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Procrastinação Especialistas explicam os motivos que levam grande parte da população a sempre adiar suas atividades Semana Temática A cobertura da Semana do Administrador e o Poder Judiciário, realizada na capital, interior e litoral do Estado Agosto/2017 Ano 40 - nº 374 COMO FICA O MERCADO DE TRABALHO APÓS A REFORMA TRABALHISTA

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ProcrastinaçãoEspecialistas explicam os motivos que levam grande parte da população a sempre adiar suas atividades

Semana TemáticaA cobertura da Semana do Administrador e o Poder Judiciário, realizada na capital, interior e litoral do Estado

Agosto/2017 Ano 40 - nº 374

COMO FICA O MERCADO DE TRABALHO APÓS A

REFORMATRABALHISTA

PARCERIAS

Profissionais e empresas registrados contam com serviços exclusivos nos postos de atendimento da sede do CRA-SP e do SAESP, e ainda têm direito a benefícios e ofertas em estabelecimentos conveniados ao Clube de Serviços. Para mais informações, acesse clubedeservicosaesp.com.br.

OS SERVIÇOS DO CRA-SP E DO SAESP FACILITAM A SUA VIDA

Adm. Roberto Carvalho CardosoPresidente do Conselho Regional deAdministração de São Paulo

Adaptar a CLT é uma necessidade

DIV

ULG

AÇÃO

Dados do IBGE registram que o desemprego no segundo trimestre de 2017 ficou em 13% (Pnad Contínua), um pequeno recuo em relação ao trimestre anterior, mas ainda afetando 13,5 milhões de brasileiros e suas famílias. O trabalho, que no passado foi associado a castigo e punição, hoje representa autorrealização e medida de afirmação para grande parte das pessoas. Sua falta gera muito mais que problemas econômicos e financeiros e pode causar danos psicológicos e sociais aos indivíduos.

Tentar criar uma correlação entre a necessidade de uma reforma tra-balhista e o nível de desemprego hoje seria uma falácia, mas podemos afirmar que uma parte do problema pode ser atribuída à nossa legis-lação que completará bodas de brilhante (75 anos) no ano que vem.

Criada no Estado Novo, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT foi um marco na luta pela dignidade e segurança do trabalhador da época. Contudo, os desafios que o mundo enfrentou nas décadas seguintes e, em especial no século XXI, tornaram algumas de suas determinações ultrapassadas e o papel do legislador foi substituído pelo judiciário, que foi chamado a interpretar essas novas questões.

Esse ambiente, no qual decisões de juízes alteram as relações de tra-balho, criam incertezas que justificam a mentalidade dos empresários, que se apressam a demitir um funcionário e demoram a contratar ao primeiro sinal mais claro de crise.

O debate não deveria ser acerca da necessidade ou não da reforma trabalhista, mas sim sobre as mudanças que queremos e precisamos. Por isso, os impactos do atual texto aprovado para os empregados e empregadores brasileiros é a matéria de capa da nossa RAP deste mês, na qual conversamos com especialistas acerca dos principais pontos, tentando contribuir com o debate.

Nesta edição, teremos também a cobertura de diversas ações do CRA-SP no mês que antecede a comemoração do Dia do Pro-fissional de Administração, com ênfase na semana temática do Administrador e o Poder Judiciário, que contou com 18 palestras em oito cidades paulistas. Chamamos a atenção, ainda, para o lançamento de nosso novo portal, com muito mais possibilidades de interação com os profissionais de administração e oferta de serviços.

“O debate não deveria ser acerca da necessidade ou não da reforma trabalhista, mas sim sobre as mudanças que queremos e precisamos”.

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Editorial

twitter.com/cra_sp

facebook.com/oficial.crasp

instagram.com/cra_sp

PresidenteAdm. Roberto Carvalho CardosoDiretoriaAdm. Silvio Pires de PaulaVice-presidente Administrativo

Adm. Claudia Marcia de Jesus ForteVice-presidente de Relações Externas

Adm. Luiz Carlos Marques RicardoVice-presidente de Planejamento

Adm. Idalberto ChiavenatoVice-presidente para Assuntos Acadêmicos

Adm. Paulo Gaspar Schlittler 1ª Secretário

Adm. Rogério Fernando de Góes2º Secretário

Adm. Mauro José Aita 1º Tesoureiro

Adm. Francisco Rafael Pescuma 2º Tesoureiro

Adm. Mauro KreuzConselheiro Federal Efetivo por São Paulo

Adm. Teresinha Covas LisboaConselheira Federal Suplente por São PauloConselheirosAdm. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Adm. Ana Akemi Ikeda, Adm. João Luiz de Souza Lima, Adm. Hong Yuh Ching, Adm. Fernando de Carvalho Cardoso, Adm. José Vicente Messiano, Adm. Marcos Nogueira Cobra, Adm. Antônio Carlos Cassarro, Adm. Silvio José Moura e SilvaComissão de ComunicaçãoAdm. Silvio Pires de Paula, Adm. Luiz Carlos Marques Ricardo, Adm. Marcos Cobra, Adm. Ana Akemi Ikeda, Claudia Marcia de Jesus Forte e Rogério Fernando de Góes.RedaçãoEditoraKatia Carmo ‒ MTB 84.375/SPDiagramação e artePhábrica de Produções: Alecsander Coelho e Paulo Ciola(direção de arte e diagramação); Daniela Bissiguini, Érsio Ribeiro, Kauê Rodrigues, Marcelo Macedo e Rodrigo Alves (diagramação)ImpressãoPlural Editora e Gráfica Ltda.Tiragem45.000 exemplares

A RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP.

Seccionais CRA-SPSeccional de BauruCoordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo SperançaRua Rio Branco, 15-15, sala 31, Centro17015-311 - Bauru - SPTel.: (14) [email protected] de CampinasCoord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí13025-151 ‒ Campinas ‒ SPTel.: (19) [email protected] de Presidente PrudenteCoord. Regional: Adm. Manoel Barreto de SouzaAv. Cel. José Soares Marcondes, 871, sala 132, Bosque19010-080 ‒ Presidente Prudente ‒ SPTel.: (18) [email protected] de Ribeirão PretoCoordenadora Regional: Adm. Fátima Angélica R. Moura Av. Braz Oláia Acosta, 727, cj. 109 - Jardim Califórnia 14026-040 - Ribeirão Preto - SPTel.: (16) [email protected] Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira)Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro BuschAv. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande11060-000 - Santos - SPTel.: (13) [email protected] de São José do Rio Preto Coordenador Regional: Adm. Eduardo Gomes de Azevedo JuniorRua Imperial, 59, salas 1 e 2, Vila Imperial15015-610 - São José do Rio Preto - SPTel.: (17) [email protected] de São José dos Campos (Vale do Paraíba e Litoral Norte)Coordenador Regional: Adm. Dejair Dutra de SouzaRua Euclides Miragaia, 700, sala 25, Centro 12245-820 - São José dos Campos - SPTel.: (12) [email protected] de SorocabaCoordenadora Regional: Adm. Aida RodriguesAvenida Antônio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim18047-620 - Sorocaba - SPTel.: (15) [email protected]

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Rua Estados Unidos, 889Jd. América ‒ 01427-001 ‒ SPEstacionamento no localTel.: (11) [email protected]

A RAP é certificada pelo Instituto Verificador de Circulação ‒ IVC como veículo de circula-ção controlada de conteúdo dirigido.

Sumário

Matéria de CapaAs polêmicas e as dúvidas que permanecem após a sanção da Reforma Trabalhista

Mês da AdministraçãoAs novidades do Conselho no mês em que a profi ssão completa 52 anos e a escolha do Administrador Emérito 2017

ENCOADEncontro do Conhecimento em Administração chega a sua 8ª edição este ano e promoverá palestras em todo o Estado

EditorialPalavra do presidente do CRA-SP, Adm. Roberto Carvalho Cardoso 3.

6. Notas

Pesquisas, levantamentos e notícias do momento

12. DigitalNovo Portal do CRA-SP está no ar

13. Desburocratização

Decreto recente visa facilitar os serviços públicos. Prática já é adotada pelo CRA-SP

14. Semana TemáticaPalestras realizadas na capital, litoral e interior falaram sobre o Administrador e o Poder Judiciário

22. Procrastinação

Por que esse comportamento é ruim para sua vida pessoal e profi ssional e como reverter este hábito

30. Clube de ServiçosCertifi cação Digital vai até você

31. CRA-SP Indica

Recomendações de livros e vídeos para o profi ssional de Administração

32. RepresentaçõesOnde o CRA-SP esteve presente

33. Depoimentos

As opiniões de quem participou dos eventos realizados pelo Conselho

34. OpiniãoNo artigo deste mês, o novo dilema da liderança no Brasil

18.

26.

28.

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Notas

O Indicador de Propensão ao Consumo apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Na-cional de Dirigentes Lojistas) re-vela que 53% dos brasileiros pre-tendem cortar gastos em agosto. Entre as justifi cativas estão: pre-ços altos (com 19% das menções), desemprego (18% das citações), endividamento e situação fi nan-ceira difícil (para 14%), e redução da renda (de acordo com 9%). Os entrevistados citam também o esforço constante de economizar (24%) e a intenção de fazer reser-va fi nanceira (11%).

O indicador revela que apenas 17% dos consumidores brasileiros estão com as contas no azul, ou seja, com sobra de recursos pa-

ra consumir ou fazer investimen-tos. A maior parte (38%) admite estar no zero a zero, sem sobra e nem falta de dinheiro, enquanto 38% encontram-se no vermelho e não conseguiram pagar todas as contas em julho com a renda que possuem.

Cartão de crédito

Entre os brasileiros que se utiliza-ram do cartão de crédito (36%) em junho, a minoria (23%) diminuiu o valor da fatura. Para 30%, ela se manteve em patamar estável na comparação com o mês anterior, ao passo que 42% observaram au-mento no valor utilizado. A despe-sa média reportada pelos entrevis-tados foi de R$ 977.

53% dos brasileiros pretendem diminuir gastos em agosto

As compras de supermerca-dos lideraram entre os itens mais adquiridos via cartão de crédito, com 66% das menções. Em se-guida surgem os gastos com re-médios e farmácia (56%), rou-pas, calçados e acessórios (36%), combustível (35%) e gastos com bares e restaurantes (31%).

A economista do SPC Brasil, Mar-cela Kawauti, alerta: “O consumi-dor que recorre ao cartão para fa-zer frente a esses gastos precisa le-var em consideração que, nos me-ses seguintes, terá de arcar com as despesas básicas novamente e planejar-se para o pagamento”.

Empréstimos ou linhas de financiamento

De acordo com os dados do in-dicador, 19% dos brasileiros tive-ram crédito negado em junho ao tentarem fazer uma compra a pra-zo ou contratarem algum tipo de empréstimo ou fi nanciamento.

Dado que reforça o compor-tamento mais restritivo por par-te dos credores é que 42% dos brasileiros consideram ʻdifícil ou muito difícilʼ contratar emprésti-mos ou linhas de fi nanciamento. Apenas 15% dos consumidores avaliam o processo como fácil. MetodologiaA pesquisa abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.Baixe a íntegra do indicador em: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Fonte: SPC Brasil e CNDL

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O otimismo do empresário bra-sileiro em relação aos negócios para os próximos 12 meses atin-giu 32%, o que representa uma queda de 18 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, de acordo com o estudo Interna-tional Business Report (IBR), rea-lizado pela auditoria e consulto-ria Grant Thornton. O Brasil está bem abaixo da média global, que foi 51%, mas cresceu 20 pontos percentuais, se comparado com o mesmo período de 2016.

O levantamento avalia a ex-pectativa de 2.500 líderes de mercado em 36 economias. É a segunda queda consecutiva do Brasil, pois no levantamento an-terior havia caído 9 pontos per-centuais, passando de 59% pa-ra 50%. Nos últimos anos, o me-lhor indicador do país foi no 1º trimestre de 2012, com 86%, e o pior cenário apresentado foi no 2º trimestre de 2015, com -24%.

Ranking global

No ranking global, o Brasil caiu 2 posições, da 15ª para 17ª colo-cação entre os países mais oti-mistas, estando à frente da Ar-gentina (18º), México (19º), Reino Unido (21º) e Rússia (27º). Os paí-ses que apresentam os melhores indicadores são Indonésia, Índia e Holanda. Já os mais pessimistas são Grécia, Japão e África do Sul.

Cenário Mundial

Globalmente o otimismo regis-trou o nível mais alto (51%), incre-mento de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre ante-rior completando, desta forma, o quinto semestre consecutivo de crescimento. O otimismo das em-presas dos Estados Unidos che-gou a 81%, dos países da União Europeia, 50%, e da China, 48%. Um dado que chamou a atenção

Otimismo do empresário brasileiro volta a cair

foi a porcentagem de empresas que identifi cam a falta de traba-lhadores qualifi cados (35%).

Sobre o IBR

O International Business Re-port da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 22 anos que tem como objetivo for-necer informações sobre as opi-niões e expectativas de mais de 10 mil empresas de 36 econo-mias. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Fonte: Grant Thorton

DESTAQUES

Indicador de otimismo atingiu 32%, queda de 18 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Comparado com o mesmo período do ano passado, pesquisa apresenta um crescimento de 20 pontos percentuais

País está na contramão do cenário internacional, já que o mundo se mostra mais otimista, principalmente Estados Unidos, Europa e China. Média global foi de 51%

Brasil está na 17ª posição à frente da Argentina, México, Reino Unido e Rússia, entre outros.

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Levantamento realizado pe-la VAGAS.com, empresa de solu-ções tecnológicas para recruta-mento e seleção, aponta que me-tade dos profi ssionais já enfren-tou situações de preconceito ou discriminação no trabalho. Desse total de respondentes, 35% afi r-maram que foram discriminados pelo cargo que ocupam. A maior parte das ofensas (63%) foi prati-cada por homens e 54% das em-presas não possui um canal direto para denúncias.

A pesquisa revela ainda que 41% dos casos foram perpetrados por um superior hierárquico, 30% pelo chefe direto do ofendido, 23% por funcionários do mesmo nível e apenas 6% dos episódios foram ocasionados por colabora-dor de função hierárquica inferior.

Minoria leva denúncia adiante

A maioria das vítimas prefere manter o silêncio, de acordo com os dados coletados: 85% não de-nunciam a conduta. O medo de perder o emprego (44%), o me-do de represálias (30%), vergo-nha (13%), receio de que os cole-gas de trabalho achassem que a culpa foi da própria vítima (8%) e sentimento de culpa (4%) são as principais razões apontadas pa-ra evitar a denúncia. Ainda foram registrados outros motivos como conivência da empresa, não va-ler a pena fazer a denúncia, perda de tempo, falta de conhecimento etc.

Dos 15% que decidiram se ma-nifestar contra o preconceito,

Metade dos profissionais já sofreu preconceito ou discriminação no trabalho

78% informaram que o agressor continuou na empresa, 12% que foram demitidos e 10% não sou-beram informar o que aconteceu com o ofensor após a denúncia.

Testemunhas

Do total da base de responden-tes, 19% declararam ter presen-ciado algum episódio de precon-ceito ou discriminação no empre-go. Deste grupo, 79% disseram ter prestado apoio ao ofendido e 21% mantiveram-se calados. Os moti-vos que levaram ao silêncio são: não quis me envolver (51%), medo de represália (28%), medo de per-der o emprego (19%), receio que os colegas de trabalho me julgas-sem (10%), vergonha (7%), e acho que a pessoa deu motivos (1%).

Notas

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Idade e comportamento

Além de sofrerem com o pre-conceito ou discriminação pelo cargo que ocupam, os trabalha-dores também apontaram quais são as demais situações constran-gedoras vivenciadas no ambiente corporativo. A idade foi apontada por 26% enquanto o comporta-mento (timidez, extroversão etc), por 23%. Na sequência aparecem o peso (17%), a cor (16%), a apa-rência - tatuagem, piercing (13%), religião ou crença (13%), gêne-ro (12%), nacionalidade, região ou cidade (8%), sotaque (7%), orientação sexual (6%), estado ci-vil (5%), gravidez (5%) e defi ciên-cia (3%). Outros motivos também foram apontados pelos respon-dentes, como altura, classe social, grau de instrução, região que mo-ra, nome etc.

Definição de preconceito e discriminação

É confi gurado preconceito a ideia ou conceito formado ante-cipadamente e sem fundamento sério ou imparcial. No caso de dis-criminação, tratar de modo desi-gual ou injusto, com base em pre-conceitos de alguma ordem, no-tadamente sexual, religioso, étni-co etc.

“Mesmo não tendo defi nição legal, a discriminação é proibida pela Constituição sob qualquer forma. Sob o aspecto trabalhis-ta, o empregado que discrimina um colega pode ser punido por medidas disciplinares (advertên-cia, suspensão ou justa causa). A empresa pode ser responsável pela indenização por danos, ge-ralmente morais, em duas medi-das: pelo ilícito cometido pelo seu empregado ou, mais gravemente, por encorajar, permitir ou mesmo praticar ela mesma o ato ilícito. Na primeira hipótese, a empresa terá direito de regresso contra o empregado que praticou o ilícito. Na segunda hipótese, se a condu-ta da organização for muito grave, continuada ou reincidente, além de indenizar a vítima, a empresa pode ser obrigada a pagar dano moral coletivo e adotar medidas socioeducativas. No campo cível, a vítima pode processar quem lhe tenha discriminado e exigir in-denização por danos, geralmen-te morais”, explica José Carlos Wahle, sócio da área Trabalhista do Veirano Advogados.

O estudo “Preconceito e Discriminação no Trabalho” foi realizado de 3 a 15 de maio deste ano, por e-mail, para uma amostra da base de currículos cadastrados no portal de carreira VAGAS.com.br, contemplando homens e mulheres que trabalham ou já trabalharam. Essa base de 861 respondentes é composta, em sua maioria, por mulheres (55%), com idade média de 34 anos, sem filhos (57%), curso superior (56%) e ocupando cargos de nível auxiliar/ operacional (36%).

Fonte: Vagas.com

ISTO

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FALTA DE CONTROLE E AUSÊNCIA DE CANAL PARA DENÚNCIAS PREVALECEM NAS COMPANHIAS

Seis em cada dez respondentes (61%) acreditam que as empresas não consigam controlar o preconceito e a discriminação no ambiente de trabalho. Quando questionados se a empresa possuía um canal direto para denúncias:

De acordo com 52% dos respondentes, o episódio de preconceito ou discriminação não impossibilitou ou dificultou sua vida profissional. Para 48%, no entanto, o fato trouxe consequências à carreira.

das pessoas informaram que o local onde trabalha

dos entrevistados

afirmaram a

NÃO tem essa opção

NÃO sabem ou desconhecem

EXISTÊNCIA desse canal

54%

27%

19%

10

Notas

ISTO

CK

A pesquisa entrevistou 18.180 adultos, entre 12 de setembro e 11 de outubro de 2016. O estudo foi realizado em 23 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos da América, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Peru, Polônia, Reino Unido, Rússia, Suécia e Turquia.

Fonte: Ipsos

ECONOMIA E POLÍTICA

MUNDO E SOCIEDADE

TRABALHO

CONFIANÇA

FUTURO

dos latinos acreditam que vivem num mundo cada vez mais perigoso;

concordam que estão dispostos a mudar totalmente seu estilo de vida para atingir o sucesso pessoal e profi ssional;

das pessoas dos países emergentes e da América Latina concordam que a globalização é boa seus respectivos países;

dos latinos não confi am em seus governos;

consideram que vivem melhor que seus pais;

dos entrevistados acre-ditam que os jovens terão uma vida melhor que a geração anterior;

são otimistas com relação ao próprio país para os próximos 12 meses;

são pessimistas para a perspectiva futura.

dos latinos também não confi am que os seus governos usem

as informações pessoais dos cidadãos da forma correta.

dos latinos discordam da afi rmação “o papel da mulher na sociedade é ser boa mãe e esposa";

dos latinos concordam que gays e lésbicas devem ser livres para viverem a vida como desejarem.

concordam com a afi rmação de que “a realização na vida é alcançar uma posição proeminente na sua carreira”;

discordam que o sucesso seja medido por meio das posses, enquanto esse percentual está em 46% nos outros países emergentes.

da população latina está insatisfeita com os serviços públicos;

apoiam lideranças fortes em detrimento do governo vigente.

90%

67%

64%

63%

65% 52%

42%

29%

64%

61% 76%

57% 63%

63% 65%

Para conhecer as principais per-cepções da população, a Ipsos, em-presa global na área de pesquisa de mercado, realizou estudo que con-tou com a participação de mais de

18 mil pessoas. O resultado está di-vidido em cinco temas ‒ Economia e Política; Mundo e Sociedade; Tra-balho; Confi ança e Futuro. Entre os principais destaques estão:

Maioria dos latinos acredita viver melhor do que gerações anteriores

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Uma nova pesquisa da Capgemini, empresa de con-sultoria, tecnologia e terceiriza-ção, indica um aumento signifi -cativo na adoção de cloud com-puting devido ao crescente uso de aplicações nativas da nuvem - ou seja, aplicativos e serviços desenvolvidos para funciona-rem perfeitamente neste tipo de ambiente, alavancando a Plata-forma como Serviço (PaaS). Im-pulsionada pelo reconhecimen-to de que aplicações nativas da nuvem podem capacitar a Tec-nologia da Informação (TI) e, as-sim, contribuir ainda mais com a agilidade e a inovação dos ne-gócios, 15% das novas soluções empresariais já são, hoje, nativas da nuvem, com um rápido au-mento da adoção estimado para os próximos três anos, saltando para 32% até 2020.

O estudo atribui essa mudança na adoção da nuvem ao objeti-vo de aumentar a agilidade dos negócios (74%), contribuir para a colaboração com parceiros ex-ternos (70%) e oferecer melho-res experiências aos consumido-res (67%).

A pesquisa identifi cou um pe-queno grupo de organizações que estão liderando este pro-

Estudo revela que a adoção de aplicações nativas da nuvem deverá dobrar até 2020

cesso e estão comprometidas com aplicações nativas da nu-vem (aquelas com mais de 20% de suas novas aplicações empre-sariais sendo desenvolvidas des-ta maneira), sendo que esses lí-deres são quase duas vezes mais propensos a atribuir aumentos nas receitas organizacionais às aplicações nativas do que os que as estão adotando mais lenta-mente (84% vs 44%).

Em comparação com os re-tardatários*, os líderes nativos da nuvem também apresentam uma atitude mais focada no cres-cimento do que nas funções de TI, melhorando a experiência do consumidor (90%), a agilidade dos negócios (87%) e a escalabi-lidade (85%), vistas como priori-dades mais relevantes que a re-dução de custos (79%).

Desafios digitais

Pouco mais de um quarto das companhias de alta tecnologia (26%) e quase um terço das de ma-nufatura (29%) são líderes em apli-cações nativas da nuvem, em com-paração com apenas 11% dos ban-cos, 18% das seguradoras e 22% das empresas de bens de consu-mo, varejo e distribuição (CPRD).

Porém, as prioridades estão mu-dando como resultado dos desa-fi os digitais. Atualmente, 10%** das novas aplicações dos bancos usam uma abordagem nativa da nuvem, enquanto quase metade das seguradoras (47%) e quase um terço das empresas de CPRD (27%) dizem que este modelo compõem uma parte essencial de suas estra-tégias tecnológicas. Os três grupos - bancos, seguradoras e empresas de CPRD - planejam gastar consi-deravelmente mais em PaaS em três anos do que hoje (41%, 44% e 41%, respectivamente).*Por “retardatários” entendem-se as organizações nas quais menos de 10% (ou próximo de 0%) das novas aplicações são construídas usando uma abordagem nativa da nuvem. **10% é a média de todos os bancos pesquisados, incluindo líderes, adotantes tardios e retardatários.

Metodologia de pesquisa Cloud Native Apps Report A pedido da Capgemini, a Longitude Research realizou uma pesquisa com 902 profissionais, divididos uniformemente entre executivos de TI e não-TI e que se concentraram em 11 países da Europa, das Américas e da Austrália. Os entrevistados são provenientes de uma variedade de setores, com a maioria trabalhando em bancos, seguradoras e em empresas de bens de consumo, varejo e distribuição.Para baixar o estudo na íntegra, acesse: https://www.capgemini.com/cloudnative.

ISTO

CK

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Digital

Desde o início do mês de agosto, o CRA-SP conta com um novo Portal de informações, muito

mais moderno e que traz novas funcionalidades, auxiliando pro-fissionais, estudantes e empresas de Administração, além de toda a sociedade, a encontrarem os conteúdos e dados sobre a profis-são e o Conselho de forma muito mais prática.

Novidades

Na página principal, os profis-sionais têm acesso rápido aos Serviços Online, onde podem atualizar os seus dados cadas-trais, emitir guias de pagamento e acessar outros serviços sem sair de casa. O login, agora muito mais simplificado, possibilita o registro através das páginas de perfis em redes sociais.

Novo portal do CRA-SP: mais conteúdo e interação a apenas um clique

SALA DO EMPRESÁRIOUma parceria entre o CRA-SP e a Hífen Comunicação vai trazer para o novo Portal os conteúdos da Sala do Empre-sário, canal que reúne entrevistas, notícias e informações de interesse do mundo corporativo. A parceria prevê, ainda, a promoção de eventos e novos conteúdos com convidados da Hífen, gerando ainda mais conhecimento para os profissionais de Administração.

Ao acessar o Portal, os usuá-rios também encontram, em destaque, as informações em banners rotativos, trazendo as principais novidades do Con-selho. Os eventos que aconte-cerão na sede e nas cidades do interior e litoral, além daqueles apoiados pelo CRA-SP, também ganham evidência e possibilitam a divulgação das ações em todo o Estado de forma muito mais assertiva.

Interação

As notícias do CRA-SP agora trazem fotos e imagens, que realçam o conteúdo e agregam familiaridade aos temas. O canal do CRA-SP no Youtube também foi incorporado ao novo Portal e as entrevistas, dicas e novas in-formações sobre o Conselho são

atualizadas simultaneamente no site, na medida em que os vídeos são disponibilizados no canal. Na Galeria de Imagens, o público pode conferir os últimos álbuns de fotos dos eventos realizados no Conselho.

O objetivo do CRA-SP é propor-cionar a seu público conteúdo abrangente e se tornar uma referência na área para toda a sociedade. A reunião, em um só lugar, de todas as informações relacionadas à Administração impulsiona o desenvolvimento dos profissionais e a valori-zação da profissão e, por isso, novas seções e conteúdos serão constantemente incluídos para acompanhar a evolução da área junto à sociedade.

Acesse www.crasp.gov.br e confira todas as mudanças.

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Na última quinzena de julho, o Governo Fe-deral lançou novas re-gras para simplificar

o atendimento aos usuários dos serviços públicos. O Decreto nº 9.094, publicado no dia 18, busca desburocratizar a relação com os cidadãos e fornecer novos instrumentos para que estes pro-ponham medidas de melhoria e aumento da eficiência do Estado. O impacto do decreto será sen-tido nos órgãos federais, mas es-pera-se que sirvam de base para ação nos estados e municípios.

Em resumo, ele determina:• a dispensa do reconheci-

mento de firma e a autenticação de documentos expedidos no país;

• a gratuidade dos atos neces-sários ao exercício da cidadania;

• a padronização de procedi-mentos e formulários;

• que o usuário também fica dispensado de entregar o mesmo documento várias vezes, em cada atendimento que receber, caso ele já conste nas bases de dados oficiais – caberá ao órgão ou en-tidade solicitante fazer a busca.

Serviços de Excelência

É difícil encontrar alguém que ainda não tenha tido di-ficuldades para requerer um serviço público e, por isso, o decreto traz um pouco de oti-mismo para este cenário. No CRA-SP, no entanto, esta desbu-rocratização já é uma realidade e tem se intensificado cada dia mais.

Seguindo, também, a mo-dernização dos processos e as inúmeras possibil idades que se apresentam com a uti-lização dos canais digitais, o Conselho tem tratado as ques-tões de atendimento de forma mais objetiva e facilitadora, o que resulta, automaticamente, na melhor ia dos serv iços prestados.

Algumas medidas de grande importância já foram implanta-das em diversas áreas, gerando mais conforto e satisfação nos profissionais que necessitam do atendimento no Conselho. Conheça algumas destas ações:

Profissionais – diversas cer-tidões, entre elas a de regula-

Desburocratização de processos já é uma realidade no CRA-SP

ridade, podem ser solicitadas através dos serviços online no portal do CRA-SP e o paga-mento realizado por meio de cartão de crédito e débito. As informações são emitidas rapi-damente, sem a necessidade do profissional se deslocar até um posto de atendimento;

Estudantes – para os regis-tros profissionais efetuados nas faculdades pelo setor de Rela-ções Acadêmicas, os formandos não precisam apresentar os documentos autenticados. O aluno, inclusive, pode fazer o seu pré-cadastro pela internet, digitalizar sua documentação e enviar tudo eletronicamente;

Empresas – desde o ano pas-sado, as empresas que solici-tam o Atestado de Capacidade Técnica por serviços não pre-cisam mais reconhecer firma nos formulários e, também, nos atestados apresentados.

A relação de todos os serviços, documentos necessários, prazos e demais informações encon-tram-se no portal do Conselho. Acesse www.crasp.gov.br Por Redação

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Desburocratização

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Semana Temática

uando falamos em leis, processos e trâmites legais, muitas vezes as-sociamos estes objetos exclusivamente aos ad-

vogados, juízes e promotores e nos esquecemos que, em vários campos dentro do judiciário, os profissionais de Administração também desempenham papéis importantes. Para ajudar na solução dos inúmeros conflitos que surgem dia após dia, os me-diadores e os peritos judiciais, por exemplo, colaboram para resoluções mais ágeis e justas.

Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento e capacita-ção dos profissionais, bem como promover o interesse pela área, o CRA-SP e os seus Grupos de Excelência em Administração Legal, Mediação e Arbitragem e Perícia Judicial realizaram, no mês de agosto, a Semana Temá-tica O Administrador e o Poder Judiciário.

O evento, que aconteceu na capital paulista e nas cidades de Caraguatatuba, Campinas, Presidente Prudente, Sorocaba, Mirassol, Ribeirão Preto e San-tos, contou com o apoio do Sin-dicato dos Administradores no Estado de São Paulo.

As oportunidades no campo do Poder Judiciário

Acompanhe, a seguir, alguns dos principais assuntos debatidos na sede do Conselho.

Mediação

Depois que a Lei da Mediação e o Novo Código de Processo Civil entraram em vi-gor, no final de 2015 e início de 2016, res-pectivamente, o tema ganhou mais espaço na resolução de con-flitos. Porém, este é um assunto que ainda precisa de maior en-tendimento para que a prática se faça presente e contribua para diminuição de processos judi-ciais, muitas vezes totalmente dispensáveis.

“Temos a melhor legislação do mundo sobre mediação, mas nos falta essa cultura para que possamos ser, de fato, uma nação mediadora. Os nossos hábitos demandistas são decorrentes do ensino jurídico e, por isso, apesar de a Lei ser de primeiro mundo, nossa mentalidade ainda não é”, explicou o desembargador Van-derci Álvares, na palestra Media-

ção: mudança de mentalidade; câmara de mediação e CEJUSC.

Álvares falou também sobre a importância dos Centros Judiciá-rios de Solução de Conflitos e Ci-dadania - CEJUSCs, criados para disseminar a cultura da paz e do diálogo. “Nestes Centros você apresenta o seu problema e a ou-tra parte envolvida é convidada a comparecer em uma audiência de conciliação. Não existe impo-sição e sim o entendimento entre as partes”, explicou.

Porém, essa cultura do diálogo ainda está um pouco distante da nossa realidade. “A maior dificul-dade hoje é de conscientização da população e da sociedade como um todo. É preciso mostrar às pessoas que o ambiente do diá-logo se constrói em prol dos in-

Semana O Administrador e o Poder Judiciário foi realizada nas cidades de Caraguatatuba, Campinas, Presidente Prudente, Sorocaba, Mirassol, Ribeirão Preto e Santos

“O maior desafio da mediação é mostrar que existe caminho melhor do que o judiciário para as pessoas resolverem as suas disputas”, explicou Rubens Decoussau Tilkian

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teresses comuns e que não é a força que resolverá e direcionará aquele conflito, mas sim as mútuas concessões, a legitimação das par-tes, entre outras coisas. Esse é o maior desafio, mostrar que existe caminho melhor do que o judiciá-rio para as pessoas resolverem as suas disputas”, explicou Rubens Decoussau Tilkian, que esteve pre-sente na abertura da Semana mi-nistrando a palestra Benefícios dos meios alternativos de resolução de conflitos na esfera empresarial.

Tilkian também mostrou as vantagens geradas às organiza-ções que adotam a mediação em sua gestão. “A economia não é apenas financeira, mas também de ambiente, produzindo maior qualidade, sinergia e empatia entre os profissionais. Se você tem uma equipe que não se rela-ciona entre si, automaticamente ela não irá produzir. A mediação dentro da empresa liderada por um administrador pode econo-mizar dinheiro, pois vai evitar litígios, perda de profissionais e processos de recrutamento, que refletirão automaticamente no resultado final”, explicou.

Casos específicos

No caso das organizações fami-liares a mediação ganha destaque, pois se aplica a relações ainda mais subjetivas, principalmente quando se fala em sucessão empresarial. Na apresentação O administra-dor nos conflitos de empresas familiares, Caio Eduardo Aguirre explicou porque é necessário dar, sempre, preferência à prática. “O processo sucessório, por exemplo, é uma oportunidade enorme para a mediação. O maior desafio deste momento é chegar a essa decisão,

pois se ela for so-mente imposta, com certeza ha-verá conflitos. O mediador pode auxiliar nesta fase, para que se entenda e se de-cida como será este passo”, disse. Aguirre mostrou dados importan-tes sobre a reali-dade destas empresas: apenas 5% delas chegam a terceira geração e em 65% dos casos o motivo do término é o conflito entre os sócios parentes.

O Código de Melhores Práticas, do Instituto Brasileiro de Gover-nança Corporativa – IBGC também incentiva o diálogo. De acordo com ele "caso não seja possível uma negociação bem-sucedida entre as partes, os conflitos entre sócios e administradores e entre estes e a organização devem ser

resolvidos, preferencialmente, por meio de mediação e, se não houver acordo, arbitragem. Reco-menda-se a inclusão destes me-canismos no Estatuto/Contrato Social ou em compromisso a ser firmado entre as partes".

Em outros casos, a mediação pode não só ser preferencial, mas a única forma de solução a trazer benefícios concretos. “Nas ques-tões de propriedade intelectual, sobretudo na área da tecnologia, a mediação é essencial. Uma em-

presa que quer fazer a patente de um modelo de celular, por exemplo, não pode esperar dez anos para isso, pois de-pois deste tempo essa tecnologia não existirá mais”, explicou Nathália Mazzonetto na palestra Propriedade intelectual – mediação e arbitragem na resolução de disputas.

Perícia Judicial

Outro campo extre-mamente amplo para os profissionais de Ad-ministração é a perícia judicial. Podendo atuar tanto por determinação da justiça ou por contra-

“Temos uma legislação sobre mediação de primeiro mundo, mas não temos esse tipo de mentalidade, disse Vanderci Álvares

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“Apenas 5% das empresas familiares chegam a terceira geração e, em 65% dos casos, o motivo do término é o conflito entre os sócios parentes”, mostrou Caio Eduardo Aguirre na palestra O administrador nos conflitos de empresas familiares

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tação das partes envolvidas nos processos, o trabalho dos peri-tos está em crescente desenvol-vimento. “Especialmente na área trabalhista, os peritos administra-dores são muito bem-vistos, mas além deste campo existem outras inúmeras questões onde eles po-dem trabalhar”, explicou Anísio Costa Castelo Branco na palestra Perito Judicial Administrador: um novo mercado de trabalho.

Segundo Castelo Branco, a maioria dos peritos atua ainda nas fases iniciais do processo e, se forem observados os números de ações ao ano (apenas em 2015 foram 28,9 milhões de novos ca-sos), pode-se visualizar a impor-tância da questão. “Devemos nos preocupar com a nossa formação para que possamos oferecer bons serviços. Não é possível colaborar num processo sem ter a mínima noção do direito e das práticas do judiciário, por exemplo. Além disso, um bom perito, muitas vezes, orienta os advogados a

montarem as suas teses no processo”, explicou o palestrante.

Entretanto, os profis-sionais ainda encontram dificuldades na hora da cobrança dos honorá-rios. “O Conselho Fe-deral de Administração – CFA tem uma tabela sugestiva de valores, mas obviamente os ca-sos são diferentes uns dos outros e se você for periciar algo num pro-cesso com valor de R$ 25 milhões, por exem-

plo, é claro que os honorários serão maiores. Tudo depende da importância da ação”, defendeu Castelo Branco.

Meios e sistemas

O sistema judiciário e seus nú-meros podem ser uma fonte im-portantíssima para a promoção de políticas públicas, pois forne-cem subsídios para que se tomem providências que irão beneficiar toda a sociedade. “Temos, hoje, muitas informações abertas, mas ainda é muito difícil estudá-las. Porém, se os dados processuais forem corretamente utilizados, os cidadãos poderão interagir mais e o Ministério Público con-

seguirá criar estratégias de ação e avaliação das políticas públicas”, explicou Alessandra Gotti na pa-lestra Nova engenharia, soluções estratégicas.

A jurimetria, que é a estatís-tica aplicada ao direito, também é importante para direcionar ações e fundamentar plane-jamentos adequados em cada situação, o que reduz a contin-gência e colabora com a gestão preventiva. “Ao analisar os da-dos referentes ao cadastro de adoção, percebemos que o maior número de crianças esperando por novos pais estava na faixa acima dos 10 anos, enquanto as pessoas que tinham interesse em adotar queriam filhos de até, no máximo, essa idade. Pudemos analisar, com isso, que existiam outros problemas nesta ques-tão, como a chegada tardia das crianças em abrigos e outros fa-tores legais, como a demora na destituição do poder familiar, condição sem a qual não pode haver a adoção”, explicou Júlio Trecenti, também na palestra sobre a nova engenharia.

As entrevistas com alguns dos palestrantes da Semana você confere no canal do CRA-SP no Youtube. Acesse www.youtube.com/oficial.crasp Por Katia Carmo

“Se os dados processuais forem corretamente estudados, os cidadãos poderão interagir mais e o Ministério Público conseguirá criar estratégias de ação e avaliação das políticas públicas”, explicou Alessandra Gotti, na palestra Nova engenharia, soluções estratégicas

“Especialmente na área trabalhista, os peritos administradores são muito bem-vistos, mas também existem oportunidades em outros campos”, explicou Anísio Costa Castelo Branco

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Sancionada no último dia 13 de julho pelo presidente Michel Temer, a Reforma Traba-lhista, que deu origem a Lei 13.467, continua sendo motivo de inúmeras discussões sobre

os pontos alterados e o impacto deles no mercado de trabalho. Profissionais e empresas discordam dos benefícios que ela pode trazer para o desenvolvi-mento da economia e o medo da precarização dos empregos assusta boa parte dos trabalhadores. Por enquanto, o texto que foi publicado sem ressalvas após a aprovação do Senado Federal ainda pode so-frer alterações por meio de Medida Provisória, que já vem sendo debatida por senadores, pelo relator da reforma na Câmara e por representantes do governo.

Fora do âmbito legislativo, centrais sindicais, especialistas em direito trabalhista, professo-res, empresas e profissionais continuam com a discussão sobre a reforma, que entra em vigor em 11 de novembro e será válida para todos os contratos de trabalho (atuais e futuros). Apesar da importância do tema, muitas pessoas ainda não con-seguiram compreender, de fato, o que a nova lei vai trazer de mudança para suas vidas. De acordo com pesquisa realizada no mês de junho pelo site Vagas.com, apenas 12% dos entrevistados disseram conhecer a então proposta da Reforma Trabalhista na íntegra, 3% desconheciam o assunto e a grande maioria (85%) disse conhecer um pouco: somente por manchetes, notícias e comentários.

Mesmo após sanção, Reforma Trabalhista continua polêmica e divide opiniões

Bom ou ruim para o Brasil?

A lista de alterações da reforma é grande e abrange negociações diretas entre trabalhadores e empre-sas, inclusão de itens sem regulamentação anterior (como o home office), férias, modificação em proces-sos trabalhistas, entre outros itens (veja quadro na página 21). Para o advogado trabalhista José Augusto Rodrigues Junior, sócio do escritório Rodrigues Jr. Associados, a nova lei apresenta boas e más medidas. “Com a reforma existe a possiblidade de existirem fraudes e estas fraudes possibilitarem a precarização do emprego. Porém, se a boa-fé prevalecer, as novas normas podem deixar mais claras as relações entre empregado e empregador, resultando em benefícios para os profissionais, que querem receber um salá-rio digno pelo serviço que estão prestando, em um ambiente justo e socialmente admissível, e para as empresas que, por sua vez, irão fornecer essa condi-ção ao empregado e pagar, sem surpresas, pela mão de obra necessária”, explica.

O especialista em gestão de pessoas e conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos - ABRH-SP, Silvio Celestino, é otimista com relação a Reforma. “Destaco como principal mudança o au-mento de possibilidades de negociação entre em-pregador e empregado. Essa negociação permitirá acordos diretos - denominados coletivos - que terão força de lei. É evidente que isso não é para todos os

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temas, mas ajudará que as partes envolvidas cheguem a um acordo mais adequado quanto à especificidade da relação de trabalho no mercado onde ela se desen-volve”, defende Celestino, ao mesmo tempo em que acredita que as mudanças demorarão a acontecer de fato. “A justiça trabalhista é excessivamente favorável ao empregado, o que torna a adoção da nova legisla-ção um risco para as empresas. Muitas organizações poderiam se beneficiar da nova lei, entretanto, não irão adotar as recentes modalidades de contratação até terem certeza de que os juízes trabalhistas a obe-decerão em suas decisões”, acredita.

Para o advogado e professor de direito trabalhista da USP e da PUC-SP, Paulo Sérgio João, ainda é cedo para saber se a reforma trará ou não benefícios para o mercado de trabalho, mas ele concorda que a boa-fé será essencial nestas mudanças. “As críticas que foram lançadas ainda se submeterão à prova de sua razão depois que as novas regras estiverem em andamento e a aplicação da lei de fato acontecer. A reforma pode beneficiar o mercado de trabalho na medida em que trouxer maior responsabilidade na relação contratual para todos, valorizando a boa-fé”, prevê.

Desafios e polêmicas

Dentre as principais defesas para a reforma está a facilitação das relações trabalhistas, em especial na questão da contratação. “A primeira flexibilização

neste tema diz respeito ao trabalho intermitente e isso engloba principalmente aqueles negócios que tem alta rotatividade por necessidade como, por exemplo, as atividades temporárias, sazonais, com maior pico aos finais de semana, entre outras. Em vez de as empresas utilizarem uma mão de obra paralela, sem controle e nem benefícios ao empre-gado, agora elas poderão contar com um contrato no qual a pessoa irá prestar o serviço e receber de acordo com o seu trabalho. Em contrapartida, o profissional terá férias, décimo terceiro, fundo de garantia, ou seja, estará coberto pelos direitos da CLT”, explica Rodrigues Júnior.

Por outro lado, alguns aspectos estão longe de serem entendidos. “O caso da contratação do au-tônomo exclusivo, por exemplo, é um total anta-gonismo e contradição. A flexibilização neste tipo de relação pode gerar casos de oportunismo em algumas empresas. Inclusive, antes mesmo das novas regras entrarem em vigor, já se ouve casos de bancos divulgando vagas para gerentes autô-nomos, o que não faz o menor sentido, pois neste vínculo há uma relação de subordinação. Há de se lembrar que sempre que houver subordinação não é possível a admissão por este tipo de contrato”, adverte Rodrigues Junior.

Outra questão importante que sofreu alterações diz respeito ao Judiciário. Nas novas regras, os traba-lhadores que ingressarem com ações contra os seus

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ex-empregadores e perderem a causa, ou parte dela, poderão pa-gar os chamados honorários de sucumbência (valor que o advo-gado da parte que vence a ação recebe de quem perde, ou seja, de quem sucumbe). Para João, isso pode criar nos trabalhado-res novos critérios antes da de-cisão de acionar ou não a justiça. “Não será a reforma que poderá reduzir o número de ações tra-balhistas, mas a observação no cumprimento das obrigações contratuais pelos empregado-res. Se houver descumprimento, a Justiça do Trabalho poderá ser acionada pelo trabalhador preju-dicado e impor a reparação ne-cessária. Talvez a alteração na forma da gratuidade da justiça imponha maiores cuidados no ajuizamento de ações trabalhis-tas, em especial pela regra da sucumbência parcial”, explica.

Pontos pacíficos

Alguns assuntos abordados na Reforma, porém, parecem gerar menos conflito. “No caso das mu-

danças quanto a rescisão de con-trato, acredito que esta foi uma decisão acertada, pois resolve um problema no qual ambos queriam finalizar a relação e, por vezes, se utilizavam de práticas ilegais e simulações mentirosas. A partir de agora, no entanto, não é mais necessário fugir da lei, pois o acordo para ambos estará legali-zado. Outro caso que ao meu ver é pacífico é o relativo às férias do empregado, que agora podem ser parceladas em até três períodos. Especialmente para as grandes cidades e para os trabalhadores urbanos, essa medida, na reali-dade, só acabou por formalizar e legalizar algo que já existia”, elenca Rodrigues Júnior.

Muito além da reforma

O que parece ser comum a to-dos àqueles que debatem as alte-rações da reforma trabalhista é a identificação de outros problemas que vêm dificultando não só as relações de emprego, mas as da economia como um todo. “Nós, infelizmente, somos um país que

não cumprimos as normas e, boa parte das vezes, o que vigora é a lei da vantagem, independente do preço que tenha que se pagar. Além disso, falar que a forma de contratação gera ou não empre-gos beira a quase inverdade. Só não chega a ser inverdade com-pleta porque para o pequeno empreendedor a facilitação das normas e a desburocratização podem, de fato, contribuir para novas contratações. Porém, o que gera vagas mesmo é a eco-nomia. Tanto isso é verdade que há oito anos nós tínhamos pleno emprego e as normas trabalhistas eram aquelas, então não foram as regras que estragaram a situação e sim a economia”, explica Rodri-gues Junior.

Para Celestino, entender o cená-rio atual é essencial. “Profissionais e empresas devem se unir para formar comunidades benéficas a ambos, independentemente da

Para Silvio Celestino, a reforma trabalhista é boa, pois ajudará empresas e profissionais a chegarem a um acordo mais adequado, de acordo com a especificidade da relação de trabalho desenvolvida

“A flexibilização na contratação do autônomo exclusivo pode gerar casos de oportunismo em algumas empresas. Há de se lembrar que sempre que houver uma relação de subordinação não é possível a admissão por este tipo de contrato”, alerta José Augusto Rodrigues Junior

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legislação e do Estado. Portanto, além de adquirir competências extras, o profissional deve estudar para saber a verdade sobre as me-lhores maneiras de um governo se

comportar para estimular a eco-nomia, não no curto prazo, mas de maneira perene e duradoura. Sua carreira se desenvolve dentro de uma empresa, em um mercado,

1 – Acordos e LeisAlgumas questões regulamentadas pe-la CLT poderão ser negociadas entre pa-trões e empregados e terão prevalência sobre a Lei

2 – Jornada de TrabalhoJornada diária poderá ser de 12 horas, com 36 horas de descanso. Antes, o turno de 12/36 já existia, mas precisava ser pre-visto pelo acordo coletivo da categoria e era comum no setor da saúde, por exem-plo. Os limites de 44 horas semanais e 220 horas mensais permanecem

3 – FériasPoderão ser parceladas em até três vezes; a maior precisa ter no mínimo 15 dias e as menores não podem ter menos de 5 dias

4 – Justiça Gratuita e Honorários AdvocatíciosA justiça gratuita poderá ser requerida por aqueles que recebem menos de 40% do teto do INSS (em 2017, essa porcenta-gem fica em R$ 2.212,52) e, também, por quem comprovar não possuir recursos. Para os chamados honorários de sucum-bência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sen-tença

5 – Trabalho IntermitentePassam a ser legais contratos por horas de serviço, em períodos alternados, de acordo com a necessidade do emprega-dor. Direitos trabalhistas passam a ser ga-rantidos ao trabalhador contratado nessa modalidade

dentro de um país e, portanto, não basta estudar e aprender, é pre-ciso interessar-se por escolher melhores governantes”, finaliza. Por Katia Carmo

15 PONTOS IMPORTANTES QUE MUDAM COM A REFORMA TRABALHISTA*

“As críticas que foram lançadas sobre a reforma trabalhista ainda se submeterão à prova de sua razão depois que as novas regras estiverem em andamento e a aplicação da lei de fato acontecer”, lembra Paulo Sérgio João

6 – Contribuição SindicalA contribuição passa a ser facultativa

7 – Trabalho Remoto (home office)Passa a compor a lei, prevendo negocia-ções entre empregador e empregado quanto a responsabilidades sobre despe-sas relacionadas às funções

8 – Trabalho ParcialPassa a ser permitida jornada de até 30 horas semanais sem hora extra e de até 26 horas semanais com acréscimo de até 6 horas extras

9 – Gestante e LactanteO projeto prevê o afastamento da ges-tante somente de atividades considera-das insalubres em grau máximo. Duran-te a lactação, o afastamento de atividades insalubres em qualquer grau é condicio-nado a atestado de saúde

10- DescansoO intervalo deve ter, no mínimo, meia ho-ra e poderá ser negociado entre empre-gado e empresa

11 – Rescisão por AcordoPassa a ser permitida a rescisão de contra-to de trabalho quando há “comum acor-do” entre a empresa e o funcionário. Nes-se caso, o trabalhador tem direito a rece-ber metade do valor do aviso prévio e da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá, ainda, movimentar até 80% do FGTS, mas não recebe o segu-ro-desemprego

12 – RemuneraçãoO pagamento do piso ou salário míni-mo não será obrigatório na remune-ração por produção. Benefícios como auxílios, prêmios e abonos deixam de integrar a remuneração. Dessa forma, não são contabilizados na cobrança dos encargos trabalhistas e previden-ciários

13 – Indenização por danos extrapatrimoniais As indenizações por danos morais se-rão calculadas com base na remunera-ção do empregado e não poderão ser maiores que 50 vezes o seu último sa-lário

14 – Autônomo ExclusivoCria a figura do autônomo exclusivo, que poderá prestar serviços para um único empregador de forma contínua, sem estabelecimento de vínculo

15 – Comissão de FábricaToda empresa com mais de 200 empre-gados deverá ter uma comissão de re-presentante para negociar com o em-pregador. A escolha será feita por elei-ção, da qual poderão participar, inclusi-ve, os não-sindicalizados

Fonte: Agência Brasil, G1, Época Negócios

* Alguns pontos poderão sofrer modificações via Medida Provisória a ser encaminhada ao Congresso

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Procrastinação

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O brasileiro sempre deixa tudo para a última hora. Este, que poderia ser apenas mais um ditado

popular, na verdade é um pro-blema grave que atinge grande parte da população. Todos os dias milhares de pessoas procrastinam alguma coisa: a entrega da decla-ração do Imposto de Renda sem-pre adiada até o último minuto, a resolução daquele problema que ficou para amanhã, a ligação que deveria ter sido feita e não foi e, até mesmo, o término daquele re-lacionamento que já não existe há muito tempo. Em todos os aspec-tos e áreas da vida, o brasileiro, e não só ele, tem sempre uma desculpa para deixar para outro momento aquela ação que deveria ter sido tomada hoje.

Com a internet e as diversas formas de distração que ela pro-porciona (como redes sociais, vídeos, mensagens instantâneas

Por que procrastinamos tanto?e informações a todo minuto), o problema da procrastinação cresceu ainda mais. De acordo com uma pesquisa realizada pela Kapersky Lab no final do ano pas-sado em 12 países, 78% dos usuá-rios de mídias sociais já pensaram em apagar seus perfis e, entre o motivo mais citado (com 39% das opiniões), estava justamente a perda de tempo decorrente do uso destes canais.

Motivos

Antes, porém, de sair por aí culpando os tempos modernos, é preciso entender o que nos leva a empurrar para depois as nossas atividades. Para Carolina Cabral, gerente de divisão da Robert Half, o principal motivo da procrastinação tem nome: falta de planejamento. “A partir do momento em que colocamos nossas ações dentro de uma ro-

tina diária ou semanal em nossa vida, conseguimos realizar aquela atividade que certamente iríamos adiar. Além disso, com o plane-jamento conseguimos saber que, após realizarmos alguma coisa, ainda teremos tempo para fazer outras ações que também estão programadas”, explica.

A analista comportamental e master coach Elaine Cruz mostra que, no entanto, a origem dessa conduta pode estar muito além disso. “Vários fatores influenciam a procrastinação e geralmente achamos que a pessoa é desorga-nizada ou não tem determinada atividade como prioridade, mas essa questão pode ser um pouco mais profunda. Muitas vezes,

“Muitas vezes deixamos algo para depois porque não temos os motivadores corretos dentro de nós e mantemos crenças que agem para impedir a concretização das atividades”, explica Elaine Cruz

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deixamos algo para depois por-que não temos os motivadores corretos dentro de nós e man-temos crenças que agem para impedir a concretização das ati-vidades. É igual quando queremos emagrecer, mas acreditamos que o processo será muito árduo e difícil e que somos incapazes de concretizá-lo”, compara.

Dentro do ambiente de tra-balho, a procrastinação ganha outros aliados que estimulam o adiamento das atividades. É o que explica o especialista em compor-tamento humano e presidente da SLAC® Coaching - Sociedade Latino Americana de Coaching, Sulivan França. “O mais comum é quando a tarefa procrastinada é mais burocrática e chata de fazer. Em outros casos, o profissional também pode ter pouco conhe-cimento ou habilidade para de-senvolver o trabalho. A falta de motivação pode ser mais uma razão, pois quando o profissional não está confortável com aquilo que faz acaba enrolando o má-ximo possível”, elenca.

Motivação

Para Carolina, entender o motivo das atividades é tão necessário quanto se planejar. “Não podemos fazer uma tarefa por fazer, mas precisamos enten-der o porquê, quem será atingido por essa ação e o que isso trará de benefícios, tanto para nós quanto para a empresa (nos casos em que a atitude estiver acontecendo no ambiente profissional). Tudo o

que fazemos na vida precisa ter um motivo e, a partir do momento que identificamos essa razão, te-mos motivação para desenvolver a atividade”, contextualiza.

“Precisamos entender o agente da procrastinação: se é porque é necessário se organizar melhor, rever a rotina, enxergar onde se perde tempo, ou se para determi-nada atividade não existe o moti-vador certo, o que acaba gerando a falta de coerência para você”, completa Elaine.

Consequências para a carreira

Enquanto no aspecto pessoal a procrastinação afeta a realização dos sonhos e objetivos dos indi-víduos, no ambiente corporativo ela é ainda mais perigosa, pois atinge toda a equipe e influen-cia diretamente nos resultados empresariais. Quem nunca teve um colega que não conseguia realizar as suas atividades e aca-bava sobrecarregando os demais? Para Elaine, porém, ninguém so-fre mais com a prática do que o próprio causador. “A pessoa que procrastina está, em primeiro lu-gar, se prejudicando e geralmente tem consciência disso, mas algo muito mais forte a impede de mu-dar. Nessas horas, é necessária a ajuda de um profissional”, alerta.

Para a master coach, as em-presas não podem esquecer os seus profissionais e cobrar uma solução mágica. “O funcionário é, acima de tudo, um ser humano e mesmo os colaboradores que

têm fama de procrastinar podem ter qualidades importantes para a organização. Os líderes e ges-tores devem começar a observar quando a pessoa está desenvol-vendo algum comportamento ruim e tentar entender o que gera essa conduta. Quanto mais os lí-deres e as empresas investirem no entendimento humano, mais assertivas elas serão”, defende Elaine.

No entanto, se esconder atrás das atitudes negativas das empre-sas não resolve o problema. “Por vezes, as organizações contribuem para que os profissionais tenham atitudes procrastinadoras, mas esta não pode ser uma desculpa para os colaboradores. Se a em-presa está delegando atividades que não têm a ver com o seu perfil profissional, a medida correta é tentar entender o motivo disso. Quando você entra em um novo emprego, por exemplo, e é desa-fiado a resolver algum problema que já existia anteriormente, a atitude certa é compreender se essa ação irá lhe ajudar a crescer como pessoa e como profissional. Com isso, automaticamente você irá abraçar aquela oportunidade”, defende Carolina.

Para Carolina Cabral, se a empresa está delegando atividades que não têm a ver com o seu perfil profissional, a medida correta é tentar entender o motivo desta atitude e não usar isso como desculpa para procrastinar

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Independente da ajuda cor-porativa, o colaborador precisa perceber que as consequências da procrastinação podem ser sérias. “A prática vai, invariavel-mente, fazer com que o profissio-nal perca prazos e/ou entregue trabalhos mal feitos, que niti-damente foram finalizados às pressas. Isso acarreta em uma perda de confiança perante o lí-der e os demais colegas de traba-lho. A procrastinação é também amiga da baixa produtividade, da falta de organização e de sérios problemas do dia a dia no mer-cado de trabalho. Em casos mais graves essa ‘mania’ do indivíduo pode ser uma das grandes cau-sadoras de demissão”, elenca França.

Autoconhecimento

Quem consegue promover o autoconhecimento está no cami-nho certo para mudar o jogo e parar de procrastinar, conforme explica Carolina. “Quando a gente tem o autoconhecimento, sabe-mos identificar o momento do dia em que somos mais produtivos e quando estamos mais descan-sados. Neste contexto, se o co-laborador deixar para fazer uma atividade importante na hora em que ele está improdutivo, as chances desta ação ser poster-gada são altas. Alguns profissio-nais gostam de almoçar rápido para sair mais cedo. Outros pre-ferem almoçar com mais calma e sair mais tarde. Não existe o certo e nem o errado, o que existe é o autoconhecimento.”

Além desta importante refle-xão, Carolina lembra que é ne-cessário dar a atenção devida às atividades e estar presente de corpo e alma, onde quer que você esteja. “Não adianta ficar resolvendo problemas pessoais

no ambiente de trabalho, assim como não dá pra tentar solucio-nar em casa aquilo que deveria ter sido feito no ambiente cor-porativo”, esclarece

Elaine concorda que o autoco-nhecimento é peça fundamental neste processo de transição e, para ela, a cultura brasileira também é responsável por esta conduta. “Fomos um país colo-nizado apenas para trabalhar e não aprendemos a planejar, não só no trabalho, mas em todos os aspectos da vida, como nas finanças, no tempo com a famí-lia, nos cuidados com a saúde, entre outras áreas. Diante de tantos fatores, muitas vezes as pessoas não conseguem mudar porque estão apenas tentando alterar o modo de agir, quando na verdade devem entender a origem e a causa da procrastina-ção, que pode estar no incons-ciente. Por isso todos devem fazer uma análise pessoal para se conhecer melhor”, finaliza. E você, o que já adiou hoje? Por Katia Carmo

“A procrastinação é amiga da baixa produtividade, da falta de organização e de sérios problemas do dia a dia no mercado de trabalho. Em casos mais graves, essa ‘mania’ do indivíduo pode ser uma das grandes causadoras de demissão”, alerta Sulivan França

• Faça uma lista com todas as suas atividades: quanto mais organizado você for, mais irá produzir.

• Estabeleça suas prioridades: ninguém melhor que você mesmo para saber o que deve vir antes.

• Não deixe para última hora os trabalhos chatos ou mais difíceis: faça-os primeiro para que entregue um bom trabalho.

• Mescle tarefas que lhe dão prazer com as que procrastina: desta forma você não ficará entediado.

• Entenda o motivo das suas atividades: fique ciente dos benefícios que as suas ações trarão para você e para outras pessoas.

• Reflita e entenda por que determinadas ações são adiadas: com isso você poderá agir na causa do problema.

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• Essa nomenclatura mudou quase vinte anos depois, em 1986, quando os profissionais da área passaram a ser chama-dos Administradores;• Mais pra frente, em 2009, em adequação a demanda crescente de profissionais formados nos cursos superiores de tecnologia, os Conselhos passaram a regis-trar os Tecnólogos na área da Administração.

Números

De acordo com o Censo da Edu-

cação Superior de 2015, os cursos superiores na área da Administra-ção (entre bacharéis e tecnólogos) totalizam 1.299.065 matrículas em todo o país, mais do que em

Mês da Administração

No próximo dia 09 de setembro comemo-ram-se os 52 anos de regulamentação da

profissão, data em que também é celebrado o Dia do Profissio-nal de Administração. Desde a promulgação da Lei, em 1965, até os dias de hoje, muita coisa mudou e os novos desafios se fazem presentes a todo o mo-mento. Um breve histórico das transformações pelas quais a profissão passou nos mostra um pouco dessa evolução e de-senvolvimento:• Com criação da Lei, em 1968 foram instalados o Conselho Federal e os primeiros Conse-lhos Regionais, ainda com a denominação de Técnicos de Administração;

Setembro, o mês do profissional de Administração

qualquer outro campo do conheci-mento. Em São Paulo, a área tam-bém está bem à frente de todos os outros cursos, com 378.027 ma-trículas apenas na Administração (bacharelado), mais que o dobro do que o segundo colocado (Peda-gogia) com 183.357 estudantes.

O perfil dos profissionais que saem das instituições de ensino e vão para o mercado de trabalho também nos ajuda a entender as novas tendências da profissão. No CRA-SP, a maioria dos registrados ainda é do sexo masculino (60%), com formação em Administração (86%) e com idade entre 31 e 40 anos (28,4%). Algumas pesquisas, porém, apontam que as mulheres já são a maioria dos formandos, o que poderá resultar na mudança deste perfil em breve.

ISTO

CK

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Valorização

Para come-morar a data, o CRA-SP está

preparando uma série de ati-vidades que irão integrar e promover a valorização profis-sional. Nas redes sociais, é im-portante que os profissionais e estudantes da área interajam, curtam, compartilhem e, sobre-tudo, enviem as suas contribui-

Outra novidade no mês de setembro será a entrega do Prêmio Administrador Emé-rito 2017 à home-nageada deste ano, Adm. Claudia Costin.

Claudia é diretora do Centro de Excelência e Inovação em Po-líticas Educacionais da FGV-RJ. Foi, entre outras funções, diretora global de educação do Banco Mundial, secretária municipal de educação do Rio de Janeiro, ministra do Mi-nistério da Administração, vice-presidente executiva da Fundação Victor Civita, secre-tária de previdência complementar do Mi-nistério de Previdência Social e secretária de estado da cultura do Governo do Estado de São Paulo. Possui, também, experiência internacional como professora convidada da Universidade de Harvard, da Universidade de Québec e consultora para os governos de An-gola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Claudia cursou dou-torado em Gestão, Mestrado em Economia e graduou-se em Administração Pública pela Escola de Administração de Empresas de

ções para celebração da data, fortalecendo o reconhecimento do profissional de Administra-ção perante a sociedade.

As profissionais do sexo femi-nino, que já significam 40% dos registros no CRA-SP e que vêm aumentando a sua participação ao longo dos anos, também te-rão destaque com a estreia do programa Mulheres em Foco, no canal do CRA-SP no Youtube. A série, que será exibida duas

vezes por mês, tem a missão de contar a trajetória de desa-fios e sucesso dessas mulheres, ressaltando a importância da administração e da gestão nas respectivas carreiras. Entre os nomes já confirmados estão Deborah Vieitas, diretora pre-sidente da Amcham Brasil, Na-thy Fogo, estrategista do Google no Brasil e Adriana Silva, CEO da multinacional alemã Balluff Brasil.

ADMINISTRADOR EMÉRITO 2017São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV) e, atualmente, é professora uni-versitária na FGV-RJ, tendo também ensinado na FGV-SP, INSPER, PUC-SP, UnB e FAAP.

Para receber a homenagem, Claudia estará presente no Encontro do Conhecimento em Administração - ENCOAD (veja programação na página 28), falando um pouco sobre o fu-turo da educação no Brasil.

O prêmio Administrador Emérito é entregue pelo CRA-SP a um profissional que tenha con-tribuído para o aprimoramento da Administra-ção no Brasil e se destacado no desempenho de suas atividades.

28

ENCOAD

Encontro do Conhecimento em Administração chega a sua 8ª edição

No próximo dia 28 de se-tembro, o Encontro do Conhecimento em Admi-nistração – ENCOAD chega

a sua 8ª edição trazendo um dia in-teiro dedicado a disseminação de conteúdo. Em todo o Estado serão realizadas inúmeras apresentações com especialistas em diversos seg-mentos como Coaching, Empresas Familiares, Logística, Administra-ção Financeira, Empreendedorismo e Inovação, entre outros.

As palestras são promovidas pelos Grupos de Excelência do Conselho, que trabalham em prol do debate e divulgação de conteúdos e contam com profissionais de diversas áreas. Conforme explica o presidente do Conselho, Adm. Roberto Carvalho Cardoso, a pluralidade na compo-sição dos grupos enriquece os tra-balhos, na medida em que agrega os mais variados pensamentos e pontos de vista acerca dos assun-tos estudados.

O evento

O ENCOAD é realizado pelo CRA-SP desde 2009 e atrai estudantes e profissionais na área da Administração, empreendedores e líderes em-presariais. Na edição passada, o Encontro reuniu mais de 400 pessoas em apenas 12 horas e trouxe a Ética para o debate principal. Este ano, o tema central do evento é a Administração no Futuro e a expectativa é que o número de participantes seja ainda maior.

Na sede, serão ministradas durante todo o dia apresentações simultâneas e, ao contrário das edições anteriores, este ano serão realizadas três apresentações especiais: na abertura, à tarde e no encerramento, sempre com a presença de profis-sionais renomados. As cidades do interior e lito-ral paulista também terão atividades no dia do evento e levarão para os profissionais que moram fora da capital, a oportunidade de participar do ENCOAD 2017.

Com entrada gratuita e emissão de certificados ao final, o Encontro conta com o apoio do Sindicato dos Administradores no Estado de São Paulo e é uma grande oportunidade de aumentar o conhe-cimento e ampliar o networking.

COMO PARTICIPARPara participar do ENCOAD, basta acessar o site www.encoad.com.br, escolher as palestras desejadas e confi rmar sua presença (não é possível fazer a inscrição em mais de um evento por horário). Os conteúdos das apresentações, palestrantes e temáticas também estão disponíveis para consulta neste endereço.

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8h45Abertura ofi cial - Adm. Roberto Carvalho Cardoso, presidente do CRA-SP

9h00Apresentação Especial de Abertura: O Futuro da Educa-ção no Brasil - Adm. Cláudia Costin

10h00

Agora é Lei: o home offi ce vai revolucionar o emprego - Luis Otávio Camargo PintoGerenciando Cadeias de Suprimentos do Futuro - Leonardo Ferreira e Julio César CostaO Desenvolvimento Sustentável e o Administrador do Futuro - Carlo Pereira e Sonia Karin ChapmanA visão da Administração no Futuro e o Desafi o do Administrador para Resultados Positivos - Walter Lerner e Ernesto Haberkorn

11h00

Franquias: excelente opção de negócio e carreira para o administrador - Bianca Zeitou Ogloyan e Sidney Lincoln VitorinoO Futuro da Administração: evolução ou revolução - Germano Julio Badi, Alberto A. Perazzo, Carlos dos Anjos e Ricardo NogueiraAnálise dos Cursos da Área de Administração no Período 2006/2015 e os Desafi os do Futuro - Carlos MonteiroEstratégia e Gestão Esportiva no Futuro - Claudinei Pedro dos Santos

12h00 Almoço - Horário Livre

13h00

Condomínio: os primeiros passos para o compliance e as boas práticas na gestão - Rosely Benevides de Oliveira SchwartzA Infl uência da Política Pública de Mediação nas Empresas - José Roberto Neves AmorimGovernança Corporativa: o administrador na era da divergência - Valter FariaGestão de Projetos e Investimento Social Corporativo: tendências para a administração - João Paulo Campos e Bianca Kapsevicius

14h00Palestra Especial: A Administração no Futuro - Sônia Hess de Souza

Ribeirão Preto

Crise Política e Falta de Profi ssionalização: oportunidade de trabalho para o Administrador - Adm. Murilo Lemos de Lemos

São José dos Campos

Teletrabalho ‒ conceitos, propósitos, resultados e práticas de implantação - Cleo Carneiro

JundiaíO Desenvolvimento Sustentável e o Administrador do Futuro - Mariana Paal Martinato, Sonia Karin Chapman. Moderador: Armando Dal Colletto

São José do Rio Preto

Franquias: excelente opção de negócio e carreira para o administrador - Sidney Lincoln Vitorino

15h00 Coff ee Break

15h30

Coaching: o futuro através da transformação pessoal e organizacional - Wilson GambiraziA Nova Rota da Seda Chinesa e seu Impacto na Economia Mundial - Edmir Kuazaqui, Maisa Raele Rodrigues, Luis Alberto Porto Alegre Gudergues e Vera Lucia SaikovitchPerito Judicial Cível: a nova Profi ssão do Administrador - Anísio Costa Castelo BrancoDesafi os da Geração e Armazenamento da Energia Solar em um Contexto de Economia de Baixo Carbono - Aurélio Souza

16h30

O Futuro das Finanças - André MassaroInovação em Cidades Inteligentes e Sustentáveis - Modelos e Experiências - Diego ContiPreparando o Profi ssional do Futuro para a Indústria 4.0 - José Maurício Dell'Osso CordeiroO Administrador 4.0 - Novos Desafi os - Nelson Ludovico

17h30 Coff ee Break

18h00

Administração Estratégica e Planejamento para Expandir, Estruturar e Recuperar Empresas - Magda PazO Futuro da Educação em Administração no Brasil: Refl exões e Propostas - Durval Lucas Jr.A Administração da Saúde no Mundo Moderno - Adilson BretherickEmpreendedorismo Digital: o ecossistema brasileiro - João Kepler Braga

19h00

O Papel da Administração na Elaboração e/ou Contratação de um Projeto de Segurança Empresarial - Marcy Jose de Campos VerdeTendências que Impactarão o Mercado da Hotelaria no Futuro - Marcelo MarinNeuroliderança: A Gestão do Futuro nas Empresas Familiares - Sandra Regina da Luz Inácio e Leila Speeden

20h00 Palestra Magna de Encerramento*

20h30 Coquetel de Encerramento

Na sede

No interior e litoral

PROGRAMAÇÃO

Presidente Prudente

Administração Estratégia e Planejamento para Expandir, Estruturar e Recuperar Empresas - Adm. Eduardo Piedade

BauruTerceiro Setor como Área de Atuação para o Administrador do Futuro - Carlos Emanuel de Campos Silva

SorocabaCoaching: o futuro através da transformação pessoal e organizacional - Wilson Gambirazi

Santos Hotelaria e Gestão - Adm. Teresinha Covas

3030

O Clube de Serviços, parceria do CRA-SP com o Sindicato dos Ad-ministradores no Estado de São Paulo - SAESP, oferece mais uma comodidade para os profi ssio-nais registrados. Através do con-vênio com a Serasa Experian, os certifi cados digitais de pessoa fí-sica e jurídica podem ser adqui-ridos com descontos exclusivos e na comodidade da sua casa ou empresa. Esta ação traz mais conforto, pra-ticidade e atendimento exclusivo para quem deseja adquirir o cer-tifi cado, mas não tem como se deslocar até o posto do SAESP/CRA-SP. A facilidade também be-nefi cia as empresas, que podem solicitar a visita do representan-te e oferecer o serviço aos seus colaboradores de forma rápida e sem perda de tempo.

Benefícios dos certificados digitais

Com a certifi cação digital é possível realizar diversas atividades de forma prática e segura. Confi ra algumas das vantagens:• Assinatura e envio de documentos pela internet;• Acesso a ambientes seguros;• Realização de transações bancárias;• Assinatura de NF-e;• Assinatura de escrituras contábeis e fi scais;• Desburocratização de processos, pois dispensa o reconhecimen-to de fi rma; • Obtenção de validade jurídica nos documentos eletrônicos; • Assinatura de contratos digitalmente; • Acesso ao eSocial;• Consulta aos dados do Imposto de Renda de Pessoa Física;• Assinatura de contratos de câmbio;• Acesso ao Comprasnet, portal de compras do Governo Federal para a realização de licitações e contratações;• Acesso ao Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior).

Para solicitar a visita de um representante basta entrar em contato pelos telefones 11 3894-1337 / 3086-3476 ou, ainda, pelo e-mail [email protected]. Veja mais informações em http://bit.ly/2fM8MhH

Certificado Digital onde você estiver: mais uma vantagem do Clube de Serviços

A sede do CRA-SP também oferece facilidades para quem pretende utilizar os serviços da Junta Comercial do Estado de São Paulo ‒ JUCESP, da Receita Federal, do Ministério do Trabalho e Emprego ‒ MTE, do Cen-tro de Integração Empresa-Escola ‒ CIEE, da Qualicorp

e da Prevent Senior. Serviços como emissão da Cartei-ra de Trabalho e Previdência Social ‒ CTPS, acesso a vagas de estágio e informações sobre abertura de em-presas, por exemplo, podem ser utilizados sem fila e sem burocracia.

CLUBE DE SERVIÇOS - FACILIDADES NA SEDE

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GESTÃO EM AGÊNCIAS DE PROPAGANDAAutor: Antônio Lino PintoViramundo Consultoria em Gestão

A efi ciência na gestão tem sido um dos temas mais dis-

cutidos nos últimos anos. A crise mundial tem exigido das empresas atenção redobrada para a manutenção e rentabilidade do negócio, espe-cialmente no Brasil. De acordo com o autor e ou-tros especialistas, uma boa gestão ajuda - e mui-to - na superação das principais difi culdades na empresa. Nas agências de propaganda não é di-ferente. Administrar a agência precisa ser a prio-ridade dos sócios e diretores, única forma de mantê-la em condições de competir com os con-correntes na retenção e conquista de clientes e, principalmente, na obtenção de lucro, elemento fundamental para a sobrevivência das empresas.

CRA-SP Indica

Lançado originalmente em 1981, O Gerente-Minuto® re-

volucionou o conceito de liderança, que passou a ser associado à agilidade. O símbolo do Gerente--Minuto é defendido pelos autores para nos lem-brar que devemos reservar um minuto de nosso dia para olhar as feições das pessoas que gerenciamos e nos conscientizar de que elas são nossos bens mais importantes. O mundo mudou muito nas úl-timas três décadas e hoje as organizações precisam atuar com maior rapidez e menos recursos. Outro destaque é que a hierarquia vertical foi substituída pelo relacionamento lado a lado. Esta nova edição do clássico atende a um novo mundo. Os segredos práticos já consagrados ‒ Objetivos-Minuto e Elo-gios-Minuto ‒ ganharam um terceiro talento atua-lizado: Redirecionamentos-Minuto.

O NOVO GERENTE-MINUTOAutor: Ken Blanchard, Spencer Johnson Número de páginas: 128Best Business ‒ Grupo Editorial Record

ANGELA LEE DUCKWORTH: O PODER DA PAIXÃO E DA PERSEVERANÇA (GRIT: THE POWER OF PASSION AND PERSEVERANCE)

Saindo de um posto de alto nível em consultoria, An-gela Lee Duckworth assumiu um trabalho de ensi-no de matemática para estudantes do sétimo ano em uma escola pública de Nova York. Ela rapidamente per-cebeu que o QI não era a única coisa que separava os alunos bem-sucedidos daqueles que lutavam. Aqui, ela explica sua teoria de "grit" como fator de sucesso.Assista em http://bit.ly/1XBHWfI

Livros

Vídeos

A plataforma TED Talks reúne pequenos vídeos que trazem assuntos interessan-tes das mais diversas áreas e conta com a participação de pessoas renomadas. Confi ra alguns conteúdos inspiradores para os profi ssionais de Administração:

SIMON SINEK: POR QUE BONS LÍDERES FAZEM VOCÊ SE SENTIR SEGURO (WHY GOOD LEADERS MAKE YOU FEEL SAFE)

O que faz um bom líder? Segundo Simon Sinek, conduzir seus colaboradores em um círculo de con-fi ança é a principal ação. Entretanto, criar essa segu-rança, especialmente em uma economia instável, signifi ca assumir grande responsabilidade.

Assista em http://bit.ly/1oOTUAC

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Em nome do CRA-SP, diversos representantes (entre conselheiros e profi ssionais da Administração) divulgam junto a diferentes públicos, como Instituições de Ensino Superior, empresas públicas e privadas, entidades e governo, a missão e os objetivos do Conselho, ampliando a sua representatividade na sociedade.

Confi ra, a seguir, as últimas representações realizadas.

Eventos diversos ‒ meses de julho e agosto

18/07Preparação da Companhia Aberta para o Novo Relatório do Auditor Independente ‒ Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado - CODIMRepresentante: Cons. Antônio Carlos Cassarro

19/07Reunião Marketing Digital e Geração de Negócios, Reunião Técnica em Estratégias ‒ Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade ‒ ANEFACRepresentante: Cons. Antônio Carlos Cassarro

20/07Palestra Corrupção: Impactos no desenvolvimento do país ‒ Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas ‒ ADCERepresentante: Cons. Antônio Carlos Cassarro

Apresentações do CRA-SP em Instituições de Ensino (em julho)

04/07Faculdade Corporativa CESPI

31/07Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Reunião com autoridades acadêmicas (em julho)

27/07Faculdade de Ciências Gerenciais em Votuporanga

31/07Universidade Brasil

Colação de grau (em julho)

20/07União das Faculdades dos Grandes Lagos

27/07Centro Universitário de Rio Preto

28/07Centro Universitário Salesiano de São Paulo

29/07Universidade de Mogi das Cruzes

31/07Universidade Guarulhos

21/07Solenidade Comemoração dos 71 anos do Comando Militar do Sudeste e dos 109 anos da 2ª Região Militar - Comando Militar do Sudeste e 2ª regiãoRepresentante: Cons. João Luiz de Souza Lima

07/08

Lançamento Nacional do Sistema Integrado de Fiscalização e Autoatendimento SIFA e entrega do Título do Administrador Emérito 2016 e 2017 ‒ CRA-MTRepresentante: Cons. Silvio Pires de Paula

09 a 11/08XV Semana Jurídica ‒ Tribunal de Contas do Estado de São Paulo ‒ TCESPRepresentante: Cons. Rogério Fernando de Góes

14/08Prêmios de Excelência em Economia e Economista do Ano de 2017 ‒ Conselho Regional de Economia - CORECON Representante: Cons. Silvio Pires de Paula

28/0810º Encontro Paulista de Fundações e Prêmio Pedro Kassab 2017 - Associação Paulista de FundaçõesRepresentante: Cons. Silvio José Moura e Silva

30/08Cerimônia em comemoração aos 60 anos - Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo ‒ APEJESPRepresentante: Cons. Luiz Carlos Marques Ricardo

Representações

Representações e participações do CRA-SP na sociedade

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Depoimentos

Além dos profissionais que visitam a sede do CRA-SP, os participantes dos eventos promovidos pelo Conselho também deixam a sua opinião e sugestões quanto às atividades desenvolvidas.

São relatos que ajudam o CRA-SP a sempre proporcionar melhores conteúdos para os estudantes, profissionais da Administração e empresários.

Confira, os principais comentários recebidos nos últimos eventos realizados.

Ótima temática e discussão. Acredito que o assunto e o debate possam evoluir da palestra para as Redes Sociais. Essas integrações das ferramentas podem ser melhor utilizadas.Adm. Emerson Lima, sobre o evento Criptomoedas e a Revolução do Sistema Financeiro Mundial

Sou estudante de Gestão em Turismo na Fatec SP e esta palestra agregou muito ao meu co-nhecimento sobre a Hotelaria. Muito obrigada. Que venham outras palestras. Veruska Wilke, sobre o evento A hospitalidade e a hotelaria: conceitos para a gestão das empresas

Maravilhosa palestra, pauta em discussão muito bem elaborada. Foi de muito bom proveito ter participado. Gostaria de ter feito uma pergunta, porém não houve tempo hábil para tal. Quem sabe de uma próxima vez possa contribuir. Cintia Sebastiana de Paula, sobre o evento A hospitalidade e a hotelaria: conceitos para a gestão das empresas

tudo, de uma nova postura com-portamental das lideranças no sentido de maior envolvimento e proximidade com seus lidera-dos, no direcionamento não só dos anseios corporativos, que são legítimos e necessários, mas também na compreensão e apoio ao cidadão, ao ser humano que tem a capacidade de realmente fazer diferença e mudar essa nossa atual realidade.

Colaborações para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] Os textos devem conter no máximo 3 mil caracteres (com espaços), nome completo do autor, foto em alta resolução e o registro no CRA-SP.

→ Este artigo refl ete, exclusivamente, a opinião de seu autor. O CRA-SP não se responsabiliza pelas ideias nele contidas.

O novo dilema da liderança no Brasil

Desde crianças, somos condicionados a um discurso popular e afir-mativo que sempre nos

diz que “crises vêm e vão”, como nuvens passageiras, e que logo a bonança se apresentará. Obvia-mente, no aspecto das aspirações de positivismo e motivação isso é uma massagem sublime aos nos-sos pensamentos e anseios. Po-rém, esta crise que vivenciamos é, sem dúvida, uma das maiores e piores já presenciadas, por conta das particularidades políticas co-locadas à frente dos interesses econômicos e sociais de um país que ainda não teve o privilégio da estabilidade verdadeira.

Neste ínterim, o ADMNISTRA-DOR público ou privado se vê no dilema de lançar mão de um novo conceito de líder, em detrimento da manutenção dos modelos de liderança já experimentados no de correr dos últimos anos. É bem verdade que já há algum tempo o líder deixou de ser figura re-presentativa para ocupar papel de destaque como referência de conhecimento, habilidade e prin-cipalmente atitude assertiva. Po-rém, o momento atual é impar e exige bem mais que isso.

Nunca como antes, se faz ne-cessária uma postura de condu-ção estimuladora e embasada

na inteligência emocional, prin-cipalmente no aspecto da empa-tia, de realmente se colocar na posição do outro sem reservas e sentir suas dores, perceber seus anseios, suas aflições, seus pre-conceitos, seus valores, grau de identificação e envolvimento com os objetivos. Em síntese, a que-bra do dilema se dá realmente pela proximidade entre líder e liderados, pela confiança e gera-ção de oportunidades, afinal os liderados, de modo geral, estão inseguros e carentes de um dire-cionamento estável, que ofereça ao time a sensação verdadeira de pertencimento e utilidade.

Posso dizer que este momento, embora triste e maculador para nosso país, deixará também mar-cas de renovação e reinvenção, de visão sistêmica, de valoração do fator humano e, acima de

Adm. Carlos Augusto de OliveiraCRA-SP: 114239

Docente de Administração e Negócios no SENAC de Americana,

Facilitador na Guarda Mirim de Santa Bárbara do Oeste, Consultor

e Palestrante

Opinião

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