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Tattwas Programa de L.V.X. Última alteração feita em 6 de julho de 2011 e.v.

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TattwasPrograma de L.V.X.Última alteração feita em 6 de julho de 2011 e.v.ÍNDICE1 A Clarividência ......................................................................................... 3 2 Os Tattwas ................................................................................................. 4 2.1 Símbolos dos Tattwas. ...................................................................... 5 2.2 Horas dos Tattwas ...................................................................

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Page 1: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

Tattwas

Programa de L.V.X.

Última alteração feita em

6 de julho de 2011 e.v.

Page 2: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

ÍNDICE

1 A Clarividência ......................................................................................... 3

2 Os Tattwas ................................................................................................. 4

2.1 Símbolos dos Tattwas. ...................................................................... 5

2.2 Horas dos Tattwas ............................................................................. 6

2.3 Operação ........................................................................................... 7

3 Prana ........................................................................................................ 10

4 Tabela de Propriedades ........................................................................... 12

5 Bibliografia .............................................................................................. 12

Page 3: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

3 TATTWAS

1 A CLARIVIDÊNCIA

O tema da clarividência deve ser sempre considerado como de

máximo interesse por todos os que aspiram ao adeptado, inclusive em seus

graus mais baixos. Nos encontramos frequentemente com duas atitudes

opostas sobre o mesmo, tanto no mundo externo como entre nossos

membros mais jovens. Ambas as atitudes são um estorvo para o seu estudo

correto e, por conseguinte, precederei minhas notas com algumas palavras

sobre cada uma delas.

A primeira é o medo da clarividência. A segunda é uma estimada

despreocupação quanto ao seu valor.

Ambas as atitudes surgem de um mal entendido sobre seu verdadeiro

caráter. As pessoas acreditam que, de algum modo, o poder da

clarividência é algo que se obtém dos poderes do mal, e o seu exercício

porá àqueles que a usam sob a influência do mesmo. Além do mais,

também creem que o poder da clarividência lhes trará uma grande

quantidade de problemas, e lhes proporcionará um caminho curto e fácil

para a informação e objetivo desejado. De fato, ambas as coisas podem ser

conseguidas quase que à vontade. E além do mais, um tal poder não

satisfará totalmente uma das curiosidades do estudante superficial?

O clarividente devidamente treinado não deve temer que devido ao

seu uso se exporá aos poderes do mal. O clarividente natural e sem

treinamento é que está em perigo. O treinamento lhe dará o conhecimento,

a disciplina e proteção suficientes para manter-se a salvo de ataque dos

poderes adversos.

Por outro lado, aquele que deseja se meter em problemas e adquirir

um conhecimento ao qual não tem o direito, saiba com certeza que esse

poder só pode ser conseguido e exercitado com segurança ―com o suor do

seu próprio esforço‖. Aquele que apenas busca gratificar sua curiosidade

terminará mortificado por suas decepções ou perturbado por descobertas

que preferiria não ter feito. A clarividência treinada, humilde e irreverente,

é um grande dom, que abre as portas de novos mundos e de profundas

verdades, tirando-nos de si próprios para incluir-mo-nos no grande fluxo e

refluxo do coração de Deus.‖ - Notas de Frater M.H. e Frater F. R.

As primeiras experiências com clarividência, segundo se ensinava na

Golden Dawn, eram feitos com os símbolos dos Tattwas.

Page 4: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

COLLEGIUM AD LUX ET NOX 4

2 OS TATTWAS

As condições que tornam a vida possível na terra, seja humana,

animal ou vegetal, são derivadas do Sol, e.g., luz, calor, eletricidade,

magnetismo, etc. Isso é chamado de ―a vida do Sol‖, ou ―Prana Solar‖. O

Prana Solar é comunicado com a terra através de ondas de vibração através

do espaço. Estas ondas possuem comprimentos variados, mas todas

atravessam o vazio em um complexo sistema.

Para ilustrar melhor este concito, imagine uma orquestra. Todas as

ondas de som, desde as notas do fagote até as da flauta, estão todas

passando ao mesmo tempo pelo seu ouvido, porém ainda podem ser

diferenciadas pelo nosso aparelho auditivo. [...] Outro exemplo são as

ondas de cor provindo de uma paisagem; todas desde as ondas de cor mais

rápidas como as do vermelho até as mais lentas como as do azul, passando

ao mesmo tempo o espaço, até serem captadas pelo nosso olho.

Os Pranas Solares serão melhor compreendidos considerando seus

efeitos na matéria visível e tangível, e deverão sempre ser chamados por

seus nomes em sânscrito, que não possuem outra conotação (para nós),

sendo menos suscetíveis à confusão.

Então primeiramente considere o processo pelo qual Mulaprakriti ou

―matéria do mundo‖ é moldada em um planeta. Primeiramente ele é inerte,

como se estivesse em descanso, uma nuvem sem forma de uma matéria

finamente distribuída tendo em si apenas o potencial da forma e substância;

esta é a condição chamada AKASA. Então o movimento começa, a massa é

girada em uma forma esférica e torna-se uma nebulosa. Esta condição é

chamada VAYU.

Agora imagine as partículas infinitesimalmente pequenas, girando ao

redor uma das outras e colidindo-se, gradualmente desenvolvendo calor e

incandescência, até que a nebulosa torna-se uma massa fogosa. Esta

condição é chamada TEJAS. Gradualmente ela esfria, mas continua

fluídica; esta condição é chamada APAS. Mais adiante, com o passar do

tempo, a massa fluida solidifica-se e torna-se um globo ou planeta. Esta

condição é chamada de PRITHIVI.

Estes nomes deverão ser aprendidos e associados com as condições a

que se referem, precisamente. Será visto que eles correspondem com

grande precisão àqueles estados de energia – matéria comumente chamada

de quatro elementos. Deste modo Vayu possui as qualidades do Ar, Tejas

do Fogo, Apas da Água e Prithivi da Terra. Mas como estas palavras estão

Page 5: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

5 TATTWAS

limitadas à fala comum1, não é aconselhável usá-las ao falar ou pensar

sobre os Tattwas. O Akasa nesta conexão representaria a condição negativa

ou passiva do resto. Outra ilustração útil pode ser encontrada considerando

a operação dos Tattwas na ordem reversa: como na química normal temos

um composto conhecido como H2O, em temperaturas e condições normais

é líquido. Caso seja submetido á refrigeração ele se torna sólido, chamado

na terminologia dos elementos, Prithivi – ou ―Terra‖. Este estado resulta da

ação de Prithivi sobe o H2O. Agora suponha que o calor é aplicado: o

pedaço de gelo derrete e a substância retorna ao seu estado Elemental –

Água. Agora ele está sob o Tattwa Apas. Continuemos a aumentar o calor

sob o Tattwa de Tejas e a água torna-se vapor, e está sob o Tattwa de Vayu.

O vapor difunde, ele entra na condição do Tattwa Akasa, com o potencial

de condensação e retornando à terra como chuva.

A partir destas ilustrações o estudante deverá estar apto a obter uma

clara concepção da natureza dos Tattwas, observando-os sempre como

mais ou menos arbitrárias divisões do Prana Solar.

2.1 SÍMBOLOS DOS TATTWAS.

Foi considerado conveniente denotar cada Tattwa por um símbolo

convencional – especializado tal para figura, forma e cor. Estes símbolos

não são selecionados arbitrariamente, mas são derivados da forma da onda,

sua freqüência e seu efeito formativo na substância etérica. Isso, no

entanto, é tão complexo e difícil de investigar que o estudante é

aconselhado a adiar essa consideração no presente, e considerar os

símbolos como sendo meramente formas convencionais suficientemente

apropriadas para fazê-las fáceis de lembrar.

Akasa (A) Tejas (B) Apas (C) Vayu (D) Prithivi (E)

Eheieh Yehovah

Tzabaoth

Elohim

Tzabaoth

Shaddai El

Chai

Adonai Ha-

Aretz

ינדא הארץ שדי אל חי אלהים צבאות יהוה צבאות היהא

1 I.e., Terra não é o chão onde pisamos, Água não é a matéria líquida que bebemos, Ar não é a mistura

de gases que respiramos e Fogo não é aquilo que usamos para preparar um bom churrasco. Alguns paralelos são feitos com as qualidades destas coisas, mas isso não significa que são iguais.

Page 6: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

COLLEGIUM AD LUX ET NOX 6

- Michael Gabriel Rafael Auriel

אוריאל רפאל גבריאל מיכאל -

- Aral Taliahad Chassan Phorlakh

פורלאך חסן תליהד אראל -

Desta forma Akasa é simbolizado por uma figura ovalada em

púrpura escura ou índigo2. Um ovo como sendo a raiz e origem da vida é

notoriamente apropriado como um símbolo da vida – latência da força

vital, a força dentro do ovo antes de ele ser estimulado em atividade

visível; e púrpura é eminentemente uma cor de repouso.

Vayu é simbolizado por um círculo de azul claro, o ar sendo

obviamente uma esfera de cor azul. Existem algumas opiniões diferentes

quanto à correta escuridão do azul, que varia com pessoas diferentes: a

melhor regra é tentar reproduzir o mais profundo e bonito azul celeste que

o estudante já tenha visto.

(...)

Tejas é simbolizado por um triângulo de chama vermelha, a forma e

a cor sendo obviamente apropriados.

Apas é simbolizado por uma crescente prateada, aludindo à Lua

como regente das águas, e sua cor prateada quando não está refletindo o

céu ou qualquer objeto terrestre3.

Prithivi é simbolizado por uma forma quadrada de cor amarela, a

estabilidade da terra sendo denotada pelo quadrado ou cubo4; desde que a

forma perfeita da terra segundo os alquimistas é o ouro, a cor amarela é

apropriada.

2.2 HORAS DOS TATTWAS

O conceito tradicional dos Tattwas é que eles são uma corrente vital

de éter ou de força — os Pranas Hindus — que brotam do sol como um rio

contínuo. Este rio é quíntuplo, e flui ao redor de toda a nossa Terra,

vitalizando sua substancia astral ou esfera de sensação. Ou seja, os Tattwas

são as correntes ou sub-planos da Luz Astral. A teoria é que Akasa é mais

2 Tão escuro que parece preto.

3 Sabe-se que a lua possui efeito sobre as marés (alta e baixa), graças a efeitos gravitacionais.

4 Com todos os ângulos retos e perfeitos.

Page 7: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

7 TATTWAS

forte ao amanhecer, quando o sol nasce, e que seu poder continua por um

período de 24 minutos, até que sua força diminui e se dissipa dando lugar a

Vayu, o Ar. Este também persiste pelo mesmo período de tempo. Acredita-

se que cada Tattwa ou corrente de força existe potentemente durante

determinado período de tempo, e que ao final do mesmo desemboca-se no

Tattwa seguinte, segundo a ordem dada anteriormente. Quando a corrente

de Prithivi se esgota o ciclo volta à Akasa e continua na mesma ordem,

cada ciclo de cinco Tattwas levando duas horas.

Visto que em nosso plano os elementos não podem existir em estado

puro, sem se misturar, sem que dentro dele mesmo, senão que dentro de si

mesmos contenham os constituintes dos demais (ou de outra maneira,

possuem diversos graus ou planos de sua própria substancia), cada Tattwa

se subdivide em cinco correntes ou planos. Akasa de Akasa, Espírito de

Espírito, seria a forma mais pura ou tênue do elemento em questão, a

natureza integral do espírito — sua essência mais elevada. Vayu de Akasa

se referiria a sua qualidade aérea; Tejas de Akasa, seu aspecto fogoso e

dinâmico; Apas de Akasa, é a sua fase fluídica e aquática, ainda que

Prithivi de Akasa, seria sua fase mais terrestre, o aspecto de seu poder que

mais estreitamente entre os demais está em contato com a terra. A mesma

divisão quíntupla, na mesma ordem, se aplica igualmente aos demais

elementos.

Insiste-se fortemente para que o estudante construa os símbolos por

si mesmo e que para trabalhar tenha sempre em mão um conjunto

completo. O Tattwa simples deve ser feito de 6,30 cm de comprimento.

Recomenda-se o uso de papel de cor, em vez de aquarelas, por serem mais

brilhantes. Os esmaltes, que hoje em dia são fáceis de conseguir, podem

também ser usados com magnífico efeito. Se preferir, os símbolos podem

ser cortados de papeis coloridos, devendo colá-los, então, sobre cartas em

branco com a extensão da figura acima. Um sub-tattwa, ou Tattwa

composto, indica-se pintando ou fixando-se sobre o símbolo principal um

símbolo menor ou sub-elemento correspondente. Assim, no caso de Tejas

de Prithivi (o Fogo de Terra) o símbolo de Prithivi que é o principal, deve

ser feito fixado sobre a cartolina num quadrado de 6,30 cm, e logo um

triângulo vermelho de 1,50 cm de lado, no seu centro. É também de grande

utilidade, escrever-se no verso da carta os Nomes Divinos e Angélicos

pertinentes.

2.3 OPERAÇÃO

A forma de usar estes símbolos dos Tattwas para a clarividência é

bastante simples. O exemplo seguinte se refere ao elemento de Prithivi — a

Page 8: Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Tattwas

COLLEGIUM AD LUX ET NOX 8

Terra, o quadrado amarelo — mas o mesmo se aplica igualmente ao

restante dos símbolos. Ainda que o método seja simples, ainda está ―a

prova dos ignorantes‖, e, portanto, sua descrição deve ser lida várias vezes.

Que o estudante se sinta tranquilo e calmo, sentado em uma sala, que

pegue a carta com símbolo do quadrado amarelo. Tendo-a nas mãos, que se

olhe para ela fixamente durante 20 segundos. Que transfira rapidamente sua

atenção do símbolo a uma superfície branca qualquer tal como o teto ou

uma folha em branco especial para a ocasião que se deverá ter a mão, e

verá por uma ação de ótica reflexa, a mesma forma, porém em uma cor

diretamente complementar. Quer dizer, a forma será de um azul lavanda

luminoso ou de malva pálido lúcido, dependendo por completo da

tonalidade do amarelo usado e das condições luminosas ambientais

prevalecentes na hora do experimento.

Em seguida, assim que conseguir ver este quadrado malva, que feche

seus olhos e se esforce para visualizá-lo, na imaginação como se estivesse

de pé diante dele. Uma vez que você o tenha percebido claramente com o

olho da mente, que o estudante imagine que o dito objeto aumenta de

tamanho e se faz suficientemente grande como para poder passar através

dele. O passo seguinte é imaginar que se está efetivamente passando

através do quadrado, como se tratasse de uma porta. O melhor método para

consegui-lo é começando com o Sinal do Neófito — o Sinal do Entrante —

que é aquele que ―busca alcançar a Luz‖. Trata-se essencialmente de um

signo de projeção, cujo efeito deve ser o de haver se projetado efetivamente

através desta porta ou passagem. Se recomenda que neste ponto, o

estudante se ponha de pé e que (deve estar visualizando o quadrado

aumentado com olhos fechados) faça fisicamente o citado Sinal de Hórus,

já se imaginado estar do outro lado, e ai então deve se sentar para dar

começo à visão.

Outro conjunto de instruções ensina da seguinte maneira: ―Primeiro

meditar sobre o elemento selecionado, aprofunde-se, se está trabalhando

com o elemento fogo, sinta-se quente, se com o elemento água, úmido, e

assim sucessivamente, coordenando todo o tempo o símbolo com suas

próprias sensações. E continuando, deixando o símbolo de lado, feche os

olhos, esforce-se em projetar e a aumentar o símbolo diante de si,

considerando-o como uma porta que você irá atravessar... Querer passar

deliberadamente pela porta. Imaginar que se pode ouvir a porta fechando-se

atrás de você‖.

E ainda outra versão escrita por D.D.C.F., que diz o seguinte:

―Construir o desenho, sua forma e cor, na aura akásica tão claramente

quanto aparece na forma material na visão exterior. Transferir o esforço

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9 TATTWAS

vital deste nervo ótico à percepção mental (ou visão-pensamento) que é

algo bem diferente da visão ocular. Que uma forma de percepção a outra.

Produzir a realidade da visão onírica em estado de vigília mediante a

vontade positiva... A continuação, mantendo-se abstraído do ambiente

circundante e concentrado no símbolo e em suas ideias correlativas, se

pretende ter uma percepção de alguma cena, panorama ou visão do plano

correspondente. Isto pode ser conseguido, também, mediante uma sensação

de abrir, como no correr de uma cortina e observar o ―interior‖ do símbolo

que está diante de você‖.

A ideia principal é imaginar o símbolo, e sua cor complementar,

como se fosse uma porta pela qual pudéssemos passar. Uma vez imaginado

e feito tal processo, há de perceber com claridade o quadrado malva (neste

exemplo), atrás de você, o vidente deve fazer um esforço para olhar ao seu

redor. Que se esforce em tentar ver objetos, entidades, ou algum tipo de

paisagem. Estes, quase sempre tomam a forma de pálidas imagens estática

vistas como que com a mente ou com o olho da imaginação. Podem

aparecer colinas, cerradas, roças, grandes penhascos pardos, mas o que é

mais importante, é que devemos ter a forte sensação de estarmos dentro do

elemento; o vidente deve compreender como nunca a verdadeira natureza, a

―alma‖ da terra.

Antes que não ocorra mais nada, os nomes relativos ao elemento

devem ser vibrados, começando com o nome de Deus. O estudante deve

vibrá-los varias vezes, lenta e audivelmente. Assim, primeiro vibraria

Adonai-ha-Aretz, três ou quatro vezes, logo depois o nome de Auriel, o

arcanjo de terra, seguido do nome de Phorlakh, o Anjo de terra.

Normalmente isto será suficiente, e ainda também podem ser usados os

nomes do elemento, e do quadrante em hebraico. Serão percebidas algumas

mudanças na paisagem, esta se tornará viva e dinâmica, e a sensação do

elemento se tornará ainda mais clara e definitivamente vivida. Também

pode aparecer algum tipo de ser cujas características pertençam ao

elemento de terra, e cujas túnicas, cores e demais ornamentos, estejam nas

cores apropriadas. Sob nenhuma circunstancia o vidente deve estar só nesta

porta; deve sempre esperar até que um dos ditos seres elementais ou

―guias‖ apareçam, e deve continuar a vibrar os nomes divinos até que um

assim o faça, ou até ter a sensação de que um está presente. Às vezes

acontece que alguns estudantes não tem uma visão clara desses seres ou

ocorrências, senão mais que uma ligeira percepção, intuição ou instinto

poderoso de que tal coisa está acontecendo, de que um tal tipo esteja

presente. Com frequência, este é mais digno de confiança que o uso da

visão ou de qualquer outro sentido.

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COLLEGIUM AD LUX ET NOX 10

Uma vez que o guia tenha feito sua aparição, deve ser posto à prova

por todos os meios à disposição do vidente. Em primeiro lugar, ele próprio

terá assumir o Sinal do Grau, ao qual o elemento está referindo. Em nosso

exemplo se fará o Sinal de Neófito5, tanto fisicamente quanto astralmente,

levantando o braço direito até formar um ângulo de 45º. O guia deve

responder com o mesmo Sinal, ou com qualquer outro que se prove que

pertença ao elemento, ou que o mesmo foi enviado para atuar como guia.

Se houver algum tipo de engano, estes sinais lhe causarão mal estar, ou a

visão se dissipará, ou guia desaparecerá. Também deve-se perguntar, clara

e deliberadamente, se o mesmo vem atuar em nome do Deus apropriado. Se

tudo parece satisfatório ao vidente, e suas dúvidas desapareceram, pode-se

seguir o guia aonde quer que esse lhe conduza, notando cuidadosamente

para onde este se dirige, e lhe fazendo perguntas sobre o elemento ou sobre

qualquer coisa que você veja.

Deve fazer-se aqui uma observação muito importante. Nestes planos

sutis, ou melhor dizendo, nos domínios internos destes símbolos, a forma

adquire uma inclinação simbólica que nós, terrestres, temos obscurecido,

senão perdido. Unicamente os seres humanos se cobrem com vestimentas

cuja forma e cor não guardam relação com o próprio caráter. ―Inclusive em

nosso próprio plano, as vestimentas animais estão carregadas de

significado, e no plano astral isto acontece muito mais enfaticamente.

Poderia ser um elemental, com algum propósito pessoal, se disfarçando

temporariamente, dando um aspecto semelhante ao seu, mas nos dão certos

procedimentos definidos para tratar com eles.‖

3 PRANA

Entre as inúmeras forças que emanam do Sol, fertilizando e

interpretando as próprias energias dos orbes físicos que compõem o seu

sistema planetário, a pedagogia espiritual do Oriente destaca três que são as

mais importantes e úteis ao conhecimento da humanidade atual. São elas:

―Fohat‖, que é conhecido no Ocidente por eletricidade, e que pode

transformar-se em calor, magnetismo, luz e força ou movimento;

―Kundalini‖, ou fogo serpentino, energia solar muito vigorosa, que se

concentra no seio da Terra e depois flui violentamente para a periferia,

ativando as coisas e os seres num impulso dinâmico de alto poder

transformativo e criativo; finalmente, a terceira força ou elemento é o

―Prana‖, cuja energia ou Vitalidade em potencial é responsável por todas as

manifestações da vida no Universo.

5 Sinal da Terra

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11 TATTWAS

O Prana está em todos os fenômenos do mundo exterior da matéria,

assim como também nutre a vida no mundo oculto espiritual, mental, astral

e etéreo. Essas três manifestações energéticas emanadas do Sol, que é o

centro principal da Vida na Terra, conhecidas no Oriente por ―Fohat‖,

―Kundalini‖ e ―Prana‖, jamais se transformam noutras formas de energias,

pois tais elementos são tipos específicos, à parte, que atendem

exclusivamente às necessidades e funções que mencionamos.

Aliás, Prana é palavra de origem sânscrita e traduzida textualmente,

quer dizer ―sopro de vida‖, ou energia vital. Para os orientais e

principalmente entre os hindus ela possui significação mais ampla, sendo

considerada a manifestação centrífuga de um dos poderes cósmicos de

Deus. Para a escolástica hindu só há uma Vida, o Prana, tido como a

própria Vida do Logos!

Prana é a vida manifestada em cada plano de atividade do Espírito

eterno; é o sopro vital de cada coisa e de cada ser. Na matéria ele é a

energia que edifica e coordena as moléculas físicas, ajustando-as de modo a

comporem as formas em todos os reinos, como o mineral, o vegetal, o

animal e o humano. Sem Prana, sopro indispensável, não haveria coesão

molecular nem a conseqüente formação de um todo definido, pois é ele que

congrega todas as células independentes e as interliga em íntima relação

sustentando as formas. A coesão celular formada pelo Prana assegura a

existência de uma consciência vital instintiva, garantindo uma unidade

sensível e dominante, que atua em todos os demais planos internos da Vida.

A palavra Prana, como a energia é mais conhecida na Índia, pátria

original do Yoga, é derivada do sânscrito ―Pra‖ e de ―Na‖ (respirar, viver).

Logo, etimologicamente significa ―sopro vital‖. No Japão, a energia é

conhecida como ―Ki‖. Na China, a energia é conhecida como ―Chi‖. As

energias que os seres vivos absorvem e metabolizam são provenientes de

fontes variadas: o Sol, o espaço infinito, o próprio planeta, etc. Os

ocultistas orientais dividiram essas energias em três grupos distintos:

• Fohat (eletricidade): energia conversível em calor, luz, som,

movimento, etc.;

• Prana (vitalidade): energia integrante que coordena as moléculas e

células físicas e as reúne num organismo definido;

• Kundalini (fogo serpentino): energia primária, violenta,

estruturadora das formas. É proveniente do centro do planeta.

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COLLEGIUM AD LUX ET NOX 12

4 TABELA DE PROPRIEDADES

A tabela a seguir foi extraída do Liber 777.

Tattwa Akasa Tejas Apas Vayu Prithivi

Nome

Divino6

Yeheshuah

[Eheieh :

Agla]

Elohim El Yehovah Adonai

[Ha-

Aretz]

Arcanjo - Michael Gabriel Raphael Auriel

Anjo - Aral Taliahad Chassan Phorlak

Quadrante - Darom (S) Maareb

(O)

Mezrach

(L)

Tzaphon

(N)

Elemento A B C D E Sinal

7 - Sinal de

Philosophus

4º=78 (Deusa

Thoum-

Aesh-

Neith)

Sinal de

Practicus

3º=88 (Deusa

Auramoth)

Sinal de

Zelator

2°=98 (Deus Shu,

suportando

o céu)

Sinal de

Neófito

1º=108 (Deus

Seth

lutando)

5 BIBLIOGRAFIA

Crowley, A., & Regardie, I. (1986). 777 And Other Qabalistic Writings of

Aleister Crowley. Red Wheel/Weiser.

Regardie, I. (2008). The Complete Golden Dawn System of Magic (2ª ed.).

New Falcon Publications.

6 Notem os nomes divinos do Ritual Maior do Pentagrama.

7 E os sinais que também são usados no Ritual.