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APRESENTAÇÃO
“A construção do Projeto Político Pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. A escola é concebida como espaço social marcado pela manifestação de práticas contraditórias, que apontam para a luta e/ou acomodação de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico”.
Ilma Passos Veiga (1996)
O presente Projeto Político Pedagógico é resultado de uma construção
coletiva que se deu ao longo do ano de 2005, através de discussões que
representam a síntese de um trabalho que procurou envolver, na sua realização, a
participação de todos os segmentos da Comunidade Escolar através de reuniões,
grupos de estudo, investigações, seminários, palestras e simpósios realizados
objetivando a busca da identidade desta Escola. Vem sendo rediscutido nos dias de
capacitação coletiva de fevereiro de 2006, 2007 e 2008, com a finalidade de refletir
sobre as ações propostas e realizar as adequações necessárias de acordo com a
realidade do Colégio Domingos Zanlorenzi.
É, portanto, um documento que visa nortear todas as ações desenvolvidas na
escola primando por um processo educacional de qualidade. Trata-se de um
instrumento teórico-metodológico que tem como ponto de partida, auxiliar-nos a
enfrentar os desafios do cotidiano da escola, de forma refletida, consciente e
participativa.
A principal intenção deste é repensar a Escola no contexto brasileiro
pressupondo um projeto de sociedade, de educação, de cultura e de cidadania,
fundamentado na democracia e na justiça social, devendo sofrer um processo
permanente de avaliação e ajustes.
Este Projeto propõe o pensar, o projetar ações no tempo, o antecipar
teoricamente a realização de atividades. Busca uma nova organização para a escola
e se constitui como um desafio para a Comunidade Escolar, pois transformar a
escola é debruçar-se sobre a situação existente e, a partir dela, propor ações
capazes de redimensioná-la.
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As transformações pretendidas só serão possíveis com um grupo forte e
coeso na construção de um trabalho coletivo comprometido com a sustentação e
legitimação da escola. É na discussão e reflexão com os pares que se desenvolve o
potencial de participação, cooperação, respeito mútuo e crítica para a formação de
um aluno autônomo. Assim, o papel do diretor é fundamental no sentido de articular
e mediar a integração entre a equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e
alunos numa visão ampla do processo educativo que ocorre na escola.
Por fim, espera-se que, através deste, a Escola possa dar um salto rumo à
construção de uma sociedade emancipadora, atingindo o objetivo da construção de
ações que, no seu conjunto, serão responsáveis pela formação de cidadãos
conscientes de seu papel sócio-político.
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome: Colégio Estadual Domingos Zanlorenzi – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.
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Endereço: Rua Padre Paulo Warkocz, s/nº Jardim Gabineto – CIC, Curitiba/PR
E-mail: [email protected]
Fone/Fax: 3373-1910
Autorização de Funcionamento: Decreto n.º 2591/76, D.O.E. 09/12/76
Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso de 1.º Grau (Ensino Fundamental):
Resolução nº 2840/81, D.O.E. 30/12/81
Reconhecimento do Curso Auxiliar/Técnico de Contabilidade: Resolução nº 2696/97,
D.O.E. 30/09/97
Reconhecimento do Ensino Médio: Resolução n.º 3796/01, D.O.E. 02/02/01
Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental – Resolução n.º 4219/04,
D.O.E. 21/01/05
1.1 Horário de Funcionamento e número de turmas e alunos:
2007 N.º de Turmas N.º de Alunos Horário
MANHÃ 13 454 7:30 às 11:50
TARDE 14 524 13:10 às 17:30
NOITE 11 411 19:00 às 22:45
Total Geral de Alunos: 1.389
1.2 Espaço Físico da Escola
Colégio Estadual Domingos Zanlorenzi está localizado numa área total de 14.248 m2
e conta com:
Salas de Aula: 9 (50 m2); 2 (84 m2), 3 (56 m2)
Laboratório de Ciências: 84 m2.
Sala de Vídeo: 100 m2.
Salão Nobre: 98 m2.
Cantina: 12 m2.
Cozinha e Refeitório: 66 m2
Área de pátio fechado: 54 m2.
Área construída: 1907 m2.3
Área livre, com duas canchas esportivas: 11793 m2.
Laboratório de Informática: 107 m2.
Biblioteca: 107 m2.
1.3 Histórico
Colégio Estadual Domingos Zanlorenzi foi fundado em 1976, originário do antigo
Ginásio Estadual Campo Comprido, localizado inicialmente à Rua Eduardo Sprada.
A princípio o Ginásio estava ligado ao Instituto de Assistência do Menor (IAM) e foi
criado para garantir escolaridade de nível fundamental aos alunos internos do
Centro de Formação para Menores de Campo Comprido. Os meninos residiam no
espaço onde o colégio funcionava e eram, em sua maioria, jovens desabrigados e
também órfãos. Paralelo ao atendimento aos menores internos, era ofertada a
mesma escolaridade à comunidade externa. Essa comunidade era composta por
filhos de pequenos agricultores descendentes de imigrantes poloneses e italianos.
O nome Domingos Zanlorenzi deve-se ao imigrante italiano, primo do M
onsenhor Ivo Zanlorenzi, dono do primeiro armazém de secos e molhados em
Campo Comprido. Nasceu em 26/11/1867, em Belluno, no norte da Itália, e veio para
o Brasil em 1893.
Decreto n.º 2591/76 criou o Conselho Escolar de Campo Comprido, mudando o
nome do estabelecimento para Escola Estadual Domingos Zanlorenzi – Ensino de 1º
Grau. Em 1980 a escola foi transferida para o endereço atual. O curso regular de 1º
Grau foi reconhecido em 1981 e, atendendo às reivindicações da comunidade,
através da Resolução 260/86 foi implantado o Ensino de Segundo Grau, Habilitação
Básica em Administração. O nome do estabelecimento passou a ser Colégio
Estadual Domingos Zanlorenzi – Ensino de Primeiro e Segundo Graus. Esta
habilitação foi extinta em 1995, conforme a Resolução 3349/93.
A Resolução 3164/93 autorizou o funcionamento da Habilitação Auxiliar de
Contabilidade, com implantação gradual a partir do ano de 1993, que fica extinta em
1999, com a decisão de aderir ao PROEM. Esta adesão deu-se sem consulta ou
discussão com a comunidade, que, ao invés de ter uma expansão do Ensino Médio,
recebeu praticamente a extinção do ensino técnico-profissional da rede pública
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estadual. As matrículas nessa modalidade passaram de mais de 180 mil, para cerca
de 13 mil após o PROEM. Este fato, segundo dados de várias pesquisas de
Universidades do Estado, beneficiou sobremaneira o setor da educação privada, que
teve um aumento gigantesco do número de matrículas, garantindo ao setor uma
grande expansão. Isto significou, também, a exclusão de milhares de alunos no
Estado, dentre eles da nossa comunidade, que não tinham condições econômicas
de arcar com o custo das mensalidades nos cursos técnicos-profissionais.
Conforme Deliberação 003/98, do CEE/PR, o nome do estabelecimento passou a
ser Colégio Estadual Domingos Zanlorenzi - Ensino Fundamental e Médio, através
da Resolução nº 3120/98.
Em 1997, foi autorizada a implantação gradativa do Ensino Médio, regular, que
foi reconhecido no ano de 2000.
A partir de 2005, aconteceu a implantação do curso Técnico em Administração
nas modalidades: Integrada e Subseqüente, marcando o retorno do ensino
profissionalizante, tão solicitado pela comunidade.
Temos histórias bem sucedidas do curso profissionalizante refletida na vida de
ex-alunos, oriundos inclusive do IAM (Instituto de Assistência do Menor) que hoje
são professores da rede e/ou constituíram seus escritórios onde empregam,
atualmente, alunos formados nessa área, em nosso colégio.
1.4 Característica da lotação da Unidade Escolar
Número de Professores por turno:
Manhã: 30
Tarde: 24
Noite: 27
Número de Servidores: 28
Direção: 1
Direção Auxiliar: 1
Equipe Pedagógica: 6
Secretaria: 1
5
Auxiliar Administrativo: 5
Merenda: 2
Limpeza: 7
Inspetor: 2
Bibliotecária: 1
Mecanografia: 1
Laboratório de Informática:1
1.5 Caracterização da população
1.6 Alunos do Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante – DIURNO
Em 2006 elaborou-se um questionário, o qual foi respondido, por
amostragem, pelos responsáveis ou alunos, que serviu de fundamento para uma
melhor caracterização da comunidade do Colégio.
A maioria dos alunos é proveniente do Jardim Gabineto, vila que se situa na
abrangência da Cidade Industrial de Curitiba, na periferia oeste da cidade.
Caracteriza-se por uma população de baixa renda, assalariados, com Ensino
Fundamental completo, que atendem as indústrias da região e prestadores de
serviços autônomos (motoristas, mecânicos, operários, pedreiros, caminhoneiros,
vendedores, carrinheiros, etc.).
Bem próximo da escola existem duas ocupações irregulares de terras, uma
delas sem os serviços básicos de saneamento.
Ainda de acordo com o questionário respondido pelos alunos, verificou-se que
a maioria encontra-se dentro da faixa etária escolar, têm casa própria de alvenaria,
moram perto da escola, portanto, não dependem de condução. O nível sócio-
econômico é em média de dois salários mínimos. O maior número de alunos vive
com os pais, são filhos de pais casados, tem uma religião definida (predominância
católica), não praticam atividades esportivas e nas horas de lazer vão à igreja,
parques, assistem TV, freqüentam festas e viajam. As famílias possuem bens
familiares, tais como geladeira, televisão, som, telefone fixo, telefone celular e
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automóvel. Uma minoria dispõe de computadores, DVDs e vídeo cassetes.
Dentre os alunos pesquisados constatou-se 52,5% descendentes da raça
branca, 44,0% parda/morena e 3,5% amarela.
Em relação ao trabalho das mães dos alunos, verificou-se que 41,0%
trabalham fora, 31,8% são do lar e 27,2% estão desempregadas. Entre as principais
profissões das mães que trabalham fora, encontramos domésticas, diaristas,
vendedoras e costureiras.
1.7 Alunos do Ensino Profissionalizante - NOTURNO
Após pesquisa entre os alunos da modalidade de ensino profissionalizante,
pode-se traçar um perfil dos mesmos, os quais freqüentam o quarto ano do
subseqüente em Administração, sendo que a maioria dos alunos é proveniente do
Jardim Gabineto.
Caracteriza-se por uma população que apresenta a seguinte renda familiar:
40% - R$ 320,00 a R$ 900,00, 24% - R$ 900,00 a R$ 1.500,00, 4% R$ 1.500,00 a
R$ 2.200,00 e 28% não responderam.
Com base no questionário, verificou-se que a maioria não apresenta repetição
escolar, 27% são casados e possuem casa própria, 65% moram com os pais e a
minoria restante reside com irmãos ou parentes.
Em relação aos pais que estão inseridos no mercado de trabalho, percebeu-
se que muitos estão em atividade, um índice bem menor está desempregado ou
aposentado. A mesma constatação deu-se no que diz respeito às mães, diferindo
somente na questão do desemprego, pois as mesmas são referenciadas como do
lar.
Constatou-se que o maior número de alunos são filhos de pais casados, com
Ensino Médio completo, moram em casa própria, têm uma religião definida
(predominância católica), não praticam atividades esportivas e nas horas de lazer
assistem televisão, um número costuma ler ou ir ao teatro, shopping, igrejas e
festas.
Mais de 90 % dos entrevistados possuem geladeira, televisão e som, quase a
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metade têm aparelho DVD, 86 % telefone fixo, 35 % celular, 58 % automóvel.
Dentre os pesquisados obtivemos o predomínio de descendentes da raça
branca, seguida pela cor parda, negra e uma incidência mínima da raça amarela.
1.8 Alunos do Ensino Médio - NOTURNO
Esta modalidade de ensino é formada por grande parte de alunos
trabalhadores e outros em busca do primeiro emprego. A faixa etária fica entre 14 e
37 anos, sendo que o maior número ocupa a fase de 16 a 21 anos.
Apresentam as mesmas características dos alunos oriundos do Ensino
Profissionalizante (noturno) já mencionadas.
No entanto, são alunos que se evadem muito facilmente. Tal fato tem origem
em função do surgimento de oportunidades de emprego que acabam sendo
priorizadas dado ao baixo nível sócio-econômico dos mesmos. Esse fenômeno tem
se revelado sobretudo nos alunos de primeiro ano.
Assim sendo, cabe ao Colégio uma responsabilidade muito mais acentuada
no sentido de encontrar mecanismos de ação para manter esse aluno na escola,
possibilitando-lhe o acesso ao saber científico.
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2. OBJETIVOS GERAIS
Segundo SAVIANI (1991 p.19) “dizer pois, que a educação é um fenômeno
próprio dos seres humanos significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma
exigência do e para o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo
de trabalho.” Neste sentido o homem possui características, tais como: pensamento
abstrato, memória ativa, capacidade de realizar projetos, entre outras que o
distingue dos outros seres vivos.
A especificidade da educação refere-se aos saberes, idéias, conceitos,
valores, símbolos, hábitos e atitudes que o sujeito necessita para sua formação
humana.
Nesta perspectiva a escola é um espaço constituído por diversas dimensões
interligadas, tais como: a dimensão pedagógica, a administrativa, a política e a
sócio-cultural.
A primeira compreende todos os aspectos diretamente ligados ao processo de
ensino-aprendizagem. A segunda trata das questões de infra-estrutura e do quadro
funcional. Já, a dimensão política compreende as relações de poder e de processo
decisório que devem ter como fundamento os princípios da gestão democrática. Por
fim, a dimensão sócio-cultural deve estabelecer a relação com a comunidade em um
sentido bem amplo: a relação interna entre professores, alunos e funcionários e a
relação estabelecida com os pais, moradores próximos à Escola, Secretaria
Estadual de Educação, Núcleo Regional de Educação, Conselho Tutelar, Unidade de
Saúde e demais segmentos da sociedade.
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Com a finalidade de viabilizar uma unidade entre estas dimensões a escola
procura centrar seu trabalho nos seguintes objetivos:
Estruturar a Escola de modo a garantir uma gestão democrática, tendo
como mecanismos básicos de atuação o Conselho Escolar, a APMF, o
Grêmio Estudantil e o Conselho de Classe, como espaço privilegiado de
reflexão e discussão acerca do processo educacional.
Reafirmar a necessidade da formação continuada para os profissionais
envolvidos na organização escolar, oportunizando a efetiva participação do
corpo docente e de funcionários nas capacitações promovidas pela
mantenedora e equipe pedagógica, tendo em vista uma educação de
qualidade sustentada numa concepção progressista;
Formular uma proposta de ensino, como instrumento de promoção de
igualdade social entre os alunos;
Promover um espaço que possibilite a compreensão da cidadania
enquanto participação social e política de forma a adotar no cotidiano
escolar, atitudes de solidariedade, cooperação e respeito mútuo,
desenvolvendo assim, a capacidade de compreensão, organização e
análise crítica da realidade;
Reformular a Proposta Pedagógica com base nas Diretrizes Curriculares
do Estado, por conseguinte resgatando a ênfase nos conteúdos
científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõem a matriz
curricular de cada nível e modalidade de ensino;
Proporcionar espaços para reflexão e avaliação contínua do processo
institucional, visando o aprimoramento constante do fazer pedagógico;
Estimular a participação permanente dos pais ou responsáveis de modo a
integrá-los à totalidade das atividades desenvolvidas na Escola;
Garantir um processo avaliativo com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos, de forma que a avaliação da aprendizagem seja
contínua e cumulativa com o objetivo de diagnosticar os avanços da
apropriação dos conhecimentos pelo aluno;
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Planejar atividades extracurriculares (culturais, esportivas e de lazer) que
proporcionem aos educandos uma oportunidade de crescimento pessoal.
3. MARCO SITUACIONAL
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Atualmente são inúmeras as mudanças que ocorrem na sociedade,
ocasionando uma série de problemáticas em todas as instâncias sociais, inclusive
no sistema educacional. Torna-se essencial um processo permanente de reflexão
acerca da função social da escola.
São muitas as necessidades que surgem no âmbito da Educação em função
da relação direta que esta tem com as questões econômicas, culturais e sociais. A
primeira delas é sua função propriamente dita (construção/apropriação dos saberes
científicos). Entretanto, sabe-se que esta importante instituição social vem sendo
criticada por ter deixado de cumprir o seu papel primordial.
Pensar na escola adequada à sociedade que ora se apresenta, significa
refletir sobre as questões relacionadas à sua organização, principalmente do ponto
de vista dos aspectos espaço-temporais, além das questões macroestruturais.
Embora se tenha avançado significativamente no tocante às propostas
pedagógicas para superação de conflitos existentes, ainda há que se debruçar sobre
a legitimidade de certas ações educacionais que não tiveram até então seus
paradigmas alterados, mesmo com os estudos desenvolvidos nas tendências
progressistas como as de Paulo Freire, Libâneo, Saviani e pensadores como
Vigotsky, que se dedicou à pesquisa na área da psicologia do desenvolvimento
humano.
A sociedade atual requer a formação de um sujeito autônomo, que possa,
através do conhecimento adquirido, estabelecer relações, compreender e interpretar
sua realidade construindo assim, um espaço de cidadania.
Reconhece-se que, conceitualmente, a escola é o lugar onde professores e
alunos estabelecem um processo de interação com o objetivo de ensinar e aprender,
respectivamente. Entretanto, as estatísticas denunciam um quadro nacional
alarmante no tocante ao alto índice de evasão e reprovação escolar, como também
a constatação das graves dificuldades de aprendizagem apresentadas nos
resultados dos exames do ENEM e SAEB realizados pelo MEC (Ministério de
Educação e Cultura). Sabe-se que essas avaliações nacionais têm suas limitações
determinadas pela sua intenção e por seus critérios de elaboração e aplicação dos
instrumentos utilizados, porém, não se pode negar que revelam, em parte, um
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diagnóstico da educação.
Logo, a situação revelada neste Estabelecimento de Ensino não foge da
média nacional, conforme retratam os dados resultantes do processo avaliativo do
desempenho escolar nos três últimos anos.
ANO LETIVO – 2007Série Turno Total/Alunos Aprovado Reprovado Transferidos Desistentes
1ª Manhã 187 51,3% 20,8% 13,9% 13,9%1ª Técnico 32 78,1% 12,5% 12,5% 20,0%1ª Noite 98 29,4% 21,2% 9,37% 0,0%2ª Manhã 117 58,1% 12,8% 17,9% 11,1%2ª Técnico 22 68,1% 22,7% 9,09% 0,0%2ª Noite 99 46,6% 19,9% 14,14% 20,20%3ª Manhã 86 75,5% 4,65% 15,11% 4,65%3ª Noite 91 51,6% 24,1% 15,3% 8,79%5ª Tarde 195 42,5% 28,2% 16,9% 12,8%5ª Noite 21 52,3% 42,8% 4,76% 0,0%6ª Tarde 131 37,4% 28,2% 18,3% 16,8%6ª Noite 26 61,5% 23,0% 15,3% 0,0%7ª Tarde 149 44,2% 20,8% 20,8% 14,0%8ª Manhã 41 56,0% 14,6% 19,5% 9,8%8ª Tarde 45 42,2% 24,4% 26,6% 6,6%Total/Médias 1293 48,5% 21,0% 16,8% 13,4%
ANO LETIVO – 2006Série Turno Total/Alunos Aprovado Reprovado Transferidos Desistentes
1ª Manhã 187 51,3% 20,8% 13,9% 13,9%1ª Técnico 32 78,1% 12,5% 12,5% 20,0%1ª Noite 98 29,4% 21,2% 9,37% 0,0%2ª Manhã 117 58,1% 12,8% 17,9% 11,1%2ª Técnico 22 68,1% 22,7% 9,09% 0,0%
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2ª Noite 99 46,6% 19,9% 14,14% 20,20%3ª Manhã 86 75,5% 4,65% 15,11% 4,65%3ª Noite 91 51,6% 24,1% 15,3% 8,79%5ª Tarde 195 42,5% 28,2% 16,9% 12,8%6ª Tarde 131 37,4% 28,2% 18,3% 16,8%7ª Tarde 149 44,2% 20,8% 20,8% 14,0%8ª Manhã 41 56,0% 14,6% 19,5% 9,8%8ª Tarde 45 42,2% 24,4% 26,6% 6,6%Total/Médias 1293 48,5% 21,0% 16,8% 13,4%
ANO LETIVO – 2005Série Turno Total/Alunos Aprovado Reprovado Transferidos Desistentes
1ª Manhã 152 64,5% 21,7% 7,2% 6,6%1ª Noite 100 36,0% 24,0% 13,0% 27,0%1ª Noite/ Sub 118 61,0% 3,4% 0,0% 35,6%2ª Manhã 121 69,4% 16,5% 7,4% 6,6%2ª Noite 70 47,1% 18,6% 22,9% 11,4%3ª Manhã 80 71,3% 7,5% 16,3% 5,0%3ª Noite 85 48,2% 21,2% 12,9% 17,6%5ª Tarde 116 42,2% 42,2% 12,9% 2,6%6ª Tarde 138 52,2% 30,4% 15,9% 1,4%7ª Manhã 33 39,4% 36,4% 15,2% 9,1%7ª Tarde 61 44,3% 39,3% 14,8% 1,6%8ª Manhã 34 64,7% 14,7% 17,6% 2,9%8ª Tarde 61 70,5% 16,4% 9,8% 3,3%Total/Médias 1169 54,6% 19,4% 12,7% 9,54%
São muitas as justificativas para tais fenômenos, no entanto, reconhece-se
que esta instituição social não está conseguindo cumprir com o seu papel. Desta
forma, torna-se urgente um repensar da prática pedagógica vigente, que deverá ser
refletida no Projeto Político Pedagógico.
Assim, após discussões, análises e observações realizadas no contexto
escolar, enumeram-se os seguintes fatores que interferem diretamente no
funcionamento da estrutura escolar e nos problemas de aprendizagem:
Crise de valores instaurada na sociedade onde se confunde o papel da escola
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e da família;
Crise nas relações entre professor e aluno, dado ao alto índice de indisciplina
e violência escolar;
Rotatividade de professores gerando prejuízos na continuidade dos
conteúdos trabalhados;
Professores contratados pelo regime PSS que, embora possuam a titulação
exigida para o cargo, apresentam, na sua maioria, dificuldades para
encaminhar o processo de ensino-aprendizagem, além de não se
comprometerem com a organização do trabalho pedagógico da escola;
Demora na contratação de professores quando da necessidade de
substituições em função de licenças maternidade e tratamento de saúde, bem
como abandono das aulas por parte do professor PSS;
Falta de estrutura física no espaço escolar; acervo bibliográfico restrito e não
atualizado;
Falta de uma equipe multidisciplinar para o atendimento aos alunos com
necessidades especiais;
Falta de autonomia da escola no tocante às medidas necessárias e cabíveis
relacionadas aos comportamentos indisciplinados de muitos alunos;
Descompromisso da família que delega à escola funções que não lhe são
pertinentes, desresponsabilizando-se do acompanhamento escolar de seus
filhos, além da ausência de educação (em muitos casos) de princípios
básicos de convivência social;
Desinteresse, problemas com drogas, falta de motivação e hábitos de estudos
por parte de um número expressivo de alunos;
Falta de maior interação e integração no meio docente, em relação ao
cumprimento das decisões tomadas no coletivo;
Falta de uma participação mais efetiva da comunidade na escola;
Dificuldade nas relações das articulações entre as instâncias colegiadas
(APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe);
Dificuldade, por parte da equipe pedagógica, em assessorar os professores,
durante a hora-atividade e nos demais momentos em que necessitam, devido
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ao atendimento aos alunos decorrente dos constantes problemas
disciplinares ocorridos em sala de aula e no ambiente escolar;
Falta de autonomia da Escola frente às exigências da mantenedora, como por
exemplo, a solicitação para o desenvolvimento de projetos sem um tempo
hábil para execução dos mesmos, sendo estes muitas vezes não condizentes
com a realidade da escola;
Dificuldade na leitura e interpretação de textos, por parte dos alunos,
comprometendo significativamente o aprendizado em todas as áreas do
conhecimento, posto que a leitura e interpretação são imprescindíveis para
apreensão dos conteúdos em questão;
Falta de desenvolvimento do raciocínio lógico, prejudicando o aprendizado
das disciplinas das Ciências Exatas;
Falta de pré-requisitos nos alunos de 5ª série na área de matemática,
agravando a dificuldade da apropriação dos conteúdos mais complexos e
específicos das séries subseqüentes, como por exemplo, o não domínio das
quatro operações e da tabuada;
Falta de domínio da leitura e produção de textos concentrada nos alunos que
recebemos na 5ª série, decorrentes dos problemas de alfabetização nas
séries iniciais, chegando ao ponto de alguns alunos serem considerados
analfabetos funcionais;
Despreparo por parte dos funcionários (serviços gerais) em trabalhar
diretamente com alunos, sendo que os mesmos deveriam ter uma postura
também de educadores;
Número elevado de reprovações, alunos desistentes e aprovações mediante
Conselho de Classe (mesmo sendo o rendimento muito aquém da média
exigida);
Dificuldade de compreensão da prática do Conselho de Classe no seu
objetivo principal, ou seja: o processo de ensino e suas relações com a
avaliação da aprendizagem;
Dificuldade da APMF no cumprimento de seu papel, para o aprimoramento da
educação e a integração família-escola-comunidade;
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Dificuldade de organização estudantil (grêmio), onde o interesse do aluno é
cultivado para além da sala de aula, numa participação social e solidária;
Dificuldade em reconhecer o Conselho Escolar como espaço de debates e
decisões como tal, de modo a permitir que professores, funcionários, pais e
alunos explicitem seus interesses e suas reivindicações.
Apesar dos sérios problemas e conflitos relacionados, entende-se que a
escola necessita sobreviver e obter sucesso mesmo com a presença de tantos
fatores, sejam internos ou externos à sala de aula propriamente dita. Cabe, portanto,
aos educadores um esforço concentrado objetivando a solução ou a amenização
das dificuldades existentes no meio escolar.
Em função da amplitude dos problemas elencados, a formação continuada
torna-se indispensável para que os profissionais mantenham-se atualizados,
qualificados e preparados para o enfrentamento das dificuldades que surgem no
âmbito da prática pedagógica, pois a escola de qualidade é construída nas relações
entre os sujeitos que a constituem.
Finalizando, compreende-se que o processo de avaliação do andamento
escolar deve ser contínuo, pois é através da constatação de aspectos negativos da
realidade que se podem projetar ações inovadoras para melhor desenvolvimento do
trabalho pedagógico em curso, atenuando as contradições existentes no processo
educativo.
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4. MARCO CONCEITUAL
4.1 Introdução
A sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de
caráter social, político e econômico. Essas mudanças têm origem nos pressupostos
neoliberais e na globalização da economia que têm norteado as políticas
governamentais.
Nesse contexto de profundas e permanentes transformações, onde há um
processo de modernização do país, que se intensifica com o avanço da qualificação
em tecnologia, convive-se face a face com o aumento da complexidade das relações
sociais.
Desigualdades e tensões têm caracterizado a sociedade brasileira, exigindo
das instituições públicas o comprometimento com o coletivo. Com as enormes
proporções da desigualdade social tornam-se necessários projetos coletivos dotados
de sustentação ética e moral.
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Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação
formal são motivos de ampla discussão na sociedade atual. Urge empreender um
esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção
de uma escola pública que eduque, de fato, para o exercício pleno da cidadania e
seja instrumento real de transformação social.
A constatação desses fatos tem exigido a busca de meios para a superação
dos conflitos existentes. Entende-se que a via da educação é uma das mais
importantes estratégias para a busca da promoção e da superação das
desigualdades.
Sabe-se que toda educação sistematizada busca dar conta da compreensão
da prática educacional e é fundamentada em tendências pedagógicas, as quais
podem ser classificadas como: Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova, Pedagogia
Tecnicista, Pedagogia Libertadora, Pedagogia Libertária e Pedagogia Histórico-
crítica. Conforme SAVIANI (1991 p.95):
... a passagem dessa visão crítico-mecanicista, crítico-a-histórica para uma visão crítico-dialética, portanto histórico-crítica, da Educação, é o que queremos traduzir com a expressão Pedagogia Histórico-crítica. Esta formulação envolve a necessidade de se compreender a educação no seu desenvolvimento histórico-objetivo e, por conseqüência, a possibilidade de se articular uma proposta pedagógica cujo ponto de referência, cujo compromisso, seja a transformação da sociedade e não sua manutenção, a sua perpetuação.
Sendo assim, esta Escola fundamenta seu trabalho na concepção
progressista, tendo como pressupostos básicos os princípios da Pedagogia
Histórico-crítica, propondo uma educação escolar a serviço das transformações
sociais e econômicas, ou seja, de superação das desigualdades sociais decorrente
da organização capitalista e neoliberal da sociedade.
4.2 Concepção de ser humano e mundo
Tomando por base a abordagem progressista, o ser humano é sujeito em seu
ambiente concreto. Quanto mais ele reflete sobre a sua realidade, sobre a sua
própria situação concreta, mais se torna consciente e comprometido a intervir na
19
realidade para, então, modificá-la. Ou seja, a partir do instante que o ser humano
conhece a sua realidade e assume uma postura crítica e autônoma frente aos
acontecimentos, ele incorpora cada vez mais o seu papel de sujeito, escolhendo e
decidindo, libertando-se. Segundo Paulo Freire:
Não há homem sem mundo, nem mundo sem homem. Com isso, a reflexão e ação implicam binômio homem-realidade, onde não haverá homem no vazio, sem espaço cultural e sim homem concreto num contexto social e cultural preciso. Ele não pode ser reduzido a um objeto da técnica, nem a autômato manipulável, subserviente a um programa no qual não faz parte, não participa. (FREIRE in BONFIM, 1995 p. 85).
4.3 Concepção de sociedade
Conforme indicado por Paulo Freire, vivemos em uma sociedade dividida em
classes, sendo que os privilégios de poucos, impedem que a maioria usufrua dos
bens produzidos e, um desses bens produzidos e necessários para concretizar a
condição humana, é a educação, da qual é excluída grande parte da população dos
países em desenvolvimento.
O autor refere-se, então, a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos
dominantes, onde a educação existe como prática de dominação, e a pedagogia do
oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educação surgirá como prática de
liberdade. O movimento para liberdade, deve surgir a partir dos próprios excluídos e
a pedagogia decorrente será aquela que tem que ser forjada com ele e não para ele,
enquanto seres humanos ou povos, na luta incessante de recuperação de sua
humanidade. Vê-se que não é suficiente que o oprimido tenha consciência critica da
opressão, mas que se disponha a transformar essa realidade, trata-se de um
trabalho de conscientização e politização.
4.4 Concepção de cidadania
Podemos considerar que o ensino contribuirá para a formação da cidadania
na medida em que favorecer a participação dos alunos na vida comunitária.
Significa, portanto, refletir sobre como elas estão influenciando a vida do cidadão e
20
qual o papel social que lhes compete.
Educar para a cidadania é preparar o sujeito para participar de uma
sociedade, na qual busque a garantia de seus direitos e o compromisso de seus
deveres.
No entanto, a educação para a cidadania pode ser auxiliada pela educação, sem,
contudo, ser esta o único meio para tal. Afinal, o processo de conquista da cidadania
ocorre pela atuação do indivíduo nas diferentes instituições que compõem a
sociedade, tais como: família, clubes, associações, sindicatos, partidos políticos, etc.
Isto leva à compreensão de que, em se tratando de cidadania, a escola tem uma
contribuição a dar; porém, é preciso não se ter a ilusão de que esse processo é
desenvolvido e concluído apenas nessa instituição. Dentro da concepção de
cidadania ativa, podemos concluir que:
“A formação do cidadão implica a educação para o conhecimento e para o exercício dos direitos, mediante o desenvolvimento da capacidade de julgar, de tomar decisões, sobretudo em uma sociedade democrática, (...) conscientizar o cidadão quanto aos seus deveres na sociedade, quer se referem, ao compromisso de cooperação e co-responsabilidade social. ” (SANTOS; SCHNETZLER, 1998, p. 258).
Portanto, não há como formar cidadãos sem desenvolver valores de
solidariedade, de fraternidade, de consciência do compromisso social, de
reciprocidade, de respeito ao próximo e de generosidade. Há que se combater o
personalismo, o individualismo, o egoísmo, para estar transformando cidadãos
passivos em cidadãos ativos.
4.5 Concepção de Currículo
A educação deve ser concebida como algo emancipatório, que conscientiza,
que desmitifica, valorizando mais o processo de produção do conhecimento que o
próprio produto.
Na busca de um currículo emancipatório, faz-se necessário sua desocultação.
Desta forma, deve-se problematizar e responder as questões ocultas do mesmo
(como por exemplo, regras e normas que são aceitas sem a contestação quanto a
21
sua real validade). Esta postura faz com que a escola exerça um papel ativo, e não
apenas o de mero transmissor do conhecimento.
O currículo deve também valorizar o conhecimento prévio do aluno, porém
sem perder a sua rigorosidade. Esta é, pois, uma atitude de democratização do
saber, em que parte-se do senso comum para o saber científico, com vistas à
compreensão e transformação da realidade.
O conhecimento deve ser buscado e construído de uma forma dialética.
Sendo assim, os conteúdos devem ser organizados no currículo, de forma a permitir
ao aluno a apropriação do conhecimento na sua totalidade. O currículo por si só é
interdisciplinar, resultado de múltiplas determinações sociais, políticas, econômicas,
históricas e culturais.
O currículo é o cerne da educação escolar (escola/conhecimento) onde
expressa a construção social do conhecimento. Nesse sentido ele é ação, trajetória
e caminhada realizada coletivamente em cada realidade escolar. Ele é um
importante elemento construtivo da organização escolar. Currículo implica
necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção
por um referencial teórico que o sustente. (VEIGA, 1995).
Em um sentido amplo o Currículo Escolar abrange todas as experiências
escolares. Enquanto organização escolar, deve ser visto como um instrumento que
não é neutro, pois expressa a cultura de uma sociedade passando pelas relações de
dominação e subordinação. Portanto, não pode ser separado do contexto social por
ser historicamente situado e culturalmente determinado.
4.6 Concepção de ensino-aprendizagem
Para fundamentar esta concepção tomar-se-á por base os postulados teóricos
de VygotsKy. Em sua teoria sócio-cultural “também conhecida como abordagem
sócio-interacionista ou sócio-histórica concebe a cultura, a sociedade e o indivíduo
como sistemas complexos e dinâmicos, submetidos a ininterruptos e recíprocos
processos de desenvolvimento e transformação” (REGO, 1996).
Em seus estudos, consolidou a tese de que o sujeito aprende na relação e
22
interação com o objeto do conhecimento e com o sujeito que já detém o saber
elaborado.
No espaço escolar, o professor é aquele que tem o domínio do conhecimento
científico a ser sistematizado na escola e o aluno, na condição de aprendiz, a partir
do conhecimento de senso comum e das relações que vai estabelecendo com o
objeto do conhecimento e com as intervenções pedagógicas realizadas pelo
professor, vai consolidando as aprendizagens.
Por ser a tendência que norteia o nosso trabalho pedagógico uma educação
que visa à transformação da realidade, deve ser crítica. Portanto, os trabalhos em
grupo, debates, discussões, investigações, pesquisas e reflexões são estratégias
utilizadas para desencadear o processo de ensino-aprendizagem.
4.7 Concepção de avaliação
Avaliar é uma ação qualitativa que avança para além do medir, comparar,
julgar ou mensurar um valor. A avaliação tem grande importância social e política e
deve estar presente em todas as práticas adotadas pela Escola.
A avaliação deve ser entendida como parte integrante do processo
educacional, sendo um dos aspectos fundamentais para a qualidade do ensino,
devendo centrar-se na investigação, qualificação e, sobretudo, na intervenção como
afirma LUCKESI (2005).
Sendo a avaliação aspecto primordial do processo de ensino e aprendizagem,
é preciso que a forma de avaliar seja dinâmica, justa, criativa e coerente com o
projeto político pedagógico e que não seja utilizada meramente como instrumento de
coerção e de controle.
Parece haver consenso que o processo avaliativo possibilita o diagnóstico dos
avanços de aprendizagem dos alunos, como também proporciona uma oportunidade
de reflexão acerca da prática pedagógica do professor com a finalidade de, a partir
da constatação da complexa realidade, se possa tomar uma decisão e redirecionar o
processo educativo.
23
Sob esse enfoque, a avaliação assume uma função mediadora na relação
dialética entre o ensinar e o aprender, pois possibilita a mobilização do professor e
do aluno objetivando: a (re)construção e socialização do conhecimento, o
acompanhamento permanente do processo de ensino e aprendizagem e a
dinamização das oportunidades de ação/reflexão/ação por parte dos atores
envolvidos
Em síntese, de acordo com LUCKESI (2005) “o ato de avaliar a aprendizagem
do educando é um ato de cuidar da qualidade de sua aprendizagem, o que quer
dizer investigação com intervenção, tendo sempre em vista a melhoria do
desempenho do educando como ser humano e como aprendiz”.
4.8 Gestão escolar
As políticas públicas no Brasil, nos últimos anos, vêm sofrendo expressivas
inovações. No campo das políticas educacionais são significativas as mudanças
relacionadas aos aspectos de ordem legal, com vistas ao processo de
democratização da escola.
A democratização da escola e a busca de sua dignidade social é um processo
de luta que se trava no âmbito da sociedade e da escola. É um trabalho que não se
esgota e impõe-se num processo dialético de construção histórica. Tendo como
princípio a participação, autonomia e liberdade.
Em função dessa amplitude, cita-se:“Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades e necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto. Nesse trajeto, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa travessia permite a cada escola a construção de sua identidade”. (DALBEN, 2004. p56).
Neste contexto algumas características cruciais da gestão escolar
democrática na tarefa educativa são: o compartilhamento de decisões e
informações, a preocupação com a qualidade de educação, a transparência
(capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados recursos da
escola, inclusive os financeiros).
24
Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores,
funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as
decisões são tomadas pelos principais interessados na qualidade da escola, a
chance de que dêem certo é bem maior.
Sob este enfoque ressalta-se a importância das instâncias colegiadas, como
por exemplo, o Conselho Escolar que é um mecanismo de participação da
comunidade na Escola; sua função é orientar, opinar e decidir sobre tudo o que diz
respeito à qualidade do ensino: como participar da construção do projeto político-
pedagógico, avaliar os resultados da administração e ajudar na busca de meios para
solucionar os problemas administrativos e pedagógicos e também decidir sobre os
investimentos prioritários.
Como a democracia também se aprende na Escola, a participação deve
estender a todos os alunos, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio e
Profissionalizante. Como cidadãos, eles têm direito de opinar sobre o que é melhor
para eles e se organizar em colegiados próprios como o Grêmio Estudantil.
Convém lembrar, a importância de que, numa gestão democrática, é preciso
saber lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas
precisa-se dialogar com os que pensam diferente e juntos negociar, priorizando o
bem comum de um sistema de qualidade, com melhoria nos processos pedagógicos
e administrativos.
4.9 Formação Continuada
Como consta nas orientações para a Capacitação Descentralizada, do mês
de julho de 2005, a formação continuada é um direito de todos os trabalhadores na
perspectiva da especificidade de sua função.
A escola, pela sua especificidade de trabalhar com o conhecimento e com o
ser humano, deve contar com profissionais qualificados em sua formação científica ,
técnico-pedagógica e relacional.
É inquestionável, portanto, a necessidade do investimento na capacitação
continuada dos educadores, uma vez que a sua formação inicial não é suficiente
para o exercício do magistério.
25
Conforme Yvelise Arco-Verde (2004), a atividade de ensino é tarefa específica
do profissional e sua efetividade se dá através da habilitação à profissão e da prática
reflexiva. Assim sendo, o êxito da prática docente é resultante da capacitação e
atualização constante por parte dos profissionais envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem.
Partindo desta premissa e, tendo como objetivo final a formação do aluno
para o exercício pleno de sua cidadania e inserção no mercado de trabalho, como
também o desenvolvimento da autonomia intelectual, do pensamento crítico e de
sua formação ética, é que pretende-se garantir ao corpo docente e quadro de
funcionários deste Colégio a participação sistemática nas diversas formas de
formação continuada.
Assim, é fundamental a organização de um cronograma anual constando os
eventos (simpósios, cursos, seminários e outros) promovidos pela SEED e NRE, as
reuniões pedagógicas, os Conselhos de Classe, os grupos de estudos, além da
abertura, de acordo com as possibilidades pessoais e da escola para realização de
cursos ofertados por empresas de assessorias de qualificação e Instituições
Educacionais, privilegiando a UFPR.
Outra relevante fonte de formação continuada é o devido aproveitamento da
hora-atividade, que foi uma conquista da categoria dos professores. Este é um
momento para o professor organizar e rever sua metodologia, planejar e inovar
suas aulas, utilizando-se dos recursos disponíveis. Este espaço pode também ser
utilizado pela equipe pedagógica para o assessoramento às necessidades
individuais de cada professor, bem como para a reflexão e discussão coletiva dos
aspectos peculiares de cada área do conhecimento.
26
5. MARCO OPERACIONAL
No decorrer do processo educacional deste Estabelecimento de Ensino é
crescente a preocupação em avaliar constantemente as ações desenvolvidas em
todas as instâncias da escola. Sabe-se da importância da reflexão diante da prática
para reorganização das metas a serem conquistadas objetivando o crescimento da
escola enquanto instituição pública, que tem um papel preponderante na sociedade
atual.
Há, portanto, uma permanente discussão em torno da metodologia utilizada
pelos professores, visando a busca da qualidade através de práticas alternativas
27
mais adequadas, que proporcionem melhores resultados no processo de ensino-
aprendizagem. Na medida do possível, os professores são assessorados pela
equipe pedagógica em suas necessidades, com a finalidade de elevar a qualidade
do ensino, através de atendimento individual, reuniões coletivas, realização de
grupos de estudo, participação em cursos, simpósios, que fazem parte da formação
continuada dos educadores.
Apesar do esforço concentrado pelo coletivo da escola, ainda convive-se com
o enfrentamento de dois graves problemas: o alto índice de reprovação e evasão,
seguido do alarmante problema disciplinar.
Em 2005 a equipe pedagógica juntamente com o corpo docente realizou um
intenso trabalho no aspecto da avaliação. Em razão do baixo rendimento
diagnosticado já no término do primeiro bimestre, iniciou-se a discussão dos critérios
utilizados no processo avaliativo e da importância e necessidade da recuperação
paralela, visando a retomada imediata dos conteúdos não apropriados.
Após reflexão e discussão ficou definido um sistema único de avaliação para
a escola. Estabeleceu-se pesos para os diferentes instrumentos de avaliação, de
maneira que o aluno seja avaliado no decorrer do processo de aprendizagem.
É fato que os critérios de avaliação são essenciais para uma melhor
retratação do processo avaliativo, que deve expressar o nível de aprendizagem do
aluno, havendo, portanto, uma necessidade permanente de revisão, por parte dos
professores, dos critérios avaliativos de sua disciplina.
Uma estratégia que a escola vem adotando para amenizar o grave problema
das dificuldades de aprendizagem concentrada nos alunos de 5ª série é a sala de
apoio que foi implantada no mês de março.
Os alunos que apresentavam maiores níveis de dificuldade são convocados
para freqüentar as aulas de reforço onde se pretende diminuir a defasagem de
aprendizagem oriunda das séries iniciais. Na medida em que vão superando as
dificuldades, esses alunos vão sendo substituídos por outros, a fim de manter a sala
com o limite máximo estipulado, uma vez que a demanda é maior que a oferta.
A Escola disponibiliza espaço para estagiários de diferentes cursos, tais como
Educação Física, Biologia, Letras, Filosofia entre outros, sendo a maioria oriunda do
28
UNICENP. Esta abertura propicia uma integração entre a escola e a academia
permitindo a ampliação do conhecimento do aluno através de estratégias
metodológicas inovadoras, beneficiando também a prática docente.
Preocupa-se também com a garantia de um trabalho integrado com as instâncias
colegiadas, sendo que o Conselho de Classe merece uma especial atenção posto
que este tem poder decisório com relação às questões de avaliação. Desta forma,
propõe-se a participação de alunos no pré-conselho com o intuito de acompanhar o
andamento do processo educativo, considerando as propostas levantadas
encaminhando-as ao Conselho para reflexão e debate possibilitando rever as
relações pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do
trabalho pedagógico
Existe interesse em implementar o Grêmio estudantil, uma vez que trata-se
de um órgão de extrema importância para organização e participação dos alunos
nas atividades operacionais, político e administrativas da escola.
No que tange ao Conselho Escolar busca-se uma gestão descentralizada,
que seja capaz de gerenciar o fazer coletivo com real compromisso democrático,
com base na concepção de planejamento participativo e emancipador. Para tal,
programar-se-ão reuniões freqüentes deste órgão para realização de debates e
tomadas de decisões que traduzam os interesses e reivindicações dos professores,
funcionários, pais e alunos.
A construção coletiva de uma escola de qualidade com sólidas bases teórico-
metodológicas, com vistas a formação de um aluno que compreenda a realidade
sócio econômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do processo de
construção da sociedade, depende de todos os profissionais pertencentes ao
processo educativo e da adoção de uma linha única de trabalho para os três turnos
sem, no entanto, deixar de respeitar a especificidade de cada um. Para tanto será
necessário:
Participação dos educadores em cursos, reuniões, seminários, simpósios,
congressos e projetos;
Participação efetiva da APMF e do Conselho Escolar, através de reuniões
ordinárias para planejamento e execução de ações durante o ano letivo, 29
respeitando os respectivos Estatutos Vigentes;
Discussão e reflexão dos encaminhamentos metodológicos fundamentados nas
Diretrizes Curriculares Estaduais;
Elaboração de Planos de Trabalho Docente por área de conhecimento, de modo
a contemplar os conteúdos estruturantes na sua totalidade, garantindo ao aluno a
aquisição do conhecimento científico.
Avaliação permanente da prática pedagógica dos professores e da aprendizagem
dos alunos;
Viabilização e coordenação de projetos de recuperação em contraturno;
Realização de projetos sobre hábitos de estudos, interesse e prazer pela leitura,
conhecimentos básicos de informática, prevenção às drogas e gravidez na
adolescência, sexualidade e outros que se fizerem necessários;
Promoção de reuniões, palestras e encontros com os pais, visando a
participação dos mesmos para a melhoria da realidade escolar;
Trabalho efetivo junto aos representantes de turmas para compreensão de sua
função e, conseqüente colaboração com o desenvolvimento social e pedagógico
da escola;
Trabalho efetivo junto aos professores durante a hora-atividade, com a intenção
de auxiliar no encaminhamento metodológico, bem como no aprofundamento
teórico das questões relacionadas à especificidade da educação;
Incentivo à utilização de recursos didáticos: vídeo, internet, jornais, revistas (Veja
na Sala de aula, Ciência Hoje, Nova Escola, Pátio, entre outras), TV Futura, TV
Paulo Freire, TV Pendrive, Laboratório Paraná Digital e Proinfo, oportunizando
uma reflexão crítica sobre essas formas de comunicação e a intencionalidade de
cada idéia veiculada nos mesmos.
Reuniões periódicas com toda a comunidade escolar para análise e verificação
do andamento escolar;
Trabalho com os temas sociais contemporâneos nas diferentes disciplinas da
Base Comum;
30
Implementação do Projeto de horta escolar e de melhorias da merenda;
Incentivo às atividades culturais e esportivas da escola: passeios recreativos,
visitas culturais, grupos de dança e teatro, formação de times nas diferentes
modalidades esportivas para participação de campeonatos, entre outros;
Busca de alternativas para, desde o início do ano letivo, diagnosticar defasagens
e dificuldades dos alunos, baixando o índice de evasão e reprovação escolar,
para tanto pode-se: dispor de estagiários, voluntários, alunos da escola com
maior facilidade de aprendizagem para organizar grupos de estudo
complementares;
Redução do número de alunos nas turmas de 5ªs séries, com vistas ao melhor
rendimento e desenvolvimento do trabalho;
Administração dos recursos financeiros da escola (APMF, Fundo Rotativo e
outros) de forma democrática e transparente, utilizando-se dos mesmos para
manutenção e conservação do prédio, salas de aulas e demais ambientes da
escola (laboratórios, biblioteca, refeitório e outros), como também aquisição de
materiais didáticos;
Reivindicação junto a FUNDEPAR para que os projetos encaminhados pela
escola sejam atendidos para melhoria do processo ensino-aprendizagem, da
segurança e integridade de toda comunidade escolar, tais como: ampliação do
muro, substituição de escadas por rampas e outros;
Criação da biblioteca do professor, incentivando-o na sua capacitação e
atualização. Ainda no que diz respeito ao incentivo à leitura e à ampliação do
espaço cultural necessita-se tornar a biblioteca para o aluno, um ambiente
acolhedor, prazeroso que permita contemplar os estudos através da leitura e
pesquisa;
Promoção da capacitação de funcionários para que os mesmos reconheçam a
dimensão educativa de seu trabalho;
Promover aos alunos a participação em todos os projetos educacionais da SEED
e de outros Órgãos, tais como JOCOPS, FERA, COM CIÊNCIA e outros, para
31
que os mesmos tenham a oportunidade de mostrar suas habilidades
extracurriculares;
Todas as propostas levantadas acima geram uma participação da direção, da
equipe pedagógica, de professores, funcionários, alunos e pais. O esforço analítico
de todos possibilitará a identificação de quais finalidades e atitudes precisam ser
reforçadas. Para tanto, se faz necessário decidir, coletivamente, o que se quer
reforçar dentro da escola e como detalhar as finalidades para se atingir a almejada
cidadania.
Segundo VEIGA (1995), a construção do projeto político-pedagógico requer
continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada
de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho
emancipatório.
Organizou-se o Plano de Ação 2008, elaborado por professores e funcionários
no Curso de Capacitação realizado em fevereiro de 2008, com base nos dados do
ano letivo de 2007.
32
6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO“A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva do ser humano, de pensar sobre seus atos, de analisá-los, julgá-los, interagindo com o mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo influências sobre seu pensar e seu agir” (Hoffmann,2001)
Como a autora supra citada afirma, a avaliação é reflexão. E, a avaliação
deve estar presente de forma crítica, através de um processo constante de reflexão,
com o propósito de acompanhar e aprimorar o desenvolvimento do trabalho.
Logo, o Projeto Político Pedagógico que foi fundamentado dentro dos limites,
possibilidades e especificidades do contexto escolar e deverá ser submetido a um
processo avaliativo, para que, se possa refletir sobre o que foi projetado, o que vem
ocorrendo e o que se pretende atingir.
Ao projetar se faz uma referência ao futuro, primando pelo que há de melhor
para a realidade da escola, no entanto, é essencial que se destine momentos
avaliativos para tomadas de decisões referentes ao que foi planejado.
Sendo o Projeto Político Pedagógico o centro do processo educativo, ao redor
do qual deve girar toda atuação da prática pedagógica, faz-se necessário garantir
um processo dinâmico da avaliação. Nesse sentido “o projeto é uma ‘sinfonia
inacabada’, é uma construção constante que se interconecta com o contexto social
mais amplo” (VEIGA, 2000,p.217)
Para tanto, estima-se reuniões bimestrais entre a Equipe Pedagógica,
Direção, Corpo Docente e Funcionários a fim de refletir sobre os diferentes
segmentos do processo educacional, para que se realize uma readequação visando
atingir os objetivos elencados.
Da mesma forma, reunir-se-ão trimestralmente as instâncias colegiadas – que
representam todos os segmentos da comunidade escolar - para reflexão e análise
voltadas às dimensões política e pedagógicas, numa ação avaliativa das práticas em
33
curso e das relações dos sujeitos que a constituem.
Acredita-se que a avaliação se dará na rotina do processo escolar, por meio
de observações das ações desenvolvidas. Assim, todos os integrantes neste projeto
poderão participar ativamente para a construção de uma escola melhor. Pois, como
diz o poeta Guimarães Rosa, “O Senhor...Mire, veja: o mais importante e bonito do mundo é
isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão
sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou . Isso me alegra.
Montão.”
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