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04/09/2017
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A malha fina para as pessoas jurídicas, iniciada em fevereiro de
2015, é muito parecida com a que temos hoje para a pessoa
física. A partir de sistemas informatizados o fisco consegue
cruzar as informações prestadas nas diversas declarações pelas
empresas em um ano e revisar os dados e valores.
Atualmente, com o sistema SPED (Sistema Público de
Escrituração de Dados) é a principal base de dados da Receita
Federal do Brasil, que permite a amarrar as informações das
pessoas físicas e jurídicas através destes cruzamentos,
podendo fiscalizar os últimos 5 anos de forma rápida e concisa.
Como ocorrem os cruzamentos de informações?
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Como ocorrem os cruzamentos de informações?
Assim, tendo em vista o desenvolvimento tecnológico da
Receita Federal, e dos entes tributantes, recomenda-se
que o contribuinte promova revisão dos procedimentos e
controles contábeis e fiscais praticados nos últimos cinco
anos, bem como, realize a entrega das obrigações
acessórias revisadas e comparadas entre si, para não
criarem divergências que levem o contribuinte para a malha
fina da Receita Federal.
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) constitui-se em
um avanço na informatização da relação entre o fisco e os
contribuintes, e no cruzamento de dados pela receita federal do
brasil. Sobre o SPED:
Iniciou-se com três grandes projetos: Escrituração Contábil Digital
(ECD), Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - ambiente nacional.
Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias
nas três esferas governamentais: federal, estadual e municipal.
Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos,
conselho de classe, associações e entidades civis, na construção
conjunta do projeto.
Como ocorrem os cruzamentos de informações?
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Firma protocolos de cooperação com 27 empresas do setor privado,
participantes do projeto-piloto, objetivando o desenvolvimento e o
disciplinamento dos trabalhos conjuntos.
Possibilita, com as parcerias fisco-empresas, planejamento e
identificação de soluções antecipadas no cumprimento das obrigações
acessórias, em face às exigências a serem requeridas pelas
administrações tributárias.
Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na definição dos
meios de atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela
legislação tributária contribua para aprimorar esses mecanismos e confira
a esses instrumentos maior grau de legitimidade social.
Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência
mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade.
Como ocorrem os cruzamentos de informações?
PER/DComp
O PER/DComp deve ser apresentado pela pessoa física
ou pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica
detentora de créditos passivos de compensação,
restituição ou ressarcimento.
As informações são prestadas nas pastas e fichas do
programa, sendo estas: Pasta Cadastro; Pasta Crédito;
Pasta Débito; Pasta Compensação; e Pasta
Demonstrativo.
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PER/DComp
A Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017, determina que o
sujeito passivo que apurar crédito, relativo a tributo
administrado pela Receita Federal do Brasil (RFB), passível de
restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na
compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos,
relativos a tributos administrados pela RFB, efetuada, mediante
declaração de compensação transmitida a Receita Federal
através do programa PER/DComp ou, na impossibilidade de
sua utilização, mediante o formulário declaração de
compensação, constante do anexo IV da citada instrução
normativa.
PER/DComp
Nesse sentido, são passivos de restituição e portanto, de
compensação, as quantias recolhidas a título de tributo sob a
administração da RFB, bem como outras receitas da união
arrecadadas mediante Darf ou GPS, nas hipóteses de pagamento
espontâneo, indevido ou em valor maior que o devido; erro na
identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; ou
reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
Com relação às hipóteses de ressarcimento, temos os créditos de
IPI, PIS e Cofins, conforme estabelecidos em legislação específica,
além dos créditos do Reintegra.
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PER/DComp
Não poderão ser objeto de compensação mediante entrega, pelo
sujeito passivo, da Declaração de Compensação :
I - o crédito que:
a) seja de terceiros;
b) se refira a “crédito-prêmio” instituído pelo art. 1º do Decreto-lei
nº 491/1969;
c) se refira a título público;
d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado;
e) não se refira a tributos administrados pela RFB; ou
PER/DComp
f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de
lei, exceto nos casos em que a lei:
1. tenha sido declarada inconstitucional pelo supremo tribunal
federal em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação
declaratória de constitucionalidade;
2. tenha tido sua execução suspensa pelo senado federal;
3. tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial
transitada em julgado a favor do contribuinte; ou
4. seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo supremo
tribunal federal nos termos do art. 103-a da constituição federal;
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PER/DComp
II - o débito apurado no momento do registro da DI;
III - o débito que já tenha sido encaminhado à PGFN
para inscrição em Dívida Ativa da União;
IV - o débito consolidado em qualquer modalidade de
parcelamento concedido pela RBF;
PER/DComp
V - o débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada ou
considerada não declarada, ainda que a compensação se encontre
pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
VI - o débito que não se refira a tributo administrado pela RFB;
VII - o saldo a restituir apurado na DIRPF;
VIII - o crédito que não seja passível de restituição ou de ressarcimento;
IX - o crédito apurado no âmbito do Programa de Recuperação Fiscal
(Refis) de que trata a lei nº 9.964/2000, do Parcelamento Especial (Paes)
de que trata o art. 1º da lei nº 10.684/2003, e do Parcelamento
Excepcional (Paex) de que trata o art. 1º da medida provisória nº
303/2006, decorrente de pagamento indevido ou a maior;
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PER/DComp
X - o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento
indeferido pela autoridade competente da RFB, ainda que o
pedido se encontre pendente de decisão definitiva na esfera
administrativa;
XI - o valor informado pelo sujeito passivo em declaração de
compensação apresentada à RFB, a título de crédito para com a
fazenda nacional, que não tenha sido reconhecido pela
autoridade competente da RFB, ainda que a compensação se
encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
PER/DComp
XII - os tributos apurados na forma do Simples Nacional,
instituído pela lei complementar nº 123/2006;
XIII - o crédito resultante de pagamento indevido ou a maior
efetuado no âmbito da PGFN;
XIV - o débito ou o crédito que se refira ao AFRMM ou à TUM; e
XV - outras hipóteses previstas nas leis específicas de cada
tributo.
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ECF
EFD-Contribuições
DCTFDirf
Darf
PER/DComp
ECF
ECF é a Escrituração Contábil Fiscal, onde o contribuinte presta, para
a Secretaria da Receita Federal do Brasil, informações sobre impostos
e contribuições federais, em especial sobre o Imposto sobre a Renda
de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL).
Todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão
apresentar, anualmente, a ECF de forma centralizada pela matriz,
exceto:
- as pessoas jurídicas inativas;
- a ME e a EPP, optante pelo Simples Nacional; e
- os órgãos públicos, às autarquias e fundações públicas.
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Informações:
ECF
• Todas as informações da composição daBase Cálculo do IRPJ e da CSLL, partindodos lançamentos contábeis constantes naECD, até os ajustes fiscais realizados noLALUR e no LACS
IRPJ / CSLL
Apurados
(-) Deduções
(=) Valor a Recolher
• Débito ou Crédito(Saldo Negativo deIRPJ e CSLL)
• Deduções (Incentivos fiscais,
retenção na fonte e antecipações)
DCTF
A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)
tem como finalidade, prestar informações relativas aos valores
devidos dos tributos e contribuições federais (débitos), e os
respectivos valores utilizados para sua quitação (créditos). Estão
obrigadas à apresentação da DCTF, desde que tenham débitos a
declarar:
PJ de direito privado em geral, inclusive as equiparadas;
Entidades imunes e isentas;
Consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio; e
Órgãos públicos, desde que se constituam em unidades
gestoras de orçamento.
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Cruzamento de Informações - DCTF
A DCTF é confrontada com todas as obrigações acessórias
administradas pela Fazenda Nacional, pois nela são
demonstrados os débitos apurados pelos contribuintes, e a
forma como foram liquidados (créditos).
Assim, através da DCTF o fisco consegue identificar os
créditos que contribuinte tem, passivos de compensação, se
decorrentes de pagamentos a maior, bem como os débitos
que foram liquidados com créditos através do envio da
Declaração de Compensação.
Cruzamento de InformaçõesSaldo Negativo
Os saldos negativos do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) poderão
ser objeto de restituição/compensação por meio do programa
PER/DComp, nas seguintes hipóteses:
I - de apuração anual, a partir do mês de janeiro do ano-calendário
subsequente ao do encerramento do período de apuração;
II - de apuração trimestral, a partir do mês subsequente ao do trimestre
de apuração; e
III - de apuração especial decorrente de cisão, fusão, incorporação ou
encerramento de atividade, a partir do 1º (primeiro) dia útil subsequente
ao do encerramento do período de apuração.
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Composição do Saldo Negativo
O Saldo Negativo do IRPJ pode ser composto por:
Imposto de Renda Pago no Exterior
Imposto de Renda Retido na Fonte
Pagamentos de Estimativas
IR Renda Variável Compensado
Composição do Saldo Negativo
Já o Saldo Negativo da CSLL pode ser
composto por:
Imposto de Renda Pago no Exterior
CSLL Retida na Fonte
Pagamentos de Estimativas
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Cruzamento de InformaçõesSaldo Negativo
No caso de compensação de Saldo Negativo de IRPJ e da
CSLL, a Receita Federal fará o cruzamento da DComp com a
ECF, com a DCTF, com a Dirf e com os DARFs recolhidos
pela empresa, conforme o caso.
Cruzará com o valor
contabilizado no Ativo em
contrapartida a receita
financeira (ECD)
Cruzará com o saldo
negativo do Registro
N630 da ECF
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Pagamento indevido ou a maior
No caso de crédito decorrente de pagamento indevido ou
a maior o cruzamento será entre a DCTF, a DComp e o
Darf recolhido.
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Pagamento em duplicidade
Quando o pagamento do Darf for em duplicidade, não haverá essa
informação na DCTF. A Receita Federal do Brasil (RFB) irá
comprovar a existência do crédito através do cruzamento DCTF,
com os Darfs constantes no seu sistema de controle de
arrecadação.
Débito R$
1.000,00
Darf 1 = 1.000,00
Darf 2 = 1.000,00
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Créditos de PIS e Cofins
Os créditos de PIS e Cofins passivos de ressarcimento e posterior compensação, são
os seguintes:
Apurados na forma do art. 3º da lei nº 10.637/2002, e da lei nº 10.833/2003, se
decorrentes de custos, despesas e encargos vinculados:
I - às receitas resultantes das operações de exportação de mercadorias para o
exterior, da prestação de serviços a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada
no exterior cujo pagamento represente ingresso de divisas, e das vendas a empresa
comercial exportadora com o fim específico de exportação;
II - às vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência;
III - às receitas decorrentes da produção e comercialização de álcool, inclusive para
fins carburantes, nos termos do § 7º do art. 1º da lei nº 12.859,/2013; ou
IV - às receitas decorrentes da produção e comercialização dos produtos referidos no
caput do art. 3º da lei nº 10.147/2000, nos termos do seu § 4º.
Apurados na forma do art. 3º da lei nº 10.637/2002, e do art.
3º da lei nº 10.833/2003, decorrentes de aquisições de
embalagens para revenda pelas pessoas jurídicas comerciais a
que se referem os §§ 3º e 4º do art. 51 da lei nº 10.833/2003,
apurados entre 1º de abril de 2005 e 30 de abril de 2015, que não
puderem ser utilizados no desconto de débitos das respectivas
contribuições;
Apurados nos termos do art. 57 e do caput e § 2º do art. 57-A
da lei nº 11.196/2005, que não puderem ser utilizados no desconto
de débitos das respectivas contribuições; e
Créditos presumidos previstos no art. 48 da instrução normativa
RFB nº 1.717/2017.
Créditos de PIS e Cofins