concreto armado , consumos e peso especÍfico , traÇos.pdf

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1 MATERIAIS PARA CONCRETO ARMADO CAPÍTULO 1 – Volume 1 2 Concreto: agregados + cimento + água + aditivos. Sua resistência depende: do consumo de cimento, fator água-cimento, grau de adensamento, tipo de agregado. Concreto armado = concreto + barras de aço. Só existe concreto armado por causa da aderência. O concreto protege as armaduras contra a corrosão (desde que sejam respeitados o cobrimento mínimo e a abertura limite das fissuras). 1.1- Introdução

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  • 1

    MATERIAIS PARA CONCRETO ARMADO

    CAPTULO 1 Volume 1

    2

    Concreto: agregados + cimento + gua + aditivos.Sua resistncia depende: do consumo de cimento, fator gua-cimento,

    grau de adensamento, tipo de agregado.

    Concreto armado = concreto + barras de ao.

    S existe concreto armado por causa da aderncia. O concreto protege as armaduras contra a corroso (desde que sejam

    respeitados o cobrimento mnimo e a abertura limite das fissuras).

    1.1- Introduo

  • 3

    Concreto protendido: concreto armado + cabos de ao de alta resistncia, os quais sofrem tenso prvia (protenso).

    1) Aplicao da fora de trao no cabo

    2) Ancoragem e liberao do cabo

    3) Flexo-compresso induzida pela protenso

    4) Carregamento aplicado viga

    S +

    -

    t,P

    c,P

    Tenses em S trao

    compresso

    q

    Tenses em S

    +

    -c,q

    trao

    compresso

    t,q

    e ePP P P

    PP

    M=PeM=Pe

    Podem-se escolher P e e de tal modo que c,P+ t,q=0 (protenso total: a seo fica sem trao)

    4

    Vantagens do concreto armado: economia; facilidade de execuo; resistncia ao fogo, aos agentes atmosfricos e ao desgaste mecnico; praticamente no requer manuteno ou conservao; permite facilmente a construo de estruturas hiperestticas (com reservas de segurana).

    Desvantagens do concreto armado: elevado peso das construes; dificuldades para a execuo de reformas ou demolies; menor proteo trmica.

    Estrutura isosttica: transforma-se em mecanismo.Estrutura hiperesttica:

    redistribui os esforos.

  • 5

    1.2- Concreto em compresso simples

    Resistncia compresso:

    Ensaios padronizados de curta durao (carregamento rpido).Idade padro do ensaio: 28 dias. Corpos de prova: cilndricos de 15cm x 30cm. Verifica-se grande disperso dos resultados.

    cf

    cmf = resistncia mdia compresso.

    ckf = resistncia caracterstica compresso.Sff cmck 645,1=

    ( ) ( )11

    2 = =

    nffSn

    icmci

    = desvio padro

    6

    Sff ckcm 645,1+=Resistncia de dosagem:

    Na fase de projeto: fff ckcm +=

    C55, C60, C70, C80Grupo II

    C15, C20, C25, C30, C35, C40, C45, C50

    Grupo I

    Classes de resistncia:Grupos de resistncia:

    Exemplo: Concreto C20: MPa aos 28 dias.

    NBR-6118:Para concreto armado: MPa.

    Para concreto protendido: MPa.

    Em fundaes e obras provisrias:permitido empregar a classe C15.

    20=ckf

    20ckf

    25ckf

  • 7

    A resistncia do concreto depende dos seguintes fatores:

    Composio (consumo e tipo de cimento, fator gua-cimento) Condies de cura (temperatura e umidade) Forma de aplicao da carga (ensaio esttico ou dinmico) Durao do carregamento (ensaio de curta ou de longa durao) Idade do concreto (efeito do envelhecimento) Estado de tenses (compresso simples ou multiaxial) Forma e dimenses dos corpos de prova No Brasil: adotamos o corpo de prova cilndrico 15cm x 30cm.

    Observaes:

    Concretos normais: possuem massa especfica seca com valor mdio de 2400 kg/m3.

    Peso especfico do concreto simples: 24 kN/m3.Peso especfico do concreto armado: 25 kN/m3.

    8

    1.3- Concreto em trao simples

    Pu Pu

    Trao direta

    fct=Pu/A

    A

    d

    h

    Pu

    Compresso diametral

    fct,sp=2Pu/(dh)

    Flexo de vigas

    a a

    Pu Pu

    fct,fl=6aPu/(bh2)

    b

    h

    = resistncia mdia trao (axial).

    = resistncia trao caracterstica (axial).

    = valor caracterstico inferior (quantil de 5%).

    = valor caracterstico superior (quantil de 95%).

    , MPa

    ctmf

    ctkf

    inf,ctkf

    sup,ctkf

    ctmctk ff 7,0inf, ctmctk ff 3,1sup,

    32

    1040,1

    = ckctm

    ff

  • 9

    Observaes:

    A resistncia trao depende dos mesmos fatores que afetam a resistncia compresso.

    Ela desprezada no dimensionamento das estruturas. Ela considerada nas verificaes sob as cargas de servio.

    O projeto estrutural compreende duas fases:

    Estados limites ltimos: estamos interessados em garantir a segurana da estrutura contra a runa; dimensionamos as sees dos elementos estruturais e as armaduras para garantir a segurana.

    Estados limites de utilizao: devemos verificar o comportamento da estrutura nas condies normais de uso; limitamos as flechas e as aberturas das fissuras para as cargas de servio.

    10

    1.4- O mdulo de deformao longitudinal do concreto Mdulo tangente

    Segundo o CEB/90:

    MPa

    Segundo a NBR-6118:

    MPa

    Mdulo secante:

    c

    fc

    0,4fc

    o u c

    1Ec

    1Ecs

    31

    10821500

    += ckc

    fE

    ckc fE 5600=

    ccs EE 85,0=

    Ver artigos sobre o tema em www.editoradunas.com.br/revistatpecNmero 12: Modelos de previso do mdulo de deformao longitudinal do concreto: NBR-6118 versus CEB

  • 11

    1.5- Relaes tenso-deformao para o concreto

    Diagrama parbola-retngulo

    fcm

    o u c

    c

    parbolado 2o grau

    :oc

    oc =

    ooo

    o 2= ooo

    u 5,3=

    [ ]22 = cmc f

    12

    Equao do CEB:

    ( )

    +

    =

    21

    2

    kkfcmc

    cm

    ocf

    Ek = 8+= ckcm ff , MPa ; ;

    Coeficiente de Poisson do concreto: valor mdio = 0,2.

    Esta equao mais sofisticada indicada para a realizao de anlise no linear.

    O diagrama parbola-retngulo usado no dimensionamento.

  • 13

    1.6- Evoluo das propriedades do concreto

    As propriedades do concreto em uma idade t dias dependem do tipo de cimento e das condies de cura (temperatura e umidade). A temperatura mdia de referncia 20 oC.

    ( ) ( ) cmcccm fttf = ( )

    =

    21281expt

    stcc;

    cmf = resistncia mdia aos 28 dias. s=0,20 para cimentos de endurecimento rpido (cimento de alta resistncia inicial CP V-ARI);s=0,25 para cimentos de endurecimento normal (cimento comum CPI e cimento composto CP II) ;s=0,38 para cimentos de endurecimento lento (cimento de alto forno CP III e cimento pozolnico CP IV).

    14

    Para temperatura de cura diferente de 20 oC, substitumos a idade real t pela idade equivalente te:

    =

    +

    =n

    i iie T

    tt1 273

    400065,13exp it; = nmero de dias em que a temperatura foi igual a Ti oC.

    Mdulo de deformao longitudinal em uma idade t dias:

    ( ) ( )[ ] cccc EttE 21=

    Os efeitos da temperatura no mdulo de deformao longitudinal so considerados tomando-se a idade equivalente.

    Neste exemplo, te>28 dias, pois houve um aquecimento em relao temperatura de referncia.

    Exemplo:

  • 15

    1.7- Resistncia do concreto sob carga de longa durao

    Efeito Rsch: reduo da resistncia do concreto sob carga de longa durao. A resistncia depende da durao do carregamento.

    0.0

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    1.0

    1.2

    A

    B

    Rel

    ao

    f c/f c

    m

    Limite deresistncia

    Ensaio muito lento

    Deformao

    Ensaio rpido

    fcm = resistncia mdia aos 28 dias de idade obtida no ensaio rpido convencional.

    fc = resistncia obtida.

    No projeto limitamos a tenso de compresso no concreto em 85% da resistncia convencional.

    =

    4,185,0 ckcd

    f

    16

    1.8 - Comportamento reolgico do concreto

    Comportamento reolgico: comportamento dependente do tempo.Deformaes diferidas: deformaes dependentes do tempo.Fluncia: acrscimo das deformaes, mesmo para uma tenso

    constante.Retrao: reduo de volume do material na ausncia de carga

    externa.

    A fluncia e a retrao diminuem se:

    Reduzir o fator gua-cimentoReduzir o consumo de cimento Reduzir a temperatura ambiente Aumentar a espessura do elemento estrutural Aumentar a umidade do ambiente

  • 17

    Efeitos indesejveis:

    aumento das flechas de lajes e vigas; perdas de protenso em estruturas de concreto protendido; aumento da curvatura de pilares; fissurao das superfcies externas devido retrao; introduo de esforos em estruturas aporticadas devidos retrao (e, tambm, dilatao trmica), o que exige a adoo de juntas.

    18

    Efeitos favorveis da fluncia:

    eliminao de concentraes de tenses (em ns de prticos, por exemplo) e de tenses impostas por recalques de apoios em estruturas hiperestticas.

    Formulao do CEB/90:

    Considera os principais fatores que afetam a fluncia e a retrao:

    Composio do concreto: por meio da resistncia fcmTemperatura de curaUmidade do arEspessura do elemento estruturalTipo de cimentoIdade de aplicao da carga Idade ao final da cura (incio da retrao)

  • 19

    Deformao de fluncia:

    ( ) ( ) ( )oc

    occc ttE

    tt , == mdulo de deformao aos 28 dias

    = tenso aplicada na idade dias

    = coeficiente de fluncia.

    = coeficiente final de fluncia

    cE

    ( )oc t ot( )ott,

    ( )ott , =

    Caso particular: dias:28=ot

    82,8

    +

    ckRH

    f

    ( ) 3110046,010011

    oRH

    hRH

    +=

    , com fck em MPa;

    sendo:

    20

    = espessura equivalente

    = rea da seo transversal do elemento.

    = permetro em contato com a atmosfera.

    = umidade relativa do ar.

    uAh co

    2=

    cA

    u

    RH

    Valores de para fck=20 MPa

    oh (mm) %50=RH %70=RH %90=RH 50 3,7 2,8 2,0 100 3,2 2,6 1,9 150 3,0 2,4 1,8 200 2,9 2,4 1,8 250 2,8 2,3 1,8 300 2,7 2,3 1,8

    Valor mdio de referncia: 5,2=

  • 21

    Retrao

    Para MPa e cimento de endurecimento normal:20=ckf

    51063 = xcs %50=RHpara

    51048 = xcs %70=RHpara

    51020 = xcs %90=RHpara

    Valor adotado nos exemplos numricos: 51050 = xcs

    22

    1.9 - Aos para concreto armado

    Barras: obtidas por laminao a quente, sem deformao a frio posterior, e apresentam um patamar de escoamento no diagrama tenso-deformao.

    Fios: obtidos por deformao a frio (processo de trefilao) e no apresentam patamar de escoamento.

    Norma brasileira: ABNT. NBR-7480: Ao Destinado a Armaduras Para Estruturas de Concreto Armado. Rio de Janeiro, 2007.

  • 23

    Tabela 1 - Caractersticas das barras e fios de acordo com a NBR-7480Fios Barras Dimetro

    nominal (mm) rea da seo (cm2)

    Massa linear (kg/m)

    Permetro (cm)

    2,4 2,4 0,045 0,036 0,75 3,4 3,4 0,091 0,071 1,07 3,8 3,8 0,113 0,089 1,19 4,2 4,2 0,139 0,109 1,32 4,6 4,6 0,166 0,130 1,45 5 5,0 0,196 0,154 1,75

    5,5 5,5 0,238 0,187 1,73 6 6,0 0,283 0,222 1,88 6,3 6,3 0,312 0,245 1,98

    6,4 6,4 0,322 0,253 2,01 7 7,0 0,385 0,302 2,20 8 8 8,0 0,503 0,395 2,51

    9,5 9,5 0,709 0,558 2,98 10 10 10,0 0,785 0,617 3,14

    12,5 12,5 1,227 0,963 3,93 16 16,0 2,011 1,578 5,03 20 20,0 3,142 2,466 6,28 22 22,0 3,801 2,984 6,91 25 25,0 4,909 3,853 7,85 32 32,0 8,042 6,313 10,05 40 40,0 12,566 9,865 12,57

    24

    yf = tenso de escoamento stf = tenso de ruptura

    sE = mdulo de elasticidade longitudinal u = deformao de ruptura

    GPaEs 200= (CEB e demais normas internacionais)

    GPaEs 210= (NBR-6118: nica norma a adotar esse valor)

  • 25

    Categorias das barras de ao: CA-25, CA-50, CA-60.

    CA-25: barras lisas (de baixa aderncia)CA-50: barras nervuradas (de alta aderncia)CA-60: fios lisos, entalhados ou nervurados (de alta aderncia)

    Dimetros comerciais:CA-50: 6,3 ; 8,0 ; 10,0 ; 12,5 ; 16,0 ; 20,0 ; 25,0 ; 32,0 ; 40,0

    CA-60: 4,2 ; 5,0 ; 6,0 ; 7,0 ; 8,0 ; 9,5

    CA : indica ao para concreto armado. O nmero indica o valor da tenso de escoamento caracterstica fyk em kN/cm2.

    CA-50: fyk=50 kN/cm2 (=500 MPa)

    CA-60: fyk=60 kN/cm2 (=600 MPa)

    26

    Alm do ensaio de trao, as barras de ao devem ser submetidas ao ensaio de dobramento a 180o sem que ocorra ruptura nem fissurao na zona tracionada.

    O comprimento de fornecimento das barras e dos fios deve ser de12m, com uma tolerncia de mais ou menos 1%.

    A NBR-7480 exige que as barras nervuradas tenham marcas de laminao em relevo, identificando o fabricante, a categoria do material e o dimetro nominal.

    A identificao dos fios lisos e entalhados CA-60 tambm deve ser feita por marcas em relevo. Neste caso, a identificao do fabricante pode ser feita por etiqueta.

    A identificao das barras CA-25 deve ser feita por etiqueta.

  • 27

    Tabela 2 - Caractersticas exigveis das armaduras (NBR-7480)

    Categoria CA-25 CA-50 CA-60 ykf (kN/cm

    2) 25 50 60

    stf 1,20 yf 1,08 yf 1,05 yf * u ** 18% 8% 5%

    Dimetro do pino de

    dobramento

    2 1 4 2

    3 1 6 2

    5 1

    1 para barras com 200

    s=0

    a b

    a) Viga com aderncia:A armadura se deforma, arrastada pelo concreto, e fica submetida a uma tenso.

    b) Viga sem aderncia:A armadura escorrega e fica sem tenso. Neste caso, o que se tem uma viga de concreto simples.

  • 29

    Concreto entre fissuras: colaborao na rigidez (em servio)

    No dimensionamento: desprezamos o concreto tracionado

    30

    armadura longitudinal de compresso

    armadura longitudinal de trao

    barra dobrada (ver Cap.6)

    seotransversal

    estribos paracisalhamento

    Arranjos usuais das armaduras das vigas

  • 31

    1.11 - A durabilidade das estruturas de concreto armado

    Tabela 3 - Classes de agressividade ambiental

    Classe de agressividade

    ambiental

    Agressividade Risco de deteriorao da estrutura

    I fraca insignificante II moderada pequeno III forte grande IV muito forte elevado

    32

    Tabela 4 - Classes de agressividade ambiental em funo das condies de exposio

    Regio onde se localiza a estrutura

    Tipo de ambiente

    Ambientes internos

    Ambientes externos

    A B C D Rural I I I I Urbana I II I II Marinha II III --- III Industrial II III II III Industrial (*) III IV IV IV Respingos de mar --- --- --- IV Submersa --- --- --- I Solo --- --- (**) (***)

    (*) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indstrias de celulose e papel, armazns de fertilizantes, indstrias qumicas.(**) Adotar a classe I se o solo for seco e no agressivo.(***) Adotar a classe II, III ou IV se o solo for mido e agressivo.

  • 33

    Ambiente A: ambientes internos secos (com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%). Exemplos: interiores de apartamentos residenciais e de conjuntos comerciais, ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura.

    Ambiente B: ambientes internos midos ou caracterizados por ciclos de molhagem e secagem. Exemplos: vestirios e banheiros coletivos, cozinhas e lavanderias industriais, garagens.

    Ambiente C: ambientes externos secos (com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%). Exemplos: obras em regies de clima seco, partes protegidas da chuva em ambientes predominantemente secos.

    Ambiente D: ambientes externos midos ou caracterizados por ciclos de molhagem e secagem. Exemplos: obras externas em geral, partes no protegidas da chuva.

    34

    Tabela 5 - Exigncias de qualidade do concreto em funo da agressividade do ambiente

    Concreto Classe de agressividade Tipo I II III IV relao gua-cimento mxima (em massa)

    CA CP

    0,65 0,60

    0,60 0,55

    0,55 0,50

    0,450,45

    classe de resistncia mnima

    CA CP

    C20C25

    C25 C30

    C30 C35

    C40 C40

    CA: elementos estruturais de concreto armado CP: elementos estruturais de concreto protendido

    Tabela 6 - Cobrimento nominal (cm) das armaduras para concreto armado - cnom

    Elemento Classe de agressividade

    I II III IV Laje 2,0 2,5 3,5 4,5 Viga e pilar 2,5 3,0 4,0 5,0

  • 35

    Havendo controle de qualidade rigoroso, os valores da tabela 6 podem ser reduzidos de 0,5cm, mas a exigncia de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto.

    Em todos os casos, o cobrimento nominal de uma determinada barra deve ser, no mnimo, igual ao dimetro da prpria barra. No caso de feixes de barras, o cobrimento nominal no deve ser menor que o dimetro do crculo de mesma rea do feixe (dimetro equivalente).

    A dimenso mxima caracterstica do agregado grado utilizado no concreto, , no pode superar 20% do cobrimento nominal, ou seja, .

    maxdnomcd 2,1max

    barra isolada Feixes de barras

    n=2n=3 n=4

    44

    22e

    s nA

    ==

    ne =

    Dimetro equivalente do feixe:

    36

    Dimetro mximo do agregado grado em funo do cobrimento nominal para Classe de Agressividade Ambiental I:

    Lajes: cnom=2,0 cm ..... dmax= 24 mm Vigas e pilares: cnom=2,5 cm .... dmax=30 mm

    (usar dmax=19 mm no projeto)

    5,0++= tcdAltura til d: Vigas e pilares:

    += cdLajes macias:

    'dhd =

  • 37

    Tabela 7 Parmetro d para vigas e pilares (cm) Classe de

    agressividade 10= mm 20= mm

    I 3,5 4,0 II 4,0 4,5 III 5,0 5,5 IV 6,0 6,5

    Tabela 8 Parmetro d para lajes macias (cm) Classe de

    agressividade 5= mm 10= mm

    I 2,5 3,0 II 3,0 3,5 III 4,0 4,5 IV 5,0 5,5

    (Considerando estribos de 5mm)

    38

    Abertura mxima das fissuras:

    Classe de agressividade I: abertura mxima de 0,4mm;Classes de agressividade II e III: abertura mxima de 0,3mm.Classe de agressividade IV: abertura mxima de 0,2mm.

    Em casos especficos, esses limites devem ser reduzidos.Ex.: nos reservatrios, para garantir a estanqueidade.

  • 39

    SUGESTES PARA ESCOLHA DA CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL

    Edifcios residenciais e de escritrios situados em zona urbana, afastados do mar ou de indstrias

    poluidoras1. Interior do edifcio

    1.1) Dormitrios, sala, cozinha, banheiro, despensa, etc.Pode-se considerar a classe I para todos os elementos.

    1.2) Garagens

    Pode-se considerar a classe I se a garagem for seca. Em garagens midas, geralmente situadas no subsolo, deve-se

    considerar a classe II.

    40

    2. Exterior do edifcio

    2.1) Vigas e pilares de fachada

    I

    IInterior de

    edifcio

    I

    I

    I

    II ou II

    Fachada

    Fig. 1

    Apenas as faces externas das vigas e dos pilares de fachada esto submetidas ao da chuva. Para essas faces, deve-se considerar a classe I, nas regies secas, e a classe II, nas regies midas.

    Para uniformizar o projeto, sugere-se o seguinte:Se a fachada for rebocada e pintada, ou revestida com pastilhas

    cermicas ou outro revestimento similar, considerar a classe I para os elementos estruturais nessa fachada.

    Se a fachada for em concreto aparente, considerar a classe II.

  • 41

    2.2) Sacadas

    Para sacadas fechadas, pode-se considerar a classe I (igual ao interior de apartamento).

    Para sacadas permanentemente abertas, sujeitas a chuvas, deve-se considerar a classe I, em regies secas, e a classe II, em regies midas.

    Se a estrutura for rebocada e o piso da sacada for do tipo impermevel (piso cermico ou similar), possvel considerar a classe I mesmo em regies midas, desde que sejam tomadas as precaues quanto drenagem da gua da chuva.

    42

    2.3) Marquises

    Em geral, deve-se considerar a classe II, devido possibilidade de acmulo de gua da chuva e infiltrao atravs das fissuras na face superior, prximo ao engaste.

    Pode-se considerar a classe I, desde que fique claro no projeto a exigncia de impermeabilizao da face superior, conforme a fig. 2.

    Classe II

    manta impermevel

    Classe I

    fissura

    Fig. 2

    *** Observar o caimento na face superior da marquise, para evitar acmulo de gua da chuva.

  • 43

    2.4) Reservatrios superiores

    II

    I

    I

    I

    I ou II

    I ou II

    II

    I ou II

    Tampa

    Fundo

    Fig. 3

    Para as faces internas das paredes e do fundo, pode-se considerar a classe I (submersa).

    A face inferior da tampa deve ser considerada como classe II (ambiente interno mido e caracterizado por ciclos de molhagem e secagem: respingos).

    Para a face superior da tampa e as faces externas das paredes, pode-se ter a classe I, em regies secas, ou a classe II, em regies midas.

    Para a face inferior do fundo, deve-se considerar a classe II (ambiente externo mido, pois geralmente no pega sol).

    Sugesto: Considerar, para o reservatrio, a classe II.

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    RESUMO:

    Para um edifcio situado em zona urbana, longe de indstrias poluidoras e longe do mar (quanto ?), possvel considerar a classe I, desde que os elementos estruturais expostos chuva (vigas e pilares de fachada, marquises e sacadas) sejam protegidos atravs de adequada impermeabilizao.

    Em alguns casos, como para as marquises, recomenda-se que tal exigncia de impermeabilizao seja explicitada no projeto.

    Para o reservatrio superior e para as garagens midas, situadas em subsolo, deve-se considerar a classe II.

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    3. Fundaes

    Em geral, o solo mido, sendo necessrio considerar a classe II. Se o solo for agressivo, deve-se considerar classe III ou IV (fazer anlise qumica do solo para definir).

    4. Muros de arrimo

    Neste caso, deve-se considerar o solo mido, conforme indicado na fig. 4. Se o solo no agressivo, pode-se considerar a classe II.

    Fig. 4

    Em todos os casos onde houver contato da estrutura com solos agressivos, deve-se avaliar o grau de agressividade para o enquadramento na classe III ou na classe IV.