comentário à 1ª tarefa
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Comentário à análise da situação da BE da E.B. 2,3 D. Fernando IITRANSCRIPT
Bom dia Mª José!
Decidi comentar a tua reflexão porque a tua BE, à semelhança da nossa, ainda se
encontra numa fase de instalação (a tua ainda mais).
Foram vários os pontos no teu documento que me chamaram a atenção,
nomeadamente:
• Falta de formação na vertente da biblioteconomia – como tu, eu e provavelmente muitos
dos nossos colegas sentem esta dificuldade. Nesta área tenho a sorte de a outra PB estar a
realizar o mestrado em Ciências Documentais. Para colmatar esta lacuna considero que era
prioritário que os Centros de Formação promovessem Oficinas de Formação neste âmbito.
• Referes a existência de uma equipa PTE, na qual tu te integras e com a qual podes contar. É
realmente uma mais-valia. Relativamente a este ponto, acresce-me referir que tudo se
complica, ainda mais, quando se atribui mais do que um cargo/função ao mesmo docente
(prática recorrente no nosso Agrupamento). No nosso caso, a relação BE/Equipa PTE
também é muito boa porque eu, na maior parte do tempo, tenho uma boa relação comigo
mesma. Só que, em termos de resposta às solicitações que nos são colocadas, mais uma vez
o factor “falta de tempo” se constitui como mais uma ameaça. As nossas BE’s têm Blogues,
já temos uma disciplina na Plataforma Moodle do Agrupamento mas ainda não temos um
Site e não temos Catálogo online. Muito está ainda por fazer no que respeita a recursos
digitais
• Por outro lado, a tua Equipa da BE não é pluridisciplinar e o número de horas atribuído é
insuficiente. Penso que este é um problema recorrente em muitas Escolas e Agrupamentos,
mais grave ainda no caso dos últimos, porque implica uma gestão integrada de vários
espaços. Se por um lado a criação da figura do PB se constituiu como uma mais-valia,
parece-me que os Órgãos de Gestão se “aproveitaram” da situação para deixarem de
investir nos recursos humanos a afectar à BE, desviando os PB’s das suas principais funções,
levando a que o nosso tempo seja dispendido em tarefas de atendimento e vigilância. Esta
tem sido, também, uma tarefa difícil porque a adesão dos alunos a este novo espaço tem
sido muito grande. Infelizmente, o que os traz à BE/CRE é a vontade de ocuparem os seus
tempos livros a jogarem nos computadores. Como contornar esta situação? Se lhes
proibirmos os jogos nunca mais voltam. Se os deixamos jogar, a BE/CRE transforma-se em
“salão de jogos”. Na nossa Biblioteca introduzimos uma medida que, até agora, ainda não
sei se será a melhor. Só os deixamos ir para os computadores jogar depois de lerem pelo
menos 10 minutos e fazerem, por escrito, um pequeno resumo do que leram. Para além de
acrescentar mais trabalho (temos que ler os resumos e corrigi-los), não sei até que ponto é
que esta medida não irá transformar aquilo que deveria ser uma fonte de prazer – a leitura
– num “castigo” (do ponto de vista dos alunos).
• Referes, por várias vezes, a necessidade da realização de reuniões com Coordenadores de
Departamento, de Grupo, Directores de Turma e Professores em geral. Infelizmente, no
panorama actual do nosso sistema de ensino, a palavra “reunião” equivale a palavrão. Os
professores estão desmotivados, vão para as reuniões com um espírito derrotista não
estando, na maior parte das veazes, abertos a qualquer tipo de proposta/sugestão ou
projecto. Realmente é necessário fazer chegar a mensagem junto da comunidade
educativa. É preciso desmontar a ideia de que o papel da BE se resume ao trabalho de
promoção da leitura e que esta é uma actividade unicamente da responsabilidade da
disciplina de Língua Portuguesa. Promover o trabalho colaborativo e articulação BE/
Departamentos/Grupos/Equipas do EE é primordial. De que forma? Quem me dera
conhecer a resposta. Para agravar ainda mais esta situação, são poucos os professores que
visitaram e que conhecem o acervo da biblioteca.
• Das leituras efectuadas salienta-se a necessidade de monitorizar/avaliar o trabalho
realizado para determinar da sua
validade e ajustá-lo. Esse trabalho
deve basear-se nas evidências
recolhidas de forma sistemática
recorrendo a indicadores
próprios, análise comparativa dos
resultados dos programas
Concelhios/Nacionais, dados
sobre circulação dos recursos da
Biblioteca e dados estatísticos.
Vai ser necessário construir uma
série de instrumentos que nos
permitam avaliar o nosso
trabalho e, aqui, surgem de novo
as dificuldades (inexistência de
uma Equipa e falta de tempo).
Para finalizar, referes a realização de uma acção de sensibilização “Dá-nos tempo!”.
Fiquei muito curiosa!!!
Continuação de bom trabalho!
Ana Grilo
Descobrir a BE/CRE