conceitos bÁsicos de electricidade

60
CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE (REVISÃO)

Upload: ritaornelas

Post on 23-Jun-2015

1.482 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

CONCEITOS BÁSICOS DE

ELECTRICIDADE(REVISÃO)

Page 2: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

2

OBJECTIVOS

Rever os conceitos elementares da teoria eléctrica e das fundamentais que intervêm na electricidade.

Recordar cada uma das magnitudes eléctricas e as suas unidades

Aplicar correctamente os conceitos e magnitudes eléctricas ao circuito eléctrico.

Page 3: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

3

INTRODUÇÃOPraticamente em todos os aspectos da vida a energia eléctrica intervém de uma ou outra forma, sendo cada dia mais frequente o uso que dela se faz. Desde que toca o despertador de manhã, que acendemos a luz, que ligamos o rádio, a televisão, o frigorifico, a máquina de lavar, o computador, todo um sem-fim de aparelhos electrodomésticos, meios de transporte, comunicação e maquinaria funcionam com electricidade. É pois de especial interesse adquirir conceitos claros e concisos acerca desta área da ciência para poder aplicá-los na prática e correctamente ao longo da nossa vida profissional.Para se poder interpretar e explicar os fenómenos eléctricos criaram-se várias teorias, mas só a teoria electrónica o fez de uma maneira clara e completa dando explicação para todos eles.

Page 4: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

4

TEORIA ELECTRÓNICA

Cada átomo está constituído por um núcleo subdividido, alternadamente, em protões e neutrões; em volta do dito núcleo giram os electrões. O protão tem carga positiva e o electrão, carga negativa. Num átomo electricamente neutro, o número de protões é igual ao número de electrões, como mostra na figura

+ +

-

-

Núcleo

Neutrão

Electrão

Protão

Page 5: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

5

Se um átomo perde electrões fica electrizado positivamente; se, pelo contrário, ganha electrões fica electrizado negativamente. O fenómeno de electrização dos corpos é conhecido por fricção. O electrão é a parte mais importante do átomo, já que para ter facilidade para se mover ao longo dos corpos vai depender da característica condutora ou isoladora destes. Por isso, podemos dizer que a unidade elementar de carga eléctrica é o electrão.

Page 6: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

6

CORRENTE ELÉCTRICATem o nome de corrente eléctrica o movimento de electrões num corpo condutor. Todos os corpos tendem a ficar em estado electricamente neutro; assim, se dois corpos entram em contacto, um carregado com excesso de electrões e o outro com carência dos mesmos, estabelecer-se-á entre eles uma troca de electrões ate que se igualem electricamente, tal como está representado na Figura .

B+

A_

ELECTRÕES

Page 7: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

7

CIRCUITO ELÉCTRICO

O circuito eléctrico é o percurso através do qual se movimentam os electrões. Para uma melhor compreensão, estabelece-se uma comparação entre o circuito hidráulico e o circuito eléctrico.

Page 8: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

8

CIRCUITO HIDRAÚLICOVejamos dois recipientes que se encontram a níveis diferentes e unidos por meio de um tubo, como podemos observar na Figura .

A

BC

H

Page 9: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

9

Entre eles constrói-se uma corrente de água desde o depósito mais alto até ao que se encontra mais abaixo e até que o desnível H fique eliminado. Tal como a corrente de água se produziu devido à diferença de nível existente, a corrente eléctrica estabelece-se devido a uma diferença de potencial eléctrico (electrões) entre dois pontos unidos por um condutor.

Page 10: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

10

CIRCUITO HIDRÁULICO FECHADO E CIRCUITO ELÉCTRICO

Page 11: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

11

Para manter a circulação de água de forma contínua, é necessário uma bomba hidráulica que a eleve desde o depósito B ao depósito A. A água, no seu percurso descendente, produz um trabalho, ao mover as hélices da turbina, semelhante ao das pedras de um moinho.

G

M

Interruptor

Motor

Gerador

Diferença de

Potencial

Page 12: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

12

Num circuito eléctrico, o gerador proporciona o desnível eléctrico, isto é a forca electromotriz (F.E.M.), e os electrões, no seu percurso, produzem um trabalho. Neste exemplo transformam a energia eléctrica em energia mecânica ao fazer girar o motor.

Page 13: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

13

COMPARAÇÃO DE AMBOS OS CIRCUITOS

Bomba hidráulica = Gerador

Turbina = Motor

Torneira = Interruptor

Tubos = Condutor eléctrico

Diferença de níveis = Diferença de potencial

Page 14: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

14

Observamos a semelhança entre ambos os circuitos, e sabemos que se dá uma relação directa entre eles.

Uma bomba hidráulica de tamanho maior poderá fazer subir a água a uma altura mais elevada.Um gerador maior proporciona uma F.E.M., logo, uma diferença de potencial (d.d.p. ) mais elevada.A turbina proporciona-nos um trabalho mecânica no seu eixo ao ser movida pela água.O motor proporciona-nos um trabalho mecânica no seu eixo ao ser atravessado pelos electrões durante o seu percurso.Tubos de maior secção podem transportar maior quantidade de água e produzir maior trabalho com menos perdas.Um condutor de major secção pode transportar mais electrões e, portanto, mais energia com menos perdas.A torneira permite interromper a passagem da água.

Page 15: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

15

O interruptor deixa passar a corrente ou interrompe-a.Para que a agua circule, a torneira deve estar aberta.Para que a corrente circule, o interruptor deve estar fechado.Tipos de corrente: continua, alternada e pulsante.

Page 16: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

16

MAGNITUDES ELÉCTRICAS

Em todo o circuito eléctrico manifesta-se uma série de magnitudes eléctricas: força electromotriz, diferença de potencial, quantidade de electricidade, intensidade de corrente, densidade de corrente, resistência, potência e energia.

Page 17: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

17

FORÇA ELECTROMOTRIZ

É a causa que origina o movimento dos electrões em todo o circuito eléctrico. A sua unidade é o volt (V).

Page 18: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

18

DIFERENÇA DE POTENCIAL

Também conhecida como tensão eléctrica e voltagem. É o desnível eléctrico existente entre dois pontos de um circuito. A sua unidade é o volt (V). Mede-se com um voltímetro. E representado pela letra U.

Page 19: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

19

QUANTIDADE DE ELECTRICIDADE

É o número total de electrões que percorre um condutor. Como a carga do electrão tem um valor muito pequeno, a unidade prática que se emprega é o Coulomb (C).

1 Coulomb = 6,3.1018 electrões.

Page 20: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

20

INTENSIDADE

É a quantidade de electricidade que atravessa um condutor na unidade de tempo (1 s). A unidade é o ampere (A). Mede-se com um amperímetro.

I= Q/tI = IntensidadeQ = Quantidade de electricidade t = Tempo

1A= 1C/1s

A = AmpereC = Coulomb s = Segundo

Page 21: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

21

DENSIDADE DE CORRENTE ELÉCTRICA

É o número de amperes que circula por cada mm2 do condutor, isto é, intensidade por unidade de secção. A unidade é o A/mm2.

δ= I/Sδ = Densidade de corrente (A/mm2) I = Intensidade (A)S = Secção (mm2)

Page 22: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

22

RESISTÊNCIAÈ a dificuldade que apresenta um material á passagem da corrente eléctrica. É representado pela letra R e a sua unidade é o ohm (Ω). Esta dificuldade responde á atracção que os núcleos exercem sobre os electrões no seu movimento.Cada material possui uma resistência especifica característica que se conhece pelo nome de resistividade. E representado pela letra grega "r"(ρ). Material ρ em Ω

mm²/m

Prata 0,015

Cobre 0,017

Alumínio 0,027

Estanho 0,13

Mercúrio 0,94

Resistividade de alguns materiais

Page 23: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

23

Por isso, a resistência (R) de um condutor depende directamente da sua resistividade e comprimento e é inversamente proporcional à sua secção. Mede-se com um ohmímetro. A resistência de um condutor valerá, portanto:

R = Resistividade (Ω)ρ = Resistência (Ω mm²/m)

l = Comprimento (m)S = Secção (mm2)

R=ρ . l/S

Page 24: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

24

RESISTÊNCIAS EM SÉRIE

Diz-se que vários aparelhos receptores ou resistências estão conectados em série quando estão dispostos um a seguir ao outro, sendo todos percorridos pela mesma intensidade de corrente.

Cálculo da resistência total

É evidente que a resistência total é igual à soma das resistências componentes; de modo que se um circuito está constituído pelas resistências R1, R2 e R3 agrupadas em série a resistência total é:

Page 25: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

25

R1 R2 R3

RT = R1 + R2 + R3

A resistência total ou equivalente das várias resistências conectadas em série é igual à

soma de todas elas.

Page 26: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

26

CÁLCULO DA INTENSIDADE

Se nos extremos deste circuito se aplicar uma d.d.p. de V volts, a intensidade de corrente que o atravessa é, de acordo com a lei de Ohm:

R1 R2 R3

I I I

V

Page 27: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

27

A intensidade de corrente que circulará pelas resistências será a mesma para todas. Ou seja:

I T = I1 = I2 = I3

R1 + R2 + R3 RT I= V = V .

Page 28: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

28

CÁLCULO DE D.D.P.A diferença de potencial aplicada, de V volts, deve ser igual a soma das d.d.p. ou quedas de tensão que se produzem entre os extremos de cada uma das resistências. Calcula-se estas quedas de tensão aplicando a formula V = I x R.

R1 R2 R3

I I I

VT

V1 V2 V3

A

B C

D

Page 29: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

29

A diferença de potencial entre os extremos de um circuito formado por resistências em série, é igual à soma das quedas de tensão que se produzem em cada uma delas.

VT = Vl+V2+V3

Deduz - se que :

Entre A e B

V1 = I x R1

Entre B e C

V2 = I x R2

Entre C e D

V3 = I x R3

Portanto:

V1+V2+V3 = ( R1+R2+R3 ) I

Page 30: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

30

Estes circuitos estão sujeitos a três princípios básicos:1. A resistência total do circuito é igual à soma das

resistências parciais.

R1 R2 Rn

2. A intensidade de corrente que o circuito absorve é constante em cada um dos receptores conectados em série.

I1 I2 In

3. A tensão aplicada reparte-se proporcionalmente pelas resistências parciais, sendo a tensão total igual a soma das tensões parciais.

Page 31: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

31

R1 R2

VT

V1 V2 Vn

Rn

I T = I1 = I2 = … = In

RT = R1 + R2 +…+ Rn

VT = V l+V2+ … + Vn

Page 32: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

32

CÁLCULO DE POTÊNCIAS

A potencia total num circuito é dada pela formula P = V x I. Segundo as características do circuito série podemos calcular as potências parciais como se segue:

R1 R2 R3

P1

V1 V2 V3

P2 P3

Pt

A potência total consumida é a soma das potências consumidas em cada resistência.

PT = P1 + P2 + P3

Page 33: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

33

RESISTÊNCIAS EM PARALELO

Cálculo dos seus valoresDiz-se que duas ou mais resistências estão conectadas em paralelo ou derivação, quando os extremos de todas elas se encontram unidos em dois pontos comuns

R1

R2

R3

Page 34: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

34

CÁLCULO DE D.D.P.Vejamos um conjunto de resistências R1, R2 e R3, conectadas em paralelo, as quais se aplica uma d.d.p. de V volts, sendo percorridas por correntes I1, I2 e I3.

R1

R2

R3

I2

I3

I1

V

Page 35: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

35

CÁLCULO DA INTENSIDADE

É fácil compreender que a soma destas intensidades que circulam por cada uma das resistências seja exactamente igual à intensidade da corrente total.

R1

R2

R3

I2

I3

V

I1

It

Page 36: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

36

A intensidade total da corrente é igual à somadas intensidades parciais. I T = I1 + I2 + I3

Por outro lado, a queda de tensão em cada resistência é igual à d.d.p. aplicada, logo:

V=I1.R1+I2.R2+I3 .R3

De onde a intensidade de cada ramo se obtém sucessivamente:

I1= V/R1 I2= V/R2I3= V/R3

O cálculo de Intensidade total será como dissemos anteriormente:

I T = I1 + I2 + I3

Page 37: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

37

CÁLCULO DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE.

Tem o nome de resistência equivalente ou total, o valor da resistência única que pode produzir os mesmos efeitos que todas as resistências do conjunto.

Dedução da fórmula

Sabemos que: I= I1 + I2+I3

E I1= V/R1

I2= V/R2

I3= V/R3

Page 38: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

38

Substituindo na igualdade anterior

I= + +

V V V

R1 R2 R3

Dividindo por V todos os terminais da expressão

= + +

V V V

R1 V

R2 V R3 V

V

I

Simplificando:

= + +

1 1 1

R1 R2 R3 V

I

como é a inversa da resistência ( )V

I 1

R

Page 39: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

39

Temos finalmente

= + +

1 1 1

R1 R2 R3 R

I

E por conseguinte

=1 1 1

R1 R2 R3

1

+ +

R

A resistência total ou equivalente das várias resistências conectadas em paralelo é igual ao inverso da soma dos inversos das resistências.

Page 40: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

40

Resumindo, tal como fizemos com os circuitos em série, os circuitos em paralelo estão sujeitos a três princípios importantes:

A tensão aplicada nos extremos de cada um dos componentes do circuito é igual a do conjunto.

R1

R2

Rn

V1 V2 Vn V

V = V l =V2 = … = Vn

Page 41: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

41

A intensidade da corrente que percorre o circuito reparte-se de forma inversamente proporcional ao valor de cada uma das resistências e é igual a soma das intensidades parciais.

R1

R2

Rn

I1 I2 In

I = I1 + I2 + … + In

Page 42: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

42

A resistência total é sempre menor que qualquer uma das resistências parciais do circuito, e calcula-se mediante a seguinte fórmula

R1

R2

Rn

=1 1 1

R1 R2 Rn

1

+ +…+

R

Page 43: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

43

RESISTÊNCIAS IGUAIS CONECTADAS EM

PARALELOTal como com as resistências em série, se as resistências são do mesmo valor, os cálculos, logicamente, facilitam-se muito.

RT = R1

/nºIT = nº *

I1

PT = nº * P1

n° - o número de resistências que compõem o circuito.

Page 44: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

44

Cálculo:Temos duas resistências em paralelo de 6 Ω e 12 Ω respectivamente, a resistência resultante calcula-se como se segue:

R c =

R 1x R2

R 1+ R2

=6 x 126 + 12

=7218

=4 Ω

Se as resistências foram quatro de 6, 12, 24 e 36, calcularíamos a resistência resultante desta forma:

=1

11

6 12 24

1

+ + +

R1

36

Page 45: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

45

Em primeiro lugar passamos o denominador

1 1

1

6 12 24

1

36

+ + +

A uma única fracção; isto é, pomos o 6 ,12 ,24 e 36 denominador comum nestas fracções. Para isso, decompomos os quatro denominadores 6, 12, 24 e 36 em factores que não se possam reduzir. Por exemplo 2:

6 2

3 3

1

12

2

6 2

3 3

1

24

2

12

2

6 2

3 3

1

36

2

18

2

9 3

3 3

1

6 =2 . 3

12 =2 . 2 .3

24 =2 . 2. 2 . 3

36 =2. 2. 3 . 3

Page 46: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

46

Podemos observar que temos dois factores que aparecem, o 2 e o 3. Vemos onde cada um deles aparece em mais ocasiões (neste caso, no 24 aparece três vezes o 2 e no 36 duas vezes o três). Por isso, o número que procuramos como denominador comum seria: 2 * 2 * 2 * 3 * 3 = 72.

O passo seguinte seria:

72

6= 12 72

12= 6 72

24= 3 72

36= 2

Ficaria como se segue

=

1

12 + 6 + 3 + 2

R

72

=1

23

72

=72

23=3,13 Ω

Page 47: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

47

RESISTÊNCIAS EM CIRCUITO MISTO

Cálculo dos seus valores

Os circuitos mistos são constituídos por uma parte das suas resistências conectadas em série e por outra parte em paralelo. A resistência total calcula-se decompondo as parciais em grupos, de modo que se podem aplicar facilmente as fórmulas série EM e EM paralelo.

O método mais seguro e eficaz para resolver os circuitos mistos é o das transfigurações. Consiste em ir simplificando o esquema inicial até conseguir outro circuito suficientemente simples para facilitar os primeiros cálculos.

Page 48: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

48

Por exemplo, as resistências R1, R2, R3 e R4

R2

R3

R1

R4

Soma das resistências em série do ramo em paralelo R3+R4=R5

= R1+

1

1

R

R2

1R3 + R4

+

Page 49: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

49

Soma inversa das resistências em paralelo =R6 R=R1 +R6

R2

R1

R5

= R1+

1

1

R

R2

1R5

+ Soma das duas resistências em série

R1 R6

RtR=Rt

Page 50: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

50

Desta forma achámos o valor da R equivalente do circuito; mas ainda nos falta calcular os valores de tensão, potência e intensidade em cada uma das resistências. Para desenvolver estes cálculos deve-se aplicar a teoria de série e paralela sem distinção, segundo se proceda, em cada uma das resistências.

R1

R3

R2

R4

V1

V1

P1

V2

V4V3

P2

P3 P4

I1

I2

I3

Page 51: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

51

LEI DE OHMO famoso físico Ohm descobriu através de uma experiência a relação que existe entre estas três magnitudes eléctricas: intensidade, tensão e resistência, estabelecendo uma lei que tem o seu nome e que diz assim: "Num circuito eléctrico, a intensidade de corrente que o percorre, é directamente proporcional à tensão aplicada e inversamente proporcional à resistência que este apresenta" A figura mostra-nos o circuito eléctrico básico, composto por uma pilha ou bateria e um elemento resistente R como carga. O voltímetro V vai medir o valor da tensão do circuito e o amperímetro A a intensidade que circula por ele.

R4V

AI = V/R

1A= 1V/Ω I = IntensidadeV = TensãoR = ResistênciaA = AmpereV = Volt Ω = Ohm

Page 52: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

52

POTÊNCIA ELÉCTRICAÉ a quantidade de trabalho ocorrida na unidade de tempo. Num circuito eléctrico é igual ao produto da tensão pela intensidade. A sua unidade é o watt (W). Mede-se com um wattimetro. São múltiplos do watt (W), quilowatt (1 kW = 1.000 W) e megawatt (1 MW = 1.000.000 W).

W = WattV = VoltA = Ampere

P = V * I (em W) 1W=1V * lAP = PotênciaV = TensãoI = Intensidade

Juntamente com a formula da lei de Ohm podem obter-se as seguintes formulas da potência

P = V* I = V * V/R = V2/R

P = V * I = R * I * I = R * I2

P = V2/R ( em W )

P = R * I2 ( em w )

Page 53: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

53

ENERGIA ELECTRICA (E)È o trabalho desenvolvido num circuito eléctrico durante um tempo determinado. É dado pela formula:

E = P * t (em W.s) = Joules

1 J= 1W * 1s

E= Energia P= Potênciat = TempoJ = JoulesW= Wattss = segundo

A unidade é o Joule.

Esta medida é muito pequena, pelo que se emprega outra de valor mais elevado, o quilowatt-hora (kw/h).O kw/h é a unidade que os contadores de energia medem.

Kw * h= 1000 * 3600s = 3600000 Joules

O custo da energia é o resultado da multiplicação do seu valor pelo preço unitário (Pu).

Custo = E * Pu E = Energia em kw/hP = Preço unitário

Page 54: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

54

EFEITO JOULEEntende-se por este nome o aquecimento que um condutor experiencia ao ser atravessado pela corrente eléctrica. Este aquecimento deve-se à fricção dos electrões com os átomos na sua passagem pelo condutor. As unidades caloríficas usadas são: a caloria (cal) e a quilocaloria (kcal).

• Caloria. É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um grama de água a um grau centígrado.• Quilocaloria. É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um quilograma de água a um grau centígrado.

1 kcal = 1000 calExiste uma equivalência entre a unidade de energia eléctrica (Joule) e a unidade calorífica (caloria):

RECORDE1 Joule e igual a 0, 24

calorias.

Page 55: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

55

A energia calorífica e a energia eléctrica relacionam-se através da formula seguinte, conhecida por Lei de Joule:

Q = Quantidade de calor (cal) E = Energia eléctrica (W s)0,24 = Coeficiente de equivalência

Q = 0,24 * E(em calorias)

Page 56: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

56

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA

RESISTÊNCIA DE UM CONDUTORAo aquecer-se um metal aumenta a "agitação" dos seus

átomos o que dificulta o movimento de electrões; o resultado é um aumento da resistência num condutor.Ensaios sobre diferentes materiais condutores permitiram comprovar um aumento constante da resistência com a temperatura.

Define-se como coeficiente de temperatura o aumento de resistência de um condutor ao aumentar a sua temperatura um grau centigrado. Portanto, a resistência de um condutor ao aumentar a temperatura é igual a que tinha inicialmente mais o aumento que experienciou

Page 57: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

57

È dada pela fórmula:

Rf = Resistência finalRi = Resistência inicial α = Coeficiente de temperaturaΔ t = Aumento de temperatura

Rf = Ri (1 + α * Δt)

Material α (ºC-1)

Prata 0,0036

Cobre electrolítico 0,0043

Alumínio 0,004

Estanho 0,0045

Tungsténio 0,0042

Manganina 0,00001

Page 58: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

58

RESUMO• O átomo é formado por um núcleo, com protões e neutrões, núcleo em volta do qual gravitam os electrões.

• Corrente eléctrica é o movimento de electrões ao longo de um corpo condutor.

• Circuito eléctrico é o caminho através do qual se movimentam os electrões.

• Intensidade de corrente é a quantidade de electricidade que circula por um condutor por unidade de tempo.

• Densidade de corrente eléctrica é a intensidade que circula por cada unidade de secção de um condutor.

Page 59: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

59

• Resistência eléctrica é a dificuldade que apresenta um material à passagem da corrente eléctrica.

• A Lei de Ohm diz que a intensidade de corrente que circula por um circuito eléctrico é directamente proporcional à d.d.p. e inversamente proporcional à resistência.

• O gerador eléctrico proporciona a F.E.M. necessária para manter o movimento dos electrões no circuito eléctrico.

• A diferença de potencial (d.d.p.) é o desnível eléctrico existente entre dois pontos de um circuito.

• A quantidade de electricidade é o número total de electrões que percorrem um condutor.

Page 60: CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Formador Nelson Ornelas Cenfim 2009

60

• A intensidade de um circuito eléctrico é directamente proporcional a tensão aplicada, e inversamente proporcional a resistência que este apresenta.

• Potência eléctrica é a quantidade de trabalho desenvolvida na unidade de tempo.

• Energia eléctrica é o trabalho desenvolvido num circuito eléctrico num determinado tempo.

• O aquecimento que experiencia um condutor ao ser atravessado pela corrente eléctrica é conhecido por efeito Joule.