condiçoes de segurança e de saúde no trabalho em estaleiros temporarios ou moveis_dl 273 2003

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    circunstncias da execuo no se sobreponham segurana no trabalho.

    O dono da obra, se no a realizar por administrao directa, est associado ao

    desenvolvimento do plano atravs do coordenador de segurana em obra a quem cabe

    aprovar as especificaes apresentadas pela entidade executante ou outros

    intervenientes. O dono da obra nomear o coordenador de segurana em obra atravs de

    uma declarao escrita que o identifica perante todos os intervenientes no estaleiro. O

    dono da obra tem ainda a responsabilidade especfica de impedir que a entidade

    executante inicie a implantao do estaleiro sem que esteja preparado o plano de

    segurana e sade para a fase da execuo da obra.A regulamentao do contedo do plano de segurana e sade tambm desenvolvida com

    a indicao dos aspectos que o mesmo deve prever, tanto na fase do projecto como na da

    execuo da obra.

    O regime de empreitada de obras pblicas prev que o projecto da obra que serve de base

    ao concurso ser elaborado tendo em ateno as regras respeitantes segurana, higiene

    e sade no trabalho. Esta disposio tem correspondncia substancial com a necessidade

    de se respeitar os princpios gerais da preveno de riscos profissionais na elaborao do

    projecto. No desenvolvimento desses princpios e para que a empreitada de obras pblicas

    tenha em considerao, na maior medida possvel, a preveno dos riscos profissionais, o

    plano de segurana e sade em projecto deve ser includo pelo dono da obra no conjuntodos elementos que servem de base ao concurso e, posteriormente, o plano deve ficar

    anexo ao contrato de empreitada de obras pblicas. Nas obras particulares, o dono da obra

    deve incluir o plano de segurana e sade no conjunto dos elementos que servem de base

    negociao para que a entidade executante o conhea ao contratar a empreitada.

    3 - O coordenador de segurana em obra e o plano de segurana e sade no so

    obrigatrios em obras de menor complexidade em que os riscos so normalmente mais

    reduzidos. Contudo, se houver que executar nessas obras determinados trabalhos que

    impliquem riscos especiais, a entidade executante deve dispor de fichas de procedimentos

    de segurana que indiquem as medidas de preveno necessrias para executar esses

    trabalhos.

    4 - Todos os intervenientes no estaleiro, nomeadamente os subempreiteiros e os

    trabalhadores independentes, devem cumprir o plano de segurana e sade para a

    execuo da obra. A entidade executante e o coordenador de segurana em obra devem

    acompanhar a actividade dos subempreiteiros e dos trabalhadores independentes de modo

    a assegurar o cumprimento do plano.

    A entidade executante deve no apenas aplicar o plano de segurana e sade nas

    actividades que desenvolve durante a execuo da obra mas tambm assegurar que os

    subempreiteiros e os trabalhadores independentes o cumprem, alm de outras obrigaes

    respeitantes ao funcionamento do estaleiro. Esta obrigao da entidade executante

    articula-se com a responsabilidade solidria que sobre ela impende pelo pagamento de

    coimas aplicadas a um subcontratado que infrinja as regras relativas segurana, higiene esade no trabalho, se a entidade executante no for diligente no controlo da actividade do

    subcontratado.

    5 - A coordenao de segurana estrutura-se em funo das actividades do coordenador

    de segurana em projecto e do coordenador de segurana em obra. A legislao

    portuguesa , nesta matria, mais exigente do que a referida directiva comunitria porque

    impe a coordenao de segurana em fase de projecto se este for elaborado por uma

    equipa de projecto. A nomeao dos coordenadores de segurana cabe ao dono da obra,

    de acordo com a directiva.

    A coordenao e o acompanhamento das actividades da entidade executante, dos

    subempreiteiros e dos trabalhadores independentes so determinantes para a prevenodos riscos profissionais na construo. O coordenador de segurana em obra tem especiais

    responsabilidades na coordenao e no acompanhamento do conjunto das actividades de

    segurana, higiene e sade desenvolvidas no estaleiro. A funo da coordenao de

    segurana passar por isso a ser reconhecida atravs de uma declarao escrita do dono

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    da obra que identifica os coordenadores, as funes que devem exercer e indica a todos

    os intervenientes que devem cooperar com os coordenadores.

    O desempenho da coordenao de segurana contribui tanto mais para a preveno dos

    riscos profissionais quanto os coordenadores forem qualificados para essa funo. A

    regulamentao da coordenao de segurana vai ser, por isso, sequencialmente

    completada por um quadro legal promotor da qualificao dos coordenadores que tenha

    em considerao as exignc ias da funo e a respectiva acreditao para a qual sero

    determinantes a formao profissional especfica, a experincia profissional e as

    habilitaes acadmicas.6 - O dono da obra deve proceder comunicao prvia da abertura do estaleiro

    Inspeco-Geral do Trabalho, em determinadas situaes definidas em funo do tempo de

    trabalho total previsvel para a execuo da obra, em certos casos conjugado com o

    nmero de trabalhadores no estaleiro. Nesta matria, corrige-se uma impreciso da lei

    anterior determinando-se que a comunicao prvia deve ser feita nomeadamente quando

    for previsvel, para a execuo da obra, um total de mais de 500 dias de trabalho,

    correspondente ao somatrio dos dias de trabalho prestado por cada um dos

    trabalhadores.

    7 - Nas intervenes na obra posteriormente sua concluso, a preveno dos riscos

    profissionais depende do conhecimento das caractersticas tcnicas da obra, para que sepossa identificar os riscos potenciais e adoptar processos de trabalho que os evitem ou

    minimizem, na medida do possvel. A compilao tcnica da obra um instrumento muito

    importante porque colige os elementos que devem ser tomados em considerao nas

    intervenes posteriores concluso da obra, e que passam a estar enunciados na lei com

    maior preciso.

    8 - No quadro das garantias da aplicao da legislao de segurana e sade no trabalho na

    construo, so reforados os meios e os poderes de interveno da inspeco do

    trabalho. Nesse sentido, prev-se um sistema de registos por parte da entidade executante

    e dos subempreiteiros, que incluiro, entre outros elementos, a identificao de todos os

    trabalhadores dos subempreiteiros e os trabalhadores independentes que trabalhem no

    estaleiro.

    Estes registos sero determinantes para que seja mais eficaz o contro lo e o

    acompanhamento da aco dos empregadores e dos trabalhadores independentes com

    actividade no estaleiro.

    9 - O projecto correspondente ao presente diploma foi sujeito a apreciao pblica,

    mediante publicao na separata n. 4 do Boletim do Trabalho e Emprego, de 13 de Agosto

    de 2002, tendo sido aperfeioados diversos aspectos na sequncia dos pareceres de

    associaes sindicais e patronais.

    Resulta, nomeadamente, da apreciao pblica o esclarecimento das obras em que a

    existncia do plano de segurana e sade obrigatria; precisa-se o contedo das fichas

    de procedimentos de segurana para obras de menor dimenso em que haja riscosespeciais, por forma que satisfaam as prescries da directiva comunitria sobre o plano

    de segurana e sade; protege-se a posio do empreiteiro que espera a aprovao do

    plano de segurana e sade para iniciar a obra, uma vez que o prazo para a sua execuo

    no comea a correr antes da aprovao do plano; o dono da obra deve transmitir aos

    representantes dos trabalhadores a declarao que identifica os coordenadores de

    segurana; d-se mais salinc ia ao princpio de que a nomeao dos coordenadores de

    segurana em projecto e em obra no exonera o dono da obra, o autor do projecto, a

    entidade executante e o empregador das responsabilidades que lhes c abem em matria de

    segurana e sade no trabalho; o dono da obra poder assegurar mais eficazmente a

    elaborao da compilao tcnica atravs da recusa da recepo provisria da obraenquanto a entidade executante no proporcionar os elementos necessrios; sero

    comunicados Inspeco-Geral do Trabalho os acidentes de trabalho de que resulte,

    nomeadamente, leso grave dos trabalhadores, evitando-se a ambiguidade que adviria da

    comunicao ligada ao internamento dos sinistrados, e prec oniza-se que os elementos

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    necessrios ao inqurito sejam recolhidos com a maior brevidade para reduzir ao mnimo a

    interrupo dos trabalhos no estaleiro.

    Foram ouvidos os rgos de governo prprio das Regies Autnomas.

    Assim:

    Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Constituio, o Governo decreta o

    seguinte:

    CAPTULO I

    Princpios gerais

    Artigo 1.

    Objecto

    O presente diploma estabelece regras gerais de planeamento, organizao e coordenao

    para promover a segurana, higiene e sade no trabalho em estaleiros da construo e

    transpe para a ordem jurdica interna a Directiva n. 92/57/CEE, do Conselho, de 24 de

    Junho, relativa s prescries mnimas de segurana e sade no trabalho a aplicar em

    estaleiros temporrios ou mveis.

    Artigo 2.mbito

    1 - O presente diploma aplicvel a todos os ramos de actividade dos sectores privado,

    cooperativo e social, administrao pblica central, regional e local, aos institutos

    pblicos e demais pessoas colectivas de direito pblico, bem como a trabalhadores

    independentes, no que respeita aos trabalhos de construo de edifcios e de engenharia

    civil.

    2 - O presente diploma aplicvel a trabalhos de construo de edifcios e a outros no

    domnio de engenharia civil que consistam, nomeadamente, em:

    a) Escavao;

    b) Terraplenagem;c) Construo, ampliao, alterao, reparao, restauro, conservao e limpeza de

    edifcios;

    d) Montagem e desmontagem de elementos prefabricados, andaimes, gruas e outros

    aparelhos elevatrios;

    e) Demolio;

    f) Construo, manuteno, conservao e alterao de vias de comunicao rodovirias,

    ferrovirias e aeroporturias e suas infra-estruturas, de obras fluviais ou martimas, tneis e

    obras de arte, barragens, silos e chamins industriais;

    g) Trabalhos especializados no domnio da gua, tais como sistemas de irrigao, de

    drenagem e de abastecimento de guas e de guas residuais, bem como redes desaneamento bsico;

    h) Intervenes nas infra-estruturas de transporte e distribuio de electricidade, gs e

    telecomunicaes;

    i) Montagem e desmontagem de instalaes tcnicas e de equipamentos diversos;

    j) Isolamentos e impermeabilizaes.

    3 - O presente diploma no se aplica s actividades de perfurao e extraco que tenham

    lugar no mbito das indstrias extractivas.

    Artigo 3.Definies

    1 - Para efeitos do presente diploma, entende-se por:

    a) Autor do projecto da obra, adiante designado por autor do projecto, a pessoa

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    singular, reconhecida como projectista, que elabora ou participa na elaborao do

    projecto da obra;

    b) Coordenador em matria de segurana e sade durante a elaborao do projecto da

    obra, adiante designado por coordenador de segurana em projecto, a pessoa singular ou

    colectiva que executa, durante a elaborao do projecto, as tarefas de coordenao em

    matria de segurana e sade previstas no presente diploma, podendo tambm participar

    na preparao do processo de negociao da empreitada e de outros actos preparatrios

    da execuo da obra, na parte respeitante segurana e sade no trabalho;

    c) Coordenador em matria de segurana e sade durante a execuo da obra, adiantedesignado por coordenador de segurana em obra, a pessoa singular ou colectiva que

    executa, durante a realizao da obra, as tarefas de coordenao em matria de

    segurana e sade previstas no presente diploma;

    d) Responsvel pela direco tcnica da obra o tcnico designado pela entidade

    executante para assegurar a direco efectiva do estaleiro;

    e) Director tcnico da empreitada o tcnico designado pelo adjudicatrio da obra

    pblica e aceite pelo dono da obra, nos termos do regime jurdico das empreitadas de

    obras pblicas, para assegurar a direco tcnica da empreitada;

    f) Dono da obra a pessoa singular ou colectiva por conta de quem a obra realizada, ou

    o concessionrio relativamente a obra executada com base em contrato de concesso deobra pblica;

    g) Empregador a pessoa singular ou colectiva que, no estaleiro, tem trabalhadores ao seu

    servio, incluindo trabalhadores temporrios ou em cednc ia ocasional, para executar a

    totalidade ou parte da obra; pode ser o dono da obra, a entidade executante ou

    subempreiteiro;

    h) Entidade executante a pessoa singular ou colectiva que executa a totalidade ou parte

    da obra, de acordo com o projecto aprovado e as disposies legais ou regulamentares

    aplicveis; pode ser simultaneamente o dono da obra, ou outra pessoa autorizada a

    exercer a actividade de empreiteiro de obras pblicas ou de industrial de construo civil,

    que esteja obrigada mediante contrato de empreitada com aquele a executar a totalidade

    ou parte da obra;

    i) Equipa de projecto conjunto de pessoas reconhecidas como projectistas que intervm

    nas definies de projecto da obra;

    j) Estaleiros temporrios ou mveis, a seguir designados por estaleiros, os locais onde se

    efectuam trabalhos de construo de edifcios ou trabalhos referidos no n. 2 do artigo 2.,

    bem como os locais onde, durante a obra, se desenvolvem actividades de apoio directo aos

    mesmos;

    l) Fiscal da obra a pessoa singular ou colectiva que exerce, por conta do dono da obra, a

    fiscalizao da execuo da obra, de acordo com o projecto aprovado, bem como do

    cumprimento das disposies legais e regulamentares aplicveis; se a fiscalizao for

    assegurada por dois ou mais representantes, o dono da obra designar um deles parachefiar;

    m) Representante dos trabalhadores a pessoa, eleita pelos trabalhadores, que exerce as

    funes de representao dos trabalhadores nos domnios da segurana, higiene e sade

    no trabalho;

    n) Subempreiteiro a pessoa singular ou colectiva autorizada a exercer a actividade de

    empreiteiro de obras pblicas ou de industrial de construo civil que executa parte da

    obra mediante contrato com a entidade executante;

    o) Trabalhador independente a pessoa singular que efectua pessoalmente uma actividade

    profissional, no vinculada por contrato de trabalho, para realizar uma parte da obra a que

    se obrigou perante o dono da obra ou a entidade executante; pode ser empresrio emnome individual.

    2 - As referncias aos princpios gerais da segurana, higiene e sade no trabalho

    entendem-se como remisses para o regime aplicvel em matria de segurana, higiene e

    sade no trabalho.

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    CAPTULO II

    Desenvolvimento do projecto e execuo da obra

    SECO I

    Projecto da obra

    Artigo 4.

    Princpios gerais do projecto da obra

    1 - A fim de garantir a segurana e a proteco da sade de todos os intervenientes no

    estaleiro, bem como na utilizao da obra e noutras intervenes posteriores, o autor do

    projecto ou a equipa de projecto deve ter em conta os princpios gerais de preveno de

    riscos profissionais consagrados no regime aplicvel em matria de segurana, higiene e

    sade no trabalho.

    2 - Na integrao dos princpios gerais de preveno referidos no nmero anterior devem

    ser tidos em conta, designadamente, os seguintes domnios:

    a) As opes arquitectnicas;

    b) As escolhas tcnicas desenvolvidas no projecto, incluindo as metodologias relativas aos

    processos e mtodos construtivos, bem como os materiais e equipamentos a incorporar naedificao;

    c) As definies relativas aos processos de execuo do projecto, incluindo as relativas

    estabilidade e s diversas especialidades, as condies de implantao da edificao e os

    condicionalismos envolventes da execuo dos trabalhos;

    d) As solues organizativas que se destinem a planificar os trabalhos ou as suas fases, bem

    como a previso do prazo da sua realizao;

    e) Os riscos especiais para a segurana e sade enumerados no artigo 7., podendo nestes

    casos o autor do projecto apresentar solues complementares das definies

    consagradas no projecto;

    f) As definies relativas utilizao, manuteno e conservao da edificao.

    Artigo 5.

    Planificao da segurana e sade no trabalho

    1 - O dono da obra deve elaborar ou mandar elaborar, durante a fase do projecto, o plano

    de segurana e sade para garantir a segurana e a sade de todos os intervenientes no

    estaleiro.

    2 - Se a elaborao do projecto se desenvolver em diversas fases e em perodos suc essivos,

    o plano de segurana e sade deve ser reformulado em funo da evoluo do projecto.

    3 - O plano de segurana e sade ser posteriormente desenvolvido e especificado pela

    entidade executante para a fase da execuo da obra.

    4 - O plano de segurana e sade obrigatrio em obras sujeitas a projecto e que

    envolvam trabalhos que impliquem riscos especiais previstos no artigo 7. ou a comunicao

    prvia da abertura do estaleiro.

    Artigo 6.

    Plano de segurana e sade em projecto

    1 - O plano de segurana e sade em projecto deve ter como suporte as definies doprojecto da obra e as demais condies estabelecidas para a execuo da obra que sejam

    relevantes para o planeamento da preveno dos riscos profissionais, nomeadamente:

    a) O tipo da edificao, o uso previsto, as opes arquitectnicas, as definies

    estruturais e das demais especialidades, as solues tcnicas preconizadas, os produtos e

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    materiais a utilizar, devendo ainda incluir as peas escritas e desenhadas dos projectos,

    relevantes para a preveno de riscos profissionais;

    b) As caractersticas geolgicas, hidrolgicas e geotcnicas do terreno, as redes tcnicas

    areas ou subterrneas, as actividades que eventualmente decorram no local ou na sua

    proximidade e outros elementos envolventes que possam ter implicaes na execuo dos

    trabalhos;

    c) As especificaes sobre a organizao e programao da execuo da obra a incluir no

    concurso da empreitada;

    d) As especificaes sobre o desenvolvimento do plano de segurana e sade quando vriasentidades executantes realizam partes da obra.

    2 - O plano de segurana e sade deve concretizar os riscos evidenciados e as medidas

    preventivas a adoptar, tendo nomeadamente em considerao os seguintes aspectos:

    a) Os tipos de trabalho a executar;

    b) A gesto da segurana e sade no estaleiro, especificando os domnios da

    responsabilidade de cada interveniente;

    c) As metodologias relativas aos processos c onstrutivos, bem como os materiais e produtos

    que sejam definidos no projecto ou no caderno de encargos;

    d) Fases da obra e programao da execuo dos diversos trabalhos;

    e) Riscos especiais para a segurana e sade dos trabalhadores, referidos no artigoseguinte;

    f) Aspectos a observar na gesto e organizao do estaleiro de apoio, de acordo com o

    anexo I.

    3 - A Inspeco-Geral do Trabalho pode determinar ao dono da obra a apresentao do

    plano de segurana e sade em projecto.

    Artigo 7.

    Riscos especiais

    O plano de segurana e sade deve ainda prever medidas adequadas a prevenir os riscos

    especiais para a segurana e sade dos trabalhadores decorrentes de trabalhos:

    a) Que exponham os trabalhadores a risco de soterramento, de afundamento ou de queda

    em altura, particularmente agravados pela natureza da actividade ou dos meios utilizados,

    ou do meio envolvente do posto, ou da situao de trabalho, ou do estaleiro;

    b) Que exponham os trabalhadores a riscos qumicos ou biolgicos susceptveis de causar

    doenas profissionais;

    c) Que exponham os trabalhadores a radiaes ionizantes, quando for obrigatria a

    designao de zonas controladas ou vigiadas;

    d) Efectuados na proximidade de linhas elctricas de mdia e alta tenso;

    e) Efectuados em vias ferrovirias ou rodovirias que se encontrem em utilizao, ou na suaproximidade;

    f) De mergulho com aparelhagem ou que impliquem risco de afogamento;

    g) Em poos, tneis, galerias ou caixes de ar comprimido;

    h) Que envolvam a utilizao de explosivos, ou susceptveis de originarem riscos derivados

    de atmosferas explosivas;

    i) De montagem e desmontagem de elementos prefabricados ou outros, cuja forma,

    dimenso ou peso exponham os trabalhadores a risco grave;

    j) Que o dono da obra, o autor do projecto ou qualquer dos c oordenadores de segurana

    fundamentadamente considere susceptveis de constituir risco grave para a segurana e

    sade dos trabalhadores.

    Artigo 8.

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    Obras pblicas e obras abrangidas pelo regime jurdico da urbanizao e edificao

    1 - No mbito do contrato de empreitada de obras pblicas, o plano de segurana e sade

    em projecto deve:

    a) Ser includo pelo dono da obra no conjunto dos elementos que servem de base ao

    concurso;

    b) Ficar anexo ao contrato de empreitada de obras pblicas, qualquer que seja o tipo de

    procedimento adoptado no concurso.

    2 - No caso de obra particular, o dono da obra deve incluir o plano de segurana e sade

    em projecto no conjunto dos elementos que servem de base negociao para que a

    entidade executante o conhea ao contratar a empreitada.

    SECO II

    Coordenao da segurana

    Artigo 9.

    Coordenadores de segurana

    1 - O dono da obra deve nomear um coordenador de segurana em projecto:

    a) Se o projecto da obra for elaborado por mais de um sujeito, desde que as suas opesarquitectnicas e escolhas tcnicas impliquem complexidade tcnica para a integrao dos

    princpios gerais de preveno de riscos profissionais ou os trabalhos a executar envolvam

    riscos especiais previstos no artigo 7.;

    b) Se for prevista a interveno na execuo da obra de duas ou mais empresas, incluindo

    a entidade executante e subempreiteiros.

    2 - O dono da obra deve nomear um coordenador de segurana em obra se nela

    intervierem duas ou mais empresas, incluindo a entidade executante e subempreiteiros.

    3 - A actividade de coordenao de segurana, em projecto ou em obra, deve ser exercida

    por pessoa qualificada, nos termos previstos em legislao especial, e ser objecto de

    declarao escrita do dono da obra, acompanhada de declarao de aceitao subscritapelo coordenador ou coordenadores, com os seguintes elementos:

    a) A identificao da obra, do coordenador de segurana em projecto e ou do

    coordenador de segurana em obra;

    b) Se a coordenao couber a uma pessoa colectiva, deve ser identificado quem assegura

    o exerccio da mesma;

    c) O objectivo da coordenao e as funes de c ada um dos coordenadores;

    d) Os recursos a afectar ao exerccio da coordenao;

    e) A referncia obrigatoriedade de todos os intervenientes cooperarem com os

    coordenadores durante a elaborao do projecto e a execuo da obra.

    4 - A coordenao de segurana em projecto e em obra pode ser objecto de umadeclarao conjunta ou de declaraes separadas.

    5 - A declarao ou declaraes referidas nos nmeros anteriores devem ser comunicadas

    aos membros da equipa de projecto, ao fiscal da obra e entidade executante, que as

    deve transmitir a subempreiteiros e a trabalhadores independentes, bem como afix-las no

    estaleiro em local bem visvel.

    6 - O coordenador de segurana em obra no pode intervir na execuo da obra como

    entidade executante, subempreiteiro, trabalhador independente na acepo do presente

    diploma ou trabalhador por conta de outrem, com excepo, neste ltimo caso, da

    possibilidade de cumular com a funo de fiscal da obra.

    Artigo 10.

    Responsabilidade dos outros intervenientes

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    A nomeao dos coordenadores de segurana em projecto e em obra no exonera o dono

    da obra, o autor do projecto, a entidade executante e o empregador das

    responsabilidades que a cada um deles cabe, nos termos da legislao aplicvel em matria

    de segurana e sade no trabalho.

    SECO III

    Execu o da obra Artigo 11.

    Desenvolvimento do plano de segurana e sade para a execuo da obra

    1 - A entidade executante deve desenvolver e especificar o plano de segurana e sade

    em projecto de modo a complementar as medidas previstas, tendo nomeadamente em

    conta:

    a) As definies do projecto e outros elementos resultantes do contrato com a entidade

    executante que sejam relevantes para a segurana e sade dos trabalhadores durante a

    execuo da obra;

    b) As actividades simultneas ou incompatveis que decorram no estaleiro ou na sua

    proximidade;c) Os processos e mtodos construtivos, incluindo os que exijam uma planificao

    detalhada das medidas de segurana;

    d) Os equipamentos, materiais e produtos a utilizar;

    e) A programao dos trabalhos, a interveno de subempreiteiros e trabalhadores

    independentes, incluindo os respectivos prazos de execuo;

    f) As medidas especficas respeitantes a riscos especiais;

    g) O projecto de estaleiro, incluindo os acessos, as circulaes, a movimentao de

    cargas, o armazenamento de materiais, produtos e equipamentos, as instalaes fixas e

    demais apoios produo, as redes tcnicas provisrias, a evacuao de resduos, a

    sinalizao e as instalaes sociais;h) A informao e formao dos trabalhadores;

    i) O sistema de emergncia, incluindo as medidas de preveno, contro lo e combate a

    incndios, de socorro e evacuao de trabalhadores.

    2 - O plano de segurana e sade para a execuo da obra deve corresponder estrutura

    indicada no anexo II e ter juntos os elementos referidos no anexo III.

    3 - O subempreiteiro pode sugerir e a entidade executante pode promover solues

    alternativas s previstas no plano de segurana e sade em projecto, desde que no

    diminuam os nveis de segurana e sejam devidamente justificadas.

    Artigo 12.

    Aprovao do plano de segurana e sade para a execuo da obra

    1 - O desenvolvimento e as alteraes do plano de segurana e sade referidos nos n.os 1

    e 3 do artigo anterior devem ser validados tecnicamente pelo coordenador de segurana

    em obra e aprovados pelo dono da obra, passando a integrar o plano de segurana e sade

    para a execuo da obra.

    2 - O plano de segurana e sade pode ser objecto de aprovao parcial, nomeadamente

    se no estiverem disponveis todas as informaes necessrias avaliao dos riscos e

    identificao das correspondentes medidas preventivas, devendo o plano ser completado

    antes do incio dos trabalhos em causa.3 - O dono da obra deve dar conhecimento por escrito do plano de segurana e sade

    aprovado entidade executante, a qual deve dar conhec imento aos subempreiteiros e

    trabalhadores independentes por si contratados, antes da respectiva interveno no

    estaleiro, da totalidade ou parte do plano que devam conhecer por razes de preveno.

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    4 - O prazo fixado no contrato para a execuo da obra no comea a correr antes que o

    dono da obra comunique entidade executante a aprovao do plano de segurana e

    sade.

    5 - As alteraes do plano de segurana e sade devem ter em conta o disposto no artigo

    anterior e nos n.os 1 a 3 do presente artigo.

    Artigo 13.Aplicao do plano de segurana e sade para a execuo da obra

    1 - A entidade executante s pode iniciar a implantao do estaleiro depois da aprovao

    pelo dono da obra do plano de segurana e sade para a execuo da obra.

    2 - O dono da obra deve impedir que a entidade executante inicie a implantao do

    estaleiro sem estar aprovado o plano de segurana e sade para a execuo da obra.

    3 - A entidade executante deve assegurar que o plano de segurana e sade e as suas

    alteraes estejam acessveis, no estaleiro, aos subempreiteiros, aos trabalhadores

    independentes e aos representantes dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade

    que nele trabalhem.

    4 - Os subempreiteiros e os trabalhadores independentes devem cumprir o plano desegurana e sade para a execuo da obra, devendo esta obrigao ser mencionada nos

    contratos celebrados com a entidade executante ou o dono da obra.

    5 - A Inspeco-Geral do Trabalho pode determinar entidade executante a apresentao

    do plano de segurana e sade para execuo da obra.

    Artigo 14.

    Fichas de procedimentos de segurana

    1 - Sempre que se trate de trabalhos em que no seja obrigatrio o plano de segurana e

    sade de acordo com o n. 4 do artigo 5. mas que impliquem riscos especiais previstos no

    artigo 7., a entidade executante deve elaborar fichas de procedimentos de segurana

    para os trabalhos que comportem tais riscos e assegurar que os trabalhadores

    intervenientes na obra tenham conhecimento das mesmas.

    2 - As fichas de procedimentos de segurana devem conter os seguintes elementos:

    a) A identificao, caracterizao e durao da obra;

    b) A identificao dos intervenientes no estaleiro que sejam relevantes para os trabalhos

    em causa;

    c) As medidas de preveno a adoptar tendo em conta os trabalhos a realizar e os

    respectivos riscos;

    d) As informaes sobre as condicionantes existentes no estaleiro e na rea envolvente,nomeadamente as caractersticas geolgicas, hidrolgicas e geotcnicas do terreno, as

    redes tcnicas areas ou subterrneas e as actividades que eventualmente decorram no

    local que possam ter implicaes na preveno de riscos profissionais assoc iados

    execuo dos trabalhos;

    e) Os procedimentos a adoptar em situaes de emergncia.

    3 - O coordenador de segurana em obra deve analisar a adequabilidade das fichas de

    procedimentos de segurana e propor entidade executante as alteraes adequadas.

    4 - A entidade executante s pode iniciar a implantao do estaleiro quando dispuser das

    fichas de procedimentos de segurana, devendo o dono da obra assegurar o respeito desta

    prescrio.5 - As fichas de procedimentos de segurana devem estar acessveis, no estaleiro, a todos

    os subempreiteiros e trabalhadores independentes e aos representantes dos trabalhadores

    para a segurana, higiene e sade que nele trabalhem.

    6 - A Inspeco-Geral do Trabalho pode determinar entidade executante a apresentao

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    das fichas de procedimentos de segurana.

    Artigo 15.

    Comunicao prvia da abertura do estaleiro

    1 - O dono da obra deve comunicar previamente a abertura do estaleiro Inspeco-Geral

    do Trabalho quando for previsvel que a execuo da obra envolva uma das seguintes

    situaes:a) Um prazo total superior a 30 dias e, em qualquer momento, a utilizao simultnea de

    mais de 20 trabalhadores;

    b) Um total de mais de 500 dias de trabalho, correspondente ao somatrio dos dias de

    trabalho prestado por c ada um dos trabalhadores.

    2 - A comunicao prvia referida no nmero anterior deve ser datada, assinada e indicar:

    a) O endereo completo do estaleiro;

    b) A natureza e a utilizao previstas para a obra;

    c) O dono da obra, o autor ou autores do projecto e a entidade executante, bem como os

    respec tivos domiclios ou sedes;

    d) O fiscal ou fiscais da obra, o coordenador de segurana em projecto e o coordenadorde segurana em obra, bem como os respectivos domiclios;

    e) O director tcnico da empreitada e o representante da entidade executante, se for

    nomeado para permanecer no estaleiro durante a execuo da obra, bem como os

    respec tivos domiclios, no c aso de empreitada de obra pblica;

    f) O responsvel pela direco tcnica da obra e o respectivo domiclio, no caso de obra

    particular;

    g) As datas previstas para incio e termo dos trabalhos no estaleiro;

    h) A estimativa do nmero mximo de trabalhadores por conta de outrem e independentes

    que estaro presentes em simultneo no estaleiro, ou do somatrio dos dias de trabalho

    prestado por cada um dos trabalhadores, consoante a comunicao prvia seja baseada

    nas alneas a) ou b) do n. 1;

    i) A estimativa do nmero de empresas e de trabalhadores independentes a operar no

    estaleiro;

    j) A identificao dos subempreiteiros j selecc ionados.

    3 - A comunicao prvia deve ser acompanhada de:

    a) Declarao do autor ou autores do projecto e do coordenador de segurana em

    projecto, identificando a obra;

    b) Declaraes da entidade executante, do coordenador de segurana em obra, do fiscal

    ou fiscais da obra, do director tcnico da empreitada, do representante da entidade

    executante e do responsvel pela direco tcnica da obra, identificando o estaleiro e as

    datas previstas para incio e termo dos trabalhos.4 - O dono da obra deve comunicar Inspeco-Geral do Trabalho qualquer alterao dos

    elementos da comunicao prvia referidos nas alneas a) a i) nas quarenta e oito horas

    seguintes, e dar ao mesmo tempo conhecimento da mesma ao coordenador de segurana

    em obra e entidade executante.

    5 - O dono da obra deve comunicar mensalmente a actualizao dos elementos referidos na

    alnea j) do n. 2 Inspeco-Geral do Trabalho.

    6 - A entidade executante deve afixar cpias da comunicao prvia e das suas

    actualizaes, no estaleiro, em local bem visvel.

    Artigo 16.

    Compilao tcnica da obra

    1 - O dono da obra deve elaborar ou mandar elaborar uma compilao tcnica da obra que

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    inclua os elementos teis a ter em conta na sua utilizao futura, bem como em trabalhos

    posteriores sua concluso, para preservar a segurana e sade de quem os executar.

    2 - A compilao tcnica da obra deve incluir, nomeadamente, os seguintes elementos:

    a) Identificao completa do dono da obra, do autor ou autores do projecto, dos

    coordenadores de segurana em projecto e em obra, da entidade executante, bem como

    de subempreiteiros ou trabalhadores independentes cujas intervenes sejam relevantes

    nas caractersticas da mesma;

    b) Informaes tcnicas relativas ao projecto geral e aos projectos das diversas

    especialidades, incluindo as memrias descritivas, projecto de execuo e telas finais, querefiram os aspectos estruturais, as redes tcnicas e os sistemas e materiais utilizados que

    sejam relevantes para a preveno de riscos profissionais;

    c) Informaes tcnicas respeitantes aos equipamentos instalados que sejam relevantes

    para a preveno dos riscos da sua utilizao, conservao e manuteno;

    d) Informaes teis para a planificao da segurana e sade na realizao de trabalhos

    em locais da obra edificada cujo acesso e circulao apresentem riscos.

    3 - O dono da obra pode recusar a recepo provisria da obra enquanto a entidade

    executante no prestar os elementos necessrios elaborao da compilao tcnica, de

    acordo com o nmero anterior.

    4 - Em intervenes posteriores que no consistam na conservao, reparao, limpeza daobra, ou outras que afectem as suas caractersticas e as condies de execuo de

    trabalhos ulteriores, o dono da obra deve assegurar que a compilao tcnica seja

    actualizada com os elementos relevantes.

    SECO IV

    Obrigaes dos intervenientes no empreendimento

    Artigo 17.

    Obrigaes do dono da obra

    O dono da obra deve:

    a) Nomear os coordenadores de segurana em projecto e em obra, nas situaes referidas

    nos n.os 1 e 2 do artigo 9.;

    b) Elaborar ou mandar elaborar o plano de segurana e sade, de acordo com os artigos 5.

    e 6.;

    c) Assegurar a divulgao do plano de segurana e sade, de acordo com o disposto no

    artigo 8.;

    d) Aprovar o desenvolvimento e as alteraes do plano de segurana e sade para a

    execuo da obra;

    e) Comunicar previamente a abertura do estaleiro Inspeco-Geral do Trabalho, nas

    situaes referidas no n. 1 do artigo 15.;

    f) Entregar entidade executante cpia da comunicao prvia da abertura do estaleiro,

    bem como as respectivas actualizaes;

    g) Elaborar ou mandar elaborar a compilao tcnica da obra;

    h) Se intervierem em simultneo no estaleiro duas ou mais entidades executantes, designar

    a que, nos termos da alnea i) do n. 2 do artigo 19., tomar as medidas necessrias para

    que o acesso ao estaleiro seja reservado a pessoas autorizadas;

    i) Assegurar o cumprimento das regras de gesto e organizao geral do estaleiro a incluir

    no plano de segurana e sade em projecto definidas no anexo I.

    Artigo 18.

    Obrigaes do autor do projecto

    1 - O autor do projecto deve:

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    a) Elaborar o projecto da obra de acordo com os princpios definidos no artigo 4. e as

    directivas do coordenador de segurana em projecto;

    b) Colaborar com o dono da obra, ou com quem este indicar, na elaborao da compilao

    tcnica da obra;

    c) Colaborar com o coordenador de segurana em obra e a entidade executante,

    prestando informaes sobre aspectos relevantes dos riscos associados execuo do

    projecto.

    2 - Nas situaes em que no haja coordenador de segurana em projecto, o autor do

    projecto deve elaborar o plano de segurana e sade em projecto, iniciar a compilaotcnica da obra e, se tambm no for nomeado coordenador de segurana em obra,

    recolher junto da entidade executante os elementos necessrios para a completar.

    Artigo 19.

    Obrigaes dos coordenadores de segurana

    1 - O coordenador de segurana em projecto deve, no que respeita ao projecto da obra e

    preparao e organizao da sua execuo:

    a) Assegurar que os autores do projecto tenham em ateno os princpios gerais doprojecto da obra, referidos no artigo 4.;

    b) Colaborar com o dono da obra na preparao do processo de negociao da empreitada

    e de outros actos preparatrios da execuo da obra, na parte respeitante segurana e

    sade no trabalho;

    c) Elaborar o plano de segurana e sade em projecto ou, se o mesmo for elaborado por

    outra pessoa designada pelo dono da obra, proceder sua validao tcnica;

    d) Iniciar a organizao da compilao tcnica da obra e complet-la nas situaes em que

    no haja coordenador de segurana em obra;

    e) Informar o dono da obra sobre as responsabilidades deste no mbito do presente

    diploma.

    2 - O coordenador de segurana em obra deve no que respeita execuo desta:

    a) Apoiar o dono da obra na elaborao e actualizao da comunicao prvia prevista no

    artigo 15.;

    b) Apreciar o desenvolvimento e as alteraes do plano de segurana e sade para a

    execuo da obra e, sendo caso disso, propor entidade executante as alteraes

    adequadas com vista sua validao tcnica;

    c) Analisar a adequabilidade das fichas de procedimentos de segurana e, sendo caso

    disso, propor entidade executante as alteraes adequadas;

    d) Verificar a coordenao das actividades das empresas e dos trabalhadores

    independentes que intervm no estaleiro, tendo em vista a preveno dos riscos

    profissionais;e) Promover e verificar o cumprimento do plano de segurana e sade, bem como das

    outras obrigaes da entidade executante, dos subempreiteiros e dos trabalhadores

    independentes, nomeadamente no que se refere organizao do estaleiro, ao sistema de

    emergnc ia, s condicionantes existentes no estaleiro e na rea envolvente, aos trabalhos

    que envolvam riscos espec iais, aos processos construtivos espec iais, s actividades que

    possam ser incompatveis no tempo ou no espao e ao sistema de comunicao entre os

    intervenientes na obra;

    f) Coordenar o controlo da correcta aplicao dos mtodos de trabalho, na medida em que

    tenham influnc ia na segurana e sade no trabalho;

    g) Promover a divulgao recproca entre todos os intervenientes no estaleiro deinformaes sobre riscos profissionais e a sua preveno;

    h) Registar as actividades de coordenao em matria de segurana e sade no livro de

    obra, nos termos do regime jurdico aplicvel ou, na sua falta, de acordo com um sistema

    de registos apropriado que deve ser estabelecido para a obra;

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    i) Assegurar que a entidade executante tome as medidas necessrias para que o acesso ao

    estaleiro seja reservado a pessoas autorizadas;

    j) Informar regularmente o dono da obra sobre o resultado da avaliao da segurana e

    sade existente no estaleiro;

    l) Informar o dono da obra sobre as responsabilidades deste no mbito do presente

    diploma;

    m) Analisar as causas de acidentes graves que ocorram no estaleiro;

    n) Integrar na compilao tcnica da obra os elementos decorrentes da execuo dos

    trabalhos que dela no constem.

    Artigo 20.

    Obrigaes da entidade executante

    A entidade executante deve:

    a) Avaliar os riscos associados execuo da obra e definir as medidas de preveno

    adequadas e, se o plano de segurana e sade for obrigatrio nos termos do n. 4 do artigo

    5., propor ao dono da obra o desenvolvimento e as adaptaes do mesmo;

    b) Dar a conhecer o plano de segurana e sade para a execuo da obra e as suasalteraes aos subempreiteiros e trabalhadores independentes, ou pelo menos a parte que

    os mesmos necessitam de conhecer por razes de preveno;

    c) Elaborar fichas de procedimentos de segurana para os trabalhos que impliquem riscos

    especiais e assegurar que os subempreiteiros e trabalhadores independentes e os

    representantes dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade no trabalho que

    trabalhem no estaleiro tenham conhecimento das mesmas;

    d) Assegurar a aplicao do plano de segurana e sade e das fichas de procedimentos de

    segurana por parte dos seus trabalhadores, de subempreiteiros e trabalhadores

    independentes;

    e) Assegurar que os subempreiteiros cumpram, na qualidade de empregadores, as

    obrigaes previstas no artigo 22.;

    f) Assegurar que os trabalhadores independentes cumpram as obrigaes previstas no

    artigo 23.;

    g) Colaborar com o coordenador de segurana em obra, bem como cumprir e fazer

    respeitar por parte de subempreiteiros e trabalhadores independentes as directivas

    daquele;

    h) Tomar as medidas necessrias a uma adequada organizao e gesto do estaleiro,

    incluindo a organizao do sistema de emergncia;

    i) Tomar as medidas necessrias para que o acesso ao estaleiro seja reservado a pessoas

    autorizadas;

    j) Organizar um registo actualizado dos subempreiteiros e trabalhadores independentes porsi contratados com actividade no estaleiro, nos termos do artigo seguinte;

    l) Fornecer ao dono da obra as informaes necessrias elaborao e actualizao da

    comunicao prvia;

    m) Fornecer ao autor do projecto, ao coordenador de segurana em projecto, ao

    coordenador de segurana em obra ou, na falta destes, ao dono da obra os elementos

    necessrios elaborao da compilao tcnica da obra.

    Artigo 21.

    Registo de subempreiteiros e trabalhadores independentes

    1 - A entidade executante deve organizar um registo que inclua, em relao a cada

    subempreiteiro ou trabalhador independente por si contratado que trabalhe no estaleiro

    durante um prazo superior a vinte e quatro horas:

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

    http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=1771&nversao=&tabela=leis 15/21

    a) A identificao completa, residnc ia ou sede e nmero fiscal de contribuinte;

    b) O nmero do registo ou da autorizao para o exerccio da actividade de empreiteiro de

    obras pblicas ou de industrial da construo civil, bem como de certificao exigida por

    lei para o exerccio de outra actividade realizada no estaleiro;

    c) A actividade a efectuar no estaleiro e a sua calendarizao;

    d) A cpia do contrato em execuo do qual conste que exerce actividade no estaleiro,

    quando for celebrado por escrito;

    e) O responsvel do subempreiteiro no estaleiro.

    2 - Cada empregador deve organizar um registo que inclua, em relao aos seustrabalhadores e trabalhadores independentes por si contratados que trabalhem no

    estaleiro durante um prazo superior a vinte e quatro horas:

    a) A identificao completa e a residncia habitual;

    b) O nmero fiscal de contribuinte;

    c) O nmero de beneficirio da segurana social;

    d) A categoria profissional ou profisso;

    e) As datas do incio e do termo previsvel do trabalho no estaleiro;

    f) As aplices de seguros de acidentes de trabalho relativos a todos os trabalhadores

    respectivos que trabalhem no estaleiro e a trabalhadores independentes por si

    contratados, bem como os rec ibos c orrespondentes.3 - Os subempreiteiros devem comunicar o registo referido no nmero anterior, ou

    permitir o acesso ao mesmo por meio informtico, entidade executante.

    4 - A entidade executante e os subempreiteiros devem conservar os registos referidos nos

    n.os 1 e 2 at um ano aps o termo da actividade no estaleiro.

    Artigo 22.

    Obrigaes dos empregadores

    1 - Durante a execuo da obra, os empregadores devem observar as respectivas

    obrigaes gerais previstas no regime aplicvel em matria de segurana, higiene e sade

    no trabalho e em especial:

    a) Comunicar, pela forma mais adequada, aos respectivos trabalhadores e aos trabalhadores

    independentes por si contratados o plano de segurana e sade ou as fichas de

    procedimento de segurana, no que diz respeito aos trabalhos por si executados, e fazer

    cumprir as suas especificaes;

    b) Manter o estaleiro em boa ordem e em estado de salubridade adequado;

    c) Garantir as condies de acesso, deslocao e circulao necessria segurana em

    todos os postos de trabalho no estaleiro;

    d) Garantir a correcta movimentao dos materiais e utilizao dos equipamentos de

    trabalho;e) Efectuar a manuteno e o controlo das instalaes e dos equipamentos de trabalho

    antes da sua entrada em funcionamento e com intervalos regulares durante a laborao;

    f) Delimitar e organizar as zonas de armazenagem de materiais, em especial de substncias,

    preparaes e materiais perigosos;

    g) Recolher, em condies de segurana, os materiais perigosos utilizados;

    h) Armazenar, eliminar, reciclar ou evacuar resduos e escombros;

    i) Determinar e adaptar, em funo da evoluo do estaleiro, o tempo efectivo a consagrar

    aos diferentes tipos de trabalho ou fases do trabalho;

    j) Cooperar na articulao dos trabalhos por si desenvolvidos com outras actividades

    desenvolvidas no local ou no meio envolvente;l) Cumprir as indicaes do coordenador de segurana em obra e da entidade executante;

    m) Adoptar as prescries mnimas de segurana e sade no trabalho revistas em

    regulamentao especfica;

    n) Informar e consultar os trabalhadores e os seus representantes para a segurana,

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    higiene e sade no trabalho sobre a aplicao das disposies do presente diploma.

    2 - Quando exercer actividade profissional por conta prpria no estaleiro, o empregador

    deve cumprir as obrigaes gerais dos trabalhadores previstas no regime aplicvel em

    matria de segurana, higiene e sade no trabalho.

    Artigo 23.

    Obrigaes dos trabalhadores independentesOs trabalhadores independentes so obrigados a respeitar os princpios que visam

    promover a segurana e a sade, devendo, no exerc cio da sua actividade:

    a) Cumprir, na medida em que lhes sejam aplicveis, as obrigaes estabelecidas no artigo

    22.;

    b) Cooperar na aplicao das disposies especficas estabelecidas para o estaleiro,

    respeitando as indicaes do coordenador de segurana em obra e da entidade

    executante.

    Artigo 24.

    Acidentes graves e mortais

    1 - Sem prejuzo de outras notificaes legalmente previstas, o acidente de trabalho de

    que resulte a morte ou leso grave do trabalhador, ou que assuma particular gravidade na

    perspectiva da segurana no trabalho, deve ser comunicado pelo respectivo empregador

    Inspeco-Geral do Trabalho e ao coordenador de segurana em obra, no mais curto prazo

    possvel, no podendo exceder vinte e quatro horas.

    2 - A comunicao do acidente que envolva um trabalhador independente deve ser feita

    pela entidade que o tiver c ontratado.

    3 - Se, na situao prevista em qualquer dos nmeros anteriores, o acidente no for

    comunicado pela entidade referida, a entidade executante deve assegurar a comunicao

    dentro do mesmo prazo, findo o qual, no tendo havido comunicao, o dono da obra deve

    efectuar a comunicao nas vinte e quatro horas subsequentes.

    4 - A entidade executante e todos os intervenientes no estaleiro devem suspender

    quaisquer trabalhos sob sua responsabilidade que sejam susceptveis de destruir ou alterar

    os vestgios do acidente, sem prejuzo da assistncia a prestar s vtimas.

    5 - A entidade executante deve, de imediato e at rec olha dos elementos necessrios

    para a realizao do inqurito, impedir o acesso de pessoas, mquinas e materiais ao local

    do acidente, com excepo dos meios de socorro e assistnc ia s vtimas.

    6 - A Inspeco-Geral do Trabalho pode determinar a suspenso imediata de quaisquer

    trabalhos em curso que sejam susceptveis de destruir ou alterar os vestgios do acidente,sem prejuzo da assistnc ia a prestar s vtimas.

    7 - Compete Inspeco-Geral do Trabalho, sem prejuzo da competncia atribuda a

    outras entidades, a realizao do inqurito sobre as causas do acidente de trabalho,

    procedendo com a maior brevidade recolha dos elementos necessrios para a realizao

    do inqurito preliminar.

    8 - Compete Inspeco-Geral do Trabalho autorizar a continuao dos trabalhos com a

    maior brevidade, desde que a entidade executante comprove estarem reunidas as

    condies tcnicas ou organizativas necessrias preveno dos riscos profissionais.

    CAPTULO III

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 25.

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    Contra-ordenaes muito graves

    1 - Constitui contra-ordenao muito grave a elaborao do projecto, ainda que para

    atender a especificaes do dono da obra, com opes arquitectnicas, tcnicas e

    organizativas aplicveis na fase do projecto e que no respeitem as obrigaes gerais dos

    empregadores previstas no regime aplicvel em matria de segurana, higiene e sade no

    trabalho.

    2 - A contra-ordenao referida no nmero anterior imputvel ao autor ou autores do

    projecto, ou ao dono da obra ou entidade executante que seja empregador do autor do

    projecto, ou de um deles, sem prejuzo, neste ltimo caso, da responsabilidade dos outros

    autores.

    3 - Constitui contra-ordenao muito grave:

    a) Imputvel ao dono da obra, a violao dos n.os 1 e 2 conjugados com o n. 4 do artigo

    5., dos n.os 1 e 2 do artigo 6., do artigo 7., dos n.os 1 e 2 do artigo 9., do n. 1 e da

    primeira parte do n. 3 do artigo 12., do n. 2 e da segunda parte do n. 4 do artigo 13.,

    dos n.os 1, 2 e 4 do artigo 16., da alnea i) do artigo 17. e da alnea a) do n. 1 e do n. 2

    do artigo 18., se o mesmo for empregador do autor do projecto, das alneas a), c) e d) do

    n. 1 e das alneas b), d), e), h) e n) do n. 2 do artigo 19.;

    b) Imputvel ao autor do projecto que no seja trabalhador do dono da obra ou da

    entidade executante, a violao da alnea a) do n. 1 e do n. 2 do artigo 18.;c) Imputvel entidade executante, a violao dos n.os 1 e 2 do artigo 11., da segunda

    parte do n. 3 do artigo 12., dos n.os 1 e 3 e da segunda parte do n. 4 do artigo 13., dos

    n.os 1, 2, 4 e 5 do artigo 14. e da alnea a) do n. 1 e do n. 2 do artigo 18., se a mesma

    for empregadora do autor do projecto, as alneas a), b), l) e m) do artigo 20., do n. 1 do

    artigo 21. e dos n. 4 e 5 do artigo 24.;

    d) Imputvel ao empregador, a violao da primeira parte do n. 4 do artigo 13., dos n.os 2

    e 3 do artigo 21., das alneas a) a g) do n. 1 e do n. 2 do artigo 22. e do n. 4 do artigo

    24.;

    e) Imputvel ao trabalhador independente, a violao da primeira parte do n. 4 do artigo

    13., das alneas b) a e) do n. 1 e do n. 2 do artigo 22. e do n. 4 do artigo 24.;f) Imputvel ao coordenador de segurana em obra, a violao do n. 6 do artigo 9.

    4 - Constitui ainda contra-ordenao muito grave, imputvel ao empregador ou a

    trabalhador independente, a violao por algum deles do Regulamento de Segurana no

    Trabalho da Construo Civil, aprovado pelo Decreto n. 41821, de 11 de Agosto de 1958, se

    a mesma provocar risco de queda em altura, de esmagamento ou de soterramento de

    trabalhadores.

    Artigo 26.

    Contra-ordenaes graves

    Constitui contra-ordenao grave:

    a) Imputvel ao dono da obra, a violao do n. 3 do artigo 6., da alnea b) do n. 1 e do n.

    2 do artigo 8., do n. 3 e da primeira parte do n. 5 do artigo 9., do n. 3 do artigo 14.,

    dos n.os 1 a 4 do artigo 15., da alnea h) do artigo 17. e das alneas b) e c) do n. 1 do

    artigo 18., se o mesmo for empregador do autor do projecto, das alneas c), f), g), i) e m)

    do n. 2 do artigo 19. e do n. 2 do artigo 24., quando a comunicao do acidente

    competir quele, e da segunda parte do n. 3 do mesmo artigo;

    b) Imputvel ao autor do projecto que no seja trabalhador do dono da obra ou da

    entidade executante, a violao das alneas b) e c) do n. 1 do artigo 18.;

    c) Imputvel entidade executante, a violao da segunda parte do n. 5 do artigo 9., don. 5 do artigo 13., do n. 6 do artigo 14., da segunda parte da alnea c) e das alneas d) a

    j) do artigo 20., do n. 4 do artigo 21. e do n. 2 e da primeira parte do n. 3 do artigo

    24.;

    d) Imputvel ao empregador, a violao do n. 4 do artigo 21., das alneas b) a e) e h) a l)

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    do n. 1 do artigo 22., dos n.os 1 e 2 do artigo 24., das prescries previstas no

    Regulamento de Segurana no Trabalho da Construo Civil, aprovado pelo Decreto n.

    41821, de 11 de Agosto de 1958, e na Portaria n. 101/96, de 3 de Abril;

    e) Imputvel ao trabalhador independente, a violao da alnea b) do artigo 23., das

    prescries previstas no Regulamento de Segurana no Trabalho da Construo Civil,

    aprovado pelo Decreto n. 41821, de 11 de Agosto de 1958, e na Portaria n. 101/96, de 3

    de Abril.

    Artigo 27.

    Contra-ordenaes leves

    Constitui contra-ordenao leve a violao dos n.os 5 e 6 do artigo 15.

    Artigo 28.

    Critrios especiais de determinao do valor das coimas

    1 - As coimas aplicveis a trabalhador independente so as correspondentes s infrac esaos regimes jurdicos do contrato de servio domstico e do contrato individual de

    trabalho a bordo de embarcaes de pesca.

    2 - Ao dono da obra que no seja titular de empresa so aplicveis as coimas dos escales

    de dimenso da empresa determinados apenas com base no volume de negcios e fazendo

    corresponder a este o custo da obra.

    Artigo 28.-A

    Regies Autnomas

    O produto das coimas resultante da aplicao das contra-ordenaes previstas no

    presente diploma e cobradas nas Regies constitui receita prpria destas.

    Artigo 29.

    Regulamentao em vigor

    At entrada em vigor do novo Regulamento de Segurana para os Estaleiros da

    Construo mantm-se em vigor o Regulamento de Segurana no Trabalho da Construo

    Civil, aprovado pelo Decreto n. 41821, de 11 de Agosto de 1958, e a Portaria n. 101/96, de

    3 de Abril, sobre as prescries mnimas de segurana e de sade nos locais e postos detrabalho dos estaleiros temporrios ou mveis.

    Artigo 30.

    Revogao

    revogado o Decreto-Lei n. 155/95, de 1 de Julho, na redaco dada pela Lei n. 113/99,

    de 3 de Agosto.

    Artigo 31.

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor 60 dias aps a sua publicao.

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    Visto e aprovado em Conselho de M inistros de 24 de Julho de 2003. - Jos M anuel Duro

    Barroso - Antnio Manuel de Mendona Martins da Cruz - Maria Celeste Ferreira Lopes

    Cardona - Antnio Jos de Castro Bago Flix - Antnio Pedro de Nobre Carmona

    Rodrigues.

    Promulgado em 13 de Outubro de 2003.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendado em 15 de Outubro de 2003.O Primeiro-Ministro, Jos Manuel Duro Barroso.

    ANEXO I

    Gesto e organizao geral do estaleiro a incluir no plano de segurana e sade em

    projecto, previstas na alnea f) do n. 2 do artigo 6.

    1 - Identificao das situaes susceptveis de causar risco e que no puderam ser evitadas

    em projecto, bem como as respectivas medidas de preveno.

    2 - Instalao e funcionamento de redes tcnicas provisrias, nomeadamente deelectricidade, gs e comunicaes, infra-estruturas de abastecimento de gua e sistemas

    de evacuao de resduos.

    3 - Delimitao, acessos, circulaes horizontais e verticais e permanncia de veculos e

    pessoas.

    4 - Movimentao mecnica e manual de cargas.

    5 - Instalaes e equipamentos de apoio produo.

    6 - Informaes sobre os materiais, produtos, substncias e preparaes perigosas a utilizar

    em obra.

    7 - Planificao das actividades que visem evitar riscos inerentes sua sobreposio ou

    sucesso, no espao e no tempo.

    8 - Cronograma dos trabalhos a realizar em obra.

    9 - Medidas de socorro e evacuao.

    10 - Arrumao e limpeza do estaleiro.

    11 - Medidas correntes de organizao do estaleiro.

    12 - Modalidades de cooperao entre a entidade executante, subempreiteiros e

    trabalhadores independentes.

    13 - Difuso da informao aos diversos intervenientes, nomeadamente empreiteiros,

    subempreiteiros, tcnicos de segurana e higiene do trabalho, trabalhadores por conta de

    outrem e trabalhadores independentes.

    14 - Instalaes sociais para o pessoal empregado na obra, nomeadamente dormitrios,

    balnerios, vestirios, instalaes sanitrias e refeitrios.

    ANEXO II

    Estrutura do plano de segurana e sade para a execuo da obra, prevista no n. 2 do

    artigo 11.

    1 - Avaliao e hierarquizao dos riscos reportados ao processo construtivo, abordado

    operao a operao de acordo com o cronograma, com a previso dos riscos

    correspondentes a cada uma por referncia sua origem, e das adequadas tcnicas de

    preveno que devem ser objecto de representao grfica sempre que se afigurenecessrio.

    2 - Projecto do estaleiro e memria descritiva, contendo informaes sobre sinalizao,

    circulao, utilizao e controlo dos equipamentos, movimentao de cargas, apoios

    produo, redes tcnicas, recolha e evacuao dos resduos, armazenagem e controlo de

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    12/11/2015 :::DL n. 273/2003, de 29 de Outubro

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    acesso ao estaleiro.

    3 - Requisitos de segurana e sade segundo os quais devem decorrer os trabalhos.

    4 - Cronograma detalhado dos trabalhos.

    5 - Condicionantes seleco de subempreiteiros, trabalhadores independentes,

    fornecedores de materiais e equipamentos de trabalho.

    6 - Directrizes da entidade executante relativamente aos subempreiteiros e trabalhadores

    independentes com actividade no estaleiro em matria de preveno de riscos

    profissionais.

    7 - Meios para assegurar a cooperao entre os vrios intervenientes na obra, tendopresentes os requisitos de segurana e sade estabelecidos.

    8 - Sistema de gesto de informao e comunicao entre todos os intervenientes no

    estaleiro em matria de preveno de riscos profissionais.

    9 - Sistemas de informao e de formao de todos os trabalhadores presentes no

    estaleiro, em matria de preveno de riscos profissionais.

    10 - Procedimentos de emergncia, incluindo medidas de socorro e evacuao.

    11 - Sistema de comunicao da ocorrncia de acidentes e incidentes no estaleiro.

    12 - Sistema de transmisso de informao ao coordenador de segurana em obra para a

    elaborao da compilao tcnica da obra.

    13 - Instalaes sociais para o pessoal empregado na obra, de acordo com as exignciaslegais, nomeadamente dormitrios, balnerios, vestirios, instalaes sanitrias e

    refeitrios.

    ANEXO III

    Elementos a juntar ao plano de segurana e sade para a execuo da obra, de acordo

    com o n. 2 do artigo 11.

    1 - Peas de projecto com relevncia para a preveno de riscos profissionais.

    2 - Pormenor e especificao relativos a trabalhos que apresentem riscos espec iais.

    3 - Organograma do estaleiro com definio de funes, tarefas e responsabilidades.

    4 - Registo das actividades inerentes preveno de riscos profissionais, tais como fichas

    de controlo de equipamentos e instalaes, modelos de relatrios de avaliao das

    condies de segurana no estaleiro, fichas de inqurito de acidentes de trabalho e

    notificao de subempreiteiros e de trabalhadores independentes.

    5 - Registo das actividades de coordenao, de que constem:

    a) As actividades do coordenador de segurana em obra no que respeita a:

    i) Promover e verificar o cumprimento do plano de segurana e sade por parte da

    entidade executante, dos subempreiteiros e dos trabalhadores independentes que

    intervm no estaleiro;

    ii) Coordenar as actividades da entidade executante, dos subempreiteiros e dostrabalhadores independentes, tendo em vista a preveno dos riscos profissionais;

    iii) Promover a divulgao rec proca entre todos os intervenientes no estaleiro de

    informaes sobre riscos profissionais e a sua preveno.

    b) As actividades da entidade executante no que respeita a:

    i) Promover e verificar o cumprimento do plano de segurana e sade, bem como das

    obrigaes dos empregadores e dos trabalhadores independentes;

    ii) Assegurar que os subempreiteiros cumpram, na qualidade de empregadores, as

    obrigaes previstas no artigo 22.;

    iii) Assegurar que os trabalhadores independentes cumpram as obrigaes previstas no

    artigo 23.;iv) Reunies entre os intervenientes no estaleiro sobre a preveno de riscos profissionais,

    com indicao de datas, participantes e assuntos tratados.

    c) As auditorias de avaliao de riscos profissionais efectuadas no estaleiro, com indicao

    das datas, de quem as efectuou, dos trabalhos sobre que inc idiram, dos riscos

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    identificados e das medidas de preveno preconizadas.