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Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

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Page 1: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Conceito Fiscal

Definições e discussão de aplicações

Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Page 2: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Estrutura da Aula

Déficit Público:

. Terminologia e Definições

. Fontes dos Dados

. Conceitos de Déficit Público

Page 3: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

CONCEITOS BÁSICOS

“ESTE MÊS, O GOVERNO DIVULGOU UM NOVO RESULTADO

NEGATIVO DAS CONTAS PÚBLICAS, MEDIDO PELO DÉFICIT

NOMINAL.

O RESULTADO PRIMÁRIO, PORÉM, FOI MAIS UMA VEZ

SUPERAVITÁRIO. AS CONTAS DO GOVERNO CENTRAL, POR SUA

VEZ, REVELARAM UM SURPREENDENTE SUPERÁVIT, MESMO NO

CONCEITO NOMINAL.

NO CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA, PORÉM, O RESULTADO TERIA SIDO

DEFICITÁRIO, JÁ QUE A DESPESA DE CAIXA DO MÊS FOI

ARTIFICIALMENTE CONTIDA PELA TRANSFERÊNCIA DO

PAGAMENTO DE PARTE DA FOLHA DO FUNCIONALISMO PARA O

PRÓXIMO MÊS.”

Page 4: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Abrangência das Contas: Conceitos

GOVERNO CENTRALGOVERNO CENTRAL= (GOVERNO FEDERAL + INSS + BANCO = (GOVERNO FEDERAL + INSS + BANCO

CENTRAL)CENTRAL)

GOVERNO = GOVERNO CENTRALGOVERNO CENTRAL+ ESTADOS +

MUNICÍPIOS

SETOR PÚBLICO SETOR PÚBLICO = = GOVERNO + EMPRESAS ESTATAIS (FEDERAIS, GOVERNO + EMPRESAS ESTATAIS (FEDERAIS,

ESTADUAIS E MUNICIPAIS)ESTADUAIS E MUNICIPAIS)

Page 5: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

SETOR PÚBLICO = GOVERNO + EMPRESAS ESTATAIS (FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS)= GOVERNO CENTRAL + ESTADOS E MUNICÍPIOS+ EMPRESAS ESTATAIS (FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS)= GOVERNO FEDERAL + INSS+ BANCO CENTRAL + ESTADOS E MUNICÍPIOS+ EMPRESAS ESTATAIS (FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS)

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Conceitos básicos

II. ESTATÍSTICA FISCAL “ACIMA DA LINHA” NAS CONTAS

PÚBLICAS:

INCLUEM AS ESTATÍSTICAS FISCAIS DESAGREGADAS, QUE

APRESENTAM AS VARIÁVEIS DE RECEITA E DE DESPESA.

 

“ABAIXO DA LINHA” NAS CONTAS PÚBLICAS:

VARIÁVEL QUE MEDE APENAS A DIMENSÃO DO DESEQUILÍBRIO

ATRAVÉS DA VARIAÇÃO DO ENDIVIDAMENTO PÚBLICO.

Page 7: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

ESTATÍSTICA FISCAL “ACIMA DA LINHA” vs “ABAIXO DA LINHA”

RECEITA

-     DESPESA

RESULTADO (+) OU (- )

~ “SALDO DO CARTÃO DE CRÉDITO”

Page 8: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

NO BRASIL, ALGUMAS CONTAS (COMO POR EXEMPLO, a

Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) - A

SER DEFINIDA) SÃO MEDIDAS “ABAIXO DA LINHA”, A

PARTIR DE ALTERAÇÕES NO VALOR DO

ENDIVIDAMENTO PÚBLICO.

Page 9: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

OUTRAS FONTES QUE MAIS RECENTEMENTE PROPORCIONAM

INFORMAÇÃO ACIMA DA LINHA: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL (SRF) – APURA RECEITA DO

GOVERNO FEDERAL;

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL (STN) – CONSOLIDA DADOS

DA RECEITA E DA EXECUÇÃO DO TESOURO NACIONAL (BC);

INSS – DADOS DE RECEITA E DESPESAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E

DO PRÕPRIO ÓRGÃO;

SECRETARIA DE POLÍTICA ECONÔMICA (SPE) – CONSOLIDA AS

INFORMAÇÕES ACIMA E APRESENTA UM QUADRO DESAGREGADO

DAS RECEITAS E DESPESAS DO GOVERNO CENTRAL

(FEDERAL+INSS+BC);

SECRETARIA ESPECIAL DE CONTROLE DAS EMPRESAS ESTATAIS

(SEST) – EXECUÇÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS FEDERAIS.

Page 10: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

III. CONCEITOS RELEVANTES: “CAIXA” versus “COMPETÊNCIA”

O CONCEITO “CAIXA”:

DESPESAS SÃO CONSIDERADAS NA ESTATÍSTICA COMO

TENDO OCORRIDO NO MOMENTO OU PERÍODO EM QUE

SÃO PAGAS.

 

O CONCEITO “COMPETÊNCIA”:

DESPESAS COM VALOR ASSOCIADO AO MOMENTO OU

PERÍODO EM QUE É GERADA, MESMO QUE NÃO TENHA

SIDO PAGA.

Page 11: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

EXEMPLO ILUSTRATIVO:

“INÍCIO DE 1995 – SITUAÇÃO ECONÔMICA CONJUNTURAL

DIFÍCIL – GOVERNO DECIDIU ADIAR O PAGAMENTO DE 70%

DO FUNCIONALISMO PARA O MÊS SEGUINTE.

LIA-SE NA IMPRENSA:

...“O GOVERNO ESTÁ APENAS MELHORANDO O SEU

DESEMPENHO DE CAIXA, MAS ISSO NÃO ALTERA O DÉFICIT

PELO CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA”

 CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA : CONSIDERA O MOMENTO DE “GERAÇÃ

O” DA DESPESA, MESMO QUE NÃO TENHA SIDO PAGA

Page 12: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

CONCEITOS BÁSICOS

“ESTE MÊS O GOVERNO DIVULGOU UM NOVO RESULTADO

NEGATIVO DAS CONTAS PÚBLICAS, MEDIDO PELO DÉFICIT

NOMINAL.

O RESULTADO PRIMÁRIO, PORÉM, FOI MAIS UMA VEZ

SUPERAVITÁRIO. AS CONTAS DO GOVERNO CENTRAL, POR

SUA VEZ, REVELARAM UM SURPREENDENTE SUPERÁVIT,

MESMO NO CONCEITO NOMINAL.

NO CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA, PORÉM, O RESULTADO TERIA

SIDO DEFICITÁRIO, JÁ QUE A DESPESA DE CAIXA DO MÊS

FOI ARTIFICIALMENTE CONTIDA PELA TRANSFERÊNCIA DO

PAGAMENTO DE PARTE DA FOLHA DO FUNCIONALISMO

PARA O PRÓXIMO MÊS.”

Page 13: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Conceitos de

Déficit Primário,

Déficit Operacional e

Déficit Nominal

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DÉFICIT PRIMÁRIO:

DADO PELA DIFERENÇA ENTRE RECEITAS E DESPESAS NÃO FINANCEIRAS.

TOMANDO COMO BASE A EXPRESSÃO DA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA, TEM-SE QUE O DP EM DETERMINADO PERÍODO t, PODE SER REPRESENTADO COMO:

DPt = (Gnf – Rnf)t

 TRATA-SE DE MEDIDA IMPORTANTE POR DUAS RAZÕES PRINCIPAIS:

-         REPRESENTA A ORIGEM E A FONTE DE ALIMENTAÇÃO DOS DÉFICITS TOTAIS E DA DÍVIDA PÚBLICA, DAÍ O TERMO PRIMÁRIO.

-         PERMITE A IDENTIFICAÇÃO DE FOCOS DE DESEQUILÍBRIO, POR MEIO DOS FLUXOS DE RECEITAS E DESPESAS.

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(COMPUTADA PELA METODOLOGIA: “ACIMA DA LINHA”)

PERMITE RESPONDER A QUESTÕES DA SEGUINTE NATUREZA:

-         QUAIS OS ITENS DA DESPESA QUE CRESCEM INERCIALMENTE?

-         QUAIS AS DESPESAS MAIS SUSCETÍVEIS A CORTES, NA HIPÓTESE DE AJUSTE FISCAL?

-         QUAL A SITUAÇÃO DAS CONTAS PREVIDENCIÁRIAS?

-         QUAIS OS IMPOSTOS MAIS SENSÍVEIS A VARIAÇÕES NA ATIVIDADE ECONÔMICA?

Page 16: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

O DÉFICIT PRIMÁRIO É MEDIDA RELEVANTE,

CONSIDERANDO-SE QUE PARA IMPLEMENTAR UM

PROGRAMA DE AJUSTE FISCAL É FUNDAMENTAL:

- CONHECER O COMPORTAMENTO E A LEI DA FORMAÇÃO

DAS DESPESAS E RECEITAS PRIMÁRIAS,

QUE EM ÚLTIMA INSTÂNCIA IRÃO DETERMINAR A TRAJETÓRIA

DA RELAÇÃO DÍVIDA/PIB.

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Déficit Operacional

DO

= Déficit primário + Despesas com juros reais (dívida)

Page 18: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Déficit nominal

DN = Déficit operacional + atualização monetária da dívida

•Revisão (MACRO)

Déficit orçamentário no período DNt = Gt – Tt + r.Bt-1

Onde:

•r = taxa de juros reais

•Bt-1: dívida pública ao final do período t-1

•Gt = Gasto no período t

•Tt = Receita no período t

Page 19: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Déficit vs Dívida

• Não confundir déficit com dívida.

• A dívida é um estoque, correspondente ao que o governo deve em consequência de déficits passados.

• O déficit é um fluxo: quanto o governo toma emprestado em um dado ano.

Page 20: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Resumindo-se:

DP = Déficit Primário (Gnf – Rnf) (acima da

linha)

DO = DP + despesas com juros reais (dívida)

•DN = DO + atualização monetária da dívida

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DÉFICIT OPERACIONAL:

 É UMA MEDIDA BASTANTE REQUISITADA EM PERÍODOS DE INFLAÇÃO ELEVADA. ESTE É COMPUTADO DESCONTANDO-SE DA NFSP NOMINAL A PARTE REFERENTE À ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.

DE FATO, PERDE-SE A NOÇÃO DE QUE EM DETERMINADOS MOMENTOS, A REMUNERAÇÃO DOS TÍTULOS PÚBLICOS EM TERMOS REAIS PODE SER NEGATIVA EM FUNÇÃO DA ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA.

NESSE CASO, A INFLAÇÃO ESTÁ CONTRIBUINDO PARA REDUZIR A DÍVIDA PÚBLICA.

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DÉFICIT OPERACIONAL:

EM 1990, ENQUANTO O DÉFICIT NOMINAL BRASILEIRO FOI DE

29,6% DO PIB, O DÉFICIT OPERACIONAL FOI DE –1,3%, OU

SEJA, HOUVE SUPERÁVIT NA OCASIÃO.

COM A REDUÇÃO DA INFLAÇÃO, A TENDÊNCIA É A

APROXIMAÇÃO ENTRE OS VALORES DO DÉFICIT NOMINAL E

DO DÉFICIT OPERACIONAL.

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Outros conceitos importantes:

• Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) (conceito nominal, operacional e primário)

• Déficit Público

• Dívida Fiscal

• Dívida Líquida do Setor Público

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NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO

Page 25: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

ATUALMENTE, O BACEN APURA O QUE É CONHECIDO COMO RESULTADO FISCAL POR EXCELÊNCIA,

OU SEJA:

“NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO”

NFSP

= Variação do endividamento do Setor Público não financeiro junto

ao sistema financeiro e ao setor privado, doméstico ou do resto

do mundo, segundo os critérios

elaborados pelo FMI (manual de estatística fiscal).

Page 26: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

NFSPO conceito NFSP no Brasil é usualmente medido pelo conceito “abaixo da linha” em que a análise é conduzida a partir da variação da dívida.

Por definição:•NFSP = DLSP + Privatizações – Outros ajustes patrimoniais

Objetivo da medida: avaliar o impacto do setor público sobre a demanda agregada.•Se a dívida líquida aumenta, é porque ocorreu um déficit. •A privatização não é considerada receita.•Quando a privatização é utilizada para abater a dívida pública, não há impacto sobre as NFSP. •A privatização tem impacto negativo sobre a variação da DLSP, coeteris paribus.

Page 27: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

• Intuitivamente...• Quando ocorre uma privatização destinada ao abatimento

de dívida financeira, a dívida líquida do setor público cai.• Neste sentido, a situação do setor público “melhora”.

• No entanto, um indivíduo que vende um apartamento para pagar uma dívida não tem motivos para comemorar.

• Trata-se do cancelamento simultâneo de um ativo e de um passivo.

Page 28: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

NFSP• O conceito NFSP no Brasil é usualmente medido pelo

conceito “abaixo da linha” em que a análise é conduzida a partir da variação da dívida.

• Por definição:

• NFSP = DLSP + Privatizações – Outros ajustes patrimoniais

• Outros ajustes patrimoniais: afetam a dívida sem estarem ligados à ocorrência de um déficit.

Page 29: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

NFSP - ESSA INFORMAÇÃO

“ABAIXO DA LINHA”

NÃO PERMITE A IDENTIFICAÇÃO DO MOTIVO DE

DESEQUILÍBRIO NAS CONTAS.

Page 30: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

OBSERVAÇÃO:

NFSP (NO BRASIL): SÃO APURADAS PELO CONCEITO DE CAIXA,

EXCETO PELAS DESPESAS DE JUROS, APURADAS PELO CONCEITO DE

COMPETÊNCIA CONTÁBIL.

 

OBJETIVO:

. EVITAR QUE O GOVERNO EMITA TÍTULOS DE PRAZO MAIS LONGO,

MANTENDO O DÉFICIT ARTIFICIALMENTE BAIXO.

. COM A APROPRIAÇÃO DOS JUROS PELO CRITÉRIO DA COMPETÊNCIA,

O BC TORNA A DESPESA DE JUROS MAIS REGULAR AO LONGO DO

TEMPO.

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NFSP no Brasil

• NFSP conceito abrangente de déficit público utilizado pelo FMI começou a se utilizado no Brasil nos anos 80.

• Objetivo do conceito: medir a pressão do setor público não financeiro sobre os recursos financeiros (tanto interno como externos) da econômica, ou seja, sobre a poupança.

• Nesse sentido, consolidam-se os diversos orçamentos de entidades consideradas governo (exclui transferências intra-governo) e, a partir das NF de cada uma das entidades chega-se à NFSP

• O que interessa: pressão sobre os recursos financeiros, deduzem-se dos orçamentos as amortizações de capital e os créditos concedidos pelo setor público ao setor privado.

Page 32: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

 

PASSOU A SER DIVULGADA A PARTIR DA DÉCADA DE 80, QUANDO O FMI OBJETIVAVA ACOMPANHAR O DESEMPENHO GLOBAL DO SETOR PÚBLICO NO PAÍS.

 

ATUALMENTE, AS NFSP ENGLOBAM O SETOR PÚBLICO NÃO FINANCEIRO E O BANCO CENTRAL (FINANCEIRO).

TRATA-SE DE MEDIDA: “ABAIXO DA LINHA”

 

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NFPS - Análise

• 1. Considerar uma situação na qual, ao longo do tempo, apesar da queda da inflação, a diferença entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP operacionais aumenta. Qual uma possível explicação?

• Possível explicação: déficit público alto provocando aumento da relação dívida/PIB

• Se a inflação cai, mas a relação se eleva muito ao longo do tempo, o efeito déficit pode predominar sobre o primeiro.

Page 34: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Completar o círculo virtuoso

Aumenta Superávit Primário -> -------------------->

redução NFSP ->

----------------------------- ->

aumento de investimento

Page 35: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

CONSIDERAR, A PRINCÍPIO, A MEDIDA GERAL DE DÉFICIT PÚBLICO (a ser desdobrado em NFSP):

D = G – R (1)

D: DÉFICIT PÚBLICO

G: GASTO PÚBLICO

R: RECEITA PÚBLICA

Referentes a um determinado período no tempo.

Page 36: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

O Setor Público (assim como qualquer outro agente econômico, uma empresa ou um trabalhador assalariado) tem uma Restrição Orçamentária.

Para manter-se em equilíbrio ao longo do tempo:

Fluxo da Arrecadação do Governo = Fluxo de Dispêndios

 

Caso contrário, gera-se um Superávit ou Déficit no orçamento.

No caso de um SUPERÁVIT, pode acumular POUPANÇA (se INV<POUP) ou EMPRESTAR recursos para o setor privado.

+ +

No caso de gerar um DÉFICIT, ocorre o inverso - o governo gasta mais que arrecada - gera Necessidade de Financiamento - junto ao setor privado e/ou Banco Central.

Page 37: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Necessidade de Financiamento do Governo (NFG)

NFG = CG + JG + IG – T (2)

Onde:• CG: consumo

• JG:juros da dívida

• IG: investimento

• T: receita tributária, líquida de subsídios e transferências, exclusive juros

• Lembrando: entende-se por Governo para efeitos das Contas Nacionais = Governo Central+ Estados e Municípios

• Não inclui empresas estatais

Page 38: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Poupança do governo pode ser definida como:

SG = T – (CG – JG) (3)

Ao mesmo tempo, tem-se pela equação (2), que:

T – (CG – JG) = IG – NFG (4)

Igualando-se (3) a (4):

SG = IG – NFG

Ou NFG = IG - SG

Page 39: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

• A existência de um déficit • não significa que a poupança seja negativa,

mas pode estar indicando apenas que • embora positiva, a poupança (SG) é inferior ao

valor do investimento do governo (IG).

Page 40: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

Não é correto afirmar:

“o governo tem uma poupança negativa já que tem um déficit”

(+) (+) (+)• NFG = IG – SP (déficit)

Se IG > SP

______________________________________

(-) (+) (+) • NFG = IG – SP (superávit)

Se IG < SP

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III. AS FONTES DE DADOS SOBRE A SITUAÇÃO FISCAL :

NA MAIORIA DOS PAÍSES, EXISTEM PELO MENOS DUAS

INSTITUIÇÕES QUE DIVULGAM TAIS ESTATÍSTICAS.

NO BRASIL SÃO:

1. IBGE

RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS

OU DO “GOVERNO” (ESFERA FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL, EXCLUINDO ESTATAIS);

 

2. BACEN - CONTAS DO SETOR PÚBLICO

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: OS DADOS DO IBGE DEIXARAM

DE SER REFERÊNCIA NO DEBATE (MAS AINDA EXISTEM)

SOBRE O TEMA POR 3 MOTIVOS:

a)    Discrepâncias entre a tendência dos dados fiscais das CN (IBGE) e os do BACEN;

b)   Por se tratarem de dados anuais; cuja divulgação é feita com grande defasagem (geralmente de um semestre) ; estiveram sujeitos a revisões substanciais.

c)    Na revisão metodológica realizada em 1997, o IBGE não informou os dados do quadro correspondente à Formação de Poupança pelo Governo, considerada como a informação mais importante, em termos fiscais, divulgada pela instituição.

Page 43: Conceito Fiscal Definições e discussão de aplicações Referência: Capítulo 2 Giambiagi e Além

  Eventualmente pode-se esperar também que ocorra o desenvolvimento de um círculo virtuoso

Aumenta Superávit Primário ->

redução DLSP -> 

redução NFSP ->

redução na taxa de juros ->

aumento de investimento ->

aumento do produto da economia