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UM TRABALHO ADEQUADO DE MEDIA TRAINING PREPARA E QUALIFICA O PROFISSIONAL OU PORTA-VOZ DA EMPRESA PARA SE SAIR BEM NO CONTATO COM VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO. O REPÓRTER VAI ME ENTREVISTAR — E AGORA? COLUNA DA www.redegestao.com.br nº 692 Ano 13 Domingo, 08.01.2012 Muitos profissionais, gestores e executivos competentes e experientes em suas áreas de atuação costumam demonstrar insegurança na hora de dar uma entrevista, mesmo falando sobre temas que dominam. Seja por falta de prática, nervosismo ou desconhecimento de algumas regras simples, rendem menos do que poderiam, perdendo a oportunidade de passar uma mensagem eficaz. O problema é que se expressar bem e saber lidar com um repórter é uma condição indispensável, hoje, para qualquer profissional. Em um ambiente marcado pelo excesso de informação, onde qualquer pessoa pode se tornar uma fonte, quem consegue se diferenciar da média e mandar bem o seu recado constrói uma imagem positiva e tem mais chances de ser lembrado. No caso da comunicação corporativa, é fundamental que o porta-voz da empresa esteja preparado para falar com o grande público, principalmente em situações de crise, quando é necessário passar uma mensagem clara, posicionando-se com segurança. A boa notícia é que demonstrar desenvoltura e ter um bom desempenho na frente de um microfone ou uma câmera é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Quem fala em nome da empresa ou deseja melhorar sua performance como fonte jornalística deve investir em um trabalho de media training, ou treinamento de mídia. O objetivo dessa capacitação é dar as ferramentas necessárias para que o porta-voz adquira segurança, domine a técnica e transmita credibilidade no contato com qualquer veículo de comunicação. Normalmente, o media training alia um conteúdo teórico, no qual o profissional conhece as regras básicas de funcionamento, bastidores e particularidades de cada veículo, a um treinamento prático de como falar, olhar, se posicionar, gesticular, utilizar linguagem não verbal ou mesmo se vestir em uma entrevista. Conhecer, simular e praticar são os passos da preparação, fundamentais para ajudar profissionais e empresas a vencerem o desafio da comunicação. Quem ainda não participou de um media training pode seguir algumas dicas para se sair bem em uma entrevista: (1) Nunca deixe de atender um jornalista. Se não puder, justifique e marque outra hora. (2) Tenha calma e encare o repórter com naturalidade. Ele não é um inimigo e pode se tornar um grande aliado. (3) Procure saber antes qual a linha geral da matéria. Assim, você pode se preparar melhor. (4) Seja breve e preciso. Repórteres correm contra o tempo. (5) Seja claro, objetivo, use frases curtas e palavras simples. Evite tecnicidades. Lembre-se de que, em geral, nem o repórter nem o público são especialistas no seu assunto. (6) Estimule o interesse do repórter oferecendo dados e informações que possam enriquecer a matéria. (7) Tente conduzir a entrevista, abordando novos aspectos do tema ou outros assuntos relacionados. O repórter fará isso se você não o fizer. (8) Os repórteres precisam de boas frases para embasar ou intercalar informações, usando-as como declarações. Utilize algumas frases de efeito, mas não use chavões. (9) Mantenha-se informado. A leitura diária dos principais jornais pode evitar declarações sem fundamento se você for questionado sobre o impacto de alguma notícia. (10) Se você evitar o nervosismo e conseguir esquecer que está diante de um jornalista, vai perceber que se trata apenas de um bate-papo sobre um assunto que você domina completamente. E o resultado tenderá a ser positivo. Redes Sociais Têm Hora! “Brincadeira tem hora”, diz o dito popular. E assim também deve ser com o uso das chamadas redes sociais. Sobretudo no ambiente de trabalho. Vistas como algo lúdico e natural pelos mais jovens, as redes sociais ainda não têm uma política de uso muito clara pelas empresas. A tendência dos jovens é achar que o controle das redes é pura caretice, esquecidos de que um ambiente empresarial sempre requer, para seu bom funcionamento, alguma disciplina e mais formalidade. Mas profissionais e empresas precisam chegar a um denominador comum nesse assunto tão inevitável quanto delicado. O que não pode continuar, sob pena de se ter grandes problemas éticos e de comunicação, é a percepção de que tudo pode ser publicado. Conect@do Livros Impressos em Alta O ano de 2011 terminou com boas notícias para os leitores e o setor livreiro do País, pois houve aumento de 8,3% no número de exemplares vendidos e queda de 4,4% no preço de capa, configurando uma tendência para baixo pelo quarto ano consecutivo. O cenário é de otimismo para os editores nacionais, e tudo indica que 2012 seguirá esse caminho. Na Ponta da Língua Revisão Apoio Criação Publicitária Discriminação Ainda Afeta Mulheres O mundo evoluiu, mas as mulheres continuam enfrentando antigos problemas quando o assunto é a carreira. Segundo pesquisa realizada pela Fundação BPW (Business and Professional Women's Foundation), as mulheres da Geração Y ainda se deparam com discriminações de gênero no ambiente de trabalho. Para 77% das entrevistadas, os problemas de gênero no ambiente profissional vão de moderados a severos, e quase 50% afirmam já terem passado ou presenciado situações desse tipo. Dentre os problemas mais comuns, as entrevistadas citam o fato de serem relacionadas com certos estereótipos (63%), a compensação desigual (60%), o tratamento diferenciado (58%), a desigualdade de oportunidades (58%), piadas de gênero (38%) e o assédio sexual (31%). Além disso, muitas dessas profissionais, nascidas no final da década de 1980, reclamam que são consideradas incompetentes e preteridas em promoções por causa da idade. O Profissional em Foco Fonte: Infomoney Fonte: Minuto Ágilis (www.agilis.com.br) Fonte: Palavra da Consultexto/Carta Capital (www.consultexto.com.br) Andréa Guerra, sócia da Voz Assessoria de Comunicação, empresa integrante da Rede Gestão. Millôr Fernandes, escritor e jornalista. ([email protected]) “Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, todos os meios de comunicação a longa distância, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto.”

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Page 1: COLUNA DA Ano 13 nº 692 Domingo, 08.01.2012 … · PROFISSIONAL OU PORTA-VOZ DA EMPRESA PARA SE SAIR BEM NO CONTATO COM ... a vencerem o desafio da ... (8) Os repórteres precisam

UM TRABALHO ADEQUADO DE MEDIA TRAINING PREPARA E QUALIFICA O PROFISSIONAL OU PORTA-VOZ DA EMPRESA PARA SE SAIR BEM NO CONTATO COM VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO.

O REPÓRTER VAI ME ENTREVISTAR— E AGORA?

COLUNA DA

www.redegestao.com.brnº 692Ano 13 Domingo, 08.01.2012

Muitos profissionais, gestores e executivos competentes e experientes em suas áreas de atuação costumam demonstrar insegurança na hora de dar uma entrevista, mesmo falando sobre temas que dominam. Seja por falta de prática, nervosismo ou desconhecimento de algumas regras simples, rendem menos do que poderiam, perdendo a oportunidade de passar uma mensagem eficaz.

O problema é que se expressar bem e saber lidar com um repórter é uma condição indispensável, hoje, para qualquer profissional. Em um ambiente marcado pelo excesso de informação, onde qualquer pessoa pode se tornar uma fonte, quem consegue se diferenciar da média e mandar bem o seu recado constrói uma imagem positiva e tem mais chances de ser lembrado. No caso da comunicação corporativa, é fundamental que o porta-voz da empresa esteja preparado para falar com o grande público, principalmente em situações de crise, quando é necessário passar uma mensagem clara, posicionando-se com segurança.

A boa notícia é que demonstrar desenvoltura e ter um bom desempenho na frente de um

microfone ou uma câmera é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Quem fala em nome da empresa ou deseja melhorar sua performance como fonte jornalística deve investir em um trabalho de media training, ou treinamento de mídia. O objetivo dessa capacitação é dar as ferramentas necessárias para que o porta-voz adquira segurança, domine a técnica e transmita credibilidade no contato com qualquer veículo de comunicação.

Normalmente, o media training alia um conteúdo teórico, no qual o profissional conhece as regras básicas de funcionamento, bastidores e particularidades de cada veículo, a um treinamento prático de como falar, olhar, se posicionar, gesticular, utilizar linguagem não verbal ou mesmo se vestir em uma entrevista. Conhecer, simular e praticar são os passos da preparação, fundamentais para ajudar profissionais e empresas a vencerem o desafio da comunicação.

Quem ainda não participou de um media training pode seguir algumas dicas para se sair bem em uma entrevista: (1) Nunca deixe de atender um jornalista. Se não puder, justifique e marque outra hora. (2) Tenha calma e encare o repórter com naturalidade. Ele não é um inimigo

e pode se tornar um grande aliado. (3) Procure saber antes qual a linha geral da matéria. Assim, você pode se preparar melhor. (4) Seja breve e preciso. Repórteres correm contra o tempo. (5) Seja claro, objetivo, use frases curtas e palavras simples. Evite tecnicidades. Lembre-se de que, em geral, nem o repórter nem o público são especialistas no seu assunto. (6) Estimule o interesse do repórter oferecendo dados e informações que possam enriquecer a matéria. (7) Tente conduzir a entrevista, abordando novos aspectos do tema ou outros assuntos relacionados. O repórter fará isso se você não o fizer. (8) Os repórteres precisam de boas frases para embasar ou intercalar informações, usando-as como declarações. Utilize algumas frases de efeito, mas não use chavões.(9) Mantenha-se informado.A leitura diária dos principais jornais pode evitar declarações sem fundamento se você for questionado sobre o impacto de alguma notícia. (10) Se você evitar o nervosismo e conseguir esquecer que está diante de um jornalista, vai perceber que se trata apenas de um bate-papo sobre um assunto que você domina completamente. E o resultado tenderá a ser positivo.

Redes Sociais Têm Hora!“Brincadeira tem hora”, diz o dito popular. E assim também deve ser com o uso das chamadas redes sociais. Sobretudo no ambiente de trabalho. Vistas como algo lúdico e natural pelos mais jovens, as redes sociais ainda não têm uma política de uso muito clara pelas empresas. A tendência dos jovens é achar que o controle das redes é pura caretice, esquecidos de que um ambiente empresarial sempre requer, para seu bom funcionamento, alguma disciplina e mais formalidade. Mas profissionais e empresas precisam chegar a um denominador comum nesse assunto tão inevitável quanto delicado. O que não pode continuar, sob pena de se ter grandes problemas éticos e de comunicação, é a percepção de que tudo pode ser publicado.

Conect@do

Livros Impressos em AltaO ano de 2011 terminou com boas notícias para os leitores e o setor

livreiro do País, pois houve aumento de 8,3% no número de exemplares

vendidos e queda de 4,4% no preço de capa, configurando uma tendência

para baixo pelo quarto ano consecutivo. O cenário é de otimismo para

os editores nacionais, e tudo indica que 2012 seguirá esse caminho.

Na Ponta da Língua

RevisãoApoioCriação

Publicitária

Discriminação Ainda Afeta MulheresO mundo evoluiu, mas as mulheres continuam enfrentando antigos problemas quando o assunto é a carreira. Segundo pesquisa realizada pela Fundação BPW (Business and Professional Women's Foundation), as mulheres da Geração Y ainda se deparam com discriminações de gênero no ambiente de trabalho. Para 77% das entrevistadas, os problemas de gênero no ambiente profissional vão de moderados a severos, e quase 50% afirmam já terem passado ou presenciado situações desse tipo. Dentre os problemas mais comuns, as entrevistadas citam o fato de serem relacionadas com certos estereótipos (63%), a compensação desigual (60%), o tratamento diferenciado (58%), a desigualdade de oportunidades (58%), piadas de gênero (38%) e o assédio sexual (31%). Além disso, muitas dessas profissionais, nascidas no final da década de 1980, reclamam que são consideradas incompetentes e preteridas em promoções por causa da idade.

O Profissional em Foco

Fonte: Infomoney

Fonte: Minuto Ágilis(www.agilis.com.br)

Fonte: Palavra da Consultexto/Carta Capital(www.consultexto.com.br)

Andréa Guerra,

sócia da Voz Assessoria de Comunicação,

empresa integrante daRede Gestão.

Millôr Fernandes,escritor e jornalista.

([email protected])

“Só depois que a tecnologia inventou o

telefone, o telégrafo, a televisão, todos os meios de comunicação a longa

distância, foi que se descobriu que o problema

de comunicação mais sério era o de perto.”