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1 COLÉGIO ESTADUAL TÚLIO DE FRANÇA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE SUBSEQUENTE CARLA PATRICIA BIANCHINI RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE RECICLÁVEIS NOVA ESPERANÇA UNIÃO DA VITÓRIA PR 2018

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COLÉGIO ESTADUAL TÚLIO DE FRANÇA

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE SUBSEQUENTE

CARLA PATRICIA BIANCHINI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS

ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE RECICLÁVEIS NOVA ESPERANÇA

UNIÃO DA VITÓRIA – PR

2018

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CARLA PATRICIA BIANCHINI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS

ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE RECICLÁVEIS NOVA ESPERANÇA

Relatório de Estágio Profissional apresentado como requisito final para a obtenção do Título de Técnico em Meio Ambiente pelo Colégio Estadual Túlio de França. Orientador(a): Prof. Sandra Sausen Ferreira dos Santos

UNIÃO DA VITÓRIA – PR

2018

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CARLA PATRICIA BIANCHINI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

TRIAGEM DE RESIDUOS SÓLIDOS

ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE RECICLÁVEIS NOVA ESPERANÇA

Relatório de Estágio Profissional apresentado como requisito final para a obtenção do Título de Técnico em Meio Ambiente pelo Colégio Estadual Túlio de França. Orientador(a): Sandra Sausen Ferreira dos Santos

EXAMINADORES:

_____________________________________________________ Giovani Valentim Cimbaluk

Mestre, Coordenador do Curso Colégio Estadual Túlio de França

_____________________________________________________

Sandra Brixi Professora: Analise controle e Química Ambiental

Colégio Estadual Túlio de França

______________________________________________________ Mario Francisco Dalgallo Especialista, Diretor Colégio Estadual Túlio de França

UNIÃO DA VITÓRIA – PR

2018

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Dedico este trabalho primeiramente

a Deus pelo dom da vida e por ter

me proporcionado a caminhada até

aqui.

À minha família por toda dedicação e

paciência, em especial à minha filha

razão e força do meu viver.

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Agradecimentos

A Deus pelo dom da vida, saúde e

força para superar as dificuldades.

Ao Colégio Estadual Túlio de

França, aos professores e direção

que me oportunizaram a realizar

este sonho.

Aos meus amigos que sempre me

apoiaram.

A minha eterna gratidão à minha

família, que em toda a minha vida

me apoiaram nas minhas escolhas e

deram a vida cheia de amor, me

ensinaram a ser íntegra, com

caráter, coragem e dignidade.

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“O Lixo é uma matéria prima fora do lugar. A forma

com que uma sociedade trata o seu lixo atesta o

seu grau de civilização”.

Sidney Grippy.

“Os únicos limites das nossas realizações de amanhã

são as nossas dúvidas e hesitações de hoje.“

(Autor desconhecido)

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FOTO 01 FACHADA DO GALPÃO DE TRIAGEM............................................26

FOTO 02 MESA DE TRIAGEM LIXO COMUM ......................................................... 26

FOTO 04 MESA DE TRIAGEM COLETA SELETIVA ............................................... 27

FOTO 05 CAMINHÃO COLETA SELETIVA .............................................................. 28

FOTO 07 LOCAL TEMPORÁRIO DE ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS .... 28

FOTO 08 TRABALHO MANUAL/INICIO DA TRIAGEM ............................................ 29

FOTO 09 PRENSA ENFARDADEIRA ....................................................................... 29

FOTO 10 FARDOS PRENSADOS ............................................................................ 30

FOTO 11 REJEITOS PROVENIENTES DA TRIAGEM ............................................. 30

FOTO 12 PÁTIO DE COMPOSTAGEM DESATIVADO ............................................ 31

FOTO 13 RESÍDUOS ELETRÔNICOS .................................................................... 31

FOTO 14 LIVROS DIDÁTICOS ................................................................................. 32

FOTO 15 RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE .................................................... 32

FOTO 16 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................ 33

FOTO 17 MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA COLETA SELETIVA .......................... 33

FOTO 19 VALA SÉPTICA ATERRO SANITÁRIO

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

Abrelpe Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais

Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Conama Conselho Nacional Do Meio Ambiente

CTC Centro de Triagem e Compostagem

E.P.I Equipamento de Proteção Individual

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

PEAD Polietileno de alta densidade

PEBD Polietileno de baixa densidade

PET Poli tereftalato de etileno

PP Polipropileno

PS Poliestireno

PVC Poli cloreto de vinila

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ................................................. 12

2.1 NOME DO ESTABELECIMENTO ....................................................................... 12

2.2 ENTIDADE MANTENEDORA ............................................................................. 12

2.3 ENDEREÇO ........................................................................................................ 12

2.4 MUNICIPIO ......................................................................................................... 12

2.5 NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO ............................................................... 12

2.6 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ............................................................................ 12

2.6.1 Habilitação ........................................................................................................ 12

2.7 EIXO TECNOLÓGICO ........................................................................................ 12

2.8 CARGA HORÁRIA TOTAL .................................................................................. 12

2.8.2 DO ESTÁGIO ................................................................................................... 12

3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 13

4 OBJETIVOS ........................................................................................................... 14

4.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 15

4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................... 15

5 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ............................................................. 16

5.1 DADOS GERAIS DA EMPRESA ......................................................................... 16

5.1.1 RAZÃO SOCIAL ............................................................................................... 16

5.1.2 NOME FANTASIA ............................................................................................ 16

5.1.3 CNPJ ................................................................................................................ 16

5.1.4 ENDEREÇO ..................................................................................................... 16

5.1.5 CIDADE/ESTADO ............................................................................................ 16

5.1.6 CEP .................................................................................................................. 16

5.1.7 TELEFONE ...................................................................................................... 16

5.2 INFORMAÇOES DA EMPRESA ......................................................................... 16

6 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA................................................................ 17

7 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO .... 17

7.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 18

7.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................... 20

7.1.2 LEI 12.305 ........................................................................................................ 20

7.1.3 COLETA SELETIVA ......................................................................................... 21

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7.1.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................ 23

7.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................ 24

7.3 ASPECTOS POSITIVOS ..................................................................................... 24

7.4 ASPECTOS LIMITANTES ................................................................................... 33

7.5 SUGESTÔES ...................................................................................................... 34

8 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO PELA EMPRESA CONCEDENTE ........................... 35

9 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 35

10 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 36

ANEXO A - Termo de Compromisso ..................................................................... 37

ANEXO B - Jornada Tuliana .................................................................................. 38

ANEXO C - Plano de Estágio .................................................................................. 39

ANEXO D - Ficha de Avaliação Técnica do Estagiário ......................................... 40

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1 INTRODUÇÃO

A crescente geração de resíduos sólidos no mundo é hoje um dos

grandes problemas a ser resolvido, tornando-se uma questão que já vem

sendo discutida ao longo dos anos sem uma real solução. Com a

industrialização e a ação desenfreada do consumismo, o aumento da geração

de resíduos foi significativo, colocando em risco e superlotando os aterros

sanitários. Consequentemente muitas vezes, sendo acondicionada em lugares

inadequados, trazendo riscos à segurança e à saúde da população com o

aparecimento de vetores transmissores de algumas doenças, como por

exemplo, ratos, baratas e moscas, e poluindo o meio ambiente por meio dos

efeitos maléficos dos agentes físicos, químicos e dos biológicos.

Diante deste cenário atual estamos em um caminho para a mudança da

postura da população em relação ao meio ambiente. Neste contexto é instituída

a lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. “Esta lei

dispõe sobre princípios, objetivos e seus instrumentos, bem como as diretrizes

relativas a gestão integrada e ao gerenciamento dos resíduos sólidos, incluindo

os perigosos, as responsabilidades dos geradores e do poder público e aos

instrumentos econômicos aplicáveis’’.(BRASIL, 2010).

Um importante papel vem sendo desenvolvido na sociedade quando

tratamos do trabalho que é desempenhado pelas Cooperativas e Associações

de triagem e reciclagem, com isso além da geração de renda e emprego aos

associados, a diminuição do uso de matéria-prima para as empresas ajudando

a construir uma sociedade sustentável, assim preservando os recursos naturais

e reduzindo a quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos que são depositados

nos aterros sanitários, prolongando o tempo de vida útil destas infra-estruturas.

O presente relatório de estágio tem a finalidade de apresentar as

atividades realizadas durante o período de estágio, realizado na Associação de

Catadores e Recicláveis Nova Esperança.

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2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

2.1 NOME DO ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual Túlio de França Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissional

2.2 ENTIDADE MANTENEDORA

Secretaria de Estado da Educação (SEED)

2.3 ENDEREÇO

Rua: Interventor Manoel Ribas, s/n

2.4 MUNICÍPIO

União da Vitória – PR

2.5 NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO Núcleo Regional de Educação de União da Vitória – PR

2.6 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

2.6.1 HABILITAÇÃO

Técnico em Meio Ambiente

2.7 EIXO TECNOLÓGICO 2.7.1 Eixo de Educação

Meio Ambiente, Saúde e Segurança

2.8 CARGA HORÁRIA TOTAL

2.8.1 Do curso: 1500 horas aula ou 1250 horas

2.8.2 Do estágio: 100 hora

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3 JUSTIFICATIVA

O presente relatório de estágio supervisionado tem por objetivo

apresentar as atividades desenvolvidas durante o período de estágio, realizado

entre os dias 18 maio de 2018 à 05 de julho de 2018.

O desenvolvimento do relatório de estágio supervisionado é de

fundamental importância para que o estudante obtenha a aprovação. Visto que

o estágio parte do Projeto Pedagógico do Curso de Meio Ambiente do Colégio

Estadual Túlio de França no ano de 2018, e visa ao aprendizado e

competências próprias de atividade profissional e a contextualização curricular,

objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o

trabalho.

A realização do estágio supervisionado é obrigatório como disposto na

lei 11.788 (2008). Sendo assim considerada uma ação indispensável para o

exercício profissional, segundo a lei citada em seu art.1º:

“o estágio é ato educativo escolar supervisionado desenvolvido no ambiente de trabalho que visa a preparação para o trabalho produtivo dos educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior,de educação profissional ,de ensino médio ,da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental e na modalidade profissional.” (BRASIL, 2008).

Justificando-se ainda pela importância de qualificação, bem como,

permite ampliar novos conhecimentos na área específica, permitindo vivenciar

os estudos teóricos na prática. Este é momento em que o aluno adquire novos

conhecimentos, podendo realizar atividades praticas na empresa concedente.

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Conhecer o processo de recolhimento, separação, triagem e

acondicionamento dos resíduos sólidos da cidade de General Carneiro,

com ênfase na separação dos materiais recicláveis e a forma de

tratamento dos resíduos .

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer como é realizado o processo de triagem e disposição final dos

resíduos;

Acompanhar o desenvolvimento do programa de gestão de resíduos;

Observar e analisar a adesão da coleta seletiva;

5 LOCAL (AIS) DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

DADOS GERAIS DA EMPRESA

Associação dos Catadores de Recicláveis Nova Esperança.

Razão Social

Associação dos Catadores de Recicláveis Nova Esperança

Nome Fantasia

CNPJ

07.324.187/0001-28

Endereço Avenida Presidente Getulio Vargas

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Cidade/Estado

General Carneiro – Paraná

CEP

84.660-000

Telefone

5.2 INFORMAÇÕES DA EMPRESA

A Associação de Catadores de Recicláveis Nova Esperança iniciou os

seus respectivos trabalhos no ano de 2003. Juntamente com a implantação do

aterro sanitário da cidade de General Carneiro com a problemática da

destinação correta dos Resíduos Sólidos. A Associação de Catadores de

Recicláveis e aterro sanitário, situados na localidade de Butiazal, funciona por

meio do trabalho dos associados. A extensão do terreno tem em média 4

(quatro) alqueires, área pertencente a Prefeitura Municipal de General

Carneiro.

A associação é responsável pela realização de todo o processo de

separação dos materiais que são transportados até o centro de triagem e

compostagem. Apenas o material que não pode ser reciclável é enviado para a

vala do aterro sanitário. É composta por 13 trabalhadores, de forma em que os

valores obtidos com a venda dos materiais é dividido entre todos os

associados. Possui um barracão para recepção, acondicionamento e triagem, e

pátio de compostagem que está desativado, devido a decisão dos associados,

por não surgir lucro do composto orgânico. A coleta e o transporte dos resíduos

são de responsabilidade da prefeitura.

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6 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

O Estágio Supervisionado do Colégio Estadual Túlio de França,

regulamentado conforme a Lei 11.788 de 2008 exige a realização do estágio no

total de 100 horas para a obtenção do título e atribuições de Técnico em Meio

Ambiente.

Foram realizadas 80 horas de estágio na Associação de Catadores de

Recicláveis Nova Esperança na cidade de General Carneiro. Com início no dia

18 de maio de 2018 e término no dia 05 de julho de 2018, na parte da manhã

das 8 h e 30 min às 12:00 h e a tarde das 13h e 30 min às 16:00 h totalizando

as seis horas diárias.

As vinte horas restantes da distribuição da carga horária foram

cumpridas com a participação na Jornada Tuliana do ano de 2017,sendo

abordados os seguintes temas:( ANEXO B)

Trabalho, Conhecimento e informação: Contradição do mundo do

Trabalho e perspectivas do futuro”

Desaparecimento das abelhas e seus impactos.

Motivação para o trabalho.

Movimentos de massas e desastres naturais em ambientes

urbanos.

Educação Ambiental através dos livros didáticos de geografia do

ensino fundamental e médio utilizados na rede pública.

Gestão de Resíduos Sólidos urbanos com ênfase na reciclagem

de resíduos de construção civil.

Transformação do resíduo na produção de madeira plástica e

perspectivas de expansão do setor.

Desafios ambientais na Gestão pública.

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7 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

7.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A temática relacionada aos Resíduos Sólidos vem sendo discutida nas

últimas décadas por decorrência do aumento de seus impactos negativos ao

meio ambiente. Com o desenvolvimento urbano e o crescimento econômico,

novos padrões de produção e consumo se estabeleceram, fragilizando o meio

ambiente e assim destacando a importância de repensar as práticas de

consumo da sociedade.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através de sua

NBR nº 10004/2004 e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama),

através de sua resolução nº005,definem resíduos sólidos como:

“Resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.”(Resolução CONAMA nº005/1993.)

A população brasileira apresentou um crescimento de 0,8 % entre 2014

e 2015 e a geração per capita de Resíduos Sólidos Urbanos cresceu no

mesmo ritmo. A geração total, por sua vez, atingiu o equivalente a 218.874 t/dia

de Resíduos Sólidos gerado no país, um crescimento de 1,74 em relação ao

ano anterior. (Abrelpe Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2015 pag 19 )

Diante desta realidade despertou-se um tema abrangente para

desenvolver o meu estágio supervisionado, sendo realizado no CTC (Centro de

Triagem e compostagem) e Aterro Sanitário de General Carneiro – Paraná.

7.1.1 Classificação dos Resíduos Sólidos

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Conforme a ANVISA (2006), as normas e resoluções existentes

classificam os resíduos sólidos em função dos riscos potenciais no meio

ambiente e a saúde, bem como, em função da natureza e origem.

Com relação aos riscos potenciais ao meio ambiente e á saúde pública a

NBR 10004/2004 classifica os resíduos sólidos em duas classes: Classe I ou

perigosos e Classe II ou não perigosos. Os resíduos sólidos perigosos são

aqueles que, em função das suas propriedades físicas, químicas ou biológicas,

podem apresentar riscos a saúde e ao meio ambiente. Possuem um ou mais

das seguintes propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade,

toxicidade, patogenicidade.

Os resíduos sólidos não perigosos são subdivididos em duas classes:

Classe II A ou não inertes (quando apresentam propriedades de

biodegrabilidade, com sustentabilidade ou solubilidade em água. A Classe II B

ou inertes (quando não apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados

a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com

exceção dos aspectos de cor, turbidez, dureza e sabor. (BARTHOLOMEU E

CAIXETA- FILHO, 2011).

São classificados também segundo a sua origem como:

-Urbanos: Incluem o resíduo domiciliar gerado nas residências, o resíduo

comercial, produzido em supermercados, restaurantes e outros

estabelecimentos e afins, resíduos de serviços de limpeza pública, além de

resíduos de varrição.

-Industriais: Correspondem aos resíduos gerados nos diversos tipos de

indústrias e processamento, são classificados de acordo com a periculosidade

oferecida por alguns desses resíduos.

-Resíduos de serviço de saúde: são resíduos produzidos em hospitais, clínicas

medicas veterinárias, laboratórios de análises clínicas, centros de saúde,

consultórios odontológicos e outros estabelecimentos e afins.

É com base nessa classificação que podemos designar as

responsabilidades destes resíduos e a gestão integrada, o ciclo produtivo de

vida dos materiais, diminuindo o consumo de matéria prima e

consequentemente preservando os recursos naturais. (BARTHOLOMEU E

CAIXETA FILHO, 2011).

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São diversos os materiais que chegam ao local para a triagem, sendo os

principais listados abaixo:

Resíduos Eletrônicos

Os resíduos eletrônicos passam pelo processo de transformação e

classificação de peça, são comercializados de acordo com o tipo de resíduo em

que se enquadre. Com os avanços tecnológicos muitos desses equipamentos

eletrônicos, vão sendo desvalorizados e trocados por produtos novos, e assim

não sendo mais utilizados acabam destinados para o lixo ou descartados em

locais inapropriados, causando danos ao meio ambiente, um dos problemas

são os perigosos componentes químicos que estão presentes nestes

equipamentos.

Plástico / Classificação dos plásticos :

Dentre os materiais recicláveis que chegam à associação, o plástico é

um dos materiais mais presentes no nosso cotidiano. É diferenciado por ter

suas subdivisões, estes são classificados em seis categorias:

PET (Poli tereftalato de etileno) frascos e garrafas para uso em geral,

tendo características transparente, impermeável, inquebrável.

PEAD (Polietileno de alta densidade): Embalagem de detergente,

sacolas comerciais, tampas, utilidades domésticas, etc. Tendo características

inquebrável, leve, impermeável e com resistência química.

PVC (Poli cloreto de vinila): Tubulações de água, embalagem de

remédios, brinquedo, embalagem para água mineral, etc. Tendo características

impermeável, rígido e transparente, resistente a temperaturas e inquebrável.

PEBD ou PELBD (Polietileno de baixa densidade): sacolas comerciais,

sacaria industrial, saco de lixo, etc.Tendo como característica a flexibilidade.

PP (Polipropileno): caixas para bebidas, fibras para tapetes e utilidades

domésticas, filme para embalagens de alimentos, etc. Tendo como

característica inquebrável, transparente, rígido e brilhante.

PS (Poliestireno): potes para sorvetes, iogurtes, bandejas de

supermercado, brinquedos, etc. Tendo características impermeável, rígido e

transparente, é uma resina do grupo dos termoplásticos.

Uma dúvida freqüente é o caso de plásticos especiais e de engenharia,

eletrodomésticos e computadores, são leves e flexíveis, inclui uma variação do

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PP e o BOPP, plástico metalizado de difícil reciclagem como as embalagens de

salgadinhos, bala, biscoito bastante comum no nosso cotidiano.

7.1.2 Lei 12.305 DE 12 de Agosto de 2010.

É notável os sinais que o nosso planeta Terra nos mostra, sinais

evidentes do esgotamento e a sua capacidade de nos oferecer os recursos

naturais. A crescente geração dos resíduos sólidos e o consumismo

desenfreado é um fato preocupante, causadoras da diminuição dos recursos

naturais.

Perante o cenário atual com certas mudanças da população, a

preocupação com o meio ambiente e a criação pelo poder público de diretrizes

para o gerenciamento dos resíduos sólidos no país por meio da criação da Lei

12.305 de 02 de Agosto de 2010 “Política Nacional dos resíduos sólidos”, lei

que representa um marco histórico para o setor de regulamentação de resíduos

sólidos no Brasil:

Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. (BRASIL, 2010).

Em seu inciso 1º tem a seguinte citação:

§ 1o Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou

jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. (BRASIL, 2010).

Esta Lei defende a necessidade que cada um seja responsável pela

geração de resíduos, a diminuição da geração destes, e a maneira de como

reaproveitá-los. Todos nós somos responsáveis pelos resíduos que geramos

de uma forma ou de outra, consumindo mais e descartando de forma incorreta.

Ainda nesse contexto a referente Lei cita em ser artigo 33 a importância

da Logística Reversa no caso dos fabricantes:

Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. (BRASIL, 2010).

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Assim sendo, mediante o retorno do produto após o uso do consumidor,

este é o integrante principal para que isso aconteça e o sistema funcione, a Lei

12.305 de 02 de agosto de 2010 estabelece que as embalagens e produtos

após o consumo devem ser restituídos no setor empresarial para voltarem

como matéria-prima ao ciclo produtivo,fazem parte dos produtos da Logística

Reversa materiais como: pneus, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.

7.1.3 Coleta Seletiva

Atualmente os trabalhadores e associações / cooperativas de materiais

recicláveis conquistaram espaço nas políticas públicas, principalmente com a

criação da Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, Política Nacional dos resíduos

sólidos que inseriu esses trabalhadores como agentes ambientalistas

importantes para a manutenção da reciclagem. Atuam nas atividades de coleta

seletiva, triagem e classificação, processamento e comercialização dos

resíduos recicláveis, contribuindo de forma significativa para a cadeia produtiva

da reciclagem, e para o aumento da vida útil dos aterros sanitários e a

diminuição da demandados recursos naturais.

Um fator importante para a realização de um sistema de gerenciamento

de resíduos sólidos é a implantação da coleta seletiva, facilitando o trabalho

das cooperativas. Para Calderoni (2003) a reciclagem proporciona ganhos

superiores a 1,1 bilhão anuais, ou seja, atribui valores econômicos e

ambientais.

A coleta seletiva é um sistema de coleta de resíduos que apresentam

potencial para reciclagem tais como papel, papelão, plástico, vidro e metal. Os

materiais recicláveis compõe cerca de 40 % dos resíduos sólidos que

produzimos (BACHI, 2011). A separação destes materiais facilita também o

aproveitamento da matéria orgânica que pode ser encaminhada a

compostagem gerando adubo orgânico.

A coleta seletiva gera muitas vantagens dentre elas:

Promover melhorias na limpeza das cidades.

Possibilita a reciclagem dos materiais, cujo destino seria o aterro

sanitário.

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Diminuição do desperdício.

Novas oportunidades de emprego (inserção social)

Geração de renda pela comercialização dos materiais recicláveis.

Maior vida útil da estrutura dos aterros sanitários.

Além de algumas vantagens citadas acima a coleta seletiva possui princípios:

Reduzir o volume de lixo gerado

Diminuição da degradação dos recursos naturais

Descarte e acondicionamento incorreto do lixo e o fim dos “lixões”.

O resultado entre a desproporção e a disposição correta do lixo faz com que

grande parte dele não seja coletado, permanecendo junto aos logradouros ou

sendo descartados em lugares públicos, encostas ou cursos de água. Sendo

assim a natureza pode levar um longo tempo para biodegradar alguns

materiais, mesmo se houver condições ideais para esse processo. (Grippi

2006.p 23).

Tabela 01 - Degradação dos materiais:

Resíduo Tempo

Jornal 2 a 6 semanas

Embalagens de papel 1 a 4 meses

Guardanapo de papel 3 meses

Ponta de cigarro 2 anos

Palito de fósforo 2 anos

Casca de frutas 3 meses

Nailon 0 a 40 anos

Copo plástico 200 a 450 anos

Pilhas e baterias 100 a 500 anos

Garrafas de vidro ou plástico mais de 500 anos

Fonte: GRIPPI, 2006 ,p. 23.

Apesar de que atualmente os gestores públicos e a própria população

estejam buscando iniciativas para o desenvolvimento para a coleta seletiva, no

país tem-se apenas 3,5% dos 5.561 municípios operando o programa da coleta

seletiva.

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De acordo com o IBGE (2010), os primeiros programas da coleta

seletiva e da reciclagem dos resíduos sólidos começaram em meados da

década de 80, são anos de tentativas e ações para a implantação desse

sistema.(GRIPPI, 2006).

Inicialmente é necessária a conscientização de todos para a busca de

soluções para o problema. Isto só será possível por meio de um

comprometimento entre população e gestores públicos, através de palestras,

manual da coleta seletiva, demonstrando as vantagens desse sistema, da

preservação dos recursos naturais e a não degradação do meio ambiente.

7.1.4 Educação Ambiental

Educação ambiental é o processo designado para a preservação do

patrimônio ambiental, visa estruturar modelos de desenvolvimento com

soluções sustentáveis e formar cidadãos com conceitos que permitam a

evolução, pois esta constrói no indivíduo e na coletividade uma consciência de

mudança e comportamento e atitudes. É conhecido que a maior parte da nossa

população não coopera com as questões ambientais devido à desinformação.

O artigo 1º da lei Federal nº 9.795 de 27 de Abril do ano de 1999, lei esta

que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, estabelece seus

princípios e objetivos para promover ações voltadas para a qualidade de vida e

sustentabilidade:

Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. ( BRASIL, 1999).

Para Dias Freire (1994) a Educação ambiental teria como finalidade

promover a compreensão da existência e da importância, da independência

econômica, política social e ecológica da sociedade, proporcionar a todas as

pessoas a possibilidade de adquirir conhecimentos, o sentido dos valores, o

interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar a qualidade

ambiental.

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A problemática atual não está em fazer uso dos recursos naturais, tendo

em vista que nós seres humanos, precisamos sobreviver, se desenvolver e

evoluir, a questão é de como estamos nos preocupando e fazendo isso de

forma que não degrade o meio ambiente.

A educação ambiental deve ocorrer tanto no espaço escolar, assim

como, em comunidades. Esta mostra-se como uma ferramenta de orientação

para a conscientização dos indivíduos frente aos problemas ambientais.

7.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS. Atualmente uma das preocupações da sociedade e de gestores

públicos, são os problemas relacionados com a destinação dos resíduos

sólidos, a geração, o acondicionamento e o descarte final destes. A incorreta

disposição final do lixo, além de provocar poluição do solo, contribui para a

poluição da água e do ar. No entanto existem medidas paliativas para auxiliar

esse processo, como a reciclagem.

Neste caso despertou-se um tema abrangente para desenvolver o meu

Estágio Supervisionado. Sendo realizado na Associação de Catadores e

Recicláveis Nova Esperança CTC (centro de triagem e compostagem) e aterro

sanitário de General Carneiro.

Iniciei o meu estágio supervisionado no dia 18 de setembro de 2017,

sendo bem recebida pela Presidente da Associação Lindamir Pacheco e por

todos ali presentes.

Conhecer as estruturas, a rotina e o funcionamento da associação. A

estrutura baixa do barracão, a mesa de triagem dos resíduos são de concreto,

sendo duas mesas de triagem onde ficam os funcionários responsáveis pela

separação, divididas de acordo com as cargas do caminhão da coleta seletiva

e do lixo não reciclável, mas infelizmente a população não está separando

corretamente dificultando o trabalho da associação.(FOTOS 03 e 04).

A coleta dos resíduos é feita por dois caminhões compactadores,

realizada de forma contínua de segunda a sexta-feira, sendo dividida entre os

bairros. (FOTOS 05 e 06). São descarregadas duas cargas ao dia na

Associação, uma media mensal de 150 toneladas de resíduos, a cidade possui

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uma população estimada em 14.038 habitantes. Juntamente com o galpão de

triagem da associação está localizado o Aterro Sanitário Municipal de General

Carneiro. Atualmente o aterro possui quatro valas sépticas, dessas três já

devidamente encerradas, e a outra em uso.

O sistema de recebimento do lixo é ao lado do galpão de triagem, sendo

acondicionado temporariamente no chão até que sejam triados. (FOTO 07).

Esses resíduos chegam até à mesa de triagem pelo trabalho feito

manualmente, pois a associação não dispõe de uma esteira elétrica para a

realização desse processo inicial. (FOTO 08)

No momento em que os resíduos já estão dispostos sobre a mesa de

separação chamada pelos associados de “bica”, os associados realizam a

triagem e separam os materiais em galões. Os materiais recicláveis já são

separados em bags e encaminhados para a prensagem e a confecção de

fardos, em média de oito a dez fardos ao dia. (FOTOS 09 e 10).

Os rejeitos provenientes da triagem dos materiais seguem para a vala

séptica do aterro sanitário. (FOTO 11). Quanto ao composto orgânico os

associados optaram por não fazer, por não fornecer renda e por vez conter

elementos que comprometam o composto orgânico, assim sendo o pátio de

compostagem está desativado.

O vidro é um material que quando reciclado é misturado com nova

matéria-prima. Possuem modificações de valor, de acordo com sua

classificação, tendo em vista suas características. São classificados como:

Vidros em caco (quebrados), vidros inteiros (garrafas de bebidas e vidros de

conserva) e de acordo com a cor. O valor destes materiais variam de R$ 0,10

kg (dez centavos) à R$ 0,25 kg (vinte e cinco centavos) de acordo com suas

características.

O alumínio cobre e metais como ferragens, enlatados tambem agregam

valores para a associação.

As embalagens tetra pak (chamadas tambem de longa vida), são classificadas

como caixa de leite, suco e achocolatados e afins, são embalagens cartonadas,

são prensadas e enfardadas e encaminhadas para a empresa recicladora.

A destinação do isopor ainda é um desafio para os trabalhadores

associados, é um material que representa intenso volume para o aterro

sanitário, pois não se tem comercialização.

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O papel é separado de acordo com a sua classificação, jornais, revistas,

folhas de caderno, papel ondulado e aparas de papel. Em se tratando de papel

uma cena que me chamou bastante atenção foram vários livros didáticos sobre

a mesa de triagem, esse descarte na minha concepção só deve acontecer

quando o livro não apresente mais condições de uso.

Durante a rotina de triagem dos materiais é comum ainda o

aparecimento de Resíduos de Serviço Saúde (Resíduos considerados

perigosos), diante disso os associados depositam estes resíduos em galões até

que sejam destinados corretamente.

Acompanhei juntamente com a responsável da Associação uma análise

dos dados quantitativos do corrente mês dos materiais reciclados.

Plástico : 6.985 kg/mês.

Papel : 6.590 kg/mês.

Embalagens Tetra pak : 1.058 kg/mês.

Metal : 3.530 kg/ mês.

Vidros :6.140 kg/mês.

Média mensal: 24.302 kg.

A associação recebe constantemente visitas de escola. Uma das

importantes experiências que participei ativamente, foi contribuir com os meus

conhecimentos adquiridos durante o curso, para repassar com ênfase na

importância da educação ambiental, relatando métodos de como eles podem

representar um papel fundamental em suas próprias residências.

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FOTO 01: Fachada do galpão de triagem.

Fonte: O autor, 2018.

FOTO 02 Mesa de triagem “Coleta seletiva”

Fonte: O autor, 2018.

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FOTO 03: Caminhão utilizado na coleta seletiva

Fonte: O autor, 2018.

FOTO 04: Caminhão de Coleta.

Fonte: O autor, 2018.

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FOTO 05: Local temporário de acondicionamento dos resíduos.

Fonte: O autor, 2018.

FOTO 06: Prensa Enfardadeira.

Fonte: O autor, 2018

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FOTO 07: Fardos prontos à serem encaminhados a empresa recicladora.

Fonte: O autor, 2018.

FOTO 08: Rejeitos provenientes da triagem.

Fonte: O autor, 2018.

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FOTO 09: Pátio de compostagem desativado.

Fonte: O autor, 2018.

FOTO 10 : Material de divulgação da coleta seletiva.

Fonte: O autor, 2018.

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FOTO 11 : Material de divulgação da coleta seletiva.

Fonte: O autor, 2018.

FOTO 12: descarga de rejeitos.

Fonte: O autor, 2018.

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7.3 ASPECTOS POSITIVOS

Crescimento pessoal e profissional;

Agregação de conhecimentos práticos e teóricos;

Boa convivência entre os trabalhadores associados;

Recepção e atenção da presidenta da associação;

7.4 ASPECTOS LIMITANTES

Uso adequado de Equipamento de Proteção Individual (EPI) dos

trabalhadores associados;

Espaço interno;

Mau acondicionamento de alguns materiais;

Presença de vetores no local;

Falta de mecanismos e condições, como uma esteira para que seja feita

a triagem de forma adequada facilitando o trabalho dos associados;

Falta de iluminação no espaço interno do barracão de triagem.

7.5 SUGESTÕES

Inserir novos trabalhadores associados para suprir algumas atividades

necessárias ;

Adquirir uma esteira mecanizada, facilitando o trabalho dos associados e

diminuindo a quantidade de rejeito;

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8. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO PELA EMPRESA CONCEDENTE.

Os aspectos avaliados totalizam seis itens, de acordo com a presidente

da Associação de Catadores e Recicláveis Nova Esperança, empresa

concedente obtive as seguintes notas: (ANEXO D)

1. Conhecimentos teóricos no desenvolvimento das atividades: conceito 10,0.

2.Conhecimentos práticos (experiências que já possuía ou está adquirindo e

utilizando no estágio) : conceito 10,0.

3.Aplicação de conhecimentos técnicos nas atividades . Conceito 10,0.

4.Segurança, dinamismo, interesse e empenho em realizar atividades:

Conceito 10,0

5.Disposição para cooperação e integração com profissionais no ambiente de

trabalho: Conceito 10,0.

6.Cuidados no uso das instalações, materiais, equipamentos ou qualquer outro

bem da empresa: Conceito 10,0.

Nota final :10,0.

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CONCLUSÃO.

Diante do contexto atual, conclui-se que a geração, o descarte e a

disposição final dos resíduos sólidos é uma problemática de todos. A

diminuição de resíduos é motivo de preocupação mundial, já que seria mais

eficaz e imediato diminuir a quantidade de resíduos a ter que descartá-los. É

uma tarefa tanto do poder público como da sociedade organizada.

A Associação de Catadores e Recicláveis Nova Esperança desempenha

um papel importante na gestão de resíduos sólidos na cidade de General

Carneiro pois reduz o volume de lixo reciclável destinado ao aterro sanitário.

O tema escolhido para o desenvolvimento do estágio supervisionado foi

de grande valia para o crescimento pessoal e profissional. No decorrer dos

estágios foram desempenhadas atividades e os objetivos propostos

alcançados .

O desafio, portanto está lançado, tornando-se necessário um processo

com participação social e educação ambiental, cabe ao município a

implantação de projetos para a coleta seletiva, ao órgão ambiental fiscalizador

verificar a disposição final desses resíduos.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ato 2007-2010/2008/lei/11788.htm>. acesso

em 10/11/2017.

BRASIL.LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999. Dispõe sobre a educação

ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm>. Acesso em 08 de Novembro de

2017.

BRASIL. Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010.Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil>. 03/ato 2007. acesso em 10 de novembro de 2017.

<http://www.mma.gov.br/> : Acesso em 20 de Outubro de 2017.

<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panora ma2015.pdf>Acesso em 05 de

Dezembro de 2017.

Dias Freire, Genebaldo. Educação Ambiental, Princípios e Práticas. 9ª edição,

São Paulo – SP. Gaia Ltda.2004.

Grippi, Sidiney. Lixo reciclagem e sua historia. 2ª edição, Interciência, Rio de

Janeiro RJ,2006.

Bachi. Daniela. A logística de transportes dos Resíduos Sólidos Domiciliares

(RSD). In: Branco, Holler. Eduardo José. Caixeta – Filho, José Vicente.

Logística Ambiental de Resíduos Sólidos.São Paulo, Atlas S.A 2011.

Sabetai. Calderoni. Os milhões perdidos no lixo. Humanistas. 2003.

Bartholomeu, Caixeta Filho, 2011.

Abrelpe Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2015.

ANVISA (2006).

NBR n° 10004

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ANEXO A - Termo de Compromisso .........................................................................

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ANEXO B - Jornada Tuliana ......................................................................................

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ANEXO C - Plano de Estágio ......................................................................................

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ANEXO D - Ficha de Avaliação Técnica do Estagiário