coletÂnea de textos lÍngua portuguesa

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COLETÂNEA DE TEXTOS LÍNGUA PORTUGUESA 3 o ANO

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Page 1: COLETÂNEA DE TEXTOS LÍNGUA PORTUGUESA

COLETÂNEA DE TEXTOS LÍNGUA PORTUGUESA

3o ANO

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3o ANOCOLETÂNEA DE TEXTOS LÍNGUA PORTUGUESA

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GovernadorCid Ferreira Gomes

Vice-GovernadorDomingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da EducaçãoMaria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário AdjuntoMaurício Holanda Maia

Coordenadora de Cooperação com os MunicípiosMárcia Oliveira Cavalcante Campos

Orientadora da Célula de Programas e Projetos EstaduaisLucidalva Pereira Bacelar

Equipe Eixo AlfabetizaçãoAparecida Tavares de Figueirêdo (coordenadora) Rosalynny da Cruz MesquitaMaria Valdenice de SousaMaria Esmelinda Capistrano de SousaMirtes Moreira da CostaGleisiane Ferreira de Oliveira

Instituição Parceira:Escola de Formação Permanente do Magistério – ESFAPEMAna Rosa de Andrade Parente – DireçãoCristiane Coelho Ferreira Gomes – Coordenação dos Programas de FormaçãoArtais Pinheiro de Andrade Cunha – Acompanhamento dos Programas de FormaçãoSamara Mesquita Lucas – Acompanhamento dos Programas de FormaçãoMaria Wanderliza Dias Angelim – Assistente Técnica Wilson Linhares – Assistente Técnico

Colaboradores:Professores formadores de Língua Portuguesa:- Ana Fábia Cruz Barbosa- Francisca Elizabeth de Andrade Lima- Francisco Jackson Moreira de Sampaio- Francisca Lucélia Pereira Saldanha- Iana Mamede Accioly- Kátia Cristina Gomes Lino- Luidmila Tomaz de Sá- Marieta Parente Sobreira

Projeto e Coordenação Gráfi ca Daniel Diaz

Diagramacão Jozias Rodrigues

IlustraçõesAlexandre de Souza, Cris Soares, LEOBDSS

Revisão Escola de Formação Permanente do Magistério – ESFAPEM

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Apresentação

Caro(a) educando(a),

Este material didático foi elaborado para contribuir com a sua

aprendizagem. Nele você encontrará uma diversidade de textos e de

atividades de Língua Portuguesa e Matemática que o(a) ajudará na

consolidação dos conhecimentos necessários ao seu bom desempenho

escolar e à sua vida.

Terá também a possibilidade de produzir textos usando a sua

criatividade e verá que, quando juntamos esta experiência com o

hábito da leitura, tudo fi ca mais fácil e vem a sensação gratifi cante

de perceber que suas ideias foram passadas para o papel, de forma

compreensiva.

Esperamos que você o utilize de forma responsável e prazerosa,

pois, somente assim, ele atingirá os objetivos aos quais se propõe.

Bom proveito!

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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SUMÁRIO

Atividade 01 - A bailarina – Poesia ............................................................................................. 9

Atividade 02 - João e Maria – Conto de fadas .......................................................................10

Atividade 03 - Hércules e o carreiro – Fábula ........................................................................ 11

Atividade 04 - Atirei o pau no gato – Letra de canção .......................................................12

Atividade 05 - Adivinha ................................................................................................................13

Atividade 06 - Quadrinhos ...........................................................................................................14

Atividade 07 - Quem é a mula-sem-cabeça – Lenda ...........................................................15

Atividade 08 - O menino azul – Poesia ....................................................................................16

Atividade 09 - Parlenda ................................................................................................................17

Atividade 10 - Nesta rua – Instrucional ...................................................................................18

Atividade 11 - Bilhete ....................................................................................................................19

Atividade 12 - Balada do rei das sererias – Poesia ...............................................................20

Atividade 13 - O menino que mentia – Fábula ......................................................................21

Atividade 14 - Trava-línguas .......................................................................................................22

Atividade 15 - O pasto – poema ................................................................................................23

Atividade 16 - Piada ......................................................................................................................24

Atividade 17 - O que é o amor? – Narrativa ...........................................................................25

Atividade 18 - O poema – Poema ..............................................................................................26

Atividade 19 - Teresinha de Jesus – Letra de canção ...........................................................27

Atividade 20 - Carta.......................................................................................................................28

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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A bailarina1

Cecília Meireles

Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré mas sabe fi car na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá Mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar e não fi ca tonta nem sai do lugar.

Poe no cabelo uma estrela e um véue diz que caiu do céu.Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças, e também quer dormir como as outras crianças.

1 TEXTO 1: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 132. MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. 8 ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1990, p. 24 e 25.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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João e Maria2

João e Maria eram fi lhos de lenhadores muito pobres. Só comiam pão duro e por isso seus pais resolveram abandoná-los no bosque.

Naquela noite, João esperou que todos se deitassem e, sem fazer barulho, se levantou e encheu o bolso com muitas pedrinhas.

Na manhã seguinte todos foram ao bosque. João caminhava atrás e ia jogando as pedrinhas no chão. Assim voltaram seguindo o rastro. Passados alguns dias, os pais resolveram novamente abandonar as crianças e João teve que deixar migalhas de seu pedaço de pão.

À tarde, quando quiseram voltar para casa, não conseguiram porque os passarinhos haviam comido todas as migalhas de pão.

João e Maria fi caram muito assustados e, mortos de medo, foram seguindo por um caminho que os levou a uma casinha lá longe.

Quando chegaram a ela, descobriram que não era igual às outras casas. Era uma casinha toda feita de doces. - Que delícia! Hum! – disseram.

Logo apareceu na porta uma velinha meio esquisita. Seu nariz era grande e pontudo. Convidou-os para entrar, prometendo surpresas.

A surpresa foi muito triste. A velhinha era uma bruxa e colocou João dentro de uma jaula e fez Maria limpar a casa.

A bruxa estava preparando um caldo onde iria cozinhar João. Quando foi ver se o caldo estava bom, se debruçou sobre o caldeirão e Maria a empurrou.

Maria tirou João da jaula e juntos encontraram um grande tesouro na casa da bruxa e ricos voltaram para casa onde seus pais arrependidos os receberam muito felizes.

2 TEXTO 3 - Gênero: Conto de fadas. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 277. López, Francesc.(adaptação). João e Maria. São Paulo: Editora Siciliano, 1993.

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Hércules e o carreiro3

Esta velha fábula ajuda-nos a identifi car desde cedo as tarefas que nos cabem.

Um carreiro levava a carroça muito carregada por uma estrada lamacenta. As rodas afundaram na lama e os cavalos não conseguiam desatolar o carro. Ele fi cou se lamentando, desesperado, e im-plorou a ajuda de Hércules, até que o herói apareceu.

- Se você fi zer força para arrancar as rodas da lama, se você dirigir bem os cavalos, eu posso ajudar. Mas se você não levantar um dedo para tentar sair do buraco, ninguém – nem mesmo Hércules – poderá ajudá-lo.

O céu ajuda a quem se ajuda.

3 TEXTO 3: Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 129. Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.52.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Atirei o pau no gato4

Versão de uma cantiga popular

Atirei o pau no gato, toMas o gato, to não morreu, reu, reuDona Chica, ca admirou-se, seDo berro, do berro que o gato deu: – Miau!

Só que o gato fi cou triste, te Foi-se embora, ra, ai de mim, mim,mimQue saudade, de do meu gato, toQue vivia feliz miando assim: – Miau!

Mas se um dia eu tiver sorte, teEle volta, ta, volta sim, sim, simVou chamar, mar, mar comeu gato, toVou cantar, vou gritar: até que enfi m! – Miau!

4 TEXTO 4 - Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 130. Azevedo, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007, p.46 e 47.

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Adivinha5

O que é, o que é:Quanto mais se perde,Mais se tem?

Qual é o bicho que anda com os pés na cabeça?

O que é que quando estamos deitadosEstá de pé e quando estamos de péEstá deitado?

5 TEXTO 5 - Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 77. Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p. 7, 14, 18.Respostas: 1. Sono, 2. Piolho, 3. Pé.

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História em quadrinhos6

6 TEXTO 6 - Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 23.

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Quem é a mula-sem-cabeça7

Ângela Finzetto

Quando ouvir um relincho alto e um gemido, um barulho de cascos de ferro a galopar, saiba que sou eu, a mula-sem-cabeça. E quem cruzar meu caminho eu vou assombrar.

Sou uma moça que em mula se transforma, na noite de quinta-feira, ainda mais se é lua cheia. Fiquei assim por ser a mulher do padre. E antes de virar mula dizem que eu não era feia.

Para me desencantar precisa ser corajoso. Tem que me espetar até meu sangue pingar. Um outro jeito é tirar fora o meu cabresto. Se isso acontece, viro mulher e começo a chorar.

Enquanto ninguém desfaz o meu feitiço, continuo sem cabeça pela noite a assustar. Deixe-me seguir de vez meu caminho.

7 TEXTO 7 - Gênero: Lenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 146. Finzetto, Ângela. Quem é a mula-sem-cabeça. Editora BrasiLeitura.

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O menino azul8Cecília Meireles

O menino quer um burrinho para passear.Um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar.

O menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios, das montanhas, das fl ores – de tudo o que aparecer.

O menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos e com barquinhos no mar.

E os dois sairão pelo mundo que é como um jardim apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fi m.

(Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para Rua das Casas, Número das Portas, ao Menino Azul que não sabe ler.)

8 TEXTO 8: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 140. MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. 6 ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1990, p. 31 e 32.

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Parlenda9

Da tradição popular

Era uma bruxa À meia-noiteEm um castelo mal-assombradoCom uma faca na mãoPassando manteiga no pão.

Rei, capitão,soldado, ladrão.moça bonitaDo meu coração.

9 TEXTO 9 - Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 45.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Nesta rua10

Nesta rua, nesta rua tem um bosqueque se chama, que se chama solidão.Neste bosque, neste bosque tem um anjo

Que roubou, que roubou meu coração.

O participante se encontra no centro tem de responder:

Se eu roubei, se eu roubei teu coração,Tu roubaste, tu roubaste o meu também.Se eu roubei, se eu roubei teu coraçãoÉ porque, é porque te quero bem.

10 TEXTO 10 - Gênero: Regras de jogo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 97. Felipe, Carlos e Manzo, Maurizio. Alegria de brincar: jogos e recreações para crianças de todas as idades..Belo Horizonte: Editora Leitura, 2003, p.79.

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Bilhete11

11 TEXTO 11: Bilhete. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 27.

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Balada do rei das sereias12

Manuel Bandeira

O rei atirouSeu anel ao marE disse às sereias:- Ide-o lá buscar.Que se o não trouxerdes,Virareis espumaDas ondas do mar.

Foram as sereias.Não tardou, voltaramCom o perdido anel.Maldito o caprichoDe rei tão cruel!

O rei atirouGrãos de arroz ao marE disse às sereias- Ide-os lá buscar,Que se não trouxerdes,Virareis espuma Das ondas do mar!

12 TEXTO 12: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 158. Maia, Belmira. Onula: no planeta das palavras. Lisboa: Texto editores, 2010, p. 52

Foram as sereias, Não tardou, voltaram,Não faltava grão.Maldito o caprichoDo mau coração!

O rei atirou Sua fi lha ao marE disse às sereias:- Ide-a lá buscar,Que se não trouxerdes,Virareis espumaDas ondas do mar.

Foram as sereias...Quem as viu voltar?...Não voltaram nunca!Viraram espuma Das ondas do mar.

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O menino que mentia13

Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma peça nos vizinhos.

- Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas!Os vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas

encontraram-no às gargalhadas. Não havia nenhum lobo.Ainda outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar. E ele caçoou de todos.Mas um dia o lobo apareceu de fato, e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o

menino saiu correndo.- Um lobo! Um lobo! Socorro!Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor perdeu todo

o rebanho.Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.

O modo mais rápido de perder o caráter é deixar de ser honesto.

13 TEXTO 13: Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 165. Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.100.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Trava-línguas14

Debaixo da cama tem uma jarra.Dentro da jarra tem uma aranha.Tanto a aranha arranha a jarra,Como a jarra arranha a aranha.

Tinha tanta tia tantã.Tinha tanta anta antiga. Tinha tanta anta que era tia.Tinha tanta tia que era anta.

14 TEXTO 14 - Gênero: Trava-línguas. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 49.

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O pasto15

Eu vou limpar a nascente do pasto;Juntar as folhas todas de uma vez(E ver a água clarear, talvez).Eu não demoro – Você vem?

Vou até lá ver a pequena rêsJunto da mãe, e tão recém-nascidaQue cambaleia quando é lambida.Eu não demoro – Você vem?

15 TEXTO 15: Poema. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 78. Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.83.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Piada16

BIBLIOTECA

Um ladrão (de galinhas?) resolve assaltar uma biblioteca. Ele entra e fala:

- A bolsa ou a vida!A bibliotecária responde:- Qual é o autor?

QUANTOS FICAM?

Joãozinho chega na escola e a professora pergunta:- Numa árvore havia três passarinhos, deram um tiro na árvore e

ele acertou um passarinho, quantos fi caram?- Ficou apenas um passarinho.- Por que um, Joãozinho? - a professora pergunta.- Só o que morreu... Os outros fugiram, né?!

16 TEXTO 16 - Gênero: Piada. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 76.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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O que é o amor?17

Numa sala de aula havia várias crianças e uma delas perguntou à professora:

- O que é o amor?A professora sentiu que a criança merecia uma

resposta à altura da pergunta inteligente que fi zera.Como já estava na hora do recreio, pediu para que

cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e ao voltarem a professora disse:

- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.A primeira criança disse:- Eu trouxe esta fl or, não é linda?A segunda criança falou:- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas. Vou colocá-la em minha coleção.A terceira criança completou:- Eu trouxe este fi lhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é

uma gracinha?E assim, as crianças foram mostrando o que trouxeram...Foi aí que a professora notou que Alice tinha fi cado quieta o tempo todo.Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.A professora se dirigiu a ela e perguntou:- Meu bem, por que você nada trouxe?E Alice timidamente respondeu:- Desculpe professora. Vi a fl or e senti seu perfume; pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la

para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas mas, ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da fl or, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho, mas não posso mostrá-los.

A professora agradeceu a Alice e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração e não em coisas materiais.

17 TEXTO 17 - Gênero: Narrativa. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 351. Junior, S. Justo (Editor). O que é o amor. Belo Horizonte, Soler Editora, 2006.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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O poema18

Mário Quintana

Uma formiguinha atravessa, em diagonal, a página ainda em branco.Mas ele, aquela noite, não escreveu nada. Para quê?Se por ali já havia passado o frêmito e o mistério da vida...

18 TEXTO 18 - Gênero: Poema. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 61. Quintana, Mário. Sapo amarelo. São Paulo: Editora Global, 2006, p 28..

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Teresinha de Jesus19

Teresinha de JesusDe uma queda foi ao chão.Acudiram três cavalheirosTodos três, chapéu na mão.

O primeiro foi seu pai,O segundo seu irmão.O terceiro foi aquele Que a Teresa deu a mão.

Teresinha levantou-se,Levantou-se lá do chão.E sorrindo disse ao noivo:Eu te dou meu coração.

Da laranja quero um gomo, Do limão quero um pedaço.Da menina mais bonitaQuero um beijo e um abraço!

19 TEXTO 19: Letra de canção. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 105. Cereja, William Roberto e Magalhães, Thereza Cochar. Português Linguagens 3º ano. São Paulo. Atual, 2006, p138.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Carta20

20 TEXTO 20: Carta. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 88. Albuquerque, Amélia Maria Brito de, Carvalho, Célia Maria Bernardo e Accioly, Iana Mamede.Aprender Construindo: Letra-mento e alfabetização linguística. Fortaleza: IMEPH, 2009, p.240.

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SUMÁRIO

Atividade 21 - Luz de Fantasia ....................................................................................................33

Atividade 22 - A Lebre e a Tartaruga ........................................................................................34

Atividade 23 - Asa Branca............................................................................................................35

Atividade 24 - Trava-Línguas ......................................................................................................36

Atividade 25 - História em Quadrinhos ....................................................................................37

Atividade 26 - Quem é a Iara? ....................................................................................................38

Atividade 27 - Você é realmente único ....................................................................................39

Atividade 28 - Piada ......................................................................................................................40

Atividade 29 - Tatu passa aí ........................................................................................................41

Atividade 30 - Bolo de milho ......................................................................................................42

Atividade 31 - Adivinha ................................................................................................................43

Atividade 32 - Quem é o bumba-meu-boi? ............................................................................44

Atividade 33 - No barraco de carrapato ..................................................................................45

Atividade 34 - Minha cama .........................................................................................................46

Atividade 35 - O gato, o galo e o ratinho ................................................................................47

Atividade 36 - Parlenda ................................................................................................................48

Atividade 37 - Auto-Retrato .......................................................................................................49

Atividade 38 - Os músicos de Bremen ......................................................................................50

Atividade 39 - Fábula ....................................................................................................................51

Atividade 40 - Biografi a ................................................................................................................52

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Luz de fantasia21

Não é fácil ter um sonhoFeito só de poesiaCheio de imaginaçãoDe esperança e alegria.

Sonho de felicidade De emoção e de foliaDe surpresa e novidade Feito luz de fantasia.

Sonho assim faz bem à vidaSonho assim é necessárioQuero um desse de presentePara o meu aniversário!

21 TEXTO 21 - Gênero: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 84. Azevedo, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007, p.57.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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A lebre e a tartaruga22

Uma lebre estava sempre a fazer troça da tartaruga porque ela andava muito devagar.- Na verdade, não percebo porque te incomodas a ir a qualquer sítio – dizia a lebre com ar de

escárnio – porque, quando chegas, seja onde for já tudo acabou.E a tartaruga respondia:- Talvez eu seja lenta, mas aposto que chego ao fi m deste campo primeiro do que tu. Se

quiseres fazer uma corrida comigo, posso provar-te que é assim.Vendo a vitória fácil, a lebre concordou e desatou a correr o mais depressa que podia, enquanto

a tartaruga se arrastava. Isto aconteceu a meio de um dia muito quente, e daí a pouco a lebre começou a sentir um pouco de sono.

“Parece-me que vou dormir uma soneca debaixo daqueles arbustos – disse ela para consigo. – E mesmo que a tartaruga passe apanho-a enquanto o diabo esfrega um olho.”

A lebre deitou-se e daí a pouco estava ferrada no sono. E a tartaruga lá se ia arrastando debaixo do sol escaldante. Daí a muito tempo, a lebre acordou. Era mais tarde do que pensava, mas olhou em volta, confi ante. “Não consigo ver nem rasto da tartaruga.”

E lá seguiu, por entre as ervas e o trigo, galgando valados e moitas com a maior facilidade. Em poucos minutos dobrou o canto do campo e parou um momento para ver o sítio onde estava marcado o fi m da corrida. E, a menos de uns metros da meta, lá estava a tartaruga, caminhando sempre em frente, passo a passo, cada vez mais perto do fi nal da corrida.

Com um enorme salto, a lebre lançou-se a galope. Mas já era tarde. Porque, embora se atirasse de um salto sobre a meta, a tartaruga tinha chegado primeiro que ela.

- E agora, acreditas no que eu te disse? – perguntou a tartaruga. Mas a lebre estava demasiado cansada para responder.Com paciência e perseverança, tudo se alcança.

22 TEXTO 22: Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 348. Maia, Belmira. Onula: no planeta das palavras. Lisboa: Texto editores, 2010, p. 30 e 31.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Asa branca23

Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

Quando olhei a terra ardendoqual fogueira de São João,eu perguntei a Deus do Céupor que tamanha judiação.

Que braseiro, que fornalha,Nem um pé de plantação.Por falta d’água perdi meu gadoMorreu de sede meu alazão.

Até mesmo a asa branca Bateu asas do sertão.Então eu disse adeus, Rosinha,guarda contigo meu coração.Hoje longe muitas léguas,Numa triste solidão,Espero a chuva cair de novoPra eu voltar pro meu sertão.

Quando o verde dos teus olhosSe espalhar na plantação,Eu te asseguro não chore não, viu,Eu voltarei, meu coração.

23 TEXTO 23: Letra de canção. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 134. Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Disco O novo espaço papa a música. Gravadora RCA, 1978.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Trava-línguas24

Da tradição popular

Larga a tia, largatixa!Largatixa, larga a tia!Só no dia em que a sua tiaChamar a largatixa de lagartixa.

O caju do Juca E a jaca do cajá.O jacá da JujuE o caju do Ceará.

24 TEXTO 24 - Gênero: Lenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 57.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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História em quadrinhos25

25 TEXTO 25 - Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 26.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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Quem é a Iara26

Sou uma sereia de cabelos longos e negros. Moro nos rios e tenho uma beleza rara. Meu corpo é metade mulher, metade peixe. Gosto muito de cantar e meu nome é Iara.

Às vezes, sentada nas pedras ou na areia, com o meu pente de ouro fi co a me pentear. Passo o tempo brincando com os peixinhos. Uso o espelho das águas para me admirar.

O meu canto mágico ecoa pela fl oresta. Ressoa pelas águas e atrai quem ouve a melodia.Os homens me seguem até o fundo do rio. E desaparecem à procura da minha companhia.Aquele que me olha não consegue escapar. Fica logo enfeitiçado com a minha beleza. Sou

conhecida como a rainha das águas. Encantar e seduzir são da minha natureza.Fora da água me transformo em uma linda mulher. Mas volto rápido para o rio. Agora mesmo já

é hora. Antes de partir vou mostrar a minha voz. Cantarei uma música e depois irei embora.

26 TEXTO 26 - Gênero: Lenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 186. Finzetto, Ângela. Quem é a Iara. Editora BrasiLeitura.

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Você é realmente único27

Há somente uma pessoa como você; ninguém é mais exatamente como você. O que o torna único? Vamos começar com o seu DNA. Ninguém possui o DNA igual ao seu (exceto se você tiver um irmão gêmeo idêntico). Se você tiver irmãos ou irmãs, seus DNAs serão similares ao seu, mas não exa-tamente iguais. Da mesma forma que você, eles receberam metade do seus DNAs de sua mãe e a outra metade, de seu pai, mas o DNA que receberam é diferente daquele que você recebeu. Com o seu DNA sem igual formando as suas estruturas celulares e controlando as ações, não é de se estranhar que você seja único.

Assim como não há duas pessoas que compartilham o mesmo DNA, não há duas pessoas com impressões digitais iguais. Mesmo os gêmeos idênticos possuem impressões digitais dis-tintas. Se você e um amigo puserem os dedos em uma tinta lavável e então deixarem as impressões digitais em uma folha de papel, você poderá ver como elas são diferentes.

27 TEXTO 27 - Gênero: Texto explicativo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 200. Rillero, Peter. O corpo humano. São Paulo: Ciranda Cultural Editora e distribuidora, 2006, p. 8.

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Piada28

LOUCOS OU BÊBADOS?

Dois loucos estavam andando pela rua. Um estava com uma lanterna. Ele ligou a lanterna e perguntou ao outro:

- Você é capaz de subir neste facho de luz? E o outro respondeu:- Eu não, você apaga e eu caio!

A TERRA

A professora pergunta ao Joãozinho:- Joãozinho, me dê três fatos que comprovem que a Terra é redonda! Ele responde:- Meu pai diz que é. O livro diz que é... e a senhora também!

28 TEXTO 28- Gênero: Piada. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 81.

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Tatu passa aí29

Forma-se uma roda com uma criança no meio. Ela é o tatu e deve perguntar:

- Tatu passa aí?Todos respondem:- Não passa não.- E se passar?Nós vamos pegar.

O tatu tenta, com peitadas, romper os braços da roda.Se conseguir, sai correndo e é perseguido pelas demais crianças.Quem conseguir pegar o tatu vai para o centro da roda.

29 TEXTO 29 - Gênero: Regras de jogo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 103. Felipe, Carlos e Manzo, Maurizio. Alegria de brincar: jogos e recreações para crianças de todas as idades..Belo Horizonte: Editora Leitura, 2003, p.99.

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Bolo de milho30

Ingredientes

• 1 lata de milho verde com água• 1 vidro de leite de coco• 1 xícara de leite• 2 xícaras de açúcar• 2 xícaras de farinha de milho em fl ocos• 2 colheres grandes de margarina • 3 ovos• 1 colher de sopa de fermento em pó

Modo de fazer

• Junte tudo no liquidifi cador e bata muito bem. Ligue o forno. Passe um pouco de margarina numa fôrma redonda de furo no meio, enfarinhe, despeje nela a massa e leve ao forno médio, já aquecido. Deixe assar durante 55/60 minutos. Espete com um palito; se sair seco, já está assado. Tire do forno com um pano, espere esfriar e desenforme em cima de um prato grande.

30 TEXTO 30 - Gênero: Receita. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 146. Azevedo, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007, p.33.

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Adivinha31

Branca por dentro,Verde por fora.Uma casinha trancadaQue está sempre inundada.

Sou uma ave bonita,Tente meu nome escrever.Leia de trás para frenteE o mesmo nome irá ver.

O que é que o pernilongoTem maior que o elefante?

31 TEXTO 31 - Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 81. Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p. 22, 26 e 27.Respostas: 1. Coco, 2. O nome, 3. Arara

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Quem é o bumba meu boi32

Pode me chamar de bumba meu boi. Sou um boi diferente, colorido e festeiro. Feito de papelão, madeira, panos e fi tas. Minha festa é de novembro a 6 de janeiro.

No Brasil inteiro, todos me conhecem. Tenho um nome diferente em cada região.Boi bumbá, boi de reis, boi calemba. Seja como for, minha festa é uma tradição.Por onde eu passo vou brincando e divertindo. O povo me acompanha com grande euforia. Vão

vestidos de vaqueiros, com roupas coloridas. Seguimos de casa em casa com muita alegria. Com música e dança conto esta história: meu patrão me encontrou morto e triste fi cou.

Chamaram o pajé e fi zeram um cortejo. Com reza e animação ele me ressuscitou.Dentro de mim fi ca um homem, ando, corro, brinco e me mexo sem parar.O povo se anima quando alguém tento chifrar. Agora que me conhecem uma música vou cantar.

Boi da cara preta

Boi... boi... boi...Boi da cara preta, Pega este menino,Que tem medo de careta.

Boi... boi... boi...Boi da cara branca,Pega este menino,Que tem medo de carranca.

32 TEXTO 32 - Gênero: Lenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 201. Finzetto, Ângela. Quem é o Bomba-meu-boi. Editora BrasiLeitura.

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No barraco de carrapato33

Ana Maria Machado e Claudius

- Mico Maneco, cadê meu sapato?- Ficou sujo de barro, no meio da terra, no barraco do Carrapato.- Lá na serra? – falou a sapa.- Já vou láE pediu:- Burro, sabe como se vai até o barraco do Carrapato? Me leva lá...- Sei – falou o burro.- Sobe no meu carro e eu corro. Subo a serra e vou ao morro.Ela subiu e o burro saiu a galope: pocotó, pocotó, pocotó...Mas o carro carregava a sapa só. No meio da terra, no meio do pó.Estava muito leve e sacudia muito na subida da serra. A sapa fi cou toda doída e pediu:- Burro, não me leva mais ao barraco do Carrapato. Teu carro sacode muito. Fico mesmo sem

sapato. E fi co a pé.Aí veio o sapo, na subida do morro.E ele ouviu:- Socorro! Socorro!E a sapa falou tudo, do sapato, da corrida sacudida, do carro e dela toda doída.O sapo falou:- Sapa bonita, não seja boba, não seja pateta. Sapa bonita, seja levada, seja sapeca. Sapo não vai

de carro. Sapo vai de pulo. Vem comigo, amiga.E no pula pula o sapo levou a sapa até o sapato sujo de terra, no barraco lá da serra.

33 TEXTO 33 - Gênero: Narrativa. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 242. Machado, Ana Maria e Claudius. .No barraco do carrapato. São Paulo: Moderna 1988.

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Minha cama34

Um hipopótamo na banheiraMolha sempre a casa inteira.

A água cai e se espalha,Molha o chão e a toalha.

E o hipopótamo: “Eu não ligo,Estou lavando o umbigo!”

E lava e nunca sossega,Esfrega, esfrega e esfrega

A orelha, o peito, o nariz, As costas das mãos e diz:

Agora vou dormir na lamaPorque é lá a minha cama.

34 TEXTO 34 - Gênero: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 79. Capparelli, Sérgio.111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2006, p 87.

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O gato, o galo e o ratinho35

Um ratinho vivia num buraco com sua mãe. Depois de sair sozinho pela primeira vez, contou a ela: - Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei! Um era bonito e delicado, tinha pelo

muito macio e um rabo que se movia formando ondas. O outro era um monstro horrível. No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente os lados do corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.

- Ah!, meu fi lho! – respondeu a mãe. – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o outro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.

Moral: Jamais confi e nas aparências.

35 TEXTO 35: Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 163. Fábula de Esopo. São Paulo.. Companhia das letrinhas, 1995, p.46.

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Parlenda36

Da tradição popular

HOJE É DOMINGO

Hoje é domingo,Pé de cachimbo,O cachimbo é de ouro,Bate no touro,O touro é valente,Bate na gente,A gente é fraco,Cai no buraco,O buraco é fundo, Acabou-se o mundo.

36 TEXTO 36 - Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 38.

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Auto-retrato37

Mário Quintana

No retrato que me faço- traço a traço –Às vezes me pinto nuvemÀs vezes me pinto árvore...

37 TEXTO 37: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 43. QUINTANA, Mário. Só meu. São Paulo. Global, 2008, p.11.

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Os músicos de Bremen38

Um homem tinha um burro que, durante muitos e muitos anos, carregara sem descanso sacos de farinha para o moinho. Mas agora o pobre animal estava velho e cansado, e o dono começou a pensar na maneira mais fácil de se ver livre dele para poupar na comida.

O burro, apesar de burro, percebeu e decidiu fu-gir. Seguiu pela estrada de Bremen e pensou: “É uma grande cidade, e posso oferecer-me para fazer parte da banda de música.”

Já tinha andado um bocado, quando encontrou um cão de caça estendido no meio do caminho, com a língua de fora, como se não tivesse forças para mais.

- Por que estás tão cansado, Cão? – perguntou o Burro.

- Ai! – respondeu o Cão. – Estou velho e a cada dor me sinto mais cansado. Já não posso ir à caça, e o meu dono quis matar-me. Por isso fugi. Mas agora não sei como vou ganhar o meu pão!

- Pois eu vou para Bremen oferecer-me para a banda de música. Por que não vens comigo? Pode ser que também sejas contratado.

O Cão achou boa ideia e meteram-se os dois ao caminho. Ainda não iam muito longe, encontra-ram um gato sentado no meio da estrada, com um ar mais triste do que um dia de o chuva.

- Parece que as coisas não te correm lá muito bem, Tareco? – disse o Burro.- Como queres que corram bem, quando se está em perigo de vida? – respondeu o Tareco. – Estou

velho e já quase não tenho dentes. E prefi ro dormir junto da lareira do que caçar ratos. E a minha dona queria afogar-me. Consegui escapar, mas agora não sei o que hei de fazer à minha vida!

- Anda daí conosco Bremen. Deves saber muitas serenatas! Dão-te com certeza um lugar na banda.O Gato achou boa a ideia e juntou-se ao Burro e ao Cão. Daí a pouco, os três fugitivos passaram em frente de uma quinta. No alto da cancela, estava um

galo que cantava com toda a força dos seus pulmões.- Até fazes doer os ouvidos à gente- disse o Burro. – Que se passa?- Canto o mais que posso – respondeu o Galo – porque amanhã é Domingo e há festa lá em casa.

Por isso a patroa disse à cozinheira que me servisse ao jantar. E esta noite vão cortar-me o pescoço. Por isso vou cantando enquanto ainda é tempo.

38 TEXTO 38 - Gênero: Conto maravilhoso. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 1174. Maia, Belmira. Onula: no planeta das palavras. Lisboa: Texto editores, 2010, p.32, 33, 34 e 35.

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COLETÂNEA DE TEXTOS - 3o ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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- Fazias melhor em vir conosco, galo galarós. Vamos para Bremen, e mesmo que seja muito mau, sempre é melhor do que morrer. Tens uma linda voz e, quando cantarmos todos juntos, devemos fazer um bom concerto!

O Galo achou boa idéia, e lá foram todos quatro.Não podiam chegar a Bremen num dia só e, quando anoiteceu, pararam num bosque para dormir. O

Burro e o Cão deitaram-se debaixo de uma grande árvore, e o Gato mais o Galo instalaram-se nos ramos.O Galo preferiu empoleirar-se no ramo mais alto da árvore, para maior segurança. Antes de

adormecer, deitou uma olhadela em redor, e pareceu-lhe ver uma luzinha ao longe. Chamou os companheiros e disse-lhes que devia haver uma casa, no sítio de onde vinha a luz. E o Burro propôs:

- Podíamos ir lá ver, porque este abrigo aqui não é grande coisa.O Cão pensou que uns restos de carne, com um bom osso, não lhe faziam mal nenhum. E

dirigiram-se para o sítio de onde vinha a luz. Quanto mais avançavam, mais brilhava a luz, até que chegaram em frente de uma casa habitada por uma quadrilha de ladrões, toda iluminada.

O Burro, que era o mais alto, espreitou pela janela.- O que é que vês, Ruço? – perguntou o Galo.- Vejo – disse o Burro - vejo uma mesa com uma boa ceia e muito que beber. Os ladrões estão

sentados à volta e comem com apetite!- Também me apetecia! – disse o Galo.- A mim também, a mim também! – disse o Burro. – Quem me dera estar no lugar deles!Os quatro animais reuniram em conselho para descobrirem a maneira de expulsar os ladrões.

Por fi m, chegaram a acordo.O Burro devia fi car de pé nas patas traseiras e pôr as da frente no parapeito da janela.O Cão saltava para as costas do Burro, o Gato trepava para cima do Cão e o Galo voava para

cima do Gato.Quando fi caram nesta posição, a um sinal, começaram a cantar a sua música. O Burro zurrava, o

Cão ladrava, o Gato miava e o Galo fazia có-có-ró-có. Depois, partindo o vidro em bocadas, saltaram, pela janela, para dentro da casa. E com este estardalhaço todo, os ladrões fugiram cheios de medo. Pensaram que aquilo era um fantasma que vinha para dar cabo deles! E correram para a fl oresta.

Os quatro companheiros sentaram-se à mesa e comeram para um mês.Quando os músicos terminaram a ceia, apagaram a luz e procuraram um sítio para dormir, cada

um conforme os seus gostos. O Burro deitou-se num monte de palha, o Cão fi cou atrás da porta, o Gato junto do borralho e o Galo empoleirou-se na trave mestra da casa.

Estavam cansados da longa caminhada e depressa adormeceram.Passava da meia noite, e os ladrões viram, ao longe, que já não havia luz na casa. Tudo parecia

calmo. O chefe então declarou:- Nunca devíamos ter fugido desta maneira.Chamou os seus homens e mandou-os ir dar uma vista de olhos pela casa. O que levava os

fósforos viu que estava tudo calmo, e entrou pela porta da cozinha. Deu com os olhos faiscantes do Gato, e julgou que eram duas brasas ainda acesas. E chegou-lhes um fósforo para reanimar o lume.

Mas o gato não gostou da brincadeira e saltou-lhe à cara a soprar, com as unhas todas de fora.

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Assustado, o ladrão deu meia volta e foi de encontro à porta. O Cão, que estava ali deitado, saltou-lhe em cima e mordeu-lhe a perna. O Ladrão saiu e, quando atravessou o pátio, passou pelo monte de palha. Nessa altura o Burro deu-lhe uma saraivada de coices como só ele sabia, enquanto o Galo, que acordara com todo este barulho, cantava do seu poleiro:

- Có-có-ró-có.O ladrão correu o mais que podia para o pé do chefe e disse:- Ai! Dentro da casa, está uma bruxa horrorosa que me assoprou para cima e me arranhou com as

unhas aguçadas; à porta, um homem deu-me uma navalhada na perna; no pátio, um monstro todo preto pregou-me umas poucas de moçadas e, no telhado, um juiz gritou: “Não escapa um só!” Então fugi a sete pés.

A partir daí os ladrões nunca mais se atreveram a aproximar-se da casa.Quanto aos quatro músicos da banda de Bremen, sentiram-se ali tão bem que se deixaram fi car

e não quiseram ir mais longe.Bendito e louvado,meu conto acabado.

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Fábula39

O LADRÃO DE MACHADO

Parábola chinesa

Um agricultor não conseguia encontrar seu machado. Ele desconfi ou que o fi lho do vizinho o tinha levado e começou a observar. O comportamento do rapaz era tipicamente o comportamento de um ladrão de machado. O rosto era de um ladrão de machado. As palavras que pronunciavam só po-diam ser palavras de um ladrão de machado. Todas as suas atitudes e todos os seus movimentos eram os de um sujeito que roubou um machado. Mas, um dia, mexendo por acaso num monte de lenha, o agricultor achou o seu machado.

Na manhã seguinte, quando viu o fi lho do vizinho, o rapaz já não deixava transparecer mais nada, nem no comportamento, nem na atitude, nem no modo de agir, que lembrasse um ladrão de machado.

39 TEXTO 39 - Gênero: Lenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 129. Piquemal, Michel e Lagautrière, Phillip. Fábulas fi losófi cas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009, p. 18.

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Biografi a40

Ricardo Azevedo

Ricardo José Duff Azevedo (São Paulo SP 1949). Escritor de literatura infantil e juvenil, ilustrador, pesquisador e publi-citário. Filho de Aroldo de Azevedo - professor da Faculdade de Geografi a da Universidade de São Paulo (USP) - e autor de livros didáticos.

Estuda no colégio alemão Visconde de Porto Seguro, en-tão localizado na Praça Roosevelt, local que se transformará no cenário de alguns de seus livros. Ingressa, em 1970, na Facul-dade de Comunicações da Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, mas no ano seguinte opta pelo curso de Comunicação Visual da Faculdade de Artes Plásticas.

Faz estágio em uma agência de propaganda nos departa-mentos de redação e de criação. Forma-se em 1974 e passa a trabalhar como redator. Paralelamente atua também com ilustrações, direção de arte e projetos visuais. Começa a escrever ainda muito jo-vem, por volta de 1967, aos 17 anos, escreve Um Autor de Contos para Crianças, publicado em 1982 sob o título Um Homem no Sótão.

Estreia como autor e ilustrador em 1980, com O Peixe que Podia Cantar. A partir de 1983, passa a dedicar-se mais à literatura e à ilustração do que aos trabalhos de publicidade. Desenvolve então pesquisas sobre folclore e contos populares, e retoma os estudos acadêmicos.

Ingressa no curso de mestrado no Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofi a, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP), que conclui em 1998, com a dissertação: Como o Ar não Tem Cor, se o Céu É Azul? - Vestígios dos Contos Populares na Literatura Infantil.

Em 2004, apresenta o trabalho Abençoado o Danado do Samba: um Estudo sobre as Formas Li-terárias Populares - o Discurso da Pessoa, das Hierarquias, do Contexto, do Senso Comum e da Folia, recebendo o título de Doutor na mesma instituição.

Como professor convidado em cursos de especialização em Arte-Educação e Literatura, ministra palestras e escreve artigos abordando questões referentes à formação de leitores e ao uso da literatura de fi cção na escola. Autor, na maioria das vezes, dos desenhos de seus próprios livros, Ricardo Azeve-do ilustra também textos de outros autores. Escreve ainda letras de músicas, algumas publicadas em Feito Bala Perdida, juntamente com outros poemas.

40 TEXTO 40 - Gênero: Biografi a. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 363.

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