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História e Geografia do A.T.

Escola Dominical - IPJG Presb. Geraldo M. B. Valim

09 de janeiro de 2011

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História e Geografia do AT

“Mas, quando chegou a PLENITUDE DO TEMPO, Deus enviou seu Filho.”

GÁLATAS 4:4

“Hoje, NA CIDADE DE DAVI, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo.”

LUCAS 2:11

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Ao indicar que o Senhor veio no momento certo, na “PLENITUDE DO

TEMPO”, o Apóstolo mostra que o tempo tem significado, e a indicação de que nasceu na “CIDADE DE DAVI” mostra que o espaço também o tem.

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O Reverendo Júlio Andrade Ferreira, no seu livro “Conheça sua Bíblia” nos ensina que a revelação de Deus na Bíblia tem um foco, e esse foco é o Senhor.

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Dos primórdios temos muito pouca informação, da história de Israel já temos mais, para chegar ao foco que é o Senhor Jesus.

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Daí passamos para a igreja, menos focada que o Senhor, e depois para a consumação, que como revelação é semelhante aos primórdios, com pouca nitidez.

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Assim, vamos estudar o Velho Testamento, que não é o ponto focal da Bíblia, mas abrange os primórdios, bem “embaçados”, e Israel. É um estudo situado no tempo (história) e no espaço (geografia).

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Se nós pegarmos um mapa e traçarmos um arco a partir do que é hoje o Egito, passando ao norte de Israel e do Líbano, adentrando a Síria e atravessando o Iraque, desembocando no Kuwait,

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no Golfo Pérsico, vamos ver um desenho geográfico de uma meia-lua, que na história ficou conhecido como o CRESCENTE FÉRTIL.É uma região que desde a Idade da Pedra se constituiu em berço de inúmeras civilizações desenvolvidas.

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Foi assim com o Egito, com o rio Nilo, e da mesma forma com a região que fica entre os rios Tigre e Eufrates, por isso mesmo chamada de MESOPOTÂMIA (significa ‘entre rios’, em grego).

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Essas regiões, devido aos rios mesmo, tinham abundancia de água, sem a qual a civilização não é possível, e a mera subsistência do homem inviável.

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Entre esses dois berços de civilizações, a região do Nilo e do Eufrates, há uma ponte, não muito larga de terras férteis, que é a faixa de terra entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, conhecida na antiguidade pelo nome de Canaã.

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A principal passagem de um lado para outro é um vale conhecido pelo nome de Megido ou Armageddon, onde fica a planície de Jezrel. O resto é um deserto, que não produziu civilizações, mas foi palco de várias visões proféticas

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Canaã é o cenário da história de Israel no Velho Testamento.

Ao norte essa terra faceia montanhas cobertas por neve no inverno;

ao sul, um deserto causticante, que se estende até ao Mar Vermelho;

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a oeste o Mar Mediterrâneo; a leste o Rio Jordão, uma pequena

barreira para outro deserto situado a leste dele, e não um rio navegável que servisse de veículo de comunicação como outros rios que são navegáveis.

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O Rio Jordão nasce no Lago de Tiberíades, chamado também de Mar da Galiléia, e desemboca no Mar Morto, 400 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo do planeta.

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Do Mediterrâneo ao Rio Jordão a distância é um pouco menor que a distância de Campinas a São Paulo, e de norte a sul é mais ou menos a distância de São Paulo ao Rio. Dentro desse espaço, há morros aprazíveis e vales verdejantes.

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Essa região é habitada desde os tempos pré-históricos. Perto do Mar da Galiléia, e também em cavernas próximas a moderna cidade de Haifa, arqueólogos encontraram fragmentos de crânios

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datados da Era Paleolítica (cerca de 15000 anos antes de Cristo).Mas do ponto de vista de história, é a partir do terceiro milênio antes de Cristo que começamos a ter informações.

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Por essa época as superpotências de então começam a brigar pelo domínio dessa pequena faixa de terra, que funcionava como uma ponte para a travessia de mercadores e de exércitos.

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Os confrontos foram entre o império egípcio de um lado (o do Nilo) e os da Suméria, Acádia, Assíria e Babilônia do outro (o da Mesopotâmia).

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Isso sem falar dos invasores que vinham do mar, como os Filisteus, que eram chamados pelos gregos de Phylistieim, e deram origem ao nome PALESTINA.

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O fato de HERÓDOTO, um historiador grego (chamado “pai da história”), e JOSEFO, um historiador judeu, se referirem a toda região pelo nome de “Palestina” levou a consagração desse nome até os dias de hoje.

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Esses Povos do Mar chegaram a região ao final do segundo milênio antes de Cristo, e tiveram importância por cerca de dois séculos, mas, como vimos, o nome pegou.

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O nome “CANAÃ” era o nome da região, antes de ser conhecida como PALESTINA. Canaã não significa um país. É uma designação geográfica, de uma região que antes dos israelitas chegarem era constituída de

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cidades-estado, habitadas por uma população idiomaticamente afim, de múltiplas origens, muito miscigenada. Assim, não havia coesão política, apenas alianças transitórias, e sempre estavam sob a suserania de uma ou outra das superpotências.

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Foi nesse ambiente que Deus se revelou ao homem. Em Genesis 12 vemos que Deus chama Abraão de Ur, cidade da Caldéia, na Mesopotâmia.

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Ele era sumério, e Deus ordena que ele abandone radicalmente todas suas raízes naturais, para fazer de sua descendência uma grande nação e abençoá-lo.

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Abraão vai de Ur a Haran, bem mais ao norte na Mesopotâmia, transita por Canaã, vai até o Egito, e volta para Canaã, na região de Hebron.

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Em Deuteronomio, 26 5-9 fala sobre Jacó.“Então testificarás perante o SENHOR teu Deus, e dirás: Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa, e numerosa. Mas os egípcios nos maltrataram e nos afligiram, e sobre nós impuseram uma dura servidão. Então clamamos ao SENHOR Deus de nossos pais;

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e o SENHOR ouviu a nossa voz, e atentou para a nossa miséria, e para o nosso trabalho, e para a nossa opressão. E o SENHOR nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres;E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel.”

Deuteronomio 26 5-9

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Em Êxodo 3 vemos mais uma revelação de Deus, feita a Moisés, no monte Horebe, que fica no deserto, para onde ele havia ido a partir do Egito;

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“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho

atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe.”

Êxodo 3.1

E em depois a Moisés mesmo, com o povo saído do Egito, Deus fala outra vez, no Sinai, dando a Lei.

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Isso ocorre por volta do ano de 1200 AC, quando o povo hebreu entra em Canaã, e derrota a maioria das cidades-estados da terra. Enquanto os Israelitas se estabelecem no interior, na região costal os

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chamados “Povos do Mar” também se estabelecem, entre eles os Filisteus, que dominavam a tecnologia do ferro, enquanto os hebreus usavam o bronze.

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Há um estado de conflito, e em 1020 AC SAUL é eleito rei e líder na luta contra os filisteus. Em 1004 após ser derrotado em uma batalha, Saul comete suicídio, e é sucedido por DAVI.

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O rei Davi conquista JERUSALÉM, que é transformada em capital do reino, que se expande, em seu período de domínio, do Eufrates até o Mar Vermelho.

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Em 971 AC Davi morre e é sucedido por seu filho SALOMÃO, que se aproxima diplomaticamente e culturalmente dos povos vizinhos, em particular dos fenícios, das cidades-estado de Tiro e Sidom.

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Os fenícios estabeleceram uma colônia no norte da África, chamada Cartago, que chegou a rivalizar em uma era posterior, com Roma. Em 926 AC Salomão morre, e é sucedido por ROBOÃO.

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Ocorreu então uma revolta e a separação de dez tribos, que ficavam geograficamente ao norte, que passaram a constituir o reino de Israel com capital em SAMARIA, e

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Roboão ficou como rei do que passou a chamar-se de REINO DE JUDÁ, com as tribos de Judá e Benjamin, com capital em Jerusalém.

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Outras datas importantes são: Do reinado de ACABE, rei de Israel de

873 a 853 AC, que se casou com a princesa fenícia Jezabel, e por isso passou a tolerar o culto de Baal, um deus dos fenícios.

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Em 845 AC Elias pregou contra a rainha viúva Jezabel e contra o culto de Baal;

Em 722 AC os Assírios, um povo da Mesopotâmia superior, conquistam o reino de Israel.

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O reino de Judá sobrevive até o ano 587 AC, quando Nebuchadressar II, rei da Babilônia, destrói Jerusalém, conquista Judá e deporta parte da população para a Babilônia. A cidade de Babilônia, capital desse império, ficava em um local cerca de 80 km de onde é hoje Bagdá.

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Em 539 AC os persas, um povo originário da região onde hoje fica o Irã, conquistam os babilônios, e permitem a volta dos judeus exilados.

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É a época de grandes líderes, como ZOROBABEL, ESDRAS e NEEMIAS, que como ensina o Reverendo Júlio, executaram uma obra tríplice: TEMPLO, a LEI e os MUROS.

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É também a época de três profetas, os profetas da restauração, AGEU, ZACARIAS e MALAQUIAS, que fecham essa coletânea de livros que constitui o VELHO TESTAMENTO.

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