como se faz pesquisa em educação

Upload: magno-santos

Post on 09-Jul-2015

52 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

O que pesquisa? Como se faz pesquisa em Educao?Jorge Eduardo Motter, Nr. 00098284

1 - Introduo1.1 - TemaO tema foi extrado do trabalho em grupo realizado na disciplina. Nesse trabalho, tentava-se responder de uma forma bem abrangente a pergunta "O que pesquisa?" e tambm "Como se faz pesquisa em diferentes reas de conhecimento". Escolheu-se falar sobre pesquisa e tambm como ela feita na rea de Educao.

1.2 JustificativaEsta monografia ser parte integrante, junto com as realizadas por outros alunos da disciplina em 2007/2, de um texto que ser entregue COMGRAD-MAT, explicando a importncia da presena dessa disciplina na Licenciatura em Matemtica.

1.3 Formulao do problemaResponder a pergunta O que pesquisa? e identificar pesquisadores da UFRGS na educao, identificar as suas linhas de pesquisa, as metodologias utilizadas e quais so os objetivos da pesquisa.

2 Desenvolvimento2.1 O que Pesquisa?Pesquisa a construo de um conhecimento novo, a construo de novas tcnicas, a criao ou explorao de novas realidades. Para Demo (2000, p. 33), "Na condio de princpio cientfico, pesquisa apresenta-se como a instrumentao tericometodolgica para construir conhecimento". Para Luna (2000, p. 15), "Essencialmente, pesquisa visa produo de conhecimento novo, relevante terica e socialmente fidedigno..." o conceito novo para o autor, significa neste contexto: Luna (2000, p. 15), ... um conhecimento que preenche uma lacuna importante no conhecimento disponvel em uma determinada rea do conhecimento. A pesquisa pode ser utilizada para: Gerar e adquirir novos conhecimentos sobre si mesmo ou sobre o mundo em que vive. Obter e/ou sistematizar a realidade emprica (conhecimento emprico).

Responder a questionamentos (explicar e/ou descrever). Resolver problemas. Atender s necessidades de mercado. Quanto a sua natureza pode ser quantitativa ou qualitativa. Quantitativa - Traduz em nmeros os dados, requer tcnicas de estatstica para a traduo destes. Qualitativa - descritiva. Os dados so analisados indutivamente atravs da interpretao dos fenmenos.

2.2 Tcnicas utilizadas para realizar uma pesquisaQuando aos procedimentos tcnicos para a coleta de dados, uma pesquisa pode ser: Pesquisa Bibliogrfica: quando elaborada com base em material j publicado, constitudo principalmente de livros, artigos de peridicos e atualmente com material publicado na Internet. Pesquisa Documental: utiliza fontes de informaes ainda no publicadas, que no receberam tratamento analtico ou no foram organizadas, como por exemplo: relatrios de empresas, registro de igrejas, etc. Pesquisa Experimental: consiste em experimentar, fazer experincia. O objeto da pesquisa reproduzido de forma controlada, com objetivo de descobrir os fatores que o produzem ou que por ele sejam produzidos. Levantamento: caracteriza-se pela interrogao direta das pessoas, cuja opinio se quer conhecer atravs da interrogao direta. Estudo de caso: estudo aprofundado de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado. Pesquisa Expost-Facto: a investigao sistemtica e emprica, o "experimento" se realiza depois dos fatos. Pesquisa Ao: tem o envolvimento participativo ou cooperativo dos pesquisadores e demais participantes no trabalho de pesquisa.

2.3 Etapas utilizadas no planejamento e execuo de uma pesquisa Escolha do tema: vrios fatores so importantes nesta etapa, principalmente a preferncia do pesquisador sua atualidade e relevncia para a comunidade cientfica.

Reviso de literatura: pesquisas e publicaes na rea devem ser revisadas nesta etapa. Justificativa: nesta etapa deve-se salientar o "por que da pesquisa, as vantagens e benefcios que ela ira proporcionar. Formulao do problema: aqui, define-se claramente o problema, delimitando-o em termos de tempo e espao. Determinao de objetivos: os que se pretende alcanar com a pesquisa, qual seu propsito, devem ser explicitados nesta etapa. Metodologia: como se proceder a execuo da pesquisa, quais os caminhos que utilizaremos para chegar aos objetivos propostos. Coleta de dados: a coleta dos dados da pesquisa. Tabulao de dados: a organizao dos dados obtidos, para posterior tabulao. Anlise e discusso dos resultados: a organizao dos dados obtidos, utiliza-se recursos tais como: ndices, clculos estatsticos, tabelas, quadros e grficos. Concluso da anlise dos resultados: nesta etapa, aps a anlise dos dados coletados, pode-se confirmar ou refutar hiptese anunciada. Redao e apresentao do trabalho cientfico: a redao do trabalho cientfico. Divulgao: a divulgao do trabalho cientfico.

2.4 Pesquisa na rea de EducaoO universo da pesquisa ser um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, da Faculdade de Educao - FACED. Os dados coletados sero de doze (12) pesquisadores, quatro (4) de cada departamento da faculdade, escolhidos aleatoriamente. DEBAS - Departamento de Estudos Bsicos: constitudo pelas reas de Filosofia da Educao, Histria da Educao, Psicologia da Educao e Sociologia da Educao. Pesquisadores: Arabela Campos Oliven Carmem Lcia Bezerra Machado Cludio Roberto Baptista Fernando Becker

DEC - Departamento de Ensino e Currculo: congrega docentes que trabalham nas reas de Ensino (Didtica, Introduo ao Ensino, Prtica de Ensino, etc.) e Currculo

(Teorias do Currculo, Organizao Curricular, Planejamento e Avaliao, Ensino e Identidade Docente, etc.). Pesquisadores: Analice Dutra Pillar Clarice Salete Traversini Francisco Egger Moellwald Sandra Mara Corazza

DEE - Departamento de Estudos Especializados: constitudo pelas reas de Poltica e Administrao da Educao, Educao Infantil, Educao de Jovens e Adultos, Psicopedagogia e Tecnologia em Educao. Pesquisadores: Beatriz Vargas Dorneles Carmem Maria Craidy Denise Maria Comerlato Elizabeth Diefenthaeler Krahe

Em um primeiro momento, tentou-se utilizar um questionrio (Anexo 1), encaminhado aos pesquisadores, via Internet. A partir deste, pretendia-se coletar os dados necessrios para responder a segunda questo da pesquisa. No obtivemos sucesso, somente um pesquisador respondeu Beatriz Vargas Dorneles. As respostas esto transcritas no Anexo 2. Devido ao insucesso da metodologia de coleta de dados, optou-se por consultar o currculo de cada pesquisador em http://lattes.cnpq.br/ e ento, obter os dados a respeito da linha de pesquisa de cada pesquisador, pesquisas realizadas e em andamento. No Anexo 3, esto os dados coletados.

3 ConclusoQuanto ao primeiro tema, O que pesquisa?, verificou-se uma grande quantidade de material tcnico a respeito do assunto, em livros e na Internet. Todos tm profunda semelhana nas descries das fases de uma pesquisa, desde a definio, coleta de dados, anlise e concluso. Em relao ao segundo tema, percebe-se que a natureza das pesquisas em educao normalmente qualitativa j que os dados so analisados a partir da interpretao de um fenmeno, como por exemplo, na pesquisa de Fernando Becker Epistemologia subjacente ao trabalho docente: a docncia de matemtica na rede pblica de ensino onde os dados so coletados a partir de questionrios e na observao de professores em sala de aula. Verifica-se tambm que em sua maioria, as pesquisas

so pragramticas, ou seja, tem objetivos prticos bem definidos, como por exemplo: na pesquisa Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnomatemtica tem-se o objetivo de ...As produes do grupo sero divulgadas atravs de publicaes em peridicos e participaes em eventos cientficos.

4 - AnexosAnexo 1Questionrio: 1 - Qual a sua definio para Pesquisa? 2 - Qual a sua concepo para pesquisa? 3 - Qual a estrutura de uma pesquisa em educao? 4 - Qual ou quais as metodologias de pesquisa o Sr(a) utiliza? 5 - Quais as problemticas/temas de pesquisa que lhe interessam? 6 - De que forma sua pesquisa contribui para o desenvolvimento e melhoria da educao no Brasil?

Anexo 2Questionrio: 1 - Qual a sua definio para Pesquisa? Pesquisa uma forma de conhecer a realidade. 2 - Qual a sua concepo para pesquisa? A pesquisa de base em educao pode ser quanti ou qualitativa, ou ainda uma combinao das duas. Deve ter objetivos claros e bem definidos. 3 - Qual a estrutura de uma pesquisa em educao? Depende dos objetivos que se quer alcanar. 4 - Qual ou quais as metodologias de pesquisa o Sr(a) utiliza? Fundamentalmente pesquisa baseada no mtodo clnico e pesquisa. Quali-quantitativa. 5 - Quais as problemticas/temas de pesquisa que lhe interessam? Construo numrica inicial, construo das operaes matemticas pelas crianas. 6 - De que forma sua pesquisa contribui para o desenvolvimento e melhoria da educao no Brasil? Mostrando o caminho de construo psicogentico das crianas para que os professores possam construir metodologias adequadas.

Anexo 3Linhas de pesquisa por pesquisador:Pesquisador Arabela Campos Oliven Carmem Lcia Bezerra Machado Linha de Pesquisa Grupo de Estudos sobre Universidade Universidade: teoria e prtica Desafios para a Educao Universitria Formao de Professores Universitrios O sujeito da educao: O conhecimento, linguagem e contextos. Formao do trabalhador (Educador) na sociedade informatizada. A abordagem dialtica e estudos comparativos na formao do trabalhador (educador). Educao e trabalho. Educao de adultos. Educao Popular e desenvolvimento de comunidade numa sociedade in. Trabalho, Movimentos Sociais e Educao. Educao Mdica - Formao de professores. Desafios educao mdica: o trabalho coletivo interdisciplinar solidrio na formao do mdico-educador enquanto pesquisador na FAMED/UFRGS Movimentos Sociais e Educao Processos de Excluso e Participao em Educao Especial - Temtica: Educao especial, integrao e processos de inovao educacional Projeto de pesquisa " Famlia, criana e classe especial" Projeto de pesquisa "anlise das condies de encaminhamento dos alunos para classes especiais" Educao e construo do conhecimento Epistemologia do Professor Epistemologia e Educao Mtodo Clnico Piagetiano Aprendizagem e Conhecimento COORDENADORA DA PESQUISA A IMAGEM MOVEL (VIDEO) NA APRENDIZAGEM DAS // ARTES PLASTICAS EM ESCOLAS DE I E II GRAUS O Sujeito da Educao: Conhecimento, Linguagem e Contextos Educao: Arte Linguagem Tecnologia Estudos Culturais Programa de Pesquisa em Educao Matemtica e Ensino de Fsica Programa de Pesquisa em Educao Matemtica Autora e coordenadora do projeto de pesquisa: Alfabetizao dos funcionrios da UNISINOS Co-autora do projeto: Implementao do

Cludio Roberto Baptista

Fernando Becker

Analice Dutra Pillar

Clarice Salete Traversini Francisco Egger Moellwald

Sandra Mara Corazza

Beatriz Vargas Dorneles

Carmen Maria Craidy

Supletivo de Fbrica UNISINOS/Empresa Bettanin Indstria S.A Autora e coordenadora do projeto: Levantamento vocabular e temtico dos jovens e adultos analfabetos de So Leopoldo Co-autora, e bolsista do CNPq no projeto: Escolas efetivas de 2 grau: aspectos qualitativos da vida escolar Co-autora do projeto: Vila Ftima - POA Coordenadora da pesquisa: Perodo preparatrio na 1 srie do 1 grau em escolas municipais da periferia urbana de Porto Alegre: crtica a uma suposta necessidade pedaggica Autora do Projeto de Pesquisa: O construtivismo pedaggico como significado transcendental do curriculo razo e obscurantismo da Educao Autora e coordenadora do projeto: A desconstruo do construtivismo pedaggico como significado transcendental do currculo Autora e coordenadora do projeto de pesquisa:Currculo e ps-estruturalismo: modos de subjetivao do infantil Auxiliar de Pesquisa no Projeto: Currculo interdisciplinar: influncia dos comportamantos interativos e das atitudes frente inovao na utilizao de um modelo Co-autora da pesquisa: Fatores determinantes do ingresso no mercado de trabalho dos alunos de 2 grau habilitados como tcnicos do setor secundrio -rea industrial Co-autora e colaboradora de pesquisa no projeto: Legalizao das sries contnuas nas duas primeiras sries do 1 Grau Co-autora do projeto: A alfabetizao na perspectiva da pesquisa e ensino em escolas de periferia urbana Filosofia da diferena e educao Desenvolvimento Cognitivo e Representao Grfica Psicopedagogia e Educao Construo numrica em crianas sem e com dificuldades de aprendizagem Avaliao da PSC da UFRGS, de seu impacto nos adolescentes infratores e na Universidade. Consulta sobre Qualidade na Educao Infantil Gesto de politicas e processos educacionais e excluso social Mapeamento Nacional do Atendimento do Adolescentes em Comprimento de Medida Scio-Educativa de Privao de Liberdade

Elizabeth Diefenthaeler Krahe

Universidade teoria e prtica Educao Superior, Pedagogia e Mudana Universidade Teoria e Prtica

Relao de pesquisas por departamento/pesquisador: Departamento de Estudos Bsicos ARABELA CAMPOS OLIVEN 2004 - Atual A Educao Superior na Regio Sul do Brasil Descrio: A partir da contextualizao histrica do desenvolvimento da educao superior no Brasil, a pesquisa tem como objetivo salientar especificidades da realidade universitria na Regio Sul. Situao: Em andamento; Natureza: Pesquisa. 2003 - Atual Sistemas Universitrios: uma viso comparada de diferentes pases Descrio: Contextualizao histrica da origem, desenvolvimento e caractersticas atuais de sistemas universitrios em diferentes pases, numa abordagem comparativa com a realidade brasileira, procurando salientar tanto as influncias externas, quanto aspectos especficos do sistema de educao brasileiro. CARMEN LCIA BEZERRA MACHADO 2006 - Atual Oficinas de sensibilizao dos trabalhadores e trabalhadoras e avaliao das necessidades de formao Descrio: Resumo: oficinas de sensibilizao e avaliao no trabalho em Vigiulncia Sanitria, construindo estratgias de ao na Gerencia Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras - ANVISA, em cada uma das cinco regies geopolticas brasileiras. Objetivo: sensibilizar os trabalhadores em VISAPAF para desempenho de aes estratgicas nas atividades de controle sanitrio em portos, aeroportos e fronteiras por meio de socializar, criar e promover: informaes, conhecimentos e o reconhecimento dos trabalhadores CLAUDIO ROBERTO BAPTISTA Formao Continuada e Incluso de Alunos com Necessidades Educativas Especiais: 2004 - 2005 desafios e possibilidades da ao docente Descrio: Investigar as possveis relaes entre formao continuada e ao docente, no mbito das polticas de incluso da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre; Identificar e discutir os desdobramentos de uma experincia de formao continuada realizada por meio de dispositivos da formao interativa individualizada; Analisar as caractersticas (singularidades) da formao em servio que favoream a ao docente em uma perspectiva de uma pedagogia das diferenas; Divulgar o conhecimento produzido relativo temtica incluso/formao, contribuindo com a qualificao dos percursos educacionais dos alunos com necessidades educativas especiais. PalavrasChave: ao docente; educao, educao especial, formao continuada, incluso. 2005 - Atual Polticas de Incluso Escolar no Rio Grande do Sul: contextos e perspectivas Descrio: A presente investigao tem como objetivo geral: analisar a implementao de polticas de incluso escolar no Estado do Rio Grande do Sul. Os objetivos especficos so: -Analisar a abrangncia e as singularidades das polticas de incluso escolar no Rio Grande do Sul; -Identificar experincias de escolarizao que valorizem o atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino

comum; -Investigar as possveis conexes entre a incluso e as polticas municipais de atendimento educacional. -Analisar o avano de experincias inclusivas por meio da identificao de redes de ensino que apresentam polticas de incluso escolar. Discutir as caractersticas do atendimento educacional oferecido aos alunos com necessidades educativas especiais, considerando-se os contextos prioritrios de anlise e os dispositivos que do suporte ao trabalho educacional: servios de apoio, formao continuada, organizao curricular, etc. -Divulgar o conhecimento produzido com relao temtica em pauta, com vistas ampliao de um debate que possa subsidiar a qualificao do atendimento educacional. Palavras-Chave: educao, educao especial, incluso, necessidades educativas especiais, polticas de incluso, polticas educacionais. 2001 - 2002 Elaborao de material didtico: "Diferenas na escola e possibilidades educativas:contextos, limites e recursos". Descrio: O presente projeto teve como objetivo a elaborao do Caderno de Formao intitulado "Diferenas na escola e possibilidades educativas". Essa iniciativa envolveu a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Programa de PsGraduao em Educao) e a Secretaria Municipal de Educao de Porto Alegre. O objetivo central foi a proposio de alternativas de formao continuada de docentes em uma perspectiva inclusiva. A proposta era estruturada com base na combinao de momentos presenciais e no-presenciais integrantes de um curso temtico, com durao de 20 horas. Na presente proposta, buscou-se a anlise, a interpretao e a ressignificao de concepes e prticas educativas no mbito da temtica "educao e as diferenas". As temticas que integraram o caderno de formao foram: reflexo dirigida ao contexto de trabalho, identificando vantagens e limitaes; anlise dos conceitos: deficincia, desvantagem, identidade e diferenas; proposta de gesto de grupos que valorize o dilogo e a troca de experincias, favorecendo a identificao de: conhecimentos, habilidades, preferncias. 2002 - 2003 Educao e diferenas: o atendimento aos alunos com autismo na cidade de Porto Alegre. Descrio: A presente proposta visa a ampliao/sistematizao do conhecimento relativo ao atendimento educacional aos alunos com autismo e a anlise de propostas de interveno, no contexto da cidade de Porto Alegre. Os objetivos so:- Analisar a rede de servios de atendimento ao aluno com autismo, considerando: os efeitos do paradigma da educao inclusiva; as caractersticas dos servios e os pressupostos de educabilidade distintivos do atendimento.- Identificar, descrever e analisar os servios que se destacam no atendimento aos alunos com autismo, com propostas que priorizem a dimenso educacional e incluso social desses sujeitos.- Ampliar a interlocuo interdisciplinar na busca de articulao entre diferentes grupos de estudo/investigao em reas como a educao, a psicologia, a antropologia, a psicanlise e a medicina.O plano metodolgico dar prioridade a entrevistas com professores, coordenadores pedaggicos e diretores, alm de observaes em escolas especiais (redes privada e municipal) e em classes especiais da rede estadual de ensino. 1998 - 2002 Integrao e aprendizagem: desenvolvimento de mediadores na relao educativa. Descrio: Projeto desenvolvido com professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre, com objetivo de implementar percursos experimentais no sentido de favorecer a integrao de alunos com deficincia no ensino regular. 2003 - 2005 Educao, Autismo e Psicose Infantil: anlise de fronteiras, limites e possibilidades na regio metropolitana de Porto Alegre Descrio: Objetivo: O objetivo central a anlise de percursos educacionais de alunos com transtornos globais de desenvolvimento, considerando-se os espaos de atendimento, suas dinmicas em termos de profissionais envolvidos e apoios existentes ao trabalho docente. Ser conferida nfase particular aos efeitos do processo de escolarizao para o avano do aluno quanto ao desenvolvimento e aprendizagem

escolar e social. No que se refere anlise das instituies envolvidas, ser destacada a relao existente entre o ensino especial e o ensino comum, privilegiando as experincias educacionais que se desenvolvam neste ltimo. Essa opo de enfoque visa anlise dos efeitos para o aluno de seu percurso de incluso escolar e, contemporaneamente, das possveis transformaes no atendimento para que a sua presena seja possvel no ensino comum. Nesse sentido, busca-se a compreenso do papel desempenhado pela escola regular e/ou pela escola especial ao integrarem o elenco de espaos de atendimento ao aluno. So consideradas questes prioritrias: Como tem se caracterizado a insero escolar de alunos com transtornos globais de desenvolvimento? Quais so os espaos educacionais prioritariamente envolvidos no processo de insero escolar desses sujeitos? Como esses espaos se caracterizam quanto proposta de atendimento e quanto existncia de dispositivos de apoio ao docente e aos alunos? Que efeitos podem ser identificados quanto evoluo desses alunos, considerando-se o seu desenvolvimento, sua capacidade de interao e sua aprendizagem escolar? Os passos metodolgicos indicam a necessidade de identificao dos sujeitos a partir de contatos com escolas e com um centro clnico, anlise dos documentos escolares e, posteriormente, realizao de entrevistas com os profissionais envolvidos, alm de observaes do cotidiano escolar. Palavras-Chave: autismo, educao, incluso escolar, psicose infantil, transtornos globais do desenvolvimento. FERNANDO BECKER 1989 - 1993 Epistemologia subjacente ao trabalho docente Descrio: Busca esta investigao rastrear, num primeiro momento, o que sabem meninos e meninas de rua sobre famlia, educao-escola, riqueza-pobreza, sadedoena, FEBEM, juizado, polcia, violncia, salrio-trabalho, entre outras. Num segundo momento, busca investigar como pensam, isto , sua capacidade organizadora desses saberes ou sua lgica. A anlise do primeiro tpico revela expresses, sentimentos e comportamentos, como:aceitao, crtica, revolta, passividade, ironia, raiva, dio, tristeza, afeto, desafeto, denncia... de perplexidade frente a realidade social. A anlise do segundo valendo-se da epistemologia gentica piagetiana e da lgica formal, orienta-se pelas categorias: narrativa de aes, controle do tempo, fragmentos x totalidade, afirmao seguida de conjuno adversativa, o raciocnio hipottico dedutivo, argumentao concatenada. Essa pesquisa procurou, pelas vias combinadas da epistemologia gentica piagetiana e da pedagogia freireana, delinear os pressupostos de um caminho capaz de recuperar o significado do processo de construo do conhecimento e da relao pedaggica fecunda com vistas ao processo educacional escolar, em particular da alfabetizao, desses sujeitos. 1995 - Atual Epistemologia subjacente ao trabalho docente: a docncia de matemtica na rede pblica de ensino Descrio: A pesquisa buscou delinear, atravs de entrevistas (com 16 questes), a 38 professores de todos os graus de ensino e das mais diferentes reas de conhecimento, sua concepo epistemolgica. Observou-se, tambm, uma aula de cada professor, para servir de contraponto s afirmaes das entrevistas. O objetivo era verificar se o professor pensa o conhecimento, quando ensina conhecimento, segundo uma epistemologia apriorista, empirista ou se consegue superar essas epistemologias precrias na direo de um construtivismo, interacionismo ou concepo dialtica. O resultado foi uma hegemonia quase total do empirismo que se valia, em determinadas circunstncias, de um apriorismo como sustentculo do seu empirismo e, em rarssimas ocasies, apareciam concepes construtivistas - sobretudo quando se perguntava como o professor se comportava frente ao fenmeno da no aprendizagem. A concluso de que a formao de professores deve pr, no centro de seu projeto, a discusso das concepes de conhecimento docentes pois elas determinam as concepes de aprendizagem dos mesmos que, por sua vez, refletem-se nas prticas didtico-pedaggicas.

2004 - Atual Mtodo Clnico Piagetiano: teoria e prtica Descrio: Este curso tem como objetivo principal oferecer noes bsicas sobre as metodologias de pesquisa criadas a partir da epistemologia gentica piagetiana. Essas metodologias consistem no Mtodo Clnico e seus derivados e podem ser definidas pelo procedimento de investigao da percepo, da ao e dos sentimentos dos sujeitos pesquisados, buscando analisar os mecanismos profundos do pensamento atravs da verificao da estrutura de um certo estado de desenvolvimento ou dos processos de estruturao mental. Procura-se abordar as tcnicas de aplicao do Mtodo Clnico e o modo como esta metodologia evolui, conforme a observao das recentes pesquisas da Escola de Genebra. Como exemplo dessa evoluo, abordar-se- a Anlise Microgentica e o Mtodo Dialtico-Didtico, ambos derivados da metodologia clnica. Na Anlise Microgentica o que est em jogo a verificao do funcionamento psicolgico no momento em que o sujeito investigado age sobre os objetos a serem descobertos, procurando organiz-lo de modo espontneo. J no Mtodo Dialtico-Didtico, procura-se adotar uma postura pedaggica clnica, em que ambos, investigador e sujeito investigado, aprendam com essa interao. A partir de pesquisas realizadas no Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pretende-se criar condies pedaggicas para a construo terica sobre a Epistemologia Gentica e introduzir os participantes nas tcnicas de aplicao do Mtodo Clnico. A programao contar, portanto, com a introduo teoria piagetiana e o conhecimento e a aplicao das metodologias de pesquisa derivadas da Epistemologia Gentica - ferramentas indispensveis para as pesquisas na rea de Psicologia do Desenvolvimento, Pedagogia, Educao e PsicoScio-Cognio. Os regentes pretendem, ainda, propor formas de anotao de protocolos e anlise sobre os observveis coletados. Este curso voltado para profissionais da rea de Educao e Psicologia, alunos da Graduao e da Ps-G. 2002 - Atual Ncleo de Estudos em Epistemologia Gentica e Educao Descrio: Linha de pesquisa: Sujeito da educao: conhecimento, linguagem e contextos Sub-linha: Educao e construo do conhecimento Prof. Fernando Becker (lder) Prof Maria Luiza Rheingantz Becker (sub-lder) Estudos em epistemologia gentica piagetiana e pedagogia freireana, abordando o desenvolvimento do sujeito cognoscente no apenas em suas interaes com o objeto (fsico, simblico, social, cultural, histrico), mas tambm contextualizando-as no amplo ambiente pedaggico em que as aes do professor e do aluno constituem sentido somente na medida em que constroem o novo por sucessivos patamares de abstrao reflexionante. 1989 - 1994 Meninos e Meninas de Rua: o que sabem e como pensam Descrio: O projeto teve como centro da pesquisa a atuao com meninos e meninas de rua na sua organizao. Neste sentido, o projeto "educador social de rua" aparecia como uma mediao necessria. O suporte e retaguarda era constitudo pelo Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR), onde se buscou subsdios pedaggicos e fortalecimento do grupo, trocando experincias e, sobretudo, acumulando dados. A pesquisa visou a sistematizao dos dados e a construo de conhecimentos a partir deles, buscando por este caminho, a melhor compreenso desse processo e das possibilidades e limites desta organizao nacional de meninos e meninas de rua. Departamento de Ensino e Currculo ANALICE DUTRA PILLAR 2003 - 2005 O sincretismo nos desenhos animados da televiso Descrio: Esta investigao faz parte do Projeto Integrado de Pesquisa "A Imagem e Seus Sentidos", o qual enfeixa seis subprojetos, e tem como corpus terico as discusses contemporneas sobre a produo de sentido em textos imagticos. Este

subprojeto procura dar continuidade pesquisa "Regimes de visibilidade nos desenhos animados da televiso" (PILLAR, 2003), que analisou as construes de sentido nos desenhos animados contemporneos (A Vaca e o Frango, Laboratrio de Dexter, As meninas superpoderosas, Johny Bravo, Pokmon e Digimon) exibidos na televiso; procurou conhecer as significaes que crianas de 4 a 6 anos atribuem a estas produes; possibilitou a construo de conhecimento visual atravs da leitura de imagens da televiso presentes no cotidiano das crianas; buscou contribuir para a viabilizao de propostas acerca da leitura de imagens do cotidiano na educao infantil. Como a televiso engloba uma pluralidade de linguagens, este projeto de pesquisa visa, ao enfocar o sincretismo presente nos desenhos animados exibidos na televiso, a aprofundar a anlise de algumas das produes estudadas e a conhecer as significaes que crianas das sries iniciais do Ensino Fundamental lhes conferem. Estudos sobre o sincretismo da televiso, a partir da teoria semitica greimasiana, so poucos (MDOLA, 2000; OLIVEIRA e CAMARGO, 2000) e, at onde investigamos, no h trabalhos, com base nessa teoria, que se dedique a analisar significaes presentes nos desenhos animados da televiso e as leituras destes textos, enquanto produes de sentido, feitas por crianas das sries iniciais do Ensino Fundamental. O desafio desta investigao realizar uma leitura semitica de alguns episdios de desenhos animados contemporneos apresentados na mdia televisiva procurando conhecer o percurso gerativo da significao; analisar os efeitos de sentido que o sincretismo de linguagens presente nesses textos cria; investigar a produo de sentido que crianas das s. 2001 - 2003 Regimes de visibilidade nos desenhos animados da televiso Descrio: REGIMES DE VISIBILIDADE NOS DESENHOS ANIMADOS DA TELEVISO. Angela D.Tricot, Rosana F. de Medeiros, Analice D. Pillar . Esta investigao analisou os regimes de visibilidade, ou seja, o modo como se articulam as formas, as cores, o espao e a materialidade nos desenhos animados exibidos na televiso, os quais fazem parte do cotidiano de crianas pequenas. Buscamos conhecer o percurso gerativo de sentido presente nessas imagens, analisando as significaes ( plano do contedo e plano da expresso), bem como as leituras que as crianas realizaram. O referencial terico embasou-se nos estudos semiticos greimasianos (Floch, Greimas, Landowski, Oliveira) e em trabalhos sobre desenhos animados (Giroux, Fusari, Fischer e Capaparelli). A pesquisa consistiu numa leitura de produes contemporneas e em conhecer como as crianas pequenas as entendem. Nosso corpus de anlise compreendeu textos imagticos produzidos na dcada de 90 que abordam concepes de infncia, questes de gnero, de consumo, paixes enquanto estados de alma e composio familiar diferenciada. Para tal, foram selecionados episdios dos desenhos "As Meninas Superpoderosas", "Johny Bravo", "A Vaca e o Frango", "Laboratrio de Dexter",'"Pokmon" e "Digimon". Selecionouse uma escola de educao infantil e nesta, um grupo de crianas onde foi desenvolvida a pesquisa, a qual filia-se a uma abordagem qualitativa, ao descrever como se d a produo de sentido atribuda aos desenhos tanto pela equipe de pesquisa como pelo grupo de crianas. Os dados analisados permitem concluir que as crianas demonstraram maior interesse no plano da expresso, ou seja, nas imagens em movimento, nas cores, nos personagens, do que no plano do contedo, na narrativa verbal. Isto porque nesta idade elas no conseguiam compreender a seqncia da histria, apenas fragmentos com preocupaes relativas a sua idade. 1998 - 2000 Um convite ao olhar: televiso e arte na educao infantil Descrio: UM CONVITE AO OLHAR: TELEVISO E ARTE NA EDUCAO INFANTIL. Karine Beschoren Souza, ngela D. Tricot, Analice D. Pillar (Departamento de Ensino e Currculo, Faculdade de Educao, UFRGS). Este projeto pretende construir uma proposta didtica tendo como foco possibilidades de leitura de imagens para educao infantil. Interessa conhecer: que significados as crianas atribuem s imagens? Quais as influncias da televiso no processo de leitura de outras imagens? Para tal, no ano de 1999, foi iniciado o levantamento da literatura, elaborado e desenvolvido um Projeto Piloto numa turma de 17 crianas entre 4 e 6 anos de uma escola pblica de educao infantil. Os dados coletados nesse perodo

evidenciaram que possvel a professora realizar uma proposta de leitura de imagens com um grupo de crianas; que houve uma grande interao entre os alunos propiciando discusses e posicionamentos diferenciados; que as atividades que trouxeram mais dados foram as leituras dos desenhos das crianas, de programas televisivos e de reprodues de obras de arte. No ano 2000, estamos finalizando o levantamento da literatura ; analisando os dados coletados em 1999 luz dos estgios de apreciao artstica apresentados por Parsons; aprimorando a proposta de leitura de imagens e sua aplicao, por um perodo maior de tempo, numa turma de crianas da mesma escola de educao infantil. Os resultados deste Projeto sero analisados quantitativa e qualitativamente em relao aos nveis de compreenso das imagens, tanto da televiso como da arte, apresentados pelas crianas; s implicaes pedaggicas de um trabalho de leitura de imagens na educao infantil; construo de conhecimento visual atravs da multitplicidade de leituras da realidade. O relatrio final ser publicado em forma de livro. 1996 - 1998 O olhar da criana: da tela eletrnica tela tradicional, leituras e relaes Descrio: O OLHAR DA CRIANA: DA TELA ELETRNICA TELA TRADICIONAL, LEITURAS E RELAES. Lisandra Machado de Oliveira, Karine B. Souza, Analice D. Pillar (Departamento de Ensino e Currculo, Faculdade de Educao, UFRGS). Estudos mostram que as crianas brasileiras passam em mdia 6 horas dirias diante da televiso, ou seja, passam mais tempo na frente da televiso do que na escola. Assim, a televiso funciona como uma escola eletrnica. Dentro deste contexto, foi realizada esta pesquisa sobre as influncias da televiso na educao do olhar de crianas de 2 a 6 anos, atravs da leitura de reprodues de obras de artes plsticas. O objetivo deste trabalho foi conhecer que relaes a criana cria entre as imagens da televiso e as da tela tradicional. Participaram do trabalho 14 crianas com experincias diferenciadas quanto leitura de obras de arte, idade e escolaridade variadas. Foram feitas entrevistas com cada uma das crianas onde conversou-se sobre o que tem assistido na televiso e props-se a leitura de reprodues de obras de artes plsticas de diferentes pocas, artistas e lugares. Seguindo o mtodo clnico desenvolvido por Piaget, explorou-se as concepes de cada criana na leitura das imagens artsticas, buscando compreender que relaes tecia com as imagens da televiso presentes no seu cotidiano. Os resultados obtidos, at ento, evidenciam que as crianas estabelecem dilogos entre as imagens eletrnicas e as da arte, seja atravs de cores marcantes, de movimentos, da temtica, ou mesmo do tipo de tratamento dado s imagens como se o universo das crianas estivesse muito marcado pelo que lhes apresentado via televiso. Assim, conhecer as relaes que a criana estabelece entre os textos imagticos da mdia eletrnica e obras de artes plsticas poder subsidiar o professor de educao infantil a encaminhar propostas de mltiplas leituras de imagens objetivando uma viso mais crtica da . 1994 - 1996 Leituras de obras de arte por crianas pr-escolares Descrio: Este trabalho procurou conhecer algumas idias que crianas pr-escolares possuem a respeito de obras de arte de diferentes pocas, estilos e artistas, como elas interpretam tais imagens, quais so suas idias acerca de uma mesma obra vista em diferentes momentos, quais suas concepes sobre diferentes obras de arte, como meninos e meninas olham uma mesma obra, o que eles vem. Estudos sobre leitura de imagens (Parsons, 1992; Gardner, 1987) abordam como crianas e adultos compreendem a arte. O desafio desta pesquisa analisar como crianas pr-escolares, de 2 a 6 anos, compreendem a arte. Que concepes elas tm sobre arte? O ensino da arte numa abordagem contempornea, realizada desde a educao infantil at o ensino superior, envolve tanto a produo artstica como a compreenso da prpria produo e da dos outros. Tal concepo considera o fazer artstico como fundamental mas no suficiente para a construo de conhecimentos acerca das vrias linguagens plsticas. A aprendizagem que se faz via criao artstica est estritamente relacionada reflexo sobre este fazer. Para tal, selecionou-se seis sujeitos, na faixa de 2 a 4 anos, residentes na cidade de Porto Alegre (RS), que tivessem experincias diferenciadas com obras de arte, os quais foram acompanhados durante um ano, em trs situaes de leitura de imagens da arte. As reprodues de obras de arte apresentadas foram

organizadas em conjuntos, com cerca de oito imagens cada, de acordo com suas similaridades ou diferenas temticas, de tratamento e expressividade. Os resultados evidenciaram: as dificuldades de verbalizao de crianas de 2 e 3 quanto ao que viam nas imagens; grande interesse inicial pelas cores; comentrios sobre o tema a partir de uma tica realista, desprezando imagens distorcidas, deformadas; a importncia gerar literatura sobre o assunto de modo a subsidiar a prtica docente em artes visuais, de forma que o professor possa apresentar imagens aos alunos e propiciar-lhes . 2005 - Atual A Interao de Linguagens no Desenho Animado Bob Esponja: leitura, televiso e infncia Descrio: Este projeto busca analisar a interao de linguagens no desenho animado Bob Esponja, as significaes que as crianas constrem e as contribuies que a anlise deste texto sincrtico podem propiciar para o entendimento de outras produes contemporneas. A utilizao de diferentes linguagens, simultaneamente, caracteriza esse produto miditico como um texto sincrtico, onde as linguagens (visual, verbal e sonora) interagem na constituio de uma significao. Tendo como referencial a teoria semitica sincrtica (Fantinatti; Floch; Greimas; Mdola; Oliveira), os trabalhos sobre a leitura de desenhos animados (Fischer; Fusari; Giroux; e Capparelli) e as discusses contemporneas sobre infncia (Steinberg e Kincheloe, Postman). O corpus de anlise um texto imagtico do cotidiano das crianas, o qual apresenta distintas concepes de infncia. Para tal, foi selecionado e gravado em vdeo o desenho animado Bob Esponja Cala Quadrada. Esse texto audiovisual foi produzido no final dcada de noventa. A equipe de pesquisa est analisando trs episdios deste desenho animado separando cada uma das linguagens e observando suas inter-relaes. Com isso pretende-se compreender as distintas linguagens e como elas esto em relao. Desse desenho sero apresentados trs episdios, cada um em dois momentos, e discutidos com dois grupo de crianas. Um de uma escola de Educao Infantil e outro de uma escola de Ensino Fundamental para que seja possvel realizarmos um estudo comparativo sobre as significaes atribudas por crianas de diferentes faixas etrias. CLARICE SALETE TRAVERSINI 2003 - 2004 Com o passado na frente: trajetria escolar de alunos de ontem,hoje cidados Descrio: Resgatar trajetrias de vida escolar de alunos/as que freqentaram os bancos escolares a mais de trs dcadas, este o principal objetivo do projeto. Pretende-se analisar as possveis continuidades e/ou rupturas na vida escolar desses discentes, relacionando-as com o contexto mais amplo, bem como com as prticas correspondentes vida de cada um/a at o momento atual. Enfatiza-se a interrogao acerca das interferncias ou no das respectivas reformas educacionais, das mudanas de legislao e de polticas pblicas ocorridas nestas ltimas dcadas: at que ponto os contextos de dimenso poltica e scio-cultural teriam relao com as trajetrias de escolarizao destes indivduos? Em que medida as prticas institucionalizadas, e suas respectivas relaes de saber/poder, teriam tido interferncia nas histrias de escolarizao (ou de no escolarizao) destes sujeitos? A pesquisa adota como procedimento metodolgico a histria de vida, valendo-se das narrativas pessoais destes cidados. Para o resgate de tais memrias sero utilizadas entrevistas semiestruturadas, transcritas e analisadas. Tambm recorreremos a buscas em documentos e bibliografias. Nestes primeiros meses de investigao, vale ressaltar que dos 70 nomes encontrados em listas de freqncia da Escola Municipal Caldas Jnior, municpio de Novo Hamburgo, apenas 43 foram os endereos encontrados. A estas 43 pessoas foi enviada uma carta, contendo saudaes da ex-professora, coordenadora do projeto, algumas informaes sobre a pesquisa e um questionrio com envelope de retorno. Alm disso, contatos pessoais foram feitos. Embora cedo para concluses, percebe-se que este projeto pode propiciar ricas descobertas, podendo nos trazer respostas a respeito das razes e contextos pelos quais muitos deixam a escola nas sries iniciais ou mesmo mais tarde, j adultos, quando novamente fazem tentativas de retorno aos bancos escolares.

2005 - Atual Outros modos de olhar, outras palavras para ver e dizer, diferentes modos de ensinar e aprender: exercitando a docncia na contemporaneidade Descrio: O projeto tem como objetivos: a) analisar como os professores formados em cursos de licenciatura da grande Porto Alegre/RS esto exercitando a docncia na contemporaneidade, considerando os diferentes desafios do cotidiano escolar e os deslocamentos tericos produzidos pelos estudos e pesquisas no campo da educao nos ltimos anos. b) Perceber de que modo os docentes em ao nas salas de aula buscam a continuidade da formao para o exerccio de prticas pedaggicas, que visam a ampliao dos espaos de representao dos diversos sujeitos escolares. O projeto desenvolve-se a partir da perspectiva terica dos Estudos Culturais. Na investigao conta-se com um grupo de professores graduados nos Cursos de Licenciatura em instituies de ensino superior da grande Porto Alegre, nos ltimos cinco anos. Para constituir tal grupo inicialmente ser feita uma aproximao com as escolas, por meio de contato direto com os alunos dos cursos de licenciatura das turmas que tenho contato e que atuam nas escolas; contato com professores, colegas que atuam nos cursos de licenciatura que lidam diretamente com disciplinas que envolvem observaes ou estgios docentes nas escolas; contato direto com escolas. Alm da disponibilidade de fazer parte do projeto, haver a incluso de professores considerando os seguintes critrios: a) ter cursado licenciatura nos ltimos cinco anos, ou seja, de 2000 a 2004; b) que atuem no Ensino Fundamental e Mdio; c) oriundos das redes pblica e particular. Como metodologia utiliza-se entrevistas, observao e formao de grupos de discusso. Nesses grupos sero discutidas as entrevistas e outros textos (depoimentos de alunos/as, produes textuais ou outra atividade realizada pelos/as estudantes, projetos de trabalho elaborados pelos/as docentes para desenvolver as aes propostas,livros didticos,...) disponibilizados pelos entrevistados/as, a fim de compreender os caminhos construdos para o exercicio da docncia na contemporaneidade. 2005 - 2006 A construo do sujeito/aluno: incluso, disciplinamento, emancipao em debate Descrio: O projeto tem por objetivo analisar a construo do sujeito/aluno no que diz respeito incluso, disciplinamento e emancipao em debate, em turma de progresso em escola municipal de Porto Alegre. Tendo em vista que o interesse maior continua sendo o processo de disciplinamento da populao presente nas escolas face s atuais Polticas de Incluso, sero privilegiadas nesta etapa do trabalho as questes suscitadas pelos dados colhidos referentes incidncia dos problemas disciplinares, a constatao da freqncia de comportamentos no escolares e a aparente negao da escola de seu papel de regulao e governo, tendo em vista aprofundar a discusso sobre os mesmos. 2006 - 2008 Construo da categoria social aluno:processos de incluso e disciplinamento Descrio: Esta investigao pretende estudar com mais profundidade as prticas pedaggicas e disciplinares presentes no dia-a-dia da escola e das salas de aula, junto a populao de includos agrupada, em geral, nas chamadas Turmas de Progresso. Pretende identificar em tais prticas as implicadas na construo da categoria social aluno, reconhecida como uma categoria cultural e no natural, logo passvel de ensinamentos para ser assimilada, fato sobre o qual a escola moderna tinha clareza. Reconhecendo tambm tais prticas como responsveis pela produo social do corpo dos alunos e alunas, pelo seu disciplinamento, pela sua subjetivao. Em sntese, procura identificar e analisar os dispositivos pedaggicos, que na instituio selecionada, esto implicados no processo de constituio/regulao/controle das crianas e jovens presentes nas TPs, nesta poca chamada de ps moderna, tendo presente a ausncia da aceitao/compreenso da inevitabilidade desses mecanismos, nos discursos oficiais e nas falas das professoras nas instituies escolares. FRANCISCO EGGER MOELLWALD 1999 - 2002 Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnomatemtica

Descrio: O Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnomatemtica constitui-se em equipe interinstitucional, formada por professores e professoras, alunos e alunas do curso de graduao e ps-graduao da Universidade de Passo Fundo - UPF, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC e Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJU. A constituio do grupo em setembro de 1999, originou-se do interesse comum de alguns desses participantes em estudar temas referentes etonomatemtica e avanar nas investigaes j existentes nessa rea. O eixo norteador das pesquisas dos participantes, que esto sendo realizadas em suas instituies, individualmente ou em grupo, tem sido o processo de ensino e aprendizagem de matemtica; a linha de pesquisa, a Educao Matemtica. Atualmente, o grupo est realizando estudos tericos, buscando uma fundamentao para a sua ao comum e a elaborao de um projeto que contemple as prioridades das instituies envolvidas. As produes do grupo sero divulgadas atravs de publicaes em peridicos e participaes em eventos cientficos. SANDRA MARA CORAZZA 2004 - Atual Ps-currculo, diferena e subjetivao de infantis Descrio: Ento, sofrendo as dores de uma diferente pesquisa em educao que se anunciava ao fazer-se, a professora-pesquisadora por no ter nada mais a ver, a espernear resolveu agir de um modo filosfico, para ver se tudo melhorava, e passou a escrever as suas experimentaes e as de seus orientandos e alunos com a dita-cuja Arte Bruta da Pesquisa, Pesquisa da Besteira, Gaia Pesquisa, Pesquisa da Multiplicidade, Empirista Transcendental, Experimental, Diagnstica, Em fuga, Rizomtica, Pragmtica, Vital, Catica, Artstica, Impensvel, Micropesquisa, Esquizopesquisa, Pesquisa a n-1, Pesquisa-de-mil-nomes, e outros tantos nomes a serem inventados, sonhados, delirados, mas que dizem, univocamente, de uma pesquisa educacional inspirada pelo pensamento deleuziano da diferena. Departamento de Estudos Especializados BEATRIZ VARGAS DORNELES 2003 - 2005 Coordenao do Projeto de Pesquisa intitulado Princpios da Contagem Numrica Inicial em Crianas de Cinco a Sete Anos Descrio: O projeto descreve a construo dos diferentes princpios de contagem em crianas de cinco e seis anos,sua gnese e a literatura existente na rea sobre o tema. 2002 - Atual Programa de Atendimento a Crianas com Dficit de Ateno e HiperatividadeHospital de ClnicasDescrio: O projeto avalia e orienta crianas com TDAH no Hospital de Clnicas de Porto Alegre, bem como descreve, do ponto de vista psicopedaggico, o desenvolvimento global de tais crianas. 2000 - 2003 Sociognese da Escrita como sistema notacional e suas contribuies para a compreenso da cognio humana 2005 - 2006 Os princpios da contagem e as manifestaes precoces de dificuldades de aprendizagem 2007 - Atual Raciocnio lgico, desenvolvimento cognitivo e dificuldades de aprendizagem em escolares de nove anos Descrio: Esse projeto de Pesquisa trata do desenvolvimento cognitivo, especialmente do raciocnio lgico, de crianas com dificuldades de aprendizagem na matemtica com duas questes-problema: Quais as diferenas que existem no

desempenho cognitivo de crianas consideradas com dificuldades de aprendizagem daquelas sem dificuldades no que se refere ao desenvolvimento lgico e aos procedimentos de soluo de operaes aritmticas bsicas? H diferenas quanto aos procedimentos de soluo de problemas matemticos que envolvam as quatro operaes? . CARMEM MARIA CRAIDY 2000 - 2007 Implantao de Banco de Dados sobre Adolescentes em PSC na UFRGS e sobre Meninos de Rua Descrio: Implantao de banco de dados sobre meninos de rua e sobre adolescentes infratores que cumprem PSC na UFRGS. Associado Programa de extenso. Base de dados para pesquisas e dissertaes de mestrado. 1998 - 1998 Projeto Integrado de Pesquisa sobre Adolescentes Privados de Liberdade e Internos na FEBEM/RS Descrio: Estudo etnogrfico de cinco unidades da FEBEM/RS em especial de seu sitema interno de informaes. Observaes, entrevistas e anlise de documentao. 2005 - 2006 Pedagogia das Medidas Scio-Educativas em Meio Aberto Descrio: Levantamento e avaliao das medidas scio-educativas e meio aberto em execuo por adolescentes em conflito com a lei no estado do Rio Grande do Sul. 2004 - 2005 -Avaliao do programa PSC/UFRGS Descrio: Levantamento dos dados dos adolescentes infratores atendidos no Programa. Identificao do impacto do Programa PSC/UFRGS sobre os adolescentes e destes sobre a Universidade. Identificao de fatores de risco e proposio de princpios educativos para a execuo da medida de PSC. 2005 - 2005 Juventude, Educao e Justia Juvenil: reabilitao e preveno de delinqncia no Brasil - parceria com Universidade do Texas/Austin Descrio: Projeto: "Juventude, Educao e Justia Juvenil: reabilitao e preveno de delinqncia no Brasil" em parceria com Prof. Nicholas Shumway da Universidade do Texas/Austin, no mbito da cooperao interuniversitria estabelecida entre a Coordenao Geral de Cooperao Internacional/CAPES e a Universidade do Texas, Austin. DENISE MARIA COMERLATO 2007 - Atual Observatrio da Educao de Jovens e Adultos: Estado da Arte da Educao de Jovens e Adultos em Espaos Escolares Urbanos na Regio Metropolitana de Porto Alegre Descrio: Constituio do Estado da Arte da Educao de Jovens e Adultos em Espaos Escolares Urbanos na Regio Metropolitana de Porto Alegre. O Estado da Arte se caracteriza por mapear, sistematizar e analisar as produes acadmicas sobre a EJA, registradas nas IES da Regio Metropolitana de Porto Alegre, entre o ano de 1999 a 2006. ELIZABETH DIEFENTHAELER KRAHE 2001 - Atual Grupo de Estudos Sobre Universidade - inovao e pesquisa Descrio: Anlise das reformas curriculares nas licenciaturas da UFRGS que tiveram lugar entre os anos 1996 e 2001.

2003 - Atual "Energias e Movimentos na Educao Superior: a Pedagogia Un Descrio: Esatuda movimentos na trajetria da Pedagogia Universitria, polticas pblicas e reformas curriculares, buscando mudanas de paradigmas, papis e conhecimento profissional na formao do professor de educao superior. 2004 - Atual CONSEQNCIAS DAS DETERMINAES LEGAIS DO MEC - BRASIL EM LI Descrio: Frente demanda legal existe, atualmente, a necessidade de identificar nos movimentos que propem as reformas curriculares nos cursos superiores, indcios de mudanas paradigmticas inovadoras em relao ao papel do educador, expressas seja nos referenciais dos projetos de mudana, atravs dos desenhos das propostas de grades curriculares, das smulas e programas previstos ou, ainda, atravs das expresses dos professores e alunos envolvidos atravs de entrevistas.Com base no conjunto de dados colhidos explicitar e analisar, em perspectiva comparativa, as modificaes propostas na formao pedaggica das licenciaturas da UFRGS, e de duas universidades privadas. Estas modificaes devem ser perceptveis nas estruturas das grades curriculares e propostas de planos pedaggicos. Analisaremos as relaes existentes entre polticas estatais para o sistema educacional, determinantes econmicos destas polticas, reformas propostas para este sistema e os modos como estas foram refletidas ou no nos projetos de currculos de formao de professores aps as discusses e reflexes desenvolvidas entre 2001 e 2006.

Bibliografia[1] LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de Pesquisa: uma introduo. So Paulo: EDUC, 2000,108 p. [2] DEMO, Pedro. Pesquisa e Construo de conhecimento: metodologia cientfica no caminho de Habernas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000, 125 p. [3] SILVA, Edna Lcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaborao de dissertao. Florianpolis: Laboratrio de Ensino a Distncia da UFSC, 2001, 121p.