhias têm que obter”.

... e ANAREC também

Nem mesmo a ANAREC – a Associação de Revendedores de Combustíveis - concorda com a eventualidade de ser cobrado um imposto às petrolíferas.O presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, insiste numa baixa do ISP e, por outro lado, defende o fi m da liberalização de preços das gasolinas. Para os revende-dores, “o decreto-lei que permitiu a liberalização deve ser revogado e o governo deve intervir à imagem do que faz nas tarifas de electricidade”.

Reservas da DECO

Por seu lado, a DECO, Associação de Defesa do Consu-midor, sustenta que a eventual nova taxa seria desfa-vorável para os consumidores, apesar dos “benefícios para as contas do Estado”.Jorge Morgado sublinha serem “os consumidores que

pagam todas as despesas das companhias pelo que au-mentar a carga fi scal seria aumentar o preço”.Também José Caleia Rodrigues diz que um novo impos-to sobre as empresas petrolíferas “pode ser, no curto prazo, bom para os consumidores, mas no futuro pode-rá revelar-se um desastre”. Este analista do mercado global de petróleo alerta para “a perda de competitivi-dade das empresas europeias, que hoje têm uma capa-cidade mínima de acesso aos recursos petrolíferos”.Contactado pela Renascença, o Ministério das Finanças nada acrescenta ao que tem dito no quadro da crise do preço dos combustíveis. O ministro Teixeira dos Santos reafi rma que o executivo não pondera sequer uma bai-xa do ISP para forçar uma quebra de preços.

Transparência... ou falta dela...

Perante este dado, a DECO contesta ainda o facto de “o Estado estar a lucrar com a alta do preço dos com-bustíveis.” A associação apela, por isso, a uma maior transparência no mercado dos combustíveis. Jorge Morgado considera que é “exigível que o Orçamento de Estado não ganhe com o aumento do preço dos com-bustíveis” e que deve haver, junto dos consumidores, mais informação sobre um mercado que classifi ca de “pouco transparente”Esta é uma tese contestada pela APETRO. José Horta sustenta que o problema não estará na falta de trans-parência do mercado, mas antes na actual conjuntura mundial e na escassez de matéria-prima.Problemas geopolíticos que “antes eram cíclicos e ago-ra são constantes, como são exemplos o Iraque ou a questão iraniana” e “a procura intensa de petróleo” são, na óptica de José Horta, as principais razões para a alta de preço. Caso contrário, acrescenta, “o produ-to seria mais barato 30 a 40 dólares”.

DESTAQUE

PÁG.

02

Combustíveis

Imposto sobre lucros das petrolíferas parece não agradar a ninguémA proposta partiu do governo italiano e o presidente da Comissão Europeia mostrou alguma abertura face à possibilidade de ser criado um imposto sobre os lucros das petrolíferas, nes-te tempo de crise e de alta de preços no mercado dos combustíveis. A ideia, contudo, parece não entusiasmar ninguém...

Coordenação de Sérgio Costa »

PU

B

GRUPO RENASCENÇA, 2008

OPINIÃO

03PÁG.


Um Livro sempre por ler

Neste fi m de tarde, em Lisboa, o Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura falará da Bí-blia como matriz cultural do Ocidente. Importa que a sua mensagem seja escutada, dentro e fora da Igreja, pois a Bíblia continua, em grande me-dida, um património comum por descobrir. Tem-se tornado justamente famosa a anotação que D. Gianfranco Ravasi retoma para a sua con-ferência na Universidade Católica e que pertence ao poeta William Blake: as Escrituras judaico-cristãs são um grande código da arte e do homem. O que é um modo de dizer que a actividade cultural do Ocidente foi ininterruptamente fecundada pelo texto e pela simbólica bíblicas. De fac-to, sem a chave bíblica, o recheio pic-tórico da Capela Sistina, diariamente frequentado por milhares de pessoas, seria mais intrigante e impenetrável que as misteriosas estátuas da Ilha de Páscoa. Mas também os grandes museus nacionais, pelo menos os da Europa, tornar-se-iam num arsenal de objectos sem razão e nexo. A Bíblia representa uma espécie de “atlas ico-nográfi co” , um “estaleiro de símbolos”. É um reservatório de histórias, um armário cheio de personagens, um teatro do natural e do sobrena-tural, um fascinante laboratório de linguagens. Desconhecer a Bíblia não é apenas uma carência do ponto de vista religioso: é também uma for-

ma de iliteracia cultural, pois signifi ca perder de vista uma parte decisiva do horizonte onde his-toricamente nos inscrevemos. Por isso, o escritor italiano Sérgio Quinzio, recentemente, defendia: «A Bíblia deveria ser estudada na escola, e por todos, como se estuda a Ilíada…». Compreender a Bíblia é compreender-se, já que a Bíblia participa de modo determinante no circuito das relações que ligam experiência religiosa e consciência civil na Europa Moderna, a ponto de poder iluminar a

própria identidade europeia.A Bíblia aparece-nos disseminada pelo pensamento, imaginação e quotidiano. Ela continua a ser um texto, claro. Mas também, e de um modo irrecusável, a Bíblia constitui hoje um metatexto, uma espécie de chave indispensável à decifração do real. Da fi losofi a às ciên-cias políticas, da psicanálise à literatu-ra, da arquitectura explícita das cida-des ao desenho implícito dos afectos,

da arte dita sacra às formas da expressão que enchem, por toda a parte, galerias, museus, es-caparates: a Bíblia é um parceiro, voluntário ou involuntário, nessa comunicação global. O mundo constrói-se na intertextualidade. Como outrora se falava do palimpsesto, temos hoje o zapping, o link, o corta e cola. O texto bíblico participa na construção do mundo, ao mesmo tempo que viabiliza a sua legibilidade.

Luxos da bolaUm tablóide português publicava esta semana em manchete que Cristiano Ronaldo tinha sido visitado no hotel onde a selecção se encontra, na Suíça, por um vendedor de relógios. Estando na terra deles, não admira, e os números astronómicos – na casa das centenas de milhares de euros - que o mago da bola terá pago por mais dois relógios para a colec-ção também não espantam.Habituámo-nos a ouvir falar dos brincos de dia-mantes, dos carros multimilionários, das mansões gigantescas e dos relógios, claro, muitos relógios, com que Cristiano e outros craques do futebol mun-dial tentam gastar umas migalhas dos seus assom-brosos vencimentos.Em Portugal, ninguém se indigna. Se a manchete do 24 Horas contasse que um ministro tinha trocado de carro para um topo de gama, que um primeiro-ministro tinha feito férias num hotel “carérrimo”

ou, imagine-se, que um deputado famoso tinha sido visto a receber um vendedor de relógios suíços num hotel de luxo, caía o Carmo e a Trindade. Mas, com os craques da bola, o povo aplaude, beija o chão que eles pisam, perdoa-lhes excessos. E adora-os.Num país que se indigna com o que ganham os polí-ticos e onde até o Presidente da República protesta contra os altos vencimentos de alguns gestores, é estranho o silêncio que tudo perdoa ao chocante mundo do futebol. Claro que a uns quem paga é o pobre Estado português e aos outros são os Abramo-vich do mundo, mas, por estas e por outras, é que o fosso não tem cura. Com o Europeu no auge e Portugal a torcer por uma vitória, hoje à noite, frente à Alemanha, são mi-lhões a pedir para que Ronaldo marque. Se o rapaz decidir festejar com mais uns milhares perdidos em brincos de brilhantes, não se admirem. A revolta dos pobres ainda só vem a caminho.

Ângela Silva

A Bíblia constitui (...) uma espécie de chave indispensável à decifração do real.

José Tolentino MendonçaTeólogo

NACIONAL

04

PSD

Marcelo põe “Bloco Central” na agenda

Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem que um Governo de coli-gação em 2009, entre PS e PSD, é um cenário possível e que Ca-vaco Silva pode mesmo ser um dos promotores. Hoje, em vés-peras de Congresso do PSD, toda a gente fala do assunto.O antigo líder social-democrata recorda que, na década de 80, o actual Presidente da República não se opôs ao Bloco Central.A hipótese de uma reedição des-ta solução de Governo foi, no passado, rejeitada por Manuela Ferreira Leite, mas no “Falar Claro” da Renascença, de 2 de Junho, a líder do PSD não quis abordar o assunto. Questionada pelo jornalista Paulo Magalhães, Ferreira Leite concordou que nunca tinha sido defensora dessa solução, mas que “esse é o tipo de cenário sobre o qual, neste momento, não me pronuncio. Não me pronuncio sobre essa matéria neste momento”, reiterou.

Ecos da Madeira

O secretário-geral do PSD-Madeira diz acreditar que a liderança de Manuela Ferreira Leite será orientada para a formação de um novo Bloco Central em Portugal nas eleições legislativas de 2009.Jaime Ramos afi rma, em declarações à agência Lusa, que “por razões de estratégia e de interesses colate-rais de vária ordem e de uma certa comunicação social, Manuela Ferreira Leite reúne um certo apoio no senti-do de Portugal caminhar para um Bloco Central”.“Manuela Ferreira Leite está sendo apoiada por orga-nizações que operam à margem da democracia e dos partidos políticos no sentido de lhe criarem uma ima-gem forte para que seja criada a expectativa no país

quanto à formação de um Bloco Central, PS mais PSD”, acrescenta Ramos.

Presidente da CIP contra

A ideia de um Bloco Central é rejeitada pelo presiden-te da Confederação da Indústria (CIP), para quem esta não é uma solução desejável. Em declarações à Renas-

cença, Francisco Vanzeller sustenta que “os centrões, ou seja, as coligações de centro, só devem acontecer quando não há qualquer outra alternativa. Nunca é uma solução desejável. Deve ser uma solução de últi-mo recurso, cujos resultados nunca são aquilo que se espera. Não é a união que faz a força. Naquele caso, a união tira força a ambos os partidos”.Já António Marques, da Associação Industrial do Minho e mandatário distrital da candidatura de Ferreira Leite à liderança do PSD, diz ser ainda prematuro falar em cenários para 2009, porque “os problemas do país são tantos que eu já começo a ter dúvidas se de facto o próprio Primeiro-ministro está disponível para ir até ao fi nal do mandato ou se, sequer, se vai recandidatar. Essa é, para mim, a grande dúvida”.

PÁG.

Antes, ainda, de Marcelo Rebelo de Sousa ter lançado a questão do Bloco Central, a Renascença procurou avaliar o modo como a nova líder do PSD é olhada no PS e é com elogios que, por enquanto, os socialistas se referem a Manuela Ferreira Leite.“É uma liderança que vai, fi nalmente, repor na oposi-ção a credibilidade que é necessária num país demo-crático”, diz Ana Catarina Mendes, vice-presidente da bancada parlamentar, enquanto Manuel Alegre opta por

salientar a credibilidade: “Vai garantir alguma credibi-lidade e estabilidade no PSD”. Alegre não deixa, contu-do, de afi rmar que discorda “plenamente” de ideias de Ferreira Leite, como a eventual “extinção do SNS”. Já Maria de Belém Roseira salienta a importância de, pela primeira vez, uma mulher chegar à liderança de um partido de poder e diz que Ferreira Leite manifes-tou uma preocupação com o “equilíbrio familiar” que faz falta à política.

PS

Ferreira Leite olhada com simpatia


PU

B

Internet/Justiça

Primeira condenação em Portugal por downloads

Uma pessoa foi condenada por disponibilizar na internet músi-ca reproduzida de forma ilegal. O indivíduo recebeu uma pena de três meses, transformável em multa, acrescida de 60 dias e de um pedido de indemnização. A sentença é passível de recurso.Trata-se da primeira condenação

do género em Portugal e, de acordo com a edição de hoje do Jornal de Ne-gócios, o processo terá sido desencadeado por uma denúncia da Associação Fonográfi ca Portuguesa (AFP) e a Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos (Audiogest).As duas organizações entregaram às autoridades uma lista de utilizadores que estariam envolvidos nesta prática ilegal. Através dos endereços de IP, as entidades judiciais conseguiram identifi car as pessoas em questão.O crime de usurpação é punível com pena de prisão até três anos e multa de 150 a 250 dias, de acordo com a gravidade.Os downloads ilegais são apontados como uma das razões para a queda de receitas da indústria discográfi ca. Só em Portugal esta é avaliada em 52% nos últimos cinco anos.

NACIONAL

05

Operação Furacão

Empresários pedem rapidezÉ urgente uma rápida conclusão das investigações no âmbito da Operação Furacão. O alerta parte de vários empresários que, contactados pela Re-

nascença, dizem que o arrastar das diligências pode ser prejudicial para a economia nacional. Esta posição é conhecida depois de o Grupo Amorim ter confi rmado, por comunicado, que foram efectuadas buscas na empresa pela Inspecção Tri-butária e pela Brigada Fiscal.Américo Amorim já veio esclarecer que as buscas incidiram, apenas, sobre o relacionamento com uma empresa do universo do Banco Espírito Santo e que o Grupo não está directamente envolvido neste processo.O presidente da Associação Industrial do Minho (AIMinho), critica a dema-siada mediatização das investigações. António Marques refere que está “frontalmente contra que estas coisas se saibam muitas vezes pelos jor-nais. Que haja fugas de informação, que só podem partir de altos respon-sáveis”. O responsável pela AIMinho diz desejar “que haja aqui um fi nalizar rápido da situação e aqueles que incumpriram, que cometeram algum cri-me, têm de ser rapidamente penalizados para dar o exemplo ao país”.Por sua vez, o empresário Henrique Neto critica a lentidão do processo: “A questão disso acabar, com conclusões, penso que é absolutamente es-sencial”.O administrador da Iberomoldes e antigo deputado do PS lembra que a em-presa que dirige “teve um caso semelhante. Também fi zeram um raid à mi-nha empresa, no qual nós colaboramos. Foi por causa de uma investigação que não era sobre a nossa empresa, mas sim por causa de outras empresas. O problema é que quando vem no jornal, vem a empresa x e a empresa y e não é claro que foram ao Amorim para investigar o Amorim, ou se foram ao Amorim para investigar o senhor Joaquim ou o senhor Manuel”.

Refugiados

Pedidos de asilo espontâneos aumentaramPortugal recebeu 90 pedidos de asilo espontâneo desde o início do ano, um aumento “signifi cativo” em relação a 2007, quando foram apenas 100.A presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais, diz que esta tendên-cia mostra que Portugal está “mais aberto e a participar mais activa-mente no processo de acolhimento de pessoas que precisam de protec-ção internacional”.Em declarações à agência Lusa, a presidente do CPR diz que há, ac-tualmente, “um grupo mais expres-sivo de pessoas do Sri Lanka que se dirigem a Portugal, apesar de os ci-dadãos colombianos continuarem a ser um grupo muito signifi cativo”.O Dia Mundial do Refugiado é assi-nalado amanhã, centrado na ques-tão da necessidade fundamental de protecção, nomeadamente contra a violência e a perseguição.

PÁG.

Autarquias

Trinta câmaras acima do limite de endividamentoCerca de30 câmaras estão na mira do Governo por excederem os limi-tes de endividamento.O secretário de Estado da Admi-nistração Local, Eduardo Cabrita, desdramatiza, contudo, a situa-ção e diz-se mesmo satisfeito com as contas dos municípios, embora acompanhe de perto as câmaras que não estão a ter os melhores de-sempenhos.Cabrita recusa revelar quais são as câmaras preocupantes.De acordo com um estudo da Câma-ra de Técnicos Ofi ciais de Contas, Mafra é a autarquia com a gestão fi -nanceira, económica e patrimonial mais equilibrada.Cascais, Matosinhos, Castelo Branco e Braga ocupam os lugares seguin-tes da tabela.


PU

B

NACIONAL

06Trabalho

ACEGE lança fundo de apoio a desempregados

A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) vai criar um fundo para apoiar desempregados com mais de 40 anos.O Fundo “Bem Comum” irá fi nanciar a criação de empresas suportadas por pequenos investimentos em qualquer

sector de actividade, onde os desempregados possam ter uma nova opor-tunidade de trabalho.Esta iniciativa é lançada numa altura em que a falta de emprego afecta uma faixa importante da população activa nacional.De acordo com o relatório “O País em Números”, do INE, a população de-sempregada aumentou 65% em cinco anos, passando de um pouco mais de 270 mil indivíduos, em 2002, para mais de 448 mil, em 2007, ou seja, um aumento de cerca de 178 mil. A taxa de desemprego passou assim de 5%, em 2002, para 8%, cinco anos depois.

Justiça

Arquivada queixa contra Carolina SalgadoO Ministério Público do Tribunal de Gaia arquivou um processo contra Ca-rolina Salgado, em que a ex-companheira de Jorge Nuno Pinto da Costa era suspeita por ter ateado fogo ao veículo de um amigo do presidente do FC Porto.De acordo com fonte judicial citada pela agência Lusa, a queixa-crime foi arquivada por “falta de provas” de que Carolina Salgado tenha incendiado, em 4 de Setembro de 2006, um veículo da marca Mazda, propriedade da mulher de Nuno Manuel da Cunha Santos, amigo de Pinto da Costa.

Transportes

Nova associação nas mercadorias

É a mais visível consequência do recente protesto de camionistas: o aparecimento de uma nova associa-ção representativa do sector.A Associação Nacional das Transpor-tadoras Portuguesas é formalmen-te constituída hoje, por força da evidente ruptura existente entre muitos empresários e a ANTRAM, a Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias.O novo organismo promete ter como associados “empresas de renome” e representar, também, os pequenos e médios empresários.O secretário-geral da ANTRAM, Abel Marques, diz não temer a existên-cia da nova organização, tendo em conta os 33 anos de trabalho já prestado ao sector.Um dos rostos ligados ao protesto das últimas semanas, Jorge Lemos, demarca-se da nova associação por considerar não fazer sentido que surja no momento actual.Lemos não poupa, entretanto, crí-ticas àquele que foi dado como o porta-voz da nova associação, An-tónio Lóios, classifi cando-o como “oportunista”. Apesar das tentati-vas da Renascença, António Lóios declinou comentar as acusações.

Regionalização

Rui Rio pelo “sim”

PÁG.

O presidente da Câmara do Porto confessou que a sua “abertura ao sim à regionalização é hoje maior” do que no referendo de 1998, altura em que votou contra a criação de regiões administrativas em Portugal. Desde que o processo não seja “atabalhoado”, mas sim feito com “outra calma, outra sustentabilidade e ou-tro pensamento”, o autarca declara-se mais perto do “sim” se o assunto voltar a ser referendado. Rio abriu com estas declarações o ciclo “Conferências do Porto 2008/09”, organizado pela autarquia. “Regio-nalização: uma vantagem para Portugal?” foi o tema da primeira conferência, que decorreu no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, com as presenças de Alber-to Castro, economista e professor universitário, e An-tónio Figueiredo, igualmente economista, ambos pró-regiões, e Ernâni Lopes, antigo ministro das Finanças e

opositor das Regiões.O presidente da Câmara do Porto explicou que uma das razões para a sua nova posição é a “concentração” de investimentos à volta de Lisboa, apontando quatro exemplos: novo aeroporto, TGV, “em particular” a liga-ção Lisboa-Madrid, nova travessia sobre o Tejo e os 400 milhões de euros que o Governo anunciou para a frente ribeirinha lisboeta. Face a “este excesso”, o autarca entende que é preciso ter “abertura para soluções diferentes” sobre a organi-zação político-administrativa do país.Rio deixou, contudo, uma advertência: não contem com ele para uma campanha baseada em “bairrismos” ou discursos anti-Lisboa. Do seu ponto de vista, a bata-lha pelas regiões tem de ser realizada “com argumen-tos sérios”.


PU

B

INTERNACIONAL

07

União Europeia

Questão irlandesa é para resolver em Outubro

O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, diz que o Conselho Eu-ropeu de Outubro será o momento adequado para se discutir uma possível solução para a crise instalada após o “Não” irlandês ao Tra-tado de Lisboa.A poucas horas do início de novo Conselho Europeu, Barroso encontrou-se, em Bruxelas, com o Primeiro-ministro irlandês, confi rmando que a Comissão concorda com a necessidade de se dar mais tempo ao Governo de Dublin.“Deixei claro que a CE apoiará o seu pedido que à Irlanda será dado tempo para decidir como reagir e para apresentar propostas para os passos seguintes”, disse o presidente da Comissão.“Concordamos que a próxima reunião do Conselho Europeu, em Outubro, será a oca-sião adequada para prosseguir as discussões. E também concordamos que temos de encontra uma forma para que a UE continue a avançar em conjunto”, disse Barroso.O Primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, pediu al-gum tempo à União, considerando que ainda é “muito cedo” para apresentar uma solução para o impasse ins-titucional em que caiu a União Europeia.

“Aceito plenamente o facto de que vamos precisar de trabalhar imediatamente, no decurso dos próximos meses, para identifi car as soluções possíveis, acrescen-tou.A rejeição do Tratado de Lisboa pela Irlanda e a alta dos preços dos combustíveis e dos alimentos vão domi-nar este Conselho.

PÁG.

Iraque

UNICEF apela à generosidade internacional

A UNICEF lançou um apelo aos donativos a favor de centenas de milhar de crianças iraquianas refugiadas, que vivem em condições muito difíceis.O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem 90 colaboradores no Iraque e “organiza campanhas de vacinação, repara escolas, entrega medicamentos, alimentos e água”, segundo um comunicado da organi-zação publicado em Berlim. Mas a UNICEF diz também que precisa de 25 milhões de euros (39 milhões de dó-lares) para as suas operações no Iraque.Desde 2006, mais de 850 mil crianças e adolescentes do Iraque tiveram de sair de casa, com as suas famílias, e estão em fuga através do país. Cinco anos depois da in-vasão, no Iraque, cerca de uma em cada duas crianças em idade de ir à escola primária não vai, enquanto uma em cada cinco sofre de subnutrição crónica, sublinha a UNICEF.A organização insiste nos cortes de água e de electri-cidade, na falta de medicamentos, em particular no centro e no Sul do Iraque, e no medo dos atentados que sentem dezenas de milhar de crianças iraquianas.“Dezenas de milhar de crianças no Iraque” perderam

um pai, uma mãe, irmãos e irmãs, salienta a UNICEF.“Mesmo que não possamos parar por agora a violência no Iraque, podemos reduzir o sofrimento das crianças e defender os seus direitos”, declarou Tom Koenigs, um dos responsáveis da UNICEF Alemanha e antigo repre-sentante especial da ONU no Afeganistão.“A ajuda é possível e ela chega às crianças”, reforçou Roger Wright, chefe da UNICEF no Iraque, citado no mesmo comunicado.


PU

B

INTERNACIONAL

08

Zimbabué

Mulher de presidente da câmara encontrada morta

A mulher do presidente da Câmara de Harare, Abigail Chiroto, foi en-contrada morta ontem, perto de casa.Chiroto tinha sido rap-tada, horas antes, jun-tamente com o seu fi lho de quatro anos. A sua casa foi destruída pelo grupo de homens armados que levaram a cabo o sequestro.

O corpo foi encontrado ainda vendado e o fi lho foi libertado com vida.Abigail Chiroto era casada com Emmanuel Chiroto, presidente recém-elei-to da Câmara de Harare, a capital do Zimbabué, e membro do partido da oposição, MDC. Entretanto, Emanuelle Chiroto continua escondido.Desde as eleições de Março, foram registadas pelo menos 60 mortes moti-vadas por questões políticas. A esmagadora maioria terá sido levada a cabo por homens leais ao presidente Robert Mugabe.Durante o dia de hoje, espera-se que o porta-voz do MDC, Tendai Biti, que foi detido a 12 de Junho, seja acusado formalmente de traição, o que po-derá resultar na pena de morte.A segunda volta das presidenciais decorre no dia 27 de Junho. Poucos espe-ram um processo justo, e menos ainda que a violência diminua até lá.A crise no Zimbabué agrava-se em todos os sentidos. A recente onda de violência terá levado cerca de 50 mil pessoas a fugir das suas casas.

EUA

Muçulmanas retiradas de comício de ObamaDuas apoiantes muçulmanas de Barack Obama foram convidadas a abandonar os seus lugares, por trás do candidato, num comício que teve lugar na última segunda-feira.As duas mulheres envergavam o tradicional véu islâmico e ter-lhes-á sido dito pelos organizadores que, “por causa do ambiente político ac-tual e pelo que se está a passar no mundo”, não seria conveniente que aparecessem nas imagens.As duas mulheres, uma advogada e uma aluna de direito, queixaram-se à imprensa, tendo recebido um pe-dido formal de desculpas da parte de dirigentes da campanha.Embora não praticante, o pai de Obama é muçulmano, o que criou a ideia de que o próprio o seria também. Sondagens revelam que, apesar dos esforços da campanha, cerca de 12% dos americanos con-tinuam a pensar que Obama é mu-çulmano..Obama foi educado em ambiente agnóstico, mas adoptou o cristianis-mo, ainda durante a juventude.

PÁG.

Médio Oriente

Violência antes da trégua

A violência marcou as horas que antecederam a entra-da em vigor do cessar-fogo.Durante a noite, foram lançados mais de 30 mísseis Kassam para território israelita e, apenas duas horas antes das 06h00, o exército israelita matou dois mili-tantes do Hamas que preparavam outro lançamento.Com o acordo agora ofi cialmente em vigor, mantém-se o cepticismo de ambas as partes. O Primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, declarou que Israel não tem ilusões sobre o processo de paz: “Estamos a lidar com terroristas desprezíveis e sanguinários, que continuam a fazer todos os possíveis para atacar civis israelitas”.O “Jerusalem Post” escreve, entretanto, na sua edi-ção de hoje que Israel vê com bons olhos uma proposta egípcia para o destacamento em Gaza de uma força mista árabe, de manutenção de paz. Este contingente responsabilizaria os países árabes pela paz na região e poderia ser uma forma de devolver o controlo do ter-ritório à Fatah.

É pouco provável que a proposta tenha seguimento, uma vez que conta com a forte oposição do Hamas.


PU

B

RELIGIÃO

09

Fátima

Militares e polícias em peregrinaçãoO Bispo das Forças Armadas e de Se-gurança vai aproveitar a 27ª peregri-nação militar nacional ao Santuário de Fátima, que começa esta quinta-feira, ao fi nal da tarde, para pedir mais respeito pelas forças armadas e de segurança.D. Januário Torgal Ferreira sublinha que, apesar de haver quem questio-ne a necessidade de “haver tantas forças armadas, tantas forças de se-

gurança”, e também quem defenda que se podia cortar despesas do erário público nesta área, “perante estes confl itos, as difi culdades de ar bélico que nós temos do ponto de vista interno e externo, perante as instabilida-des, nós precisamos de uma força dissuasora. Precisamos de uma ponte e de um muro de amparo e de apoio”. A peregrinação deverá juntar cerca de três mil elementos, tanto das For-ças Armadas como dos diversos corpos policiais do país.

Vaticano

Papa quer visitar Terra Santa

O Papa Bento XVIalimenta a es-perança de visitar pessoalmente a Terra Santa e solicita os respon-sáveis das Nações a tudo fazerem para que o Médio Oriente, especial-mente a Terra Santa, o Líbano e o Iraque, alcancem a paz e a estabi-lidade social. A confi ssão de Bento XVI, referida pela agência Ecclesia, foi feita ao receber, no Vaticano, os participan-tes na Assembleia da Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orien-tais (ROACO), aos quais sublinhou o especial elo que o liga a estas Igre-jas e as instituições que as repre-sentam e apoiam.

PÁG.

CEP

Instituições da Igreja constatam aumento da pobreza

O porta-voz em exercício da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo, admitiu hoje, em Fátima, que há instituições da Igreja Católica que já não conseguem responder ao crescimento dos pedidos de apoio das famílias.“Sente-se junto dos centros sociais que há uma procura e sente-se que os centros sociais já não são capazes de responder a tantas solicitações”, afi rmou D. Carlos Azevedo, no fi nal da Assembleia Plenária extraordiná-ria da CEP.D. Carlos revelou que, face a este quadro, “as dioce-ses vão estar atentas, através da Caritas, através dos outros organismos que cada diocese tem, para poder responder a essas solicitações que tê crescido nos úl-timos tempos”.Questionado sobre se a Igreja Católica já manifestou junto do Governo preocupação face à situação, D. Car-los Azevedo afi rmou que “importam sobretudo as res-postas que a Igreja pode dar”.Para o porta-voz da CEP, “a Igreja cumpre o seu papel, que é estar próxima das populações”. “As instituições não se opõem e não andam em despi-que a ver quem consegue andar mais próximo dos po-bres. Trata-se de estar próximo das realidades e quem está próximo das realidades em todo o território nacio-nal tem sido e continua a ser a Igreja Católica”, disse, ainda, D. Carlos Azevedo.

Peritos nas reuniões do Episcopado

Entretanto, os Bispos portugueses decidiram que, a

partir de Novembro, algumas reuniões do episcopado vão contar com a presença de peritos. D. Carlos Azevedo explicou que, na sequência das jornadas episcopais que esta semana decorreram em Fátima, com os trabalhos centrados nas questões da gestão, a CEP decidiu que, quer o funcionamento do seu secretariado-geral quer as próprias assembleias plenárias dos Bispos passarão a contar com a “consulta de pessoas técnicas para cada um dos temas a abordar, bem como de contributos da refl exão com gestores e empresários”.À Igreja Católica não basta ter “só boa vontade”, pois “num tempo como o que vivemos, em que a compe-tência deve atravessar os nossos modos de funcionar e de tomar decisões, queremos ouvir quem é perito”, de forma a que as respostas da Igreja possam “ser mais efi cientes e mais efi cazes”, disse, ainda, o porta-voz da CEP.Prevê-se, assim, que as assembleias tenham “mais rit-mo” e “talvez trabalhos em grupo”.

Homologadas Comissões Episcopais

Na assembleia plenária extraordinária que hoje ter-minou, os Bispos portugueses homologaram ainda as comissões episcopais para o triénio 2008/2011, cujas presidências foram eleitas na reunião magna de Abril. As comissões episcopais são estruturas da Conferência Episcopal que coordenam a actividade da Igreja em vá-rios domínios especializados, tendo equipas específi cas para desenvolver trabalho pastoral inter-diocesano.


PU

B

Teatro

Heterónimo feminino no palco da Casa Fernando Pessoa

Os portugueses vão poder conhecer melhor, a partir de hoje, o único hete-rónimo feminino de Fernando Pessoa através da peça, “Carta da Corcunda para o Serralheiro”.“Maria José” é uma mulher corcunda de 19 anos, lisboeta de gema, que passa os dias à janela de casa, imaginando a vida de muitos que passam em frente. É o caso do “Senhor António”, um serralheiro pelo qual, plato-nicamente, se apaixona e a quem escreve uma carta de amor mas também de esperança.É esta “Carta da Corcunda para o Serralheiro” que desde hoje se apresenta na Casa Fernando Pessoa e poderá partir, brevemente, em digressão, numa encenação de Hélder Gamboa, representada em monólogo pela actriz Ân-gela Pinto.

CULTURA

10

Cinemateca

“O Feiticeiro de Oz” abre celebração das “bodas de ouro”

A exibição de “O Fei-ticeiro de Oz” abre esta noite, em Lisboa, as celebrações dos 50 anos da Cinemateca, que se prolongarão até 29 de Setembro, dia em que cumprirá meio século de actividade.A história fantasiosa da jovem Dorothy no mundo de Oz, acom-panhada de um leão, um espantalho e de um boneco de lata, dá o mote para o começo dos festejos que incluirão ainda uma exposição, um livro-catálogo e uma festa em Setembro.“O Feiticeiro de Oz”, de 1939, passou pela primeira vez na Cinemateca em 1983 e desde então já lá foi exibido outras 14 vezes.A partir de hoje, praticamente todos os espaços do edifício da Cinemateca estarão também ocupados com uma exposição evocativa do meio século de actividade pública.A mostra apresentará vários cartazes de fi lmes, livros que a Cinemateca editou, documentos que contam a sua história e dezenas de fotografi as que registaram a passagem por Lisboa de estrelas internacionais, como Lauren Bacall e Kirk Douglas.Até ao fi nal de Junho, a programação cinematográfi ca de celebração inclui ainda fi lmes como “Nosferatu”, de Murnau, exibido pela primeira vez na Cinemateca em 1963, e uma versão restaurada de “O lírio quebrado”, de D.W. Griffi th.A celebração dos 50 anos prolongar-se-á por Julho e Setembro e inclui ain-da um ciclo dedicado ao realizador e produtor António Lopes Ribeiro e uma homenagem a Manoel de Oliveira, que cumpre cem anos em Dezembro.Embora tenha existência legal desde 1948, a Cinemateca só organizou as primeiras sessões de cinema dez anos depois, a 29 de Setembro de 1958, no Palácio Foz, onde hoje funciona a Cinemateca Júnior.

PÁG.

Grupo Renascença

Rádio SIM apresenta imagem

A Rádio SIM apresentou a sua iden-tidade visual quando falta cerca de um mês para o lançamento do novo projecto do Grupo Renascença, que acontecerá no fi m de Julho.A imagem da nova estação aposta no dourado sob fundo branco, uma escolha que remete para os “anos dourados”, numa referência directa ao público-alvo (acima dos 55 anos) da Rádio SIM, esclarece João Lobo, Director de Marketing do Grupo Re-nascença. A criatividade é da res-ponsabilidade da Ogilvy Design, a agência responsável pela renovação de imagem e de posicionamento da Renascença e da nova identidade visual da RFM.

As linhas orientadoras da

nova rádio

O logotipo tem uma linha estética que tem como referência os anos 50/60, mas com um toque de mo-dernidade, refl ectido na opção por uma imagem com contornos tridi-mensionais. A frase de assinatura da rádio “As-sim, sim.” aparece seguida da abre-viatura dos dois tipos de frequência (Onda Média e Frequência Modela-da) em que a rádio será emitida por todo o país. A comunicação da rádio será uma comunicação optimista e de pro-ximidade, tendo como alguns dos principais conteúdos temáticos a saúde, a família, o desporto, o la-zer e a educação. A música vai incidir, especialmente, sobre os êxitos dos anos 40, 50, 60 e 70.A Rádio SIM começa a emitir a partir de 28 de Julho em Onda Média e em Frequência Modelada.


PU

B

Garfi eld, um dos animais de estimação mais parecido com os humanos da história da BD, nasceu há 30 anos.O criador do gato laranja listrado, Jim Davis, desenhou Garfi eld, em 1978, com bochechas enormes e olhos pequenos, encimando uma silhueta obesa. Aliás, pouco tempo depois, Davis sujeitou a personagem a uma die-ta forçada, diminuindo-lhe o volume do ventre.Amante de lasanha, Garfi eld é um guloso descontrola-do, preguiçoso, amante de televisão, muito sarcástico, além de extremamente pesado. É um perfi l “politica-mente incorrecto”, mas que tem sobrevivido às corren-tes do tempo.

O “companheiro” de Garfi eld é “Odie”, um cão pou-co expedito que o gato expulsa da mesa, mas que, de quando em vez, tem o seu momento de glória ao con-trariar os planos de Garfi eld. Vivem ambos com Jon Arbuckle, o seu dono, um cartoonista desajeitado e o alvo favorito das partidas de Garfi eld.As segundas-feiras, as passas e as dietas são os grandes dramas da vida deste gato com preocupações de hu-manos e que detesta, ao contrário de qualquer outro exemplar da sua espécie, caçar ratos.Numa vida de pouca ou nenhuma actividade física, Gar-fi eld tem a comida no centro da sua existência. Para lá disso, apenas mata aranhas e dorme.

Do papel para o écran

Garfi eld é, hoje, estrela em mais de 2500 jornais de todo o mundo, que publicam as suas histórias no formato de BD, mas o “mundo Garfi eld” há muito ganhou três dimensões, tendo saltado, primeiro, para a televisão - em 1982, com um especial chamado “Aí vem Gar-fi eld”, ao qual se seguiram ou-tros - e, depois, para o cinema, com “Garfi eld, o Filme”, em 2004, e “Garfi eld 2”, de 2006. Ao longo de três décadas de vida contam-se ainda DVD e jogos, bem como os populares bonecos de pelúcia.

CULTURA

11

BD

Gar eld faz 30 “gordos” anos

PÁG.

PortoCartoon

Direitos Humanos aos quadradinhos

O X PortoCartoon - World Festival abre ao público ama-nhã, no Museu Nacional da Imprensa (MNI), no Porto, com 400 cartoons vindos de todo o mundo sobre o tema dos Direitos Humanos.“Os desenhos patentes pretendem, através do humor, alertar para a contínua violação dos Direitos Humanos, em pleno séc. XXI e no ano em que se assinala o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Huma-nos”, disse o director do MNI, Luís Humberto Marcos.O cartoonista Augusto Cid foi o vencedor do Grande Prémio, tornando-se o primeiro artista português a conquistar o 1º Prémio do festival que está a comemo-rar dez anos.O seu trabalho “A Chama Olímpica” retrata a questão dos Direitos Humanos entre a China e o Tibete.

Cid já foi alvo de uma exposição antológica por parte do Museu Nacional da Imprensa em 2004. Denominada “O Cavaleiro do cartoon”, a mostra apresentou cerca de 120 dos seus melhores desenhos feitos ao longo da carreira. O segundo prémio foi atribuído a Muhittin Koroglu, da Turquia, e o terceiro a dois artistas ex-aequo: Dálcio Machado, do Brasil e Taeyong Kang, da Coreia do Sul.A elevada qualidade dos trabalhos, levou o júri inter-nacional do concurso a atribuir ainda 15 Menções Hon-rosas a artistas de 10 Países: Azerbeijão, Bélgica, Brasil (2), Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, França, Ingla-terra, México, Polónia, Portugal, Turquia (3). O X PortoCartoon pode ser visto até 31 de Dezembro, todos os dias das 15h00 às 20h00.


PU

B

DESPORTO

12

Natação

Franceses batem recorde europeuA selecção francesa, encabeçada por Alain Bernard, bateu hoje, em Paris, o recorde europeu da estafeta 4x100 metros, que pertencia à Itália.A França coloca-se, deste modo, como uma das favoritas para o ouro em Pequim, nos 4x100 metros masculinos.Os nadadores gauleses bateram o recorde europeu por 1,50 segundos, co-locando agora a barreira nos 3:12.54 minutos e fi cando a 0.08 segundos do recorde mundial, estabelecido pelos Estados Unidos em 2006.A selecção francesa é composta por Alain Bernard, Amaury Leveaux, Fre-derik Bousquet e Fabien Gilot.Gilot que falou “num Verão muito promissor” e que “ainda estão longe da melhor forma”, declaração que serve para colocar a França entre os gran-des favoritos para ganhar o ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim

Ténis/Wimbledon

Gil está no quadro prinmcipal

O tenista português Frederico Gil bateu hoje o norte-americano Hugo Armando e garantiu a presença no quadro principal de Wimbledon.Gil continua a dominar na relva do torneio londrino e alcança um fei-to histórico, qualifi cando-se para o quadro principal em dois torneios do Grand Slam consecutivos.Depois de ter estado entre os me-lhores de Roland Garros, Gil estará, agora, entre os melhores de Wim-bledon.Na terceira ronda do qualifying, Gil bateu Armando em quatro sets, com os parciais de 6-2, 7-6, 4-6 e 7-6.

PÁG.

Euro 2008

Dúvidas alemãs até à hora do jogo

Portugal joga dentro de poucas horas a partida dos quartos-de-fi nal do Europeu, frente à Alemanha.O jogo do St. Jakob, de Basileia, começa às 19h45 e é certo que a equipa treinada por Scolari estará na má-xima força: o brasileiro já disse que alinhará de início a equipa que começou os dois primeiros confrontos da prova.Do lado alemão, dois homens estão em dúvida até à hora do jogo. Frings e Podolski estão com problemas físicos e, se não estiverem aptos, terão como substitu-tos, respectivamente, Trochowsky e Mário Gomez.O árbitro da partida será o sueco Peter Frojdfeldt.

Bispos atentos

O Bispo do Funchal, terra de Cristiano Ronaldo, aplau-diu hoje o consenso gerado à volta da selecção e do futebol, mas lembrou a importância de se conseguir, no país, idêntica mobilização para outras áreas de in-teresse e de preocupação dos portugueses.D. António Carrilho expressou o seu pensamento esta manhã, em Fátima, onde considerou que esta mobi-lização em torno do futebol pode ser também vista

como “um escape” às difi culdades do dia-a-dia.Também o Bispo das Forças Armadas e Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, manifestou preocupação idêntica. Conhecido adepto do desporto-rei, D. Ja-nuário espera, também, uma vitória portuguesa, mas diz que os cidadãos não devem concentrar-se apenas no futebol, devendo focalizar a atenção para outros problemas mais graves e de cariz social que afectam muitas pessoas no país.

Atletismo

“Milha do Dragão” corre-se dia 24A quarta edição da “Milha do Dragão” está de volta este ano e vai correr-se já para a semana, a 24 de Junho, dia de São João, feriado municipal no Porto.A prova ganha cada vez maior relevância no panorama do atletismo na-cional.O percurso da prova faz-se na praça envolvente do Estádio do Dragão.A participação está aberta a todos desde atletas federados até populares.


PU

B

ECONOMIA Mercados

Bolsa perde mais de 2%

A bolsa nacional encerrou a sessão de hoje a perder, numa tendência con-trária à restante Europa, que encerrou mista. O PSI-20 desvalorizou 2,39%, num dia em que 19 dos 20 títulos encerraram em queda.

PSI-20

Sobe e Desce Índices

Com o apoio de:

Transportes

Verbas do QREN vão servir para renovação de frotasO Governo aprovou a criação de um grupo de trabalho para possibilitar que as operações de renovação das frotas de transporte rodoviário de mercadorias possam candidatar-se às verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).Em conferência de imprensa, no fi nal do Conselho de Ministros, o titular das pastas dos Transportes, Mário Lino, revelou que o grupo de trabalho terá um prazo de “30 dias para operacionalizar os apoios previstos”, tendo representantes dos ministérios dos Transportes, da Economia e do Ambiente.

Inspecção Automóvel

ANEIA rejeita videovigilância nos centros

Parques Nacionais

Peneda-Gerês integra rede europeiaO Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) aderiu, esta quinta-feira, à PAN Parks, uma rede que integra as áreas naturais mais importantes da Europa.“Com a certifi cação PAN Parks, é de esperar um incremento substancial do afl uxo de turistas estrangeiros, nomeadamente do norte da Europa, pois irá permitir integrar o PNPG no roteiro dos grandes operadores tu-rísticos especializados em turismo de natureza”, de acordo com uma nota do Ministério do Ambiente.

13PÁG.

www.montepio.pt

A Associação Nacional das Empresas de Inspecção de Automóveis (ANEIA) considera “totalmente descabida” a intenção do Instituto da Mobilidade e dos Transpor-tes Terrestres (IMTT) em instalar câmaras de videovi-gilância nos centros para travar a “viciação da activi-dade”.Em comunicado, a ANEIA refere que são “insultuosas” e “totalmente descabidas” as declarações do presidente

do IMTT, no Parlamento, no “que respeita à ´viciação da actividade´, que o mesmo julga incapaz de travar, e para o que equaciona, como solução, a instalação de câmaras de vigilância nos centros de inspecção”. O presidente do IMTT, Crisóstomo Teixeira, disse, ter-ça-feira, que o IMMT está a ponderar instalar câmaras de videovigilância nos centros de inspecção automóvel para travar a “viciação da actividade”.


PU

B

ÚLTIMAS

14

PSD

Santana Lopes vai falar ao Congresso

Pedro Santana Lopes considera-se um “representante de diferença in-terna” e não da oposição, no seio do PSD, manifestando-se disponível para ajudar, mas indisponível para cargos.No fi nal de um almoço com jor-nalistas, o líder demissionário da bancada social-democrata adiantou que tenciona falar no Congresso do PSD, como porta-voz das suas ideias e dos militantes que votaram em si nas directas de 31 de Maio.O antigo Primeiro-ministro prome-teu, ainda, que vai “fi car por aqui, bem perto”.

Media

Posse limitada para os poderes públicos

O Conselho de Ministros aprovou hoje a chamada proposta de lei do pluralismo e da não concentração nos meios de comunicação social.O diploma, depois de aprovado no Parlamento, impedirá o Governo, governos regionais ou autarquias de serem proprietários de órgãos de comunicação social, excepção feita ao serviço público de rádio e televisão.Como consequência directa o Go-verno Regional da Madeira terá de abdicar da propriedade do Jornal da Madeira e a Câmara Municipal de Braga do Jornal do Minho.

Euro 2008

UEFA diz que relvado de Basileia está apto

A organização do Euro 2008 veio hoje assegurar o bom estado do rel-vado do estádio de St.Jakob, em Baslielia.O tapete foi mudado nos últimos dias, por decisão da UEFA, e vários observadores, incluindo elementos ligados à selecção portuguesa, le-vantaram dúvidas sobre a qualidade do novo piso.O secretário-geral da UEFA, David Taylor, disse que o relvado está em perfeitas condições e que não será um obstáculo para um bom Portu-gal-Alemanha.

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa co-lectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luis Ramos Pinheiro, Luís Manuel David Soromenho de Alvito, Gonçalo Cruz Faria de Carvalho e Luiz Gonzaga Torgal Mendes Ferreira. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcoal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

TEMPO LISBOA PORTO FARO COIMBRA MADEIRA AÇORES

DE

PO

IS

No Royal Ascot, o encontro anual do mundo hípico, no qual as fi guras públicas inglesas se apresentam com ex-cêntricos chapéus e que decorre esta semana, hoje é o “Ladies Day”. As mulheres são as protagonistas.

Uma técnica do Zoomarine observa o corpo da baleia anã que hoje foi recolhida em Olhão, Algarve.

Foto: Alan Crowhurst/EPAFoto: Luís Forra/LUSA

Olhares

AM

AN

HÃ

PÁG.

28ºC/17ºC 25ºC/16ºC 22ºC/20ºC 27ºC/16ºC 21ºC/17ºC 20ºC/18ºC

30ºC/15ºC 24ºC/14ºC 28ºC/17ºC 28ºC/13ºC 24ºC/19ºC 21ºC/19ºC

conselho europeu: questão cep irlandesa adiada para...

Documents