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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia JULIANA DE TOLEDO MONTAGNANA PEDRO ALMEIDA GONÇALVES COMPORTAMENTO METABÓLICO DURANTE A ESTIMULAÇÃO MOTORA POR MEIO DE DIFERENTES CORRENTES ALTERNADAS DE MÉDIA FREQUÊNCIA Bragança Paulista 2015

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Fisioterapia

JULIANA DE TOLEDO MONTAGNANA

PEDRO ALMEIDA GONÇALVES

COMPORTAMENTO METABÓLICO DURANTE A

ESTIMULAÇÃO MOTORA POR MEIO DE DIFERENTES

CORRENTES ALTERNADAS DE MÉDIA FREQUÊNCIA

Bragança Paulista

2015

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JULIANA DE TOLEDO MONTAGNANA– R.A. 001201101746

PEDRO ALMEIDA GONÇALVES– R.A. 001201101334

COMPORTAMENTO METABÓLICO DURANTE A

ESTIMULAÇÃO MOTORA POR MEIO DE DIFERENTES

CORRENTES ALTERNADAS DE MÉDIA FREQUÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco como

requisito parcial para obtenção do título

Bacharel em Fisioterapia.

Orientador temático: Prof. M.e Cristiano

da Rosa

Orientador metodológico: Prof.ª M.ª

Grazielle Aurelina Fraga de Sousa.

Bragança Paulista

2015

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JULIANA DE TOLEDO MONTAGNANA

PEDRO ALMEIDA GONÇALVES

COMPORTAMENTO METABÓLICO DURANTE A

ESTIMULAÇÃO MOTORA POR MEIO DE DIFERENTES

CORRENTES ALTERNADAS DE MÉDIA FREQUÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco como

requisito parcial para obtenção do título

Bacharel em Fisioterapia.

Data de aprovação: __/__/__

Banca Examinadora:

Prof. M.e Cristiano da Rosa (Orientador Temático)

Universidade São Francisco

______________________________________________________________________

Prof.ª M.ª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)

Universidade São Francisco

______________________________________________________________________

Prof. Guilherme Panuncio (Examinador Convidado)

Universidade São Francisco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 05

2 OBJETIVOS ........................................................................................... 09

2.1 Objetivos Gerais ....................................................................................... 09

2.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 09

3 REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS .................................................... 10

4 ARTIGO CIENTÍFICO ........................................................................ 12

5 ANEXOS ................................................................................................. 25

Anexo A ................................................................................................... 25

Anexo B ................................................................................................... 27

Anexo C ................................................................................................... 32

Anexo D .....................................................,............................................. 34

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1. INTRODUÇÃO

O tecido muscular é formado essencialmente por células alongadas, conhecidas

como fibras musculares cujo citoplasma apresenta um arranjo característico do

citoesqueleto e uma grande quantidade de organelas, que serão responsáveis por

proteínas contráteis geradoras de força e miofibrilas, que irão gerar a contratilidade. No

corpo humano existem três tipos de tecido muscular: o músculo liso, sendo este

involuntário, responsável pelas modificações de forma e volume de órgãos cavitários e

pela propulsão do conteúdo dos mesmos; o músculo cardíaco, responsável pelas

contrações do coração para propulsão do sangue no sistema circulatório, com ação

involuntária; e o músculo estriado esquelético, que apresenta contração voluntária, é um

constituinte do aparelho locomotor, o qual move o corpo e suas partes e mantém-lhe a

posição no espaço [1].

Os músculos estriados esqueléticos são compostos por numerosas fibras. Cada

uma dessas fibras contém centenas a milhares de miofibrilas, as quais são compostas

por cerca de 1500 filamentos de miosina adjacentes e 3000 filamentos de actina, sendo

estas longas moléculas de proteínas polimerizadas responsáveis pelas contrações reais

musculares. Existem diferentes velocidades de contração dos músculos, podendo ser

dividas em fibras de contração lenta (tipo I) e fibras de contração rápida (tipo II), essas

diferenças estão associadas a diferentes isoenzimas da miosina ATPase, que também

podem ser designadas como “lentas” e “rápidas”. Para que ocorra essa contração das

miofibrilas das fibras musculares voluntárias são necessários que os impulsos gerados

pelas células nervosas situadas no sistema nervoso central sejam conduzidos por fibras

nervosas até a fibra muscular por ele inervada. Com a chegada do impulso nervoso,

ocorre a liberação de acetilcolina na fenda sináptica, que por meio da interação com

seus receptores faz com que o sarcolema fique mais permeável ao sódio, resultando em

sua despolarização. A membrana então libera grande quantidade de íons cálcio, os quais

ativam as forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que as

fibras deslizem ao lado um do outro, gerando o processo contrátil [1-3].

Os músculos esqueléticos produzem seu movimento contrátil puxando os

tendões que por sua vez puxam os ossos, a contração traz para perto ou afasta um osso

daquele com o qual este articula. Quando um músculo se contrai, é realizado um

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trabalho com a necessidade de uma fonte energética, a qual é fornecida pelo ATP. A

maior parte dessa energia é necessária para ativar o mecanismo de walk-along (ir para

diante), pelo qual as pontes cruzadas puxam os filamentos de actina. O ATP é clivado

para formar ADP, o que transfere a energia das moléculas de ATP para o mecanismo da

contração da fibra muscular. O ADP então é refosforilado para formar novo ATP, o que

permite que o músculo continue sua contração [2].

Os músculos esqueléticos em repouso obtêm a maior parte de sua energia da

respiração aeróbica de ácidos graxos e refere-se ao fato de o oxigênio não ser utilizado

no processo. Durante o exercício (contração muscular), o glicogênio muscular e a

glicose sanguínea são utilizados como fontes energéticas, respirando de modo

anaeróbio. A respiração aeróbica o ácido pirúvico é formado pela glicólise e, em

seguida, convertido em acetilcoenzima A, isso dará inicio á via metabólica cíclica

denominada ciclo de Krebs. A molécula de adenosina tri- fosfato (ATP) é ressintetisada,

predominantemente, pela degradação da fosfocreatina e do glicogênio muscular, com

subsequente formação de lactato, a resposta do lactato sanguíneo ao exercício tem sido

utilizada para identificar parâmetros de aptidão aeróbia, como o limiar de lactato (LL), o

limiar anaeróbio individual, o lactato mínimo e a máxima fase estável de lactato. Esses

parâmetros podem ser utilizados como referência para prescrição e controle de

intensidades do treinamento físico, e diferentes protocolos de avaliação têm sido

utilizados [3-5].

A fadiga muscular consiste na incapacidade de um músculo esquelético gerar

elevados níveis de força muscular ou manter esses níveis no tempo. Suas manifestações

são associadas ao declínio da força muscular gerada durante e após exercícios

submáximos e máximos, à diminuição da velocidade de contração e ao aumento do

tempo de relaxamento musculares [6-9].

O músculo se contrai de forma voluntária ou através de eletro estimulação

neuromuscular (EENM) artificial, sendo esta, uma ferramenta terapêutica utilizada para

restaurar funções motoras e sensoriais. O uso de corrente elétrica produz uma contração

muscular que irá favorecer o fortalecimento e hipertrofia muscular, sendo assim, torna-

se útil para recuperar a força muscular nos pacientes em reabilitação de condições

patológicas que comprometem os seus movimentos. As correntes alternadas de média

frequência (CAMF) apresentam frequências de repetição maiores do que 1 kHz. Estas

têm sido vastamente utilizadas na recuperação funcional e aumento do desempenho

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muscular, promovendo alterações e adaptações neurofisiológicas, histológicas e

morfológicas importantes, dentre elas um destaque para a Corrente Russa (CR) e a

Corrente Aussie (CA) [10,11].

A CR, desde que foi apresentada por Kots, por volta de 1977, como um

estimulador muscular elétrico para aumentar o ganho de força, evoluiu visando

melhorias com a sua utilização. Atualmente, pode oferecer frequência média de 2.000 a

10.000 Hz, com pulso podendo variar de 50 a 250 microssegundos. Já a CA, ou corrente

Australiana, foi desenvolvida pelo pesquisador Alex Ward, da Universidade de LaTrobe

em Melbourne – Austrália e trata-se de uma corrente elétrica terapêutica alternada com

frequência portadora na faixa de kHz e modulação em baixa frequência com alguma

semelhança em relação à terapia interferencial e CR, a diferença está no valor da

corrente de kHz utilizada bem como no formato de onda. Para contração muscular, a

CA utiliza frequência de 1 kHz combinada com Bursts de duração igual a 2 µs, dessa

forma, a produção de torque é máxima quando comparados a outras correntes

comerciais. A modulação em rampa deve ser utilizada com o objetivo de se evitar a

fadiga muscular precoce e a frequência de 50 Hz é a mais indicada [12-14].

Acredita-se que a EENM possa proporcionar fortalecimento muscular por um

mecanismo diferente da contração voluntária. Em uma contração muscular voluntária,

os motoneurônios menores, que inervam as fibras tônicas, são ativados primeiramente,

sendo os motoneurônios com tamanho maior os responsáveis por inervar as fibras

fásicas recrutadas posteriormente. Porém, a sequência do recrutamento das fibras

musculares durante a aplicação da EENM ocorre de forma inversa, sendo as fibras

fásicas (menos resistentes a fadiga) recrutadas primeiramente. Além disso, na EENM

ocorre a estimulação de um conjunto fixo de unidades motoras, resultando na

precipitação da fadiga muscular quando a musculatura esquelética é ativada

eletricamente. A fadiga muscular irá acontecer por uma contração forte e prolongada,

pela incapacidade dos processos contráteis e metabólicos das fibras musculares

manterem a mesma produção de trabalho (redução do torque), havendo um acúmulo

insuficiente de neurotransmissores na fenda sináptica para desencadeamento e

propagação do potencial de ação por meio dos túbulos T, não ocorrendo, portanto, a

ativação das unidades motoras. Na prática clínica da fisioterapia a fadiga muscular

precisa ser avaliada durante a aplicação da eletroestimulação, visando parâmetros que

estejam mais adequados aos músculos estimulados para minimizar os prejuízos

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decorrentes do surgimento da fadiga muscular (dor, fibrilação e redução de torque),

otimizando os benefícios da técnica [15-20].

Tendo em vista a dúvida do profissional em optar por um tipo de corrente

durante a sua terapia na prática clínica e pela falta de estudos sobre o comportamento

metabólico dessas correntes, o presente estudo teve como objetivo verificar o

comportamento metabólico muscular na utilização de diferentes correntes elétricas

terapêuticas de média frequência, comparando qual delas pode estimular mais o trabalho

muscular e qual é menos desagradável ao paciente durante a estimulação.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivos Gerais

Verificar o comportamento metabólico muscular na utilização de diferentes

correntes elétricas terapêuticas de média frequência.

2.2. Objetivos Específicos

Comparar qual corrente elétrica terapêutica pode estimular mais o trabalho

muscular, gerando maior produção de lactato.

Verificar qual corrente é menos desagradável ao paciente durante a estimulação.

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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Gardner WD, Osburn WA. Anatomia humana: estrutura do corpo. São Paulo:

Atheneu; 1974.

2. Guyton AC, Hall JE. Tratado de fisiologia médica. 12º ed. Rio de Janeiro:

Elsevier; 2011.

3. Fox, Stuart Ira. Fisiologia humana. 7ed. Barueri SP: Manole; 2007.

4. Bacon L, Kern M. Evaluating a test protocol for predicting maximum lactate

steady state. J Sports Med Phys Fitness 1999; 39(4):300-8.

5. Coen B, Urhausen A, Kindermann W. Individual anaerobic threshold:

methodological aspects of its assessment in running. Int J Sports Med 2001;

22:8-16.

6. Green S. Measurement of anaerobic work capacities. Sports Med 1995; 19:32-

42.

7. Green S. Mechanisms of muscle fatigue in intenseexercise. J Sports Sci 1995;

15:247-256.

8. Enoka R, Stuart D. Neurobiology of muscle fatigue. J Apll Physiol 1992;

72:1631-1648.

9. Souza ACF. Análise do comportamento da velocidade de condução do potencial

de ação em exercício isocinético com produção de fadiga muscular. PGEA DM

2013; 544.

10. Pires KF. Análise dos efeitos de diferentes protocolos de eletroestimulação

neuromuscular através da frequência mediana. Rev Bras Ciênc Mov 2004;

12(2):25-28.

11. Low J, Red A. A eletroterapia aplicada– princípios e prática. São Paulo: Manole;

2001.

12. Lima EPF, Rodrigues GBO. A estimulação russa no fortalecimento da

musculatura abdominal. ABCD, arq bras cir dig 2012; 25(2):125-128.

13. Sant’ana EMC. Fundamentação teórica para terapia combinada HECCUS® -

Ultrassom e corrente Aussie no tratamento da lipodistrofia ginóide e da gordura

localizada. Revista Brasileira de Ciência & Estética 2010; 1(1).

14. Ward AR, Robertson VJ, Ioannou H. The effect of duty cycle and frequency on

muscle torque production using kilohertz frequency range alternating current.

Med Engineer Physics 2004; 26:569–579.

15. Delitto A, Snyder-Macker L. Two theories of muscle strength augmentation

using percutaneous electrical stimulation. Phys Ther 1990; 70(3):158-64.

16. Binder-Macleod SA, Halden EE, Jungles KA. Effects of stimulation intensity on

the physiological responses of human motor units. Med Sci Sports Exerc 1995;

27(4):556-65.

17. Scott O. Ativação dos nervos motores e sensitivos. In: Kitchen S, Bazin S.

Eletroterapia de clayton. 10ª ed. São Paulo: Manole; 1998. p.59-79.

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18. Guyton AC, Hall JE. Tratado de fisiologia médica. 9ª ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Kogan; 1997.

19. Pincivero DM, Gear WS, Sterner RL. Assessment of the reliability of hight-

intensity quadriceps femoris muscle fatigue. Med Sci Sports Exerc 2001;

33(2):334-8.

20. Faller L, Nogueira Neto GN, Button VLSN, Nohama P. Avaliação da fadiga

muscular pela mecanomiografia durante a aplicação de um protocolo de

EENM. Rev Bras Fisioter 2009; 13(5):422-429.

21. Branquinho RP, Bandeira CA, Santos MCS, Moreno MA. Calorimetria Indireta

no esforço e comparação de domínio metabólico entre gêneros. In: 4 Mostra

Acadêmica Unimep 2006. Saúde em Revista. Piracicaba; 2006.

22. Shephard RJ. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte; 2003.

23. Abbes PT, Lavrador MSF, Escrivão MAMS, Taddei JAAC. Sedentarismo e

variáveis clínico-metabólicas associadas à obesidade em adolescentes. Rev Nutr

2011; 24(4):529-538.

24. World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva: 1995.

25. Dadalto TV; Souza CP, Silva EB. Eletroestimulação neuromuscular, exercícios

contrarresistência, força muscular, dor e função motora em pacientes com

osteoartrite primária de joelho. Fisioter Mov2013;26(4):777-789.

26. Ward AR, Oliver WG, Buccella D. Wrist Extensor Torque Production and

Discomfort Associated With Low Frequency and Burst Modulated Kilohertz

Frequency Currents. Physical Therapy 2006; 86(10):1360-1367.

27. Florindo AAet al.Desenvolvimento e validação de um questionário de avaliação

da atividade física para adolescentes. Rev Saúde Pública 2006; 40(5): 802-809.

28. Figueiredo RR, Azevedo AA, Oliveira PM. Análise da correlação entre a escala

visual-análoga e o Tinnitus Handicap Inventory na avaliação de pacientes com

zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol 2009; 75(1): 76-79.

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4. ARTIGO CIENTÍFICO

Comportamento metabólico durante a estimulação motora por meio de diferentes

correntes alternadas de média frequência

Metabolic behavior during motor stimulation through diferente médium

frequency alternating currents

Comportamiento metabólico durante la estimulación motor a través de diferentes

corrientes alternas de frecuencia media

Juliana de Toledo Montagnana e Pedro Almeida Gonçalves

Orientador temático: Prof. Cristiano da Rosa

Orientador metodológico: Prof.ª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa.

Graduandos em Fisioterapia

Universidade São Francisco – Campus de Bragança Paulista - SP

Juliana Montagnana

Travessa Alfredo Ramos, nº52, Santa Libânia

(11)97445-8676, [email protected]

COMPORTAMENTO METABÓLICO DURANTE EENM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade

São Francisco.

Foi utilizado como material de coleta de dados o monitor para medição de lactato

Accutrend Plus Roche - Accutrend® (equipamento adequado para rastreio, diagnóstico

e monitorização terapêutica de desordens metabólicas) e os aparelhos de eletroterapia

Neurodyn 10 Channels – IMBRAMED, Neurodyn HighVolt – IMBRAMED.

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Resumo: O objetivo foi verificar o comportamento metabólico muscular na utilização

de diferentes correntes elétricas terapêuticas de média frequência e qual corrente é

menos desagradável. Metodologia: Participaram 06 voluntários, os quais receberam a

EENM através da Corrente Russa (CR) e da Corrente Aussie (CA), ambas no músculo

quadríceps femoral, por dez minutos, foi mensurado o limiar de lactato inicial e final, e

o preenchimento da EVA. As análises de dados foram feitas através do programa

estatístico SPSS 22.0, com nível de significância p≤ 0,05.Resultados:A CR apresentou

uma variação de lactato de 2,55mmol/L (p=0,028), o que foi estatisticamente superior

em relação a CA, a qual apresentou uma variação de 0,7mmol/L (p=0,043). CR

necessitou de uma maior intensidade quando comparada à CA para estimular a

musculatura durante a coleta de dados, o que indica uma maior acomodação dos

músculos durante a estimulação. CA apresentou menor pontuação em relação a CR, o

que indica que a mesma é menos desconfortavel durante a EENM. Conclusão:Dentro

da amostraanalisada, concluiu-se que a CR é maiseficaznaprodução de lactatoapós a

aplicação de EENM, porém, a CA é menosdesagradável.

Palavras chaves: Eletroestimulação; Lactato; Reabilitação; Fisioterapia

Abstract: The objective was to evaluate the muscular metabolic behavior in the use of

different therapeutic electrical currents of average frequency and which current is less

unpleasant. Methods: 06 volunteers participated, who received NMES through Russian

current (CR) and Aussie current (AC), both in the femoral quadriceps muscle, for ten

minutes, the initial and final lactate threshold was measured, and the filling of EVA.

Data analyzes were performed using SPSS 22.0, with p ≤ 0.05 significance level.

Results: CR lactate showed a variation 2,55mmol / L (p = 0.028) which was

statistically higher than in CA, which showed a variation of 0,7mmol / L (p = 0.043).

CR required a greater intensity when compared to CA to stimulate muscles while

collecting data, which indicates a greater accommodation of muscles during stimulation.

CA had lower scores compared to CR, which indicates that it is les sun comfortable

during NMES. Conclusion: In the sample analyzed, it was found that the CR is more

effective in producing lactate after applying NMEE, however, the CA is less unpleasant.

Keywords: Electrostimulation; Lactate; Rehabilitation; Physiotherapy

Resumen: El objetivo fue evaluar el comportamiento metabólico muscular en el uso de

diferentes corrientes eléctricas terapéuticas de frecuencia media y que la corriente es

menos desagradable. Métodos: 06 voluntarios participaron, que recibió EENM a través

de la corriente Rusa (CR) y la corriente Aussie (AC), tanto en el músculo cuádriceps

femoral, durante diez minutos, se midió el umbral inicial y final de lactato, y el relleno

de EVA. Los datos fueron analizados con el programa SPSS 22.0, con p ≤ nivel de

significancia de 0.05. Resultados: CR lactato mostraron una variación 2,55mmol / L (p

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= 0,028), que fue estadísticamente mayor que en CA, que mostró una variación de

0,7mmol / L (p = 0,043). CR requiere una mayor intensidad cuando se compara con CA

para estimular los músculos mientras que la recogida de datos, que indica una mayor

alojamiento de los músculos durante la estimulación. CA tenían puntuaciones más bajas

en comparación con CR, lo que indica que es menos incómodo durante la EENM.

Conclusión: En la muestra analizada, se encontró que el CR es más eficaz en la

producción de lactato después de aplicar EENM, sin embargo, la CA es menos

desagradable.

Palabras claves: La electroestimulación; Lactato; Rehabilitación; Fisioterapia

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INTRODUÇÃO

O tecido muscular é formado essencialmente por células alongadas, conhecidas

como fibras musculares cujo citoplasma apresenta um arranjo característico do

citoesqueleto e uma grande quantidade de organelas, que serão responsáveis por

proteínas contráteis geradoras de força e miofibrilas, que irão gerar a contratilidade. No

corpo humano existem três tipos de tecido muscular: o músculo liso, sendo este

involuntário, responsável pelas modificações de forma e volume de órgãos cavitários e

pela propulsão do conteúdo dos mesmos; o músculo cardíaco, responsável pelas

contrações do coração para propulsão do sangue no sistema circulatório, com ação

involuntária; e o músculo estriado esquelético, que apresenta contração voluntária, é um

constituinte do aparelho locomotor, o qual move o corpo e suas partes e mantém-lhe a

posição no espaço [1].

Os músculos estriados esqueléticos são compostos por numerosas fibras. Cada

uma dessas fibras contém centenas a milhares de miofibrilas, as quais são compostas

por cerca de 1500 filamentos de miosina adjacentes e 3000 filamentos de actina, sendo

estas longas moléculas de proteínas polimerizadas responsáveis pelas contrações reais

musculares. Existem diferentes velocidades de contração dos músculos, podendo ser

dividas em fibras de contração lenta (tipo I) e fibras de contração rápida (tipo II), essas

diferenças estão associadas a diferentes isoenzimas da miosina ATPase, que também

podem ser designadas como “lentas” e “rápidas”. Para que ocorra essa contração das

miofibrilas das fibras musculares voluntárias são necessários que os impulsos gerados

pelas células nervosas situadas no sistema nervoso central sejam conduzidos por fibras

nervosas até a fibra muscular por ele inervada. Com a chegada do impulso nervoso,

ocorre a liberação de acetilcolina na fenda sináptica, que por meio da interação com

seus receptores faz com que o sarcolema fique mais permeável ao sódio, resultando em

sua despolarização. A membrana então libera grande quantidade de íons cálcio, os quais

ativam as forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que as

fibras deslizem ao lado um do outro, gerando o processo contrátil [1-3].

Os músculos esqueléticos produzem seu movimento contrátil puxando os

tendões que por sua vez puxam os ossos, a contração traz para perto ou afasta um osso

daquele com o qual este articula. Quando um músculo se contrai, é realizado um

trabalho com a necessidade de uma fonte energética, a qual é fornecida pelo ATP. A

maior parte dessa energia é necessária para ativar o mecanismo de walk-along (ir para

diante), pelo qual as pontes cruzadas puxam os filamentos de actina. O ATP é clivado

para formar ADP, o que transfere a energia das moléculas de ATP para o mecanismo da

contração da fibra muscular. O ADP então é refosforilado para formar novo ATP, o que

permite que o músculo continue sua contração [2].

Os músculos esqueléticos em repouso obtêm a maior parte de sua energia da

respiração aeróbica de ácidos graxos e refere-se ao fato de o oxigênio não ser utilizado

no processo. Durante o exercício (contração muscular), o glicogênio muscular e a

glicose sanguínea são utilizados como fontes energéticas, respirando de modo

anaeróbio. A respiração aeróbica o ácido pirúvico é formado pela glicólise e, em

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seguida, convertido em acetilcoenzima A, isso dará inicio á via metabólica cíclica

denominada ciclo de Krebs. A molécula de adenosina tri- fosfato (ATP) é ressintetisada,

predominantemente, pela degradação da fosfocreatina e do glicogênio muscular, com

subsequente formação de lactato, a resposta do lactato sanguíneo ao exercício tem sido

utilizada para identificar parâmetros de aptidão aeróbia, como o limiar de lactato (LL), o

limiar anaeróbio individual, o lactato mínimo e a máxima fase estável de lactato. Esses

parâmetros podem ser utilizados como referência para prescrição e controle de

intensidades do treinamento físico, e diferentes protocolos de avaliação têm sido

utilizados [3-5].

A fadiga muscular consiste na incapacidade de um músculo esquelético gerar

elevados níveis de força muscular ou manter esses níveis no tempo. Suas manifestações

são associadas ao declínio da força muscular gerada durante e após exercícios

submáximos e máximos, à diminuição da velocidade de contração e ao aumento do

tempo de relaxamento musculares [6-9].

O músculo se contrai de forma voluntária ou através de eletro estimulação

neuromuscular (EENM) artificial, sendo esta, uma ferramenta terapêutica utilizada para

restaurar funções motoras e sensoriais. O uso de corrente elétrica produz uma contração

muscular que irá favorecer o fortalecimento e hipertrofia muscular, sendo assim, torna-

se útil para recuperar a força muscular nos pacientes em reabilitação de condições

patológicas que comprometem os seus movimentos. As correntes alternadas de média

frequência (CAMF) apresentam frequências de repetição maiores do que 1 kHz. Estas

têm sido vastamente utilizadas na recuperação funcional e aumento do desempenho

muscular, promovendo alterações e adaptações neurofisiológicas, histológicas e

morfológicas importantes, dentre elas um destaque para a Corrente Russa (CR) e a

Corrente Aussie (CA) [10,11].

A CR, desde que foi apresentada por Kots, por volta de 1977, como um

estimulador muscular elétrico para aumentar o ganho de força, evoluiu visando

melhorias com a sua utilização. Atualmente, pode oferecer frequência média de 2.000 a

10.000 Hz, com pulso podendo variar de 50 a 250 microssegundos. Já a CA, ou corrente

Australiana, foi desenvolvida pelo pesquisador Alex Ward, da Universidade de LaTrobe

em Melbourne – Austrália e trata-se de uma corrente elétrica terapêutica alternada com

frequência portadora na faixa de kHz e modulação em baixa frequência com alguma

semelhança em relação à terapia interferencial e CR, a diferença está no valor da

corrente de kHz utilizada bem como no formato de onda. Para contração muscular, a

CA utiliza frequência de 1 kHz combinada com Bursts de duração igual a 2 µs, dessa

forma, a produção de torque é máxima quando comparados a outras correntes

comerciais. A modulação em rampa deve ser utilizada com o objetivo de se evitar a

fadiga muscular precoce e a frequência de 50 Hz é a mais indicada [12-14].

Acredita-se que a EENM possa proporcionar fortalecimento muscular por um

mecanismo diferente da contração voluntária. Em uma contração muscular voluntária,

os motoneurônios menores, que inervam as fibras tônicas, são ativados primeiramente,

sendo os motoneurônios com tamanho maior os responsáveis por inervar as fibras

fásicas recrutadas posteriormente. Porém, a sequência do recrutamento das fibras

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musculares durante a aplicação da EENM ocorre de forma inversa, sendo as fibras

fásicas (menos resistentes a fadiga) recrutadas primeiramente. Além disso, na EENM

ocorre a estimulação de um conjunto fixo de unidades motoras, resultando na

precipitação da fadiga muscular quando a musculatura esquelética é ativada

eletricamente. A fadiga muscular irá acontecer por uma contração forte e prolongada,

pela incapacidade dos processos contráteis e metabólicos das fibras musculares

manterem a mesma produção de trabalho (redução do torque), havendo um acúmulo

insuficiente de neurotransmissores na fenda sináptica para desencadeamento e

propagação do potencial de ação por meio dos túbulos T, não ocorrendo, portanto, a

ativação das unidades motoras. Na prática clínica da fisioterapia a fadiga muscular

precisa ser avaliada durante a aplicação da eletroestimulação, visando parâmetros que

estejam mais adequados aos músculos estimulados para minimizar os prejuízos

decorrentes do surgimento da fadiga muscular (dor, fibrilação e redução de torque),

otimizando os benefícios da técnica [15-20].

Tendo em vista a dúvida do profissional em optar por um tipo de corrente

durante a sua terapia na prática clínica e pela falta de estudos sobre o comportamento

metabólico dessas correntes, o presente estudo teve como objetivo verificar o

comportamento metabólico muscular na utilização de diferentes correntes elétricas

terapêuticas de média frequência, comparando qual delas pode estimular mais o trabalho

muscular e qual é menos desagradável ao paciente durante a estimulação.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um ensaio clínico no Laboratório de Eletroterapia da Clínica

Escola de Fisioterapia da Universidade São Francisco – Campi de Bragança Paulista/

SP no período entre 27 de Fevereiro a 03 de Abril de 2015. Como critério de inclusão

na pesquisa os voluntários teriam que ser do gênero masculino, com idade entre 18 a 30

anos. Como critério de exclusão: voluntários sedentários, ou com lesões musculares ou

que tenham passado por qualquer cirurgia de membros inferiores, e os critérios relativos

e absolutos do uso da eletroterapia. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade São Francisco sob o protocolo nº 853.289. Bem como

solicitada uma autorização da Coordenadora do curso de Fisioterapia do Campus de

Bragança Paulista/SP para a utilização do local do estudo. Após essa autorização, os

voluntários assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participação

da pesquisa. Antes da coleta, os voluntários preencheram um questionário de atividade

física habitual [27] a fim de excluir aqueles que fossem sedentários. Após isso, realizou-

se a coleta de dados, através de 06 voluntários os quais foram pesados e medidos para

calcular-se o IMC, e que, em seguida, receberam, na primeira semana, estimulação pela

CR e após uma semana de descanso pela CA. Foi mensurado o lactato sérico de cada

voluntario antes de ser realizado o estimulo pela corrente, para isto utilizou-se o

aparelho Accutrend®, sendo assim utilizado o sistema de punção capilar para recolher

a amostra de sangue capilar do dedo do voluntário e posteriormente aplicado o sangue

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18

na tira do aparelho. Foi utilizado como material de coleta de dados o monitor para

medição de lactato Accutrend Plus Roche - Accutrend® (equipamento adequado para

rastreio, diagnóstico e monitorização terapêutica de desordens metabólicas) e os

aparelhos de eletroterapia Neurodyn 10 Channels – IMBRAMED e NeurodynHighVolt

– IMBRAMED. A EENM foi realizada através de eletrodos no ventre dos músculos

reto femoral, vasto lateral e vasto medial, a identificação das porções musculares deu-se

através da visualização da região mais proeminente durante uma contração isométrica

voluntária máxima. O posicionamento adequado dos eletrodos nos ventres musculares

foi realizado por meio da identificação do ponto motor de cada grupo muscular. A

aplicação foi feita com o voluntário sentado na maca, com quadril e joelhos fletidos a

90º por dez minutos. Os parâmetros utilizados são os descritos na Tabela I – Parâmetros

das correntes. Em seguida foi mensurado limiar de lactato através do aparelho

Accutrend®, imediatamente após a aplicação das correntes, o voluntário preencheu a

Escala Visual Analógica (EVA) [28], mensurando o nível de desconforto durante o

estímulo das correntes. A análise estatística foi feita pelo programa estatístico SPSS

22.0, com cálculo de média e desvio padrão para análise descritiva. O teste Mann-

Whitney e o teste Wilcoxon, foram utilizados respectivamente para avaliar diferenças

significativas entre as correntes (CR x CA) e entre os momentos de avaliação (antes da

aplicação da corrente X após a aplicação da corrente), sendo estabelecido um nível de

significância de p ≤ 0,05.

Tabela I – Parâmetros das correntes.

Corrente Russa Corrente Aussie

Frequência portadora 2500Hz 1kHz

Frequência de modulação 50Hz 50Hz

Intensidade Superior ao limite motor Superior ao limite motor

Modulada em rampa

Tempo de subida 3 segundos 3 segundos

Tempo de contração 10 segundos 10 segundos

Tempo de descida 3 segundos 3 segundos

Tempo de repouso 5 segundos 5 segundos

Tempo de tratamento 10 minutos 10 minutos

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RESULTADOS

A apresentação dos resultados foi organizada a partir da caracterização da

amostra. Participaram do estudo 06 voluntários do sexo masculino com idade entre 20 a

26 anos.

A Tabela I representa a variação de idade, peso, altura e IMC dos voluntários.

Tabela II – Idade, peso, altura e IMC.

O Gráfico 1 representa a média dos valores coletados do lactato pré e pós a

aplicação das CR e CA.

Gráfico 1 – Média de lactato inicial e final em cada corrente.

A CR apresentou uma variação de lactato de 2,55mmol/L (p=0,028), o que foi

estatisticamente superior em relação a CA, a qual apresentou uma variação de

0,7mmol/L (p=0,043).

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

Lactato Inicial Lactato Final

Corrente Russa

Corrente Aussie

Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

Idade 20 26 22,3333 2,42212

Peso 67 80 74,5 4,59042

Altura 1,71 1,84 1,7667 0,04633

IMC 21,21 26,64 23,84 1,85874

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O Gráfico 2 representa a média de intensidade inicial e final utilizada para a

estimulação dos respectivos músculos (Vasto Lateral – VL, Vasto Medial – VM, Reto

Femoral – RF) em cada corrente.

Gráfico 2 - Média de intensidade inicial e final em cada músculo.

Na CR, ao estimular o músculo Vasto Lateral houve uma variação de 8,66mA

(p=0,027), na CA houve uma variação de 4,83mA (p=0,042); ao estimular o músculo

Vasto Medial, na CR houve uma variação de 4,50mA (p=0,0027), na CA uma variação

de 3,66mA (p=0,041); ao estimular o músculo Reto Femoral, na CR houve uma

variação de 3,00mA (p=0,0027), na CA uma variação de 6,00mA (p=0,027). Logo a

Corrente Russa necessitou de uma maior intensidade quando comparada à Aussie para

estimular a musculatura durante a coleta de dados, o que indica uma maior acomodação

dos músculos durante a estimulação.

A Tabela II representa a média da Escala Visual Analógica – EVA em ambas as

correntes.

Tabela III - Média da EVA em cada corrente.

EVA

Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

Corrente Russa 2 3 2,83 0,4

Corrente Aussie 1 4 1,83 1,16

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

Corrente Russa

Corrente Aussie

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A média da EVA para CR foi de 2,83(±0,40), na CA foi de 1,83 (±1,16), logo a

CA apresentou menor pontuação em relação a CR.

DISCUSSÃO

No período entre 27 de Fevereiro à 03 de Abril de 2015 foi realizado a coleta de

dados através de 06 voluntários na clínica escola de Fisioterapia – Universidade São

Francisco (USF). Participaram do estudo apenas voluntários do gênero masculino, pois

sabe-se que há uma diferença entre os gêneros em relação as respostas metabólicas. Isso

é evidenciado no estudo de comparação da atividade metabólica entre homens e

mulheres realizado por Branquinho et al. [21] que ao comparar o predomínio

metabólico entre os gêneros obteve em seu resultado maiores valores de VO2 max e no

Limiar Anaeróbio para homens em relação à mulheres. No presente estudo foram

incluídos voluntários com idade entre 18 a 30 anos (média 22,3 anos ± 2,4), a fim de

evitar qualquer influência desta variável na mensuração do limiar de lactato. Cabe

lembrar que, segundo Shephard et al. [22], a meia idade compreende a faixa etária

situada entre 40 a 65 anos, período no qual os principais sistemas biológicos começam a

apresentar declínios funcionais.

Os voluntários preencheram o Questionário de Atividade Física Habitual a fim

de se excluir aqueles que fossem sedentários, pois, segundo Abbes et al. [23], em seu

estudo sobre a associação da obesidade com variáveis metabólicas, variáveis clínicas e

sedentarismo, em adolescentes pós-púberes de escolas públicas de São Paulo, os valores

médios de variáveis metabólicas e clínicas tendem a piorar com o aumento do grau de

sedentarismo.

Foi observada na amostra uma média do valor de Índice de Massa Corporal

(IMC) de 23,84 sendo considerados adequados nutricionalmente, pois segundo a

Organização Mundial de Saúde [24], indivíduos com resultados entre 18,5 e 24,9 são

considerados normais.

Pela falta de estudos para uma referência adequada dos parâmetros de

eletroestimulação, optou-se por estimular o músculo quadríceps femoral com os

parâmetros descritos na metodologia (Tabela I – Parâmetros das correntes), os quais

foram definidos através de um embasamento nas aulas e nos livros de eletroterapia, e

nos utilizados por Dadalto et al. [25] que ao comparar a eficácia da EENM e de

exercícios contra resistência no ganho de força muscular, diminuição de dor e

recuperação da função motora utilizou a CR para estimular o quadríceps femoral de

pacientes com osteoartrite primária de joelho com os parâmetros 1s/10s/1s/10s nos

tempos rise/on/decay/off respectivamente.

De acordo com os resultados obtidos, houve uma média de variação de lactato

na CR de 2,55 mmol/L (p=0,028), esta superior à média de variação da CA, que foi de

0,7mmol/L (p=0,043). Esses valores indicam um maior comportamento metabólico

após a aplicação da CR em relação a CA, ou seja, a resposta do lactato sanguíneo foi

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superior, indicando que a CR tem um potencial em aumentar o limiar de lactato do

indivíduo após sua aplicação.

Durante a aplicação das correntes foi verificado visualmente que a CA produziu

um maior torque quando comparado a CR utilizando uma menor intensidade o que

corrobora com o estudo de Ward et al. [26], que ao avaliar o máximo de torque induzido

eletricamente (MEIT) nos extensores de punho de 32 indivíduos adultos saudáveis,

constatou que a CA produziu maior torque em relação a CR, sugerindo que a mesma

pode ser melhor para o fortalecimento muscular. Correlacionando este estudo com as

intensidades utilizadas para estimular cada músculo, observa-se que, mesmo os valores

utilizados na CA sendo menores, não significa que os mesmos são menos eficientes,

implicando também que esses parâmetros de intensidade mais reduzidos levam o

estímulo a ser menos desconfortável.

O número da amostra foi reduzido devido há falta de auxílio financeiro e de

matérias, o que levou a uma limitação do presente estudo.

CONCLUSÃO

Após a realização do presente estudo, pode-se observar que a CR é mais eficaz

na produção de lactato após a aplicação de EENM em relação a CA, porém ela necessita

de uma maior intensidade para estimular a musculatura, o que indica uma maior

acomodação dos músculos durante a estimulação, logo a CA apresentou uma menor

pontuação na EVA, mostrando ser menos desagradável durante a EENM.

O estudo contribui como um suporte aos profissionais durante a prática clínica,

auxiliando-os a optar pela corrente de média frequência mais adequada em sua terapia.

Contudo estudos futuros com um número de amostra maior e/ou com ambos os

gêneros são necessários a fim de verificar se o comportamento metabólico após a

EENM comprova o resultado encontrado no presente estudo, e se a diferença de sexo

influencia na resposta metabólica.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente ao Professor Cristiano da Rosa, nosso orientador,

que acreditou em nós e nos incentivou para a conclusão deste estudo, face aos inúmeros

percalços do trajeto. Agradecemos também a nossos familiares e amigos pela paciência

e entendimento durante nossa jornada acadêmica. Agradecemos fraternalmente á todos

e principalmente á Deus.

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23

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da atividade física para adolescentes. Rev Saúde Pública 2006; 40(5): 802-809.

28. Figueiredo RR, Azevedo AA, Oliveira PM. Análise da correlação entre a escala

visual-análoga e o Tinnitus Handicap Inventory na avaliação de pacientes com

zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol 2009; 75(1): 76-79.

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5. ANEXOS

ANEXO A

QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL

Por favor, circule a resposta apropriada para cada questão pensando nos últimos 12

meses.

1. Você pratica ou praticou esporte ou exercício físico nos últimos 12 meses:

sim/não

Qual esporte ou exercício físico você pratica ou praticou mais

freqüentemente?_______________

- quantas horas por semana?_________

- quantos meses por anos?________

Se você faz ou fez um segundo esporte ou exercício físico, qual o

tipo?_____________

- quantas horas por semana?_________

- quantos meses por ano?_________

2. Em comparação com outros da minha idade, eu penso que minha atividade

física durante as horas de lazer é: muito maior/maior/a

mesma/menor/muito menor

3. Durante as horas de lazer eu suo: muito

frequentemente/frequentemente/algumas vezes/raramente/nunca

4. Durante as horas de lazer eu pratico esporte ou exercício físico:

nunca/raramente/algumas vezes/frequentemente/muito frequentemente

5. Durante as horas de lazer eu vejo televisão: nunca/raramente/algumas

vezes/frequentemente/muito frequentemente

6. Durante as horas de lazer eu ando: nunca/raramente/algumas

vezes/frequentemente/muito frequentemente

7. Durante as horas de lazer eu ando de bicicleta: nunca/raramente/algumas

vezes/frequentemente/muito frequentemente

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26

8. Durante quantos minutos por dia você anda a pé ou de bicicleta indo e

voltando do trabalho, escola ou compras? < 5/5-15/16-30/31-45/> 45

Total em minuto

Fonte: Florindo AAet al. Desenvolvimento e validação de um questionário de avaliação

da atividade física para adolescentes. Rev Saúde Pública 2006; 40(5): 802-809.

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27

ANEXO B

NORMAS DA REVISTA – REVISTA BRASILEIRA DE

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

Normas de publicação Fisiologia do Exercício

A Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício é uma publicação com

periodicidade bimestral e está aberta para a publicação e divulgação de artigos

científicos das áreas relacionadas à atividade física.

Os artigos publicados na Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício poderão

também ser publicados na versão eletrônica da revista (internet) assim como em outros

meios eletrônicos (CD-ROM) ou outros que surjam no futuro, sendo que pela

publicação na revista os autores já aceitem estas condições.

A Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício assume o “estilo Vancouver”

(Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado

pelo Comitê internacional de Diretores de Revistas Médicas, com as especificações que

são detalhadas a seguir. Ver o texto completo em inglês desses Requisitos Uniformes no

site do International Committee of Medical Journal Editors (iCMJE), www.icmje.org,

na versão atualizada de outubro de 2007 (o texto completo dos requisitos está

disponivel, em inglês, no site de Atlântica Editora em pdf).

Os autores que desejarem colaborar em alguma das seções da revista podem

enviar sua contribuição (em arquivo eletrônico/e- mail) para nossa redação, sendo que

fica entendido que isto não implica na aceitação do mesmo, que será notificado ao autor.

O Comitê Editorial poderá devolver, sugerir trocas ou retorno de acordo com a

circunstância, realizar modificações nos textos recebidos; neste último caso não se

alterará o conteúdo científico, limitando-se unicamente ao estilo literário.

4.1.Editorial

Trabalhos escritos por sugestão do Comitê Científico, ou por um de seus

membros.

Extensão: Não devem ultrapassar três páginas formato A4 em corpo (tamanho)

12 com a fonte English Times (Times Roman) com todas as formatações de texto, tais

como negrito, itálico, sobrescrito, etc; a bibliografia não deve conter mais que dez

referências.

4.2.Artigos originais

São trabalhos resultantes de pesquisa científica apresentando dados originais de

descobertas com relação a aspectos experimentais ou observacionais, e inclui análise

descritiva e/ou inferências de dados próprios. Sua estrutura é a convencional que traz os

seguintes itens: introdução, Material e métodos, Resultados, Discussão e Conclusão.

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Texto: Recomendamos que não seja superior a 12 páginas, formato A4, fonte

English Times (Times Roman) tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais

como negrito, itálico, sobre-escrito, etc.

Tabelas: Considerar no máximo seis tabelas, no formato Excel/ Word.

Figuras: Considerar no máximo 8 figuras, digitalizadas (formato .tif ou .gif) ou

que possam ser editados em Power-Point, Excel, etc.

Bibliografia: É aconselhável no máximo 50 referências bibliográficas.

Os critérios que valorizarão a aceitação dos trabalhos serão o de rigor

metodológico científico, novidade, originalidade, concisão da exposição, assim como a

qualidade literária do texto.

4.3.Revisão

Serão os trabalhos que versem sobre alguma das áreas relacionadas à atividade

física, que têm por objeto resumir, analisar, avaliar ou sintetizar trabalhos de

investigação já publicados em revistas científicas. Quanto aos limites do trabalho,

aconselha-se o mesmo dos artigos originais.

4.4. Atualização ou divulgação

São trabalhos que relatam informações geralmente atuais sobre tema de interesse

dos profissionais de Educação Física (novas técnicas, legislação, etc) e que têm

características distintas de um artigo de revisão.

4.5.Relato ou estudo de caso

São artigo de dados descritivos de um ou mais casos explorando um método ou

problema através de exemplo. Apresenta as características do indivíduo estudado, com

indicação de sexo, idade e pode ser realizado em humano ou animal.

4.6.Comunicação breve

Esta seção permitirá a publicação de artigos curtos, com maior rapidez. isto

facilita que os autores apresentem observações, resultados iniciais de estudos em curso,

e inclusive realizar comentários a trabalhos já editados na revista, com condições de

argumentação mais extensa que na seção de cartas do leitor. Texto: Recomendamos que

não seja superior a três páginas, formato A4, fonte English Times (Times Roman)

tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobre-escrito,

etc.

Tabelas e figuras: No máximo quatro tabelas em Excel e figuras digitalizadas

(formato .tif ou .gif) ou que possam ser editados em Power Point, Excel, etc.

Bibliografia: São aconselháveis no máximo 15 referências bibliográficas.

4.7.Resumos

Nesta seção serão publicados resumos de trabalhos e artigos inéditos ou já

publicados em outras revistas, ao cargo do Comitê Científico, inclusive traduções de

trabalhos de outros idiomas.

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4.8.Correspondência

Esta seção publicará correspondência recebida, sem que necessariamente haja

relação com artigos publicados, porém relacionados à linha editorial da revista.

Caso estejam relacionados a artigos anteriormente publicados, será enviada ao

autor do artigo ou trabalho antes de se publicar a carta.

Texto: Com no máximo duas páginas A4, com as especificações anteriores,

bibliografia incluída, sem tabelas ou figuras.

Preparação do Original

4.9. Normas gerais

Os artigos enviados deverão estar digitados em processador de texto (Word), em

página de formato A4, formatado da seguinte maneira: fonte Times Roman (English

Times) tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico,

sobrescrito, etc.

Numere as tabelas em romano, com as legendas para cada tabela junto à mesma.

Numere as figuras em arábico, e envie de acordo com as especificações

anteriores. As imagens devem estar em tons de cinza, jamais coloridas, e com resolução

de qualidade gráfica (300 dpi). Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos

formatos .tif ou .gif.

As seções dos artigos originais são estas: resumo, introdução, material e

métodos, resultados, discussão, conclusão e bibliografia.O autor deve ser o responsável

pela tradução do resumo para o inglês e também das palavras-chave (key-words). O

envio deve ser efetuado em arquivo, por meio de disquete, CD-ROM ou e-mail. Para os

artigos enviados por correio em mídia magnética (disquetes, etc) anexar uma cópia

impressa e identificar com etiqueta no disquete ou CD-ROM o nome do artigo, data e

autor.

4.10. Página de apresentação

A primeira página do artigo apresentará as seguintes informações:

- Título em português, inglês e espanhol.

- Nome completo dos autores, com a qualificação curricular e títulos

acadêmicos.

- Local de trabalho dos autores.

- Autor que se responsabiliza pela correspondência, com o respectivo endereço,

telefone e E-mail.

- Título abreviado do artigo, com não mais de 40 toques, para paginação.

- As fontes de contribuição ao artigo, tais como equipe, aparelhos, etc.

4.11. Autoria

Todas as pessoas consignadas como autores devem ter participado do trabalho o

suficiente para assumir a responsabilidade pública do seu conteúdo.

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O crédito como autor se baseará unicamente nas contribuições essenciais que

são: a) a concepção e desenvolvimento, a análise e interpretação dos dados; b) a redação

do artigo ou a revisão crítica de uma parte importante de seu conteúdo intelectual; c) a

aprovação definitiva da versão que será publicada. Deverão ser cumpridas

simultaneamente as condições a), b) e c). A participação exclusivamente na obtenção de

recursos ou na coleta de dados não justifica a participação como autor. A supervisão

geral do grupo de pesquisa também não é suficiente.

Os Editores podem solicitar justificativa para a inclusão de autores durante o

processo de revisão do manuscrito, especialmente se o total de autores exceder seis.

4.12. Resumo e palavras-chave (Abstract, Key-words)

Na segunda página deverá conter um resumo (com no máximo 150 palavras para

resumos não estruturados e 200 palavras para os estruturados), seguido da versão em

inglês e espanhol.

O conteúdo do resumo deve conter as seguintes informações:

- Objetivos do estudo.

- Procedimentos básicos empregados (amostragem, metodologia, análise).

- Descobertas principais do estudo (dados concretos e estatísticos).

- Conclusão do estudo, destacando os aspectos de maior novidade.

Em seguida os autores deverão indicar quatro palavras-chave para facilitar a

indexação do artigo. Para tanto deverão utilizar os termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual da Saúde, que se encontra no

endereço internet seguinte: http://decs.bvs.br. Na medida do possível, é melhor usar os

descritores existentes.

4.13. Agradecimentos

Os agradecimentos de pessoas, colaboradores, auxílio financeiro e material,

incluindo auxílio governamental e/ou de laboratórios farmacêuticos devem ser inseridos

no final do artigo, antes as referências, em uma secção especial.

4.14. Referências

As referências bibliográficas devem seguir o estilo Vancouver definido nos

Requisitos Uniformes. As referências bibliográficas devem ser numeradas por numerais

arábicos entre parênteses e relacionadas em ordem na qual aparecem no texto, seguindo

as seguintes normas:

Livros - Número de ordem, sobrenome do autor, letras iniciais de seu nome,

ponto, título do capítulo, ponto, in: autor do livro (se diferente do capítulo), ponto, título

do livro (em grifo - itálico), ponto, local da edição, dois pontos, editora, ponto e vírgula,

ano da impressão, ponto, páginas inicial e final, ponto.

Exemplo:

1. Phillips SJ, Hypertension and Stroke. in: Laragh JH, editor. Hypertension:

pathophysiology, diagnosis and management. 2nd ed. New-York: Raven press; 1995.

p.465-78.

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Artigos – Número de ordem, sobrenome do(s) autor(es), letras iniciais de seus

nomes (sem pontos nem espaço), ponto. Título do trabalha, ponto. Título da revista ano

de publicação seguido de ponto e vírgula, número do volume seguido de dois pontos,

páginas inicial e final, ponto. Não utilizar maiúsculas ou itálicos. Os títulos das revistas

são abreviados de acordo com o index Medicus, na publicação List of Journals Indexed

in Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais, disponível no site da Biblioteca

Virtual de Saúde (www.bireme.br). Devem ser citados todos os autores até 6 autores.

Quando mais de 6, colocar a abreviação latina et al.

Exemplo:

Yamamoto M, Sawaya R, Mohanam S. Expression and localization of

urokinase-type plasminogen activator receptor in human gliomas. Cancer Res

1994;54:5016-20.

Os artigos, cartas e resumos devem ser enviados para: Guillermina Arias - E-

mail: [email protected]

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ANEXO C

CÓPIA DO PARECER DE APROVAÇÃO DO CEP

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ANEXO D

ESCALAVISUAL ANALÓGICA – EVA

A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da

dor no paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente

durante o tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Para

utilizar a EVA o atendente deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo

que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo

paciente.

Como será interrogado o voluntário:

Você tem dor?

Como você classifica sua dor?

Questione-o:

a) Se não tiver dor, a classificação é zero.

b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco.

c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.

Fonte: Figueiredo RR, Azevedo AA, Oliveira PM. Análise da correlação entre a escala

visual-análoga e o Tinnitus Handicap Inventory na avaliação de pacientes com

zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol 2009; 75(1): 76-79.