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Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese Ensino Fundamental e Médio Proposta Política Pedagógica Piên / PR 2012

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Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

Ensino Fundamental e Médio

Proposta Política Pedagógica

Piên / PR

2012

1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese (00010), está situado na Rua Espírito

Santo, 62, Centro, Piên / Paraná (1930) a 91,7 km de distância do NREAM - Sul, fone fax:

41-3632-1249/1777 correio eletrônico: [email protected], atendendo anualmente entre

1.000 à 1.100 alunos de Ensino Fundamental e Médio, com três turnos de Funcionamento.

O Ensino Fundamental encontra-se autorizado pela Resolução 1178/89 de 22/05/89, e

reconhecido pela Resolução 3177/08 de 17/09/08 e Ato Administrativo de aprovação do

Regimento Escolar n° 392/03. O Ensino Médio encontra-se autorizado pela Resolução

262/91 de 01/02/91, e reconhecido pela Resolução 3280/08 de 02/10/08.

1.1- RELAÇÃO NOMINAL E ESCOLARIDADE DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

RELAÇÃO DE DOCENTES DA BASE NACIONAL COMUM

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA

PROFESSORES HABILITAÇÃO

Arte Marcia Aparecida Wenduchoski Arte

Arte Jacilda Ema Lada Portella Artes Visuais

Arte Esmael Terres Educação Física

Arte Claudiana Lang da Silva Filosofia

Arte Aparecido Vasconcelos de Souza Educação artistica

Arte Ana Zira Dranka Grossl Educação Artistica

Ciências Maykel Regis Malchovski Ciências Biológicas

Ciências Elenice de Cássia Malchovski Ciências

Ciências Marina Pscheidt Ciências

Ciências Ivanir Madoenho Custódio Ciências/ Habilitação Matemática

Educação Física Luis Carlos Santana Educação Física

Educação Física Jaime Kurovski Educação Fisica

Educação Física Esmael Terres Educação Fisica

Ensino Religioso Cecília Maguirovski História

Ensino Religioso Homero Santos Paim História

Geografia Cecília Maguirovski História

Geografia Cristiane Aparecida Taborda Pedagogia - Geografia

Geografia Ilton Joaquin Rengel Geografia

Geografia Jones Leoclides Salvi História

Geografia Mauro Ramos Geografia

História Maria das Graças Malchovski História

História Jones Leoclides Salvi História

História Silvana Engler História

História José Valmor da Cruz Veiga História

História Elisangela Muziol História

História Homero Santos Paim História

L.E.M. Ingles Rosa Galvão Neves Mirkoski Letras -Ingles

L.E.M. Ingles Elisete Cristina Carachinski Letras-Língua Portuguesa e Inglesa

Língua Portuguesa Veronice Ana Barancelli Letras -Português

Língua Portuguesa Neuza Lourenço dos Santos Letras -Português

Língua Portuguesa Enoi Lourenço dos Santos Letras -Português

Língua Portuguesa Meriane das Graças Muziol Kurovski Letras –Português e Inglês

Língua Portuguesa Josiane do Rocio Lesniovski John Letras-Língua Portuguesa e Inglesa

Matemática Ivanir Madoenho Custódio Ciências/ Habilitação Matemática

Matemática Daiene Maria John Administração – Habilitação Matemática

Matemática Elisangela Liebl Matemática

Matemática Elenice de Cassia Machovski Ciências

Matemática Marina Pscheidt Ciências

Matemática Alice Cristina Pscheidt Nossol Tecnologia em mecânica

Matemática Josiane Vieira de Lima Ciências Biológicas

Matemática Greice Morgana Gassner Matemática

Matemática Nelson Rosencheck Matemática

RELAÇÃO DE DOCENTES DA BASE NACIONAL COMUM ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA PROFESSORES HABILITAÇÃO

Arte Ana Zira Dranka Grossl Educação Artistica

Arte Marcia Aparecida Wenduchoski Arte

Arte Claudiana Lang da Silva Filosofia

Arte Esmael Terres Educação Física

Arte Jacilda Ema Lada Portella Artes Visuais

Biologia Maykel Regis Malchovski Ciências Biológicas

Biologia Elenice de Cássia Malchovski Ciências

Educação Física Luis Carlos Santana Educação Física

Educação Física Jaime Kurovski Educação Física

Educação Física Esmael Terres Educação Física

Filosofia Jones Leoclides Salvi História

Filosofia Claudiana Lang da Silva Filosofia

Física Ivanir Madoenho Custódio Ciências/ Habilitação Matemática

Física Josiane Vieira de Lima Ciências Biológicas

Física Fernanda Dreveck Matemática

Geografia Jones Leoclides Salvi História

Geografia Ilton Joaquin Rengel Geografia

História Maria das Graças Malchovski História

História Jones Leoclides Salvi História

História Elisangela Muziol História

Língua Portuguesa Veronice Ana Barancelli Letras -Português

Língua Portuguesa Neuza Lourenço dos Santos Letras -Português

Língua Portuguesa Enoi Lourenço dos Santos Letras -Português

Língua Portuguesa Meriane das Graças Muziol Kurovski Letras –Português e Inglês

Língua Portuguesa Edson Pedro Schiel Ciências Contábeis – Habil. Matemática

Matemática Ivanir Madoenho Custódio Ciências/ Habilitação Matemática

Matemática Daiene Maria John Administração – Habilitação Matemática

Matemática Elisangela Liebl Matemática

Matemática Edson Pedro Schiel Ciências Contábeis

Química Alice Cristina Pscheidt Nossol Tecnologia em Mecânica

Química Solene Cristiana Forteski Química

Sociologia Maria das Graças Machovski História

Sociologia Jones Leoclides Salvi História

L.E.M. Ingles Rosa Galvão Neves Mirkoski Letras -Ingles

L.E.M. Ingles Elisete Cristina Carachinski Letras-Língua Portuguesa e Inglês

Relação de Pessoal Técnico Administrativo

Função Nome Formação

Diretora Simone Wendrechovski História

Direção Auxiliar Luciane Aparecida Silva Lima História

Secretária Josiane Bastos de Camargo Pedagogia

Equipe Pedagógica Aleçandra de Fátima Ferreira Schier

Dolores Gomes Sura

Franscisca de Fátima Gomes Waisczik

Marlise Telma Kurovski

Rose Aparecida Gutier Corrêa

Zandaira Salete Cavagnoli Schauz

Pedagogia

Pedagogia

Pedagogia

Pedagogia

Pedagogia

Pedagogia

Agente Educacional II Juliana Pasda

Maria Danieli Vieira

Lucilene Machovski Morcelli

Janieli do Carmo Taborda Lesniovski

Eliane Quandt Mandrik

Teresinha Soares de Oliveira

Luis Fernando Lepper

Pedagogia

Comunicação Social

Ensino Médio

Gestão Pública

Secretariado

Gestão Pública

Direito

Agente Educacional I Adriana dos Santos

Élcio Antônio de Almeida

Eliane Bastos de Camargo

Maria do Carmo Simões

Maria Francisca Neumann

Maria Sueli Cabral

Rosa Polinaski de Souza

Eli da Vitória

Rosani Negreli de Lima

Zelinda Lang

Marli Pereira de Souza

Pedagogia

Ensino Médio

Ensino Médio

Ensino Médio

Ensino Médio

Ensino Médio

Ensino Médio

Ensino Médio

Ensino Médio

1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO

Fundado comunitariamente em 1940, regido pela lei 4.024, sob o nome de Escola

Estadual Rural Raul D'Almeida, não possuía decreto ou portaria de criação. Ofertava as

quatro primeiras séries do Ensino Fundamental. Não possuía prédio próprio tendo suas

atividades desenvolvidas numa das salas da Prefeitura Municipal.

A 15 de novembro de 1969, mudou-se para a Rua "L", 101, sendo sua sede

passando a denominar-se Casa Escolar Frederico Guilherme Giese. Em 1978, as Ias e

2ªs séries iniciais entraram na Reforma de Ensino, através da Lei 5692/71, no ano

seguinte as 3as e 4as séries também passaram a ser regidas pela referida Lei. Em 1979

foi aprovado o Plano de Implantação da Escola pelo parecer 17/78 e homologado pela

Resolução Nº 544/87 datada de 21 de novembro de 1978.

A partir dessa homologação a Escola passa a denominar-se Escola Estadual

Frederico Guilherme Giese - Ensino de 1º. Grau. Também neste mesmo ano muda sua

sede para a Rua Espírito Santo, 101, onde permanece até hoje. Inicialmente a Escola

contava com 4 salas de aula, 4 sanitários femininos, 4 masculinos, sala da secretaria, sala

de professores, cantina, depósito de merenda, 02 banheiros para funcionários, pátio

coberto e quadra de esportes.

Em 1987 através da Resolução Nº 467/87 de 24 de fevereiro de 1987, recebe

Autorização de Funcionamento de 5ª a 8ª séries gradativas no período diurno.

Em 1988 através da Resolução Nº 482/88 de 03 de março de 1988, recebe

autorização de Funcionamento de 5ª a 8ª séries no período noturno.

Pela Resolução No. 645/90 do dia 30 de março de 1990 foi homologado o

Reconhecimento do curso de 1º grau.

Em 1991 foi autorizada a implantação do curso de segundo grau - Educação

Geral através da Autorização de Funcionamento Nº 262/91, passando a denominar-se

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese. Houve ampliação no prédio Escolar com a

construção de mais 04 salas de aula corpo administrativo e laboratório, a quadra foi

coberta.

No ano de 1996 foi reconhecido o curso de Segundo Grau através da Resolução

Nº 3839/96 de 18 de novembro de 1996.

O estabelecimento sempre atendeu a alunos de classe média baixa, a maioria

filhos de agricultores. Nos últimos anos passaram a fazer parte da clientela alunos

operários e filhos de operários.

Para desenvolver alguns projetos pedagógicos conta com a ajuda da Prefeitura,

empresas privadas e da APMF.

1.3 ESPAÇO FÍSICO

Possui 14 salas de aula, sendo duas adaptadas e as demais no tamanho padrão

da FUNDEPAR, ampla sala de biblioteca com aproximadamente 6 mil exemplares,

laboratório de Química, Física e Biologia, quadra de Esportes coberta, corpo

administrativo, Sala de Orientação, cozinha, depósito de merenda, depósito para material

de limpeza, área de serviço coberta. Tem 10 banheiros masculinos e 10 femininos para

atender os aluno e 03 para atender aos professores e funcionários, cantina comercial,

área livre, sala ao ar livre com mesas e bancos com capacidade de atender a 45 alunos,

Dois laboratórios de informática com 20 computadores em cada um , uma quadra de

areia, sala de Apoio, casa do permissionário, sala de educação física, construída fora do

prédio escolar.

Tanto o prédio como o terreno é propriedade do Estado, sendo que o último foi

doado pela comunidade.

1.4 0FERTA DE CURSOS E TURMAS

Oferta os anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No presente ano

letivo (2011) possui 32 turmas, sendo 20 de Ensino Fundamental e 12 de Ensino Médio,

distribuídas da seguinte forma: 15 turmas no período matutino, sendo 6 de Ensino Médio

e as demais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries); 14 turmas no período vespertino, das

quais 3 são de Ensino Médio e o restante de Ensino Fundamental, e no período Noturno

oferta uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental e o Ensino Médio com 3 turmas,

além de duas turmas de EJA, extensão do Colégio Estadual Alfredo Greipel Junior.

1.5 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, ALUNOS E PAIS

A população pienense tem sua etnia através da imigração de alemães,

poloneses, italianos, e de caboclos. Como o Brasil, há mistura de raças, encontrando-se

pessoas, brancas, pardas e negras, embora a cor branca dada pela descendência

européia predomine.

A religião predominante é a católica e raramente há casos de separação de

casais. Conservam valores de família acentuando-se os morais e religiosos. O Ensino

Fundamental é o grau de escolaridade predominante entre a população em geral eo

município é considerado livre de analfabetismo desde o ano de 2008. Percebe-se que

entre os pais de alunos temos o seguinte quadro: 20% dos pais dos alunos fizeram

somente as quatro séries iniciais do Ensino Fundamental, 12% Ensino Fundamental

incompleto, 20% possuem Ensino Fundamental completo, 16% possuem o Ensino Médio

incompleto, 23% com Ensino Médio completo e 9% possuem curso superior. Perfil este

que vem se alterando a cada ano, persistindo o menor nível de escolaridade entre os

operários.

Os pais que investem em livros, jornais, revistas, informática são aqueles que

exercem funções administrativas, filhos de funcionários públicos e alguns agricultores.

As matrículas deste estabelecimento vêm de famílias que pertencem a classe

média baixa e baixa, porém são raros os alunos que vivem em condições de miséria pois

a maioria são filhos de agricultores, embora tenha também filhos de operários,

funcionários públicos, funcionários de chefia da iniciativa privada com renda familiar que

variam de três a dez salários mínimos, alguns raros casos que ultrapassam esta faixa,

porém como a grande maioria é filho de agricultor, o custo de vida acaba sendo bem

menor em face a produção de grande parte dos alimentos, diminuindo bastante a as

despesas mensais com alimentação. Quase na sua totalidade reside em casa própria,

sem necessidade de pagar aluguel, podendo ter boas condições de vida. 30% dos alunos

vivem em condições de pobreza, no entanto nenhum de extrema pobreza.

Embora estima-se que 70% dos alunos são de classe media, constata-se que

poucos alunos que possuem livros que não sejam didáticos, bem como assinatura de

revistas e jornais. Os jornais que lêem são os locais, cuja distribuição é gratuita. Poucos

são os que possuem acesso à informática e a Internet.

A maior dificuldade é a falta da cultura do estudo e da leitura. A familiarização com

os livros, revistas e jornais dá-se na escola, prática que com o tempo acaba sendo

incorporada pelo aluno, mas que em poucos casos dá continuidade com a conclusão do

Ensino Médio, pois ainda se tem a idéia de que comprar livros, jornais e revistas é

desperdiçar dinheiro.

O comportamento dos alunos é bem característico de crianças e jovens, que

cultivam a amizade, o respeito pelos professores e pelas pessoas que trabalham na

escola. Os casos de indisciplina são poucos e sem gravidade. Os problemas com drogas

ilícitas é quase zero, há um ou outro caso isolado, que quando detectado, faz-se um

acompanhamento junto com o Conselho Tutelar. Como a grande maioria vem da zona

rural, utilizam o transporte escolar gratuito.

1.6. CARACTERIZAÇÃO DOS PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS, DIREÇÃO E EQUIPE

PEDAGÓGICA.

Conta com 43 Docentes, sendo que dois professores concluíram o PDE, 30

Especialização, 41 Licenciatura Plena, 02 não Licenciados. Como Servidores em função

de Apoio/Técnico Pedagógica possui 24 funcionários, (sendo 6 de Agente Educacional II

com 4 Acadêmicos, 1 Especialização e 1 Técnico Administrativo Acadêmico. Conta com 5

Agentes Educacional I sendo que 3 possuem Ensino Médio e 1 Ensino Fundamental, 5

Auxiliares de Serviços Gerais com 2 Ensino Médio e 1 Ensino Fundamental

e 2 Ensino Fundamental Incompleto, 1 Paraná Educação com Ensino Fundamental. A

Equipe Pedagógica conta com 04 pedagogas sendo que 3 possuem Especialização e 1

Licenciatura Plena, 1 secretária com Curso Superior, diretora e diretora auxiliar com

Especialização.

Dos 43 professores apenas 15 não são QPM, e os funcionários do administrativo, 5

são efetivos. Os funcionários de Apoio 9 são efetivos, 1 possui contrato pelo Paraná E-

ducação, aguardando efetivação.

1.7 FILOSOFIA

O Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese, tem como filosofia, proporcionar ao

aluno um aprendizado de qualidade, para que este seja um sujeito ativo e consciente num

processo contínuo de transformação social.

1.8 OBJETIVOS GERAIS

1.8.1 - Atender as necessidades da comunidade escolar, proporcionar meios para

um eficiente ensino científico, valorizando o autoconhecimento, a cultura individual, o

senso de justiça, a transformação da sociedade, num espírito cooperativo, interativo de

co-responsabilidade entre todos os envolvidos.

1.8.2 - Propiciar a formação do educando como cidadão ativo e consciente do seu

papel na sociedade.

1.8.3 - Sistematizar o domínio pleno de instrumentos culturais, intelectuais,

profissionais, políticos e críticos ressignificando o conhecimento e a reflexão social da

realidade a fim de que possam interferir na sua transformação como sujeito ativo.

1.8.4 - Ressignificar o processo de ensino e aprendizagem com vistas à avaliação

processual e contínua.

2 - MARCO SITUACIONAL

2.1 REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA.

A sociedade brasileira passa por um período de crise ética, crise esta que se reflete

em todos os setores da sociedade. Constata-se a todo instante um cenário de denúncias

tanto no setor público como no privado. Temos um país imenso, cheio de riquezas, no

entanto a desigualdade social é gritante. Temos privilégios de relevo e clima, produz-se

muito do setor agropecuário, no entanto há fome. Há relações conflituosas com os

movimentos sociais, a segurança é altamente deficitária, o sistema educacional tem muito

o que progredir.

Diante das dificuldades que o país enfrenta, diante da necessidade de busca para

as soluções, a população encontra-se inquieta, e esta inquietude é benéfica, pois, pode

gerar transformações, uma vez que começa a pressão por mudanças e atitudes que

visam a busca de soluções. Mesmo dentro da crise empenha-se em buscar respostas e

reformular o sistema educacional que permitam chegar aos mesmos índices de

escolarização e conhecimentos dos paises desenvolvidos.

Dentro desta perspectiva os Estados, municípios e estabelecimentos formulam

suas metodologias e identidades, promovendo discussões a análises que contribuem para

o enriquecimento e aprimoramento do sistema educacional.

O estado paranaense, como parte integrante do país, também apresenta seus

problemas, porém, apresenta um histórico de constantes reflexões e discussões entre os

educadores na intenção de aperfeiçoar o sistema educacional, com estudos curriculares,

dos aspectos teórico metodológicos por área do conhecimento, assegurados por cursos

de atualização e subsídios dados pela SEED. A sistematização de reflexões sobre o

sistema educacional é o caminho apontado para se buscar as melhorias necessárias

dentro do estado.

Piên possui um programa de educação que consegue fazer com que 100% das

crianças em idade escolar estejam na escola, das quais ao concluírem as 5 primeiras

séries do ensino fundamental, todas vão para as séries finais e pouquíssimos não

concluem o Ensino Fundamental. Já em nível de Ensino Médio a evasão é acentuada,

uma vez que a partir desta faixa etária não há muita cobrança dos pais e muitos já entram

no mercado de trabalho, seja ele formal ou informal.

Os estabelecimentos estaduais locais, vêm promovendo análises e buscando

mecanismos para que os alunos de ensino médio não se evadam, e esta é uma meta que

deverá ser atingida e para tanto há que se refletir muito, pois apesar de se discutir o

assunto intensivamente nos últimos três anos, ainda persiste o fantasma da evasão da 1°

série do Ensino Médio.

Sabe-se que os programas de Educação de Jovens e Adultos ajudam a fazer com

que diminua a porcentagem de pessoas que por algum motivo não concluem o ensino

médio, mas ainda assim se faz necessário conscientizar essas pessoas da importância da

continuidade do estudo para a vida delas e do aumento da escolarização da população.

2.2 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA

DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICA PRÁTICA

Dentro de uma sociedade minada por informações a todo instante, com alterações

diárias no mercado de trabalho e no perfil dos cidadãos, a escola caminha a passos lentos

na tentativa de acompanhar estas mudanças, porém acreditasse que se a transformação

do pensamento, do raciocínio e a capacidade de adaptação se transformarem, mesmo

que a escola não tenha toda a tecnologia do mundo contemporâneo, é possível interagir

dentro das transformações e posicionar-se frente estas mudanças.

Se pretendermos formar cidadãos aptos à agirem socialmente, integrando-se,

participando, tendo o conhecimento mínimo necessário para atuar na sociedade, o

trabalho pedagógico deve começar ensinando o conhecimento historicamente construído,

proporcionando o saber sistematizado e elaborado de que necessita para compreender o

mundo que habita, bem como lhe dar condições de prosseguimento dos estudos.

Logo, a escola deve discutir o conhecimento, seja historicamente produzido, seja

ele popular ou científico, em busca de uma melhoria da qualidade, compreendendo,

criticando e modificando a realidade em que vive, fazendo parte do conhecimento técnico

e político; desenvolver o conhecimento da ética e cidadania adquirindo conhecimentos

que fundamentam a sobrevivência no mercado de trabalho, tendo como ferramentas o

conhecimento filosófico e cientifico..

Queremos uma escola de qualidade, comprometida, que respeite as diferenças,

que seja mediadora e articuladora de projetos que visem o agir humano, entrelaçando o

projeto político da sociedade e os projetos pessoais dos sujeitos envolvidos na educação;

democrática, participativa, que valorize os envolvidos no processo ensino-aprendizagem

sendo formativa e construtora do conhecimento.

A avaliação deve ser democrática, diagnóstica e contínua, que seja um

meio do ensino-aprendizagem e não um fim. Que não seja um mecanismo de exclusão,

mas sim que favoreça o desenvolvimento da capacidade de aprimoramento do

conhecimento, sendo resultado de um processo coletivo, que desenvolva a criticidade dos

envolvidos no processo avaliativo.

Como instituição educacional, valorizar a bagagem cultural do aluno e buscar

construir um acervo cultural, político e social de formação profissional e humanística

promovendo o desenvolvimento integral do indivíduo, fazendo com que os valores

permaneçam e sejam respeitados e que realize o resgate e a preservação da cultura local.

A Cultura que permita o auto-conhecimento, o conhecimento local nacional e globalizado

também deve ser valorizado, para que seja trabalhado o que vem de encontro com as

necessidades dos alunos e que promoverão a inserção na sociedade através da visão de

mundo, tornando-o dinâmico, partindo da sistematização dos conhecimentos já

apropriados para o conhecimento histórico, científico e cultural.

O grande desafio do Estabelecimento é buscar meios que levem os alunos a

apreenderem conhecimentos e comportamentos, respeitando diferenças, envolvendo

atividades conjuntas na busca de soluções para modificar e transformar as dificuldades do

ensino-aprendizagem, bem como oportunizar aos professores continuidade do seu

trabalho com a mesma turma no ano seguinte a fim de que possa avaliar as mudanças de

atitudes tanto deles próprios como dos alunos frente às dificuldades do processo, tendo

constantes reuniões pedagógicas, que visem a troca de experiências, análise de

resultados e reformulação da avaliação e metodologias aplicadas sempre que se julgar

necessário. Estabelecer unidade de trabalho dentro do grupo.

Tornar o ensino qualitativo e eficiente.

2.3 ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA

Os dados estatísticos apresentados nos gráficos mostram o índice de aprovação,

aprovação por Conselho de Classe, reprovação, desistentes, transferidos e evasão;

percebe-se que a reprovação e a evasão tem números elevados e que as estratégias

usadas pouco efeito surtiram, especialmente entre o 6º a 7º anos do Ensino

Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio. Esses resultados foram estudados e

trabalhados durante reuniões e encontros de professores e Conselho Escolar, procurando

implantar ações que pudessem melhorar esses resultados.

É preciso diminuir estes índices, acrescentando qualidade, permanência e sucesso

no processo ensino aprendizagem e para a realização desta difícil tarefa é necessário

ações em conjunto de toda equipe escolar e da família.

Organizar-se no inicio do ano letivo com toda a equipe escolar no desenvolvimento

de ações pedagógicas que visem a redução desses índices.

A reflexão constante com análise de resultados no decorrer de todo o ano letivo

deve se tomar uma prática acoplada ao processo educativo. O termo "diagnóstico"

aplicado no seu real sentido, a fim de que proporcione caminhos para que se consiga

atingir as metas estabelecidas.

A escola oferece sala de apoio para os alunos de 6º ano e 9º ano, além da

recuperação paralela que acontece diariamente.

2.4 ÍNDICES DO ANO DE 2008 A 2012

Os gráficos a seguir mostram os índices de aprovação por média, aprovação por

conselho de classe, reprovação por média, reprovação por freqüência, transferidos,

reclassificados e desistentes.

Esses dados são de fundamental importância para a análise e discussão de

prevenções, medidas e soluções para a melhoria do desempenho escolar de nossos

alunos e, consequentemente, da melhoria dos próprios índices.

67

50

4

22

6 710

64

54

3

31

0

61

68

58

3

44

0

710

118

86

5

19

0 2

9

0

20

40

60

80

100

120

140

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

5ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

78

64

8

21

10

47

58

48

7

28

0

5

9

65

46

5

23

0

4

14

73

53

2

21

0

4

11

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

6ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

6668

3

26

0

5 5

74

53

4

31

0

12

5

54

45

2

33

0

3

9

62

59

1

8

02

13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

7ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

7774

7

14

0

57

55

62

2

25

0

75

75

53

5

12

0

8

15

55

47

0

9

0

710

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

8ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

61

47

8 8

0

1311

39

52

5

33

0

20

8

48

60

2

23

0

21

14

46

60

2

27

0

15

7

0

10

20

30

40

50

60

70

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

1ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

91

39

6

0 0

10 11

41

48

6

11

0

14

7

90

29

3 30

8

4

60

44

13

0

5 6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

2ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

83

28

4

0 0

64

64

46

2

14

0

8 8

4447

0 1 0

911

70

17

0 1 0

8

3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

APROVADOS APC REP FREQ REPROVADOS RECL DESISTENTES TRANS

3ª Série

2008 2009 2010 2011

Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese

Os gráficos foram repassados para análise em todas as reuniões com Conselho

Escolar e Professores uma vez que seus resultados foram preocupantes. Firmou-se um

compromisso na busca de uma escola de qualidade e já se percebe mudanças sutis

tanto no interesse dos alunos como na forma de metodologias utilizadas pelos

professores.

2.5 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A escola faz parte do cotidiano do aluno e os pais devem estar envolvidos em todo

o processo de aprendizagem. A interação e participação dos pais ajuda a resolver muitos

problemas escolares em relação aos educandos que vão surgindo no decorrer do período

letivo, uma vez que a responsabilidade sobre a educação formal dos alunos é de toda a

comunidade escolar

É de extrema importância que os pais estejam na escola para dar sugestões, para

participar da tomada de decisões, assim como de eventos promovidos, e não apenas para

receber informações referentes ao desempenho e comportamento de seus filhos.

Os pais têm o direito de ter acesso as informações e documentos escolares que

indiquem os resultados do desempenho dos alunos.

A participação dos pais no processo de relacionamento escola-aluno-professor é

fundamental para que a educação se torne um exercício de democracia, assegurando a

igualdade e aprendizagem, pois a presença da família no ambiente escolar faz com que

seja vivenciado e valorizado o trabalho desenvolvido pela instituição.

Outro aspecto importante é que a escola utilize mecanismos apara instrumentalizar

os pais para que tenham condições de acompanhar a aprendizagem e a avaliação dos

alunos e que possam entender o sistema adotado pelo estabelecimento.

O envolvimento das famílias fortalece a ligação com a comunidade, contribuindo

significativamente para uma educação de sucesso, com sucesso e para o sucesso.

No Colégio Frederico os pais são recebidos pela Equipe Pedagógica e Direção

sempre que acharem necessário. Além disso, são feitas reuniões de início de ano para o

repasse do regimento, apresentação dos professores e equipe. Ao término de cada pré-

conselho os pais são convidados à virem conversar sobre as dificuldades na

aprendizagem. Eventualmente são feitas reuniões por série, quando se percebe que a

turma não tem rendimento. E, no ano de 2011, por sugestão dos professores, foi criada

”A Noite de Entrega de Boletins”, que acontece na 1ª semana do segundo semestre. Os

pais também são convidados a participar de eventos tais como: Feira do Conhecimento,

Festa Junina, entre outros.

2.6 HORA ATIVIDADE

Os professores procuram seguir a Instrução nº 02/2003 da SUED, através da qual

são atribuídos 20% de hora atividade sobre o total de horas/aula assumidas pelo

professor que esteja em efetiva regência de classe.

A hora atividade no Colégio Frederico procura seguir a sequência definida pelo

NRE:

- Segunda-feira: Língua Portuguesa e L.E.M (Língua Estrangeira Moderna);

- Terça-feira: Matemática, Física;

- Quarta-feira: História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Ensino Religioso;

- Quinta-feira: Ciências, Química, Biologia;

- Sexta-feira: Educação Física e Artes.

Nestes horários acontecem estudos e reflexões sobre conteúdos curriculares,

preparação de aulas, correções, preenchimento de Livro Registro de Classe, projetos,

trocas de experiências e, eventualmente reuniões sobre a disciplina.

Alguns professores por serem de outros município ou atuarem em outros

estabelecimentos utilizam as aulas vagas para o cumprimento de sua hora atividade,

dificultando o encontro com professores de áreas afins.

2.7 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Para que o professor possa desenvolver suas atividades de forma eficiente deve

ser proporcionado a ele, bem como toda a equipe de apoio, condições para participar de

capacitações que lhes permita a atualização e elevação da auto-estima. O

estabelecimento deve estar pronto para atender os professores permitindo a sua

participação em cursos de formação continuada, como os que a SEED oferta aos

sábados, os chamados “grupos de estudos”, especialização e mestrado, bem como em

cursos de atualização oferecida por órgãos competentes e conforme o previsto pela

Legislação atual.. Existem ainda alguns cursos próprios para serem feitos na hora-

atividade uma maneira inteligente de manter o professor sempre atualizado.

Aos segmentos administrativos e pedagógicos, dar as mesmas condições de

participação, tanto na formação continuada, quanto a cursos de capacitação e

aperfeiçoamento profissional ofertados pela SEED, de acordo com a função ocupada,

também oportunizar que todos participem dos encontros que visem a definição de metas a

serem atingidas pelo estabelecimento.

2.8 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

Os espaços escolares têm por objetivo o conhecimento. Seja ele elaborado e

sistemático, seja ele pelo convívio social de inter-relações humanas. Cabe ao educador

estabelecer a sua utilização de acordo com a atividade a ser desenvolvido planejando o

tempo a ser utilizado. As salas de aula devem, além das aulas teóricas, ser espaço

também de socialização, desenvolvendo atitudes que levem ao convívio social e cidadão,

em que o aluno aprenda a relação de liberdade e respeito a liberdade do outro, as normas

de cortesia, de solidariedade, etc. O mesmo vale para todos os ambientes escolares.

Os equipamentos tecnológicos devem ser utilizados nas ações docentes, como

estratégia de aprendizado. Utilizar-se de multimídia, retro projetor, TV, Vídeo, livros, jogos,

laboratórios de Ciências e Informática, Biologia, Matemática, Física e Química da mesma

maneira que se utiliza o quadro de giz. Porém, a utilização deve ser feita de forma

planejada, com objetivos claramente definidos, no Plano de Trabalho Docente, para que

seja realmente um mecanismo de ensino-aprendizagem.

Os educandos poderão também usufruir os equipamentos tecnológicos claro que,

sempre com a supervisão do professor e um funcionário apto a orientá-los para que

utilizem o equipamento da melhor maneira possível, garantindo sua servibilidade por mais

tempo, podendo oferecer a todos recursos tecnológicos que garantem ao professor tornar

as aulas mais atrativas aos olhos dos alunos.

2.9 – PROGRAMAS E ATIVIDADES PEDAGÓGICAS

Os alunos deste Estabelecimento de Ensino são contemplados com projetos e atividades

diferenciadas a cada ano. Elencamos alguns deles :

A) Programas

SAA – Sala de Apoio à Aprendizagem - Oferecida, em contra-turno, aos alunos de 6º Ano,

nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Sendo que em 2011 e 2012 foi

oferecido também para alunos do 9º ano.

SPE - Saúde e Prevenção na Escola: atividades desenvolvidas em sala de aula com

objetivo de melhorar a qualidade de vida dos alunos (2010, 2011, 2012).

E-TEC Brasil: Programa E-TEC Brasil: Cursos Profissionalizantes, Técnico de Nível

Médio, com formação em Gestão Pública, Administração, Meio Ambiente e Segurança no

Trabalho(2009, 2010, 2011, 2012).

Fera Com Ciência: neste evento estadual os alunos apresentam trabalhos pedagógicos e

artísticos desenvolvidos no recinto escolar.

CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras oferecendo o Espanhol, para alunos,

funcionários e comunidade (2010,2011, 2012)

Programa Mais Educação: programa criado pelo Governo Federal, cujo objetivo é

contribuir para a melhoria da aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens, bem

como para fomentar debates em torno de novas metodologias de trabalhos, novos olhares

aos currículos a à prática pedagógica. (2º semestre 2012)

Programa de Atividade Complementar Curricular de Contraturno: atividades educativas,

integradas ao Currículo Escolar, com a ampliação dos tempos, espaços e oportunidades

de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno. (2012)

B) Atividades Pedagógicas

Show de Talentos: atividade realizada no 1º semestre do ano com intuito de

promover e descobrir os talentos entre nossos alunos;

Festa Junina e Sessão Pascal: confraternização anual para comemoração das

tradições e resgate de valores;

Jogos Escolares: participação dos alunos nos jogos escolares regionais,

promovendo o incentivo ao esporte e atividades saudáveis as nossas crianças e

adolescentes;

Feira do Conhecimento: se realiza anualmente para apresentar a comunidade os

trabalhos desenvolvidos em todas as disciplinas durante o ano letivo;

Dia do Desafio que se realiza sempre no mês de maio, com o intuito de refletir

sobre uma vida menos sedentária. Promovida pelo SESC.

Programa de Acompanhamento Pedagógico para alunos com dificuldade de

aprendizagem e comportamento inadequado no recinto escolar. Durante uma

hora por semana a equipe Pedagógica ou convidados (psicóloga, conselho

tutelar, pais, pedagoga) trabalham com a auto-estima e atividades básicas de

língua portuguesa e matemática;

Dia do Estudante - atividades diferenciadas e lanche especial;

“ 60 (sessenta minutos) Pelo Planeta ”, os alunos mobilizam a comunidade

pedindo que nesta hora seja apagada uma lâmpada em cada casa e espaço

público;

Projeto da Leitura- semanalmente, durante a quarta aula, o professor direciona a

atividade. Toda a escola é envolvida e, durante vinte minutos todos os alunos

fazem leitura;

Projeto Frederico em Ação – implantado em 2011, por sugestão de professores

com o objetivo de que os alunos reflitam sobre o cuidado com o meio ambiente.

O nome do projeto foi escolhido através de um concurso: “Frederico em Ação:

Lixo no Lixeiro, Colégio Limpo o Ano Inteiro!”. A parada acontece uma vez por

semana iniciando com a apresentação de um vídeo sobre o tema e seguindo-se

de um debate. No Momento Cívico, com a presença de todos os alunos, uma

turma é sorteada para fazer a coleta de lixo reciclável no ambiente escolar, que é

pesado e comparado com a semana anterior, visando uma redução efetiva;

0ficina de Papel – alunos do ensino médio com orientação do professor de

química, reutilizam o papel do colégio e o transformam em papel reciclável para

confecção de caixas e de convites;

Indisciplina: Um olhar sobre a realidade, este projeto é desenvolvido

quinzenalmente e tem por objetivo melhorar a convivência dos alunos entre si,

com os professores e funcionários, diminuindo os atos de indisciplina e

melhorando o de4smepenho escolar, assim como, resgatar os atos de cortesia;

Família na Escola – é uma atividade que objetiva a aproximação dos pais com a

escola, promovendo reuniões mensais por série, tenho possibilidade de prestar

uma atenção especial aos familiares dos alunos que podem inclusive participar

da aula de seus filhos nesta ocasião se desejarem e também é realizada uma

conversar com os pais sobre os avanços e as dificuldades encontradas com cada

turma, assim como, as medidas tomadas;

Reuniões de Pais – acontecem semestralmente para recados gerais, repassar as

normas do colégio, expor sobre os projetos desenvolvidos e todas as atividades

realizadas pela escola, prestação de contas, entre outros assuntos. Normalmente

acontecem no início do ano, no início do segundo semestre e ao final do ano

letivo;

Projeto Valores – é realizado quinzenalmente, com todas as turmas do Ensino

Fundamental e Ensino Médio, com o objetivo de contribuir com a socialização

dos alunos assim como, enfatizar a importância do respeito entre todos(alunos,

professores, funcionários) na escola e enfatizar o bom convívio entre colegas

tanto da escola e fora dela.

C) Projetos em nível nacional e estadual

Projeto SENAR – Agrinho

Olimpíada Brasileira de Matemática - OBMEP

Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa

Olimpíada Brasileira da Astronomia (OBA)

Concursos locais, regionais e estaduais com relevância para o ensino-

aprendizagem.

2.10 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

O Ensino Fundamental e Médio, estão organizados de forma seriada ofertando os

quatro anos finais Ensino Fundamental e os três anos do Ensino Médio. A carga horária

anual é de 800 horas, totalizados em um mínimo de duzentos dias letivos anuais.

O Ensino Fundamental é ofertado no diurno com uma turma de 9º ano no noturno e

o Ensino Médio é ofertado nos três turnos.

Os conteúdos e objetivos definidos pelo Plano Curricular devem ser adquiridos no

decorrer do curso, sendo que a cada série o aluno deverá adquirir o domínio de alguns

conteúdos os quais são pré-requisitos para o acompanhamento da série seguinte,

previamente definidos pelo planejamento anual.

A metodologia utilizada deve envolver análises e conhecimento do perfil da turma,

para isto, a metodologia deve estar voltada para a aprendizagem do aluno, buscando

viabilizar a apreensão dos conteúdos de maneira prazerosa e prática, que possibilitem ao

educando, fazer associações do que aprende na escola com a sua vida na sociedade e

vice-versa.

Os conteúdos curriculares considerados essenciais serão aqueles que possibilitem

ao aluno a ampliação de sua visão de mundo, e a maior capacidade de atuar na realidade

em que está inserido. Por isso, a metodologia priorizará a implementação de projetos

focados na construção da cidadania, conscientizando o educando de sua

responsabilidade pelas mudanças sociais almejadas, bem como no prosseguimento dos

estudos.

O Estabelecimento de Ensino deve ser visto como um local de realização de práti-

cas pedagógicas e a organização do trabalho interno da escola como fruto das margens

de democracia, liberdade, finalidade, princípios e diretrizes, estética da sensibilidade,

prática da igualdade, ética da identidade, princípios pedagógicos, individualidade,

diversidade, contextualização e autonomia. Autonomia esta que permita aos agentes

envolvidos ter uma visão social.

A configuração das propostas de regimento interno e o desenho dos projetos

pedagógicos representam, portanto, o posicionamento da escola como organização frente

aquilo que lhe é específico. Neste sentido, as práticas consolidadas no interior da escola é

vista e revestida como obedecendo não apenas a uma lógica externa que as definem,

normatizam e as regulam, prescrevendo orientações e exigências gerais com forte

tendência a confirmar a existência de um padrão único de organização do trabalho escolar

com validade para todas as escolas. Ao contrário, há o reconhecimento de que a escola

representa uma totalidade e ao mesmo tempo uma unidade na sua forma de organização

específica e caminha na direção de recuperar o papel de cada ator escolar, balizado na

compreensão de que a organização interna da escola traz a marca das interações e

relações que nomeadamente são tecidas pelos seus agentes no contexto específico da

escola e que criam forma no chão da sala de aula à proporção que se constituem em

práticas pedagógicas.

Para tanto, a escola têm recuperado o sentido e a importância de possuir sua

própria identidade situando a escola como portadora de autonomia para organizar-se

internamente de modo a respeitar as suas especificidades como instituição cultural, como

organização que responde por finalidades sociais, políticas e de formação. O trabalho

deve ser coletivo, com esforço de elaboração, capacidade reflexiva e acompanhamento

sistemático das ações.

A escola deve ser um espaço democrático, e como tal deve garantir meios para

que todos tenham acesso a ela e só garantir o acesso não basta, é necessário que se

promova o acesso e permanência e esta permanência seja com sucesso.

Dentro destes preceitos há de se levar em conta também toda a Legislação atual

que está vigente e que refere-se a temas do cotidiano, tais como:

1) Lei nº 10639/03 e Deliberação do CEE (História e Cultura Brasileira e Africana);

2) Lei nº 11645/08 (História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana);

3) Lei nº 9795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental);

4) Lei nº 13381/01 (História do Paraná);

5) Lei nº 11343/06 (Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas);

6) Lei nº 11733/97 e 11734/97 (Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST).

7) Resolução Secretarial 3879/08 - SEED – Inclusão do Nome Social

3 - MARCO CONCEITUAL

Os estudantes quando chegam à escola trazem consigo conhecimentos diversos,

sendo necessário que estes sejam organizados através de atividades que favoreçam a

reflexão e o encaminhamento do conhecimento já existem, os quais devem basear-se

num processo contínuo e avançado.

A escola deve valorizar as diferentes habilidades dos estudantes para que as

diversas inteligências sejam desenvolvidas. É preciso considerar a realidade em que os

alunos estão inseridos. O aprendizado é essencial para o desenvolvimento do ser humano

e se dá sobretudo pela interação social, pois as pessoas só aprendem quando as

informações fazem sentido para ela, a evolução intelectual necessita da interação

constante entre processos internos e influência social.

3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO,

ESCOLA, ENSINO-APRENDIZAGEM, AVALIAÇÃO.

3.1.1 Concepção de Sociedade

A sociedade caracteriza-se por uma série de relações entre todos que dela

participam, relações estas que podem ser sociais, políticas, econômicas, afetivas,

religiosas, éticas, etc.

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de ação social, a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

“A sociedade configura todas as expectativas individuais do homem, transmite-lhe

resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as

contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua

comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”. (PINTO, 1994).

A escola tem papel fundamental para o entendimento do modo como funciona a

sociedade e como acontece o seu desenvolvimento

Para Dermeval Saviani(1992) é necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Mostrando que não há verdades eternas e absolutas, nas

relações entre sociedade e estado, porém, busca-se a democracia, regida por princípios

éticos de liberdade e igualdade social para todos.

3.1.2 Concepção de Homem

Biologicamente, o homem diferencia-se do animal devido aos Processos de

Pensamentos Superiores que, segundo Vigotsky, é responsável por características

tipicamente humanas, tais como: memória, atenção dirigida, capacidade de organização,

raciocínio, pensamento, entre outros. O homem é um ser natural e social, que trabalha, se

relaciona a age na natureza, transformando-a de acordo com suas necessidades e indo

além delas. Dessa forma, o homem atua e modifica a sociedade, sendo sujeito de sua

própria história.

Partindo da premissa que o homem não necessita apenas suprir suas necessidades

biológicas, mas sim de suprir também as características humanas historicamente

desenvolvidas que se encontram objetivadas na forma de relações sociais de cada

indivíduo, e de formas históricas de individualidade, e que são apropriadas no desenrolar

de sua existência através da mediação do outro, o homem deve ser pensado como um ser

social. Logo, a identidade não é nata e pode ser entendida como uma forma social e

histórica de individualidade.

O contexto social fornece as condições para a construção dos mais variados

modos e alternativas de identidade. Sob esta perspectiva pode ser expressa como uma

construção a partir da relação de um indivíduo com outros homens. A formação da própria

imagem e identidade é construída de forma lenta e gradativa ao longo da própria

existência através dos fatos e experiências vivenciadas, começando sua relação social em

família, e aos poucos se estendendo com o universo e neste contexto formando sua

identidade, seus saberes, buscando maneiras para alimentar suas necessidades, as quais

não serão supridas se viver de forma isolada.

O convívio social faz-se necessário a partir dos primeiros instantes de vida e na

medida que o tempo passa, mais e mais essas relações vão aumentando e definindo

traços que marcarão a vida de cada um, construindo a identidade de cada pessoa: . A

identidade não pode ser vista somente como um conceito limitado a auto consciência ou

auto-imagem, mas sim como o ponto de referência a partir do qual surge o conceito de si

e a imagem de si, de caráter mais restrito, tendo sua especificidade no reconhecimento

pessoal, em convívio com um grupo social.

3.1. 3 Concepção de Educação

De acordo com Saviani (1992), a educação “é um fenômeno próprio dos seres

humanos. Significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o

processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”.

Por meio da educação, o homem apropria-se: dos instrumentos adequados para

pensar a sua prática individual e social, de modo a poder orientar sua vida; do

conhecimento científico, político, cultural, acumulado pela humanidade ao longo da

história, visando garantir a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

dos instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado, podendo reciclá-los e

acrescentar-lhe à cultura novos conhecimentos.

A escola precisa ver a educação como uma nascente da sociedade em que cada

vez mais, os alunos dependerão do conhecimento agregado, assim o único recurso

verdadeiramente de integração e inserção é a formação dos cidadãos na sua totalidade.

As capacitações e discernimento de cada indivíduo são recursos principais de cidadania.

A sobrevivência está determinada pelo valor potencial de cada um que por sua vez deve

estar, engrenado no mecanismo social, de acordo com o que se pode acrescentar à

economia global.

A capacidade de selecionar e analisar informações devem ser desenvolvidas para

que seja utilizadas de maneira a tornar-se um ser humano completo. Assim podemos

dizer que a educação exige reflexões que busquem tornar possível no aluno a capacidade

de aprender novas maneiras de pensar e de conviver.

3.1.4 Conhecimento

É o resultado das relações sociais mediadas pela educação e pelo trabalho. O

conhecimento humano adquire diferentes aspectos – senso comum, científico, tecnológico

e estético – pressupondo diferentes concepções de homem, de mundo e das condições

sociais que o geram.

De acordo com Freire (2003), “o conhecimento é sempre conhecimento de alguma

coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. O

conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo o objeto de

trabalho do professor. Deve ser dinâmico, e não apenas um resumo do conhecimento

científico, pois tem a função de preparar o indivíduo para viver, agir e interagir em

sociedade.

O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Pressupõe as concepções do homem, de mundo e das condições

sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente uma nova forma

de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento mudando a

forma de interferir na realidade. Quanto maiores as relações com o meio, com diferentes

ambientes maior será o nível do conhecimento.

O conhecimento deve levar à autonomia.

Conhecer não implica simplesmente incorporar as características dos objetos,

reconstituindo-as internamente numa espécie de cópia fiel da realidade. , segundo Piaget

(1966), incorporar as características dos objetos é totalmente insuficiente para definir o

conhecer humano, pois o objeto é um "instantâneo" fugaz no fluxo de transformações que

constituem a realidade. Para conhecer é necessário estar apto a transformar e só é

possível através da sua reconstrução mental. O conhecimento é capaz de superar o

visível e palpável, para chegar ao invisível, porém real.

O conhecimento depende do uso da mente e todos os seres humanos têm

capacidade de usufruí-la, independente do porquê de sua aquisição. Logo, não basta

conhecer, é necessário saber usá-lo e neste sentido os educadores tem papel

fundamental, pois, muito mais difícil é o processo de utilização do conhecimento do que a

sua aquisição.

O conhecimento humano é uma representação da vida real, é patrimônio

acumulado ao longo da existência do indivíduo e da história humana, não surge do nada e

nem repentinamente, ao contrário, o conhecimento se dá gradativamente, na medida em

que convive socialmente. Dentro desta gradatividade é que vai acumulando informações e

destas construindo seu próprio saber. O conhecimento surge pelas interações sociais e

pelo trabalho, fontes de transformações da natureza, e dos homens. Assim podemos

concluir que o conhecer humano, surge da sua relação histórico-social e é papel da

escola promover de forma abrangente este relacionamento.

Pretende-se que o conhecimento escolar, objeto de trabalho do professor, seja

dinâmico, intencionado, contextualizado e não a simplificação do conhecimento cientifico.

3.1.5 Escola

O papel da escola define-se de formas muito diferenciadas se levarmos em conta a

perspectivas das teorias críticas da educação, lembrando-se que a questão primordial é

de quem é o sujeito da escola pública.

Esse sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está

inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o

compreende e como dele lhe é possível participar.

Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui

para determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade.

Para isso, os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral

oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com

diferentes origens étnicas e culturais (FRIGOTO, 2004), devem ter acesso ao

conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos

das disciplinas escolares sendo a escola um lugar de socialização desse conhecimento.

Nesta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica

às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade

contemporânea e propiciem compreender a produção cientifica, a reflexão filosófica, a

criação artística, nos contextos em que elas se constituem.

Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em

diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem

(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes

conscientizarem-se da necessidade de “uma transformação emancipadora. É desse modo

que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa necessária à

internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa”

(MÈSZÁROS, 2007,p. 212).

Essas características devem ser tomadas como potencialidades para

promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para

todos.

A escola deve ser vista como um espaço de direito do cidadão e como um espaço

onde atuam sujeitos socioculturais e históricos que se formam mutuamente através das

relações sociais. Dessa maneira, apóia-se no fato de que a escola é educativa por si

mesma, pelas circunstâncias de seu relacionamento com a sociedade, sendo educativa

em sua dinâmica, em sua forma de ensinar e de aprender e na organização de seu

trabalho.

Cabe a escola, além de proporcionar a apropriação dos conhecimentos científicos

e elaborados, inserir o aluno na história das relações sociais e das transformações

operadas pelas ações organizadas socialmente, que leva adiante as dimensões de

sujeito,

Assim a escola deve buscar meios para que o aluno desenvolva a reflexão crítica,

o pensamento, a criatividade, a auto-estima, recebendo informações de forma

questionadora com compreensão do que está sendo tratado. Desenvolver um processo

de avaliação que contemplem estas capacidades estabelecendo relação com o mundo em

que vive. Não fazer do erro uma reprovação, mas sim uma forma de aprendizado.

3.1.6 Ensino Aprendizagem

O indivíduo é sujeito no processo de aprendizagem, capaz de construir e modificar

sua história, na união com todos os homens. Esta concepção de aprendizagem pretende

oferecer ao aluno, meios pelos quais possa tornar-se voltado para a realidade, ativo,

crítico, transformador e criativo.

A aprendizagem e o desenvolvimento são aspectos integrantes do mesmo

processo de constituição do indivíduo. Vai além da aprendizagem formal, o aluno aprende

também a desempenhar papéis, a se relacionar efetivamente com as outras pessoas e a

agir como elemento integrante do grupo. Desta forma, os aspectos sociais, emocionais e

físicos, são tão importantes quanto o aspecto cognitivo.

Segundo Saviani (1992, p.17) “o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e

intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de

um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos

indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos, e de outro lado e

concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo”.

O processo ensino-aprendizagem deve considerar a aprendizagem que envolve o

aluno de forma significativa com o seu contexto, para que ela realmente aconteça, pois a

aprendizagem é pessoal, e envolve mudanças individuais, por isso objetivos reais devem

ser estabelecidos para que a aprendizagem possa ser significativa para os alunos. Como

a aprendizagem se faz um processo contínuo, ela precisa ser acompanhada de

retomadas visando fornecer os dados para eventuais correções. O bom relacionamento

entre educador, educando e elementos do sistema, é fundamental.

3.1.7 Avaliação

De acordo com Freire (1982), “a verdadeira avaliação consiste no processo de

auto-avaliação e/ou avaliação mútua e permanente da prática educativa por professores e

alunos”. O educador necessita adotar diante da avaliação, uma postura que considere os

caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe

são propostos, e a partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar a sua visão,

o seu saber sobre o conteúdo estudado. A avaliação deve ocorrer ao longo do processo

de aprendizagem, propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e

aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado, através de diferentes instrumentos de

avaliação.

É por meio da avaliação diagnóstica, que se “realimenta” a prática educacional,

necessitando a mesma ser também contínua, cumulativa, formativa e qualitativa.

A avaliação não pode ser instrumento seletivo, para medir, para reprovar ou

permitir a continuidade dos estudos, o que exige uma “reflexão permanente sobre a

realidade e acompanhamento passo a passo do educando na sua trajetória de construção

do conhecimento” (HOFFMANN,1993).

A avaliação deve estar presente em todos os momentos, balizando o antes o

durante e o depois da ação pedagógica.

O eixo organizador da escola não pode ser a aprovação ou reprovação dos

discentes, mas sim o da aprendizagem no seu mais amplo sentido. Por tanto é preciso

que se considere que nem todos aprendem ao mesmo tempo e que alguns necessitam de

metodologias diferenciadas para alcançar o conhecimento, portanto se faz necessário que

docentes se comprometam e buscam essas metodologias com o apoio da administração e

da equipe pedagógica da escola.

É importante ressaltar também o aspecto da obrigatoriedade, gratuidade e

laicidade dentro da Escola Pública.

“O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e

o saber;

III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – respeito à liberdade e a preço à tolerância;

V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII – valorização do profissional da educação escolar;

VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos

sistemas de ensino;

IX – garantia de padrão de qualidade;

X – valorização da experiência extra-classe;

XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

(LDB 9394/96 art.3°)

A avaliação deve proporcionar o ajuste das diferenças individuais dos alunos, bem

como as metodologias das diversas áreas do conhecimento, não supervalorização das

notas, mas sim na capacidade de assimilação do conhecimento do aluno. Na continuidade

dos aspectos curriculares, reforçando os conteúdos que o aluno apresenta dificuldade de

aprendizado. Buscando alternativas para a recuperação imediata dos conteúdos em

defasagem

O docente terá como instrumentos de avaliação prioritariamente a sua ação

pedagógica, com definição clara e concisa do que avaliar. Deve utilizar-se da observação

diária e contínua do desempenho do aluno como um todo. Destacar a capacidade de

expressar opiniões e questionamentos sobre o tema, aplicação prática, operacionalização

de conceitos, enfatizando sempre o que é básico/essencial para que a aprendizagem se

processe. (...) O aluno deve estar informado de como, quando e no que será avaliado. A

avaliação escolar só é possível quando se entendem os sentidos e significados dos eixos

que irão nortear a concepção de conhecimento, de formação. Deve estar diretamente

vinculada com os princípios de organização curricular e de ensino propostos, assim como

de organização do trabalho pedagógico e administrativo da escola.

A concepção de avaliação que perpassa essa lógica é a de um processo que deve

abranger a organização escolar como um todo: as relações internas à escola, o trabalho

docente, a organização do ensino, o processo de aprendizagem do aluno e, ainda, a

relação com a sociedade.

O processo de avaliação deve se aperfeiçoar constantemente, revendo o sistema

metodológico e de avaliação dos resultados obtidos no rendimento escolar, na avaliação

das dificuldades, e buscando soluções que melhorem o processo educativo e de ensino

aprendizagem. A avaliação não pode estar centrada num desempenho cognitivo, sem

referência a um projeto político-pedagógico de escola, e, muito menos, para o ato de

aprovar ou reprovar os alunos. Levando-se em conta que a instituição escolar depende

de questões burocráticas solicitando os registros numéricos na aferição do rendimento

dos alunos.

Desta forma, o Colégio terá a avaliação do rendimento escolar expresso em notas

numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) e o rendimento mínimo será 6,0 (seis) por

disciplina e conteúdos específicos que sejam considerados básicos no prosseguimento

dos estudos. Como comunicação de resultados é usado o boletim escolar e o Livro de

Registro de Classe do Professor.

A nota deve ser lançada após a análise dos aspectos qualitativos e quantitativos

dos resultados obtidos no decorrer do semestre, mediante a recuperação paralela. Os

aspectos qualitativos predominam sobre os quantitativos, e a recuperação paralela dos

conteúdos predomina sobre as avaliações diagnósticas.

Será considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou superior a

75% do total de horas letivas, médias iguais ou superior a 6,0 (seis) ou com freqüência de

75% do total de horas, média inferior a 6,0 (seis) se for aprovado pelo Conselho de Classe

quando julgar que isso não implicará em prejuízos futuros para o aluno.

Para cálculo da Média anual será utilizada a fórmula:

M.A = (1º Semestre + 2º Semestre) = 6,0 (nota mínima)

2

Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou superior a

75% do total de horas letivas e média inferior ao mínimo estabelecido pela escola 6,0 e

ouvido o Conselho de Classe ou com freqüência inferior a 75% do total de horas letivas,

com qualquer média anual.

Encerrado o processo de avaliação o Estabelecimento registrará, no histórico

escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

3.1.8 Avaliações externas

Prova Brasil e IDEB

A Prova Brasil é realizada a cada dois anos. É desenvolvida pelo Instituto Nacional

de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de

avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de

testes padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados no nono ano

do ensino fundamental os estudantes respondem a itens (questões) de língua portuguesa,

com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário

socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que

podem estar associados ao desempenho. As médias de desempenho nessas avaliações

também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),

ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.

Os resultados obtidos em nossa escola são:

PROVA BRASIL

MATEMÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA

2005 2007 2009 2005 2007 2009

246,96 252,25 263,22 230,53 233,81 259,17

IDEB METAS PROJETADAS

2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

4.1 4.2 4.0 4.2 4.3 4.6 5.0 5.3 5.6 5.8 6.1

3.2 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada Recuperação de

Estudos, de forma concomitante, ao longo da série ou período letivo.

A recuperação de estudos deve ser imediata. Após a avaliação diagnostica o

docente deve fazer o levantamento dos alunos que apresentam deficiência na

aprendizagem e promover imediatamente a recuperação. Por isso deve:

a) Fazer uma análise com os alunos quanto ao mecanismo do processo ensino-

aprendizagem;

b) Levantar causas do insucesso do processo ensino-aprendizagem;

c) Programar com a classe a sistemática de recuperação;

d) Efetuar a recuperação, utilizando-se sempre que possível de monitoramento e

grupos de estudos.

O trabalho de Recuperação dever rever o que foi planejado, mas de maneira mais

flexível, variado de acordo com o grau de dificuldade de cada turma.

O professor deve ter clareza de como irá realizar a recuperação e o tipo de

atendimento que fará ao aluno.

A carga horária da Recuperação de Estudo não será inserida no computo das 800

(oitocentas) horas anuais.

Na recuperação de Estudos o professor considera a aprendizagem do aluno no

decorrer do processo e, para aferição dos resultados, entre cada resultados prevalece o

aspecto qualitativo da aprendizagem, como o proposto pelo sistema de avaliação

adotado.

A recuperação concomitante poderá assumir várias formas como:

a) Atendimento individual em classe ao aluno que apresentar baixo rendimento;

b) Atendimento extra-classe com acompanhamento de um aluno monitor.

c) Atividades em grupos com acompanhamento do professor.

d) trabalhos de revisão de aulas.

e) E, outras formas que possam surgir no decorrer do ano letivo ou dos debates

entre professor / aluno, incluindo-se aqui a Sala de Apoio, (projeto do Governo do Estado

que em contra turno atende alunos de 6º ano e 9º ano, com defasagem nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática, em duas vezes na semana, onde os alunos

selecionados pelos professores regentes através de envio de parecer descritivo para o

professor atuante na classe).

No entanto, este ato não pode ser um julgamento do aprendizado do aluno, mas

sim de todo o processo educativo. Os instrumentos de avaliação, os critérios de avaliação

e de aferição da aprendizagem dos conteúdos específicos ensinados, também devem ser

analisados pelo resultado destas notas numéricas, se há um processo ensino-

aprendizagem, todos os aspectos deste processo devem ser avaliados.

A avaliação deve ser dissociada das provas, exames, atribuir notas, aprovar ou

reprovar. Esta associação, tão freqüente em nossas escolas é resultante de uma

concepção pedagógica onde a educação é concebida como mera transmissão e

memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Se educar é formar e aprender é construir o próprio saber, a avaliação não pode se

reduzir apenas em atribuir notas, para assim assumir um sentido orientador e cooperativo,

pois permite que o aluno tome consciência de seus avanços e dificuldades, para continuar

progredindo na construção do conhecimento.

A avaliação não pode ser instrumento do autoritarismo, mas sim da interação entre

o professor e a classe. Agindo assim o professor orienta as atividades de aprendizagem

dos educandos, e verá a avaliação como uma forma de diagnóstico dos avanços e

dificuldades dos alunos e como indicador para o replanejamento de seu trabalho docente,

ajudando o aluno a progredir na aprendizagem, e o professor aperfeiçoar sua prática

pedagógica.

A avaliação deve ser um processo de coleta e análise de dados, tendo em vista

verificar se os objetivos propostos foram atingidos, sempre respeitando as características

individuais e o ambiente em que o educando vive. A avaliação deve ser integral

considerando o aluno como um ser total e integrado e não de forma fragmentada.

Os professores precisam verificar o conhecimento prévio de seus alunos, com isso

conseguindo planejar seus conteúdos e detectar o que o aluno aprendeu nos anos

anteriores. Precisa também identificar a dificuldades de aprendizagem, diagnosticando e

caracterizar as possíveis causas.. Se o aluno não consegue atingir as metas propostas,

cabe ao professor organizar novas situações de aprendizagem para dar a todos, condi-

ções de êxito nesse processo.

O ato de avaliar fornece dados que permitem verificar diretamente o nível de

aprendizagem dos alunos, e também, indiretamente determinar a qualidade do processo

de ensino. Ao avaliar o progresso de seus alunos na aprendizagem, o professor pode

obter informações valiosas sobre seu próprio trabalho. Nesse sentido a avaliação tem uma

função de retroalimentação ou feedback, porque fornece ao professor dados para que ele

possa repensar e replanejar sua atuação didática, visando aperfeiçoá-la, para que seus

alunos obtenham mais êxito na aprendizagem.

Todas as decisões nem são neutras nem arbitrárias. Os professores devem

respeitar o indivíduo e a sociedade a qual está inserido. A redefinição de avaliação

educacional deve ser o vínculo indivíduo-sociedade, numa dimensão histórica. Devido a

isto, uma avaliação de rendimentos escolar deve contemplar: percepção, pensamento,

imaginação, emoção, expectativa etc., tudo deve estar registrado.

Se os professores criarem limites para as ações dos alunos, estes não conseguirão

construir seus pensamentos e por causa disto podem estagnar ou até retrocederem. A

construção do conhecimento está vinculada à história do aluno, através de experiências já

vivenciadas na vida real e na atividade prática. A avaliação deve diagnosticar,

retroinformar e favorecer o desenvolvimento individual. No procedimento de avaliação

devem-se considerar testes organizados pelo professor, coleção de produtos de trabalho

do aluno, registros dos resultados de observação das discussões dos alunos,

comentários, entrevistas com alunos ou grupo, análise da escrita, etc.

Notas não devem ter função punitiva e sim de diagnosticar possíveis interpretações

errôneas das matérias oferecidas, para poder retificá-las.

A avaliação deve ter função prognostica que permite verificar se o aluno possui ou

não conhecimentos necessários para o curso, também de medida, que analisa seu

desempenho, em certos momentos e em diversas funções. É graças a função diagnóstica

que podemos verificar quais as reais causas que impedem a aprendizagem do aluno.

O aluno sente-se estimulado a trabalhar de forma produtiva quando percebe que

há uma finalidade na proposta do professor, que seus resultados estão sendo valorizados

ou reestudados juntamente com o professor sendo o seu desempenho comparado com

seus progressos e dificuldades, os quais são vistos a partir de seu próprio padrão de

desempenho, necessidades e possibilidades. As avaliações referentes aos critérios

servem para obter informações sobre o conhecimento específico do estudante,

geralmente contempla unidades de conteúdos relativamente pequenos. O resultado

mostra o que o aluno sabe ou pode fazer, e não procura discriminar diferentes níveis de

rendimentos.

A avaliação efetiva deve se dar durante o processo, como uma prática que orienta

a intervenção pedagógica e é dessa forma que pretendemos que seja voltada para o

levantamento das dificuldades dos alunos, visando a correção de rumos e a

reestruturação de procedimentos didáticos além da reflexão sobre o trabalho do professor.

A Deliberação nº 007/99 - CEE preconiza:

“A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e está diretamente

ligada aos objetivos traçados nas diferentes disciplinas escolares no início de cada etapa

(série) constando no Plano de Trabalho Docente.”

A responsabilidade dos estudos recai também sobre os pais. É uma

responsabilidade partilhada entre pais, professor e o próprio aluno e, portanto, nenhuma

das três partes deve permanecer à margem desta tarefa.

Os pais não podem esquecer que o protagonista da aprendizagem é o seu filho, o

estudante, e que nunca pode ser sujeito passivo do processo educativo.

Para a aquisição de conhecimentos não basta que os professores expliquem e

exijam, é preciso que o aluno realize o trabalho correspondente de aprender, que não é só

“compreender” mas analisar, completar ou ampliar, memorizar, etc.

Uma boa medida será sem dúvida seguir dia a dia, de maneira prudente mas real,

os estudos dos filhos, ajudando-os discretamente a manter a exigência de um plano diário

de estudo.

3.3 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA, ACESSO, PERMANÊNCIA,

FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES E QUALIDADE DO ENSINO-

APRENDIZAGEM.

O Estabelecimento de Ensino deve promover uma gestão democrática que atenda

aos princípios da gestão democrática: acesso, permanência, capacitação continuada de

educadores e qualidade de ensino - aprendizagem.

Como instituição pública, o estabelecimento de ensino deve proporcionar condi-

ções para que todos os alunos tenham acesso a ela, garantindo-lhes as vagas, dentro da

capacidade do estabelecimento, e na falta da mesma encaminhá-los para a escola mais

próxima. Procurara atender, as necessidades de horário, dando-lhes opções de escolha

entre os turnos de funcionamento do estabelecimento.

.A escola deve trabalhar de forma a elevar a auto estima dos envolvidos no

processo ensino - aprendizagem, bem como elaborar estratégias que busquem o

aprendizado dos alunos, principalmente os de ensino médio, uma vez que a maioria dos

alunos que se evadem são os que apresentam problemas de aprendizado e este mesmo

fator acaba levando também a repetência.

A questão de repetência deve ser trabalhada durante todo o ano letivo,

proporcionando condições para que todos os alunos matriculados tenham condições de

aprendizado. Tanto o aluno como o professor precisa ser motivado e assessorado para

que possam ter sucesso no processo educativo.

A capacitação inicial e continuada deve ser dada de acordo com as necessidades

específicas de cada segmento de professores e funcionários. O aperfeiçoamento de todo

profissional é importante para elevar a auto-estima e melhorar a atuação do profissional.

Os cursos não devem ficar restritos aos professores, mas também aos auxiliares

administrativos e auxiliares de serviços gerais (Agente Educacional I e II) inserindo-os no

processo ensino-aprendizagem e não apenas nas suas funções específicas, procurando

valorizar as relações humanas.

Aos professores proporcionar condições de se aperfeiçoarem dentro das novas

tecnologias e inclusão social, inclusão esta que abranja a todos: seja para o atendimento

às necessidades especiais dos alunos, seja por baixo rendimento ou rebeldia.

Oportunizar o acesso a cursos de especialização e mestrado, de acordo com a lei

que rege os funcionários da educação proporcionando-lhes horário de trabalho

compatível com o seu aperfeiçoamento, bem como oportunizar a todos a participação em

capacitações oferecidas pela SEED.

O Processo ensino-aprendizagem deve considerar a aprendizagem que envolve o

aluno de forma significativa com o seu contexto, vinculando o currículo ao academicismo e

cientificismo para que a aprendizagem realmente aconteça, por objetivos reais devem ser

estabelecidos para que a aprendizagem possa ser significativa para os alunos. O ato de

re-planejar e reavaliar deve ser adotado como sistemática, pois a aprendizagem é

contínua, por isso precisa ser acompanhada desta sistemática visando fornecer os dados

para eventuais correções. O bom relacionamento entre educador, educando e elementos

do sistema, é fundamental sem ele não há uma efetiva construção da aprendizagem

O presente estabelecimento, propõe que as ações pedagógicas devem ter como

foco prioritário o aluno e o processo ensino aprendizagem, por isso intervém no sentido de

acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais no sentido de avaliar

os resultados da aprendizagem, com vistas a sua melhoria, e se necessário elaborar com

o corpo docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que

obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados. Estas ações devem

possibilitar aos alunos o domínio do saber elaborado e sistematizado, bem como o

desenvolvimento de capacidades necessárias a conquista dos direitos da cidadania e o

sucesso permanente no saber. Tem por finalidade o desenvolvimento do educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores.

Também visa atender as necessidades da comunidade propondo através de seu

currículo para o Ensino Médio, a metodologia e forma de avaliação adequada para cada

eixo e parte diversificada, atendendo a cada turno de funcionamento de acordo com os

Objetivos e conteúdos propostos na avaliação do estabelecimento.

O Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese - Ensino Fundamental e Médio,

como Instituição Pública entende que suas ações pedagógicas devem estar voltadas para

seu alunado, proporcionando-lhe condições de acesso e de fortalecimento a sua cultura e

identidade, valorizando os aspectos regionais e ao mesmo tempo possibilitando uma

educação sólida instrumentalizando-a com conhecimentos historicamente construídos

para uma melhoria da qualidade de vida a qual lhe permita formação para interagir na

sociedade com segurança nas suas ações, tendo em vista as dificuldades geradas pela

situação sócio econômica do contexto em que vivem e do próprio país.

Também pretende desenvolver atitudes do convívio social através de ações

conjuntas e cooperativas que os leve a perceberem-se como agentes capazes de

melhorar as condições sociais, motivando a criação de projetos comunitários nas mais

diversas áreas da sociedade e do conhecimento, oportunizando a todos a busca de

soluções para questões do cotidiano de cada um.

Os professores participam ativamente da constante construção curricular e se

fundamentam para organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos estruturantes

de sua disciplina. Entendendo como conteúdos estruturantes os conhecimentos de

grande amplitude, conceitos, teorias ou práticas, que identificam e organizam os campos

de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de

seu objeto de estudo/ensino.

O objetivo das ações pedagógicas é o sucesso do aluno, no seu desenvolvimento

como um todo. Os resultados devem ser vistos e analisados como conseqüência dessas

ações. Diretor, Equipe Pedagógica, Professor, Educando, Funcionários e Pais devem

assumir a responsabilidade que lhes cabe frente aos resultados. Se todos os envolvidos

participam das ações, todos têm responsabilidades sobre os resultados, seja ele qual for.

Como o objetivo é o sucesso e a permanência, o insucesso aponta para uma lacuna a

qual deve ser solucionada pelo conjunto com a finalidade de reverter este resultado.

4 - MARCO OPERACIONAL

4.1 - REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR

O Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese - Ensino Médio e Fundamental,

como Instituição Pública entende que suas ações pedagógicas devem estar voltadas à

seus alunos criando meios e condições de desenvolver uma educação sólida, qualitativa e

quantitativa, proporcionando condições de formação que permitam ao educando agir na

sociedade com segurança nas suas ações.

As ações devem ser transparentes e cooperativas. Todos os envolvidos no

processo educativo devem perceber-se como agentes capazes de melhorar as condições

do Sistema Educacional. possibilitando aos alunos o domínio do saber elaborado e

sistematizado, bem como o desenvolvimento de capacidades necessárias para a

conquista dos direitos da cidadania e o sucesso permanente no saber.

O Colégio deve aperfeiçoar constantemente o sistema metodológico e de

avaliação, buscando superar as deficiências, objetivando sempre o sucesso na

progressão escolar, sem, no entanto descuidar do aspecto qualitativo. Analisar o

relacionamento professor-aluno; atender, dentro das possibilidades ou criar meios para

atender, as necessidades didáticas, bibliográficas, qualificação docente, etc.

Oportunizar aos professores da mesma área que cumpram suas horas-atividades

no mesmo horário possibilitando assim a troca de informações e experiências visando o

desenvolvimento do educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o

exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e nos estudos

posteriores.

As ações pedagógicas devem estar voltadas para seu alunado, proporcionando-lhe

condições de acesso e de fortalecimento a sua cultura e identidade, valorizando os

aspectos regionais.

As diferenças individuais devem ser trabalhadas de modo diferenciado, buscando

minimizar os contrastes culturais e sociais.

As ações pedagógicas serão selecionadas de maneira que propiciem ao educando

a inserção social, valorizando a ética, a formação de atitudes, a solidariedade, o sentido

de liberdade com responsabilidade e a vontade de divulgar o próprio pensamento com

eficiência e igualdade nas condições de argumentação.

4.2 GESTÃO ESCOLAR

O estabelecimento se propõe a trabalhar dentro do princípio democrático, contando

com a participação efetiva do corpo docente, discente, administrativo e órgãos colegiados,

sendo um processo coletivo, na reflexão, avaliação, planejamento e tomadas de decisões.

Para que este processo se efetive, utilizar-se-á de transparência das informações, dos

controles e das avaliações, debates que levem a decisões coletivas, no que se refere a

construção do Regimento Escolar e Regulamento Interno, pois deve estar atento ao

contexto e as mudanças de perfis da Comunidade Escolar

4.3 PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação, no estabelecimento de ensino das diretrizes pedagógicas emanadas da

SEED.

O Pedagogo deve atuar em conjunto com todos os segmentos da escola,

prestando informações, assessorando, dando assistência ao docente, aos alunos, pais e

direção. Deve promover a integração do todo, participar do desenvolvimento de projetos

educacionais como: planos de recuperação, projetos pedagógicos, atividades extra-

curriculares, etc.

A Secretaria é o setor responsável por toda escrituração do estabelecimento de

ensino, documentação dos alunos, arquivo e digitação de documentos referentes. O

secretário é o responsável por esta escrituração, juntamente com o diretor.

O Agente Educacional II tem como função auxiliar a direção e secretaria nas

tarefas a ele designadas, incluindo-se todos os serviços da biblioteca, recepção e auxilio

nos laboratórios de informática.

O Agente Educacional I têm como encargo o serviço de manutenção, higienização,

preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela direção, ficando a ela subordinada.

Os Agentes Educacionais possuem ainda, a função de dar apoio e sustentação ao

processo ensino aprendizagem, atuando em conjunto com toda a comunidade escolar.

Dentro daquilo que lhe é específico, os segmentos da comunidade escolar devem

atuar sempre dentro de um mesmo objetivo: Aprendizagem. A comunidade de país pode e

deve contribuir dentro de todas as tomadas de decisões da escola, através de sua

representação pela APMF e Conselho Escolar, o mesmo é aplicado ao corpo discente,

tendo sua representação através do Grêmio Estudantil.

O corpo discente é o objetivo da escola, e sendo assim deve atuar como principal

interessado na busca do saber, desenvolvendo atitudes de estudo, respeito, fraternidade,

cooperação, investigação e crítica. Devem participar das grandes tomadas de decisões

referentes as mudanças que os atinjam diretamente, respeitando-se os aspectos da

legalidade. Devem assumir a postura de exigir qualidade e os dias letivos que a lei

garante.

O Corpo docente deve atuar dentro do processo ensino aprendizagem, e participar

das tomadas de decisões do estabelecimento de ensino. Planejar metas e objetivos,

organizar-se pedagogicamente de maneira a poder desenvolver a Proposta Curricular do

estabelecimento de forma eficaz. Solicitar reuniões pedagógicas para discutir problemas

que venham a ter durante o ano letivo, trabalhando de maneira integrada, cooperativa,

participativa e crítica. Deve ser o grande condutor do processo educativo, cooperando e

recebendo cooperação do serviço da Equipe Pedagógica, direção e secretaria.

Quanto à direção, deve atuar na administração geral do estabelecimento, tanto nos

aspectos pedagógicos como nos aspectos administrativos burocráticos. Deve ser o elo

que estabelece a ligação entre todos os segmentos. De forma democrática, flexível,

transparente, articuladora, conciliadora, dando condições e suporte para o

desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.

4.4 RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS

A equipe docente e técnico administrativo têm como premissa um relacionamento

de cooperação, integração e de troca de informações. As atividades desenvolvidas por

cada um não devem ser vista como um ato isolado, mas sim como ações de integração

entre todos os setores. Tanto o pedagógico como administrativo devem estar em

constante comunicação para que todas as partes da instituição estejam representadas

numa única posição, facilitando o trabalho educativo e administrativo.

Ao se elaborar o planejamento anual das ações pedagógicas, pedagogos e

técnicos administrativos devem elaborar em conjunto para que todos estejam envolvidos

no processo. O docente deve conhecer o trâmite da burocracia da secretaria e demais

setores e vice-versa. A Equipe Pedagógica deve atuar como mediadores no processo

educativo, buscando conciliar as dificuldades do docente e do aluno, sempre como apoio,

com diálogos abertos.

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos

os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os

mesmos cumpram suas reais funções. A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo

o serviço de escrituração escolar e a correspondência deste Estabelecimento de Ensino.

Os serviços da administração (secretaria, recepção, biblioteca, laboratório de informática e

auxiliares) e pedagógicos são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela

subordinados.

A Administração e o Pedagógico devem apoiar-se mutuamente cada qual dentro do

seu âmbito de atuação. A Administração Escolar, antes de tudo é um processo

pedagógico.

4.5 O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

As Instâncias Colegiadas são indicativos da gestão democrática e participativa e o

presente estabelecimento de ensino conta com:

a) APMF

A APMF tem sua constituição, representação, atribuições e funcionamento

normatizado em seu estatuto próprio registrado em cartório sob o número 8.942 livro A-03

folha 004 no Registro Civil, Títulos, Documentos e Pessoas Jurídicas de Rio Negro - PR.

Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência do educando, de

aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade, enviando sugestões,

em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e

equipe-pedagógica-administrativa.

Também como órgão colegiado e cooperador é uma das finalidades a assistência

aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de

eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino, bem como buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo as políticas educacionais, visando sempre a realidade dessa

comunidade, proporcionando condições ao educando, para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e

Conselho Escolar.

Também representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo

dessa forma, para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública,

gratuita e universal, promover o entrosamento entre pais, professores e funcionários e

toda a comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvido o

Conselho Escolar.

Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata, bem como colaborar

com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando

sempre a comunidade para a importância desta ação.

Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações

que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino, para deferir ou

não observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das

dependências da Unidade Escolar para a realização de eventos próprios do

estabelecimento de ensino estimulando a criação e o desenvolvimento de atividades para

pais, alunos, professores e funcionários assim como para a comunidade, após análise do

Conselho Escolar.

Também espera-se contar com o apoio da APMF para a promoção de palestras,

conferências e grupos de estudos, envolvendo pais professores, alunos, funcionários e

comunidade, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos, podendo ou não

ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED, prestando assistência

financeira, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as necessidades

dos alunos comprovadamente carentes.

b) Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil tem sua constituição, representação, atribuições e

funcionamento normalizados em seu estatuto próprio registrado em cartório e tem por

finalidade representar o corpo discente dentro desta instituição escolar e fora dela quando

necessário, defendendo os interesses dos alunos.

O grêmio é um órgão reconhecido de apoio à direção escolar, pois é tarefa do

Grêmio estudantil o incentivo a cultura literária, promovendo eventos, organizando

debates, apresentações de peças teatrais, festivais de músicas, torneios esportivos e

outras festividades, adquirindo exemplares, bem como a motivação artística e desportiva

de seus representados. Com a sua representatividade, promovera cooperação entre

administradores, funcionários, professores e alunos no cotidiano escolar, visando sempre

o aprimoramento e contribuindo para formação e o enriquecimento educacional de grande

parcela da nossa juventude.

Cuidar para que se estabeleça intercâmbios e colaboração de caráter cultural e

educacional com outras instituições educacionais, assim como a filiação às entidades

gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense

dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).

Ser um agente de democratização escolar, exercendo seu direito de participação nos

fóruns internos de deliberação da escola e representando os interesses do corpo discente,

dentro da legalidade.

c) Conselho Escolar

O Conselho Escolar como órgão colegiado de representatividade da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolares

em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição Federal, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), o ECA (Estatuto da

Criança e do Adolescente), o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do Colégio, para

o cumprimento da função social e específica da escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas

gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao direcionamento

das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito escolar, emitindo pareceres para dirimir

dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras,

no âmbito de sua competência bem como na função avaliativa no que se refere ao

acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar,

objetivando a identificação de problemas e alternativas para melhoria de seu

desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola bem como, a qualidade

social da instituição escolar. A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e

fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar,

garantindo a legitimidade de suas ações.

Logo o Conselho Escolar deve ser um segmento de apoio ao Colégio e diretamente

à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto Político-Pedagógico. É um

instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar e visto numa

perspectiva de democratização da escola pública, ao conselho cabe a postura de órgão

colegiado de direção constituído pelos princípios da representatividade democrática, da

legitimidade e da coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função político-

pedagógico na gestão escolar. Deve abranger toda a comunidade escolar e tem como

principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico da

escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.

A atuação e representação de qualquer dos integrantes do Conselho Escolar visará

ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos da educação pública,

definidos no seu Projeto Político-Pedagógico, para assegurar o cumprimento da função da

escola que é ensinar bem como fazer com que se respeite a educação como um direito

inalienável de todo cidadão, auxiliar para que a escola garanta o acesso e permanência a

todos que pretendem ingressar no ensino público, a construção contínua e permanente da

qualidade da educação pública diretamente vinculada a um projeto de sociedade,

qualidade de ensino e competência político-pedagógico são elementos indissociáveis num

projeto democrático de escola pública, o trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva

emancipadora, a democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os

sujeitos que constituem a comunidade escolar, a gestão democrática privilegia a

legitimidade, a transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a

interação em todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da

organização de trabalho escolar.

Os membros Conselho Escolar são eleitos em cada segmento e atuam por dois

anos no estabelecimento sendo as reuniões ordinárias agendadas bimestralmente e

sempre que necessário.

d) Conselho de Classe

Sendo o Conselho de Classe um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógico do Estabelecimento de Ensino, deve ter por

objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem, nas relações professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso. O Conselho de Classe deve atuar como um

mecanismo de diagnóstico, reflexões e tomadas de decisões, sem atuar como um

colegiado que dita notas e resultados, dando um parecer final ao término do ano letivo.

Devem reunir-se no mínimo quatro vezes ao ano, sempre com a intenção de análise,

diagnóstico e busca de soluções nos problemas referente ao ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe deve ter como finalidade o estudo e interpretação dos dados

da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor e do processo ensino--

aprendizagem, de acordo com proposto no PPP e no Plano Curricular, acompanhando e

aperfeiçoando o processo de aprendizagem dos alunos.

Deve promover análise dos resultados da aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento

metodológico, utilizando os procedimentos que assegurem a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários para um aprendizado unitário,

evitando a comparação de alunos entre si.

Para que o processo educativo seja mais eficaz, o Conselho de Classe deve emitir

parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem, respondendo a

consulta feitas pelo diretor e pela equipe pedagógica e este parecer deve ter as

informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológicos e processo

de avaliação que afetem o rendimento escolar. Propor medidas que viabilizem um melhor

aproveitamento escolar tendo em vista o respeito á cultura do educando, integração,

relacionamento com os alunos na classe estabelecendo planos viáveis de recuperação de

alunos, em consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino. Também

deve atuar em parceria com a equipe pedagógica na elaboração e execução nos planos

de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário.

e) Alunos Representantes de Turma

Ao iniciar o ano letivo a Equipe Pedagógica e Direção orientam os alunos sobre a

escolha do aluno que se tornará o líder da turma. Os alunos tem o prazo de

aproximadamente quinze dias para que o professor selecione os quatro alunos com perfil

mais adequado e os colegas escolhem entre eles o líder e o vice-líder.. Em seguida

começa-se o trabalho da Equipe Pedagógica, em trabalhar com todas as classes as

atribuições que compete ao líder e vice-líder, bem como a todos os alunos do Colégio.

O aluno representante de cada turma tem como tarefa principal representar e

auxiliar professores e colegas no cotidiano escolar. Se em algum momento a liderança

não atingir os objetivos propostos para a função é feita nova eleição.

4.6 RECURSOS QUE O ESTABELECIMENTO DISPÕE PARA REALIZAR SEU

PROJETO E CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

EDUCATIVOS

a) Biblioteca

A biblioteca escolar é ampla e possui um excelente acervo bibliográfico e constitui-

se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de toda a comunidade escolar,

tanto para trabalhos de pesquisa quanto para leitura.

Também deve ser utilizada pelos professores com a classe quando um trabalho

mais elaborado assim o exigir, e para tanto deve o professor fazer o agendamento,

evitando-se que duas turmas a utilizem no mesmo instante.

b) Laboratório de Química, Física, Matemática e Ciências Biológicas

O laboratório encontra-se em perfeitas condições de uso, podendo ser utilizado

sempre que o professor desejar, também com agendamento e solicitando ao serviço de

orientação que auxilie na organização dos equipamentos a serem utilizados na aula.

Os professores destas áreas devem fazer uso deste espaço, como uma alternativa

a mais para o desenvolvimento de projetos ou conteúdos, tomando o processo mais

eficaz.

c) Laboratório de Informática

O laboratório já está em funcionamento e equipado com as máquinas.O Colégio

possui sala específica para este fim, é usada como um ambiente pedagógico por todas as

áreas do conhecimento. Deve-se utilizar acordo com a necessidade de cada disciplina,

como um material pedagógico e não com a finalidade de ensinar informática. O apren-

dizado da informática deve partir do conhecimento específico de cada disciplina.

Para que seja utilizado, o professor deve fazer o agendamento com uma pessoa

responsável pelo ambiente, a qual deixará a sala preparada para receber os alunos, os

quais ficarão sob a orientação do professor,

d) Quadra de Esportes

A quadra de esportes é coberta, e deve ser utilizada como ambiente pedagógico e

recreativo, nas aulas de Educação Física, eventos culturais, reuniões, Assembléias,

exposições e etc. Deve ser ambiente de integração e interação, onde o educando, além

de praticar atividades esportivas, também vai exercitar a cidadania.

No momento a quadra encontra-se interditada devido à corrosão pela ferrugem e

pelo tempo, aguardando liberação de recursos para reforma ou construção de uma nova

quadra.

e) Equipamentos

O Colégio possui equipamentos tecnológicos como TV, Multimídia, Vídeo, DVD,

aparelhos de som, retro projetor, episcópio, Spin, laboratórios de informática, os quais

devem ser utilizados, a fim de trazer a teoria mais próxima da realidade do aluno.

Devendo,o professor, fazer uso dos meios tecnológicos que a escola disponibiliza, com

freqüência regular.

4.7 CRITÉRIO PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS

LETIVOS E NÃO-LETIVOS, CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E

OUTROS SEGMENTOS.

O calendário escolar é elaborado de acordo com as instruções recebidas pela SE-

ED, obedecendo a legislação em vigor, porém naquilo que é de competência no âmbito do

Colégio, é feito em conjunto com o departamento Municipal de Educação, uma vez que o

calendário deve estar adequado ao Transporte Escolar. Além do Departamento Municipal

de educação, ele é discutido com os docentes e segmentos da sociedade, e as sugestões

dadas são levadas à reunião.

São garantidos ao aluno os três turnos de funcionamento, Manhã, tarde e noite,

sendo que no período noturno o Ensino Fundamental só é ofertado para o 8º ano.

Início e término de cada turno:

Matutino: 7h e 45m às 12h.

Vespertino: 13h às 17h e 15m

Noturno: 18h e 45m às 22h e 45m.

Os turnos, matutino e vespertino ofertam turmas de 6º ao 9º ano e Ensino Médio e

o noturno oferta somente turmas de 9º ano e Ensino Médio.

As aulas são distribuídas por disciplinas, de acordo com a carga horária, expressa

na Grade Curricular dando preferência às aulas faixas.

Os horários não-letivos são especificados no calendário escolar, prevendo

planejamento, reuniões pedagógicas, conselho de classe. Para os eventos não letivos

deve ser feita a discussão entre o quadro de professores, funcionários, equipe

administrativa e pedagógica, garantindo a participação de todos.

Aos segmentos administrativos e pedagógicos, dar as mesmas condições de

participação, tanto na formação continuada, quanto a cursos de capacitação e

aperfeiçoamento profissional, de acordo com a função que ocupa, também oportunizar

que todos participem dos encontros que visem a definição de metas a serem atingidas

pelo estabelecimento.

Os alunos são o alvo das ações desenvolvidas pelo estabelecimento, assim sendo,

conhecer o perfil da clientela é o primeiro passo para definir as competências e

habilidades a serem trabalhadas, proporcionando o entrelaçamento dos valores éticos e

morais dos educandos, procurando suprir seus anseios e necessidades.

Trabalhar a ação educativa de forma que valorize a ética, a formação de atitudes, a

solidariedade, o sentido de liberdade com responsabilidade, desenvolvendo no aluno um

saber contínuo e cumulativo, respeitando suas individualidades e necessidades

respeitando suas individualidades e necessidades. Dentro destas prerrogativas

oportunizar o acompanhamento curricular necessário ao exercício da cidadania e do

senso crítico necessário à prática cotidiana.

Para isso o Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese deverá estar atento não

só para a eficiência do ensino sistematizado, mas também para a avaliação de resultados;

técnicas, práticas. Reformular e replanejar e avaliar constantemente os processos e

mecanismos de ação, construindo sua própria identidade.

Ao se desenvolver os conteúdos programáticos feitos, trabalho docente,o docente

deve tomar o cuidado e promover a inserção do meio social em que o aluno está inserido,

aprender ou conhecer é ampliar o que já se sabe no desafiador e fascinante encontro em

confronto de saberes diferentes, contudo, não deve descuidar da qualidade da educação.

Atender as necessidades do aluno, não significa a fragmentação do conhecimento

em torno de uma única realidade, mas sim ponto de partida para um o conhecimento

humano vivo e dinâmico é parte da educação emancipadora porque fundamenta a

autonomia e a autoria da prática histórica da pessoa na construção de um mundo justo,

de relações de colaboração, co-responsabilidade e solidariedade, dando oportunidades de

ampliação de conhecimento e proporcionando oportunidades iguais de apropriação do

saber.

Dentro da igualdade há desiguais e para estes é necessário tratamento

diferenciado, de forma mais eficaz que garanta a todos um patamar comum nos pontos de

chegada.

Os mecanismos de avaliação dos resultados devem ser diagnósticos do

aprendizado para aperfeiçoar o processo educativo e principalmente como meio de

assegurar que os resultados sejam comuns. Porém, como as desigualdades existem, a

partir dos diagnósticos todos os envolvidos, da sociedade em geral, principalmente alunos

e seus familiares, - os quais também devem participar de outras formas de planejamento,

como definições de prioridades e emprego de instrumentos e aplicação de recursos - a

direção, equipe pedagógica e professores devem estabelecer as metas as serem

atingidas pelo conhecimento e planejar estratégias e metodologias para atender as

desigualdades.

Além do comprometimento com os alunos o professor precisa comprometer-se

consigo mesmo e com a profissão que exerce, na constante busca de aprimoramento e

conhecimento para ampliar a sua potencialidade e reverter esse potencial com

responsabilidade nos resultados de seu trabalho.

O objetivo das ações pedagógicas é o sucesso do aluno, no seu desenvolvimento

como um todo. Os resultados devem ser vistos e analisados como conseqüência dessas

ações. Diretor, equipe pedagógica, professor, educando e pais devem assumir a

responsabilidade que lhes cabe frente os resultados. Se todos os envolvidos participam

das ações, todos têm responsabilidades sobre os resultados, seja ele qual for. Como o

objetivo é o sucesso, o insucesso aponta para uma lacuna a qual deve ser solucionada

pelo conjunto com a finalidade de reverter este resultado.

É em cima dessas diferenças que o trabalho deve ser desenvolvido. A análise dos

resultados das avaliações e dos indicadores de desempenho é que permitirá aos

docentes e aos próprios educandos a avaliação dos processos e mecanismos do ensino

aprendizagem. Em face aos resultados, refletir as dificuldades e qualidades. Planejar as

ações de intervenção para reverter os resultados de maneira autônoma.

O planejar exige liberdade de criação, liberdade esta que deve ser usufruída pela

comunidade escolar, e num trabalho cooperativo e integrado, o colegiado é quem

proporcionará meios para a implementação das propostas curriculares e pedagógicas, as

quais também devem estar comprometidas com a LDB e com a política pedagógica do

estabelecimento, pois os docentes devem formar sua própria identidade e a autonomia

com ética, se inspirando na estética da sensibilidade, a fim de exercerem constantemente

tal exercício para buscar soluções no processo ensino-aprendizagem.

Os pais de alunos devem fazer parte da escola, pois escola e pais possuem um

objetivo em comum: escola de qualidade para o aluno. Assim, os pais são fundamentais

nas parcerias pedagógicas, no acompanhamento do desenvolvimento do aprendizado do

aluno, na avaliação do estabelecimento, na participação do planejamento e execução de

atividades, sejam elas pedagógicas, administrativas ou de planejamento orçamentário.

O colégio deve informar do tratamento pedagógico dado ao filho: se eles estão

aprendendo, o porquê dos métodos adotados, sugerir práticas que incentivem o gosto de

seus filhos pelo saber. Dispensar a eles uma atenção verdadeira e de cortesia e

educação.

Aos pais é dado o direito de participar da vida escolar, sem que com isto haja

interferência no conhecimento técnico dos docentes, mas sim em reconhecer nos pais a

competência e o direito que têm de avaliar, dentro das dimensões analisadas, o trabalho

escolar.

Os pais têm um saber real e competente, que deve ser respeitado. É um saber

diferente, que completa os demais saberes auxiliando no conhecimento sobre a escola

em sua formação.(Escola Hoje, MEC. Pg. 27)

Saber ouvi-los e respeitar seus pontos de vista é indispensável para que se

estabeleça uma parceria de cumplicidade e apoio ao processo educativo, estimulando o

respeito mútuo dentro da competência de cada um: escola/pais.

4.8 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Para que o professor possa desenvolver suas atividades de forma eficiente deve

ser proporcionado a ele, bem como toda a equipe de apoio, condições para participar de

capacitações que lhes permitam a atualização. O estabelecimento deve dar condições em

horários flexíveis, os quais permitam ao docente a sua participação em cursos de

formação continuada, bem como em cursos de atualização oferecidas por órgãos

competentes e conforme o previsto em legislação.

Aos segmentos administrativos e pedagógicos, dar as mesmas condições de

participação, tanto na formação continuada, quanto a cursos de capacitação e

aperfeiçoamento profissional, de acordo com a função, também oportunizar que todos

participem dos encontros que visem à definição de metas a serem atingidas pelo

estabelecimento.

4.9 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR

PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES INERENTES À ESTRUTURA

CURRICULAR ESCOLAR E DOS CURSOS OFERTADOS PELA ESCOLA

As turmas são divididas por faixa etária de forma seriada e mista, distribuídas nos

três turnos de funcionamento. As turmas de Ensino Fundamental funcionam nos turnos

matutino e vespertino e ao Ensino Médio também é oferecido o período noturno, com

vagas preferenciais aos alunos que trabalham durante o dia. As aulas são de 50 minutos,

tendo cinco aulas diárias somando 25 aulas semanais.

Para a distribuição de aulas e turmas são obedecidas as normas de Distribuição de

aulas, obedecendo-se rigorosamente a ordem de classificação por disciplina. Em algumas

disciplinas, os professores acordam entre si, o acompanhamento da turma até o término

do curso. Ex. o professor de Português que inicia com o 6º ano, trabalha com eles até a

conclusão do 9º ano, pois entendem que conhecem os alunos e sabem o que deve ser

trabalhado neles para melhorar a aprendizagem. Existe uma discussão neste sentido para

que todas as disciplinas adotem esta sistemática, pois nas disciplinas que isto já ocorre,

os índices de reprovação são menores. Só há substituição do professor caso não haja

adaptação da turma com o professor e vice-versa.

Embora o professor tenha a hora atividade para participar de reuniões pedagógicas

e eventos com os pais, a maior dificuldade é em reunir o quadro todo em um mesmo dia,

dificultando o diálogo entre todos. Para que isto se modifique o grupo todo deve definir

meios para sanar esta dificuldade.

A organização administrativa, didática e disciplinar dos cursos ofertados,

direcionam-se às matérias do núcleo comum em consonância com as Diretrizes Nacionais

e Secretaria de Estado da Educação e classes organizadas conforme as conveniências

didáticas - pedagógicas e de ordem administrativa.

4.10 INCLUSÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS DISCIPLINAS.

4.10.1 Língua Portuguesa e Literatura

Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua

portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual

a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles.

Exemplos:

Na alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc;

Na música: os instrumentos musicais maracá, cuíca, atabaque, reco-reco, agogô.

Na religião: umbanda e candomblé.

Após debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos

sobre temas como:

O racismo no Brasil;

A presença do negro na mídia;

Políticas afirmativas, cotas;

Mercado de trabalho, etc.

Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras

expressões do vocabulário. Realizar com os alunos estudos de obras literárias de

escritores negros como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano

Trindade, etc., destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional.

Incluir nos conteúdos de literatura o estudo do teatro experimental de negro,

iniciado no Rio de Janeiro em 1944, e a pesquisa sobre a imprensa negra

brasileira no início da década de 1920. Alguns jornais produzidos por afro-

descendentes que circularam semanalmente durante até mais de cinqüenta anos.

Utilizar pesquisas e revistas produzidas pela comunidade afro-descendente do seu

município.

Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial.

Propiciar acesso aos gêneros musicais.

Propor que os alunos produzam poesias relacionadas ao povo afro-descendente e

sua cultura. A partir dessa literatura, a criança afro-descendente constrói uma

imagem da realidade social que não a inclui.

Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões

relacionadas à cultura afro brasileira: Macunaíma, Mário de Andrade; Casa Grande

e Senzala, Gilberto Freyre; O Escravo, Castro Alves; Sermões do Pe. Antonio

Vieira; A cidade de Deus, Paulo Uns; O mulato, Aluísio Azevedo; O bom crioulo,

Adolfo Caminha.

Na pintura, interpretar obras de Di Cavalcanti, Lazar Sega 11 e Cândido Portinari

que retratam a figura do negro.

4.10.2 História

O professor de História precisa construir um novo olhar sobre a história nacional e

regional/local e ressaltar a contribuição dos africanos e afro-descendentes na constituição

da nação brasileira.

Algumas visões equivocadas sobre o negro e o continente africano devem ser

desmistificadas. Eis algumas entre outras que podem ser analisadas em sala de aula:

A do negro visto como escravo: não se pode naturalizar a situação do negro como

escravo. Os negros não eram escravos, foram escravizados. A África não é uma

terra de escravos. Os povos africanos eram portadores de história, de saberes,

conhecimentos, na maioria das vezes transmitidos pela oralidade.

A da África como um continente primitivo: a imagem de que o continente africano é

povoado por tribos primitivas em imensas florestas está presente no imaginário da

maioria das pessoas. Trata-se de imagem construída pelos meios de comunicação

e pelos próprios livros didáticos. Na África, tivemos grandes reinos (como por

exemplo, o Egito Antigo). Muito das tecnologias utilizadas no Brasil, no cultivo da

cana-de-açúcar e na mineração, foram trazidos pelos negros oriundos da África.

A de que o negro foi escravizado porque era mais dócil, menos rebelde que os

indígenas: esta idéia está presente em muitos livros didáticos. Omite-se que a

história dos africanos escravizados está inserida num contexto de acumulação de

bens de capital, ocorrida entre os séculos XVI e XIX, envolvendo África, Europa e

Américas. No Brasil há uma história de organização e resistência, desde as vindas

nos navios negreiros, as fugas individuais e coletivas para os quilombos, a

organização em irmandades, a resistência da cultura nas manifestações religiosas

dos batuques e terreiros, até as formas de negociação para a conquista da

liberdade.

A da democracia racial: tendência que se forjou na sociedade brasileira,

mascarando o tratamento desigual destinado aos afrodescendentes.

Sugere-se para a disciplina de História, entre outros, atividades com os seguintes

temas:

Estudo...

Dos grandes reinos africanos, as organizações culturais, políticas e sociais de

Mali, do Congo, do Zimbabwe, do Egito, entre outros;

Dos povos escravizados trazidos para o Brasil pelo tráfico negreiro e as

conseqüências da Diáspora Africana;

Das resistências do povo negro (Quilombos, Revolta do Malês, Canudos, Revolta

da Chibata e todas as formas de negociação e conflito);

Da promulgação da Lei de Terras e do fim do tráfico negreiro (1850) e o impacto

das ideologias de branqueamento / embranquecimento sobre o processo de

imigração européia;

Dos remanescentes de quilombos, sua cultura material e imaterial;

Da Frente Negra Brasileira, no início dos anos 1930, criada em São Paulo;

Do significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de maio.

4.10.3 Geografia

Sendo a Geografia a ciência cujo objeto é o espaço geográfico e suas inter-

relações, caberá ao professor desta disciplina tratar dos seguintes contextos:

A população brasileira: miscigenação de povos.

A distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil;

A contribuição do negro na construção da nação brasileira;

O movimento do povo africano no tempo e no espaço;

Questões relativas ao trabalho e renda;

A colonização da África pelos europeus;

A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil (a rota da

escravidão);

A política de imigração e a teoria do embranquecimento no mundo;

Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países (como

vivem, população, idioma, economia, cultura, história, música, religião);

Estudo da organização espacial das aldeias africanas (questões urbanísticas);

Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re)

divisões territoriais;

Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,

renda e escolaridade, país e no município em uma perspectiva geográfica;

Discussões a respeito de práticas de segregação racial, como as acontecidas, por

exemplo, na África do Sul, e nos Estados Unidos da América.

4.10.4 Ensino Religioso

Estudo sobre a influência das celebrações religiosas das tradições afros na cultura

do Brasil. Pesquisas acerca das religiões africanas presentes no Brasil.

Estudo dos orixás.

4.10.5 Arte

A presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas

manifestações populares brasileiras: puxada de rede, macululê, capoeira,

congada, maracatu, tambor de crioulo, samba de roda, umbigada, carimbó, coco,

etc.

Danças de natureza:

Lúdica: brincadeira de roda;

Funerária: axexê;

Guerreira: congada;

Dramática: maracatu;

Profana: jongo;

Religiosa: candomblé.

A contribuição artística da cultura africana na formação da Música Popular

Brasileira: origem do batuque, do lundu e do samba, entre outros.

A poética musical envolvendo a temática do negro.

Nossos cantores e compositores negros. A cultura africana e afro-brasileira e as

artes plásticas: más caras, esculturas (argila, madeira, metal); ornamentos;

tapeçaria; tecelagem; pintura corporal; estamparia.

Artistas plásticos como Mestre Didi (Bahia - Brasil) e a presença e influência da

arte africana nas obras de artistas contemporâneos.

Proposta interdisciplinar: explorar os conteúdos sobre a estrutura de Fractais

(física e matemática) presentes na arte africana (penteado, arquitetura, música,

estamparia, objetos decorativos etc). As sugestões devem ultrapassar a condição

de conteúdos, para que possam ser analisados e recontextualizados pela ótica das

artes e serem avaliadas esteticamente por meio dos elementos do movimento, do

som, dos elementos plásticos: da cor, da forma, etc.

4.10.6 Biologia /Ciências

São sugeridas algumas temáticas possíveis, a serem desenvolvidas no ensino de

Ciências e Biologia, que contemplam as relações étnico-raciais e o ensino de História e

cultura afro-brasileira e africana:

Estudo sobre as teorias antropológicas;

Desmistificação das teorias racistas, destituindo de significado a pseudo-

superioridade racial;

Estudo das características biológicas (biotipo) dos diversos povos;

Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da

Ciência e da Tecnologia;

Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos, in loco. Essa análise

deve considerar os aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais

intrínsecos à referida situação. O professor de Ciências e Biologia pode abordar os

conflitos entre epidemias/endemias e o atendimento à saúde, entre as doenças e

as condições de higiene proporcionadas à população, bem como o índice de

desenvolvimento humano (IDH).

4.10.7 Educação Física

Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos

históricos.

Danças e suas manifestações corporais na cultura afro-brasileira.

Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e sua ressignificação nas práticas

corporais afro-brasileira.

Jogos praticados no Brasil pelos afro-descendentes e africanos numa perspectiva

histórica.

Manifestação corporal expressa no folclore brasileiro.

A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico-social, como

elemento da cultura corporal. Por meio da capoeira, torna-se possível resgatar a

historicidade do negro, desde o momento em que foi retirado do continente

africano. São exemplos significativos as suas danças de guerra, caça, festas,

como a da puberdade e as grandes caminhadas pelas florestas. Tais elementos

representam subsídios na construção de propostas para o trabalho pedagógico

nas escolas.

4.10.8 Matemática

Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,

renda e escolaridade no país e no município. Análise de pesquisas relacionadas ao negro

e mercado de trabalho no país. Realização com os alunos de pesquisas de dados no

município com relação à população negra.

4.11 DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHOS DA EQUIPE DOCENTE E

NÃO-DOCENTE; DO CURRÍCULO; DAS ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

A avaliação do docente e não docente deve se dar a partir de reflexões do grupo,

bem como dos pais e alunos, buscando estabelecer diálogos com estes segmentos para

uma análise da prática docente e corrigir possíveis falhas.

O Currículo também deve ser analisado periodicamente, no mínimo uma vez a ca-

da semestre, para verificar a sua aplicação e eficácia. Dentro destas análises todos os

segmentos da escola devem participar e fazer os ajustes necessários.

As atividades extra-curriculares, devem ser avaliadas logo após sua aplicação,

para ter um diagnóstico da sua eficácia.

O PPP deve ser analisado no início do ano letivo, para que todos relembrem do

seu teor e no decorrer do ano realizar novas análises para diagnosticar as ações positivas

e negativas que ele apresenta e fazer seus ajustes, seja de inclusão ou de exclusão, ou

até mesmo de alteração.

4.12 ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS

O acompanhamento aos egressos deve ser constante e direta no bimestre

detectando possíveis problemas de imediato e buscando soluções em conjunto com os

segmentos escolares às dificuldades apresentadas seja na aprendizagem, seja na

adaptação dos alunos. Manter diagnóstico atualizado mensalmente para poder

acompanhar as mudanças ocorridas com o educando. Para isto a escola deve:

a) fazer uma análise com os alunos quanto aos mecanismos do processo ensino-

aprendizagem;

b) levantar as causas do insucesso do processo ensino-aprendizagem;

c) programar a sistemática de ação;

d) efetuar o diálogo constante com o educando.

As ações devem procurar inserir o educando no meio escolar, tomando mais rápida

a adaptação com os colegas, professores, estudos, etc. O professor deve ter clareza de

como irá realizar a adaptação deste aluno, dando condições de aperfeiçoar e estruturar o

sistema educativo no seu âmbito de atuação, oferecendo ao indivíduo envolvido condições

de otimização de suas capacidades, visando a realização e concretização dos objetivos e

metas definidas. A escola deve criar novas oportunidades para que ele possa

complementar ou efetivar as aprendizagens ainda não dominadas. Deve oportunizar novas

estratégias de ensino, mas de acordo com suas potencialidades. O acompanhamento

deve ter um sentido pedagógico e ético, fazendo justiça ao aluno, oferecendo-lhe

oportunidade de superar-se em falhas que nem sempre lhe cabe a responsabilidade.

4.13 PRÁTICAS AVALIATIVAS

a) Do Processo Ensino-Aprendizagem

É necessário verificar constantemente se as ações estão proporcionando a

integração de todas as áreas do conhecimento sem que os conteúdos sejam trabalhados

isoladamente, como se as informações não se interligassem entre si, bem com se as

diretrizes curriculares e as ações pedagógicas se adequam ao educando dando-lhes

liberdade e possibilidade de criar, inventar e inovar.

O Colégio deve aperfeiçoar constantemente o sistema metodológico e de

avaliação, buscando superar as deficiências, objetivando sempre o sucesso na progressão

escolar, sem, no entanto descuidar do aspecto qualitativo. Analisar o relacionamento

professor-aluno, atender, dentro das possibilidades ou criar meios para atender, as

necessidades didáticas, bibliográficas, qualificação docente, etc.

Antes de desenvolver os conteúdos os docentes devem ter o perfil da clientela

plenamente traçado e através deste levantamento trabalhar os conteúdos e objetivos

definidos de forma que possam entrelaçar os valores éticos dos educandos com os temas

abordados, suprindo seus anseios e necessidades.,levando em consideração o

conhecimento sistematizado.

b) Do Processo de Planejamento

O planejamento das atividades pedagógicas deve partir da análise e reflexão do

corpo docente, sem perder de vista as necessidades e realidade do educando. As

características deste é que devem nortear as metodologias e os conteúdos a serem

desenvolvidos. Os docentes, em conjunto devem elaboram o plano analisando os

aspectos a serem trabalhados multidisciplinarmente.

A curiosidade estimulada e a afetividade desenvolvida auxiliam e facilitam a

constituição de identidade capaz de suportar a inquietação e a convivência com o incerto,

o imprevisível e o diferente.

Analisar se o conhecimento está articulado de forma a estimular a compreensão

não apenas do explicitado, mas também do inusitado. O lúdico integra-se nas dimensões

da vida, de forma harmoniosa, num exercício de liberdade responsável. A estética da

sensibilidade deve estar articulada de forma a facilitar o reconhecimento e valorização da

diversidade cultural brasileira e das formas de perceber e expressar a realidade própria

dos gêneros, das etnias, e das muitas regiões e grupos sociais do país.

5 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

5.1 ARTE

Apresentação da Disciplina

A função da arte na escola é formar um ser humano completo dentro dos moldes

idealistas e democráticos, valorizando aspectos intelectuais, morais e estéticos. É

despertar no aluno uma consciência individual, harmonizada à sociedade onde está

inserido.

O ensino da arte é relevante dentro da escola, não pela sua obrigatoriedade no

currículo escolar mas sim pelo “ seu valor intrínseco como construção humana, como

patrimônio comum a ser apropriado por todos”. (IAVELBERG, 2.003, p.9). E ainda como

conclui a autora:

A arte constitui uma forma ancestral de manifestação, e sua apreciação pode ser

cultivada por intermédio de oportunidades educativas. Quem conhece arte amplia

sua participação como cidadão, pois pode compartilhar de um modo de interação

único no meio cultural. Privar o aluno em formação desse conhecimento é negar-

lhe o que lhe é de direito. A participação na vida cultural depende da capacidade de

desfrutar das criações artísticas e estáticas, cabendo à escola garantir a educação

em arte para que seu estudo não fique reduzido apenas à experiência cotidiana.

(IAVELBERG, 2003, p.9-10)

As dimensões históricas da disciplina que hoje tem o nome de Arte e Artes nos

permitem uma ampla reflexão sobre como a arte se estruturou ao longo da historia da

educação brasileira. È bastante recente a sua obrigatoriedade e a preocupação com o

enfoque da disciplina como área de conhecimento específico e não apenas como meio de

destacar dons inatos como nas mostra o DCE- arte e Artes.

O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se

preocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação. ( DCE –Arte e Artes, SEED-PR)

Ao longo da historia vemos a arte presente em diversos aspectos da vida do

homem. Como fala Ernest Fischer 2002. “ a arte era um instrumento mágico e servia ao

homem na dominação da natureza e no desenvolvimento das relações sociais”. Assim, a

arte acompanha o homem até hoje com esse mesmo propósito de transformação e

comunicação, pois arte é trabalho e é linguagem. Através dela o ser humano constrói e

comunica, não somente o que é material mas o imaterial, seus sentimentos, suas

percepções, suas interpretações de mundo. Em cada momento da história a arte atendeu

as necessidades para as quais o homem a utilizou.

Desde os tempos remotos da pré-história, em que o homem desenhava e pintava

em cavernas, o ser humano faz referenciais às imagens artísticas como uma forma de se

expressar. A arte surge no mundo como forma de organização, como modo de

transformar a experiência vivida em objetos de conhecimento que demonstram

sentimentos, percepção e imaginação. A arte está presente desde que o homem é

homem, como uma linguagem que traduz sua relação com o meio em que vive.

Com a Revolução Industrial, foi necessária que a escola fosse franqueada cada

vez mais a classe subalterna. O desenvolvimento da produção industrial exigia um maior

conhecimento por parte dos trabalhadores. Dessa forma, ler e escrever torna-se fatores

determinantes para o manuseio de equipamentos mais sofisticados.

Com o passar do tempo, a tecnologia industrial foi se desenvolvimento de forma

acelerada, obrigado à natureza, o homem e a sociedade a uma separação como que por

fatias. Surgiram, então, os especialistas que passaram a atuar em cada uma dessas

partes. A “verdade” teológica da Idade Media foi substituída pela “verdade” cientifica,

Relegando as outras formas de conhecimento (arte, filosofia e outras) a um plano inferior.

A racionalidade tornou-se o valor básico da moderna sociedade (DUARTE,1988).

Naturalmente, as escolas passaram a se orientar no sentido do conhecimento

objetivo, racional da vida. Em certo sentido, vivemos hoje em uma civilização racionalista,

em que se pretende separar a razão do sentimento e emoções, considerando a razão

como saber máximo da vida. Essa separação é ilusória, pois é somente a partir das

vivências, do sentimento das situações, que o pensamento racional pode se dar. A razão

só se forma após a vivencia. Vivenciar, sentir e pensar estão indissoluvelmente ligados.

Uma nova mudança de enfoque ocorreu, no século XIX e início do século XX. A

razão foi separada da emoção só atrapalhava e o melhor a fazer era recalcá-la.

A escola nessa mesma época início do século XX, ao adotar essa postura

educacional, tornou-se a principal aliada desse sistema de produção, pois iniciava nos

indivíduos desde cedo, o processo de separação de razão e sentimentos. Os indivíduos

deviam produzir sem deixar as emoções e os valores pessoais interferirem no processo.

Trabalhando dessa forma, pautadas nesses aspectos, a escola transmitia conceitos

desvinculados da vida concreta dos educandos, impondo a visão do mundo das classes

dominantes. Ao agir assim, renegando o contexto sentimental dos educandos, tornou-se

apenas uma instituição repassadora de conhecimentos científicos pré-elaborados.

O estudo da arte, quando aplicado com responsabilidade e valorização e permite

ao aluno uma maior abertura criativa, o que pode auxiliá-lo nas diversas situações por ele

desenvolvidos, não só no campo artístico, mas também nas demais atividades.

Por meio das brincadeiras, de fantasia e imaginação, ao experimentar manipular,

pelo prazer da descoberta, da simbolização inicial e da expressão franca de sentimentos,

a criança acumulará os subsídios para seu desenvolvimento cognitivo. Sua vivencia neste

período irá influir de forma incontestável no desenvolvimento das diversas formas de

raciocínio que ela utilizará pela vida afora (REILY, 1993, p. 59)

A importância da arte para a humanidade pode ser identificada através da própria

história. A arte nasce para a partir da necessidade humana de se expressar. Hoje,

podemos relacioná-la, de forma abrangente, com determinado momento histórico de uma

época, seus costumes, tradições e cultura.

Educar os sentimentos, as emoções, não significa reprimi-los para que se mostrem

apenas naqueles poucos momentos em nosso “mundo de negócios” permite demonstrá-

los. Antes, significa estimulá-los a se expressarem, a vibrarem ante os símbolos que lhes

sejam significativos. Conhecer as próprias emoções e ver nelas os fundamentos do nosso

próprio “eu” é a tarefa básica que toda escola deveria propor. O ser humano cria e

representa o mundo por intermédio da arte desde os primórdios da humanidade.

A vida pressupõe o direito ao lúdico, à criatividade, à observação. É por meio da

representação que arquitetamos uma realidade mais grandiosa. É na experiência artística

que somos capazes de entender a diferença, a semelhança, o complemento. A arte é uma

lição de aprender, difícil de esquecer, impossível de negar.

“É verdade que a função essencial da arte para uma classe destinada a

transformar o mundo não é a de fazer mágica e sim de esclarecer e incitar a ação; mas se

é igualmente verdade que um resíduo mágico na arte não pode ser inteiramente

eliminado, de vez que sem este resíduo provindo de sua natureza original a arte deixa de

ser arte.

A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o

mundo. Mas a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente”. (Ernest

Fischer,2002 p.20)

Toda essa história de arte, de como ela se apresentou em diferentes momentos,

refletiu na forma em que ela esteve presente na educação.

Objetivos

O ensino de arte procura preparar o aluno, gradativamente, para uma visão crítica

da arte, ampliando os conceitos e acrescentando elementos fundamentais.

Para esta aprendizagem. Não há a necessidade de formar artistas, mas de possibilitar ao

aluno que tem interesse em desenvolver suas aptidões um suporte técnico adequado.

Partindo-se do pressuposto de que não existe dom, mas sim vontade de aprender e se

expressar por meio da arte, o educador deve fornecer o estímulo necessário para

despertar o interesse criativo dos alunos.

Nesse sentido, o ensino de Arte deverá organizar-se de modo que, ao longo do

ensino fundamental, os alunos sejam capazes de:

- Entender a arte como forma de trabalho e produção humana;

- Conhecer os períodos da história da arte e possibilitar o acesso das diferentes

manifestações artísticas acumuladas historicamente;

- Valorizar a diversidade estética e artística;

- Respeitar as produções dos colegas entendendo as diversidades de idéias e

expressões.

- Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca

pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a

sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

- Explorar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos

em arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos

pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente;

- Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber

e elaborar críticas.

Objetivos Específicos

• identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico contextualizado

nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções

presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural,

identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes

grupos culturais;

• observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,

indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,

argumentando e apreciando arte de modo sensível;

• identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da

produção dos artistas;

• identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e

compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na

história das diferentes culturas e etnias;

• expressar, representar idéias, emoções, sensações por meio da articulação de

poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e grupais;

• interagir com variedade de materiais naturais e fabricados, multimeios

(computador, vídeo, holografia, cinema, fotografia), percebendo, analisando e produzindo

trabalhos de arte;

• reconhecer, diferenciar e saber utilizar com propriedade diversas técnicas de arte,

com procedimentos de pesquisa, experimentação e comunicação próprios;

• desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal,

relacionando a própria produção com a de outros, valorizando e respeitando a diversidade

estética, artística e de gênero;

Conteúdos Estruturantes e Específicos

6º ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição

Movimentos e

períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas:

diatônica

pentatônica

cromática

Improvisação

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

7º ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico,

indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Improvisação

Música popular e

étnica (ocidental

e oriental)

8º ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos Formais Composição Movimento

e Períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a

fusão de ambos.

Técnicas: vocal,

instrumental

e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

9º ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos formais Elementos formais Movimentos

e Períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental

e mista

Gêneros: popular, folclórico e

étnico

Música Engajada

Música Popular

Brasileira.

Música

Contemporânea

6º ano – Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: pintura,

escultura,

arquitetura

Gêneros: cenas da

mitologia

Arte Greco-

Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-

Histórica

7º ano – Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

formais

Composição Movimentos e

Períodos

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas:

pintura,

escultura,

modelagem,

gravura.

Gêneros:

paisagem,

retrato, natureza

morta.

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

8º ano – Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas:

desenho,

fotografia,

audiovisual

e mista

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

9º ano – Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: pintura,

grafitte,

performance.

Gêneros:

paisagem

urbana, cenas

do

cotidiano.

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte

Latino-

Americana

Hip Hop

6º ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico,

adereços

Técnicas: jogos

teatrais, teatro

indireto e direto,

improvisação,

manipulação,

máscara.

Gênero:

Tragédia,

Comédia e

Circo.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

7º ano - Área Teatro

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação

Leitura

dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais, mímica,

improvisação,

formas

animadas.

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização

Comédia dell’

arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

8º ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação

no

Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação

cênica.

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

9º ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço:

Técnicas:

monólogo,

jogos teatrais,

direção, ensaio,

Teatro

Fórum

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do

Absurdo

Vanguardas

6º ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos

articulares

Fluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero: Circular

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

7º ano– Área Dança

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre,

interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Niveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

8º ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

9º ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance e moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança

Contemporânea

Encaminhamento Metodológico

O Encaminhamento metodológico deve ser específico para cada idade escolar,

pois o processo de aprendizagem difere muito para cada faixa etária.

Chamamos a atenção para a importância de ensinar elementos de diferentes

culturas para o aluno, mas sempre ressaltando a cultura do meio em que vive, pois essas

são as bases de sua formação social. A história da arte, além de desempenhar esta

função, também ajuda a abrir a mente do educando para não se ater aos grafismos

simbólicos, dando ênfase para a criação e não a imitação.

Através do estudo da vida e obra de artistas variados, possibilitamos ao aluno

um entendimento da história da arte e da sociedade, da realidade cultural de cada tempo,

e principalmente, de seu próprio tempo.

O grafite (arte das ruas) poderia entrar como elemento de discussão sobre a

universalidade da arte, e, mais especificamente, sobre o consumo da mesma. Além disso,

a discussão acerca da diferença entre grafitagem e pichação é muito atual e traz à tona

elementos sociais e morais interessantes para se trabalhar com adolescentes.

Com a leitura de imagens o aluno será capaz de identificar elementos formais como

ponto, linha, cor, textura, sombra e luz, elementos estes que são base para uma

composição. Além de compreender como uma composição foi construída, ele terá maiores

horizontes na hora de experimentar suas próprias composições. Também através da

leitura de imagens e o entendimento dos elementos formais, o indivíduo passa a

reconhecer fatores secundários ou intelectuais, de grande valor para a compreensão de

cada obra observada.

Muitos elementos são interessantes de se observar em uma composição, como

simetria, ritmo, volume, proporção, equilíbrio, movimento, entre outros. Tendo em vista

estes conteúdos já abordados, é possível trabalhar com várias linguagens plásticas como

desenho, pintura, gravura, escultura, modelagem, instalação, origami, tentando adaptar os

conteúdos de acordo com cada série.

Portanto, os conteúdos devem ser distribuídos de maneira a propiciar ao aluno o

desenvolvimento do senso crítico, o entendimento progressivo dos processos que

envolvem a arte e o fazer artístico e a possibilidade de fruir deste conhecimento.

Com relação à dança, os conteúdos relacionam-se mais diretamente às

experiências corporais e experimentação de movimentos dos alunos, além do contato com

artistas, documentos, livros sobre o assunto, organização de equipes para apresentação

de seminários, criação e apreciação de espetáculos de dança.

O processo musical, que objetiva alcançar o desenvolvimento rítmico, melódico e

harmônico e o desenvolvimento da percepção auditiva, trará conteúdos encaminhados

com improvisação, interpretação e análise de obras musicais, composições próprias,

releituras, grafismos relacionados a elementos musicais, etc;

A questão teatral será trabalhada de forma a conhecer a história do teatro e

também realizar pequenas peças de improvisação ou com texto previamente elaborado

pelos alunos. As diferentes formas de teatro serão divididas por série e exploradas durante

o ano, como teatro de sombras, fantoches, confecção de cenário, figurino, etc.

Muitos são as pontes que se pode estabelecer para enriquecer o repertório dos

alunos, a cultura afro brasileira, por exemplo, quando trabalhada desperta o interesse por

conhecer e pesquisar quais as influências que a cultura africana exerce sobre a nossa,

varias são as ligações possível de se estabelecer uma relação com arte. Pois, muito rico é

o cenário que retrata a arte afro brasileira. A influência na música, na dança e no hábitos

do nosso cotidiano. A cultura local também nos permite percorrer por caminhos que

favorecem para se trabalhar o folclore regional e local. O Colégio Frederico tem suas

necessidades implícitas se tratando de uma realidade especifica. Assim também promove

estudos relacionados à arte e ao meio-ambiente, pois é uma realidade vivenciada por

nossos alunos e a qual é muito rica em elementos para relacionar a arte em eventos.

Avaliação

A avaliação é o processo pelo qual se verifica o nível de conhecimento de cada

aluno, sua interação com os colegas nas atividades em grupo e qual foi sua aquisição dos

conteúdos básicos. No caso mais específico da avaliação em arte, é importante observar

se o educando obteve avanços no decorrer do ano, se buscou o conhecimento, aprimorou

a prática, compreendeu os períodos artísticos, técnicas e elementos formais, dentro das

diversas áreas (artes visuais, teatro, dança e música).

É na avaliação que se colhe os frutos do que foi ensinado. Através dela o professor

avalia a si mesmo e como o seu trabalho foi importante para cada um de seus alunos. A

avaliação própria do professor permite continuar ou aprimorar assuntos que havia

trabalhado percebendo se os seus objetivos foram ou não alcançados dentro do processo

de ensino-aprendizagem.

É importante em determinados momentos, que o professor realize avaliação

conjunta, pois a participação dos alunos neste processo de reflexão e crítica acerca da

produção artística dos colegas ajuda na socialização; porém, o professor deve ter o

cuidado de não expor as dificuldades do aluno perante o grupo, deixar claro a todos os

participantes no processo avaliativo que não devem julgar o trabalho do colega sem o

devido respeito.

Quando o educador organiza discussões sobre as dificuldades encontradas pelos

alunos durante o processo de aprendizagem, ele abre as portas para a interação aluno-

professor. Na avaliação, o professor deve perceber também as suas possíveis falhas,

avaliar e ser avaliado. Assim, além de ensinar arte, ele ensina democracia, igualdade e

respeito mútuo.

A avaliação em arte não implica em um resultado final mas no processo de

desenvolvimento do mesmo, muitas vezes o resultado final não é esteticamente agradável,

mas o percurso percorrido pelo aluno, sua criatividade em experimentos de materiais e

experimentos compositivos , a criatividade é que implicam no resultado da avaliação. Pois,

como já se disse não se tem a pretensão de formar artistas, mas de despertar através da

arte uma capacidade criadora, critica, de leitura de mundo.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação, tais como:

- trabalhos artísticos individuais e em grupo;

- pesquisas bibliográficas e de campo;

-debates em forma de seminários e simpósios;

- provas teóricas e práticas;

- registro em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às

expectativas de aprendizagem:

-A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a

sociedade contemporânea;

-A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e

social;

-A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e

mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Sempre ter em vista que os movimentos correspondem ao imaginário social,

representando uma determinada consciência social. Nas quatro áreas de Arte, às vezes,

um determinado movimento artístico não corresponde ao mesmo período histórico na

música, teatro, dança ou artes plásticas/visuais.

Quanto ao trabalhar com as leis da Legislação Vigente:

Lei nº 10.639/03 e Deliberação do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira e

Africana)

Lei nº 11645/08 (História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana)

Lei nº 9795/99 ( Política Nacional de Educação Ambiental)

Lei nº 13381/01 ( História do Paraná)

Lei nº 11343/06 ( Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas)

Lei nº 11733/97 e 11734/97 ( |Educação Sexual e Prevenção á AIDS e DST)

Estas legislações devem ser abordadas, na medida do possível, de forma

contextualizada.

O educando terá que relacionar o homem e o mundo compreendendo o sujeito

em sua totalidade, tendo como perspectiva um melhor relacionamento consigo e com o

outro. Para que isso aconteça é necessário profeciar análise, compreensão e produção

nas quatro Linguagens Artísticas permitindo a interação crítica dos conhecimentos

adquiridos com outras realidades sociais.

“Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu

entorno. Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e bens

culturais da região, bem como outras produções de caráter universal”(PARANÁ,

2008, pg. 72).

É nesse processo intelectual e sensível que o educando terá uma visão humano-

social e as possibilidades de transformação da realidade existente.

Referências

DEMERVAL, Saviani. Escola e democracia: teorias da educação. Editora Autores Associados, São Paulo, 1986.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. Editora Ática, São Paulo, 1991.

SCHLICHTA, Consuelo. Texto: O papel da arte no ensino fundamental. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Arte/Artes. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná. BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. PCNs: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental: Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, outubro, 1997. BOAL, Augusto. Jogos para Atores e Não-atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. GOMBRICH, Ernest Hans. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2006. AMARAL, Aracy A. Arte para quê?: A Preocupação Social na Arte Brasileira. São Paulo: Studio Nobel, 2003. BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003. MAGALDI, Sábato. Panorama do Teatro Brasileiro. São Paulo: Global, 2004.

5.2 CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS do Ensino Fundamental

Apresentação da Disciplina

A evolução da ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem

a própria história da sociedade humana.

Nossas escolas, como sempre, refletem as maiores mudanças na sociedade –

política, econômica, social e culturalmente.

Segundo KRASILCHIK (2000) “A cada novo governo ocorre um surto reformista

que atinge principalmente os ensinos básicos e médios. [...] Na medida em que a Ciência e

a Tecnologia foram reconhecidas como essenciais no desenvolvimento econômi-co,

cultural e social, o ensino das Ciências em todos os níveis foi também crescendo de

importância, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação do ensino podendo

servir de ilustração para tentativas e efeitos das reformas educacionais”.

Na década 1950 com a influência da guerra fria o ensino de ciência visava formar

elites, com programas rígidos e atividades neutras, utilizando de atividades práticas, que

identificassem e incentivassem jovens talentos a seguir carreiras científicas, isso ocorreu

devido a necessidade de preparação dos alunos mais aptos, devido a demanda de

investigadores para impulsionar o progresso da ciência e tecnologia nacionais das quais

dependia o país em processo de industrialização.

Já nas décadas de 70, com as guerra tecnológicas o ensino de ciências enfocou o

objetivo de formar cidadão-trabalhador, focando se em atividades histórico-crítica e

pensamento lógico científico, através de projetos e discussões.

Com a globalização nas década de 90 o foco foi formar cidadão trabalhador-

estudante, com atividades com implicações sociais e com atividades como jogos e

exercícios no computador.

Atualmente a disciplina de ciências está sendo construída com base na história e

filosofia, centrada em suas disciplinas de referencia a partir de uma perspectiva

interdisciplinar.

Propõe uma reorganização dos conteúdos a partir da história e da tradição

escolar, pressupõe um pluralismo metodológico, utilização de recursos disponíveis e a

amplitude de conhecimentos científicos. Espera se o aluno superação de obstáculos

conceituais, construído nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana

como ponto de partida

Nesta perspectiva torna-se fundamental a contextualização de diferentes

abordagens do fenômeno científico, da produção científica e do que é ser cientista,

levando em consideração aspectos relevantes a abordagem histórica, social e política, de

modo que o ensino de ciências faça sentido nas diversas realidades regionais, culturais e

econômicas, contribuindo para a formação cidadã do indivíduo.

A Ciência, além de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados,

retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de pensar,

de chegar a conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos, de

estimular o equilíbrio entre novas idéias e as já estabelecidas.

A Ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a imaginação, a

intuição e a emoção. A comunidade científica sofre influência do contexto social, histórico e

econômico em que está inserida. Portanto não existe neutralidade e objetividade

absolutas: fazer Ciência exige escolhas e responsabilidades humanas.

Como toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente

transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como

completas e definitivas.

Além disso, não há uma acumulação linear, contínua e sucessiva de

conhecimentos com pretensão de proximidade em relação ao verdadeiro. As teorias que

se sucedem são elaboradas de modelos com os quais os cientistas interpretam o mundo,

buscando o entendimento e a explicação racional da natureza, para nele intervir.

Um programa para o ensino de Ciências precisa levar em conta circunstâncias

filosóficas, políticas, econômicas e socioculturais típicas de cada cultura. Por isso, é mais

adequado iniciar um planejamento de curso justificando nossa escolha de valores do que,

simplesmente, listando conteúdos ou definindo objetivos. Está se tornando difícil,

metodologicamente, ensinar todo o volume de conhecimentos produzido pelo ser humano.

É mais promissor o ensino para a inovação, para o trabalho cooperativo e a aquisição de

ferramentas de análise, de compreensão e de expressão.

Ciência e tecnologia são vivenciadas pelas pessoas de modo automático e

imediato. Apesar de constituírem um conhecimento especializado – diferente e distante do

senso comum -, exercem poderosos impactos na vida cotidiana. Ao lidar com esse

conhecimento, as pessoas se deparam com idéias não palpáveis, como: genes, vírus,

partículas, forças, campos e elétrons. Por isso, o ensino de Ciências deve atender às

necessidades cotidianas das pessoas comuns e, ao mesmo tempo, alargar seus

horizontes e sua imaginação.

Para atender a esse objetivo, o questionamento, a problematização, a

contextualização e a valorização do saber prévio são fundamentais e mais importantes do

que oferecer, ou até mesmo impor, “respostas prontas”.

Se a natureza do conhecimento científico não for questionada, o que se ensina é

uma ideologia da Ciência que sacramenta e demagotiza métodos e técnicas, dando à

Ciência um perfil inadequado, que dificulta o acesso à informação necessária para

embasar decisões conscientes e autônomas, típicas da cidadania que se deseja para

todos

Os últimos vinte e cinco anos assistiram a uma mudança de enfoque no ensino de

Ciências. Em lugar de ser vista como um corpo de conhecimentos estabelecidos, a Ciência

passou a ser tratada como uma atividade humana, acentuando-se de forma progressiva o

caráter experimental dos processos e procedimentos científicos, que são amplos e

variados, produtos e respostas ao contexto da investigação, visto que não há um “método

científico” aplicável em todo e qualquer caso.

A relação entre observação e formulação de teorias é complexa. Uma teoria está

sempre fortemente lastreada por fatores subjetivos e a criatividade do cientista pesará de

forma relevante em suas propostas. Embora as descobertas do observador ocorram no

interior de um contexto social, histórico, político e econômico, elas também dependem, em

grande medida, dele próprio e daquilo que ele próprio e daquilo que ele já especulou

anteriormente.

Como qualquer investigador, para fazer suas descobertas o aluno utiliza uma

base conceitual prévia. Dessa forma, na construção de seu conhecimento, o aluno ao ser

colocado diante de desafios e problemas, busca resolvê-los com seus próprios

conhecimentos e modelos; assim, ele sempre poderá encontrar uma explicação para a

questão, mesmo que ela pareça incoerente para o professor. Então, a ação do professor

deve se voltar para:

Identificar as idéias prévias dos alunos;

Propor conflitos cognitivos para os alunos, isto é, questionamentos;

Introduzir novas idéias capazes de esclarecer e, se possível, resolver o conflito

cognitivo;

Proporcionar aos alunos oportunidades de aplicar as novas idéias em situações

diferentes.

Segundo Maria C. da C. Campos e Rogério G. Nigro (1999): “Atualmente,

acredita-se que o objetivo do ensino de Ciências Naturais não pode se limitar à promoção

de mudanças conceituais ou ao aprendizado do conhecimento científico. È necessário

também buscar uma mudança metodológica e de atitude nos alunos. Buscar-se formar

pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não superficial. Busca-se,

então, um ensino de Ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes,

cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza mais próxima do

conhecimento científico que do senso comum. De qualquer forma, busca-se como ponto

inicial para o ensino-aprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se

defrontam”.

Desta forma, o ensino de ciências deixa de ser encarado como mera transmissão

de conhecimento científico, torna-se importante instrumento de formação de indivíduos

capaz de fazer da aprendizagem dos conceitos científicos, algo significativo no seu

cotidiano.

Objetivos Gerais

Os objetivos das Ciências Físicas e Biológicas no ensino fundamental são concebidos

para que o aluno possa compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão,

utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica. e deverá estar organizado

de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes

capacidades:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,

como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os

demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

• Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e

cultural;

• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a

tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre

riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;

• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,

comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento.

Objetivos Específicos

Os temas de estudo e as atividades de Ciências Físicas e Biológicas devem ser

organizados para que os alunos ganhem progressivamente as seguintes capacidades:

• Reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o conhecimento da

natureza e que a Ciência, uma forma de desenvolver este conhecimento, relaciona-se com

outras atividades humanas;

• Valorizar a disseminação de informações socialmente relevantes aos membros da

sua comunidade;

• Valorizar o cuidado com o próprio corpo, com atenção para o desenvolvimento da

sexualidade e para os hábitos de alimentação, de convívio e de lazer;

• Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes;

• Elaborar, individualmente e em grupo, relatos orais e outras formas de registros

acerca do tema em estudo, considerando informações obtidas por meio de observação,

experimentação, textos ou outras fontes;

• Confrontar as diferentes explicações individuais e coletivas, inclusive as de caráter

histórico, para reelaborar suas idéias e interpretações;

• Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e idéias para

resolver problemas;

• Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu papel

na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;

• Caracterizar as condições e a diversidade de vida no planeta Terra em diferentes

espaços, particularmente nos ecossistemas brasileiros;

• Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando

informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares;

• Identificar diferentes tecnologias que permitem as transformações de materiais e de

energia necessárias a atividades humanas essenciais hoje e no passado;

• Compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação dos alimentos,

sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e saúde.

Conteúdos Estruturantes.

Os conteúdos estruturantes deste documento obedecem a proposta das Diretrizes

Curriculares do ensino de Ciências que: “Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco

conteúdos estruturantes em todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos

da disciplina de Ciências adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante.

Para o trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor

conceitual, adotar uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função

das realidades regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros didáticos

de Ciências”. (DCE-p.64-2009).

Conteúdos Estruturantes

- ASTRONOMIA

- MATÉRIA

- SISTEMAS BIOLÓGICOS

- ENERGIA

- BIODIVERSIDADE

Conteúdos Básicos

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série

da etapa final do Ensino Fundamental. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno

na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor.

Ao professor de ciências cabe a seleção dos conteúdos específicos e a opção por

determinadas abordagens, estratégias e recursos, dentre outros critérios,devendo levar em

consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes. Isto significa que uma estratégia

adotada no 9º ano nem sempre pode ser aplicada na íntegra para os estudantes do 6º ano.

. Porém, não significa que os conteúdos tradicionalmente trabalhados na 9º ano não

possam ser abordados na 6º ano, consideradas as necessidades de adequação de

linguagem e nível conceitual.

Conteúdos Básicos por Temas Estruturantes e Séries:

6º ano

ASTRONOMIA Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização Célula

Educação sexual Prevenção ao uso de drogas

ENERGIA Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivo

7º ano ASTRONOMIA Astros Movimentos terrestres Movimentos Celestes MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e Fisiologia dos seres vivos Educação sexual Prevenção ao uso de drogas ENERGIA Formas de energia Transmissão de Energia BIODIVERSIDADE Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática 8º ano ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo MATÉRIA Constituição da Matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS CÉLULA Morfologia e fisiologia dos seres vivos Educação sexual Prevenção ao uso de drogas

ENERGIA Formas de energia BIODIVERSIDADE

Evolução dos Seres vivos

9º ano ASTRONOMIA Astros Gravitação Universal MATÉRIA Propriedades da Matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e Fisiologia dos Seres vivos Mecanismos de Herança genética Educação sexual Prevenção ao uso de drogas ENERGIA Formas de energia Conservação de Energia BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

Encaminhamento Metodológico

Sabendo-se que o conteúdo a ser repassado deve ser aquele historicamente

construído, o professor deve abordar esses conteúdos de forma que favoreçam a

construção, pelos estudantes, de uma visão de mundo como um todo formado por

elementos inter-relacionados, entre os quais o ser humano, é o agente de transformação.

Estas abordagens devem promover as relações entre diferentes fenômenos naturais

e objetos da tecnologia, entre si e reciprocamente, possibilitando a percepção de um

mundo em transformação e sua explicação científica permanentemente reelaborada.

Nesta perspectiva se deve no primeiro momento instigar a construção do

conhecimento cientifico partindo do conhecimento prévio do aluno, seguido de ações que

possibilitem formulação de hipóteses, com a utilização de recursos didáticos como:

experimentos em laboratórios, observação dos fenômenos naturais, aulas de campo,

fotografias, reaproveitamento de lixo (orgânico e inorgânico), etc.

No segundo momento deve se ampliar o conhecimento científico mais elaborado,

com a utilização de recursos como: DVDs, slides, pen-drive, computador, revistas e livros

científicos, seminários entre outros.

Os conteúdos devem ser relevantes do ponto de vista social, cultural e científico,

permitindo ao estudante compreender, em seu cotidiano, as relações entre o ser humano e

a natureza mediada pela tecnologia, superando interpretações ingênuas sobre a realidade

à sua volta.

As abordagens devem permitir ampliar as possibilidades de realização, na prática de

sala de aula, de diferentes seqüências de conteúdos internas as séries; o tratamento de

conteúdos em diferentes situações locais e o estabelecimento das várias conexões: entre

conteúdos dos diferentes eixos temáticos, entre esses e os temas transversais e entre

todos eles e as demais áreas do ensino fundamental.

Com isso, não se propõe forçar a integração aparente de conteúdos, mas trabalhar

conhecimentos de várias naturezas que se manifestam inter-relacionados de forma real.

A compreensão dos fenômenos naturais articulados entre si e com a tecnologia

confere à área de Ciências uma perspectiva interdisciplinar, pois abrange conhecimentos

biológicos, físicos, químicos, sociais, culturais e tecnológicos. A opção do professor em

organizar os seus planos de ensino segundo temas de trabalho e problemas para

investigação facilita o tratamento interdisciplinar da disciplina.

Ao propor questões de relevância social para enfrentar a constante dos desafios de

uma sociedade, que se transforma e exige continuamente dos cidadãos a tomada de

decisões, em meio a uma complexidade social crescente, observa-se a necessidade de

trabalhar em todas as séries as questões referentes á educação sexual e prevenção a

AIDS e DST.

A inserção das atividades relativas à sexualidade esta amparada pelas Leis

11733/97 e 11734/97 (educação sexual e prevenção a AIDS/DST) e sua importância nesta

comunidade, escolar foi observada através de levantamento de dados obtidos pelo grupo

do projeto gravidez na adolescência do Programa viva escola (2010) e informações obtidas

na rede de Saúde do Município de Piên (2010).

Os dados observados são alarmantes e apontam para a precocidade tanto no que

se referem atividades de natureza sexual, quanto ao número de adolescentes grávidas.

A abordagem do tema terá como ponto de partida a necessidade observada em

cada turma, levando em consideração a curiosidade do aluno em cada momento e

respeitando a ética e conceitos propostos pela sociedade em que estão inseridos.

Ao abordar o tema sexualidade devem-se observar todos os fatores que de forma

direta ou indireta estão relacionados ao tema como: relação de gêneros, orientação sexual,

relação pais e filhos, pedofilia, abuso sexual, aborto, puberdade, gravidez na adolescência,

métodos anticoncepcionais, doenças sexualmente transmissíveis e bulling.

Outro tema de grande relevância social a ser abordado em todas as séries do

ensino fundamental refere-se ao uso de drogas.

A lei nº 11343 de 23 de agosto de 2006, inciso X – prevê “a implantação de projetos

pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e

privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a

drogas”.

Tanto no trato referente à sexualidade quanto ao uso indevido de drogas objetiva-se

reduzir a vulnerabilidade dos adolescentes e jovens em relação ao HIV/Aids e ao uso

abusivo de drogas por meio de:

- Cursos e oficinas;

-Produção de material informativo e preventivo para ser utilizado nas escolas e na

comunidade;

- Incentivo a discussão do tema bem, como de posturas críticas que levam a

situações de vulnerabilidades;

Como conhecimento científico não se desenvolve à margem de variáveis afetivas e

sociais, a capacidade de reflexão crítica é forjada durante o processo de ensino e

aprendizagem, ao lado da convivência social.

Para que o ensino de ciências se torne significativos no processo educacional, os

conhecimentos científicos devem ser trabalhados em diferentes contextos, em níveis

crescentes de complexidade e articulados à escolha e tratamento dos conteúdos.

Avaliação

Segundo a DCE de ciências-2008 “a avaliação é a atividade essencial do processo

de ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos escolares e, de acordo com a Lei de

diretrizes e bases nº 9394/96, deve ser continua e acumulativa em relação ao desempenho

do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Neste aspecto a avaliação deve ser mediadora, e não classificatória.

Avaliar significa respeitar os conhecimentos alternativos do aluno, construídos no

cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvam

recursos pedagógicos e instrucionais diversos.

É preciso valorizar também “erro” como ponto de partida, para que possa se

perceber o que o aluno esta pensando e como se estabelece sua rede de conceitos e

significados. De esta forma criar recursos que favoreçam o aprimoramento do conhecimento

científico para a superação de obstáculos.

A compreensão de um conceito científico implica em significados claros, precisos,

diferenciáveis e transferíveis (AUSEBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980)

Desta forma a avaliação devem ser diversificadas e considerar outras relações além

das obtidas em sala de aula, observando o desenvolvimento intelectual e individual do

indivíduo.

Critérios de avaliação

Todas estas áreas podem ser incluídas em testes de avaliação escrita. Contudo, a

vivência de situações diferenciadas em situação de aula, a discussão de assuntos

controversos, a condução e a observação de atividades experimentais, sua interpretação e

conclusão, implicam a seleção da informação e comunicação de resultados e conduzem de

uma forma mais completa, não só à compreensão do que ç Ciência, como fornecem mais

contextos onde os alunos podem ser avaliados dentro dos seguintes contextos:

Abordagem problematizadora: conhecimento de situações significativas apresentadas e

percepção da necessidade de conhecimentos científicos escolar para solucionar problemas.

Relação conceitual: Uso de conceitos teóricos para a produção e ampliação do

conhecimento

Relação interdisciplinar: obtenção do conhecimento resultante da investigação da

natureza e comparação com outras disciplinas

Pesquisa: Organização, redação, sistematização de idéias, entendimento e vocabulário em

trabalhos orais.

Leitura Cientifica: apropriação do conhecimento, a utilização em debates, exposições de

trabalhos, utilização em práticas cotidianas.

Atividade em grupo: Participação no grupo, confronto de idéias, desenvolvimento de

atitudes de espírito de equipe.

Atividades experimentais: elaboração de hipóteses analise e interpretação de resultados,

conclusões e resultados.

Recursos instrucionais: leitura e interpretação.

Lúdico: Imaginação, a exploração do conteúdo, a curiosidade, interesse e capacidade de

articulação com o conteúdo.

Provas: apropriação do conhecimento.

Avaliação oral, participação no grupo, expressão oral com coesão, relacioção de conceitos

pré-adquiridos com os conteúdos da aula.

REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2009. LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação Ambiental: Repensando o espaço da Cidadania. São Paulo: Cortez, 2005. DASHEFSKI, H. s TEVEN. Dicionário de Ciência Ambiental - Um Guia de A a Z. São Paulo: Gaia, 2003. FISHER, Len. A Ciência no Cotidiano - Como aproveitar a Ciência nas Atividades do Dia-a-dia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. ANATOMIA Humana. São Paulo: Ática, 1997. (Série Artes Visuais). GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências - Manual do professor. São Paulo: Ática, 2006. SANTANA, Olga. Ciências Naturais - Manual do Professor. São Paulo: Saraiva, 2006. ATLAS da Fauna Brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 2000. COSTA, Alice. Ciências e Interação - Manual do professor. Curitiba; Positivo, 2006.

PRESIDENCIA DA REPÚBLICA - Casa Civil – Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 11343, de 23 de agosto de 2006, fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em 20-09-2010 KRASILCHIK, MYRIAM Título: REFORMAS E REALIDADE: O CASO DO ENSINO DAS CIÊNCIAS: São Paulo em perspectiva. 2000.

5.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Apresentação da Disciplina

Entendendo-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve

garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade

a Educação física garante esse acesso e à reflexão crítica das inúmeras manifestações

ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir

com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,

reconhecendo-se como sujeito histórico, político, social e cultural.

A Educação física é parte do projeto geral de escolarização e tem seu objeto de

estudo e ensino próprios tratando de conhecimentos relevantes na escola não sendo

apenas um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento

subordinado e compensatório das demais aulas.

Sendo assim, essas aulas vão além da preocupação com a aptidão física, a

aprendizagem motora e a performance esportiva.

No livro Educação Física – Ensino Médio ( livro didático público do Paraná), escrito

por vários autores, há a descrição de que a ação pedagógica da Educação Física deve

estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser

humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras,

danças, lutas, ginásticas e esportes.

Objetivos

Garantir o acesso aos alunos o conhecimento produzido historicamente pela

humanidade, partindo do seu objeto de estudo e de ensino, que é a Cultura Corporal,

garantindo o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das várias manifestações ou

práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade.

Além desse objetivo propõe-se:

-Criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e

aprendam os conteúdos propostos e necessários para a vida em sociedade;

-Integrar a disciplina de Educação Física no processo pedagógico como um

elemento fundamental na formação do educando;

-Proporcionar ao educando a prática consciente dos conteúdos específicos

realizados, de maneira que o educando compreenda o trabalho corporal executado na

atividade;

-utilizar os elementos articuladores como meio de integrar e interligar as práticas

corporais de forma reflexiva e contextualizada

-garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre práticas esportivas

-oportunizar ao educando conhecer-se como elemento integrante do ambiente,

adotando hábitos saudáveis de higiene, atividades corporais e de alimentação,

relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde de melhoria da qualidade de vida

coletiva.

Conteúdos Estruturantes

Os Conteúdos Estruturantes “são os conhecimentos de grande amplitude,

conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar considerados fundamentais para compreender, seu objeto de estudo

ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. “(DCE,2007,

p. 26)

São eles:

-Esporte

-Jogos e Brincadeira

-Ginástica

-Lutas

-Dança

Os conteúdos abaixo descritos serão trabalhados na escola de acordo com as

possibilidades e necessidades da comunidade escolar articulando-os aos aspectos

políticos, históricos, sociais, econômico e , culturais, sendo que a cada um deles são

elencados os conteúdos básicos e específicos, a serem trabalhados durante os três anos

do Ensino Médio:

CONTEUDO

ESTRUTURANTE

CONTEUDO

BÁSICO CONTEUDO ESPECIFICO

Esporte Coletivos futebol; voleibol; basquetebol; handebol;futsal; beisebol.

Individuais atletismo; tênis de mesa.

Radicais

skate; rappel; rafting; treking;

Jogos e

brincadeiras

populares

stop;

bets; peteca; corrida de sacos;

queimada; policia e ladrão.

Jogos

Brincadeiras e

cantigas de roda

dança da

cadeira.

Jogos de tabuleiro

dama; trilha; xadrez.

Jogos dramáticos

improvisação; imitação; mímica.

Jogos cooperativos futpar; volençol; dança das cadeiras cooperativas;

Danças folclóricas fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo;

Danças Danças de salão

valsa; vanerão; samba; xote; bolero.

Encaminhamento Metodológico

Conhecer o caminho pela qual a Educação Física passou, nesses

longos anos de intensas e importantes mudanças auxi l ia muito o professor

a desenvolver seu trabalho dentro da atual concepção de Educação Física

defendida pelas Diret r izes Curriculares.

As diretr izes curr iculares do Paraná nos dizem que para iniciarmos

uma discussão sobre os fundamentos teóricos metodológicos é necessár io

reconhecer alguns dos problemas pela qual a Educação Física atual passa.

Ela cita Shardakov (1978) que diz que é preciso superar:

A persistência do dual ismo corpo-mente como base cient íf ico-

teórica da Educação Física que mantém a cisão teor ia -prát ica e

dá or igem a um aparelho conceitual desprovido de conteúdo real

[ . . . ] ;

A banal ização do conhecimento oferecido da cultura corporal,

pela repet ição mecânica de técnicas esvaziadas de valor ização

subjet iva que deu or igem a sua criação;

A restr ição do conhecimento oferecido aos alunos, obstáculo

para que modalidades esport ivas [. . . ] possam ser apreendidas na

escola, por todos, independente de condições f ís icas, de etnia,

sexo ou condição social;

Danças de rua

break; funk; house; ragga.

Danças criativas

elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência);

qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão

corporal.

Danças circulares

contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica de

Condicionamento

Físico

alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core

pular corda.

Ginástica circense

malabares.

Ginástica geral

movimentos gímnicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

Lutas de

aproximação

judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm a

distância

karatê; boxe; taekwondo.

Capoeira angola; regional.

A ut i l ização de testes e medidas padronizadas, não como forma

de acesso aos conhecimentos or iundos do esporte de

rendimento, mas com objet ivos exclusivos de aferir o nível das

habil idades f ís icas, ou como instrumentos de aval iação do

desempenho instrucional dos alunos nas aulas de Educação

Física;

A adoção da teoria de pirâmide esport iva como teoria

educacional;

A falta de uma ref lexão aprofundada sobre o desenvolvimento

de apt idão f ís ica e sua contradição com a ref lexão sobre a

Cultura Corporal;

E ainda, BETTI escreve que, muitos conteúdos são deixados de

trabalhar nas escolas pelos motivos dos prof issionais de Educação Física

não dominarem tais conteúdos, ou por acreditarem que a escola não possui

nem espaço e nem material apropriado, ou ainda por acharem que os

alunos não gostariam de aprender outros conteúdos e ainda a resistência

dos professores face às novas propostas de ensino onde se acaba dividindo

o ano let ivo em quatro bimestres, oferecendo o basquetebol, o handebol, o

futebol e o voleibol .

É, portanto, necessário que a Educação Física fundamente -se nas

ref lexões, pr incipalmente nas necessidades da educação atual,

objet ivando sempre a valorização da educação dos alunos.

A discipl ina de Educação Física é de grande importância no

processo pedagógico, pois, [ . . . ] é parte do projeto geral de

escolar ização e, como tal, deve estar art iculada ao projeto polít ico -

pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino própr ios, e trata

de conhecimentos relevantes na escola. (PARANÁ, 2008). Sua

art iculação com as demais discipl inas é de grande valia, pois, as

outras discipl inas integrantes do curr ículo escolar vêem a contr ibuir

para o melhor entendimento da Cultura Corporal e de sua

complexidade.

As at ividades a serem desenvolvidas na Educação Física, de vem

possibil i tar aos alunos a ter acesso ao conhecimento que foi e que

continua sendo produzido pela humanidade e relacioná -los com as

prát icas corporais, não só num contexto, mas ao histórico, polít ico,

econômico e social. Tendo as palavras anteriores com o ref lexão,

entende-se que as prát icas pedagógicas devem ir além da

preocupação com a performance esport iva, com a aprendizagem

motora, com a aptidão f ís ica, a estét ica, etc.

Há uma necessidade de analisar o modelo atual de ensino, pois,

conforme nos diz as Diretr izes Curr iculares do Paraná, esse modelo de

ensino muitas vezes não contempla a r iqueza das manifestações

corporais produzidas pelos diferentes grupos da sociedade humana. A

part ir das relações do homem com o próprio homem e dele com a

natureza, que está relacionada com a vida em sociedade, os seres

humanos desenvolveram muitas habil idades, apt idões f ís icas e

estratégias para garantir a sobrevivência. Portanto é a relação do

homem/homem e homem/natureza que dá sentido à existência humana

e a materia l idade corporal que consti tui “um acervo de at ividades

comunicat ivas com signif icados e sentidos lúdicos, estét icos,

art íst icos, míst icos, antagonistas (ESCOBAR, 1995, apud. PARANÁ

2008), tornando-se um objeto de estudo e de ensino, que é a Cultura

Corpora l” .

As Diretr izes Curr iculares do Paraná nos mostram um novo

caminho a ponto de romper com a maneira tradicional pela qual o

Ensino da Educação Física tem passado, nos apresenta um trabalho

que é necessário inter l igar e integrar as prát icas corporais, tão

comentadas, de uma forma mais ref lexiva e contextualizada, que

segundo ela, é possível por meio dos Elementos Art iculadores, que

são:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

Cultura Corporal e Desport ivização;

Cultura Corporal – Técnica e tát ica;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

Cultura Corporal e Corpo: Nesse elemento art iculador, o corpo do ser

humano é entendido na sua total idade, pois segundo PARANÁ (2008),

o ser humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. O corpo deve ser

valorizado e anal isado de uma forma crít ica em relação à beleza

(estét ica) e a saúde, que são vinculados a mídia e ao mercado, onde

ut i l izam o corpo como ferramenta e meio de consumo.

Cultura Corporal e Ludicidade: O lúdico se apresenta como parte

integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais e “o

professor deve lançar mão das diversas possibil idades que o lúdico

pode assumir nas diferentes prát icas corporais”. (PARANÁ, 2008).

Quando um ser humano vivência uma atividade lúdica, ele consegue

estabelecer conexões entre o imaginário e o real e ainda ref lete sobre

os papéis que o mesmo assumiu nas relações com o grupo.

Cultura Corporal e Saúde: nesse elemento art iculador, há alguns

elementos a serem considerados como constitut ivos da saúde são:

nutr ição, aspectos anátomo-f isiológicos da at ividade corporal, lesões e

primeiros socorros e o doping. Pode-se trabalhar ainda a questão da

sexual idade, dos meios ut i l izados para alcançar a “saúde perfeita” a

qualquer custo, o uso de entorpecentes e seus efeitos sobre a saúde,

o excesso de exercícios f ís icos, entre tantos outros. Nestas Diretr izes,

os cuidados com a saúde não podem ser atr ibuídos tão somente a uma

responsabi l idade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das

relações sociais, por meio de prát icas e análises cr ít icas dos discursos

a ela relat ivos. (PRANÁ, 2008).

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho: nesse elemento art iculador,

podemos nos concentrar nas relações sociais de produção e de

assalar iamento. Pois se pode analisar o processo e as conseqüências

da passagem do esporte/at leta amador (amador ismo) para o

esporte/at leta prof issional (prof issional ização esport iva).

Cultura Corporal e Desportivização: a desport ivização das prát icas

corporais é conseqüência da supervalorização do esporte na atual

sociedade e ela segundo Paraná (2008) deve ser anal isada à luz da

padronização das prát icas corporais.

Cultura Corporal – Técnica e Tática: nas mais diversas

manifestações corporais, têm presentes elementos técnicos e tát icos.

“[ . . . ] elementos que constituem e ident if icam o legado cultural das

diferentes prát icas corporais, [ . . . ] trata-se, s im, de conceber que o

conhecimento sobre estas prát icas vai muito além dos elementos

técnicos e tát icos” (PARANÁ, 2008).

Cultura Corporal e Lazer: o lazer torna-se elemento art iculador dos

conteúdos estruturantes da Educação Física , na medida em que por

meio dele, os educandos poderão ref let ir e discut ir as mais variadas

formas de lazer em diferentes grupos sociais, em suas vidas, na vida

das famíl ias, das comunidades culturais e a maneira como cada um

deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.

“O Lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como

veículo de educação (educação pelo lazer) ou como objeto de

educação (educação para o lazer)” (PARANÁ, 2008). Assim o professor

de Educação Física, em suas aulas, deve procurar educar para o lazer,

trabalhando para transmit ir o que é desejável em se tratando de

valores, funções e conteúdos, como nos diz as Diretr izes Curriculares

do Paraná.

Cultura Corporal e Diversidade: nesse elemento art iculador as

diretr izes curr iculares do Paraná propõem um trabalho de abordagem

que privi legie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas

relações sociais, e as aulas de Educação Física é um ambiente de

muitas oportunidades de relacionamentos, convívio e respeito entre as

diferenças, de valor ização humana, de interação e integração, entre

outros. É de grande importância para a educação à valor ização das

prát icas corporais dos mais variados segmentos sociais e culturais e

que os alunos convivam ou que tenham conhecimento das diferença s e

a part ir daí estabeleça relações corporais val iosas em

exper imentações.

Cultura Corporal e Mídia: a mídia tem um poder muito grande de

divulgação e consequentemente de inf luencia sobre a população.

Assim esse elemento art iculador segundo as diretr izes curr iculares do

Paraná, deve propiciar a discussão das prát icas corporais que são

transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo, que

diar iamente são exibidos nos meios de comunicação para promover e

divulgar produtos. Portanto é necessário uma anal ise cr ít ica dessa

concepção de prát icas corporais exibida pela mídia.

O encaminhamento metodológico dos conteúdos será f lexível, isto é,

podendo ser alterado de acordo com as necessidades e desenvolvimento

dos educandos.

Avaliação

A aval iação está presente no cot idiano escolar, ela é parte do trabalho

dos professores, tanto das ent idades educacionais publ icas ou privadas, do

ensino infanti l, fundamental ou médio. “No processo educat ivo, a aval iação

deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóst ico do processo

ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prát ica

pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o f im

desse processo é a aprendizagem, ou a verif icação dela, mas também

permit ir que haja uma ref lexão sobre a ação da prát ica

pedagógica”.(PARANÁ, 2008)

Se a aval iação t iver somente o objet ivo de ver if icar se os alunos

alcançaram a nota para conseqüentemente def inir se eles serão aprovados

ou reprovados, a aval iação não tem valor nenhum para a educação, pois

avaliar um aluno vai muito além da ver if icação se o educando alcançou a

nota mínima e a classif icar se ele foi reprovado ou aprovado.

“O que realmente interessa é a aval iação do que foi feito: propôs -se

algo, aval iar se estes objet ivos foram ou não alcançados. Daí part ir para

um repensar e na procura de melhores maneiras de se at ingir estes

objet ivos ou até mesmo em se aperfeiçoar os objet ivos. Aval iar isto não é

simples” (Tomas). Portanto é necessário trabalhar numa perspect iva de

investigar o processo de ensino-aprendizagem para, se necessário, intervir.

Os professores da discipl ina de Educação Física, temos que ter um

cuidado muito grande para não cair na “ tentação” de aval iar nossos alunos

num esti lo tradicional, onde durante algum tempo, as avaliações

prior izavam a mensuração do rendimento do aluno em sua técnica, destreza

motora e qual idades f ís ica, assim, visando à selecionar e à classif icar

alunos at letas.

Dentro de uma inst ituição educacional, a aval iação deve estar

vinculada ao projeto polít ico-pedagógico, estando de acordo com os

objet ivos e com a metodologia adotada pela inst ituição. As Diretr izes

Curriculares do Estado do Paraná, 2008, nos mostra alguns critérios para a

avaliação, onde considera o comprometimento e o envolvimento dos

educandos no processo pedagógico, são eles: se os alunos entregam as

at ividades propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos

propostos, por meio da recr iação de jogos, e regras; se o aluno consegue

resolver, de maneira criat iva, situações problemas s em desconsiderar a

opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo

soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas

at ividades, seja através de part ic ipação nas at ividades prát icas ou

real izando relatór ios.

A aval iação pode e deve, também, estar relacionada aos

encaminhamentos metodológicos, servindo de instrumento para anal isar os

avanços ou as dif iculdades no processo pedagógico e em seguida

(re)planejar, reconhecendo os acertos e mudando a f im de superar as

dif iculdades encontradas.

O professor precisa conhecer as exper iências advindas da real idade

dos alunos e o conhecimento prévio por parte deles sobre o assunto a ser

trabalhado na aula, surge aí à necessidade da apl icação das pr imeiras

avaliações, que pode ser através do diálogo em grupos, dinâmicas, jogos,

dentre outras. Nas at ividades correspondentes à apreensão do

conhecimento, a aval iação deve evidenciar, através da observação, “[ . . . ] o

que os educandos expressão em relação a sua capacidade de cr iação, de

social ização, os (pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a

capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos

objet ivos inicialmente traçados pelo professor.” (PALLAFOX E TERRA,

1998, apud. PARANÁ, 2008)

Para real izar um momento de ref lexão c r ít ica sobre o que foi

trabalhado na(s) aula(s) e para que os alunos expressem o que

aprenderam, algumas formas de aval iação, tais como a escr ita, o desenho,

o debate e a expressão corporal podem ser ut i l izados. A realização de

escrita de textos, ou discurso oral entre outros, são instrumentos que

permitem aos alunos real izarem sua auto -aval iação, important íssimo para

reconhecer seus l imites e possibil idades, sendo eles agentes do seu

próprio processo de aprendizagem.

O professor, segundo as Diretr izes Cur riculares do Paraná, pode

ut i l izar outros vár ios instrumentos aval iat ivos como as dinâmicas em grupo,

seminários, debates, júr i -simulado, cr iação e recriação de jogos, pesquisa

em grupos, inventário do processo pedagógico. Para aval iar a apreensão

dos conhecimentos e aplicação em uma atividade real e que o professor

possa anal isar a capacidade de l iberdade e autonomia dos alunos o mesmo

pode sugerir aos seus alunos a organização e real ização de fest ivais, de

gincanas e de jogos escolares.

E ainda para aval iação das aulas de Educação Física, o professor

pode fazer uso dos instrumentos provas (das mais var iadas formas teóricas,

orais, etc.. .) e de trabalhos escritos.

Assim, a avaliação do processo ensino -aprendizagem é um processo

contínuo, permanente e cumulat ivo, de grande importância para a educação

e principalmente, para o trabalho do professor e que deve ser real izado

com muita responsabi l idade e comprometimento.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Vários Autores. Livro Didático Publico –

Educação Física/Ensino Médio. 2. ed. Curitiba: SEED, 2006

VÁRIOS AUTORES. Educação Física. Curitiba-Pr. 2006

CAMERINO FOQUET, Oleguer. 1001 Exercícios e Jogos Recreativos. Porto Alegre.

Artmed, 2003

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo:

Cortez, 1992.

MELO, F.G. Educação Física e o Livro Didático. Disponível em: www.imve.org.br

RANGEL BETTI, Irene Conceição. Esporte na escola: mas é só isso, professor? Motriz

– vol 1, número 1, 25-31, junho/1999.

5.4 GEOGRAFIA

Apresentação da Disciplina

O estudo da Geografia tem sido importante desde os princípios da humanidade, o

entendimento dos acontecimentos mundiais, nacionais, regionais e até mesmo do lugar

onde vivemos é possibilitado a partir dos conhecimentos de ordem espacial, “esses

conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la

em benefício próprio”. (DCE 2008 p. 38).

Desde períodos remotos o homem tenta sistematizar seus conhecimentos em

relação ao espaço, tanto de forma simbólica como de forma prática na interação da vida

cotidiana, gerando as relações entre sociedade e natureza.

Nos dias atuais, (...) o conhecimento geográfico tornou-se uma exigência cada vez

maior no mundo dos negócios, da política e da economia. Do planejamento urbano à

estratégia militar, da gestão governamental à política eleitoral, das opções de investimento

no mercado financeiro à ação do movimento ecológico internacional fazem-se necessários

esclarecimentos sobre os aspectos geográficos (...). (RIBEIRO e MARQUES, 2001,p. 29).

No ensino de Geografia é imprescindível analisar o seu objeto de estudo, sendo

assim espera-se que aconteça um trabalho em conjunto sem que haja divisões entre a

Geografia Física e Humana. Onde o espaço geográfico seja entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade’, estabelecendo uma relação entre eles no

processo de conhecimento. As discussões sobre: O regionalismo e locais que compõe as

diferentes regiões, os blocos econômicos e a reconfiguração de fronteiras nas diversas

escalas geográficas Atualmente os aspectos particulares dos lugares possuem relação e

estão conectados com o global e o lugar onde o aluno está inserido.

Assim a medida que a sociedade humana avança em sua história, alarga-se a

complexidade das relações espaciais, que se torna cada vez mais, mutuamente relacional

em seus diversos aspectos. As paisagens são criadas e recriadas ao longo do tempo e do

espaço, carregando os traços da sociedade e influenciando na definição destes. Cada

lugar guarda a sua particularidade, traz suas potencialidades e possui seus entraves ao

desenvolvimento humano. Influi e é influenciado. Cada paisagem conta uma estória,

guarda os traços impressos pela sociedade humana na busca pelos recursos naturais,

pelo desenvolvimento econômico, pela vida.

Compreender os espaços e poder agir sobre ele se torna mais que exercício de

conhecimento externo, pois passa pela possibilidade de conhecer a si mesmo e criar-se

enquanto sujeito consciente e ativo. É nesse sentido que a geografia escolar deve

fornecer as ferramentas básicas para o processo de apreensão do pensamento crítico,

passando tal fato pela inserção na vida do aluno de conceitos como território, natureza,

espaço, paisagem, lugar, entre outros. Essa Geografia deve ajudar a pensar a sociedade

e o espaço de forma dinâmica e, portanto passível de mudanças em suas relações,

levando a busca de alternativas ambientais e sociais. Tal fato passa pela descoberta que é

gerada, no conhecimento escolar que o sujeito adquire, partindo de realidades próximas

até realidades desconhecidas, gerando quadros multifacetados.

Sendo a Geografia uma ciência de síntese, ela tem o papel claro da

interdisciplinaridade, na formação por excelência do cidadão capaz de utilizar a técnica

cartográfica, o conhecimento espacial, o senso crítico, para tomar decisões levando em

conta o desenvolvimento coletivo e o desenvolvimento pessoal.

Objetivos

Espera-se que, ao longo do ensino fundamental, os alunos construam um conjunto de

conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia,

que lhes permitam ser capaz de:

1. Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em

suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua

construção e na produção do território, da paisagem e do lugar;

2. Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em

diferentes espaços e tempos de modo construir referenciais que possibilitem uma

participação positiva e reativa nas questões sócias ambientais locais;

3. Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos

estudados em suas dinâmicas e interações;

4. Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os

avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas

decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os

seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;

5. Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de

construção, identificando suas relações, problemas e contradições;

6. Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de

informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o

espaço geográfico e as diferentes paisagens;

7. Cartográfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos

geográficos;

8. Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sócio diversidade, reconhecendo-a

como um Saber utilizar a linguagem direito dos povos e indivíduos e um elemento

de fortalecimento da democracia.

* Contribuir para a formação de cidadãos críticos e conscientes no meio em que vive.

* Compreender a realidade local e estabelecer relação com outros espaços com

diferentes realidades

* Propiciar a construção do conhecimento a partir de experiências e desejos dos

estudantes; diferentemente da educação “bancária”, que se baseia fundamentalmente

na “transmissão” do conhecimento, a pedagogia transformadora enfatiza a elaboração,

a construção, a socialização, a reinvenção do conhecimento prático e teórico.

* Valorizar a construção coletiva do saber, a participação de todos, o trabalho cotidiano,

a superação do individualismo, da alienação, da competição, integrando os educandos

num processo de construção coletiva do conhecimento que privilegie o

desenvolvimento do espírito crítico em relação ao conhecimento socialmente produzido

e uma predisposição para o trabalho em grupo, onde o exercício do diálogo seja

encarado como permanente, construtivo e necessário e não como elemento de

desagregação do grupo.

* Desenvolver a capacidade de analisar as realidades mundial, brasileira, identificando

na estrutura espacial as contradições do desenvolvimento social, econômico e político

e seus reflexos sobre o meio ambiente.

* Estimular a participação em atividades extra-classe e exteriores ao próprio ambiente

escolar, no sentido de estimular o desenvolvimento de uma postura cidadã calcada na

solidariedade social.

Série – 6º ano

Conteúdos Estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico

Conteúdos Específicos

Paisagem espaço e lugar

Trabalho e transformação do espaço geográfico, orientação no espaço geográfico,

localização no espaço geográfico.

O Planeta Terra

Apresentação do planeta terra, origem da terra, os continentes da terra, a terra em

movimento, placas tectônicas, vulcões e terremotos.

Os continentes, as ilhas e os oceanos.

Os continentes, Ilhas oceanos e continentais, os oceanos e os mares, a água nos

continentes, a escassez de água doce, uso abusivo de água.

Relevo e hidrografia

As principais formas do relevo terrestre, processo de formação e transformação do

relevo, processo de formação e transformação do relevo.

O clima

Os climas do mundo, do Brasil, do Estado do Paraná e do Município;

Tipos de vegetação, do local para o global.

Alterações climáticas;

Aquecimento global

Conseqüências e soluções do aquecimento global.

Campo e cidade

A interdependência do espaço urbano/espaço rural

Espaço rural e suas paisagens, problemas ambientais no campo, êxodo rural;

Paisagem urbana, os principais problemas urbanos, impactos ambientais no

espaço urbano – relacionando o global com o local.

Atividades econômicas extrativismo e agropecuária

Atividades econômica e recursos naturais, extrativismo, agricultura, pecuária.

As diferenças na produção agrícola no Brasil, os principais produtos agrícolas no

município, estado e país.

Atividades econômicas, indústria, comércio e prestação de serviços.

Da máquina a vapor ao robô, tipos de indústria, comércio, apresentação de

serviços.

Conteúdos Básicos

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a organização do espaço

geográfico.

As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A cultura afro-brasileira e indígena, bem como a educação ambiental.

Obs. Os conteúdos: Geografia Local, Regional (Lei 13381101), afro-descendente e

indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,

devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do

processo educativo, em caráter formal e não- formal) serão trabalhados ao longo

dos temas.

7º Ano

Conteúdos Estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Específicos

O território brasileiro

Formação e localização do território, regionalização do território, Brasil regiões

políticas regionais.

Brasil : População

Distribuição da população brasileira, mudanças sociais.

Diversidade da população brasileira, povos indígenas e africanos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

População e trabalho, distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

Brasil, campo e cidade

Urbanização e industrialização do Brasil, Rede urbana, problema sociais e

ambientais, uso da terra, concentração e terras, modernização da agricultura.

Região Norte

Apresentação e aspecto físico, exploração e ocupação da Região Norte,

devastação da Amazônia, desenvolvimento sustentável.

Região Nordeste

Aspecto físico, ocupação e organização do espaço, as sub-regiões do nordeste,

nordeste espaço geográfico atual.

Região Sudeste

Aspectos físicos, ocupação, organização do espaço e a economia da região

sudeste.

Impactos ambientais da região.

Região Sul

Aspectos físicos, ocupação e organização, aspecto populacional, economia da

região.

O Paraná

A origem dos primeiros povoados, população, turismo, indústria, agricultura.

Região Centro Oeste

Aspectos físicos, impactos ambientais, povoamento, crescimento demográfico.

Conteúdos Básicos

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego das tecnologias de

exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial da atividades, a (re) organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

A cultura afro-brasileira e indígena, bem como a educação ambiental.

Obs; Os conteúdos: Geografia Local, Regional (Lei 13381101), afro-descendente e

indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,

devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do

processo educativo, em caráter formal e não- formal) serão trabalhados ao longo

dos temas.

8º Ano

Conteúdos Estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Específicos

Regionalização do espaço:

Países capitalistas e socialistas, regionalização pelo nível de desenvolvimento.

Países do norte e países do Sul, regionalização de acordo com o IDH.

Metas do desenvolvimento do Milênio.

Economia Global

A atual economia mundial, as transnacionais, os financiadores da economia

mundial, os blocos econômicos.

O continente Americano.

A localização e a regionalização, a formação histórica do continente americano.

O continente americano , relevo e hidrografia, clima e vegetação.

Alteração nos fatores climáticos/ aquecimento global.

A população e a economia da América.

A população da América, atividades do setor primário na América, o

desenvolvimento do setor secundário, o crescimento do setor terciário.

A inserção da mulher no mercado de trabalho.

América do Norte

Estados Unidos: território e população.

Estados unidos: força econômica, potência militar, terrorismo.

Canadá: território, população e a economia.

México: Território, população, turismo e economia.

América Central, Andina e Guianas

América Central: ístmica e insular-território, população e economia.

América Andina: Território, população e economia.

Guiana, Suriname e Guiana Francesa: características gerais.

América Platina

Características gerais.

Argentina, Paraguai e Uruguai: território, população e economia.

O Brasil

Política externa brasileira

Brasil, potência regional.

O Brasil e as organização internacionais.

O Brasil no mundo globalizado.

Afro-brasileira no Brasil, situação do negro no Brasil hoje.

Racismo.

Conteúdos Básicos

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

Economia Global.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A cultura afro-brasileira e indígena, bem como a educação ambiental.

Obs; Os conteúdos: Geografia Local, Regional (Lei 13381101), afro-descendente e

indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,

devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do

processo educativo, em caráter formal e não- formal) serão trabalhados ao longo

dos temas.

9º Ano

Conteúdos Estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

As diversas regionalizações do espaço geográfico a nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do estado;

A revolução tecnocientífico – informal e os novos arranjos no espaço da produção;

O comercio mundial e as implicações sócio espaciais;

A formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração dos territórios;

A transformação geográfica, a distribuição espacial e os indicadores estáticos da

população;

As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural,

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

A distribuição das atividades produtivas, as transformação da paisagem e a

reorganização do espaço geográfico;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e

produção;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

Conteúdos Específicos

Países e conflitos mundiais: Estado, Território e Nação.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.

A globalização e a formação dos blocos econômicos.

Globalização e meio ambiente.

Problemas ambientais do século XXI

Modelo econômico X Meio Ambiente

Mudanças Climáticas

Aquecimento Global.

Europa.

Tecnologia e produtividade na Europa.

Continente Asiático e suas diversidades.

Rússia: população e crise social, economia e os desafios do G-8.

O Japão e os Tigres Asiáticos.

China e Índia.

Continente Africana

Oceania e regiões polares.

O quadro socioambiental, aspectos naturais, a população e a economia.

Austrália e Nova Zelândia: formação espacial e modelo econômico.

As regiões: Ártica e Antártica: territórios e a ocupação humana.

Encaminhamento Metodológico

A metodologia de ensino proposta nas Diretrizes Curriculares é necessário para

obter conceitos fundamentais da geografia e compreendam o processo de produção e

transformação do processo geográfico. Sendo assim, os conteúdos da geografia deve ser

trabalhados de forma critica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distantes

do aluno, sendo coerente com os fundamentos teóricos propostos. A Geografia, em uma

de suas definições é tratada como ciência cujo objetivo é o estudo do espaço geográfico.

Espaço este configurado pela interação do homem e sua interferência com o meio, é a

natureza em contato com o homem que produz e reproduz as necessidades para o bem

viver. Neste âmbito ainda estão presentes os estudos sobre os fenômenos naturais e

geográficos que moldam tal meio.

Para o aluno consciente de suas relações socioespacais de seu tempo, o ensino

de geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens sócioespaciais críticas

dessa disciplina.

As diretrizes Curriculares: Propõem Conceituar território para analise e

compreensão da relação entre o global e o local, abordando as diferentes territorialidades

espaciais, desde os micros até os macroterritórios, abordando as questões de poder,

exercidas por grupos, governos ou classes sociais e as disputas territoriais em diferentes

escalas. Espera-se que o professor explicite todos os aspectos que envolvem as relações

sociedade-natureza, analisando suas dinâmicas próprias e evidenciando o uso político e

econômico que as sociedades fazem dos aspectos naturais do espaço e que

compreendam o espaço geográfico, nas mais diversas escalas, atuando de maneira crítica

na produção socioespacial do seu lugar, território, região, enfim, de seu espaço.

Cabe ao professor possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos fundamentais

da Geografia para que haja a compreensão do processo de produção e transformação do

espaço geográficos, criando situações problema, instigante e provocativa, estimulando o

raciocínio, a reflexão e a crítica, ocorrendo dessa maneira a aprendizagem.

Para que a Geografia se torne significativa tanto para o professor quanto para o

aluno, é preciso que os conteúdos desenvolvidos pela disciplina proporcionem o

entendimento da realidade presente. Este entendimento passa pela abordagem do

processo em sua totalidade, não de forma fracionada, mas também passa pela relação do

local-global.

É na análise de apreensão do espaço geográfico que as descrições, as

observações, devem servir para qualificar as explicações dando-lhes as informações que

vão justificar seu estudo. Ao invés de uma simples memorização de informações,

estimular-se-á no aluno a capacidade de pensar criticamente através da Geografia.

Importante se faz, considerar os conhecimentos que o aluno traz da sua realidade

e permitir-lhe o acesso aos instrumentos para a compreensão teórica e a interligação com

o conhecimento cientificamente produzido.

É dado inquestionável de que o homem, por conta da sua inteligência, atua sobre o

meio em que vive, transformando-o continuamente, criando sempre novos instrumentos,

no intuito de desvendá-las, dominá-lo e colocá-lo a serviço de seu bem estar. Cria sempre

novos meios, novos instrumentos, novos conhecimentos que auxiliem no desempenho de

suas atividades. São processos, métodos, técnicas e tecnologias sempre renovadas.

Perceber a presença da tecnologia do cotidiano de nossas vidas e da Geografia já é uma

realidade. Basta olhar para os inúmeros aparelhos e máquinas que nos rodeiam.

O aproveitamento da tecnologia pela escola e, principalmente, pelos professores

de Geografia, no desenvolvimento de sua profissão, ajudará, por certo, na ampliação do

horizonte dos alunos, por imprimir, ao trabalho pedagógico, um ritmo mais dinâmico e uma

dimensão mais atual.

Envolver-se em estudos e debates sobre assunto, refletir para que servem estas

tecnologias, são oportunidades que tratarão, ao professor de Geografia, múltiplas

possibilidades pedagógicas, e, por conseguinte, melhores resultados.

Acreditando na capacidade do professor de desenvolver a sua autonomia e

conduzir ele próprio o seu trabalho.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico será trabalhado a partir de:

Aula expositiva e dialogada com apresentação em slides, contextualizando o

conteúdo e relacionando á realidade vivida pelo, situando-o historicamente e nas relações

políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas

diversas escalas geográficas; estudo dirigido em grupo a partir de pesquisas e leituras e

apresentação e articulação e criando “situações problema, instigante e provocativa,

mobilizando mo aluno para o conhecimento”; Debates críticos, sobre temas propostos nos

conteúdos com questionamentos e participação dos alunos para que haja a compreensão

e aprendizagem do mesmo; análise cartográfica, de mapas; analise e construção de

tabelas; gráficos e imagens; produção de textos; sínteses; relatório; resolução de

questionários que “estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica”; análise de

documentários; aula de campo.

Os recursos didáticos e tecnológicos que serão utilizados ao longo dos estudos

são: Giz, lousa, caneta, lápis, caderno, borracha, régua, cartolinas livro didático

bibliografias diversas revistas para pesquisas e recortes, retro projetor, laboratório de

informática, biblioteca, TV, Pen drive, DVD, rádio, CD.

Avaliação

A avaliação é uma prática que faz parte do processo ensino-aprendizagem.

Portanto ela deve estar vinculada a uma prática educacional necessária para que se saiba

como se está, enquanto aluno, professor e conjunto da escola; o que já se conseguiu

avançar, como vai vencer o que não foi superado e como essa prática será mobilizadora.

A avaliação deve ser formativa, diagnóstica e processual, considerando que os

alunos possuem diferentes ritmos de aprendizagem, ao identificar dificuldades, na

aprendizagem o docente poderá intervir e procurar outras formas de aprendizagem do

aluno, diferenciando as técnicas e os instrumentos de avaliação. Possibilitando-o a

mudança de pensamento e atitude do aluno, permitindo a formação crítica e atuante em

seu meio natural e cultural, capaz de aceitar ou rejeitar e até transformar esse meio.

Os educandos serão avaliados a partir de critérios de avaliação e conceitos

básicos, assimilando as relações de Espaço, Temporais e sociedade natureza para

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas, para o entendimento das

relações socioespaciais para a intervenção e compreensão da realidade em todo o

processo ensino-aprendizagem, não só através de conhecimentos prévios como também

os adquiridos ao longo do processo.

Pretende-se que o aluno seja capaz de:

- Leitura e interpretação de textos;

- Produção de textos;

- Realizar leitura, análise e interpretação de: imagens, fotos, gráficos, tabelas,

mapas, documentários, plantas, etc.;

- Desenvolver pesquisas bibliográficas e de campo;

- Participar de apresentações de Seminário;

- Construir, analisar e expor maquetes, entre outros;

- Produzir relatórios;

- Problematizar as inter-relações entre fenômenos naturais e humanos.

Esses instrumentos devem ser fatores importantes para a formação de opiniões

críticas que possa levá-los ao ensino-aprendizagem.

Referências

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Paulo: Contexto, 1989.

ANDRADE, M. C. Territorialidades, desterritorialidades, novas territorialidades: os

limites do poder nacional e do poder local. In:

SANTOS, M., SOUZA, M. A. A. e SILVEIRA, M. L. (orgs.). Território, globalização e

fragmentação. São Paulo: Hucitec/ANPUR, 1994.

CALLAI, H. C. (org.). O ensino em estudos sociais. Ijuí: Livraria Unijuí Editora, 1991.

CHISTOFOFOCETTI, A. (org.). Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1992.

DAMIANI, A. L. O lugar e a produção do cotidiano. In: Encontro internacional: lugar,

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em Geografia, Universidade de São Paulo, 1994.

FOUCHER, M. Lecionar a geografia, apesar de tudo. In: VESENTINI, J. W. (org.).

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MACHADO, L. M. C. P. O estudo da paisagem: uma abordagem perspectiva. In:

Revista Geografia e Ensino, (8):37-45, 1988.

MENDONÇA, F. Geografia e meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1993.

MOREIRA, R. O tempo e a forma. In: O espaço do geógrafo, (4):8-10, 1995.

SANTOS, M. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Hucitec, 1991..

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez,

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TUAN, Y.-F. Espaço e lugar: perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983.

VESENTINI, J. W. O ensino da geografia no século XXI. In: Caderno Prudentino de

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DCE - Diretrizes curriculares da rede publica de educação básica do estado do

Paraná – geografia.

MOREIRA, JOÃO MATOS. Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil:

volume único - São Paulo: Scipione, 2002.

Geografia/ vários autores - Curitiba: SEED-PR, 2006-280 p-ensino médio.

GARCIA-HELIO CARLOS - Geografia: espaço geográfico e fenômenos naturais – 5ª

série-São Paulo: Scipione, 2002.

Garcia-Helio Carlos. Geografia: a formação do espaço geográfico: as regiões do

Brasil 6 série- São Paulo: Scipione, 2002.

Garcia-Helio Carlos. Geografia: o espaço geográfico da América: Oceania e regiões

polares – 7ª série- São Paulo Scipione, 2002.

Garcia-Helio Carlos. Geografia: o espaço geográfico da Europa, Ásia e África – 8ª

série- São Paulo Scipione, 2002..

Central do Brasil de Walter Salles Jr. 1988

www. jb.com.br – jornal do Brasil.

Atlas da história do mundo. São Paulo: Folha de São Paulo, 1993

Atlas visuais: a Terra . São Paulo. Ática , 1998.

5.5 HISTÓRIA

Apresentação da Disciplina

Houve um tempo em que o ensino da história nas escolas não era mais do que uma

forma de educação cívica. Seu principal objetivo era confirmar a nação no estado em que

se encontrava no momento, legitimar sua ordem social e política – e ao mesmo tempo seus

dirigentes – e inculcar nos membros da nação – vistos, então, mais como súditos do que

como cidadãos participantes – o orgulho de ela pertencerem, respeito por ela e dedicação

para servi-la. O aparelho didático desse ensino era simples: uma narração de fatos seletos,

momentos fortes, etapas decisivas, grandes personagens, acontecimentos simbólicos e, de

vez em quando, alguns mitos gratificantes. Cada peça dessa narrativa tinha importância e

era cuidadosamente selecionada.

Essa maneira de ensinar a história foi se tornando menos necessária à medida à

medida em que as nações foram percebendo que estavam bem assentadas e cessaram de

temer por sua própria existência. Nos países ocidentais, o fim da Segunda Guerra Mundial

foi o marco de uma etapa importante. O resultado da guerra foi percebido como a vitória da

democracia, uma democracia cujo o princípio não se discutia mais a partir de então, mas

que precisava agora funcionar bem, ou seja, com a participação dos cidadãos, como

manda o princípio democrático. A idéia de “cidadão participante” começou a substituir a de

“cidadão-súdito”. O ensino da história não deixou de ganhar com isso. Ao contrário, viu a

função da educação para a cidadania democrática substituir sua função anterior de

instrução nacional.

Grosso modo, dali em diante era preciso tornar os jovens capazes de participar

democraticamente da sociedade se desenvolver neles as capacidades intelectuais e

afetivas necessárias para tal. Os conteúdos factuais passavam a ser menos determinados

de antemão, menos exclusivos, abrindo-se à variedade e ao relativo. Contudo o mais

importante é que, como o desenvolvimento das capacidades se dá com à prática, a

pedagogia da história passava de uma pedagogia centrada no ensino para uma pedagogia

centrada nas aprendizagens dos alunos.

Objetivos Gerais

Espera-se que ao final do ensino fundamental os alunos estejam aptos a:

• Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de

realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania;

• Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intragrupos sociais;

• Identificar e analisar lutas sociais, guerras e revoluções na História do Brasil e do

mundo;

Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região

e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;

Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos;

Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento

interdisciplinar;

Compreender que as histórias são partes integrantes de histórias coletivas;

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e

espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,

reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e

descontinuidades, conflitos e contradições sócias;

Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,

conhecendo formas-institucionais e organização da sociedade civil que possibilitem

modos de atuação;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,

iconográficos, sonoros e materiais;

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando

critérios éticos;

Valorizar o direito a cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como

condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito

Objetivos Específicos

• conhecer as principais características do processo de formação e das dinâmicas

dos Estados Nacionais;

• refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas

produzem na vida das sociedades;

• localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de medida e noções para

compará-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade;

• debater idéias e expressá-las por escrito e por outras formas de comunicação;

• utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares;

• ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos.

• conhecer realidades históricas singulares, distinguindo diferentes modos de

convivência nelas existentes;

• caracterizar e distinguir relações sociais da cultura com a natureza em diferentes

realidades históricas;

• caracterizar e distinguir relações sociais de trabalho em diferentes realidades

históricas;

• refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações que elas geram no

modo de vida das populações e nas relações de trabalho;

• localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de medida e noções para

distingui-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade;

• utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares;

• ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos.

Encaminhamento Metodológico

Nas últimas décadas, passaram a ser difundidas percepções diferentes do processo

de aprendizagem, do papel que os materiais didáticos desempenham, dos instrumentos e

significados das avaliações e das funções sociais e culturais atribuídas à escola e ao

professor. Essas novas percepções, hoje desenvolvidas por docentes e pesquisadores, têm

levado a reflexões profundas quanto à interação entre teoria e prática no espaço escolar e

às relações estabelecidas entre o currículo formal e o currículo real que, efetivamente, se

concretiza na escola e na sala de aula.

A luta simultânea por mudanças e pela manutenção de tradições escolares. Mantêm

articulações com esferas políticas e institucionais, incorporam expectativas provocadas por

avaliações de desempenho do sistema educacional brasileiro, orientam-se por avaliações

para ingresso no ensino médio ou superior, buscam contribuições de pesquisas e

experiências acadêmicas e procuram atender parte das expectativas sociais e econômicas

das famílias, dos alunos e dos diferentes setores da sociedade.

A constatação dessas contradições fortalece, cada vez mais, a convicção de que o

saber escolar está relacionado a uma diversidade de tradições próprias da história da

educação brasileira e mantém relações com poderes e valores diversificados da realidade

social. Impõe a necessidade de valorizar o professor como um trabalhador intelectual ativo

no espaço escolar, responsável junto com seus iguais pela clareza e definição dos objetivos

e dos conteúdos para a disciplina que leciona. Aponta para o fato de que a transformação

da prática do docente só acontece quando, no exercício de seu trabalho, ele coloca em

discussão suas ações, explicita seus pressupostos, problematiza a prática, busca e

experimenta alternativas de abordagens e de conteúdos, desenvolve atividades

interdisciplinares, faz escolhas diversificadas de recursos didáticos, analisa dificuldades e

conquistas, compartilha experiências e relaciona a prática com a teoria.

A História tem seu papel em difundir e consolidar identidades no tempo, sejam

étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de Estado ou Nação. Nele,

fundamentalmente, têm sido recriadas as relações professor, aluno, conhecimento histórico

História apenas no espaço escolar. As crianças e jovens têm acesso a inúmeras

informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos de caráter

local, regional, nacional e mundial. São atentos às transformações e aos ciclos da natureza,

envolvem-se com os ritmos acelerados da vida urbana, da televisão e dos videoclipes, são

seduzidos pelos apelos de consumo da sociedade contemporânea e preenchem a

imaginação com ícones recriados a partir de fontes e épocas diversas. Nas convivências

entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, crianças

e jovens socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o

futuro e questionam o tempo.

Os jovens sempre participam, a seu modo, desse trabalho da memória, que sempre

recria e interpreta o tempo e a História. Apreendem impressões dos contrastes das

técnicas, dos detalhes das construções, dos traçados das ruas, dos contornos das

paisagens, dos desenhos moldados pelas plantações, do abandono das ruínas, da

desordem dos entulhos, das intenções dos monumentos, que remetem ora para o antigo,

ora para o novo, ora para a sobreposição dos tempos, instigando-os a intuir, a distinguir e a

olhar o presente e o passado com os olhos da História. Aprendem que há lugares para

guarda e preservação da memória, como museus, bibliotecas, arquivos, sítios

arqueológicos.

Entre os muitos momentos, meios e lugares que sugerem a existência da História,

estão, também, os eventos e os conteúdos escolares. Os jovens, as crianças e suas

famílias agregam às suas vivências, informações, explicações e valores oferecidos nas

salas de aula. É, muitas vezes, a escola que cria estímulos ou significados para lembrar ou

silenciar sobre este ou aquele evento, esta ou aquela imagem, este ou aquele processo.

Algumas das informações e questões históricas, adquiridas de modo organizado ou

fragmentado, são incorporadas significativamente pelo adolescente, que as associa,

relaciona, confronta e generaliza. O que se torna significativo e relevante consolida seu

aprendizado. O que ele aprende fundamenta a construção e a reconstrução de seus

valores e práticas cotidianas e as suas experiências sociais e culturais. O que o sensibiliza

molda a sua identidade nas relações mantidas com a família, os amigos, os grupos mais

próximos e mais distantes e com a sua geração. O que provoca conflitos e dúvidas

estimula-o a distinguir, explicar e dar sentido para o presente, o passado e o futuro,

percebendo a vida como suscetível de transformação.

É preciso diferenciar, entretanto, o saber que os alunos adquirem de modo informal

daquele que aprendem na escola. No espaço escolar, o conhecimento é uma reelaboração

de muitos saberes, constituindo o que se chama de saber histórico escolar. Esse saber é

proveniente do diálogo entre muitos interlocutores e muitas fontes e é permanentemente

reconstruído a partir de objetivos sociais, didáticos e pedagógicos. Dele fazem parte as

tradições de ensino da área; as vivências sociais de professores e alunos; as

representações do que e como estudar; as produções escolares de docentes e discentes; o

conhecimento fruto das pesquisas dos historiadores, educadores e especialistas das

Ciências Humanas; as formas e conteúdos provenientes dos mais diferentes materiais

utilizados; as informações organizadas nos manuais e as informações difundidas pelos

meios de comunicação.

Nas suas relações com o conhecimento histórico, o ensino e a aprendizagem da

História envolvem seleção criteriosa de conteúdos e métodos que contemplem o fato, o

sujeito e o tempo.

Os eventos históricos eram tradicionalmente apresentados por autores de modo

isolado, deslocados de contextos mais amplos, como muitas vezes ocorria com a história

política, em que se destacavam apenas ações de governantes e heróis. Hoje prevalece a

ênfase nas relações de complementariedade, continuidade, descontinuidade, circularidade

5 , contradição e tensão com outros fatos de uma época e de outras épocas. Destacam-se

eventos que pertencem à vida política, econômica, social e cultural e também aqueles

relacionados à dimensão artística, religiosa, familiar, arquitetônica, científica, tecnológica.

Valorizam-se eventos do passado mais próximo e/ou mais distante no tempo. Há a

preocupação com as mudanças e/ou com as permanências na vida das sociedades.

De modo geral, pode-se dizer que os fatos históricos remetem para as ações

realizadas por indivíduos e pelas coletividades, envolvendo eventos políticos, sociais,

econômicos e culturais.

No caso dos sujeitos históricos, há trabalhos que valorizam atores individuais, quer

sejam lideranças políticas, militares, diplomáticas, intelectuais ou religiosas, quer sejam

homens anônimos tomados como exemplos para permitir o entendimento de uma

coletividade. Outros trabalhos preocupam-se com sujeitos históricos coletivos, destacando

a identidade e/ou a discordância entre grupos sociais. Em ambos os casos, há uma

preocupação em relacionar tais atores com valores, modos de viver, pensar e agir.

De modo geral, pode-se dizer que os sujeitos históricos são indivíduos, grupos ou

classes sociais participantes de acontecimentos de repercussão coletiva e/ou imersos em

situações cotidianas na luta por transformações ou permanências.

No caso do tempo histórico, de uma tradição marcada por datas alusivas a sujeitos e

fatos, passa-se a enfatizar diferentes níveis e ritmos de durações temporais. As durações

estão relacionadas à percepção dos intervalos das mudanças ou das permanências nas

vivências humanas. O ritmo relaciona-se com a percepção da velocidade das mudanças

históricas.

A circularidade diz respeito a valores, idéias, visões de mundo e práticas, vividas ou

produzidas por certos grupos ou classes, que são absorvidas ou recriadas por outros

grupos de uma mesma sociedade ou de outra sociedade, em um tempo específico, ou de

tempos diferentes.

O tempo histórico baseia-se em parte no tempo institucionalizado. O tempo

cronológico possibilita referenciar o lugar dos momentos históricos na sucessão do tempo,

mas pode remeter à compreensão de acontecimentos datados relacionados a um

determinado ponto de uma longa e infinita linha numérica. Os acontecimentos identificados

dessa forma podem assumir uma concepção de uniformidade, de regularidade e, ao

mesmo tempo, de sucessão crescente e cumulativa. A seqüência cronológica dos

acontecimentos pode sugerir que toda a humanidade seguiu ou deveria seguir o mesmo

percurso, criando a idéia de povos atrasados e civilizados.

Na prática dos historiadores, o tempo não é concebido como um fluxo uniforme, em

que os fenômenos são mergulhados tais como os corpos num rio cujas correntezas levam

sempre para mais longe. O tempo da História é o tempo intrínseco aos processos e eventos

estudados. São ritmados não por fenômenos astronômicos ou físicos, mas por

singularidades dos processos, nos pontos onde eles mudam de direção ou de natureza.

As várias temporalidades e ritmos da História são categorias produzidas por aqueles

que estudam os acontecimentos no tempo. Mas, na perspectiva da realidade social e

histórica, os indivíduos e os grupos vivem os ritmos das mudanças, das resistências e das

permanências. Imersos no tempo, apreendendo e sentindo os sinais de sua existência

vivem, simultaneamente, as diferentes temporalidades.

A apropriação de noções, métodos e temas próprios do conhecimento histórico, pelo

saber histórico escolar, não significa que se pretende fazer do aluno um "pequeno

historiador" e nem que ele deve ser capaz de escrever monografias. A intenção é que ele

desenvolva a capacidade de observar, de extrair informações e de interpretar algumas

características da realidade do seu entorno, de estabelecer algumas relações e

confrontações entre informações atuais e históricas, de datar e localizar as suas ações e as

de outras pessoas no tempo e no espaço e, em certa medida, poder relativizar questões

específicas de sua época.

No processo de aprendizagem, o professor é o principal responsável pela criação

das situações de trocas, de estímulo na construção de relações entre o estudado e o vivido,

de integração com outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acesso dos alunos a

novas informações, de confrontos de opiniões, de apoio ao estudante na recriação de suas

explicações e de transformação de suas concepções históricas. Nesse sentido, a avaliação

não deve acontecer apenas em determinados momentos do calendário escolar. A avaliação

faz parte do trabalho do professor para diagnosticar quando cabe a ele problematizar,

confrontar, informar, instigar questionamentos, enfim criar novas situações para que o

aprendizado aconteça.

Assim, a avaliação não revela simplesmente as conquistas pessoais dos jovens ou

do grupo de estudantes. Ela possibilita ao professor problematizar o seu trabalho,

discernindo quando e como intervir e quais as situações de ensino-aprendizagem mais

significativas ao longo das séries. Para atender à diversidade de situações que encontra

quando se coloca diante dos alunos, deve conhecer uma variedade de atividades didáticas.

Nessa linha, deve aprender a registrar as situações significativas vividas no processo de

ensino, procurar conhecer experiências de outros docentes e socializar as suas com outros

educadores.

Um importante instrumento do professor para avaliar a coerência de seu trabalho,

identificar as pistas para recriá-lo, construir um acervo de experiências didáticas e socializar

suas vivências de sala de aula, é a produção de relatórios escritos. Com isso, ele estimula

o exercício de explicitar em uma comunicação com as outras pessoas as intenções, as

reflexões e as fundamentações, as hipóteses dos alunos e as intervenções pedagógicas,

recuperando, entre inúmeros aspectos, aqueles que poderiam ser modificados ou recriados

em uma outra oportunidade.

Na escolha dos conteúdos, a preocupação central desta proposta é propiciar aos

alunos o dimensionamento de si mesmos e de outros indivíduos e grupos em

temporalidades históricas. Assim, estes conteúdos procuram sensibilizar e fundamentar a

compreensão de que os problemas atuais e cotidianos não podem ser explicados

unicamente a partir de acontecimentos restritos ao presente. Requerem questionamentos

ao passado, análises e identificação de relações entre vivências sociais no tempo, os

conteúdos a serem trabalhados com os alunos não se restringem unicamente ao estudo de

acontecimentos e conceituações históricas. É preciso ensinar procedimentos e incentivar

atitudes nos estudantes que sejam coerentes com os objetivos da História.

Entre os procedimentos é importante que aprendam a coletar informações em

bibliografias e fontes documentais diversas; selecionar eventos e sujeitos históricos e

estabelecer relações entre eles no tempo; observar e perceber transformações,

permanências, semelhanças e diferenças; identificar ritmos e durações temporais;

reconhecer autorias nas obras e distinguir diferentes versões históricas; diferenciar

conceitos históricos e suas relações com contextos; e elaborar trabalhos individuais e

coletivos (textos, murais, desenhos, quadros cronológicos e maquetes) que organizem

estudos, pesquisas e reflexões.

É importante que adquiram, progressivamente, atitudes de iniciativa para realizar

estudos, pesquisas e trabalhos; desenvolvam o interesse pelo estudo da História; valorizem

a diversidade cultural, formando critérios éticos fundados no respeito ao outro; demonstrem

suas reflexões sobre temas históricos e questões do presente; valorizem a preservação do

patrimônio sociocultural; acreditem no debate e na discussão como forma de crescimento

intelectual, amadurecimento psicológico e prática de estudo; demonstrem interesse na

pesquisa em diferentes fontes — impressas, orais, iconográficas, eletrônicas etc.; tenham

uma postura colaborativa no seu grupo-classe e na relação com o professor; demonstrem a

compreensão que constroem para as relações sociais e para os valores e interesses dos

grupos nelas envolvidos; expressem e testem explicações para os acontecimentos

históricos; construam hipóteses para as relações entre os acontecimentos e os sujeitos

históricos; e troquem e criem idéias e informações coletivamente.

Conteúdos

6º ano

Conteúdos estruturantes

Medidas do tempo

O surgimento do homem

A experiência humana

Conteúdos específicos

O tempo dos relógios e dos calendários

Tempo geológico, o tempo da terra

Arqueologia

O surgimento e as transformações do ser humano

Diferenças entre os seres humanos e os animais

As marcas do homem: fogo, arte e linguagem

O modo de vida dos primeiros homens

Cidades: ontem e hoje

O papel da escrita.

7º ano

Conteúdos estruturantes

Nascimento e consolidação do Estado Brasileiro

Escravidão, latifúndio e monarquia

A oligarquia cafeeira e o Brasil Republicano

Origens e trajetórias do Brasil de hoje.

Conteúdos específicos

Independência do Brasil

A constituição de 1824 e a Confederação do Equador

A política externa do 1º Reinado e a abdicação de Dom Pedro !

O período regencial e os 1ºs anos do 2º Reinado

O império do café

A política externa do Império na Bacia do Prata

A Guerra do Paraguai

O movimento abolicionista e o fim da escravidão

O nascimento da República

O movimento tenentista

A revolução de 30

A ditadura de Getúlio Vargas

A ditadura militar (1964-1985)

O Brasil contemporâneo

O Brasil da era FHC

8º Ano

Conteúdos estruturantes

A Europa moderna

A expansão colonial portuguesa na América

A consolidação do território colonial

A Revolução Francesa

O governo de Napoleão Bonaparte

Revoltas e conflitos na colônia

A independência das colônias hispano-americanas

Autonomia do Brasil

O 1º Reinado e o governo de D. Pedro I

As regências

D.Pedro II no poder

O movimento social dos trabalhadores

A unificação da Itália e da Alemanha

O neocolonialismo

Mudanças no 2º Reinado brasileiro

A República brasileira

A Guerra de Canudos e o cangaço

Conteúdos específicos

O absolutismo

O mercantilismo

O progresso das ciências

A união entre Portugal e Espanha

O domínio holandês

A sociedade mineradora

Conseqüência da exploração do ouro

A cultura das Minas gerais

A pecuária

As missões e o aldeamento

Os caminhos da colônia

Os primeiros jesuítas

As missões religiosas

A valorização da razão

Os principais pensadores iluministas

O processo de mecanização

A Revolução industrial e suas conseqüências

Os ingleses na América do Norte

A rendição dos ingleses

Conseqüências da Revolução Francesa

A Guerra dos Mascates

Conseqüências da Independência das colônias hispano-americanas

O Brasil após a independência

A 1ª Constituição brasileira

A cabanagem

A Sabinada

A Balaiada

A Revolução Farroupilha

A Guerra do Paraguai

O Socialismo

Os novos domínios europeus

O café

O movimento abolicionista

O movimento republicano

A Proclamação da República

9º ano

Conteúdos estruturantes

Política, revolução e cidadania no mundo moderno.

A República, as oligarquias e o movimento operário.

Autoritarismo e democracia

Conteúdos específicos

Globalização econômica e inclusão social

A industrialização no Brasil

A revolução Frances

AIdeais iluministas

Princípios do liberalismo e revoltas no século XIX

O fim do império brasileiro

Movimento operário e as conquistas de direitos

As duas guerras mundiais: nacionalismo e preconceitos

Era Vargas.

Obs. Os conteúdos:

História local, regional, (lei 13381/01);

Afro-descendente e indígena ( lei 11645/08);

Meio ambiente (lei 9795/99).

Recursos Didáticos e Tecnológicos:

Rádio, livros, enciclopédias, jornais, revistas, televisão, cinema, vídeo e computadores,

TV pen drive, DVD, mapas, biblioteca, laboratório, museu, sites educativos.

Avaliação

É importante a constatação ao final do ensino fundamental se os alunos dominam

alguns conteúdos e procedimentos. Para avaliar esses domínios, esta proposta destaca de

modo amplo os seguintes critérios:

• Dimensionar, em diferentes temporalidades, as formas de organização política

nacionais e internacionais.

Este critério pretende avaliar se o aluno identifica, em perspectiva histórica, as formas

de organização política e as organizações econômicas nacionais e mundiais, discernindo

de algumas características, contextos, mudanças, permanências, continuidades e

descontinuidades no tempo.

• Reconhecer diferenças e semelhanças entre os confrontos, as lutas sociais e políticas,

as guerras e as revoluções, do presente e do passado.

Este critério pretende avaliar se, por meio dos estudos desenvolvidos, o aluno identifica

as especificidades de lutas, guerras e revoluções, entre grupos, classes e povos, e suas

interferências nas mudanças ou nas permanências das realidades históricas.

• Reconhecer características da cultura contemporânea atual e suas relações com a

História mundial nos últimos séculos.

Este critério pretende avaliar se o aluno identifica, em perspectiva histórica, a sua

vivência cultural, cotidiana, e se a relaciona com o sistema dominante e seus valores.

• Reconhecer algumas diferenças, semelhanças, transformações e permanências entre

idéias e práticas envolvidas na questão da cidadania, construídas e vividas no presente e

no passado.

Este critério pretende avaliar se o aluno identifica distintas conceituações históricas para

a cidadania, discernindo suas características, seus contextos, suas mudanças, suas

permanências, suas continuidades e suas descontinuidades no tempo.

• Reconhecer a diversidade de documentos históricos.

Este critério pretende avaliar se o aluno é capaz de identificar as características básicas

de documentos históricos, seus autores, momento e local de produção e de compará-los

entre si.

• Organizar idéias articulando-as oralmente, por escrito e por outras formas de

comunicação.

Este critério pretende avaliar se o aluno é capaz de organizar os conteúdos e conceitos

apreendidos e expressá-los de maneira a se fazer compreender.

Referências PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.). Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - História. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná. BURGUIÈRE, André. Dicionário das Ciências Históricas. Rio de Janeiro: Imago, 1993. Ferro, Marc. A manipulação da História o Ensino e nos Meios de Comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1983. RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização. São Paulo: Companhia das Letras,1996.

BURKE, Peter (org.). A Escrita da História: Novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992. PROJETO Araribá. História/Obra Coletiva-Guia e Recursos Didáticos. São Paulo: Moderna, 2006. MOTA, Lúcio Tadeu. As guerras dos Índios Kaingang: A História Épica dos Índios Kaingang no Paraná. Maringá: EDUEM, 1994. SCHMIDT, Maria Auxiliadora M.S. Histórias do Cotidiano Paranaense. Curitiba: Letraviva, 1996. CARDOSO, Jayme Antonio. Atlas Histórico do Paraná. Curitiba: Livraria do Chain Editora, 1986. VÁRIOS Autores. Coleção História do Paraná - Textos Introdutórios. Curitiba: SEED, 2001.

Site: www.diaadiaeducacao.pr,gov.br

Site de pesquisa: Google, Yahoo.

5.6 LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação da Disciplina

A língua materna é um importante fator de identidade nacional e cultural, no espaço

nacional, o Português é a língua oficial, a língua de escolarização, das minorias

lingüísticas que vivem no país. Por isso o domínio da Língua Portuguesa é decisivo no

desenvolvimento individual, no aceso ao conhecimento, no relacionamento social, no

sucesso escolar e profissional e no exercício da cidadania.

Objetivos Específicos

Compreender os gêneros do oral previstos para as séries articulando elementos

lingüísticos a outros de natureza não-verbal, identificando as marcas discursivas

para o reconhecimento de intenções, valores, preconceitos veiculados no

discurso,empregando estratégias de registro e documentação escrita na

compreensão de textos orais, quando necessário;

Organizar sintaticamente os enunciados (tamanho das frases, ordem dos

constituintes, inversão, deslocamento, relação de coordenação e subordinação);

Ampliar o Domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas,

sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua

inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de

participação social no exercício da cidadania, utilizando a linguagem na escuta e

produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a

atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos

comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do

discurso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos,

reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes,usando a

linguagem,ampliando a análise crítica.

Conteúdos Estruturantes

No processo de escuta:

Ampliação da capacidade de reconhecer as intenções do enunciador, sendo capaz

de aderir a ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu discurso.

No processo de leitura de textos escritos:

1. Recepção a textos que rompam com seu universo de expectativas, por meio de

leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se em marcas formais do próprio

texto ou em orientações oferecidas pelo professor;

2. Troca de impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos,

posicionando-se diante da crítica, tanto a partir do próprio texto como de sua prática

enquanto leitor;

Compreensão da leitura em suas diferentes dimensões – o dever de ler, a necessidade de

ler e o prazer de ler;

3.Posicionamento ideológico de textos lidos.

No processo de produção de textos orais:

Emprego da oralidade, levando em conta a intenção comunicativa e a reação dos

interlocutores e reformulando o planejamento prévio, quando necessário;

No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno:

A análise e reestruturação do próprio texto em função dos objetivos estabelecidos,

da intenção comunicativa e do leitor a que se destina, redigindo tantas quantas forem as

versões necessárias para considerar o texto produzido bem escrito.

No processo de análise lingüística:

Construção de instrumentos para análise do funcionamento da linguagem em

situações de interlocução, na escuta, leitura e produção, privilegiando alguns aspectos

lingüísticos que possam ampliar a competência discursiva do sujeito.

1. variação lingüística: modalidades, variedades, registros;

2. organização estrutural dos enunciados;

3. léxico e redes semânticas;

4. processos de construção de significação;

5. modos de organização dos discursos.

Leitura de textos escritos:

Explicitação de expectativas quanto à forma e ao conteúdo do texto em função das

características do gênero, do suporte, do autor etc.;

Formulação hipóteses a respeito do conteúdo do texto, antes ou durante a leitura;

Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais, pelo texto, para

dar conta de ambigüidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores implícitos,

bem como das intenções do autor;

Estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto, entre o

texto e outros textos. Articulação dos enunciados estabelecendo a progressão temática,

em função das características das seqüências predominantes (narrativa, descritiva,

expositiva, argumentativa e conversacional) e de suas especificidades no interior do

gênero;

Produção de textos escritos:

Redação de textos considerando suas condições de produção:

Finalidade; especificidade do gênero; lugares preferenciais de circulação; interlocutor

eleito;

Utilização de mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão

textuais.

Prática de análise lingüística:

Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao

conteúdo temático, construção composicional e ao estilo:

Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gênero de

texto se insere, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os

procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que

privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não);

Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao

processo lingüístico, no que diz respeito:

Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais),

históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe

social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia);

Às diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem

escrita; à seleção de registros em função da situação interlocutiva (formal, informal);

aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se manifesta: na

fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na

morfologia (variantes e reduções no sistema flexional e derivacional), na sintaxe

(estruturação das sentenças e concordância.

Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura da

sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos.

Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de

modo a permitir, a escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais

apropriadas ao que se quer dizer no contexto em que se inserem com capacidade de

projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), estrutura complexa que atribuem

aos elementos (sujeito, complementos) etc.

Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais

(regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria);

Propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais de

prefixação e de sufixação);

Utilização da intuição sobre unidades lingüísticas (períodos, sentenças, sintagmas)

como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação.

Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte

das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica.

Leitura de textos escritos:

Competência para selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles

que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias

adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas,

identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações

entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos,

considerando a diversidade dos gêneros, produzindo esquemas e resumos que possam

ajudar a apreensão dos tópicos mais importantes quando se trata de textos de divulgação

científica.

Nas leituras esporádicas de títulos de um determinado gênero, época, o aluno

deverá ter competência de estabelecer vínculos sobre o funcionamento da literatura e

entre esta e o conjunto cultural;

Leitura compartilhada de livros em capítulos que possibilitam ao aluno o acesso à

textos longos, Também os alunos devem tomar emprestado o livro (do acervo de classe

ou da biblioteca da escola) para ler em casa e, no dia combinado, parte deles relata suas

impressões, comenta o que gostou ou não, o que pensou, sugere outros títulos do mesmo

autor, tema ou tipo.

Prática de Produção de Textos Orais e Escritos:

Elaboração de esquemas para planejar previamente a exposição de:

• roteiros para realização de entrevistas ou encenação de jogos dramáticos

improvisados;

• preparação prévia de leitura expressiva de textos dramáticos ou poéticos;

• memorização de textos dramáticos ou poéticos a serem apresentados

publicamente sem apoio escrito.

•representação de textos teatrais ou de adaptações de outros gêneros, permitindo

explorar, entre outros aspectos, o plano expressivo da própria entoação: tom de voz,

ritmo, aceleração, timbre;

• Leitura expressiva ou recitação pública de poemas.

Produção de textos escritos:

Nas atividades de produção que envolve autoria ou criação, a tarefa do sujeito

torna-se mais complexa, porque precisa articular ambos os planos: o do conteúdo – o que

dizer – e o da expressão – como dizer.

Prática de análise lingüística:

Exercício sobre os conteúdos estudados, de modo a permitir que o aluno se

aproprie efetivamente das descobertas realizadas, incorporando nas redação traços da

linguagem de grupos específicos, omitindo o uso de jargões , observando diferentes

textos aos diferentes públicos em diferentes épocas.

Análise comparativamente, registros da fala ou de escrita e os preceitos normativos

estabelecidos pela gramática tradicional.

Léxico:

Compreensão e exploração ativa de um corpus que apresente palavras que

tenham o mesmo afixo ou desinência, para determinar o significado de unidades inferiores

à palavra, aplicando os mecanismos de derivação e construir famílias de palavras,

apresentando textos lacunados, para por meio das propriedades semânticas e das

restrições selecionais, explicitar a natureza do termo ausente.

Identificar e analisar a funcionalidade de empregos figurados de palavras ou

expressões.

Ortografia:

As estratégias de ensino devem se articular em torno de dois eixos:

a) Privilégio do que é "regular", permitindo que, por meio da manipulação de um

conjunto de palavras, o aluno possa, agrupando-as e classificando-as, inferir as

regularidades que caracterizam o emprego de determinada letra;

b) Preferência, no tratamento das ocorrências "irregulares", dos casos de

freqüência e maior relevância temática.

Atividades de análise e reflexão sobre a língua de forma que os alunos saibam:

• Identificar e analisar as interferências da fala na escrita,principalmente em

contextos de sílabas que fogem ao padrão consoante/vogal;

• Explorar ativamente um corpus de palavras, para explicitar as regularidades

ortográficas no que se refere às regras contextuais;

• Explorar ativamente um corpus de palavras, para descobrir as regularidades de

natureza morfossintática, que, por serem recorrentes, apresentam alto grau de

generalização.

• Apoiar-se no conhecimento morfológico para resolver questões de natureza

ortográfica;

• Analisar as restrições impostas pelo contexto e, em caso de dúvida entre as

possibilidades de preenchimento, adotar procedimentos de consulta.

Leitura de textos escritos:

A leitura autônoma envolve a oportunidade de o aluno poder ler, de preferência

silenciosamente para adquirir segurança .

A leitura colaborativa o professor lê um texto com a classe e, durante a leitura,

questiona os alunos sobre os índices lingüísticos.

Leitura compartilhada de livros em capítulos que possibilita ao aluno o acesso a

textos longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-

lo, mas que, talvez, sozinho não o fizesse.

Leitura programada: a leitura programada, adequada para discutir coletivamente

um título considerado difícil para a condição atual dos alunos, pois permite reduzir parte

da complexidade da tarefa, compartilhando a responsabilidade.

Leitura de escolha pessoal: são situações didáticas, que devem ser propostas,

adequadas para desenvolver o comportamento do leitor, ou seja, atitudes e

procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da prática de leitura.

ENSINO FUNDAMENTAL 6ªANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema,intenções, intertextualidade; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Relacione o tema com o contexto

LEITURA Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a idéia principal do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as idéias com clareza; • Elabore/reelabore

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Argumentos do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

atual; • Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo:se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: −às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

ORALIDADE •Tema do texto; • Finalidade; •Argumentos; •Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; •Turnos de fala; •Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

ORALIDADE É importante que o professor: •Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; •Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; •Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; •Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros; •Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: •Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); •Apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; • Respeite os turnos de fala.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura,escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; •Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; •Encaminhe discussões sobre: tema e intenções; •Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; •Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; •Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; •Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto.

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas idéias com clareza; • Expresse oralmente suas idéias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente

travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica.

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA Conteúdo temático; • Interlocutor; •Intencionalidade do texto; •Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; •Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto; • Instigue a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; •Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal;

propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto; • Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; •Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.). • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de

• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente idéias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colégios em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto- juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

ENSINO FUNDAMENTAL 9ª ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade;

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; •Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; •Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade,vozes sociais e ideologia ; •Proporcione análises para estabelecer a referência textual; •Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/ reflexão das palavras em sentido figurado; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; •Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;

• Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc. • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguística (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; •Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; •Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;figuras de linguagem no texto; • Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.); •Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: •Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto; •Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; •Estimule contação de história de

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente idéias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, etc.

Encaminhamento Metodológico

A forma de abordagem dos conteúdos não será a mesma para todos os aspectos:

considerando o princípio de que a constituição de conceitos acontece num movimento

progressivo, por meio do qual se pretende a aproximação crescente de conceitos mais

complexos ou sofisticados, os aspectos do conhecimento receberão um tratamento que

será tanto mais metalingüístico quando maior de aprofundamento que exigir e suas

características específicas.

Avaliação

Ao se avaliar, devem-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de

conhecimento que o aluno construiu, mas também e, sobretudo, responder a questões

sobre por que os alunos aprenderam o que aprenderam naquela situação de

aprendizagem, como aprenderam, o que mais aprenderam e o que deixaram de aprender.

Para isso, o professor precisa construir formas de registro qualitativamente diferentes das

que têm sido utilizadas tradicionalmente pela escola, para obter informações relevantes

para a organização da ação pedagógica.

É necessário, também, que o aluno seja informado de maneira qualitativamente

diferente das já usuais sobre o que precisa aprender, o que precisa saber fazer melhor.

Assim, as anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno

devem oferecer indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.

Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de

construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de

consciência sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e

que favoreçam maior controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.

Critérios de Avaliação

Critérios claramente definidos e compartilhados permitem tanto ao professor tornar

sua prática mais eficiente pela possibilidade de obter indicadores mais confiáveis sobre o

processo de aprendizagem quanto permitem aos alunos centrar sua atenção nos

aspectos focalizados, o que, em geral, confere a sua produção melhor qualidade.

Portanto, os critérios de avaliação devem ser compreendidos: por um lado, como

aprendizagens indispensáveis ao final de um período. Por outro, como referências que

permitem – se comparados aos objetivos do ensino e ao conhecimento prévio com que o

aluno iniciou a aprendizagem – a análise de seus avanços ao longo do processo,

considerando que as manifestações desses avanços não são lineares, nem idênticas, em

diferentes sujeitos.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.). Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Língua Portuguesa. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: Uma proposta para o Ensino de Gramática no 1ºe 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996. VIGOTSKI, Lev S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Mediação, 2000. FRASCOLLA, Anna. Lendo e interferindo: 8ª série. São Paulo: Moderna, 1999. HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000. VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do PPP. Campinas, SP: Papirus, 1998. CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Tereza Cochar, Português Linguagens - Manual do Professor. São Paulo: Atual, 2006.

5.7 MATEMÁTICA

A Matemática tem sua história iniciada através dos registros que os povos

Babilônios acumulavam a cerca de 2000 a.C., esses foram os primeiros registros

conhecidos hoje como uma álgebra elementar. A partir dos séc. Vl e V a.C., através da

civilização grega deu-se o surgimento de novos princípios lógicos, e somente por volta do

séc. XVll d. C., mudou-se o pensamento Matemático para uma sistematização das

Matemáticas Estatísticas, onde desenvolveu-se a aritmética, a geometria, a álgebra e a

trigonometria.

A Matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o

homem utilizava a Matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. Ela foi usada

pelos egípcios nas construções de pirâmides, canais de irrigação e estudo da astronomia.

Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente,

esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como por exemplo, a arquitetura,

informática, química, física e medicina. Em tudo o que olhamos existe a Matemática.

A matemática é uma das mais importantes ferramentas da Sociedade moderna, ela

contribui para a formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das

relações sociais, culturais e políticas.

Para Exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar,

medir,calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas

geométricas e organizar, analisar e interpretar criticamente as informações.

É importante ter a visão da matemática como uma maneira de pensar, e um

processo em permanente evolução ( não sendo algo pronto e acabado que apenas deva

ser estudado) isso permite ao aluno, dinamicamente a construção do conhecimento.

Permite também que o aluno compreenda no contexto histórico e sociocultural em que

ela foi desenvolvida e continua se desenvolvendo.

O homem necessita contar, calcular, comparar, medir, localizar, representar,

interpretar..., e o faz informalmente à sua maneira, com base ao trabalho matemático

escolar, diminuindo a distancia entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.

A matemática tem um caráter tanto formativo, que auxilia a estruturação do

pensamento e do raciocínio lógico, quanto instrumental, utilitário, de aplicar no dia-a-dia,

em outras áreas do conhecimento e nas atividades profissionais.

O aluno deve desenvolver a percepção do valor da matemática e construção

humana, reconhecendo a contribuição da Matemática para a compreensão de problemas

do homem através do tempo, apreciando a beleza da Matemática e da presença dela na

arte, na natureza, nas ciências na tecnologia e no cotidiano, deve desenvolver o sentido

de coletividade e de cooperação, participando cooperativamente dos trabalhos em equipe,

respeitando opiniões divergentes das suas e aceitando as diferenças indivíduos,

participando das soluções dos problemas da comunidade escolar e da comunidade em

que está inserido.

Objetivos Gerais

1. Desenvolver o pensamento numérico, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

a) ampliar e construir novos significados para os números a partir de sua utilização

no contexto social e da análise de alguns problemas históricos que motivaram sua

construção;

b) resolver situações-problema envolvendo números naturais, inteiros, racionais e a

partir delas ampliar e construir novos significados da adição, subtração, multiplicação,

divisão, potenciação e radiciação;

c) identificar, interpretar e utilizar diferentes representações dos números naturais,

racionais e inteiros, indicadas por diferentes notações, vinculando-as aos contextos

matemáticos e não-matemáticos;

d) selecionar e utilizar procedimentos de cálculo (exato ou aproximado, mental ou

escrito) em função da situação- problema proposta.

Objetivos Específicos:

1. Desenvolver o pensamento algébrico, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

a) reconhecer que representações algébricas permitem expressar generalizações

sobre propriedades das operações aritméticas, traduzir situações-problema e favorecer as

possíveis soluções;

b) traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem algébrica e

vice-versa, generalizando regularidades e identificar os significados das letras;

c) utilizar os conhecimentos sobre as operações numéricas e suas propriedades

para construir estratégias de cálculo algébrico.

2. Desenvolver o pensamento geométrico, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

a) resolver situações-problema de localização e deslocamento de pontos no

espaço, reconhecendo nas noções de direção e sentido, de ângulo, de paralelismo e de

perpendicularismo elementos fundamentais para a constituição de sistemas de

coordenadas cartesianas;

b) estabelecer relações entre figuras espaciais e suas representações planas,

envolvendo a observação das figuras sob diferentes pontos de vista, construindo e

interpretando suas representações;

c) resolver situações-problema que envolvam figuras geométricas planas, utilizando

procedimentos de decomposição e composição, transformação, ampliação e redução.

3. Desenvolver competência métrica, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

a) ampliar e construir noções de medida, pelo estudo de diferentes grandezas, a

partir de sua utilização no contexto social e da análise de alguns dos problemas históricos

que motivaram sua construção;

b) resolver problemas que envolvam diferentes grandezas, selecionando unidades

de medida e instrumentos adequados à precisão requerida.

4. Desenvolver raciocínio que envolva a proporcionalidade, por meio da exploração

de situações de aprendizagem que levem o aluno a:

a) observar a variação entre grandezas, estabelecendo relação entre elas e

construir estratégias de solução para resolver situações que envolvam a

proporcionalidade.

5. Desenvolver raciocínio combinatório, estatístico e probabilístico, por meio da

exploração de situações de aprendizagem que levem o aluno a:

a) coletar, organizar e analisar informações, construir e interpretar tabelas e

gráficos, formular argumentos convincentes, tendo por base a análise de dados

organizados em representações matemáticas diversas;

b) resolver situações-problema que envolvam o raciocínio combinatório e a

determinação da probabilidade de sucesso de um determinado evento por meio de uma

razão.

6. Desenvolver pensamento numérico, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

Ampliar e consolidar os significados dos números racionais a partir dos diferentes

usos em contextos sociais e matemáticos e reconhecer que existem números que

não são racionais;

Resolver situações-problema envolvendo números naturais, inteiros, racionais e

irracionais, ampliando e consolidando os significados da adição, subtração,

multiplicação, divisão, potenciação e radiciação;

Selecionar e utilizar diferentes procedimentos de cálculo com números naturais,

inteiros, racionais e irracionais.

7. Desenvolver pensamento algébrico, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

Produzir e interpretar diferentes escritas algébricas — expressões, igualdades e

desigualdades —, identificando as equações, inequações e sistemas;

Resolver situações-problema por meio de equações e inequações do primeiro grau,

compreendendo os procedimentos envolvidos;

Observar regularidades e estabelecer leis matemáticas que expressem a relação de

dependência entre variáveis.

Desenvolver pensamento geométrico, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

Interpretar e representar a localização e o deslocamento de uma figura no plano

cartesiano;

Produzir e analisar transformações e ampliações/reduções de figuras geométricas

planas, identificando seus elementos variantes e invariantes, desenvolvendo o

conceito de congruência e semelhança;

Ampliar e aprofundar noções geométricas como incidência, paralelismo,

perpendicularismo e ângulo para estabelecer relações, inclusive as métricas, em

figuras bidimensionais e tridimensionais.

Desenvolver competência métrica, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

Ampliar e construir noções de medida, pelo estudo de diferentes grandezas,

utilizando dígitos significativos para representar as medidas, efetuar cálculos e

aproximar resultados de acordo com o grau de precisão desejável;

Obter e utilizar fórmulas para cálculo da área de superfícies planas e para cálculo

de volumes de sólidos geométricos (prismas retos e composições desses prismas).

Desenvolver raciocínio proporcional, por meio da exploração de situações de

aprendizagem que levem o aluno a:

Representar em um sistema de coordenadas cartesianas a variação de grandezas,

analisando e caracterizando o comportamento dessa variação em diretamente

proporcional, inversamente proporcional ou não-proporcional;

Resolver situações-problema que envolvam a variação de grandezas direta ou

inversamente proporcionais, utilizando estratégias não-convencionais e

convencionais, como as regras de três.

11. Desenvolver raciocínio estatístico e probabilístico, por meio da exploração de

situações de aprendizagem que levem o aluno a:

Construir tabelas de freqüência e representar graficamente dados estatísticos,

utilizando diferentes recursos, bem como elaborar conclusões a partir da leitura,

análise, interpretação de informações apresentadas em tabelas e gráficos;

Construir um espaço amostral de eventos equiprováveis, utilizando o princípio

multiplicativo ou simulações, para estimar a probabilidade de sucesso de um dos

eventos.

Conteúdos Estruturantes

6º ano

Número

Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometria

Tratamento de informações

Conteúdos Específicos

Múltiplos e divisores

Divisibilidade e divisores

Frações

Frações equivalentes

Adições e subtrações de frações

Números decimais e medidas

Medidas de comprimento

Simetria axial

Eixo de simetria

Uma figura e sua simetria

Linguagem matemática

Expressões numéricas com parênteses e colchetes

Área e perímetro

Noções de área

Área de retângulo

Unidades e medidas de área

Possibilidades e estatísticas

Tabelas e gráficos de barra

Medidas Matemáticas

Porcentagem

Conteúdos Estruturantes

7º ano

Números

Álgebra

Geometria

Tratamento de informações

Conteúdos Específicos

Equações

Recursos de resolução de equação

Problemas de equação

Razões

Escalas

Proporção

Grandezas diretas e universalmente proporcionais

Regra de três simples

Regra de três composta

Porcentagem e cálculos de porcentagem

Ângulos e suas medidas

Operações com medidas de ângulo

Construção de polígonos regulares

Simetria axial

Unidades de área e de volume

Localizar pontos no plano

Gráficos de segmentos e gráficos de barra

Gráficos de setores

Conteúdos Estruturantes

8º ano

Números

Álgebra

Geometria

Tratamento de informações

Conteúdos Específicos

Adição e subtração de polinômios

Multiplicação e divisão de polinômios

Fatoração de polinômios dos produtos notáveis

Equação fracionaria

Ângulos notáveis e ângulos formados por paralelas e transversais

Soma das medidas internas dos ângulos internos de um triangulo

Soma das medidas dos ângulos de um polígono conexo

Simetria axial

Propriedade dos triângulos isósceles e eqüiláteros

Circunferência

Ângulos centrais e inscritos

Equações impossíveis e indeterminadas

Gráficos e equações do 1º grau

Simetrias de equações e problemas.

Conteúdos Estruturantes

9º ano

Números

Álgebra

Geometria

Funções

Tratamento de informações

Conteúdos Específicos

Potenciação

Radicais

Equação do 2º grau

Equações redutíveis no 2º grau

Sistema de equação

Problema do 2º grau

Segmentos proporcionais

Semelhança

Razões trigonométricas

Razões métricas e trigonométricas

Polígonos regulares

Área de figuras planas

Encaminhamento Metodológico

O ensino proposto fundamenta-se nas questões práticas, desenvolvendo a

aprendizagem do cálculo aritmético, da Geometria e das medidas levando a compreensão

da relevância de aspectos sociais, antropológicos, lingüísticos, além dos cognitivos, na

aprendizagem da Matemática, direcionando o ensino fundamental para a aquisição de

conhecimentos básicos necessários ao cidadão e não apenas voltadas para a preparação

de estudos posteriores, observando-se:

• importância do desempenho de um papel ativo do aluno na construção do seu

conhecimento;

• ênfase na resolução de problemas, na exploração da Matemática a partir dos

problemas vividos no cotidiano e encontrados nas várias disciplinas;

• importância de trabalhar com amplo espectro de conteúdos, incluindo já no ensino

fundamental, por exemplo, elementos de estatística, probabilidade e combinatória para

atender à demanda social que indica a necessidade de abordar esses assuntos;

• necessidade de levar os alunos a compreender a importância do uso da

tecnologia e a acompanhar sua permanente renovação.

A proposta curricular deve buscar a constantes reflexões que visem a desenvolver

práticas pedagógicas mais eficientes para ensinar Matemática. Observar os conteúdos

matemáticos para que não sejam tratados isoladamente e num único momento. A

retomada não deve ser apenas com a perspectiva de utilizá-los como ferramentas para a

aprendizagem de novas noções. Deve-se levar em conta que, para o aluno consolidar e

ampliar um conceito, é fundamental que ele o veja em novas extensões, representações

ou conexões com outros conceitos.

Também a importância de levar em conta o conhecimento prévio dos alunos na

construção de significados. Valorizar os conceitos desenvolvidos no decorrer das

vivências práticas dos alunos, de suas interações sociais imediatas, é privar os alunos da

riqueza de conteúdos proveniente da experiência pessoal. É importante a interpretação do

contexto, tomando cuidado com o que se supõe fazer parte do dia-a-dia do aluno. Embora

as situações do cotidiano sejam fundamentais para conferir significados a muitos

conteúdos a serem estudados, é importante considerar que esses significados podem ser

explorados em outros contextos como as questões internas da própria Matemática e dos

problemas históricos. Caso contrário, muitos conteúdos importantes serão descartados

por serem julgados, sem uma análise adequada, que não são de interesse para os alunos

porque não fazem parte de sua realidade ou não têm uma aplicação prática imediata.

A História da Matemática também um assunto específico, um item a mais a ser

incorporado ao rol de conteúdos, não deve ser tratado como a apresentação de fatos ou

biografias de matemáticos famosos. Do mesmo modo, a resolução de problema, não pode

se resumir em uma mera atividade de aplicação ao final do estudo de um conteúdo

matemático.

Os recursos didáticos, devem ter clareza do seu papel no processo ensino-

aprendizagem, bem como da adequação do uso desses materiais. É necessário o

desenvolvimento de atividades que incluam as Leis:11.645 “ História e Cultura afro-

brasileira e indígena”, Lei 13.381/01 “ História do Paraná ” e Lei 9.795/99 “ Meio

ambiente”, e que oportunizem ao educando o conhecimento das mesmas.

É importante analisar a natureza do conhecimento e que se identifiquem suas

características principais e seus métodos particulares como base para a reflexão sobre o

papel que essa área desempenha na aprendizagem, a fim de contribuir para a formação

da cidadania.

Numa reflexão sobre o ensino de Matemática é de fundamental importância ao

professor:

• identificar as principais características dessa ciência, de seus métodos, de suas

ramificações e aplicações;

• conhecer a história de vida dos alunos, seus conhecimentos informais sobre um

dado assunto, suas condições sociológicas, psicológicas e culturais;

• ter clareza de suas próprias concepções sobre a Matemática, uma vez que a

prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos

de ensino e as formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções.

O professor e o saber matemático para desempenhar seu papel de mediador entre

o conhecimento matemático e o aluno, o professor precisa ter um sólido conhecimento

dos conceitos e procedimentos dessa área e uma concepção de Matemática como ciência

que não trata de verdades infalíveis e imutáveis, mas como ciência dinâmica, sempre

aberta à incorporação de novos conhecimentos.

Ao se ensinar Matemática o professor deve ter consciência de que um

conhecimento só é pleno se for mobilizado em situações diferentes daquelas que serviram

para lhe dar origem. Para que sejam transferíveis a novas situações e generalizados, os

conhecimentos devem ser descontextualizados, para serem novamente contextualizados

em outras situações, o conhecimento aprendido não deve ficar indissoluvelmente

vinculado a um contexto concreto e único, mas que possa ser generalizado, transferido a

outros contextos. Devem desenvolver no aluno capacidades de natureza prática para lidar

com a atividade matemática, o que lhes permite reconhecer problemas, buscar e

selecionar informações, tomar decisões.

Por isso é fundamental levar em consideração o potencial matemático dos alunos,

reconhecendo que resolvem problemas, mesmo que razoavelmente complexos, ao lançar

mão de seus conhecimentos sobre o assunto e buscar estabelecer relações entre o já

conhecido e o novo.

O significado da atividade matemática para o aluno também resulta das conexões

que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos e também entre estes e as

demais áreas do conhecimento e as situações do cotidiano.

Ao relacionar idéias matemáticas entre si, podem reconhecer princípios gerais,

como proporcionalidade, igualdade, composição, decomposição, inclusão e perceber que

processos como o estabelecimento de analogias, indução e dedução estão presentes

tanto no trabalho com números e operações como no trabalho com o espaço, forma e

medidas.

O estabelecimento de relações é fundamental para que o aluno compreenda

efetivamente os conteúdos matemáticos, pois, abordados de forma isolada, eles não se

tornam uma ferramenta eficaz para resolver problemas e para a aprendizagem/construção

de novos conceitos.

A Matemática não pode ser tratada como aquela em que o professor apresenta o

conteúdo oralmente, partindo de definições, exemplos, demonstração de propriedades,

seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, e pressupõe que o aluno

aprenda pela reprodução. Assim, considera-se que uma reprodução correta é evidência

de que ocorreu a aprendizagem, pois a reprodução correta pode ser apenas uma simples

indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir alguns procedimentos mecânicos, mas

não apreendeu o conteúdo e não sabe utilizá-lo em outros contextos.

O processo ensino aprendizagem deve levar em conta o fato de que o aluno é

agente da construção do seu conhecimento, pelas conexões que estabelece com seu

conhecimento prévio num contexto de resolução de problemas, à medida que se redefine

o papel do aluno diante do saber, é preciso redimensionar também o papel do professor

que ensina Matemática no ensino fundamental e numa perspectiva de trabalho em que se

considere o aluno como protagonista da construção de sua aprendizagem, o papel do

professor é a de organizador da aprendizagem; para desempenhá-la, além de conhecer

as condições socioculturais, expectativas e competência cognitiva dos alunos, precisará

escolher os problemas que possibilitam a construção de conceitos e procedimentos e

alimentar os processos de resolução que surgirem, sempre tendo em vista os objetivos a

que se propõe atingir.

Além de organizador o professor também é facilitador nesse processo. Não mais

aquele que expõe todo o conteúdo aos alunos, mas aquele que fornece as informações

necessárias, que o aluno não tem condições de obter sozinho. Nessa função, faz

explanações, oferece materiais, textos etc.

Outra de suas funções é como mediador, ao promover a análise das propostas dos

alunos e sua comparação, ao disciplinar as condições em que cada aluno pode intervir

para expor sua solução, questionar, contestar. Nesse papel, o professor é responsável por

arrolar os procedimentos empregados e as diferenças encontradas, promover o debate

sobre resultados e métodos, orientar as reformulações e valorizar as soluções mais

adequadas. Ele também decide se é necessário prosseguir o trabalho de pesquisa de um

dado tema ou se é o momento de elaborar uma síntese, em função das expectativas de

aprendizagem previamente estabelecidas em seu planejamento.

Atua também como organizador ao estabelecer as condições para a realização das

atividades e fixar prazos, respeitando o ritmo de cada aluno.

Como um incentivador da aprendizagem, o professor estimula a cooperação entre

os alunos, tão importante quanto a própria interação professor-aluno. O confronto entre o

que o aluno pensa e o que pensam seus colegas, seu professor e as demais pessoas

com quem convive é uma forma de aprendizagem significativa, principalmente por

pressupor a necessidade de formulação de argumentos (dizendo, descrevendo,

expressando) e de validá-los (questionando, verificando, convencendo).

Para que o professor consiga desenvolver todas essas atividades de organizador,

mediador e avaliador é necessário que ele faça uso de novas metodologias através de:

Resolução de Problemas

Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a

partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de

aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um

problema, o estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que almejam a

solução.

Os professores devem se envolver em práticas metodológicas que apontam para

resolução de problemas, as quais tornam as aulas de Matemática mais dinâmicas e não

restringem o ensino de Matemática a modelos clássicos de ensino, tais como, exposição

oral e resolução de exercícios. A resolução de problemas pode possibilitar, aos

estudantes, compreender os argumentos matemáticos e ajudar a vê-los como um

conhecimento passível de ser apreendido por todos os sujeitos presentes no processo de

ensino e da aprendizagem.

É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são

metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem e

utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, à solução, na resolução de

problemas, isto não ocorre de forma imediata pois, muitas vezes, é preciso levantar

hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para

alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.

Etnomatemática

As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e

práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos ambientes culturais.

A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o exercício

da crítica e a análise da realidade. Nesse sentido, é importante valorizar a história dos

estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais. Reconhecer e

respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas

num processo de síntese reforçar suas próprias raízes. O seu enfoque deverá relacionar-

se a uma questão maior, como o ambiente do indivíduo e as relações de produção e

trabalho, assim como se vincular a manifestações culturais como arte e religião.

Modelagem Matemática

Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da

Matemática pode ser potencializado quando se problematizam situações do cotidiano. A

Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida.

A modelagem Matemática é entendida como sendo um ambiente de aprendizagem

no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática,

situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes

de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em

determinadas circunstâncias. Para a modelagem Matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando

suas soluções na linguagem do mundo real.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens oriundas da

modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao

possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática

docente, cujo resultado será um aprendizado significativo. A abordagem Matemática, por

meio da modelagem Matemática, em fenômenos diários, sejam eles, físicos, biológicos e

sociais, contribuem para análises críticas e compreensões diversas de mundo.

Mídias Tecnológicas

Atividades realizadas com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz

como a construção de gráficos, por exemplo, com o uso dos computadores ampliam-se as

possibilidades de observação e investigação, visto que algumas etapas formais de

construção são sintetizadas

Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,

potencializando formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a

visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira

passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo,

processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática.

As ferramentas tecnológicas interfaces são importantes no desenvolvimento de

ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos

tecnológicos enfatizam um aspecto fundamental na proposta pedagógica da disciplina: a

experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes conseguem

desenvolver argumentos e conjecturas relacionadas às atividades com as quais se

envolvem, sendo as conjecturas resultado dessa experimentação.

A Internet, segundo é outro recurso que também pode favorecer a formação de

várias comunidades virtuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de

aprendizagem. Muitas destas comunidades abrangem o campo da Matemática e

envolvem professores, alunos e interessados na área.

Enfim, o trabalho realizado com as mídias tecnológicas, insere formas

diferenciadas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de

conhecimentos.

O professor como avaliador do processo, também é parte integrante de seu

papel,ao procurar identificar e interpretar, mediante observação, diálogo e instrumentos

apropriados, sinais e indícios das competências desenvolvidas pelos alunos, o professor

pode julgar se as capacidades indicadas nos objetivos estão se desenvolvendo a contento

ou se é necessário reorganizar a atividade pedagógica para que isso aconteça. Também

faz parte de sua tarefa como avaliador levar os alunos a ter consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades para que possam reorganizar suas atitudes

diante do processo de aprendizagem.

Além da interação entre professor-aluno, a interação entre alunos desempenha

papel fundamental no desenvolvimento das capacidades cognitivas, afetivas e de inserção

social. Em geral, explora-se mais o aspecto afetivo dessas interações e menos sua

potencialidade em termos de construção de conhecimento. Ao tentar compreender outras

formas de resolver uma situação, o aluno poderá ampliar o grau de compreensão das

noções matemáticas nela envolvidas.

Também é necessário avaliar em conjunto essas relações em função dos papéis e

responsabilidades definidas para redirecionar os rumos do processo de ensino e

aprendizagem. Ao trabalhar com essas relações nas séries finais do Ensino fundamenta o

professor deve levar em conta que os alunos adolescentes/jovens atuam mais em grupo

do que individualmente e, por isso, a interlocução direta com um determinado aluno é

mais difícil de se estabelecer, principalmente diante de outros alunos. Tal fato exige do

professor uma profunda compreensão das mudanças pelas quais eles estão passando,

além da perseverança e criatividade para organizar e conduzir as situações de ensino de

modo que garanta suas participações e interesses.

Avaliação

Mudanças na definição de objetivos para o ensino fundamental, na maneira de

conceber a aprendizagem, na interpretação e na abordagem dos conteúdos matemáticos

implicam repensar sobre as finalidades da avaliação, sobre o que e como se avalia, num

trabalho que inclui uma variedade de situações de aprendizagem, como a resolução de

problemas, o uso de recursos tecnológicos, entre outros.

Nesse sentido, é preciso repensar certas idéias que predominam sobre o

significado da avaliação em Matemática, ou seja, as que concebem como prioritário

avaliar apenas se os alunos memorizam as regras e esquemas, não verificando a

compreensão dos conceitos, o desenvolvimento de atitudes e procedimentos e a

criatividade nas soluções, que, por sua vez, se refletem nas possibilidades de enfrentar

situações-problema e resolvê-las. Outra idéia dominante é a que atribui exclusivamente ao

desempenho do aluno as causas das dificuldades nas avaliações.

Na atual perspectiva da Matemática para o ensino fundamental, novas funções são

indicadas à avaliação, na qual se destacam uma dimensão social e uma dimensão

pedagógica.

No primeiro caso, atribui-se à avaliação a função de fornecer aos estudantes

informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas

socialmente, bem como aos professores identificar quais objetivos foram atingidos, com

vistas a reconhecer a capacidade matemática dos alunos, para que possam inserir-se no

mercado de trabalho e participar da vida sociocultural.

No segundo caso, cabe à avaliação fornecer aos professores as informações sobre

como está ocorrendo a aprendizagem: os conhecimentos adquiridos, os raciocínios

desenvolvidos, as crenças, hábitos e valores incorporados, o domínio de certas

estratégias, para que ele possa propor revisões e reelaborações de conceitos e

procedimentos ainda parcialmente consolidados.

Assim, é fundamental que os resultados expressos pelos instrumentos de

avaliação, sejam eles provas, trabalhos, registros das atitudes dos alunos, forneçam ao

professor informações sobre as competências de cada aluno em resolver problemas, em

utilizar a linguagem matemática adequadamente para comunicar suas idéias, em

desenvolver raciocínios e análises e em integrar todos esses aspectos no seu

conhecimento matemático.

As formas de avaliação devem feitas de formas simples e coerentes utilizar os

métodos de raciocínio lógico provas individuais com consultas a gráficos e elementos de

estatística, exercícios em grupos para desenvolver o trabalho em equipe e os conflitos de

idéias, também deve ser avaliado a criatividade do aluno para elaborar e resolver

questões do dia a dia com desafios competições e outros métodos para estimular os

alunos a ter interesse pela a disciplina podendo render mais e explorar seus

limites,contemplar também as explicações, justificativas e argumentações orais, uma vez

que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes nas

avaliações escritas.

Se os conteúdos estão dimensionados em conceitos, procedimentos e atitudes,

cada uma dessas dimensões pode ser avaliada por meio de diferentes estratégias. A

avaliação de conceitos acontece por meio de atividades voltadas à compreensão de

definições, ao estabelecimento de relações, ao reconhecimento de hierarquias, ao

estabelecimento de critérios para fazer classificações e também à resolução de situações

de aplicação envolvendo conceitos. A avaliação de procedimentos implica reconhecer

como eles são construídos e utilizados. A avaliação de atitudes pode ser feita por meio da

observação do professor e pela realização de auto-avaliações.

O grau de complexidade a ser avaliado é definido por critérios traduzidos em

afirmações que precisem o tipo de aprendizagem desejados. Por exemplo, numa situação

de aprendizagem em que se avalia a capacidade de resolver problemas abertos, os

critérios relevantes podem ser o planejamento correto da situação, a originalidade na

resolução e a variedade de estratégias utilizadas.

É fundamental que na seleção desses critérios se contemple uma visão de

Matemática como uma construção significativa, se reconheçam para cada conteúdo as

possibilidades de conexões, se fomente um conhecimento flexível com várias

possibilidades de aplicações, se inclua a valorização do progresso do aluno, tomando ele

próprio como o referencial de análise, e não exclusivamente sua posição em relação à

média de seu grupo classe.

Nesse sentido, a observação do trabalho individual do aluno permite a análise de

erros. Na aprendizagem escolar o erro é inevitável e, muitas vezes, pode ser interpretado

como um caminho para buscar o acerto. Quando o aluno ainda não sabe como acertar,

faz tentativas, à sua maneira, construindo uma lógica própria para encontrar a solução. Ao

procurar identificar, mediante a observação e o diálogo, como o aluno está pensando, o

professor obtém as pistas do que ele não está compreendendo e pode planejar a

intervenção adequada para auxiliar o aluno a refazer o caminho.

Embora a avaliação esteja intimamente relacionada aos objetivos visados, estes

nem sempre se realizam plenamente para todos os alunos. Por isso, constroem-se

critérios de avaliação com a função de indicarem as expectativas de aprendizagem

possíveis de serem desenvolvidas pelos alunos ao final de cada ciclo, com respeito às

capacidades indicadas. A determinação desses critérios deve ser flexível e levar em conta

a progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em

que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem se

concretiza.

A avaliação é parte integrante do currículo e não algo que se discute à parte. Ela

surge aqui apenas como um processo terminal. Mas, tendo em conta a natureza desta

atividade, necessariamente há que pensar como fazer e que características tem a

avaliação a desenvolver neste contexto. A necessidade de desenvolver uma prática

avaliativa alternativa coerente é um aspecto que é muito importante.

Para saber se um aluno é capaz de resolver uma equação, podemos trocar

coeficientes e sinais a uma que eleja tenha resolvido; mas para avaliar as suas

capacidades de enfrentar um problema novo, não vamos certamente trocar os semáforos

por um policial sinaleiro.

As características da avaliação são bem diferentes de uma avaliação relativa que

cada aluno é comparado com um grupo turma, mas sim uma avaliação, sobretudo

absoluta:

Mais absoluta do que relativa cada trabalho tem que ser apreciado de acordo com

os critérios gerais, mas também com critérios específicos que atendam à maneira como o

grupo abordou o problema (não se trata de comparar uns com os outros, mas de apreciar

o valor absoluto de cada trabalho).

São os seguintes:

A pertinência e viabilidade da resposta em relação com a situação proposta; a

relevância e correção dos aspectos matemáticos envolvidos; a qualidade da

argumentação; clareza, a organização e originalidade do trabalho.

Temos de compreender o que dizem (e o que não dizem) as notas. Estas teriam

sido mais elevadas com provas mais fáceis ou com mais treino em certos tipos de

exercícios e, no entanto, isso não significaria que os alunos afinal tinham uma boa

formação matemática, gosto pela matemática e compreensão da sua natureza, ou

capacidade para utilizá-la na resolução de problemas.

Referências PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais de Matemática. GUELLI, Oscar. Contando a História da Matemática. São Paulo: Ática, 2003. RAMOS, Luzia Faraco. Frações Sem mistérios. São Paulo: Ática, 2003. LOPES, Elizabeth Teixeira. Desenho Geométrico. São Paulo: Scipione, 1999. SMOOTHEY, Marion. Atividades e Jogos com Círculos. São Paulo: Scipione, 1998. SMOLE, Kátia Stocco (org.). Coleção Matemática de 0 a 6. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. SPINELLI, Walter. Matemática - Manual Pedagógico. São Paulo: Ática, 2002. PROJETO ARARIBÁ. Matemática - Guia e Recursos Didáticos BIANCHINI, Edwaldo/Matemática-Componente Curricular- 6ª Edição. São Paulo: Moderna 2006va

5.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

Apresentação da Disciplina

A língua estrangeira e moderna pode ser propiciadora da construção das identidades dos

alunos como cidadãos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel

exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira.

A aprendizagem da LEM também pode ser um meio para a progressão do trabalho e

estudos posteriores, bom como ser um constituinte das identidades dos alunos como

agentes críticos e transformadores.

Sendo assim a língua será vista como uma estrutura que faz intermediação entre o

individuo e o mundo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas

estruturas da língua; ela seria um elemento de ligação entre os dois.

A LEM funciona como meio para se ter o acesso ao conhecimento e, portanto, às

diferentes formas de pensar, de agir e de conceber a realidade o que propicia ao individuo

uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida. A escola, além de

capacitar o aluno a compreender e produzir enunciados corretos, propiciará condições de

atingir um nível de competência linguística com vistas a formação profissional, acadêmica

ou pessoal, conscientizando-o sobre a grande quantidade de línguas que nos rodeiam,

entendendo que o idioma inglês é um dos predominantes sendo um meio ou recurso

utilizado por milhões de seres humanos para se comunicarem e conduzirem suas vidas.

A aprendizagem de uma língua estrangeira é uma atividade emocional não apenas

intelectual. O aluno é um ser cognitivo, afetivo, emotivo e criativo.

A educação em língua estrangeira na escola, dá acesso às ciência e às tecnologias

modernas, à comunicação intercultural, ao mundo dos negócios e outros modos de

conceber a vida humana. Portanto é preciso, em primeiro lugar, descobrir, quem é nosso

aluno, que conhecimento de língua possui, em que realidade está inserido, para então

decidir de que maneira trabalhar. O professore deve ter sensibilidade suficiente para

perceber qual é o procedimento mais adequado para cada realidade, ser capaz de

perceber equívocos de encaminhamentos metodológico e corrigi-los se necessário,

trabalhar de maneira a incentivar o aluno a pensar e interagir na língua – alvo de modo que

ele aprenda e sistematize coincidentemente aspectos escolhidos da nova língua.

Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na LEM para ampliar seu

conhecimento de mundo e ser capaz de interferir criticamente na sociedade, é necessário

que ele desenvolva sua capacidade de ler, escrever, produzir e compreender enunciados

orais e para melhor aproveitamento desses elementos deverão ser trabalhados sempre

juntos.

Importância Histórica da Disciplina

O Inglês é uma língua basicamente anglo- saxônica, mas apresenta também

vocábulos de origem celta. Nota-se, ainda a grande influência do Latim trazido pelos

romanos, que perdurou mesmo após a partida dos conquistadores. Mas os povos que

fundamentaram a Língua Inglesa foram os anglos e os saxões.

A partir daí, sentiu-se a necessidade de fortalecer uso da Língua Inglesa devido o

bom relacionamento entre o Brasil e a Inglaterra e atualmente os fortes laços comerciais

com os Estados Unidos.

Sendo assim, o ensino formal da Língua Inglesa no Brasil teve início com o decreto

de 22 de junho de 1809. assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar

uma escola de Língua Francesa e outra de Língua Inglesa.

Inicialmente, o ensino de Inglês no Brasil teve, portanto, utilidade eminentemente prática,

visando a capacitar os profissionais brasileiros para a demanda do mercado de trabalho da

época e responder às necessidades de desenvolvimento do país, alavancadas pelas

relações comerciais com nações estrangeiras.

A Língua estrangeira tem um valioso papel construtivo como parte integrante da

educação formal. O aprendizado de outro idioma abre portas para o mundo, não só

propicia acesso à informação, mas também torna os indivíduos, e consequentemente, os

países, mais bem conhecidos pelo mundo.

A forte influência da Língua Inglesa deve-se ao fato desse idioma ocupar uma

posição privilegiada em relação às demais Língua Estrangeira.

Percebe-se que o Inglês vem dominando o campo dos negócios, da cultura e das relações

acadêmicas internacionais e assim tornando-se a segunda língua, com posições de

prestígio na sociedade. Há de considerar as necessidades linguísticas da sociedade e

suas prioridades econômicas, quanto a opção de línguas de significado econômico e

geopolítico em um determinado momento histórico. Isso reflete a atual posição do Inglês.

Já que a cultura é um processo em constante negociação, neste momento realizado em

condições políticos culturais de inter-relacionamento global. Isso torna-se particularmente

importante agora, quando as fronteiras tradicionais no mundo estão se abrindo.

É importante aprendizagem do Inglês com consciência crítica para que haja a

formulação de contra- discursos em relação às desigualdades entre países e entre grupos

sociais. Assim os indivíduos passam de meros consumidores passivos de cultura e de

conhecimento a criadores ativos: o uso de uma Língua Estrangeira é uma forma de agir no

mundo para transformá-lo.

Leis

Com base na Proposta Pedagógica os conteúdos e textos a serem trabalhados

serão selecionados e organizados de acordo a Legislação Vigente e abordados na medida

do possível as temáticas constantes nas seguintes leis:

Lei nº 10.639/03 e Deliberação do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira e Africana

Lei nº 11645/08 ( História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana)

Lei nº 9795/99 ( Política Nacional e Educação Ambiental)

Lei nº 13381/01 ( História do Paraná)

Lei nº 11343/06 ( Sistema Nacional de Política sobre Drogas)

Lei nº 11733/97 e 11734/97 ( Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST)

Conteúdo Estruturante:

Discurso como prática social

6º ano

Conteúdos Específicos

-Alfabeto

-Verbo to be

-Pronomes pessoais e de tratamento

-Números, dias da semana, meses

-Vocábulos presentes ao redor

-Aspectos gramaticais, colocação pronominal

-Comparação desse idioma com a língua materna

-Produção de pequenos textos

-Contextualização de textos

-Pronomes possessivos, interrogativos e de tratamento

-Números cardinais

-Aspectos gramaticais

-Tradução

-Uso de textos como pretexto para a escrita, de acordo com a realidade

-Interpretação de texto

-Identificar tema do texto

-Revisar verbo TO BE e outros nas formas afirmativa, negativa e interrogativa

-Vocabulário de diversos textos informativos sobre: roupas, família, profissão,

apresentação de pessoas, jogos, esportes, animais, cores, partes do corpo, instrumentos

musicais, endereços, alimentação

-Exploração de rótulos, informática e propagandas

-Descrição de lugares, pessoas

-Respostas curtas

Objetivos

- discussão sobre o tema a ser produzido

- leitura de textos sobre o tema

- produção e apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos

- analisar os recursos próprios da oralidade

- relacionar tema com o contexto atual

- reestruturação de textos

- utilizar adequadamente coerência e coesão

-relacionar tema com o contexto atual

- identificar a idéia principal do texto expressando-a com clareza

-demonstrar clareza na oralidade e escrita

- saber perguntar e responder sobre preferências, informações pessoais, etc.

- aproveitar os materiais disponíveis ao redor (roupas, música, mídia, panfletos, rótulos,

propagandas, tecnologia, manuais de instruções, etc.)

- entender a importância de se aprender inglês no mundo globalizado

- perceber as diferenças entre pronúncia e escrita

- observar a inserção da Língua Inglesa ao nosso redor

- entender a importância de aprender inglês

- aprender vocábulos básicos de bons modos

- comparar e contrastar a Língua Portuguesa e a Língua Inglesa

- entender as diferenças entre a pronúncia e a escrita

7º ano

Conteúdos Específicos

-Revisão do verbo To Be

-Coesão e coerência

-Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos

-Aprofundar o uso de How much e How many, contáveis e incontáveis

-Identificar a norma padrão na leitura e escrita

-Verbos auxiliares Do e Does

-Análise de músicas (leitura, tradução, interpretação, etc.)

-Pontuação, acentuação, ritmo na leitura e escrita concordância verbal e nominal

-What abaut, what kind, do you, I prefer, can, can’t

-Linguagem verbal e não verbal

-There is – there are, articles, adjectives, hour

-Ordinal and Cardinal numbers

-Identificação do tema do argumento principal

-Verbos nas formas afirmativas, negativas, interrogativas

-Pronomes possessivos, indefinidos

-Oralidade, escrita, leitura

Objetivos

- dar informações sobre seu dia-a-dia (cores, roupas, informações pessoais, etc)

- identificar a idéia principal e a seqüência do texto

- redigir pequenos textos

- expressar idéias claras e objetivas

- propiciar a leitura e comparação de textos entre alunos

- identificar a idéia principal e seqüência do texto

- práticas de leituras de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua

- observar intencionalidade e intertextualidade do texto

- questões que levem o aluno a interpretar e compreender e refletir o texto

- selecionar discursos como: entrevistas, cenas de desenhos, reportagens, etc.

- discussão sobre o tema a ser produzido

- leitura, produção, revisão, reestrutura e reescrita textual

- emitir opiniões sobre o texto em estudo

- comparar e contrastar textos com a turma

8º ano

Conteúdos Específicos

-Leitura de textos diversos sobre o papel da língua inglesa

-Produção de textos

-Comparação e contrastes de textos

-Tradução com/sem auxilio do dicionário

-Why, because

-Verbos to be e to have

-Pronomes , substantivos, adjetivos, advérbios

-Present continuous

-Linguagem formal e informal

-Identificação do tema, argumento principal e secundário

-Semelhanças e diferenças entre a linguagem formal e informal

-Verbos auxiliares do Does

-Grau comparativo e superlativo ( introdução)

-Elaboração de sentenças orais e escritas

-Question tag, falsos cognatos, conjunções

-Provérbios, locuções adverbiais e outras categorias como elementos do texto

-Ter noções gramaticais

-Palavra cruzada, jogos, encenações, filmes legendados, dramatizações, músicas

-Coesão , coerência, clareza, unidade temática, intencionalidade, finalidade, etc.

-Produção, tradução, reestruturação, reescrita de textos

-Usar flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo

Objetivos

- ler textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua: poéticos, literários ou não,

artigos de jornais e revistas

- interpretar, contextualizar, traduzir e opinar sobre leitura e produção textual

- analisar desenhos, cenas de filmes, trechos de músicas, propagandas, comerciais,

reportagem, textos midiáticos, outdoor, blog, anúncio publicitário, etc.

- aproveitar materiais que mostram a realidade do aluno: roupas, panfletos, tecnologia,

manuais, aparelhos eletrônicos, mídia, etc.

- saber comparar e contrastar produções

- comparar a língua materna com L.E.M.

- exercícios estruturais orais e escritos

- construir rótulos, receitas, histórias em quadrinhos, etc.

- ler textos diversos

- compreender e ler textos semelhantes aos estudados

- usar corretamente expressões afirmativas, interrogativas e negativas

- ter noções gramaticais

- socializar idéias

- discurso sobre o tema

- produzir textos orais e escritos usando recursos gráficos e linguísticos

9ª Série

Conteúdos Específicos

-Conscientização sobre o papel da Língua Inglesa no mundo globalizado, através de

leituras

-Modal Verbos

-Compreensão do uso do verbo auxiliar DO DOES

-Verbo to be passado was were

-Present Tense

-Leitura sobre a importância de Língua Inglesa

-Pesquisa vocabular

-Interpretação de filmes, tiras, charges, textos em quadrinhos, observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade

-Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos, etc

-Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas

-Adequar conhecimento adquirido à norma padrão

-Substantivos contáveis e incontáveis, conjunções, verbos modais, falsos cognatos

-Coesão, coerência, clareza, concordância nominal e verbal

-Preposições, plural, verbos regulares e irregulares

-Revisar o verbo To Be em todos os tempos, Simple past (did, was, were, etc.)

Objetivos

- ler e entender diversos textos sobre ações no presente e no passado

- expressar-se oralmente ou por escrito usando esses tempos verbais

- entender possíveis diferenças entre British English e Americam English... B.E. e ..A.E

- perceber a intencionalidade do uso do B.E e do A.E

- estimular a leitura e socialização das idéias dos alunos

- entender e comparar as culturas (valores, festas, costumes, tradições, ex:San Valentine,

Halloween, Thanksving Day, etc.)

- selecionar, ler, opinar, contextualizar diferentes situações

- dominar o vocabulário que lhe possibilite entender textos extracurriculares

- usar formas verbais e gramaticais na oralidade e escrita

- analisar, traduzir, contextualizar, músicas, trechos de filmes, comerciais, poema, etc.

- interpretar, dramatizar pequenos diálogos

- ler diversos textos que permitam ampliar o domínio da Língua

- pesquisar sobre reportagem, textos midiáticos, músicas, charges, imagens, etc

Encaminhamentos Metodológicos:

-Seleção, leitura, apresentação, tradução de textos

-Relevância do conhecimento prévio dos alunos

-Pesquisa, audição (cd-listening) debate, conversação, fluência

-Utilizar adequadamente os recursos gráficos e lingüísticos

-Utilizar flexões verbais demonstrando conhecimento de tempo e modo

-Dramatizações, desenhos, pesquisas, troca de experiências

-Leitura, produção, revisão, reestruturação e reescrita de textos

-Textos de diferentes Gêneros

-Sinopses de filmes

-Pesquisas de textos, músicas, traduções usando verbo To Be e observando tempos

verbais

-Seleção de textos referentes ao tema

-Inferências de informações implícitas

-Utilização de materiais diversos que enriqueçam a aula

-Produção de textos contextualizando e tornando-os significativos

-Dramatizações, desenhos, charges, conversação, exploração do meio

-Socialização de idéias

-Intertextualidade e intencionalidade do autor e do texto

-Práticas de leitura de diferentes textos

-Pesquisas

-Uso de dicionários

-Discussão sobre o tema

-Ilustrações, desenhos, pinturas, etc.

-Seleção e discussão de textos de acordo com o tema

-Leituras diversas

-Pesquisas, conversação, questionamentos

-Uso de dicionários

-Demonstrar entendimento do conteúdo através de desenhos, pinturas, tiras, etc.

-Socialização de idéias, reflexões

-Aula de Campo

-Seleção de textos referentes ao tema

-Análise dos recursos próprios da oralidade

-Dramatizações

-Desenhos

-Pesquisas

-Revisão textual

Recursos

-Materiais trazidos pelos alunos que demonstrem a influência da Língua Inglesa

-Dicionários, livros, revistas, jornais, músicas, pen-drive

-TV pen-drive

-Fitas de vídeos, CD

-Livros, revistas, jornais, panfletos,folhetos, propagandas.

-Tecnologia (celular, internet, aparelhos eletrônicos em geral)

-Mídia, embalagens, manual de instruções,

-Recursos audiovisuais,

-Análise de fotos, mapas,

Instrumentos de Avaliação

-Provas orais e escritas

-Trabalhos individuais e escritos e em equipes

-Exercícios avaliativos

-Desenvoltura na oralidade (iniciação/básico)

-Uso de aspectos gramaticais referentes ao conteúdo

-Demonstrar interesse em pesquisar e ampliar conhecimentos nos temas sugeridos

-Pesquisas

-Avaliar aspectos de assiduidade como participação, interesse, procedimentos e atitudes

no desenvolvimento das tarefas, pontualidade na entrega e exposição de trabalhos

solicitados. Seu esforço dever ser reconhecido seu “erro” entendido como parte integrante

da aprendizagem e ponto de partida para o professor prosseguir ou retomar seu trabalho.

O aluno será avaliado diariamente através da demonstração de conhecimentos na

oralidade e pequenos registro de suas próprias produções.

Exploração, oralidade

-Leitura e compreensão de textos

-Analisar a intencionalidade do autor

-Analisar os recursos da oralidade e escrita em cenas

-Provas escritas individuais/duplas

-Trabalhos em equipes

-Apresentação e produções de textos/trabalhos/desenhos/dramatizações, etc.

-Produção de textos orais e escritos

-Debates

-Identificar o tema

-Emitir opiniões

-Apresentar clareza nas em suas idéias

-Utilização de recursos lingüísticos

Avaliação

A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e não

apenas constar um certo nível do aluno. Está implícito também que não se avaliam só os

conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, indo além do que se

manifesta até a identificação das causas. A avaliação assim entendida oferece descrição e

explicação; é um meio de se compreender o que se alcança e por que se toma desse

modo, uma atividade iluminadora e alimentadora do processo de ensino aprendizagem

uma vez que dá retorno ao professor sobre como melhorar o ensino, possibilitando

correções no percurso e retorno ao aluno sobre o seu próprio desenvolvimento.

A avaliação deverá ser feita, não somente através de testes, mas, também, deverão

ser levados em consideração para fins de avaliação outros aspectos como: participação e

interesse, procedimentos e atitudes, pontualidade na entrega e exposição de trabalhos e

pesquisas, sendo assim de forma continua.

O aluno precisa estar envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é

construto do conhecimento. Seu “esforço” deve ser reconhecido e seu “erro” entendido

como parte integrante da aprendizagem.

Assim espera-se diversidade nos formatos de avaliação, de modo a oferecer

diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso, pois ela é um ponto

de referência para outras ações.

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para

a construção de saberes, deve ser contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos.

Além de ser útil para verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,

principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas

de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber

quais são os conhecimentos - lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e

as práticas – leitura, escrita ou oralidade – que ainda não foram suficientemente

trabalhados e que se precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva

interação do aluno com os discurso em língua estrangeira.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.). Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná. MARQUES, Amadeu, TAVARES, Kátia, PRESTON, Susanna. Password: Read And Learn - Livro do Professor. São Paulo: Ática, 1997 FERRARI, Mariza Tielmann. English Clips - Livro do Professor. São Paulo: Scipione, 2001. MORINO, Eliete Canesi, FARIA, Rita Brugin de. Hello! - Livro do Professor. São Paulo: Ática, 2003. ROCHA, Ana Luiza Machado. Take Your Time - Livro do Professor. São Paulo: Moderna, não consta. ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões Comunicativas do Ensino de Línguas. Campinas: Pontes, 1993. ROLIM, MIRIAN. Insights Into English - Livro do Professor. São Paulo: FTD, 1998. LEFFA, Vilson J. O Professor de Línguas: Construindo a Profissão. Pelotas: Educat, 2006. OLIVEIRA E PAIVA, Vera Lúcia Menezes de. Ensino de Língua Inglesa. Campinas, SP: Pontes Editores, 2005.

5.9 ENSINO RELIGIOSO

Dimensão Histórica da Disciplina de Ensino Religioso

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos

escolares brasileiro. Antes chamado de ensino da religião católica apostólica

romana, religião oficial do Império, conforme determinava a Constituição de

1824. Após a proclamação da Republica, o ensino passou a ser laico, publico,

gratuito e obrigatório.

A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso continuou como

disciplina na escola publica, porem facultativa. Já nas constituição de 1937, 1946

e de 1967 foi mantido como matéria de currículo , de freqüência livre para o

aluno, de acordo com o credo da família.

Na década de 1960 o Ensino Religioso perdeu sua função catequética

devido a duas questões, primeiramente pelo estado brasileiro ser laico e

segundo pela escola publica estar preocupada exclusivamente com a formação

do cidadão . Na constituição de 1967 o Ensino Religioso de matricula facultativa,

constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e

médio. Segundo a LDB 4.024/61 mantinha em seu artigo 97 o caráter facultativo

da disciplina e afirmava que o Ensino Religioso não poderia acarretar ônus aos

poderes públicos.

O Ensino Religioso confessional e publico só se concretizou legalmente com

a LDB de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. Assim o

Ensino Religioso na educação brasileira,tornou-se laico e pluralista com a

intenção de impedir qualquer forma de pratica catequética nas escolas publicas

Apresentação da Disciplina

Para a compreensão da razão de ser do Ensino religioso é preciso partir de uma

concepção de educação que a entenda como um processo global, integral, enfim, de uma

visão de totalidade que reúne todos os níveis de conhecimento, dentre os quais está o

aspecto religioso.

Trabalhar a disciplina de Ensino Religioso na comunidade escolar, respeitando o ser

humano como um todo, levando em conta suas diferenças.

Objetivo Geral

Resgatar, o sagrado isto é a busca de experiências que perpassa as diferentes culturas

expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras mais recentes.

Objetivos Específicos

. estudar as diferentes manifestações do sagrada no coletivo analisando e

compreendendo-o como cerne de experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no

universo cultural

. resgatar o sagrado, buscando explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas

expressas tanto nas religiões mais sedimentadas, como em outras manifestações recentes

. perceber os processos históricos de constituição do sagrado, buscando explicitar os

caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam em

territórios sagrados, e a criação das tradições.

Encaminhamento Metodológico

A disciplina de Ensino Religioso deve ser trabalhada de um enfoque que atenda à

pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garanta a liberdade religiosa.

Utilizar-se das tecnologias de comunicação, aliadas aos estudos relativos à

aprendizagem, para ampliar as possibilidades de compreensão dos processos de

apropriação de novos saberes ao longo da vida, condição essencial para a vida em

sociedade, fazendo a superação de modelos lineares e fragmentado de compreensão da

realidade e na busca de outros referencias que permitam uma análise mais complexa de

sociedade.É essa realidade que se coloca como desafio para a disciplina.

O processo de ensino e de aprendizagem via à construção/produção do

conhecimento e ou, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da

dúvida – real ou metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e,

também , da exposição competente de conteúdos formalizados.

Ou seja, se opõe a um modelo educacional que centra o ensino na transmissão dos

conteúdos pelo professor, o que esvazia as possibilidade de participação dos alunos e não

respeita a diversidade religiosa.

O processo ensino aprendizagem deve expressar a necessária reflexão em torno

dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais e

contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas

também no âmbito religioso entre os países e, de forma mais restrita no interior de

diferentes comunidades.

O Ensino Religioso deve ser desvinculado das tradicionais aulas de religião, e a

inserção de conteúdos que tratem da diversidade manifestações religiosas, dos seus ritos,

das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais,

políticas e econômicas de que são impregnadas. Deve ser tratado como disciplina escolar,

com a definição consistente de seus conteúdos escolares, da produção de referenciais

didático-pedagógicos e científicos. Os conteúdos tratados na escola devem ter a ótica

como objeto de conhecimentos e não como profissão de fé e de crença.

As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da

diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente, e que,

portanto, são marcada por aspectos econômicos, políticos e sociais.

Segundo a citação de Costkla na DCE, pg. 23. parágrafo 7º, dessa forma,

reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento, sem excluir do horizonte os

valores éticos que fazem parte do processo educacional. Em outras palavras, pode-se

dizer que aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto

supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo

que o expressa. Essa condição implica na superação da identificação entre religião e

igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por

isso, o Ensino Religioso não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma

espécie de licitação para as Igrejas.

A disciplina deve abordar todas as religiões como conteúdos uma vez que o

sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de

diferentes sociedades. Segundo a DCE, na pg. 24, a disciplina de Ensino Religioso

subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na

forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação

ou negação do sagrado.

O Ensino Religioso também deve aborda e trabalhar o sagrado dentro da História e

Cultura Afro Brasileira e Africana Lei nº10.639/03, História e cultura Afro Brasilieira,

Indigena e Africana Lei nº 11654/08, Politica Nacional de Educação Ambiental Lei nº

9795/99, História do Parana Lei nº 13381/01, Sistema Nacional de Politicas sobre Drogas

Lei 11343/06 e Educação Sexual e Prevenção á AIDS e DST Lei nº 11733/97

conscientizando os alunos das diferenças e problemas da sociedade atual.

Conteúdos Estruturantes

Paisagens Religiosas

Símbolos

Textos sagrados

Conteúdos Específicos

6º ano

Respeito à diversidade religiosa

Lugares sagrados

Textos sagrados orais e escritos

Organizações religiosas

7º ano

Universo simbólico religioso

Ritos

Festas religiosas

Vida e morte

Avaliação

A abordagem avaliativa no contexto escolar remete a concepção de ensino

aprendizagem construída na formação acadêmica e pedagógica de cada educador. Essa

concepção interfere a influência no fazer pedagógico e no cotidiano escolar. O ponto de

partida para conceber a avaliação de ensino, esta nos questionamentos que são

elaborados frente a avaliação que se pretende implantar para a formação básica do

cidadão.

Nesta ótica a avaliação é condição para análise do educador e do educando,

provocando reflexões sobre as práticas e processo de aprendizagem, não podendo ser

compreendida como um ato de meramente aprovação ou reprovação.

Neste contexto, o ensino religioso como área de conhecimento é componente da

matriz curricular integrantes da Base Nacional Comum do Ensino Fundamental também

inclui no desenvolvimento do cotidiano escolar a avaliação, num conjunto de ações que

tem a função de aprofundar os conhecimentos, propondo questionamentos para informar,

esclarecer, opinar, discernir, participar e decidir orientando os educandos para o exercício

da cidadania.

Logo, a definição dos planos com seus objetivos, conteúdos e prática didática são

elementos essenciais para dar sentido ao processo avaliativo no ensino religioso. Na

pedagogia desses procedimentos incluem-se os princípios éticos, estéticos e políticos para

a construção do pensamento crítico, criativo e sensível, pois esta é parâmetro da

aprendizagem dos educandos.

Referências PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ensino Religioso. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação-SEED, Curitiba-Paraná – 2009. ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.). Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Ensino Religioso. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba - Paraná. FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO. PCNs: Ensino Religioso. São Paulo: Ave Maria, 1997. OLENIKI, Marilac Loraine R. Encantar: Uma Prática Pedagógica no Ensino Religioso. Petrópolis-RJ: Vozes, 2003. CNBB. O Que é Ecumenismo? Uma Ajuda para Trabalhar a Exigência do Diálogo. São Paulo: Paulinas, 2000. Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001. MICHAELIS: Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

ENSINO MÉDIO

5.10 ARTE

Apresentação da Disciplina

A Arte está presente desde os primórdios da humanidade, sendo fundamental

ao ser humano. Ela é uma forma de trabalho com objetos naturais, o homem pôde

transformá-los em ferramentas. “Um sistema de relações inteiramente novas entre

determinada espécie e o resto do mundo, vem a ser estabelecido pelo uso das

ferramentas” (FISCHER, 1979, p.23).

Depois de imitar os objetos que via na natureza, o homem passou a criá-los e

humanizá-los. O trabalho exigia um sistema de novos meios de expressão e

comunicação ultrapassando os poucos sinais conhecidos pelo mundo animal. A

linguagem surgiu juntamente com o trabalho, “somente o trabalho e através do

trabalho é que seres vivos passam a ter muito o que dizer uns dos outros” (FISCHER,

1979, p.30).

O ser humano transforma o mundo pelo trabalho. Ele passa de animal em

homem, tornando-se um ser capaz de simbolizar. O ser humano que primeira vez se

disfarçou com pele de animal a fim de lograr sua presa, ou aquele que criou uma

marca, um signo para identificar uma pedra ou alterou a sua forma, foi responsável

pela criação da arte.

A atividade com signos sempre apareceram no homem como uma forma de

necessidade de expressão de poder e domínio sobre a natureza. Com pinturas

(representações gráficas) que ainda existem nas cavernas, de flautas de ossos ou de

outros instrumentos criados por esses homens, conseguimos identificar relatos de

suas crenças, seus sonhos, seus sentimentos espirituais e suas necessidades.

Na história humana e em todas as culturas podemos constatar a presença

da arte, seja em objetos ritualísticos, utilitários, estéticos, mesmo que, às vezes,

intuitivamente, precedendo contextos históricos (sons, imagens, gestos,

dramatização, representações, símbolos, etc).

Arte é um processo de humanização e o ser humano como criador, se

transforma e transforma, produzindo novas maneiras de ver, sentir e fazer que

são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.

A história social da Arte que as formas artísticas não são exclusivamente

formas de consciência individual, mas também exprime uma visão do mundo. Essas

formas são dependentes do modo de produção social, isto é, em cada cultura, em

cada momento histórico, as transformações da sociedade determinam condições para

uma nova atitude estética.

Tornando-se consciente na sua existência individual e social, o homem se

percebe, se interroga, sendo levado a interpretar. Surgindo na história como um ser

cultural, o homem age culturalmente, apoiado na cultura e dentro de uma cultura, isto

é, os valores culturais vigentes constituem o clima mental para o seu agir, mesmo que

ele seja estritamente pessoal, nele se elaboram possibilidades culturais.

Segundo Ostrower (1987, p.13) a cultura é definida como: “formas materiais e

espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se

comunicam e cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas

para a geração seguinte”. Além da cultura erudita, é contemplada nas escolas a

cultura de diversas etnias e de classes sociais, contribuindo para uma visão

integradora entre o erudito e o popular. Esta relação leva a uma valorização de nossa

própria cultura e valoriza o aluno como sujeito do processo pedagógico.

Nesse sentido, a escola constitui-se num espaço privilegiado para uma

educação que dialogue entre o particular e o universal. A disciplina de Arte deve

manter este diálogo estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e

vivência com a imagem, com sons, com os movimentos e, períodos nessa

perspectiva, estará proporcionando ao educando o ver, a ouvir criticamente, a

interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de fruição e expressão

artística e social.

Bosi entende que as visões de mundo, espírito na época, ideologias de classes

e de grupo são todos universos de valores, complexos superestruturais que se fazem

presentes e ativos na hora de criação artística.

Objetivo Geral

- Levar o aluno à apropriação do conhecimento em Arte, contextualizando-o, dando um

significado à arte dentro de um processo contínuo de fazer, sentir e ver, percebendo novas

maneiras de ver o mundo. Num processo contínuo de adquirir conhecimentos sobre a

diversidade de criação e pensamento expandindo sua capacidade de pensamento crítico e

social.

Objetivos Específicos

- Identificar os principais elementos constituintes da arte na sociedade: sistema de arte, a

arte popular e a indústria cultural numa visão de transformação social;

- Compreender os elementos formais que constituem e organizam música, as artes

plásticas/visuais,a dança, o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se

organizaram;

- Diferenciar os conteúdos estruturantes da disciplina de arte e suas articulações com as

demais disciplinas.

- Valorizar em vários aspectos da diversidade cultural e das desigualdades sociais, tais

como: as que são expressas nas obras de arte produzidas pela humanidade em tempos e

espaços diferentes e as dos alunos que estão na escola, considerando sua origem

cultural, grupo social e as manifestações artísticas que produzem significados de vida para

eles, tanto na produção, quanto na fruição;

- Sistematizar o conhecimento de suas próprias produções, virando atuação do sujeito em

sua realidade singular e social;

- Motivar o fazer de trabalhos artísticos na escola, nas áreas em que for possível pelas

condições de formação do professor e/ou materiais da escola e do educando;

- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação

das mídias e outros.

Conteúdos Estruturantes

A importância de trabalhar os conteúdos de forma organizada e seqüenciada,

simultaneamente dentro das quatro linguagens (dança,música, teatro e artes visuais)

deve-se levar em consideração também a divisão em duas séries do Ensino Médio – 1ª e

2ª séries do Ensino Médio distribui-se a História da Arte e ao mesmo tempo abordar de

forma significativa os conteúdos estruturantes (elementos formais, composição,

movimentos e/ou períodos, tempo e espaço) articulando entre as quatro linguagens

artísticas, porém deve-se ter os elementos estruturantes como base,e não inicialmente

trabalhar com a história da Arte linear.

Sempre ter em vista que os movimentos correspondem ao imaginário social,

representando uma determinada consciência social. Nas quatro áreas de Arte, às vezes,

um determinado movimento artístico não corresponde ao mesmo período histórico na

música, teatro, dança ou artes plásticas/visuais.

Quanto ao trabalhar com as leis da Legislação Vigente:

Lei nº 10.639/03 e Deliberação do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira e

Africana)

Lei nº 11645/08 (História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana)

Lei nº 9795/99 ( Política Nacional de Educação Ambiental)

Lei nº 13381/01 ( História do Paraná)

Lei nº 11343/06 ( Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas)

Lei nº 11733/97 e 11734/97 ( |Educação Sexual e Prevenção á AIDS e DST)

Estas legislações devem ser abordadas, na medida do possível, de forma

contextualizada.

O educando terá que relacionar o homem e o mundo compreendendo o sujeito

em sua totalidade, tendo como perspectiva um melhor relacionamento consigo e com o

outro. Para que isso aconteça é necessário profeciar análise, compreensão e produção

nas quatro Linguagens Artísticas permitindo a interação crítica dos conhecimentos

adquiridos com outras realidades sociais.

“Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu

entorno. Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e bens

culturais da região, bem como outras produções de caráter universal”(PARANÁ, 2008, pg.

72).

É nesse processo intelectual e sensível que o educando terá uma visão humano-

social e as possibilidades de transformação da realidade existente.

Conteúdos Estruturantes e Específicos- Ensino Médio 1ª Série

Elementos Formais Composição Movimentos e

Períodos

ARTES

VISUAIS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Forma

Desenho, pintura, performance,

fotografia, gravura, escultura,

bidimensional, figurativo,

semelhanças, contrastes, ritmo

V.,tridimensional, abstrato,

perspectivas, instalações, paisagem,

natureza-morta, história em

quadrinhos, dobraduras, modelagem.

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

MÚSICA

Densidade

Intensidade

Altura

Duração

Timbre

Ritmo, melodia, harmonia, técnica

vocal, instrumental, eletrônica,

informática, mista improvisada.

Gêneros: popular, étnico, folclórico,

pop, contemporâneo, erudito, clássico.

Música Oriental

Ocidental Africana

Popular Brasileira

Paranaense

DANÇA

Movimento corporal,

tempo, espaço.

Composição, dinâmica,

aceleração,ponto de apoio, salto,

queda, formação,

deslocamento,improvisação, eixo,

rotação.

Gêneros: espetáculo, étnica, folclórico,

circular, salão, moderna,

contemporânea, popular.

Dança Africana

Oriental

Ocidental

Brasileira

Paranaense

Popular

TEATRO

Personagem:expressões

corporais, vocais,

gestuais, faciais, ação,

espaço.

Técnicas: jogos teatrais, mímica e

encenação, direto, indireto.

Gêneros: tragédia, comédia,

caracterização, cenográfica,

sonoplastia, figurino, direção e

produção. Drama, épico,

representação na mídia.

Conteúdos Estruturantes e Específicos – Ensino Médio 2ª Série

DANÇA MÚSICA

ELEMENTO

S

FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS

E PERÍODOS

ELEMENT

OS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

Duração

Timbre

Tempo

Altura

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Gêneros: Popular

Clássico

Industrial

Cultural

Contemporâneo

Modal

Tácnicas:

Vocal

Instrumental

Eletrônica

Informática

Mista

Improvisada

Múria de

Vanguarda

Expressionista

Música

Engajada

Música

Contemporânea

Industrial

Cultural

Popular

Movimento

corporal,

tempo,

espaço.

Níveis alto,

médio, baixo, a

linha da dança,

eixo dinâmica,

aceleração,

ponto de apoio,

salto, queda,

rotação,

deslocamento,

improvisação,

composição,

cenografia.

Gênero: Popular

Contemporâneo

Industrial Cultural

Modalidade

Popular, Pop,

Clássica

Dança de

Vanguarda

Dança Popular

Dança

Contemporânea

Dança Engajada

Industrial

Cultural

Latino Americano

ARTES VISUAIS TEATRO

Elementos

Formais

Composição Movimentos

e Períodos

Elementos

Formais

Composição Movimentos

e Períodos

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Semelhanças

Contrastes

Ritmo

Visual

Perspectiva

Arte de

vanguarda

Industria

Cultural

Arte

Contemporânea

e Digital

Arte Latino

Americano

Cultura Afro

Personagem

Expressão

corporal,

vocal,

gestuais e

faciais.

Ação

Espaço

Encenação

Leitura dramática

Representação

Caracterização

Sonoplastia

Figurino

Direção

Produção

Roteiro.

Arte de

Vanguarda

Teatro Greco-

Romano

Teatro

Engajado

Teatro Latino

Americano

Teatro do

Oprimido

Técnicas:Pintura

Desenho

Modelagem

Performance

Fotografia

Gravura

Escultura

Gêneros:

Paisagem

Natureza-morta

Histeria em

quadrinhos

Grafite

Brasileira

Arte Engajada

Gênero:

representação na

mídia, tragédia,

comédia, drama e

épico.

Teatro

Realista

Encaminhamento Metodológico

As Diretrizes Curriculares Nacionais (2008),estabelecem a importância do

professor considerar para quem, como,porque e o que será trabalhado em termos

metodológicos e que o trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser

humano tem com a arte: produzir arte,desenvolver um trabalho artístico,ver, sentir e

perceber as obras artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma

contemplamos,na metodologia do ensino da Arte, estas três dimensões, ou seja,

estabelecemos como eixo o trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e perceber, que são

as formas de leitura e apropriação e o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao

aluno um sentir/ perceber e um trabalho mais sistematizado,superando o senso comum do

conhecimento empírico.

Tendo em vista que os três eixos constituem-se numa totalidade, o trabalho em

sala de aula iniciará por qualquer um deles, ou pelos três simultaneamente. O importante é

que no final das atividades com o conteúdo desenvolvido, todos os três eixos tenham sido

tratados com os alunos.

O sentir e o perceber é possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para

que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da Arte. Esse

eixo envolve também a leitura dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética.

A leitura das obras artísticas se dá inicialmente pelos sentidos, sendo que a

percepção e fruição serão superficiais ou mais aprofundadas, de acordo com as

experiências e conhecimentos que o aluno tiver em sua vida.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura e

apropriação com conhecimento sobre Arte, para que o aluno possa interpretar as obras de

Arte e a realidade, transcendendo as aparências, aprendendo através da Arte, parte da

realidade social.

A humanização dos objetos e dos sentidos realiza-se tanto na apreciação livre

dos objetos, quanto na percepção mediada pelo conhecimento estético sistematizado.

O conhecimento estético transforma-se através do tempo, em função dos modos

de produção social, o que implica para o aluno conhecer como se organizam as várias

formas de produzir arte, como também, amaneira pela qual a sociedade estrutura-se

historicamente.

A prática artística (o trabalho criador) é a expressão privilegiada do aluno, é o

momento do exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldade que as escola

encontra para desenvolver estas práticas,elas são fundamentais, pois a Arte não pode ser

aprendida somente de forma abstrata, o processo de produção do aluno acontece quando

ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.

O início deste encaminhamento se dará pelos elementos estruturantes

organizando-se nos diversos movimentos da história da Arte (conhecimento estético),eixo

norteador,o trabalho artístico e a análise deste para o outro eixo que é o sentir e o

perceber.

Na elaboração dos trabalhos artísticos, devemos ter em mente a importância da

aula teórica e como subsídios os conteúdos estruturantes – elementos formais,

composição, movimentos e/ou períodos, tempo e espaço (conhecimentos de maior

amplitude,conceitos que se constituem em partes importantes, basilares e fundamentais

para a compreensão de cada uma das áreas de arte e, ao mesmo tempo, em que se

constituem em elemento fundamental de uma área, têm correspondência de importância

nas outras áreas),que podem ser trabalhados simultaneamente nas quatro linguagens

artísticas (música, dança, teatro e artes visuais).

Artes Visuais

Segundo o que diz as Diretrizes a prática pedagógica, que o professor aborda

deve ter a produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados,também

formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.

É importante o trabalho com as mídias pois estão presentes no cotidiano de

nossos alunos e de forma que os educandos gostem pode-se atingir o objetivo final que é

o conhecimento com prazer.

O trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto, o aluno deve realizar

trabalhos referentes ao : fazer, sentir e ver, assim estará teorizando e mostrando o seu

saber artístico de forma estética,de conhecimento num contexto social.

Dança

De acordo com as Diretrizes é fundamental buscar no encaminhamento das aulas

a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que as compõem.

Segundo (MARQUES, 2005, P.23), “dança não é somente um meio ou recurso

para “relaxar”, para soltar emoções, “para expressar-se espontaneamente”, para trabalhar

a coordenação motora ou até para acalmar os alunos”.

A dança deve proporcionar o desenvolver os aspectos cognitivos interagindo com

processos mentais, possibilitando a compreensão estética da arte levando-se em conta o

elemento central da Dança que é o movimento corporal.

Música

Segundo o que diz as Diretrizes ao trabalhar música é importante contextualizá-la

apresentando suas características específicas e mostrar que as influências de regiões e

povos misturam-se em diversas composições musicais, sendo, que o aluno poderá

vivenciar tais situações apreciando, analisando e produzindo instrumentos e arranjos

musicais e outros.

Teatro

No que diz as Diretrizes o conceito de Teatro na escola deve ser de uma forma

artística que aprofunda e transforma a visão de mundo, e que dramatizar é a construção

social do homem em seu processo de desenvolvimento.

O teatro deve oportunizar a análise, a investigação e a composição de

personagens, enredos e de espaços de cena fazendo a interação crítica dos

conhecimentos trabalhando com outras realidades socioculturais.

A importância dos meios tecnológicos, como recurso de pesquisa, como a

internet, vídeos, DVD’s, filmadora, celulares, serão meios de incentivo para

enriquecimento na execução dos trabalhos na quatro linguagens artísticas.

As experiências com mais diferentes materiais também são outra forma de

enriquecer e inovar os vários estilos de trabalhos realizados no desenvolver das

atividades.

Avaliação

A avaliação proposta na disciplina de Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica

por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos

alunos; processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O

planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor,

da classe, sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.

Deve-se considerar que os alunos tem um capital cultural que é o conhecimento

que cada um diferentemente aprende em outros espaços sociais (família, grupos,

associações, religião e outros) e um percurso escolar também distinto entre os mesmos,

pois pela amplitude do conhecimento artístico (música, artes visuais, teatro e dança) e as

condições humanas e materiais na escola, viabilizam uma certa unidade na aprendizagem

de Arte nas escolas.

É fundamental que nos primeiros dias de aula seja realizado um levantamento

das formas artísticas que os alunos tem conhecimento, como tocar um instrumento

musical, dançar, desenhar ou desenhar.

Estes diagnósticos, são a base para o planejamento das aulas, pois mesmo que

já estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados,a forma e a profundidade de sua

abordagem depende do conhecimento que os alunos possuem. Essa é outra dimensão da

avaliação, a zona de desenvolvimento proximal, conceito desenvolvido por Vigotsky e

tratada no livro de Luckesi. A distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado

pela capacitação de desenvolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento

potencial, determinado através de resolução de um problema sob a orientação de um

adulto em colaboração com outro colega é denominado de zona de desenvolvimento

proximal.

O conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os colegas de sala

e ao mesmo tempo é a referência para o professor propor abordagens diferenciadas. Por

exemplo, conteúdo a ser trabalhado com o aluno que possui um conhecimento, técnica ou

habilidade deve servir para que ele possa ampliá-lo e sistematizá-lo, já que o aluno

conhece esse conteúdo deve ser iniciado na sua aprendizagem.

“Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os

colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor

abordagens diferenciadas”(DC.EB, pg. 82).

Para possibilitar uma avaliação coerente tanto individual quanto coletiva, é

necessário vários instrumentos de avaliação:

Diagnóstico inicial, durante o percurso e final;

Pesquisas bibliográficas e de campo;

Debates em forma de seminários e simpósios;

Provas teóricas e práticas;

Registros em forma de relatórios, gráficos, áudio-visual e outros.

Trabalhos artísticos nas Quatro Linguagens.

Obs.: trabalho individual e também em grupo.

No entanto a avaliação do processo ensino-aprendizagem é um processo

contínuo, permanente e acumulativo, e que deve ser realizado com responsabilidade

respeitando a individualidade de cada educando.

Em caso de trabalhos com “peso”, notas, há alguns critérios que podem ajudar o

professor a organizar o sistema de avaliação, como: a originalidade, a criatividade, a

técnica e a própria pesquisa de materiais.

A avaliação não visa “classificar” os alunos em “talentosos”,bem dotados ou não.

Deve ser vista sempre como um recurso que contribui para a aprendizagem do aluno, um

instrumento através do qual o professor poderá acompanhar a aquisição de conhecimento

para poder, até mesmo, dar prosseguimento ao processo ensino-aprendizagem.

Referências Diretrizes Curriculares Nacionais, Arte e Artes SEED, Imprensa Oficial do Paraná, Curitiba, 200. BARBOSA, A.M. B. A Imagem no Ensino da Arte: anos 80 e novos tempos. São Paulo:Perspectiva, 1996. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática,1991. OSTROWER, Fayga. Universo de arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983. PARANÀ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. QUEIROZ, Maria Lucia Ker Cavalcante de. Projeto escola e cidadania: São Paulo: Editora do Brasil, 2000. Cadernos Temáticos. Educando para as relações étnico-racionais: Curitiba DEED/PR, 2006. OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do Intelecto. Rio de janeiro: Elsenier, 1998. 7ª edição. JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do Ensino do Teatro. Campinas – São Paulo: Papirus, 2001. RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas – São Paulo: Mercado de Letras, 2003. LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições – 17ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. KUENZER, acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. – 4ª ed. São Paulo, 2005.

5.11 BIOLOGIA

Apresentação da Disciplina

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

“Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais.” (FERNANDES, 2005, p. 04)

A Biologia é um ramo da Ciência que estuda os seres vivos (do grego Bioç- Bios=

Vida e Logos= Estudo). Debruça-se sobre as características e o comportamento dos

organismos, a origem de espécie e indivíduos, e a forma como estes interagem uns com

os outros e com o seu ambiente. A Biologia abrange um espectro amplo de áreas

acadêmicas freqüentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu

conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas.

A vida é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela

bioquímica e pela genética molecular, ao nível da célula pela biologia celular e à escala

multicelular pala fisiologia, pela anatomia e pela histologia. A biologia do desenvolvimento

estuda a vida ao nível do desenvolvimento ou ontogenia do organismo individual.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou

o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte

deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência

humana.

Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos

diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar

a natureza.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos

teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que evidenciam o

esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-se,

na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas,

políticas e sociais impulsionaram essa construção.

Fundamentação Teórica

O domínio dos conhecimentos biológicos para a compreensão dos debates

contemporâneos, constitui apenas uma das finalidades do estudo dessa ciência no âmbito

escolar. As ciências biológicas reúnem algumas respostas às indagações que vêm sendo

formuladas pelo ser humano, ao longo de sua história, para compreender a origem, a

reprodução, a evolução da vida e da interação. Representam também uma maneira de

enfrentar as questões com sentido prático que a humanidade tem se colocado, desde

sempre, visando à manutenção de sua própria existência e que dizem respeito à saúde, à

produção de alimentos, à produção tecnológica, enfim, ao modo como interage com o

ambiente para dele extrair sua sobrevivência.

Portanto, os conhecimentos de Biologia permitem ampliar o entendimento sobre o

mundo vivo e, especialmente, contribui para que seja percebida a singularidade da vida

humana em relação aos demais seres vivos, no que diz respeito a sua capacidade de

interação no meio.

Os conhecimentos de Biologia têm uma abordagem por competência, permitindo,

assim, que o individuo, diante de situações de vida, tome uma decisão, identifique ou

enfrente um problema, julgue um impasse ou elabore um argumento. Desta forma o

contexto e a interdisciplinaridade são essenciais.

Encaminhamento Metodológico

A problematização dos conteúdos constitui, atualmente, num dos recursos

metodológicos fundamentais que permitem esclarecer, em parte, vários questionamentos

que os professores enfrentam.

Um trabalho metodológico pensado a partir da problematização dos conteúdos

permite que não apenas o aluno descubra, perceba e interprete determinados elementos

culturais, mais que o professor também pesquise, busque e crie situações educativas

criativas.

O PPC desta escola segue as orientações propostas pelo DCE de Biologia,

considerando os conteúdos estruturantes como grandes eixos de conhecimento que

identificam e organizam o estudo da disciplina e, por serem históricos, são frutos do

processo de aquisição de conhecimento por parte do ser humano em relação ao mundo

que o cerca:

* Organização dos seres vivos;

* Mecanismos Biológicos;

* Biodiversidade;

* Manipulação Genética.

A Biologia tem como objeto de estudo da vida a relação dos seres vivos

com o meio, e, resultado de todas as interações realizadas neste âmbito,

mediante o desenvolvimento de uma lógica mais abstrata nos educandos, para

aprender os fatos, os processos e os fenômenos do mundo, realizados face à

interferência dos seres que nele vivem, em suas trocas dinâmicas como o meio.

O Ensino da Biologia deve estar voltado à apropriação do conhecimento

biológico e ao desenvolvimento da responsabilidade social e ética dos alunos,

inseridos no movimento da sociedade pela conquista da cidadania. É importante

lembrar que a simples quantidade de informações, por si só, não capacita o aluno

a apreender o mundo em que vive, nem a agir sobre ele, para a realização desta

conquista.

O propósito do Ensino de Biologia deve ser a de contribuir para ampliar o

entendimento que o indivíduo tem da sua própria organização biológica, do lugar

que ocupa na natureza e na sociedade e, das possibilidades de interferir na

dinamicidade dos mesmos, através de uma ação mais coletiva, visando a

melhoria da qualidade de vida.

O professor de Biologia, por melhor preparado que seja, não pode

pretender dominar toda a ciência especializada, em termos do domínio dos

conhecimentos científicos, das técnicas e tecnologias mais modernas. Não

parece ser possível, tampouco, ao professor de Biologia, ensinar aos seus alunos

a essência da atividade científica, simplesmente pelo fato de não vivenciá-la de

modo pleno em si mesmo. Do mesmo modo, torna-se impossível confundir as

funções do laboratório de ensino da escola média, com os laboratórios de

pesquisas científicas; são duas instâncias diversas e com objetivos específicos,

em relação à ciência.

Assim sendo, o trabalho do professor tem um caráter eminentemente

pedagógico em um processo pelo qual o aluno vai decodificando a linguagem

científica e se apropriando de elementos dessa linguagem, passando a utilizá-la

como ferramenta de ação criativa, no seu dia-a-dia.

Isso não implica em negar a importância e a necessidade da busca

constante de fontes básicas de produção científica, por serem estes os alicerces

fundamentais para ações educativas, em se tratando de ciência.

O professor de Biologia precisa estar atento às mudanças que ocorrem na área das

ciências e, levar para sala de aula as implicações científicas e tecnológicas concernentes

às pesquisas no campo biológico, enfatizando a forma e importância como tais

conhecimentos são importantes para a compreensão da vida contribuindo para a formação

cidadã do indivíduo.

Compreende-se como “alfabetizado”, em Biologia, o que é reafirmado por

KRASILCHICK (1991:3) aquele individuo que é capaz de :

A) Entender a natureza da Biologia como ciência, suas possibilidades e

limitações;

B) Distinguir ciência de tecnologia, compreendendo as especificidades de

cada uma delas;

C) Compreender as características da Biologia como instituição social, as

relações entre pesquisa e desenvolvimento e, as limitações sociais do

desenvolvimento cientifico;

D) Conhecer os conceitos básicos e a linguagem da ciência biológica;

E) Interpretar dados numéricos e informações técnicas e tecnológicas; Saber

onde e como buscar a informação e os conhecimentos biológicos;

A disciplina de Biologia no Ensino Médio deve, acima de tudo, oportunizar

ao educando uma maior aplicação dos conhecimentos dessa área, no seu

cotidiano. Isso implica em buscar estratégias e metodologias para que este

ensino supere a fragmentação, a memorização de nomenclaturas técnicas e o

agregado de informações desconexas, desvinculados da realidade do aluno.

A sala de aula deve ser um espaço construtivo de conhecimento e de

interações constantes com o saber historicamente produzido, onde professor e

aluno sejam pesquisadores que formulem suas próprias questões, procurem

evidências não confirmadas, lancem hipóteses, consultem fontes bibliográficas,

realizem experimentos e elaborem conceitos, ações estas efetivamente próprias

de um ensino ativo.

O desenvolvimento do conhecimento biológico, em sala de aula, é o

ensino da organização da vida, em construção contínua e permanente, em que se

dinamiza com o trabalho pedagógico, a apreensão do conhecimento mediante

novas operações do pensamento e novas aplicações do conhecimento

trabalhado, em que as experiências e o saber de cada um sejam enrijecidos.

O aprofundamento destas questões é uma oportunidade para o

estabelecimento do diálogo interdisciplinar, em que as especificidades das

diversas disciplinas são compreendidas na ação docente, sendo este um espaço

de formação continuada do professor e do seu avanço inteligível em relação à

sua área de atuação, às suas relações sociais e intervenções em seu meio.

Concluímos que, se ao estudante não for colocada a oportunidade de

questionar, duvidar e interferir na dinâmica desenvolvida, este não se sentirá em

condições de decidir ou utilizar aquele conhecimento, tanto no plano individual

como na perspectiva de sua comunidade e, relações sociais mais amplas.

Resumindo o conhecimento biológico trabalhado no Ensino Médio, tem

características próprias, requerendo, além do desenvolvimento pedagógico

anteriormente descrito, a capacidade de abstração conceitual como condição

necessária, para o educando elaborar generalizações, proposições e esquemas

explicativos adequados à sua compreensão das coisas, podendo interferir no seu

entorno e aplicar, conscientemente, os conhecimentos aprendidos, nas suas

práticas, em benefício de si próprio e da sociedade.

Objetivos Gerais

O objetivo do estudo de Biologia está inserido no fenômeno da Vida em

sua diversidade de manifestações:

a) identificar os fenômenos que caracterizam, por conjuntos, os processos

organizados e integrados em todos os âmbitos da vida,

b) Perceber o sistema vivo como fruto de interação de seus elementos

constituintes e da interação entre os sistemas e demais componentes de seu

meio.

c) Reconhecer os fenômenos biológicos, identificando os principais

conceitos que caracterizam os seres vivos;

d) articular conceitos biológicos com outras disciplinas ou áreas de

conhecimento;

e) interpretar textos, ou outras formas de representação, científicos e

tecnológicos, emitindo as necessárias críticas;

f) expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos

biológicos;

g) formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados, utilizando elementos da Biologia;

h) reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico,

fruto da conjugação de fatores sociais, políticos e econômicos culturais, religiosos

e tecnológicos;

j) identificar as relações entre o conhecimento cientifico e o

desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições

de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.

Conteúdos Estruturantes – 1ª série

Organização dos Seres Vivos;

Mecanismos Biológicos;

Manipulação Genética.

Conteúdos Específicos

Reprodução;

Desenvolvimento embrionário

Histologia Animal;

Conteúdos Estruturantes – 2ª série

Organização dos Seres Vivos;

Mecanismos Biológicos;

Biodiversidade.

Conteúdos Específicos

Introdução aos animais e estudo de Porífera e de Cnidária;

Platyhelminthes e nematoda;

Mollusca e annelidia

Artrópode e echinodermata;

Cordata;

Vírus

Origem e classificação das plantas;

Diversidade morfológica entre as bactérias;

Os grupos de protozoários;

Classificação dos fungos.

Conteúdos Estruturantes – 3ª série

Organização dos Seres Vivos;

Mecanismos Biológicos;

Manipulação Genética.

Conteúdos Específicos

Visão histórica da genética;

A primeira lei de Mendel e a herança dos grupos sangüineos;

Pleiotropia, interação gênica e herança quantitativa;

Genes ligados, permutação e mapas genéticos;

Hereditariedade e cromossomos sexuais;

Biotecnologia;

Evolução;

Genética de populações e espécies;

Ecologia;

Se, por um lado os conteúdos se tornam a-históricos e enciclopédicos, por outro,

não se abre mão do conhecimento científico que garanta o objeto de estudo de Biologia.

O ensino de Biologia deve centrar-se na construção a partir de práxis do professor.

Trazer os conteúdos de volta para as aulas, mas numa perspectiva diferenciada onde se

retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus

determinantes políticos, sociais e ideológicos.

Os Conteúdos Estruturantes devem levar a compreensão do fenômeno VIDA, cuja

preocupação está em estabelecer critérios para seleção de conhecimentos desta disciplina

à serem abordados no decorrer do Ensino Médio.

O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes deve ocorrer de forma integrada,

ou seja, à medida que se discute um conteúdo específico do Conteúdo estruturante

Biodiversidade, por exemplo, necessita-se de conhecimentos sobre os mecanismos

biológicos e organização dos seres vivos para compreender porque determinados

fenômenos acontecem e como a vida se organiza na terra e quais implicações dos

avanços biológicos são decorrentes.

Pretende-se compreender o processo de construção do pensamento biológico

presente na história da ciência e reconhecer a ciência como uma construção humana,

enquanto luta de idéias, solução de problemas e proposição de novos modelos

interpretativos, não atendendo somente para seus resultados.

As explicações para o surgimento e a diversidade da vida levam a proposição de

conhecimentos científicos os quais conviveram e convivem com outros sistemas

explicativos como, por exemplo, os teológicos, filosóficos e artísticos.

Com a introdução de elementos da história torna-se possível compreender que há

uma ampla rede de relações entre a produção cientifica e os contextos sociais, econômico,

político e cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes

teorias cientificas está associada ao momento histórico em que foram propostas e aos

interesses dominantes do período.

Ao considerar o embate entre as diferentes concepções teóricas propostas para

compreender um fato cientifico ao longo da história, torna-se evidente dificuldade de

consolidação de novas concepções em virtude das teorias anteriores pois estas podem

agir como obstáculos epistemológicos.

Torna-se importante então, considerar a necessidade de se conhecer e respeitar

as diversidades sociais, culturais e as idéias primeiras do aluno, como elementos que

também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levem

a compreensão do conceito VIDA.

Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno, é necessário

favorecer o debate em sala de aula que oportunize a reflexão contribuição para a

formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca conhecer a compreender a

realidade.

O ensino de Biologia deve estar voltado a prática social, problematização,

instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.

A prática social caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma

visão sindrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo à ser trabalhado.

Já a problematização é o momento para detectar e apontar as questões que precisam ser

resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que

conhecimentos são necessários para a resolução destas questões, e as exigências sociais

da aplicação desse conhecimento. A instrumentalização consiste em apresentar os

conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento

de construção pessoal e profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das

ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de exploração em

que vivem.

Avaliação

O homem vive avaliando tudo o que observa. E o aluno é conduzido por toda a

comunidade para agir bem para que possa ter um “bom” resultado da avaliação.

À vontade de aprender é inata. A capacidade de aprender é inata. A socialização

induz algumas atitudes que maximizam e outras que condicionam a vontade de aprender.

Assim, a aprendizagem passa a depender do conhecimento de que existe uma avaliação

feita por alguém, de algum modo e em algum momento.

Toda a ação efetuada pelo aluno é avaliável. Com escalas e registros mais ou

menos adequados é possível avaliar a cooperação, a confiança, a responsabilidade, a

participação, a utilização da biologia, o raciocínio, a comunicação, a aquisição de

conceitos, a análise de conceitos e a resolução de problemas.

A avaliação formativa permite avaliar em todos os momentos letivos. Cada

movimento do aluno é observável pelo professor que o avalia imediatamente e de forma

construtiva.

Segundo a DCE de ciências-2008 “a avaliação é a atividade essencial do processo

de ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos escolares e, de acordo com a Lei de

diretrizes e bases nº 9394/96, deve ser continua e acumulativa em relação ao desempenho

do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Neste aspecto a avaliação deve ser mediadora, e não classificatória.

Avaliar significa respeitar os conhecimentos alternativos do aluno, construídos no cotidiano,

nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos

pedagógicos e instrucionais diversos.

É preciso valorizar também “erro” como ponto de partida, para que possa se

perceber o que o aluno esta pensando e como se estabelece sua rede de conceitos e

significados. De esta forma criar recursos que favoreçam o aprimoramento do conhecimento

científico para a superação de obstáculos.

A compreensão de um conceito científico implica em significados claros, precisos,

diferenciáveis e transferíveis (AUSEBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980).

Desta forma a avaliação devem ser diversificadas e considerar outras relações além

das obtidas em sala de aula, observando o desenvolvimento intelectual e individual do

indivíduo.

Critérios de avaliações

Todas estas áreas podem ser incluídas em testes de avaliação escrita. Contudo, a

vivência de situações diferenciadas em situação de aula, a discussão de assuntos

controversos, a condução e a observação de atividades experimentais, sua interpretação e

conclusão, implicam a seleção da informação e comunicação de resultados e conduzem de

uma forma mais completa, não só à compreensão do que é Ciência, como fornecem mais

contextos onde os alunos podem ser avaliados dentro dos seguintes contextos:

.Abordagem problematizadora: conhecimento de situações significativas apresentadas e

percepção da necessidade de conhecimentos científicos escolar para solucionar problemas.

Relação conceitual: Uso de conceitos teóricos para a produção e ampliação do

conhecimento

Relação interdisciplinar: obtenção do conhecimento resultante da investigação da

natureza e comparação com outras disciplinas

Pesquisa: Organização, redação, sistematização de idéias, entendimento e vocabulário em

trabalhos orais.

Leitura Cientifica: apropriação do conhecimento, a utilização em debates, exposições de

trabalhos, utilização em práticas cotidianas.

Atividade em grupo: Participação no grupo, confronto de idéias, desenvolvimento de

atitudes de espírito de equipe.

Atividades experimentais: elaboração de hipóteses analise e interpretação de resultados,

conclusões e resultados.

Recursos instrucionais: leitura e interpretação.

Lúdico: Imaginação, a exploração do conteúdo, a curiosidade, interesse e capacidade de

articulação com o conteúdo.

Provas: apropriação do conhecimento.

Avaliação oral, participação no grupo, expressão oral com coesão, relacioção de conceitos

pré-adquiridos com os conteúdos da aula.

Os objetivos do ensino poderão ser alterados pelas avaliações efetuadas, pois o

professor poderá utilizar-se de instrumentos diversificados, fazendo com que o aluno seja

avaliado como um todo, através de atividades em grupo, apresentação de pesquisas,

relatórios de aulas de laboratório, debates, relatório de visitas, trabalhos científicos,

participação em feira de ciências, análises dissertativas e questões objetivas referente ao

assunto estudado, podendo assim explorar todas as competências e habilidades de seu

alunado.

A avaliação em Biologia deve ser vista como instrumento de aprendizagem que

permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos. Deve ser

entendida como a prática ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes que o interesse

contemplando a aprendizagem de conceitos biológicos, superando sua habitual limitação à

rememoração receptiva de conteúdos conceituais. Como instrumento de melhoria de

ensino.

A avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. A partir de uma

tomada de decisão, o aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e

organiza-se para as mudanças necessárias.

A avaliação como instrumento reflexivo que planeje um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar nos

obstáculos.

Referências

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2009. ACOT.P. História da Ecologia. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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MMA/IBAMA, 1994.

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AZEVEDO, F.de. A Cultura Brasileira. 3 ed. São Paulo: melhoramentos, 1958.

BIZZO, N.V.; COLS. Graves Erros de Conceitos em Livros Didáticos. Ciência hoje 21

(121); 25-26. (jun. 1996).

________. Perspectivas em Epistemologias e Histórias das Ciências. (org. André Luís

Mattedi Dias et. Al) Feira de Santana: 1997, p. 135-149..

BRETON, P. História da Informática. São Paulo: UNESP, 1991.

GARDNER, H. A Nova Ciência da Mente: Uma História da Revolução Cognitiva. São

Paulo:EDUSP, 1995.

GIL-PEREZ, de.; CARVALHO, A.M.P. Formação de Professores de Ciências. São

Paulo: Cortez, 1993.

KNELLER, G. A Ciência como Atividade Humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.

KRASILCHICK, M. O Ensino de Biologia. Coletâneas do III Encontro Nacional de Ensino

de Biologia. São Paulo: Faculdade de Educação- USP, 1991.

LEVY, P.As Tecnologias da Inteligência: O Futuro do Pensamento na Era da

Informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

MATURANA ROMECIN; H; VARELLA, G.F. A Árvore do Conhecimento. São Paulo:

PSY, 1996.

MOLES, A. A. A Criação Científica. São Paulo: Perspectiva/ EDUSP, 1971.

ODUM, E. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998.

PINTO, A. Ciência e Existência: Problemas Filosóficos da Pesquisa Científica. São

Paulo: Paz e Terra, 1979.

5.12 EDUCAÇÃO FÍSICA

Dimensão Histórica da disciplina de Educação Física

Para situarmos a E.F no Brasil, precisamos retratar vários momentos da nossa sociedade. Em um

primeiro momento a E.F recebeu conhecimento de médicos e da instrução militar, a E.F então era

denominada ginástica que surgiu, a partir de uma preocupação com a saúde e formação moral dos

cidadãos brasileiros.

Nesse contexto a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era

exigência da nova ordem em formação. Então, a disciplina confundia-se com a prática da ginástica, pois

incluía exercícios físicos baseados nos moldes médicos-higiênicos.

Com a proclamação da República, veio a necessidade da discussão sobre as instituições no ano

de 1882, a disciplina tomou a dimensão de formar corpos fortes e cidadão, preparador para defender a

Pátria.

O que foi um grande marco para a mesma, pois ficou o componente militar dominou métodos de

ensina E.F nas escolas brasileiras.

No final da década de 1930 e início da década de 1940, ocorre um processo chamado

desmilitarização, da Educação Física brasileira, nesse momento ouve a propagação do esporte.

Nesse contexto, as aulas de E.F assumiram os códigos esportivos de rendimento, competição,

comparação de recordes, regulamentação rígida e a racionalização de meios e técnicas. Ouve a

preocupação de propagar códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com a reflexão crítica desse

conhecimento.

Com o golpe militar no Brasil, em 1964 o esporte passou a ser tratado com maior ênfase nas

escolas. Nesse contexto, o esporte consolidou sua hegemonia como objetivo principal nas aulas de

Educação Física, com o enfoque para competições, desempenho de alunos. A escola era usada para

preparação de atletas, prontos para representar o país em competições nacionais e internacionais.

Após, ouve a influência da corrente psicomotora, tais fundamentos valorizam a formação integral

da criança, a acreditar do que esta se dá no desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos,

afetivos e motores.

A Educação Física era subordinada a outras disciplinas sem valor contextual.

Nesse período, a comunidade da E.F se fortaleceu com a expansão da pós-graduação nessa área

do Brasil. Nesse momento possibilitou muitos professores uma formação não mais restrita às ciências

naturais e biológicas.

Então ouve a aprovação da lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDB n.93944196 o

MEC) apresentou os (PCN). No mesmo as diversas concepções pedagógicas ali apresentadas valorizam

o individualismo a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir e oportunizar o acesso que

oportunize a formação crítica.

Então, a educação do estado do Paraná, entende a escola como um espaço que, dentre outras

funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido pela humanidade, junto com esse

o objeto de estudo, cultura corporal, a educação física proporciona o conhecimento e à reflexão crítica de

inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, o que

contribui para a formação de um ser humano crítico e reflexivo, considerado o sujeito um agente histórico,

político social e cultural.

Objetivos da Educação Física no Ensino Médio

A Educação Física, na condição de disciplina curricular, conectada aos objetivos da escola

no Ensino Médio, deve possibilitar aos alunos:

Experimentar vivências corporais diversificadas, independentemente de suas

qualificações prévias ou aptidões físicas e desportivas, por meio das práticas da

cultura corporal, de jogos, esportes, lutas, ginásticas, entre outras manifestações,

possibilitando a compreensão da natureza histórica, social e cultural dessas

práticas;

Entender a necessidade do lazer como manifestação cultural em suas diferentes

formas de expressão (praticar esportes; viajar; ler um livro; ir ao teatro; ao circo ou

ao cinema; passear no parque; assistir a um show, etc.);

Desenvolver a iniciativa, a criatividade, a autonomia, o trabalho em equipe, a

resolução de problemas, a abertura ao multiculturalismo, a autoconfiança e as

capacidades avaliativas.

Encaminhamento Metodológico

Conhecer o caminho pela qual a Educação Física passou, nesses longos anos de intensas e

importantes mudanças auxilia muito o professor a desenvolver seu trabalho dentro da atual concepção da

Educação Física defendida pelas Diretrizes Curriculares.

As diretrizes curriculares do Paraná nos dizem que para iniciarmos uma discussão sobre os

fundamentos teóricos metodológicos é necessário reconhecer alguns dos problemas pela qual a

Educação Física atual passa. Ela cita Shardakov (1978) que diz que é preciso superar:

A persistência do dualismo corpo-mente como base científico-teórica da Educação Física

que mantém a cisão teoria-prática e dá origem a um aparelho conceitual desprovido de

conteúdo real [...];

A banalização do conhecimento oferecido da cultura corporal, pela repetição mecânica de

técnicas esvaziadas de valorização subjetiva que deu origem a sua criação;

A restrição do conhecimento oferecido aos alunos, obstáculos para que modalidades

esportivas [...] possam ser apreendidas na escola, por todos, independentes de condições

físicas, de etnia, sexo ou condição social;

A utilização de testes e medidas padronizadas, não como forma de acesso aos

conhecimentos oriundos do esporte de rendimento, mas com objetivos exclusivos de aferir

o nível das habilidades físicas, ou como instrumentos de avaliação do desempenho

instrucional dos alunos nas aulas de Educação Física;

A adoção da teoria de pirâmide esportiva como teoria educacional;

A falta de uma reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento de aptidão física e sua

contradição com a reflexão sobre a Cultura Corporal;

E ainda, BETTI escreve que, muitos conteúdos são deixados de trabalhar nas escolas pelos

motivos dos profissionais da Educação Física não dominarem tais conteúdos, ou por acreditarem que

a escola não possui nem espaço e nem material apropriado, ou ainda por acharem que os alunos

não gostariam de aprender outros conteúdos e ainda a resistência dos professores face às novas

propostas de ensino onde se dividindo o ano letivo em quatro bimestres, oferecendo o basquetebol, o

handebol, o futebol e o voleibol.

É, portanto, necessário que a educação Física fundamente-se nas reflexões, principalmente nas

necessidades de educação atual, objetivando sempre a valorização da educação dos alunos.

A disciplina de educação Física é de grande importância no processo pedagógico, pois [...] é

parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-

pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na

escola. (PARANÁ, 2008). Sua articulação com as demais disciplinas é de grande valia, pois, as

outras disciplinas integrantes do currículo escolar vêem a contribuir para o melhor entendimento da

Cultura Corporal e de sua complexidade.

As atividades a serem desenvolvidas na Educação Física, devem possibilitar aos alunos a ter

acesso ao conhecimento que foi e que continua sendo produzido pela humanidade e relacioná-los

com as praticas corporais, não só num contexto, mas ao histórico, político, econômico e social.

Tendo as palavras anteriores como reflexão, entende-se que as práticas pedagógicas devem ir além

da preocupação com o desempenho esportivo, com a aprendizagem motora, com a aptidão física, a

estética, etc...

Há uma necessidade de analisar o modelo atual de ensino, pois, conforme nos diz as Diretrizes

Curriculares do Paraná, esse modelo de ensino muitas vezes não contempla a riqueza das

manifestações corporais produzidas pelos diferentes grupos na sociedade humana. A partir das

relações do homem com o próprio homem e dele com a natureza, que está relacionada com a vida

em sociedade, os seres humanos desenvolveram muitas habilidades, aptidões físicas e estratégicas

para garantir a sobrevivência. Por tanto é a relação do homem/homem e homem/natureza que dá

sentido à existência humana e a materialidade corporal que constitui “um acervo de atividades

comunicativas com significados e sentidos lúdicos, estéticos, artísticos, místicos antagonistas

(ESCOBAR, 1995, apud. PARANÁ 2008), tornando-se um objeto de estudo e de ensino, que é a

Cultural Corporal”.

As Diretrizes Curriculares do Paraná nos mostram um novo caminho a ponto de romper com a

maneira tradicional pela qual o Ensino da Educação Física tem passado nos apresenta um trabalho

que é necessário interligar e integrar as práticas corporais, tão comentada, de uma forma mais

reflexiva e contextualizada, que segundo ela, é possível por meio dos Elementos Articulares, que

são:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Lucidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo Do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – Técnica e tática;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

Cultura Corporal e Corpo: Nesse elemento articulador, o corpo do ser humano é entendido

na sua totalidade, pois segundo PARANÁ (2008), o ser humano é o seu corpo, que sente, pensa e

age. O corpo deve ser valorizado e analisado de uma forma crítica em relação à beleza (estética)

e a saúde, que são vinculados a mídia e ao mercado, onde utilizam o corpo como ferramenta e

meio de consumo.

Cultura Corporal e Lucidade: O lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e

se constitui nas interações sociais e “o professor deve lançar mão das diversas possibilidades que

o lúdico pode assumir nas diferentes práticas corporais”. (PARANÁ, 2008). Quando um ser

humano vivência uma atividade lúdica, ele consegue estabelecer conexões entre o imaginário e o

real e ainda reflete sobre os papéis que o mesmo assumiu nas relações com o grupo.

Cultura Corporal e Saúde: Nesse elemento articulador, há alguns elementos a serem

considerados como constitutivos da saúde são: nutrição, aspectos anátomo-fisiológicos da

atividade corporal, lesões e primeiros socorros e o doping. Pode-se trabalhar ainda a questão da

sexualidade, dos meios utilizados para alcançar a “saúde perfeita” a qualquer custo, o uso de

entorpecentes e seus efeitos sobre a saúde, o excesso de exercícios físicos, entre tantos outros.

Nessas Diretrizes, os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma

responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio

de práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos. (PRANÁ, 2008).

Cultural Corporal e Mundo do Trabalho: Nesse elemento articulador, podemos nos

concentrar nas relações sociais da produção e de assalariamento. Pois se pode analisar o

processo e as conseqüências da passagem do esporte/atleta amador (amadorismo) para o

esporte/atleta profissional (profissionalização esportiva).

Cultura Corporal e Desportivização: A desportivização das práticas corporais é

conseqüência da supervalorização do esporte na atual sociedade e ela segundo Paraná (2008)

deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais.

Cultural Corporal- Técnica e Táticas: Nas mais diversas manifestações corporais, têm

presentes elementos técnicos e táticos “[...] elementos que constituem e identificam o legado

cultural das diferentes práticas corporais, [...] trata-se, sim, de conceber que o conhecimento sobre

estas práticas vai muito além dos elementos técnicos e táticos” (PARANÁ, 2008).

Cultura Corporal e Lazer: O lazer torna-se elemento articulador dos conteúdos estruturantes

da Educação Física, na medida em que por meio dele, os educandos poderão refletir a discutir as

mais variadas formas de lazer em diferentes grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias,

das comunidades culturais e a maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo

disponível.

“O Lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como veículo de educação

(educação pelo lazer)” (PARANÁ, 2008). Assim o professor de Educação Física, em suas aulas,

deve procurar educar para o lazer, trabalhando para transmitir o que é desejável em se tratando

de valores, funções e conteúdos, como nos diz as Diretrizes Curriculares do Paraná.

Cultural Corporal e Diversidade: nesse elemento articulador as diretrizes curriculares do

Paraná propõem um trabalho de abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da

diversidade nas relações sociais, e as aulas de Educação Física é um ambiente de muitas

oportunidades de relacionamentos, convívio e respeito entre as diferenças, de valorização

humana, de interação e integração, entre outros. É de grande importância para a educação à

valorização das práticas corporais dos mais variados segmentos sociais e culturais e que os

alunos convivam ou que tenham conhecimento das diferenças e a partir daí estabeleça relações

corporais valiosas em experimentações.

Cultural Corporal e Mídia: a mídia tem um poder grande de divulgação e conseqüentemente

de influência sobre a população. Assim esse elemento articulador segundo as diretrizes

curriculares do Paraná, deve propiciar a discussão das práticas corporais que são transformadas

em espetáculo e, e como objeto de consumo, que diariamente são exibidos nos meios de

comunicação para promover e divulgar produtos. Portanto é necessário uma analise crítica dessa

concepção de práticas corporais exibida pela mídia.

Conteúdos Estruturantes

1ª Série

Dança

Danças tradicionais ou folclóricas

Alemã

Italiana

Africana - Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e

Africana.

Fandango

Quadrilha

Ginástica

Ginástica Geral – Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 Educação sexual e

Prevenção a AIDS e DST.

IMC

FCM

Jogos

Jogos motores- Caçador, 10 passos, chute a gol, Love bol, Ameba.

Lutas

Judô

Caratê

Esportes

Tênis de mesa

Basquetebol

Atletismo

Voleibol

Futsal

Handebol

Goobol

2ª Série

Dança

Danças populares- Carnaval Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 Educação

Sexual e Prevenção a AIDS e DST.

Circulares- Indígena

Ginástica

Ginástica Geral

Ginástica Rítmica

Jogos

Jogos tabuleiro: Trilha, xadrez, dama.

Kalah (jogo tabuleiro africano) Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro

Brasileira, Indígena e Africana.

Lutas

Lutas ocidentais

Esgrima

Boxe

Esportes

Skate

Atletismo

Voleibol

Basquetebol

Futsal

Tênis de campo.

3ª Série

Dança

Dança de salão - valsa, tango, rumba;

Dança Circulares – Lei indígena.

Ginástica

Ginástica geral

Ginástica Aeróbica

Primeiro Socorros

Jogos

Escravo de Jô- Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira,

Indígena e Africana.

Caçador

Carimbo

Arrastabol

Handsabonete

Ludo

Jogos eletrônicos

Esportes

Atletismo – Lei nº 11.343/06 Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas

Voleibol

Basquetebol

Futsal

Punhobol

Handebol

Goobol (esporte adaptado)

Lutas

Capoeira

Esgrima

Avaliação

A avaliação ajuda a compreender aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.

Do ponto de vista do aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,

dificuldades e possibilidades. Para a escola, possibilita reconhecer prioridades e localizar ações

educacionais que demandam mais apoio. (BRASIL, 2000, p.232).

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, avaliação deve ser

entendida como:

“(...) um processo contínuo, permanentemente e cumulativo, em que o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho, sustentando nas diversas práticas corporais – da ginástica, do

esporte, dos jogos, da dança e das lutas – cujo horizonte é a conquista de maior consciência

corporal e senso crítico em suas relações interpessoais. (PARANÁ, 2006, P.47).

Essa é a tarefa de todos os professores - mais que seguir um “cardápio” de questões teóricas

sobre regras e histórico das modalidades esportivas, um “receituário” de gráficos e tabelas de

padrões maduros de movimento ou, ainda, (ou seria somente verificar?!) a participação e

assiduidade dos alunos, é preciso estar conscientes dos por quês da utilização de determinado

instrumento para coleta de dados. Considerando-se cada objetivo de ensino a ser atingido, podem

surgir diferentes instrumentos de avaliação. Instrumentos esses que auxiliam o professor em toda

a caminhada dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.

A avaliação em Educação Física deve agir sob a ótica do fazer coletivo, analisando sempre

os objetivos, os conteúdos e as metodologias. Seus instrumentos devem ser bem elaborados –

como estímulo e desafio ao interesse dos alunos – por meio dos quais se possa e se deva usar

uma variedade de eventos avaliativos. (SOUSA JUNIOR, 2006).

Referências

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de

Ensino. Curitiba:

Secretária de Estado da Educação do Paraná, 2006.

RANGEL – BETTI, Irene Conceição. Educação Física escolar: a preparação discente. Revista

Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas: CBCE, nº. 16, p.158 – 167, maio 1995.

5.13 FILOSOFIA

Apresentação da Disciplina

Filosofia é um conhecimento com a qual podemos compreender as indagações

sobre o mundo que nos rodeia e as relações que mantemos com ele. Filosofia (do grego

Philos – amor, amizade + Sophia – sabedoria) é uma disciplina, que envolve a

investigação, análise, discussão, formação e reflexão de idéias (ou visões de mundo) em

umas das situações gerais, abstratas ou fundamentais. Originou-se da inquietação gerada

pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações

comumente aceita sobre a sua própria realidade.

O objeto de estudo da filosofia é o conhecimento que busca o entendimento das

coisas, das pessoas e do meio em que vivem, e que se concretiza na relação do estudante

com os problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da

investigação, no trabalho direcionado a criação de conceitos. O valor da filosofia, em

grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza.

O estudo da filosofia é importante, pois faz com que os estudantes tenham a

capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente.

A história do ensino da filosofia, no Brasil e no mundo, tem apresentado inúmeras

possibilidades de abordagem,dentre as quais destacam-se segundo Ferrater mora

(2001):

A divisão cronológica e linear: filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia

Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea;

A divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia

Latino-Americana.

A divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética,

Lógica, Filosofia da História... (DCE de Filosofia, 2008).

As Diretrizes Curriculares concebem o ensino da filosofia através de conteúdos

estruturante, mas não excluem as divisões cronológicas e geográficas.

A implementação da disciplina de filosofia no Brasil, aparece nos currículos

escolares desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio

Studiorum, documento publicado em 1599, que objetivava organização e o planejamento

do ensino jesuítico, com base em elementos da cultura européia, ignorando a realidade as

necessidades e interesses do índio do negro e do colono, nessa perspectiva a filosofia era

entendida como instrumento de formação moral.

Com a Proclamação da República, a filosofia passou a fazer parte dos currículos

como disciplina obrigatória até 1961, porém nesse período a filosofia não significou um

movimento de crítica a configuração social e política brasileira. A Lei nº 4.024/61 extinguiu

a obrigatoriedade do ensino de filosofia e com a Lei nº 5.692/71, durante a ditadura a

filosofia desaparecia dos currículos escolares.

A partir da década de 1980, como um processo de abertura política e

redemocratização do país, houve discussões para o retorno da filosofia e a criação da

Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf), esse movimento marcou a

importância da filosofia para o estudante de nível médio e, por isso, da sua importância

como disciplina. A experiência do Seaf foi significativa, mas não duradoura.

Em 1994, por iniciativa do Departamento do Ensino Médio, e dos professores da

rede pública iniciaram se as discussões e estudos voltados para a proposta curricular para

a disciplina de filosofia no Ensino Médio, mas essa proposta caiu no esquecimento em

1995 com a mudança e governo.

A partir da LDB nº 9394/96, o ensino de filosofia no Ensino Médio, começou a ser

discutido para manter a filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do

currículo, essa posição esta expressa no veto de 2001. Na perspectiva de transversalidade

presente na LDB a filosofia perde seu estatuto de disciplina. A resolução nº 03/98 do

Conselho Nacional da Educação apresentava a forma equivocada a filosofia na

transversalidade do currículo e sugeria diversas mudanças na legislação.

A proposta de mudança CNE/CEB nº 03/98 , foi discutida em 2006, sendo

aprovada, nesse mesmo ano o parecer CNE/CEB nº 38/2006 que tornou a filosofia

disciplina obrigatória no Ensino Médio e foi homologado pelo Ministério da Educação pela

Resolução nº 04 de 16 de agosto de 2006 com alterações significativas na Instrução

011/2009 –SUED/SEED.

Objetivo Geral

Possibilitar ao aluno um posicionamento crítico diante dos conteúdos ministrados,

crítica, analisar, refletir e argumentar sobre diferentes conteúdos filosóficos.

Objetivos Específicos

Compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas

particularidades e especificações articulando o espaço-temporal e sócio-histórico

em que se dá o pensamento e a experiência humana.

Desenvolver uma atitude crítica em relação às questões que preocupam o homem

hoje e que ocorrem para o seu mal-estar.

Compreender que o surgimento do pensamento racional, conceitual entre gregos

foi decisivo no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental.

Dialogar de forma critica e mesmo provocativa com o presente.

Caracterizar o homem como um ser que pensa e cria explicações.

Provocar e despertar o pensamento filosófico

Entender que a conquista da autonomia da racionalidade diante do mito, o qual

marca uma etapa fundamental da história do pensamento.

Relatar e analisar fatos relacionados a sociedade, política e cultura.

Conteúdos 1º ano Ensino

Médio

Conteúdos Estruturantes

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Mito e Filosofia - O que é Filosofia

- Sabe Mítico

- Saber Filosófico

- Relação entre Mito e

- Filosofia

- Atualidade do Mito

Os conteúdos específicos

serão trabalhados através

de textos filosoficos de:

Protágoras, Heráclito,

Parmênides, Demócrito,

Sócrates, Platão e

Aristóteles.

TEORIA DO

CONHECIMENTO

-O problema do

conhecimento

- Filosofia e Método

-Perspectiva do

Conhecimento

- O problema da Verdade

Trabalhar Com

questionamentos sobre os

critérios de Verdade – o

que permite reconhecer o

verdadeiro? Qual a origem

do conhecimento? Ler

comentar e discutir textos

do filosofos: René

Descartes, Francis Bacon,

Jean Paul Sartre,

Immanuel Kant, Karl Marx,

Friedrich Wilhem

Nietzsche.

Conteúdos 2º ano do

Ensino Médio

ÉTICA -Ética e Moral

-A virtude em

Aristóteles e Sêneca

-Razão desejo e

vontade

-Liberdade

-Amizade

Meio Ambiente, educação Ambienta Lei nº 9.759/99. Reflexão da ação individual. O consumismo Dialogar e discutir sobre a atribuição de valores. Comentar sobre a violência e a injustiça através de textos de: Erick Fromm, Aristóteles, Sêneca, Sartre.

FILOSOFIA E POLÍTICA

-Em busca da

Essência do Político

-A Política em

Maquiavel

-Política e Violência

-A Democracia em

Questão

Debater sobre questões políticas da atualidade: município, estado e país. Leitura e reflexão de textos dos filósofos: Platão, Aristóteles, Thomas Hobbes, John Locke, Nicolau Maquiavel.

3º ano do Ensino Médio

FILOSOFIA DA CIENCIA

-Concepções de

Ciência

-O Progresso da

Ciência

-Pensar a ciência

-Bioética

A importância da filosofia e da Ciência através de textos de: Immanuel Kant, Auguste Comte.

ESTÉTICA

-Introdução

-Pensar Beleza

-A Universalidade do

Gosto

-O Cinema e uma

nova Percepção

Estudo da Cultura Afro-descendente e indígena, Lei nº 11645/08, 10.639/03. Compreensão da realidade. Sujeitos críticos e criativos. Ernest Fischer, Hegel, Sócrates, Platão, Aristóteles.

Encaminhamento Metodológico

Segundo a DCE de Filosofia os Encaminhamentos Metodológicos dar se á em

quatro momentos:

A mobilização para o conhecimento

A problematização

A investigação

A criação de conceitos.

Durante as aulas de filosofia o professor poderá dialogar sobre os problemas do

cotidiano do estudante e instigar e motivar as possíveis relações com o conteúdo filosófico

a ser desenvolvido, mobilizando o aluno para o conhecimento.

O ensino de filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem,

da leitura de um texto. São inúmeras as possibilidades de atividades para que o professor

motive o estudante ao conhecimento filosófico.

A seguir inicia se o trabalho filosófico através da problematização, a investigação e a

criação de conceitos. A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorrerá

quando professores e estudantes, levantam questões, identificam problemas e

investigando conteúdo.

Ao problematizar, o professor convida o estudante a investigar, e este recorrerá a

experiência filosófica, através de textos clássicos da filosofia e se defronta com

pensamento filosófico, e a partir da análise desses textos o estudante pode formular

conceitos, e construir seu discurso filosófico. Ao final desse processo o estudante,

encontra-se –á apto a elaborar um texto, um construto teórico, terá condições de ser

construtor de idéias , de modo que assim eles possam argumentar filosoficamente,m por

meio de raciocínios lógicos, num pensar coerente e critico.

O ensino de filosofia será realizado através de atividades investigativas tanto

individuais como coletivas, através de pesquisas na internet, seminários, leituras e análise

de textos filosóficos.

Os recursos que serão utilizados serão filmes, músicas, textos, imagens, desenhos...

Para o planejamento das aulas será usado o livro Didático Público de Filosofia, além de

outras fontes como: Filosofia (Marilena Chauí), As DCE de Filosofia do Pr, O Futuro da

Filosofia da Práxis:o pensamento de Marx no século XXI (Leandro Konder), Seis Filósofos

na Sala de Aula (Vinícius de Figueiredo). Um bom planejamento das aulas é importante

pois impede que se caia no vazio e nos prováveis espontaneísmo.

Avaliação

Segundo as DCE de Filosofia tem uma especificidade que deve ser levada em

conta no processo de avaliação. A filosofia como prática, como construção de conceitos

encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico.

Como na DCE de Filosofia a avaliação será diagnóstica e processual como consta

na LDB, no seu artigo 24, visando à apropriação de conceitos filosóficos e o aprendizado

dos conteúdos, tendo o professor respeito pelas posições do estudante, mesmo que não

concorde com elas.

Após cada conteúdo trabalhado com os alunos terão um tipo de atividade avaliativa

que pode ser realizadas por meio de:

Pesquisas

Produção de Texto

Leitura e Análise de Textos

Debates

Seminários

Provas Individuais e Coletivas

Observação diária do desempenho do aluno.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná:Filosofia Curitiba, 2008. Chauí, Marilena. Filosofia. São Paulo. Ática, 2005. Figueiredo, Vinicius de. Seis Filósofos na Sala de Aula. São Paulo. Berlendis & Vertecchia, 2006. Konder, Leandro. O Futuro da Filosofia da Práxis: o pensamento de Marx no século XXI. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1992. DCE – Diretriz Curricular de Filosofia, 2008. Filosofia. Vários Autores-Curitiba: SEED-PR, 2006.

5.14 FÍSICA

Apresentação da Disciplina

A Física é uma ciência que estuda os fenômenos que ocorrem no Universo. Essas

investigações relaciona dados, faz conjecturas, levanta hipóteses e, muitas vezes,

apresenta soluções matemáticas aos fenômenos observados.

Fazem parte do fazer científico em Física, ou seja, do fazer pesquisador da Física,

a experimentação, a argumentação racional (dialética) e a matemática, esta sendo a

linguagem que a física expressa os fenômenos do Universo.

Essa Ciência é histórica e, portanto, o conhecimento desse saber acumulado ao

longo da história não pode ser redescoberto em uma geração, ou seja, o sujeito que quer

acessar esse conhecimento precisa de orientações de outros sujeitos que herdaram esse

conhecimento por meio de leitura orientada por seus antecessores.

Os aspectos microscópicos e macroscópicos da matéria são tratados pela Física.

Tanto a interação entre as pequenas partículas que formam os prótons e elétrons, como

todo tipo de interação entre os grandes corpos do sistema solar, são temas de estado

dessa disciplina.

A Física está presente no cotidiano das pessoas. Uma simples e atenta observação

mostra que tudo que acontece ao redor do homem está direta ou indiretamente ligado a

essa ciência. Estudar Física, portanto, está diretamente ligado a compreensão do mundo

e as coisas que nos cercam.

A Física, ao mesmo tempo que pode ser tão fascinante, na tentativa de descrever o

Universo e os fenômenos com ele relacionado, pode tornar-se algo incompreensivo se não

for bem trabalhada. Newton, Einstein, entre outros, foram sistematizadores de

conhecimento, mas de nada valeria suas percepções se não existisse tantos milhões de

anônimos que compreenderam e difundiram suas idéias.

Cabe a escola difundir entre os alunos os conhecimentos de Física acumulados

pela sociedade. Deve-se também, dar ao aluno condições de construí-los, seja por

observação, experimentação, jogos, etc.

De um modo geral, podemos dizer que cabe a disciplina de Física, difundir entre os

alunos os conhecimentos físicos acumulados pelo homem, como também torná-los capaz

de utilizá-los para compreender o Universo, os fenômenos a sua volta e os aparatos

tecnológicos presentes no seu dia a dia.

Objetivos Gerais

Como uma das ciências básicas da natureza, o estudo da física é indispensável

àqueles que querem entender os mecanismos mais profundos de tudo que ocorre na

natureza. Estudar física é desenvolver o raciocínio, estimular a imaginação e a

criatividade. Dificilmente alguém, ligado ao estudo da física fica restrito a esse campo, mas

cria asas e circula por muitos outros, contribuindo com certeza para sua própria cidadania.

Espera-se que os conhecimentos de Física, partam dos conhecimentos já

existentes pelos alunos, conhecimento este adquirido devido a sua vivência cotidiana.

Cabe ao professor, discutir este conhecimento já existente, comparando com o

historicamente acumulado pelo ser humano, mostrando aos alunos que não existe um

conhecimento pronto e acabado (DCE FÍSICA 2009, p. 61-62).

Objetivos Específicos

Compreender enunciado que envolvam códigos e símbolos físicos;

Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a

expressão do saber físico. Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens

matemática e discursiva entre si;

Expressar se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua

representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento

apreendido, através de tal linguagem;

Elaborar síntese ou esquemas estruturados dos temas Físico trabalhados;

Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar, sistematizar.

Identificar regularidade . Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o

conceito de medir, fazer hipóteses, testar;

Conhecer e utilizar conceitos Físicos. Relacionar grandezas, quantificar, identificar

parâmetros relevantes.

Compreender e utilizar leis e teorias físicas.

Construir e investigar situações0-problema, identificar a situação física, utilizar modelos

físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar previsões.

Conteúdos Estruturantes

Entende-se por conteúdos estruturantes, aqueles que servem de referência para o

saber escolar. Tomamos como conteúdos estruturantes: (DCE FÍSICA 2009, p. 59 - 61)

Movimento

Termodinâmica

Eletromagnetismo.

Conteúdos Específicos

Para tornar os conteúdos estruturantes parte do conhecimento dos alunos,

devemos trabalhar os seguintes conteúdos específicos:

1ª série

Grandezas física;

Cinemática;

Dinâmica;

Leis de Newton;

Energia;

Conservação da energia;

Teorema trabalho energia;

Momento Linear;

Impulso;

Conservação do Momento Linear.

Gravitação Universal.

2ª série

Temperatura

Dilatação térmica;

Calor sensível e calor latente;

Processos de troca de calor;

Lei Zero da Termodinâmica;

Primeira Lei da Termodinâmica;

A Primeira Lei da Termodinâmica e os processos isotérmicos, isocóricos, isobáricos e

adiabáticos;

Segunda Lei da Termodinâmica e Entropia.

3ª série

Natureza e dimensão das ondas;

Ondas sonoras e luminosas;

Difração da luz;

Carga elétrica;

Isolantes e condutores;

Corrente elétrica;

Potência elétrica;

Potência do gerador e receptor;

Quantização da carga elétrica;

Processos de eletrização;

Analogia com o campo gravitacional;

Linhas de forças;

Campo elétrico em equilíbrio eletrostático;

Capacitor ou condensador;

Imãs;

Campo magnético de terra.

Interação entre carga elétrica e campo magnético;

Fluxo de indução.

Encaminhamento Metodológico

Embora seja importante que o ensino-aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico, precisamos

nos ater ao conhecimento historicamente construído para que o aluno tenha a garantia da

apropriação dos mesmos uma vez que fazem parte do fazer científico em Física, ou seja,

do fazer pesquisador da Física, a experimentação, a argumentação racional (dialética) e a

matemática.

Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia,

na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que se inicia o

processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber

socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de metodologia específicas para

ser transmitido no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o

conhecimento científico historicamente produzido.

A partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e aprender

em outras circunstâncias onde se fizerem presentes situações semelhantes às trabalhadas

pelo professor em aula, apropriando-se da nova informação, transformando-a em

conhecimento. Então, seja qual for a metodologia adotada pelo professor, em

conformidade com o conteúdo trabalhado, deve-se sempre buscar uma avaliação do

processo, que só tem sentido se utilizada para verificar a apropriação do conteúdo. A partir

desse processo avaliativo o professor terá subsídios para intervir.

Para ensinar Física é preciso um requisito prévio: saber Matemática. De fato, em

muitas situações, os fenômenos físicos são ensinados a partir de fórmulas.

Ainda hoje, no estudo dos movimentos, há uma ênfase excessiva às questões de

engenharia, herança dos velhos tempos. Quando estudamos o lançamento de projeteis,

conteúdo específico de movimentos, dizemos que a sua trajetória é uma parábola e

consideramos que o movimento na horizontal é Movimento e Uniforme Retilíneo (MRU),

que traz implícito a idéia de Terra plana. Na vertical consideramos o Movimento Retilíneo

Uniformemente Variado (MRUV), o que significa que estamos considerando que a força

peso é constante (aceleração da gravidade constante). Esse modelo também desconsidera

a influência da Força de Resistente do Ar. No entanto, ele só é válido pelas idéias que

estão implícitas nele, isto é, Força de Resistência do Ar nula, a terra plana e a força peso

constante. O modelo em questão é valido porque para altitudes menores que 6500Km (raio

da terra) a força Peso pode ser considerada constante e, na linha do horizonte de nossa

visão, a Terra se apresenta como se fosse plana. A resistência só pode ser

desconsiderada porque, nesse caso, a velocidade é pequena. Podemos utilizar o modelo,

mas devemos discutir com os alunos suas considerações, pois elas não são válidas para

todo movimento do projétil.

Para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do universo precisamos

informar a eles que as fórmulas matemáticas representam modelos, os quais são

elaborações humanas criadas para entender determinado fenômeno ou evento físico.

Esses modelos são válidos para alguns contextos, não para todos, ou seja, eles possuem

uma região e um prazo de validade, o qual termina quando a Teoria não consegue explicar

fatos novos que eventualmente possam surgir. Portanto não é suficiente dizer: considere,

suponha, resolva e calcule.

Na física, mesmo quando se utiliza de tecnologias sofisticadas para cálculos, como

por exemplo, a órbita da Lua, não se pode afirmar que são exatos. Se faz necessário

aproximações, pois na construção do modelo divide-se o problema em duas partes,

pequena e simples. A pequena pode ser desconsiderada ou seu efeito minimizado e a

simples pode ser resolvida.

Os modelos cientificos são uma construção humana, e por isso, são provisórios.

Por exemplo, diversos modelos foram criados para entender e explicar o sistema solar,

entre os quais se insere a Teoria da Gravitação de Newton. Mais tarde, o átomo,a menor

partícula d matéria, foi considerada um sistema solar em miniatura, numa analogia a Teoria

da Gravitação. Em 1897 surge um fato novo: o átomo é composto por partículas, já não era

mais a partícula elementar da matéria, necessitando de um novo modelo. E os fatos novos

não pararam por aí e, hoje, já temos um outro modelo pois já se sabe que as partículas

que formam o átomo são compostos por outras partículas.

Ao utilizarmos um modelo, precisamos propiciar aos estudantes as condições para

que contemplem a beleza, a elegância das teorias físicas. A debruçar-se sobre o estudo de

gravitação, por meio do modelo de Newton, em que a força aparece variando com o

inverso do quadrado da distância, numa equação que considera a presença da massa, o

aluno deveria poder perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta tão

somente, colocar alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza

toda uma concepção de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou,

movido pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.

Sabe-se que a importância da linguagem matemática na física, visto que essa

Ciência está estruturada em modelos que são traduzidos em equações matemáticas. Mas

o modelos criados pelos cientistas não determinados pela natureza exterior à ele,

enquanto o cientista, normalmente, escreve para os seus pares, nossa conversa é com os

estudantes. Daí a importância de se considerar também o conhecimento do estudante, se

o que se quer é chegar a um saber científico, contrapondo-se à imparcialidade e à

unilateralidade do empírico.

Temos hoje muitos trabalhos, resultados de inúmeras pesquisas em ensino de

Física cujo tema é a experimentação para uma melhor compreensão dos fenômenos

físicos. No entanto, a maioria dos cursos que fazem uso dessa metodologia de ensino

utiliza-se de uma espécie de receituário onde estão colocados uma breve introdução sobre

o assunto, os objetivos da experiência, procedimento experimental e material necessário

para a realização da experiência.

Nesse contexto, do estudante é exigido um relatório a partir dos dados coletados,

previamente colocados no receituário , no qual devem conter gráficos, tabelas, e uma

conclusão, a qual deverá estar de acordo com a teoria que foi base para a realização de

experiência. Não raramente, é solicitada a margem de erro, que não deve ser superior a

um valor previamente estipulado.

Ou seja, a ciência é uma verdade absoluta, não cabe ao estudante questioná-la,

mas somente aceitá-la. Assim somos formados e, assim fazemos, nas maioria das

vezes, com nossos estudantes. No entanto, ao utilizarmos o laboratório, as mesmas

considerações que fazemos quando de uma aula teórica devem estar presentes,.

Uma atividade experimental privilegia as interações entre estudantes e, entre

eles e professor, dentro de um contexto especial que é a escola, pode potencializar o

aprendizado e, nesse sentido é indissociável do Ensino de Ciências. Os experimentos

podem ser ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a

percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula, levando os estudantes a

reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo permitindo com que o professor

perceba as dúvidas de seus alunos.

Além disso, se constituem como um momento privilegiado para o confronto entre

as concepções prévias dos estudantes e a concepção científica, facilitando a formação

de um conceito científico. Para que isso seja possível, antes do experimento, deve ser

levadas as idéias espontâneas dos alunos, através de questões verbais ou escritas. A

partir do experimento, o próprio estudante pode fazer a comparação de suas

concepções espontâneas com a concepção científica. Uma das formas do professor

verificar a aprendizagem do aluno seria retomar as questões anteriores ao experimento,

comparando as antiga com as novas.

Vale dizer que uma experiência que permita a manipulação de materiais pelos

estudantes ou uma demonstração experimental, aquela realizada pelo professor, nem

sempre está associada a um aspecto experimental sofisticado, mas sim a sua organização,

discussão e reflexão como já mencionamos, possibilitando ainda, a interpretação dos

fenômenos físicos e a troca de informações entre o grupo que participa da aula.

Por último, qualquer que seja a experiência realizada, é importante que o professor

peça um relatório individual, a fim de verificar a aprendizagem de seus estudantes e obter

subsídios para interferir no processo de desenvolvimento do aluno.

Na aula de experimentação podem ser avaliados relatórios com questões abertas

indo além de um preenchimento de relatório, levando o estudante a refletir sobre o

fenômeno discutido e colocado na questão. Se for uma prática demonstrativa, isto é,

aquela realizada pelo professor, pode-se pedir um relato da demonstração em forma de

texto corrido.

Leitura Cientifica e Estudo da Física

Pesquisadores em educação há algum tempo levam em consideração a utilização

de textos no ensino da Física. Mas o texto não deve ser visto como todo o conteúdo

estivesse ali presente, mas sim como um instrumento de mediação na sala de aula, entre

aluno-aluno e aluno-professor, levando a novas questões e discussões.

Sendo a Física uma produção da humanidade, as leituras tornam-se elementos

importantes para a formação cultural do cidadão contemporâneo, sendo um elemento

motivador, até mesmo para criar o habito de ler. Além disso, é um instrumento de potencial

interdisciplinar, em especial com a Literatura e a Arte.

Avaliação

A avaliação dentro da disciplina de Física, não deve estar desconectada da

proposta no PPP da escola. Desta forma, deve levar em conta não somente notas mas

também o caminho seguido pelo alunos durante o processo de ensino aprendizagem,

considerando suas dificuldades e superações. Sendo assim, deve ser um processo

contínuo.

A avaliação, não deve ser processo de seleção ou marco de término de conteúdos,

mas sim um elemento que permite ao aluno expressar seu aprendizado.

A avaliação deve servir de norteador para o trabalho do professor, dando a ele uma

base para a condução do trabalho, de forma a não excluir nenhum aluno do processo de

ensino aprendizagem.

Ainda dentro da avaliação em Física, devem ser considerados os critérios de

avaliação, conforme DCE FÍSICA2009: (DCE FÍSICA2009, p. 80)

Compreensão dos conceitos e conteúdos priorizados pelo professor, dentro

da realidade social dos alunos;

Compreensão dos conteúdos físicos expressos em textos científicos;

Capacidade de elaborar um relatório baseado nos conceitos físicos estudados em

sala e na observação de atividades experimentais.

Como instrumentos de avaliação, podemos citar:

Provas: Onde temos um processo de avaliação individual e conteudista.

Relatórios: Onde o aluno pode produzir um relatório de atividades experimentais ou

filmes científicos.

Trabalhos com cartaz de colagens: Onde o aluno pode demonstrar que consegue

relacionar os conteúdos de sala com as situações do dia a dia, como colagem de

figuras de revistas ou ilustrações de situações do cotidiano.

Referências PARANÁ- Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Física Curitiba, 2008. VÁRIOS AUTORES. Física. Curitiba: SEED-Pr, 2006.

ROCHA, José Fernando M. Origem e Evolução das Idéias da Física. Salvador: EDUFBA, 2002.

FEYNMAN, Richard P. Física em seis lições. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. BEM-DOV, Yoav. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. BONJORNO, Regina Azenha. Física Completa-Guia pedagógico. São Paulo: FTD, Não Consta. SAMPAIO, José Luiz. Universo da Física, Volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Atual, 2005. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da. Física, Volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Scipione, 2000. SAMPAIO, José Luiz. Física: Volume Único. São Paulo: Atual, 2005. Gaspar, Alberto. Física. São Paulo: Ática, 2005.

5.15 GEOGRAFIA

Apresentação da Disciplina

O estudo da Geografia tem sido importante desde os princípios da humanidade, o

entendimento dos acontecimentos mundiais, nacionais, regionais e até mesmo do lugar

onde vivemos é possibilitado a partir dos conhecimentos de ordem espacial, “esses

conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la

em benefício próprio”. (DCE 2008 p. 38).

Desde períodos remotos o homem tenta sistematizar seus conhecimentos em

relação ao espaço, tanto de forma simbólica como de forma prática na interação da vida

cotidiana, gerando as relações entre sociedade e natureza.

Nos dias atuais, (...) o conhecimento geográfico tornou-se uma exigência cada vez

maior no mundo dos negócios, da política e da economia. Do planejamento urbano à

estratégia militar, da gestão governamental à política eleitoral, das opções de investimento

no mercado financeiro à ação do movimento ecológico internacional fazem-se necessários

esclarecimentos sobre os aspectos geográficos (...). (RIBEIRO e MARQUES, 2001,p. 29).

No ensino de Geografia é imprescindível analisar o seu objeto de estudo, sendo

assim espera-se que aconteça um trabalho em conjunto sem que haja divisões entre a

Geografia Física e Humana. Onde o espaço geográfico seja entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade’, estabelecendo uma relação entre eles no

processo de conhecimento. As discussões sobre: O regionalismo e locais que compõe as

diferentes regiões, os blocos econômicos e a reconfiguração de fronteiras nas diversas

escalas geográficas Atualmente os aspectos particulares dos lugares possuem relação e

estão conectados com o global e o lugar onde o aluno está inserido.

Assim a medida que a sociedade humana avança em sua história, alarga-se a

complexidade das relações espaciais, que se torna cada vez mais, mutuamente relacional

em seus diversos aspectos. As paisagens são criadas e recriadas ao longo do tempo e do

espaço, carregando os traços da sociedade e influenciando na definição destes. Cada

lugar guarda a sua particularidade, traz suas potencialidades e possui seus entraves ao

desenvolvimento humano. Influi e é influenciado. Cada paisagem conta uma estória,

guarda os traços impressos pela sociedade humana na busca pelos recursos naturais,

pelo desenvolvimento econômico, pela vida.

Compreender os espaços e poder agir sobre ele se torna mais que exercício de

conhecimento externo, pois passa pela possibilidade de conhecer a si mesmo e criar-se

enquanto sujeito consciente e ativo. É nesse sentido que a geografia escolar deve

fornecer as ferramentas básicas para o processo de apreensão do pensamento crítico,

passando tal fato pela inserção na vida do aluno de conceitos como território, natureza,

espaço, paisagem, lugar, entre outros. Essa Geografia deve ajudar a pensar a sociedade

e o espaço de forma dinâmica e, portanto passível de mudanças em suas relações,

levando a busca de alternativas ambientais e sociais. Tal fato passa pela descoberta que é

gerada, no conhecimento escolar que o sujeito adquire, partindo de realidades próximas

até realidades desconhecidas, gerando quadros multifacetados.

Sendo a Geografia uma ciência de síntese, ela tem o papel claro da

interdisciplinaridade, na formação por excelência do cidadão capaz de utilizar a técnica

cartográfica, o conhecimento espacial, o senso crítico, para tomar decisões levando em

conta o desenvolvimento coletivo e o desenvolvimento pessoal.

Objetivos Gerais

Ensinar Geografia passa a ser problematizar o mundo mais do que explicá-lo de

forma unilateral. Através da Geografia o estudante deverá compreender o

desenvolvimento da sociedade como um processo de ocupação dos espaços naturais

baseados nas relações do homem como ambiente, em seus desdobramentos políticos,

sociais, culturais, econômicos. O ensino da Geografia deve, portanto, contribuir para que o

aluno possa compreender melhor o frenético e fascinante mundo em que vive e sentir-se

estimulado a intervir solidariamente na realidade em construção, com a disposição de se

constituir num agente da transformação social.

É esta concepção que a Geografia busca desenvolver no Ensino Médio. Ela

procura estimular o pensamento crítico e a capacidade de analisar a realidade do mundo

contemporâneo na associação entre o meio ambiente, a sociedade e as estruturas

políticas e econômicas atuais. De tal maneira que, ao final do curso, o aluno deverá ter

desenvolvido:

1) Capacidade de relacionar, interpretar e analisar os fatos geográficos, permitindo

uma visão crítica do mundo;

2) Capacidade de analisar, interpretar e compreender os processos e as formas de

produção e organização do espaço mundial e brasileiro;

3) Capacidade de aprender a aprender, num processo contínuo de ampliação e

aperfeiçoamento do conhecimento.

4) Contribuir para tornar o indivíduo consciente, usando uma maneira mais criativa

de entender a relação do “eu” como ser social, como meio natural, apoderando-se destes

meios como suporte de multiplicação educativa para uma sociedade futura.

5) Articular os conhecimentos do estudo da geografia com o seu cotidiano.

Objetivos Específicos

- Realizar leitura das paisagens humanas como um documento importante que a

sociedade em diferentes momentos imprimiram sobre uma base natural;

- Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,

identificando suas relações, problemas e contradições;

- Orientar sobre a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem,

desde as imagens, música e literatura de dados e de documentos de diferentes

fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações

sobre o espaço;

- Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de

como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem;

- Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências

em diferentes espaços e tempos, de modo que construa referências que

possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões

socioambientais locias;

- Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que

compreenda o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e

do lugar;

- Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos

estudados em suas dinâmicas e interações;

- Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os

avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda

não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades,

empenhar-se em democratizá-las;

- Abordar as diferentes territorialidades espaciais;

- Compreender os espaços naturais e humanizados;

- Compreender o espaço geográfico, nas mais diversas escalas e atuar de

maneira crítica na produção do seu lugar, território e região;

- Compreender que em diversos espaços há uma resistência a globalização.

Conteúdos Estruturantes

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico;

Dimensão Política do Espaço Geográfico;

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;

Dimensão Sócio-Ambiental do Espaço Geográfico.

Conteúdos Básicos

1ª Série

A formação e transformação das paisagens; A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; A

distribuição espacial das atividades produtivas; a (re)organização do espaço

geográfico; a formação, localização, exploração e utilização dos recursos

naturais; a revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial;

A produção do espaço geográfico

Interpretando mapas

Geomorfologia e recursos minerais

As bases físicas do Brasil

Dinâmica climática e ecossistema

Os domínios de natureza no Brasil

A esfera das águas e os recursos hídricos

Os ciclos industriais

Agropecuária e o comércio global de alimentos

Estratégias energéticas

Obs; Os conteúdos: Geografia Local, Regional (Lei 13381101), afro-

descendente e indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A

educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos

os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-

formal) serão trabalhados ao longo dos temas.

2ª Série

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações; Formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios; As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; A

formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbano e

urbanização recente;

Industrialização e integração nacional

A matriz energética

Os complexos agro-industriais

Urbanização e redes urbanas

Comércio exterior e integração sul americana

A estrutura regional brasileira

Nordeste, Nordestes

A Amazônia e planejamento regional

Desigualdades sociais e pobreza

A questão fundiária

Obs; Os conteúdos: Geografia Local, Regional (Lei 13381101), afro-

descendente e indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A

educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos

os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-

formal) serão trabalhados ao longo dos temas.

3ª Série

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população; Os movimentos migratórios e suas motivações; As

manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural; O comércio e as

implicações sócio-espaciais; as diversas regionalizações do espaço geográfico;

as implicações sócio-espaciais do processo de mundialização; a nova Ordem

Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Os fluxos da economia global

Os Estados Unidos e o hemisfério americano

União Européia e CEI

A Bacia do Pacífico

Periferias da globalização

A transição demográfica

Urbanização e meio ambiente

Da guerra fria à nova ordem mundial

O mundo muçulmano e o Oriente Médio

Estados e nação da África

Obs; Os conteúdos: Geografia Local, Regional (Lei 13381101), afro-

descendente e indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A

educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos

os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-

formal) serão trabalhados ao longo dos temas.

Encaminhamento Metodológico

A Geografia, em uma de suas definições é tratada como ciência cujo objetivo é o

estudo do espaço geográfico. Espaço este configurado pela interação do homem e sua

interferência com o meio, é a natureza em contato com o homem que produz e reproduz

as necessidades para o bem viver. Neste âmbito ainda estão presentes os estudos sobre

os fenômenos naturais e geográficos que moldam tal meio.

O ensino com a realidade próxima e distante dos alunos e em coerência com os

fundamentos teóricos proposto nas Diretrizes Curriculares.

Para o aluno consciente de suas relações socioespacais de seu tempo, o ensino de

geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens sócioespaciais críticas dessa

disciplina

As diretrizes Curriculares (p.63-67-68-75): Propõem Conceituar território para

analise e compreensão da relação entre o global e o local, abordando as diferentes

territorialidades espaciais, desde os micros até os macroterritórios, abordando as questões

de poder, exercidas por grupos, governos ou classes sociais e as disputas territoriais em

diferentes escalas. Espera-se que o professor explicite todos os aspectos que envolvem

as relações sociedade-natureza, analisando suas dinâmicas próprias e evidenciando o uso

político e econômico que as sociedades fazem dos aspectos naturais do espaço e que

compreendam o espaço geográfico, nas mais diversas escalas, atuando de maneira crítica

na produção socioespacial do seu lugar, território, região, enfim, de seu espaço.

Cabe ao professor possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos fundamentais

da Geografia para que haja a compreensão do processo de produção e transformação do

espaço geográficos, criando situações problema, instigante e provocativa, estimulando o

raciocínio, a reflexão e a crítica, ocorrendo dessa maneira a aprendizagem.

Para que a Geografia se torne significativa tanto para o professor quanto para o

aluno, é preciso que os conteúdos desenvolvidos pela disciplina proporcionem o

entendimento da realidade presente. Este entendimento passa pela abordagem do

processo em sua totalidade, não de forma fracionada, mas também passa pela relação do

local-global.

É na análise de apreensão do espaço geográfico que as descrições, as

observações, devem servir para qualificar as explicações dando-lhes as informações que

vão justificar seu estudo. Ao invés de uma simples memorização de informações,

estimular-se-á no aluno a capacidade de pensar criticamente através da Geografia.

Importante se faz, considerar os conhecimentos que o aluno traz da sua realidade

e permitir-lhe o acesso aos instrumentos para a compreensão teórica e a interligação com

o conhecimento cientificamente produzido.

É dado inquestionável de que o homem, por conta da sua inteligência, atua sobre o

meio em que vive, transformando-o continuamente, criando sempre novos instrumentos,

no intuito de desvendá-las, dominá-lo e colocá-lo a serviço de seu bem estar. Cria sempre

novos meios, novos instrumentos, novos conhecimentos que auxiliem no desempenho de

suas atividades. São processos, métodos, técnicas e tecnologias sempre renovadas.

Perceber a presença da tecnologia do cotidiano de nossas vidas e da Geografia já é uma

realidade. Basta olhar para os inúmeros aparelhos e máquinas que nos rodeiam.

O aproveitamento da tecnologia pela escola e, principalmente, pelos professores

de Geografia, no desenvolvimento de sua profissão, ajudará, por certo, na ampliação do

horizonte dos alunos, por imprimir, ao trabalho pedagógico, um ritmo mais dinâmico e uma

dimensão mais atual.

Envolver-se em estudos e debates sobre assunto, refletir para que servem estas

tecnologias, são oportunidades que tratarão, ao professor de Geografia, múltiplas

possibilidades pedagógicas, e, por conseguinte, melhores resultados.

Acreditando na capacidade do professor de desenvolver a sua autonomia e

conduzir ele próprio o seu trabalho.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico será trabalhado a partir de:

Aula expositiva e dialogada com apresentação em slides, contextualizando o

conteúdo e relacionando á realidade vivida pelo, situando-o historicamente e nas relações

políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas

diversas escalas geográficas; estudo dirigido em grupo a partir de pesquisas e leituras e

apresentação e articulação e criando “situações problema, instigante e provocativa,

mobilizando mo aluno para o conhecimento”; Debates críticos, sobre temas propostos nos

conteúdos com questionamentos e participação dos alunos para que haja a compreensão

e aprendizagem do mesmo; análise cartográfica, de mapas; analise e construção de

tabelas; gráficos e imagens; produção de textos; sínteses; relatório; resolução de

questionários que “estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica”; análise de

documentários; aula de campo.

Os recursos didáticos e tecnológicos que serão utilizados ao longo dos estudos

são: Giz, lousa, caneta, lápis, caderno, borracha, régua, cartolinas livro didático

bibliografias diversas revistas para pesquisas e recortes, retro projetor, laboratório de

informática, biblioteca, TV, Pen drive, DVD, rádio, CD.

Avaliação

A avaliação é uma prática que faz parte do processo ensino-aprendizagem.

Portanto ela deve estar vinculada a uma prática educacional necessária para que se saiba

como se está, enquanto aluno, professor e conjunto da escola; o que já se conseguiu

avançar, como vai vencer o que não foi superado e como essa prática será mobilizadora.

A avaliação deve ser formativa, diagnóstica e processual, considerando que os

alunos possuem diferentes ritmos de aprendizagem, ao identificar dificuldades, na

aprendizagem o docente poderá intervir e procurar outras formas de aprendizagem do

aluno, diferenciando as técnicas e os instrumentos de avaliação. Possibilitando-o a

mudança de pensamento e atitude do aluno, permitindo a formação crítica e atuante em

seu meio natural e cultural, capaz de aceitar ou rejeitar e até transformar esse meio.

Os educandos serão avaliados a partir de critérios de avaliação e conceitos

básicos, assimilando as relações de Espaço, Temporais e sociedade natureza para

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas, para o entendimento das

relações socioespaciais para a intervenção e compreensão da realidade em todo o

processo ensino-aprendizagem, não só através de conhecimentos prévios como também

os adquiridos ao longo do processo.

Pretende-se que o aluno seja capaz de:

- Leitura e interpretação de textos;

- Produção de textos;

- Realizar leitura, análise e interpretação de: imagens, fotos, gráficos, tabelas,

mapas, documentários, plantas, etc;

- Desenvolver pesquisas bibliográficas e de campo;

- Participar de apresentações de Seminário;

- Construir, analisar e expor maquetes, entre outros;

- Produzir relatórios;

- Problematizar as inter-relações entre fenômenos naturais e humanos.

Esses instrumentos devem ser fatores importantes para a formação de opiniões

críticas que possa levá-los ao ensino-aprendizagem.

Referências PARANÁ- Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná:Geografia. Curitiba, 2008. VÁRIOS AUTORES. Geografia. Curitiba: SEED-Pr, 2006. SANTOS, Milton. Por uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2005. GARRIDO, Dulce. Dicionário Breve de Geografia. Lisboa, Portugal: Presença, 2006. LUCCI, Elian Alabi. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2005. TERRA, Lygia. Geografia Geral e Geografia do Brasil. São Paulo: Moderna, 2005. MAGNOLI, Demétrio. Geografia, a Construção do Mundo. São Paulo: Moderna, 2005. ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia. São Paulo: Ática, 2002. MOREIRA, João Carlos. Geografia. São Paulo: Scipione, 2005.

5.16 HISTÓRIA

Apresentação da Disciplina

A História tem seu papel em difundir e consolidar identidades no tempo, sejam

étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de Estado ou Nação. Nele,

fundamentalmente, têm sido recriadas as relações professor, aluno, conhecimento histórico

História apenas no espaço escolar. As crianças e jovens têm acesso a inúmeras

informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos de caráter

local, regional, nacional e mundial. São atentos às transformações e aos ciclos da natureza,

envolvem-se com os ritmos acelerados da vida urbana, da televisão e dos videoclipes, são

seduzidos pelos apelos de consumo da sociedade contemporânea e preenchem a

imaginação com ícones recriados a partir de fontes e épocas diversas. Nas convivências

entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, crianças

e jovens socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o

futuro e questionam o tempo.

Rádio, livros, enciclopédias, jornais, revistas, televisão, cinema, vídeo e

computadores também difundem personagens, fatos, datas, cenários e costumes que

instigam meninos e meninas a pensarem sobre diferentes contextos e vivências humanas.

Nos Jogos Olímpicos, no centenário do cinema, nos cinqüenta anos da bomba de

Hiroshima, nos quinhentos anos da chegada dos europeus à América, nos cem anos de

República e da abolição da escravidão, os meios de comunicação reconstituíram com

gravuras, textos, comentários, fotografias e filmes, glórias, vitórias, invenções, conflitos que

marcaram tais acontecimentos.

É preciso diferenciar o saber que os alunos adquirem de modo informal daquele

que aprendem na escola. No espaço escolar, o conhecimento é uma reelaboração de

muitos saberes, constituindo o que se chama de saber histórico escolar. Dele fazem parte

as tradições de ensino da área; as vivências sociais de professores e alunos; as

representações do que e como estudar; as produções escolares de docentes e discentes; o

conhecimento fruto das pesquisas dos historiadores, educadores e especialistas das

Ciências Humanas; as formas e conteúdos provenientes dos mais diferentes materiais

utilizados; as informações organizadas nos manuais e as informações difundidas pelos

meios de comunicação.

Os eventos históricos eram tradicionalmente apresentados por autores de modo

isolado, deslocados de contextos mais amplos, como muitas vezes ocorria com a história

política, em que se destacavam apenas ações de governantes e heróis. Hoje prevalece a

ênfase nas relações de complementariedade, continuidade, descontinuidade, circularidade

5 , contradição e tensão com outros fatos de uma época e de outras épocas. Destacam-se

eventos que pertencem à vida política, econômica, social e cultural e também aqueles

relacionados à dimensão artística, religiosa, familiar, arquitetônica, científica, tecnológica.

Valorizam-se eventos do passado mais próximo e/ou mais distante no tempo. Há a

preocupação com as mudanças e/ou com as permanências na vida das sociedades.

De modo geral, pode-se dizer que os fatos históricos remetem para as ações

realizadas por indivíduos e pelas coletividades, envolvendo eventos políticos, sociais,

econômicos e culturais.

No caso dos sujeitos históricos, há trabalhos que valorizam atores individuais, quer

sejam lideranças políticas, militares, diplomáticas, intelectuais ou religiosas, quer sejam

homens anônimos tomados como exemplos para permitir o entendimento de uma

coletividade. Outros trabalhos preocupam-se com sujeitos históricos coletivos, destacando

a identidade e/ou a discordância entre grupos sociais. Em ambos os casos, há uma

preocupação em relacionar tais atores com valores, modos de viver, pensar e agir.

De modo geral, pode-se dizer que os sujeitos históricos são indivíduos, grupos ou

classes sociais participantes de acontecimentos de repercussão coletiva e/ou imersos em

situações cotidianas na luta por transformações ou permanências.

No caso do tempo histórico, de uma tradição marcada por datas alusivas a sujeitos e

fatos, passa-se a enfatizar diferentes níveis e ritmos de durações temporais. As durações

estão relacionadas à percepção dos intervalos das mudanças ou das permanências nas

vivências humanas. O ritmo relaciona-se com a percepção da velocidade das mudanças

históricas.

A circularidade diz respeito a valores, idéias, visões de mundo e práticas, vividas ou

produzidas por certos grupos ou classes, que são absorvidas ou recriadas por outros

grupos de uma mesma sociedade ou de outra sociedade, em um tempo específico, ou de

tempos diferentes.

O tempo histórico baseia-se em parte no tempo institucionalizado. O tempo

cronológico possibilita referenciar o lugar dos momentos históricos na sucessão do tempo,

mas pode remeter à compreensão de acontecimentos datados relacionados a um

determinado ponto de uma longa e infinita linha numérica. Os acontecimentos identificados

dessa forma podem assumir uma concepção de uniformidade, de regularidade e, ao

mesmo tempo, de sucessão crescente e cumulativa. A seqüência cronológica dos

acontecimentos pode sugerir que toda a humanidade seguiu ou deveria seguir o mesmo

percurso, criando a idéia de povos atrasados e civilizados.

Na prática dos historiadores, o tempo não é concebido como um fluxo uniforme, em

que os fenômenos são mergulhados tais como os corpos num rio cujas correntezas levam

sempre para mais longe. O tempo da História é o tempo intrínseco aos processos e eventos

estudados. São ritmados não por fenômenos astronômicos ou físicos, mas por

singularidades dos processos, nos pontos onde eles mudam de direção ou de natureza.

As várias temporalidades e ritmos da História são categorias produzidas por aqueles

que estudam os acontecimentos no tempo. Mas, na perspectiva da realidade social e

histórica, os indivíduos e os grupos vivem os ritmos das mudanças, das resistências e das

permanências. Imersos no tempo, apreendendo e sentindo os sinais de sua existência

vivem, simultaneamente, as diferentes temporalidades.

A apropriação de noções, métodos e temas próprios do conhecimento histórico, pelo

saber histórico escolar, não significa que se pretende fazer do aluno um "pequeno

historiador" e nem que ele deve ser capaz de escrever monografias. A intenção é que ele

desenvolva a capacidade de observar, de extrair informações e de interpretar algumas

características da realidade do seu entorno, de estabelecer algumas relações e

confrontações entre informações atuais e históricas, de datar e localizar as suas ações e as

de outras pessoas no tempo e no espaço e, em certa medida, poder relativizar questões

específicas de sua época.

Objetivos Gerais

· Proporcionar ao aluno através do ensino de história obter o

conhecimento das realizações humanas e a capacidade de percepção

de si mesmo o ser histórico e sua interpretação na sociedade,

interpretando fatos e situações reais e sua região, país e mundo.

· Buscar no passado, na evolução da humanidade, possíveis respostas

para indagações do ser humano.

· Desenvolver a formação da cidadania, numa perspectiva eu-indivíduo,

eu-elemento de um grupo e eu o outro, articulada a reflexão; de modo a

construir no aluno, através da incorporação de atitudes, valores e

comportamentos, a capacidade de inserção e intervenção claras e

conseqüentes em sua realidade.

Objetivos Específicos

· Conscientizar-se que estudar história é adquirir consciência da trajetória humana.

· Definir conceitos sobre pré historia.

· Refletir sobre os povos da sociedade antiga.

· Associar a questão política e social do feudalismo a questão política

atual.

· Compreender o domínio imposto pela igreja medieval e sua influência

sobre o Estado.

· Relacionar os fatos históricos que levaram ao fim da idade média e o

surgimento da era moderna

· Reconhecer o valor do negro, do branco e do índio como matrizes para a

formação do povo brasileiro.

Conteúdos Estruturantes

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

Conteúdos Básicos

Primeira série

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

Tempo e História

Antiguidade Oriental

Antiguidade Clássica

Idade media Oriental/Ocidental

Idade moderna

Segunda série

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

Brasil colônia

O mundo em Transformação, séculos XVII – XVIII

O Mundo no século XIX

O Brasil no século XIX

Terceira série

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

O mundo na primeira metade do século XX

O Brasil na metade do século XX

O mundo contemporâneo

O Brasil contemporâneo

Obs; Os conteúdos: Historia Local, Regional (Lei 13381101), afro-descendente e

indígena (Lei 116451/08/, 10639103).

Meio ambiente, (conforme a Lei 9.795/99 Educação Ambiental. Art 2º – A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo

estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo

educativo, em caráter formal e não- formal) serão trabalhados ao longo dos temas.

Encaminhamento Metodológico

Os conteúdos estruturantes da disciplina de História serão abordados através de

temas, na compreensão de que não é possível representar o passado em todo sua

complexidade observando três dimensões.

Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer

representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o tema

histórico em um período bem definido demarcando referências temporais fixas e

estabelecer uma separação entre seu início e seu final. Por fim, os professores e alunos

definem um espaço ou território de observação do conteúdo sistematizado. O que delimita

esta demarcação espaço-temporal é a historiografia específica escolhida e os documentos

históricos disponíveis. Depois de selecionado o tema, o professor se utilizará três formas

para construir uma narrativa histórica, sendo elas:

Narração: É uma “forma de discurso” na qual o professor e o aluno ordenam os

fatos históricos que se sucederam em um “período de tempo”. Esta reconstrução

representa o processo histórico relativo as mudanças e transformações por meio de

acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.

Descrição: É a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para

representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos. Esta

descrição permite também a utilização de narrações como exemplos ou provas da

descrição do contexto histórico abordado.

Argumentação, Explicação e Problematização. A problematização fundamenta a

explicação e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a construção

uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a busca das causas e

origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a resposta dada

à problemática, a qual é construída através da narração e da descrição.

Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula proporciona a

produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se

respostas para as problematizações anteriormente formuladas. Assim os documentos

permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento dos conceitos já

construídos.

O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos matéria, oralidade e os

mais diversos documentos escritos são utilizados como vestígios do passado a partir dos

quais é possível produzir o conhecimento histórico. Nessa perspectiva, o documento

deixou de ser considerado apenas um indício do passado, sendo ele mesmo determinado

por quem o produziu. Assim, o documento não é mais a prova do real, mas um indício que

depende das questões e dos problemas postos pelo historiador.

O trabalho com diferentes documentos requer que o professor tenha

conhecimento sobre a especificidade de sua linguagem e sobre a sua natureza, bem

como os limites e possibilidades que o trato pedagógico de cada documento apresenta.

As imagens, livros, jornais, maquina digital, filmadora, pinturas, gravuras,

museus, filmes, músicas, laboratório de informática, biblioteca, tv pendrive, DVD, TV,

rádios, lousa, giz, lápis, caneta, cartolina, canetão.

Os instrumentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras em

sala de aula: na elaboração de biografias, confecção de dossiê, representação de danças

folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a

descrição de cada objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos.

Avaliação

A avaliação de História será formal, processual, continuada e diagnóstica. A avaliação

deve estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de maneira formal

e criteriosa.

O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade principal

dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo e,

assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor, possibilitando o

redimensionando deste, caso seja necessário. A avaliação não deve ser realizada em

momentos separados do processo de ensino aprendizagem. O professor deve

acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolveu na

apropriação do conhecimento histórico.

Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de trabalho, as

relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo

histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos

feitos no presente por meio da análise de diferentes documentos históricos.

O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no mundo

contemporâneo, como estas se configuraram e como o mundo do trabalho se constituiu

em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações de

trabalho.

No que diz respeito as relações de poder, o aluno deve compreender que estas

encontram-se em todos os espaços sociais e também deve identificar, localizar as arenas

decisórias e os mecanismos que as constituíram.

E ainda, quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros

como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada

sociedade e as relações entre elas. O aluno deverá entender como se constituíram as

experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e

mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.

A avaliação do ensino de História considera três aspectos importantes: a apropriação

de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos

específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis.

Para tanto, o professor deve se utilizar diferentes atividades como: leitura, interpretação e

análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação

de seminários, entre outras.

Referências PARANÁ- Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no

Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília: MEC, 1999.

VÁRIOS AUTORES. História. Curitiba: SEED-PR, 2006.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. São Paulo: Ática, 2005.

PEDRO, Antônio. História da Civilização Ocidental. São Paulo: FTD, 1997.

KARNAL, Leandro. História nas Salas de Aula. São Paulo: Contexto, 2005.

SOARES, Carmem Lúcia. Corpo e História. Campinas, SP: Autores Associados, 2004.

FERRO, Marc. A manipulação da História no Ensino e nos Meios de Comunicação.

São Paulo: IBRASA, 1983.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, SP: Unicamp, 2003.

MOTA, Myriam Becho. História das Cavernas ao 3º Milênio-Ensino Médio. São Paulo:

Moderna, 1997.

REZENDE, Antônio Paulo. Rumos da História. São Paulo: Atual, 2005.

CAMPOS, Flávio de. A Escrita da História. São Paulo: Escala Educacional, 2005.

COTRIN, Gilberto. Historial Global, Brasil e Geral. São Paulo 2007:Editora: Saraiva,vol 1.

Secretaria de Estado da Educação – Livro Didático Publico. 2º edição

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

www.google.com.br

5.17 LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação da Disciplina

A língua materna é um importante fator de identidade nacional e cultural, no espaço

nacional, o Português é a língua oficial, a língua de escolarização, das minorias

lingüísticas que vivem no país. Por isso o domínio da Língua Portuguesa é decisivo no

desenvolvimento individual, no aceso ao conhecimento, no relacionamento social, no

sucesso escolar e profissional e no exercício da cidadania.

Objetivos Específicos

Compreender os gêneros do oral previstos para as séries articulando elementos

lingüísticos a outros de natureza não-verbal, identificando as marcas discursivas

para o reconhecimento de intenções, valores, preconceitos veiculados no

discurso,empregando estratégias de registro e documentação escrita na

compreensão de textos orais, quando necessário;

Organizar sintaticamente os enunciados (tamanho das frases, ordem dos

constituintes, inversão, deslocamento, relação de coordenação e subordinação);

Ampliar o Domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas,

sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua

inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de

participação social no exercício da cidadania, utilizando a linguagem na escuta e

produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a

atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos

comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do

discurso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos,

reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes,usando a

linguagem,ampliando a análise crítica.

Conteúdos Estruturantes

No processo de escuta:

Ampliação da capacidade de reconhecer as intenções do enunciador, sendo capaz

de aderir a ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu discurso.

No processo de leitura de textos escritos:

4. Recepção a textos que rompam com seu universo de expectativas, por meio de

leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se em marcas formais do próprio

texto ou em orientações oferecidas pelo professor;

5. Troca de impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos,

posicionando-se diante da crítica, tanto a partir do próprio texto como de sua prática

enquanto leitor;

Compreensão da leitura em suas diferentes dimensões – o dever de ler, a necessidade de

ler e o prazer de ler;

6.Posicionamento ideológico de textos lidos.

No processo de produção de textos orais:

Emprego da oralidade, levando em conta a intenção comunicativa e a reação dos

interlocutores e reformulando o planejamento prévio, quando necessário;

No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno:

A análise e reestruturação do próprio texto em função dos objetivos estabelecidos,

da intenção comunicativa e do leitor a que se destina, redigindo tantas quantas forem as

versões necessárias para considerar o texto produzido bem escrito.

No processo de análise lingüística:

Construção de instrumentos para análise do funcionamento da linguagem em

situações de interlocução, na escuta, leitura e produção, privilegiando alguns aspectos

lingüísticos que possam ampliar a competência discursiva do sujeito.

1. variação lingüística: modalidades, variedades, registros;

2. organização estrutural dos enunciados;

3. léxico e redes semânticas;

4. processos de construção de significação;

5. modos de organização dos discursos.

Leitura de textos escritos:

Explicitação de expectativas quanto à forma e ao conteúdo do texto em função das

características do gênero, do suporte, do autor etc.;

Formulação hipóteses a respeito do conteúdo do texto, antes ou durante a leitura;

Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais, pelo texto, para

dar conta de ambigüidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores implícitos,

bem como das intenções do autor;

Estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto, entre o

texto e outros textos. Articulação dos enunciados estabelecendo a progressão temática,

em função das características das seqüências predominantes (narrativa, descritiva,

expositiva, argumentativa e conversacional) e de suas especificidades no interior do

gênero;

Produção de textos escritos:

Redação de textos considerando suas condições de produção:

Finalidade; especificidade do gênero; lugares preferenciais de circulação; interlocutor

eleito;

Utilização de mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão

textuais.

Prática de análise lingüística:

Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao

conteúdo temático, construção composicional e ao estilo:

Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gênero de

texto se insere, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os

procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que

privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não);

Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao

processo lingüístico, no que diz respeito:

Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais),

históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe

social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia);

Às diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem

escrita; à seleção de registros em função da situação interlocutiva (formal, informal);

aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se manifesta: na

fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na

morfologia (variantes e reduções no sistema flexional e derivacional), na sintaxe

(estruturação das sentenças e concordância.

Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura da

sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos.

Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de

modo a permitir, a escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais

apropriadas ao que se quer dizer no contexto em que se inserem com capacidade de

projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), estrutura complexa que atribuem

aos elementos (sujeito, complementos) etc.

Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais

(regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria);

Propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais de

prefixação e de sufixação);

Utilização da intuição sobre unidades lingüísticas (períodos, sentenças, sintagmas)

como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação.

Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte

das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica.

Leitura de textos escritos:

Competência para selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles

que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias

adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas,

identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações

entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos,

considerando a diversidade dos gêneros, produzindo esquemas e resumos que possam

ajudar a apreensão dos tópicos mais importantes quando se trata de textos de divulgação

científica;

Nas leituras esporádicas de títulos de um determinado gênero, época, o aluno

deverá ter competência de estabelecer vínculos sobre o funcionamento da literatura e

entre esta e o conjunto cultural;

Leitura compartilhada de livros em capítulos que possibilitam ao aluno o acesso a

textos longos, Também os alunos devem tomar emprestado o livro (do acervo de classe

ou da biblioteca da escola) para ler em casa e, no dia combinado, parte deles relata suas

impressões, comenta o que gostou ou não, o que pensou, sugere outros títulos do mesmo

autor, tema ou tipo.

Prática de Produção de Textos Orais e Escritos:

Elaboração de esquemas para planejar previamente a exposição de:

• roteiros para realização de entrevistas ou encenação de jogos dramáticos

improvisados;

• preparação prévia de leitura expressiva de textos dramáticos ou poéticos;

• memorização de textos dramáticos ou poéticos a serem apresentados

publicamente sem apoio escrito.

•representação de textos teatrais ou de adaptações de outros gêneros, permitindo

explorar, entre outros aspectos, o plano expressivo da própria entoação: tom de voz,

ritmo, aceleração, timbre;

• Leitura expressiva ou recitação pública de poemas.

Produção de textos escritos:

Nas atividades de produção que envolve autoria ou criação, a tarefa do sujeito

torna-se mais complexa, porque precisa articular ambos os planos: o do conteúdo – o que

dizer – e o da expressão – como dizer.

Prática de análise lingüística:

Exercício sobre os conteúdos estudados, de modo a permitir que o aluno se aproprie

efetivamente das descobertas realizadas, incorporando nas redação traços da linguagem

de grupos específicos, omitindo o uso de jargões , observando diferentes textos aos

diferentes públicos em diferentes épocas ;

Análise comparativamente, registros da fala ou de escrita e os preceitos normativos

estabelecidos pela gramática tradicional.

Léxico:

Compreensão e explorar ativa de um corpus que apresente palavras que tenham o

mesmo afixo ou desinência, para determinar o significado de unidades inferiores à

palavra, aplicando os mecanismos de derivação e construir famílias de palavras,

apresentando textos lacunados para, por meio das propriedades semânticas e das

restrições selecionais, explicitar a natureza do termo ausente;

Identificar e analisar a funcionalidade de empregos figurados de palavras ou

expressões.

Ortografia:

As estratégias de ensino devem se articular em torno de dois eixos:

a) Privilégio do que é "regular", permitindo que, por meio da manipulação de um

conjunto de palavras, o aluno possa, agrupando-as e classificando-as, inferir as

regularidades que caracterizam o emprego de determinada letra;

b) Preferência, no tratamento das ocorrências "irregulares", dos casos de

freqüência e maior relevância temática.

Atividades de análise e reflexão sobre a língua de forma que os alunos saibam:

• Identificar e analisar as interferências da fala na escrita,principalmente em

contextos de sílabas que fogem ao padrão consoante/vogal;

• Explorar ativamente um corpus de palavras, para explicitar as regularidades

ortográficas no que se refere às regras contextuais;

• Explorar ativamente um corpus de palavras, para descobrir as regularidades de

natureza morfossintática, que, por serem recorrentes, apresentam alto grau de

generalização.

• Apoiar-se no conhecimento morfológico para resolver questões de natureza

ortográfica;

• Analisar as restrições impostas pelo contexto e, em caso de dúvida entre as

possibilidades de preenchimento, adotar procedimentos de consulta.

Leitura de textos escritos:

A leitura autônoma envolve a oportunidade de o aluno poder ler, de preferência

silenciosamente para adquirir segurança .

A leitura colaborativa o professor lê um texto com a classe e, durante a leitura,

questiona os alunos sobre os índices lingüísticos.

Leitura compartilhada de livros em capítulos que possibilita ao aluno o acesso a

textos longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-

lo, mas que, talvez, sozinho não o fizesse.

Leitura programada: a leitura programada, adequada para discutir coletivamente

um título considerado difícil para a condição atual dos alunos, pois permite reduzir parte

da complexidade da tarefa, compartilhando a responsabilidade.

Leitura de escolha pessoal: são situações didáticas, que devem ser propostas,

adequadas para desenvolver o comportamento do leitor, ou seja, atitudes e

procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da prática de leitura.

LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógico Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA •Conteúdo temático; •Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção;

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; •Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem

LEITURA Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não- verbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a

• Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; •Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

como com outras áreas do conhecimento; •Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não- verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; •Relacione o tema com o contexto atual; •Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/ reflexão das palavras em sentido figurado; • Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

• Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguísticas:

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; •Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; •Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduza a utilização adequada dos conectivos; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; •Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada se há continuidade temática, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos

finalidade...); - à continuidade temática; •Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; •Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; •Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

Encaminhamento Metodológico

A forma de abordagem dos conteúdos não será a mesma para todos os aspectos:

considerando o princípio de que a constituição de conceitos acontece num movimento

progressivo, por meio do qual se pretende a aproximação crescente de conceitos mais

complexos ou sofisticados, os aspectos do conhecimento receberão um tratamento que

será tanto mais metalingüístico quando maior de aprofundamento que exigir e suas

características específicas.

Avaliação

Ao se avaliar, devem-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de

conhecimento que o aluno construiu, mas também e, sobretudo, responder a questões

sobre por que os alunos aprenderam o que aprenderam naquela situação de

aprendizagem, como aprenderam, o que mais aprenderam e o que deixaram de aprender.

Para isso, o professor precisa construir formas de registro qualitativamente diferentes das

que têm sido utilizadas tradicionalmente pela escola, para obter informações relevantes

para a organização da ação pedagógica.

É necessário, também, que o aluno seja informado de maneira qualitativamente

diferente das já usuais sobre o que precisa aprender, o que precisa saber fazer melhor.

Assim, as anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno

devem oferecer indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.

Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de

construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de

consciência sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e

que favoreçam maior controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.

Critérios de Avaliação

Critérios claramente definidos e compartilhados permitem tanto ao professor tornar

sua prática mais eficiente pela possibilidade de obter indicadores mais confiáveis sobre o

processo de aprendizagem quanto permitem aos alunos centrar sua atenção nos

aspectos focalizados, o que, em geral, confere a sua produção melhor qualidade.

Portanto, os critérios de avaliação devem ser compreendidos: por um lado, como

aprendizagens indispensáveis ao final de um período. Por outro, como referências que

permitem – se comparados aos objetivos do ensino e ao conhecimento prévio com que o

aluno iniciou a aprendizagem – a análise de seus avanços ao longo do processo,

considerando que as manifestações desses avanços não são lineares, nem idênticas, em

diferentes sujeitos.

Referências Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba, 1997. ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.). Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Língua Portuguesa. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: Uma proposta para o Ensino de Gramática no 1ºe 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996. VIGOTSKI, Lev S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Mediação, 2000.

FRASCOLLA, Anna. Lendo e interferindo: 8ª série. São Paulo: Moderna, 1999. HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000. VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do PPP. Campinas, SP: Papirus, 1998. CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Tereza Cochar, Português Linguagens - Manual do Professor. São Paulo: Atual, 2006.

5.18 MATEMÁTICA

Apresentação da disciplina

É importante entender toda a história que veio a compor a Matemática conhecida

hoje, desde os primeiros registros, por volta de 2000 a. C desenvolvendo-se nos seculos

V e VI a. C pelos gregos que perdurou até o século XVII d.C. A partir desse período se

desenvolveram a aritmética, a geometria, a álgebra e a trigonometria. Sendo assim, se

faz necessário que os estudantes no contexto da prática escolar, compreendam a

natureza da Matemática e a sua relevância na vida da humanidade. Não se trata com esta

tendência histórica de, apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de

matemáticos famosos, mas sim, de vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais

e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinavam o

pensamento e influenciavam no avanço científico de cada época.

Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na

elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na

compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilita o

levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e

procedimentos por parte do estudante. A história deve ser o fio condutor que direciona as

explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a promoção de ensino e

da aprendizagem da Matemática escolar baseado na compreensão e na significação. É

pela História da Matemática que se tem possibilidade do estudante entender como o

conhecimento matemático é construído historicamente.

Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno

conhecer a Matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e

pensar em um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem

nenhuma relação com os outros campos do conhecimento. É também, uma possibilidade

de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da Ciência

Matemática.

Toma-se como base o conteúdo estruturante funções. Um problema de função

quadrática pode ser resolvido usando a História da Matemática como fonte

problematizadora de forma que possibilite, ao estudante, compreender a evolução do

conceito através dos tempos. No processo de resolução, recomenda-se usar métodos que

privilegiam a apropriação dos conceitos que se encontram envolvidos. Intuitivamente,

professor e estudantes chegam ao modelo matemático. A sistematização do modelo

matemático se dá pela fundamentação teórica e metodológica que encontra-se na

tendência Modelagem Matemática. Uma prática docente investigativa pressupõe a

elaboração de problemas que partam da vivência dos estudantes e, no processo de

resolução, transcenda para o conhecimento aceito e validado cientificamente. A

fundamentação para tal prática é encontrada na Etnomatemática.

A abordagem dos conteúdos específicos pode transitar por todas as tendências da

Educação Matemática.

Também deverá ser relacionado a Matemática, a história e cultura afro-brasileira o

estudante deve perceber a diversidade existente em determinados contextos. É

imprescindível discutir sobre as diferenças culturais e as suas implicações; oferecer aos

alunos espaço para a análise e reflexão dos dados e informações, de maneira que estas

sejam incorporadas e contribuam para a mudança da nossa sociedade. Algumas

considerações que deverão ser feitas:

- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira pela cor, renda e

escolaridade no país e no município;

- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país;

- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à

população negra.

Objetivos Gerais

- Buscar através da matemática, transformações que possam minimizar problemas de

ordem social.

- Através da Matemática, pensar na sociedade em que vivemos, ensinando

ações reflexivas e políticas.

· Que através do ensino de matemática, possa interpretar fenômenos ligados a ela, bem

como a outras áreas do conhecimento; que o aluno seja capaz de ser crítico nas questões

sociais, políticas, econômicas e históricos.

Objetivos Específicos

· Resolver problemas práticos envolvendo frações

· Resolver problemas envolvendo lucros e prejuízos, usando conhecimento de aritmética

e de porcentagem.

· Resolver problemas sobre juros

· Construir gráficos de funções de 2º grau

· Resolver situações-problemas, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo

formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, analogia, estimativa, e utilizando

conceitos e procedimentos matemáticos.

· Construir tabelas de freqüência e representar graficamente dados estatísticos, utilizando

diferentes recursos, bem como elaborar conclusões a partir da leitura, análise e,

interpretação de informações apresentadas em tabelas e gráficos.

Conteúdos Estruturantes / Conteúdos Específicos

Os conteúdos estruturantes de Matemática são:

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometrias

• Funções

• Tratamento da informação

Números e Álgebra

O conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrado em

Conjuntos dos Números Reais, Noções de Números Complexos, Matrizes, Determinantes,

Sistemas Lineares e Polinômios.

O conhecimento matemático é voltado, naturalmente, para a aritmética prática e a

medição.

Numa prática de ensino no contexto da Educação Matemática é necessário que a

Álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e descrever

relações em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, partindo do

pensamento algébrico e dos significados que este produz. O campo matemático mapeado

pelo conceito da Álgebra é muito abrangente e permeado pelo uso de convenções

algébricas: conceito de variável, conceito de incógnita, conhecimento de produtos

notáveis, manipulação de variáveis e operações, cálculo literal e coeficientes numéricos.

O conhecimento algébrico não pode ser concebido pelas simples manipulações

automáticas desses elementos que a compõem.

Juntamente com a Álgebra, formando um único conteúdo estruturante estão os

Números.

Os números objetos abstratos, que aplicamos aos objetos concretos com os quais

queremos lidar, e a partir daí produz-se um conjunto de princípios que definem números.

Esses princípios definidores podem basear-se em conjuntos ou num princípio de

construção por sucessores. Não há sentido trabalhar isoladamente conjuntos numéricos e

suas especificidades. Deve-se compreender que os números estão inseridos em

contextos articulados com os conteúdos específicos da Matemática.

Grandezas e Medidas

Na Matemática, deve-se atribuir um lugar de destaque para o ensino das

grandezas e medidas. Isso reflete o reconhecimento de que as grandezas e suas medidas

estão presentes nas atividades humanas desde as mais simples até as mais elaboradas

da tecnologia e da ciência. Na Matemática, o conceito de grandeza tem papel importante

na atribuição de significado a outros conceitos centrais como os de número natural, inteiro,

racional, irracional etc. Além disso, é um campo que se articula com a aritmética, a

geometria e a álgebra e contribui de forma clara para estabelecer ligações entre a

Matemática e outras disciplinas escolares.

Geometrias

O conteúdo estruturante de Geometria, encontra-se desdobrado em Geometria

Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções básicas de Geometria Não-

euclidiana.

A Geometria é vista pela coesão lógica e concisão de forma. Pela maneira como

são postas suas bases e pelo rigor das demonstrações, a Geometria se caracteriza como

modelo lógico para as outras ciências físicas.

A geometria Analítica inseriu uma dinâmica diferente à Matemática enquanto

ciência.

A Geometria não deve ser trabalhada rigidamente separada da Aritmética e da

Álgebra. Por ser a Geometria rica em elementos que favorecem a percepção espacial e a

visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do

conhecimento, a geometria é a mais eficiente conexão didático-pedagógico que a

Matemática possui: ela se interliga com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e

relações dela correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e

questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza uma

verdadeira tradução para o aprendiz.

O ensino de Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que exijam a

percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que influenciam

diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de conceitos abstratos e

aqueles que se referem ao objeto geométrico em si.

Entende-se que a valorização de definições, abordagens de enunciados e

demonstrações de fórmulas são válidos, aliás, são inerentes à Geometria, mas que isso

deve ocorrer no processo de ensino e da aprendizagem afim de propiciar a compreensão

do objeto geométrico. Não se deve superficializar o processo que objetiva a formação do

pensamento geométrico privilegiando somente as demonstrações geométricas e seus

aspectos formais.

Funções

O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos Função Afim,

Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítmica, Função Trigonométrica,

Função Modular, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica.

O conceito de função permite estabelecer uma correspondência entre as leis

matemáticas e as leis geométricas, entre as expressões analíticas e os lugares

geométricos (conjunto de todos os pontos que gozam de uma mesma propriedade)

O papel desse conteúdo estruturante é o de instrumento que permeia as diversas

áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de

resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto conteúdo da

disciplina de Matemática, deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz

de provocar, por conta da noção de variabilidade e da possibilidade de leituras analíticas

do seu objeto de estudo e atuação em outros conteúdos específicos da Matemática uma

mobilidade às explorações matemáticas. Assim, a partir das Funções, esta mobilidade

alcança patamares ligados a modelos geométricos e algébricos, propiciando a leitura

tanto algébrica como geométrica inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto

matemático.

O caráter de articulações e inter-relacionamentos proveniente do conceito de

Funções pode levar à constatações de regularidades matemáticas, generalizações e

formação de uma linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à

Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância

especial pela capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica que dá

significado às variações das grandezas envolvidas, bem como pela possibilidade de

análise para prever resultados e adiantar previsões. Os gráficos são importantes

instrumentos para tornar mais significativas as resoluções de equações e inequações

algébricas.

Tratamento da Informação

O Tratamento da Informação encontra-se desdobrado em Análise Combinatória,

Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton.

O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da

necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de realizar

leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que se

expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e conhecimento

das possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela necessário, pois

vivemos um momento histórico caracterizado pela facilidade e rapidez no acesso às

informações e que exigem o desenvolvimento do espírito crítico, e a capacidade de

analisar e de tomar decisões, diante de diversas situações da vida em sociedade.

Para o estudante do Ensino Médio regular, propõe-se que o ensino de Estatística

se realize num processo investigativo pelo qual o estudante trabalhe com os dados, desde

sua coleta até os cálculos finais. É o estudante que busca, seleciona, faz conjecturas,

analisa e interpreta as informações para, em seguida, apresentá-las para o grupo, sua

classe ou sua comunidade

Nesse grupo de conteúdos os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos

conceitos de outros conteúdos específicos com os quais possam estabelecer vínculos

onde seja possível quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações,

de maneira que sejam incorporadas às experiências do cotidiano.

Para se buscar a formação do pensamento estatístico o professor deve direcionar a

abordagem desse conteúdo baseado em um estudo que privilegia os métodos, as

técnicas e os conceitos estatísticos articuladamente. Para essa compreensão, sugere-se

uma prática docente com dados reais, que sejam relevantes para os estudantes e,

principalmente, obtidos por eles mesmos.

Relacionando o conteúdo de Estatística com o de Probabilidade, os estudantes

deverão ter uma formação que possibilite a leitura diversificada da realidade. Esta

formação pode permitir que o estudante perceba, por exemplo, que medidas estatísticas

(distribuição de freqüências, medidas de posições, dispersão, assimetria e curtose) não

são fatos encerrados em si próprios. O estudo da Probabilidade, a partir da manifestação

e/ou ocorrência de ações desencadeadas em função da relação entre as pessoas e o

ambiente em que se encontram, permite lançar diferentes olhares sobre o mundo,

retirando do ensino desta disciplina a idéia de determinismo e exatidão. É um espaço para

a análise e reflexão, considerando variações de resultados obtidos por meio de aferições.

É imprescindível a discussão a respeito de possíveis diferenças entre o que se imaginava

e o constatado, procurando descobrir o que leva a tal fato, dando os primeiros passos em

direção a uma Matemática probabilística.

O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da atividade

humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e de conjuntura social,

provocando mudanças de forma direta na vida das pessoas e da sociedade de forma

geral. Sua importância se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com

dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher

aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro.

O conteúdo específico Binômio de Newton está, também, no mesmo conjunto de

articulações que possam ser estabelecidas entre Análise Combinatória, Estatística e

Probabilidade. Suas propriedades são ricas em agrupamentos, disposição de coeficientes

em linhas e colunas e idéia de conjuntos e subconjuntos. Tanto o Teorema das Colunas

como o Teorema das Diagonais trazem implícito o argumento binomial e o argumento

combinatório, o que possibilita, ao estudante, articular esses conceitos com os presentes

em outros conteúdos específicos. No cálculo de probabilidades, por exemplo, se usa

distribuição binomial quando o experimento consiste numa seqüência de ensaios ou

tentativas independentes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais; • Números Complexos; • Sistemas lineares; • Matrizes e Determinantes; • Polinômios; • Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

• Medidas de Área;

GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de Volume; • Medidas de Grandezas Vetoriais; • Medidas de Informática; • Medidas de Energia; • Trigonometria.

FUNÇÕES

• Função Afim; • Função Quadrática; • Função Polinomial; • Função Exponencial; • Função Logarítmica; • Função Trigonométrica; • Função Modular; • Progressão Aritmética; • Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Análise Combinatória; • Binômio de Newton; • Estudo das Probabilidades; • Estatística; • Matemática Financeira.

Encaminhamento Metodológico

Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam

outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos, priorizando relações e

interdependências que, conseqüentemente, enriquecem os processos pelos quais

acontecem aprendizagens em Matemática. Sendo necessário o desenvolvimento de

atividades que incluam as leis 11.645 “Historia e cultura afro-brasileira e indígena”, lei

13.381/01 “Historia do Paraná” e a lei 9.795/99 “ Meio Ambiente”. O olhar que se volta

para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos

presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos

podem ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens

possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.

Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações que

podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Se a postura para uma prática docente

for, de tal forma que expresse desarticulação, é possível que se estabeleça ruptura entre

os conteúdos e iniba os inter-relacionamentos entre os conceitos.

Nesse contexto, ao inserir o estudo dos conteúdos função afim e progressão

aritmética, ambos do conteúdo estruturante funções, o professor pode buscar na

Matemática financeira, mais precisamente nos conceitos de juros simples, elementos para

abordá-los. Para os conteúdos função exponencial e progressão geométrica, os conceitos

de juros compostos também serão elementos básicos.

O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores

matemáticos.

Resolução de Problemas

Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a

partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de

aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um

problema, o estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que almejam a

solução.

Os professores devem se envolver em práticas metodológicas que apontam para

resolução de problemas, as quais tornam as aulas de Matemática mais dinâmicas e não

restringem o ensino de Matemática a modelos clássicos de ensino, tais como, exposição

oral e resolução de exercícios. A resolução de problemas pode possibilitar, aos

estudantes, compreender os argumentos matemáticos e ajudar a vê-los como um

conhecimento passível de ser apreendido por todos os sujeitos presentes no processo de

ensino e da aprendizagem.

É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são

metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem e

utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, à solução, na resolução de

problemas, isto não ocorre de forma imediata pois, muitas vezes, é preciso levantar

hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para

alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.

Etnomatemática

As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e

práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos ambientes culturais.

A Etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o exercício

da crítica e a análise da realidade. Nesse sentido, é importante valorizar a história dos

estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais. Reconhecer e

respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas

num processo de síntese reforçar suas próprias raízes. O seu enfoque deverá relacionar-

se a uma questão maior, como o ambiente do indivíduo e as relações de produção e

trabalho, assim como se vincular a manifestações culturais como arte e religião.

Modelagem Matemática

Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da

Matemática pode ser potencializado quando se problematizam situações do cotidiano. A

Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida.

A modelagem Matemática é entendida como sendo um ambiente de aprendizagem

no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática,

situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes

de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em

determinadas circunstâncias. Para a modelagem Matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando

suas soluções na linguagem do mundo real.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens oriundas da

modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao

possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática

docente, cujo resultado será um aprendizado significativo. A abordagem Matemática, por

meio da modelagem Matemática, em fenômenos diários, sejam eles, físicos, biológicos e

sociais, contribuem para análises críticas e compreensões diversas de mundo.

Mídias Tecnológicas

Atividades realizadas com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz

como a construção de gráficos, por exemplo, com o uso dos computadores ampliam-se as

possibilidades de observação e investigação, visto que algumas etapas formais de

construção são sintetizadas

Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,

potencializando formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a

visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira

passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo,

processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática.

As ferramentas tecnológicas interfaces são importantes no desenvolvimento de

ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos

tecnológicos enfatizam um aspecto fundamental na proposta pedagógica da disciplina: a

experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes conseguem

desenvolver argumentos e conjecturas relacionadas às atividades com as quais se

envolvem, sendo as conjecturas resultado dessa experimentação.

A Internet, segundo é outro recurso que também pode favorecer a formação de

várias comunidades virtuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de

aprendizagem. Muitas destas comunidades abrangem o campo da Matemática e

envolvem professores, alunos e interessados na área.

Enfim, o trabalho realizado com as mídias tecnológicas, insere formas

diferenciadas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de

conhecimentos.

Avaliação

A avaliação é o instrumento, quando bem aplicado, mais eficaz na observação e

verificação do aprendizado do aluno. É uma maneira de o professor avaliar como está o

desenvolvimento matemático de cada aluno.

Para que a avaliação seja válida e eficaz é preciso que seja contínua, dinâmica e

informal. Essas são características imprescindíveis, pois o professor precisará coletar

várias informações para que possa chegar a uma conclusão sobre conhecimento

matemático do aluno.

Os objetivos da avaliação aplicada ao aluno atingem tanto o aluno como o

professor que a aplica. Para o aluno ela é importante, pois avalia seus conhecimentos

matemáticos, é uma forma de acompanhar o seu desenvolvimento nos procedimentos

matemáticos e com ela o próprio aluno poderá analisar as suas dificuldades. E para o

professor é um facilitador na verificação de métodos mais didáticos para aplicação do

conteúdo.

É comum o professor utilizar como forma de avaliação as chamadas “provas ou

testes” bimestrais, não é errado, mas não é uma maneira completa de avaliar, pois dessa

forma o professor estará analisando apenas a capacidade que o aluno possui de

memorizar técnicas e regras, assim não oferecendo informações sobre a aprendizagem

efetiva do aluno.

Para que uma avaliação seja um instrumento que acompanha e analisa todo o

desenvolvimento do ensino/aprendizagem do aluno na disciplina de matemática é preciso

possuir os seguintes componentes: conceitos matemáticos, procedimentos matemáticos,

atitudes e raciocínio. Ou seja, é preciso que em uma avaliação sejam trabalhados todos os

conceitos matemáticos pertinentes ao conteúdo em questão, que o aluno utilize de todos

os procedimentos matemáticos para a realização da atividade proposta como:

comunicação, algoritmos e construção geométrica. O aluno deve sentir-se estimulado a ir

em busca da solução, que sejam críticos com o seu trabalho e dos seus colegas. Assim

conseguindo fazer relação com outros conteúdos, ampliando o seu raciocínio lógico.

Com vistas a superação desta concepção de avaliação, é importante o professor

de Matemática ao propor atividades em suas aulas, sempre insistir com os alunos para

que explicitem os procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar

oralmente ou por escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando algoritmos,

resolvendo problemas, entre outras. Além disso, é necessário que o professor reconheça

que o conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos

isoladamente, o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar seus

conhecimentos.

Avaliar, tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou

seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos integrados na prática docente.

Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos

diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, isto é,

buscar diversos métodos avaliativos (formas escritas, orais e de demonstração), incluindo

o uso de materiais manipuláveis, computador e/ou calculadora. Desta forma, rompe-se

com a linearidade e a limitação que tem marcado as práticas avaliativas. Como práticas

avaliativas pressupõem discussões dos processos de ensino e da aprendizagem

caracterizadas pela reflexão sobre a formação do aluno enquanto cidadão atuante numa

sociedade que agrega problemas complexos.

Na proposta de Educação Matemática, aqui defendida, o professor é o responsável

pelo processo de ensino e da aprendizagem e precisa considerar nos registros escritos e

nas manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de

vista do processo de aprendizagem. Nesse sentido, passa a subsidiar o planejamento de

novos encaminhamentos metodológicos.

Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de informação que o

aluno domina não é coerente com a proposta da Educação Matemática. Para ser

completo, esse momento precisa abarcar todo a complexa relação do aluno e o

conhecimento. Isso significa, em que medida o aluno atribuiu significado ao que aprendeu

e consegue materializá-lo em situações que exigem raciocínio matemático.

Além disso, uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de

encaminhamentos metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço à

interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão

por parte do aluno. E para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professores e

alunos, na tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se

avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas avaliativas, se necessário.

A avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática

docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus

esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e

aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão de educador.

Referências

ARCO-VERDE- Yvelise Freitas de Souza. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação – SEED, Curitiba –Paraná.

DALDEN, Ângela I.L. de Freitas. O que é Conselho de Classe? Os Conselhos de Classe e o Cotidiano do trabalho Escolar. Concepções de Avaliação X Concepções de Relação Pedagógica. In. Conselhos de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica de Escola. Campinas, SP: Papirus, 2004, p 31-39; p.41-54. p. 69-75.

Capacitação Descentralizada–Curso de Diretrizes Pedagógicas e Administrativas para a Educação Básica 21 a 23 de julho/2005- Secretaria do Estado da Educação.

CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Conselho de Classe e participação. Revista AEC, Brasília, ano 24, n.94 p, 113-133, jan/março/1995.

FEIGES, Maria Madselva Ferreira. UFPR - Compreendendo e diferenciando Projeto Político Pedagógico de Projeto Pedagógico. Setor de Educação, Departamento de Planejamento e Administração Escolar.

LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: Avaliação

da aprendizagem escolar: estudos e proposições. – 15ª ed. SP: Cortez, 2003 p.85-101.

SAVIANI, D.A Filosofia na formação do Educador: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Editora: Autores Associados, 1986, p. 17-30.

SEVERINO, Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. Revista da AEC. Brasília, v. 27, n.107, p.81-91, abr/jun/1988.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível/ Ilma P.A. Veiga (org.) Campinas, SP Papirus, 1995, p. 11-35.

5.19 QUÍMICA

Apresentação da Disciplina

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e

presentes na transformação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades, tais

como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de

cozimento.

Esses saberes ou práticas ( manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos ungüentos,

chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem não podem ser classificados

como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações e

procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o

século XVII. Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do

século XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de

computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui

uma era de transformações nas ciências que vem modificando a maneira de se viver. Esse

período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração

da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis pelos estudos espaciais e pela

farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com destaque à Química, que

participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura

científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e na escola. O

percurso histórico do saber químico contribui para a constituição da Química como

disciplina (Hébrad 2000).

Estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a metodologia e, ainda avaliação são as

perspectivas e tendências para o ensino dessa ciência.

O resgate da especificidade da disciplina de Química, no que se refere à abordagem dos

conceitos nos âmbitos dos fenômenos químicos, das teorias que lhes dão sustentação e

das representações que os simbolizam. Para isso, a ênfase no estudo da história da

disciplina e em seus aspectos epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos

estruturantes que a identifique como campo do conhecimento constituído historicamente

nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades.

Esses são pressupostos para uma abordagem pedagógica crítica da Química, que visa

ultrapassar a subserviência da educação ao mercado de trabalho.

O percurso histórico do saber químico contribuiu para a constituição da Química como

disciplina escolar. O ensino de Química deve ter em vista não só a aquisição dos

conhecimentos que constituem esta ciência em seu conteúdo, em suas relações com as

ciências afins e em suas aplicações à vida corrente, mas também, e como finalidade

educativa de particular interesse, a formação do espírito científico. – Reforma Gustavo

Capanema – 1942 a 1960. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10). A importância da

Química como saber escolar, subsidia-se nos objetivos e nas reflexões propostas pelas

DCE's sobre o ensino de Química e como possibilitar novos direcionamentos e abordagens

da prática docente no processo ensino–aprendizagem, para formar um aluno que se

aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o

meio em que está inserido.

Objetivos

O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é algo pronto,

acabado e inquestionável, mas em constante transformação. Esse processo de elaboração

e transformação do conhecimento ocorre em função das necessidades humanas, uma vez

que a ciência é construída por homens e mulheres, portanto falível e inseparável dos

processos sociais, políticos e econômicos. Para tanto, espera-se que o aluno:

* Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da

Química;

* Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

* Problematize a construção dos conceitos químicos;

* Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção

do conhecimento químico;

* Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre

modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

* Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos destes conteúdos básicos,

associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração e

forças intermoleculares;

* Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

*Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:

concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,

concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio

aquoso;

*Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um

átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

* Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico,

associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;

* Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na

natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

* Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases,

modelo de partículas e a lei dos gases

* Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em relação a outra

espécie com a qual estabelece interação.

Encaminhamento Metodológico

O processo pedagógico terá início a partir do conhecimento prévio dos estudantes,

no qual se incluem as idéias pré-concebidas sobre o conhecimento da Química, ou as

concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.

Entretanto, relacionar os conteúdos estruturantes de modo contextualizado, abordando

também a cultura e história afro-brasileira (Lei n. 10.639/03), história e cultura dos povos

indígenas (Lei n. 11.645/08) e educação ambiental (Lei 9795/99).

A abordagem dos conteúdos no ensino de química será norteada pela construção e

reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos históricos,

políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em resultados de

pesquisa sobre o ensino de ciências, tendo como alguns de seus representantes: Chassot

(19995, 1998, 2003, 2004); Mortimer (2002, 2006); Maldaner (2003); Bernadelli (2004).

A utilização de modelos no ensino de química, para descrever comportamentos

microscópicos, não palpáveis, é um dos fundamentos dessa ciência. Deve-se lembrar,

contudo, que eles são apenas aproximações necessárias. Considera-se, ainda, que esses

modelos são válidos para alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e

seus limites são determinados quando a teoria não consegue explicar fatos novos que

eventualmente surjam.

Os trabalhos de pesquisa cujo tema é a experimentação são unânimes em considerar a

importância da experimentação para uma melhor compreensão dos fenômenos químicos.

Os textos científicos também são muito importantes no ensino de Química. No entanto, ao

se trabalhar um texto é preciso selecioná-lo considerando os critérios: linguagem,

conteúdo, o aluno a quem se destina o texto e, principalmente, o que pretende atingir ao

propor a atividade de leitura. A abordagem teórico-metodológica mobilizará para estudo

da Química presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em

uma descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.

Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo

estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e litosfera.

Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante

Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais e transformação de outros,

na formação de compostos artificiais. Os conteúdos químicos serão explorados na

perspectiva do Conteúdo Estruturante Matéria e sua Natureza por meio de modelos ou

representações. E é imprescindível fazer a relação do modelo que representa a estrutura

microscópica da matéria com o seu comportamento macroscópico. Para os conteúdos

estruturantes Biogeoquímica

e Química Sintética, a significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens

histórica, sociológica, ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos

químicos. Porém, para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais

abordagens são limitadas. Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo

estruturante, podem ser amplamente explorados por meio das suas representações.

como as fórmulas químicas e modelos.

Portanto, a metodologia e os recursos didáticos propostos e utilizados são: Aulas

expositivas, aulas práticas, observação de imagens e vídeos, discussão de textos e

artigos, demonstração prática de processos. Utilizando-se de recursos, tais como: Livro

didático e livros para apoio, textos, artigos, recursos de multimídia e laboratório.

Conteúdos Estruturantes

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerando fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

São conteúdos estruturantes de química:

* MATÉRIA E SUA NATUREZA

É o conteúdo estruturante que dá inicio ao trabalho pedagógico da disciplina de química

por se tratar especificamente de seu objetivo de estudo: a matéria e sua natureza. É ele

que abre o caminho parahttp://portal.mec.gov.br/index.php um melhor entendimento dos

demais conteúdos estruturantes.

* BIOGEOQUÍMICA

Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas relações

existentes entre a matéria vivhttp://portal.mec.gov.br/index.phpa e não viva da biosfera,

suas propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar

saberes biológicos, geológicos e químicos.

* QUÍMICA SINTÉTICA

Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais

químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia

(conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos

agrotóxicos.

Conteúdos 1ª Série

Estruturante: Matéria e sua natureza

Básicos: Matéria, Soluções, Ligação Química, Radioatividade, Gases e Funções

Químicas.

Específicos:

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr)

Estudo dos metais;

Substância simples e composta;

Forças intermoleculares;

Misturas;

Métodos de separação;

Estados fisicos da matéria;

Temperatura e pressão, Ponto de Fusão e de Ebulição

Densidade;

Tabela Periódica;

Propriedades dos materiais

Ligações Químicas;

Elementos quimicos radioativos

Emissões radioativas

Leis da radioatividade

Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear)

Funções Inorgânicas (Ácidos, Bases, Sais e Óxidos)

Conteúdos 2ª Série

Estruturantes: Biogeoquímica

Básicos: Soluções, Cálculo Estequiométrico, Velocidade das Reações, Equilíbrio

Químico,

Específicos:

Concentração;

Dispersão e suspensão;

Classificação das soluções

Regra de solubilidade

Diluição e misturas de soluções

Análise Volumétrica

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representações das reações quimicas;

Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos

reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão).

Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura,

catalisador, concentração dos reagentes, inibidores).

Lei das velocidades das reações químicas

Reações químicas reversíveis.

Concentração

Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio)

Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier)

Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks).

Reações de oxi-redução

Reações exotérmicas e endotérmicas

Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas

Variação de entalpia

Calorias

Equações termoquímicas

Princípios da termodinâmica

Lei de Hess

Entropia e energia livre

Calorimetria,

Conteúdos 3ª série

Estruturantes: Química Sintética

Básicos: Funções Orgânicas, Reações químicas.

Específicos:

A Evolução da Química Orgânica

Hidrocarbonetos

Funções Orgânicas Oxigenadas

Funções Orgânicas Nitrogenadas

Reações na Química Orgânica

Glicídios

Lipídios

Aminoácidos e proteínas

Polímeros Sintéticos

Avaliação

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações

recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,

portanto, está sujeita a alteração no seu desenvolvimento.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, a avaliação formativa

e processual, como resposta às históricas relações pedagógicas de poder, passa a ter

prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento

prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de

orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve

subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a

qualidade do processo educacional no coletivo da escola.

No modelo tradicional e positivista de ensino, a avaliação é tão somente

classificatória, caracterizada pela presença de alunos passivos, submetidos às provas

escritas, explicitando uma relação de poder e controle do professor que verifica o grau de

memorização de suas explanações pelo aluno. Por sua vez, aos alunos, restaria acertar

exatamente a resposta esperada, única e absoluta.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

Trata-se de um processo de “construção r reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que

considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os

conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens

histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.

Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar

instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e

interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,

pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,

entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e

objetivo de ensino.

Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos

debates conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e

políticas, ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da

aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino de Química

está sob o foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.

A finalidade da avaliação é não separar teoria e prática, antes, considera as

estratégias empregadas pelos alunos na articulação e análise dos experimentos com os

conceitos químicos. Tal prática avaliativa requer um professor que compreenda a

concepção de ensino de Química na perspectiva crítica.

Finalmente, é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação fiquem bem

claros também para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de conhecimentos

que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que vivem. E, de acordo com

a proposta dos conteúdos deste plano, na avaliação, espera-se que o aluno: Entenda e

questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química;

Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

Problematize a construção dos conceitos químicos;

Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico;

Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre

modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdos

básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade,

concentração, forças intermoleculares;

Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos.

Elabore o conceito de ligações química, na perspectiva da interação entre o núcleo

de um átomo eletrosféra de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível

microscópico;

Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem

na natureza;

diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedade dos

gases, modelo de partículas e as leis dos gases;

Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra

espécie com a qual estabelece interação.

Referências PARANÁ- Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná:Química Curitiba, 2008. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. BERNARDELLI, M.S. Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1.,4.,9., Foz do Iguaçu. Anais. Centro Reichiano, 2004. CD-ROM. CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2 ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. MORTIMER, E. F., MACHADO, A. H., ROMANELLI, L. I. A proposta curricular de química do Estado de Minas Gerias: fundamentos e pressupostos. Química Nova [on line]. São Paulo, v. 23, n. 2, abr 2000.

5.20 SOCIOLOGIA

Apresentação da disciplina

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96 abriu novas perspectivas

para a inclusão da sociologia nas grades curriculares, uma vez que dita, no artigo 36,

parágrafo 1º, inciso III, a importância do domínio dos conhecimentos de filosofia e

sociologia como necessário ao exercício da cidadania.

Nesta realidade não existe mais espaços para discussões pretensamente neutras

da Sociologia no século XIX. No presente, a Sociologia tem um papel histórico que vai

muito além da leitura e explicações teóricas da sociedade, não cabendo mais

explicações e compreensões das normas sociais e institucionais, para a melhor

adequação social, ou mesmo para a mera crítica social, mas sim a desconstrução e a

desnaturalização do social no sentido de sua transformação. Os grandes problemas que

vivemos hoje, provenientes do acirramento das forças do capitalismo mundial e do

desenvolvimento industrial intenso, entre outras causas, exigem indivíduos capazes de

romper com a lógica neoliberal da destruição social planetária. É com urgência que a

escola e a Sociologia devem se preocupar com a formação de novos valores, uma nova

ética e novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas

relações sociais

Objetivos Gerais

1- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social,

considerando critérios éticos;

2- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos

como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito

às diferenças e a luta contra as desigualdades.

3 - Perceber-se como cidadão integrante do todos os processos sociais.

Objetivos Específicos

No decorrer do Ensino Médio o aluno deverá ser capaz de:

1- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na

localidade, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros

tempos e espaços;

2 - Situar movimentos sociais e relaciona-los em uma multiplicidade de

tempos;

3 - Reconhecer-se como um ser produtor de pensamento e em

conseqüência produtor de conceitos que se relacionam com seu convívio social.

4 - Ser capaz de questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis

soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil

que possibilitem modos de atuação;

5 - Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,

aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros

escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

Encaminhamento Metodológico

Por ter como objetivo o conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, as

aulas de sociologia devem levar os alunos a compreenderem as relações que se

estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das

conseqüências dessas relações para indivíduos e coletividades

O tratamento dos conteúdos devem ser abordados dentro de uma neutralidade do

ponto de vista do professor, para que o aluno forme sua opinião, sua crítica, sua

reflexão. Neste sentido, a Sociologia como disciplina escolar, desdobramento da ciência

de referência, deve acolher essa particularidade (das diferentes tradições “explicativas”)

e ao mesmo tempo recusar qualquer espécie de “síntese” teórica, assim como,

encaminhamentos pedagógicos de “ocasião” carentes de método e rigor.

O conhecimento de várias concepções sobre os conteúdos é de importância

central na construção do pensamento sociológico, pois não só possibilita ao professor

refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como também possibilita ao aluno

ter acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica, acerca a

realidade social na qual está inserido. Deve, principalmente, possibilitar ao professor e

aluno, uma alteração qualitativa da sua prática social. A sociedade brasileira, com suas

acentuadas desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais permite questionar

muito da Sociologia clássica e moderna a partir do resgate dos seus conteúdos críticos.

Categorias como coerção, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe social,

reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentam-se como

possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e estruturas de

dominação política e apropriação econômica que articulam as desigualdades e os

antagonismos que caracterizam a realidade brasileira e sua inserção no mundo

contemporâneo.

No campo da Sociologia Crítica esse questionamento se dá, ao considerar as

diferentes perspectivas dos grupos e classes compreendidos por determinada situação

histórica, bem como, ao considerar as diferentes interpretações sistematizadas sobre

essas diferentes perspectivas.

O pensamento sociológico deve partir da articulação de experiências e

conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados, a

experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, dando um

tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as

desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do

trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade

cultural, de gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir dialeticamente o

conhecimento que o aluno. É o desvendamento, através da apreensão e compreensão

crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais de classe, gênero e etnia,

na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.

As aulas de sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processo de

identificação de problemas sociais que estão de varias formas presentes na sociedades,

como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos: aulas

expositivas dialogadas, aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando

possível, exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, leitura de textos:

clássico-teórico, teórico-contemporâneo, temáticos, didáticos, literários e jornalísticos,

debates e seminários, pesquisa de campo e pesquisa bibliográficas, análise crítica de

imagens como: fotografias, charges, tiras, publicidade, TV, pendrive, quadro e giz.

Conteúdos Estruturantes

A Sociologia no Ensino Médio deve possibilitar o reconhecimento da

existência do outro, ou seja, fazer com que o aluno perceba que na sociedade

convivemos com diferentes grupos sociais. Estes podem ser diferentes em suas

crenças e formas de agir, mas baseando-se no princípio da alteridade, devemos

respeitar diferenças. Só assim é possível estabelecer a cidadania dentro do

Estado Democrático de Direito. O caminho é o combate ao preconceito que

permeia as relações nas diferentes esferas da vida social. Os conteúdos

estruturantes com respectivos conteúdos específicos são:

1º ano do Ensino Médio

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

O Surgimento da

Sociologia e teorias

Sociológicas.

O surgimento da Sociologia;

As teorias Sociológicas na compreensão do presente;

A produção sociológica brasileira .

Instituições Sociais. Instituição Escolar;

A Instituição Religiosa;

Instituição Familiar.

Obs: serão trabalhados Cultura Afro-

brasileira, Indígena e Africana. Lei nº

11645/08

História Local, História do Paraná. Lei nº

13381/01

2º ano do Ensino Médio

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Cultura e Indústria Cultural Cultura ou culturas: uma

contribuição antropológica;

Diversidade Cultural Brasileira;

Cultura: criação ou apropriação?

Trabalho, Produção e Classes Sociais O processo de Trabalho e

desigualdade social

Globalização

Obs: serão trabalhados Cultura

Afro-brasileira, Indígena e

Africana. Lei nº 11645/08

História Local, História do Paraná.

Lei nº 13381/01

3º ano do Ensino Médio

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Poder, Política e Ideologia Ideologia

Formação de Estado Moderno

Direito, Cidadania e movimentos sociais Movimentos Sociais;

Movimentos Agrários no Brasil;

Movimento Estudantil.

Obs: serão trabalhados Cultura

Afro-brasileira, Indígena e

Africana. Lei nº 11645/08

História Local, História do Paraná.

Lei nº 13381/01

Avaliação

A avaliação como consta nas DCE de Sociologia será de maneira diagnóstica,

avaliativa e formativa, diagnosticando a aprendizagem.

A avaliação em Sociologia deve estar voltada para o mecanismo ensino

aprendizagem, de forma que permita tanto ao professor como o aluno a melhoria do

processo e do aprendizado. Além dos mecanismos tradicionais, deve buscar a análise

reflexiva e crítica dos resultados, necessitando de um tratamento metódico e sistemático,

elaborado de forma coletiva. Seus critérios devem ser debatidos, criticados e

acompanhados por todos envolvidos pela disciplina.

A apreensão de alguns conceitos básicos, articulado com a prática social: a clareza

Dentro disto ter como critérios a verificação se os alunos progrediram em

conquistas numa perspectiva de evolução do conhecimento, atitudes, opiniões e

argumentações.

As formas de avaliação em Sociologia acompanham as práticas do ensino da

disciplina, seja reflexão crítica, nos debates, que acompanham os textos e filmes fazendo

relação com a realidade, na pesquisa de campo, na criação e releitura de teatros, na

criação de textos, enfim, várias podem ser as formas, desde que tenha como perspectiva

a clareza dos objetivos a atingir, no sentido de apreensão, compreensão e reflexão dos

conteúdos pelos alunos.

Referências

PARANÁ - Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no

Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1997.

VÁRIOS AUTORES. Sociologia. Curitiba: SEED-Pr, 2006.

ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo: Martins Fontes,

2003.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artemed, 2005.

ÁVILA, Fernando Bastos de. Introdução a Sociologia. Rio de Janeiro: Agir, 1973.

TELES, Fídias. Filosofia para o Século XXI. Erechim, RS: São Cristóvão, 2003.

PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense,

2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná. Sociologia. Curitiba: Secretaria de Estado da

Educação- SEED, Curitiba-Paraná.

5.21 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

Importância Histórica da Disciplina

O Inglês é uma língua basicamente anglo- saxônica, mas apresenta também

vocábulos de origem celta. Nota-se, ainda a grande influência do Latim trazido pelos

romanos, que perdurou mesmo após a partida dos conquistadores. Mas os povos que

fundamentaram a Língua Inglesa foram os anglos e os saxões.

A partir daí, sentiu-se a necessidade de fortalecer uso da Língua Inglesa devido o

bom relacionamento entre o Brasil e a Inglaterra e atualmente os fortes laços comerciais

com os Estados Unidos.

Sendo assim, o ensino formal da Língua Inglesa no Brasil teve início com o decreto de 22

de junho de 1809. assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma

escola de Língua Francesa e outra de Língua Inglesa.

Inicialmente, o ensino de Inglês no Brasil teve, portanto, utilidade eminentemente

prática, visando a capacitar os profissionais brasileiros para a demanda do mercado de

trabalho da época e responder às necessidades de desenvolvimento do país, alavancadas

pelas relações comerciais com nações estrangeiras.

A Língua estrangeira tem um valioso papel construtivo como parte integrante da

educação formal. O aprendizado de outro idioma abre portas para o mundo, não só

propicia acesso à informação, mas também torna os indivíduos, e consequentemente, os

países, mais bem conhecidos pelo mundo.

A forte influência da Língua Inglesa deve-se ao fato desse idioma ocupar uma posição

privilegiada em relação às demais Língua Estrangeira.

Percebe-se que o Inglês vem dominando o campo dos negócios, da cultura e das

relações acadêmicas internacionais e assim tornando-se a segunda língua, com posições

de prestígio na sociedade. Há de considerar as necessidades linguísticas da sociedade e

suas prioridades econômicas, quanto a opção de línguas de significado econômico e

geopolítico em um determinado momento histórico. Isso reflete a atual posição do Inglês.

Já que a cultura é um processo em constante negociação, neste momento realizado em

condições políticos culturais de inter-relacionamento global. Isso torna-se particularmente

importante agora, quando as fronteiras tradicionais no mundo estão se abrindo.

É importante aprendizagem do Inglês com consciência crítica para que haja a

formulação de contra- discursos em relação às desigualdades entre países e entre grupos

sociais. Assim os indivíduos passam de meros consumidores passivos de cultura e de

conhecimento a criadores ativos: o uso de uma Língua Estrangeira é uma forma de agir no

mundo para transformá-lo.

Leis

Com base na Proposta Pedagógica os conteúdos e textos a serem trabalhados serão

selecionados e organizados de acordo a Legislação Vigente e abordados na medida do

possível, de forma contextualizada.

Lei nº 10.639/03 e Deliberação do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira e Africana

Lei nº 11645/08 ( História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana)

Lei nº 9795/99 ( Política Nacional e Educação Ambiental)

Lei nº 13381/01 ( História do Paraná)

Lei nº 11343/06 ( Sistema Nacional de Política sobre Drogas

Lei nº 11733/97 e 11734/97 ( Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST

Apresentação da Disciplina

A língua estrangeira e moderna pode ser propiciadora da construção das

identidades dos alunos como cidadãos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência

sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira.

A aprendizagem da LEM também pode ser um meio para a progressão do trabalho

e estudos posteriores, bom como ser um constituinte das identidades dos alunos como

agentes críticos e transformadores.

Sendo assim a língua será vista como uma estrutura que faz intermediação entre o

individuo e o mundo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas

estruturas da língua; ela seria um elemento de ligação entre os dois.

A LEM funciona como meio para se ter o acesso ao conhecimento e, portanto, às

diferentes formas de pensar, de agir e de conceber a realidade o que propicia ao individuo

uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida. A escola, além de

capacitar o aluno a compreender e produzir enunciados corretos, propiciará condições de

atingir um nível de competência lingüística com vistas a formação profissional, acadêmica

ou pessoal, conscientizando-o sobre a grande quantidade de línguas que nos rodeiam,

entendendo que o idioma inglês é um dos predominantes sendo um meio ou recurso

utilizado pro milhões de seres humanos para se comunicarem e conduzirem suas vidas.

A aprendizagem de uma língua estrangeira é uma atividade emocional não

apenas intelectual. O aluno é um ser cognitivo, afetivo, emotivo e criativo.

A educação em língua estrangeira na escola, dá acesso à ciência e a tecnologia

modernas, à comunicação inter-cultural, ao mundo dos negócios e outros modos de

conceber a vida humana. Portanto é preciso, em primeiro lugar, descobrir, quem é nosso

aluno, que conhecimento de língua possui, em que realidade está inserido, para então

decidir de que maneira trabalhar. O professore deve ter sensibilidade suficiente para

perceber qual é o procedimento mais adequado para cada realidade, ser capaz de

perceber equívocos de encaminhamentos metodológico e corrigi-los se necessário,

trabalhar de maneira a incentivar o aluno a pensar e interagir na língua – alvo de modo que

ele aprenda e sistematize coincidentemente aspectos escolhidos da nova língua.

Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na LEM para ampliar seu

conhecimento de mundo e ser capaz de interferir criticamente na sociedade, é necessário

que ele desenvolva sua capacidade de ler, escrever, produzir e compreender enunciados

orais e para melhor aproveitamento desses elementos deverão ser trabalhados sempre

juntos.

Objetivos Gerais

A língua estrangeira e moderna pode ser propiciadora da construção das

identidades dos alunos como cidadãos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência

sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira.

A aprendizagem de LEM também pode ser um meio para a progressão no trabalho

e estudos posteriores, bem como ser um constituinte das identidades dos alunos como

agentes críticos e transformadores.

Sendo assim a língua será vista como uma estrutura que faz intermediação entre o

indivíduo e o mundo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas

estruturas da língua; ela seria um elemento de ligação entre os dois.

A LEM funciona como meio para se ter acesso ao conhecimento e, portanto às

diferentes formas de pensar, de agir e de conceber a realidade o que propicia ao indivíduo

uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida. A escola, além de

capacitar o aluno a compreender e produzir enunciados corretos, propiciará condições de

atingir um nível de competência lingüística com vistas a formação profissional, acadêmica

ou pessoal, conscientizando-o sobre a grande quantidade de línguas que nos rodeiam,

entendendo que o idioma inglês é um dos mais predominantes e é o meio ou recurso

utilizado por milhões de seres humanos para se comunicarem e conduzirem suas vidas.

A aprendizagem de uma língua estrangeira é uma atividade emocional e não

apenas intelectual. O aluno é um ser cognitivo, afetivo, emotivo e criativo.

A educação em língua estrangeira na escola, dá acesso à ciência e à tecnologia

modernas, à comunicação inter-cultural, ao mundo dos negócios e outros modos de

conceber a vida humana.

Objetivos Específicos

Compreender de que forma determinada maneira de expressão pode ser literalmente

interpretada em razão de aspectos sociais e culturais;

Expressar-se oralmente e por escrito com coerência e objetividade;

Compreender e interpretar os mais variados tipos de textos;

Conscientizar-se da importância da língua inglesa no comércio internacional e

sociedade;

Saudar pessoas, pedir e dar informações, conselhos e sugestões;

Identificar, extrair ou ordenar informações de textos e enunciados;

Comentar sobre os mais variados assuntos como: acontecimentos históricos,

esportes, relacionamentos, sentimento, educação, etc.;

Dominar termos e tópicos gramaticais que se façam necessários ao domínio da

língua;

Utilizar aspectos da coerência e coesão em língua estrangeira.

Conteúdos Estruturantes

O conteúdo estruturante não deve ser entendido como isolado em si mesmo e

estanque, pois é uma dimensão disciplinar da realidade.

Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira moderna o

discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros, pois, o essencial na

tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la

num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação

particular.

O ambiente de aprendizagem pode ser visto como um fenômeno social e

ideologicamente constituído por discursos conflitantes cruzados por viéses hegemônicos

incontáveis. Como o ensino-aprendizagem da língua estrangeira ocorrerá nesse ambiente,

e para que se realize de forma eficiente, é necessário que se leve em conta essa

heteroglossia e que seja compreendido como algo significativo para esses alunos.

O aluno de língua estrangeira já possui experiência no trabalho com a linguagem e,

para que ele tenha condições de interagir em uma nova discursividade e perceba as novas

referências culturais através da qual a língua estrangeira se lhe apresenta, é necessário

que o professor leve em conta esse conhecimento de que o aluno já dispõe e o subsidie

com conhecimentos que lhe faltem.

Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que

estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira,

seja em que prática for: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e socio-

pragmáticos.

Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras

gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe

apresenta.

Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama

de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.

Os culturais, a tudo aquilo que sente, acreditam, pensa, diz, faz e tem uma

sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.

Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o

discurso em um contexto sócio-histórico particular.

Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e

garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de

leitura, escrita e oralidade, interaja entre si e constituam uma prática sócio-cultural.

No decorrer do ano há um trabalho com diversos temas incluindo os de Meio

Ambiente, Sexualidade, Cultura- Afro e História do Paraná, Potencialização da saúde por

meio da Sexualidade e outros.

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico- social.

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos,

buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva por isso o Discurso como

prática social. A língua é tratada de forma dinâmica, por meio da Leitura, Oralidade e

Escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes

no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e

indireto;

• Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

• Recursos estilísticos (

figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

É importante que o

professor:

• Propicie práticas de

leitura de textos de

ESCRITA

• Tema do texto ;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do

texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade

(informações necessárias

para a coerência do

texto);

• Vozes sociais presentes

no texto;

• Vozes verbais;

• Discurso direto e

indireto;

• Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

• Recursos estilísticos(

figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

ORALIDADE

• Elementos extra-

linguísticos: entonação,

pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao

gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes

no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias,

repetição;

• Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o

escrito;

• Adequação da fala ao

contexto;

• Pronúncia.

diferentes gêneros;

• Considere os

conhecimentos

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Caberá também ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais

de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de

Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.

ESFERAS SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências

Vividas

Trava-Línguas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas

Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

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Vídeo Conferência

1ª série

● Concientizar do papel da Língua Inglesa no comércio internacional e na sociedade;

● Revisar conteúdo de Ensino Fundamental;

● Verbo To be simple present and simple past. (formas afirmativa, negativa e interrogativa);

● Verbo To can simple present and simple past. (formas afirmativa, negativa e

interrogativa);

● Locuções adverbiais;

● Funções dos pronomes, artigos, adjetivos,numerais e adverbios;

● Discurso direto e indireto;

● Substantivos contáveis e incontáveis;

● Concordância verbal e nominal;

● Presente simples e presente contínuo (present simple and present continuous;

● Pronomes Interrogativos; (interrogative words)

● Compreender e interpretar os mais variados tipos de textos;

2ª série

Plural of nouns;

Possessive case;

Possessive, adjectives, and possessive pronouns;

Atividades que estabeleçam relação entre a aprendizagem da Língua Inglesa e a

realidade do aluno;

Compeensão dos mais variados tipos de textos;

Identificar Temas em diversos textos;

● Verbos no passado: interrogativa, negativa e afirmativa, (regulares e irregulares);

● Artigos (definidos e indefinidos);

● Afixos (affixes /suffixes and preffixes)

● Analise de artigos observando os diferentes gêneros (citados anteriomente) e as esferas

sociais de circulação;

● Preposições (prepositions)

● Pronomes (pronouns in general: personal, possessive, reflexive, etc/ introdução)

● Concordância verbal e nominal;

● Falsos cognatos;

● Verbos modais, vozes verbais,

3ª série

● Preposições;

● Modal Verbs;

● Pronomes relativos;

● Past contínuos tense (affirmative, interrogative and negative forms);

Present and Past Perfect Tense;

Passive voice and reflexive;

Adverbs;

Gênero dos Substântivos (gender of nouns);

Estudo de textes de vestibulares e Enem;

Ler e entender textos sobre diferentes culturas;

Observar coesão e coerência textual;

Compreensão, tradução e interpretação oral e escrita dos mais variados tipos de textos;

Estudo mais aprofundo dos pronomes;

Adequação da fala ao contexto; (uso de conectivos, gírias, repetições, licença poética);

Identificar marcas línguísticas;

Uso de palavras e expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como

expressoẽs que denotam ironia e humor;

Elaboração de textos atendendo às situações propostas;

Encaminhamento Metodológico

A partir do conteúdo estruturante – discurso – não deverão ser abordadas apenas

questões lingüísticas, mas também as sócio-pragmáticas, culturais, e discursivas, assim

como as práticas do uso da língua – leitura, escrita e oralidade.

O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de

comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de partida da

aula de língua estrangeira.

Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela solução

deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam

uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as

implicações sociais, históricas e ideológicas presentes em todo discurso.

Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois eles

darão suporte para que o aluno interaja com os textos de diversos assuntos e diversas

áreas. No entanto, é preciso lembrar que a escolha dos conhecimentos lingüísticos a

serem trabalhados será diferenciada dependendo do grau de conhecimento dos alunos e

será voltada para a interação verbal - que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem

e não a memorização de conceitos. São os erros resultantes das atividades dos alunos

que permitirão ao professor selecionar seus conteúdos e orientar sua prática em sala de

aula. É a partir da constatação de falhas no processo de interação que a língua torna-se

objeto de reflexão e de discussão das questões lingüísticas, entretanto, sem se afastar do

contexto que a incitou.

Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao

interagir com/na língua, estão interagindo com pessoas específicas e que é preciso levar

em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente quem disse o quê,

para quem, onde, quando e por que é imprescindível. Como o trabalho é com o discurso

em língua estrangeira, uma prática social que ocorre em um contexto diferente daquele

com o qual o aluno está familiarizado, o conhecimento sócio-pragmático, ou seja, das

particularidades do comportamento social e verbal (variações: léxicas, fonético-

fonológicas e morfossintáticas e seu prestígio ou desprestígio, adequação e

inadequação), bem como as questões político-ideológicas, são subsídios importantes para

que atinja a efetiva compreensão de um enunciado em particular.

Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe uma

diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra,

mas sim diferente. Conhecer a cultura do outro é reconhecer que as novas palavras não

são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos, a nova gramática não é

simplesmente uma nova maneira de arrumar e ordenar as palavras e as novas pronúncias

não são somente as maneiras diferentes de articular sons, mas representam um universo

sócio-histórico e ideologicamente marcado. Sob essa perspectiva, à medida que se

aproximar de outra língua e de outra cultura, o aluno compreenderá a língua como algo

que se constrói e é construído por uma determinada comunidade – se por um lado, a

língua determina a realidade cultural, por outro, os valores e as crenças culturais criam,

em parte, sua realidade lingüística. Dessa forma, o conhecimento de outra cultura

colabora para a elaboração da consciência da própria identidade, pois, o aluno consegue

perceber-se também ele como sujeito histórico e socialmente constituído. Vale lembrar

que nenhuma língua é neutra e pode representar diversas culturas e maneiras de viver;

inclusive, pode passar a ser um espaço de comunicação intercultural, na medida em que é

usada por diversas comunidades, muitas vezes até por falantes que não a têm como

língua materna.

Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem às

formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. Se não

existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no

processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível.

Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros

textuais, mas sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a

possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas

práticas sociais. Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,

jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças

estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e,

sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua

materna, é imprescindível.

Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os diferentes

gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma determinada

comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo _ literatura, publicidade,

jornalismo, mídia etc. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um

leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com que se

depare e entenda que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma

ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. Além

disso, ao interagir com textos provenientes de diferentes gêneros, o aluno perceberá que

as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo

significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a

prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere

também aos textos não-verbais _ estejam eles combinados ou não com o texto verbal.

Para que o aluno compreenda a palavra do outro é preciso que se reconstrua o contexto

sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior objetivo

da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo

modo de ver a realidade. Para que uma leitura em língua estrangeira se transforme

realmente em uma situação de interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com

os conhecimentos – lingüísticos, sócio-pragmáticos, culturais e discursivos – necessários

e dos quais não dispõe para a efetiva compreensão de cada texto particular com que se

deparar.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas

especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira

dentro de suas limitações. É necessário que se explicite que, mesmo oralmente, há uma

diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a

necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes situações, tal como

ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante que o aluno se familiarize

com os sons específicos da língua que está aprendendo.

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-

se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. Sendo

assim, é preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido como um sujeito

sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário –

fundamental para a construção do texto e de sua coerência. A finalidade e o gênero

discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção,

assim como, a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das

partes, seleção da variedade lingüística adequada (formal/informal), etc. Ao realizar

escolhas o aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito

crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos

alunos elementos necessários para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais

como conhecimentos discursivos, lingüísticos, socio-pragmáticos e culturais.

Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a

ideologia e a construção da realidade faz parte da produção do conhecimento, e que esse

conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto e das

relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos alunos, propor atividades

que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática

social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular. Portanto, é

necessário prover-lhe de conhecimentos lingüísticos, discursivos, socio-pragmáticos e

culturais de que não disponha para que tenha elementos suficientes para interagir com

esses textos.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de língua estrangeira é que ele

será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo, objetivando

relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente desenvolver

projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que

conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados entre si. Por

exemplo: variação lingüística existe tanto na língua estrangeira como na materna, a

literatura está relacionada à história ou os costumes alimentares ou de vestuário de uma

comunidade são influenciados pela sua localização geográfica.

Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e envolverão

simultaneamente as práticas e conhecimentos citados anteriormente, proporcionando ao

aluno condições para assumir uma postura crítica e transformadora com relação aos

discursos que se lhe apresentam.

I

Instrumentos de Avaliação

-Provas orais e escritas

-Trabalhos individuais e escritos e em equipes

-Exercícios avaliativos

-Desenvoltura na oralidade (iniciação/básico)

-Uso de aspectos gramaticais referentes ao conteúdo

-Demonstrar interesse em pesquisar e ampliar conhecimentos nos temas sugeridos

-Pesquisas virtuais em Diversos Assuntos e Diversas Áreas.

-Avaliar aspectos de assiduidade como participação, interesse, procedimentos e atitudes

no desenvolvimento das tarefas, pontualidade na entrega e exposição de trabalhos

solicitados. Seu esforço dever ser reconhecido seu “erro” entendido como parte integrante

da aprendizagem e ponto de partida para o professor prosseguir ou retomar seu trabalho.

O aluno será avaliado diariamente através da demonstração de conhecimentos na

oralidade e pequenos registro de suas próprias produções.

Exploração, oralidade

-Leitura e compreensão de textos

-Analisar a intencionalidade do autor

-Analisar os recursos da oralidade e escrita em cenas

-Provas escritas individuais/duplas

-Trabalhos em equipes

-Apresentação e produções de textos/trabalhos/desenhos/dramatizações, etc.

-Produção de textos orais e escritos

-Debates

-Identificar o tema

-Emitir opiniões

-Apresentar clareza nas em suas idéias

-Utilização de recursos lingüísticos

Avaliação

A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e não

apenas constatar um certo nível do aluno. Está implícito também que não se avaliam só

os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, indo além do que

se manifesta até a identificação das causas. A avaliação assim entendida oferece

descrição e explicação; é um meio de se compreender o que se alcança e por que se

toma desse modo, uma atividade iluminadora e alimentadora do processo de ensino e

aprendizagem uma vez que dá retomo ao professor sobre como melhorar o ensino,

possibilitando correções no percurso e retomo ao aluno sobre o próprio desenvolvimento.

A avaliação deverá ser feita, não somente através de testes, mas, também,

deverão ser levados em consideração para fins de avaliação outros aspectos como:

participação e interesse, procedimentos e atitudes, pontualidade na entrega e exposição

de trabalhos e pesquisas, sendo assim de forma contínua.

O aluno precisa estar envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é

construtor do conhecimento. Seu "esforço" deve ser reconhecido e seu "erro" entendido

como parte integrante da aprendizagem.

Assim espera-se diversidade nos formatos de avaliação, de modo a oferecer

diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso, pois ela é um ponto

de referência para outras ações.

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir

para a construção de saberes, deve ser contínua e cumulativa e que os aspectos

qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação

servirá, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as

suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível

perceber quais são os conhecimentos – lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou

culturais - e as práticas – leitura, escrita ou oralidade - que ainda não foram

suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para

garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

Referências

PARANÁ- Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública no

Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1997.

ARCO VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.) Diretrizes Curriculares da Rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba:

Secretaria de Estado da Educação - SEED, Curitiba-Paraná

VÁRIOS AUTORES. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-Pr, 2006.LIBERATO,

Wilson Antonio. Compact English Book. São Paulo: FTD, 1998.

MARQUES, Amadeu. Inglês. São Paulo: Ática, 2003.

FERRARI, Mariza Tiemann. Inglês. São Paulo: Scipione, 2000.

LEFFA, Vilson. O Professor de Línguas: Construindo a Profissão. Pelotas, RS:

EDUCAT, 2006.

OLIVEIRA E PAIVA, Vera Lucia Menezes de. Estudo de Língua Inglesa; Reflexões e

Experiências. Campinas, SP: Pontes Editora, 2005.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica -Língua Estrangeira e Moderna- Secretaria do

Estado do Paraná -2008

5.22 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua estrangeira consolidou-se

historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da escola pública vem

demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de LEM possa ter um papel

democratizante das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie ao aluno

como sujeito e construa seu processo de aprendizagem. Ao contrário de épocas passadas,

o ensino de LEM se alicerça em dar suporte aos educandos sobre língua e cultura da

disciplina afim. A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no principio de que o

desenvolvimento do educando deve ocorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita. O

que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do conhecimento e à

formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o conhecimento e

compreensão das diversidades linguísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras

em discurso como prática social e, portanto, instrumento de comunicação.

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno passa

a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu

entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer vínculos,

semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir outra cultura,

fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.

O caráter prático do ensino de LEM permite a produção de informação e o acesso a

ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e

diferentes. Essa Comunicação possibilita análise de paradigmas já existentes e cria novas

realidades.

Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e

consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no principio de

que o desenvolvimento do educando deve ocorrer as três práticas essenciais ao processo

de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto, é preciso

que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio

para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como experiência de

identificação social e cultural” (DCE, 2009, p.53) e sim ofereça possibilidade para que o

aluno perceba e compreenda a diversidade cultural e lingüística presente na aprendizagem

da língua e, consequentemente construa significados em relação ao mundo em que vive.

Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o

linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:

· use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

· vivencie, na aula de espanhol, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

· compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

· tenha maior consciência sobre o papel da Língua Espanhola na sociedade;

· reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

A importância da LEM em Espanhol, como parte da Educação Básica, no município

de Piên, justifica-se pelo fato de atender a demanda para atividades relacionadas ao

MERCOSUL, uma vez que ao contextualizar a língua espanhola em nosso cotidiano

escolar estamos contribuindo para o processo que busca destacar o Brasil no

MERCOSUL, atendendo interesses políticos e econômicos que irão auxiliar o Brasil em

suas relações comerciais com países da língua espanhola. Também entendemos que

desta forma é possível tornar nosso aluno mais competente em sua comunicação o que irá

contribuir para que o mesmo tenha acesso mais facilitado ao mercado de trabalho, uma

vez que toda a América Latina fala a língua espanhola.

Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho

pedagógico com a Língua Espanhola, com o objetivo de levar o educando à “apropriação

crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações

sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)

CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO

LEITURA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Aceitabilidade do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

ESCRITA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbo/nominal.

ORALIDADE:

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS – 2ºANO

LEITURA

Conteúdo temático;

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Polissemia;

Léxico;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Semântica:

operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

Expressões que denotam ironia e humor no texto;

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto

Tema do texto

Temporalidade

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Discurso direto e indireto

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Semântica:

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Significado das palavras;

Figuras de linguagem;

Sentido conotativo e denotativo;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto

Polisemia

Processo de formação de palavras

Acentuação gráfica

Ortografia

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extraliguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas… ;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento do

papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso à informação. O

aprendizado de línguas estrangeiras são também possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o

ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da compreensão da diversidade

linguística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as práticas

de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio.

A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as

diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias

metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor

que a outra, mas sim diferentes.

A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em

grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de melhores

resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como livro didático, dicionário, livro

paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia serão utilizados para

facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.

Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e

Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade

brasileira e latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o espanhol

como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão abordados para que os

alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras sociedades tratam tais

assuntos.

Segundo as Diretrizes, a Língua espanhola tem como conteúdo estruturante o

discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as práticas de

leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse

trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o entendimento da função e

estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar os aspectos gramaticais que o

compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a gramática para trabalhar com o texto,

sem, no entanto, abandoná-la.” (DCE, 2009, p. 63)

No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a

textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar idéias em Língua Inglesa,

mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta

língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar debates orais, seminários,

dramatizações, júri simulado, declamações, entrevistas, etc.

Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto

que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará

esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as situações reais de

uso do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção deve ter sempre um

objetivo claro, pré-determinado.

No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno

um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear,

para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE, 2009, p. 66).

É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão

abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise lingüística, que não

considera a gramática fora do texto.

Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso

de livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet,

DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc. que servirão para ampliar o contato e a interação com

a língua e a cultura.

Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão

trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade,

drogas, meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do

aluno.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado,

assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Desprende-

se, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a

concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se

configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das

dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de

ensino aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado

nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do

processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somativa e

cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo medida de

observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e

consideradas como subsídios.

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os

objetivos propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político-Pedagógico da

escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais e em

grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação

entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se

dará por meio de recuperação de conteúdo.

Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o

seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”,

deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim,

o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos

alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir

dele, identificar “identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que

busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71)

Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua

interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como

a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual,

para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc.

Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os

objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão

utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em

grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação

entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se

dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo

será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao

sistema de avaliação.

O rendimento escolar será expresso em notas numa escala de 0,0 (zero, vírgula

zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e o rendimento mínimo será 6,0 (seis vírgula zero). Para

aprovação, além da média 6,0 (seis vírgula zero), o aluno deverá também apresentar

freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), do total de horas do curso.

As notas serão apresentadas aos alunos em dois momentos distintos:

ao término das primeiras 80 horas de curso;

ao contemplarem as 160 horas de curso.

A média para cada momento será aritmética, ou seja, será efetuada a soma de

todas as notas obtidas em cada momento e dividido pelo número total de avaliações.

REFERÊNCIAS:

CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Editora Ática

– 6ª edição. São Paulo – SP, 2004.

ESCOLA ESTADUAL ALMIRANTE BARROSO– E.F., Projeto Político Pedagógico.

Rondon, Paraná – 2008. Disponível em: www.rdnbarroso.seed.pr.gov.br. Acesso em: 21

julho 2009.

LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006.

MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais

e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília -DF, 2004.

PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto-Político-Pedagógico da escola – uma construção

possível. Editora Papirus – 20ª edição, 2005.

SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do projeto

político pedagógico. Curitiba, 2006. Disponível em: www.wikipedia.org – Acesso em: 21

julho 2009.

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira

Moderna. Curitiba, 2009.

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br Acesso em: 21 julho 2009.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR

CURRICULAR EM CONTRATURNO 2012

TÍTULO

Resgate da História Local

ATIVIDADE

História e Memória

NÍVEL DE ENSINO

Fundamental e Médio

NÚMERO DE ALUNOS

25

MACROCAMPO

Experimentação e Iniciação Científica

TURNO

Noturno

CONTEUDO

História da vida dos ex-prefeitos de Piên; Como foram seus mandatos, as obras que realizaram em cada setor. História dos Afro-descendentes no nosso Município.

OBJETIVO

Objetivo Geral: Resgatar a história política do Município de Piên, desde o primeiro Prefeito até o atual. Objetivos Específicos: entrevistar pessoas que conheciam os ex-prefeitos do município; Pesquisar em livros e arquivos municipais sobre os espaços e pessoas pesquisadas; Reconhecer a importância do assunto Política Município; Compreender que a história oral também faz parte da história.

ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

Como consta nas Diretrizes, Ginzburg critica a tendência relativista da história das mentalidades e propõe um método indiciário que insiste no rigor da pesquisa documental, baseado em provas factuais a partir da decifração dos indícios proporcionais pelos documentos, também acredito que através do resgate da história oral estaremos contribuindo para a formação do pensamento crítico do cidadão. Sendo assim o projeto será realizado através de entrevistas com pessoas da comunidade, pessoas que conheçam a história das pessoas pesquisada, Estas entrevistas serão gravadas e

depois trascritas pelos próprios alunos. Também serão realizadas pesquisas bibliograficas em arquivos público, bibliotecas, museus. Também solicitaremos a colaboração e apóio da Prefeitura de Piên para o transporte para fazer visitas locais históricos. Como: museus e cidades históricas como a Lapa.

AVALIACAO

De acordo com interesse e participação das atividades desenvolvidas.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Espero que com este projeto os alunos aprendam valorizar a história oral, aquela que está na memória e, é contada pelas pessoas, assim como valorizam a história escrita. PARA A ESCOLA: Apoio na educação sobre a História, bem como contribuir para a formação do pensamento crítico do cidadão. PARA A COMUNIDADE: Resgatar a memória dos acontecimentos nesse espaço.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

D.C.E. /História

PARECER DO NRE

COLÉGIO ESTADUAL FREDERICO GUILHERME GIESE

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PIÊN, Agosto, 2012

PARECER DO CONSELHO ESCOLAR

Após a análise do presente Projeto Político Pedagógico, o Conselho Escolar

do Colégio Estadual Frederico dá, quanto a sua aprovação, seu parecer:

( ) FAVORÁVEL ( ) CONTRÁRIO

Piên, 29 de Agosto de 2012.

Nome: Assinatura

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