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COMUNICAÇÕES . JULHO DE 2014 COMUNICAÇÕES PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL JULHO 2014 • ANO LXI • Nº 07 Santo Antônio Província da Imaculada Conceição: 339 anos ESPECIAL

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ComuniCaçõesPROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL

JULHO 2014 • ANO LXI • Nº 07

Santo AntônioProvíncia da Imaculada Conceição: 339 anos

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Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

SUMÁRIO ________________________________________

mensagem do ministro Provincial- Aniversário da Província: 339 anos...............................................................................................................................................................................319

Formação Permanente- “Família cristã: Igreja doméstica”, texto de Frei Nilo Agostini....................................................................................................................................................322

sav- Encontro Vocacional em Petrópolis..............................................................................................................................................................................................324- Convite para a Primeira Profissão em Rodeio................................................................................................................................................................324- Encontro vocacional lota Seminário de Ituporanga..............................................................................................................................................................325

Formação e estudos- Notícias do Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga......................................................................................................................................326- Postulantes se encontram no Vale do Paraíba...........................................................................................................................................................................327- Novinter tem mais um encontro em Rodeio.................................................................................................................................................................................328- Quermesse encerra o semestre em Rondinha..............................................................................................................................................................................329- Eles vieram do Continente Africano para estudar no ITF........................................................................................................................................................330- Dom Gregório visita o ITF........................................................................................................................................................................................................332

Fraternidades- Poema de Frei Ariovaldo.......................................................................................................................................................................................................333- ESPECIAL SANTO ANTÔNIO..............................................................................................................................................................................................334- Encontro Regional da Serra-Baixada.................................................................................................................................................................................350- Convite de Dom João Bosco para a posse na Diocese de Osasco............................................................................................................................................350- Encontro Regional do Vale de Itajaí..............................................................................................................................................................................351- Inscrições abertas para o Curso de Franciscanismo em Rondinha.................................................................................................................................351- PVF: Benfeitores se encontram em São Paulo...............................................................................................................................................................................352- Frei Felipinho recebe o título de Cidadão Honorário de São Lourenço................................................................................................................................353- Frei Walter Hugo lembra o franciscano São Boaventura em poema.......................................................................................................................................353- Formação litúrgica em Gaspar...........................................................................................................................................................................................354

notícias do deFinitÓrio- Encontro do dia 2 a 4 de junho............................................................................................................................................................................................355

evangeliZação- Notícias do Sefras...............................................................................................................................................................................................................361

oFs- D. Odilo Scherer reabre a Igreja das Chagas em São Paulo...............................................................................................................................................363

notícias e inFormaçÕes- Frei Luiz Iakovacz escreve sobre a Copa do Mundo........................................................................................................................................................366

Falecimentos- Pai de Dom Jaime Spengler e de Frei André Gurzinsky.................................................................................................................................................................367- Morre no Rio Rose Marie Muraro................................................................................................................................................................................367

agenda......................................................................................................................................................................................................368

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caríssimos irmãos e irmãs!No próximo dia 15 de julho de 2014, quando a

Ordem dos Frades Menores celebra a festa litúrgica de São Boaventura de Bagnoregio (1217-1274), no mesmo dia a nossa Província Franciscana da Ima-culada Conceição do Brasil celebra seus 339 anos de existência.

Foi no dia 15 de julho de 1675 que o Papa Cle-mente X, mediante a Bula Pastoralis Officii, erigiu oficialmente a Província da Imaculada Conceição do Brasil, desmembrada da Província de Santo Antônio do Brasil, esta erigida como Província no dia 24 de agosto de 1657.

A Província da Imaculada Conceição do Brasil, ao ser criada, contava com 10 conventos. O mais an-tigo era o convento São Francisco, em Vitória (ES), construído em 1591. Desse convento só permanece parte da fachada e algumas ruínas, local da atual Cú-ria da Arquidiocese de Vitória. O segundo convento, sem dúvida o mais importante da nova Província da Imaculada Conceição do Brasil, é o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, construído em 1608. Este convento foi a sede provincial por dois séculos, bem como o principal centro de formação dos frades nos estudos da filosofia e da teologia, chegando a ter uma das mais ricas bibliotecas do Brasil.

Os demais conventos da nova Província, por ordem de sequência, foram: Convento Santo Antônio de Santos, SP, 1640; Convento São Francisco em São

Paulo, SP, 1642; Convento São Boaventura em Macacu, RJ, 1649 (em ruínas); Convento de Nossa Senhora da Penha, ES, 1650; Convento São Bernardino em Angra dos Reis, RJ, 1650 (ruínas); Convento Nossa Senhora da Conceição em Itanhaém, SP, 1654 (ruínas); Con-vento Nossa Senhora do Amparo em São Sebastião, SP, 1658, e Convento Santa Clara em Taubaté, SP, 1674, convento que atualmente pertence aos Frades Capuchinhos.

Poucos anos após sua criação, a Província da Imaculada Conceição construiu outros três conventos, a saber: o Convento de Nossa Senhora dos Anjos em Cabo Frio, RJ, 1686 (ruínas); o Convento São Luís, em Itu, SP, 1691 (ruínas); e o Convento do Bom Jesus, na ilha do Bom Jesus, na Baía da Guanabara, RJ, 1704 (ali foi construído um hospício).

O que representou a presença franciscana nesses conventos? Quais atividades apostólicas que se eviden-ciaram a partir desses conventos?

Respondendo em palavras breves, esses conven-tos, antes de tudo, foram centros de irradiação do pró-prio carisma franciscano, com atividades apostólicas muito bem definidas que aqui destaco: a catequese entre os índios, as missões nas aldeias, a educação e o ensino elementar ministrado pelos frades nas escolas gratuitas do interior; a pastoral entre os escra-vos africanos nos portos e nas fazendas; as jornadas missionárias das zonas auríferas de MG e GO para a pacificação dos mineradores, além do atendimento

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MEnSAgEM ________________________________________ordinário nas igrejas e portarias conventuais. Como protótipos desta presença e atividades franciscanas, sem dúvida alguma merecem destaques Frei Pedro Palácios em Vila Velha, Frei Galvão ou Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, entre outros.

O período do florescimento da Provín-cia durou cerca de 100 anos, quando uma forte crise abalou os Frades Menores, advin-da do Decreto de Marquês de Pombal (1764) proibindo a recepção de novos membros na Ordem dos Frades Menores. Este decreto, contudo, foi revogado em 1777. Mas o auge da crise começou com o decreto de 18 de maio de 1855, que proibiu a recepção de noviços para todas as ordens religiosas no Brasil. Esta campanha antirreligiosa desen-cadeada pelo Império Brasileiro fez com que a Província de Santo Antônio se reduzisse a apenas nove frades e a nossa Província da Imaculada Conceição a um único frade, Frei João do Amor Divino Costa, que residia no Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro.

Se a escravidão foi abolida em 1888, os franciscanos e as demais ordens religiosas continuaram a clamar junto ao governo brasileiro pela liberdade espiritual que con-tinuava sendo escravizada. Somente aos 07 de janeiro de 1890, extinguindo o padroado, a circular de 18 de maio de 1855 que proibia a entrada de noviços e ordens religiosas aqui no Brasil perdeu sua validade. Por isso, de-pois de várias tratativas entre a Cúria Geral e a Santa Sé, a Província da Santa Cruz da Saxônia (Alemanha) aceitou o desafio de enviar novos missionários fran-ciscanos ao Brasil.

Assim, no dia 10 de julho de 1891 chegaram ao Brasil, ou mais precisamente no vilarejo de Teresópo-lis, SC, os quatro pioneiros da restauração da Província da Imaculada, a saber: Frei Armando Bahlmann, Frei Xisto Maiwes, Frei Humberto Themans e Frei Mau-rício Schmalor.

O curioso é que a restauração da Província da Imaculada Conceição do Brasil não se iniciou pelo Convento Santo Antônio (RJ), onde ainda residia o último frade da antiga Província. O recomeço da vida franciscana no sudeste e sul do Brasil acontece através de uma nova forma de presença pastoral, o que nos permite aplicar tanto o tema do último Conselho Plenário da Ordem, “Vinho novo em odres novos”, como a busca de ressignificação da nossa presença no processo do redimensionamento da nossa vida e

frentes de evangelização nos tempos atuais, tema do próximo Capítulo Geral da Ordem: “Frades Menores em nosso Tempo”.

O recomeço se dá na pequena vila de colonização alemã, Teresópolis - SC, cuja paróquia foi oficialmente entregue aos frades no dia 12 de novembro de 1891 e tinha 14 povoados, sendo que boa parte da população era de confissão luterana.

O que caracterizou esta retomada da vida francis-cana? As crônicas nos falam de pregações missionárias, de catequese, da administração dos sacramentos, onde os frades procuravam atingir a comunidade inteira.

Assim, a pequena e primitiva Fraternidade de Te-resópolis foi tomando corpo com a chegada de novos frades missionários vindos da Província da Saxônia e, consequentemente, novas fundações franciscanas foram surgindo: Lages, Blumenau, Rodeio, Petrópolis, Curitiba. E a partir de 1900 outras novas comunidades, como: Gaspar, Curitibanos, Santo Amaro da Impera-triz, Quissamã, Palmas, Florianópolis. E alguns dos

Frei João do Amor Divino

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MEnSAgEM ________________________________________conventos da antiga Província, os que ainda ofereciam condições de uso, também foram se transformando em residência dos frades.

O projeto da restauração da vida franciscana no Brasil fez com que a Província de Santa Cruz da Saxô-nia, Alemanha, enviasse mais de 200 frades alemães. Essa vinda de missionários foi tão significativa que no dia 14 de setem-bro de 1901, após 10 anos de atividades missionárias, as duas antigas Províncias Franciscanas (Santo Antônio no Nordeste e Imaculada Concei-ção no Sul) voltaram a ser Províncias inde-pendentes.

Assim, a nossa Província Francis-cana da Imaculada Conceição do Brasil, restaurada a partir de 1891, teve um cres-cimento numérico extraordinário quan-do, por dois anos (em 1959 e em 1966) che-gou a ter 713 frades! Isto significa que praticamente a cada década houve um aumento aproxima-do de cerca de 100 frades. Depois, a partir da década de 1970, constatamos um declínio numérico e hoje, no início de julho de 2014, contamos com 384 frades.

A nossa Província, a antiga fundada pelos por-tugueses (1675-1891) e a atual (de 1981 aos dias de hoje), teve características próprias em cada época. A Província antiga desenvolveu sua atividade evangeli-zadora a partir dos grandes conventos missionários. Já a Província restaurada, desde cedo passa a assumir uma presença missionária e evangelizadora a partir das paróquias confiadas aos frades e, junto às paró-quias, merece destaque a presença e o envolvimento dos frades na evangelização na frente da educação (escolas paroquiais e colégios), tanto que a carência e a necessidade de cartilhas escolares fez com que os frades criassem uma pequena gráfica em Petrópolis, hoje Editora Vozes.

Também não faltaram à Província o zelo e o espíri-to missionário! Já houve um tempo em que mantínha-

mos uma equipe missionária itinerante. A este espírito missionário acrescenta-se a nossa presença missioná-ria no Chile por cerca de 20 anos. Da mesma forma não podemos esquecer da ajuda fraterna e missionária à Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora, no Mato Grosso. E, sem dúvida alguma, a maior audácia missionária ocorreu no ano de 1991,

quando comemoramos os 100 anos de restaura-ção da nossa Província! Não sem sacrifício, mas com muita coragem e destemor assumimos a missão em Angola, justamente em tempos em que o país estava em plena guerra civil, e hoje vemos florescer a Fundação Imaculada Mae de Deus de Ango-la, com sensível cresci-mento vocacional.

Certamente todos nós temos tantas histó-rias a relatar neste ani-versário! Diria apenas que, num olhar retros-pectivo, podemos ser gratos pela vida dos ir-mãos que testemunha-ram sua santidade na evangelização. E nós, os 384 frades do presente,

nos sintamos encorajados a viver a ‘inegociabilidade da profecia’ no hoje da nossa história, no espírito desta oração de São Francisco:

“Eterno Deus onipotente, justo e misericordioso, concedei-nos a nós míseros praticar por vossa

causa o que reconhecermos ser a vossa vontade e querer sempre o que vos agrade, a fim de que,

interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir as

pegadas de vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e por vossa graça unicamente chegar até vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e unidade

simples viveis e reinais na glória como Deus onipotente por toda a eternidade.

Amém”.

Frei Fidêncio Vanboemmel, oFmMinistro Provincial

Frei Humberto Themans e Frei Maurício Schmalor em pé; Frei Amando Bahlmann e Frei Xisto Meiwes, sentados.

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fORMAçãO PERMAnEntE ________________________________________A FAMÍLIA NUM TEMPO DE MUDANÇAS

fREI nILO AgOStInI

fAMíLIA CRIStã: IgREjA dOMéStICA O Papa Francisco, ao escrever às famílias, em preparação à

Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, a realizar-se em outubro próximo, lembrou que a próxima Assembleia Sinodal é toda dedicada à Família. Pediu o necessário e significativo apoio das orações de todos e destacou o seguinte: “Na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimônio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja”1. Existe, sim, uma “contribuição indispensável do matrimônio”2, como explicitou o Papa na Evangelii Gaudium, que aqui identificaremos como educadora da fé e evangelizadora, no importante espaço evangelizador no qual se constitui a família.

1. educadora da fé e evangelizadoraO Papa João Paulo II, na exortação apostólica Familiaris

Consortio, sublinhou com especial clareza a missão da família cristã como igreja doméstica, destacando que ela é educadora da fé e evangelizadora. Vejamos alguns textos:

“Participando da vida e da missão da Igreja..., a família cristã vive a sua tarefa profética acolhendo e anunciando a Palavra de Deus: torna-se, assim, cada dia mais comunidade crente e evangelizadora”3.“Deus que, de fato, chamou os esposos ‘ao’ matrimônio, continua a chamá-los ‘no’ matrimônio. Dentro e através dos fatos, dos problemas, das dificuldades, dos acontecimentos da existência de todos os dias, Deus vai-lhes revelando e propondo as ‘exigências’ concretas da sua participação no amor de Cristo pela Igreja, em relação com a situação particular – familiar, social e eclesial – na qual se encontram”4.“À medida que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé, torna-se comunidade evangelizadora”5. “A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e de onde o Evangelho se irradia. Portanto, no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados. Os pais não só comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem também receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido. Essa família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual

está inserida”6.

“O ministério de evangelização dos pais cristãos é original e insubstituível... A família deve formar os filhos para a vida, de modo que cada um realize plenamente o seu dever segundo a vocação recebida de Deus... O ministério de evangelização e de catequese dos pais deve acompanhar também a vida dos filhos... O ministério de evangelização e de catequese da Igreja doméstica deve permanecer em comunhão íntima e deve harmonizar-se responsavelmente com todos os outros serviços de evangelização e de catequese...”7.“Como ‘pequena Igreja’, a família cristã é chamada, à semelhança da ‘grande Igreja’, a ser sinal de unidade para o mundo e a exercer desse modo o seu papel profético, testemunhando o Reino e a paz de Cristo, para os quais o mundo inteiro caminha”8.O Concílio Vaticano II, na constituição Lumen Gentium, n° 11,

refere-se ao papel dos pais na família e chama a família de “Igreja doméstica”; este se tornou o texto de referência para todas as reflexões posteriores. Vejamos o texto:

“(A família) é, por assim dizer, a Igreja doméstica onde os pais devem ser para seus filhos, mediante a palavra e o exemplo, os primeiros pregadores da fé; encorajando a cada um em sua vocação e prestando especial atenção a uma vocação sagrada”.O decreto Apostolicam Actuoditatem, do Vaticano II, retoma a

ideia de que a família é uma igreja doméstica; nele se fala da família como “santuário doméstico da Igreja”. Santuário significa um lugar sagrado para a oração e o amor.

Após o Concílio Vaticano II, como sabemos, a expressão “igreja doméstica” é muito usada para designar a família. Entrou na exortação apostólica Familiaris Consortio de João Paulo II, ampliando o tema. É significativa uma mensagem pastoral (17/11/1993) “Seguir o caminho do amor”, dos Bispos dos Estados Unidos, por ocasião do Ano Internacional da Família de 1994, estimulando as famílias a considerar o seu lar uma igreja doméstica. Na carta, os Bispos lembram que esta doutrina se encontra na “igreja primitiva” e que “por séculos não foi suficientemente realçada, mas o Concílio Vaticano II reintroduziu”9.

“A doutrina do Vaticano do Vaticano II sobre a família como igreja doméstica proporcionou um valioso contrapeso a uma exagerada

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ênfase colocada muitas vezes, após o Concílio de Trento, sobre o matrimônio como contrato. Ajudou a reintroduzir a ideia de que o casal cristão e seus filhos participam de uma realidade sacramental permanente, mediante a qual são santificados e convidados a participar ativamente na missão externa da Igreja, especialmente através do serviço e da hospitalidade. O desafio que a Igreja enfrenta hoje é o de favorecer o potencial ministerial da família. São necessárias novas abordagens pastorais para capacitar as famílias a pôr em prática todos os seus recursos litúrgicos e ministeriais”10.4. Para que a família seja um espaço evangelizador 11

Um primeiro grupo de elementos são mais gerais. Aqui vamos nos deter nestes12. A um segundo grupo cabem ações simples e concretas13.

a) Elementos gerais (englobantes)— Participação na comunidade cristã: para viver, celebrar e

proclamar a fé. Nossas paróquias devem ser, para isso, comunidades vivas dos que creem, onde os leigos, sobretudo casados, participam com a sua rica experiência de vida e profissional para o enriquecimento da própria Igreja. Criem-se espaços fraternos, de acolhida, sendo para isso muito rica a experiência familiar (atenção, alegria, comunhão, solidariedade, o cuidado dos pequenos detalhes...); criem-se equipes de pastoral sacramental (batismo, matrimônio, família...), levando sempre a aprofundar a vivência do batismo; promovam-se encontros de todo tipo, desde os lúdicos até encontros como os eucarísticos, sempre num ambiente de família; estimule-se a presença nas pastorais, juntos às crianças, os adolescentes, os jovens..., apresentando modelos de cristãos que buscam viver com maturidade e sinceridade a sua fé.

— Revitalizar a família como igreja doméstica: “Pequena igreja” ou “igreja doméstica” (FC 21) são expressões analógicas ou comparações que sublinham o vínculo entre a Igreja e a família. Assim, não é possível viver a nossa missão sem fazer referência ao mistério da própria Igreja. Para isto, são importantes os seguintes pontos: o sacramento do matrimônio como a raiz, o núcleo original e duradouro da família e, consequentemente, da igreja doméstica (Deus é Amor, sendo o sacramento do matrimônio o lugar da vivência da fé e do amor); realização do espírito evangélico, sendo a família o primeiro espaço para a sua vivência (pessoas que se comunicam, que se amam, se respeitam, na liberdade, responsabilidade, generosidade, na autoridade que se dá no serviço, crescimento pessoal de cada membro, crítica ante qualquer desumanização, luta pela justiça e a paz), onde os aspectos pessoais, familiares e sociais se complementam; família como lugar de oração e núcleo de vida eclesial.

— Papel dos pais no processo de amadurecimento da fé dos filhos: Importa criar um clima de fé, levando a uma adesão pessoal a Jesus Cristo (ligando sempre fé e amor); ter critérios para assumir atitudes ante os acontecimentos (sabendo o que nos move desde a raiz de nossa vida e possa orientá-la), atitude de abertura, respeito, confiança, educando para uma liberdade responsável, saber dialogar, educando sempre, sem deixar para outras entidades o que se pode e deve fazer na família; buscar testemunhar pela vida o que se vive na fé.

— Educação autoritária e fé: A educação autoritária não ajuda e nem mesmo conduz ao desenvolvimento integral dos

filhos; esta se mostra ainda muito primária; a tarefa dos pais é preparar os filhos para a vida; dominá-los não é uma preparação; cabe propor-lhes uma formação adequada para que, no uso da liberdade, possam ir forjando a sua própria personalidade. Os pais se esforcem para também entender o ponto de vista dos filhos; sua época é a atual, seu mundo é o do agora.

Com isso, os pais tenham ciência de que são os primeiros educadores dos filhos: Vivam a fé profundamente, sendo o Evangelho a verdade de vida, numa fé interiorizada e que vá criando as bases para opções de vida, falando com a autoridade que inflama o coração desde o mais profundo do nosso ser (e dos filhos), rezando sempre (sem complexos), demonstrando interesse face os outros, sem se abater antes as dificuldades.

b) Elementos concretosCabe ter presente os seguintes quesitos, que se explicitam bem

no concreto da vida:— Atenção aos acontecimentos da vida (pessoais, sociais,

familiares, cívicos) para ajudar os filhos na reflexão e percepção da vida e, se possível, descobrir neles o chamado de Deus...

— Ensinar a rezar, mesmo que nem sempre pareça fácil, sabendo que tudo começa na família; os filhos precisam perceber que rezar é inerente à vida de família.

— Pistas práticas: ver os adultos rezarem, rezar com os adultos (silêncio, gestos, palavras), valorizar as festas e celebrações cristãs, participar da eucaristia dominical etc.

— A educação da fé é uma missão da família e da comunidade cristã, numa vivência complementar. Por isso, os pais participem das atividades catequéticas, celebrativas, missionárias na/da comunidade. A catequese, por exemplo, é uma atividade comunitária; é indispensável o papel exercido pela família, que é o agente principal, papel que será complementado pela comunidade de fé14.

— Fé e vida crescem juntas15; é vivida no colo dos pais; cresce com as experiências no seio da família; se expressa na comunidade; é confirmada na vida do dia-a-dia; e chega a ser adulta, incluindo o compromisso de construção da sociedade e, sempre que necessário, de sua transformação.

NOTAS1. PAPA FRANCISCO. Carta do Papa Francisco às Famílias. Roma,

25 de fevereiro de 2014.2. IDEM. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. São Paulo:

Paulinas, 2013, nº 66, p. 58.3. JOÃO PAULO II. Exortação apostólica Familiaris Consortio. 17ª

edição. São Paulo: Paulinas, 2003, n° 51, p. 87.4. Ibidem, n° 51, p. 88-89.5. Ibidem, n° 52, p. 89.6. PAULO VI. Envangelii nuntiandi, nº 71; cf. JOÃO PAULO II.

Exortação apostólica Familiaris Consortio. Op. cit., n° 52, p. 89.7. Ibidem, n° 53, p. 92.8. Ibidem, n° 48, p. 83.9. Cf. FAHEY, Michael A. A família cristã como igreja doméstica no

Vaticano II. Concilium, 260 (1995/4), p. 116.10. Ibidem, p. 11611. Cf. BOIX, Josep. La família: ambito de evangelización. PHASE,

203 (1994), p. 419-437.12. Cf. ibidem, p.420-429.13. Cf. ibidem, p.430-437.14. DIOCESE DE OSASCO - Centro Catequético Diocesano. Educação

da fé: Missão da família e da comunidade. São Paulo: Paulinas, 1994 (Cadernos Catequéticos n° 1).

15. SERBENA, Íris M Boff. Fé e vida crescem juntas: Para pais e educadores. São Paulo: Paulinas, 1987.

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SAv ________________________________________

“Se alguém, querendo inspira-ção divina receber esta vida, vier aos nossos frades, seja benignamente re-cebido por eles” (RNB 2,1).

Com o objetivo de propor-cionar conhecimento do carisma, o Convento do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, acolheu no final de semana, de 20 a 22 de junho, um grupo de nove voca-cionados para um Encontro Vo-cacional realizado pelo SAV da

EnCOntRO vOCACIOnAL REúnE jOvEnS EM PEtRóPOLIS

Província. Encaminhados pelas fra-

ternidades N. Sra. Aparecida, de Nilópolis, e pela Fraternidade de Santo Antônio, do Largo da Cario-ca, os jovens subiram a serra mo-vidos pelo desejo de aprofundar o chamado de Deus que os interpela e exige deles uma resposta. Com o intuito de ajudar nesse processo de discernimento vocacional, foram realizadas reflexões, momentos de oração, convivência e diálogos fra-ternos. Os vocacionados também

puderam conhecer a realidade da Comunidade Oswaldo Cruz, bair-ro da periferia de Petrópolis onde há uma fraternidade franciscana. Por fim, no domingo pela manhã, o grupo participou da missa com a comunidade da Paróquia do Sa-grado Coração de Jesus, que além de encorajá-los a continuar firmes na caminhada, comprometeu-se em continuar rezando pelas voca-ções para que o Senhor da messe continue enviando mais operários para a sua colheita.

FREI dIEgo mElo

A Província Franciscana da Imaculada Conceição do

Brasil, o Noviciado Franciscano São José e

familiares convidam para a 1ª Profissão Religiosa de

“Roubaste o meu coração com um só

de teus olhares”ct 4,9

fREI AUgUStO LUIz gAbRIEL, OfMfREI dOUgLAS dA SILvA, OfM

Dia 2 de agosto de 2014, às 9hsFesta de nossa senhora dos anjosIgreja Matriz São Francisco de Assis

Rodeio - SC

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EnCOntRO LOtA SEMInÁRIO dE tUPORAngA

O Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga, em Santa Catarina, reviveu uma de suas ex-periências mais antigas nos dias 13 a 15 de junho: se viu repleto de crianças e jovens que buscavam conhecer um pouco mais a vida e o ideal franciscanos. Somados aos seminaristas, tínhamos 93 voca-cionados em nossa fraternidade!

Para nos atermos à realida-de, este não foi um dos encontros vocacionais típicos de nossa Pro-víncia. Tratava-se mais de uma animação vocacional, de modo que nem todos os participantes já são vocacionados, não obstante a participação de alguns que já es-tão se preparando para ingressar no seminário no próximo ano.

Tratou-se, portanto, da con-tinuidade de um trabalho que está sendo desenvolvido pelo Serviço de Animação Vocacional

FREI RodRIgo dA SIlVA SANToS Provincial, que, juntamente com os animadores vocacionais locais, está realizando visitas às nossas fraternidades e aos colégios. Mas, Deus queira, quem sabe alguns destes alunos se tornem fortes vocações entre nós.

Para atender à grande de-manda, os quartos recém-re-formados da casa, assim como alguns outros espaços, foram ocupados pelos colchões dos vo-cacionados.

Eles já fizeram a estreia da ala nova do Seminário. Uma criançada alegre, barulhenta e in-teressada em conhecer tudo que podiam da fraternidade.

O encontro promoveu um tour pela casa, explicando o por-quê de tudo aquilo que temos no seminário: Gruta de Nossa Se-nhora, campo e ginásio esporti-vo, bosque e ilha; jardins, pomar e horta; museu, salas de aula, ca-pela e refeitório. Também foi exi-

bido um curto filme sobre São Francisco de Assis e os jovens puderam preparar trabalhos so-bre as diversas vocações. Uma tarde de esportes não poderia ficar de fora, é claro, e, no final do dia do sábado, tivemos uma alegre noite cultural, com apre-sentações artísticas dos semina-ristas e vocacionados.

Agradecemos pelos esfor-ços e apoio das diversas fraterni-dades que enviaram seus jovens para a participação do encon-tro: Balneário Camboriú, Gas-par, Blumenau, Angelina, Lages, Concórdia e Coronel Freitas.

Percebe-se, cada vez mais claramente, a adesão dos frades neste trabalho de cuidado do dom da vocação, o que se traduz na quantidade de vocacionados que temos acolhido. Que este espírito continue a crescer entre nós e que estejamos à altura dos jovens que Deus nos confia!

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nOtíCIAS dO SEMInÁRIOITUPORANGA

FEIRA DE CONHECIMENTOSEntre os dias 01 a 06

de junho, aconteceu a 4ª Feira de Conhecimentos do Seminário, neste ano, com o tema “Sempre nos disseram: a humanidade deve escolher o seu des-tino; Eis a resposta: cui-dar do Alto Vale é a nos-sa missão!”. Os trabalhos preparados pelos seminaristas no decorrer de um mês tiveram como enfoque a preservação ambiental, desenvolvimento sus-tentável, energia, cuidados com o corpo e impactos ambientais. Foram mais de cinco mil alunos visitando nossa casa no decor-rer da semana, em sua maioria, do Ensino Fundamental. A Feira também foi marcada pela inau-guração do Projeto do Governo Sala Verde ao qual nossa frater-nidade aderiu, com o nome de “Mãe Terra”. Uma experiência definitivamente enriquecedora para nossos visitantes e, muito mais, para nossos seminaristas que perdem a inibição de falar ao público além de se prepa-rarem para os conteúdos a serem apresentados.

CRISMANo dia 08 de junho,

na igreja matriz de Itupo-ranga, quatro seminaris-tas receberam, juntamen-te com dezenas de outros jovens, o sacramento da Confirmação pelas mãos do bispo emérito, Dom José Jovêncio. Familiares

FREI RodRIgo SANToS

de alguns deles se fizeram presen-tes assim como toda a fraternida-de para esta importante celebra-ção na vida de nossos irmãos. Nas palavras do presidente: “Agora eles alcançam a maturidade cris-tã, que não representa conclusão, mas acolhida de uma importante missão de instauração da paz e presença na comunidade”.

PROVÃONos dias 16 e 19 de junho foi

realizado o 1º Provão no seminá-rio para todos os alunos. Trata-se de uma avaliação na qual cada disciplina do semestre elabora 10 questões a serem respondidas, o que resultou numa prova com 160

questões distribuídas nos dois dias. A ideia é prepa-rar os seminaristas para as provas que ainda farão, como ENEM e vestibula-res. Como primeira expe-riência, o resultado final foi mais que positivo!

REFORMAA reforma do semi-

nário está na etapa final. Os quartos já se encon-tram prontos. Tudo mui-

to bem acabado. No banheiro ainda faltam uns ajustes no piso, mas também já está quase con-cluído. Os esforços finais se vol-tam para a futura sala de estudo, que já recebe a tinta nas paredes. Ainda receberemos alguns mó-veis de Agudos, assim como parte do acervo da biblioteca que é do interesse desta etapa da forma-ção. Enfim, tudo no prazo para acolher os Aspirantes no próximo semestre.

MAIS DOIS CONFRADESE foi com grande alegria que

recebemos a notícia de que nos-sa fraternidade vai crescer em tamanho! O último Definitório

Provincial realizou trans-ferências de dois confra-des para o Seminário São Francisco de Assis: Frei Elias Dalla Rosa, que por anos colaborou na Cúria Geral; e Frei Douglas da Silva, que celebrará sua Profissão Temporária em Rodeio, no próximo dia 02/08, e passará o segun-do semestre em nossa fraternidade como estagi-ário. Sejam bem-vindos!

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EnCOntROS dE POStULAntES nO vALE dO PARAíbA

Os postulantes do Regional do Vale do Paraíba se reuniram, na quinta-feira (5/06), no Semi-nário Franciscano Frei Galvão, em Guaratinguetá, SP, para a se-gunda edição do Postulinter. O encontro, que é organizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), teve a assessoria de Frei Fernando Araújo, psicólogo e professor do Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ).

Essa etapa do Postulinter contou com a participação de 26 postulantes, sendo eles da Ordem da Santa Cruz (Guaratinguetá, SP), da Congregação das Filhas de Nossa Senhora das Graças (Pindamonhangaba, SP) e os da Província Franciscana da Imacu-lada Conceição do Brasil. Nova-mente a temática girou em torno

KAYNAN CAPPUCCIPostulante

do autoconhecimento, assunto do primeiro encontro realizado em abril. O autoconhecimento é instrumento e objeto de busca no itinerário humano religioso, que possibilita um amadurecimento, tanto no âmbito pessoal como no comunitário. Sem este, uma deci-são madura no processo vocacio-nal torna-se impossível e ilusória: antes de tudo é preciso conhecer a si mesmo, com todas as qualida-des, defeitos e limites próprios do ser humano.

As discussões se deram em torno dos questionamentos que são próprios da etapa do postu-lantado e, sem dúvida, da própria vida: “Quem sou eu?” “O que eu anseio?”. Com a colaboração de todos pudemos progredir nesse sentido, criando consciência de que, apesar do progresso, ainda há muito a ser feito e trabalhado.

Intercaladas entre as discus-

sões, dinâmicas foram aplicadas no intuito de desdobrar mais fa-cilmente campos essenciais para a criação de uma identidade e tomada de consciência. Por meio da proposta, ficou claro que co-nhecer a si mesmo sozinho é tarefa impossível, tanto quanto mergulhar no seguimento de Jesus Cristo e na construção do Reino sem uma colaboração mú-tua. Enxergando a nossa própria realidade, mais facilmente con-seguiremos conhecer o mundo em que estamos inseridos.

Ao fim deste de dia de Postulinter, sinceros agradeci-mentos e largos sorrisos de des-pedida foram partilhados. A in-quietação novamente deu lugar à alegria e à expectativa de um novo encontro, momento pro-pício para relembrarmos que, juntos, trilhamos os passos do Crucificado.

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nOvIçOS E nOvIçAS nO nOvIntER

“Quem me segue não anda em trevas” (Jo 8,12). Foi com esta perícope que se realizou o 2º No-vinter deste ano no Noviciado São José, em Rodeio (SC), entre os dias 2 e 6 de junho. Confiantes para o encontro, os 17 noviços do Noviciado São José acolhe-ram a presença de oito noviços Capuchinhos, três Irmãs Carme-litas do Sagrado Coração de Jesus e quatro Irmãos da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos).

O tema do 2° Novinter foi “Vida Religiosa Consagrada”. Para orientar os noviços neste passo da formação humana na vida religiosa, acolhemos a Ir. Terezinha Sotopietra, provincial das Irmãs Catequistas Francisca-

FREI HEBERTI SENRA INÁCIonas de Rio do Sul, socióloga e mes-tra em espiritualidade franciscana.Refletiu-se sobre a fraternidade e vocação religiosa em suas distintas dimensões interculturais, as rela-ções, ações, divergências, critérios, carismas e identidade. Alguns as-pectos históricos completaram a

temática “memórias”, e uma breve releitura do surgimento da vida re-ligiosa consagrada.

Durante a semana que ante-cedeu Pentecostes, o espaço pro-porcionou orações, novena ao som de “Veni Creator Spiritus”, trabalhos, rodas de conversa, es-portes, música, convívio fraterno com muito humor e até uma festa caipira. A casa centenária exalou espírito jovem e muita alegria.

O 2º Novinter foi um suces-so. A acolhida e abertura, que são características tipicamente fran-ciscanas, colaboraram para trans-formar o Noviciado São José em um “odre novo” para guardar este “novo vinho”, que são estes jovens que iniciam a vida religiosa. Os noviços aguardam com entusias-mo o 3º encontro, previsto para setembro!

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fEStA jUnInA EnCERRA SEMEStRE

O Brasil, nessa época do ano, assume uma dinâmica diferente com as famosas festas juninas. De Norte a Sul do país as pessoas se reúnem com suas mais diversas tradições para celebrar São João Batista, Santo Antônio e São Pe-dro. Nós, do Convento São Boa-ventura, em Rondinha, também quisemos ter o nosso momento festivo e estar em comunhão com esta tradição. A data escolhida foi o dia 21 de junho, último dia do semestre antes de partirmos para os estágios apostólicos.

A “Festa Junina dos Frades de Rondinha” acolheu as lideranças das comunidades em que traba-lhamos aos finais de semana, um grupo de consagradas que estavam tendo um encontro em nossa casa, Dom Bernardo Bonowitz, abade do mosteiro trapista de Campo do

FREI JoSÉ AÉCIo olIVEIRA FIlHo

RONdINhA

Tenente, que estava acompanhan-do este grupo de consagradas, fun-cionários do Convento e pessoas que participam das missas domi-nicais em nossa casa.

Frei João Mannes, o guardião da fraternidade, acolheu a todos e convidou para um momento de oração e bênção. Foi erguido o mastro de São João Batista e no mastro as três bandeiras lembran-

do os três grandes santos cele-brados em junho. Em seguida foi abençoada a fogueira e rapi-damente o fogo brilhou naquela noite escura. Não faltaram fogos e muitos “vivas” que brotavam do coração daquele povo ali reuni-do, saudando aos santos invoca-dos pelos frades que animaram a festa. A comida típica foi par-tilhada entre os presentes e a va-riedade era tão grande que difícil foi comer de tudo um pouco.

No dia seguinte, começaram os estágios apostólicos, como dito anteriormente, e com essa “festa junina” encerrou-se no Convento São Boaventura o primeiro se-mestre desse ano de 2014. Que, pela intercessão de Santo Antô-nio, São João Batista, São Pedro e São Paulo, sejamos fiéis no se-guimento de Jesus Cristo e con-tinuemos na alegria de sermos franciscanos.

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ELES vIERAM dO COntInEntE AfRICAnO PARA EStUdAR nO Itf

O Instituto Teológico Franciscano é conhecido em toda a América Latina como uma das referên-cias na reflexão e formação teológica de gerações de religiosos de diversas congregações, ordens e dioce-ses, além de muitos leigos que procuram aprofun-dar sua fé e se formar academicamente na área teo-lógica. Porém, nem só de livros e boa infraestrutura uma instituição de ensino é feita! O maior patrimô-nio são os estudantes. Esses, nesse ano e no ITF, tra-zem diversidade cultural, regional e internacional. São expressão da diversidade que se manifesta entre os povos e as nações, formando a unidade da Igreja. Nesse ano letivo, a faculdade recebeu estudantes de diversos países, tanto para a graduação em Teologia como para o curso do Master em Evangelização.

Acompanhe os depoimentos dos frades estu-dantes que vieram do Continente Africano: João Bunga Alberto, Ermelindo Francisco, João Baptista Canjenjenga, da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (FIMDA), e outros dois religiosos: Serge Mpanga Kwanda e Nguemo James Kenfack, frades da Ordem dos Agostinianos Descalços.

TIAgo SIgNoRINI FREI JOÃO BUNGA ALBERTO

Fiquei surpreso e satisfeito com a preocupação do Instituto em querer saber de mim como me sinto

desde que cheguei. É importante que o visitante, quando acolhido por alguém em sua casa, se sinta bem recebido! Pois, isso comprova o apreço da parte de quem acolhe e faz com que o visitante se sinta bem-vindo.De Angola para o Brasil: não é fácil estar tão distante da família. Por isso, nos primeiros instantes, a saudade da casa, da “pátria mãe” é muito grande!Depois de enfrentar as questões burocráticas, que atrasaram minha chegada às aulas, tive que iniciar o curso já em andamento e caminhar com os demais colegas. Porém, apesar de tudo, ainda não tive nem estou tendo dificuldades, porque fui bem acolhido, pelos estudantes, colegas meus, pelos professores, pelos funcionários, desde aqueles da Secretaria até os da biblioteca, sem esquecer o Diretor, que sempre está presente. Quanto ao Instituto penso que está num bom caminho. Tem professores capacitados; direção com pessoal bem capacitado, biblioteca rica; prima por uma comunicação atual e atuante. Esses e outros elementos, que, talvez, passem despercebidos, são as bases para que uma escola funcione e tenha raízes profundas!

Da esq. para dir.: freis Ermelindo, Serge, João Nguemo e João Baptista

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FREI ERMELINDO FRANCISCO

O primeiro grande momento que tive neste Instituto foi, sem sombras

de dúvida, o acolhimento dos frades, dos professores, dos estudantes e dos funcionários. Este espaço é propício para os estudos. Além da formação intelectual, que é a razão de ser deste lugar, direta ou indiretamente, o corpo docente transmite para nós formação humana, por meio das aulas, e experiência de vida. Não posso deixar de elencar a presença forte, como não poderia deixar de ser, do Espírito Franciscano. Basta olhar o ambiente que rodeia o Instituto, os jardins perfeitamente tratados, as salas de aula e a biblioteca organizadas e limpas, e, acima de tudo, a convivência fraterna entre docentes e discentes. Por trás desta organização está, com certeza, o esforço de todos: frades, funcionários e estudantes. Pessoalmente, sinto-me bem, porque acredito que a Instituição dispõe de todos os meios, materiais e humanos, para fazer um bom curso de Teologia. A experiência de estudar no ITF está indo além daquilo que eu prospectava. Acredito que, com a formação teológica adquirida aqui, saberei, com a ajuda de Deus, responder aos novos desafios pastorais. Resta-me agradecer a Deus e a todos os que, de uma ou de outra maneira, ajudam na manutenção deste espaço.

FREI JOÃO BAPTISTA CANJENJENGA

Graças a Deus, estou me sentindo muito bem. E penso que esse sentimento de bem-estar seja resultado do fato de ter sido bem recebido na comunidade

acadêmica. Particularmente falando, posso afirmar que o ITF é um instituto acolhedor e que oferece condições para que o estudante possa sentir-se acolhido

tanto pelos professores quanto pelos outros estudantes. Isto não só com os estudantes da mesma turma, mas também com os estudantes de outras turmas.

No ITF vive-se um clima de fraternidade e corresponsabilidade!

FREI NGUEMO JAMES KENFACK (CAMARõES)

Também os frades da Ordem dos Agostinianos Descalços, que vieram

de outros países do Continente africano, mostram sua satisfação em estudar no ITF:“Sou dos Camarões. Estou há um ano aqui no Brasil e estou gostando. Estou no primeiro ano de teologia neste Instituto e sou feliz por estudar aqui. É uma riqueza para nós, porque temos diferentes culturas que nos ajudam a ter uma mente bem aberta para o mundo em que vivemos! Apesar de estar aprendendo a língua portuguesa, consigo compreender o que é dito nas aulas. Os professores são compreensivos e simpáticos.

FREI SERGE MPANGA KWANDA (REP. DEM. DO CONGO)

Estou bem, de fato, e feliz por estudar aqui. Fui muito bem acolhido e o

atendimento é sempre muito bom! Pelo fato de não ser brasileiro, estar aqui é uma riqueza cultural muito grande. Certamente ainda é cedo, para mim, fazer uma avaliação do Instituto, mas estou muito satisfeito tanto com o plano de ensino, como também com os professores, que são bem preparados. A estrutura do ITF favorece uma boa formação no estudo dos futuros ministros que a Igreja espera.

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dOM gREgóRIO vISItA O InStItUtO

O Instituto Teológico Francis-cano recebeu na manhã do dia 18 de junho, a ilustre visita de Dom Gre-gório Paixão, bispo diocesano de Pe-trópolis. A convite do Instituto, Dom Gregório veio apresentar aos estu-dantes, professores e público presen-te as Diretrizes Pastorais da Diocese para o triênio 2014-2016. Foi um en-contro marcado pela sabedoria e pelo carisma de um jovem pastor. Ele tem rica experiência em educação, tendo lecionado na área da Antropologia, no país e no exterior. E, antes de ter sido destinado à Diocese de Petró-polis, fora bispo auxiliar da Arqui-diocese de São Salvador da Bahia. O encontro foi aberto com uma oração preparada pelos estudantes; em se-guida, o diretor do ITF, Frei Antônio Everaldo Palubiack Marinho deu as boas-vindas aos presentes e a Dom Gregório Paixão.

O bispo saudou inicialmente a todos os que “labutam” e fazem par-te do Instituto: “Esta casa é solo sa-grado, pois São Francisco de Assis, o ‘outro Cristo’ aqui está com sua regra! Aqui se contribui para a reflexão teo-lógica de nosso país”, declarou.

Dom Gregório tem uma carac-terística ímpar: é um exímio conta-dor de histórias, e, não fugindo ao qualificativo, abriu sua fala e encan-tou a todos com a narração do mito da criação, de Hesíodo (poeta grego do século VIII-VII aC.). É a histó-ria de Zeus e Gea. Entre eles estava o “espelho da verdade”, que um dia, por causa das guerras entre os seres humanos, foi quebrado em pedaços e caiu sobre a terra (Gea)! Na con-clusão da história, o bispo afirmou: “Não vim para trazer todas as verda-des; na reflexão acadêmico-teológica interessa muito mais o que vocês discordam do que em que vocês con-

TIAgo SIgNoRINI

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cordam! A reflexão nasce da busca de algo que nos angustia. Não podemos ficar estáticos em nosso ‘pedacinho de verdade’, ou seja, em nossa forma de pensar; precisamos acolher o ‘peda-cinho de verdade’ do outro; só assim podemos construir nossas riquezas”. Assim, ao chegar a esta diocese, Dom Gregório achou por bem não escrever uma carta pastoral. Todo bispo tam-bém tem sua trajetória de vida. Para ele, a própria pessoa e presença do bispo, fundamental na caminhada do povo, deve ser a carta pastoral; mas, não menos importante é que nós to-dos e cada um de nós somos/devemos ser cartas de Cristo.

Dom Gregório nasceu em 1964. Sua base de conhecimento sobre Deus, fé e religião foi e é a família: “Todo o meu conhecimento poste-rior na área teológica fui comparando com a experiência de fé que aprendi de meus pais. A primeira palavra que ouvi após meu nascimento foi dita pela minha mãe, de origem judaica: ‘Adonai’, ou seja, ‘Aquele que é o Se-nhor!’. E, além disso, posso afirmar que sou filho do Concílio Vaticano II”, revelou.

Sobre as Diretrizes Pastorais da Diocese de Petrópolis, o bispo enfati-zou que a inspiração para o texto veio

do Documento de Aparecida, que foi um projeto desenvolvido junto com as bases da Diocese: fiéis, agen-tes de pastoral, movimentos e o cle-ro diocesano. “Na obrigação de um desenvolvimento do Plano Pastoral, pensei em fazê-lo de forma simples, acessível a todos. Em nossa vivência eclesial produzimos muitos docu-mentos, porém, poucos frutos!”, dis-se o bispo.

Numa assembleia, com 230 pessoas, a Diocese de Petrópolis fi-nalizou a elaboração do documento das Diretrizes Pastorais, tendo como referência prática as cinco urgências na Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: 1ª Urgência: Igreja em estado permanente de missão; 2ª Urgência: Igreja: casa de iniciação à vida cris-tã; 3ª Urgência: Igreja: lugar de ani-mação bíblica da vida e da pastoral; 4ª Urgência: Igreja: comunidade de comunidades; 5ª Urgência: Igreja a serviço da vida plena para todos.

Sobre o papel do pastor dioce-sano, Dom Gregório foi enfático ao afirmar que o bispo precisa ser pre-sença no meio do povo: “Não po-demos ficar dentro de um gabinete criando reflexões teológicas para os outros cumprirem. Cada dia e/ou semana estou numa comunidade di-ferente, fomentando a ação missio-nária. Não consigo ver a Igreja como um corpo rígido; não podemos ficar parados; precisamos sair em missão, ir ao encontro das pessoas! A refle-xão do Papa Francisco é pertinente e interpeladora. Como Igreja, somos convidados a ser ‘Casa aberta do Pai’, devemos ser uma ‘Igreja em saída’, indo ao encontro de nossos irmãos; isso não é fácil, pois ficamos muitas vezes parados em nossas verdades. Precisamos dar mais ‘sins’ à socieda-de, ao mundo. Devemos, como Igre-ja, ser expressão do ‘sim’ que Jesus Cristo dá à humanidade!”

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fRAtERnIdAdES ________________________________________

Ouvi dizer que no silêncio encontro Deus.Vaguei, vaguei... em busca deste canto,para nele saborear divina essência...Enfim subi uma montanha muito alta,para lá talvez sentir a voz do eterno.Mergulhei numa neblina espessa e forte,gélida e calma, aconchegante, silenciosa.Depois, envolto em lindo sol radiante, sob um puro céu azul, me vi sozinhoentregue à brisa generosa desse espaço.Rendi-me aos afagos desta doce quietude ninada pelo gorjeio de alguns pássaros,acariciada pelo suave balançar da densa mata, contrastada pelo ronco distante dos bugiosprevendo chuva. Vinda a noite, engoliu-me a escuridão,e no piscar insistente das estrelas senti segredos que elas me teimavam revelar;então dobrei-me sobre mim, olhei meu corpo,flagrei-me a mente distraída, barulhenta, ruidosa, orgulhosa, cheia de si, toda vaidosa,viajando loucamente ao passado e ao futuroe, tagarela, rotulando Deus e todo mundo...Agora vejam que coisa curiosa:Ao impacto deste flagra fulminante, os pensamentos, num repente, debandaram...Até o silêncio silenciou...Desnudei da forma.Mergulhei no Nada.Embarquei no Agora.Provei a Liberdade.Chorei de tanta Paz:No vazio de mim mesmo, vi o Amor me amando,Deus.

Frei José Ariovaldo da Silva, OFM15.04.2014

SILEntIUM

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Santo Antônio

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Pela centésima vez, o bairro do Pari, na capital paulista, fez festa para o padroeiro santo antônio. céu azul, temperatura amena de outono, tudo ajudou para que os fiéis devo-tos das mais distantes cidades da Grande são Paulo viessem agradecer ou pedir graças ao santo franciscano.

a festa começou antes das 6 horas da manhã para a centena de voluntários, que ajudaram tanto na festa externa, nas barracas do pão, bolo e diversas barracas de comidas típicas, como na igreja, ajudando na liturgia e outros serviços.

ao longo do dia, 10 missas foram cele-bradas para que os fiéis pudessem prestar sua homenagem ao santo lisboeta.

Frei thiago Hayakawa é frade da Frater-nidade de Bragança Paulista e destacou, em

uma das celebrações, a importância de buscar sempre as coisas do alto, assim como santo antônio. E falou ainda a respeito da imagem representada do santo, que quase sempre é mostrada com o menino Jesus nos braços. “santo antônio buscou a intimidade com o senhor”, afirmou. E acrescentou que esta intimidade não pode nos deixar confortáveis. “não podemos ficar só na intimidade com Je-sus, mas ir ao encontro do outro, na partilha”, acrescentou Frei thiago, falando a respeito do pão, símbolo do santo.

Havia um receio de que o feriado pro-longado devido à copa do Mundo pudesse diminuir a frequência dos fiéis, mas santo antônio foi mais forte. Uma fila enorme se manteve durante todo o dia para conseguir levar para casa o pãozinho bento de santo antônio. segundo Dona aurora toledo, que veio de osasco, já é uma tradição pegar o pãozinho para guardar dentro de uma lata

FesTa CenTenÁRiaÉRIKA AUgUSTo

Texto e fotos

PARI

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de mantimento e ter a garantia de que não faltará comida durante todo o ano. “com o pãozinho, fico segura de que a comida não vai faltar”, disse.

a grande maioria dos devotos vem de ou-tros bairros ou cidades da Grande são Paulo. É o caso de roseli Marinho, que veio de santo amaro com o pai. “todo ano a gente está aqui. Já é uma tradição na família”, diz roseli, expli-cando que essa devoção vem desde o berço, já que são descendentes de portugueses. “Meu avô é antônio, meu bisavô é antônio e meu pai também se chama antônio. Por aí você pode ver o grau de nossa devoção”, diz roseli, que filmou e fez fotos da igreja e da festa. “vou levar para a minha mãe, pois ela não pôde vir”, contou. segundo roseli, uma das graças conseguidas pela intercessão de santo antônio e Frei Galvão foi a cura de sua mãe. “Ela viveu momentos difíceis, mas agora está bem. só não veio porque a viagem é longa e poderia se cansar”, explicou.

MISSA SOLEnE E PROCISSãO

a missa solene teve início às 19h30, e foi presidida pelo pároco, Frei adriano Freixo Pin-to, e concelebrada pelos frades da casa, Frei José Francisco dos santos, Frei carlos lúcio corrêa e Frei Brayan Felipe F. da silva, e pelos

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frades que residem em Bragança Paulista, Frei agostinho Piccolo e Frei thiago Hayakawa.

Em sua homilia, Frei adriano destacou a questão da missão e das relações. “santo antônio ouviu o chamado para sair de sua comodidade, foi ao encontro do outro, por isso atrai tantas pessoas no dia de hoje. se ele não tivesse saído, talvez nós não estaríamos aqui hoje”, afirmou.

“Enquanto ficarmos fechados em nosso mundo, não encontraremos verdadeiramente o próximo, e Deus continuará sendo uma rea-lidade distante em nossa vida”, acrescentou. sobre a vida de santo antônio, Frei adriano destacou que o encontro do santo lisboeta com o próximo e que fez com que ele realizasse o sonho de Deus para sua vida, e o desejo de Deus para toda a humanidade, o amor.

o frade falou ainda sobre a questão da missão e do envio. “ser enviado supõe não se fechar na própria vida e nos próprios inte-resses e motivações”, acrescentou.

o pároco pediu que os presentes levassem no coração apenas uma definição de santo antônio: um homem bom. E concluiu sua ho-milia pedindo que os presentes buscassem ser sempre pessoas boas, que levem palavras de esperança e socorro aos mais necessitados, tendo um coração de carne. “se formos ho-mens bons nossa família e nossa comunidade

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se renovará”, concluiu.Durante o ofertório, voluntárias que fi-

caram todo o dia anotando as intenções de missa ofereceram a Deus todos os pedidos recebidos, para que santo antônio pudesse interceder por cada devoto que esteve pre-sente neste dia em nossa paróquia.

a noite ainda foi marcada pela homena-gem da vereadora Edir sales, que ofereceu à paróquia uma placa comemorativa, pelos 100 anos de existência da comunidade. Em seguida, Frei adriano fez os agradecimen-tos gerais pela realização da 100ª Festa de santo antônio.

ao final da missa houve a procissão pelas ruas do bairro, que foi seguida pelo corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar. neste ano a paróquia ofereceu um lírio para cada pessoa presente na procissão. as centenas de devotos que seguiram a ima-gem pelas ruas do bairro acompanharam os cantos e as preces, erguendo os lírios a cada refrão, deixando o cortejo ainda mais bonito.

a imagem de santo antônio foi recep-cionada por uma grandiosa queima de fogos, por trás das torres iluminadas. ao chegar na igreja, aconteceu ainda uma chu-va de papel picado, coroando assim o 100° dia de santo antônio em nossa comunidade.

tREzEnA

a trezena de santo antônio começou no dia 31 de maio. Frades do regional são Paulo se revezaram a cada dia na devoção. os festejos, que têm como tema “sustenta-dos pelo amor, unidos na esperança”, foram abertos no dia 24 de maio, às 19 horas, pelo pároco, Frei adriano, e pela equipe da comissão de Festa.

na Praça Padre Bento foram instaladas de 30 barracas, entre terceirizados e barra-cas da comunidade. neste ano de centená-rio, a festa trouxe o patrocínio da empresa Brasil Kirin, mais conhecida como schin. as barracas foram todas padronizadas, dando mais harmonia para o layout da festa.

a festa terminou no dia 15 de junho. calcula-se que durante este período cerca de 100 mil pessoas passaram pelo Pari.

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Fé e devoção

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no largo são Francisco, santo de casa não faz milagre. a festa mais forte do ano não é a do Padroeiro mas a de santo antônio. a locali-zação do convento no centro de são Paulo fez com que o povo lotasse as missas e barracas do largo.

Frei alvaci Mendes da luz, coordenador do Pró-vocações, celebrou a Missa ao meio-dia, e confessou sua alegria de ver tantos fiéis na missa em homenagem a este “grande e pequeno ho-mem”. segundo o frade, grande de graça e de Deus e pequeno porque escolheu ser pequeno, um frade menor de são Francisco de assis.

segundo Frei alvaci, ele é um dos nomes mais populares no Brasil e no mundo. “no Brasil é o santo a quem mais há igrejas dedicadas. se a paróquia, que é a matriz, não é dedicada a ele,

o “laRGo de sanTo anTÔnio”moACIR BEggo pelo menos uma capela da paróquia é”, disse.

Frei alvaci fez um resumo da vida de santo antônio desde o momento que tomou a decisão de ser frade até a morte aos 36 anos. “Esse é o grande milagre dos santos: viver pouco tempo aqui mas permanecer vivo no coração das pessoas por tantos anos. E ele, como santa terezinha, são Francisco, morreu muito jovem, mas está vivo em nossos corações”, observou, revelando o segredo deste santo. “Ele viveu para os outros e por isso é lembrado em todos os momentos de nossa vida”, completou.

Frei anacleto Gapski, em outra Missa, abordou três fortes aspectos da vida de santo antônio: o santo do Pão dos Pobres, o Homem Evangélico e o Protetor das Famílias.

Durante todo o dia, os frades da Fraterni-dade se revezaram para dar conta das bênçãos aos fiéis.

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na sexta-feira, 13 de junho, nossa Paróquia esteve em festa para celebrar o dia de santo antônio! a preparação para as festividades teve início no dia 10 de junho, primeiro dia do tríduo, com as missas e a preparação dos bolos pelos voluntários.

no dia do santo franciscano, desde bem cedo, barracas já estavam montadas na frente da igreja para ser-vir o tradicional Bolo de santo antônio. neste ano contamos com 700 quilos de bolo, no qual foram distribuídas quase duas mil medalhinhas de santo antônio, já abençoadas. Para os de-votos que passaram pela festa também houve distribuição do “pão de santo antônio” e a bênção dada pelos freis da Fraternidade da vila, durante todo o dia, além de barracas com artigos religiosos e pães-de-mel recheados.

Devotos e os paroquianos pude-ram participar de uma das onze mis-sas celebradas neste dia festivo. na celebração Eucarística do meio-dia, o pároco, Frei Djalmo Fuck lembrou que este santo antônio, mais conhecido por santo antônio de lisboa, cidade onde nasceu, ou santo antônio de Pá-dua, local onde exerceu suas funções e nas cercanias da qual morreu, não é o santo de apenas uma nação, mas sim de devoção universal, o “santo antônio do mundo todo”, como foi chamado pelo Papa leão Xiii. Este santo antônio, muito conhecido pelos solteiros e também famílias que a ele recorrem, pedindo sua intercessão, é também o santo dos pobres, da parti-lha do pão, também daquele pão que é trazido à igreja pelos devotos, não

na vila, uma FesTa FRanCisCana

CRISTY AzEVEdo

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para ser guardado para si, mas para ser partilhado entre todos, assim como o fez santo antônio.

Frei Djalmo ainda recordou que santo antônio foi um homem profunda-mente marcado pela Palavra de Deus, e pediu para que esta Palavra também encontre respaldo nos corações de cada um de nós, para que sejamos homens e mulheres de mais partilha e mais solidariedade, capazes de ir ao encontro dos mais necessitados.

as celebrações litúrgicas e festivi-dades prosseguiram até a última missa do dia, celebrada às 20h e presidida por Frei Euclydes Pezzamiglio.

O bOLOo Bolo de santo antônio foi o

mais procurado junto com o pãozinho. Para dar conta da demanda, Frei Djal-mo conta com antônio nora, que é dono de uma padaria, e uma equipe de voluntárias.

“os pedaços já são cortados aqui e embalados para evitar qualquer fal-ta de higiene ou poluição”, explicou Frei Djalmo, ressaltando o profissio-nalismo e a qualidade da produção dos bolos. segundo o padeiro, hoje o dia é especial: “será todo para o meu xará!”, brincou antônio (veja três fotos acima).

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Em meio à festa pela copa do Mundo também houve espaço para comemorar o Dia de santo antônio. no largo da carioca, no convento de santo antônio, o movimento foi intenso, com as Missas das 6 até as 19 horas. segundo o guardião Frei ivo Müller, 120 mil visitantes passaram pelo convento para as comemorações de santo antônio.

além dos pedi-dos tradicionais, santo antônio foi invocado para interceder pelos rumos do time coman-dado por Felipão. o técnico radiológico alex Harlei, de 46 anos, não largou as cores tradicionais da bandeira brasileira e foi até o local para rezar pelos jogadores

e pedir paz no Mundial.“sou devoto de todos os santos. tento ir à

igreja no dia de cada um deles. agora nessa época da copa, vim pedir para que o evento seja uma grande festa com muita paz e harmonia entre todas as nações que estão participando. seria uma alegria se a taça viesse para nossas mãos, mas meu maior desejo é que seja uma

festa bonita com todos que estão aqui”, afirmou alex.

Durante o dia de san-to antônio mais de 130 mil pães foram distribu-ídos junto com os bolos que foram doados por fiéis. “Distribuir o alimento é uma forma de agrade-cer a santo antônio, que tanto fez pelos pobres”, declarou Frei reinaldo Menezes. Alex Harley, na torcida sem descuidar da oração

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COnvEntO SAntO AntÔnIO

o milagre de pãezinhos130 mil

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a fama de casamenteiro do santo tam-bém leva muitas moças para o convento. Mas a fama de ser casamenteiro, na ver-dade, surgiu de um ato simples que o santo fez a duas irmãs no século Xiii. segundo Frei reinaldo Menezes, do convento de santo antônio, Fernando, como era seu nome de batismo, ajudou as duas meninas doando dinheiro para que elas pudessem ter o dote para casar.

“a fama de arranjar os casamentos veio desta história que pouca gente conhece”, aponta o frade, que vê no santo o simbolis-mo maior por ser protetor dos pobres. “Ele era um homem muito nobre, mas sempre fez questão de dar sua comida aos pobres. a doação do pão e do bolo existe por conta disso”, completou.

nos costumes da igreja católica, o fiel que receber o pão deve picar nos mantimen-tos da casa para que nunca falte o alimento. Já o bolo deve ser consumido para simboli-zar a fartura.

IMAgEM dE vOLtADe 31 de maio a 12 de junho, a trezena

de santo antônio sempre lotou a quadricen-tenária igreja de santo antônio. Frades da Fraternidade e do regional se revezaram durante os treze dias na pregação da tre-zena, que tinha como tema “santo antônio, defensor da liberdade e promotor da carida-de”. Foi a 332ª edição da trezena e Festa de santo antônio.

na abertura, Frei antônio nader dis-correu sobre o tema: santo antônio, devoto da virgem Maria. o pregador traçou um paralelo entre a Mãe de Deus e o interces-sor santo antônio, sempre devoto da mãe amorosa. no final da celebração, o reitor Frei Gilmar José da silva apresentou uma surpresa, ao desvelar a histórica imagem de santo antônio, que voltou ao seu lugar de origem, na capela Mor. segundo ele, o povo enjoou de tanto esperar pelo restauro, que não acaba mais, iniciado em 2007 e no momento está paralisado por problemas de captação de recursos, dentre outros.

Frei Ivo Müller e informações do Jornal “Extra”

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com a presença do Definidor da Província da imaculada, Frei Germano Guesser, foi encerrada, no dia 13 de junho, a bonita festa do Padroeiro da Paróquia Francis-cana de Florianópolis.

a igreja ficou pequena para tanta gente. a celebração foi reali-zada na parte externa, onde todos puderam participar com muita de-voção e fé.

Uma das novidades na treze-na deste ano foi a celebração da Missa ao meio-dia. a iniciativa do guardião Frei vanderley Grassi deu certo e a igreja lotou durante todos os dias.

“Já vinha sentindo essa neces-sidade de ter novos horários para atender a todos os devotos. o re-sultado revelou-se muito favorável, pois o povo de Deus compareceu para celebrar, agradecer ou pedir

a Bela FesTa em FloRianÓPolis

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graças ao nosso santo padroeiro”, disse Frei vanderley. nos anos an-teriores, a trezena era celebrada apenas na tradicional Missa das 19h00.

SEIS MIL PãEzInhOSno dia de santo antônio, fo-

ram distribuídos 6 mil pães. Uma equipe de devotos ficou responsável pela embalagem dos pãezinhos que continha mensagens do santo e foram distribuídos durante todas as celebrações.

além dos pães, uma equipe ficou responsável pelo Bolo de san-to antônio. Depois de três dias de muito trabalho, o bolo de 21 metros quadrados ganhou montagem e de-coração. Mais de mil miniaturas de santo antônio e um par de alianças de ouro foram colocados aleatoria-mente dentro do bolo.

a Festa de santo antônio ainda continuou durante o mês, com a Feijoada no dia 29 de junho e o Bingo de santo antônio.

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Celebramos a trezena de Santo Antônio com missas às 7 h da manhã e 19h30. No dia de Santo Antônio foram celebradas seis missas em louvor ao nosso padroeiro. Foram oito dias de quermesse com um grande público e, no dia de Santo Antônio, tivemos o nosso tradicional Bolo de Santo Antônio com aproximadamente 3 toneladas de bolo, que distribuiu 1000 medalhinhas de Santo Antônio aos devotos.

BauRu: 74ª FesTa de sanTo anTÔnio

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valonGo

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ElainE olivEira roDriGUEs

imagens diversas de santo antônio, com as mais variadas origens, formaram a exposi-ção no interior da igreja, trazendo verdadeiras relíquias do catolicismo. imagens centenárias, de vários tamanhos, nacionais e internacionais, em pano, barro ou resina compõem o cená-rio de fé e admiração. todas as imagens do santo casamenteiro ou Doutor da igreja, como também era conhecido, tinham o Menino Jesus no colo.

“todos os trabalhadores são voluntários e integrantes da nossa comunidade. Eles preparam tudo com muito carinho para você, com o objetivo de evangelizar”, observa Frei rozântimo antunes costa.

neste ano, a trezena também contou com uma linha de ônibus exclusiva até o santuário. a alternativa de transporte coletivo foi viabiliza-da a partir de uma parceria entre o santuário, a Prefeitura de santos e a viação Piracicabana.

o transporte gratuito tinha no coletivo o logotipo da trezena 2014 e saiu do terminal valongo diariamente em quatro horários: 18 e 18h30 (ida) e 22 e 23 horas (volta). com esta facilidade, mais pessoas puderam participar das missas e quermesse, além de prestigiar a exposição do padroeiro do santuário.

o serviço funcionou até 13 de junho, Dia de santo antônio, e encerramento da festa. as celebrações litúrgicas foram presididas por Frei rozântimo antunes costa, Frei andré Becker e Frei Hipólito Martendal, além de sacerdotes convidados de outras paróquias, que vieram com suas comunidades celebrar no valongo.

o santuário santo antônio do valongo integra o patrimônio histórico e cultural da re-gião, compondo o centro Histórico de santos. o local é visitado por turistas de toda parte e bastante procurado por noivos porque santo antônio é conhecido como o santo casamen-teiro. o bairro passa por um momento ímpar de revitalização, com a construção das torres da Petrobras, atrás do santuário, e do Museu Pelé, à frente do templo religioso.

exPosição de imaGens de sanTo anTÔnio maRCa a FesTa do valonGo

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No dia 7 de junho, durante toda a manhã, os frades do Re-gional Serra-Baixada reuniram--se para celebrar o segundo en-contro do semestre, que ocorreu na Paróquia Santo Antônio da Estiva, em Miguel Pereira (RJ), e partilhar a vida e as questões que os ocupam em seu dia a dia.

Antes da partilha das dife-rentes fraternidades do Regional, foi proposta a leitura e reflexão so-bre o Subsídio nº 2, em torno das questões ali propostas e relacio-nadas à potencialização da nossa presença nas comunidades ecle-siais em que estamos inseridos, dados os desafios que a história e a realidade contemporânea nos põem. A vivência e o aprofunda-mento da dimensão franciscana de nossa vocação acabou sendo a grande linha-mestra que atra-vessou e costurou as reflexões de todos os grupos em que se dividi-ram os frades para melhor pensar tais questionamentos.

EnCOntRO REgIOnAL EM MIgUEL PEREIRA

Os confrades das diferentes fraternidades partilharam, então, suas vidas, afazeres, preocupações. De modo particular, os frades do nosso Instituto de Teologia deram notícias das atividades acadêmi-cas que têm sido oferecidas pela instituição, dando destaque para as Noites Culturais, como a que aconteceu no último dia 11, com o lançamento do livro “As bem--aventuranças do Líder”, editado

pela Vozes.Destaque ainda para a pa-

lavra da Fraternidade Nossa Se-nhora da Conceição, de Paty do Alferes. Frei Pedro de Oliveira, o pároco, lembrou que a greve do Ministério da Cultura adiou ainda mais todo o processo burocrático ligado às obras de restauro da igre-ja, ressaltando também que nesse ano, comemoram-se os 170 anos da criação da Paróquia.

FREI RAFAEl T. do NASCImENTo

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CURSO dE fRAnCISCAnISMOA ALEgRIA dE EvAngELIzAR

nA vISãO fRAnCISCAnALOCAL E dAtAFraternidade Franciscana são Boaventura - rondinha 21 a 24 de outubro de 2014

PROfESSORESFrei Fábio cesar Gomes, Frei Fidêncio vanboemmel, Frei João Mannes.

COntEúdO PROgRAMÁtICO1. a Exortação apostólica do Papa Francisco: Evangelii Gaudium; 2. o Evangelho de Jesus cristo como fonte de alegria; 3. a evangelização nas Fontes Franciscanas; 4. a alegria como virtude do evangelizador franciscano; 5. leitura de textos de são Francisco e de santa clara de assis sobre a alegria; 6. Desafios do mundo atual e contribuição franciscana para uma “nova evangelização”.

CUStOHospedagem, alimentação e curso = r$ 200,00

InSCRIçÕES:fREI jOãO [email protected]: (041) 9134-4969

fRAtERnIdAdES ________________________________________

No dia 09 de junho reuniram-se os frades do Regional do Vale do Itajaí, em Balneário Cambo-riú. Às 08h30 reunimo-nos no refeitório, onde foi servido um gostoso café com variados e gostosos pães, salames, queijos, etc., gentileza dos confra-des da casa.

Os confrades de Rodeio encontraram barrei-ras pela estrada e, por isso, compareceram com alguns minutos de atraso. Contudo, às 09h30 ini-ciamos a reunião. Todas as fraternidades estão seguindo seu ritmo normal, sem grandes novida-des. Frei Abel Schneider, de Rodeio, inspira certos cuidados pela idade avançada e saúde debilitada.

O tema de estudo se baseou no subsídio ao redimensionamento número 02: “ Vinho novo em odres novos” com o momento do JULGAR. Depois de animada reflexão, às 11h30 passamos à sala dos aperitivos.

Foram lembrados: o aniversariante do dia, Frei Pascoal Fusinato e os 50 anos de seu sacer-dócio, a serem celebrados em julho, bem como o jubileu de ouro de vida religiosa de Frei Conrado Lindmeier. Após almoço, às 14h30, continuamos a reunião com a palavra do Definidor.

REgIOnAL dO vALE dO ItAjAí

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Na linda manhã do domin-go de Pentecostes (8/6), os ben-feitores franciscanos se reuniram para mais um encontro, como sempre em perfeita harmonia e alegria. Frei Alexandre (Xandão) abriu o encontro com cantos e muita animação, seguido de ora-ção e meditação de salmo e leitu-ras.

O tema do encontro era so-bre a importância da evangeli-zação nos dias de hoje. Foi feita a dinâmica dos tijolos, em que a ideia era mostrar a importân-cia que cada um tem na recons-trução da Igreja de Jesus Cristo como o fez São Francisco de As-sis reconstruindo a velha capela de São Damião. Frei Alvaci falou um pouco sobre o trabalho dos Franciscanos no centro de São Paulo e sobre a grandiosidade e importância do Serviço Francis-cano de Solidariedade.

Frei Alex Ferreira partilhou conosco sua experiência vivida na missão em Angola. As dificul-dades e conquistas desse povo tão sofrido, mas que persevera na fé sem perder a alegria. Como mui-

bEnfEItORES SE REúnEM EM SãO PAULO

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to esforço, aquele povo não desiste de lutar e confia no amor miseri-cordioso de Deus. Esse trabalho também é desenvolvido através da ajuda dos benfeitores, e graças a essa contribuição os Franciscanos conseguem levar a esse povo um pouco mais de esperança e força para não desanimar jamais!

Depois saímos em procissão em torno do convento com a ima-gem de Santo Antônio, rezando e cantando. A cada mistério, Frei Alvaci falava um pouco da vida do santo tão festejado e querido pelo povo!

A procissão seguiu até a igreja onde todos, com muita fé, partici-pamos da Santa Missa. O domingo da festa de Pentecostes não pode-

ria ser melhor celebrado, pois está-vamos juntos, reunidos em oração e o Espírito Santo certamente to-cou a cada um com seu sopro de amor e paz. A celebração foi pre-sidida por Frei Alvaci e Frei Diego, que nos presentearam com o Pai Nosso rezado em francês, italiano, inglês, japonês e português, lem-brando os cinco continentes.

Depois dessa belíssima cele-bração, encerramos o nosso en-contro com um delicioso lanche nos corredores do Convento São Francisco. Mais uma vez passamos momentos muito especiais de ale-gria fraterna entre irmãos cheios de Paz e Bem, como nos ensinou São Francisco de Assis, nosso Se-ráfico Pai!

ISABEl CRISTINA dA SIlVA E VANdA CUxINIER golA

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Uma sessão solene digna de entrar para história da Câmara Municipal de São Lourenço. Assim pode ser definida a reunião da Câ-mara do dia 23 de maio que entre-gou o título de cidadão honorário ao Frei Felipe Gabriel Alves.

Considerado por muitos como um homem à frente de seu tempo, sua jovialidade está em plena forma. Sempre humilde, seguindo a melhor das tradições franciscanas, Frei Felipe chegou cedo na Câmara Municipal a fim de atender e abraçar um por um aqueles que foram prestigiar tão importante honraria. Pessoas de Passa Quatro, Itanhandu, Bocaina

fREI fELIPInhO, CIdAdãO hOnORÁRIO dE SãO LOUREnçO

de Minas e Carmo de Minas fize-ram questão de sair de suas cidades para acompanhar a solenidade.

Frei Felipe é o criador do Ciclo de Formação Cristã em São Lou-renço. Trata-se de um movimento católico forte e que visa aumentar ainda mais os laços familiares. Tem como Coordenador Geral, Geraldo Magela. O CFC acontece todos os anos, desde 1971, sendo um gran-de evento da Igreja Católica em São Lourenço. O proponente do Título de Cidadão Honorário foi o vereador Luizino da Oração. Além dele discursaram o pároco de Car-mo de Minas Padre Edvar, o ex--coordenador do Ciclo Dr. Gilson

Belém, o vereador e integrante da primeira turma do ciclo em 1971 Abel Goulart Ferreira e o prefeito Zé Neto que também é ciclense. Entre as pessoas que estiveram na entrega do Título destacam-se os ex-prefeitos Clóvis Nega Véia e Tenório Cavalcanti, e pessoas ligadas à Igreja como D. Cidinha (Teixeirinha), D. Dinah Veiga e Regina da Abelhinha. O promo-tor de Justiça de São Lourenço Dr. Antônio Borges e sua esposa D. Maria Lúcia participaram da so-lenidade. Após a entrega do título, foi servido um coquetel no Salão da Casa Paroquial D. Diamantino Prata de Carvalho.

Frei Walter Hugo de Almeida

Boaventura, Sábio, Estrela Santa,Que dentre a Igreja e a Ordem, com seus odores,

Deixou-nos Obra que nos diz e encanta,Que pela história vem trazendo flores...

Brilhou no meio de sua Igreja um dia,Tempos que na Ordem, sim, brilhava o novo,

E a Igreja deu-lhe, uma pura alegria,Alta missão pra iluminar o povo.

Cumpriu-a, com amor, que Deus deseja,Amando o Reino como São Francisco,

Deixou sua marca na Ordem e na Igreja!...

Boaventura, Místico Doutor,Dá-nos a Graça de voar pra Deus,

E navegar aqui no mar do amor.

SãO bOAvEntURA

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Buscando aprimorar a for-mação litúrgica para bem cele-brar, aconteceu no dia 31 de maio de 2014 a continuação da forma-ção das Equipes de Liturgia da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Gaspar.

Com o tema “Os Espaços Celebrativos e o Rito da Pala-vra” e o assessor, Frei Paulijacson Moura, os participantes tive-ram um momento muito rico de aprendizagem e reflexão.

Após a invocação do Espí-rito Santo e a sabedoria do Al-tíssimo, iniciou-se o encontro relembrando o que foi estudado na formação anterior e o que foi possível aplicar nas celebrações realizadas nas comunidades.

Cada comunidade teve oportunidade de expor seu ponto de vista, revelando as dificulda-

fORMAçãO LItúRgICA nA PARóQUIA SãO PEdRO

lEoNoR dARÓSequipe litúrgica

des encontradas para colocar em prática as orientações recebidas.

Frei Paulijacson sugeriu que os encontros fossem repassados a todas as equipes litúrgicas da Igre-ja Matriz e das comunidades, com a intenção de que as equipes pu-dessem se encontrar para preparar as celebrações.

Enfatizando tal sugestão, Frei Germano Guesser acrescentou que o maior pecado é o do improviso. Liturgia não se improvisa. Liturgia se prepara. Os cantos devem estar de acordo com o tempo litúrgico. Há que se prestar atenção às leitu-ras, pois as mesmas trazem pistas para a escolha dos cantos.

Os membros das comunida-des pediram ao Frei Paulijacson que se dispusesse a oferecer o cur-so nas comunidades para orientar a todas as pessoas que estão envol-vidas na Liturgia. Ele então pediu que fosse organizada uma agenda e, na medida do possível, estaria à

disposição para esse repasse.Esclarecidas as dúvidas, fo-

ram distribuídas as apostilas com o tema a ser estudado. O conteúdo demonstra que o primeiro espaço a ser cuidado são as pessoas. O es-paço celebrativo deve privilegiar as pessoas. Nossas celebrações re-velam a imagem de nossas igrejas, pois elas mostram os sentimentos das pessoas.

Encerrando as orientações sobre os temas apresentados, Frei Paulijacson fez questão de enfati-zar que a intenção dos encontros não é meramente um formalis-mo, um cumprir agenda, mas que as formações devem realmente, contribuir para a realização de celebrações que permitam o en-contro verdadeiro com o Cristo Ressuscitado, pois “a Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fon-te donde emana toda a sua força” (Sacrossanctum Concilium 10).

GAsPAR

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nOtíCIAS dEfInItóRIO PROvInCIAL

eNcONTRO de 2 A 4 de jUNhO de 2014, sãO PAUlO

dEfInItóRIO PROvInCIAL ________________________________________

Em plena semana da unidade dos cristãos, na prece pela assistência do Espírito Santo, Frei Fidêncio abriu os trabalhos do Definitório Provincial às 9h00 do dia 2 de junho, na Sede Provincial, em São Paulo, lembrando que na diversidade dos dons do Espírito buscamos sempre a unidade entre os irmãos da Província. Ele informou o motivo da ausência de Frei Estêvão: as-sessoria ao Capítulo Geral das Irmãs Franciscanas de Maristella, na Alemanha. Frei Estêvão já se encontrava na Europa por motivo do Congresso Internacional sobre a Evangelização na Ordem, juntamente com Frei Gustavo Medella e Frei Antônio Michels. O moderador das sessões do Definitório foi Frei Germano Guesser, e os assuntos abordados são os que seguem abaixo.

1) capítulo das esteiras - encaminhamentosOs Definidores acolheram, apreciaram e aprovaram as sugestões e encaminhamentos propostos pela comissão preparatória do Capítulo das Esteiras, que realizou sua segunda reunião no dia 7 de maio, no Largo São Francisco, em São Paulo. O Capítulo será de 23 a 25 de setembro, em Agudos, e contará com a presença do Ministro Geral Frei Michael Perry e do Definidor Geral Frei Nestor Schwertz.

a) inscrições: conforme o que foi combinado na

reunião dos guardiães e coordenadores das Fraternidades, o envio das inscrições será feito por e-mail ([email protected]);

b) equipe de logística: Frei Leonir Ansolin, Frei Thiago Hayakawa (coordenador), Frei Sérgio Silas, Frei João Antunes Filho. Atribuições: hospedagem, alimentação, compras, translado, informática, saúde (necessidades especiais), som, telão etc.

c) equipe de comunicação: Moacir Beggo, Frei Gustavo Medella (coordenador), Frei Clauze-mir Makximovitz, Frei Rafael Teixeira e Frei Rodrigo dos Santos. Atribuições: pensar e mon-tar um hotsite, alimentando-o com notícias e reflexões; preparar boletins on-line como forma de pré-mobilização do Capítulo; assessoria de imprensa; documentação e registro (fotos, ví-deos, crônicas, etc.); cobertura in loco; boletim diário durante o Capítulo; mural, preparação de suplemento especial, etc.

d) equipe de liturgia: Frei Marcos Andrade (coordenador), Frei Alberto Eckel e Frei Luiz Henrique Ferreira Aquino. Atribuições: or-ganizar os momentos celebrativos, elaborar e preparar os subsídios, montar e distribuir os trabalhos das equipes (canto, ornamentação, leitores, músicos, celebrantes, etc.)

e) equipe de música e animação: Frei Florival Mariano, Frei Roberto Ishara (coordenador) e Frei Marcos Prado. Atribuições: animação antes dos encontros, nos intervalos, cantos nas celebrações, etc.

f) equipe de esporte e recreação: Frei Evandro Balestrin, Frei Daniel Dellandrea (coordena-dor), Frei Neuri Reinisch e Frei Osmar Dalazen.

g) equipe de animação: Frei Vitório Mazzuco e Frei James Girardi (animação do grupo, volta dos intervalos, introduções, “moderadores”).

h) equipe para exposição: Frei Brayan Felipe e

Definidores visitam as reformas do 26º andar

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dEfInItóRIO PROvInCIAL ________________________________________Frei Roger Brunório ficarão responsáveis por organizar exposição apresentando os trabalhos das Frentes de Evangelização.

i) secretaria: Frei Djalmo Fuck (coordenador) e Frei Adriano Freixo Pinto. Atribuições: prepa-ração de material, impressão, blocos, canetas, pastas.

A comissão preparatória também apresentou a programação detalhada do Capítulo, que, em con-sonância com a preparação do Capítulo Geral 2015, no primeiro dia terá como temática a fraternidade; no segundo dia, a minoridade; e no terceiro, a atua-lidade. Abordagens sobre “frades entre nós”, “frades e as criaturas” e “frades em estado permanente de missão” serão moderadas, respectivamente, por Frei João Mannes, Frei Ludovico Garmus e Frei Evaristo Spengler. No decorrer do Capítulo serão celebrados os Jubileus dos confrades. Foi confirmada inclusive apresentação dos Canarinhos de Petrópolis. Várias fraternidades já estão se mobilizando para que todos os frades que as compõem participem do Capítulo que promete ser um tempo inestimável de confra-ternização, celebração, encontro e reflexão. A próxima reunião da comissão preparatória está marcada para o dia 29 de julho, em Petrópolis.

2) Profissão temporária e solene - aprovaçõesCom alegria o Definitório aprovou que façam a Primeira Profissão os noviços: Frei Douglas da Silva e Frei Augusto Luiz Gabriel, cujo tempo de novicia-do foi prorrogado por 6 meses. Aprovou também que faça os Votos Solenes o confrade João Baptista C. Canjenjenga, da FIMDA, que cursa o 1º ano de Teologia, em Petrópolis.

3) capítulo Provincial - dataO Definitório pré-agendou a data de 18 (chegada) a 26 de janeiro (dia todo) de 2016 para o próximo Capítulo Provincial, no caso, eletivo.

4) 2º subsídio da Formação Permanente – reflexão do regional do rio de Janeiro e Baixada Flumi-nenseFrei Evaristo compilou as colocações que o Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense fez baseado no subsídio 2, entregue pela Formação Permanente, e o Definidores acharam por bem publicá-las aos demais confrades.

1) Às vezes ficamos demasiadamente apegados

a certos lugares e estruturas. No passado era inimaginável que um dia deixássemos Ipanema, Cabo Frio, Rio Negro. Em algum momento, após uma avaliação, tivemos a coragem de deixá-los. Nesses lugares a vida continuou. A nossa vida de Província também continuou. Hoje nos assustamos pensando que um dia poderemos ficar sem Niterói, Santo Antônio ou São João. Será possível nos vermos sem esses lugares? Se um dia isso acontecer, a vida também continuará para o povo que frequenta esses lugares e para nós como Província.

2) Chamaram muito a atenção a figura do marceneiro e a sua ferramenta, o machado.a) O marceneiro, tão acostumado com o machado,

não encontra tempo nem para afiá-lo. Possivel-mente ele já precisasse de um torno, de uma serra fita. Seria necessário trocar a ferramenta, mudar a mentalidade e a estrutura do trabalho. Duas dificuldades ligadas a isso: 1) Dificuldade do frade mudar depois de certa idade. “Sempre se fez assim, para que mudar agora”. 2) Difi-culdade de se adaptar quando se volta a uma paróquia depois de alguns anos. A realidade muda, os tempos mudam, as pessoas mudam. É “suicídio” querer repetir tudo da mesma forma que se fez e deu certo anos atrás.

b) A Editora Vozes e o Colégio de Blumenau sur-giram cada qual para responder a um problema da época. A Vozes respondia à falta de livros para a catequese, o colégio de Blumenau, à ne-cessidade de ensinar a ler e escrever, num con-texto de analfabetismo. Assim também outras obras da Província. Quando muda a realidade, ou descobrimos um novo sentido evangelizador para a obra, ou deveríamos abandoná-la. Não se justifica mantê-la apenas como uma empresa.

c) Nós, como marceneiros, que idade temos, não física mas mentalmente? Somos acomodados ou aceitamos novos desafios para nos aperfei-çoar?

d) A história não fala da comunidade dos mar-ceneiros. Aquele marceneiro não é o único. Um marceneiro pode aprender com o outro. Cada marceneiro deve observar o método e as ferramentas que o outro usa. Não julgar se o marceneiro sabe tudo.

e) A história não fala do tronco. Por vezes de-sanimamos com o tronco, argumentando: “o povo é assim mesmo”, “isso é cultural, não tem jeito”. Então travamos. Por outro lado, é

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dEfInItóRIO PROvInCIAL ________________________________________preciso descobrir no tronco o melhor que ele pode dar. Há madeiras que são ótimas para esculpir. Delas faça-se uma bela obra de arte. Mas não queiramos esculpir um nó de pinho. Com certeza, quem tentar irá se frustrar. Talvez o melhor seja usar o nó de pinho para sustentar o fogo da caldeira. Sejamos o instrumento para potencializar o melhor que “a madeira” (povo) pode dar.

3) A Província já afiou várias vezes o machado. A compra de Bragança no passado, por exemplo, foi um afiar o machado. Direcionou a Província para o ensino superior. Se a forma foi boa ou ruim, pode-se questionar. Há coisas afiando o machado atualmente: paróquias que respondem aos novos desafios da evangelização e buscam uma conver-são pastoral. Outro novo machado é a Frente da Comunicação. Dentro da comunicação em geral, a comunicação digital, como lugar de evangelização. A Vozes deu nome a Petrópolis e à Igreja do Brasil. Às vezes temos um desapreço por aquilo que é nosso, por nós mesmos e pela Província. O espí-rito deveria ser de valorização do que é nosso e da nossa Província. Deveríamos nos avaliar sempre se estamos, como Província, sendo um machado digno da Igreja e do mundo.

4) Pensamos muito nas estruturas, mas o lado huma-no é mais importante do que as estruturas.a) Será que como Província não estamos desgas-

tando pessoas no lugar errado? Compreende-se a necessidade de “tapar buracos”. Contudo, é ne-cessário ter o cuidado de não queimar pessoas.

b) Por vezes pensamos que a ordenação nos ca-pacita num passe de mágica. Nós saímos da formação e sempre seremos pessoas que não sa-bem tudo. Temos que aprender na caminhada. E alguns nunca terão jeito para determinadas coisas. Nesse caso não adianta insistir.

5) Frades estudantes em roma - relatoA pedido de Frei Fidêncio, Frei Renato Pezenti e Frei Ademir Peixer escreveram belos relatos sobre a experiência que estão tendo como estudantes e integrantes da fraternidade do Antonianum em Roma. Sem deixar de comentar as dificuldades (grandes, às vezes) que enfrentam, os dois se mostram animados e contentes. Frei Renato, con-cluído o propedêutico, inicia os estudos de Sagrada Escritura no Instituto Bíblico, e Frei Ademir está no segundo ano do bacharelado em Composição musical.

6) egresso - sidney aranha da silvaPor motivos vocacionais, deixou o noviciado, em 28 de abril, Sidney Aranha da Silva, natural de Imbariê.

7) reunião dos guardiães e coordenadores - comen-táriosOs Definidores elogiaram a participação dos pre-sentes à reunião dos guardiães e coordenadores, ocorrida em 29 e 30 de abril. Lamentaram, porém, certa “pressão do tempo”, sobretudo no segundo dia, pela pressa do término, motivo pelo qual, inclusive, não foi feita uma avaliação do encontro. Por outro lado, o clima da reunião foi mais tranquilo, levando em consideração que a Província está em condições financeiras menos problemáticas, e também porque a apresentação das contas e balanços das entidades da Província foi feita de forma diferente. Foi consi-derada positiva a reflexão suscitada a partir do texto do Papa Francisco “Despertem o mundo”, fruto do diálogo com os superiores religiosos em 29 de no-vembro de 2013, em Roma. No todo do encontro, porém, alguns Definidores perceberam certa apatia e falta de vibração por parte dos confrades.

8) conselho de Formação e estudos - encaminha-mentosO Definitório analisou alguns assuntos trazidos pelo Conselho de Formação e Estudos.

a) regimentos das casas de formação Os Definidores tomaram conhecimento dos Regimentos reelaborados para o Aspirantado, Postulantado, Tempo da Filosofia e Tempo da Teologia. Até a próxima reunião do Definitório, serão lidos com calma para, então, com “reparos” e contribuições, ou não, serem aprovados.

b) diretrizes para a Formação inicialO Conselho apreciou o trabalho feito até o mo-mento pelo grupo dos formadores das várias etapas da Formação Inicial, que foi encaminhado à reunião do Conselho de Evangelização, com o pedido de que fosse avaliado por cada Frente de Evangelização, principalmente tendo presentes os aspectos da formação pastoral e profissional. A proposta é de que cada etapa formativa tenha envolvimento maior com uma das Frentes. A Formação Permanente e o Serviço de Anima-ção Vocacional têm a tarefa de também reela-borar suas diretrizes, de modo que o texto final contemple o todo da Formação na Província.

c) data das profissões solenes

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dEfInItóRIO PROvInCIAL ________________________________________Por motivos que merecem uma reflexão mais ampla, a data das profissões solenes deste ano será 7 de dezembro, em Petrópolis.

d) cFmB e serFe – experiência under ten e curso para formadoresA reunião do Conselho de Articulação e Di-namização – CAD -, da CFMB, aconteceu em Anápolis, em março deste ano, e reuniu os secretários para a Formação e os Estudos e os moderadores para a Formação Permanente. A tarefa principal foi de organizar a experiência de missão para frades da etapa under ten, que será numa realidade indígena da Amazônia, em setembro próximo, e o curso para formadores, guardiães e animadores vocacionais, que acon-tecerá em Petrópolis, no próximo ano. A Província não participará do under ten devido ao Capítulo das Esteiras e à visita do Ministro Geral. Para o curso de formadores, guardiães e animadores, de 2015, o Definitório aguarda indicações de frades por parte dos Secretariados.

e) Fimda – necessidade de formadoresO secretário para a Formação e os Estudos da FIMDA, Frei Alisson Zanetti, enviou carta ao Conselho de Formação, procurando partilhar suas realidades formativas e caminhar em co-munhão com a Formação na Província aqui no Brasil. Relatou a alegria pelo grande número de vocacionados angolanos, mas também a preo-cupação com o pequeno número de formadores para garantir o bom acompanhamento dos jo-vens candidatos e formandos. A carência de formadores, mais liberados para essa função, é uma realidade também das nos-sas casas no Brasil. O Conselho indicará mais frades que possam ser capacitados para a tarefa formativa. Neste contexto, o Definitório estendeu a reflexão em torno das necessidades da missão, com suas potencialidades e desafios.

f) Frades que fazem estudos superiores no Brasil ou na europa – acompanhamentoO Conselho pede que aconteça o devido acom-panhamento por parte do Secretariado da Formação como também do Secretariado da Evangelização, tanto dos confrades que já estão estudando como dos que pedem para estudar, além da atenção às necessidades de nossos qua-dros evangelizadores, formativos e acadêmicos. Uma vez que não há mais o Departamento dos Professores, o Conselho pede que esta tarefa, a

princípio, seja atribuída aos dois secretários, com assessoria do Definitório.

9) sorocaba e miguel Pereira – “entrega” de paró-quiasConsiderando manifestações dos paroquianos da Paróquia Santo Antônio, de Sorocaba, e corres-pondência do bispo diocesano, pedindo que fosse levada em conta carta de dois diáconos da mesma paróquia, solicitando a permanência dos frades, por questão do carisma franciscano, e acolhendo ainda a indicação do Conselho da Evangelização, o Definitório, embora num primeiro momento estivesse propenso a ficar com a Paróquia São Francisco, por ser mais de periferia e mais pobre, decidiu levar adiante os encaminhamentos para a devolução à Diocese desta última.Tratativas também estão em andamento para a “entrega” da paróquia de Miguel Pereira e de Go-vernador Portela.

10) transferênciasa) Frei elias dalla rosa – da Fraternidade da

Cúria Geral, em Roma, para a Fraternidade do Seminário São Francisco, em ituporanga, como vice-orientador dos aspirantes e para serviços fraternos. Em carta de 9 de maio, o Ministro Geral agradece a Frei Elias, elogian-do-lhe o trabalho dedicado e primoroso junto à Cúria Geral;

b) Frei marcelo P. romani – da Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, de Angelina, para a Fraternidade do Patrocínio de São José, de coronel Freitas, como vigário paroquial;

c) Frei Benjamim ansolin – da Fraternida-de Santo Antônio, de Florianópolis, para a Fraternidade Sagrado Coração de Jesus, de Forquilhinha, como vigário paroquial;

d) Frei douglas da silva – da Fraternidade São Francisco – Noviciado São José, de Rodeio, para a Fraternidade do Seminário São Fran-cisco, de ituporanga, para estágio;

e) Frei augusto luiz gabriel – da Fraternidade São Francisco – Noviciado São José, de Ro-deio, para a Fraternidade Santo Amaro, de santo amaro da imperatriz, para estágio;

f) Frei domingos Hellmann – Desde o Con-gresso Capitular, Frei Domingos se encontra em são Paulo, para tratamento de saúde. O Definitório agora confirma a sua transferência para a Fraternidade São Francisco, no Largo

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São Francisco, até o final do triênio, como atendente conventual e para tratamento de saúde.

11) nomeçõesa) Frei Thiago a. Hayakawa - coordenador do

Núcleo de Pastoral Universitária da USF;b) Frei rubens luiz de carvalho – animador

do SAV local da Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, de Mangueirinha;

c) irmã irene gomes da silva – o Definitório concorda que Irmã Irene, da Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria, seja nomeada, por sua Superiora Provincial, assis-tente espiritual da Fraternidade OFS Coração de Maria, de Votuporanga, SP.

12) demonstrações financeiras das entidades da Província – liquidação da dívida da usFO Definitório reuniu-se com Frei Raimundo Castro e com Adriel Moura às 11h15 do dia 3 de junho. Estes apresentaram analiticamente as demonstrações financeiras de 2013 das entida-des da Província: Editora Vozes, Fundação Frei Rogério, Fundação Celinauta, Casa N. Sra. da Paz, Sefras e Associação Bom Jesus. Destaque notável e comemorado foi sem dúvida a notícia sobre a liquidação da dívida da Casa N. Sra. da Paz (USF) que, feito pesadelo, desde 1997 vinha assombrando a entidade. No passado já mais recente, em 2011, a Casa acumulava uma dívida de R$ 57.345.000,00. Em 2012, o montante di-minui um pouco com o aporte do restante das prestações da venda de terreno em Campinas, ficando ainda, no entanto, no patamar de R$ 44.417.000,00, sobre cujo valor recaíam os juros bancários. No mesmo ano de 2013, o Hospital HUSF - com déficit em 2012 de R$ 22.487.000,00 - foi confiado aos Irmãos Franciscanos na Provi-dência de Deus, mas continuamos com a dívida a ser quitada. Ainda naquele ano, com a venda de terreno no Pari, em São Paulo (comprado pela

Associação Bom Jesus), foi possível reduzi-la para R$ 17.050.000,00. E em novembro de 2013, com a venda de mais um terreno em Bragança Paulista, a dívida passou a ser de R$ 5.935.000,00. Vale lembrar que a possibilidade de venda dos terrenos envolveu longas e penosas negociações devido a entraves contratuais. No dia 21 de maio deste ano, após reunião com as mantenedoras: Província, CNSP e AFESBJ foi possível liquidar a dívida. Em decorrência disso, a Casa, que desde 2009 não contribuía finan-ceiramente com a Província, passará a fazê-lo novamente. Em nome de todos os Frades, o Definitório mani-festou, pelos incontáveis esforços conjuntos, reite-rados agradecimentos ao Frei Raimundo Castro, presidente da Casa, ao gerente administrativo da Sede Provincial e pró-reitor de administração e planejamento da USF, Adriel Moura, e à Associa-ção Bom Jesus, parceira, especialmente na pessoa de Frei Guido Scheidt, Jorge Siarcos e Luís Söthe.

13) seFras – adequação de projetosFrei José Francisco apresentou possibilidades de readequação de alguns projetos sociais na cidade de São Paulo, em parceria com a prefeitura mu-nicipal, voltados sobretudo à população de rua e aos imigrantes, mais especificamente haitianos. Busca-se sempre mais o serviço social feito com recursos públicos, tantas vezes à disposição, porém mal administrados. Como envolve várias partes, o Definitório aprovou que se continuem os estu-dos sobre tal readequação em vista de posterior decisão.

14) Prédio do seminário de agudos - aluguelHá um bom tempo, vinham sendo estudadas possibilidades de reutilização dos espaços do Seminário de Agudos, inclusive por motivos de manutenção e conservação, além de renda. Le-vando em conta a consulta feita na reunião dos guardiães e coordenadores, e por falta de outras propostas minimamente viáveis, o Definitório deu aval para que se continuem as tratativas com a Polícia Militar do Estado de São Paulo em vista de possível aluguel do prédio do Seminário para escola da corporação, salvaguardada a área do convento, juntamente com a hospedaria, que, além do uso pela fraternidade, continuará a ser alugado para encontros diversos (dioceses, etc.) com acomodação (apartamento) para cerca de 60 pessoas. Há, é lógico, uma série de acertos a

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serem acordados por meio de contrato, que, caso prossigam as negociações, oportunamente, será divulgado. A princípio, o contrato seria por 5 anos, podendo ser renovado por mais 5. Por lei, para mais tempo, havendo interesse de ambas partes, a negociação precisaria ser retomada.

15) Frei José monteiro carneiro – licença

Acatando o pedido de Frei José Monteiro, o De-finitório prorrogou-lhe o tempo de licença para morar fora da Fraternidade Provincial por mais um ano, porém, sob as mesmas condições.

16) autorizações de viagemPor motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Salésio L. Hillesheim, Frei Rozântimo A. Costa, Frei Alexandre Rohling, Frei Genildo Provin, Frei René Zarpelon e Frei Valdemiro Wastchuk.

17) reformas no 26º andar – visitaNo final da tarde do dia 3, os Definidores subiram ao 26º andar do prédio da Vila Clementino, para ver o andamento da reforma que está transfor-mando metade da área do andar em 11 pequenos apartamentos a serem alugados. A reforma está chegando à fase final.

18) Questões preocupantes a serem retomadasO Definitório dedicou-se a elencar algumas questões preocupantes que envolvem a vida da Província, e que merecerão abordagem mais aprofundada em reuniões futuras. a) Com a ajuda de Frei Gustavo Medella, da

Frente de Comunicação, o Definitório pre-tende ampliar análise sobre o futuro das Fun-dações de rádios e TV da Província: questão financeiro-administrativa; necessidade de a Província ser dona destes tipos de entidade ao invés de apenas prestar serviços; adequa-ção às inovações tecnológicas; capacidade ou não (financeira inclusive) de acompanhar os avanços e concorrências; e, sobretudo, a possi-bilidade de estas entidades da Província ainda serem meios de evangelização especificamente franciscana, partindo do comprometimento da fraternidade e não do frade singular. Pre-ocupações semelhantes existem em relação a entidades e trabalhos das outras Frentes de Evangelização.

b) O processo formativo é outro fator de pre-ocupação: falta de novos formadores para a

Formação na Província e na FIMDA, o papel prioritário da Formação nas próprias casas de Formação, o processo formativo que habilite para as Frentes de Evangelização da Província.

c) O apego ao poder em funções exercidas nas diversas Frentes. Percebe-se certa tendência por parte de frades em transformar o serviço (função) em poder a que se agarrar, não ne-cessariamente por má fé ou por interesse em recursos financeiros próprios, mas por ques-tão de sentirem-se seguros simplesmente. Em contrapartida, falta por parte de considerável número dos frades a capacidade, maturidade ou mesmo disposição para a liderança: muitos não têm condições de, em transferências, substituir a guardiães, párocos, presidentes de fundações, reitores, etc.

Às 12h00 do dia 4, Frei Fidêncio, encerrando a última sessão do Definitório, avaliou como tendo sido ricas as reflexões desenvolvidas nos dias de reunião. Pediu que reflexos delas sejam partilhados nos Regionais pelos Definidores, inclusive ao considerar o processo de re-dimensionamento em que nos vemos postos. Lembrou que, antes de tudo, o importante é o revigoramento, a reanimação e o reencantamento dos confrades pela vocação e pela missão, e ressaltou que a evangelização, quando não assumida com alegria e generosidade pelos confrades, os faz levar à fraternidade o clima de azedume e descontentamento. Na verdade, trata--se de um círculo em que as duas dimensões, quando revitalizadas, alimentam uma à outra e se fortalecem. Frei Fidêncio, por fim, agradeceu a todos, e invocou a intercessão da Mãe Imaculada para que possamos exercer, de maneira mais qualificada, nossa missão na Igreja e no mundo de hoje. Após a oração da Ave-Maria e a bênção, ele desejou a todos feliz festa de Pentecostes.

Frei Walter de Carvalho JúniorSecretário

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da seCReTaRia PRovinCialnovo endereço da ParÓQuia de colatina Frei Gilson Kammer informa o novo endereço da Paróquia Santa Clara de Assis, de Colatina (ES): PARÓQUIA SANTA CLARA DE ASSISRua José Ferdinando Chiste, 13São Vicente - Colatina - ESCEP 29700-455Tel.: (27) 3722-6249

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SEfRAS PROMOvE SEMAnA dO MEIO AMbIEntE EM SãO PAULO

FABIANo VIANA

Entre os dias 3 e 5 de junho, o Sefras realizou a Semana do Meio Ambiente, em São Paulo. De acor-do com o geógrafo e oficineiro do Reci-fran, Caio Martinez de Almeida, esta se-mana foi importan-te porque marcou o Dia Internacional do Meio Ambien-te (comemorado 5 de junho) e também objetivou integrar a ação ambiental do Sefras (de reciclagem) com outras insti-tuições parceiras, como: escolas da comunidade, cooperativas e também os serviços da institui-ção presente na cidade de São Paulo.

O primeiro dia da progra-mação (3) começou com uma formação em educação am-biental e vivência na esteira de reciclagem com os participan-tes do Chá do Padre, da Casa de Clara e do Cefran.

No segundo dia (4) acon-teceu uma formação destina-da aos trabalhadores do Sefras em São Paulo. O tema tratou da gestão de recursos hídricos na bacia do Alto Tietê e con-tou com a facilitação da biólo-ga Nádia de Moraes, presidente da ONG Bio Brás. Este foi um tema relevante diante da falta de água que ocorre com a di-minuição da reserva da Canta-

reira, em São Paulo, e em alguns bairros já ocorre racionamento. Para Nádia, a importância da educação ambiental a partir des-se tema contribui para entender como ocorre a gestão do abas-tecimento para as cidades e os verdadeiros motivos da falta de água, da qualidade e da distri-buição adequada.

De acordo com ela, hoje a água tem um valor econômico atribuído e, diante da crise da ausência desse recurso, a popu-lação mais pobre é que sofre com os racionamentos e a dificuldade de a este bem comum tão neces-sário para vida.

Na tarde do mesmo dia 4, o encontro aconteceu com os ca-tadores e catadoras de materiais recicláveis. A palestra formativa e informativa abordou o tema do cooperativismo e da gestão de resíduos sólidos na cidade de São Paulo. Os assessores Carlos

Henrique, da Consultoria Saci, e Cristiano Cardoso, da Recifa-vela, falaram sobre os resultados positivos da organização popular dos catadores, através dos avan-ços e das cooperativas organiza-das, como também as conquistas alcançadas no campo da gestão dos resíduos sólidos no Brasil.

Para concluir os três dias de formação, de vivência e inter-câmbios, no dia 5 - Dia Interna-cional do Meio Ambiente -, o Re-cifran recebeu a visita do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja Cambuci) e do Serviço de Assistência Social à Família e Proteção Social Bási-ca no Domicílio (Sasf) Itaquera. Elas tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho de recicla-gem, de fazer uma vivência na esteira de separação do reciclável e concluíram com uma formação sobre meio ambiente e coleta se-letiva.

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EvAngELIzAçãO ________________________________________CEfRAn:

A LUtA PARA PREvEnIR

FABIANo VIANA

O Sefras realizou no últi-mo dia 16 de maio, por meio do Centro Franciscano de Luta Contra a Aids (Cefran), uma roda de conversa sobre preven-ção às DST’s/Aids. A formação foi destinada aos usuários do Centro de Acolhida Frei Leão, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Participaram cerca de 20 pessoas. De acordo com a psicóloga do Cefran, Ir. Bene-dita de Fátima, a roda de con-versa consistiu em esclarecer dúvidas sobre a DST’s e, conse-quentemente, promover a pre-venção.

Ir. Benedita explicou que é um fato constatado que uma das dificuldades para a erradi-cação do HIV/AIDS ainda é a falta de informação e a negli-gência na forma de prevenção. “Nessa roda de conversa, foi possível constatar que o pre-conceito e a discriminação ainda não foram vencidos e que, por mais informações que haja sobre a doença, as dúvidas também persistem”, contou.

oficina socioeducativa na Fundação CasaNo mês de maio, o Sefras

iniciou mais uma oficina socio-educativa, na Unidade Rio Tâ-misa, da Fundação Casa. O tema que norteia as atividades trata da igualdade social em uma pers-pectiva econômica. A equipe téc-nica do Sefras desenvolve, através de dinâmicas lúdicas e conversas,

permeadas pela educação popu-lar, o sendo crítico e a formação cidadã dos adolescentes.

De acordo com o educador social, Frei Alex Ferreira, o ob-jetivo dos encontros é fazer com que os adolescentes pensem sobre a sociedade e tenham um olhar crítico sobre os processos de desi-

gualdade social. “Identifiquem as relações de opressão que per-meiam a sociedade, ao mesmo tempo discutam os meios de participar ativamente na cons-trução de uma sociedade mais igualitária, partindo sempre da realidade que os adolescentes vivem”, contou.

“Ponto de paz” e a população de rua No dia 10 de junho, o Se-

fras realizou no “Chá do Padre”, centro de São Paulo, um “Ponto de Paz” em parceria com o Ar-senal da Esperança – idealiza-dor dessa iniciativa. Esta ação fez parte dos 50 Pontos de Paz realizados por organizações, entidades e pastorais para pen-sar e refletir sobre a temática da PAZ em comemoração aos 50 anos da entidade que mantém o Arsenal da Esperança, cha-mada Sermig – Servizio Mis-sionario Giovani.

O “Ponto” do Sefras refle-tiu sobre o processo da paz que deve acontecer no cotidiano

das pessoas que estão em situ-ação de rua, “buscando reinven-tar maneiras de resolver confli-tos sem violência, dissolver o ódio e a vingança, evitar o trá-fico, como também o conven-cimento de que as drogas são um mal e que podemos dizer um não definitivo a ela”, contou Eduardo Brasileiro, do Setor de Espiritualidade do Sefras. O “Chá do Padre” foi escolhido para receber o “Ponto de Paz” justamente por sua atuação com a população de rua, que sente falta da paz como sendo “fruto da justiça” e da promoção dos Direitos Humanos e Sociais.

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Depois de quase sete anos fechada, a Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, no Largo São Francisco, foi reaber-ta no domingo da Ascensão do Senhor, 1º de junho. O Cardeal Dom Odilo Scherer, Arcebis-po Metropolitano de São Paulo, presidiu a celebração, às 9 horas, tendo como concelebrantes o Ministro Provincial Frei Fidên-cio Vanboemmel, da Provín-cia Franciscana da Imaculada Conceição, e o pároco e reitor do Santuário e Convento São Francisco Frei Luiz Henrique de Aquino.

Para a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Pe-nitência, que desde 1676 marca presença ao lado da Igreja de São Francisco da Primeira Or-dem, foi um momento de muita alegria, como disse a Ministra da Fraternidade local, Maria do Nascimento, ao fazer a saudação inicial. Sacerdotes e religiosos da Arquidiocese, os vizinhos fran-ciscanos e os jufristas se junta-ram a esta festa dos franciscanos seculares.

Uma solenidade à moda franciscana deixou ainda mais bela a restaurada Igreja das Cha-gas. Segundo D. Odilo, seria dada somente a bênção à igreja, já que o rito de dedicação a uma igreja não cabia na celebração porque o altar ainda não está de-finitivamente pronto.

Com muito afeto e carinho, D. Odilo reservou uma gran-de parte de sua homilia para se congratular com a Ordem Fran-ciscana, especialmente os fran-ciscanos seculares: “Que este momento feliz que vivemos con-

d. OdILO REAbRE IgREjA dAS ChAgAS moACIR BEggo

tribua para que a Igreja aqui, com essa expressão tão bonita ligada ao carisma franciscano, possa aju-dar a evangelizar, a testemunhar que Deus habita esta cidade. A testemunhar também aquilo que é próprio do carisma franciscano, espelhado na vida, nas palavras, nos exemplos de São Francisco”, desejou.

A partir do “Cântico do Sol” de São Francisco, D. Odilo lem-brou que, em primeiro lugar, devemos louvar e agradecer a Deus como fez o Santo de Assis: “Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor!... Como ele fazia, vivia e ensinou, inspirado nos exemplos de Jesus, também nós possamos nos orientar para Deus, Supremo

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OfS ________________________________________Bem. Meu Deus e meu Tudo”, dis-se. Segundo o Cardeal, através da presença do carisma franciscano que se estende à Ordem Francis-cana Secular, os leigos podem ser testemunhas do Evangelho como São Francisco. “Em tudo, ele se orientava a partir do Evangelho. Que isso transborde para a vida da cidade, para a vida do povo. Portanto, quero convidar a Or-dem Terceira a levar avante o que a Igreja pede muito hoje: que os leigos participem da Igreja com o seu modo próprio, mas bebendo da mesma fonte do Evangelho. E que as grandes preocupações de São Francisco possam se tornar realidade numa cidade que preci-sa muito disso”, pediu, insistindo que sejamos fermento de mudan-ça numa situação de violência e agressão, muitas vezes até de ódio.

“Que os franciscanos secu-lares nos ajudem nesse sentido de promover a paz e o bem, que também é uma saudação francis-cana tão bonita! Que isso se torne realmente uma realidade no con-vívio social e, de modo particular, no cuidado com os doentes, os pobres, os que sofrem. Que essa atenção seja dada a todo ser hu-mano, lembrando sempre o ex-tremo exemplo de São Francisco que chegou a abra-çar e beijar o lepro-so, exatamente ele que, antes da con-versão, tinha medo de se aproximar do doente, do pobre”, recordou.

Para o Carde-al, não temos os le-prosos do tempo de São Francisco, mas temos tantos como o leproso, que estão desolados e esque-cidos pelas pessoas,

que nem se aproximam deles. “Essas pessoas ficam lá, sofrendo sozinhas no seu cantinho. Que nós, a exemplo de São Francisco, saibamos nos aproximar de to-dos, especialmente daqueles que parecem não serem dignos da nossa consideração”, enfatizou.

Depois de falar do Criador e da criatura, D. Odilo lembrou da natureza. “Não poderia faltar, é claro, o irmão sol, a irmã lua, a irmã natureza toda. Que a exem-plo de São Francisco saibamos va-lorizar o que é da natureza e que Deus nos concedeu como casa para morar e que a humanida-de, em vez de cuidar como casa, muitas vezes depreda como a um depósito, onde se entra e se pega sem limites, enquanto Deus, lá no início da Bíblia, diz que nos con-fiou tudo isso como um Jardim para cuidar - também, é claro, para morar -, mas não depredar. Hoje nos damos conta disso mais e mais”, disse, numa clara alusão ao drama que vive a cidade de São Paulo com a falta de água.

D. Odilo ressaltou que São Francisco não foi um romântico sentimental, mas valorizava e res-peitava a natureza pela realidade e a dignidade que ela tem. Segun-do o Cardeal, lembrando o Papa

Bento XVI, que falava em ecolo-gia humana, “respeitar a nature-za é respeitar a Deus, é valorizar a obra de Deus. É dar glória a Deus”, disse.

Sobre a solenidade da As-censão do Senhor, D. Odilo dis-se que, à primeira vista, alguém poderia pensar: “Bem, Jesus su-biu aos céus e nós ficamos aqui na terra. Ele foi para a glória e nós ficamos aqui na penúria”. Mas, segundo o Cardeal, não é assim. “De fato, cremos que Je-sus subiu aos céus. Faz parte da nossa fé. Mas como diz a litur-gia, não para se afastar de nós, para se afastar de nossa humil-dade. Se fosse assim, nem teria vindo. Nem teria assumido nos-sa carne. ‘O Verbo se fez Carne e habitou entre nós’. Sim, esva-ziou-se da glória para vir ao nos-so encontro. E pela ascensão de Jesus ao céu eleva-se justamente à plenitude aquilo que Ele veio realizar”, explicou.

“Ele não veio somente con-sertar alguma coisinha aqui na terra. Ele veio para dar uma perspectiva de realização plena, aquilo que Deus quer para nós. E o que é a realização plena? É a participação na vida de Deus. Participação na glória dos céus.

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OfS ________________________________________Esta é a nossa fé”, acres-centou.

Para o celebrante, ainda tem muito mais para nós. “Jesus, elevan-do-se aos céus, abre os horizontes à plenitude do que Deus revelou a nosso respeito. Palavras de Jesus: eu vou preparar um lugar para que vocês estejam lá um dia. Mas por que estamos aqui ainda? Porque Deus nos dá o tempo de nós mos-trarmos a nossa adesão a este seu desígnio, a esta sua vontade amorosa, salvadora. Nos dá a liber-dade para que tenhamos méritos em trilhar com Jesus o caminho que leva para a vida eterna”, ensi-nou.

Por isso, a ascen-são de Jesus, enfatizou D. Odilo, é acompanhada da missão. Jesus envia os apóstolos como missionários para o mun-do. Segundo o Arcebispo, é um convite para que a nossa vida seja ativa e não caiamos na ten-tação de ficar só olhando para o céu. “Os apóstolos são convida-dos a se colocarem a caminho”, observou.

Mas ele lembrou: “Que os nossos corações se voltem para o alto no sentido da esperança. Cristãos, católicos não podem viver tristes. Não podem desa-nimar nesta vida mesmo diante dos extremos, das dificuldades mais extremas. Sabemos que em Cristo ressuscitado e glorioso já está nossa vitória”, comple-tou, insistindo que nossas ações, nossos sentimentos, precisam ser regados pela fé e pela grande esperança.

O pároco Frei Luiz Henri-

que falou em nome dos francisca-nos e franciscanas de São Paulo. Lembrou que neste ano foi aberto o jubileu do 8º centenário de nas-cimento de São Luís, rei de Fran-ça, patrono da Ordem Francisca-na Secular. Ele nasceu em 1215 e, neste ano, no dia 25 de abril foi a sua festa e o início de seu jubileu. “D. Odilo, sabemos que tem um coração franciscano, como disse quando morava em Roma e sem-pre visitava Assis, queremos ser gratos pelo cuidado como nosso pastor. Receba o nosso carinho, reabrindo em nossa Paróquia essa igreja tão significativa para todos”, encerrou.

o restauro

A Igreja das Chagas foi res-taurada por meio de convênio entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Governo do Estado.

Na primeira fase, a construção recebeu intervenções no telha-do, fundamental para a conservação de edifícios construídos com terra. A estrutura de madeira da cobertura foi parcial-mente substituída por uma nova, de aço, assim como os pisos do pavi-mento superior. Novas coberturas de vidro fo-ram instaladas, uma na galeria superior e outra no térreo, próximo ao recuo. Depois, os reves-timentos das paredes foram restaurados, as-sim como as pinturas decorativas e esquadrias. Também foi feita a re-composição estrutural e montagem dos altares, forros da Nave, da Cape-la-Mor, Sala do Jazigo e

das capelas de Nossa Senhora da Conceição e São Miguel.

Entre outras ações, as inter-venções incluíram coro, escadas de madeira, mobiliários de culto, o pequeno claustro nos fundos da igreja e vitrais. Além disso, foram inseridos elementos novos e con-temporâneos, como as escadas metálicas, bancos externos e a co-bertura de vidro do recuo lateral. As fachadas e a proteção do adro com fechamento em vidro foram restauradas pela Mitra Diocesa-na, com incentivo da Lei Rouanet e projeto aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Históri-co, Arqueológico, Artístico e Tu-rístico (Condephaat).

A intervenção envolveu ain-da a implantação de sistema de segurança patrimonial, acessibili-dade em todo o edifício, incluin-do adaptação de banheiros, insta-lação de elevador e sonorização.

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CURIOSIdAdES SObRE A COPA dO MUndO

● A Federação Inter-nacional de Futebol (FIFA), fundada em maio de 1904, realiza e coordena todas as Copas; estas acontecem de 4 em 4 anos.

● Até 1928, os jogos internacionais eram dispu-tados entre clubes. O pre-sidente da FIFA, o francês Jules Rimet, propôs, então, que houvesse um campeo-nato entre seleções de países. A sugestão foi aceita e foi, imediatamente, colocada em prática.

● A primeira Copa do Mundo aconteceu no Uru-guai, em 1930, com 13 países convidados. Hoje, 207 sele-ções estão inscritas na FIFA; estas disputam a fase eliminató-ria por Regiões Confederadas, e as vencedoras participam do Mundial. Quem determina o número de vagas de cada Região é a FIFA.

● Até 2014, foram dispu-tadas 19 Copas, e o Brasil par-ticipou de todas. Foi campeão 5 vezes e, em 1970, com o Tricam-peonato, conquistou, em defini-tivo, a Taça Jules Rimet.

Desde 1974, a “Taça FIFA” substitui a anterior. O troféu traz duas figuras humanas que sustentam o planeta Terra e, na parte debaixo da Taça, estão es-critos os nomes dos países ven-cedores de cada Copa.

● Além do Brasil, os de-mais campeões mundiais são: Itália (4 vezes), Alemanha (3), Argentina e Uruguai (2 vezes, cada), e Inglaterra e França (1).

● Nos anos 1942 e 1946, não houve Copa do Mundo por

FREI lUIz IAKoVACz

causa da Segunda Guerra Mun-dial (1939 a 1945).

● Na Copa de 1930, o uru-guaio Hector Castro não possuía uma das mãos, mas tinha habili-dade nos pés; por isso foi apelida-do de “o divino manco”.

● Em 1934, o italiano Lui-gi Bertolini jogava com faixas de pano na cabeça para se proteger quando cabeceava, pois a costu-ra das bolas era grosseira e feria a pele.

Na mesma competição, o suí-ço Leopold Hielholz jogou de ócu-los e marcou 3 gols.

● Em 1950, o Brasil perdeu a final para o Uruguai por 2 a 1, no Maracanã; aproximadamente, 200.000 pessoas estavam no estádio.

● A Copa do Chile (1962) foi uma das mais violentas. Nos 5 primeiros dias de competição, cerca de 50 jogadores foram con-tundidos por jogadas violentas. No segundo jogo, Pelé teve um estiramento muscular que o afas-

nOtíCIAS E InfORMAçÕES ________________________________________

tou da competição.● A maior goleada

aconteceu na Espanha, em 1982: Hungria 10 x 1 El Salvador.

2014: 20ª copa do mundo

● O Brasil sedia este grande evento. Gastou bi-lhões de reais na moder-nização dos 12 estádios, na infraestrutura, na segu-rança e na mobilidade ur-bana. As obras realizadas beneficiarão o país, além de oportunizar milhares de empregos e a presença de muitos turistas estran-geiros que trarão algum retorno financeiro.

● Mas, por causa da Copa, muitas famílias fo-

ram removidas para dar espaço à mobilidade urbana; várias mortes foram registradas na construção dos estádios. Na realização dos jogos, há, também, a exclusão dos pobres porque os ingressos são caros e, aos vendedores ambulan-tes, não lhes é permitido arma-rem barracas nas proximidades dos estádios.

● A CNBB enviou, para to-das as paróquias, um folder com orientações de como acolher bem o turista; nas cidades-sede, ma-peou o endereço das principais Igrejas e os horários de celebra-ções em vários idiomas. Finaliza dizendo que o sucesso da Copa não “está no lucro dos patrocina-dores, mas na segurança de todos sem o uso da violência, no direito de manifestações pacíficas e na criação de mecanismos que im-peçam o tráfico humano e sexual, sobretudo, das pessoas mais vul-neráveis da sociedade”.

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fALECIMEntOS ________________________________________

+ genÉsio Bernardo sPenglerAos 86 anos de idade, faleceu no último 31 de

maio, meu pai: Genésio Bernardo Spengler, que dei-xa viúva, quatro filhos e cinco netos. Construiu sua família com trabalho na lavoura e depois como eletri-cista. Depois da aposentadoria, continuou trabalhan-do na lavoura e pecuária, enquanto as forças lhe per-mitiram. Gostava de jogar “canastra”; participava de um grupo de amigos que se reunia esporadicamente para esses momentos de alegria e fraternidade.

Nos últimos meses começou a sentir a diminui-ção das forças, mas não perdeu o gosto por um jogui-

PAREntES dE COnfRAdES

A escritora Rose Marie Muraro morreu no sábado (21) aos 83 anos no Rio de Janeiro. Rose lutava contra um câncer na medula óssea e estava in-ternada no Hospital São Lucas, em Copacabana. A escritora nasceu em 11 de novembro de 1930, com uma deficiência vi-sual que a tornou praticamen-te cega. Só aos 66 anos, ela se submeteu a uma cirurgia e re-cuperou a visão. Pioneira no movimento feminista no Brasil, Rose Marie Muraro lutou por mais de 60 anos pelo direito das mulheres e escreveu mais de 40 livros entre eles: “Sexualidade da Mulher Bra-sileira” (1996), “Seis Meses Em Que Fui Homem” (1993), “A Mulher No Terceiro Milênio” (1993). Ela também chegou a ser diretora do editorial da Vo-zes, fazendo a edição de mais de 1600 títulos.

Amiga e companheira de trabalho de Leonar-do Boff, Rose lutou ao lado do teólogo pela Teologia da Libertação. A escritora também foi formada em física e economia. Já em 2009, inaugurou o Institu-to Cultural Rose Marie Muraro - local onde traba-lhou até a piora do estado de saúde.

A presidente Dilma Rousseff lamentou a mor-

te e enalteceu a sua luta pelos direi-tos das mulheres. “Foi com tristeza que soube da morte de Rose Marie Muraro, ícone da luta pelos direitos das mulheres. Intelectual notável, Rose Marie foi uma mulher deter-minada em tudo, na luta contra a barreira da cegueira, na luta pelas suas ideias. Somos todas gratas à dedicação incansável de Rose Ma-rie”, escreveu. Também via rede so-cial, o governador do Rio Grande

do Sul, Tarso Genro, e o senador Eduardo Suplicy falaram com tristeza sobre a morte da escritora. “Com tristeza transmito que a grande mulher bra-sileira, Rose Marie Muraro, que tanto batalhou pela emancipação feminina, faleceu essa manhã. Viva Rose Muraro!”, declarou Suplicy.

No domingo (22), Leonardo Boff publicou um texto em seu blog em homenagem à colega. “Rose Marie Muraro mostrou em sua saga pessoal que o impossível não é um limite mas um desafio. Ela se inscreve na linhagem das grandes mulheres arquetípicas que ajudam a humanidade a preser-var viva a lamparina sagrada do cuidado por tudo o que existe e vive. Nesse afã ela se tornou imor-redoura”.

nho de canastra com a esposa, filhos e netos. Apesar da surdez, gostava de uma roda de conversa.

Faleceu em sua casa, nas minhas mãos. Foi sepultado no dia 1º de junho. Marcaram presença neste momento de dor e separação para a família, Dom José Negri, os frades da Paróquia de Gaspar, alguns confrades de Rodeio, padres da Arquidiocese de Porto Alegre e muitos amigos, conhecidos e pa-rentes. Rezamos para que o Bom Deus o acolha para o convívio dos santos e santas nos céus.

Dom Jaime Spengler + steFano gurZYnsKiFaleceu no dia 24 de junho o pai de Frei An-

dré Gurzynski, aos 89 anos de idade, em véspera de completar 90 anos. Frei André pretendia celebrar, nas suas férias, os 90 anos do pai. Nossas orações pelo pai, por ele e pela família.

Frei José Antônio, de Angola.

+ Rose marie muraro

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aGenda 2014Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão sublinhados

JULHO04 a 06 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;07 e 08 Conselho do SAV (São Paulo - São Francisco);07 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;22 a 24 1º Encontro de Reitores dos Santuários da CFMB

(Vila Velha);22 a 27 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Vila Velha);29 Reunião da comissão preparatória do Capítulo das

Esteiras (Sagrado - Petrópolis);30 a 01 Assembleia Anual do Sefras;

AGOSTO11 a 15 Retiro e Reunião do Definitório Provincial (Rio de

Janeiro);18 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Guaratinguetá - Postulantado);18 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança

Paulista);18 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada

Fluminense (Rocinha);18 a 22 Encontro dos Ecônomos da CFMB (Campo

Grande - MS);19 a 24 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Amparo);25 Encontro do Regional de Curitiba (São

Boaventura);25 a 29 Reunião da CFMB (Cuiabá);

SETEMBRO 01 Encontro de Formadores (Ituporanga);01 Encontro do Regional de Agudos (Bauru);01 e 02 Encontro do Regional do Contestado;01 e 02 Encontro do Regional do Leste Caterinense

(Angelina);05 e 06 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (ITF);02 e 03 Reunião do Conselho do Secretariado para a

Formação e os Estudos (Rodeio);08 Encontro do Regional de Pato Branco;08 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau);08 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;10 a 25 Experiência Under Ten (Jacareacanga - PA);15 a 16 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e

Alto Vale do Itajaí (Curitibanos);23 a 25 Capítulo das Esteiras (Agudos);23 a 25 Jubileus (Capítulo das Esteiras);24 a 27 Visita do Ministro Geral a Província da Imaculada;

OUTUBRO 09 Reunião do Conselho Gestor da Província (Sede

Provincial);13 e 14 Encontro Provincial da Frente de Evangelização da

Comunicação (Rondinha);14 a 16 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);18 a 19 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Marcos Prado (São Lourenço - MG);20 a 24 Retiro no Eremitério (Rodeio);

21 a 24 Curso de Franciscanismo (Rondinha);

NOVEMBRO 03 a 15 Tempo Forte do Definitório Geral;04 a 09 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Niterói);06 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Recreativo);10 a 11 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Forquilhinha);12 e 13 Encontro do Regional de Pato Branco (recreativo);13 a 16 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;14 a 16 Encontro dos Irmãos Leigos;17 Encontro do Regional do Vale do Itajaí - Recreativo

(Gaspar);17 e 18 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e

Alto Vale do Itajaí - Recreativo (Piratuba);20 a 23 Encontro Vocacional em Ituporanga;24 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo;24 e 25 Reunião do Conselho do Secretariado da

Evangelização;24 a 28 Retiro no Eremitério (Rodeio);25 a 27 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);29 e 30 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Paulijacson Pessoa de Moura (São Miguel - RN);

DEzEMBRO 01 Encontro do Regional do Espírito Santo

(Recreativo);01 Encontro do Regional de Curitiba (Recreativo -

Caiobá);01 Encontro do Regional de São Paulo (Recreativo -

Guarujá);01 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada

Fluminense - Recreativo;01 e 02 Encontro do Regional do Contestado (recreativo);07 Profissões Solenes (Petrópolis);08 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (Taquara);15 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;

2015MARçO 09 a 21 1ª etapa do curso de formadores - SERFE - CFMB

(Petrópolis)MAIO 10 a 07 Capítulo Geral (Assis)JUNHO 29 a 11 2ª etapa do curso de formadores - SERFE - CFMB

(Petrópolis)JULHO 16 a 19 II Encontro Nacional de Jovens da CFMB22 a 26 Encontro SIFEM/JPIC (Bacabal - MA)

2016JANEIRO 18 a 26 Capítulo Provincial