condiÇÕes de trabalho e transtornos mentais … · metodologia 12 casuística 13 ... capacidades...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
Curso de Extensão em Higiene Ocupacional
Programa Geral de Saúde e Segurança do Trabalhador - UNESP
CONDIÇÕES DE TRABALHO E
TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM
SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMB-
BOTUCATU-UNESP
Autores: Ludmila Candida de Braga
Marcos Rogério Ballestero
Rogério Ramos Ais
Rosa Maria Faria de Oliveira
Orientadora: Profª. Dra. Maria Cecília Pereira Binder
2
Araraquara, SP
2010
3
Aos trabalhadores da Faculdade de Medicina de
Botucatu/Hospital das Clínicas, o nosso
agradecimento.
4
Sumário
Preâmbulo 04
Introdução 06
Transtornos mentais comuns 08
Modelo demanda-controle-suporte ou modelo de Karasek 09
Objetivos 10
Geral 10
Específicos 10
Metodologia 12
Casuística 13
Métodos 13
Procedimentos 15
Resultados, discussão e conclusão 16
Referências bibliográficas 25
5
1. PREÂMBULO
6
O tema do presente estudo surgiu como proposta para o trabalho de conclusão de Curso
de Extensão em Higiene Ocupacional promovido pelo Programa Geral de Saúde e Segurança do
Trabalhador da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Optou-se por abordar eventuais relações entre condições de trabalho e ocorrência de
transtornos mentais comuns, uma vez que a natureza do trabalho em saúde implica lidar com a
dor e o sofrimento e, especificamente, as atividades desenvolvidas em centro cirúrgico de
hospitais de grande porte caracterizam-se por apresentar demandas psicológicas elevadas, além
de exigir grande responsabilidade.
7
2. INTRODUÇÃO
8
A mudança do perfil epidemiológico de adoecimento dos trabalhadores no Brasil, com
destaque para o aumento das doenças relacionadas ao trabalho ou atípicas e, entre elas, os
transtornos mentais, coincide com a ocorrência de profundas transformações no mundo do
trabalho contemporâneo.
Essas transformações, relacionadas, entre outros, à Terceira Revolução Industrial e às
recentes crises do capitalismo, tem implicado aumento das taxas de exploração da classe-que-
vive-do-trabalho, intensificação do trabalho, aumento da jornada, desregulamentação de direitos
trabalhistas e precarização do trabalho, levando a sérias conseqüências para a qualidade de
vida, saúde e segurança dos trabalhadores, inclusive no setor público.
Em relação aos servidores do Hospital de Clínicas da FMB-UNESP, tem-se verificado
nos últimos anos mudança do perfil epidemiológico de adoecimento, com numerosos
afastamentos devidos a transtornos mentais.
Em estatísticas da Seção Técnica de Saúde, serviço que executa ações em Saúde do
Trabalhador e Perícia Médica para as unidades do campus de Botucatu, verifica-se que, em
agosto do presente ano, 206 servidores encontravam-se afastados do trabalho, traduzindo-se
em 7,0% do efetivo do campus. Do total de afastamentos, 40% são causados por transtornos
mentais, destacando-se os transtornos depressivos e ansiosos.
Entre os 46 servidores afastados há mais de cinco anos por problemas de saúde, 47,8%
são da área de enfermagem e totalizam 3,5% do efetivo de enfermagem.
Com base nos conhecimentos existentes acerca das repercussões individuais, familiares
e sociais dos transtornos mentais, é possível inferir a magnitude do impacto negativo da
realidade local apontada anteriormente sobre servidores, suas famílias, sistema de saúde local e
organização, entre outros.
No que se refere à repercussão sobre a organização, Biazzotti & Castanheira (2007), em
estudo que tratava do absenteísmo entre servidores da Faculdade de Medicina e HC,
9
observaram a ocorrência de 42.286 dias de trabalho perdidos (em 297.502 dias programados)
em decorrência de licenças médicas em 2007, em comparação com os 35.635 dias de trabalho
perdidos (em 274.447 dias programados) pelo mesmo motivo em 2005, ficando evidentes o
aumento do índice no período e seu impacto financeiro sobre a instituição.
O mesmo estudo, na avaliação dos custos de afastamentos superiores a cinco anos no
âmbito do HC, demonstrou gasto de R$ 2.332.340, 40 no ano de 2007.
Às evidências quantitativas, soma-se o fato de que, durante atendimentos e perícias na
Seção Técnica de Saúde de Rubião Júnior, são freqüentes os relatos dos servidores de
enfermagem sobre a intuição da relação entre seu adoecimento e as condições de trabalho,
especialmente quando se trata de transtornos mentais.
Em que pese a informalidade do dado, consideramos que este seja um campo para
reflexão, posto que, em caso do adoecimento mental, em geral, os trabalhadores atribuem sua
condição de saúde a outras origens que não o trabalho. (MASLACH & LEITER, 1999).
Vários estudos demonstram elevadas taxas de transtornos mentais entre profissionais
de saúde, com destaque para as pesquisas com médicos e trabalhadores de enfermagem.
Alguns deles avaliam a associação da elevada prevalência de transtornos mentais e aspectos do
trabalho.
Transtornos mentais comuns
Alguns sintomas não preenchem critérios para sua caracterização como transtornos
mentais específicos, porém, não deixam de ser condições de sofrimento psíquico de caráter
incapacitante. Transtornos mentais comuns (TMC) foi uma expressão criada por Goldberg &
Huxley para designar sintomas de insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de
concentração e queixas somáticas (LIMA, 1999).
10
Estudos relacionam a ocorrência de transtornos mentais comuns a uma gama enorme
de fatores e, entre eles, alguns aspectos do trabalho: baixa renda (COSTA, 2002; MARI &
WILLIANS, 1986), exclusão do mercado formal de trabalho (LIMA, 1999; MARI & WILLIANS,
1986; LIMA, 1999), desemprego (LIMA, 1999), bem como altas demandas psicológicas
acompanhadas de baixo controle sobre o trabalho (ARAÚJO, 2003) e ausência de suporte social
no trabalho, segundo o modelo de Karasek, descrito a seguir.
Modelo demanda-controle-suporte ou modelo de Karasek
Segundo Karasek (2005), as demandas são as pressões psicológicas a que os
trabalhadores são submetidos no exercício de suas atividades e podem originar-se da
quantidade de trabalho a executar na unidade de tempo e/ou no descompasso entre as
capacidades do sujeito e as exigências do trabalho. Quanto ao controle, trata-se do grau de
autonomia ou possibilidade que o trabalhador tem de “governar” o seu trabalho, a partir de suas
habilidades e conhecimentos. Esse autor desenvolveu modelo de análise do trabalho
denominado demanda-controle, cuja representação se dá em uma figura quadrangular, na qual
cada quadrante representa associações entre os níveis das demandas e os graus de controle,
ou seja:
� demandas psicológicas elevadas e baixo controle do trabalho ou situação de alto
desgaste (job strain), constituindo fator de risco para desgaste psicológico elevado;
� demandas psicológicas elevadas e alto grau de controle sobre o trabalho ou trabalho
ativo, situação considerada como potencialmente desafiadora e capaz de propiciar o
desenvolvimento das potencialidades dos trabalhadores;
� baixas demandas psicológicas e baixo controle ou trabalho passivo, configurando
situações desestimulantes, geradoras de tédio e de desinteresse;
11
� baixas demandas psicológicas e alto grau de controle ou baixo desgaste, situação
em que haveria pouco desgaste para o trabalhador, uma vez que ele tem as
melhores condições para planejar e para executar seu trabalho.
A esse modelo bidimensional, Johnson acrescentou o suporte social considerado uma
terceira dimensão (JOHNSON & HALL, 1988).
12
3. OBJETIVOS
13
Geral
Estudar os aspectos do trabalho e ocorrência de transtornos mentais comuns em
servidores de enfermagem do centro cirúrgico do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina
de Botucatu da UNESP.
Específicos
� Descrever os servidores segundo variáveis sócio-demográficas.
� Descrever os servidores segundo variáveis relacionadas ao trabalho.
� Avaliar demandas psicológicas, grau de controle sobre o próprio trabalho e presença de
suporte social no trabalho.
� Verificar a ocorrência de transtornos mentais comuns e eventuais relações com a
situação de trabalho percebida pelos servidores.
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4. METODOLOGIA
15
Trata-se de estudo de corte transversal descritivo em população de servidores de
enfermagem do centro cirúrgico do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu -
UNESP.
O estudo foi autorizado pela Superintendência do Hospital de Clínicas da Faculdade de
Medicina de Botucatu – UNESP e pela Divisão Técnica de Enfermagem da instituição.
4.1. Casuística
Composta por profissionais que trabalham na área de enfermagem – atendentes,
auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros – do centro cirúrgico do Hospital de Clínicas
da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, contratados pela UNESP ou pela FAMESP, e
que, esclarecidos sobre os objetivos do estudo, concordarem em dele participar.
O centro cirúrgico conta com 38 profissionais de enfermagem em sua equipe, dos quais
27 aderiram ao estudo.
4.2. Métodos
O instrumento de coleta de informações consistiu de questionário auto-aplicável e não
identificado, dividido em três seções.
Seção A: investiga variáveis sócio-demográficas dos servidores.
Seção B: apresenta questões relativas à história e posição atual no trabalho.
Seção C: composta por questionários traduzidos e validados para utilização no Brasil com
objetivo de avaliar:
� ocorrência de transtornos mentais comuns (Self Reporting Questionnaire – SRQ-20,
para rastreamento de transtornos mentais comuns);
16
� situação de trabalho segundo demanda / controle / apoio social, de acordo com o
modelo de Karasek.
O Self Reporting Questionnaire foi desenvolvido, sob coordenação da Organização
Mundial de Saúde, por Harding et al. (1980), com objetivo de rastrear suspeitos de transtornos
mentais comuns em usuários dos serviços de atenção primária à saúde de países em
desenvolvimento. (WHO, 1994).
Foi validado para utilização no Brasil por Mari & Willians (1986) e pode ser aplicado por
entrevistador ou auto-aplicado. Nesse estudo, a sensibilidade e especificidade foram 83% e 80%
respectivamente.
A versão mais utilizada – inclusive em estudos de base populacional no Brasil e no
município de Botucatu - possui 20 questões. As respostas são do tipo “sim” ou “não”, atribuindo-
se, respectivamente, valores de “1” e “0”.
Os pontos de corte sugeridos por Mari & Willians (1986) são 5/6 para homens e 7/8 para
mulheres, já que o valor preditivo positivo foi muito menor entre os homens (66%) do que entre
as mulheres (83%) no referido estudo. Ou seja, são considerados “casos” de transtornos mentais
comuns as mulheres que pontuarem 8 ou mais no questionário e os homens que pontuarem 6 ou
mais.
Neste estudo, escolheu-se o SRQ-20 por se tratar de instrumento estruturado, auto-
aplicável, validado no Brasil e por permitir que os resultados sejam comparados aos dos estudos
que, entre outros objetivos, avaliaram a prevalência de transtornos mentais comuns na
população de Botucatu e na população de trabalhadores da rede de Atenção Básica desse
município. (LIMA, 2004; BRAGA, 2007).
O questionário demanda / controle / suporte (Job Stress Scale) avalia demandas
psicológicas do trabalho, grau de controle do trabalhador sobre seu trabalho e a existência de
17
suporte social no trabalho. Neste estudo, utilizou-se a versão resumida do questionário,
composto por 17 questões, e validado por Alves et al (2004) para utilização no Brasil.
O aspecto demanda tinha como mínimo e máximo possíveis, respectivamente, 5 e 20
pontos, o controle, 6 e 24 pontos e o suporte (apoio social), 6 e 24 pontos. Para cada aspectos
existem duas categorias - “alto” e “baixo”. Utilizam-se os seguintes pontos de corte:
Demandas psicológicas - 12,5;
Grau de controle sobre o próprio trabalho – 15;
Grau de suporte social no trabalho - 15.
De acordo com a pontuação obtida, os servidores serão distribuídos em quatro situações
de trabalho:
� Trabalho ativo: demandas psicológicas elevadas e grau de controle elevado.
� Trabalho passivo: baixa demanda e baixo controle.
� Elevado desgaste: alta demanda e baixo controle.
� Baixo desgaste: baixa demanda e alto controle.
Procedimentos
� Obtenção da listagem de servidores, segundo função, setor e turno de trabalho.
� Divulgação dos objetivos e da metodologia do estudo aos servidores pelos autores por
meio de visita aos setores e contato com as chefias.
� Aplicação dos questionários aos servidores que aderirem ao estudo.
� d) Construção do banco de dados: O banco de dados, obtido diretamente do
preenchimento do instrumento, será construído no programa EpiInfo 6.0, por meio de
dupla digitação para fim de correção de erros.
18
5. RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
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O centro cirúrgico do HC da FMB possui 38 profissionais de enfermagem. Destes,
aderiram ao estudo, 27 servidores, cuja distribuição encontra-se na Tabela 1, na qual observa-se
que dois terços são mulheres, mais da metade (55,6%) possuem mais de 40 anos de idade e
63% são casados ou vivem com companheiro.
Em relação à escolaridade, 52% possuem nível médio e 26%, nível superior.
Dos 27 servidores que participaram do estudo, 19 referiram possuir filhos como
dependentes e, destes quatro possuíam, além dos filhos, outros dependentes. Sete servidores
não possuíam nenhum dependente.
Em relação aos vínculos empregatícios, constatou-se que 15 eram funcionários
autárquicos da FMB-UNESP, 11 contratados pela Fundação (FAMESP) em regime de CLT –
Consolidação das Leis do Trabalho e um entrevistado não informou o tipo de vínculo que
possuía.
Em relação às funções exercidas, excetuando-se um caso sem informação, observou-se
a seguinte distribuição:
� Enfermeiros – 04
� Auxiliares de enfermagem – 16
� Técnicos de enfermagem – 06
No tocante a aspectos da organização dos horários de trabalho:
� 51,9% consideraram rígido seu horário de trabalho e 48,1%, flexível
� 85,2% dos servidores referiram realização de horas-extras e os demais, não (14,8%)
� dois terços dos trabalhadores referiram plantões diurnos e, ou noturnos, bem como
trabalho em feriados e finais de semana
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TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP, SEGUNDO ATRIBUTOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. BOTUCATU, 2010.
ATRIBUTOS Nº %
GÊNERO Feminino 20 74,1 Masculino 5 18,5 Sem informação 2 7,4 TOTAL 27 100,0 GRUPO ETÁRIO (anos) 21 a 30 5 18,5 31 a 40 6 22,2 41 a 50 12 44,5 51 a 60 3 11,1 Sem informação 1 3,7 TOTAL 27 100,0
SITUAÇÃO CONJUGAL Casado / companheiro 17 63,0 Solteiro 6 22,2 Separado / divorciado 3 11,1 Viúvo 1 3,7 Sem informação - -
TOTAL 27 100,0 ESCOLARIDADE Médio 14 51,9 Superior incompleto 4 14,8 Superior completo 7 25,9 Sem informação 2 7,4 TOTAL 27 100,0 DEPENDENTES Filhos 19 70,4 Outros 4 14,8 Não possui Sem informação TOTAL 27 100,0
A distribuição dos servidores quanto ao tempo de trabalho na instituição e no centro
cirúrgico encontra-se na Tabela 2. O tempo médio de trabalho na instituição foi de 14,07 anos
(desvio padrão de 8,9) e, no centro cirúrgico, 12,14 anos (desvio padrão de 9,2).
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TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP, SEGUNDO TEMPO DE TRABALHO. BOTUCATU, 2010.
Na instituição No centro cirúrg. TEMPO DE TRABALHO (anos) Nº % Nº %
Menos de 1 3 11,1 4 14,8
1 a 10 8 29,6 9 33,3
11 a 20 7 25,9 6 22,2
21 a 30 9 33,3 8 29,6
TOTAL 27 100,0 27 100,0
A Tabela 3 mostra a distribuição dos servidores de acordo com as respostas às
questões a respeito da importância dada ao trabalho em relação às demais atividades cotidianas
e se o trabalhador considera possível continuar no emprego por muitos anos, mantidas as atuais
condições de trabalho.
TABELA 3 – DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP SEGUNDO IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA AO PERÍODO DE TRABALHO E POSSIBILIDADE DE CONTINUAR NO EMPREGO MANTIDAS AS CONDIÇÕES DE TRABALHO. BOTUCATU, 2010.
POSSIBILIDADE DE CONTINUAR NO EMPREGO TRABALHO: PERÍODO MAIS IMPORTANTE DO DIA SIM NÃO NÃO SABE
TOTAL
SIM 5 2 10 17
NÃO - 4 3 7
NÃO SABE 2 - 1 3
TOTAL 7 6 14 27
A Tabela 3 revela que, dos 27 servidores, 17 (63,0%) consideraram o período de
trabalho como o mais importante do dia. Em relação à perspectiva de continuar no emprego, sob
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as mesmas condições de trabalho, apenas sete opinaram positivamente (25,9%). O pequeno
número de trabalhadores entrevistados não permite verificar a existência ou não de associação
entre essas duas variáveis.
TABELA 4 – DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP SEGUNDO IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA AO PERÍODO DE TRABALHO E SATISFAÇÃO COM O TRABALHO. BOTUCATU, 2010.
SATISFAÇÃO COM O TRABALHO TRABALHO: PERÍODO MAIS
IMPORTANTE DO DIA Muito satisfeito
Moderada/ satisfeito
Pouco satisfeito
Quase nada satisfeito
TOTAL
SIM 11 5 1 - 17
NÃO 1 3 2 - 6
NÃO SABE - 3 - - 3
TOTAL 12 11 3 - 26
A Tabela 4 revela que, dos 26 servidores que responderam à questão sobre satisfação
no trabalho, 12 (46,2%) referiram estar muito satisfeitos e 11 (42,3%), moderadamente
satisfeitos. O pequeno número de trabalhadores entrevistados não permite verificar a existência
ou não de associação entre importância relativa do trabalho e satisfação com o mesmo.
TABELA 5 – DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP SEGUNDO INFLUÊNCIA DO TRABALHO NA VIDA PESSOAL. BOTUCATU, 2010.
VIDA PESSOAL AFETADA NEGATIVAMENTE PELO TRABALHO
Nº %
Muito 1 3,8
Moderadamente 8 30,8
Pouco 9 34,6
Quase nada 8 30,8
TOTAL 26 100,0
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Verifica-se na Tabela 5 que 14 (53,8%) dos servidores do centro cirúrgico consideram
que sua vida pessoal é afetada negativamente por seu trabalho. Contudo, o estudo não permite
apreender que aspectos do trabalho levam a essa realidade.
A Tabela 6 mostra que 57,7% dos servidores (42,3%+15,4%) considera que dedicam à
família menos tempo do que gostariam, em virtude do trabalho que exercem. O achado está de
acordo com os relatos individuais dos servidores, quando em atendimento na Seção Técnica de
Saúde, que apontam a mudança na distribuição da jornada como um dos principais fatores de
piora das condições de trabalho das equipes. Há necessidade de aprofundar a investigação
desse aspecto e sua influência sobre as condições de saúde dos servidores.
TABELA 6 – DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP SEGUNDO POSSIBILIDADE DE DEDICAR À FAMÍLIA O TEMPO QUE GOSTARIA. BOTUCATU, 2010.
TEMPO QUE PODE DEDICAR À FAMILIA EM RELAÇÃO AO QUE
GOSTARIA Nº %
Muito 1 3,8
Moderado 10 38,5
Pequeno 11 42,3
Quase nada 4 15,4
TOTAL 26 100,0
A Figura 1 mostra que um quarto dos servidores encontram-se em situação de
trabalho caracterizadas por elevadas demandas psicológicas e baixo grau de controle sobre o
próprio trabalho. Trata-se de situação que a literatura científica tem mostrado associar-se com
ocorrência de doenças como hipertensão arterial e transtornos mentais.
Na mesma figura, verifica-se que a grande maioria dos trabalhadores enquadrou-se
em situações de trabalho com elevadas demandas psicológicas. Estudos têm demonstrado a
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associação dessa situação à elevada ocorrência de transtornos mentais, inclusive em
populações de trabalhadores do setor saúde.
FIGURA 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO CENTRO CIRÚRGICO SEGUNDO A SITUAÇÃO DE TRABALHO DE ACORDO COM O JOB CONTENT QUESTIONNAIRE. BOTUCATU, 2010.
Neste estudo, verificou-se que, dentre os 26 trabalhadores que completaram o Self
Reporting Questionnaire, sete tiveram pontuação que caracterizou a presença de transtorno
mental comum, totalizando 27% de servidores com transtornos mentais comuns, em
comparação com 21,7% de prevalência de transtornos mentais comuns na população geral de
Botucatu e 42% entre trabalhadores da rede de Atenção Básica do mesmo município.
Mesmo que a taxa de adoecimento no grupo estudado esteja próxima da prevalência
de TMC na população de geral de Botucatu, é necessário considerar o efeito do trabalhador
sadio para analisar os achados. Isso, porque esse setor apresentava altas taxas de absenteísmo
em estudo de Biazotti & Castanheira (2007), o que pode prejudicar o correto mapeamento da
realidade.
Elevadas Baixas
DEMANDAS PSICOLÓGICAS
BAIXO DESGASTE
4 (14,8%) trabalhadores
ALTO DESGASTE
7 (25,9%) trabalhadores
TRABALHO PASSIVO
1 (3,7%) trabalhadores
TRABALHO ATIVO
15 (55,6%) trabalhadores
Elevado
Baixo
CONTROLE
25
A distribuição dos resultados do Self Reporting Questionnaire em relação à situação
de trabalho de acordo com o modelo de Karasek encontra-se na Tabela 7.
Observa-se que há maior concentração de casos de TMC nas situações que envolvem
elevadas demandas psicológicas em comparação com as de baixa demanda psicológicas, o que
está de acordo com a literatura estudada. Porém, o pequeno número de indivíduos prejudica a
análise.
TABELA 7 – DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES DO CENTRO CIRÚRGICO DO HC DA FMB-UNESP SEGUNDO SITUAÇÃO DE TRABALHO DE ACORDO COM MODELO DE KARASEK E OCORRÊNCIA DE TMC. BOTUCATU, 2010.
TMC SITUAÇÃO DE TRABALHO
SIM NÃO
TOTAL
Baixo desgaste - 3 3
Trabalho passivo - 1 1
Trabalho ativo 4 11 15
Alto desgaste 3 4 7
TOTAL 7 19 26
Conclui-se que mesmo que a taxa de ocorrência de TMC no grupo seja pouco maior que
na população geral de Botucatu, é preciso aprofundar a investigação.
Apesar do pequeno número de indivíduos estudados com prejuízo à interpretação de
resultados, nota-se uma tendência de associação entre a ocorrência de TMC e o enquadramento
em situações de altas demandas psicológicas, reforçando a necessidade de complementação da
pesquisa.
Além disso, a grande maioria dos servidores está submetida a altas demandas
psicológicas no trabalho, o que pode representar risco de adoecimento, sendo recomendável a
adoção de métodos e instrumentos que permitam mapear estressores psicossociais no trabalho,
tanto quanto se investe na identificação de riscos físicos químicos e biológicos de riscos à saúde
do trabalhador realizada por meio do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
26
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
27
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Pública 2004; 38(2):164-71.
2. Araújo TM et al. Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbios psíquicos entre trabalhadoras de enfermagem. Rev Saúde Pública 2003; 37(4):424-33.
3. Biazotti KA, Castanheira, ERL. Absenteísmo no âmbito da Faculdade de Medicina de Botucatu. Trabalho de conclusão de curso de Especialização em Administração Hospitalar. Botucatu: Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, 2007.
4. Braga LC, Binder MCP. Condições de saúde e trabalho dos profissionais da rede básica de saúde de Botucatu – SP [dissertação]. Botucatu: Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP; 2007.
5. Costa JSD et al. Prevalência de distúrbios psiquiátricos menores na cidade de Pelotas, RS. Rev
Bras Epidemiol 2002; 5(2):164-73.
6. Harding TW et al. Mental disorders in primary health care: a study of their frequency and diagnosis in four developing countries. Psychol Med 1980;10:231-41.
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8. Karasek R. Demand/control model: a social, emotional, and physiological approach to stress risk and active behaviour development. Geneva: International Labour Organization 2005. CD-Rom.
9. Lima M S. Epidemiologia e impacto social. Rev Bras Psiquiatr 1999; 21:1-5.
10. Lima MCP. TMC e uso de álcool na população urbana de Botucatu – SP: um estudo de co-
morbidade e utilização de serviços [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina; 2004.
11. Lima MS, Soares BGO, Mari JJ. Saúde e doença mental em Pelotas, RS: um estudo populacional. Rev Psiquiatr Calem 1999; 26(5):225-35.
12. Ludermir AB, Mello-Filho DA. Condições de vida e estrutura ocupacional associadas a TMC. Rev
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13. Ludermir AB. Inserção produtiva, gênero e saúde mental. Cad Saúde Pública 2000; 16(3):647-59.
14. Mari JJ, Willians P. A validity study of a Psychiatric Screening Questionnaire (SRQ-20) in Primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry 1986; 148:23-6.
15. Maslach C, Leiter MP. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa. Campinas: Papirus, 1999. 239p.
16. World Health Organization (WHO). A user’s guide to the Self Reporting Questionnaire (SRQ). Geneva: Division of Mental Health; 1994.
QUESTIONÁRIO
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE DE PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM DO HC DA FMB/UNESP
SEÇÃO A – DADOS PESSOAIS
1. Vínculo de trabalho
� Estatutário � CLT/HC FMB (celetista) � CLT/FAMESP � Contrato temporário
OUTRO:_____________________________
____________________________________
2 – Idade em anos completos ---------------------
3. Sexo � Masculino � Feminino
4. Estado civil � a. Solteiro/a � b. Casado/a � c. Companheiro/a
� d. Separado/a � e. Divorciado/a � f. Viúvo/a
5. Tem filhos dependentes? � Sim � Não 6. Tem pais ou outros dependentes (exceto filhos)? � Sim � Não 7. Algum dependente apresenta alguma limitação e, ou precisa de cuidados especiais? � Sim � Não
8 Função � Atendente de enfermagem � Auxiliar de enfermagem
� Técnico de enfermagem � Enfermeiro
9. Qual seu grau de instrução? (Assinalar o mais elevado)
____ a) Ensino médio ____ b) Curso técnico ____ c) Superior incompleto
_____ d) Superior completo _____ e) Pós-graduação
10. Há quantos anos (ou meses) trabalha no HC? ___________________
10. Há quantos anos ou meses trabalha neste mesmo local (enfermaria, centro cirúrgico etc.)?
___________________
11. Você executa predominantemente (na maior parte do tempo):
� A Atividades de assistência à saúde � B Atividades de chefia � C Atividades administrativas � C Outras (especificar) __________________________
SEÇÃO B – ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
29
29
12. Na sua opinião, seu horário de trabalho é:
� a. Muito rígido � b. Rígido � c. Flexível � d. Muito flexível
13. No último mês você fez horas-extras? � Muitas � Às vezes � Raramente � Nunca
14. Se fez horas-extras, elas foram / são:
� A. Descontadas por meio de banco de horas � B. Pagas segundo nº de horas extras feitas � C. Pagas até certo limite / quando há recurso � D. Não são pagas nem descontadas
15. Seu horário de trabalho é:
� A. diurno fixo em escala de 8 horas � B. noturno fixo em escala de 12 por 36h � C. diurno móvel de 6 h, com dobra de 12h � D. diurno fixo de 6 horas (36h por semana)
Na questão a seguir, pode ser assinalada mais de uma alternativa, conforme plantões efetuados
16. Você:
� A. não dá plantões � B dá plantões diurnos em feriados e, ou fins de semana � B. dá plantões noturnos em dias da semana � C dá plantões noturnos em feriados e, ou fins de semana
17. No último mês quantos fins de semana completos (sabado e domingo) você folgou? � Um � Dois � Três � Todos � Nenhum
18. Você tira férias todo ano? � A.Sim, sem nenhuma dificuldade � B.Sim, mas me adaptando às exigências do serviço � C.Não, por necessidades do serviço.
SEÇÃO C – OPINIÕES SOBRE O TRABALHO
19. Considera o trabalho o período mais importante do seu dia? � Sim � Não � Não sei
20. Mantidas as condições de trabalho atuais, voce acha que ainda poderá continuar trabalhando sem muitas dificuldades por muitos anos?
� Sim � Não � Não sei
21. Em relação ao que você esperava antes de começar a trabalhar, o grau de satisfação com seu trabalho:
� a. Aumentou � b. Diminuiu
� c. Continuou igual
Muito Moderada-mente
Pouco Quase nada
22. Considera seu trabalho útil para a sociedade? � a � b � c � d
23. Você está satisfeito com seu trabalho? � a � b � c � d
24. Se você pudesse mudar duas características da sua condição de trabalho atual, quais você escolheria?
___Retribuição (salário, vales, etc) ___Horario de trabalho ___Ambiente fisico (prédio, móveis etc.) ___Relações interpessoais
30
30
___Critérios de reconhecimento profissional ___Critérios de evolução na carreira ___Critérios de atualização profissional (como é
decidido quem faz cursos/treinamentos) ___Nenhum
25. Se você assinalou “relações interpessoais” na pergunta acima, a qual ou quais delas você se refere?
___com colegas ___com chefia ___com alunos ___com residentes ___com médicos contratados ___com docentes ___com outros profissionais:_________________ (especificar)
Muito Moderada-mente
Pouco Quase nada 26. Voce considera que sua vida pessoal é condicionada
ou afetada negativamente por seu trabalho? � a � b � c � d
27. O trabalho lhe permite dedicar-se à família o tempo que você gostaria? � a � b � c � d
28 As tarefas domésticas são um peso a mais que se soma ao seu trabalho? � a � b � c � d
SEÇÃO D – APLICAÇÃO DE KARASEK
Por favor, responda as questões a seguir colocando um X no quadrado correspondente:
Freqüen-temente Às vezes Raramente
Nunca ou quase nunca
29. Com que freqüência você tem de fazer suas tarefas de trabalho com muita rapidez? � a � b � c � d
30. Com que freqüência tem que trabalhar in-tensamente (produzir muito em pouco tempo)? � a � b � c � d
31. Seu trabalho exige demais de você? � a � b � c � d
32.Você tem tempo suficiente para cumprir todas as tarefas do seu trabalho? � a � b � c � d
33. O seu trabalho costuma apresentar exigên-cias contraditórias ou discordantes? � a � b � c � d
34. Você tem possibilidades de aprender coisas novas no seu trabalho? � a � b � c � d
35. Seu trabalho exige muita habilidade ou co-nhecimentos especializados? � a � b � c � d
36. Seu trabalho exige que você tome iniciativas? � a � b � c � d
37. No seu trabalho você tem que repetir muitas vezes a mesma tarefa? � a � b � c � d
38. Voce pode escolher como fazer o seu trabalho? � a � b � c � d
39. Você pode escolher o que fazer no seu trabalho? � a � b � c � d
Concordo Concordo Discordo Discordo
31
31
totalmente mais que discordo
mais que concordo
totalmente
40. Existe um ambiente calmo e agradável onde trabalho. � a � b � c � d
41. No trabalho, nos relacionamos bem uns com os outros. � a � b � c � d
42. Posso contar com o apoio de meus colegas de trabalho. � a � b � c � d
43. Se eu não estiver num bom dia, meus colegas compreendem. � a � b � c � d
44. No trabalho eu me relaciono bem com os meus chefes. � a � b � c � d
45. Gosto de trabalhar com meus colegas. � a � b � c � d
32
32
APLICAÇÃO DO SRQ Por favor, coloque um X no quadrado correspondente :
46. Tem dores de cabeça freqüentes? � SIM � NÃO
47. Tem falta de apetite? � SIM � NÃO
48. Dorme mal? � SIM � NÃO
49. Assusta-se com facilidade? � SIM � NÃO
50. Tem tremores de mãos? � SIM � NÃO
51. Sente-se nervoso(a), tenso(a) ou preocupado? � SIM � NÃO
52. Tem má digestão? � SIM � NÃO
53. Tem dificuldade de pensar com clareza? � SIM � NÃO
54. Tem se sentido triste ultimamente? � SIM � NÃO
55. Tem chorado mais do que de costume? � SIM � NÃO 56. Encontra dificuldades para realizar com satisfação suas atividades diárias? � SIM � NÃO
57. Tem dificuldades para tomar decisões? � SIM � NÃO
58. Tem dificuldades no serviço (seu trabalho é penoso, causa sofrimento)? � SIM � NÃO
59. É incapaz de desempenhar um papel útil em sua vida? � SIM � NÃO
60. Tem perdido o interesse pelas coisas? � SIM � NÃO
61. Você se sente uma pessoa inútil, sem préstimo? � SIM � NÃO
62. Tem tido a idéia de acabar com a vida? � SIM � NÃO
63. Sente-se cansado(a) o tempo todo? � SIM � NÃO
64. Tem sensações desagradáveis no estômago? � SIM � NÃO
65. Você se cansa com facilidade? � SIM � NÃO Escreva com suas próprias palavras o problema que mais deixa você chateado ou nervoso ou irritado no seu trabalho:
33
33
UM DRINK ou UMA DOSE =
150 ml de vinho
1 dose de destilado (whisky, vodka, pinga), 40ml, o u 1 coquetel:
350 ml de cerveja
O uso de álcool pode afetar sua saúde e pode interferir com algumas medicações e tratamentos. Por isso é importante que você responda sobre seu uso de álcool. Suas respostas serão confidenciais. Por favor, responda com toda sinceridade. Assinale com “X” a alternativa que melhor descreve sua resposta a cada questão.
1. Com que freqüência (quantas vezes por semana) você consome bebidas alcoólicas?
( ) Nunca [0] ( ) Uma vez por mês ou menos[1]
( ) 2-4 vezes por mês[2]
( ) 2-3 vezes por semana[3]
( ) 4 ou mais vezes por semana[4]
2. Quantas doses de álcool você consome num dia normal?
( ) 0 ou 1 [0] ( ) 2 ou 3 [1] ( ) 4 ou 5 [2] ( ) 6 ou 7 [3] ( ) 8 ou mais [4] 3. Com que freqüência (quantas vezes por semana) você consome cinco ou mais doses em uma única ocasião?
( ) Nunca [0]
( ) Menos que uma vez por mês
[1] ( ) Uma vez por
mês[2] ( ) Uma vez por semana [3]
( ) Quase todos os dias [4]
4. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses você achou que não conseguiria parar de beber, uma vez tendo começado?
( ) Nunca [0]
( ) Menos que uma vez por mês
[1] ( ) Uma vez por
mês[2] ( ) Uma vez por semana [3]
( ) Quase todos os dias [4]
5. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses você não conseguiu fazer o que era esperado de você por causa do álcool?
( ) Nunca [0]
( ) Menos que uma vez por mês
[1] ( ) Uma vez por
mês[2] ( ) Uma vez por semana [3]
( ) Quase todos os dias [4]
6. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses você precisou beber pela manhã para poder se sentir bem ao longo do dia, após ter bebido bastante no dia anterior?
( ) Nunca [0]
( ) Menos que uma vez por mês
[1] ( ) Uma vez por
mês[2] ( ) Uma vez por semana [3]
( ) Quase todos os dias [4]
7. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses você se sentiu culpado ou com remorso após ter bebido?
( ) Nunca [0]
( ) Menos que uma vez por mês
[1] ( ) Uma vez por
mês[2] ( ) Uma vez por semana [3]
( ) Quase todos os dias [4]
8. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses você foi incapaz de lembrar o que aconteceu devido à bebida?
34
34
( ) Nunca [0]
( ) Menos que uma vez por mês
[1] ( ) Uma vez por
mês[2] ( ) Uma vez por semana [3]
( ) Quase todos os dias [4]
9. Você já causou ferimentos ou prejuízos a você mesmo ou a outra pessoa após ter bebido?
( ) Não [0]
( ) Sim, mas não no último ano[2]
( ) Sim, durante o último ano [4]
10. Alguém ou algum parente, amigo ou médico, já se preocupou com o fato de você beber ou sugeriu que você parasse?
( ) Não [0]
( ) Sim, mas não no último ano[2]
( ) Sim, durante o último ano [4]
RESULTADO DO TESTE
NOME RESPONSÁVEL PELA APLICAÇÃO DO TESTE
DATA
Por favor, confira se respondeu todas as perguntas MUITO OBRIGADO