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1 COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Guaira, 2225 Jardim La Salle Toledo- PR [email protected] PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO Toledo- PR Setembro/2011

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1

COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Guaira, 2225 – Jardim La Salle

Toledo- PR [email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

Toledo- PR Setembro/2011

2

SÚMARIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE ........................................... 03

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - BIOLOGIA .................................. 26

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - CIÊNCIAS ................................... 30

PROPOSTA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................ 36

PROPOSTA CURRICULAR - ENSINO RELIGIOSO ........................................... 50

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - L. E. M. – ESPANHOL ............... 56

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA ................................. 63

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FÍSICA ......................................... 68

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - GEOGRAFIA ............................... 74

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - HISTÓRIA ................................... 81

PROPOSTA CURRICULAR – L. E. M. – INGLÊS ............................................... 90

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA ............ 97

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA ............................ 110

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA .................................... 122

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA ............................. 128

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

Ação pedagógica articulando conhecimentos dos princípios fundamentais de

artes cênicas (dança, música e teatro) e artes visuais (desenho, pintura, escultura,

gravura e mídia contemporânea) dentro das percepções sentir e perceber, fazer e

contextualizar.

Desenvolvimento da disciplina de Arte de forma que não se priorize somente

o desenvolvimento da sensibilidade, da emoção, da espontaneidade ou da técnica

instrumental e sim se associe com o estudo de ARTE de distinguir as diversas

linguagens artísticas. Definir a “cultura erudita” e “cultura popular” afirmando a

importância de cada uma delas em seu contexto histórico/social. Que o fio condutor

do ensino da arte seja a Linguagem e a Cultura. Deve-se através da interação do

professor/aluno/conhecimento ser valorizada e diversidade cultural manifestada

pelas linguagens visuais, dança, música e teatro.

O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o

trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão

artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito

criador e simultaneamente, transcende-o, pois o objeto criado é portador de

conteúdo social e histórico e como objeto concreto é uma nova realidade social”

(PEIXOTO, 2003, p. 39).

Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a

educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento

historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos

conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. Assim, o

desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão artística,

tem uma direta relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas.

Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para

humanização dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e

repressão à qual os sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua

especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre

as disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade no trabalho

pedagógico. Por isso, essa dimensão do conhecimento deve ser entendida para

além da disciplina de Arte, bem como as dimensões filosófica e científica não se

4

referem exclusivamente à disciplina de Filosofia e às disciplinas científicas. Essas

dimensões do conhecimento constituem parte fundamental dos conteúdos nas

disciplinas do currículo da Educação Básica.

Assim, como está proposto nas Diretrizes Curriculares de Arte para Educação

Básica, o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a

finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre

tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia

proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade

de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e

desenvolver o pensamento crítico.

Por isso, desde o início as discussões coletivas para a elaboração destas

diretrizes curriculares pautaram-se em um diálogo entre a realidade de sala de aula

e o conhecimento no campo das teorias críticas de arte e de educação.

Entretanto, diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a

necessidade de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm

produzido estudos sobre ela, quais sejam: o conhecimento estético está relacionado

à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo.

Historicamente originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo

de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em

consonância com os diferentes momentos históricos e formações sociais em que se

manifestam.

Pode-se buscar contribuições nos campos da Sociologia e Psicologia para

que o conhecimento estético seja melhor compreendido em relação às

representações artísticas.

O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do

fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras

desde suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a

produção, o saber científico e o nível técnico alcançado na experiência com

materiais; bem como o modo de disponibilizar obras ao público, incluindo as

características desse público e as forma de contato com ele, próprias da época da

criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança,

música e teatro.

Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em

arte se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas

5

representações artísticas. Apesar de suas especificidades, esses campos

conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os

aspectos do conhecimento em arte.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais

Composição

Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica, pentatônica e cromática

Improvisação

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

6

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura,

escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas da

mitologia...

Arte Greco-

Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

Expressões

Corporais,

Vocais,

Gestuais e

Faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico,

Adereços

Técnicas: jogos

Teatrais, teatro

Indireto e direto,

Improvisação,

7

Manipulação,

Máscara...

Gênero: Tragédia,

Comédia e Circo.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS BÁSICOS Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos

Articulares

Fluxo (livre e

Interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e

Baixo)

Deslocamento (direto

E indireto)

Dimensões (pequeno

E grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero: Circular

Pré-história

Greco-Romana

8

Renascimento

Dança Clássica

7º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos Formais

Composição

Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico,

Indígena, popular e

Étnico

Técnicas: vocal, instrumental

E mista

Improvisação

Música popular e

Étnica (ocidental

E oriental)

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto

Linha

Forma

9

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura,

Escultura,

Modelagem,

Gravura...

Gêneros: Paisagem,

Retrato, natureza

Morta...

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

Expressões

Corporais,

Vocais,

Gestuais e

Faciais

Ação

Espaço

10

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos

Teatrais, mímica,

Improvisação, formas

Animadas...

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização.

Comédia dell’

Arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africana

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre,interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Niveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica

11

Dança Popular:

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

8º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais

Composição

Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS Linha

Forma

Textura

Superfície

12

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

Expressões

Corporais,

Vocais,

Gestuais e

Faciais

Ação

Espaço

Representação no

Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

13

Cinema Novo

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

9º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos Formais

Composição

Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

14

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música Engajada

Música Popular

Brasileira.

Música

Contemporânea

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafite, performance...

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte

Latino-Americana

Hip Hop

15

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

Expressões

Corporais,

Vocais,

Gestuais e

Faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos, teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do oprimido

Teatro Pobre

Teatro do absurdo

Vanguardas

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

16

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance e moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - ENSINO MÉDIO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos Formais

Composição

Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altur

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Modal, Tonal e Fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, ético, folclórico, Pop...

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação.

Música Popular

Brasileira

Paranaense

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Popular

Industria Cultural

Engajada

Vanguardas

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americana.

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contastes

Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Técnica: pintura desenho,modelagem,instalação, performance,fotografia,

gravura e esculturas,

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arquitetura...história em quadrinhos...

Gêneros: paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, Histórica, Religiosa,

da Mitologia...

Arte Ocidental

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguardas

Indústria Cultural

Arte Contemporânea

Arte Latino Americana

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: expressões, corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-

Fórum

Roteiro

Encenação e Leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas Mídias

Caracterização

Cenografia,

Sonoplastia, figurino e iluminação

Direção

Produção

Teatro Greco-Romana

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

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Teatro Paranaense

Teatro Popular

Industria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguardas

Renascentista

Teatro Latino Amaricano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

Rolamentos, Movimentos, Articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

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Coreografia

Gêneros: espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

Medieval

Dança Popular Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

H ip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Contemporânea

Em todos os Anos do Ensino Fundamental e Médio serão trabalhados textos que

enfatizem o conhecimento e valorização da Historia e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena( conforme lei nº 11.645/08 de 10/03/2008),textos sobre prevenção ao uso

indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal,

enfrentamento à violência contra criança e o adolescente, o Direito das Crianças e

Adolescente( L.F nº 11525/07), Educação Tributária( Dec. Nº 1143/99, Portaria nº

413/02), Educação Ambiental(L.F. nº 9795/99,Dec.420/02).

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como

21

espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do

ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou

pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

Os conteúdos propostos serão trabalhados primeiramente com repasse de

dados e informações de forma expositiva com objetivo de proporcionar ao aluno a

possibilidade de que ele forme um esquema mental pertinente ao tema para que ele

possa estabelecer relações sociais, políticas, históricas e culturais, portanto com os

fatores que compõe a sociedade.

Todas as atividades serão previamente determinadas, objetivos a serem

analisados através da assimilação dos alunos onde irão desenvolver uma

composição artística utilizando sua criatividade.

Utilizando como recurso didático o uso da Tv Pendrive, vídeos, músicas,

livros, revistas, jornais, visita ao Teatro e Mostras Culturais.

A educação do campo participa do debate sobre o desenvolvimento,

assumindo a visão de totalidade, em contraposição a visão setorial e excludente

ainda predomina em nosso país. Reforça a ideia de que é necessário e possível

fazer do campo uma opção de vida, vida digna. Nesta perspectiva é preciso avanços

na reflexão que combina diferentes políticos voltados à população do campo, e que

vincula a educação a um projeto de desenvolvimento com diferentes dimensões.

Priorizando a presença significativa de experiências educativas que expressam a

resistência cultural e pedagógica do povo do campo, frente as tentativas de sua

destruição, vinculadas ou não a estas lutas sociais.

O projeto de educação no campo contempla: a socialização, a construção de

uma visão de mundo, o cultivo de identidades, a auto-estima, resgate à memória e

resistência cultural.

22

Cultura Afro (reconhecimento da justiça e igualdade de valores sociais, civis,

culturais e econômicos, bem como valorizar a diversidade de estratégias

pedagógicas educacionais a fim de superar a desigualdade étnico-racial.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar

o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas

e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por

objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito

do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.

É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se

estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais

especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente,

documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.

Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de

sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a

sociedade que quer construir.

Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar

sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o

contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento,

sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para

que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da

23

comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço

onde os alunos estão inseridos.

Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o

aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas

como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos

que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em

suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de

aula precisa contribuir para essa formação.

Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto

de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do

presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na

direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.

Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa

como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de

conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada.

No cotidiano das aulas, isso significa que:

É importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se

entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino,

porque ambas têm o intuito de ensinar;

No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos

trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e

instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as

dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente;

Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o

ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios

são elementos de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as

etapas da ação pedagógica;

Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma

resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante

não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi

perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas

sim compreender o que se pede;

Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo

com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios

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estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa,

a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que

uma prova objetiva;

A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de

avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos

alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação,

análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros;

Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento

e não todo processo de ensino-aprendizagem;

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,

então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele

aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como

questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela

perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos

metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do

ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita

aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.

Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o

desenvolvimento dos processos cognitivos.

Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo

não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve

envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais,

alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante

para a formação dos alunos.

25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: ed. Pioneira, 1991.

AUMONT, Jacques. A imagem (trad.: Estela dos Santos Abreu e Cláudio C.

Santoro). 2 ed. Campinas: ed. Papirus, 1995.

CHIPP, Herschel Browning. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: ed. Martins

Fontes, 1996. 617 pag.

DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. SEED,

2009.

FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: ed. Guanabara, 1992.

254 p.

KNELLER, George. Arte e Ciência da Criatividade (trad.: José Reis). ed. São

Paulo: IBRSA.

OSTROWER, Fayga, Universos da Arte. Rio de Janeiro: ed. Campus, 1991. 358 p.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: ed. Ática, 1994.

Museu de Artes Plásticas – São Paulo.

26

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A disciplina de biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Este

levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto

parte deste. Pois esta ciência esteve e está presente em cada momento histórico,

sujeito a tendências inovadoras, transformações, interferências, valores e ideologias

do homem e da sociedade, associada a contextos sociais, políticos, econômicos e

culturais.

Em meio a esses fatos, o ensino de biologia deve ser compreendido como um

processo contínuo de construção do desenvolvimento humano, atendendo as

necessidades naturais e materiais do homem. Pois os conhecimentos apresentados

de biologia no ensino médio não representam o resultado da apreensão

contemplativa da natureza em si. Entretanto, contempla os modelos teóricos

elaborados para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais em

benefício à vida, ou seja, o progresso tecnológico relacionado a esta ciência e suas

implicações positivas e negativas sobre a vida, as consequências na saúde do

homem e os impactos ambientais.

Sendo assim, o ensino de biologia está elaborado a partir dos conteúdos

estruturantes, que são: mecanismos biológicos, organização dos seres vivos,

biodiversidade e manipulação genética. Estes ligados a realidade histórica atual,

devendo possibilitar a formação do aluno crítico, reflexivo e atuante, levando-o a

compreender o fenômeno vida em toda à sua complexidade de relações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Organização dos seres vivos;

Mecanismos biológicos;

Biodiversidade;

Manipulação Genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1º ANO

Mecanismos Biológicos:

Introdução à Biologia

Origem da vida e a organização dos seres vivos: nível molecular

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Bioquímica celular

Citologia

Histologia

Estudo das características biológicas ( Biótipo dos diversos povos) conforme

Lei nº 11.645/2008

2º ANO

Organização dos seres vivos – biodiversidade:

Classificação dos seres vivos em reinos

Vírus

Reino Monera

Reino Protista

Reino Fungi

Reino Plantae

Reino Animália

Fisiologia animal e vegetal

Análise e reflexão sobre à saúde dos diferentes povos, especialmente os

africanos, conforme Lei nº 10.645/2008

3º ANO

Biodiversidade – mecanismos biológicos e implicações no fenômeno vida:

Reprodução humana, Embriologia e Genética e Evolução Humana

Evolução

Ecologia

Bioética

Biotecnologia

Estudo sobre as teorias antropológicas, conforme Lei nº 10.645/2008

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve ocorrer de forma

integrada que o educando compreenda o processo de construção do pensamento

biológico presente na História da Ciência como construção humana.

É importante considerar a necessidade de conhecer e respeitar a diversidade

28

social, cultural e as idéias dos alunos através de debates em sala, oportunizando a

reflexão, a construção de conhecimento e de um sujeito interessado com os

problemas ambientais , com à saúde voltado para o bem estar do homem.

O ensino dos conteúdos estruturantes através da Prática Social percebe as

concepções alternativas do aluno a partir de uma visão de senso comum. A respeito

do conteúdo proposto após a problematização aponta-se questões a serem

resolvidas, estabelecendo quais conhecimentos são necessários para resolução

destas questões.

Pela Instrumentalização, apresenta-se conteúdos sistematizados para que os

alunos os assimilem, transformando-os em instrumento de construção pessoal e

profissional. Isso aproxima o conhecimento adquirido pelo aluno com o problema

em questão, retornando à Prática Social do saber concreto.

Deve-se tomar cuidado como os recursos pedagógicos e didáticos utilizados,

pois os mesmos devem contribuir com as demais áreas do conhecimento.

Destacar continuamente a importância do indivíduo, como ser vivo, juntos,

professor e aluno adotar recursos didáticos como vídeo, textos científicos como

pressuposto de argumentação e aprendizagem de fatos biológicos, tecnologia,

transparências, roteiros de atividades, aula dialogada, práticas em laboratórios, etc

integrando relação homem-ambiente. Além da utilização dos recursos didáticos

tecnológicos, como TV pendrive, informática e vídeos.

AVALIAÇÃO

A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo através de

um diagnóstico contínuo, auxiliando o processo de ensino-aprendizagem, avaliando

e recuperando o conteúdo em diferentes oportunidades através de debates,

problematização, exposição interativa-dialogada, pesquisa, experimentação, trabalho

de grupo, resolução das questões para estudo e exercícios, relatórios das aulas

práticas, avaliação teórica, estudo do meio, seminários, assiduidade, participação,

etc.

29

BIBLIOGRAFIA

Paraná, Secretaria da Educação – Diretrizes curriculares da Educação Básica –

Curitiba/PR, 2009.

Biologia - Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação, Curitiba, SEED-PR,

2008.

BARNES, R.D. Os invertebrados: uma nova síntese. São Paulo, Atheneu, 1995.

CARRERA, M. Entomologia para você. EDUSP, São Paulo, 1963.

CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo, Melhoramentos, 1985.

CURTIS, H. Biologia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997.

DE ROBERTIS, E.D.P. & DE ROBERTIS JR., E.M.F. Bases da biologia celular e

molecular. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1985.

FERRI, M.G. Botânica – morfologia interna e externa das plantas (anatomia). Nobel,

São Paulo, 1970.

FERRI,M.G. Ecologia: temas e problemas brasileiros. Belo Horizonte, Itatiaia, 1984.

FRASER, F.C. & NORA, J.J. Genética Humana. 2. Ed. Rio de Janeiro, Guanaba

ra Koogan, 1986.

FREIRE-MAIA, N. Teoria da evolução: de Darwin à teoria sintética. Belo Horizonte

30

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A história da Ciência está relacionada e integrada aos processos que

constituem a própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de

mundo e suas teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno

científico, da produção científica e do que é ser cientista. Hoje vários significados

são aceitos para o termo Ciência. Vendo assim, pode-se considerar a ciência sob

duas concepções: uma dogmática, neutra infalível, pronta e acabada, histórica e que

não admite críticas; outra como processo de construção humana, que convive com a

dúvida, é falível e intencional e, utiliza-se de métodos numa constante busca por

explicações dos fenômenos naturais, químicos, biológicos, geológicos, dentre outros.

Quando o homem, atritando alguns galhos secos, conseguiu produzir fogo, foi

provavelmente sua primeira intervenção científica na natureza, uma aplicação

prática de suas leis: o atrito gera calor, o calor produz fogo.

O conhecimento humano foi se ampliando de tal maneira que muitas ciências

foram surgindo para o estudo da natureza, como a química, que procura não só

conhecer a matéria que nos rodeia, como também criar novos compostos e novas

substâncias; a Biologia, que estuda a vida; a Geologia, que procura conhecer a

Terra; a Astronomia, que estuda o Universo; a Ecologia, que estuda as relações dos

seres vivos com o meio ambiente; e como não poderia deixar de ser, todas essas

ciências se baseiam direta ou indiretamente na Física, cujo campo de ação é todo o

Universo, das estrelas e galáxias onde as dimensões são incrivelmente grandes, às

partículas elementares da matéria, onde as dimensões são incrivelmente pequenas.

Tudo que pode ser percebido, medido e estudado é objeto de estudo das CIÊNCIAS.

Como toda construção humana, o conhecimento científico que resulta da

investigação da natureza, está em permanente transformação: as afirmações

científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

Pulando essa concepção, o processo de ensino e de aprendizagem de Ciências

valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento

das certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles

mesmos, priorizando-se a sua função social. A Ciência, além de um acervo de

conhecimentos, continuamente confirmados, retificado e, por vezes, completamente

superados, também constitui um modo de pensar, de chegar a conclusões coerentes

a partir de premissas, de questionar preconceitos, de estimular o equilíbrio entre

31

nossas idéias e as já estabelecidas. A leitura e análise crítica, dessa realidade social,

possibilita um novo encaminhamento pedagógico à medida em que propõe a partir

dessa realidade como um todo para a especificidade de ensino e de aprendizagem,

nesta perspectiva, “não será a escola, nem a sala de aula, mas a realidade social”

(Gasperim, 2003 p. 3-4).

A CIÊNCIA deu ao homem um poder tão grande de intervir na natureza que

hoje ele pode até destruí-la e destruir a si próprio. Assim, aumentou os

conhecimentos sobre o próprio corpo e sobre os outros seres; descobriu remédios

extraindo substâncias de raízes e folhas; fabricaram tecidos utilizando peles de

animais e fibras vegetais; encontrou combustível e riquezas minerais pesquisando o

solo; dominou os ares observando o vôo dos pássaros; e, estudando os movimentos

as Lua, colocou em órbita da Terra satélites de comunicações.

Esse relacionamento entre o homem e a natureza constitui o objeto da

Ciência. É um relacionamento complexo, que, por isso, se realiza através dos

diversos ramos em que a Ciência se divide: a biologia, a ecologia, a física, a

química, etc.

Diante disso, o objetivo da nossa proposta do ensino de ciências é expressar

claramente as necessidades históricas que levaram o homem a compreender e

apropriar-se das leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais

para criar diferentes processos e técnicas de trabalho que respondem pelo

desenvolvimento da humanidade e que seja um instrumento a serviço do homem. E

o homem somos todos nós.

6o ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO

Astronomia

-Universo -Sistema solar -Movimentos terrestres -Movimentos celestes -Astros

Matéria Constituição da Matéria

Sistemas Biológicos Níveis de Organização Celular

Energia Formas de Energia Conversão de energia Transmissão de Energia

Biodiversidade Organização dos Seres Vivos Ecossistema Evolução dos Seres Vivos

32

7o ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO

Astronomia Astros Movimentos Terrestres Movimentos Celestes

Matéria Constituição da Matéria

Sistemas Biológicos Células Morfologia dos Seres Vivos

Energia Formas de Energia

Biodiversidade Origem da Vida Organização dos Seres Vivos Sistemática

8o ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO

Astronomia Origem e Evolução da Matéria

Matéria Constituição da Matéria

Sistema Biológicos Célula Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

Energia Formas de Energia

Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos

9o ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO

Astronomia Astros Gravitação Universal

Matéria Propriedades da Matéria

Sistemas Biológicos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos Mecanismos de Herança Genética

Energia Formas de Energia Conservação de Energia

Biodiversidade Interações Ecológicas

Lei 11.645/08 referente à “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”

Serão desenvolvidos temas da referida Lei, junto aos conteúdos

estruturantes, em todos os anos, sempre que surgir oportunidade, tendo como meta

promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade

multicultural e pluri-étnica do Brasil buscando relações étnico-sociais positivas.

Objetivando o reconhecimento e a valorização da identidade e da história e da

33

cultura afro-brasileira, bem como, a garantia de reconhecimento e igualdade de

valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,

européias e asiáticas.

Sugestões de temáticas possíveis de serem desenvolvidas:

estudo sobre as teorias antropológicas;

Desmistificação das teorias racistas;

Estudo das características biológicas dos diferentes povos;

Contribuição dos povos africanos e seus descendentes para o avanço da

ciência e tecnologia.

METODOLOGIA

A proposta metodológica desta disciplina será baseada na investigação sobre

o conteúdo que o aluno já adquiriu nos anos anteriores, seguida da exposição dos

novos conteúdos, induzindo-os ao debate sobre a ação do homem na natureza.

As atividades práticas a serem desenvolvidas durante este semestre estão

relacionadas com o conteúdo, como exemplo, a utilização do geódromo para

demonstração dos movimentos da Terra assim como a coleta de rochas e

identificação das mesmas, testes de permeabilidade do solo e composição química,

desenvolvidos em laboratório.

Portanto, vemos que o encaminhamento metodológico para esta disciplina

não ficará restrito a um único método, acrescentando, aulas expositivas com

modelos do Sistema Solar em escala reduzida e vídeos relacionados aos temas

citados, onde destacamos a importância dos registros que os alunos fazem, após o

término destas atividades.

A partir deste encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências poderá

resgatar na escola, a sua principal função: o estudo dos fenômenos naturais e

artificiais, bem como o envolvimento da espécie humana sobre os mesmos, por meio

dos conteúdos específicos de forma crítica e histórica, priorizando os saberes

historicamente constituídos.

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo pedagógico é feita numa interação diária do

professor com a classe e em procedimentos que permitem verificar em que medida

34

os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados.

A coerência entre o planejamento, o encaminhamento metodológico e o

processo avaliativo, é necessário para que os critérios de avaliação estejam ligados

aos propósitos do processo pedagógico, à aquisição dos conteúdos específicos e à

ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, levando-se em

consideração o nível cognitivo dos alunos.

Ao avaliar o conteúdo específico, é necessário estabelecer critérios

verificando se o aluno e/ou a turma compreendeu a relação entre os conhecimentos

físicos, químicos e biológicos, como também conseguirem relacionar os aspectos

sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos, de maneira a articulá-los com

ciência, tecnologia, sociedade e no seu cotidiano.

Concretamente com a concepção de conteúdos estruturantes e conteúdos

específicos e com os objetivos propostos, a avaliação deve considerar o

desenvolvimento da capacidade dos estudantes com relação à aprendizagem não só

de conceitos, mas também o confronto de conhecimentos prévios e os conteúdos

específicos. Dessa forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e

situações para poder avaliar diferentes aprendizagens. Os instrumentos de avaliação

comportam: observação sistemática durante as aulas sobre perguntas feitas pelos

estudantes, às respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, pesquisas,

de experimentos, desenhos de observações, etc. as atividades de avaliação, como

apresentações de pesquisas, participação em debates, provas dissertativas ou de

múltipla escolha, relatórios, filmes e experimentos.

Para que a avaliação seja feita em clima efetivo e cognitivo, propiciando para

o processo de ensino e aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar

explícitos e claros tanto para o professor quanto para o aluno.

35

REFERÊNCIAS Projeto Araribá. Coleção Ciências. 5ª.,6ª.,7ª.,8ª.série.1ª.ed.São Paulo. Moderna,

2006.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: A vida na Terra. São Paulo; Editora

Ática, 2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências

para a Educação Básica. SEED, 2008.

36

PROPOSTA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina Educação

Física, optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX, devido às

transformações pela qual o Brasil passava, dentre elas, o fim da exploração escrava

e as políticas de incentivo a imigração.

Com a Proclamação da República, entre as muitas propostas de mudanças,

veio à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais. A

partir de 1882 a Educação Física tornou-se componente obrigatório nos currículos

escolares.

Portanto, de uma tradição fortemente marcada pelas ciências da natureza, a

Educação Física tem avançado para preocupações pautadas por disciplinas variadas

que permitem o entendimento do corpo em sua complexidade, ou seja, a Educação

Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,

filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição

interdisciplinar.

A prática da Educação Física deve ser organizada, sistematizada e atualizada

possibilitando o envolvimento de todos no processo educativo. Deste modo ela deve

ser avaliada, refletiva e reavaliada constantemente para que se firmem valores e

significados que sejam relevantes para a formação do educando.

6º ANO

Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Ginástica de Solo (Teoria e prática );

Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas;

Esportes: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, Atletismo, (TEÓRICA ).

Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários.

Atividades Complementares: Torneios, campeonatos.

Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas.

Horas cívicas.

Conteúdos Específicos: Jogos de imitação, jogos rítmicos, brinquedos cantados

(rodas, cirandas...), jogos sensoriais, jogos recreativos, jogos dramáticos, jogos

cooperativos, brincadeiras folclóricas e jogos intelectivos.

37

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

Conteúdo Específico: ATLETISMO

Histórico; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos; Mecânica do

movimento; Regras; Provas:

75 m rasos;

100 m rasos;

250 m rasos;

800 m rasos;

Revezamento.

Salto em distância;

Salto em altura;

Lançamento da pelota;

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL

Conhecimento da quadra; Marcação individual; Iniciação e desenvolvimento dos

fundamentos básicos; Manejo de corpo; Manejo de bola; Dribles; Passes; Recepção;

Iniciação aos Arremessos; Regras; Jogos pré-desportivos.

Conteúdo Específico: FUTSAL

Noções de quadra; Posicionamento; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos

básicos; Manejo de corpo; Passes; Recepção; Dribles; Finta e Chute, Condução de

bola: ataque e defesa, Domínio de bola, Posicionamento; marcação, Regras; Jogos

pré-desportivos.

Conteúdo Específico: HANDEBOL

Conhecimento da quadra; Posicionamento; Regras; Iniciação e desenvolvimento dos

fundamentos básicos, Passes, Recepção; Drible; Marcação individual; Arremesso;

Jogos pré-desportivos.

Conteúdo Específico: TÊNIS DE MESA

Conhecimento do jogo, Regras básicas do jogo; Jogo propriamente dito.

Conteúdo Específico: VOLEIBOL

Conhecimento da quadra; Desenvolvimento das destrezas motoras básicas; Regras;

Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos manchete, toque, saque e

ataque; posicionamento na quadra e Jogos pré-desportivos (mini-voleibol, voleibol

gigante) utilizando os fundamentos vivenciados anteriormente.

Conteúdo Específico: XADREZ

Conhecimento do jogo; Tabuleiro; posição inicial, movimentação das peças.

38

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA

E NO TEATRO

Conteúdos Específicos: A dana e o teatro como possibilidades de manifestação

corporal; mímicas e brincadeiras cantadas; diferentes tipos de danças; datas

comemorativas; pluralidade cultura e participação em eventos culturais.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS

Conteúdo Específico: GINÁSTICA DE RUA E GINÁSTICA DE SOLO

Origem da cultura de rua e do circo, Ginástica de Solo: Rolamentos para frente e

para trás, Vela, Avião, Saltitos, Saltos, Parada de cabeça e Parada de mão com

ajuda, Roda (estrela), Iniciação ao movimento de ponte.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

7º ANO

Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas;

Esportes: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, Atletismo. (TEÓRICA ).

Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários.

Atividades Complementares: Torneios, campeonatos.

Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas.

Horas cívicas.

Conteúdos Específicos: Jogos de imitação, jogos rítmicos, brinquedos cantados

(rodas, cirandas...), jogos sensoriais, jogos recreativos, brincadeiras folclóricas,

jogos de estafetas, jogos cooperativos, jogos intelectivos, diferença entre jogo e

esporte.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

Conteúdo Específico: ATLETISMO

Histórico; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos; Mecânica do

movimento; Regras; Provas:

75 m rasos;

39

100 m rasos;

250 m rasos;

800 m rasos;

Revezamentos;

Salto em distância;

Salto em altura;

Lançamento da pelota;

Arremesso de peso;

Lançamento de dardo.

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL

Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos: manejo de corpo;

Manejo de bola; Dribles; Passes; Recepção; (Tipos de arremesso, ataque e contra

ataque, finta e giro), marcação mista; Regras; Jogos pré-desportivos.

Conteúdo Específico: FUTSAL

Histórico; Noções de quadra; Posicionamento; Desenvolvimento dos fundamentos

básicos; Manejo de corpo; Passes; Recepção; Dribles; Arremessos; Condução e

domínio de bola, Regras; Jogos pré-desportivos.

Conteúdo Específico: HANDEBOL

Histórico; Conhecimento da quadra; Posicionamento; Regras; Desenvolvimento dos

fundamentos básicos, Passes, Recepção; Noções básicas; Jogos pré-desportivos;

Marcação individual.

Conteúdo Específico: VOLEIBOL

Histórico; Posicionamento; Refinamento das destrezas motoras básicas; Noções de

regras; desenvolvimento dos fundamentos básicos manchete, toque, saque;

Posicionamento do corpo; e Jogos pré-desportivos (mini-voleibol).

Conteúdo Específico: TÊNIS DE MESA

Conhecimento do jogo, Regras; Jogo propriamente dito.

Conteúdo Específico: XADREZ

Conhecimento do jogo; Tabuleiro; posição inicial das peças; movimentação das

peças, formas de disputa e sistema de anotação.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA

E NO TEATRO

Conteúdos Específicos: Origem da Dança (histórico) e suas mudanças, diferentes

tipos de dança, Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas: Mímica

40

imitação e representação, Expressão corporal com e sem materiais.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS

Conteúdo Específico: GINÁSTICA GERAL E GINÁSTICA DE SOLO

Origem da Ginástica (histórico) e suas mudanças, diferentes tipos de ginásticas,

Ginástica de Solo: Rolamentos para frente e para trás, Vela, Avião, Saltos com

rolamento, Giros, Parada de cabeça (elefantinho) e Parada de mão, Roda (estrela) e

Rodante, Movimento de ponte propriamente dito.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

8º ANO

Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas;

Modalidades Esportivas: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, (TEÓRICA ).

Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários.

Atividades Complementares: Torneios, campeonatos.

Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas. Horas cívicas.

Conteúdos Específicos: Por que brincamos? Jogos recreativos, Jogos

cooperativos e Jogos pré-desportivos, Jogos intelectivos.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

Conteúdo Específico: ATLETISMO

Mecânica do movimento; Regras, penalidades e aperfeiçoamento; Provas:

100 m rasos;

400 m rasos;

1500 m rasos;

Corridas com barreiras;

Revezamentos;

Salto em distância;

Salto em altura;

41

Salto triplo;

Arremesso de peso;

Lançamento de dardo;

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL

Regras oficiais e penalidades, Aprofundamento dos fundamentos: Tipos de

arremessos, Corta-luz, Finta, Iniciação ao sistema de ataque e defesa, Arbitragem.

Conteúdo Específico: FUTSAL

Regras oficiais e penalidades; Posicionamento e função de cada um;

Aprofundamento dos fundamentos; Iniciação ao sistema de jogo, Arbitragem.

Conteúdo Específico: HANDEBOL

Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos (Tipos de

arremesso; finta, ataque e defesa); Arbitragem.

Conteúdo Específico: VOLEIBOL

Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos Fundamentos (Tipos de saque,

Bloqueio e ataque), Coberturas; Sistema 4x2; Arbitragem.

Conteúdo Específico: XADREZ

Regras oficiais, Aberturas, Meio e Final de Jogo; Anotações (súmula), Sistema de

disputa (Rápido, Relâmpago e Convencional), utilização do relógio.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA

E NO TEATRO

Conteúdos Específicos: Origem da Dança de Salão e Danças Tradicionais

(histórico) e suas mudanças, Desenvolvimento de formas corporais rítmico-

expressivas: Mímica imitação e representação, Expressão corporal com e sem

materiais e dramatização.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS

Conteúdos Específicos: GINÁSTICA RÍTMICA E GINÁSTICA DE SOLO

Origem da Ginástica Rítmica (histórico) e suas mudanças; Ginástica Rítmica: fita,

bola, corda e arco; Ginástica de Solo: Saltos grupados e carpados, Movimentos

combinados e Construção de coreografias (ritmos).

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

42

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

9º ANO

Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas;

Modalidades Esportivas: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, (TEÓRICA).

Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem

necessários.

Atividades Complementares: Torneios, campeonatos.

Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas.

Horas cívicas.

Conteúdos Específicos: Jogos recreativos, Jogos cooperativos e Jogos pré-

desportivos, Jogos intelectivos, Organização de Gincanas.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

Conteúdo Específico: ATLETISMO

Mecânica do movimento; Regras, Súmulas; Provas:

100 m rasos;

200 m rasos;

400 m rasos;

800 m rasos;

1500 m rasos

Corrida com obstáculos;

Maratona;

Revezamentos;

Marcha Atlética;

Salto em distância;

Salto em altura;

Salto triplo;

Salto com vara;

Arremesso de peso;

Lançamento de dardo.

43

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL

Regras oficiais e penalidades, Aprofundamento dos fundamentos (Arremesso Jump,

Corta-luz); Sistema de ataque e defesa, 1x3x1; 3x2; 2x1x2, flutuação e individual;

Súmulas e arbitragem.

Conteúdo Específico: FUTSAL

Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos; Sistema de jogo;

Superioridade e inferioridade numérica; Súmulas e arbitragem.

Conteúdo Específico: HANDEBOL

Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos (Tipos de

arremesso, sistema 6x0, Ataque e contra ataque, Finta), marcação mista; Súmulas e

arbitragem; Superioridade e inferioridade numérica.

Conteúdo Específico: VOLEIBOL

Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos Fundamentos (Tipos de saque,

Bloqueio duplo e triplo, ataque), Coberturas; Sistema 4x2 e 5x1, Sistema de ataque

e de defesa; Súmulas e arbitragem.

Conteúdo Específico: XADREZ

Regras oficiais, Aberturas, Meio e Final de Jogo; Anotações (súmulas), Sistema de

disputa (Rápido, Relâmpago e Convencional), utilização do relógio.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA

E NO TEATRO

Conteúdos Específicos: Origem da cultura Afro-Brasileira, Danças de Rua,

Apresentações Teatrais, Organização de festivais.

Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS

Conteúdo Específico: GINÁSTICA ARTÍSTICA, GINÁSTICA AERÓBICA

Montagem de coreografias (Contagem Rítmica), Iniciação a ginástica aeróbica,

noções de competições ginásticas artísticas.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

Em atenção a Lei nº 11.645/2008, de 10 de Março de 2008 referente a

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, devemos contemplar ainda os seguintes

conteúdos estruturantes:

44

Dança: Danças e suas manifestações corporais e religiosas na cultura afro-

brasileira; Pesquisa sobre os diferentes ritmos e expressões corporais atuais,

influenciados pela cultura africana; Pesquisa sobre a influência da cultura afro no

folclore brasileiro; Pesquisa sobre a vestimenta e adereços utilizados na cultura afro;

Mostra de danças e desfiles sobre a pesquisa realizada.

Ginástica: Relação corpo-trabalho e suas diferentes manifestações da cultura afro. Esporte: Análise sobre qual modalidade esportiva os negros se sobressaem, de

acordo com seu somatotipo.

Jogos e brincadeiras: Jogos, brinquedos e brincadeiras praticados no Brasil pelos

afro-descendentes.

Lutas: A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico social, como

elemento da cultura corporal.

ENSINO MÉDIO

1º ANO

Conteúdo Estruturante

Esporte

Conteúdos Básicos

Coletivos Individuais radicais

Conteúdo Estruturante

Jogos e Brincadeiras

Conteúdos Básicos

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Conteúdo Estruturante

Dança

Conteúdos Básicos

Danças folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

45

Conteúdo Estruturante

Ginástica

Conteúdos Básicos

Ginástica de academia

Ginástica geral

Conteúdo Estruturante

Lutas

Conteúdos Básicos

Lutas com Aproximação

Lutas que mantêm a distância

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

2º ANO

Conteúdo Estruturante

Esporte

Conteúdos Básicos

Coletivos Individuais radicais

Conteúdo Estruturante

Jogos e Brincadeiras

Conteúdos Básicos

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Conteúdo Estruturante

Dança

Conteúdos Básicos

Danças folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

Conteúdo Estruturante

Ginástica

Conteúdos Básicos

46

Ginástica de academia

Ginástica geral

Conteúdo Estruturante

Lutas

Conteúdos Básicos

Lutas com Aproximação

Lutas que mantêm a distância

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

3º ANO

Conteúdo Estruturante

Esporte

Conteúdos Básicos

Coletivos Individuais radicais

Individuais: atletismo; tênis de mês; badminton; natação.

Radicais: skate; rappel ; bungee jumping

Conteúdo Estruturante

Jogos e Brincadeiras

Conteúdos Básicos

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Conteúdo Estruturante

Dança

Conteúdos Básicos

Danças folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

Conteúdo Estruturante

Ginástica

Conteúdos Básicos

Ginástica de academia

47

Ginástica geral

Conteúdo Estruturante

Lutas

Conteúdos Básicos

Lutas com Aproximação

Lutas que mantêm a distância

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os Pressupostos do materialismo histórico-dialético configuram a cultura

corporal, objeto de estudo da Educação Física, relacionando o movimento humano,

historicamente constituído, ao cotidiano escolar em todas as suas formas e

manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais. Para tanto, utiliza-se da

metodologia Crítico-superadora.

Nesta perspectiva os conteúdos não precisam ser organizados numa

seqüência baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da

complexidade crescente, assim, o grau de complexidade que o professor

apresentará, deverá estabelecer diferenças de entendimento e de relações entre o

conteúdo e os elementos articuladores.

Aulas teóricas e práticas;

Trabalhos de pesquisas realizados de forma individual e coletiva;

Uso de vídeos, jornais, revistas, apostilas e documentos sociais; e do livro

didático publico;

Elaboração e uso de quadro mural para divulgação de cartazes, sugestões;

Participação e elaboração de festivais, gincanas e torneios;

Trabalho de forma interdisciplinar;

Clinicas com profissionais diversos.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem será contínua e sistemática para obtenção de

informações e diagnosticar progressos, capacidades e habilidades dos educandos,

considerando os saberes acumulados, a aprendizagem, a participação nas aulas, o

48

trabalho individual e em equipe de forma coerente para aquisição e compreensão do

conhecimento.

A avaliação será realizada através da compreensão efetiva dos

conhecimentos que o alunos adquiriram sobre os conteúdos desenvolvidos no

decorrer das aulas, com avaliações práticas e teóricas (individuais), apresentação de

trabalhos práticos e teóricos (individuais ou em grupo), buscando a aquisição de

conhecimentos, produção de novos conceitos e sua participação efetiva na

reelaboração do seu saber.

Haverá no decorrer das aulas a utilização dos recursos tecnológicos

disponíveis na escola, como instrumentos de apoio para desenvolver os conteúdos

trabalhados.

49

BIBLIOGRAFIA

Educação Física / Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.

Linguagens, códigos e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica/Ministério

da Educação. Brasília, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede

pública de educação básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos temáticos: a inserção dos

conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos

escolares. Curitiba, 2005.

50

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO RELIGIOSO

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

Identificar a diversidade religiosa presente na realidade sociocultural, analisando

o fenômeno religioso como um dado da cultura, desenvolvendo o diálogo, a

tolerância e o respeito às diferenças.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Vivenciar a alteridade por meio de valores que promovam o encontro consigo

mesmo e com o outro;

Identificar no contexto social a existência de diferentes tradições religiosas e

reconhecer sua importância para a expressão da religiosidade do ser humano e a

construção de um mundo melhor;

Perceber a religiosidade como uma necessidade intrínseca à condição do ser

humano;

Reconhecer a representação do Transcendente nas diferentes Tradições

religiosas, vivenciando a alteridade, favorecendo o respeito mútuo e o diálogo inter-

religioso na sala de aula e na sociedade;

Compreender a origem e formação dos textos sagrado orais e escritos,

relacionando-os aos acontecimentos religiosos importantes na história dos povos,

percebendo-os como referencial de ensinamentos sobre fé e a prática das Tradições

Religiosas;

Conhecer e identificar rituais significativos em diferentes culturas religiosas,

percebendo como o ser humano sacraliza o gesto, o movimento, o tempo e o

espaço, compreendendo a importância dos rituais e símbolos na vida das pessoas.

Resgatar a compreensão da vida como algo sagrado e a necessidade de

respeitar tudo o que é sagrado bem como as diferentes formas de expressão da

sacralidade;

Compreender a realidade complexa que configura o universo simbólico

enquanto chave de leitura das diferentes manifestações do sagrado no coletivo ,

tendo em vista as significações de determinados símbolos religiosos;

Promover a reflexão sobre o sentido da vida e as respostas elaboradas para

a vida além da morte nas diversas tradições ou manifestações religiosas e sua

relação com o sagrado.

51

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A Paisagem sagrada;

O símbolo;

O texto sagrado

6º ANO

1º Bimestre

Conteúdos:

Organizações religiosas.

Principais líderes.

Quem sou eu?

Como ser um vencedor.

Diferentes mas iguais na essência. Saber viver com as diferenças.

Como viver em paz consigo mesmo e com os outros;

Valorizar a si e aos outros.

Como cada um pode ajudar a construir um mundo de paz.

Percebendo o sagrado em minha vida;

Respeitar a todos que são diferentes.

2º Bimestre

Objetivos:

Identificar e reconhecer os diferentes grupos religiosos, ou Tradições

Religiosas presentes na realidade sociocultural.

Levar o aluno a compreender que a Religião ou Tradição Religiosa é a forma

concreta, visível e social de relacionamento pessoal e comunicativo do ser humano

consigo mesmo, com o próximo e com a natureza e com o transcendente;

Levar o aluno a entender que as Tradições Religiosas fazem parte da

estruturação da sociedade;

Desenvolver a sensibilidade à pluralidade;

Compreender que é possível desenvolver a religiosidade sem estar vinculado

à religião.

Compreender que ninguém é “dono da verdade” pois não existe só verdade,

mas o que é verdade no entender de cada um.

52

Aprender a respeitar a religiosidade do outro.

Conteúdos:

Lugares sagrados.

Religião e Religiosidade;

A religião no Cotidiano da minha vida;

A religião na vida da minha família;

Conhecendo as Tradições Religiosas presentes na nossa turma;

As religiões e a construção da Paz;

As religiões e a prática do bem.

3º Bimestre

Objetivos:

Compreender que a ideia sobre o Transcendente se expressa e se constrói

de maneiras diferentes;

Levar o aluno a compreender as diferentes ideias do Transcendente

relacionadas com a pluralidade religiosa;

Proporcionar o conhecimento para que o aluno compreenda melhor sua idéia

sobre o Transcendente e exercitar a convivência harmoniosa com os outros que

tenham diferentes convicções.

Conteúdos:

Textos sagrados; orais e escritos

O transcendente em minha vida;

O transcendente tem muitos nomes;

As pessoas tem diferentes ideias sobre o Transcendente;

Ideias sobre o Transcendente nas Tradições Religiosas de nossa

comunidade.

4º Bimestre

Objetivos:

Identificar os símbolos mais importantes das Tradições Religiosas e

compreender o seu significado;

53

Levar o aluno a compreender que os símbolos são linguagens que

representam idéias do Transcendente ou um conhecimento de ordem espiritual;

Compreender a importância dos símbolos na nossa vida.

Conteúdos:

O que são os símbolos?

Os símbolos na minha vida;

Diferença entre os símbolos religiosos e outros símbolos;

Os símbolos religiosos na vida das pessoas;

Os símbolos de algumas religiões.

7º ANO

1º Bimestre

Objetivos:

Compreender a diferença entre os símbolos religiosos e os símbolos usados

no dia-a-dia;

Perceber o significado de gestos, sons, formas, cores e textos simbólicos

presentes nos ritos, nos mitos e no próprio cotidiano;

Aprender a diferenciar símbolos religiosos dos não-religiosos;

Perceber o significado de identificar-se através de símbolos; É o que

identifica e caracteriza a preferência ou opção de cada pessoa.

Relacionar o símbolo da religião como expressão da crença e da

religiosidade.

Diferenciar religião de religiosidade.

Conteúdos:

Temporalidade sagrada;

O universo simbólico religioso;

Símbolos que o aluno conhece do seu cotidiano;

Símbolos religiosos do seu cotidiano em casa e na sua religião;

Significado simbólico dos gestos, dos sons, das formas, das cores;

Os símbolos que identificam as principais religiões;

O que é sagrado. O que é religião é o que é religiosidade.

54

2º Bimestre

Objetivos:

Compreender o que são ritos nas manifestações e tradições religiosas;

Compreender o significado dos ritos nas diversas religiões;

Compreender o significado simbólico dos ritos de passagem na vida

psicológica da pessoa;

Perceber o significado dos ritos na vida das pessoas;

Compreender que os ritos fazem parte da vida e da cultura de um povo.

Conteúdos:

O que são ritos;

Ritos de passagem;

Ritos Mortuários;

Outros ritos;

Principais ritos religiosos e sua importância na vida sob o aspecto

psicológico, emocional e religioso.

3º Bimestre

Objetivos:

Compreender que as festas religiosas são organizações dos diferentes

grupos religiosos com objetivos diversificados entre eles confraternização,

rememoração, períodos especiais e datas importantes.

Compreender o significado das festas como expressão da religiosidade de

um grupo de uma comunidade, ou de um povo.

Compreender que as festas são celebrações da vida.

Conteúdos:

Festas e datas comemorativas das diversas religiões;

Pesquisar as festas de cada religião presente na sala de aula.

Celebrar a vida em comunidade. Símbolos usados para celebrar a vida.

Festa da colheita, festa da ressurreição, etc.

55

4º Bimestre

Objetivos:

Compreender que todo ser humano anseia dar sentido a sua vida;

Perceber que o sentido da vida está diretamente relacionado com a crença

sobre o além-morte;

Compreender cada uma das quatro crenças sobre o após-morte

ressurreição, reencarnação, nada;

Relacionar a crença sobre o além-morte com o sentido da vida e o jeito de

viver o aqui e agora;

Compreender que a vida e as crenças são escolhas de cada um.

Conteúdos:

As diversas religiões e o que acreditam sobre a vida e sobre a morte;

Crenças e sentido da vida;

Ressurreição – Religiões que acreditam na Ressurreição;

A crença na Ressurreição e a consequência para a vida crer e viver;

Reencarnação – Religiões que acreditam na reencarnação. Reencarnação e

o sentido da vida;

- Ancestralidade - As religiões que acreditam em ancestralidade.

Consequências para a vida;

O nada. Pessoas que não crêem num ser superior e não crêem na vida após a

morte. Consequências para a vida.

56

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - L. E. M. – ESPANHOL

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização

social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as

metodologias de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas

sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos

conhecimentos historicamente produzidos.

A realidade do país, o espaço geográfico no qual está inserido o público alvo e

os fatores históricos e culturais faz, da língua espanhola, parte indissociável do

conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de

outras culturas, propiciando com isso a integração deste com o mundo globalizado e

o acesso ao universo informatizado.

É na língua que se percebe, se entende e se constrói a realidade. É preciso

trabalhar a língua enquanto discurso – entendido como prática social significativa -

(oral e/ou escrito), pois, como afirma Voloshinov, 1992: “... o essencial na tarefa de

decodificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la

num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação

particular.” As línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e de construir significados. Para tanto, o

conteúdo estruturante é o discurso como prática social.

Relacionado com contextos reais, o processo ensino aprendizagem de

línguas estrangeiras adquire uma nova configuração, procura fazer com que o aluno

tenha acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para

a sua formação geral enquanto cidadão. Por isso deve-se ter em mente que as

Línguas Estrangeiras fazem parte da comunicação moderna e é uma ferramenta

imprescindível no mundo e na sociedade, pois visa a formação profissional,

acadêmica ou pessoal.

Na DCE, o ensino de Língua Estrangeira Moderna será¡ norteado para um

propósito maior de educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao

rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as

estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é fundamental que os

professores reconheçam a importância das relações entre língua e pedagogia critica

57

no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as

questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as

questões da política e da pedagogia não se separam.

Estas Diretrizes estão comprometidas com o resgate da função social e

educacional da Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica, de modo a

superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente tão

marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto,

Passíveis de transformação na prática social;

Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdo Estruturante

Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

58

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no

Texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e

Humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

Das classes gramaticais no texto, pontuação,

Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

Figuras de linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

59

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A partir do conteúdo estruturante Discurso como prática social,serão

abordadas questões lingüísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem

como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da

aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não verbal como unidade

de linguagem em uso.

Propõe-se que nas aulas de Língua Estrangeira Moderna o professor aborde

os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a funções do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e

somente depois de tudo isso a gramática em si. Assim, o ensino deixa de priorizar a

gramática para trabalhar com o texto sem, no entanto, abandoná-la.

Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de vários gêneros:

publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. A estrutura de uma

bula de remédio, por exemplo, difere da estrutura de um poema. Alem disso, é

60

necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e funcionais, a autoria,

público a que se destina, e que se aproveite o conhecimento adquirido de

experiência com a língua materna. O objetivo será interagir com a infinita variedade

discursiva presente nas diversas práticas sociais. Para tanto teremos:

Aulas expositivas, interpretação e discussão de textos, apresentação de

trabalhos e exposições orais, jogos, desafios. Trabalhos com exercícios orais e

escritos;

Leitura, compreensão e produção de textos. Serão trabalhados textos de

descrição, narração, poesia, prosa, contos, histórias, lendas, diálogos diretos ou

indiretos;

Vocabulário: Diversos tipos de vocabulário serão exercitados. Exemplo:

corpo, dados humanos, coisas da casa, vestuário, comidas, produtos, serviços,

profissões, costumes, atividades econômicas e culturais, características sociais,

países, cidades, conteúdos históricos e geográficos, etc;

Verbos: Será dado destaque ao domínio dos verbos, sobretudo dos

irregulares por serem os mais usados na comunicação;

Música: Além do exercício fonético, a música é altamente didática. Alegra,

diverte, ensina, traz cultura e educa o ouvido, privilegiando as obras hispano e latino-

americanas.

Livro didático da Secretaria de educação do Estado do Paraná;

Filmes de variados gêneros do cinema;

Documentários culturais e turísticos dos países hispânicos;

Audição de textos gravados para compreensão auditiva;

Textos da internet;

Mapa de España;

Diccionario;

Cds.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação do ensino-aprendizagem, a escola, vendo o trabalho do

Professor com seriedade, ética, adota como critério a avaliação somativa. Os

Professores se utilizam de todos os recursos didáticos e pedagógicos como:

avaliações, testes, trabalhos, apresentações orais e escritas, cadernos com as

anotações, tarefas propostas realizadas em sala de aula ou para casa, participação,

61

pontualidade, assiduidade, relacionamento e respeito consigo próprio, com os

colegas, professores e funcionários, para realizar uma avaliação justa e verdadeira

para com todos, sem discriminação ou acepção de pessoas, conforme o Regimento

Escolar, onde o sistema de Avaliação Bimestral é composta pela somatória da nota

5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas; mais a nota 5,0 (cinco

vírgula zero).

As formas de registros avaliativos são a partir de notas e a periodicidade dos

registros é feita bimestralmente. A recuperação é concomitante com relação à

aprendizagem dos alunos.

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve superar a

concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que

se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das

dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. De fato, o

envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será

a base para o planejamento das avaliações de aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o

engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir dos

textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na

turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e lí-

ngua estrangeira;

62

REFERÊNCIAS

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996. p.50.

GIMENEZ, T. Currículo de Língua Estrangeira: revisitando fins educacionais. Anais

XI EPLE, 2003.

PARANÁ.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira

Moderna para a Educação Básica. Curitiba: 2009

SILVEIRA, M.I.M. Línguas Estrangeiras: uma visão histórica das abordagens,

métodos e técnicas de ensino. Maceió: Edições Catavento, 1999.

Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Drº João Cândido Ferreira – 2009.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Drº João Cândido Ferreira – 2009.

63

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

As Orientações Curriculares de Filosofia organizam seu ensino a partir de

conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se

constituíram ao longo da história da filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos

e sociedades diferentes, e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio,

ganham especial sentido e significado político, social e educação moral.

O que se pretende com a Filosofia é a formação pluridimensional e

democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de

compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas

particularidades e especialização. Nesse mundo que se manifesta quase sempre de

forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opera por

questionamentos, conceitos e categorias de pensamento, que busca articular a

totalidade espaço-temporal e sócio histórica em que se dá o pensamento e a

experiência humana.

Concomitantemente, o ensino de Filosofia não pode se furtar em avaliar a

capacidade do estudante do Ensino Médio em criar conceitos ressignificativos;

observar qual o discurso que se tinha antes e que se tem após o estudo, na aula de

Filosofia. No entanto, a avaliação da Filosofia começa no início do trabalho com o

conteúdo estruturante, coletando o que o estudante pensa antes (preconceitos) e o

que pensa após o processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não

num momento em separado destinado a avaliar.

Nesse contexto, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na

perspectiva dos estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico

e social, estudados e analisados com textos filosóficos que lhe fornecem subsídios

para que possam pensar o problema, argumentar criticamente, pesquisar, fazer

relações, articular os problemas do mundo real concreto com as respostas e

formulações da história da Filosofia e que nesse processo crie e recrie para si

conceitos filosóficos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia;

Teoria do Conhecimento;

64

Ética;

Filosofia Política;

Estética;

Filosofia da Ciência.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Mito e Filosofia

Saber Místico;

Saber Filosóficos;

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do Mito;

O que é Filosofia?

Teoria do Conhecimento

Possibilidade do Conhecimento;

As Formas de Conhecimento;

O Problema da Verdade;

A questão do Método;

Conhecimento e Lógica;

Ética

Ética e Moral;

Pluralidade Ética;

Ética e Violência;

Razão Desejo e Vontade;

Liberdade: Autonomia do Sujeito e a Necessidade das Normas;

Filosofia e Política

Relação entre Comunidade e Poder;

Liberdade e Igualdade Política;

Política e Ideologia;

Esfera Pública e Privada;

Cidadania Forma e ou Participativa;

65

Filosofia da Ciência

Concepção de Ciência;

A questão do Método Científico;

Contribuições e limites da Ciência;

Ciência e Ideologia;

Ciência e ética;

Natureza da Arte;

Estética

Natureza da Arte;

Filosofia da Arte;

Categorias Estéticas – Feio – Belo – Sublime – Trágico – Cômico

Grotesco;

Estética e Sociedade

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a

investigação e a criação de conceitos.

O desdobramento do ensino de Filosofia será desenvolvido mediante o uso de

recursos físicos e de estratégias tais como: exibição de filme ou de uma imagem, da

leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música, de aulas

expositivas e dialógicas com o objetivo de investigar e motivar possíveis relações

entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se

chama sensibilização. Com a sensibilização inicia-se o trabalho propriamente

filosófico – a problematização, a investigação, a criação de conceitos.

A problematização ocorrerá sempre que o professor e estudantes, através da

discussão, levantem questões, identifiquem problemas e investiguem o conteúdo.

Num momento posterior o professor convida o estudante a analisar o problema, o

que se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar

a experiência filosófica.

Recorrendo a textos da história da Filosofia e aos clássicos, o estudante se

defronta com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com possíveis soluções

66

já elaboradas, embora não solucione o problema, orientam a discussão.

O ensino de Filosofia privilegiará o diálogo com a vida, cuja busca de

resolução de problemas tenha a preocupação também com uma análise da

atualidade, com uma abordagem contemporânea que remeta o estudante a sua

própria realidade. Ele será permeado por atividades tais como: leitura, produção de

textos, investigações individuais e coletivas a fim de que se organize e oriente o

debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

A utilização de certos recursos, como: TV Multimídia, laboratório de

informática, biblioteca, são indispensáveis para o estudo da Filosofia.

AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, servindo para o redirecionamento da ação no

processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que

professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo

coletivamente.

Será avaliada a capacidade do aluno em reformular questões de forma

organizada, construir e tomar posições, interpretar as dimensões de cada texto, em

criar conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual

discurso tem após o estudo da Filosofia.

De certo modo, a avaliação servirá para diagnosticar as dificuldades dos

alunos e intervir no processo, para que a reflexão tenha uma maior qualidade.

A recuperação será concomitante às atividades e às avaliações realizadas

67

BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992.

ARENT, Hannnah. A Condição Humana. 4 Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,

1989.

Filosofia. Vários Autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. Livro Didático Público.

CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo, Ática, 1997.

GALLINA, S. O Ensino de Filosofia e a Criação de Conceitos.In: Cadernos

CEDES, nº 64. A filosofia e o seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004.

LANGON m. Filosofia do ensino de Filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G. &

DANELON, M. Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

LEOPOLDO E SILVA, F.Porque a Filosofia no Segundo Grau. REVISTA

ESTUDOS AVANÇADOS, 6(14), 1992.

REALE, G. & ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003.

RUSSEL, B. Os Problemas da Filosofia. Trad. Antonio Sérgio. Coimbra: Almedina,

2001.

SEVERINO, A. In: GALLO, S.; CORNELLI, G. & DANELON, M. Ensino de Filosofia:

Teoria e Prática. Ijuí: Ed. UNIJUÌ, 2004.

CORDI, Justin. Para Filosofar. São Paulo: Scipione, 1995.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. São Paulo: Companhia das

Letras, 1994.

DCE- Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Secretaria da Educação Estado

do Paraná – 2009.

68

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FÍSICA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução

cósmica e investigar os mistérios do mundo, assim como desenvolver novas fontes

de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologia.

O aprendizado de Física contribui como parte de um conjunto mais amplo de

qualidades humanas, para a compreensão do mundo natural e transformado e, para

o desenvolvimento de instrumentos, como sentido pratico e analítico para a

cidadania e a vida profissional.

A Física também contribui para a formação de uma cultura científica efetiva,

permitindo ao individuo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais,

redimensionando sua relação com a natureza em transformação.

O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como

atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações, possibilitando ao

aluno desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu

papel na sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um

diálogo com temas cotidianos que se articulam com outras áreas do conhecimento.

Portanto, o ensino da Física terá significado real quando a aprendizagem

partir de ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, privilegiando a

interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, tornando-o articulado e

dinâmico.

Objetivos

Compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e

intervenção e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático.

Conteúdos

1º ANO

Movimento

Introdução à Física;

Introdução à Mecânica;

Velocidade;

Movimento com trajetória orientada;

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Equação horária do movimento uniforme;

Gráficos do movimento uniforme;

Aceleração escalar;

Equações do movimento uniforme variado;

Vetores;

Lançamento de projeteis;

Lei da Inércia;

Segunda lei de Newton;

Peso e a terceira lei de Newton;

Decomposição de forças;

Força elástica e força de atrito;

Dinâmica do movimento circular;

Trabalho de uma força;

Energia cinética;

Conservação da quantidade de movimento e colisões;

Impulso de uma força;

Gravitação;

Estática dos corpos rígidos.

2º ANO

Movimento:

Hidrostática;

Massa específica;

Pressão;

Teorema de Stevin;

Teorema de Pascal;

Prensa Hidráulica;

Empuxo.

Termodinâmica:

Termometria;

Expansão térmica de sólidos e líquidos;

Calorimetria;

70

Mudanças de estado de agregação;

Transmissão de calor;

Leis dos gases ideais;

Termodinâmica.

Óptica:

A luz;

Espelhos planos;

Espelhos esféricos;

Refração da luz;

Lentes.

Ondas:

Ondas;

Algumas propriedades das ondas;

Interferência e ondas estacionarias.

3º ANO

Eletromagnetismo;

Carga elétrica;

Eletrização;

Força eletrostática;

Campo elétrico;

Campo elétrico de várias cargas;

Potencial elétrico I;

Potencial elétrico II;

Trabalho no campo elétrico;

Campo elétrico uniforme;

Corrente elétrica;

Tensão elétrica;

Resistores e lei de Ohn;

Associação de resistores;

Geradores elétricos;

71

Circuitos elétricos com geradores reais;

Receptores elétricos;

Potência e energia elétrica;

Potência dissipada no resistor;

O campo magnético;

Força magnética;

Fontes de campo magnético;

Indução eletromagnética;

Algumas aplicações da indução eletromagnética;

Ondas eletromagnéticas;

Opcional

Física moderna;

A teoria da relatividade;

Mecânica quântica;

Partículas elementares.

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico está ancorado nos pressupostos

pedagógicos da contextualização e interdisciplinaridade.

Para que esta proposta se viabilize de forma eficaz, faz-se necessário a

incorporação de aspectos da história da ciência, e particularmente, da Física e de

forma imprescindível das atividades de laboratório. A história da ciência e da Física

possibilitam a compreensão da evolução dos conceitos físicos mediante estudos que

contemplam aspectos sociais, políticos e culturais de uma época. Além de mostrar

que a produção da ciência foi feita por pessoas que foram desafiadas a

compreender certos fenômenos, levando às vezes, toda uma vida.

Os conteúdos serão desenvolvidos utilizando-se dos recursos tecnológicos

como:

Computador, vídeo, retro-projetor, filmadora e máquina fotográfica para

desenvolver trabalhos;

Internet para pesquisa sobre conteúdos trabalhados, testes on-line, debates m

fóruns e atualizações;

72

Os programas Word, Power Point, Excel, serão utilizados para pesquisa,

trabalhos e organização de seminários, elaboração de planilhas;

Os softwares educativos servirão para pesquisa, trabalhos, debates, testes e

elaboração de aulas com uso de softwares de autoria;

Ao ministrar os conteúdos, o professor deverá levar em consideração as

características principais dos estudantes na aprendizagem de cada turma e em

casos especiais à característica individual.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser essencialmente formativa, e processual, vista como

instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do

professor. Diante disso, não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita

limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. Nesta proposta

em que o aluno freqüentemente solicitado a participar e criar, uma prova não é

suficiente para sintetizar o que ele aprendeu e viveu, pensou e aprendeu. Logo, é

necessário repensar os instrumentos de avaliação, bem como definir seus objetivos,

que devem envolver mais amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse

sentido, tanto o desempenho cognitivo como as atitudes dos alunos serão avaliados.

Pode-se afirmar que é elemento significativo do processo ensino-

aprendizagem, envolvendo a prática pedagógica do professor, o desempenho do

aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a

avaliação vai além de simplesmente quantificar os resultados de um processo ao

término de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno,

desde que acompanhados de orientação sobre como pode e deve agir para

aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado de Física.

Utilizar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão dos alunos como:

Assiduidade e participação nas aulas práticas e teóricas;

Leitura e interpretação de textos, de tabelas e gráficos;

Trabalhos de pesquisa individuais ou em grupos, com apresentações de

seminários;

Avaliação escrita.

73

REFERÊNCIAS

CHIQUETTO, Marcos José. Aprendendo Física. Volume 1-2-3. São Paulo: Editora

Scipione, 1993.

GASPAR, Alberto. Física. Volume Único. São Paulo: Editora Atual, 2008.

MAXIMO, Antonio. ALVARENGA, Beatriz. Física, de olho no mundo do trabalho.

Volume Único.São Paulo: Editora Scipione, 2003.

PARANÁ, Djalma Numes. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática,

1999.

PENTEADO, Paulo César M. TORRES, Carlos Magno. Física, Ciência e

Tecnologia. Volume 1-2-3. São Paulo: Editora Moderna, 2005.

SAMPAIO, José Luiz. CALÇADA, Caio Sérgio. Física. Volume Único. São Paulo:

Editora Atual, 2005.

TOSCANO, Carlos. FILHO, Aurélio Gonçalves. Física. Volume Único. São Paulo:

Editora Scipione, 2008.

VARIOS AUTORES. Física – Ensino Médio. Volume Único. Curitiba

74

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

Para que o aluno compreenda a dinâmica social e espacial que produz e

transforma o espaço geográfico, é necessário subsidiá-lo com alguns conceitos de

lugar, paisagens, dinâmica sócio ambiental, cultural e demográfica, como também as

questões econômicas e geopolíticas, porém sempre enfocando os conceitos de

sociedade e natureza como papel principal na construção do espaço,

proporcionando ao estudante a compreensão do mundo em que vive, das relações

entre a Natureza / homem / trabalho, da sociedade, tornando-o crítico e parte

integrante/participante como agente de transformação, possibilitando ao educando

condições de se localizar no espaço em que vive e a partir daí entender os

problemas sociais, político e econômicos. Com este enfoque, ter uma visão geral do

local para o global e através desse conhecimento agir e interagir com autonomia na

sociedade e no espaço em que está inserido. Contribuindo para que o aluno se

oriente e se localize no tempo e no espaço, para a formação integral do aluno, para

o exercício da cidadania, conduzindo a reflexão, a leitura de mundo e suas

transformações sociais, políticas e econômicas. Oportunizando ao educando a

possibilidade de situar-se na dinâmica das transformações contemporâneas,

fazendo com que atue critica e construtivamente no contexto local como parte

integrante do globo. Sentindo-se valorizado como cidadão capaz de perceber a sua

realidade, desenvolver o senso crítico, a criatividade e o raciocínio, fazendo a leitura

de mundo através do entendimento do espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

75

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade culturais.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

A circulação da mão de obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

76

O comércio em suas implicações sócio-espaciais.

A circulação da mão de obra, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

9ºANO

A revolução técnico -científico- informacional e os novos arranjos no espaço

da produção.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.

Movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

77

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ANO

A formação e a transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego das tecnologias de

exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço

geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução técnico-científico-internacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

2º ANO

O espaço rural e a modernização da agricultura, ênfase ao espaço

agricultável do Paraná.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

3º ANO

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da produção.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações sócio espaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações sócio espaciais dos processos de mundialização.

78

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Especificidades regionais e cultura africana e afro brasileira.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A velocidade das mudanças e a complexidade com que um novo mundo se

apresenta e como a sociedade se organiza, este é o espaço geográfico entendido

como espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto pelo ambiente

natural e cultural que estão inter-relacionados: economia e produção, dimensão

socioambiental, geopolítica e demográfica dentro dos espaços, rural e urbano.

Nesta perspectiva, os conhecimentos dos alunos à respeito do espaço devem

ser explorados, para que a geografia adquira sentido e subjetividade, possibilitando

a percepção de como o espaço foi produzido, quais fatores interferiram na sua

produção, quais forças são agentes de transformação e a importância das pessoas e

grupos em todo esse processo.

É sob esta perspectiva, a de aprender a elaborar raciocínios sobre a realidade

que o educador deve usar na metodologia participativa que valorize o respeito

mútuo, estimule a ação individualizada, oferecendo oportunidades por meio das

tarefas, possibilitando, ao educando trabalhar de forma ativa e comprometida com a

hora de conhecimento, levando-o a desenvolver sua potencialidade criadora, não

somente para compreender mas também para construir o seu saber o mundo.

Para tanto serão desenvolvidas dinâmicas: leitura, interpretação e elaboração

de textos, gráficos e mapas; pesquisas, seminários, debates, observação e

descrição da paisagem, análise, representação e interação utilizando vários recursos

como: jornais, revistas, livros, audiovisuais, internet, geoatlas, trabalhos em grupos.

Lei 11.645/08 referente a cultura Afro-Brasileira e Indígina. Serão

desenvolvidos temas da referida Lei, junto aos conteúdos estruturantes, em todas as

séries, sempre que surgir oportunidade, tendo como meta promover a educação de

cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do

Brasil buscando relações étnico-sociais positivas. Objetivando o reconhecimento e a

valorização da identidade e da história e da cultura afro-brasileira, bem como, a

garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da

nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas.

79

Sugestões de temáticas possíveis de serem desenvolvidas:

estudo sobre as teorias antropológicas;

desmistificação das teorias racistas;

estudo das características biológicas dos diferentes povos;

contribuição dos povos africanos, indígenas e seus descendentes para o

avanço da ciência e tecnologia.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem, que torna-se

importante instrumento para trabalho pedagógico do professor além de diagnosticar

a aprendizagem do aluno, seu desempenho e avanços durante o ano.

Deverá incidir sobre o desempenho do aluno nas diferentes experiências de

aprendizagem, levando em consideração os objetivos visados,. O aluno deve

aprender com a avaliação, identificar de forma transparente os objetivos do curso, o

projeto educativo proposto, distinguindo claramente suas dificuldades e as suas

possibilidades.

A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua e contemple diferentes práticas

pedagógicas tais como: leitura, interpretação e elaboração de textos, leitura,

interpretação e produção de gráficos, tabelas e mapas; interpretação de fotos,

imagens, paisagens, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários,

participação durante as aulas, organização lógica de dados e relações, expressão

oral e escrita, construção de maquetes entre outros.

A proposta avaliativa deverá ser clara, onde os alunos acompanharão todo o

processo.

A recuperação será concomitante ao conteúdo trabalhado.

80

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARLOS, A.F.A (Org) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto 1999. DCE,

2009.

Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio –

Secretaria da Educação – 2009.

LUCCI, Elian Alabi: BRANCO, Anselmo Lázaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia

Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2007.

MOREIRA, João Carlos e Eustáquio de Sene, geografia, 2007 Ed. Scipione.

SANTOS, M. e outros (Org.) Fim do século e globalização. São Paulo: Hucitec-

Anpur, 1993.

VESENTINI, J. W. (Org) O ensino de Geografia no século XX. Campinas, SP:

Papirus, 2004.

81

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A História do ponto de vista pedagógico e historiográfico tem a finalidade de

ampliar horizontes de referência temporal dos alunos, de suas capacidades de

explicação histórica e de suas atitudes de respeito e compreensão à diversidade

cultural das sociedades e da sociedade brasileira em particular, para a formação da

cidadania e da identidade social dos alunos.

Este pensamento é o que também está posto nas Diretrizes Curriculares,

quando abordam a temática do currículo e se propõe que o currículo da Educação

Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com

vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta

ambição remete às reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual

o espaço de conhecimento, na escola, deveria equivaler à idéia de atelier-biblioteca-

oficina, em favor de uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica. DCE

(2009) pág 20

A História também tem como finalidade expressar e compreender o

conhecimento histórico, analisando e criticando documentos, reconhecendo o papel

das diferentes linguagens, produzindo textos analíticos e interpretativos sobre o

discurso historiográfico. Permitindo assim a construção da identidade pessoal e

social na dimensão histórica, reconhecendo a diversidade social, cultural e as

relações de poder e trabalho, levando educando a comparar os problemas atuais e

outros momentos históricos tendo posicionamento crítici e cidadão.

A História enquanto ciência e disciplina se propõe a ser instrumento para

compreensão da realidade. No entanto no Ensino Médio possibilita aprofundar os

estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-as nas diversas

temporalidades, servindo de arcabouço para reflexões sobre as ações e relações

humanas no conteúdo histórico,em que os sujeitos estão inseridos. Com isso,

entende-se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre os conhecimentos

sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas são as fontes sócio-

históricas do conhecimento em sua complexidade. DCE, 2009, pág 21

A pesquisa histórica esforça-se, atualmente, em situar as articulações entre a

micro e a macro história, buscando nas singularidades dos acontecimentos as

generalizações necessárias para a compreensão do processo histórico. Na

articulação do singular e do geral, recuperam-se diversas formas de registros das

82

ações humanas tanto nos espaços considerados tradicionalmente os de poder,

como o Estado e as instituições oficiais, como nos espaços privados e dos conflitos

diários pela sobrevivência; das mentalidades, de valores e de crenças em

transformações advindas com aparato tecnológico e nas configurações do mundo

do trabalho e da convivência humana.

As problemáticas contemporâneas têm produzido fortes e significativas

discussões sobre a produção de conhecimento científico e percebe-se uma

tendência, principalmente nas Ciências Humanas, da conquista de espaço, por

diferentes abordagens que consideram novos objetos e que por sua vez impõem

referência a novas fontes.

O olhar da História para outras ciências tem trazido significativas

contribuições para a compreensão de como as sociedades se constituem em

determinado tempo e lugar, não de forma fragmentada, mas com recortes que

valorizam sujeitos, permitindo relações interdisciplinares com outras áreas do

conhecimento, percebendo-se desta forma, como agente histórico.

Nesta concepção de História, que também é expllicitada nas Diretrizes, as

verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na

disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de

História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.DCE, 2009, pág 45.

Esta abordagem deverá primar pela investigação histórica considerando que

os documentos/fontes não falam por si só e devem ser interrogados no sentido de

dar voz aos diferentes grupos sociais no seu tempo e espaço.

O mundo mudou, novos instrumentos surgiram, sobretudo, aceleram-se

quase todas as ações humanas, fundamentalmente aquelas que implicam em

deslocamento, do transporte de pessoas e coisas até o transporte de informações,

transformando a história da humanidade.

Num outro momento da história, tem a profusão de registros que este século

vem acumulando, seja pelo testemunho de fatos e acontecimentos, seja pelo

imaginário de filmes e programas de televisão voltados para a ficção. Praticamente

todas as personalidades que influenciaram a história deste século têm imagens e

depoimentos registrados por meio de audiovisuais, construindo um enorme acervo

impossível de ser explorado em sua totalidade.

Neste sentido torna-se imprescindível abordar os conteúdos a partir de uma

perspectiva que privilegie as relações de trabalho, de poder e de cultura, articulados

83

às categorias de tempo e espaço. Isto para que se possa atingir o patamar onde se

possa perceber, conforme afirmam as Diretrizes, que a aprendizagem histórica

configura a capacidade dos jovens se orientarem na vida e constituírem uma

identidade a partir da alteridade. A constituição desta identidade se dá na relação

com os múltiplos sujeitos e suas respectivas visões de mundo e temporalidades em

diversos contextos espaço-temporais por meio da narrativa histórica. Entende-se

que esta implica que o passado seja compreendido em relação ao processo de

constituição das experiências sociais, culturais e políticas do Outro, no domínio

próprio do conhecimento histórico. DCE, 2009, pág 57

Esta abordagem permite aos professores desenvolver seus trabalhos em

sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas, enfatizando História do

Paraná e Cultura Afro-brasileira e Indígena.

OS OBJETIVOS DA HISTÓRIA

Contribuir para a formação de cidadãos críticos e participantes, capazes de

caminhar com segurança e autonomia em sua realização pessoal e profissional.

Domínio de conhecimentos acumulados historicamente, para ampliar as

oportunidades de participação no processo social, produtivo e econômico de seu

cotidiano.

Refletir com o educando as condições da sociedade em que vive,

vinculando-a com sua prática social.

Adquirir informações básicas sobre nossa história possibilitando o espírito

crítico com relação aos conteúdos estudados.

Capacitar o aluno para contribuir pratica e teoricamente nas transformação

social.

Reconhecer,através do resgate de histórias populares uma fonte de suas

origens,possibilitando que ele reconstrua de forma crítica a trajetória na qual está

inserido.

Analisar informações e fenômenos através do uso de recursos tecnológicos.

Produzir e reproduzir, através de recursos tecnológicos,coletâneas de

histórias,consideradas essenciais para a compreensão das profundas

transformações da sociedade humana no mundo.

Incorporar à sua prática,ferramentas de aprendizagem disponível nos

84

diferentes contextos históricos, do livro ao hipertexto, da lousa ao cinema, da

televisão ao computador, do CD-Rom a internet.

Fazer uso sistematizado das tecnologias como instrumento auxiliar na

aprendizagem.

Proporcionar a formação humana com ênfase na organização do

conhecimento, privilegiando os princípios do trabalho, cultura ciência e tecnologia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL

As relações de Trabalho;

As relações de Poder;

As relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6o ANO

A experiência humano no tempo;

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

As culturas locais e a cultura comum.

7o ANO

As relações de propriedades;

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

8o ANO

História das relações da humanidade com o trabalho;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as contradições da modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9o ANO

A constituição das instituições sociais;

A formação do estado;

Sujeitos, guerras e revoluções.

85

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO

As relações de Trabalho;

As relações de Poder;

As relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º Ano

Introdução ao Estudo da História;

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho livre;

Urbanização e Industrialização.

2º Ano

O Estado e as Relações de Poder;

Cultura e Religiosidade.

3º Ano

Os Sujeitos as Revoltas e as Guerras;

Movimentos Sociais, Políticos e Culturais e as Guerras e Revoluções.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O encaminhamento metodológico da disciplina de História deverá privilegiar a

produção e re-elaboração do saber histórico, possibilitando a compreensão das

relações de trabalho, poder e cultura, presentes na construção do processo

histórico, articulando-se teoria-prática onde o trabalho intelectual permite ao aluno a

articulação da prática no pensamento, pela sua capacidade de abstração a

compreenda, e assim adquira condições para nela intervir,considerando o conjunto

das relações sociais e produtivas através das quais o pensamento adquire

materialidade ao transformar-se em ação.

Lei 11.645/08 referente a cultura Afro-Brasileira e Indígina. Serão

desenvolvidos temas da referida lei junto aos conteúdos estruturantes em todos os

anos do ensino fundamental e médio, sempre que surgir oportunidades tendocomo

metas promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da

sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais

86

positivos. Objetivando o reconhecimento e a valorização da identidade e da história

da cultuta afro-brasileira e indígena bem como a garantia de reconhecimento e

igualdade de valorização das raízes africanas e indígenas da nação brasileira ao

lado da européias, asiáticas, etc.. É a busca pela práxis. As Diretrizes pontuam para

a forma de trabalhar o Ensino Médio:

Para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos, ou seja,

os conteúdos (básicos e específicos) terão como finalidade a discussão e a busca

de solução para um tema/problema previamente proposto DCE, 2009, pág 68.

Através de pesquisas bibliográficas e o uso de instrumentos tecnológicos

disponíveis, perceber a dinâmica desta e as mudanças ocorridas, utilizando

recursos de comunicação visual e audiovisual para composição de uma prática que

permite a aplicação, ampliação e incorporação das tecnologias na compreensão e

articulação das diferentes culturas e na formação de cidadãos nos diferentes

contextos históricos, que os estudos das ações e relações humanas do passado,

partem da problematização feita no presente. O conhecimento histórico é dinâmico

e para compreensão da temporalidade, historicidade e transitoriedade do

conhecimento, se faz necessário uso de informações do universo da linguagem

escrita e audiovisual, estruturada dentro de uma organização com o objetivo de

esclarecer, gerar curiosidade, transmitir informação e adquirir conhecimento requer

uma metodologia que visa introduzir professor e aluno no universo da linguagem,

fazendo das tecnologias instrumentos de criação, expressão e comunicação.

A introdução de instrumentos e recursos na prática pedagógica, significa um

novo vínculo que se estabelece com o saber e o desenvolvimento de competências

e habilidades.

O trabalho com pesquisas bibliográficas e o uso de tecnologias, orientadas

pelo professor, aparecem como um dos encaminhamentos adotados com a

finalidade de atingir os objetivos propostos. Além disso, a análise de documentos

em sala de aula proporciona a produção de conhecimento histórico, pois constitui-

se numa fonte na qual buscam-se respostas para as problematizações

anteriormente formulados.

A metodologia deverá estar pautada nas seguintes premissas:

a- partir da realidade do educando, a fim de despetar o interesse estabelecendo

assim um vínculo entre a teoria e a prática, na busca do conhecimento

sistematizado;

87

b- buscar sempre a compreensão crítica da realidade, para que o aluno possa

reelaborar seu conhecimento;

c- dar ênfase ao dialogicidade, estabelecndo assim um relacionamento

direcionado à construção do conhecimento, diminuindo a transmissão e assimilação

passiva.

Vale lembrar que, conforme as Diretrizes também pontuam, para que se

atinja os objetivos a que nos propomos e para que aprendizagem histórica seja

alcançada, sob a exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História,

é importante considerar, na abordagem dos conteúdos temáticos:

múltiplos recortes temporais;

diferentes conceitos de documento;

múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

Formas de problematização em relação ao passado;

condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

historicamente; superação da ideia de História como verdade absoluta por meio da

percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas

históricas.DCE, 2009, pág 60.

AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

No contexto atual, a avaliação deve ser concebida como instrumento para

auxiliar a aprendizagem do educando e o desenvolvimento de formas flexíveis de

pensamento e ação, que proporcione elementos para a reflexão sobre o “outro” na

sua temporalidade e diversidade que traduzem a experiência vivida pelos homens

nos diferentes momentos da história.

Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo,numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar

o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas

e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003). DCE, 2009, pág 31.

A avaliação será contínua, processual, formal e diagnóstica, isto é, permitirá

aos educadores e aos educandos identificar pontos fracos no processo de ensino e

de aprendizagem, permitindo rever os procedimentos e re-planejar as ações. Desta

88

forma o educador avalia sua própria atuação e o educando vai continuamente se

dando conta de seus avanços e dificuldades. Para esse processo de avaliação

tornar-se eficaz, levar-se-á em consideração a necessidade da aquisição de noções

e conceitos básicos para formar o pensamento histórico (tempo, espaço, cultura,

semelhanças e diferenças, permanências e mudanças, dominações e resistências,

ruptura e contradições) e que o ensino de História implica em criar possibilidades de

investigação para construir e reconstruir com o educando o conhecimento histórico.

Serão utilizadas como estratégias avaliativas o desenvolvimento de

pesquisas, produção de textos, fichas de leitura,confecção de cartazes, análise de

filmes e audiovisuais, documentos históricos e gravuras da época, elaboração e

apresentação de trabalhos em grupo, seminários, oficinas, provas (com questões

objetivas e discursivas), auto-avaliação, registros de conclusões, entrevistas, tele

jornais, debates, juris simulados, ...

Serão feitas revisões de conteúdo a medida que se julgar necessário, afim

de se melhorar a assimilação de conteúdos.

A avaliação será instrumento de aprendizagem, fornecendo ao educador

informações para planejar as intervenções necessárias para recuperar educandos

com dificuldades, propondo procedimentos que levem estes a atingir patamares

mais elevados de conhecimento. O educando partilhará desta avaliação,

desenvolvendo a consciência dos progressos feitos em relação ao conhecimento,

tornando-se sujeito da aprendizagem e apropriando-se dos conceitos históricos e

dos conteúdos propostos pela disciplina.

A recuperação será concomitante ao conteúdo trabalhado, destacando-se

que o que se busca recuperar é a aprendizagem e não a nota como produto final.

89

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para a Educação

Básica. Curitiba:2009

Azevedo,Gislane e Reinaldo Seriacopi – História – Volume único PNLEM – FNDE- 2008.

90

PROPOSTA CURRICULAR - LÍNGUA INGLESA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A importância da língua estrangeira na formação integral do indivíduo ocorre a

partir da compreensão de como significados são construídos com, nas e através das

linguagens,dos sistemas simbólicos criados por diferentes culturas. É preciso

também abandonar preconceitos e questionar pressupostos, desafiar noções

superficiais de nacionalismo e perceber que fronteiras políticas nos mapas são

também barreiras convencionalmente impostas a diferentes nações. Barreiras que

muitas vezes nos impedem de beneficiarmo-nos do encontro/confronto com o

estrangeiro, contato que pode nos permitir aprender sentidos diferentes daqueles

fixados pela língua materna, de perceber outras possibilidades de entendimento de

mundo e ultrapassar os significados que nos apresenta a nossa própria língua.

O sujeito que aprende uma LE aprende também que sua identidade nacional

não é a única possível, nem a melhor, mas sim uma dentre várias construções

produzidas por diferentes comunidades mundo à fora; ele aprende que o mundo se

encontra repleto de identidades diferentes da sua, que essas outras identidades

também precisam ser respeitadas em suas singularidades, que elas podem

contribuir muito para uma melhor compreensão dos processos que posicionam os

indivíduos e as comunidades em relações de poder, e que tais posições não são

revelações da essência dos indivíduos, não são a expressão da verdade sobre eles,

mas sim representações simbólicas das pessoas, construções discursivas que

rotulam e tentam apagar a individualidade e a heterogeneidade das comunidades

nacionais.

A LE, dentro desse entendimento, deverá contribuir para a formação de

indivíduos que exerçam sua cidadania de forma ativa, crítica e portanto conscientes

de sua capacidade de transformação da sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Discurso como prática social.

Por meio do conteúdo estruturante pode-se identificar e organizar o campo de

estudo da Língua Inglesa na escola. Dele derivam os conteúdos específicos, os

quais fazem parte o ensino/ aprendizagem da língua Inglesa. Eles são os meios

pelos quais se trabalha de forma dinâmica, o discurso enquanto prática social e

91

discursiva (oralidade, leitura e escrita).

Far-se-á com que os alunos percebam que através da língua Inglesa há uma

interdiscursidade nas relações sociais e que para compreendê-las será necessário

atingir os níveis de organização linguística, e para isso será explorada a

compreensão oral ou escrita verbal e não verbal.

Propõe-se que a aula de língua Inglesa constitua um espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

O trabalho em sala de aula tem sido orientado pela Abordagem Comunicativa,

pois essa opção favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e

evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua é concebida como

um sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Da Educação Básica, essa proposta

se concretiza no trabalho com textos, não para extrair deles somente significados

que supostamente estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-se com

eles, para lhes conferir sentidos e travar batalhas pela significação. Isto envolve a

análise e a critica das relações entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas

sociais.

O texto pode ser verbal ou não-verbal. Podem ser considerados textos uma

figura, um gesto, um slogan, tanto quanto um trecho de fala gravado em áudio ou

uma frase em linguagem verbal escrita, a partir dos quais os conteúdos específicos

de língua Inglesa serão tratados.

Geralmente os textos estudados estão adequados à faixa etária, a realidade

social e nível educacional do aluno, ao contrário serão feitas adaptações para

aproximá-lo do entendimento do aluno e estar coerente com a realidade do mesmo,

mostrando o que é desconhecido e ampliando dessa forma, a sua visão de mundo.

A língua Inglesa contemplará a história e cultura Afro-Brasileira e Africana,

privilegiando o reconhecimento e valorização de sua identidade, garantindo seus

direitos de cidadão, explorando principalmente os elementos que caracterizam essas

culturas.

Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua

92

estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e

participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito

aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A

partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno

para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá

sua identidade como agente social.

Desta maneira estaremos contribuindo para a formação de cidadãos críticos e

ativos, exercendo assim a sua cidadania e transformando o meio em que vive.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos e seus elementos composicionais.

A seleção dos gêneros será de acordo com o Plano de Trabalho docente e o

nível de complexidade de cada série.

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Ortografia.

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

93

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e Coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos;

Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos,

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Ortografia;

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso do gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição:

Pronúncia.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Considerando o aspecto formativo da Língua Inglesa anteriormente citada, a

proposta metodológica de trabalho será a abordagem comunicativa e a análise do

discurso, as quais envolverão o interdiscurso e o intradiscurso, produzindo sentidos

entre os interlocutores do texto por meio da leitura, oralidade e escrita. Esta

concepção de ensino/aprendizagem em Língua Inglesa, está centrada no aluno,

seus objetivos e necessidades.

O trabalho de Língua Inglesa em sala de aula precisa partir do entendimento do

papel das línguas nas sociedades, além de informativa, possibilita a ampliação do

conhecimento, a expressão e transformação nos modos de conhecer o mundo e de

construções de novos significados.

O texto é uma amplitude de discussão sobre como pensar e agir criticamente,

94

respeitar as diferenças sociais e culturais, crenças e valores, analisar e refletir sobre

fenômenos lingüísticos e culturais, do qual somos sujeitos que fazem parte deste

processo.

Esta proposta de trabalho será conduzida com o auxílio de vídeos (filmes,

propagandas...), gravador (músicas, textos extras, exercícios orais e escritos...),

dicionários (pesquisas), revistas, (pesquisas e recortes...), livros didáticos e internet

para pesquisas etc., podendo através destes materiais reforçar ou abranger

conteúdos de outras disciplinas, enfatizando aspectos da interdisciplinaridade.

Mostrar-se-á ao aluno que não é necessário compreender o significado de

cada palavra ou estrutura do texto de LE para produzir-lhe sentido. O importante é

atribuir sentido ao contexto, pois a leitura é um processo de negociação de sentidos.

E esse sentido não é garantido somente pela gramática, mas pelo conhecimento de

mundo que o aluno apresenta.

Cabe ao professor criar estratégias para que os sujeitos percebam a

heterogeneidade da Língua, por isso podemos dizer que um único texto apresenta

várias possibilidades de leitura. Não é o texto que determina a leitura, mas sim o

sujeito que o lê. E para que haja maior motivação por parte dos alunos, é

interessante trabalhar com textos que apresentam maior número de palavras

cognatas (transparentes), principalmente para turmas iniciantes. Isso pode auxiliar o

aluno a perceber que é possível ler um texto de LE sem muito conhecimento da

língua.

Para o ensino fundamental o professor deve usar a Língua Materna para

poder inferir a Língua Inglesa, mostrando o conhecimento normativo e o

conhecimento linguístico da língua estudada, sempre valorizando o conhecimento de

mundo e as experiências dos alunos. Dando-lhes oportunidade para expor o que já

sabem por meio de discussões aos temas abordados, formulando hipóteses,

construindo expectativas de sentido e intertextualidade.

A forma como o professor conduz essa leitura em sala de aula produz

significados mais ou menos problematizadores, ou, mais ou menos significativos. Ou

seja, deve despertar no aluno interesse em buscar novos conhecimentos.

A produção escrita em língua estrangeira deve partir de construção de frases,

a um parágrafo, a um poema, a uma carta, e que as mesmas sejam as mais naturais

possíveis.

O aluno deve ser instigado pelo professor a buscar respostas aos seus

95

questionamentos e anseios relacionados ao ensino/aprendizagem. A abordagem

comunicativa, juntamente com a análise do discurso, visa integrar a oralidade e a

escrita, pois o importante é que o aluno faça uso da Língua Inglesa sem inibição, de

forma descontraída. E para tanto, o ensino será conduzido de forma útil e agradável.

AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada

de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.

Na aprendizagem da LE, o aluno deve ser envolvido no processo de

avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. Seu esforço precisa

ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu

desempenho e o entendimento do erro como parte integrante da aprendizagem. É

fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do

mesmo processo.

É preciso considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica,

somativa, e formativa) que se articula com os objetivos específicos e conteúdos,

respeitando as diferenças individuais. É importante a diversidade nos formatos de

avaliação, de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre

seu progresso.

A avaliação será feita de:

Leitura e interpretação de textos.

Participação nas aulas.

Atividades em sala e para casa.

Listening, reading, writing e speaking.

Testes escritos e orais.

Trabalhos individuais ou em grupo.

Produção de frases e pequenos textos.

Auto-avaliação.

Recuperação será concomitante às atividades e às avaliações realizadas.

96

BIBLIOGRAFIA

BACCARIN, Marcelo Costa. Globetrotter. São Paulo – SP; Macmillan, 2001.

MURPHY, Raymond. Essencial Grammar in Use. New York – USA; Cambridge

University Press, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna: SEED/PR, 2008.

97

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

Considerando o artigo 5º da Constituição Brasileira, o qual postula que “Todos

são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, esta proposta tem por

objetivo garantir no processo educativo, mais especificamente no ensino da Língua

Materna, oportunizar ao estudante o aprimoramento de sua competência linguística,

de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. Para tanto há que se

refletir sobre as contradições, as diferenças e paradoxos da contemporaneidade.

Pretende-se assumir uma concepção de linguagem vista como um fenômeno social,

pois ela nasce da necessidade de interação política, social e econômica entre os

homens.

Portanto, a língua materna será ensinada considerando os aspectos sociais e

históricos em que o estudante está inserido, o contexto de produção do enunciado,

uma vez que os seus significados são historicamente construídos. Sob essa

perspectiva, há que se aprimorar os conhecimentos lingüísticos e discursivos dos

alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem

condições de interagir com esses discursos, que a língua seja percebida como uma

arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes

opiniões.

Nesse sentido, pretende -se que a escola seja um espaço de difusão de uma

gama de diferentes textos com diferentes funções sociais, com o objetivo de

promover o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da

língua, sejam de leitura, oralidade e escrita. Para tanto, propiciar -se -á a prática, a

discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais, que garantirão o

envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, podendo alterar o sujeito em

seus aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, lingüísticos e até

econômicos.

Assim, o ensino-aprendizagem da língua portuguesa abarcará as práticas

discursivas constituídas na oralidade, escrita e leitura. Quanto à oralidade, a escola

promoverá situações que incentivem os alunos a falar fazendo uso da variedade de

linguagem que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que a diferença

de registro não constitui objeto de classificação e que é importante a adequação do

registro nas diferentes instâncias discursivas; em relação à escrita, far-se-á o

aperfeiçoamento da mesma a partir da produção de diferentes gêneros,

98

possibilitando que os estudantes se posicionem, tenham voz em seu texto,

interagindo com as práticas de linguagem da sociedade; quanto a prática da

leitura/literatura, procurar -se -á evidenciar aos alunos que a literatura é produção

humana intrinsecamente ligada à vida social, e por isso, não pode ser apreensível

somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e

sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a

linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros.

Nesse sentido, e com a intenção de formar sujeitos usuários da linguagem

com condições de assumir a palavra, participando das práticas sociais referidas, é

necessário seguir uma concepção de língua que se apóia na intenção do aluno com

outro e com o objeto, a partir das três práticas fundamentais do Ensino de Língua

Portuguesa : oralidade, escrita e leitura.

Uma decorrência da opção por uma concepção de linguagem como lugar de

interação e da organização do ensino, a partir das práticas fundamentais

apresentadas , é a escolha do texto como unidade fundamental para o ensino de

Língua Portuguesa , utilizando -o não como um simples instrumento de

comunicação, mas oferecendo ao aluno condições para que se aproprie dos

diferentes tipos de discurso e de uma variedade de gêneros e textos de modo a

ampliar a sua competência leitora e escritora, para que ele possa participar das

práticas sociais, cada vez com mais proficiência, realizando escolhas de acordo com

as situações.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

O homem produz linguagens, transforma outros homens com ela e transforma

também a si mesmo por meio da interação com o mundo. A linguagem, portanto,

não é um objeto que pode ser aprisionado e controlado, pois está em constante

transformação. Assim, uma palavra ou um símbolo pode ter um significado unívoco,

quando tomados isoladamente, fora do espaço sócio interativo, mas seu sentido só

se revela a partir do contexto ou situação na qual estão inseridos.

Desta forma a palavra “gênero” sempre foi bastante utilizada pela retórica e

pela literatura com acepção designadamente literária. Segundo Todorov (1978),

essa palavra tem sido usada desde Platão, cujo objetivo era distinguir o lírico, em

99

que apenas o autor falava; o épico, em que o autor e personagem falavam; o

dramático ,em que apenas a personagem falava. Brandão (2001, apud Santos,

2004) dizia que o estudo de gêneros foi uma constante temática, interessava aos

antigos... tanto na retórica quanto às pesquisas em, semiótica literária e teorias

lingüísticas.

Os gêneros aparecem na perspectiva da fala e da escrita dentro de um

continuum tipológico das práticas sociais de produção textual. Ramos (1997) tem a

mesma concepção quando assume que a correlação entre fala e a escrita está num

continuum das práticas sociais. Os pontos teóricos dos autores citados acima pode-

se destacar como gêneros textuais a serem abordados em sala de aula: Adivinhas;

álbum de família; anedotas; bilhetes; cantigas de roda; causos; comunicado;

convites; diário; exposição oral; músicas; parlendas; piadas; provérbios; quadrinhas;

receitas; relatos de experiências vividas; trava-línguas; autobiografia; biografias;

contos; contos de fadas; contos de fadas contemporâneos; crônicas de ficção;

fábulas; fábulas contemporâneas; haicai; histórias em quadrinhos; lendas; literatura

de cordel; memórias; letras de músicas; narrativas de aventura; narrativas de

enigma; narrativas de ficção científica; narrativas de humor; narrativas de terror;

narrativas fantásticas; narrativas míticas; paródias; poemas; romances; cartazes;

debate regrado; exposição oral; palestra; pesquisas; relatos de experiências

científicas; resenha; resumo texto argumentativo; anúncio de emprego; artigo de

opinião; carta ao leitor; cartum; charge; classificados; crônica jornalística; editorial;

entrevista (oral e escrita); notícia; reportagens; tiras; e-mail; bulas; filmes.

6º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise

linguística, na quinta série, serão utilizados os seguintes gêneros discursivos:

adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão postal,

convites, diário, parlendas, provérbios, quadrinhas, receitas, relato de experiências,

trava-línguas, auto biografia, contos de fadas, conto de fadas contemporâneos,

fábulas, fábulas contemporâneas, história em quadrinhos, lendas, memórias,

narrativas de humor, fantásticas, poemas, cartazes, pesquisa, palestra, resumos,

tiras, e-mail, folder, música, texto instrucional, blog, exposição oral, filme,

100

diálogo/discussão argumentativa, regulamento e desenho animado.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

101

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; recursos

semânticos.

7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise

linguística nesta série, serão adotados os seguintes gêneros discursivos: Contos,

Haicais, literatura de cordel, narrativa de humor, narrativa de terror, narrativas

míticas, narrativas fantásticas, narrativas de aventuras e enigmas, poemas,

cartazes, diálogo discussão argumentativa, exposição oral, palestra, pesquisas,

relato histórico, resumo, texto de opinião, classificados, notícia, entrevista, tiras,

manchete, e-mail, folder, propaganda, música, textos de campanhas comunitárias,

debate, filmes, regulamento.

LEITURA

Tema do texto; • Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade; • Aceitabilidade;

Situacionalidade; • Intertextualidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;• Ambigüidade;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

ESCRITA

Tema do texto;

102

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica.

8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise

linguística serão adotados os seguintes gêneros discursivos: Música, contos,

crônicas, Haicai, textos dramáticos, poemas, paródias, cartazes, diálogo, discussão

argumentativa, exposição oral, palestra, pesquisa, relatório, resumo, texto de

opinião, carta ao leitor, carta do leitor, cartum, charge, reportagem, sinopse de filmes,

comercial para TV, Folder, slogan, e-mail, publicidade comercial, Filme, regulamento.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

103

Finalidade Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e

denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

104

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise

linguística serão trabalhados os seguintes gêneros discursivos: Contos, crônicas,

romance, poema, paródia, relatório, resenha,a resumo, texto argumentativo, texto de

opinião, pesquisa, palestra, júri simulado, exposição oral, diálogo e discussão

argumentativa, debate regrado, cartazes, artigo de opinião, crônica jornalística,

editorial, entrevista oral e escrita, reportagem, resenha crítica, sinopse de filmes,

música, e-mail, blog, folder, regulamento,

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

105

Discurso ideológico presente no texto;;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e

denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores;

Polissemia;

106

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

METODOLOGIA

Abordagem teórico-metodológica da leitura: propiciar práticas de leitura de

textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos;

formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhar

discussões sobre o tema, intenções, intertextualidade; contextualizar a produção:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;

relacionar o tema com o contexto atual; oportunizar a socialização das ideias dos

alunos sobre o texto. Conhecer e valorizar a Historia e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena, conforme lei nº 11.645/08 de 10/03/2008.

Da escrita: planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do

interlocutor, do gênero, da finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

Informatividade, Situacionalidade, temporalidade e ideologia; estimular a ampliação

de leituras sobre o tema e o gênero proposto; acompanhar a produção do texto;

analisar se a produção de texto está coerente e coesa, se há continuidade temática,

107

se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; planejar a

produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, finalidade;

encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos

que compõem o gênero ; conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos

discursivos, textuais, estruturais e normativos.

Da oralidade: organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; preparar

apresentações que explorem as marcas lingüísticas da oralidade em seu uso formal

e informal; estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando recursos

extralinguísticos como entonação, pausas, expressão facial e outros; selecionar

discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros;

propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como

jornais, emissoras de rádio e TV ,., a fim de perceber a ideologia dos discursos

dessas esferas ; expressar oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao

gênero proposto; compreender os argumentos no discurso do outro; expor

objetivamente seus argumentos; organizar a sequência de sua fala; analisar os

argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais

trabalhados; participar ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A avaliação é formativa e visa verificar o nível de conhecimento adquirido

pelos alunos antes, durante e depois do processo ensino-aprendizagem. Essa

observação se fará através da prática reflexiva, tanto do aluno quanto do professor,

possibilitando o desenvolvimento permanente do ser humano como um todo, bem

como a retomada dos conteúdos, caso seja necessário.

O professor deverá estar atento à construção dos conhecimentos dos seus

alunos, deve cultivar, na sua prática pedagógica, uma postura de constante

investigação. A avaliação contínua diagnóstica da leitura e da escrita dos alunos é

fundamental para planejar atividades e intervenções de qualidade que possam

realmente ampliar os conhecimentos lingüísticos dos alunos. Sabendo que leitura e

escrita são “ferramentas” mentais e possibilitam o trabalho de todas as outras áreas.

Possibilitar que os alunos compreendam, se apropriem e façam uso das

108

diferentes instâncias da linguagem é uma forma de romper com as dicotomias

excludentes que tem gerado distanciamento entre a linguagem do aluno e da escola.

Falar certo ou errado, oralidade e escritas (dialetos populares e dialeto padrão),

linguagem forma e informal, entre outros aspectos, sob a ótica das instâncias

públicas e privadas, deixam de ser vistos em oposição, passando a revelar a

pluralidade, multiplicidade e dialogismo da linguagem.

Trabalhar a partir dos conteúdos que os alunos já sabem, pensando o erro

como parte de um processo de construção que olha prospectivamente, portanto

acreditando e criando condições para que eles percorram o caminho que há pela

frente, sem negar ou apagar as diferenças culturais, mas ampliando as

possibilidades de uso da linguagem, é uma questão política pedagógica

fundamental, quando se pensa em uma escola democrática.

Nessa perspectiva, a recuperação será concomitante às atividades

trabalhadas. Para tanto será utilizada uma variedade de instrumentos de avaliação.

Todos esses instrumentos servirão de critérios para alcançar os objetivos propostos,

fornecendo condições para que o professor analise, provoque, acione, raciocine, se

emocione e tome decisões e providencia relação a cada aluno.

109

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN,Mikail. Questões de Estética e Literatura. São Paulo: Martins Fontes,1997.

CEREJA, Roberto William; MAGALHÃES, Thereza Cochar.

PORTUGUÊS/Linguagens – São Paulo: Editora Atual, 2009.

GERALDI, João Wanderlei. O texto na sala de aula. Assoeste: 1985.

PARANÁ:Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares, 2008.

RAMOS. Jania M. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo Martins Fontes.

1997.

SANTOS. M.F.O. Gêneros Textuais: Na Educação de Jovens e Adultos em Maceió,

Maceió –AL, FAPEAL, 2004.

TODOROV, T. Os gêneros do discurso. São Paulo, Martins Fontes, 1980.

110

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade

moderna. É uma área do conhecimento essencial para o desenvolvimento atual da

ciência e da tecnologia, considerada como um saber vivo, dinâmico, construído

historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas. Apropriar-se dos

conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro

cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e

políticas. A matemática desenvolve a capacidade de discernimento do indivíduo e

construção de valores e atitudes que visam a formação integral do ser humano.

Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir,

calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas

e organizar, analisar e interpretar criticamente as informações.

Compreender e usar ideias básicas de Matemática no seu dia-a-dia é um

direito de todos os alunos, e não apenas daqueles que tem mais afinidade com o

raciocínio lógico. A Matemática está presente em praticamente tudo, com maior ou

menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo à sua volta e poder

atuar nele. E a todos, indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de

compreensão e atuação como cidadão.

O Ensino da Matemática deve ter como desafio a busca de um currículo que

possibilite ao estudante condições tanto de inserir no mundo do trabalho quanto uma

formação humanística consistente, desempenhando seu papel de formação de

capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do

raciocínio do aluno, para que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, possa

apropriar-se de conhecimentos que possibilitam a capacidade de agir com

autonomia suas relações sociais.

Em conformidade com a Lei 11.645/08, serão contemplados conteúdos

referentes a história e a cultura afro-brasileira, indígena e africana afim de trabalhar

com as diversidades culturais explorando as diferenças étnico-raciais reconhecendo

e valorizando as identidades, reforçando principalmente os elementos que

caracterizam tais culturas garantindo seus direitos de cidadão.

Desse modo, o ensino da Matemática implica na proposição de teorias e

metodologias que possibilitem o aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes

significados e a condição de estabelecerem relações com experiências

111

anteriormente vivenciadas. Implica, portanto, na construção de conhecimentos com

a intenção de solucionar problemas respondendo às exigências do contexto em que

está inserido e não às expectativas do professor. Trata-se de pensar num processo

de ensino, voltado para a construção dos conceitos e significados em Matemática.

A educação matemática entendida desse modo terá como função desenvolver

a consciência crítica do aluno, provocando alterações de concepções e atitudes,

permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.

Objetivos

A finalidade da Educação Matemática deve ser de capacitar o estudante para:

Aplicar conhecimentos matemáticos para compreender, interpretar e resolver

situações-problema do cotidiano ou do modo tecnológico científico;

estabelecer relações, conexões e integração entre os diferentes campos da

matemática, para resolver problemas, interpretando-os de várias maneiras e sob

diferentes pontos de vista;

fazer arredondamentos e estimativas mentais de resultados aproximados;

analisar e interpretar criticamente dados provenientes de problemas

matemáticos, de outras áreas do conhecimento cotidiano;

empregar corretamente os conceitos e procedimentos algébricos, incluindo o

uso do importante conceito de função e de suas várias representações (gráficos,

tabelas, fórmulas.);

utilizar os conceitos e procedimentos de estatística e da probabilidade,

valendo-se para isso da combinatória, em outros recursos;

compreender a construção do conhecimento matemático como um processo

histórico relacionado com as condições sociais, políticas e econômicas de

determinada época;

construir, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano, isto é, do homem

público;

elaborar possíveis estratégias para enfrentar os problemas levantados,

buscando, se necessário novas informações e conhecimentos;

compreender formas pelas quais a Matemática influencia nossa interpretação

do mundo real;

112

reconhecer que uma mesma situação pode ser tratada através de diferentes

instrumentos matemáticos, de acordo com suas características;

quantificar e fazer previsões em situações aplicadas a diferentes áreas do

conhecimento e da vida cotidiana;

compreender e interpretar situações, para se apropriar de linguagens

específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões próprias, tomar decisões;

selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e

avaliá-las criticamente;

desenvolver a comunicação matemática, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo

uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes

representações matemáticas.

CONTEÚDO ENSINO FUNDAMENTAL

6o ANO

Números e Álgebra

Sistema de numeração: Sistema de civilização do passado, nosso sistema de

numeração indo-arábico;

Números naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais.

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulo;

Sistema monetário.

113

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial.

Tratamento da Informação

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7o ANO

Números e Álgebra

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Grandezas e Medidas

Medidas de ângulos;

Medidas de temperatura.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria não-euclidianas.

Tratamento da Informação

Pesquisa estatística;

Média Aritmética;

Moda e mediana;

Juro simples.

8o ANO

Números e Álgebra

Números racionais e irracionais;

Sistema de equações do 1º grau;

114

Potências;

Monômios e polinômios;

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometria não-euclidianas.

Tratamento da Informação

Gráfico e informação;

População e amostra.

9o ANO

Números e Álgebra

Números reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações irracionais;

Equações biquadradas;

Regra de três composta.

Grandezas e Medidas

Relações métricas do triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo;

Funções

Noção intuitiva de função Afim;

Noção intuitiva de função Quadrática.

115

Geometrias

Geometria Plana (polígonos semelhantes, semelhança de triângulos);

Geometria espacial;

Teorema de tales;

Geometria analítica;

Geometria não-euclidiana.

Tratamento da Informação

Noções de análise combinatória;

Noções de probabilidade;

Estatística;

Juros compostos.

CONTEÚDO – ENSINO MÉDIO

1º ANO

Números e Álgebra

Números reais;

Os conjuntos numéricos;

A potenciação e a radiciação no conjunto de números reais;

Introdução à teria do conjuntos;

Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.

Grandezas e Medidas

Medidas de informática;

Medidas de Energia;

Trigonometria.

Funções

Função Afim;

Função quadrática;

Função polinomial;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

116

Geometrias

Geometria plana.

Tratamento da Informação

Estatística;

Matemática financeira.

2ª ANO

Números e Álgebras

Sistemas lineares;

Matrizes e determinantes;

Grandezas e Medidas

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de grandezas vetoriais;

Trigonometria.

Funções

Função trigonométrica;

Função modular.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria.

Tratamento da Informação

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Estudo das probabilidades;

Estatística;

3º ANO

Números e Álgebras

Números complexos;

Polinômios.

117

Grandezas e Medidas

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de Informática;

Medidas de energia.

Funções

Função polinomial;

Função quadrática.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria analítica;

Geometria espacial;

Geometria não-euclidiana.

Tratamento da Informação

Estatística;

Matemática financeira.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Matemática deve ser compreendida como uma parcela do conhecimento

humano essencial para a formação de todos os jovens, que contribui para a

construção de uma visão de mundo, para ler e interpretar a realidade e para

desenvolver capacidades que deles serão exigidas ao longo da vida social e

profissional.

Os procedimentos metodológicos expressam articulações entre os conteúdos

específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de

conteúdos estruturantes diferentes, se forma que suas significações sejam

reforçadas, refinadas e intercomunicadas. Ao organizar os conteúdos por eixos

(números e álgebras, grandezas e medidas, geometria e tratamento de informação)

é importante entender as especificidades de cada eixo.

O professor deverá promover um ensino contextualizado, integrado a outros

conhecimentos para a formação dos conceitos, criando estratégias que possibilitam

ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a

tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.

118

É fundamental compreendermos que os problemas não são um conteúdo e

sim uma forma de trabalhar os conteúdos. O professor deve ser um preparador de

situações problemas que permitem aos alunos construção e compreensão dos

conceitos, dando-lhes significados e a condição de estabelecerem relações com

experiências anteriormente vivenciadas.

A metodologia empregada pelo professor deve levar o aluno à leitura e troca

de ideias sobre as situações estudadas, soluções dos problemas, e discussão dos

resultados, pesquisa, enfoque histórico, para a verificação dos avanços das teorias e

técnicas de cada assunto abordado: explorar vídeos co-relacionados aos conteúdos,

recursos áudio-visuais e computacionais, trabalhamos com situações do “mundo

real” que envolva matemática, sistematizar as conclusões por meio da linguagem

matemática.

O professor em sua prática deverá fazer uso dos recursos metodológicos

variados tais como:

modelagem matemática (a aprendizagem pode ser potencializada quando se

problematizam situações do cotidiano);

resolução de problemas (oportunidade do estudante de aplicar

conhecimentos matemáticos já adquiridos, desenvolvendo seu raciocínio);

etnomatemática (reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem o conhecimento matemático, permitindo o exercício da crítica e a análise

da realidade das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais);

jogos, recursos tecnológicos, história da matemática;

trabalho em dupla ou em grupo;

retomadas dos temas (garantem a memorização e re-elaboração dos

conhecimentos adquiridos, que vão aprofundando a compreensão).

desenvolvimento de atividades que aproximem a teoria e a prática;

atividades com jornais e revistas (tratamento da informação);

correção coletiva das avaliações, discutindo as dúvidas e as diversas formas

de resoluções obtidas pelos alunos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre

como esta se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo – tanto

para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu

119

trabalho como para o aluno verificar seu desempenho. A avaliação vista como um

diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um instrumento fundamental para repensar

e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino para que

realmente o aluno aprenda. Ela deve ser entendida pelo professor como processo

de acompanhamento e compreensão dos avanços dos limites e das dificuldades dos

alunos em atingir os objetivos da atividade de que participam.

As relações de conhecimento produzidos na sala de aula estão intimamente

ligadas às experiências adquiridas pelos alunos no convívio social.

Uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa que o professor

abra espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo

trabalhado e a compreensão por parte do aluno. Portanto, é fundamental o diálogo

entre professores e alunos na tomada de decisões e questões relativas aos critérios

utilizados para avaliar.

É importante que as atividades propostas em sala de aula sejam avaliadas de

modo que, considere todo o processo de construção do aluno, propiciando ao aluno

múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar seus conhecimentos, oralmente

ou por escrito.

A avaliação deve contemplar os diferentes momentos do processo de ensino

e aprendizagem, e servir como instrumento que orienta a prática do professor e

possibilita ao aluno sua forma de estudar. É necessário observar o processo de

construção do conhecimento e para isso a avaliação deverá ser necessariamente

diagnóstica.

Por fim, as aulas de matemática devem conter entre seus vários aspectos,

momentos para expor, explicar, conjecturar e questionar.

As práticas avaliativas devem conter encaminhamentos diversos como a

observação e a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, oferecendo

elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo

(aluno, professor, metodologia e instrumento de avaliação).

Os instrumentos de avaliação devem servir como diagnóstico do processo

ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte

para verificar a necessidade de uma nova metodologia.

Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo

ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções

observadas nele.

120

Portanto, o professor deverá buscar diversos métodos avaliativos:

formas escritas, orais e de demonstração;

uso de materiais manipuláveis (régua, compasso, transferidor, calculadora,

computador);

observação e análise da produção do aluno individualmente ou em grupo;

resolução de situações-problemas;

participação ativa nas atividades propostas em sala de aula e principalmente

o desenvolvimento do mesmo.

Observação e registro;

Ao avaliar o desempenho global do aluno, é preciso considerar os dados

obtidos continuamente pelo professor a partir das observações que levem em conta

os aspectos citados anteriormente e outros que possam traduzir seu aproveitamento.

A observação permite ao professor obter informações sobre as habilidades

cognitivas, as atitudes e os procedimentos dos alunos, em situações naturais e

espontâneas.

O processo de observação deve ser acompanhado de cuidadoso registro,

com objetivos propostos e critérios bem definidos:

Provas, testes, trabalhos, tarefas e outras atividades. Estes devem ser

encarados como oportunidades para perceber os avanços ou dificuldades dos

alunos em relação ao conteúdo em questão;

conversas informais; estabelecer canais de comunicação entre professor e

aluno. Conversando também se avalia o que os alunos estão aprendendo

aproveitando para procurar soluções para as dificuldades.

Auto-avaliação:

É preciso que o aluno exercite a reflexão sobre seu próprio processo de

aprendizagem e socialização. A determinação desses critérios deve ser flexível e

levar em conta a progressão de desempenho de cada aluno e as características de

cada classe.

121

REFERÊNCIAS

DANTE, L. R. Matemática, volume único. São Paulo: Ática 2005.

_______________ Tudo é Matemática. São Paulo: Ática 2009.

GIOVANNI, Castrucci, Giovanni Jr. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD

2005.

GIOVANNI & BONJORNO, Matemática completa.São Paulo: FTD 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.

2008.

122

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - QUÍMICA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A proposta do ensino de química é construir e reconstruir os significados dos

conceitos científicos, pois não é uma ciência pronta e acabada, mas dinâmica e em

constante transformação inserida dentro do contexto histórico, político, econômico,

social e cultural vivenciado no momento em questão.

Os conhecimentos científicos devem contribuir para a formação de sujeitos

que compreendam e questionem a ciência do seu tempo, desenvolvendo o

raciocínio, a capacidade de aprender através do domínio da norma culta da Língua

Portuguesa com o uso das linguagens Matemática, Química, Artística e Científica.

A importância da experimentação é fundamental, pois integra o trabalho

prático com a argumentação teórica da sala de aula, fazendo com que o caráter

investigativo da experimentação, auxilie o aluno a refletir criticamente e na

explicitação, problematização e discussão dos conceitos químicos.

Da mesma forma, relacionar os conteúdos com o dia a dia do estudante é

imprescindível para um bom aprendizado, criando condições favoráveis e agradáveis

para o ensino e aprendizagem, aproveitando a vivência do aluno, a tradição cultural

e a mídia, contextualizando os conhecimentos científicos na sala de aula.

Como a química deve estar inserida dentro do contexto-histórico-político-

social, a interdisciplinariedade é muito importante. Portanto objetiva-se mediar um

ensino de química investigativo, crítico, focado nas questões do dia a dia e

argumentativo para formar um cidadão consciente para a vida, sabendo que a

química é essencial para a mesma.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Matéria e sua natureza;

Biogeoquímica;

Química Sintética.

CONTEUDOS BÁSICOS

1º ANO

Conteúdos estruturantes

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

123

Química Sintética

Matéria

soluções

ligação química, funções químicas

gases

2º ANO

Conteúdos estruturantes:

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

Solução

reações químicas

velocidade das reações

equilíbrio químico

3º ANO

Conteúdos estruturantes:

Matéria e sua Natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

Radioatividade

Funções químicas

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química

presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma

descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.

Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do

conteúdo estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera,

hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do

conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais

124

e transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos

químicos serão explorados na perspectiva do Conteúdo Estruturante Matéria e sua

natureza por meio de modelos ou representações. E é imprescindível fazer a relação

do modelo que representa a estrutura microscópica da matéria com o seu

comportamento macroscópico.

Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a

significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,

ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,

para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.

Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem ser

amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas

químicas e modelos.

O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado

descritivamente ou classificatoriamente. Este conteúdo básico deve ser explorado de

maneira relacional, por que o comportamento das espécies químicas é sempre

relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida.

AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Nestas Diretrizes, a avaliação deve ser concebida de forma processual e

formativa, sob os condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo

ocorre em interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não

apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu

desenvolvimento.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a avaliação

formativa e processual, como resposta às históricas relações pedagógicas de poder,

passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação em conta o

conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução

de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem

finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do

professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo

da escola.

No modelo tradicional e positivista de ensino, a avaliação é tão somente

classificatória, caracterizada pela presença de alunos passivos, submetidos às

125

provas escritas, explicitando uma relação de poder e controle do professor que

verifica o grau de memorização de suas explanações pelo aluno. Por sua vez, aos

alunos, restaria acertar exatamente a resposta esperada, única e absoluta.

É necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para

os alunos, como direito que tem de acompanhar todo o processo.

A avaliação leva em conta todo o conhecimento prévio do aluno, orientando e

facilitando a aprendizagem, de forma a subsidiar e redimensionar o curso da ação do

professor.

Assim, a avaliação do aproveitamento escolar dos alunos, é dada de forma

processual, diária e contínua, tendo caráter investigativo, de forma qualitativa e, não

apenas, quantitativamente.

É um instrumento para caracterizar se houve aprendizagem e se a

metodologia está sendo adequada para respectiva turma.

Para isso é usados os seguintes instrumentos:

Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na

área da Química;

Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

Problematize a construção dos conceitos químicos;

Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico.

Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos

sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo

básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade,

concentração, forças intermoleculares, etc;

Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações

químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da

velocidade, inibidores;

Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos

específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico,

deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos

126

catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso;

Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o

núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste

conteúdo básico;

Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível

microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo

básico;

Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que

ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse

conteúdo básico;

Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades

dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases;

Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a

outra espécie com a qual estabelece interação.

Para isso são usados os seguintes instrumentos:

Assiduidade e participação ativa;

Escrita (individual e coletiva);

Leitura e interpretação;

Apresentação e entrega de trabalhos/pesquisa;

Trabalhos práticos (individuais e coletivos) com revistas, jogos didáticos e

exercícios propostos;

Relatórios de aulas experimentais;

provas objetivas;

Outras atividades propostas.

A recuperação será concomitante às atividades e avaliações realizadas.

127

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENABOU, J.; RAMANOSKI, M. Química: volume único. São Paulo: Atual, 2003.

CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano - Química

geral e inorgânica: volume 1. São Paulo: Moderna, 1998.

CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano – Físico -

Química: volume 2. São Paulo: Moderna, 1998.

CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano - Química

Orgânica: volume 3. São Paulo: Moderna, 1998.

CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química: volume único. 2 ed. São Paulo: Moderna,

2003.

CUNHA, M. B. Jogos Didáticos de Química. Santa Maria: 2000.

MATEUS, A . L. Química na Cabeça. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.

SARDELA, A. Química – série Novo Ensino Médio: volume único. 5 ed. São

Paulo: Ática, 2003.

USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química Essencial: volume único. 1 ed. São Paulo:

Saraiva, 2001.

Vários Autores. Química – Ensino Médio: volume único. 1 ed. Curitiba: SEED –PR,

2006.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:

professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.

DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Seed. Curitiba.2009.

128

PROPOSTA CURRICULAR – SOCIOLOGIA

FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA

A sociologia possibilita a formação do educando numa perspectiva de

compreensão da sociedade e das relações sociais, tornando-o construtor de

conhecimentos e transformador da sociedade, reafirmando assim, sua cidadania.

A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos e das sociedades.

É um empreendimento fascinante e irresistível, já que o objeto de estudo é nosso

próprio comportamento como seres sociais, além do estudo crítico reflexivo das

transformações políticas, econômicas, tecnológicas e sociais. A sociologia mostra a

necessidade de assumir uma visão mais ampla sobre o por que somos, como somos

e por que agimos com agimos. Ela nos ensina que aquilo que encaramos como

natural, inevitável, bom ou verdadeiro, pode não ser bem assim e que os “dados” de

nossa vida são fortemente influenciados por forças históricas e sociais. Pensar

sociologicamente é ser capaz de se libertar da imediatividade das circunstâncias

pessoais e apresentar as coisas num contexto mais amplo.

A sociologia como construção histórica e social, desempenha o papel desde

sua constituição como conhecimento sistematizado, de contribuir para ampliar o

conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente

para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber

especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da

vida social.

A Sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade pela

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos,

das relações que estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como

a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e se

sustenta em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com

seu potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizado para a

conservação ou transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação

humana. Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade –

das diferentes tradições – e, ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese

teórica , assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de

métodos e rigor.

O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,

129

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É

tarefa primordial de o conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas

sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e

preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia

intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.

O ponto de partida da Sociologia foi à reflexão sobre as mudanças nas

condições sociais, econômicas e políticas advindas desde os séculos XVIII e XIX.

Três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile Durkheim, Karl

Marx e Max Weber alicerçaram, e ainda alicerçam as concepções sociológicas

contemporâneas. Cada uma a seu modo, elege conteúdos, temáticas,

problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto histórico em que foi

construída, e buscam interpretar e dar respostas aos problemas da realidade social.

A Sociologia busca reconstruir dialeticamente com o aluno do Ensino Médio

os conhecimentos de que ele já dispõe, de maneira que alcance um nível de

compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se

situa e mais que isso, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais

cristalizadas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes propostos são representativos dos grandes

campos do saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser

compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção histórica. Os

conhecimentos estruturantes da Sociologia são conhecimentos de grande amplitude

conceitos e práticas que identificam e organizam campos de estudos considerados

centrais e básicos para compreender os processos de construção social.

Os conhecimentos sociológicos não podem ser estanques nem estudados em

si mesmo, mas devem estar em contínuo diálogo com as transformações

socioeconômicas, culturais e políticas do mundo contemporâneo.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são:

130

1º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS

INSTITUIÇÕES SOCIAIS.

Conteúdos Básicos:

● O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas;

● O processo de socialização;

● Instituições Sociais: Familiares; Escolares; Religiosa;

● Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: CULTURAS E INDÚSTRIA CULTURAL

Conteúdos Básicos:

● Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades.

● Diversidade cultural;

● Identidade

● Indústria Cultural;

● Meios de comunicação de massa;

● Sociedade de consumo;

● Indústria Cultural no Brasil;

● Questões de Gênero;

● Culturas Afro-brasileiras e Africana;

●Culturas Indígenas.

2° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS.

Conteúdos Básicos:

● O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

● Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

● Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

● Globalização e o Neoliberalismo;

● Relações de trabalho;

● Trabalho no Brasil.

131

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: PODER, POLITICA E IDEOLOGIA

Conteúdos Básicos:

● Formação e desenvolvimentos do Estado Moderno;

● Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo;

● O Estado no Brasil;

● Conceitos de poder;

● Conceitos de ideologia;

● Conceitos de dominação e legitimidade;

● Expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

3°ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS

SOCIAIS

Conteúdos Básicos:

● Direitos: civis, políticos e sociais;

● Direitos humanos;

● Conceito de cidadania;

● Movimentos sociais;

● Movimentos sociais no Brasil;

● A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

● A questão das ONG’s.

METODOLOGIA

No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a

explicação, a leitura e esclarecimentos dos significados e conceitos, da lógica dos

textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, discussão, pesquisa de campo e

bibliográfica ou outros.

O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária e

em sua diversidade cultural, isto é, além de importantes aspectos como a linguagem,

interesses pessoais e profissionais e necessidade materiais, deve-se ter em vista as

peculiaridades da região em que a escola esta inserida e a origem social do aluno,

para que os conteúdos trabalhados e a metodologias escolhidas respondam as

132

demandas desse grupo social. Apreender a pensar a sociedade em que vivemos e

consequentemente, agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo em

uma atitude ativa e participativa.

O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como

sujeito de seu aprendizado, e que este seja constantemente provocado a relacionar

a teoria como o vivido, a rever conhecimento e a reconstruir coletivamente novos

saberes, questionando a existência de verdades absolutas, sejam elas de

compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência, percebendo que a

realidade social é histórica e socialmente construída, desnaturalizando ações que se

estabelecem na sociedade, tornando-se um sujeito capaz de compreender a sua

realidade imediata, mas que também perceba o que se estabelece além dela.

Através do processo de descoberta, investigação, reflexão, meditação,

contemplação, vamos identificando a razão de nós sermos o que somos e de por

que as coisas que nos rodeiam são do modo que são. Portanto a verdadeira

responsabilidade, passa pelo caminho da consciência e da liberdade, sendo

portanto, a consciência que conduz a liberdade, e a consciência e a liberdade que

conduzem à responsabilidade.

Os conteúdos da disciplina de Sociologia serão trabalhados de forma

contextualizada e interdisciplinar, tendo em vista a complexidade dos fenômenos

sociais existentes na atualidade, os assuntos serão abordados através de diferentes

recursos como: Recursos áudio visuais, leitura de livros, textos, artigos, jornais e

revistas, pesquisas de campo, onde a proposta deve ser o levantamento de dados

articulados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e

crítica de elementos da realidade social do aluno colocando-o como sujeito de seu

aprendizado, propiciando uma articulação constante entre as teorias sociológicas e

as análises, problematização e contextualizações propostas permitindo que o

conhecimento sociológico seja construído justamente com outras disciplinas que

compõem a grade curricular do ensino médio.

AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÂO DE ESTUDOS

A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades

relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma transparente e

coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por

todos os envolvidos no processo pedagógico.

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A avaliação será um processo constante na prática da disciplina em que são

considerados vários aspectos da aprendizagem, mas ressaltamos que serão

ministradas:

● Avaliações quantitativas, qualitativas individuais – que tragam o diagnóstico

do conhecimento do aluno;

● Trabalhos de pesquisa e exploração de conteúdo em grupo;

● Participação nas atividades em sala de aula;

● Seminários e debates.

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza

e a coerência na explicação das idéias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos

a serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os

problemas sociais, iniciativa e autonomia para tomar atitudes a serem defendidas de

forma criativa, para rever praticas de acomodação e sair do senso comum, poderão

ser adotadas como ações avaliativas.

A recuperação de estudos será realizada de forma concomitante às atividades

e as avaliações solicitadas.

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BIBLIOGRAFIA

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Biblioteca Pioneira de Ciência Sociais, 2000.

Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia.