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Como então devemos viver?

Escola Dominical - IPJG Presb. Geraldo M. B. Valim

10 de abril de 2011

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Como então devemos viver?

C. S. Lewis diz, no final do primeiro capítulo de seu livro sobre o cristianismo (Mere Christianity), que há dois pontos que ele queria enfatizar:

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que todos os seres humanos, na Terra toda, têm essa idéia interessante de que eles devem se comportar de uma determinada forma, da qual não conseguem livrar-se;

e, em segundo, que nenhum deles consegue comportar-se dessa forma.

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Isso é comprovadamente uma realidade. Excluindo as crianças pequenas e os que apresentam disfunção mental, nenhum ser humano é amoral.

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Na realidade, a capacidade para um raciocínio e um comportamento moral é uma característica dos seres humanos.

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Como então devemos viver?

Porquê essas questões éticas aparecem?

A palavra ÉTICA vem do grego, ethos.E significa em grego:

USO, COSTUME, HÁBITO.

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Vamos entender ÉTICA como um padrão genérico de tomar decisões e de agir baseado nessas decisões.

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Qual a razão de nos perguntarmos como deveríamos agir?

Ou colocando de outra forma,

Por que falamos em termos de certo ou errado, ao invés de falarmos apenas em termos de consequências?

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Todos nós aplaudimos ou reprovamos a nós mesmos e aos outros por atitudes e ações.Não me lembro a referência da estatística, mas meu professor de psiquiatria na faculdade, Dr. Darci Itiberê Uchoa, um psicanalista de

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formação, dizia que aproximadamente 85% de nossa energia psíquica é usada para reprimir ou suprimir sentimentos de culpa. Basta um pouco de auto-reflexão para vermos que se não for isso, é algo perto disso.

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A pergunta cabível aqui é:Como agir ao tomarmos consciência desse abismo intransponível entre o que sabemos que deveria ser feito e

o que realmente fazemos?Ou pior,

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quando tomamos consciência de quem somos, em contraste com quem deveríamos ser?

Há um complicador na questão.

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Steven Weinberg, doutor por Princeton e professor na Universidade da Califórnia em Berkeley, é um físico que se diz ateu, ganhador do premio Nobel de Física. Ele fez a seguinte declaração:

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Gente boa costuma fazer coisas boas, e gente ruim fazer coisas más. Para se conseguir que gente boa faça coisa má, que pratiquem atrocidades, só em nome da religião.

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Religião, de acordo com ele, é muito ruim do ponto de vista ético, pois conduz as pessoas a praticarem atrocidades. Basta um olhar superficial na história para ver que ele tem razão.

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Nem é preciso recuar muito no tempo. É só lembrarmos dos genocídios na África, a perseguição religiosa na Bósnia, as Torres Gêmeas do onze de setembro, e muitos outros.

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A conclusão então está certa, mas resposta que ele encontrou foi no SECULARISMO.

Conclusão certa, a resposta errada.

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Ele concluiu que se a religião leva gente boa a praticar coisas ruins,

então vamos acabar com a religião.

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No início o judaísmo, e depois, mais radicalmente ainda, o cristianismo, vieram para romper com todas as religiões.A primeira frase da Bíblia estabelece a situação:

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No princípio criou Deus os céus e a terra.

Tudo é criação. Não existe divindade na lua nem no sol, nem nas estrelas, nem em nada, pois é tudo criação.

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Todas as demais religiões são apenas frutos de um esforço humano para alcançar Deus, e tem consequências muito humanas.Assim, o SECULARISMO, que se confunde com o NATURALISMO não responde a questão.

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Como poderia uma consciência moral se desenvolver da matéria criada? Isso independentemente da complexidade dessa criação, do grau de desenvolvimento cerebral do homem ou da estatura de sua civilização. O resultado é apenas muito humano.

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Um ponto importante a ressaltar é que a ética, a moralidade, não é necessária para a mera sobrevivência. Afinal, as espécies animais sobrevivem sem isso.

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É algo que não preenche o quesito de pressão evolucionária. Os humanos têm, mas não foi necessário para a sobrevivência.

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A questão moral adquiriu uma importância muito grande para a sobrevivência humana em seis de agosto de 1945, dia da bomba de Hiroshima. A humanidade tomou consciência que poderia se destruir.

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E passou a estudar mais o assunto. E uma das primeiras conclusões foi de que não são as decisões tecnológicas, mas sim as decisões morais que vão determinar nosso futuro.

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Basicamente a mesma de Moisés, deixando a tecnologia do Egito para ouvir a orientação moral de Deus.Outra conclusão foi de que nem sempre o que é mais oportuno, que dá mais proveito imediato, é melhor.

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Todas as tentativas de eliminar a diferença entre o bom e o ruim, entre o certo e o errado com base apenas nos resultados, falharam. A ética de “os fins justificam os meios” não é boa.

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Então ficou a questão de como decidir se uma coisa é boa ou ruim para tomar decisões e agir. Será que um grupo está certo por ter o poder de coagir outros?

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As conclusões apontam para o fato histórico de que nem a maioria, nem o poder podem determinar o que é moralmente certo.

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As respostas vieram em quatro teorias. A primeira é a de RELATIVISMO ÉTICO. Não se mantém por introduzir absolutos, pré-condições e pressuposições no contexto.

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Por exemplo, a afirmação de que os valores éticos devem ser subordinados à cultura de um povo tem dentro de si a pressuposição de que a obrigação moral está no consenso da maioria desta ou daquela cultura.

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Aceitar o sacrifício de crianças, como alguns povos praticavam, ou aceitar que a mulher deva ser enterrada viva com o marido, por ser cultura na Índia, não é aceitável.

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Mais ainda, qualquer cultura na qual a maioria julgue que existem valores universais absolutos, trans-culturais, está errada desse ponto de vista. Matar as crianças ou as mulheres estaria certo naquela cultura, e quem acha diferente está errado.

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E considera, por isso mesmo, que o estrangeiro cultural e o de determinada cultura estarão sempre em campos opostos, impossibilitando ações trans-culturais.

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A ÉTICA DA SITUAÇÃO é a segunda abordagem, e não se sai melhor que a primeira. É ambígua, e pressupõe uma noção não definida de amor, o que torna a sua utilização difícil, e

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acaba desenvolvendo-se em comportamentos utilitários, para aquele momento. Matei o fulano por amor... A noção de bondade e justiça torna-se apenas em um expediente para justificar qualquer ação.

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A terceira abordagem é a do DETERMINISMO COMPORTAMENTAL. Diz que é moralmente correto a sociedade, por suas autoridades civis, determinar o que é certo e o que é errado; e mais ainda,

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que é moralmente errado tratar as pessoas como se elas tivessem condições de escolha. É quando o dever social se iguala ao dever moral.

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Fatores como hereditariedade e o meio-ambiente são totalmente desconsiderados. O nazismo usou essa teoria para justificar a guerra (necessidade de espaço vital para a Alemanha), e para matar milhões de judeus, o chamado “holocausto”.

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A quarta teoria é a das EMOÇÕES, OU EMOTIVISTA. A falha fundamental que auto-anula a teoria, é a impossibilidade de verificação das emoções.

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A ética e o julgamento não podem ser baseados em algo que não pode ser verificado. Qualquer um que é pego em flagrante delito apela para a teoria das emoções.

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Matei por não suportar a dor, ou roubei sim, mas precisava muito, e ele tinha sobrando...

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A ética judaico-cristã contrasta com essas teorias. Tem uma base escrita, que se aceita como Palavra de Deus. Essa base é acreditável por ser corroborada por múltiplas evidências, que vão da arqueologia, da história até a lógica.

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É realista em relação a natureza, a conduta, e no tocante as aspirações humanas. A explicação do motivo pelo qual nos somos seres morais vem da imagem de Deus, e é por isso que existe o abismo entre

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o que somos e o que sentimos que deveríamos ser, entendendo o pecado e o mal como sendo o abismo.

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Em resumo, a Bíblia apresenta uma resposta plausível para a falência moral humana, e mostra um Deus que é sem dúvida transcendente, mas é também presente, e desde os primórdios da revelação, apresentou parâmetros objetivos para nortear uma ética.

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Se os gregos deram ao mundo a arte e a filosofia, os romanos o direito e as artes marciais, os judeus nos deram a noção de que Deus é um só, e é o Senhor. E esse Senhor deu através desse povo uma orientação ético-moral de vida.

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Primeiro Deus formou esse povo por circunstâncias especiais, e lhe deu proteção, alimento, direção e defesa. E em seguida lhes acrescenta a INSTRUÇÃO.

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Essa instrução que Deus deu ao povo constituiu-se em orientação ética, prevendo situações futuras, e descreve pormenores simbólicos de grandes realidades espirituais. Entendemos melhor isso tudo lendo a carta do NT aos Hebreus.

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Essas instruções, Deus mesmo as comunicou. Não existem leis de “Deus" e leis de “Moisés", como se algumas devessem ser seguidas e outras não.. Todas essas leis são de Deus, que vieram a ser escritas por Moisés, mas com a autoridade Dele.

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Elas ERAM, e SÃO para servirem como um parâmetro de referência para a tomada de decisões e para agir baseados nessas decisões. (ética).

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O texto chave para lembrarmos é um refrão do livro de Levítico, que veremos domingo que vem: “Sejam santos, porque eu sou o

SENHOR, o Deus de vocês”. Levítico 20:7.

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Ser do povo de Deus implica em ter uma vida ética, tornada plenamente

possível pelo SENHOR JESUS.

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