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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Construção com Desperdícios Testes às Construções Projeto FEUP: 1º ano de Engenharia Civil

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Construção

com Desperdícios

Testes às Construções

Projeto FEUP: 1º ano de Engenharia Civil

Equipa 11MC03 Grupo 2:

Supervisor: Ana Sofia Guimarães Monitor: Claudia Lourenço

Estudantes & Autores:

Henrique Marques

Eduardo Silva

Victor Guimarães

José Lino

Luís Sousa

Vítor Gonçalves

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

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Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer à professora Ana Sofia Guimarães e à monitora

Cláudia Lourenço pelo apoio e ajuda na realização deste relatório e ao corpo

docente pela cedência do espaço para a realização dos testes. Da mesma forma,

ficamos gratos pelo trabalho feito pelos colegas dos outros grupos, na construção

dos cubos que posteriormente vamos utilizar.

Para além disso, não podíamos deixar de agradecer à FEUP pela iniciativa

desta disciplina, e pelas palestras que nos convidaram a assistir na primeira semana

de integração, pois essas forneceram informações e conselhos muito úteis que nos

ajudaram na realização deste trabalho.

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Palavras­chave caixa/cubo;

testes;

desperdícios;

materiais;

peso;

impermeabilidade;

estanquidade à água;

som;

isolamento acústico;

temperatura;

resistência térmica;

condutividade térmica;

resistência / deformação / resiliência;

pressão exercida;

projeto FEUP.

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Índice

1­Introdução………………………………………………………………………………………...6

2­Constituição base dos cubos e testes realizados…………………………………..……….....7

2.1­Peso…………………………………………………………………………………....8

2.2­Resistência………………………………………………………………………....….9

2.3­Impermeabilidade………………………………………………………………….....11

2.4­Isolamento Térmico…………………………………………………………………..13

2.5­Isolamento Acústico……………………………………………………………….....14

3­Conclusão…………………………………………………………………………………….....16

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Lista de Figuras

Figura 1. Cubo de roofmate designado “cubo 1”.........................................................7

Figura 2. Cubo de madeira designado “cubo 2”...........................................................7

Figura 3. Balança de precisão………………………………………....……………….….8

Figura 4. Medição do peso do “cubo 1”.......................................................................8

Figura 5. Balança de precisão com o registo do peso do “cubo 1”..............................8

Figura 6. Medição do peso do “cubo 2”.......................................................................9

Figura 7. Balança de precisão com o registo do peso do “cubo 2”..............................9

Figura 8. Teste de resistência ao “cubo 1”.................................................................10

Figura 9. Teste de resistência ao “cubo 1”.................................................................10

Figura 10. Teste de resistência ao “cubo 2”...............................................................11

Figura 11. Teste de resistência ao “cubo 2” com 2 membros………………………….11

Figura 12. Teste de permeabilidade ao “cubo 1”........................................................12

Figura 13. Teste de permeabilidade ao “cubo 2”........................................................12

Figura 14. Interior do “cubo 1” após teste de impermeabilidade…………...…………12

Figura 15. Interior do “cubo 2” após teste de impermeabilidade…………...…………12

Figura 16. Teste de isolamento térmico ao “cubo 1”..................................................14

Figura 17. Teste de isolamento térmico ao “cubo 2”..................................................14

Figura 18. Tabela com os resultados do teste usando o sonómetro………………....15

Figura 19. Medição dos decibéis no exterior do cubo………………………………….15

Figura 20. Medição dos decibéis dentro do cubo 1………………………………….....16

Figura 21. Medição dos decibéis dentro do cubo 2…………………………………….16

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1. Introdução

Este trabalho é realizado para a unidade curricular Projeto FEUP, que é comum

a toda a Faculdade de Engenharia, tendo sido distribuído a cada curso temas e

trabalhos variados.

Para a turma 3 do Mestrado Integrado de Engenharia Civil o tema atribuído foi

“construções com desperdício”. A turma foi dividida em 4 grupos, tendo 2 desses

grupos construído um cubo com dimensões 0,60m x 0,60m x 0,60m, enquanto os

outros 2 ficaram encarregues de realizar vários testes aos cubos. Para além disso

cada grupo será ainda avaliado através da realização de um relatório, pôster e

apresentação acerca dos testes/cubos.

Com este trabalho esperamos desenvolver e avaliar as nossas ‘’ Soft Skills ’’,

como capacidade de comunicação, de trabalhar em grupo, resolução de problemas

na nossa área de trabalho, exercitar o raciocínio, entre outras.

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2. Constituição base dos cubos e testes realizados

Os testes foram realizados em dois cubos de 0,60m x 0,60m x 0,60m,

construídos à base de materiais reutilizáveis e de desperdício não­orgânicos. Estes

cubos não são um sistema isolado pois no topo de cada um existe uma abertura

para se poder aceder ao interior do mesmo, funcionando como uma caixa.

Para tal foram realizados os seguintes testes:

Peso;

Resistência;

Impermeabilidade;

Isolamento térmico;

Isolamento acústico;

Nas seguintes imagens podemos ver ambos os cubos, que para efeito de

comparação foram designados por cubo 1 e cubo 2.

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2.1. Peso

Desde início, que como fazer este teste nunca foi uma dúvida: usar

uma balança para medir a massa, onde o cubo com o menor peso seria

considerado o cubo melhor. Na Figura 3 encontra­se a balança utilizada

neste teste.

Para o cubo 1 verificou­se que a massa era 4.321kg. Nas Figuras 4 e 5

podemos ver o peso do cubo e de que forma foi feito o teste.

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O mesmo procedimento foi repetido para o cubo 2, onde a massa foi de 26.366kg,

como se vê ilustrado nas imagens seguintes.

2.2. Resistência

Numa primeira fase do trabalho, foi ponderado a utilização de 2 sacos de

arroz de 1kg por elemento do grupo (num total de 12 kg) colocando­os em cima

dos cubos de maneira a observar se se deformariam. Contudo, após melhor

avaliação das dimensões dos cubos, abandonou­se a ideia, visto tratar­se de um

valor de peso demasiado baixo.

Após uma longa discussão, acabamos por decidir largar uma mochila cheia

de pesos em cima do cubo. No entanto, quando chegou a hora, essa ideia foi

abandonada visto que não era exatamente esse o objetivo do teste. Ficou então

decidido que um membro do grupo se colocasse em cima do cubo e verificar se

este se deformava. O membro do grupo tem aproximadamente 60 kg.

Primeiro foi testado o cubo 1, e foi logo observado que havia deformação no

centro da face, e mesmo depois do membro do grupo ter saído de cima do cubo, a

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mesma face ainda se encontrava deformada. Nas Figuras 8 e 9 que seguem

podemos observar o teste.

De seguida repetimos o processo para o cubo 2, colocamos o mesmo

membro em cima do cubo, e como este não apresentou qualquer deformação

aumentamos o peso colocado, isto é, mais um elemento do grupo foi para cima do

cubo, e mesmo assim este não apresentou qualquer deformação. Nas Figuras 10 e

11 podemos ver os testes executados.

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2.3. Impermeabilidade

Para o teste da impermeabilidade, decidimos revestir toda a base interior dos

cubos com esponjas, num total de 18 esponjas. Em seguida, após fecharmos as

aberturas dos cubos, vertemos 5L de água em cima dos mesmos. Abrirmos as

tampas, retirarmos as esponjas e espremê­las para dentro de um medidor de modo

a determinar a quantidade de água absorvida pelos cubos era a ideia inicial, mas

como este método não se revelou muito eficaz foi utilizado um aparelho que mede

a humidade de uma superfície para determinar o cubo superior. Nas Figuras 12,

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13, 14 e 15 podemos observar a maneira de como as esponjas foram colocadas do

fundo do cubo e também podemos ver a água a ser despejada nos cubos.

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O aparelho regista 200 numa superfície ‘’seca’’, ou seja, quanto mais perto

deste valor se encontrasse o nível de humidade de cada cubo, mais impermeável

seria.

No cubo 1 observou­se que as paredes mais perto da abertura do cubo

tinham um valor de 170 e as mais afastadas tinham valores de 196, o que significa

que na abertura tinha passado alguma água. No cubo 2 isso não aconteceu,

mesmo perto da tampa do mesmo os valores eram constantes, 180, o que significa

que passou alguma água por todo e não só na tampa.

2.4. Isolamento Térmico

No início houve uma discussão sobre como iríamos fazer este teste, pois não

se sabia se era mais fácil aquecer o cubo ou arrefece­lo. A primeira ideia foi de

encher um saco térmico de gelo e colocar o cubo lá dentro, mas devido a dimensão

do cubo, essa ideia foi abandonada. A próxima ideia foi de, dentro do cubo,

começarmos um fogo de forma controlada para que este fornecesse o calor para o

aquecer, todavia ao observar o material que ambos os cubos eram feitos, a ideia foi

descartada, pois por mais controlado que fosse o fogo, haveria sempre o risco

deste entrar em combustão. Por fim chegamos a conclusão que a maneira mais

segura e eficaz de fazer este teste, seria de colocar um aquecedor dentro do

mesmo, medir a temperatura, ligá­lo, e passado 5 minutos e voltar a medir a

temperatura. O cubo que no fim do teste estivesse mais quente seria aquele com

melhor isolamento térmico.

Todavia mesmo este teste foi rejeitado, pois o aquecedor que usamos tinham

um termostato, isto é quando chegava à temperatura que estava posto para

aquecer, ele desligava­se. Então alteramos o teste, ligamos o aquecedor e

colocamo­lo dentro do cubo fechando­o de seguida para não haver perda de

energia . Depois disso cronometramos o tempo que levava a chegar à temperatura

estipulada. Podemos ver este teste nas Figuras 16 e 17.

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2.5. Isolamento Acústico

Face ao problema de testar a acústica dos cubos, ficou decidido colocar uma

coluna em cada cubo e reproduzir música através do mesmo, usando um telemóvel

no exterior do cubo, a uma distância, de modo a captar e verificar qual dos cubos

possui o melhor isolamento acústico. Como meio de medição foi utilizado uma

aplicação para o sistema Android adquirida através da Google Play que consegue

indicar os decibéis captados.

Mas para além do telemóvel foi utilizado um aparelho mais preciso para

também se pode observar as frequências que eram menos isoladas. No início

mediu­se os valores que davam fora da caixa, e de seguida colocou­se o aparelho

de medida dentro do cubo e obteve­se os seguintes resultados.

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Onde podemos observar que o cubo 2 (caixa 2 :madeira) tem valores

menores que o cubo 1 (caixa 1: XPS), o que significa que tem um maior isolamento

em quase todas as frequências, exceto à 4000Hz, que se observa que os valores

são iguais, o que significa que o isolamento para essa frequência era igual. Nas

Figuras 19, 20 e 21 podemos ver como o teste foi executado.

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3. Conclusões

Depois da realização de todos os testes, chegámos à conclusão que o cubo

2, no geral, funciona melhor. Foi de facto interessante a atitude dos nossos colegas

de ‘’sacrificar’’ o teste do peso, de maneira a criar um cubo mais resistente em todas

as outras vertentes. No entanto ficámos espantados também com a resistência do

material utilizado no cubo 1, pois apesar de aparentar ser bastante frágil devido o

seu aspeto e peso, revelou­se um “adversário à altura” do cubo 2. A ideia da

construção de uma estrutura no seu interior e uma tampa lateral foram também

pormenores interessantes, mas que no fim não foram suficientes para o material do

outro cubo.

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