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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL AGOSTO 2014 • ANO LXI • Nº 08 11 DE AGOSTO SANTA CLARA DE ASSIS AGOSTO MÊS VOCACIONAL SAV reúne 39 jovens em Guaratinguetá COMUNICAÇÕES

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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL

AGOSTO 2014 • ANO LXI • Nº 08

11 de Agosto

sAntA clArA de Assis

Agostomês vocAcionAlsAv reúne 39 jovens em guaratinguetá

ComuniCações

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sUmÁrio

MensageM do Ministro Provincial “O chamado a vivermos nossa vocação à santidade ................................................................................................................... 371

ForMaÇÃo PerManenteCarta do Ministro Geral por ocasião da solenidade de Santa Clara ........................................................................................ 373“O cuidado moral e pastoral de nossas famílias”, de Frei Nilo Agostini ................................................................................. 376

savEncontro Vocacional: Vitória da ‘Seleção Franciscana’. .............................................................................................................. 379Reunião do Conselho do SAV ........................................................................................................................................................ 381

ForMaÇÃo e estudosNotícias do Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga ................................................................................................... 383Rodeio: Missões em Presidente Getúlio........................................................................................................................................ 384Corpus Christi em Rodeio .............................................................................................................................................................. 385“The Voice II” no Noviciado ........................................................................................................................................................... 386

FraternidadesJubileu de Frei Abel Schneider........................................................................................................................................................ 387Jubileus da Província no Capítulo das Esteiras ............................................................................................................................ 388Encontro Regional de Agudos ....................................................................................................................................................... 389Vinho sempre novo nos odres do Regional de Curitiba ............................................................................................................ 390Regional Capixaba se reúne na nova residência dos frades em Colatina ................................................................................ 391Dom João Bosco toma posse na Diocese de Osasco ................................................................................................................... 392Festa de São Pedro Apóstolo de Gaspar na 164ª edição ............................................................................................................. 394Sagrado festeja seu Padroeiro ......................................................................................................................................................... 397São Francisco no caminho da Penha ............................................................................................................................................. 398Xaxim e a presença franciscana ...................................................................................................................................................... 400Encontro do Regional do Contestado ........................................................................................................................................... 402“Dar comida não é assistencialismo”, artigo de Frei Luiz Iakovacz .......................................................................................... 403

evangeliZaÇÃoSefras SP: Novo serviço no Jardim Peri Alto ................................................................................................................................ 404Erigida a Quase-Missão de Santa Terezinha do Menino Jesus de Kangandala ...................................................................... 406Bom Jesus em primeiro lugar ......................................................................................................................................................... 408Visita à Igreja que está em Óbidos, artigo de D. Odilo Scherer ................................................................................................ 409

oFMConselho Internacional da JPIC se reúne em Jacarta ................................................................................................................. 410Nova Encíclica tem “conselhos” franciscanos .............................................................................................................................. 411Ordem nomeia o Visitador Geral para a Província da Imaculada Conceição ....................................................................... 412

notÍcias e inForMaÇÕesAnselm Grün no Brasil .................................................................................................................................................................... 413

FaleciMentosFalece Frei Lency F. Smaniotto ....................................................................................................................................................... 414Um frade idealista e ao lado dos pobres ....................................................................................................................................... 415

agenda ......................................................................................................................................................................................... 416

ProvÍncia Franciscana da iMaculada conceiÇÃo do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

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caríssimos irmãos e irmãs,Paz e Bem!

O mês de agosto, desde 1981, foi indicado pela CNBB para ser o mês vocacional. Também neste ano somos convidados a refletir sobre o chamado que Deus nos faz para vivermos a nossa vocação à santidade, vivenciando em cada semana uma vocação específica: a vocação sacerdotal; a vocação fa-miliar; a vocação para a vida con-sagrada e a vocação do laicato na Igreja, nos seus diferentes ministé-

rios e serviços, com ênfase especial aos catequistas.

Para este ano o tema escolhido pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, é: “Vocações para uma grande Mis-são”, com o lema “Ide e anunciai” (Mt 11,4b). Vejo nesse tema e lema o ecoar das palavras do Papa Fran-cisco, algumas das quais aqui re-cordo ao término da 28ª Jornada Mundial da Juventude.

Na sua homilia, pronunciada na Praia de Copacabana no dia 28 de

julho de 2013, o apelo vocacional para uma grande missão aos qua-tro cantos da terra foi evidente: “Jesus o chama a ser um discípulo em missão”. Um chamado vocacio-nal que implica no “Ide, sem medo para servir”. Ir sem medo porque “Jesus foi quem primeiro veio para junto de nós e não nos deu somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro”. Vocacionados a ir sem medo, “para todos os ambien-tes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais dis-tante, mais indiferente. O Senhor

o cHAmAdo A vivermos NOSSA VOCAÇÃO À sAntidAde

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procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”.

“Ide e anunciai”! Este imperativo e ao mesmo tempo lema deste mês vocacional pode encher-nos de es-panto e de medo quando começa-mos a pensar nas possíveis dificul-dades e limitações naturais da nossa condição humana diante da infinita bondade do Pai das misericórdias que nos chama e em nós deposita confiança. As grandes vocações bí-blicas não passaram pelos mesmos medos e inquietações? Também aqui o Papa Francisco nos recor-dou a Palavra do Senhor dirigida ao Profeta Jeremias: “Não tenhas medo... pois estou contigo para defender-te” (Jr 1,8). E continua o Papa: “Quando vamos anunciar Cristo, ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discí-pulos em missão, Jesus prometeu: “Eu estou convosco todos os dias” (Mt 28,20). Ide, sem medo para ser-vir. O principal serviço é o anúncio do Reino para o qual todos somos vocacionados, caminho necessário para a nossa santificação.

Já no encontro com os volun-tários da JMJ, novamente estava em foque o tema vocação. O Papa foi propositivo e claro ao interpe-lar: “Sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é gran-de a riqueza da vida que se recebe! Deus chama para escolhas definiti-vas, Ele tem um projeto para cada um; descobri-lo, responder à pró-pria vocação é caminhar para a re-alização feliz de si mesmo. A todos Deus chama à santidade, a viver a sua vida, mas há um caminho para cada um”.

Portanto, o convite de Jesus, ‘vinde e vede’ (Jo 1,39), perma-nece a regra de ouro da pastoral vocacional. Este ‘vinde e vede’, a exemplo dos nossos fundadores, passa pelo fascínio da pessoa do Senhor Jesus e a beleza do dom total de si à causa do Evangelho (cf. VC 64). Por isso, mais uma vez, convido cada irmão a não perder de vista uma das tarefas que assumimos como Provín-cia para este sexênio: Revigorar a animação vocacional, em nós

mesmos e também nos nossos jovens.

E com as festividades de Nossa Senhora dos Anjos (Porciúncula), Santa Clara de Assis e Santa Bea-triz da Silva que celebramos neste mês de agosto, recordo as palavras testamentares de Clara de Assis: “Entre outros benefícios que te-mos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia, está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mas a Ele é devida. Por isso diz o Apóstolo: Reconhece a tua vocação” (vv 2-3).

Assim, finalizando, invoco a bênção de Deus sobre todos e to-das, em especial os confrades, os postulantes, os seminaristas e os vocacionados. E em nome de to-dos, saúdo e abençoo as nossas coirmãs Clarissas e Concepcionis-tas. Parabéns a todas pela festivi-dade de Santa Clara de Assis (11 de agosto) e de Santa Beatriz da Silva (17 de agosto)!

Frei Fidêncio vanboemmel, oFMMinistro Provincial

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irmãs caríssimas,O Senhor vos dê a paz!

“A alegria do Evangelho enche o co-ração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG 1).

As palavras com as quais se abre a exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco nos fazem mergulhar de imediato na realidade de uma alegria que pre-enche a vida. É a própria alegria do Cristo, uma alegria difusiva, que deseja comunicar-se.

A Igreja nasce em saída: “Ide!” (cf. Papa Francisco, Homilia na S. Missa no Cenáculo, 26.5.2014). As portas do Cenáculo não podem ficar fechadas: Jesus as atraves-sa para que a alegria do encontro com Ele vivo fortifique os discípu-los na unidade e torne os seus pés ligeiros para o anúncio até os ex-tremos confins da terra. “A alegria do Evangelho que enche a vida da comunidade dos discípulos é

missionária. […] A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante, e a comunhão reveste essencialmente a forma de comu-nhão missionária” (EG 21;23). Deus quer promover nas pessoas de fé a “dinâmica do êxodo” (cf. EG 20-23).

A palavra do Papa Francis-co convida claramente a Igreja a avançar no caminho da evangeli-zação. É uma palavra que interpela cada discípulo e desafia também a nós, Irmãos e Irmãs.

Escutando em sintonia con-vosco este convite, chego até vós com a presente carta, por ocasião da festa da mãe Santa Clara, com o desejo de colher a especificidade desta exortação para vós, que abra-çastes e que viveis a forma de vida das Irmãs Pobres.

Como o mandato missionário pode ser lido a partir da vida de Clara? O que diz a vós e às vossas comunidades, hoje?

Ao permanecer com suas Irmãs

entre os muros de São Damião, Clara soube tornar-se evangeliza-dora, vivendo com simplicidade e plenitude o Evangelho e anun-ciando com a vida a Boa Nova. Ao dirigir cada dia o seu olhar para o “espelho” que é o Filho de Deus, ela soube deixar-se habitar pelos seus sentimentos, até transformar a sua existência na semelhança plena da imagem d’Ele (cf. 3In 12-13). A vida que ela abraça torna--se testemunho: ao permanecer na contemplação do Filho, que desde sempre está no seio do Pai, Clara segue Jesus no seu movimento “em saída” por amor, o seu descer para fazer-se semelhante aos homens (cf. Fil. 2,6-11) e encontrá-los no concreto da vida. A encarnação de Jesus é encontro com a fragi-lidade, é assunção da pobreza, é entrega na humildade, é inserção na periferia. Deus entra na história habitando os espaços da margina-lidade, ali onde o pó das estradas da Galileia sujam os pés, onde as

cArtA do ministro gerAl por ocAsião dA solenidAde de sAntA clArA de Assis

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mãos são marcadas por feridas e calos, onde a vida se joga nas rela-ções cotidianas, nas situações diá-rias, nas circunstâncias ordinárias.

A vida de Clara não deseja ser outra coisa que o seguimento do Filho de Deus que por nós se fez caminho (TestC 5), ao seguir os passos deixados por Ele (cf. 3In 4.25). A sua resposta ao chamado do Pai, que conheceu e acolheu com a ajuda do pai São Francis-co, significou concretamente viver com as suas Irmãs no mosteiro de São Damião, permanecendo aber-ta à vida de Assis, sentindo-se par-

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vel, pois, ao permanecer no mos-teiro, estar “em saída”, ser missio-nário, alcançar as periferias. Mas como se pode traduzir isso para o concreto da vida cotidiana?

Uma primeira modalidade foi indicada pelo próprio Papa Fran-cisco: “Mas, e as comunidades de clausura? Sim, também elas, por-que estão sempre “em saída” com a oração, com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus» (Regina Caeli, 1.6.2014). Se rezar é permanecer na oração de Jesus, dali não se pode sair se não no êxodo do amor que nos impele a

ou cansada de tantos irmãos e ir-mãs, restituindo o sopro podero-so e leve do Espírito da vida. Nas realidades muitas vezes fechadas à esperança, a comunidade pode ser testemunha dos horizontes mais amplos da presença de Deus: com simplicidade, a mostrar, sem demasiados filtros ou barreiras, uma humanidade autêntica, uma fraternidade possível, na busca do bem recíproco entre as pessoas e do bem comum. Nenhuma estru-tura pode e deve prender o dom da misericórdia recebida: “O próprio Senhor nos colocou como mode-

abraçar o mundo e cada rosto. O Filho é aquele que vive com o Pai e juntos se fazem presentes ao lado de cada pessoa, em especial dos úl-timos.

Há outras dimensões da mis-sionariedade que cada um de vós e das vossas comunidades pode viver.

A vossa vida, marcada pela es-tabilidade, deve levar-vos a criar raízes em um lugar determinado, a cultivar laços com um território. Estabilidade não é estaticidade e fe-chamento, pelo contrário é enraiza-mento e relação vital. Portanto, traz consigo um valor dinâmico.

O mosteiro pode alimentar uma relação de “osmose” com o territó-rio no qual está inserido, deixan-do penetrar a respiração afanosa

te da sua história e da sua gente, “permeável” à realidade concreta da vida dos irmãos. Clara vai morar em um lugar pobre, periférico, pró-ximo, e esta escolha possibilita à sua comu-nidade a proximidade com os marginaliza-dos e os pobres. Esta vizinhança lhe permite sentir o respiro da ci-dade, conhecer as feri-das, os medos, as espe-ranças, as necessidades do povo. Dedica-lhe uma escuta hospitaleira, como o ventre que acolhe, como uma caixa de resso-nância do grito dos pobres ao Pai das misericórdias (TestC 2). Cla-ra vive assim a sua missão: vai ao encontro da Irmã mais próxima, permanece aberta aos irmãos e ao povo, deixa-se impelir pelo desejo de chegar até Marrocos para obter o martírio. Clara, dentro dos con-fins de São Damião, com o olhar fixo em Jesus, habitada pelos seus sentimentos, pode “deixar entrar” os irmãos e pode “viver em saída” na direção a eles, sem fechar-se na própria sobrevivência e autono-mia, mas peregrina e forasteira (cf. RSC VIII,2) a caminho do santuá-rio do Outro e da terra prometida do encontro com o outro. É possí-

lo, exemplo e espelho para os outros…” Tes-tC 19 ss.)

Sois chamadas, como Irmãs Pobres, a viver um movimento de “descentralização”, a redescobrir o centro verdadeiro e vital, o princípio de unidade que vos faz conver-gir. “Para entender de verdade a realidade, devemos “deslocar--nos”, ver a realida-de a partir dos mais

diferentes pontos de vista” (Papa Francisco à USG). Há um pos-sível e necessário movimento de “descentralização” a ser realizado a partir de si e a partir da própria comunidade. O mundo não nasce e não termina dentro dos limites dos muros do mosteiro. É funda-mental não absolutizar a própria realidade, mas ter o olhar sábio de quem sabe colher a complexidade.

Por isso, o melhor ponto de ob-servação se pode encontrar na pe-riferia. Colocar-se ao lado dos mais frágeis, dos muitos rostos anôni-mos ajuda a compreender melhor onde bate o coração do mundo e a que coisa aspira. Ali, nas existên-cias mais marcadas pelos fracassos e derrotas, podeis deixar cair a se-mente boa de uma Palavra de vida.

Como Jesus, sede “acessíveis”,

prontas para acolher

a quem se aproxima de vós.

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É mais uma vez o Mestre a indi-car-nos o modo, assim como o ve-mos fazer com a Samaritana. Jesus senta junto ao poço. Participa do cansaço e da sede da humanidade e ali se deixa encontrar pela mulher, esperando-a no lugar da sua fadiga diária de buscar água. No diálogo com ela, em atitude de escuta da sua sede, Jesus a conduz pelo ca-minho da verdade e da liberdade até fazê-la reconhecer a sede mais profunda, acompanhando-a com misericórdia: a mulher assim pode partir novamente, tornar-se ela mesma “missionária”.

gias no contato com Aquele que é o vinho da alegria. Este é um serviço belo que podeis oferecer. Alguns podem ser chamados a anunciar o Evangelho com atividades ou gestos diversos, mas todos somos chama-dos a viver a caridade com a mesma paixão e solicitude.

É possível exercer hoje o man-dato missionário através dos meios de comunicação, ao utilizá-los com sabedoria e criatividade, numa “constante atenção ao tentar expri-mir as verdades de sempre numa linguagem que permita reconhecer a sua permanente novidade” (EG

lação profunda, livre, intensa com o Senhor. A sólida pertença a Ele, contemplado e amado, vos leve a amar com coração livre cada irmão pelo qual Ele deu a vida. Não se-jais fechadas nas vossas estruturas: ao permanecer na contemplação, sois chamadas a ser um sinal para os homens e as mulheres do nosso tempo, participando da sua vida, manifestando com alegria e espe-rança, através da vossa humanida-de, a presença do Ressuscitado.

Irmãs caríssimas, procurei re-colher convosco algumas provo-cações a partir do convite do Papa

Como Jesus, sede vós também “acessíveis”, prontas a acolher quem se aproxima de vós. Sede espelho da sua misericór-dia, para que o encontro com a Verdade possa li-bertar. “A comunidade missionária vive um dese-jo inexaurível de oferecer misericórdia”, “entra na

vida diária dos ou-tros, encurta as distân-cias”, “dispõe-se a acom-panhar, patenteia muita paciência” (EG 24). Ela contempla o sentido religioso de quem na vida de cada dia luta para sobreviver, a fim de “conse-guir um diálogo parecido com o que o Senhor teve com a Samari-tana” (EG 72), “de pessoa a pes-soa”, aprendendo a arte do acom-panhamento (cf. EG 127-129).

Há uma outra modalidade de viver o mandato missionário que creio possa dizer respeito à vossa específica missão na Igreja, isto é, ser lugar acolhedor para nós irmãos e para tantos missionários que estão expostos em primeira linha na mis-são ad gentes. Ser regaço acolhedor no seu retorno, ser para eles como uma hospedaria onde encontrar o óleo a ser derramado sobre alguma ferida aberta e o vinho para resta-belecer-se e para renovar as ener-

41). Isto requer formação para um uso inteligente dos meios e conhe-cimento de linguagens e formas de expressão novas, a fim de comuni-car a fé, sobretudo aos mais jovens.

Enfim, recorda o Papa que “a Igreja “em saída” é uma Igreja com as portas abertas” (EG 46). O mos-teiro não seja um lugar fechado e excludente, mas uma casa aberta que ofereça, especialmente a quem está em busca ou a quem está perdi-do, a quem deseja parar ou a quem está de passagem, o alívio de uma oração compartilhada e de uma liturgia bem cuidada, a água viva da Palavra, o calor de um abraço cheio de compreensão, o rosto sim-ples e verdadeiro de uma vida bela e de uma fraternidade autêntica. A clausura esteja a serviço de uma re-

Francisco.O Espírito Santo

com a sua santa ope-ração (cf. RSC X,9; Rb X,8) mantenha o vosso coração, como aquele da mãe Santa Clara, sempre aberto para acolher e pron-to para partir. Ele vos dê a graça de irradiar profunda humanida-de, de «ser pessoas que sabem entender os problemas humanos, que sabem perdoar,

que sabem orar ao Senhor pelas pessoas» (Papa Francisco, Encon-tro no Protomosteiro, 4.10.2013). A oração de intercessão vos moti-ve a buscar o bem dos outros e se transforme em um agradecimento a Deus por eles (cf. EG 281-283).

À vossa oração confio o cami-nho de preparação do próximo Capítulo Geral. O Senhor nos con-ceda viver em plenitude a nossa vocação de irmãos e irmãs, na ale-gria de uma vida que se faz anún-cio! Parabéns!

Roma, 15 de julho de 2014Festa de São Boaventura, Doutor

da Igreja

Fr. Michael anthony Perry, oFMMinistro Geral

Sede espelho dasua misericórdia,

para que o encontro com a Verdade possa

libertar.

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A FAMÍLIA NUM TEMPO DE MUDANÇAS

Frei nilo Agostini

A família constitui-se, segundo a Igreja, “num patrimônio da hu-manidade”, num dos seus “mais importantes tesouros”1. Em nossa condição de discípulos missioná-rios de Jesus Cristo, sentimo-nos chamados a trabalhar em prol da família, empreendendo em favor dela os nossos melhores esforços. Sendo a família “um dos bens mais preciosos da humanidade”2, ela permanece a comunidade funda-mental, o horizonte de vida perma-nente, o sustentáculo do humano.

Sabemos como é urgente a pre-sença pastoral da Igreja em favor da família, sobretudo em nossos dias. João Paulo II foi enfático em afirmar que “é preciso empregar todas as forças para que a pastoral da família se afirme e desenvolva, dedicando-se a um setor verdadei-ramente prioritário, com a certeza de que a evangelização, no futuro, depende em grande parte da Igreja doméstica”3.

1. A necessária atitude pastoral em favor da família

Já em 1974, na sua XIV Assem-bleia Geral, a CNBB incluía como

prioridade, no seu então Plano Bie-nal (1975/1976), a Pastoral da Fa-mília. A Comissão Representativa da CNBB, em consonância com a Comissão Episcopal de Pastoral, aprovou e publicou em março de 1975 o documento Em favor da Fa-mília, no qual se projetam algumas linhas de ação, assim resumidas:

“a) Criar condições para que a família possa realizar sua tríplice missão de formadora de pessoas, de evangelizadora e de construtora da sociedade;

b) Levar em consideração a evolução pela qual passa a institui-ção familiar e bem assim os novos valores que surgem;

c) Colaborar na realização de estruturas sociais que permitam às famílias marginalizadas atingir condições mínimas de estabilidade;

d) Incentivar e aprimorar a pas-toral junto aos casais cristãos, a começar pela preparação séria para a consciente celebração do sacra-mento do matrimônio”4.

Os pontos acima já demonstram uma clareza que foi se impondo pouco a pouco na prática na linha de uma Pastoral Familiar. Esta foi superando o quadro de uma Pas-

toral da Família, mais centrada no núcleo familiar como tal, sem ter em contra a incidência dos fatores socioeconômicos e culturais sobre o quadro familiar, o que a Pastoral Familiar procura hoje incluir5.

Em nossos dias, diante do con-siderável número de movimentos, institutos e serviços familiares, a Pastoral Familiar busca um en-trosamento de todo esse empenho existente. Sobre isso, já líamos no texto-base da Campanha da Frater-nidade de 1994:

“Algumas vezes, os movimen-tos, serviços e institutos parecem centrar-se em suas necessidades internas. Pode acontecer que al-guns deles tenham dificuldades em trabalhar mais em união com a Pastoral Familiar paroquial ou diocesana. Nem sempre paróquias e dioceses têm Pastoral Familiar organizada e os movimentos ocu-pam este vácuo, não sabendo ou não podendo colocar as bases de uma Pastoral Familiar mais ampla e mais completa. Certo é que, devi-do à sua estruturação, à formação permanente de seus membros, ao número relativamente elevado de seu contingente, esses movimentos

o cUidAdo morAl e pAstorAl de nossAs FAmíliAs

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niais e familiares a favor das famí-lias”7.

Um dos desafios, sobretudo em situações como a nossa, é integrar na Pastoral Familiar os menos favorecidos. E aqui precisamos superar os clichês que trabalham com os aparentemente “superio-res” e os “inferiores” da socie-dade, os “cultos” e os “incultos”, os aparentemente “certinhos” e os “errados” etc. É bom dar-se conta que existe toda uma cultura que brota dos empobrecidos, com uma força vital toda própria, as-sim descrita por João Paulo II em Puebla, no México: “A sua visão de vida, que reconhece a sacrali-dade do ser humano e do mundo, o seu respeito pela natureza, a humildade, a simplicidade, a so-lidariedade são valores que hão de estimular o esforço por levar a cabo uma autêntica evangeliza-ção inculturada”8.

Difíceis condições de vida ame-açam a instituição familiar. Em

especial, é preocupante a situação das crianças e dos idosos. Mere-ce contínua atenção a dignidade e participação das mulheres e a res-ponsabilidade do homem e pai de família. “Somos chamados a tra-balhar para que tal situação seja transformada e a família assuma seu ser e sua missão no âmbito da sociedade e da Igreja”9.

2. O aporte ético-moral

Quando falamos do aporte ético--moral, entra em cena a capacida-de de discernimento, fruto de uma consciência reta e verídica, crítica e prudente. Capta-se o que é preciso fazer (= moral), quais os caminhos possíveis e/ou necessários (= mo-ral), qual é o modo de proceder (= postura ético-moral), qual a postura prudencial-crítico-reflexiva de dis-cernimento e de depuração (= ética) que se fazem necessários para tratar da realidade da “família” e quais os parâmetros mais indicados etc.

Como se vê, são muitas as ques-tões. Diante delas, podemos reagir dizendo que o ideal evangélico e as normas que dele derivam são claros... Basta ajustar-se. Ninguém duvida do ideal “sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito”, nem do convite “convertei-vos e crede no Evangelho”. Ocorre, po-rém, que o ponto de partida é tomar as pessoas naquilo que elas são e, a partir daí, esboçar um caminho numa pedagogia do crescimento, da progressão, passo após passo.

Na Familiaris Consortio, João Paulo II supõe a pedagogia do cres-cimento ao afirmar: “A ação pasto-ral da Igreja deve ser progressiva, também no sentido que deve seguir a família, acompanhando-a passo a passo nas diversas etapas da sua formação e desenvolvimento”10.

Este acompanhamento progres-sivo pode ser captado no próprio caminhar do povo de Israel. Na escravidão do Egito, a convocação e as exigências são umas; para o

poderão dar uma indis-pensável colaboração na concretização de to-das as etapas da Pasto-ral Familiar”6.

A Pastoral Familiar deve permear toda a ação evangelizadora da Igreja, desde os tem-pos fortes da ativida-de pastoral (Natal em Família, Campanha da Fraternidade, Semana Nacional da Família) até a proposta de uma educação para o amor, que deve estar presente em todas as pastorais. Como nos diz o Docu-mento de Aparecida, é próprio da Pastoral Fa-miliar “comprometer de maneira integral e orgânica as outras pas-torais, os movimentos e associações matrimo-

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povo que está a caminho da Terra Prometida, no deserto, as exigên-cias são outras; e para o povo que já está na Terra Prometida, o apelo é outro ainda. Fica o ideal comum a ser buscado sempre. Porém, a cada etapa cabem os devidos pas-sos, sem queimar etapas e, assim, sem cair no artifício do “vamos fazer de conta que aqui estou ou estamos”, como se o ideal já esti-vesse de todo realizado.

Deixar de tomar em conta a “situação real” das pessoas, da comunidade, da sociedade e par-tir de imediato para a cobrança do “ideal”, ou fazer de conta que nele já nos encontramos todos, cria situações que levam a um “faz de conta” artificial, com pre-visão de quedas, regressões, desi-lusões, capitulações. É como for-çar a criança a ingerir alimentos sólidos quando só consegue ou lhe convém absorver alimentos líquidos.

São Paulo ilustra bem a situ-ação que acabamos de tocar ao dizer aos Coríntios: “Dei-vos a beber leite, não vos dei comida sólida, porque ainda não podíeis suportá-la” (1Cor 3,2). Na carta aos Hebreus, lemos: “Ainda ne-cessitais que vos ensinem os pri-

meiros rudimentos da Palavra de Deus. Tendes necessidade de leite em lugar de alimentos sólidos” (Hb 5,12). Ou ainda aos Corín-tios: “Quando era criança, falava como criança, raciocinava como criança; quando cheguei a ser ho-mem, deixei as coisas de criança agora inúteis” (1Cor 13,11-12).

“Jesus não entra em cena ‘co-brando comportamentos’, mas proclamando a todos uma boa--notícia. Significativamente as maiores exigências evangélicas são precedidas do ‘bem-aventu-rados’. As exigências evangélicas não são ditadas por normas desen-carnadas, mas por uma pedagogia do amor. A força ou a fraqueza de uma norma se concretiza no fas-cínio que ela desperta ou deixa de despertar. Uma vez fascinados por um ideal, os seres humanos são capazes de tudo, inclusive de dar sua vida por uma causa. Mas sem este fascínio se sentem impotentes e mesmo revoltados. A tarefa primeira do agente da Pastoral Familiar não é cobrar comportamentos, mas, a partir da valorização das sementes divinas numa situação, fascinar os ouvin-tes por um ideal”11.

Importa fascinar as pessoas

pelas propostas que emanam do Evangelho. Ao mesmo tempo, cuide-se para abrir os caminhos, apontar as possibilidades, criar as condições, evitar degradações, mesmo que se faça necessário proferir palavras com voz profé-tica diante das situações que sub-mergem nossas famílias em con-dições tanto subumanas quanto de incerteza no rumo a seguir.

“Visto que a família é o va-lor mais querido por nossos po-vos, cremos que se deve assumir a preocupação por ela como um dos eixos transversais de toda ação evangelizadora da Igreja. Em toda diocese se requer uma pastoral familiar ‘intensa e vigo-rosa’ para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida, e trabalhar para que os direi-tos das famílias sejam reconheci-dos e respeitados”12.

Concluindo, ressalto como muito oportunas as palavras do Papa Francisco quando pede uma “pastoral inteligente e corajosa para as famílias”, solicitando que “realcemos o plano luminoso de Deus sobre a família, e ajudemos os cônjuges a vivê-lo com alegria em sua vida, acompanhando-os em suas muitas dificuldades”13.

FormAção permAnente

1 Cf. BENTO XVI. Discurso inaugural. V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Aparecida. 13 de maio de 2007; V CONFERÊNCIA GERAL DO ESPISCOPADO LATINO-AMERICANO E DO CARIBE. Documento de Aparecida. Brasília/São Paulo: CNBB/Paulinas/Paulus, 2007, n° 114.

2 JOÃO PAULO II. Exortação apostólica Familiaris Consortio. 17ª edição. São Paulo: Paulinas, 2003, n° 1, p. 3.

3 Ibidem, n° 65, p. 109-110.

4 CNBB – Comissão Representativa. Em favor da família. 8ª edição. São Paulo: Paulinas, 1986, p. 7s.

5 Vários estudos buscaram pontuar a evolução da “Pastoral da Família” para a

“Pastoral Familiar”. Cf. MOSER, Antônio. A pastoral familiar a partir dos menos favorecidos. REB, 212 (1993), p. 771-790; VÁRIOS AUTORES. Introdução à Pastoral Familiar – Estudos, diretrizes e subsídios pastorais. Aparecida: Santuário, 1990; CNBB – Setor Família. Pastoral Familiar – Reflexões e propostas. Aparecida: Santuário, 1990; IDEM. Pastoral Familiar no Brasil. Col. Estudos da CNBB n° 65. São Paulo: Paulinas, 1993; IDEM. 1994 – Ano Internacional da Família. SEDOC, 27 (1994), p. 97-108; IDEM. Como organizar a Pastoral Familiar. São Paulo: Paulus, 1994.

6 CNBB – Campanha da Fraternidade 1994. A família como vai? (Texto-base). São Paulo: Salesiana, 1994, n° 128, p. 71.

7 Documento de Aparecida, n° 436, a.

8 JOÃO PAULO II. Discurso de abertura da IV Conferência Geral do CELAM. In: IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. Nova Evangelização, Promoção Humana, Cultura Cristã (Documento de Santo Domingo). Petrópolis: Vozes, 1992, n° 22, p. 23.

9 Documento de Aparecida, n° 432.

10 IDEM. Exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’. Op. cit., n° 65, p. 110.

11 MOSER, Antônio. Op. cit., p. 787.

12 Documento de Aparecida, n° 435.

13 PAPA FRANCISCO. “Uma pastoral inteligente e corajosa para as famílias”. In: Vatican Insider, 20-02-2014.

NOTAS

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Nos dias 4, 5 e 6 de julho, o Pos-tulantado Frei Galvão, em Guara-tinguetá, acolheu 39 jovens para o Encontro Vocacional, sendo estes dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo. A chegada, programada para a sexta--feira no período da tarde, já come-çou animada com o jogo do Brasil, em que postulantes, frades e voca-cionados comemoraram a vitória da seleção.

No sábado, após a missa, no café houve uma apresentação de todos e a primeira convocação dos vocacionados: a louça! To-dos eles se mostraram prontos a ajudar nas atividades da casa du-rante o encontro. Em seguida, já em campo, o técnico Frei Diego apresentou sobre: “Vocação no contexto bíblico”, chamando a atenção dos jovens para o discer-nimento do chamado de Deus e a vocação franciscana. No intervalo, no conhecido caramanchão da ala dos romeiros, aconteceu a forma-

ção do coral dos vocacionados. Durante a tarde, de volta ao

campo, os vocacionados conhece-ram um pouco do funcionamento das casas de formação da Provín-cia. Em seguida, alguns escolheram entrar em campo literalmente, ou-tros ajudaram na acolhida aos ro-meiros e trabalhos manuais. O dia terminou com um filme francisca-no e com a Bênção do Santíssimo, muito bem preparada pelos postu-lantes.

No domingo de manhã, ao som da fonte do claustro interno

vitÓriA dA “seleçãoFrAnciscAnA!”

FREI JHONES L. MARTINS E FREI GABRIEL DELLANDREA

em guaratInguetá

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do postulantado, todos entoaram louvores ao Criador pelo novo dia. Depois, o café da manhã e em seguida a missa, com uma consi-derável participação da comuni-dade local. Então, como Ação de Graças, o “badalado” Coral dos Vocacionados entoou o canto “Meu Deus e Meu Tudo”, de Frei Wilson Sperandio. Convocados pelo técnico novamente e já em campo, os vocacionados fizeram a avaliação do encontro, que, como uma vitória, foi comemora-do e avaliado positivamente. En-tão, para finalizar com “chave de ouro”, como ninguém é de ferro, um delicioso almoço à moda da casa, preparado pelos postulantes, funcionários e frades de Guará. Esse é um relato de mais uma vi-tória da seleção franciscana!

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Partilhas e encaminhamentos

Nos dias 7 e 8 de julho, o Conse-lho do Serviço de Animação Vo-cacional da Província esteve reu-nido no Convento São Francisco, em São Paulo. Dessa vez, estive-ram presentes todos os anima-dores regionais do SAV, além do Animador Provincial das Voca-ções e do Secretário da Formação e Estudos.

A reunião acontece ordina-riamente uma vez por ano, e tem por objetivo proporcionar um mo-mento de formação e estudos, ava-liar e rever a caminhada da Ani-mação Vocacional na Província, bem como lançar novas propostas de trabalho e ação.

Dentre os assuntos discutidos, destacamos os seguintes:

critérios de admissão de novos candidatosTendo em vista a demanda sempre maior de candidatos com realida-des cada vez mais distintas, sente-

-se a necessidade de se ter cada vez mais clareza quanto aos nossos critérios de admissão dos nossos vocacionados. Para tanto, o SAV encaminhará para a próxima As-sembleia uma ampla discussão e estudo dessa questão.

aspirantados Ensino Médio: Frei Rodrigo fez uma apresentação da realidade do Ensino Médio, em Ituporan-ga. Atualmente são 26 seminaris-tas, dos quais 3 são da Custódia das Sete Alegrias. Para um possí-vel ingresso no postulantado no próximo ano, há 4 seminaristas. As dificuldades continuam sendo quanto ao baixo nível de escola-ridade dos que chegam. Também ressaltou que as reformas para acolher o grupo dos aspirantes, no segundo semestre, já estão conclu-ídas. Além disso, há expectativa e alegria quanto à chegada dos no-vos confrades que irão compor a fraternidade: Frei Elias Dalla Rosa e Frei Douglas da Silva.

Fraternidade de Acolhimento Vocacional (FAV): Para o 2º se-

mestre há 16 aspirantes. Frei Diego avaliou a primeira etapa como sen-do positiva, destacando a acolhida por parte dos regionais e empenho na formação e acompanhamento dos aspirantes. Outro fator rele-vante foi a participação dos aspi-rantes em algumas atividades do SAV e do Pró-Vocações, gerando uma maior integração entre os próprios formandos. Como desa-fio para o próximo ano, há que se pensar na rotatividade e no tempo de permanência dos aspirantes nas diferentes fraternidades do regio-nal, de modo que não se prejudi-que a formação dos mesmos. É im-portante que eles conheçam outras fraternidades, mas que o tempo de permanência e acompanhamento maior seja na própria FAV.

Partilha dos regionaisCom todos os Animadores Vo-cacionais Regionais presentes, a partilha da realidade vocacional da Província foi rica, traçando o panorama geral de nossas ativida-des. Algumas situações de frater-nidades onde os animadores não

conselHo do sAv se reúneFREI DIEGO ATALINO DE MELO

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acolheram esta atividade como prioridade ainda são conhecidas. Entretanto, percebe-se que este trabalho tem sido cada vez mais acolhido e promovido tanto pe-los animadores quanto pelas fra-ternidades como um todo. Outro ponto de destaque é o número de vocacionados que fazem seu pri-meiro contato via internet, que a cada ano se torna maior. Também foi ressaltada a tentativa de algu-mas fraternidades estabelecerem um contato mais próximo com os trabalhos vocacionais de suas respectivas dioceses e paróquias diocesanas. Há que se trabalhar em rede.

atividades FuturasA maioria dos eventos futuros do

SAV já estão no calendário da Pro-víncia. Assim, dos que ainda não constam, destacamos a realização das próximas Missões Francisca-nas da Juventude, em Concórdia, de 22 a 25 de janeiro de 2015, bem como o Encontro Nacional de Jo-vens da CFMB, em Belo Horizon-te, de 16 a 19 de Julho de 2015, para o qual a CFMB pede 45 jovens de cada entidade.

Material vocacionalApós ampla consulta dos anima-dores vocacionais, foi elaborado novo material vocacional, que já está pronto. À medida que o SAV for realizando suas visitas o mate-rial irá sendo distribuído. Caso ne-cessário, os mesmos poderão ser enviados por correio.

secretariado da Formação e estudosFrei César partilhou sobre o anda-mento do trabalho de elaboração das Diretrizes da Formação e Es-tudos. Os Regimentos das Casas de Formação também estão sendo reavaliados, o que se torna urgente para a realidade do Seminário São Francisco de Assis, de Ituporanga, já que assume uma nova confi-guração a partir deste ano. Além disso, foi partilhada a realidade da formação em Angola, uma vez que se vive um momento em que há muitas vocações, mas sente-se a necessidade de mais formado-res para acompanhá-las. Também lembrou o Curso de Formadores da CFMB, que acontecerá no pró-ximo ano, em Petrópolis.

meU cAminHoFrei Walter Hugo de Almeida

Vou deslizando pelo chão afora,No firme passo do meu SIM – diria;Eu fui feliz ontem, e sou, hoje, agora,Na Vocação que eu escolhi um dia!...

Ser franciscano para mim é ouro,Ser sacerdote para mim, dever,Ser frade e padre é para mim tesouro,E nessa vida eu vou até morrer!...

O SIM que um dia dei, conservo puro,Resume meu passado e meu futuro,É Luz a me guiar no chão da vida.

Eu lhe desejo uma noite enluarada,E um feliz – atravessar a estrada,Assim como eu percorro o meu caminho...

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REFORMA CONCLUÍDAApós seis meses de obras, a re-forma de parte do Seminário foi concluída. A área reservada para acolher a segunda etapa do Aspi-rantado em 2014 já está prepara-da para receber os 16 aspirantes que seguem em sua caminhada de formação na vida franciscana. Os dormitórios, com beliches e armá-rios embutidos já foram monta-dos, a sala para a convivência fra-terna e a sala de estudo também. Tivemos a ajuda da Fraternidade de Agudos, que nos enviou mesas, bancos e cadeiras para completar aquilo que era necessário, parte do acervo da enorme biblioteca também foi cedido (no que era do interesse desta etapa da forma-ção) e uma van para o transporte dos formandos. Nossos agradeci-mentos à fraternidade de Agudos

que prontamente nos ajudou com este material.

RIFAS DA FESTAA Festa do Seminário 2014 se aproxima e, como todo ano, a rifa que é feita junto com a festa já está circulando por toda a cidade de Ituporanga e região. Além disso, os seminaristas levaram para vendê--la em suas paróquias de origem e, com grande satisfação, também contamos com a ajuda das frater-nidades que aceitam ajudar, con-forme suas possibilidades, a ven-der esta rifa. Desta forma, o que é o “carro chefe” da festa está indo muito bem nesse ano. Obrigado aos confrades e seminaristas!

SEGUNDO SEMESTREE neste segundo semestre a casa estará cheia! Serão cinco frades compondo a Fraternidade Per-manente; o Frei Douglas, frade

de profissão temporária que vem fazer estágio em nossa casa neste segundo semestre; 26 seminaristas e 16 aspirantes! Os preparativos para como integrar as duas etapas já foram feitos, em reuniões do Conselho de Formação e Estudos e da Animação Vocacional. Preten-de-se aproveitar a união dos aspi-rantes provenientes das FAVs e os aspirantes do Ensino Médio para que já comecem a se tornar uma turma em preparação para o Pos-tulantado. Novas atividades estão previstas para este semestre, como a reabertura do artesanato de ve-las e da padaria. Também foram pensadas formas de evangelização junto às instituições de assistência social da cidade e à paróquia, o que só contribuirá para a formação dos nossos jovens. Tudo pronto, e os formandos já estão chegando! Que façamos todos uma boa caminha-da neste semestre!

SemInárIO SÃO FranCISCO De aSSIS

notíciAs de itUporAngAFREI RODRIGO SANTOS

FormAção e estUdos

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A convite das Irmãs Catequistas Franciscanas, os noviços Frei Au-gusto Luiz Gabriel e Frei Douglas da Silva participaram das missões na comunidade de Mirador, mu-nicípio de Presidente Getúlio, em Santa Catarina, tendo em vista que uma das Irmãs Catequistas, Irmã Lídia Ferrari, filha desta terra, há 50 anos ingressara na vida religio-sa franciscana.

Mesmo com previsões de en-chentes e com muita preocupa-ção por causa das chuvas naque-la região, no dia 27 de junho de 2014, sexta-feira, a equipe mis-sionária, composta por irmãs ca-tequistas, aspirantes, freis e leigos da comunidade, estava pronta e disposta para visitar as famílias e escolas.

Divididos em três equipes, os missionários visitaram as casas e a Escola de Educação Básica Papa João XXIII. Na escola, o trabalho começou expondo o principal mo-tivo por que estávamos ali: a cele-bração dos 50 anos de vida religio-sa de Irmã Lídia Ferrari. Os alunos tiveram oportunidade de fazer perguntas e participar da refle-xão, através de dinâmicas, vídeos e brincadeiras; já que estávamos em plena Copa do Mundo, os alunos se apresentavam com a dinâmica de passar a bola, partilhando suas vidas.

Foram visitadas quase todas as famílias católicas da comunidade, e boa parte das famílias luteranas. Estas nos acolhiam muito bem e demonstravam grande interesse e respeito pela Irmã Lídia.

Já no sábado fizemos missões de manhã. À tarde nos reunimos na casa de uma família e assistimos ao jogo do Brasil contra o México,

nOVICIaDO

missÕes em presidente getúlioFREI AUGUSTO LUIZ GABRIEL

que para a nossa alegria venceu nos pênaltis.

Às 19 horas do sábado, na ca-pela da comunidade São Roque foi realizada uma celebração da luz, um dos símbolos do Centenário da Congregação das Irmãs Catequis-tas. Nesta celebração foi partilhado um pouco da história e das missões das Irmãs, desde a sua origem até o presente momento.

Para marcar o enceramento das missões, no domingo, às 9h30, foi celebrada a Santa Missa, ten-do como celebrante Frei Samuel Ferreira de Lima. Frei Samuel destacou a importância da vida

cristã em comunidade. Lembrou as palavras do Papa ao dizer: “Se o nome das pessoas que seguem Jesus é Cristão, o sobrenome é Igreja”. E também partilhou sobre o testemunho de São Pedro e São Paulo, cuja festa estava sendo cele-brada no dia.

Grande parte das pessoas pre-sentes e envolvidas nesta missão manifestou alegria e entusiasmo por ter participado deste Tríduo Vocacional que alimentou a fé e também despertou para uma maior vivência da vida cristã. E os nossos sinceros parabéns à jubila-da Irmã Lídia Ferrari.

Equipe dos missionários

Frei Douglas, Frei Samuel, Irmã Lídia e Frei Augusto

Irmã Lídia, a jubilada,entregando a vela à comunidade e

agradecimento pela missão

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No 1º de julho, após a celebração da Santa Missa às 19 horas, foi feito o lançamento do livro Frei Bruno Linden, Tudo para Todos, com a presença de nosso confrade escritor Frei Clarêncio Neotti.

O valor arrecadado com o lançamento deste livro será revertido para o processo de beatificação de nos-so humilde Servo de Deus Frei Bruno. A igreja lotou de fiéis e a grande maioria do povo desta cidade e redondezas contribui na compra deste mesmo livro, muito esperado por todos. Alguns, inclusive, muito empolgados levaram para a família inteira e os ami-gos para conseguir o autógrafo do autor.

Em sinal de agradecimento, Frei Clarêncio doou o livro a algumas pessoas que representam a cidade, en-tre eles o prefeito Paulo Roberto Weiss, o presidente do Círculo Trentino Thiago Testoni e as Irmãs Catequistas Franciscanas. O guardião Frei Valdir Laurentino tam-bém recebeu, lembrando os 19 anos que Frei Bruno re-sidiu nesta casa, um exemplo para todos os que com ele conviveram e para nós que conhecemos sua história.

Nas vésperas do dia 19 do mês de junho, o pensamento dos noviços estava voltado para a ornamenta-ção dos tapetes para a passagem do Santíssimo na procissão de Cor-pus Christi. Na manhã do dia 19, após a celebração presidida pelo mestre dos noviços, Frei Samuel

Lima, tendo como concelebrantes o guardião da casa, o pároco e ou-tros confrades, deu-se início à pro-cissão, na qual os noviços ficaram responsáveis pela liturgia (acólitos e cantos). A procissão partiu da Igreja Matriz e seguiu até o Colé-gio Osvaldo Cruz. Foi um momen-to muito bonito, piedoso e festivo com os fogos de artifícios.

Com muito carinho, enquanto se cantava “O que eu sou sem Je-sus, nada sou”, o Santíssimo parou durante o percurso para os fiéis adorarem e refletirem sobre alguns sacramentos, como a eucaristia, batismo, crisma, e alguns conse-lhos de esperança e confiança em Deus e Jesus Cristo, o salvador da humanidade.

BiogrAFiA de Frei BrUno É lAnçAdA em rodeio

corpUs cHristi em rodeioFREI GABRIEL SAPALO CHICO

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Já faz algum tempo que nas Co-municações foi publicado um texto com o título The Voice no Novi-ciado. Se você não leu a matéria, encontrá-la-á no mês de abril de 2014 na página 172. Vale a pena conferir!

Pois é, e o The Voice continuou. Passamos pela segunda, terceira e chegamos à última etapa de nosso aprendizado. Agora, os misterio-sos exercícios com a mão direita já passaram e as apitações gerais também já cessaram. Todavia, no andar da carruagem, chegaram os acidentes musicais, banhados de sustenidos, bemóis, bequadros, in-tervalos, pausas, pontos de aumen-to, e compassos às vezes descom-passados. Todavia, tudo isso faz parte do colocar-se à disposição e estar de prontidão para aprender e entrar em sintonia.

Falando nisso, a palavra sinto-nia tem a ver com “tom”. Friedri-ch Nietsche compara nossa vida com uma sinfonia. Toda sinfonia

tem pausas, momentos de suspen-se, contrapontos, e tem também seus pontos altos. Assim, nossas vidas também têm apenas poucos momentos em que somos tocados profundamente, em que algo soa em nós e nos satisfaz profunda-mente. Nietsche escreve: “O amor, a primavera, toda bela melodia, as montanhas, a lua, o mar, tudo isso nos fala ao coração quando é to-talmente expresso. Muitas pessoas nem têm esses momentos, são os intervalos e as pausas na sinfonia da vida real”. Quem é apenas inter-valo, quem vive apenas no espaço entre os acordes nunca conseguirá tocar nenhum acorde, não soará quando os acordes foram tocados. Precisamos ser acordes para que a vida nos aceite em sua sinfonia. Seja você mesmo o tom e a sinto-nia!

Aos flautistas que chegaram com êxito ao final, desejamos que continuem a crescer na arte da música, pois muito bem ela faz a nós e aos outros. E que a exemplo de São Francisco, que louvou o Pai

por todas as suas criaturas, seja-mos nós portadores de melodias simples, mas belas, de partituras difíceis e complexas, mas empol-gantes, não importa quais forem, o que importa é que louvemos o Pai pelos dons que Ele concede a cada um de nós, e por suas maravilhas.

Como já dissemos, tudo isto faz parte do aprender. Só erra quem tenta alguma coisa! Se erra-mos, foi juntos, o mesmo se diga se acertamos! Mas, de uma coisa nós temos certeza, esse tal de The Voice no Noviciado foi muito di-vertido, empolgante e desafiador, uma maneira nova e, como diz um confrade, digna de aprender música! Não podemos nos esque-cer de frisar que agora em nossa casa não se ouvem mais apitações gerais, mais sim belas melodias de frades simples mas também de autores famosos. Cabe a nós re-zarmos como nosso Seráfico Pai Frei Francisco: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”. E salve a música no noviciado. Parabéns a todos!

THE VOICE II no noviciAdoFREI AUGUSTO LUIZ GABRIEL

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FrAternidAdes

Frei Abel Schneider celebrou no dia 1º de julho de 2014 o seu jubileu de dia-mante, ou seja, 60 anos de ordenação sacerdotal. Os confrades do Regional e também do Seminário São Francisco de Assis, de Ituporanga, participaram desse dia festivo. A Celebração Euca-rística, presidida pelo próprio jubi-lando, foi às 10 horas. Frei Germano Guesser, Definidor do nosso Regional, destacou na homilia o testemunho de vida de oração e de serenidade que Frei Abel dá em meio aos noviços. Segun-do Frei Germano, celebrar 60 anos de vida sacerdotal é sempre um momento de louvor: “É um momento de louvar este amor incondicional a Deus”, disse. Após a celebração, tivemos um almoço festivo, com costela assada. Frei Abel, com quase 93 anos de idade, ainda con-segue caminhar com ajuda de muletas e está muito lúcido.

Nos meus sapatos cabem meus pés.No meu corpo, uma longa história.Nela, milhares de passos.Em cada passo, uma decisão.Cada decisão, no seu momento.Nem sempre do lado certocomo cada pé no seu sapato.Já me perdoei, agradeci, aprendi:O tempo melhor de acertarcada pé no seu sapatose chama agora.

eQUilíBrioFrei José Ariovaldo da Silva

JUBileU de Frei ABel scHneider

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65 anOS De SaCerDÓCIOFrei Cássio Vieira de Lima

60 anOS De SaCerDÓCIOFrei Abel SchneiderFrei Juvenal Sansão

50 anOS De SaCerDÓCIOFrei Almir Ribeiro GuimarãesFrei Antonio Lopes RodriguesFrei Ary Estevão PintarelliFrei Benjamim Francisco AnsolinFrei Carlos PierezanFrei Neylor José ToninFrei Pascoal Fusinato

25 anOS De SaCerDÓCIOFrei Vilmar Alves da Silva

FrAternidAdes

74 anOS De VIDa reLIgIOSaDom Frei Paulo Evaristo Arns

73 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei João Batista de Araújo Cam-posFrei Olavo Seifert

72 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei Cássio Vieira de LimaFrei Nestor Kuhn 70 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei Ciríaco TokarskiFrei Policarpo Berri

65 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei Ascânio SantanaFrei Eliseu TambosiFrei Floriano Surian 60 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei Felipe Gabriel AlvesFrei Geraldo HagedornFrei Clarêncio NeottiFrei Alcides Cella Frei Antônio Alexandre NaderFrei Gaudêncio Sens

50 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei Conrado LindmeierFrei Domingos Boing HellmannFrei Estêvão OttenbreitFrei Marcos HollmannFrei Olivo Luiz TondelloFrei Paulo Limper

25 anOS De VIDa reLIgIOSaFrei Airton da Rosa OliveiraFrei Antonio Joaquim PintoFrei César KülkampFrei Hermenegildo CurbaniFrei Marco Antonio dos SantosFrei Marcos Antonio de AndradeFrei Samuel Ferreira de LimaFrei Valdemiro WastchukFrei Valdevino Negherbon

no cApítUlo dAs esteirAs, de 23 A 25 de setemBro, em AgUdos, A provínciA FrAnciscAnA dA imAcUlAdA

conceição do BrAsil celeBrArÁ solenementeos JUBileUs de seUs conFrAdes:

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FrAternidAdes

No dia 23 de junho, o Regional de Agudos se reuniu em Sorocaba, no Convento Bom Jesus. Estavam entre nós o Definidor Frei Mário Tagliari e nosso confrade Dom Ca-etano, bispo de Bauru. Alguns con-frades não puderam participar por motivo de viagem e outros com-promissos. Os dois aspirantes que fazem estágio em Sorocaba, Filipe e Marlon, participaram conosco do encontro.

Na primeira parte do encon-tro fizemos a leitura e partilha do subsídio que toda a Província está abordando nos Regionais. Neste encontro estudamos a parte do Jul-gar, com texto e perguntas. Vários

confrades fizeram comentários e questionamentos a partir do texto.

Após a pausa para o cafezinho, tivemos tempo para ouvir sobre o andamento de cada uma das casas do Regional. O destaque foi a fes-ta de Santo Antônio no Regional, pois todas as Paróquias têm como padroeiro Santo Antônio: Agudos, Bauru e Sorocaba.

Logo depois passamos para os comunicados. O Definidor Frei Mário nos lembrou o Capítulo das Esteiras em setembro e convocou a todos para uma boa participa-ção do nosso Regional. Também nos falou sobre outros assuntos ligados às transferências e frades enfermos.

Dom Caetano nos relatou bre-

vemente sobre a festa do Jubileu de Ouro da Diocese de Bauru, ce-lebrada dia 18 de maio, com a pre-sença do Núncio Apostólico. Disse que tudo foi maravilhoso e agrade-ceu muito aos confrades pelo apoio e participação na festa. Foi uma bonita festa, bem organizada e com boa repercussão na imprensa e na região.

Por fim, agendamos nosso pró-ximo encontro que será em Bauru, no dia 1º de setembro. Dom Ca-etano pediu que o encontro fosse feito em sua nova casa, e todos concordaram. Finalizamos o en-contro por volta das 12 horas com a oração e bênção do nosso bispo e confrade Dom Caetano. Depois nos dirigimos para o almoço.

encontro regionAl de AgUdosFREI JORGE LUIZ MAOSKI

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cUrso de FrAnciscAnismoA AlegriA de evAngeliZAr

nA visão FrAnciscAnAlocAl e dAtAFraternidade Franciscana São Boaventura - Rondinha 21 a 24 de outubro de 2014

proFessoresFrei Fábio Cesar Gomes, Frei Fidêncio Vanboemmel, Frei João Mannes.

conteúdo progrAmÁtico1. A Exortação Apostólica do Papa Francisco: Evangelii Gaudium; 2. O Evangelho de Jesus Cristo como fonte de alegria; 3. A evangelização nas Fontes Franciscanas; 4. A alegria como virtude do evangelizador franciscano; 5. Leitura de textos de São Francisco e de Santa Clara de Assis sobre a alegria; 6. Desafios do mundo atual e contribuição franciscana para uma “nova evangelização”.

cUstoHospedagem, alimentação e Curso = R$ 200,00

inscriçÕes:Frei João [email protected]: (041) 9134-4969

A novidade do Evangelho moveu mais uma vez os confrades do Re-gional de Curitiba a se encontrarem na Aldeia Franciscana na manhã de 27 de junho. Após um momento de leitura orante da Palavra de Deus, a convivência se dividiu entre o tema do redimensionamento e a partilha de vida das fraternidades.

Sob a coordenação de Frei Nel-son Hillesheim, a reflexão proposta pelo subsídio provincial levou os presentes a repensarem seu modo de vida e forma de evangelização. A demasiada “sofisticação” de nos-sos odres por vezes não permite às pessoas vislumbrarem a novidade do vinho que justifica a existência e a permanência dos mesmos. Urge recuperarmos a simplicidade do en-contro e a alegria do Evangelho.

A breve palavra do Definidor, Frei João Mannes, e as boas-novas

vinHo sempre novo nos odres do regionAl de cUritiBA

FREI VAGNER SASSI

apresentadas pelas fraternidades que compõem o Regional apenas refor-çaram a importância da união fra-terna a fim de superar as “tentações” da apatia e da instalação em nossos serviços. A riqueza do Regional de Curitiba se mostra precisamente na diversidade de suas frentes: a forma-ção, a educação, a evangelização pa-roquial e o serviço social.

Antes do almoço fraterno, que contou com a presença dos gerentes

e gestores da Associação Franciscana de Ensino, uma especial menção à celebração dos 65 anos de sacerdócio de nosso confrade Frei Cássio Viei-ra de Lima que deve acontecer em 16 de julho próximo. Sua presença evangelizadora e fraterna em nosso Regional é um sinal vivo de como a novidade do Evangelho, não obstan-te o tempo e as vicissitudes da vida, pode fazer novas todas as coisas.

Em louvor de Cristo. Amém!

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Cristo pobre e crucificado de São Francisco e Santa Clara de Assis.

Após o almoço, enquanto al-guns frades assistiram a um dos jogos da Copa do Mundo de Fu-tebol, outros aproveitaram para descansar um pouco. Em seguida, os frades falaram das realidades vi-vidas em suas fraternidades e a ale-gria foi completa, pois todos estão bem e as fraternidades conseguin-do desenvolver bem seus trabalhos apostólicos.

Para o estudo e aprofundamen-

to do Lineamenta do Capítulo Ge-ral da Ordem foi marcado um en-contro extraordinário do Regional no próximo dia 8 de setembro, no Projeto Santa Clara de Assis, em Vila Velha.

O encontro terminou com o canto “Senhor, fazei de mim um instrumento de tua paz” e a bênção feita por Frei Mário Luiz Tagliari. Às 17h30, os frades de Vila Velha retornaram de trem e puderam apreciar as belas paisagens da na-tureza.

regionAl cApiXABA se reúne nA novA residênciA dos FrAdes de colAtinA

FREI GILSON KAMMER

Os frades se encontram na estação de trem para Colatina

A agradável presença de Dom Décio Zandonade no Regional

No dia 30 de junho de 2014, o Re-gional do Espírito Santo se reuniu na Fraternidade Santo Antônio de Santana Galvão, em Colatina, para o seu Encontro, que contou com a presença de 10 frades e um aspi-rante.

Os frades das Fraternidades de Vila Velha vieram de trem até Colatina e depois de um bom café da manhã, já na fraternidade, to-dos puderam ler e refletir sobre a fábula do marceneiro e seu ma-chado e todo o subsídio enviado às fraternidades pela Província. Conforme este subsídio, os frades partilharam que é necessário uma evangelização em fraternidade e não isoladamente. É preciso apro-veitar os desafios para se descobrir como e onde os frades podem ser proféticos. O projeto de vida e mis-são da fraternidade é a chave para esta descoberta e, a partir desta, a riqueza da fraternidade será vista no espírito missionário com que se assumem os trabalhos. A grande dúvida é como e para que se quali-ficar se a vida religiosa oferece uma segurança muitas vezes transfor-mada em comodismo e aburgue-samentos.

Por volta das 11h20, os frades tiveram a alegria de receber na nova casa da fraternidade o bispo Emérito da Diocese de Colatina, Dom Décio Sossai Zandonade que, antes de invocar a bênção so-bre os alimentos, agradeceu a pre-sença dos franciscanos na Diocese de Colatina, dizendo que, com es-pírito de humildade e com muito trabalho e dedicação, estão sendo um sinal bonito de que a missão franciscana e cristã vale a pena ser buscada, pois leva muitas pessoas a alcançar o desejo de encontrar o

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O bispo franciscano Dom João Bosco Barbosa de Sousa tomou posse no dia 20 de julho, na Dio-cese de Osasco, em celebração que reuniu cerca de 10 mil pessoas no ginásio de esportes José Corrêa, de Barueri, na Grande São Paulo. Dom Bosco é o terceiro bispo da ‘jovem’ Diocese que neste ano ce-lebra seu jubileu de 25 anos e foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 16 de abril deste ano.

A celebração, que reuniu de-zenove bispos de todo o Brasil, assim como sacerdotes e religio-sos, além das autoridades, durou quase três horas. O rito da posse no início da celebração se deu com a leitura da Bula Pontifícia e, em seguida, o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, convidou Dom Ercílio Turco, até então Administrador

Dez mil pessoas acolhem D. Bosco em Barueri

dom Bosco tomA posse nA diocese de osAsco

MOACIR BEGGO de ensinar, santificar e governar o rebanho a ele confiado, representa também a transmissão do pasto-reio da Diocese ao seu novo pas-tor.

Dom Bosco, como sempre fra-ternal e muito espontâneo, intera-giu com facilidade com o grande público e, na sua homilia, dispen-sou o que escreveu e passou a falar de improviso.

“Me permitam dizer palavras muito simples e até deixar de lado o que eu escrevi aqui (… ). A homilia de hoje quem faz são vocês, a presença de vocês neste momento de Igreja que é a suces-são apostólica é que é a verdadeira homilia”, disse o bispo.

Saudou e agradeceu as auto-ridades presentes dizendo que se encontraria com elas em breve para se unirem no trabalho pelos mais necessitados.

O novo bispo saudou de modo

Apostólico e segundo bispo dio-cesano, a entregar o báculo pasto-ral a Dom João Bosco.

A entrega desta insígnia, que representa o governo da Diocese e a tríplice missão própria do bispo

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especial a Dom Cláudio Hummes, que o ordenou como presbítero e bispo. “É meu pai, meu irmão e também meu irmão de hábito como franciscano”, disse. A Dom Ercílio, agora bispo emérito, dis-se: “A missão do Evangelho que ele nos passa, com sua simplici-dade, com sua alegria, com sua proximidade com os diocesanos,

passou Dom João Bosco, como São Paulo, na Vila Clementino e Pari, e Pato Branco (PR) também estiveram presentes, assim como a sua cidade natal, Guaratingue-tá. Frei Djalmo Fuck, pároco da Paróquia São Francisco de Assis, representou a Província Francis-cana da Imaculada Conceição na posse de Dom Bosco.

ri, segundo a sua administração, tem capacidade para 6 mil pesso-as sentadas. Ontem, além das seis mil pessoas, a arena ficou tomada nos corredores e cerca de mil pes-soas que não conseguiram entrar no ginásio puderam acompanhar a celebração através de um telão na parte externa.

O ginásio ficou muito bonito quero tentar viver”, acrescentou o novo bispo.

Quando pediu que os sacerdo-tes de sua Diocese se apresentassem, ouviu o público se manifestar com grande entusiasmo e garantiu: “Quando fui nomeado, fiquei com medo de as-sumir uma Dioce-se tão grande, mas agora não tenho mais medo”, confes-sou, prometendo ser fraterno e próximo dos seus pastores. E também pediu que eles sejam próximos dele.

Também falou de maneira especial aos religiosos, ten-do em vista o ano dedicado aos consagrados que acontecerá em 2015 e pediu para, desde já, começarem a prepará-lo. Para os leigos, confiou o Ano da Paz que a Igreja do Brasil propõe. “Testemunhem esse ano da paz junto com os seus pastores. Que seja realmente marcante e não simplesmente uma bandeira. Se for só uma bandeira, vai passar em branco. Queria que desde ago-ra a gente assumisse esse caminho da paz que a Igreja nos pede, com gestos e ações significativas”, pe-diu.

A arena de esportes de Barue-

com o altar no centro, um proje-to da Ara Christus, do arquiteto Leandro Nascimento. No coral de 100 vozes, todas as 13 regiões da Diocese foram representadas. Além disso, a banda foi composta por um quarteto de cordas, bate-ria, baixo, saxofone e violão.

Um grupo de cerca de 40 pes-soas veio especialmente de União de Vitória, a primeira e única Diocese onde Dom Bosco passou sete anos, para participar da ceri-mônia de posse em Barueri. Além das caravanas das cidades da Dio-cese, todas as Paróquias por onde

Destaque especial para a mãe de Dom João Bosco, Dona Ondi-na, que, aos 95 anos, não deixou de participar deste momento im-portante de seu filho.

Ao povo presente, Dom Bosco disse que a coleta feita se desti-naria para a Diocese de União da Vitória, que está em reconstrução depois das chuvas intensas no Sul.

No final, Dom Bosco agrade-ceu a todos os voluntários que tra-balharam no evento. Como pôde ser visto, o exército de voluntários da Diocese deu um show de or-ganização.

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A 164ª edição da Festa de São Pe-dro Apóstolo foi aberta, oficial-mente, no dia 25 de junho. Duante cinco dias a Paróquia festejou seu Padroeiro nas dependências na Igreja Matriz e no Salão Cristo Rei.

Antes da Missa solene, às 15 ho-ras, foi celebrada a Missa para os idosos e enfermos, que aconteceu

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164ª eDIÇÃO

FestA de são pedro ApÓstoloO bispo diocesano Dom José Negri abriu oficialmente os festejos em Gaspar

FREI PAULIJACSON MOURA Dom José Negri, concelebrada pelo pároco Frei Germano Gues-ser e Frei Paulijacson, diácono. Os catequizandos e catequistas, que lotaram a igreja, realizaram uma apresentação contando a história dos santos que são comemorados no mês de junho.

Ao final, cada fiel com bandei-rinhas do Brasil, ladeadas pela a imagem de São Pedro, e com velas

acesas, realizou um momento de muita beleza no interior da Igreja Matriz, emocionando a todos. A chama da vela é símbolo da fé cris-tã e da consagração a Deus.

Após a missa, todos desceram até o salão Cristo Rei, onde estava sendo servida a tradicional macar-ronada preparada pelos integran-tes do Circolo Italiano di Gasparin, da comunidade Santo Antônio do

na Matriz e foi presidida por Frei José Bertoldi, contando com a parti-cipação da comunidade. “Foi um momento de agradecer pela saúde, rezar e cantar”, afirmou Frei José.

Já à noite, a Igreja matriz ficou tomada pelos fiéis que vieram participar da Missa pre-sidida pelo Bispo Dio-cesano de Blumenau,

Gasparinho, os quais receberam muitos elogios pela deliciosa macorronada, inclusi-ve do Bispo Dom José Negri.

1º DIA DO TRÍDUOO Tríduo Celebrativo para a solenidade de seu Padroeiro teve iní-cio no dia 26/6. Com a presença das comuni-dades da margem es-

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o impediu de negá-lo por três ve-zes. Porém, reconhecendo sua fra-queza, chorou amargamente (Mt 26,75).

Lembrando as palavras do Papa Francisco, destacou “que a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração”.

Para ser uma comunidade evangelizadora precisamos, por-tanto, atrair as pessoas através do testemunho de vivência fraterna e da prática da caridade.

Em sua primeira Carta, São Pedro deixou o ensinamento de como devemos viver em comu-nidade: “Tenham todos a mesma atitude. Sejam compassivos, cheios do amor fraterno, misericordiosos

e de espírito humilde. Sejam por-tadores de bênção, pois foi para isso que vocês foram chamados” (1Pedro 3,8).

2º DIA DO TRÍDUOCom o tema “Comunidades fir-mes na fé a exemplo de Pedro”, Frei Diego Atalino de Melo deu conti-nuidade ao Tríduo da Festa de São Pedro Apóstolo.

Esta celebração contou com as comunidades da margem direta, sendo animada pelo Srº. Valdir (Vardir Violeiro), da comunidade Virgem de Nazaré do Gasparinho. Após a missa, todos desceram até o salão Cristo Rei para prestigiar todas as outras atrações da Festa,

querda, Nossa Senhora de Fátima, São Cristóvão e Santo Antônio, foi aberto o Tríduo, tendo como tema, “Pedro quer uma Comunidade Evangelizada e Evangelizadora”.

Frei Diego Melo, do Serviço de Animação Vocacional da Provín-cia chamou a atenção para a res-ponsabilidade dos que se dispõem a seguir Jesus. Em sua homilia, salientou que o seguimento de Je-sus exige autenticidade. As atitu-des precisam ser coerentes com o discurso. Para ser evangelizadora, a comunidade deverá ser, em pri-meiro lugar, evangelizada. Do con-trário, como indicar o caminho a alguém se ainda não o percorre-mos?

Deste modo, as palavras de Jesus precisam ecoar e frutificar em nosso coração, pois do con-trário ouviremos, publicamente: “Jamais vos conheci, afastai-vos de mim, vós que praticais o mal” (Mt 7,21).

Referindo-se a São Pedro, lem-brou ainda Frei Diego que, assim como nós, também ele foi um líder que sentia as fraquezas humanas.

Os textos sagrados relatam seus momentos de dúvida. Sentia-se enfraquecido e vacilava quando lhe faltava a fé. Demonstrou isso ao caminhar sobre as águas. Jesus o advertiu: “Homem de pouca fé, porque duvidaste?” (Mt 14,31). Diante das dificuldades, também sentia medo. Seu amor a Jesus não

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regada a comidas típicas: cucas, pastéis, sonhos, bolos diversos, churrascos, hot dog etc.

3º DIA DO TRÍDUOCom o tema “Pedro quer empolgar a juventude à missão”, Frei Diego presidiu a celebração do último dia de tríduo, tendo como concelebran-te o Frei Carlos Ignacia. A animação da celebração ficou por conta do grupo de Jovens da comunidade de São Judas Tadeu. Nem a chuva desa-nimou os fiéis que ocuparam todos os espaços da Igreja Matriz. Após a missa, o céu do centro de Gaspar ficou iluminado com a queima de fogos, que encantou a todos e abriu mais uma noite de festa.

DIA DO PADROEIRONo domingo (29), dia de São Pedro e São Paulo Apostólos, e último dia de comemorações do Santo Padro-eiro da Igreja Matriz de Gaspar, São Pedro, uma multidão presti-giou, às 9 horas, a Missa dedicada aos festeiros. O Coral Santa Cecí-lia e a Banda de Música São Pedro garantiram uma tradição que con-tinua viva em Gaspar. A procissão no Rio Itajaí Açu, às 7 horas, com a imagem do Santo Padroeiro de Gaspar, da Comunidade São Se-bastião, na Margem Esquerda até a Igreja Matriz, foi cancelada devido ao aumento do nível do Rio Itajaí em razão das fortes chuvas na re-gião.

A missa foi presidida pelo pá-roco Frei Germano Guesser e con-celebrada pelos Freis Antônio Mo-ser, Diego de Melo, José Bertoldi, Carlos Ignacia e Paulijacson. Na procissão de entrada, foram apre-sentados os festeiros deste evento. Os casais caminharam com velas acesas, enquanto o povo aplaudia, reconhecendo a dedicação e a doa-ção para que esta festa acontecesse com êxito. Frei Germano agrade-ceu a todos que trabalharam nes-ta 164ª edição da Festa. No final da celebração, o coordenador do CPC, Clarindo Francisco Fantoni e a esposa Salete, anunciaram os ca-sais que serão os festeiros do pró-ximo ano.

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O mês de junho nos reservou duas belíssimas festas do Senhor: a Sole-nidade do Corpus Christi e a Festa do Coração de Jesus. Desde peque-nos aprendemos a contemplar o amor de Deus manifestado no Co-ração aberto do Salvador. Ora, esse Coração marca a vida dos frades e do povo de Petrópolis. Sendo assim, Paróquia e Convento do Sagrado Coração de Jesus celebraram no dia 27 de junho a festa de seu Padroeiro.

Antes do dia do Sagrado, pro-priamente dito, a comunidade paroquial, em comunhão com o Convento, realizou uma novena de preparação para a festa do padroei-ro. As celebrações da novena, com distintos temas, tiveram uma boa participação por parte dos fiéis pe-tropolitanos e de outros devotos do Sagrado Coração de Jesus. Ela se fez ao longo das missas das 18 horas.

No Convento o ponto alto das festividades foi o almoço solene. Frei César Külkamp, o guardião da Fraternidade, com breves palavras, falou do significado da devoção do Sagrado Coração de Jesus na espiri-tualidade franciscana e parabenizou a todos os convidados. Ele também

lembrou que a Folhinha do Sagra-do Coração, criada e publicada pela Editora Vozes há 75 anos, tem uma grande aceitação para além das nos-sas fronteiras petropolitanas.

No mesmo dia 27, na Paróquia, foram celebradas quatro missas. Com destaque para a Eucaristia das 18 horas. A mesma foi presidi-da por Frei Ângelo José Luiz, o pá-roco, e concelebrada por Frei César Külkamp. Com o acompanhamento do órgão executado por Frei Marcos Andrade, frades e povo puderam mergulhar no mistério que estavam celebrando.

Frei Ângelo, na sua homilia, dis-se: “O nosso Deus é um Deus de amor. Ele caminha conosco como um pastor que cuida de seu rebanho, sobretudo daquelas ovelhas que es-tão perdidas e também das mais fortes para que não pisem nas mais fracas; quem ama cuida e caminha junto”. Segundo o pároco, quando julgamos que sabemos tudo, o nosso coração fica sem espaço para receber Jesus. “A mensagem de Jesus é sim-ples, é transparente e acessível para quem abre o coração”, completou.

No momento da Ação de Graças, um grupo de jovens apresentou uma dança religiosa enquanto no fundo

da igreja entravam Jesus acompa-nhado de sua Mãe Maria, represen-tados por dois jovens com os seus ‘corações ardentes de amor’.

Fora da Igreja estavam montadas as barracas, que já é tradição dos pa-roquianos do Sagrado. Ninguém foi embora sem antes ter provado um pedaço de bolo ou outro aperitivo que estava servido. A boa música marcou presença no momento da confraternização.

Jogos, diversão, convívios frater-nos estavam presentes nas festivida-des do Sagrado Coração, que conti-nuaram até o domingo 29 de junho.

A cidade de Petrópolis, há mais de cem anos, volta-se com cari-nho para a nossa Igreja do Sagrado. Quantos e quantos frades passaram por esta casa e quantas belas celebra-ções aconteceram em nossa igreja! Nas salas, corredores, dependências da nossa casa, quantos e quantos fra-des deixaram marcas para sempre. Aprendemos, todos, a olhar com respeito e veneração para o lado aberto do Coração de Jesus. Sangue e água brotaram desta fonte inexau-rível. Pedimos a esse Coração aber-to que derrame suas bênçãos sobre nós, frades, e sobre os fiéis que nos ajudam a viver nesta Paróquia.

PetrÓPOLIS

sAgrAdo FesteJA seU pAdroeiroFREI ERMELINDO FRANCISCO

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No último dia 21 de julho, foi cele-brada uma missa às 15h no “campi-nho” do Convento Nossa Senhora da Penha para marcar o encerra-mento das obras de melhoria na es-trada que dá acesso ao Santuário dedicado a Nossa Senhora da Pe-nha. Tomaram parte dela alguns dirigentes do DER-ES, órgão pú-blico responsável pelas obras. Frei Valdecir Schwambach, guardião da fraternidade e presidente da cele-bração, destacou em sua homilia a dura crítica de Miquéias (1ª leitura) aos holocaustos vazios ofertados no Templo no período do profeta. A exigência do Senhor é a prática da justiça e da misericórdia. Por isso, no Evangelho, Jesus se nega a dar um sinal aos fariseus, pois sua prá-tica já é o sinal do Reino de Deus.

Após a oração depois da comu-nhão, formou-se uma procissão até uma altura da alameda Dom

Luiz Scortegagna, como é chama-da a estrada de acesso ao convento, onde foi entronizada uma imagem de São Francisco. Frei Valdecir, depois de ler um breve histórico do caminho – no qual destacou as péssimas condições em que se en-contrava a via, mormente depois do fatídico dia 19 de dezembro de 2013, quando uma avalanche de terra cobriu parte da rua –, agra-deceu nominalmente aos dirigen-tes do DER-ES e ao governo do Estado, representado pela primei-ra-dama, pelo trabalho realizado. Juntos, descerraram uma placa coberta pela bandeira do Estado na qual se pode ler a oração de São Francisco de Assis.

Acompanhe abaixo, as palavras do guardião Frei Valdecir Schwam-bach

Um pouco da história da alamedaA alameda nasceu de um simples ca-minho particular, aberto pelo então

Guardião Padre José Lidwin para a passagem com seu cavalo desde seu sítio, hoje onde está instalada a horta do Convento (nas proximidades da “Casa Verde”), para se chegar até o Campinho.

A primeira abertura da estrada, aproveitando a parte da “picada” feita pelo Padre José, ocorreu na dé-cada de 20, após a inauguração da Ponte Florentino Avidos (também conhecida como cinco Pontes), pelo então Governador Florentino Avidos, para possibilitar o acesso das pessoas que possuíam carro e queriam visitar o Convento em seus automóveis. As constantes erosões provocadas pelas chuvas que difi-cultavam o acesso dos automóveis ao Convento levou o Governador do Estado Jones dos Santos Neves, em 1952, a pavimentar a estrada que recebeu, nessa época, o nome de Alameda Dom Luiz Scortegag-na, em homenagem ao quarto bis-po do Espírito Santo. O pórtico de

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são FrAncisco de Assisno cAminHo dA penHA

FREI DOUGLAS P. MACHADO

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acesso à alameda, também de 1952, foi feito nos moldes do portão anti-go que foi construído em 1777.

No final do ano de 2009, houve um deslizamento que carregou sig-nificativa quantidade de solo depo-sitado sobre a rocha, exigindo assim, trabalhos emergenciais de recons-trução do muro para contenção dos referidos trechos prejudicados da alameda.

A partir de 2010, percebeu-se a importância de que, após a fase de recuperação emergencial da alame-da, seja implementada a execução de um projeto de drenagem, pois há ação de erosão pelas águas pluviais superficiais sobre o talude, através da lixiviação do solo.

Este projeto, cujas obras tiveram início em meados de 2013, contem-plou várias melhorias na alameda. Além de melhorar consideravel-mente o sistema de captação das águas pluviais, foi ampliado o cal-çamento em paralelos até a área da

Casa Verde, facilitando o acesso das vans, transporte utilizado por boa parte dos visitantes do Convento. Para favorecer aos usuários do trans-porte, também foi pensado num abrigo para que os mesmos fiquem protegidos das intempéries enquan-to o aguardam.

Os paralelos ao longo de todo o caminho foram nivelados, pois os mesmos se encontravam dispostos de forma bastante irregular, devido à fuga do solo, proporcionado pelas chuvas.

Visando garantir uma maior se-gurança no acesso ao Convento, fo-ram feitos alguns cortes com fio dia-mantado nas rochas, visando evitar acidentes no meio do caminho.

Ao final de 2013, exatamen-te no dia 19 de dezembro, uma tromba d’água que desaguou so-bre a cidade de Vila Velha, fez uma parte do caminho, que não tinha recebido nenhum tipo de tratamento, literalmente vir a bai-

xo. Isto demandou, sem dúvidas, mais tempo, dedicação e investi-mento para a obra.

Atualmente, ao longo de toda a alameda se sente a diferença do an-tes e depois, pois os paralelos foram recolocados de forma nivelada, tor-nando assim a pista mais segura e confortável tanto para quem sobe de automóvel como para os que optam por subir a pé.

Todo o projeto foi pensado de forma a diminuir qualquer tipo de impacto visual, de tal forma que o caminho como um todo, não per-ca seu aspecto bucólico no meio da mata.

Este momento, para todos nós, é um momento de agradecer ao bom Deus que nos “acompanha e nos dá a mão em nossos trabalhos” (Is 26). É momento de agradecer ao atual Governador do Estado, senhor Re-nato Casagrande com toda a equipe do DER, nas pessoas de Drª Tereza Maria S. Casotti (diretora geral), Eduardo Antônio Mannato (diretor para obras especiais), Cleber Rangel (engenheiro), Luiz Augusto Vieira (engenheiro), bem como a empresa Santos Motta Engenharia, nas pes-soas de Dr. Auri Francisco Motta e Rodolfo Laranja. Agradecimento es-pecial a toda equipe de funcionários da mencionada empresa, que traba-lhou com total afinco na execução das obras.

Sem o apoio do Governo Esta-dual, não teríamos “pernas” para realizar esta obra. Com este valioso apoio, pudemos qualificar o acesso ao principal patrimônio histórico, religioso e cultural do Estado do Es-pírito Santo.

Em nome do Convento, da sua Fraternidade, bem como de toda Província Franciscana, deixo meus sinceros agradecimentos e louvor a toda a equipe que proporcionou estas melhorias. Certamente, ficará registrado como um fato relevante para a história de mais de 4 séculos do nosso Convento.

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No dia 24 de junho, às 18h00, foi realizada sessão solene na Câmara Municipal de Vereadores de Xaxim (SC), tendo como finalidade fazer o resgate e o reconhecimento his-tórico da presença e missão fran-ciscana em Xaxim, assim como o lançamento do livro biográfico de Frei Bruno.

A sessão solene contou com a presença de todos os vereadores da Câmara; autoridades municipais; lideranças comunitárias e do pú-blico. Além destes, destacamos a presença de Frei Clarêncio Neotti, autor do livro “Frei Bruno Linden – tudo para todos”, bem como do pároco de Xaxim, Frei Alex Sandro Ciarnoscki, vice-postulador do processo de beatificação; Frei An-tônio Mazzucco; Frei Luiz Iakova-cz, Frei Pedro da Silva, pároco da Paróquia São José Operário de Co-ronel Freitas (SC) e Frei João Lopes da Silva, da mesma paróquia.

Na ocasião foi feito o lançamen-

FrAternidAdes

presençA e missão FrAnciscAnA em XAXim

to do livro, que é a biografia oficial do processo de beatificação de Frei Bruno Linden. A obra, lançada em março desde ano, na cidade de Joaçaba (SC), já está na 3ª edição, comprovando a importância e o reconhecimento que a pessoa de Frei Bruno Linden possui diante do povo catarinense. O dado foi destacado pelo próprio autor do livro durante a sua exposição sobre a vida do Servo de Deus na Soleni-dade da Câmara.

Frei Clarêncio fez questão de ressaltar publicamente três aspec-tos relacionados à pessoa de Frei Bruno:

1) Por que Frei Bruno, sendo alemão, veio ao Brasil como mis-sionário franciscano, com apenas 18 anos de idade?

2) Quais foram os caminhos trilhados por Frei Bruno Linden desde a sua chegada ao Brasil, até o findar do seu peregrinar terreno, no ano de 1960, na cidade de Joaçaba?

FREI VALNEI BRUNETTO

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3) Entre tantas virtudes elenca-das, o autor listou as mais significa-tivas na vida de santidade de Frei Bruno: o amor e o cuidado com a Família; a reconciliação consigo, com os outros e com a natureza; a obediência horizontal, caracteri-zada no respeito para com toda e qualquer pessoa.

Frei Alex Sandro fez um resgate histórico de todo o processo de be-atificação de Frei Bruno desde a sua abertura até o presente momento. O mesmo apresentou a Comissão de Coordenação do Processo de

Beatificação de Frei Bruno: Eli-zabethe Chitolina, Michelle Selig, Claudio Luiz Orço, Sonia Baccarin, Cleci Sorgatto Mendo e Iraci Lopes Dalla Rosa, que estavam presentes, assim como a Comissão Histórica do Processo, da qual fazem parte o próprio Frei Clarêncio e a senhora Iraci.

Frei Alex destacou que só vale a pena trabalharmos pela beatifica-ção e canonização de um santo se esse processo e o exemplo dele nos servirem de motivação para se-guirmos no caminho da santidade.

O presidente da Câmara Ar-mando Roncaglio e o prefeito Mu-nicipal Idacir Antônio Orso res-saltaram o valor da presença e da ação evangelizadora dos francisca-nos no município de Xaxim, bem como em toda a região do Oeste Catarinense.

Em reconhecimento a todo esse empenho, dedicação e amor deste povo à causa do Evangelho, a Câmara de Vereadores de Xaxim entregou, no ato da solenidade, uma condecoração aos francisca-nos, com os seguintes dizeres: “A Câmara de Vereadores de Xaxim vem, honrosamente, homenagear os Reverendos Franciscanos que prestaram e prestam relevante ser-viço na Missão Evangelizadora do Povo de Xaxim, a exemplo do Ser-vo de Deus Frei Bruno, com total desprendimento e com muita efi-ciência, pelo que reconhecemos e agradecemos. A vida franciscana em Xaxim produziu os melhores frutos. Obrigado, Paz e Bem! Xa-xim/SC, 24/06/14”.

A sessão terminou com coque-tel de confraternização e uma ses-são de autógrafos do livro.

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Nos dias 30 de junho e 1º de ju-lho reunimo-nos para o segundo encontro do ano. No período da tarde do primeiro dia, o Definidor Provincial, Frei Evandro, coorde-nou a reflexão do segundo folder sobre o julgar do redimensiona-mento provincial.

Nossa avaliação consiste no se-guinte: os trabalhos e pastorais das décadas anteriores supriram as ne-cessidades daquela época; hoje, o contexto histórico e os desafios são outros. Por isso, precisamos bus-car novos caminhos e a ousadia de abraçá-los e lutar por eles.

Porém, em qualquer opção que fizermos, é necessário mostrar com-petência na administração dos patri-mônios e na condução das pastorais, juntamente com o testemunho de vida; ou, como foi acentuado pelo grupo, o testemunho de vida qualifi-cará qualquer trabalho que assumir-mos, redimensionado ou não.

Iniciamos o segundo dia com

uma rica partilha sobre o texto bí-blico do Bom Pastor; tanto assim que o tempo foi mais longo que o costumeiro.

Em seguida, cada fraternidade expôs sua caminhada nos traba-lhos e na vida fraterna. De cada uma delas, as que mais chamaram atenção foram:

Em Concórdia, apesar da parte social não ser tão expressiva, a Pas-toral da Pessoa Idosa visita e acom-panha idosos excluídos; há um re-latório que é enviado à Curitiba, nos mesmos moldes da Pastoral da Criança. Essa pastoral começou neste ano.

A cidade de Luzerna apresenta uma peculiaridade: 1 paróquia ca-tólica e 2 luteranas. Porém a convi-vência é boa e, nas festas externas, há uma entreajuda amigável.

Coronel Freitas se preocupa com a pouca participação dos ca-tólicos nas celebrações. Em breve acolherão a transferência de Frei Marcelo Romani.

Xaxim destacou o processo

da beatificação de Frei Bruno e o lançamento do livro “Frei Bruno, tudo para todos”, de Frei Clarêncio Neotti. Este evento aconteceu em 2 momentos: primeiro na Câmara de Vereadores e o outro, na matriz. O autor esteve presente, expôs as ideias centrais do livro e autogra-fou os comprados.

Por fim, decidimos que a Casa de Piratuba, no mês de janeiro, du-rante 10 dias, ficará reservada, ex-clusivamente, para os frades, tanto os do Regional como os demais. Em breve será publicada a data nas Comunicações.

Falamos também da experi-ência das FAVs. Os 2 aspirantes ficaram nas 4 fraternidades onde, também, tiveram formação. A casa de referência foi a fraterni-dade de Xaxim. Todos opinaram pela continuação da experiência e que, no próximo ano, se determi-ne o tema que cada fraternidade assumirá.

Terminamos o encontro com o canto da “Salve Regina” e o almoço.

encontro do regionAl do contestAdo

FREI LUIZ IAKOVACZ

Residência da Fraternidade de Xaxim, que pede para continuar sendo FAV

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O semanário “Correio Riogran-dense” tem uma história de 105 anos e circula em vários Estados do Brasil. Sob a responsabilidade dos Frades Capuchinhos, aborda temas diversificados e, no espaço Correio do Leitor, os assinantes demonstram grande apreço por este periódico.

Na página 6, sob o título Opi-nião, apresenta reflexões de bons articulistas que dispensam apre-sentação: Leonardo Boff, Frei Bet-to, Pe. Zezinho e a teóloga Maria Clara Bingemer.

No mês passado (junho), me chamou a atenção a frase de Leo-nardo Boff: “Garantir que o povo coma 2 ou 3 vezes ao dia não é as-

sistencialismo, mas humanitaris-mo”.

No início de seu mandato (2002), o presidente Lula prome-teu que ajudaria o pobre a ter, ao menos, 2 refeições diárias. Passa-dos alguns anos, Leonardo Boff afirma que dar comida não é assis-tencialismo, mas humanitarismo.

Visto sob esta ótica, alimentar--se é direito primário e inalienável de todo o ser humano. Cristo ensina que, quando damos um prato de co-mida a um faminto, por causa Dele (de Jesus), não ficará sem recom-pensa, bem como visitar doentes e presos, dar um copo de água, vestir o nu e acolher um peregrino (cf. Mt 25,32-46). Notemos bem: a motiva-ção desta postura de vida é por causa do próprio Cristo (Mt 25,40).

Enquanto não fizermos esta conversão, temos a tendência de olhar o pobre como uma pessoa “que poderia trabalhar, que é pre-guiçosa, que explora a bondade dos outros, que incomoda”, ou coi-sa parecida; há casos, também, em que o ajudamos para nos vermos livre da importunação.

No fundo, Jesus nos alerta que comida, água, moradia é algo ine-rente a todo ser humano. Quando nos solidarizamos ou ajudamos os pobres nesta conquista “somos tão humanos que nos tornamos divinos”, nos lembra Leonardo Boff.

Jesus acrescenta: quem agir, as-sim, entrará “no Reino que meu Pai preparou desde a criação do mundo” (Mt 25,34).

VOCê SABIA?!

• Recentemente, a Organiza-ção das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) publicou um relatório, segundo o qual, aproximadamente, um (01) bi-lhão de pessoas passam fome no mundo; mas, há um paradoxo:

anualmente, são desperdiçadas 1,3 bilhão de toneladas de ali-mentos, ou seja, mais de uma (01) tonelada por mês.

• A FAO lançou campanha de um abaixo-assinado com o slogan: “1 bilhão de pessoas vivem com fome

crônica e eu estou louco de raiva”. Saiba mais, acessando www.cari-tas.org.br

• “Os primeiros cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria” (cf. At 2,44-45).

dAr comidA não É AssistenciAlismoFREI LUIZ IAKOVACZ

artIgO

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O Sefras começou no dia 1º de julho um novo serviço com crianças e adolescentes, no bairro Jardim Peri Alto, Zona Norte de São Paulo. Este trabalho dá conti-nuidade ao trabalho que antes foi desenvolvido com as crianças do bairro da Bela Vista, no Centro, denominado Centro Infantil Clara de Assis. Depois de um período de conhecimento da comunidade e das famílias, como também a for-mação da equipe técnica e o me-lhoramento do espaço, as crianças e adolescentes retornaram ao ser-

viço que já é conhecido pela comu-nidade e que agora contará com a gestão do Sefras.

O Centro de Convivência da Criança e do Adolescente Sefras Peri – como será chamado – é conveniado à Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Smads). Dispõe de um local onde as crianças podem brincar, conviver, participar da construção da metodologia de trabalho, etc. Através das ativi-dades, o intuito é também de-senvolver os valores humanos e o exercício da cidadania. Serão

atendidas 120 crianças e adoles-centes no contra-turno escolar.

Potencializar habilidadesPara a coordenadora do Sefras Peri, Ângela Assis, a presença da institui-ção nesta comunidade irá contri-buir diretamente para potencializar as crianças e os adolescentes no que tange às habilidades deles, como também, o incentivo à autonomia e ao protagonismo juvenil.

De acordo com a assistente so-cial, Ana Paula Souza, a equipe dispõe de um atendimento em que as crianças reconhecem o espaço como sendo delas e adquirem por

novoserviçono JArdim peri Alto

SeFraS - SÃO PauLO

FABIANO VIANA

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meio das atividades lúdicas, espor-tivas e organizacionais, o aprendi-zado dos seus direitos e a contri-buição deles na sociedade.

“Há intensidade da felicidade ao brincar”É visível para quem chega ao Sefras Peri a necessidade que as crianças têm de brincar. A assistente social Ana Paula contou que quando elas chegaram no primeiro dia, queriam correr, jogar bola, gritar etc. Os es-

paços da casa delas são pequenos. A rua se torna perigosa por causa dos carros, ônibus e motos. As famílias ficam com medo de deixar as crian-ças brincarem na rua e, por outro lado, falta espaço dentro de casa. “O brincar traz alegria às crianças e também autonomia. Desenvolve habilidades e curiosidade - porque elas querem saber como funciona o brinquedo. Há intensidade da feli-cidade ao brincar”, considerou a as-sistente social.

Ausência de Políticas PúblicasSegundo Ângela Assis, no Jardim Peri Alto há uma inexistência de políticas públicas disponíveis à co-munidade e que assegure espaços de atendimentos às crianças e ado-lescentes. Por isso, o Sefras Peri – que antes foi chamado de CCA São Do-mingos – admi-nistrado pela As-

sociação Damas da Caridade – é um espaço importante, resultado da luta da comunidade. “Todos sabem que este espaço é mui-to importante porque não foi o poder público que veio até aqui, foram eles que pressionaram o governo para que tivessem este espaço. O Sefras vem continuar esta luta, junto com esta popula-ção, para que se consigam mais políticas públicas que atendam a esta comunidade”, concluiu.

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A Fraternidade São Damião teve a honra de celebrar a ereção da Quase-Missão do município de Kangandala no último dia 20 de julho. A cerimônia foi presidi-da pelo arcebispo diocesano de Malange, Dom Benedito Rodri-go, concelebrada pelo chanceler diocesano, Pe. Pedro, o reitor do

Seminário Maior, Pe. Fabiano e os administradores pastorais da Quase-Missão de Kangandala, Frei Afonso Quessongo e Frei Laurindo da Silva Júnior.

Fizeram-se presentes na cele-bração muitas autoridades, como o chefe de Polícia, o Ministro da Cultura de Malange, os sôbas (lí-deres de comunidades), o Prefeito de Caculama e sua esposa, a pre-feita de kangandala, Senhora Rosa

que nos ajuda na construção da nova igreja.

Seria muita ingratidão deixar de citar as irmãs que colaboram com a nossa Missão. Antes mes-mo de os Frades Menores assu-mirem a Missão estavam presente as Irmãs FMM, posteriormente as IFMSJ e as SMIC. Atualmente residem em Kangandala as Irmãs Franciscanas Missionárias de São José, Ir. Ana, Ir. Francisca e Ir. Dé-

erigidA A QUAse-missão de sAntA tereZinHA do menino JesUs de KAngAndAlA

FREI LAURINDO LAURO DA SILVA JÚNIOR

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bora, que atuam na escola local.Aos que refletem sobre o ex-

cesso de trabalhos paroquiais nas Missões fica o consolo de que nada acrescentará nos afazeres, pois o município de Kangandala foi o nosso campo de atuação pastoral desde que decidimos aqui fazer as nossas missões. Sendo assim, os trabalhos não serão multiplicados.

De fato, precisamos de mais trabalhadores para a Messe do

Senhor aqui em Angola, nas pala-vras do arcebispo Dom Benedito Rodrigo, apenas “era necessário que um município como Kangan-dala tivesse uma igreja à altura de seu povo, pois um município sem uma Igreja como ponto de refe-rência anda mal esteticamente e motivacionalmente”.

HISTÓRIA E PASTORALA missão Católica de Kangandala

no período de guer-ra civil. Houve a des-truição da pequena igreja por homens que lançavam pro-jéteis e morteiros com a finalidade de acabar com as es-peranças do templo de carne, mas a es-perança desse povo jamais cessou.

O trabalho Pasto-ral tem se desenvo-vido pouco a pouco com a crescente for-mação de catequis-tas e outras lideran-ças. Temos um bom trabalho de cateque-se, pastorais funda-mentais (vocacional,

juventude e criança) e grupos co-rais, Legião de Maria e Infância Missionária. Além disso temos as visitas pastorais na aldeias como uma bela motivação pastoral.

O que celebramos é muito mais que a ereção da Quase-mis-são, celebramos também a vitória da Igreja sobre a violenta destrui-ção que dá lugar à construção de uma nação renascida na justiça e na paz.

localiza-se ao sul da Arquidiocese de Malange e foi fundada em 1941 pelos Missionários Espiritanos da Paróquia da Sé Catedral de Ma-lange e a pequena igreja foi con-truída em 1961 ao lado da Escola Missionária.

Em 1992, a Missão de Kangan-dala desmembrou-se da Sé Cate-dral e passou a pertencer à Ordem dos Frades Menores. Em plena guerra civil, as visitas pastorais já não eram tão frequentes e a cola-boração dos catequistas foi fun-damental para a conservação das pedras vivas de nossa Igreja, pois o templo de tijolos não foi possí-vel conservar e foi destruído pela guerra.

O povo de Deus sofreu muito

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Duas estudantes do Colégio Bom Jesus Centro, de Curitiba (PR), conquistaram os primeiros luga-res no Concurso de Redação do Conselho de Entidades Sociais do Paraná (Consesp). Com a proposta de tema “qual é a importância do voluntariado para a sua cidade e região?”, as alunas do 2º ano do En-sino Médio, Ana Júlia Klaumann e Sayuri Magnabosco, ambas com 15 anos de idade, atingiram os conceitos 9,4 e 9,3, respectivamen-te. O evento teve o referendo da Academia Paranaense de Letras e a cerimônia de premiação ocorreu na última sexta-feira, 11.

O principal objetivo da com-petição foi o de fomentar o “es-pírito do voluntariado”, segundo declarou a presidente do Consesp, Rute Yamasaki. “Realizamos este concurso com estudantes da rede pública e privada de ensino, de Curitiba e Região Metropolitana, e temos a certeza de que eles aderi-ram ao chamado do voluntariado.

A cerimônia de entrega contou com a participação de represen-tantes das escolas envolvidas e de entidades ligadas à assistência so-cial, autoridades municipais e es-taduais e, ainda, da presidente da

Academia Paranaense de Letras e do Centro Paranaense Feminino de Cultura, Chloris Casagrande Justen. A Consesp premiou as es-tudantes finalistas com um tablet para o primeiro lugar, um smar-tphone para o segundo e uma bi-cicleta para o terceiro lugar, que foi conquistado por Beatriz Vieira de Souza (15), do Colégio Estadu-al Shirley Catharina Tamalu Ma-chado.

Tanto Julia como Sayuri partici-pam das atividades de voluntaria-do promovidas pela Pastoral Es-colar do Colégio Bom Jesus, que é mantida pela Associação Francis-cana de Ensino Senhor Bom Jesus

(AFESBJ). Para a coordenadora da Pastoral, Rita de Cássia, todos os jovens têm uma participação im-portante na comunidade pois, “ao seguir os passos de São Francisco de Assis, temos a oportunidade de ajudar aqueles que mais precisam”.

Já para a gestora do Colégio Bom Jesus Centro, Suzete Maria Salvaro Beal, a escola vai além de um simples meio de transmissão de conteúdo. “A nossa missão é o de transformar o cidadão para que este transforme a sociedade. A responsabilidade da instituição de ensino também passa pelo apoio e motivação dos jovens na participa-ção de ações voluntárias”, finaliza.

Bom JesUs em primeiro lUgAr

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O rio Amazonas desce caudaloso e pachorrento até fazer curva à altu-ra de Óbidos, no oeste do Pará; aí se estreita e se aperta contra uma falésia alta e escorre apressado e revolto, até alargar-se novamente e continuar o seu curso rumo à foz, no Atlântico. Óbidos fica no alto da falésia, bem vis-tosa, coisa pouco comum na imensa planície amazônica. Conserva ainda vários casarões de época portuguesa, com suas sacadas e azulejos bem típi-cos. O pequeno porto é movimentado e serve de entreposto para os produ-tos trazidos do “interior” e o abasteci-mento de todo tipo de produtos.

Fundada pelos portugueses já no século 17, numa área dos índios Pau-xis, Óbidos foi importante postação de defesa e proteção do território do médio Amazonas. Ali, no alto da co-lina, havia um forte bem guarneci-do, hoje não mais existente. Com os portugueses, também chegaram os missionários, primeiro os Jesuítas e, a seguir, os Capuchinhos da Piedade e os Frades Menores Franciscanos; to-dos foram expulsos da Amazônia por Pombal e, em 1750, a missão foi entre-gue aos padres seculares.

Os franciscanos voltaram a Óbi-dos em 1909 e desenvolveram intensa ação missionária, como parte da pre-lazia de Santarém, também entregue aos Franciscanos. Em 1957, o papa Pio XII criou a prelazia de Óbidos, entregando-a aos cuidados dos Fran-ciscanos. Dom Floriano Löwenau, OFM, foi seu primeiro bispo, ainda recordado pelo povo com imenso reconhecimento pelo muito que fez pelo atendimento religioso, social e cultural da população. Depois veio Dom Martinho Lammers, OFM, ho-

mem simples e dedicado ao povo.Desde 2012, Óbidos é diocese; seu

território, equivalente ao do Estado do Paraná, estende-se pelas duas mar-gens do rio Amazonas mas, sobretudo, pelo lado norte, alcançando as Guia-nas e o Suriname. Sua população, es-palhada em 8 paróquias e centenas da comunidades ribeirinhas e de “terras altas”, não atinge 300 mil habitantes. Os traços indígenas são fortes mas as reservas indígenas são poucas, sobre-tudo no norte da diocese.

Dom Bernardo Johannes Bahl-mann, há 6 anos, é o bispo dioce-sano. Franciscano, nascido na Ale-manha, mas vindo ao Brasil ainda jovem, como leigo, trabalhou como frade no Convento São Francisco, no centro histórico de São Paulo. Dom Bernardo, como é conhecido pelo povo, é dinâmico e está sem-pre em movimento pela diocese, rio acima, rio abaixo, ou por estra-das mal transitáveis, visitando as comunidades e animando a missão e a vida eclesial. Atento às necessi-dades e desafios da evangelização, cuida de formar os agentes de pas-toral, de prover de estruturas pas-torais as comunidades e de marcar presença na sociedade através de obras sociais e culturais.

Uma semana com ele, no início de julho, permitiu conhecer um pouco das “alegrias e esperanças, angústias e sofrimentos” do bispo e da Igreja que está inserida na história de Óbi-dos. As distâncias, o clima tropical e o ritmo severo da natureza fazem parte do dia-a-dia vivido pelo bispo e sua diocese na Amazônia. Mais missio-nários seriam necessários. Com Dom Bernardo, celebramos a eucaristia e

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visitA À igreJA QUe estÁ em ÓBidos

visível para quem chega de barco. Atualmente, está em reforma. A pa-droeira da diocese é Sant’Ana, desde a chegada dos primeiros missionários portugueses. A imagem já está enfei-tada no seu andor, pronta para sair em procissão fluvial no chamado “círio de Sant’Ana”. A festa, no dia 26 de julho, é de longa tradição, muito apreciada pela população do médio Amazonas.

Há algum tempo, as Irmãs Fran-ciscanas da Ação Pastoral e as Irmãs da Congregação de Santa Catarina de Alexandria iniciaram uma presen-ça missionária em Óbidos. Ali existe muito espaço para a colaboração mis-sionária. É interessante dar-se conta-de como a preocupação com a “nova evangelização” permeia a vida ecle-sial, mesmo de dioceses que enfren-tam mil dificuldades. Apesar de suas diferenças, isso tem muito em comum com o que acontece em regiões mais urbanas: o incentivo à vida cristã nas comunidades menores, a boa celebra-ção da Liturgia, a pregação assídua, a formação de agentes de evangeliza-ção, a valorização da memória da fé e da vida eclesial, a presença social, o testemunho público da fé e o estímulo à religiosidade popular.

A nova evangelização não é uma teoria, nem resulta de especulações acadêmicas: ela é fruto da “conversão pastoral” e de práticas de vida eclesial animadas por intenso zelo e pela “ale-gria do Evangelho”. E isso vale tanto para a Amazônia, como para as me-trópoles, como São Paulo.

Cardeal Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo

Artigo publicado no Jornal O São Paulo, Edição 3010 - 8 a 15 de julho de 2014

numerosas crismas em duas comunidades distantes. O povo é lu-tador, fervoroso na sua fé e também orgulhoso da sua história, da qual fazem parte a presença e a ação dos missioná-rios.

A catedral dioce-sana está no alto da colina, de frente para o rio Amazonas, bem

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Entre os dias 12 e 17 de junho foi realizado o Encontro Continental da Ásia, em Jakarta, Indonésia, com a participação dos animadores do Serviço de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC) das Conferências da Ordem dos Frades Menores que compõem aquela região da Ásia. Na primeira parte do Encontro, os confrades asiáticos dedicaram seu tempo para partilhar os trabalhos e ações realizadas na área de JPIC em suas respectivas entidades.

Outra parte do Encontro foi dedicada ao relatório do Escritório de Roma sobre o trabalho de JPIC nos últimos anos, incluindo o novo documento elaborado pela oficina “Em Construção da Paz e Recon-ciliação” e o novo documento do Definitório Geral Sobre o Uso Éti-co dos Recursos Econômicos. No encerramento do encontro, os de-legados asiáticos se juntaram aos delegados do Conselho Internacio-nal de JPIC para ouvir uma série de apresentações sobre a realidade da Ásia e também sobre o trabalho realizado na Indonésia pelos Fran-ciscanos. Além disso, ocorreu um diálogo muito interessante e enri-quecedor com os representantes do “Franciscans International”, que tem uma cadeira junto à ONU. Este primeiro momento do encontro em Jakarta encerrou-se na tarde do dia 17, com oração e confraternização.

No dia 18, uma quarta-feira, tive-mos um dia de passeio para conhe-cer um pouco a capital da Indonésia, um país com 240 milhões de habi-tantes, em sua maioria muçulmanos (226 milhões). É o mais populoso do mundo e, por conta disso, Jacarta é caótica em infraestrutura de trânsito e de mobilidade. Conhecemos mu-seus, a grande Mesquita na Capital, que comporta 200 mil pessoas no mês do Ramadã, e a Catedral.

No dia 19 tiveram início as ati-vidades do Conselho Internacional de JPIC. É importante ressaltar que estavam presentes todos os anima-dores das diversas Conferências es-palhadas por todo o mundo. Nossa agenda foi bastante cheia: o dia se iniciava sempre com a missa, às 7 horas da manha, e terminava com a oração da tarde, às 18h30. À noi-te sempre havia um momento de convivência com os confrades, até porque éramos dos quatro cantos deste Planeta. Um momento inte-ressante foram as apresentações dos delegados de cada Conferência que relataram um pouco das realidades e desafios de seus países e, também, das diversas ações e iniciativas das Conferências enquanto Serviço de JPIC. Tivemos uma impressão mui-to positiva do engajamento de mui-tos frades, províncias e entidades nas causas e nas questões ligadas às mudanças e às interferências am-bientais, tão discutidas em diversos ambientes sociais.

Ao longo do encontro foram feitos vários debates e apresen-tações, estudos de documentos, como, por exemplo, as linhas de ações do JPIC em nível de Ordem e Conferências. Estudamos e refle-timos, inclusive, um dos mais re-centes materiais da Ordem envia-do aos frades, Lineamenta, textos e subsídios que preparam o próximo Capítulo Geral.

Entre os temas discutidos, des-tacamos as questões que envolvem nosso estilo de vida, a questão dos impactos ambientais, a partir da reflexão das ações de mineradoras e a erradicação da pobreza. Foram dias muito bons entre colóquios, estudos e grupos linguísticos. Mas, além das discussões, também vi-mos in loco as ações neste campo. O grupo foi dividido em dois: um foi conhecer uma escola islâmica e o outro foi conhecer uma escola in-formal para meninos de rua. Cada uma das realidades nos fez apro-ximar a discussão realizada no en-contro com aquilo que está à nossa volta. Refletir e discutir questões de JPIC só tem sentido quando esta-mos intimamente ligados ao todo, ao ambiente que nos cerca.

Deste encontro saíram delibera-ções para o Capítulo Geral da Or-dem dos Frades Menores em 2015 e o encontro se encerrou com missa solene presidida por Dom Paskalis Syukur, com a presença de toda a Família Franciscana local.

conselHo internAcionAl dA Jpic se reúne em JAcArtAFREI WILSON SIMÃO

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O Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry, contou em entrevista, no site da Or-dem, que os Franciscanos entrega-ram ao Papa Francisco o documen-to “Franciscanos pela Ecologia” para ajudá-lo na sua reflexão tendo em

novA encíclicA tem “conselHos” FrAnciscAnosMOACIR BEGGO Antes, haverá um pré-sínodo e o

Papa estará muito ocupado”, acredi-ta o Ministro Geral, reforçando que “quiçá saia em novembro”, quando se comemora o 35º aniversário da Bula Intersanctos, que declarou São Francisco de Assis “Celeste padroei-ro dos cultivadores da ecologia”.

Michael Perry lembra que a preo-

não só cristã, de custodiar”, com consequências danosas.

Tais comportamentos de fato “empobrecem a Terra de todos, tor-nando-a mais frágil e colocando em risco o ambiente que as gerações de-pois de nós receberão como heran-ça, transgredindo assim a qualquer responsabilidade em relação a eles”.

vista a nova encíclica que está escrevendo sobre a criação e o meio ambiente. Segundo Frei Michael, no encontro com os superiores da Ordem Francis-cana, ainda em março, o Papa Francisco expressou o quan-to o preocupava a questão do meio ambiente e lhes pediu conselhos.

“O Papa Francisco nos re-velou sua preocupação sobre este assunto, e de que a Igreja necessita encontrar o cami-nho para responder a esta crise ecológica, utilizando o melhor da Ciência e contando com pessoas de boa vontade para se chegar a um acordo entre to-dos”, revelou o Ministro Geral. O documento franciscano foi publicado por ocasião do Dia Mundial da Água e do 35º aniver-sário da proclamação de São Fran-cisco de Assis como “Celeste padro-eiro dos cultivadores da ecologia” e propõe “um texto sugestivo sobre a consciência e sobre o compromisso ecológico”.

“Estive na Amazônia em feverei-ro último. Estive três vezes ali no ano passado e cada vez que vou vejo um desmatamento maior. Também esti-ve no Leste do Congo, onde também há conflitos pelos recursos minerais. E isso tem um impacto no problema social”, acredita Frei Michael.

O Ministro Geral crê que, segun-do fontes vaticanas, a nova encíclica saia somente no início de 2015. “Te-nho em conta que o Papa, a Igreja como um todo, terá em outubro o Sínodo sobre a vida em família.

cupação com a conservação do meio ambiente é uma questão em que to-dos, crentes e não crentes, devem colaborar. “Francisco também pediu conselho a outros especialistas como Dom Erwin Kräutle, o bispo de Xin-gu, uma zona profundamente afeta-da pelo desmatamento”, acrescentou Frei Michael.

Segundo o documento francisca-no, o texto parte de uma premissa: no passado, eram os homens que temiam a natureza, enquanto nos últimos dois séculos “a situação deu uma reviravolta”, por causa da “cultu-ra do desperdício, do descartável, da destruição”. “Atitudes que, como nos recordou o Papa Francisco desde os primeiros dias de seu Pontificado, são antes de tudo anti-humanas e traem pela raiz a vocação humana,

Olhando para a figura de São Francisco de Assis, que intuiu como “o natural indica e participa do sobrenatural”, os Franciscanos retomam os ensinamentos dos últimos três Papas - João Paulo II, Bento XVI e Francisco - sobre o tema da ecologia, partindo de João Paulo II e de sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1990: Paz com Deus criador, paz com toda a Criação. “A partir daquele momento – su-blinha o documento – expres-sões como ‘vocação ecológica’ e ‘conversão ecológica’ passa-ram a fazer parte do vocabulá-rio católico”.

Quanto a Bento XVI, os Franciscanos evidenciam como seu ensinamento sobre

ecologia “permanece até hoje como o mais desenvolvido por um Papa sobre este tema”. Basta citar a Encí-clica Caritas in veritate: “A Igreja tem uma responsabilidade pela Criação e deve fazer valer esta responsabilida-de também em público”, defenden-do não somente a terra, a água e o ar como dons da criação pertencentes a todos”, mas sobretudo “protegendo o homem contra a destruição de si mesmo”. (n. 51).

Por fim, o Papa Francisco “nos habituou desde o início a uma eco-logia em tempo integral”. Na homilia da Missa de início de Pontificado, em 19 de Março de 2013, o Papa Bergoglio afirmou que “quando não cuidamos da Criação e dos irmãos, então encontra espaço a destruição e o coração torna-se árido”.

Frei Michael Perry falando aos jovens na JMJ

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Os confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil acolhem com alegria o Visitador Geral Frei Valmir Ramos, nomeado pelo

Ministro Geral em 14 de julho de 2014. Frei Valmir pertence à Custódia do Sagrado Coração de Jesus, com sede em São José do Rio Preto, SP.

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notíciAs e inFormAçÕes

Em setembro, o monge beneditino e autor de várias obras de espiri-tualidade, Anselm Grün, vem ao Brasil para lançar três de seus mais recentes livros e também ministrar uma série de palestras em diversas capitais do país.

Anselm Grün possui mais de 100 livros traduzidos no Brasil, sendo 90 lançados pela Editora Vozes. Suas obras já venderam mais de um milhão de exempla-res no país e a cada livro mais e mais pessoas se rendem à sabe-doria deste monge. É um autor reconhecido no mundo inteiro por seus inúmeros livros de es-piritualidade publicados em 28 línguas.

Monge beneditino da Abadia de Münsterschwarzach (Alema-nha) une a capacidade ímpar de falar de coisas profundas com sim-plicidade e expressar com palavras aquilo que as pessoas experimen-tam em seu coração. Palestrante e conselheiro renomado internacio-nalmente, tornou-se ícone da espi-ritualidade e mestre do autoconhe-cimento.

Gerencia, como ecônomo mo-

nástico, os 20 empreendimentos econômicos da abadia beneditina de Münsterschwarzach, com seus 300 funcionários e aprendeu a arte da gestão de pessoas a partir da Regra de São Bento e da Bíblia, dos Padres do Deserto e da psicologia moderna.

Grün é estimado por mui-tas pessoas como guia espiritual e está entre os autores cristãos mais lidos da atualidade. Há dé-cadas vem se dedicando a refletir e escrever sobre as questões fun-damentais da vida, das relações humanas, dos desafios que convi-dam a amadurecer e abrir a alma para encontrar sua verdadeira natureza e perceber Deus nas coisas aparentemente simples. Inspira-se na tradição monástica e cristã, e recorre também à psi-cologia e às demais ciências para ajudar as pessoas a compreen-der melhor sua vida e diminuir a complexidade dos problemas que a vida moderna nos impõe en-frentar. Tem a habilidade de falar com clareza, e expressar aquilo que muitos não conseguem for-mular em palavras.

Anselm grÜn no BrAsilEditora Vozes traz o best-seller em obras de espiritualidade ao Brasil

AGENDA DO AUTOR• 02 de setembro 2014 (terça-

-feira) – Rio de Janeiro • 03 de setembro 2014 (quarta-

-feira) – Belo Horizonte• 04 de setembro 2014 (quinta-

-feira) – Brasília • 05 de setembro 2014 (sexta-

-feira) – Fortaleza• 06 de setembro 2014 (sába-

do) – São Paulo• 07 de setembro 2014 (do-

mingo) – São Paulo - Retiro das 8 às 14 horas no Espaço Anhanguera, via Anhanguera, Km 25,5 - Jardim Britânia.

Mais informações: [email protected]; ou (11) 2081-7944

O autor irá lançar as seguintes obras:• Reconciliar-se com Deus -

Curando as feridas da alma• O poder da decisão - Na vida,

nos relacionamentos, no traba-lho e no cotidiano

• Vinho - Um presente do Céu e da Terra

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na. No dia 3 de manhã havia sido transferido para a área clínica do Hospital, mas, às 13h00, foi levado às pressas para o CTI, devido a enfarto. A causa mortis foi uma parada cardiorrespiratória. Por várias ve-zes, Frei Lency havia sido internado no Hospital São Francisco. Queixava-se de falta de ar, e, nos últimos dias, demonstrava falta de disposição generalizada. Pensava-se no implante de um marca-passo, mas sua limitação física não permitiu.

A Missa de corpo presente foi celebrada no dia 5, às 15h00, no Convento Santo Antônio, e em seguida se deu o sepultamento.

O frade menor(do seu autorretrato) “Temperamento mesclando o sanguíneo e o colérico, com pinceladas de melan-cólico. De inteligência mediana, mas muito intuiti-vo, com capacidade de pressentir ou prever aconte-cimentos. Com certo veio poético e profético... De fácil convivência, aberto e afável, sobretudo aten-cioso com os pobres. Com um senso de justiça bem aguçado. O status quo me causa sérios conflitos e até um certo divisor de águas entre os que lutam a favor do Reino e os que lutam contra ele... De con-versa amigável, misericordioso e de fácil perdão. Brincalhão, às vezes autossuficiente e teimoso, não chegando a ser cabeçudo. Insubordinado às injus-tiças, sobretudo às sociais, desportista, teatrólogo. Piedoso, de fé inabalável, de um amor apaixonado pelo povo, por causa do rosto desfigurado do Cris-to, nele refletido. Sinto-me bastante limitado, fal-tando em mim muito para completar a Paixão do Cristo, que espero completar com a sua graça, pois assim como o maná sustentou o povo no deserto, assim me sustenta a Eucaristia ao longo da vida, até chegar o Reino definitivo. A Eucaristia é o ápice de

Frei lency F. smAniotto* 18/09/1937 + 04/07/2014

• Nascimento: 18.09.1937 (76 anos de idade), em Erechim - RS;

• Admissão ao Noviciado: 19.12.1960, em Rodeio, SC;

• Primeira Profissão: 20.12.1961 (52 anos de Vida Franciscana);

• Profissão Solene: 02.02.1965;• Ordenação Presbiteral: 21.12.1966

(47 anos de Sacerdócio);• 1962-1963 – Curitiba – Estudos de Filosofia;• 1964-1967 – Petrópolis – Estudos de

Teologia;• 28.01.1968 – Duque de Caxias – pastoral; • 23.12.1971 – Concórdia – vigário paroquial;• 03.03.1975 – Vila Velha - paróquia – vigário

paroquial;• 21.12.1976 – Vila Velha – paróquia –

guardião e pároco;• 11.03.1982 – São Paulo – São Francisco –

Pastoral da periferia (CEBs) – morando na Vila Morro Grande, e na Brasilândia;

• 1988 – Período sabático na Nicarágua – movimentos populares;

• 07.11.2003 – São Paulo – Pari – vigário paroquial;

• 01.02.2007 – São Sebastião – vigário paroquial (permaneceu no Convento S. Francisco, em São Paulo até 13.03.2008);

• 11.10.2008 – Rio de Janeiro – Santo Antônio – tratamento de saúde

minha fé e piedade, sem a qual a minha vida não teria o vigor para seguir a Cristo, caminho, verdade e vida, como São Francisco o fez.

Gosto de mim como sou, no esforço constante de superar os meus defeitos e limitações. Mas isto só é possível com a graça de Deus”.

Com a alegria, que lhe era característica, Frei Lency possa ser recebido no Reino definitivo que em vida procurou.

R.I.P. Frei Walter de Carvalho Júnior

dAdos pessoAis, FormAção e AtividAdes

Faleceu na noite do dia 4 de julho, por volta da 19h30, no Hospital da VOT, no Rio de Janeiro, Frei Lency F. Smaniotto. Segundo Frei Ivo Müller, guardião do Convento S. Antô-nio, Frei Lency esta-va internado desde o dia 26 de junho, na unidade coronaria-

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O Definidor Frei Evaristo Spen-gler deu o seguinte depoimen-to após o sepultamento de Frei Lency:

Caros confrades,No sábado fui à missa de corpo

presente e sepultamento do Frei Lency, no Convento Santo Antô-nio. Em telefonema, Frei Ivo me pediu para presidir a celebração, mas eu disse que achava melhor que ele, guardião do Convento Santo Antônio, presidisse. Assim ficou combinado.

Pouco antes da missa, ele voltou a pedir que eu presidisse, então as-sim foi feito.

Não havia muita gente na igreja, menos da metade dos bancos esta-vam ocupados. Éramos 22 frades: Clauzemir (Rocinha), Carlos K. (Niterói), Plínio e Neylor (Niló-polis), Colossi e Tatá (São João), César, Almir, Edrian, Piva e Vitó-rio (Petrópolis), Alamiro (Paty), eu (Imbariê), David (São Paulo), Ivo, Guido, Reinaldo, Antônio Nader, Tatá, Geraldo H. e Sérgio (San-to Antônio). James Girardi havia passado mais cedo. Três presentes eram da sua turma de estudos: dois frades - Alamiro e Guido -, e um leigo, Valdemar Boff. Não chegou ninguém da família. Frei Ivo con-seguiu avisar a um sobrinho do Mato Grosso e outro do Sul. Eles querem vir à missa de sétimo dia, mas estavam impossibilitados de viajar a tempo de chegar para o en-terro. Havia também representan-tes do Sindicato dos Petroleiros, pois Lency estava ligado às suas lu-tas. Um advogado chamado André relatou as lutas do Lency junto aos índios do Maracanã, onde ele che-gou a dormir algumas noites para evitar a expulsão deles; relatou também sua luta junto aos sem-te-to, entre outras. Havia ainda outras pessoas que frequentam as missas no convento, algumas muito tris-

FrAde ideAlistA e Ao lAdo dos poBres

tes e emocionadas com a morte do Frei Lency. Na partilha depois do Evangelho, houve muita emoção, alguns não conseguiram terminar a fala por causa das lágrimas, entre eles o Valdemar Boff. Ressaltou--se o idealismo do Frei Lency, suas lutas em favor dos pobres, o que o levou uma vez à prisão e a receber a visita do general Newton Cruz. Por outro lado, frisou-se a pessoa alegre que ele era, mantendo a cal-ma mesmo em situações compli-

cadas. Frei Guido Scottini iniciou a reflexão e fez a encomendação e a bênção da sepultura.

Durante as orações no cemité-rio, passou um jato, deixando um risco branco no céu azul. Frei Ala-miro enfatizou que Lency havia sido um poeta e sonhador, e que os céus deram a ele um presente no momento do seu enterro. Todos aplaudiram o Lency.

Um abraço.Frei Evaristo Spengler

Frei Lency dando a bênção durante a Trezena de Santo Antônio

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agenDa 2014Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão sublinhados

Agosto11 a 15 Retiro e Reunião do Definitório Provincial (Rio

de Janeiro);18 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Guaratinguetá - Postulantado);18 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança

Paulista);18 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e

Baixada Fluminense (Rocinha);18 a 22 Encontro dos Ecônomos da CFMB (Campo

Grande - MS);19 a 24 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Amparo);25 Encontro do Regional de Curitiba (São

Boaventura);25 a 29 Reunião da CFMB (Cuiabá);

setembro 01 Encontro de Formadores (Ituporanga);01 Encontro do Regional de Agudos (Bauru);01 e 02 Encontro do Regional do Contestado;01 e 02 Encontro do Regional do Leste Catarinense

(Angelina);02 e 03 Reunião do Conselho do Secretariado para a

Formação e os Estudos (Rodeio);05 e 06 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (ITF);08 Encontro do Regional de Pato Branco;08 Encontro do Regional do Vale do Itajaí

(Blumenau);08 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;10 a 25 Experiência Under Ten (Jacareacanga - PA);15 a 16 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí (Curitibanos);23 a 25 Capítulo das Esteiras (Agudos);23 a 25 Jubileus (Capítulo das Esteiras);24 a 27 Visita do Ministro Geral a Província da

Imaculada;

outubro 09 Reunião do Conselho Gestor da Província

(Sede Provincial);13 e 14 Encontro Provincial da Frente de Evangelização

da Comunicação (Rondinha);14 a 16 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);18 a 19 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Marcos Prado (São Lourenço - MG);20 a 24 Retiro no Eremitério (Rodeio);21 a 24 Curso de Franciscanismo (Rondinha);

novembro 03 a 15 Tempo Forte do Definitório Geral;04 a 09 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Niterói);06 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Recreativo);10 a 11 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Forquilhinha);

12 e 13 Encontro do Regional de Pato Branco (recreativo);

13 a 16 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;14 a 16 Encontro dos Irmãos Leigos;17 Encontro do Regional do Vale do Itajaí -

Recreativo (Gaspar);17 e 18 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí - Recreativo (Piratuba);20 a 23 Encontro Vocacional em Ituporanga;24 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo;24 e 25 Reunião do Conselho do Secretariado da

Evangelização;24 a 28 Retiro no Eremitério (Rodeio);25 a 27 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);29 e 30 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Paulijacson Pessoa de Moura (São Miguel - RN);

dezembro 01 Encontro do Regional do Espírito Santo

(Recreativo);01 Encontro do Regional de Curitiba (Recreativo -

Caiobá);01 Encontro do Regional de São Paulo (Recreativo

- Guarujá);01 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e

Baixada Fluminense - Recreativo;01 e 02 Encontro do Regional do Contestado

(recreativo);07 Profissões Solenes (Petrópolis);08 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (Taquara);15 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;

2015JAneIro 22 a 25 Missões Franciscanas da Juventude

(Concórdia)mArço 09 a 21 1ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)mAIo 10 a 07 Capítulo Geral (Assis)Junho 29 a 11 2ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)Julho 16 a 19 II Encontro Nacional de Jovens da CFMB22 a 26 Encontro SIFEM/JPIC (Bacabal - MA)

2016JAneIro 18 a 26 Capítulo Provincial