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A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 1

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Vida fora da Terra-Volume-I

Existe ET? Cadê?... ÍNDICE:

Capa 001 a 001

Apresentação 002 a 002

Prefácio 004 a 013

CONTATO – Onde termina a Verdade e começa a Ficção 014 a 034

Capítulo-I; Universos em expansão 035 a 041

Capítulo-II; A Vida fora da Terra – Uma visão científica 042 a 045

Capítulo-III; Os “Deuses Antigos” 046 a 050

Capítulo-IV; Mistérios do Tempo e do Espaço 051 a 054

Capítulo-V; O Multiverso 055 a 057

Capítulo-VI; Pesando o Universo 058 a 059

Capítulo-VII; A Vida das Estrelas 060 a 062

Capítulo-VIII; A Química da Vida 063 a 067

Capítulo-IX; Vida Primitiva 068 a 071

Capítulo-X; A Equação de Drake 072 a 075

Capítulo-XI; O que é um “Contato” 076 a 079

Capítulo-XIa; Visões no Céu 080 a 082

Capítulo-XIb; O caso Roswell 083 a 085

Capítulo-XII; O Silêncio – Nossa melhor defesa 086 a 090

Capítulo-XIII; Nosso tempo está se esgotando... 091 a 093

Capítulo-XIV; ETs, amigos ou inimigos... 094 a 096

Capítulo-XV; Linhas Ley- Portais para o Infinito 097 a 100

Capítulo-XVa; Wormholes – Túneis no Tempo e no Espaço 101 a 103

Capítulo-XVb; O projeto Rainbow e a TCU 104 a 106

Capítulo-XVI; Contatos de 1º a 4º graus 107 a 109

Capítulo-XVII; UFOs Nazistas 110 a 113

Capítulo-XVIII; A Guerra Nuclear – O Fim de uma Civilização 114 a 114

Capítulo-XVIIIa; A Guerra NBC (Nuclear, Biológica e Química) 115 a 133

Posfácio; 134 a 135

Contracapa; 136 a 136

Temas a serem tratados no Volume-II; Operação Paper Clip, Controvérsias (Adansky, Daniken

& outros), Civilizações Perdidas (Mito e Realidade), Triângulos Assombrados, As Tradições

Herméticas, As Guerras Nucleares do Passado, Os Vimaanas, Canibalismo (Primitivismo ou

Involução), Deformações Cranianas, O despertar dos Poderes Ocultos, A Mecânica Quântica,

Saurianos e Anunnakis (Os precursores), Qual o destino da Raça Humana?

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Prefácio: Essa é uma das “famosas” perguntinhas que não se deixam calar e para as quais, há milênios, buscamos respostas... Ela foi feita desta forma, cética e um tanto irônica, por um cientista famoso, Enrico Fermi, italiano, um dos pais da Bomba Atômica e o construtor do 1º Reator Nuclear operacional nos EUA, na Universidade de Chicago (mais exatamente sob as arquibancadas do estádio de competições da Universidade). Ele, como eu, e como a maioria dos cientistas e pesquisadores sérios, era extremamente cético quanto aos populares contatos extraterrestres, considerados, por muitos, o surgimento de uma nova Seita mística, de uma nova Religião, fruto da insegurança quanto ao futuro gerada pela 2ª Guerra Mundial e em especial pelo nascimento da Era Nuclear (quando tudo der errado na Terra, busque a salvação nos Céus!). O objetivo deste livro é buscar consolidar os resultados de uma pesquisa pessoal que já se prolonga por décadas. A verdade é que, até hoje, desde os primeiros relatos da Era Moderna, em 1947, nem uma só prova da existência de UFOs (OVNIs), USOs, “Discos Voadores”, e ETs (ou EBEs) entre nós foi cientificamente comprovada, sequer, demonstrada. Meu foco é demonstrar uma tese, da qual sou um dos defensores, a de que a VIDA, provavelmente, é extremamente disseminada em nosso Universo em suas formas mais simples (Protozoários microscópicos) e que, por outro lado, a geração de Vida Complexa (Metazoária) pode ser muito mais rara do que a princípio acreditávamos, conseqüentemente ainda mais difícil de ser produzida em seus estágios superiores de evolução; a vida Inteligente e a vida Inteligente tecnologicamente desenvolvida. Como se trata de um livro destinado a um público leigo a nível de ciências físicas, procurei abordar de forma simples e didática os conceitos da Física e da Química que são absolutamente indispensáveis para a compreensão da tese aqui exposta, evitando, por todos os meios possíveis, a utilização de equações e jargões comuns à Cosmologia e às duas ciências já citadas que integram, juntamente com a Matemática Informática, minha formação básica. Estamos sós na imensidão do Cosmo que nos cerca? Eu tenho quase convicção de que não, por motivos que irei expor ao longo deste livro, uma pequena contribuição pessoal a um assunto tão intrigante, instigante e polêmico que, não posso negar, atrai, de muito, minha curiosidade. Quero deixar claro que sou e sempre fui, desde a mais tenra idade, um Agnóstico Teísta para quem Deus (O DEUS! O CRIADOR!) é um FATO, por uma simples questão de LÓGICA e não de FÉ. Para mim, este Universo que ora habitamos é apenas um de miríades que compõe um Multiverso, talvez sem início ou fim, criado a partir DELE com objetivos que só ELE sabe. Mas que ELE (O DEUS!), como declarou sabiamente Einstein, “Não joga dados com o mundo”...

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Talvez sejamos, realmente, a “Coroa” de sua criação cujo objetivo seja reencontrá-lo ao final de nossa jornada ou a de nossos descendentes. Pode ser que sejamos, apenas, mais um passo rumo à evolução de um ser sequer ainda nascido entre as estrelas a quem caberá esta missão! Pode ser que, simplesmente, sejamos mais uma experiência ao acaso, caminhando para um beco sem saída no futuro próximo ou distante. Isso pode ser muito frustrante, mas é muito plausível... Não sei e, sinceramente, isso de há muito não me afeta. Procuro viver cada dia na busca do conhecimento, da compreensão que se tornou meu objetivo de vida já há bastante tempo e, com isso, se for digno, se for capaz, de contribuir com mais um humilde tijolinho na pavimentação deste longo e instigante caminho. Minha formação básica, como já citada, foi totalmente direcionada para as ciências exatas (Química Orgânica, Física Quântica e Matemática Informática), mas tenho uma atração pessoal, diletante, pela História com dois interesses principais; a História Militar Contemporânea (Sou Pesquisador e Colaborador Emérito do Exército e Acadêmico, Titular, no Setor de História Militar) e a História muito Antiga (a Arqueologia, a Paleontologia, a Pré e a Proto-História). Sou, como já declarei, um homem de Ciências, não de Fé. Sempre afirmei que é preciso “Pesquisar para Conhecer, Conhecer para Compreender, Compreender para Solucionar”. Invariavelmente dentro de um saudável ceticismo científico, mas mantendo a mente aberta para as novas possibilidades (com cuidado para não abrir demais e o cérebro cair, afinal, deve doer!...) buscando, não a “verdade”, mas a “realidade“ dos fatos entre o que se apresenta plausível, possível ou provável. Para mim, é assim que se Pesquisa que se faz Ciência. Assim... Quando falo de VIDA fora da Terra, não estou admitindo, em princípio, a existências das ditas “Civilizações Tecnológicas Alienígenas” que inundam sob a forma de livros, vídeos e filmes de ficção o nosso dia a dia e o nosso imaginário!... Estou falando de VIDA! Da mais simples à infinitamente complexa. Na década de 1980, mais exatamente em 1987, auge da fobia extraterrestre movida por livros de sucesso como “O Despertar dos Mágicos”, “Eram os Deuses Astronautas”, e toda uma série de obras que os seguiram dentro da mesma temática, época de Filmes como “ET”, “Alien”, de séries como “Star Wars” e “Star Trek”, todos sucessos nas décadas de 1960 a 1990 e, a famosa série “Arquivo X”, que pareciam apontar a existência de um ET em cada esquina, escrevi, a pedido de uma Editora na qual também publicava (Ficção Científica sempre foi, para mim, um passatempo), um pequeno prefácio para um livro, o qual me permito transcrever: O Começo...

Desde os primórdios do alvorecer de sua cultura, o ser humano vem fitando o céu estrelado, a indagar-se sobre o que existirá no seio de sua vastidão... A cada nova etapa de seu lento evoluir, ele o vem povoando de deuses, gigantes e demônios, de seres estranhos, aterrorizantes e todo-poderosos, mas jamais admitiu que a imensidão que se estendia à sua volta fosse vazia e estéril... Com o despertar da ciência, as hipóteses, em sua busca de explicar a origem e o sentido da vida, se multiplicaram, sempre procurando, todas elas, meios de provar que a vida em nosso mundo não era um caso único, que os elementos aqui presentes eram comuns a toda a seara universal e que, conseqüentemente, a centelha de vida e consciência que aqui germinou poderia e deveria ter germinado nos milhares de milhões de mundos à nossa volta; muito mais cedo do que em nosso pequeno refúgio em não poucos...

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A admissão da existência de milhares de “Civilizações Cósmicas” é, pois, um fato largamente divulgado e aceito em nossa atual comunidade científica. Um fato curioso se levarmos em conta os milhares de anos em que um “Teo” e um “Antropocentrismo” ferrenhos marcaram o pensamento de nossa insipiente civilização tecnológica. Assim, assistimos à fascinante experiência de ver a gloriosa “Coroa da Criação” reduzida a um insignificante fruto de acasos fortuitos, habitante da fina casca de um planetinha azul, perdido entre os componentes dispersos de um diminuto sistema da borda externa de uma grande e vulgar galáxia espiral. Uma galáxia formada, como suas centenas de milhões de irmãs, pela grande explosão que, ~13,7 bilhões de anos atrás, deu origem ao Universo conhecido!... Muito bem... Então, se não somos os únicos, onde estão os outros? A ficção, desde tempos imemoriais, tem dado as mais diversas e curiosas respostas a esta pergunta, povoando nosso mundo e a vastidão que o cerca com toda a sorte de seres míticos que, ora bons, ora maus, conforme o estado de espírito de seus criadores, nos vem acompanhando ao longo das eras... Na verdade, os tempos mudam, os homens nem tanto! Em nossa civilização tecnológica, deuses se tornaram astronautas! Elfos, sereias, gnomos, princesas encantadas e bruxos perversos deram seu lugar a alienígenas; alguns bons, outros ruins, mas todos estranha e curiosamente “humanos” em sua essência!... As visões também se alteraram. Antes nos surgiam dos céus, deuses, anjos e santos mensageiros. Hoje são naves e seres extraterrestres que nos chegam do profundo espaço, invariavelmente nos períodos de maior dificuldade e insegurança, trazendo-nos suas mensagens de conforto ou de condenação! E o que diz nossa “Ciência” a respeito de tudo isso? Cética quanto às manifestações populares, ela continua a vasculhar o céu com seus poderosos instrumentos e, tal como o faziam magos e astrólogos na antiguidade, a buscar uma explicação “racional” para os fenômenos que ainda fogem à nossa compreensão. Seus telescópios e radiotelescópios nos levam a estrelas e galáxias, suas naves e robôs aos confins do sistema solar! Sua psicologia nos ensina que “visões” são alucinações, frutos da insegurança do “eu” coletivo. Que não existem discos voadores, deuses astronautas, dinossauros inteligentes, yets ou triângulos assombrados! Que as distâncias entre as possíveis civilizações são imensas e praticamente intransponíveis e que um contato de terceiro grau entre elas é quase certamente impossível; mas... Que elas existem! A despeito de, nunca, nossos cientistas haverem, conclusivamente, apresentado uma só prova, por mais humilde que fosse, de vida fora do diminuto ecossistema terrestre!... Afinal, a vida em outros mundos, a existência de outros planetas fora do sistema solar é, pura e simplesmente, uma questão de “lógica” e não de “fé”. Seria um absurdo completo admitir que, num universo de centenas de bilhões de sóis, o acaso houvesse feito surgir a vida exatamente aqui. Que ao longo de ~14 bilhões de anos, justamente neste ponto esquecido de uma galáxia igual a centenas de milhões de outras, a primeira nebulosa planetária houvesse começado a se condensar há 5 ou 6 bilhões de anos e que as reações físico-químicas que originaram os primeiros aminoácidos houvessem ocorrido, justamente, na atmosfera deste insignificante mundo azul. Que neste planetinha, neste nada, houvesse se produzido o primeiro oceano

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molecular, a primeira célula, o primeiro verme, o primeiro ovo, o primeiro ser a correr, a trepar, a voar, a pensar!... E... (eu pergunto...)

Por que não?... Este texto, procurava ser um contraponto à febre Ufológica que varria então planeta, gerando uma crença irredutível (e conseqüentemente perigosa como toda crença pseudo ou para-científica; temos um exemplo terrível no Nazismo com seu “Nazismo Mágico” e no Comunismo com seu Ateísmo pseudo-científico que tantas vidas nos custaram) que inundava nossos meios de comunicação com a falsa esperança de que “Seres das Estrelas” nos “salvariam” quando nenhuma outra “esperança” nos restasse!... Curiosamente, 13 anos depois, dois cientistas da Universidade de Washington, Peter D. Ward e Donald Brownlee, abordaram o mesmo tema de forma infinitamente mais aprofundada que, a partir de sua TESE, gerou um Best Seller; “Rare Earth” (SÓS no UNIVERSO?), uma brilhante demonstração científica de como a VIDA Inteligente e, mais ainda, a VIDA Tecnologicamente Desenvolvida pode ser extremamente rara em nosso Universo. Talvez, neste momento, estejamos, realmente, SÓS. É isso o que iremos analisar a partir de agora: Lembremo-nos, para começar; vida microbiana, protozoária, é VIDA. Uma barata, uma centopéia, um camundongo, uma simples planária, é vida metazoária MUITO complexa e difícil de ser criada. Mais ainda de ser mantida viva ao longo de eras! Quanto à Vida Inteligente e à Vida Inteligente Tecnologicamente Desenvolvida, por favor, acompanhem meu raciocínio sem preconceitos, sem idéias pré-concebidas: Nosso Universo, nascido há aproximados 13,7 Bilhões de anos (e que pode ser, como já referenciado, filho de um Multiverso sem início ou fim, discutiremos isso em detalhes mais adiante), gestou, há aproximadamente 4,6 Bilhões de anos atrás, um sistema planetário a orbitar uma estrela um pouco maior do que a média, pertencente à 4ª Geração, nosso Sol. Esta estrela, possuidora de uma rara presença abundante de metais pesados em sua composição (Nosso Sol, não é uma estrela padrão como se ensina na escola. Ele é um pouco maior do que a média e, por ser de uma geração mais recente, concentra em sua formação e em torno de si, uma abundância rara de metais pesados sem a qual a vida que conhecemos não pode existir.). Possui, orbitando ao redor de si, 8 planetas, vários planetas anões, miríades de asteróides, cometas e outros corpos celestes menores. Sua influência gravitacional se estende até próximo de 1,5 Anos-Luz, cercado por esferas de matéria componentes do Cinturão de Kuiper (que se estende após Netuno e de onde nos chegam, em sua maioria, os Cometas) e da distante Nuvem de Oort. É uma estrela estável e longeva, já existe há quase 5 Bilhões de anos e deverá existir por igual período, sofrendo as mutações normais da vida de uma estrela. Daqui a estimados 1 Bilhão de anos, ele começará a inchar e a se expandir, sua circunferência ultrapassando as órbitas de Mercúrio e Vênus e terminando por engolir ou calcinar nosso lar, a Terra, terceiro planeta a partir de nosso Astro Rei. Isso não se constitui em nenhuma novidade, em nenhum fato excepcional. Faz parte do ciclo natural, evolutivo, das estrelas e galáxias de nosso Universo. Como tudo, estrelas e galáxias, nascem, crescem, evoluem, matam e morrem em intervalos de maior ou menor duração. Como sabemos disso? Uma estrela pode viver por estimados 40 Bilhões de anos (mais do triplo do tempo de vida de nosso Universo em seu momento atual). Nosso Universo poderá

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permanecer por um período de tempo estimado entre 40 e 70 Bilhões ou até trilhões de anos, dependendo da quantidade de matéria forjada em sua constituição inicial (examinaremos isso nos capítulos seguintes). Nossos ancestrais evoluíram tardiamente neste pequeno planeta azul, há aproximados 6 milhões de anos, dos quais, apenas nos últimos 300 a 100 mil anos atrás, a existência do homo sapiens (nós) é admitida de forma ainda muito controversa e questionável. Então, como chegamos a compreender tudo isso? Por inferência, por observação; em nosso céu, ao alcance de nossos telescópios óticos e radiotelescópios, podemos constatar a existência de estrelas e galáxias nos diversos estágios de vida e formação que a ciência, em especial a Cosmologia, com apoio da Física e da Química, em especial Quântica e Nuclear, conseguiram teorizar e confirmar. Mais, aprendemos, com a evolução da Física Nuclear e da Física Quântica, que as primeiras estrelas era muito maiores do que as atualmente existentes (até 200 vezes a massa Solar) e que estas surgiram antes das galáxias que povoam o céu. Estas gigantes tiveram uma vida efêmera, contada em milhões e não em bilhões de anos como nosso Sol, e sua morte permitiu a geração dos elementos químicos necessários à criação da VIDA no Universo. Aprendemos que o Universo inicial era fundamentalmente Hidrogênio e que este fundiu-se em Hélio no interior das primeiras estrelas. Aprendemos que as estrelas são imensos reatores de Fusão Nuclear que sintetizam em seu núcleo os elementos da Tabela Periódica (lembram das aulas de química?) até o FERRO (elemento 26 dos 92 considerados “naturais”, sendo o último o radioativo Urânio. Isto nos dias de hoje já vem sendo objeto de revisão, Plutônio foi encontrado em estado natural.) e que as estrelas terminam sua vida em titânicas explosões conhecidas como NOVAS e SUPERNOVAS nas quais a totalidade dos elementos químicos da Tabela Periódica, essenciais à VIDA, é gerada. Isto vem ocorrendo desde que o Universo conhecido foi formado, cada vez mais acumulando em seus imensos espaços vazios, nuvens proto-planetárias cada vez mais abundantes em elementos pesados. Este foi um processo que durou de 8 a 9 Bilhões de anos para que a concentração de materiais pesados atingisse uma proporção que permitisse o nascimento de planetas rochosos, telúricos, como a Terra, Mercúrio, Vênus e Marte em nosso próprio Sistema Solar. Por isso, não há sentido em procurar VIDA (protozoária e/ou complexa, metazoária) no Universo antes de 5 a 6 Bilhões de anos atrás, simplesmente não havia abundância de elementos pesados no Universo para desenvolvê-la, conseqüentemente, isso torna praticamente impossível toda esta estória sobre civilizações extraterrestres milenares!... Quanto ao desenvolvimento da própria vida, só podemos especular com base no que descobrimos nos registros fósseis de nossa própria morada cósmica (atualmente o único local onde a VIDA, como a conhecemos, foi detectada) e, apesar de ser muito difícil fazer-se ciência com N igual a 1, pudemos deduzir alguns detalhes importantes:

1- Nosso Sistema Solar parece pertencer à segunda (talvez à 1ª) geração de estrelas nas quais a evolução da vida tornou-se viável. Apenas reforçando, a VIDA dificilmente pode se formar sobre planetas terrestres com mais de 6 Bilhões de anos, pelo simples fato que não existiam minerais pesados em abundância disponíveis para construí-los.

2- A vida protozoária (para simplificar, bactérias, falaremos nos capítulos seguintes sobre

isso), parece ter surgido sobre a superfície da Terra tão logo esta se condensou e esfriou (há aproximadamente 4 Bilhões de anos). Temos seus registros fósseis em rochas de aproximadamente 3,8 Bilhões de anos, as mais antigas que sobreviveram aos processos tectônicos de formação a crosta terrestre.

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3- A vida Metazoária Complexa (amebas, planárias, ...) evoluindo até o homem, só começa a surgir no registro fóssil de 700 a 650 milhões de anos atrás, ou seja, durante estimados 3,3 Bilhões de anos, nada além de seres microscópicos evoluiu em nosso planeta.Isto parece confirmar que o “surgir” da VIDA é um processo fácil, quase automático, porém, sua evolução em organismos mais complexos parece ser um processo bem mais complicado.

4- A partir de 580 milhões de anos atrás, a vida metazoária complexa explode em nosso planeta, no início do chamado período Cambriano, seus abundantes vestígios, referentes à fauna e flora Ediacara e aos extratos de Burgess Shale confirmando sua abundância, na qual se destacam os trilobitas e seus predadores como o Anomalocaris.

5- Estima-se que todos os FILOS metazoários surgiram nesse momento de pujança evolucionária de causas absolutamente desconhecidas, muitos dos quais se extinguiram posteriormente. Igualmente, estima-se em 130 milhões o número de espécies que já tenham evoluído ao longo da VIDA do planeta Terra, das quais cerca de 30 milhões (em sua maioria protozoários) devam existir nos dias de hoje e, destas, identificamos, até o presente, 8,7 milhões (menos de um terço das possivelmente existentes).

6- Das 8,7 milhões de espécies catalogadas, apenas 5 (cinco!) são consideradas comprovadamente (cientificamente) INTELIGENTES. Destas, apenas 1 (UMA!) desenvolveu, comprovadamente, TECNOLOGIA. Isso representa, respectivamente, 0,00000057471 (5/8.700.000), ou seja, 0,000057471% do total de espécies viventes catalogadas e 0,00000011494 (1/8.700.000), ou, 0,000011494% das espécies viventes, ou seja, ESTATISTICAMENTE ZERO! Se esta proporção for um padrão no desenvolvimento de espécies inteligentes em um planeta no Universo, muito provavelmente ESTAMOS SÓS!...

7- Continuando nossa análise, apreciemos a Equação de Green Bank, mais conhecida como Equação de Drake (Criada pelos cientistas Frank Drake e Carl Sagan para a avaliação da possibilidade teórica da existência de “Civilizações Cósmicas” - a Equação será apresentada no decorrer do presente texto). Inicialmente, Carl Sagan estimou, com base na equação, a existência de aproximadamente 10 milhões de civilizações tecnológicas em nossa galáxia. Na época, acreditava-se que a evolução caminhava obrigatoriamente rumo à inteligência e à tecnologia. Hoje isso já não é uma certeza (de qualquer forma, 10.000.000/200.000.000.000 = 0,00005 => 0,005% o número de estrelas na Galáxia com civilizações tecnológicas, mesmo com esta hipótese ultra-otimista!)...

8- Em 2012, refiz os cálculos da Equação de Drake à luz das mais recentes informações e cheguei à possibilidade OTIMISTA de 5.761.317 planetas com possibilidade de existência de VIDA em nossa galáxia (da mais simples à mais complexa), com a possibilidade PESSIMISTA diminuindo para 960.330 planetas “VIVOS” na galáxia. Pode parecer muito, mas não nos esqueçamos que, para atingir estes números partimos da premissa de que a Via Láctea tenha 200 Bilhões de estrelas (Os números variam de publicação a publicação entre 100 Bilhões e 400 Bilhões de estrelas em nossa galáxia). Diante disso teremos, na hipótese OTIMISTA, 0,00002880658 (5.761.317/200.000.000.000) ou 0,0028807%, de sistemas estelares com planetas habitáveis na Via Láctea, caindo para 0,00000480165 ou, seja 0,000480165% na hipótese PESSIMISTA dos cálculos considerados que serão demonstrados, em detalhes, nos capítulos seguintes.

9- A partir do ano 2000, com a Hipótese da Terra Rara publicada pelos dois citados cientistas da Universidade de Washington, quando a Equação de Drake foi revisada, estes números caem, respectivamente, para 28,464 planetas habitáveis na a hipótese

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Otimista e para, somente, 593 planetas habitáveis em nossa galáxia na hipótese Pessimista. É, realmente, muito provável que, neste momento, estejamos SÓS...

10- Para completar a presente argumentação, precisamos levar em conta que nossa galáxia tem um diâmetro de 130 mil Anos-Luz (A Luz percorre, aproximadamente, 300 mil Km/s. Um Ano-Luz é a distância percorrida pela Luz durante um ano) e que a estrela mais próxima de nós, Próxima Centauri (da constelação de Centauro) está a 4,2 Anos-Luz da Terra (E não se detectou nenhum planeta habitável orbitando esta estrela). A maior distância que percorremos na galáxia, em naves tripuladas, foi até a nossa Lua, a 1,267 Segundos Luz da Terra. Nossas sondas automáticas Voyager, no espaço desde a década de 1970 estão se aproximando, agora, dos limites do Sistema Solar que, como já citado, situam-se a 1,5 Anos-Luz. Segundo a Teoria da Relatividade, nada material pode ultrapassar a barreira da Velocidade da Luz, o que tornar as distâncias interestelares e intergaláticas praticamente intransponíveis. Mesmo que uma civilização adiantada, tecnologicamente desenvolvida, existisse num raio de 50 Anos-Luz, a chance de um CONTATO de 3º grau (Físico) seria praticamente impossível (falaremos, oportunamente sobre os diversos “tipos” de contatos considerados “plausíveis” com EBEs – Entidades Biológicas Extraterrestres).

11- Mesmo um contato via rádio é cada vez considerado mais inviável. Estudos do próprio SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), por volta do ano de 2005, constataram que os mais fortes sinais de TV e Rádio por nós lançados ao espaço se diluem em ruído a uma distância inferior a 2 Anos-Luz, ou seja, apesar de estarmos transmitindo há mais de 70 anos, nossos sinais de Rádio e TV são incapazes de atingir, de forma decifrável, sequer a estrela mais próxima. Para o Universo, continuamos em absoluto SILÊNCIO (O que talvez seja, no final das contas, muito importante para nossa própria sobrevivência. Abordaremos o assunto em um capítulo específico.).

12- Finalmente, temos que admitir, diante dos números apresentados e que serão discutidos em maiores detalhes nos capítulos subseqüentes, que a simples possibilidade de duas Civilizações Tecnológicas, capazes de fender o espaço por meios que ainda desconhecemos, evoluírem a uma distância que viabilize este CONTATO, num período de tempo que as torne compatíveis a um CONTATO (No máximo 1000 anos de diferença tecnológica entre as ditas Civilizações) é tão próxima a ZERO que torna um CONTATO entre estas hipotéticas civilizações praticamente impossível. Mesmo que elas existam. O que ainda não foi de forma alguma, cientificamente comprovado (Lembrar que Carl Sagan, Biólogo e Astrofísico, um dos maiores defensores da existência de Civilizações Extraterrestres, não acreditava em Discos Voadores, UFOs ou OVNIs. É sua a frase lapidar; “Alegações Extraordinárias exigem Evidências Extraordinárias”.).

13- Diante do que foi aqui apresentado, tudo parece indicar que, neste momento, estejamos sozinhos em nossa galáxia como Civilização Tecnologicamente Desenvolvida e nosso recente passado parece indicar que dificilmente permaneceremos assim por muito tempo. Há cerca de 70 anos adquirimos capacidade nuclear e, apesar de todos os esforços, ainda não nos mostramos capazes de sobreviver a ela. Talvez este seja o destino de todas ou quase todas as Civilizações Tecnológicas; alcançar o limiar do espaço e se auto-destruir antes de conquistá-lo...

14- Fato é que, se desejarmos nos perpetuar, precisamos conquistar o Sistema Solar e dele migrar para outros sistemas planetários. Dentro de aproximados 1 Bilhão de anos, nosso Sol se tornará uma Gigante Vermelha, tragando um a um os planetas internos de seu sistema. Num quadro de 5 Bilhões de anos, ele explodirá como uma NOVA, devastando todos os seus planetas e transformando-se numa estrela Anã Branca rodeada por uma

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Nebulosa Planetária, restos de sua colossal explosão que reciclarão sua matéria no espaço sideral, para, EONS além, transformar-se numa Anã Negra frígida e morta. Cumprindo, curiosamente, os mitos do Armagedon Bíblico e do Ragnarok da mitologia nórdica. Porém, bem antes disso, daqui a aproximados 250 milhões de anos, a tectônica de placas irá, mais uma vez, unir os continentes da Terra em uma única massa (Pangéia Última), tornando a vida para seres como nós praticamente impossível. Isto já aconteceu há 250 milhões de anos atrás no período Permiano que precedeu o surgimento dos Dinossauros, e representou uma extinção de 96% da vida então existente. Não há outra alternativa, ou nos mudamos ou pereceremos, é apenas uma questão de tempo...

Muito bem, e como ficam os ETs, os Discos Voadores, UFOs e OVNIs supostamente tão avistados e relatados? Vamos tentar explicar este curioso fenômeno por partes: Em primeiro lugar, o que é um UFO (Unidentified Flying Object), em português, OVNI (Objeto Voador Não-identificado)? É exatamente o que seu nome diz de forma literal, um objeto voador que foi observado e não pode ser identificado pelas mais diversas causas, PONTO. Citemos entre elas, o desconhecimento por parte do “observador” dos fenômenos celestes observáveis. O que é um “Disco Voador”? É, supostamente, um UFO de formato, na maioria dos casos relatados, circular que voa sob condições insólitas de velocidade e capacidade de manobra. O que é um ET ou uma EBE? É um relatado ser Extraterrestre também conhecido como Entidade Biológica Extraterrestre. Segundo os relatos, estas “entidades” chegam em “Discos Voadores” e fazem contato com habitantes do planeta Terra, sendo alguns amistosos e outros nem tanto... O que existe de comprovado sobre estas aparições ou CONTATOS de 1º a 4º Graus (vamos detalhar isso nos capítulos seguintes)? NADA. Não existe a menor prova científica destes CONTATOS. Assim, a Ciência Oficial os ignora, tratando-os como casos de sugestão, alucinações (individuais ou coletivas), interpretações equivocadas, fraudes (muitas e muito comuns), etc. Qual a origem destas manifestações que, para muitos estudiosos estão mais para um novo Mito, uma nova Seita, uma nova Religião? Em tempos modernos, tudo parece ter começado na década de 1930 com os relatos Nazistas de um “Disco Voador” que teria, antes da 2ª Guerra, pousado (ou caído) na Floresta Negra, conduzido por ocupantes Arianos, ”louros de olhos azuis” vindos do sistema estelar de Aldebaran. É... Os “Nazistinhas” navegavam, mesmo, na “batatinha”... Bem... Os Nazistas, em especial os pertencentes à sua Cúpula, eram notórios místicos ocultistas que acreditavam, piamente, em toda a sorte de sandices. Goebbels, o pai da moderna “Comunicação de Massas” era famoso por criar cenários e manifestações que forjassem o povo Alemão em torno de Hitler, apresentado como o “Salvador da Pátria”, como o “Messias” de uma nova “Religião Germânica”, luciferina (De Luz, de Gnose e não com o sentido cristão de demoníaca) que seria implantada entre os povos de origem alemã. O ressurgimento do passado pagão germânico transfigurado numa moderna “ciência pan germânica”, regida pela “Lei do mais Forte” em contraponto à “Lei do Amor” ao Próximo de nossa civilização Judaico-Cristã . Para isso, o que seria melhor do que a Alemanha receber “enviados Arianos” para ajudá-la em sua missão “sagrada” de dominação mundial?

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Só existe um problema; Aldebaran ou Alpha Taurus é uma estrela gigante com aproximadamente 50 vezes o tamanho de nosso Sol, distante aproximados 75 Anos-Luz de nós. Trata-se de uma gigante vermelha em estágios finais de vida (há milhões de anos). A vida, de qualquer espécie, em sua órbita é impossível há ERAS. Claro, isso é um conhecimento que só começou a sedimentar-se nos anos 1950. Ninguém sabia destes detalhes na década de 1930. Outro ponto, após a Guerra, foram descobertos desenhos de naves alemãs em formato de “Disco” e “Charuto”, os famosos Haunebu ou Reichsflugscheiben, as “maquinas maravilhosas” que junto com as V1 e V2, junto com os caças a reação, venceriam uma guerra então praticamente perdida. Todo esse material foi recolhido pelos americanos (CIA) e ingleses (MI6) durante a operação “Paper Clip” que teve seu paralelo nas ações de captura dos cientistas alemães pela NKDV soviética (trataremos disso mais tarde). Então, ou temos Naves construídas pelos Alemães baseadas em “projetos” cedidos por (ou capturados de...) ETs Louros de Olhos Azuis vindos de Aldebaran, ou “projetos reais”, baseados nas pesquisas esotéricas levadas a efeito por cientistas e ocultistas alemães junto às tradições indoarianas (Vedas, etc...) com seus Vimanas, ou, simples e mais provavelmente, um belo engodo de Goebbels para enaltecer a “RAÇA” alemã ariana e demonstrar a justiça de sua causa genocida... Escolham!... O mito ressurge mais uma vez em 1947 nos EUA, primeiro com o “avistamento múltiplo” de Kenneth Arnold sobre as montanhas rochosas, depois com o emblemático caso Roswell, também em 1947. Como sempre, nenhuma evidência física e muita “Teoria da Conspiração”. Na onda da paranóia ufológica, surgiram aproveitadores como George Adanski e Erich Von Daniken que enriqueceram com Best Sellers sobre o “passado mítico” da história humana, povoando-a com toda sorte de “Deuses Astronautas Voadores”, baseando-se em “evidências” distorcidas e mal interpretadas. Apesar da argumentação risível, estes autores de ficção conseguiram coligir milhões de adeptos por todo o mundo. Hoje, o passado mítico e lendário dos “Deuses Astronautas” é quase uma inatacável e inabalável Religião. Isto criou um problema, um TABU que vem afastando pesquisadores sérios de alguns achados intrigantes sobre nosso longevo passado. Algo lamentável sob todos os aspectos. Infelizmente, toda vez que nomes como Atlântida, Lemúria, Mú, Z, Agartha, Shambala, Triângulo das Bermudas ou Mar do Diabo são citados, os cientistas estremecem e saem correndo como o Diabo da Cruz, temerosos, não sem razão, por suas carreiras acadêmicas! Porém, em meio a toda esta fantasia (ótima para vender livros de ficção) permanecem alguns pontos de delicada análise:

a) Nossa Civilização tem estimados 6 mil anos, recuando até a Suméria e o antigo Egito. b) Vestígios mais antigos recuam a 7 ou 8 mil anos antes de Cristo (AC ou AEC, para os

“puristas” Antes da Era Comum), admitidos por alguns grupos pesquisadores para Tiahuanaco, Gobekli Teple, etc).

c) Arqueólogos e pesquisadores menos ortodoxos citam vestígios civilizatórios com mais de 15 mil anos AC.

d) O atual Homo Sapiens (Nós), existe, comprovadamente, em sua forma e capacidade craniana e intelectual atual há cerca de 100 mil anos. Alguns pesquisadores admitem 300 mil anos.

A perguntinha difícil é: O que nossos ancestrais fizeram durante este longo período de 285 a 85 mil anos ante do suposto início de nossa atual civilização? Ficaram, alegremente, copulando e produzindo “homo sapiens” do alto de suas árvores?

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Convenhamos, é muito tempo. E, curiosamente, existem indícios ainda mais antigos de que uma parte de nossa história antiga, ou, se preferirem, de nossa Proto História pode ter sido perdida para sempre. Estes indícios respigam dos Vedas Hindus, da Epopéia de Gilgamesh, da Bíblia Hebraica, para não falar o Kanchur Tibetano, das “tabuletas naacal” e das “estâncias de dzyan”, menos respeitáveis do ponto de vista científico ortodoxo. Do que nos falam estes textos milenares? De guerras, de armas terríveis utilizadas em guerras antigas cuja descrição e efeito lembram, em muito, artefatos atômicos entre outros (Em especial nas tradições indianas). Bobagens? Excessos de imaginação? Levemos em consideração um pequeno detalhe: Se nossa atual civilização tecnológica fosse submetida a uma Guerra NBC (Nuclear, Biológica e Química) global envolvendo mais de 3 mil megatons em armas nucleares, mais todo o arsenal Biotóxico (Antrax, Varíola, Ebola, etc) e Químico (Gases Letais como o VX) hoje existente, com sorte pouco mais de 10% da Raça Humana sobreviveria. Mais provavelmente em locais distantes dos maiores centros urbanos civilizados. Que vestígios sobreviveriam para atestar nossos dias de glória junto a uma população embrutecida, dominada pela barbárie, pelo caos, pelo canibalismo ao final de 1000, dez mil anos? Muito pouco, talvez nada! Nenhuma de nossas construções, nenhum de nossos artefatos tecnológicos sobreviveria tanto tempo. Talvez tradições orais distorcidas, se isso, nas quais “Senhores Poderosos” seriam transformados em “Deuses”, possantes veículos militares em “Dragões” e aeronaves, até, mesmo, espaçonaves, em “Pássaros de Fogo”!... Será? Isso não soa conhecido? Levando em conta uma civilização que dure 10 mil anos até sua ruína, teríamos, em 100 mil anos, espaço para o erguer e a queda de 5 civilizações iguais à nossa ao menos! Em 300 mil anos, para, pelo menos, 15 civilizações da evolução, à destruição, da queda ao renascimento!... É muito difícil, talvez jamais saibamos se, realmente, somos os primeiros que, na Terra, trilharam este caminho. A acreditar que outras civilizações humanas nos precederam, talvez os ditos ETs sejam, apenas, os descendentes de nossos ancestrais voltando das estrelas para visitarem seu “Planeta Mãe”. Isto explicaria porque os tão falados ETs são tão caracteristicamente antropomorfos. Explicaria o interesse de outra forma injustificável por este “Pálido Ponto Azul” como tão bem o definiu Carl Sagan. Explicaria, inclusive, o TABU que cerca estes misteriosos e eventuais CONTATOS. Talvez sejamos apenas Ecos de um Passado Distante... Um passado do qual nossos irmãos das estrelas podem até se envergonhar, mas do qual não podem se libertar! Quem sabe...

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Introdução - CONTATO – Onde termina a Verdade e começa a Ficção:

Este texto foi escrito em Junho de 2012, atendendo a um convite da revista UFO, para uma série de artigos a serem publicados a partir de Setembro/2012 sob o Tema “Falam os Céticos”.

Eu o dividi em duas partes. Na primeira, procurei analisar o problema dos CONTATOS com supostos seres extraterrestres de um ponto de vista estritamente científico. Na segunda parte, procurei fazer um apanhado bastante amplo sobre as hipóteses não ortodoxas dominantes, analisando sua plausibilidade.

Tudo começou com ele. Foi a primeira vez em que procurei colocar no papel, de forma clara e organizada, minha opinião pessoal sobre um tema que acompanho com interesse há várias décadas, sendo um razoável conhecedor de toda a mística e de todo o folclore que cerca este instigante assunto.

Quando se começa a falar sobre Discos Voadores, OVNIs, OSNIs, Contatos de 3º e 4º Graus, Abduções, imediatamente dois tipos clássicos de atitude se manifestam; a Crença Absoluta ou o Ceticismo Absoluto, dificilmente há um meio termo. Daí, não poucas vezes, surgirem acaloradas e efêmeras discussões...

Afinal, onde está a verdade? Ou, como dirão os “Céticos” aonde estão as “PROVAS”?

Antes de começarmos, acho justo declarar de faço parte deste grupo, o dos “Céticos”. Sou um cético por natureza, assumido, desde a mais tenra idade. Um agnóstico teísta convicto para quem Deus, “O DEUS!” é um fato, absoluto, definitivo, insofismável, por uma simples questão de pura lógica. Não importa se este Universo em que vivemos é único, nascido de uma inexplicável singularidade, ou se ele é apenas um de muitos “filhos” de um MULTIVERSO, nascido de um “Buraco Branco”, que se originou de um “Buraco Negro” gerado em outro Universo e por aí se vai, Ad Infinitum...

Não importa, no final sempre existirá ALGO que, na falta de nome melhor, convencionamos chamar de DEUS. Os Ateus que me desculpem, a Ciência, racionalmente, pode prescindir de qualquer Religião, mas não pode descartar Deus (O DEUS!), é um paradoxo, derrubem-no se puderem!...

Sou um profissional das assim chamadas “Ciências Exatas”. Um Analista de Sistemas & Métodos que dedicou e ainda vem dedicando os mais de 40 anos de sua vida profissional à construção de complexos Modelos Matemáticos de Simulação.

Minha formação básica foi em Química, seguida de uma especialização em Física de Partículas Discretas (MSc). Na realidade, nunca me considerei um Químico ou um Físico, apenas um Analista de Sistemas com uma boa base matemática.

Trabalhei toda a minha vida no setor de pesquisa estatística. Acreditem, conheço bastante bem o assim denominado “Método Científico”.

Pessoalmente, até uma “Prova Física”, material, irrefutável, cientificamente incontestável, não acredito em Contatos entre humanos e extraterrestres.

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Desculpem-me os Crentes, mas, como disse Carl Sagan, um cientista que, como poucos, defendeu a pesquisa espacial e que acreditava, piamente, na pluralidade de mundos e de civilizações, este é um assunto muito sério para ser tratado de forma não-científica. Nas suas próprias palavras; Alegações Extraordinárias exigem Evidências Extraordinárias! Assim, como São Tomé, os cientistas precisam, ver, estudar, medir, catalogar “provas” físicas antes de aceitarem uma evidência como um FATO. Com toda a honestidade, estudo, observo o céu desde criança, quando meu pai me deu meu primeiro Atlas de estrelas. Por culpa dele e do céu de interior da minha meninice, passei noites em claro no telhado de casa, até aprender de cor a posição de cada planeta, de cada constelação. Tenho viajado pelo mundo. Viajei muito por este país. Não poucas vezes, viagens solitárias na noite e nas madrugadas (quando, segundo os relatos, a maior parte dos contatos e abduções ocorre), viajei por locais totalmente ermos, desertos. Quando jovem, cacei, escalei, mergulhei... Já vi muito ao longo destes anos, muitas coisas no céu, mas nada que não pudesse ser cientificamente explicado, uma pena! Adoraria, de verdade, ver um Disco Voador, conversar com um ET, não sei, talvez seja um problema de Karma ruim...

Apenas para dar um exemplo, no verão de 1984, eu estava mostrando as estrelas e constelações à minha igualmente insone filha de seis anos (minha outra filha, de dois, dormia junto com minha esposa seu sono abençoado). Era madrugada, o céu estava límpido, claro, como costumavam ser (ainda são) as noites de verão em Cabo Frio. De repente, um bólido rasgou o céu exatamente por cima da varanda de nossa casa, no bairro do Portinho, dirigindo-se para o centro da cidade. Na altura aparente da velha ponte Feliciano Sodré, o Bólido dividiu-se em vários menores (5 ou 6, não me lembro), cada qual de uma cor, que rumaram em todas as direções!...

Foi um momento raro e mágico e serviu para eu poder explicar à minha extasiada filhinha que acabávamos de assistir à entrada e queima na atmosfera de um meteoro que explodira nas altas camadas em função do atrito e que as raias brilhantes e coloridas eram o resultado da queima dos diferentes minerais que o compunham (Vermelho para Lítio, Verde para Bário, Azul para Chumbo, Amarelo para Sódio, exatamente como nos fogos de Ano Novo!...). É... As vezes, ter formação científica é um tremendo “pé no saco”. Hoje, minha filha com seus mais de 30 anos, poderia estar contando para todo mundo que vira um “Disco Voador”, aliás, uma “Nave Mãe” que enviara diversas “sondas” de pesquisa para coleta de amostras (ou espécimes...) no município de Cabo Frio, Região dos Lagos, Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Contei este caso real, para demonstrar como, muitas vezes, a falta de conhecimento dos fenômenos celestes, aliada a um estado de cansaço ou stress pode nos induzir à interpretações errôneas de fenômenos naturais...

Mas, como, sabiamente, Seth Shostak do Instituto SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) declarou, parafraseando Carl Sagan; “Ausência de evidência não significa evidência de ausência”! Então, vamos por partes, vamos procurar examinar, da maneira mais isenta possível este instigante fenômeno que é a busca de Vida fora da Terra, tentando, caso seja factível, chegar a um consenso sobre o que é fato e o que é ficção.

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Comecemos analisando a possibilidade de existência do fugidio ET do ponto de vista da ciência, da Cosmologia, e como este fenômeno se enquadra na evolução conhecida de nosso Universo, como nele se encaixa nossa própria existência e evolução em termos de espécie sapiente. Isto feito, vamos tentar extrapolar o que sabemos, aplicando as mesmas regras na análise das chances de evolução de outras espécies dotadas de inteligência na semeadura o Cosmo conhecido.

O que sabemos, hoje, realmente, sobre nossa própria evolução?

Adotando como verdadeiras as mais modernas teorias cosmológicas, nosso Universo nasceu entre 14 e 13,5 bilhões de anos atrás, a partir de uma colossal e silenciosa explosão denominada Big Bang (Silenciosa sim, não há ar no espaço para propagar som, ao contrário do que vemos nos filmes de ficção.).

Ao longo do bilhão de anos seguinte, formaram-se as primeiras e gigantescas estrelas, algumas delas com massa muitas vezes maior do que 200 vezes a massa de nosso Sol (Não estou, aqui, me preocupando com os detalhes de criação dos diversos elementos básicos, isto não é aula de física nem de química).

Estes monstros de vida efêmera foram responsáveis por povoar o Universo com todos os elementos da Tabela Periódica, elementos sintetizados em seu interior por titânicos processos nucleares e devolvidos ao espaço em explosões inimagináveis conhecidas como Hipernovas (as Hipernovas com mais de 200 massas solares são um fenômeno descoberto recentemente e, ainda, muito mal compreendido)!

De seus restos, nasceram novas gerações de estrelas, menores, ricas em metais pesados e de vida muito mais longa e equilibrada. Foi na terceira (ou quarta...) geração destas estrelas que surgiu, há ~4,6 bilhões de anos, nosso Sol.

Já por esse tempo, estrelas estáveis com vidas variando entre bilhões e milhares de bilhões (estimativa) de anos, haviam se aglutinado em aglomerados globulares, abertos e fechados, os quais, por sua vez, fundiam-se em gigantescas estruturas denominadas galáxias. Estas, por seu lado, cresciam e evoluíam para sua forma atual fundindo-se e se canibalizando em choques gigantescos capazes de durar eras (como o farão nossa própria galáxia Via-Láctea e sua vizinha mais próxima e maior, Andrômeda, nos próximos 2 bilhões de anos, fundindo-se numa gigantesca super-galáxia atualmente denominada Androláctea e levando, segundo estimativas mais recentes baseadas em Modelos de Simulação, perto de 5 bilhões de anos para completar seu processo de fusão).

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Bom, temos uma noção bastante razoável de como surgiu nosso atual Universo. Quanto à sua evolução e fim, ainda existem muitos espaços em branco, pois, basicamente, o destino final do Universo depende da quantidade de massa que existe no mesmo. Se ela estiver acima do ponto crítico, a ação da gravidade começará, a partir de um determinado momento, a superar sua expansão, conseqüência do Big Bang. Neste caso, em um determinado momento, o Universo começará a se contrair, mais e mais, cada vez mais rapidamente, até que toda a sua matéria esteja novamente concentrada em um ponto, em uma singularidade, um fenômeno batizado como Big Crunch. A partir daí, só especulação. Tudo pode começar de novo com outro Big Bang (a teoria do Universo cíclico dos Vedas hindus, hoje refutada pela maioria dos pesquisadores), regenerando nosso Universo num processo eterno de criação e destruição, ou implodir para outro ponto do tecido do Espaço-Tempo, gerando outro Universo (talvez com leis físicas totalmente diferentes) no interior do hipotético MULTIVERSO.

Se, por outro lado, o impulso de expansão gerado pelo Big Bang for forte o suficiente para vencer a atração da gravidade, a expansão, cada vez mais acelerada, continuará indefinidamente (este parece, aos olhos da ciência, ser o quadro mais aceito na atualidade) até que a velocidade seja tão alta que as estruturas do Universo se rompam em seus elementos mais simples (nem átomos, nem elétrons ou nêutrons, quarks...), nada restando ao final de dezenas de bilhões de anos além de uma sopa de partículas elementares espalhadas pela imensidão num fenômeno conhecido como Big Rip.

Por fim, se a massa do Universo se encontrar num ponto de equilíbrio, ele, lentamente, chegará a um estado estacionário. Neste Universo, no qual as estruturas galáticas terão se distanciado tanto umas das outras que será impossível para um observador localizado em uma delas ver qualquer uma de suas irmãs, lentamente as estrelas irão morrendo, irão esgotando seu

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combustível nuclear e se apagando, até que restem, apenas, corpos mortos e frios vagando solitários na incomensurável escuridão (este é o Big Freeze) ...

É o triunfo da 2ª Lei da Termodinâmica, o reino da Entropia absoluta. Nada mais, nenhuma ação mais, é possível. O Universo esgotou toda a sua energia e está morto!...

Como vemos, qualquer das alternativas expostas nos deixa uma mensagem clara; nosso Universo não é Eterno. Sua vida, em qualquer dos casos, pode variar de dezenas de bilhões a milhares de bilhões de anos, é muito tempo, um tempo inimaginável para a mente humana, mas é um “nada” diante da Eternidade!...

Vista sob este prisma, a morte do Universo é extremamente desalentadora, como a definiu o Filósofo Bertrand Russell. A morte do Universo é a morte da vida, não importa quão bem sucedida ela seja, é o nosso absoluto, definitivo e deprimente FIM.

Porém, nem tudo está perdido, se a teoria dos MULTIVERSOS se comprovar, talvez, um dia, nossos adiantadíssimos descendentes descubram os meios necessários para migrar de um Universo para o outro, através de um Wormhole (Buraco de Minhoca - também chamados “Pontes Einstein-Rosen” em homenagem aos dois cientistas que, primeiro, os propuseram), e, desta forma, alcançar a imortalidade como espécie! Porém, vamos nos ater à Vida em nosso “pequeno” Universo, em nosso diminuto Sistema Solar, plantado à borda externa de uma grande e bela, porém vulgar, galáxia espiral...

Tudo indica que a vida surgiu no Sistema Solar, mais especificamente no Planeta Terra, tão logo as condições assim o permitiram.

A Terra nasceu, segundo as mais recentes análises e datações, há, aproximadamente, 4,6 bilhões de anos. Nenhuma rocha deste período sobreviveu. A rocha mais antiga identificada na superfície do planeta data de 4,4 bilhões de anos. Em rochas de 3,8 bilhões de anos, já há traços de vida microbiana procariótica (unicelular), baseada em moléculas de carbono, aminoácidos, RNA e, por fim, DNA, a dupla hélice espiral responsável pela propagação da vida em nosso pequeno planeta.

Estudos de amostras coletadas em muitos meteoritos (rochas espaciais que caem sobre a superfície da terra) e em asteróides do cinturão entre Marte e Júpiter (coletadas por naves automáticas), assim como análises espectrais de cometas e de asteróides, vindos do Cinturão de Kuiper (distante entre 30 e 50 Unidades Astronômicas - UA) ou da Nuvem de Oort (distante 50 mil Unidades Astronômicas (U.A.) do Sol, ~1 ano-luz de distância – parêntese; uma UA = ~150 milhões de Km, distância média da Terra ao Sol) nas fronteiras do Sistema Solar, indicam a

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existência dos elementos precursores da vida, espalhados por todos os rincões do sistema, apontando que a vida, realmente, parece surgir assim que as condições mínimas para tal se manifestam.

Bem, então o nascimento da vida, ao que tudo indica é um processo muito fácil (esta visão já é quase um consenso científico), mas, e a evolução da vida? A passagem da vida elementar, unicelular, procariótica, eucariótica, para a vida complexa, metazoária? Bom... Aí a coisa se complica.

Concentremo-nos, então, na evolução da vida no planeta Terra, único local onde, até o momento, a mesma, desde suas formas mais elementares até as mais complexas, comprovadamente, existe.

Por aqui, a vida complexa, metazoária começou a surgir há, aproximadamente, 700 milhões de anos (ou seja, 3,1 bilhões de anos após o surgimento da vida procariótica e eucariótica!). Entenda-se bem, uma planária (Um platelminto de vida livre, não parasitário, utilizado para estudos sobre regeneração celular) é uma vida considerada complexa, metazoária. Vida Protozoária – procariótica (células sem núcleo definido) ou eucariótica (células com núcleo definido) são vírus e bactérias!...

Metazoários visíveis a olho nu começam a surgir no registro fóssil há, apenas, 560 milhões de anos. A vida saiu do mar e povoou a superfície seca da Terra há aproximados 325 milhões de anos, os Dinossauros surgiram há 225 milhões de anos e povoaram toda a Terra, de forma hegemônica, por ~165 milhões de anos!

Os Mamíferos só tiveram sua chance há 65 milhões de anos com o ocaso dos Dinossauros, os antropóides, nossos ancestrais diretos, mal tem 6 milhões de anos, os Hominídeos, de 3 a 4 milhões de anos, o Homo Sapiens Sapiens (nós) existe há pouco mais de 300 mil anos (questionáveis, diga-se de passagem)!

E nossa Civilização Histórica? Pouco mais de 10 mil anos... Nossa Civilização Tecnológica, 250 anos, se tanto... Nossa capacitação científica, nossa capacidade de compreender o Cosmo, de

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enviar uma nave tripulada ou não aos confins do Sistema Solar e enviar mensagens ao desconhecido, seja em naves não tripuladas como as Pioneer e as Voyagers, seja sondando o firmamento com Radiotelescópios, mal atinge 50 anos!

Ao menos na Terra, nosso mundo, foi longa e dura a caminhada da vida elementar à inteligência, da inteligência à tecnologia... Dura, perigosa, cheia de tropeços e retrocessos.

Bem, mas aqui estamos nós, no limiar das estrelas. Será que outros nos precederam ao longo deste complexo caminho?

Em 1987, escrevi um pequeno ensaio com o título “O Começo”, no qual abordei um contraponto para a então dominante e amplamente aceita Hipótese da Mediocridade, defendida por Astrônomos, Astrofísicos e Cosmólogos do quilate de um Carl Sagan e de um Frank Drake (autores da famosa Equação de Drake que simula e analisa a possibilidade de ocorrência de “Vida Inteligente” no Cosmo).

N = N* x fp x ne x fi x fc x fl

onde; N* = Estrelas existentes na Galáxia Via-Láctea

fp = Fração de Estrelas com Planetas

ne = Planetas na Zona Habitável de uma Estrela

fi = Fração de Planetas Habitáveis onde surge a Vida

fc = Fração de Planetas em que evoluem Metazoários Complexos

fl = % de duração da Vida em um Planeta com Metazoários

Em meu ensaio argumentei que a “Hipótese da Mediocridade” defendida pela quase totalidade do mundo científico à época, era, de certa forma, preconceituosa, pois nos excluía da possibilidade de sermos, nós, os primeiros seres no Universo conhecido a atingirem um nível de inteligência tecnológica. O motivo deste preconceito, desta xenofobia extraterrestre era uma oposição ferrenha da ciência moderna ao antropocentrismo que dominou o pensamento científico por milênios, afinal, habitantes de um planetinha insignificante, membro de um sistema solar inexpressivo, localizado na borda externa de uma grande mas vulgar galáxia espiral (Uma galáxia com algo em torno de 200 bilhões de estrelas em seu interior, uma galáxia entre aproximadamente 400 bilhões de galáxias existentes no Universo conhecido observável), seria

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um absurdo total que a vida tivesse se iniciado (Ao menos a Vida Inteligente) exatamente aqui. E... Eu pergunto ao final de meu ensaio; porque não? As chances são as mesmas, não somos nem melhores nem piores. Foi, efetivamente, uma pergunta. Um ensaio filosófico sem “provas” contra ou a favor, apenas um questionamento cujo único mérito é o de nos fazer refletir sobre a tendência maniqueísta humana de se ater, sempre, às antíteses, sempre aos extremos (bem ou mal, vida ou morte, preto ou branco...).

Curiosamente, no ano 2000, 13 anos depois, dois cientistas da Universidade de Washington desenvolveram uma hipótese abordando exatamente este tema, a “Hipótese da Terra Rara”, que foi muito bem escrita e brilhantemente defendida em um livro de 350 páginas, o qual se transformou em um Best Seller, “Rare Earth”, publicado no Brasil pela Editora Campus com o título “Sós no Universo – A Hipótese da Terra Rara”.

No livro, Peter D. Ward e Donald Brownlee defendem a idéia de que a vida no Universo, a vida simples, protozoária (procariótica & eucariótica), deve ser imensamente difundida, porém, a vida complexa, metazoária, parece ser um passo muito difícil de ser completado, que dirá a vida inteligente e, além dela a vida inteligente capaz de desenvolver tecnologia...

Resumindo, após exaurirem os argumentos em defesa de seu ponto de vista, os dois pesquisadores americanos vêm a propor uma nova equação para o cálculo de probabilidade de existência de vida Inteligente, capaz de construir tecnologia, fora da Terra; a “Equação da Terra Rara”.

N = N* x fp x fpm x ne x ng x fi x fc x fl x fm x fj x fme

onde; N* = Estrelas na Galáxia Via-Láctea

fp = Fração de estrelas com Planetas

fpm = Fração de Planetas ricos em Metais

ne = Planetas na Zona Habitável da Estrela

ng = Estrelas na Zona Habitável da Galáxia

fi = Fração de Planetas onde surge a Vida

fc = Fração de Planetas com Metazoários Complexos

fl = % de duração da Vida com Metazoários Complexos

fm = Fração de Planetas com Lua grande

fj = Fração de Sistemas Solares com Planetas Jupternianos

fme = Fração de Planetas com um mínimo de Extinções em Massa

Esta “Equação da Terra Rara” parecer indicar que, infelizmente, neste momento da evolução do Universo, talvez só exista uma Civilização Tecnológica, capaz de compreender o Cosmo e de se comunicar para além das fronteiras de seu próprio mundo, NÓS!...

Bom, não vamos radicalizar (Cuidado com o maniqueísmo!II). Assim, apenas a título de um exercício teórico, vamos procurar raciocinar, sem preconceitos, de uma parte ou da outra (Céticos ou Crentes), partindo de premissas razoáveis:

1- Nosso planeta contém, aproximadamente, 8,7 milhões de espécies vivas (animais e vegetais) catalogadas, neste momento.

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2- Destas, apenas 5 (cinco), cefalópodes (moluscos, sim!...), cetáceos (baleias, golfinhos...), paquidermes (elefantes...), primatas e seus descendentes hominídeos podem ser classificados como INTELIGENTES. Isso representa, estatisticamente, 0,0000574% do número de espécies conhecidas habitantes, atuais, do planeta Terra.

3- Destas 5 (cinco), apenas 1 (uma), a espécie humana, conseguiu desenvolver TECNOLOGIA. Estatisticamente, 0,0000114% do total de espécies atuais viventes, ou seja, estatisticamente ZERO!

Se essa é a proporção média padrão de evolução da Inteligência Tecnológica após um trajeto de, aproximadamente, 5 bilhões de anos, 1/3 do tempo de existência do Universo conhecido, as chances de um Contato, convenhamos, não são muito promissoras...

Mais uma vez, insisto, não vamos radicalizar. Vamos tomar como ponto de partida, apenas, nossa própria galáxia e seus aproximados 200 bilhões de estrelas. Vamos deixar as demais 400 bilhões de galáxias para lá, afinal, estão muito distantes. A mais próxima de nós, Andrômeda, está a 2,5 milhões de anos-luz, ou seja, nós a vemos em nossos telescópios como ela era há 2,5 milhões de anos atrás, quando os primeiros proto-humanos engatinhavam pelas savanas da África.

Bom, considerando, apenas, a nossa galáxia Via Láctea, temos que admitir que 200 bilhões de estrelas, é um bocado de estrela!

O passo seguinte é considerar; quantas destas estrelas têm planetas em órbita ao seu redor, quantas destas estrelas estão na Zona Habitável da galáxia, e quantos de seus planetas estão situados em sua própria Zona Habitável.

Depois, temos que levar em conta em quantos destes planetas a vida, realmente evoluiu. Em quantos a vida se tornou complexa, em quantos a vida complexa se tornou inteligente e em quantos a vida inteligente foi capaz de gerar uma Civilização Tecnológica. E, mais importante, qual a duração média de uma Civilização Tecnológica para que haja chance de um Contato entre civilizações!...

Mas isso só não basta, é preciso que tais Civilizações Tecnológicas evoluam próximas umas das outras de forma a tornar um contato (físico ou via rádio) viável e, mais ainda, é preciso que estas Civilizações evoluam de forma semelhante para que o contato se torne possível (Até hoje, um contato entre nós, formigas, abelhas, ou cupins tem se mostrado muito difícil, apesar de serem sociedades organizadas!...).

Para nosso exercício, não vamos utilizar nem a Equação de Drake (otimista) nem a Equação da Terra Rara (pessimista). Vamos lançar mão de um cálculo estatístico bem simples. Assim, suponhamos:

1) Via-Láctea ~200 bilhões de estrelas (Os números variam entre 100 e 200 bilhões, um “errinho” de 100% na precisão)

2) Hipótese; 25% das estrelas da galáxia possuem planetas 50 bilhões estrelas

3) Hipótese; 4 planetas, em média, por estrela com planetas 200 bilhões planetas

4) Admitamos; 10% destes planetas na ZH (Zona Habitável) da estrela 20 bilhões planetas

5) Consideremos; 10% dos planetas da ZH contém Vida Microbiana (VM) 2 bilhões VM 6) Admitamos; 1% de VM evoluem para Via Animal (VA) 20 milhões VA 7) Admitamos; 1% de VA evoluem para Vida Inteligente (VI) 200 mil VI

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8) Admitamos; 1% de VI gera uma Civilização Tecnológica (CT) 2000 CT 9) Admitamos; 1% de CT tenham Tecnologia Equivalente (TE) 20 TE agora!

Conclusão; 9/1 = 20/200 bilhões = 0,00000001% de chance de 2 TE evoluírem de forma simultânea nas Proximidades uma da outra dentro da Via-Láctea, estatisticamente ZERO.

Nota: nos itens de 6 a 9 acima, trabalhamos dentro da “Hipótese da Terra Rara”. Mantendo um padrão de 10%

para estes itens (hipótese otimista), teremos:

6) VA = 10% de VM 200 milhões de planetas VA 7) VI = 10% de VA 20 milhões de planetas VI 8) CT = 10% de VI 2 milhões de planetas com CT 9) TE = 10% de CT 200 mil planetas com TE

Conclusão; 9/1 = 200 mil/200 bilhões = 0,0001% de chance de duas TE se encontrarem no mesmo período de tempo nas proximidades uma da outra dentro da Via-Láctea, estatisticamente ZERO.

Ou seja, como acabamos de demonstrar, a possibilidade de 2 (duas) Civilizações Tecnológicas (TE), em momentos semelhantes de evolução que as tornem capazes de uma comunicação entre si, possibilitando um contato via Rádio ou, até mesmo um Contato de 4º Grau, duas Civilizações semelhantes, frise-se localizadas a uma distância razoável dentro da mesma galáxia (nossa Via-Láctea) é, estatisticamente ZERO!

Isso encerra, até prova insofismável em contrário, a posição científica sobre a possibilidade de um Contato de qualquer Grau com inteligências extraterrestres (recordemos; ausência de evidência não é evidência de ausência. Talvez, neste exato momento, um Disco Voador esteja pousando em frente da Casa Branca para me deixar com cara de Idiota!).

---------- FIM DA PARTE-I – A Visão Científica ----------

Não vamos, contudo, fechar questão sobre o tema com base, apenas, no ceticismo acadêmico, tampouco com base no negativismo antropocêntrico. Existem outras facetas do problema a serem consideradas e exploradas...

Para não complicarmos demais, vamos nos concentrar em duas delas por serem objeto de muita discussão desde a década de 1960; a hipótese dos Antigos Astronautas e a hipótese das Civilizações Antediluvianas.

A hipótese dos Antigos Astronautas começou a tomar forma com o movimento “Planète” cujo precursor foi o Best Seller seminal “Le Matin des Magiciens” - O Despertar dos Mágicos - escrito em 1960 por Louis Pauwels (Filósofo, seguidor de Gurdjieff) e Jacques Bergier (Químico, herói de guerra, um dos pais da ciência nuclear francesa, alquimista diletante).

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Após este, vieram sucessos de público e vendas como “Eram os Deuses Astronautas” de Erich Von Däniken, e as obras de Guy Tarade, Robert Charroux, Jean-Michel Angbert, Peter Kolossimo, Charles Berlitz, Otto H. Muck, P. Guirao, Quixe Cardinale, David Hatcher Childress, James Churchward, Raymond Bernard, entre muitos outros.

O que advogam os adeptos dos Astronautas da Antiguidade?

Que as origens de nossa atual civilização tecnológica remontam a uma interação entre nossos antepassados e astronautas alienígenas...

De quando datam estas possíveis interações? Isso varia de autor para autor, num intervalo que vai de milhares há milhões de anos antes de nossa história oficial.

Existem, realmente, hipóteses para todos os gostos, mas, em síntese, em algum momento entre 1 milhão e 10 mil anos atrás, (segundo a maioria dos adeptos) houve um contato entre proto, pré ou, mesmo hominídeos e astronautas vindos de longínquos sistemas solares. Estes astronautas modificaram geneticamente nossos primervos ancestrais, seja por manipulação artificial, seja por um cruzamento direto (o que implicaria numa compatibilidade genética considerável ou no domínio de técnicas de inseminação e reprodução que nem sequer podemos imaginar). O porquê dessa manipulação é um mistério, mas a maioria considera que, segundo algumas das tradições mais antigas (sumério-babilônicas, por exemplo), o objetivo era produzir uma raça de “trabalhadores”, de ”escravos dóceis”, a serem empregados em tarefas braçais, em especial em mineração.

Isso é cientificamente plausível? Aceitável, ao menos?

Bem, para começar, teríamos que questionar o “princípio da mediocridade”, tão ferozmente defendido e aceito por cientistas e leigos adeptos da pluralidade de mundos habitados e da existência de civilizações extraterrestres evoluídas. É nossa obrigação perguntar; “O quê, em nosso pequeno mundo, atraiu, tanto, estas supercivilizações”?

Foi um simples acaso? Foi parte de uma busca sistemática por planetas habitáveis e por civilizações emergentes? Ou foi por necessidade? Pela busca de algum tipo de mineral raro e precioso como o Ouro ou a Água?

Admitamos, por um momento, “sua” presença em nosso longínquo passado. Neste caso, teremos de lidar com, ao menos, 3 hipóteses:

1- Os alienígenas chegaram até aqui (seja por acaso, seja por fruto de um levantamento sistemático de planetas habitáveis), analisaram as formas de vida existentes, selecionaram as mais promissoras e, por manipulação genética, realizaram um “upgrade” nas mesmas, acelerando o processo de formação e desenvolvimento da inteligência em nosso planeta.

2- Os alienígenas chegaram aqui, encontraram condições habitáveis para sua própria espécie (ou para uma espécie adaptável de trabalhadores e serviçais) e implantaram uma colônia experimental de reprodução controlada ou, melhor ainda, implantaram uma indústria de coleta e extração de nossos recursos.

3- Os alienígenas se estabeleceram aqui, vindos de mundos próximos ou distantes,

mediante o emprego de tecnologias as quais sequer podemos imaginar. Se eles vieram como exploradores, colonizadores ou fugitivos de raças mais poderosas é impossível dizer (alguns indícios e narrativas folclóricas parecem indicar que ocorreram combates entre espécies distintas na superfície da Terra e no limiar do espaço próximo, com o uso de armas devastadoras...). Se abandonaram a Terra, foram expulsos ou exterminados,

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talvez nunca o saibamos, o fato é que, há muito, estamos, aparentemente, entregues à nossa própria sorte!

Não são poucos os mitos de nosso distante passado que fazem menção a “Deuses” que desposam as “Filhas do Homem” por as acharem belas. No mínimo, interessante (guardem essa informação, vamos voltar a ela um pouco mais adiante)... Outros fazem referência a “confrontos de Deuses” que voavam pelo céu, pelo espaço e sob a superfície das águas (Vimaanas, OVINs, OSNIs?). Deuses que dispunham de veículos maravilhosos e de armas assustadoras como as freqüentemente mencionadas na Bíblia Hebraica e nos Vedas Indianos (Mahabharata, Ramayana, Bhagavad-Gita), apenas para citar os mais conhecidos.

A verdade é que, seja qual for a explicação para o estranho e enigmático conteúdo destas narrativas, o fato é que restam espalhadas pelos 4 cantos do mundo toda uma série de ruínas ciclópticas, em muitas das quais permanecem vestígios de material e corpos residualmente radioativos, datados de milhares de anos, como em Harappa e Mohenjo-daro no vale do indo (restos de uma conflagração nuclear antes dos tempo históricos? Ou restos de contaminação pela proximidade de jazidas minerais radioativas?), vestígios que não são aceitos, fique claro, por quase toda a comunidade científica, mas que dão o que pensar...

A segunda hipótese que considero, merece uma análise, talvez até mais do que a dos “Deuses Astronautas” é a das antigas “Civilizações Antediluvianas”.

O argumento inicial é simples; existiram outras civilizações humanas (e, talvez até não-humanas...) que habitaram a Terra há milhares (talvez milhões...) de anos atrás. Estas civilizações atingiram um grau de maturidade e tecnologia muito além do nosso. Dominaram a Terra e alçaram às estrelas... Um dia, por culpa de seu próprio orgulho e avidez, se auto-destruíram (ou foram, talvez, destruídas por civilizações extra-solares mais adiantadas com as quais entraram de forma inadvertida em contato), deixando nossos ancestrais completamente abandonados em um mundo devastado e em convulsão!...

Esta hipótese, que não chega a invalidar a dos “Deuses Astronautas”, ou os possíveis contatos com EBEs (Entidades Biológicas Extraterrestres), coloca diante de nós uma terrível e terrena

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evidência; serão os ditos Aliens descendentes de nossos remotos ancestrais, retornando de um longo exílio de milhares (talvez milhões...) de anos? Remanescentes de um êxodo perdido nas brumas dos tempos, resultado de guerras fratricidas que envenenaram o planeta e os forçaram a vagar entre as estrelas em busca de novos “santuários”, mas nunca esquecendo suas origens neste pequeno e cálido mundo azul?

Se isso for “verdade”, aí sim, os ditos “contatos” começam a fazer, muito, sentido! Começa a fazer sentido o fato dos ditos “aliens” serem tão antropomorfos. Começa a ficar compreensível o porquê de tanto interesse dos ETs pelo nosso “Pálido Ponto Azul”, algo completamente inexplicável sob quaisquer outras circunstâncias... Eles não seriam alienígenas, apenas os descendentes de nossos predecessores, talvez modificados por séculos de vida em outros mundos aos quais tiveram, forçosamente, de se adaptar para sobreviverem. Isso geraria, inclusive, uma explicação bastante razoável para as ditas “abduções” e para suas supostas “experiências sexuais” bem sucedidas a lá “Arquivo-X”. Eles estariam tentando se readaptar ao nosso ecossistema (ter em mente os perigos representados por nossas agressivas flora e fauna microbianas...).

Quem seriam, então, estes “visitantes”? Os lendários Lemurianos? Os famosos Atlantes? Ou... Seriam seres ainda mais antigos, cujas lendas ecoam nos mitos primordiais e nos sonhos alucinados de autores com H. P. Lovecraft e Stephen King? Seriam os famosos “Saurianos”?...

Será?...

Muitas das narrativas de “contatados” e “abduzidos” descrevem, por sinal, seres cujo aspecto nos lembra, em muito, a teoria de um afamado cientista, o paleontólogo Dale Russell.

Em 1982, Dale Russell publicou uma reflexão pessoal sobre as possibilidades de evolução dos extintos dinossauros caso os mesmos não houvessem sido exterminados no evento KT (o choque do asteróide ou planetóide ocorrido com a Terra há 65 milhões de anos e que, supostamente, foi responsável pelos eventos que marcaram o início do FIM dos dinossauros, a espécie metazoária mais bem sucedida, até agora, no domínio hegemônico de nosso planeta, a denominada catástrofe Cretáceo-Terciária).

Segundo Russell, a continuidade dos dinossauros como espécie dominante (neste caso, nossos ancestrais mamíferos nunca chegariam a evoluir além de tímidos roedores como os ratos, e esquilos...) poderia ter desembocado numa espécie sapiente, muito provavelmente, um descendente direto dos inteligentes “Troodons” ou dos agressivos e bem sucedidos “Raptores”. Quando olhamos para a hipotética reprodução do dinossauróide de Dale Russell e a comparamos com as narrativas de diversos abduzidos sobre seus “encontros” com Greens e Grays (os famosos homenzinhos “verdes” e “cinzas”), as semelhanças são, no mínimo, instigantes!...

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Absurdo?

Reflitamos; os dinossauros começaram a evoluir no início da era mesozóica ou secundária, mais exatamente no período Triássico, há ~230 milhões de anos. Quando de sua extinção, a espécie já habitava a Terra, sem concorrentes à altura, por ~165 milhões de anos (recordemos que o gênero homo mal tem de 3 a 4 milhões de anos e que o homo sapiens mal e mal 300 mil anos de existência).

Foi durante o período Cretáceo que surgiram entre os dinossauros os mais bem sucedidos e inteligentes predadores como os já citados Troodons e Raptores. Poderiam, deles, terem evoluído sáurios inteligentes, do mesmo modo que evoluímos dos primatas?

Factível... Mas onde estão as “provas”?

Provas, “provas”, não há. Existem apenas alguns indícios em lendas recorrentes e em textos obscuros como as “Estâncias de Dzyan”, mas, já que estamos no campo das especulações, ponderemos:

Os últimos grandes sáurios foram exterminados por uma catástrofe cósmica (natural, acidental ou intencional?) há ~65 milhões de anos... Pergunta; que vestígios identificáveis de uma civilização tecnológica humana perdurariam por tanto tempo?

Uma série muito interessante e ilustrativa deste ponto foi apresentada pelo History Channel, denominada “O Mundo sem Ninguém”. Ela nos mostra, de forma bastante clara, o quanto são efêmeras nossas conquistas científicas e as realizações arquitetônicas de nossa atual Civilização Tecnológica. Na prática, nada restaria de tudo o que edificamos num espaço de pouco mais de 10 mil anos (talvez as grandes pirâmides durassem mais uns 100 mil anos enterradas nas areias do deserto, talvez...)

Fazendo uma breve recapitulação, raciocinemos:

1- Nossa espécie tem algo em torno de 3 milhões de anos. Em ~300 mil anos, o homo sapiens, “descido da árvore”, deixou a savana africana seguindo os passos de seus predecessores hominídeos e alcançou o limiar do espaço. Nossa Civilização Histórica tem, quando muito, 10 mil anos. Nossa Civilização Tecnológica mal chega aos 250 anos! Mas... Nossa atual capacidade intelectual e reprodutiva já estava estabelecida há 100

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mil anos... Quantas “civilizações históricas” cabem em 100 mil anos? Quantas “civilizações tecnológicas” iguais ou mais evoluídas do que a nossa?...

2- Os dinossauros reinaram sobre a Terra por 165 milhões de anos. Troodons e Raptores (e seus descendentes) ocuparam seu nicho ecológico por mais de 30 milhões de anos! Eles eram inteligentes... Eles eram “socialmente” inteligentes. Eram bípedes, tinham 3 ou 4 dedos com um polegar opositor, o que poderia, o que pode ter acontecido ao longo destes 30 ou mais (supondo que a inteligência lhes tivesse permitido sobreviver ao holocausto do evento KT) milhões de anos? E... Mais uma perguntinha, só para provocar, e se “eles” (voltando ao tema dos “escravos dóceis”) nos “criaram” à sua “Imagem e Semelhança” (Seria uma alternativa bem interessante de explicação para o mito do Éden e de nossa expulsão do Paraíso, bem como “mais tarde” para nosso quase extermínio no “Dilúvio”... Por que não?)?...

Quem, afinal, está, supostamente, retornando de seu longo exílio? Nossos ancestrais ou seus descendentes? Ou ambos? E... Quais as suas intenções em relação a nós? Eis aqui o mais delicado ponto do problema criado pelos supostos “contatos alienígenas”...

Os ETs estão chegando, já chegaram ou nunca nos deixaram? O que pretendem? O que suas supostas intenções representam de bem e/ou de mal para a humanidade?

É preocupante... E não sou só eu quem se preocupa. Cientistas e pesquisadores como o próprio Stephen Hawking, um dos expoentes da atual Física Teórica, mostram-se, corretamente, preocupados com estes possíveis contatos com ETs.

O motivo é simples; História!

Olhemos para nosso recente passado. Quantas religiões, quantas civilizações, algumas social e psiquicamente mais adiantadas do que nossa incipiente civilização ocidental foram subjugadas, esmagadas, exterminadas, em nome da “Verdade”, da “nossa” verdade, em nome da “Fé”, da “nossa” fé, em nome da Ciência! E... Não nos esqueçamos, somos TODOS, humanos!...

O que poderíamos, o que poderemos, esperar de um contato com seres totalmente alienígenas?

Antes que vozes se elevem aos céus, bradando pela “benevolência dos ETs”, lembremo-nos de que a raça que, HOJE, domina o planeta é o maior “predador social” que evoluiu sobre a face da Terra! Lembremo-nos de que o hipotético “dinossauróide” de Dale Russell teria sua origem num “predador”, o Troodon e que seus concorrentes mais bem sucedidos e inteligentes eram os Raptores (Alguém se lembra deles nos filmes da série “Jurassic Park”?).

Estudos apontam que o desenvolvimento da inteligência em predadores é um mecanismo natural da evolução. Se isso é um fato, muito provavelmente as grandes civilizações cósmicas são o produto tecnológico da ação de “PREDADORES”.

Bom... Se estes predadores chegarem até nós, vindos de qualquer lugar, não importa de onde, eles serão, sem dúvida, muito mais adiantados do que nós. Nós mal conseguimos, com um esforço gigantesco que custou bilhões e que foi motivado, mais por auto-afirmação político-ideológica do que, propriamente por motivações científicas colocar 10 seres humanos em nossa própria Lua. O que poderá acontecer conosco quando “eles”, finalmente, chegarem?

Olhando para trás, para nosso próprio passado, as perspectivas, mais uma vez, não são lá muito promissoras...

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Se dermos sorte, talvez eles precisem de mão-de-obra escrava para “predar” nossas riquezas naturais. Se não, sofremos o risco “deles” nos convidarem para jantar, como “prato principal”...

Não? O que fizemos com as demais espécies que compartilham o planeta conosco? As que nos incomodam, exterminamos (ou estamos em vias de exterminar). As que nos são úteis, reproduzimos “em cativeiro” para nossa diversão e para nosso alimento... Quando vocês comem um bife, uma coxinha de frango ou um peixinho da brasa sentem muita pena? Algum remorso? E das plantinhas?...

Se estes misteriosos “Aliens” forem descendentes de nossos possíveis ancestrais ou de nossos possíveis “criadores”, ainda poderemos acalentar uma esperança mínima de diálogo, mas se forem totalmente alienígenas, aí sim, estaremos com um tremendo problema e as nossas chances de sobrevivência serão, lamento dizer, insignificantes...

Por sorte, o Programa SETI está mais preocupado em ouvir do que transmitir mensagens. Sorte, igualmente, que as sondas Pioneer e Voyager sejam meras garrafas de mensagens lançadas à vastidão do oceano cósmico, mais ainda, que nossas transmissões radiofônicas e televisivas que, hoje, já estariam alcançando algo em torno de 60 anos-luz, se diluam, após pouco mais de 2 ou 3 anos-luz (segundo cálculos dos próprios pesquisadores do SETI – dados de 2005) em ruído (aqui não estamos considerando as transmissões na banda de 21 cm). Que bom... Afinal, quem nos garante que não sejamos saborosos para outros paladares?

Mesmo que os alienígenas sejam benevolentes, ainda nos resta um problema; quantas espécies viventes temos sacrificado, muitas vezes de formas cruéis, em nome da Ciência? Quantas pragas combatemos e eliminamos com o uso de venenos e de castrações genéticas? Existe algum

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tribunal mundial para punir crimes de genocídio cometidos contra virus, bactérias, formigas, moscas ou aranhas?

Talvez ainda, como na hipótese do zoológico, sejamos, apenas, uma reserva genética de algum poder maior, quem sabe? Talvez os “abduzidos” sejam, apenas, os geneticamente mais saudáveis (Neste caso, graças a Deus (O DEUS!) que sou baixinho, míope, cardíaco e diabético. Que minha filha mais velha é cardíaca como eu e, minha filha mais nova, além de ,míope, tem pé chato! Para arrematar, minha esposa baixinha tem 10º de miopia, é ceguinha feito uma toupeira, geneticamente, somos um lixo, nossa prioridade na fila de abdução é ZERO!).

A verdade é que hoje, sabemos que o Universo que nos cerca é um lugar repleto de perigos. Não precisamos de ETs malignos para nos destruírem. A menos que consigamos romper, o mais breve possível, os grilhões que nos prendem a nosso pequeno mundo e a nosso insignificante sistema solar, é só uma questão de tempo para que uma raça superior nos encontre e aniquile ou escravize, ou, simplesmente, que um novo asteróide faça conosco o que fez com os dinossauros...

Fala-se muito, ultimamente, no fim do mundo. O mundo continuará... A Terra continuará existindo por milhões, bilhões de anos! A vida, com certeza, continuará a existir, por muito tempo, neste pequenino mundo azul. Se nós continuaremos existindo, se sobreviveremos à nossa própria falta de visão, a nossa terrível estupidez é outro problema.

Disse que abordaria duas hipóteses neste ensaio; a dos “Astronautas Antigos” e a das “Civilizações Antediluvianas”. A bem da verdade, precisamos considerar, ainda, uma hipótese para complementar nossa argumentação sobre os possíveis contatos alienígenas, a dos “Viajantes Inter-dimensionais”.

Por mais estranho que possa parecer, é uma hipótese muito mais palatável aos olhos científicos do que a dos Aliens Deuses Astronautas, a dos descendentes de Antigas Civilizações ou dos ditos Saurianos da vida. Afinal, o maior obstáculo para o contato extraterrestre sempre foi a distância. As distâncias no Universo são enormes! Assim, é muito mais fácil admitir a ocorrência de um contato inter-dimensional através do espaço-tempo do que um contato físico no seio de nosso próprio espaço tetra-dimensional (A ciência, hoje, trabalha com a idéia de espaço com 4 dimensões, as três tradicionais + o tempo. Alguns cientistas, adeptos da Teoria das Cordas, chegam a falar em 11 dimensões!)).

Antes de falarmos sobre contatos inter-dimensionais, precisamos fazer um breve resumo do que se considera, científica e/ou ufologicamente, “Contato”.

Contatos com entidades supra-humanas (ou infra-humanas...) são relatados desde a mais remota antiguidade. Na maior parte das vezes eles se referiam à “deuses”, “santos”, “profetas” e “anjos” mensageiros (dotados de diferentes capacidades de realizar “milagres” – levitar, voar, atravessar paredes, lançar raios, etc...).

Da mesma forma que hoje se avistam UFOs (sejam OVNIs sejam OSNIs), até a década de 1940, quando este fenômeno deslanchou, avistavam-se todos os tipos de sinais nos céus (cruzes, espadas e escudos flamejantes, etc...). Tirando a parte que cabe aos fenômenos celestes mal compreendidos, às ilusões de ótica e a toda uma série de paranóias da vida, sempre restaram alguns “fenômenos renitentes” que insistem em permanecer inexplicáveis. Se isso é uma realidade ufológica ou, simplesmente, incompetência científica de nossa parte para compreender fenômenos naturais ainda desconhecidos, só o tempo poderá responder.

Foi na década de 1940, mais precisamente em 1947 que o fenômeno UFO explodiu de vez. Se fruto da paranóia da Guerra Fria ou das psicoses da recém encerrada 2ª Guerra Mundial é impossível precisar. Quanto de mito ou realidade que existe nesses relatos, é provável que nem Deus (O DEUS!) saiba!

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Para arrematar, surgiu o mito do assim chamado “Triângulo das Bermudas”, (aguçado pelos livros de Charles Berlitz e outros tantos semelhantes sobre misteriosos desaparecimentos de navios e aviões na região em torno do Mar dos Sargaços), famoso por eras de desaparecimentos incompreensíveis, destacando-se o antológico caso de 1945, conhecido como “Vôo 19”.

O Triangulo das Bermudas chamou a atenção do público e dos pesquisadores diletantes para outro triângulo misterioso, o “Triângulo do Dragão” ao largo do Mar do Japão cujo caso exponencial é o desaparecimento do navio Kayo Maru 5 que investigava a região com diversos cientistas de diversas especialidades à bordo.

Para completar, um famoso investigador do oculto, Ivan T. Sanderson, declarou que, na realidade existiam na Terra 12 triângulos assombrados, “portais para o infinito”, sendo dois deles, respectivamente, localizados nos pólos norte e sul do planeta! É muito “portal”!... Convenhamos, assim fica difícil pegar um avião e chegar inteiro no destino planejado!...

Não vou me alongar neste assunto, há muitas referências sobre ele em meu próprio Site, na Bibliografia deste Ensaio e nos Sites de pesquisa da Internet como o Google e a Wikipédia, dos quais apontarei alguns para os possíveis interessados em aprofundar suas próprias pesquisas. Senti-me na obrigação de fazer estas referências para poder abordar o tema dos possíveis contatos inter-dimensionais cujos indícios mais relevantes surgem no decorrer das décadas de 1930 e 1940, em especial o caso dos “Discos Voadores” Nazistas (sempre “eles”!...) e o caso mais exponencial de todos o do “Projeto Rainbow”, mais conhecido com Projeto Filadélfia ou Experimento de Filadélfia (The Philadelphia Experiment).

O caso dos UFOs nazistas começou (segundo, mais uma vez, a lenda urbana) em 1936, quando estes se apoderaram de um disco voador caído em território alemão e nele fizeram engenharia reversa, criando a partir daí toda uma série de aparelhos que deveriam se tornar as “armas maravilhosas” com que Hitler pretendia dominar o mundo.

É sabido, pode considerar-se, mesmo, fato estabelecido, que não poucos dos líderes nazistas eram místicos e ocultistas (Himmler e Rudolph Hess em especial). Eles acreditavam piamente na mais louca coleção de superstições, mitos de supremacia ariana e por aí vai. Não vou me estender que este não é um texto sobre nazismo, muito menos sobre “Nazismo Mágico”. Interessando, ver minha Palestra sobre o tema em meu Perfil do Linkedin.

Segundo os relatos, os quais, para variar, carecem de maiores confirmações, com base em suas pesquisas de engenharia reversa, os cientistas do 3º Reich construíram, em completo segredo (segundo a lenda, nem mesmo Hitler estava informado do real andamento das pesquisas) um equipamento denominado “O Sino” - em alemão “Die Glocke” - que, segundo as descrições que

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nos alcançaram, nada mais era do que um gerador para um “portal inter-dimensional” (pelo qual alguns líderes nazistas teriam “escapulido”, furtando-se ao justo julgamento de suas atrocidades ao final da guerra...).

Do lado dos aliados, nasceu o assim conhecido e envolto em mistérios “Projeto Rainbow” ou Experiência de Filadélfia. Reza a lenda que o Projeto Rainbow foi (e ainda é...) um projeto da marinha norte-americana, contemporâneo ao famoso Projeto Manhattan – o desenvolvimento da bomba atômica pelos Estados Unidos.

Ambos os projetos nasceram (O Projeto Manhattan comprovadamente) das aplicações práticas das teorias de um dos maiores expoentes da Física moderna; Albert Einstein.

A Bomba atômica, assim como os atuais reatores nucleares é uma aplicação prática, direta, da Teoria da Relatividade e de sua famosa equação E = mc2. Já as origens do Projeto Rainbow remetem-se a uma obscura teoria de Einstein denominada TCU (Teoria do Campo Unificado), em alemão, Einheitliche Feldtheorie.

O que sabemos sobre a Teoria do Campo Unificado, também conhecida como Teoria do Todo?

Ela nasceu de um sonho de Einstein de unificação da Física, perseguido por todos, sem sucesso, até hoje. O que Einstein pretendia, em termos simples, era unificar a Teoria da Gravitação que explica o funcionamento macroscópico do Universo com a Teoria Quântica que explica o microcosmo, pois Einstein nunca aceitou a Física Quântica com seu esquizofrênico leque de possibilidades e definiu seu pensamento de forma clara ao cunhar a frase “Deus não Joga Dados”...

Seu contemporâneo, Wolfgang Paulli expressou a frustração de todos os Físicos Teóricos ao declarar; “o que Deus (O DEUS!) separou, o homem não pode unir!”.

Einstein perseguiu seu sonho até morrer (faleceu, segundo se conta, com seus cadernos de anotação sobre a cama), mas, no fim da vida, declarou que não sabia matemática suficiente para completar, achar uma solução para o problema...

Contudo, reza a lenda urbana que Einstein chegou a uma solução, mas que a escondeu do público por razões humanitárias dadas as terríveis armas que poderiam ser desenvolvidas a partir de suas aplicações práticas, tal como a Bomba Atômica surgira com base na Teoria da Relatividade.

Não se esqueçam, é de Einstein a frase; “Não sei como será lutada a 3ª Guerra Mundial, mas a 4ª, sem dúvida, será lutada com pedras!...”.

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O pouco que sabemos sobre a Experiência de Filadélfia vem relatos esparsos e contraditórios e, em especial, de um livro de especulação científica escrito em parceria por Charles Berlitz (autor dos Best Sellers sobre o Triângulo das Bermudas) e por William L. Moore, (pesquisador diletante de fenômenos inexplicáveis), “O Navio Invisível”.

O que sabemos sobre a TCU e sua relação com o Projeto Rainbow?

Tudo parece indicar que o projeto nasceu em 1943 com o objetivo pouco ambicioso de tornar navios “invisíveis”, ao Radar, usando, para isso campos de força que “distorceriam” as imagens, o “espaço” ao seu redor, criando uma aparente “miragem” eletrônica impedindo que os radares detectassem os navios.

A experiência parece ter sido comandada por um brilhante, porém obscuro físico e inventor norte-americano chamado Thomas Townsend Brown, um especialista em campos de força eletromagnéticos. Foi Townsend Brown, com base nas equações de Einstein quem desenvolveu a aplicação prática que, segundo os relatos, culminou com o Projeto Filadélfia.

Infelizmente, a dar-se crédito às “testemunhas”, o que era para ser um simples projeto de invisibilidade ao radar tornou-se uma ação descontrolada de forças eletromagnéticas por intermédio das quais o destróier objeto do teste veio a ser tele-transportado do Porto de Filadélfia para o Porto de Norfolk e de lá de volta em uma, aparente, fração de segundos!

E a coisa não para por aí! Segundos os “relatos” ao rematerializar-se o navio (destróier Eldridge – DE-173, depois incorporado à marinha grega, com o nome de Leon) apresentou-se como um cenário de horrores, trazendo diversos membros da tripulação fundidos, vivos, em seu casco! Segundo os relatos dos “sobreviventes”, que passaram a sofrer de fenômenos físicos e psicológicos inexplicáveis, foi feito, durante a experiência, um “contato”, talvez o primeiro (ao menos da idade moderna) com alienígenas inter-dimensionais, o que pode ter sido a origem do moderno fenômeno ufológico.

O que existe de prático? Mais uma vez, o véu de mistério (e, talvez de ocultamento Oficial...) é muito difícil de ser rompido. Einstein nunca disse nada a respeito. Muito menos a Marinha ou Townsend Brown...

Um parêntese; para aqueles que apregoam que seria impossível manter segredo sobre um evento, sobre uma descoberta científica desta natureza, apenas digo que, durante um certo tempo de minha vida profissional prestei assistência a organismos militares e posso afirmar, com convicção, que os “governos”, quando se trata de “coisa séria”, só levam a público o que lhes interessa...

Outro parêntese muito importante; nas discussões pró e contra o fenômeno UFO, normalmente são ignorados os estudos e descobertas de um cientista e pesquisador do início do Século-XX, por muitos considerado “maldito”, e que foi o responsável pela “descoberta” da “corrente alternada” e de suas aplicações, graças às quais, nosso mundo moderno pode materializar-se, de torradeiras e computadores digitais a veículos maglev, estamos falando de Nicola Tesla. Hoje quase esquecido, algumas de suas pesquisas parecem apontar explicações racionais para alguns dos inexplicáveis fenômenos que cercam as “aparições” de UFOs, o que, por si só, justificaria um maior investimento em pesquisas neste campo.

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Assim, se os nazistas, bem antes de Roswell, se apoderaram de um Disco Voador (partindo-se do princípio de que ambos os casos possam ser verificáveis, o que até agora não ocorreu) ou se os aliados despertaram, com suas experiências, um contato com um “poder” (ou perigo...) latente o fato é que os Discos Voadores, literalmente, invadiram nosso mundo, nossos corações e mentes a partir de então!

Se tudo não passa de imaginação, de stress pós-traumático da guerra fria e das duas guerras mundiais que a precederam, de uma reação à desesperança hedonista de nossos conturbados dias, de uma esperança de chamado messiânico que salve os “escolhidos” do “final dos tempos”, é difícil dizer.

O que, na prática, fica claro de tudo o que aqui foi narrado e discutido, de todo esse complexo processo, é que “A Vida”, em especial a vida complexa, a vida inteligente, a vida inteligente capacitada tecnologicamente parece ser rara. Se isso for, nos próximos anos, confirmado (acredito que, com os atuais avanços investigativos na área da ciência planetária logo teremos uma resposta), aumenta em muito nossa responsabilidade como espécie sapiente.

Se é nossa intenção sobreviver como seres humanos livres e independentes, precisamos romper, com urgência, as correntes, as cadeias que nos prendem à nossa atual e única morada. Encontrar novas Terras na imensidão do espaço cósmico, Santuários para os quais nós ou nossos longínquos descendentes possam mudar-se quando o tempo de nosso planeta ou de nosso sol chegar ao seu fim (Algo que inevitavelmente ocorrerá, aos olhos da ciência, nos próximos 5 bilhões de anos. Muito antes disso, porém, nos próximos 250 milhões de anos, segundo os estudos mais recentes, a Terra se tornará inabitável para espécies como a nossa – apressando nosso provável êxodo ou fim – com a formação do super-continente “Pangea Última”, desencadeando um fenômeno de extinção semelhante ao ocorrido na Terra há 250 milhões de anos, marcando o fim do permiano e o limite do ínício da era secundária, conhecido como a catástrofe permo-triássica na qual perto de 95% da espécies vivas no planeta foram exterminadas. O maior evento de extinção em massa até agora registrado e que abriu caminho para a evolução dos dinossauros.).

Sobrevivemos, com relativo sucesso, até hoje, porque, ao longo de nossa evolução, nos tornamos uma “Espécie Planetária”. A sobrevivência, aos olhos da evolução é, sem dúvida, a “sobrevivência dos mais aptos”, mas, ao contrário do que sempre defenderam os racistas e adeptos do arianismo, esta é a sobrevivência dos mais adaptáveis, daqueles que detém em si uma maior diversidade genética, normalmente fruto de cruzamentos inter-raciais que realçam, à longo prazo, as características mais promissoras de uma espécie. Assim, se é nosso desejo, puro e simples, sobreviver, precisamos parar de nos matar por questões ridiculamente banais e juntar esforços para evoluir de uma “Raça Planetária” para uma “Raça Cósmica” que, um dia, possa encontrar-se em pé de igualdade com outros possíveis viajantes das estrelas...

Quem sabe então, neste dia, mais maduros e mais sensatos, possamos, finalmente, acalentar uma real esperança de futuro e perpetuação para nossa insólita, porém, maravilhosa espécie!...

---------- Final da Parte-II – Especulações ----------

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Capítulo-I; Universos em expansão (Um pouquinho da história da Cosmologia):

Este texto foi originalmente escrito como Artigo de Apoio a uma Palestra sobre o tema “Vida

fora da Terra” apresentada em Centros de Pesquisa Militares e Civis nos anos entre 2014 e 2018.

Vivemos em um Universo em constante expansão. Um fenômeno que surgiu há aproximados

13,7 bilhões de anos (dados mais recentes) e que, no entorno de 4 bilhões de anos atrás, deu

origem à vida como nós a conhecemos, uma vida que culminou com uma espécie sapiente que

examina os céus a seu redor há alguns poucos milhares de anos tentando compreender os

mistérios que a cercam.

Estamos sós neste imenso Universo? Ele, realmente, é finito no tempo e no espaço? A criação se

deu uma única vez ou ela é apenas uma de incomensuráveis criações, nascimentos, evoluções e

mortes de um inimaginável Multiverso de formas, leis, culturas e “Deuses” ou “Deusas” diversos

que o povoam há eras inimagináveis? Houve um COMEÇO? Haverá um FIM? Qual a função de

nossa espécie neste gigantesco cenário de fundo? Somos, realmente, a “Coroa da Criação”? De

qual “Criação”? Por quanto tempo?

Tempo... Essa é a chave! Quanto dele nos resta? Neste Universo, no Multiverso? E o que virá em

seguida?...

São questões estranhas que angustiam o homem desde o momento em que nossa espécie

adquiriu a consciência de si mesma, do passado e do futuro. Felizmente, para a sanidade de

nossa raça, apenas alguns, periodicamente, se debruçam sobre elas. Para os demais, para a

imensa maioria, a dura luta pela sobrevivência diária, seus pequenos sonhos de consumo e

riqueza, seus anseios por amor, paixão e reconhecimento não lhes permite o vagar, graças ao

“Bom Deus”, por este infinito de insólitas divagações!...

Mas... O Universo está aí e somos parte dele e partilhamos de seu futuro, gostemos ou não,

portanto, precisamos estudá-lo para conhecê-lo, conhecê-lo para compreendê-lo, compreendê-

lo para buscar solucionar seus mistérios. Afinal, foi esta curiosidade insaciável que nos fez

sapientes, humanos, até o presente e, prova em contrário, a raça dominante deste Cosmos sem

fim!

Sem fim? Talvez... A eternidade é o mais humano dos sonhos, sonhamos com nossa

perpetuação como entidades e como espécie, mas o que nos garante essa eternidade?

Tudo ao nosso redor nos aponta para a existência de um FIM para todas as coisas, não importa o

quão longa seja sua duração. Antes de nós existiram milhões de espécies habitando este

pequeno ponto azul e nenhuma delas se perpetuou, bilhões existem talvez, espalhadas por este

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longevo Universo. Longevo, não eterno, ele teve um INÍCIO e tudo indica que terá um FIM, não

importa quão distante no tempo, a verdade é que nosso Universo não é eterno.

Hoje, nossa ciência se defronta com este enigma até agora sem solução. Nosso Universo nasceu,

como já citado, há aproximados 13,7 bilhões de anos (Número que varia entre 15 e 13 bilhões).

Nosso Planeta, nosso “mundinho”, a estimados 4,6 bilhões de anos, época em que as estrelas de

1ª à 3ª gerações já haviam produzido metais pesados em quantidade suficiente para permitir o

surgimento da VIDA (Até aproximados de 4,6 a 6 bilhões de anos atrás, as Supernovas, estrelas

maciças com massa muito superior à de nosso pequeno Sol, ainda não haviam completado seu

ciclo de nascimento, vida e morte, através do qual surgiram todos os elementos de nossa Tabela

Periódica, em quantidade suficiente para permitir a abundância de materiais pesados - Teoria da

Evolução Estelar de Fred Hoyle -, por isso, infelizmente, há pouca expectativa da vida ter surgido

anteriormente a este período neste Universo, em que pesem todas as especulações sobre

“Discos Voadores”, “Deuses Astronautas” e “Supercivilizações”.).

Como nosso Universo surgiu? Segundo a Teoria mais aceita pela ciência, por meio de uma

colossal explosão conhecida como “Big Bang”. Este foi o “momento da criação” aceito pela

ciência atual (Hipótese de George Lemaitre) e nele se definiu nosso destino. O de onde e o

porquê ainda escapam à nossa compreensão. É difícil aceitar que nosso Universo tenha surgido

do “nada”, mas é muito mais difícil tentar compreender que ele seja apenas um de muitos que

antes dele surgiram, evoluíram e morreram para dar-lhe lugar. Que ele tenha bilhões, trilhões,

infinitos irmãos convivendo com ele neste momento, alguns se comunicando entre si através de

“WORMHOLES” (pontes Einstein-Rosen), outros não, ao longo de incomensuráveis ERAS!

Universos finitos, Galáxias finitas, Estrelas e Planetas, Vidas multiformes finitas habitantes de

um Multiverso, este, realmente, sem início ou fim (É nesse momento que esbarramos com a

“Hipótese de Deus”, “O DEUS”, uma entidade criadora que exista desde os tempos antes dos

tempos e que “Não Jogue Dados” com o mundo como bem o definiu Einstein. Então, por que

não defini-la assim na falta de nome melhor?! Um DEUS assim é o que admitem agnósticos

teístas como eu, para quem tal entidade é plausível por uma simples questão de Lógica e não de

Fé!).

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Sim, pode ser que cada “Buraco Negro” de nosso Universo seja o “momento da criação” de

outro Universo (a hipótese dos Buracos Brancos), Universos povoados por leis físicas

semelhantes, idênticas ou totalmente divergentes das que nos governam! Pode ser que alguns

destes Universos surjam e pereçam num átimo, motivados pela instabilidade de um vácuo

quântico metaestável, pode ser que alguns existam há eras inimagináveis e que sobrevivam a

muito mais tempo do que o nosso, tudo depende da quantidade de matéria e de energia (Se

quisermos tratá-las como entidades separadas e não como formas distintas de uma mesma

entidade brilhante e simplesmente definida por Einstein em sua equação E=mc2!) surgida no

momento de sua “criação”.

É essa “quantidade” da Matéria e Energia envolvidas que irá determinar, para cada Universo

criado seu INÍCIO e seu FIM.

Se a geração de Matéria e Energia iniciais for grande, acima do limite crítico do empuxo inicial, o

Universo, após um período de expansão motivado pela explosão primerva (identificada, pela

primeira vez, por Edwin Hubble que detectou o “desvio para o vermelho” nas galáxias, exceto

para as do Grupo Local – Red Shift e Blue Shift), tenderá a desacelerar-se pelo efeito da

Gravidade, a mais fraca e a mais persistente das Forças da Natureza. Após um período de

estabilidade, haverá uma tendência para a reversão do movimento de expansão para contração

e toda a matéria e energia voltarão a reunir-se num ponto, numa “Singularidade”, para um novo

começo explosivo, um novo “Big Bang”. Este processo Cíclico é denominado Universo Oscilante

e a formação da Singularidade, “Big Crunch” (Grande Esmagamento).

Esta visão de um Universo Cíclico, sem começo e sem fim, mas passando por etapas contínuas

de nascimento, morte e renascimento, encontra eco na filosofia hindu com seus conceitos de

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Carma (Karma) e Reencarnação. Além disso, ela tem a “vantagem” de nos permitir raciocinar

com a hipótese de um único Universo.

Mas, esta visão cíclica tem um problema e este problema se chama ENTROPIA...

Que, diabos, é isso?

Entropia e Entalpia são dois fenômenos físicos estabelecidos como leis no Século-XIX. Em termos

simples estas duas Leis determinam um fato extremamente corriqueiro de nosso dia a dia, a

tendência de um corpo quente esfriar e de um corpo frio se aquecer até atingirem um equilíbrio

de calor com a temperatura ambiente. O caso de uma panela com água fervente e de um balde

com gelo deixados num canto da cozinha. Simples, não é? Mas este fenômeno simples guarda

um segredo perigoso, uma constatação de um brilhante cientista em 1956, o físico alemão

Hermann Von Helmholtz; “O Universo está morrendo” e esta Morte é Irreversível, A “Morte

pelo Calor” ou Segunda Lei da Termodinâmica

Von Helmholtz demonstrou-nos, com um simples exercício de lógica, que, não importa quanto

tempo demore, a Entropia terminará triunfando. Mesmo que nosso Universo se expanda

indefinidamente (Para isso a quantidade de Matéria e Energia nele existente terá que ser

inferior à necessária para que a Gravidade interrompa o processo de expansão.), as Estrelas,

pouco a pouco irão esgotando seu hidrogênio, consumindo todo o hidrogênio e o hélio

existentes no Universo e morrendo sem deixar descendentes. Ao cabo de eras incomensuráveis

(trilhões de trilhões de anos), uma a uma, elas se apagarão e ao se apagarem tornarão a VIDA

impossível. Seus restos e o de seus planetas calcinados vagarão frios e mortos por toda a

eternidade. Este é o cenário de Morte Entrópica ou “Big Freeze” (O Grande Congelamento, o

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triunfo final da Entropia quando tudo no Universo terminará por atingir a estabilidade de ZERO

graus Kelvin de temperatura e nenhuma atividade será mais possível. Hoje, a temperatura de

fundo do Universo é de 3º K – Penzias e Wilson; Satélite Cobe) que motivou Bertrand Russell a

escrever seu livro intitulado “Porque não sou Cristão”.

Há, ainda, outro cenário que precisa ser considerado para o destino de nosso atual Universo; o

“Big Rip” (A Grande Ruptura). Por motivos ainda não compreensíveis, a expansão de nosso

Universo não está sendo refreada pela força da gravidade, mas se acelerando cada vez mais

rapidamente (Este fenômeno é conhecido como “Inflação” – Alan Guth). Se essa aceleração

continuar, chegará a um ponto em que as estruturas de nosso Universo, desde as imensas

galáxias às partículas subatômicas não poderão ser mantidas, mesmo pelas forças

eletromagnéticas e nucleares, forte e fraca, e tudo no Universo entrará num processo de

ruptura e pulverização!

Todos estes cenários descritos levarão de estimados 40 (Big Crunch) a 70 (Big Rip) bilhões de

anos para se concretizarem, muito mais do que o tempo atual de vida de nosso Universo desde

seus primórdios, ou, mesmo, trilhões de trilhões de anos no caso do Big Freeze, mas existe outro

possível FIM que pode nos atingir de uma forma inesperada e imediata, o Universo

Metaestável...

Isso tem a ver com a teoria da Mecânica Quântica surgida no início do Século-XX, baseada na

matemática da Teoria das Probabilidades (Pierre Laplace) de Jules Henri Poincaré e na

descoberta da radioatividade por Marie e Pierre Curie (Século-XIX), bem como no Princípio da

Incerteza de Werner Heisenberg (Século-XX). A Mecânica Quântica, também conhecida como

“Física das Partículas Discretas”, afinal elas são muito pequenininhas, estuda o microcosmo das

partículas subatômicas que deram origem a nosso Universo ou macrocosmo. Esse microcosmo é

governado por leis probabilísticas e não determinísticas como ocorre em nosso Universo Visível

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e essas “leis” (sem querer entrar em detalhes matemáticos) nos indicam que existe a

“possibilidade” de estarmos vivendo num Universo onde não existe um Vácuo Puro, mas sim,

um Vácuo Metaestável que pode vir a desequilibra-se a qualquer momento e cair um estado de

equilíbrio quântico de menor potencial por efeito de tunelamento. Se isso ocorrer, todo o nosso

Universo poderia perecer numa fração de segundos ( inimaginavelmente pequena), num átimo!

O que poderia provocar isso? A geração e desintegração de uma partícula de Alta Energia como

um “Strangelet” gerado em nossos Aceleradores de Partículas cada vez mais potentes ou a

colisão frontal de duas partículas de Alta Energia no profundo espaço cósmico!

Plausível? Sim... Possível? Sim. É provável? Não. Dado o tempo de existência de nosso atual

Universo. Mas... É uma hipótese que tem que ser considerada.

Por falar em hipótese, um pequeno esclarecimento. Em ciência é preciso fazer-se uma clara

diferenciação do que é Hipótese e do que é Teoria. Hipótese Científica é uma idéia em princípio

plausível, até possível, mas para a qual ainda não foram encontradas Provas Materiais

definitivas. Exemplo; a Vida disseminada por nosso Universo (Vida, da mais simples à mais

complexa) é uma Hipótese plausível, possível, mesmo provável, mas, até o momento, não temos

uma só “prova” definitiva de “Vida” fora da Terra. O Big Bang, a Relatividade, são Teorias.

Existem fortes indícios e observações do primeiro (observações de Penzias e Wilson, Satélite

Cobe, etc), existem provas matemáticas e de observação da segunda.

Aproveitando, vamos analisar outra gradação que é muito usada em ciência; o que é Plausível, o

que é Possível e o que é Provável:

Plausível é um fenômeno para o qual existem INDÍCIOS de que o mesmo tem razoáveis chances

de existir, por conseguinte, trata-se de uma Hipótese aceitável, admissível, por exemplo; Vida

Inteligente fora da Terra (não necessariamente tecnológica).

Possível é uma Hipótese concebível que tem grande chance de ser verdadeira, por exemplo;

VIDA (de qualquer espécie) fora da Terra.

Provável é uma Hipótese da qual se possuem fortes Indícios e, mesmo, Evidências que podem

vir a tornar esta Hipótese uma TEORIA CIENTÍFICA (Vida Inteligente na Terra é um fato. Existem,

ao menos, 5 espécies comprovadamente inteligentes neste planeta. E vida humana “Inteligente”

na Terra? Iiiiiiih!...RSRSRSRSRS!).

Lembrar que, à Luz da Ciência, Indícios são “provas” circunstanciais que apontam para a

PLAUSIBILIDADE de uma Hipótese Científica.

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Evidências são Provas Materiais que apontam para a POSSIBILIDADE e, mesmo, para a

PROBABILIDADE de uma Hipótese vir a tornar-se uma Teoria Científica.

Não se faz ciência com ESPECULAÇÕES, embora as mesmas sejam um exercício saudável de

imaginação que pode levar-nos a conclusões corretas. Ciência se faz com PROVAS!

Hoje, o destino de nosso Universo, dentro ou não de um plausível Multiverso, ainda é um

conjunto de Especulações e Hipóteses Científicas. O mesmo se dá no que diz respeito à Hipótese

de Vida além da Terra. São hipóteses Plausíveis, mas que até agora carecem de comprovação.

Porém, como diz o velho ditado, “Temos que manter nossas mentes abertas”, com cuidado para

o cérebro não cair!...

Avançamos muito na compreensão do Universo nas últimas gerações. Quem sabe que surpresas

nos aguardam no futuro. Como disse Carl Sagan, “Se não existe VIDA fora da Terra, então o

Universo é um grande desperdiço de espaço”!

Será? Segundo o “princípio da mediocridade” é totalmente Ilógico que na vastidão universal a

VIDA tenha vindo a nascer e florescer exatamente aqui. Que neste insignificante, minúsculo

planeta, neste nada, tenha se originado o primeiro oceano molecular, a primeira célula, o

primeiro verme, o primeiro ovo, o primeiro ser a correr, saltar, voar, pensar!... Mas... Eu

pergunto... Por que não? Talvez, respondendo a Sagan, caiba a nós preenche-lo... É uma

hipótese que, igualmente, até prova em contrário, precisa ser considerada!... E, se verificada,

aumenta IMENSAMENTE nossa responsabilidade diante da evolução! Ou, se preferirem, da

“Criação”, da “Obra de Deus”, o DEUS! Aquele que nos concedeu o “Livre Arbítrio” para o Bem

ou para o MAL...

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Capítulo-II; A Vida fora da Terra – Possibilidades Científicas;

Este pequeno capítulo apresenta uma análise simples dos resultados que podem ser obtidos com

a “Equação de Green Bank”, mais conhecida como “Equação de Drake” que busca demonstrar a

possibilidade da existência de Vida Inteligente fora da Terra. No ano 2000 ela foi revisada no

estudo desenvolvido por dois cientistas da Universidade de Washington. Esta equação revisada

passou a ser denominada Equação da Terra Rara. As pranchas a seguir (Slides), foram retiradas

de uma Palestra minha sobre o tema (2014), baseada em Artigo que escrevi para a Revista UFO

em 2012 (apresentado como Introdução do presente livro).

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Análise Estatística da possibilidade de Vida Inteligente Tecnologicamente Desenvolvida na

Galáxia Via Láctea no presente momento:

1) A Via Láctea contém ~200 bilhões de estrelas (de 100 a 400 bilhões)

2) O cálculo Otimista pela Equação de Green Bank (Drake) levando em conta os dados

atuais de planetas extra-solares descobertos (mais de 2.000) nos dá como resultados

estimados 5.761.317 planetas na Via Láctea onde a vida É POSSÍVEL (Vida de qualquer

espécie; Protozoária, Metazoária, Animal e Vegetal, Inteligente, Tecnológica). Isso

significa 0,002881% do total de estrelas na Via Láctea ([5.761.317 x 100]/ 200 bilhões).

3) Pelo Cálculo Pessimista da Equação de Green Bank podemos ter até 960.220 planetas na

Via Láctea portadores de vida (da mais simples até a mais complexa).

4) Pela Hipótese da Terra Rara o cálculo otimista cai para 28.464 planetas com vida.

5) Pela Hipótese da Terra Rara o cálculo pessimista cai para 593 planetas com vida, neste

momento na Via Láctea como foi demonstrado pela aplicação das equações.

6) Considerando apenas as 8.700.000 de espécies cadastradas pela ciência, atualmente

existentes no Planeta Terra (Os números podem chegar a 30 milhões hoje e a 130

milhões durante os 4,6 bilhões de anos de existência do planeta Terra) temos a seguinte

proporção percentual do número de espécies que desenvolveram uma Civilização

Tecnológica durante este intervalo de tempo; 1/8700000 = 0,0000001149 ou seja

0,00001149% do total de espécies atualmente existentes e catalogadas.

7) Aplicando este percentual ao número de planetas existentes na galáxia Via Láctea

capazes de serem portadores de vida, teremos a seguinte chance de existência de uma

Civilização Tecnológica, neste momento, em nossa Galáxia com 200 bilhões de

estrelas:

a) 5.761.371 x 0,00001149% = 0,661975

b) 960.220 x 0,00001149% = 0,110330

c) 28.464 x 0,00001149% = 0,003271

d) 593 x 0,00001149% = 0,000068

Ou seja, nem na hipótese mais otimista a probabilidade estatística de existência de uma

Civilização Tecnológica na Via Láctea é confirmada.

Realmente, a possibilidade de duração de nossa civilização tecnológica (que tem pouco mais de

200 anos e pouco mais de 70 com capacidade de auto-destruição) não nos dá a certeza de que

sobreviveremos por mais 1 Século que seja, após uma marcha de ~10 mil anos.

Pode ser que outras Civilizações Tecnológicas, antes de nós, tenham chegado a este RUBICÃO e

não tenham conseguido atravessá-lo, extinguindo-se antes, mesmo, de nosso nascimento.

Que tal nos sirva de alerta!

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Capítulo-II – Complemento; ANTECEDENTES:

X Simpósio Biológico; Cold Spring Harbor, Long Island - 1962

Ensaio: Frequências de Contato Biológico segundo probabilidades de Diferenciação das Espécies

– J.J. Merrick

Resumo: “Devo concluir que o primeiro contato com vida extraterrestre será determinado pelas

probabilidades conhecidas de diferenciação de espécies. É fato inegável que organismos

complexos são raros no planeta Terra, ao passo que organismos simples florescem em

abundância. Existem milhões de espécies de bactérias, milhares de espécies de insetos, apenas

algumas espécies de primatas e somente 4 de grandes mono antropóides. Existe uma única

espécie humana (Homo Sapiens Sapiens).

Existem 7,2 bilhões de seres humanos na Terra (na época do estudo 3 bilhões). Pode parecer

muito até que verificamos que 10, até mesmo 100 vezes este número de bactérias podem estar

contidas em um vaso grande.”

TABELA DE PROBABILIDADES DE CONTATOS:

1- Organismos Unicelulares Simples (Procariotas) 78,40%

2- Organismos Multicelulares Simples 19,40%

3- Organismos Multicelulares Complexos 1,40%

4- Organismos Multicelulares Complexos com Sistema Nervoso Integrado 0,78%

5- Organismos Multicelulares Complexos 7+ (Capacidade Humana) 0,02%

Donde se conclui que um primeiro contato com organismos alienígenas será, muito

provavelmente, com Vírus e/ou Bactérias. Tal ainda não se verificou de forma cientificamente

comprovada, que dirá contatos com OVNIs (UFOs). Lembrar, ainda, que 3% de todos os

organismos microscópicos existentes na Terra são nocivos à espécie humana.

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Capitulo-III; Os “Deuses Antigos”:

Desde o início de nossa atual civilização tecnológica, há estimados 6 mil anos atrás, que os seres

humanos se voltam para o céu estrelado, buscando entender os mistérios ocultos em sua

vastidão. Não é por acaso que povoamos o céu com “Deuses” poderosos, interpretações de

“Forças da Natureza”, entre elas, a mais fundamental para a vida, o SOL.

O Culto Solar é talvez a mais antiga manifestação de adoração humana, seguido por ordem de

importância pela Lua e pelas Estrelas...

O sol, porém, sempre foi o astro predominante e logo o homem aprendeu que, sem ele, não

existiria a VIDA!

A adoração ao Sol é o culto maior de todas as civilizações antigas, desde os Faraós do Egito, em

especial o “Herético” Amenofis IV que instituiu o primeiro culto monoteísta de que se tem

registro na história, mudou seu nome para AKENATON (O adorado de Aton, o Sol), fundou uma

nova capital na região de Amarna (a 1ª “Brasília” planejada! RSRSRSRSRS!), desprezando os

antigos cultos politeístas cujo maior expoente era representado pelos sacerdotes de Amon-Rá,

outra forma de adoração ao Sol, então dominante no panteão de deuses egípcios.

Após sua morte (de causas não necessariamente “naturais”) o politeísmo foi reintroduzido no

Egito, mas o culto do Sol se espalhou, ganhando cada vez mais força entre Gregos (Apolo) e

Romanos (Hélios e, mais tardiamente, como o Sol Invictus).

O culto ao Astro-rei também se espalhou pelas Américas entre os Maias, Astecas e Incas,

exigindo sacrifícios de sangue que culminaram em verdadeiras carnificinas para que “O Deus” se

mantivesse alimentado e, desta forma, continuasse provendo a “VIDA” a seus crentes!...

Na idade média, o culto ao Sol fundiu-se ao maniqueísmo e ao gnosticismo, alcançando seu

ápice com a heresia Cárata que se espalhou rapidamente pelo Languedoc provençal, até ser

esmagando pela cruel cruzada albigense...

Perseguidos pelo catolicismo dominante, os adoradores do Sol tornaram-se proscritos, assim

como os da Lua, refugiando-se em Seitas Secretas. Somente no Século-XIX abandonaram as

sombras quando a Teosofia, a Golden Dawn, a Sociedade do Vril, a Thule nórdica e tantas outras

seitas herméticas brotaram sob a influência dos cultos Hindu-Arianos, atingindo seu apogeu na

primeira metade do Século-XX com o nascimento do Nazismo Mágico.

Observando a progressão do culto ao “Deus Sol”, conseguimos identificar toda uma série de 25

“Messias Solares” em uma pesquisa feita pelo grupo Zeitgeist. Incluídos entre eles: Attis,

Krishna, Dionísio, Mithra e finalmente, Jesus Cristo o último dos assim chamados “Messias

Solares”.

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A “lenda”, do nascimento a partir de uma “virgem” ao ressuscitar, é comum a todos eles,

segundo este grupo de pesquisadores; astrologicamente, o Sol “nasce” na constelação de Virgo

(Virgem) e “morre” (atinge o ponto mais baixo no céu no hemisfério norte) em 22 de Dezembro

e não se move por 3 dias, permanecendo próximo à constelação do Cruzeiro do Sul. No dia 25

de Dezembro, dá-se o Solistício de Inverno, a partir do qual o Sol “Renasce” e começa a tornar-

se cada vez mais alto no céu, trazendo a promessa de dias mais quentes e da abundância das

colheitas (agosto-setembro). Assim, diz-se que o Sol “morre na cruz” para, ao final de 3 dias,

“ressuscitar”. Quanto aos 12 apóstolos que, normalmente, seguiam estes “Messias Solares”,

temos os 12 Signos do Zodíaco seguindo o Sol. Trata-se de uma visão antiga totalmente

astrológica. Não bastando, a estrela que indica o nascimento do “Salvador” é Sirius, a mais

brilhante do céu que, em 25 de dezembro, aponta para o Cinturão de Orion, as “três Marias” ou

“três Reis” na tradição antiga.

É uma visão e uma explicação cética para o mito dos “Messias Solares”. Está disponível no

Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=jJSpujHhaGQ), pode não ser aceita pelas pessoas

devotas de suas religiões e isso tem que ser respeitado, mas, convenhamos, faz sentido...

Nos dias atuais, todos estes mitos, crenças, credos e lendas aparecem fundidos e amalgamados

em um cadinho cujas conseqüências de longo prazo ainda são mal compreendidas e um tanto

preocupantes, o movimento “New Age” que guarda muitas semelhanças filosóficas (não

ideológicas, friso) com o Ocultismo Nazista, mais conhecido como “Nazismo Mágico”.

Na década de 1960, houve um grande impulso na “pesquisa” dos OVNIs com a Teoria dos

“Deuses Astronautas”. Um dos primeiros livros a falar, um tanto de passagem, sobre o tema foi

o famoso Best Seller “O Despertar dos Mágicos” de Louis Pauwels & Jacques Bergier. Seguiram-

no dezenas dentro da mesma temática, nos quais se destacaram “Eram os Deuses Astronautas?”

e “De Volta às Estrelas ” de Erich Von Daniken e a coisa não mais parou. O que era uma

hipótese especulativa, descompromissada e divertida, virou uma verdadeira histeria alimentada

por autores em busca de ganho fácil sobre um tema que deixava a todos obcecados, buscando a

influência dos ETs em tudo, até debaixo da cama!... Assim, o que era para ser uma hipótese

especulativa, veio tornar-se a base para mais uma “Religião”, a dos “Criadores” e “Salvadores”

vindos do profundo espaço!...

O que existe de mérito, afinal, na hipótese dos “Deuses Astronautas” que acabou por tornar-se

uma série da TV por assinatura de imenso sucesso?

Existem relatos curiosos em textos muito antigos como a Bíblia Hebraica e como a epopéia

Suméria de Gilgamesh, da qual muitos textos foram posteriormente integrados à Torá Hebraica,

base do Antigo Testamento Cristão. Entre eles, o mais famoso, a “Ascensão de Elias”.

Existem os mais antigos ainda textos Védicos indianos, cujo núcleo de tradições orais remonta

há mais de 6 mil anos antes da Era Cristã (AC ou AEC). Entre eles destacando-se o Mahabharata,

o Rigveda, os Puramas, o Mahavira, o Ramayana e tantos mais.

Do outro lado do Atlântico, os Codex Maias e Astecas e sua inexplicável matemática, bem como

seu surpreendente e aparentemente inexplicável conhecimento astronômico.

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No caso já citado dos Vedas Hindus, temos a descrição de naves voadoras, os famosos Vimanas,

que podiam, segundo a tradição, fender o ar e o espaço, assim como de armas terríveis cuja

descrição nos remete a comparações com bombas nucleares e termonucleares, a complexas

Armas Químicas e Biológicas e a armas de Ultra e Infra sons capazes de afetar a mente de

combatentes. Algo que apenas a pouco tempo passamos a dispor em nossos modernos arsenais.

No caso das culturas da mesopotâmia, em especial a antiga cultura sumeriana, vem-nos contos

sobre Deuses Alados, oriundos de planetas e estrelas distantes, os Famosos “Anunnakis” e sua

“mãe” Orejana, seres bípedes aparentemente anfíbios, segundo a tradição, vindos de Vênus.

Mas o caso mais curioso, para mim, é o dos Maias. Um povo muito primitivo em muitos

aspectos tecnológicos. Praticante de ritos sangrentos, alguns canibalescos (hoje considerados

não uma marca de primitivismo, mas de involução). Conheciam a RODA, mas não a aplicavam

em transportes no seu dia a dia, apenas em sua simbologia religiosa. Tal como os egípcios,

realizavam cálculos matemáticos complexos e tinham um conhecimento incomum do céu,

incluindo o da existência de estrelas e galáxias invisíveis a olho nu.

O que podemos deduzir disso?

1- Que estas antigas e primitivas civilizações herdaram algum conhecimento de uma

civilização humana mais antiga e adiantada cujos registros históricos se perderam no

tempo (Lemúria, Atlântida, Mú, Z, Naacals, Agartha, Shambala... ?).

2- Que estes povos adquiriram um conjunto de técnicas e conhecimentos através de meios

de uma ciência desconhecida, não ortodoxa, cujo domínio, igualmente, não chegou até

nós.

Uma pista interessante poderia vir de uma tradição existente entre as classes dominantes

destes povos de praticarem um tipo quase universalmente disseminado de deformação

craniana. Realmente, apenas podemos especular se esse processo de deformação e

alongamento, mais do que um simples símbolo de poder dinástico, não poderia despertar

algumas capacidades latentes do ser humano, hoje perdidas...

Entrando em um campo totalmente especulativo, se estas castas sacerdotais e dinásticas

haviam aprendido a manipular a própria mente, por que não seriam capazes de sondar o

Universo que os cercava e nos cerca sem a necessidade de complexos instrumentos como os

telescópios e radiotelescópios que utilizamos?

Indo um pouco mais adiante, poderia, esta elite, atravessar ou manipular o tempo? Mover

objetos sólidos com o puro desejo? Deslocar-se através do tempo e do espaço sem o auxílio de

complexas espaçonaves? Entrar em contato entre si e com outros além a distâncias

imensuráveis? Detendo um poder assim, para que precisariam de meios mecânicos para realizar

sua vontade, para que precisariam de rodas e estradas?...

A verdade é que todos esses poderes míticos como levitar, mover-se no espaço-tempo,

atravessar paredes, tornar-se invisível, consultar registros à distância, mover objetos e a si

mesmos apenas por vontade, sonhos humanos desde que nos conhecemos, ainda que

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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aparentemente impossíveis em nosso Universo Einsteniano, macrocósmico tetradimensional,

são fatos rotineiros no microcosmo quântico das partículas subatômicas regulado pela Teoria

das Probabilidades.

Serão, realmente, “sonhos impossíveis” ou, apenas, nossas atuais ciência e tecnologia evoluíram

de uma forma diferente da que já pode ter existido em algum momento da história humana?

Tradições orais e documentos muito antigos nos falam de eras em que os “Deuses” caminhavam

sobre a Terra. Deuses capazes de se deslocarem no ar e no espaço com facilidade. Deuses que

eram capazes de viver por milênios com sua saúde e sua juventude preservadas. Deuses que

dominavam armas terríveis, como as que possuímos atualmente, e que se destruíram em

guerras titânicas, das quais os sobreviventes mergulharam na barbárie e no canibalismo para

deles saírem, há muito custo, milênios depois!...

Seriam estes “Deuses” apenas humanos filhos de uma geração mais antiga e sábia, mas que,

mesmo assim, não conseguiram que sua inteligência prevalecesse sobre sua selvageria

predatória?

Somos a primeira civilização tecnológica a emergir do caos neste planeta? Ou apenas o re-

despertar de um sonho distante? Somos, apenas, o “Eco de um Passado Distante”, mais

glorioso, que alçou vôos mais altos e que veio a findar-se em fragorosa queda?

Quem criou entre os homens o “Mito” da Imortalidade? Da existência da Alma? Da juventude

eterna?...

Durante milhares de anos, insisto, a humanidade acreditou na existência de Deuses e

Semideuses imortais. Vemos este mito presente em todas as civilizações antigas; Egípcios,

Sumérios, Babilônios, Minuanos, Fenícios, Hebreus, Hindus...

De onde, insisto mais uma vez, surgiram esses mitos? Apenas do desejo humano de

imortalidade? E de onde surgiu este conceito de “vida eterna” entre as populações primitivas? E

se, numa época pregressa existiram, realmente, alguns indivíduos especiais cuja longevidade,

cuja capacidade de auto-regeneração os elevou à categoria de “Deuses” entre os simples

mortais? Ainda hoje, a expectativa média de vida humana mal atinge os 80 anos, isso em países

desenvolvidos. Qualquer ser humano com 100 anos ou mais é considerado um caso especial,

raríssimo, que dizer numa época, há 4 ou 5 mil anos atrás, quando esta mesma expectativa de

vida mal atingia os 30 anos?!

Imaginem essas populações primitivas convivendo que seres em aparência humanos, mas

capazes de voar, donos de armas terríveis que podiam arrasar cidades inteiras num piscar de

olhos, de máquinas que podiam fazer todo o trabalho pesado e que fendiam o espaço com

facilidade, permanecendo vivos, geração após geração, entre os homens comuns...

Não seriam estes seres, “eternos” considerados “Deuses”, Deuses das estrelas? Ou teriam, mais

uma vez, sido, simplesmente, seres humanos de uma geração anterior, mais sábia, antiga e

evoluída? Seriam eles frutos de uma civilização primerva que teriam conseguido ultrapassar a

barreira do tempo? Mortais, mas extremamente longevos graças a um controle cuidadoso de

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 50

sua saúde física e mental? Seriam privilegiados? “Deuses”? Ou apenas “Viajantes das Estrelas”,

sujeitos à distorção espaço-temporal da Teoria da Relatividade?...

Seriam estes possíveis Visitantes ou Viajantes das Estrelas nossos Deuses do Passado? Quem

sabe... Mas, convenhamos, isto soa, apenas, como uma estória de Ficção. Será?...

Parece haver algo de muito errado em nossa Proto-História. Algo que foi sistematicamente

aniquilado em gigantescos autos-de-fé periodicamente realizados pelas religiões dominantes,

como se houvesse algo que precisasse ser escondido... O que? O fato da nossa atual não ter sido

a única civilização humana? O fato de nossos ancestrais terem convivido com ou se originado a

partir de outros seres nos quais a luz do intelecto brilhou primeiro?

Lemurianos, Muvianos, Naacals, Atlantes? Mais remotamente ainda, Saurianos, Anunnakis? Por

que nosso diminuto e simplório planeta parece atrair, a acreditarmos nos relatos dos adeptos da

Ufologia, como um imã, povos raças e tradições estranhas? Por que segundo alguns, que não

são poucos, este pequeno, insignificante, planetinha azul parece ser o foco de tantas atenções?

Poderá a vida aqui surgida há eras, por mero acaso ou concreta intenção, ter se espalhado, em

algum momento ou em vários, pelo cosmo e os frutos desta semeadura o buscarem como a um

santuário de onde seus ancestrais partiram em tempos ignotos, para a conquista da galáxia, do

universo talvez?

Este é um argumento especulativo do qual me sirvo, larga e descompromissadamente, em meus

livros de ficção. Simplesmente, me baseei no quadro evolucionário da vida no Universo e na

Terra, aceito cientificamente, e completei os espaços vazios, preenchendo-os com minha

imaginação. Assim, fiz dos lendários “Anunnakis” (seres descritos na tradição como humanóides

de características anfíbias) os “pais criadores” dos sáurios (“Saureanos”) inteligentes e, dos

dinossauros, seus animais de corte e trabalho. Fiz dos sáurios inteligentes os “criadores” do

“Homo Sapiens”, retirado da barbárie dos proto-humanos e dos humanos, e deste, a base de

uma nova etapa de evolução, o despertar dos poderes extra-sensoriais em nossa raça. Tudo isso

regado a muita intriga, amor, sexo e violência que é o que vende (e bem, Graças a Deus!

RSRSRSRSRSRS!) livros de ficção. IMPORTANTE, tudo isso é FICÇÃO CIENTÍFICA, não CIÊNCIA! É,

para mim, um descompromissado e divertido lazer!

A verdade dos fatos, a “realidade”, talvez Jamais a saibamos... A menos que uma das miríades

de bibliotecas secretas antigas, perdidas em remotos e ignotos cantões seja, por acaso, revelada

e que uma chave para a tradução de seus escritos milenares esteja disponível, permitindo-nos

sua compreensão!...

Até lá, viveremos em merecida e talvez protetora e piedosa ignorância!

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Nos próximos Capítulos, procuraremos apresentar, em poucas palavras, as informações

indispensáveis sobre a criação das condições necessárias ao surgimento da VIDA como ela se

criou em nossa morada, o pequeno Planeta Terra, de forma que possamos extrapolar esta

criação para termos condições de analisarmos as chances de surgimento da vida e da vida

complexa nos miríades de mundos habitáveis que se espalham pelas estrelas ao nosso

redor!...

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Capítulo-IV; Mistérios do Tempo e do Espaço:

Como descrito no Capítulo-I, vivemos em um Universo finito que pode ser, de forma muito

plausível, filho de um Multiverso sem início ou fim...

Vamos falar um pouquinho sobre isso:

A atual Teoria dominante sobre a formação do Universo, nosso Universo, nos diz que o mesmo

foi criado a partir de uma colossal, inimaginável e “silenciosa” explosão (silenciosa SIM, não

existe “AR” no espaço para propagar SOM) a cerca de 13,7 Bilhões de anos (Estes dados como

muitos mais relativos às dimensões do tempo e do espaço são aproximações. Não podemos

afirmar tal data com tanta precisão. Na realidade, nosso Universo tem algo entre 13,5 e 15

Bilhões de anos de existência, mas isto, para um “leigo”, soa como um “chute” – esses cientistas

não sabem nada – 13,7 Bilhões de anos passa ao leigo uma idéia bem maior de uma precisão

que na realidade não existe...)

Esta colossal e curiosa “explosão” acabou sendo pejorativamente batizada por seus detratores

(adeptos da Teoria do “Estado Estacionário”) como Big Bang (O grande estouro!), mas a verdade

é que não houve estouro, até porque, como já citado, é preciso que exista ar para a propagação

de ondas sonoras e o espaço é um vácuo muito mais perfeito do que qualquer coisa que

consigamos produzir artificialmente na Terra. O Universo surgiu de um ponto infinitesimal, de

uma singularidade que cresceu “a partir do nada”. Antes não havia NADA, nem tempo nem

espaço que se criaram a partir da expansão da singularidade infinitesimal. Onde ela se

expandiu? Em lugar nenhum, pois não havia NADA para onde ela se expandisse, o Big Bang

“criou” seu próprio espaço e seu próprio tempo...

Difícil de visualizar, não é mesmo?

E o que existia antes?... NADA! E de onde veio o Big Bang?

A imensa maioria dos Físicos e Cosmólogos, quase todos Ateus, franzirá o nariz e responderá

que tal pergunta não tem sentido. Uma boa maneira de fugir da pergunta, mas que não

convence quem realmente se debruçar sobre o problema. É uma resposta quase “religiosa” do

tipo que se dá à pergunta; “Quem criou Deus (O DEUS!)”? Ninguém, ELE (ou ELA?...) sempre

existiu...

Há alguns anos, um grupo minoritário de cientistas e pesquisadores começou a se preocupar

com esse problema e assim surgiu a hipótese (Ainda hipótese, não Teoria) do Multiverso.

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Esta hipótese surgiu como uma tentativa de solução do enigma gerado por um dos mais

estranhos fenômenos de nosso Universo, os “Buracos Negros”.

O que, afinal, é um “Buraco Negro”?

Para compreender isso, precisamos estudar, um pouco, a formação das estrelas...

Existem miríades de estrelas no Universo, somente em nossa galáxia, a Via Láctea, é estimada a

existência de algo entre 100 e 400 Bilhões de estrelas, sendo o número médio, 200 Bilhões, o

mais aceito, mas, mais uma vez, é uma mera aproximação.

Estas estrelas variam em características de tamanho, idade, tempo de vida e evolução, mas de

uma forma geral, grandes e pequenas, seguem um padrão de nascimento, vida, envelhecimento

e morte como tudo o mais no Universo que nos cerca.

Uma estrela média pode viver mais de 10 Bilhões de anos. Estrelas pequenas podem durar mais

de 40 Bilhões de anos. Já estrelas maciças com 8 ou mais vezes a massa de nosso Sol, tem suas

vidas medidas não em Bilhões, mas em meros milhões de anos!

Quanto maior uma estrela, menos tempo ela vive. Mas, como uma estrela nasce? E como, e por

que, ela morre?

No início nosso Universo era extremamente quente (milhões de graus), composto por partículas

elementares. Conforme foi se esfriando, estas partículas se aglutinaram, formando o mais

simples dos átomos, Hidrogênio. Mais algumas centenas de milhões de anos e os átomos de

hidrogênio, reunidos pela mais fraca, porém de maior alcance, das quatro forças fundamentais,

a gravidade (as demais; nucleares forte e fraca e eletromagnética, embora muito mais fortes do

que a gravidade, atuam a nível atômico e subatômico), começaram a se condensar em imensos

corpos gasosos. Quando a pressão em seus núcleos atingiu o ponto de fusão nuclear, estes

gigantes, alguns com massa superior a 200 vezes a massa de nosso Sol (estudos mais recentes

consideram que estas primeiras estrelas poderiam atingir de 100 a 1000 vezes a massa Solar,

mas há controvérsias quanto ao limiar de tamanho de estrelas super-gigantes), começaram a

brilhar, ao transformarem hidrogênio no 2º elemento mais simples da Tabela Periódica, o Hélio,

nasciam, assim, as estrelas e fazia-se a LUZ!

Estas primeiras imensas estrelas tiveram vida curta. Como já relatado, de apenas alguns milhões

de anos, produzindo em seu interior os elementos químicos até atingirem o FERRO (Elemento

26 da Tabela Periódica). A partir daí, não havia como continuar a conversão de massa em

energia no interior das gigantes e estas, vencidas pela força da gravidade, tinham seus núcleos

esmagados e morriam numa cataclísmica explosão, momento em que todos os demais

elementos NATURAIS (do Hidrogênio – peso atômico 1 - ao radioativo Urânio – peso atômico 92)

da Tabela Periódica eram produzidos e disseminados pelo espaço em derredor...

Isso continuou por eras e o espaço inter-estelar foi, pouco a pouco, sendo preenchido por

elementos mais pesados em proporção de abundância diretamente inversa a seu peso atômico

(Quanto mais pesado um elemento, menor sua quantidade disponível na seara universal).

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Mas não era só isso o que acontecia...

Movidas pela gravidade, as estrelas, as massas gasosas e as nuvens de poeira cósmica geradas

pelo processo de nascimento e morte estelar, iam se aglutinando em aglomerados cada vez

maiores até que por fim surgiram os primeiros aglomerados globulares e as primeiras Galáxias.

Em princípio, pequenas e irregulares, pouco a pouco crescendo por um lento processo de

agregação, canibalizando-se umas às outras, as maiores devorando as menores, formando as

galáxias espirais, barradas e elípticas conforme descrito no diagrama de Hubble (Astrônomo que

primeiro procurou classificar as galáxias do Universo quanto à sua forma, tendo sido,

igualmente, o que primeiro detectou indícios da expansão que justificaria o “Big Bang”.).

Bilhões de anos se passaram neste processo e dele surgiu, a estimados 10 (?) Bilhões de anos,

nossa galáxia, a Via Láctea, uma gigantesca espiral barrada com perto de 100 mil Anos-Luz de

diâmetro, segunda maior galáxia de nosso Grupo Local (que inclui perto de 20 galáxias menores

e uma gigante espiral, Andrômeda, com quase o dobro do tamanho de nossa Via Láctea e que

dela se aproxima velozmente, devendo, os dois titãs, entrarem em choque e se unirem numa

única super-galáxia, processo que deverá se iniciar nos próximos 2,5 Bilhões de anos e concluir-

se em algo em torno de 5 Bilhões de anos, quando delas surgirá a nova Androláctea.).

Mas voltemos ao nosso objeto de estudo, aos “Buracos Negros” e à sua importância na hipótese

do “Multiverso”:

Um Buraco Negro nasce a partir de estrelas com mais de 8 massas solares (em alguns casos, não

muito bem explicados, isto pode ocorrer a partir de estrelas acima de 3 [três!] massas solares).

Esse processo foi apresentado no Capítulo-I (Universos em Expansão). Estrelas como o Sol

terminam suas vidas inchando como uma gigante vermelha e explodindo como uma “NOVA”

(podendo, por uma fração de instantes, se apresentarem como o objeto mais luminoso de uma

galáxia), formando um halo de matéria denominado “nebulosa planetária” ao redor de seus

restos que podem se transformar numa estrela “Anã Branca” e continuarem esfriando ao longo

de eras para tornarem-se “Anãs Negras” mortas. Há milhares de estrelas neste estado

espalhadas no céu ao nosso redor.

Estrelas maiores explodem como SUPERNOVAS e HIPERNOVAS de forma cada vez mais

catastrófica, dando origem a “Estrelas de Neutrons”, “Pulsares”, “Magnetares” e outros objetos

anômalos, no final dos quais encontram-se os “Buracos Negros”.

O que, essencialmente, é um “Buraco Negro”? Uma estrela que, ao término de sua vida, após

explodir como uma Supernova ou como uma Hipernova, encolhe sobre si mesma, comprimindo-

se de tal forma que nem a Luz consegue escapar de sua força gravitacional.

A representação mais corriqueira de um “Buraco Negro” é a de um FUNIL, no estreito extremo

do qual persiste uma “SINGULARIDADE”. Isso não lhes lembra nada?

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Existe uma Lei na Física que proclama que a Matéria e a Energia podem se transmutar entre si,

mas não podem ser destruídas, a famosa “Lei de Conservação de Energia”. Então, cabe a

pergunta, para onde vai a Matéria tragada por um “Buraco Negro”? Há muitas explicações,

nenhuma definitiva.

Alguns cientistas teorizam que ela rompe os limites do Universo onde vivemos, dando origem a

um “BURACO BRANCO” por onde a matéria tragada é expelida. O que isso nos lembra? É... Do

Big Bang! Talvez cada “Buraco Negro” de nosso Universo venha a dar origem a um “Buraco

Branco”, ao nascimento de outro Universo, a um novo Big Bang! Se isso for verificado como

verdadeiro, muito provavelmente nosso Universo é “filho” de um “Buraco Negro” gerado em

outro “Universo” e assim por diante, sem início ou fim!...

Uma outra curiosa propriedade de alguns “Buracos Negros” é a de se ligarem entre si,

formando túneis através do Espaço-Tempo. Estes “túneis” foram matematicamente previstos

por Einstein em sua Teoria da Relatividade e são também conhecidos como “Pontes Einstein-

Rosen” (nomes dos matemáticos que os previram) ou “Wormholes” (Buracos de Minhoca), os

quais, teoricamente, poderiam ligar dois pontos de uma mesma Galáxia, de um mesmo Universo

ou de dois ou mais Universos de um hipotético Multiverso...

Em teoria, os Wormholes poderiam ser a chance para vencer as incomensuráveis distâncias

entre as estrelas e galáxias de um Universo, mas existe um problema, a quantidade gigantesca

de energia necessária para manter um “Buraco de Minhoca” aberto e estável tempo suficiente

para que possamos atravessá-lo. Outro “probleminha”; ao entrar num “Buraco Negro” (uma das

“pontas” do Wormhole), como saber ao certo aonde se chegar e como saber quando e como

voltar? Isso exigiria um colossal censo galático, feito, muito provavelmente, por sondas

robóticas. Um censo que teria que ser permanentemente atualizado, dada a instabilidade

inerente dos “Buraco Negros”, em especial dos “Buracos Negros” Rotacionais, os mais indicados

para serem utilizados para hipotéticas viagens através do Espaço-Tempo.

Um detalhe importante; não são apenas as estrelas que podem dar origem a Buracos Negros.

Estudos mais atualizados convergem para a hipótese de que cada galáxia possua um gigantesco

Buraco Negro em seu núcleo, nossa galáxia, a Via Láctea, inclusive. Estes imensos funis

sugadores de matéria, mais do que quaisquer outros poderão ser a origem dos Buracos Brancos

geradores dos novos Universos do Muliverso!...

Em suma, lindo como Teoria. Uma Teoria da qual os Escritores de Ficção (inclusive eu) de muito

abusam para poderem viabilizar suas aventuras espaciais, mas tudo indica que as “Pontes

Einstein-Rosen” não seriam uma solução muito prática para nosso problema de deslocamento

intergalático. Mas... De qualquer forma, não custa sonhar!...

Uma das mais interessantes decorrências do uso de “Pontes Einstein-Rosen” para deslocamento

é que estes seriam instantâneos e o tempo não sofreria o efeito de distorção e dilatação

inerente a viagens próximas à velocidade da luz. Infelizmente, até prova em contrário, esta é um

limitador, uma barreira definitiva para deslocamentos de corpos materiais no espaço

tetradimensional (As três dimensões físicas + o Tempo) que habitamos.

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Capítulo-V; O Multiverso:

Até agora falamos sobre o nosso Universo, como ele nasceu e se expandiu, segundo a hipótese

mais aceita, a partir de uma gigantesca explosão que auto-gerou Tempo e Espaço.

O grande problema, é que a “Teoria do Big Bang” é falha, da mesma forma que aquela a quem

ela substituiu, a” Teoria do Estado Estacionário” que tinha entre seus adeptos nomes do quilate

de Fred Hoyle e de um Einstein.

Qual era o grande Calcanhar de Aquiles da “Teoria do Estado Estacionário”? Se o Universo não

tinha início e nunca teria um fim, isso exigiria uma criação constante de matéria a uma mínima

taxa fixa. De onde viria esta matéria, em que condições seria criada, era a 1ª pergunta? Em

seguida, vinha um grande problema. Se o Universo era constante, por conseguinte “fechado”

ele, com o tempo, terminaria por se aquecer e até as nuvens interestelares de poeira cósmica

acabariam brilhando ao ponto da incandescência. Este era o famoso “Paradoxo de Olbers”; um

Universo constante e estacionário deveria refulgir com o brilho das estrelas homogeneamente

distribuídas. Jamais poderia conter a escuridão da noite e, nele, a vida como conhecemos

jamais seria possível...

Outro indício de um início, ainda que perdido no tempo, foi a “radiação cósmica de fundo”. A

maior prova física, até o presente de que houve, em algum momento, uma explosão inicial. Esta

foi descoberta em por Penzias e Wilson dois físicos dos laboratórios Bell, o que lhes valeu o

prêmio Nobel e mais tarde confirmada por satélites como o COBE e por seus irmãos mais

potentes e sensíveis que o sucederam como o WMAP.

Mas, como já destaquei no começo desta exposição, o fato do Universo ter um Início em algum

ponto do tempo, levanta à bendita questão; “o que existia antes”?

É onde entra a hipótese do Multiverso já rapidamente introduzida no capítulo anterior. Notar

que a existência de um Multiverso ainda é uma hipótese a ser confirmada, não uma Teoria

estabelecida.

Como especulado, pode ser que cada Buraco Negro de um Universo venha a dar origem a um

Buraco Branco em seu fim, a uma singularidade que poderia ser a “criação” de outro Universo.

Estes Universos poderiam permanecer unidos por um Wormhole, por uma “Ponte Einstein-

Rosen” indefinidamente, ou esta “ponte” poderia se romper de forma imediata ou com o passar

do tempo, dependendo das características reinantes no “momento de sua criação”.

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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Se cada Buraco Negro pode ser o Big Bang de outro Universo, há possibilidades infinitas de

criação de novos Universos a cada instante. Estes não seriam necessariamente iguais, não

teriam exatamente o mesmo tipo de matéria ou seriam governados pelas mesmas Leis da Física.

Alguns poderiam ser efêmeros, destruídos por um vácuo quântico, mal fossem gerados, alguns

poderiam durar muito mais do que o nosso Universo, alguns, mesmo, poderiam ser eternos! Em

alguns a vida poderia ser rara, em outros, pujante, em outros ainda, sequer ter condições de

existir!

Isto seria, em síntese, o Multiverso, estendendo-se por eras sem fim! Não há limites de tempo

ou de espaço para um processo de geração desta natureza. Universos finitos, compostos por

galáxias finitas, por estrelas e planetas finitos, por vida finita, sempre criada e reciclada, às vezes

simplesmente destruída, às vezes aperfeiçoada e renovada num eterno ato de criação,

supervisionada por um ente supremo, onipresente e onisciente a precedê-lo, interveniente ou

não à SUA escolha que, na falta de nome mais apropriado poderemos simplesmente denominá-

lo Deus (O DEUS!)...

É... É um longo e tortuoso caminho este que um Multiverso nos aponta, mas talvez seja

exatamente esta a “realidade”... Me desculpem os colegas Ateus, mas, no final, é difícil

prescindirmos da existência “DELE”, da mesma forma, que, me dirigindo aos Crentes, é muito

difícil acreditar que sejamos tão especiais para que ele se preocupe individualmente conosco e

com nosso dia a dia!...

Curioso é que, esta moderna cosmogonia traz em seu bojo muitas semelhanças com as antigas

crenças indianas que falam de eras sem fim, de ciclo de bilhões, trilhões de anos em que seus

“Deuses” sonham o sonho da criação (Brahma) e da destruição e renascimento (Kali).

Declarando que os homens são os sonhos dos “Deuses”, quando não, que os “Deuses” são os

sonhos dos “Homens” (Magnífico, ainda mais se levando em conta que estamos falando de

conceitos milenares!).

São estranhas e curiosas as informações fragmentadas que nos chegam de textos Hindus muito

antigos como os Vedas e os Puramas (Mahabharata, Ramayana, Rigveda, Mahavira, ...). Textos

que nos soam, em alguns casos, extremamente “modernos” em suas descrições do Universo e

de terríveis máquinas de destruição, parecendo querer nos indicar que, em algum momento de

nosso longínquo e ignoto passado a humanidade viveu um momento tecnológico muito

semelhante ao que vivemos hoje.

Segundo estes conceitos, um ano de Brahma corresponde a 8,6 Bilhões de “Anos Terrestres” e a

cada 100 anos de Brahma o Universo é extinto e recriado. Incrível, não?

Talvez sejam meras coincidências, mas toda vez que toco neste assunto me recordo das palavras

do Físico Robert Oppenheimer o “pai” da Bomba Atômica, diretor técnico do “Projeto

Manhatan”; “Se a radiância de mil sóis explodisse de uma só vez no firmamento, seria como o

esplendor do PODEROSO... Eis que me torno a MORTE, o destruidor de mundos!”

Estes versos lhe vieram à mente no momento exato em que assistia à explosão da primeira

Bomba Atômica em Alamogordo no Novo México e são do Bahagava Gita, poema épico indiano.

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 57

Oppenheimer, como eu, era um estudioso diletante da história antiga e estava familiarizado

com os textos hindus traduzidos do Sânscrito e que narravam, com detalhes vívidos, as “Guerras

dos Deuses de antes dos Tempos”.

Estaremos diante de um exemplo de prodigiosa imaginação da parte dos antigos escribas

indianos? Ou estaremos lendo como ficção, antigas lendas, crônicas mal interpretadas?

Quando, após a explosão da primeira bomba atômica, Oppenheimer apresentava uma palestra

em uma Universidade americana, um aluno lhe perguntou se aquela havia sido a primeira

explosão nuclear realizada, ao que o cientista respondeu; “Sim... Nos tempos históricos atuais,

nos tempo conhecidos, sim...”

Pode ser que não estejamos vivendo um momento de grandes descobertas como costumamos

crer, mas apenas a um re-despertar!...

Se for verdade, descobrir o que se oculta em nosso distante passado pode se tornar

fundamental para a preservação de nosso ignoto futuro!

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 58

Capítulo-VI; Pesando o Universo:

Pesar o Universo? Que birutice é essa? Já imaginaram o “tamanho” da balança?! RSRSRSRSRS!

Bom, na realidade, pesamos o Universo, mais uma vez, por inferência. Levando em conta o

numero de sistemas planetários por estrela, de estrelas por galáxia, de galáxias dentro do

Universo visível conhecido... Mera estatística, calculo de probabilidades, só isso... Legal!

Mas, logo os resultados começam a ficar estranhos. Estranhos porque, nosso Universo surgiu de

uma gigantesca explosão há aproximados 14 Bilhões de anos, como em toda a explosão

observável em nosso pequeno mundo, esta explosão original, o Big Bang, deveria estar

perdendo força, perdendo velocidade e é justamente o contrário disso o que estamos

observando, nosso Universo está cada vê mais acelerado como se algo o estivesse “puxando”, a

“famosa” INFLAÇÃO prevista por Alan Guth...

O que pode estar causando esta “inflação”? Matéria e/ou Energia (se quisermos admitir que são

duas entidades independentes e não duas manifestações da mesma entidade...) que não

conseguimos, ainda, detectar (e por isso as denominamos Matéria e Energia “escuras”), ou,

então, existe alguma coisa muito errada em nossos cálculos e previsões.

A Matéria e a Energia escuras vieram a resolver um problema detectado por Einstein para o

fechamento de suas equações da Relatividade Geral que o levaram à criação de uma “Constante

Cosmológica”, por ele mais tarde classificada como a “maior estupidez” de sua vida! Hoje, já não

temos certeza, graças à teorização da Matéria e da Energia escuras, se foi, realmente, uma

estupidez!...

Por que é tão importante “pesar” o Universo? Porque será este “PESO” quem nos dirá como ele

deverá acabar e em quanto tempo!...

Se houver matéria no Universo, visível ou não (assim como sua manifestação Energia), para frear

a expansão, para torná-lo “fechado”, esta um dia cessará e, após uma breve pausa, o Universo

começará a contrair-se até voltar a condensar-se um único ponto de densidade infinita, um

“novo” Big Bang. Este processo é conhecido e teorizado como o grande esmagamento ou Big

Crunch. As estimativas, neste caso, são de que o Universo, até o Big Crunch, continue existindo

por algo em torno de 70 Bilhões de anos!... O ciclo se repetindo indefinidamente.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 59

Se não houver matéria suficiente para frear a expansão e a aceleração da “inflação” for sustada,

o Universo continuará a se expandir cada vez mais lentamente até estacionar, mas sem impulso

para se retrair. Este Universo imenso e disperso, no qual cada galáxia não terá outras ao alcance

da visão de seus “observadores conscientes” (por exemplo, NÓS), irá se resfriando num

processo de morte paulatina de suas estrelas até alcançar uma temperatura tangente ao Zero

Absoluto ao cabo de trilhões de anos. Este é o grande resfriamento ou Big Freeze.

Caso a Inflação prevista por Alan Guth continue em sua marcha atual ou se acelere ainda mais,

haverá uma grande ruptura ou Big Rip, na qual nem os átomos e as partículas subatômicas

conseguirão manter sua integridade e nosso Universo, num prazo estimado de 40 Bilhões de

anos no futuro poderá, simplesmente, se pulverizar. No momento, esta é a hipótese mais aceita

pela Cosmologia, já que não compreendemos a aceleração provocada pela constante inflação.

Ainda existem várias outras hipóteses, como o Big Chill, mas nenhuma delas tem a aceitação das

três citadas.

De qualquer forma, fica claro que nosso atual Universo (filho ou não de um Multiverso) não

esta, de forma alguma, estacionário, por isso, só podemos especular o que nos aguarda no

longínquo futuro.

É neste momento que a hipótese (não teoria, friso) de um Multiverso pré-existente, passa a

representar a única possibilidade de sobrevivência, a única esperança de perpetuação de nossa

insólita espécie. Todas as outras hipóteses que abrangem um único Universo nascido de uma

singularidade, implicam em seu definitivo FIM. Mesmo no caso de um Universo cíclico como o

descrito no Big Crunch, toda a matéria e a energia de nosso Universo seriam recicladas a cada

Big Crunch. Nada sobreviveria entre um ciclo e outro!...

Caso o Multiverso seja uma hipótese viável (sua existência ainda não pode ser demonstrada,

embora faça certo sentido), teremos o desafio já discutido no Capítulo-IV, “Mistérios do Tempo

e do Espaço”, no qual apresentamos o problema dos “Buracos Negros” e da teorizada formação

de “Wormholes que nos permitiriam navegar entre Universos, assim como entre estrelas e

galáxias de um mesmo Universo.

Como seria possível, no momento só podemos “sonhar” e “especular”, mas sem essa “porta de

fuga”, mesmo que outros Universos Paralelos existam, não haverá escapatória para a raça

humana ou para qualquer outra raça inteligente que povoe o Cosmo! Não importa que

sobrevivamos por Bilhões, Trilhões de anos, não haverá perpetuação, não haverá eternidade,

um dia chegará, daqui há ERAS, o inevitável, FIM.

Isso pode soar extremamente deprimente, mas, convenhamos, tudo aponta no Universo para o

fato de que tudo, Galáxias, Estrelas, Planetas, o próprio Universo, marcha para um FIM que não

pode ser adiado. É, apenas, uma questão de tempo!...

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 60

Capítulo-VII; A Vida das Estrelas:

As Estrelas são os corpos celestes mais antigos que surgiram em nosso Universo. Como todos os

membros deste Universo, da mais gigantesca galáxia ao mais simples e diminuto micróbio, elas

nascem, crescem, evoluem, envelhecem, muitas vezes matam e invariavelmente morrem.

Tal como os seres humanos, elas se apresentam em várias formas e tamanhos, dependendo de

suas origens. Podem ser gigantes branco-azuladas com até 200 vezes a massa de nosso Sol

(modernas teorias admitem a existência de estrelas com até 1000 vezes a massa Solar, existindo

nos primórdios do Universo, mas isso ainda é controverso em função de estudos sobre o limite

de massa que pode ser atingido por uma estrela sem que ela imediatamente se desintegre) ou

pouco maiores do que júpiter, as chamadas Anãs Marrons, também conhecidas como “estrelas

fracassadas” que não atingiram massa suficiente para o acionamento do mecanismo de fusão

nuclear. Se júpiter fosse apenas um pouco maior, poderia ter desencadeado em seu interior a

queima de hidrogênio e sua transmutação em hélio, tornando-se mais uma pequena estrela e

fazendo de nosso Sol um par binário, como são a maioria das estrelas ao nosso redor (algumas,

como Alfa, Beta e Próxima Centauro são sistemas trinos).

Nosso Sol, uma estrela solitária, como já disse algumas vezes neste texto, é mais uma exceção

do que regra. Ao nosso redor temos sistemas múltiplos, como as já citadas Alfa, Beta e Próxima

Centauro a aproximados 4,24 Anos-Luz (AL) de nós. Temos a solitária estrela Barnard, uma

Gigante Vermelha a 6 AL, dominada por um movimento aparente extremamente rápido,, Sirius,

a mais brilhante de nosso céu, uma Gigante Azulada a 8,6 AL, Aractus a 37 AL, Capella há 50,

Castor formada por 3 pares binários que orbitam em torno de um centro comum a 52 AL de nós,

Mizar e Alcor a 59 AL, Aldebaran a 75 AL, Algol, uma binária eclipsante a 95 AL e Beta-Lyra, um

par binário tão próximo que as duas estrelas trocam matéria entre si, deixando um longo rastro

a espiralar pelo espaço, a 300 AL de nossa morada.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 61

Estas são, apesar das incríveis distâncias, nossas vizinhas e, como as demais estrelas próximas,

quase todas pares, trios ou sistemas estelares múltiplos.

Recordando, nosso Sol, diversamente do que nos ensinam na escola, não é, em absoluto, uma

estrela média em tamanho ou em composição mineral. É uma estrela Amarela, um pouco maior

do que a média e é constituída por uma quantidade anômala (acima da média) de minerais

pesados... Isso se dá porque nosso Sol é uma estrela recente, pertencente ao final da 3ª ou à 4ª

geração de estrelas nascidas em nosso Universo. É uma estrela que surgiu de uma nuvem de

poeira estelar que começou a se condensar por efeito da gravidade há 6 ou 7 Bilhões de anos e

que começou a brilhar há apenas 4,6 Bilhões de anos atrás, quando o Universo já tinha, pelo

menos, 9 Bilhões de anos ou mais...

O Sol é classificado como uma estrela padrão G2V, ou seja, é uma estrela Anã (V) Amarela (G),

com uma temperatura superficial de cerca de 6 mil graus célcius.

Na classificação geral, as estrelas são divididas por temperatura superficial em O,B,A,F,G,K,M,

sendo as do tipo O as mais quentes e as de tipo M as mais frias

Nosso SOL, como todas as estrelas, é uma fornalha nuclear que vive da fusão do Hidrogênio em

Hélio. Como já relatado, este é não é um processo eterno, apenas muito longo para as estrelas

de tamanho médio, cuja vida é medida em Bilhões de anos, medida em dezenas de Bilhões de

anos para as denominadas estrelas anãs e apenas em escassos milhões de anos para as estrelas

gigantes...

Por que, as estrelas maiores, tem vida mais curta?

Porque consomem muito mais rapidamente seu hidrogênio. Quando o Hidrogênio de uma

estrela se esgota, ela começa a consumir o Hélio por ela gerado, depois o Lítio, depois o

Carbono, até que o processo de fusão em seu interior atinge a transmutação em Ferro.

O Ferro, elemento 26 da Tabela Periódica, é extremamente estável e não há reação

termonuclear conhecida capaz de transmutá-lo. Neste momento, a vida da estrela encaminha-

se, rapidamente, para seu final...

Ao longo do processo acima descrito, a estrela acumula “cascas” como uma cebola, quanto mais

próximas do núcleo mais constituídas por elementos pesados. Quando seu núcleo se transmuta

em Ferro, ela se torna incapaz de manter a fusão nuclear e a estrela, pressionada pela força da

gravidade até então estabilizada pela fusão nuclear, implode num processo que dura uma fração

de segundos com as cascas sendo comprimidas umas sobre as outras e o núcleo de Ferro,

reverberando como um gigantesco sino, enquanto as ondas sísmicas se entrechocam e a estrela

morre numa colossal explosão, espalhando pelo espaço algo em torno de 90% de sua massa,

agora reciclada em materiais pesados que percorrem todos os elementos da Tabela Periódica,

do Hidrogênio (Peso Atômico 1) ao Urânio (Peso Atômico 92).

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 62

O que resta, dependendo da massa original da estrela, pode ser uma Anã Branca, uma Estrela de

Neutrons, um Pulsar, um Magnetar ou um Buraco Negro!...

Este processo de reciclagem que vem alimentando o Universo com uma riqueza cada vez maior

de elementos pesados, permitiu, a partir de um determinado momento de abundância cósmica,

aproximadamente a partir de 8 ou 9 Bilhões de anos após o Big Bang, o surgimento da VIDA,

com o nascimento das estrelas de 3ª e 4ª gerações como o nosso Sol.

São estrelas de tamanho médio e vida longa, estáveis durante longos períodos de tempo,

fornecendo, com isso, um ambiente propício ao desenvolvimento e à manutenção da vida nos

planetas telúricos que porventura as circundem.

A VIDA no Universo (da mais simples e elementar à mais complexa) é, pois, constituída pelos

restos mortais de estrelas que pereceram para que outras nascessem de suas cinzas e

brilhassem, iluminando pequenos planetas terrosos como o nosso, nos quais a VIDA pode

evoluir...

As estrelas nascem em nuvens moleculares formada por poeira e gases que por influência

gravitacional se concentram nas regiões mais densas, aos poucos ganhando massa e se

aquecendo até que algumas começam a brilhar, emitindo luz e calor como subprodutos da fusão

nuclear que as alimenta. Um destes “Berçários Estelares” encontra-se a 7 mil Anos-Luz de nós,

conhecido como “Pilares da Criação”, imensas nuvens moleculares existentes no interior da

Nebulosa de Águia, restos de uma colossal explosão!

Já em um estágio bem mais adiantado, temos o Aglomerado Aberto das Plêiades na direção do

Cinturão de Orion, no qual já podemos distinguir 7 estrelas totalmente formadas e

extremamente jovens em processo de dispersão.

As estrelas nascidas nestes “Berçários Estelares” dificilmente permanecem juntas,

impulsionadas para longe pelas mesmas forças que lhes dão origem.

Nosso Sol também nasceu assim e não temos a menor idéia de onde ele veio ou para onde

foram suas irmãs, podendo, algumas, estarem no outro lado da galáxia, a dezenas de milhares

de Anos-Luz. A única coisa que podemos afirmar e que, todas elas, passado um intervalo de

tempo de milhões ou Bilhões de anos, dependendo de sua massa, terminarão seus dias em

explosões colossais que devolverão ao Universo, transmutado em elementos pesados, o

Hidrogênio original que as compunha.

No fundo, somos todos filhos de estrelas já mortas há muito, “Poeira de Estrelas” graças à qual o

milagre da vida pode surgir e se perpetuar!...

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Capítulo-VIII; A Tabela Periódica, os Elementos Químicos e a VIDA:

Lembram-se dela? Do terror que era ter que decorá-la para as provas de 2º grau? RSRSRSRSRS!

Na realidade ela é uma estrutura bastante simples que mostra como os elementos básicos do

Universo se distribuem.

Cada elemento é constituído por um átomo. Estes, por sua vez, são formados pelas três

partículas subatômicas fundamentais; Prótons, Elétrons e Nêutrons.

Hoje, sabemos que estas partículas fundamentais são constituídas por elementos muito

menores, as sub-partículas e por aí vai, mas este livro não é uma aula de Química, muito menos

de Física Quântica, então vamos parar por aqui. Para nossas considerações, podemos nos

satisfazer com a compreensão da estrutura base dos átomos existentes na natureza.

O número de um átomo ou seu “Peso Atômico” é dado pela quantidade de Prótons em seu

núcleo. Assim, um átomo de Hidrogênio tem Peso Atômico 1 porque tem 1 Próton e 1 Nêutron

em seu núcleo e 1 Elétron orbitando este núcleo. Já o Urânio, o elemento natural mais pesado

(há controvérsias), possui 92 Prótons em seu núcleo.

Examinando a Tabela periódica acima, notamos que, a partir do Urânio, temos uma série de

elementos, todos RADIOATIVOS, que vão do Número (peso) atômico 93 ao 118, por enquanto.

Todos estes são considerados artificiais, gerados em laboratórios com o auxílio de reatores

nucleares e aceleradores de partículas.

Todavia, o elemento Plutônio (Pu) de Peso Atômico 94, tristemente famoso como combustível

de Bombas Nucleares, já foi localizado livre na natureza como produto de um reator de fissão

nuclear NATURAL encontrado por cientistas franceses, na década de 1970, no Gabão. A

natureza, como sempre, nos surpreendendo e mostrando que jamais conseguiremos superá-la

em criatividade.

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 64

O Plutônio é o resíduo da “queima” do Urânio enriquecido que fornece energia a nossos

reatores nucleares de fissão. Este subproduto ou LIXO nuclear é praticamente indestrutível e

altamente radioativo, com uma longa vida média de ~88 milhões de anos (O Urânio, em seu

estado natural, tem uma vida média de 4,5 Bilhões de anos, o que nos permitiu utilizá-lo para

determinar a IDADE de nosso planeta).

Até hoje, todas as tentativas de reutilizá-lo numa re-queima não obtiveram resultados

economicamente viáveis. Assim, ate o momento, sua única utilidade prática é a fabricação de

Bombas Atômicas.

Até o presente, a única forma de produção de energia atômica controlada que desenvolvemos

foi a fissão nuclear (na qual partimos elementos radioativos para produzir calor que aquece a

água que movimenta turbinas a vapor, gerando energia elétrica).

O uso da fusão controlada, da “Fusão a Frio”, ainda é um sonho distante. A única utilização da

fusão nuclear que desenvolvemos é para o fabrico de Bombas de Hidrogênio, ou

Termonucleares.

Curiosamente, a Bomba Termonuclear é acionada (tem como “gatilho”...) por uma bomba

atômica de fissão!

As estrelas, como já observado, são fornos termonucleares no interior dos quais as

transmutações químicas que geram os elementos da tabela periódica ocorrem. Sem elas, em

especial, sem sua morte ao final de seu ciclo evolutivo, não haveria possibilidade de existir vida

como a conhecemos no Universo.

Os elementos mais importantes para a existência da VIDA são o Hidrogênio, o Carbono e o

Oxigênio. Igualmente importantes são o Nitrogênio, o Fósforo, o Sódio, o Potássio, o Cálcio e o

Magnésio, apenas para elencar os mais fundamentais.

Destes, o mais importante é o Carbono por sua capacidade de formar longas moléculas

encadeadas em parceria com o hidrogênio, os chamados hidrocarbonetos e por sua capacidade

em associar-se com os elementos já citados e outros sem os quais os alicerces da vida,

aminoácidos e proteínas, não se formariam.

Cientistas teorizam a possibilidade da vida em outros mundos poder surgir sobre uma base de

silício e não de carbono pelo fato de ambos terem propriedades físico-químicas semelhantes,

mas em termos de maleabilidade para ligações e combinações químicas, nada supera o carbono.

Assim, é muito provável que a VIDA que surja e consiga prosperar em diversos mundos, tenha

uma base de carbono.

Isso é uma vantagem e um problema. O carbono tem um ponto de queima muito baixo, o que

significa que estruturas de carbono que evoluem para metazoários complexos, como nós, são

estruturas frágeis e só podem prosperar dentro de ambientes estáveis com variação de poucos

graus entre negativos e positivos. Na prática, a temperatura ideal para “unidades de carbono”

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 65

complexas prosperarem, situa-se numa estreita faixa entre 10 e 40 graus centígrados em média,

podendo sobreviver sem proteção, por algum tempo, a temperaturas entre Zero e 60 graus.

Esta base de temperatura é mais benevolente com os organismos mais primitivos (protozoários)

que podem sobreviver, até prosperar numa faixa entre 50 graus negativos e 160 positivos

(Protozoários Termófilos).

A VIDA surgiu em nosso planeta, temos provas, mal sua temperatura média baixou e sua crosta

se solidificou há pouco mais de 4 Bilhões de anos. Por esta época, nossa atmosfera era muito

diferente da atual. Era uma atmosfera rica em metano e amônia, uma atmosfera dita

“redutora”. Numa atmosfera assim, o ferro jamais se oxidaria, “enferrujaria”, em compensação,

uma atmosfera redutora não fornece a “energia” necessária para a ocorrência de grandes

mutações que acelerem o processo evolucionário da VIDA.

A construção de nossa atual atmosfera “oxidante” levou mais de 2 Bilhões de anos para ser

completada e marcou a primeira das grandes extinções em massa ocorridas em nosso planeta.

Originalmente, termófilas, as bactérias que primeiro se desenvolveram em nosso planeta eram

caracteristicamente “cianobactérias” que viviam “felizes” em uma atmosfera redutora. Elas,

porém, foram, em seu sucesso, as responsáveis por seu próprio fim. Hoje elas resistem, apenas,

em pequenos nichos muito especializados. Seu processamento químico de energia produzia

como excremento o oxigênio. Inicialmente, elas oxidaram os mares e os compostos químicos

neles imersos. Quando o mar tornou-se saturado de oxigênio, este começou a escapar para o ar

e, lentamente, mudou nossa atmosfera de redutora para oxidante.

Esta nova atmosfera, mais dinâmica e energética, favoreceu novas ligações químicas que

promoveram o surgimento da vida complexa. Quando e onde não sabemos, sabemos apenas

que a VIDA explodiu com uma pujança jamais repetida no período Cambriano, (~600 milhões de

anos atrás). No Carbonífero, há aproximados 400 milhões de anos, a concentração de oxigênio

no ar ultrapassava os 30% contra os 21% atuais.

Ao longo das eras, a quantidade de oxigênio livre na atmosfera variou entre menos de 20% e

mais de 30%, mantendo-se, sempre, entre estes valores. Os períodos de maior oxigenação

favoreceram o desenvolvimento de animais gigantes como os grandes invertebrados do

Carbonífero e do Siluriano e os Dinossauros do Mesozóico.

Outro fator de grande influência na geração e diversificação da vida complexa foram, por razões

ainda não totalmente claras, os sucessivos resfriamentos da crosta terrestre, as “Eras do Gelo”,

em especial as que precederam o impulso da vida microbiana à base de clorofila que, ultimou a

geração de nossa atual atmosfera, há aproximados 2,5 Bilhões de anos e a que precedeu a

“explosão Cambriana”, há aproximados 700 milhões de anos, eventos conhecidos como “Terra

Bola de Neve”.

Se por um lado a transformação dos oceanos e da atmosfera de redutores para oxidantes nos

permitiu a diversificação de pujança da vida ela cobrou o preço de tornar esta vida frágil e

efêmera. Os complementos “redutores de radicais livres” hoje vendidos em farmácias e

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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supermercados nada mais são do que uma tentativa de retardar os efeitos desta atmosfera

oxidante sobre nós. Se o oxigênio, por um lado, nos permite respirar, nos movermos e

produzirmos com energia e agilidade, por outro ele nos mata por lento envenenamento. Na

realidade o que chamamos de envelhecimento é um processo de oxidação ao qual nossos

organismos são submetidos desde o momento em que respiramos o ar pela 1ª vez. Na prática,

não envelhecemos, “enferrujamos” até que nossos processos físico-químicos provoquem a

falência de nossos órgãos e morramos!...

Assim, pelo menos na Terra, a evolução nos cobrou um preço. Somo ativos, temos grandes

dimensões e, comparados aos organismos primitivos dos quais evoluímos, dimensões que

permitiram o surgimento de cérebros com grande capacidade de armazenamento e

processamento rápido de informações, mas pagamos o preço de uma vida curta e de uma

mortalidade precoce que, por sua vez, favorece a mutação e a conseqüente evolução.

Terá o mesmo acontecido em todos os planetas do Universo, ao menos em todos os que se

mostraram capazes de produzir VIDA?

Difícil responder, mas, provavelmente, NÃO. Podemos tirar isso pelas condições de nosso

próprio Sistema Solar. O único planeta além de nosso lar, a Terra que possui uma atmosfera

muito rarefeita de oxigênio é nosso vizinho Marte.

Por outro lado, nosso outro vizinho, Vênus, se mostra envolto em uma capa de nuvens

integrantes de uma atmosfera caracteristicamente redutora.

Grosseiramente, é como se Vênus fosse uma “Terra” primitiva em gestação e Marte uma

“Terra” exaurida, em seus estágios finais de evolução.

Isso pode ser verdade?

Na realidade, as coisas podem ser um pouco mais complicadas, tudo isso tem a ver com a

evolução das estrelas, com a evolução de nosso Sol...

As estrelas, como já coloquei, evoluem ao longo de suas longevas vidas. Quando nascem e

começam a brilhar, elas ainda não atingiram seu pleno desenvolvimento. Elas nascem irradiando

menos luz e calor e vão se aquecendo rumo à maioridade. Com isso, a Zona Habitável (ZH) que

existe a seu redor (Em especial em redor de estrelas médias e estáveis como o Sol, com uma

vida de Bilhões de anos) também se expande. Assim, houve uma época, há bilhões de anos

(provavelmente durante o 1º Bilhão de anos) em que as possibilidades de evolução da VIDA

foram muito maiores em Vênus do que na Terra. Da mesma forma, Marte, mais longínquo e

menor, esfriou-se e solidificou primeiro, dando à VIDA a chance de, nele, antes despertar.

O que aconteceu então?

No caso de Vênus, o Sol evoluiu, cresceu, se expandiu e transformou o planeta num inferno com

temperaturas médias superiores a 400 graus centígrados. Se houve, algum dia, VIDA em Vênus,

esta extinguiu-se antes da vida complexa evoluir em nosso planeta e se sobreviveu permanece,

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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provavelmente, como cianobactérias sobrevivendo nas camadas mais altas de sua atual

atmosfera redutora.

Quanto a Marte, existem teóricos que advogam que a VIDA em nosso Sistema Solar pode,

inclusive, ter surgido primeiro lá e que, de Marte, ela tenha migrado para a Terra em Meteoritos

(Vários de origem marciana tem sido achados, todos os anos, espalhados por nosso planeta, em

especial conservados na frígida Antártica, mas, até o momento, nenhum revelou indícios

comprovados de vida.). Isso é plausível porque a gravidade marciana, bem menor, permite que

os impactos lancem as rochas de Marte para fora de sua influência gravitacional, algumas

atingindo a Terra, e porque existem vestígios comprovados de Água em forma de Gelo em seus

pólos e marcas em sua superfície de antigos leitos de “Rios” que desembocam em “Mares”,

indicando que a água, elemento fundamental para a VIDA como a conhecemos, já foi abundante

naquele planeta durante, pelo menos, seu primeiro Bilhão de anos.

Infelizmente, o crescimento do Sol que calcinou Vênus e ajudou a gerar e a fazer prosperar a

vida na Terra não chegou a tempo de salvar a vida em Marte, se é que ela lá um dia existiu. Sua

baixa gravidade acarretou a perda de sua atmosfera na quase totalidade e sem este

amortecedor térmico, nosso pequeno irmão congelou. Se o crescimento de nosso Sol poderá,

um dia, ressuscitá-lo e transformá-lo em uma última morada para os humanos antes que o

crescimento de nosso Astro-Rei nos obrigue a uma definitiva migração rumo aos confins do

espaço, só o tempo dirá!...

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A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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Capítulo-IX; Vida Primitiva (Protozoária e Metazoária):

Como tenho procurado frisar desde o 1º Capítulo, quando falamos de VIDA fora da Terra,

estamos considerando TODO o tipo de VIDA, da mais simples à mais complexa.

Há uma tendência natural da abundancia da vida simples por ser mais fácil de ser produzida e,

uma vez surgida, de se reproduzir e sobreviver às extinções em massa provocadas nos planetas

por choques com cometas e asteróide, vulcanismo, irradiação gama oriunda de estrelas de

nêutrons, pulsares e outros “monstros” com os quais a vida se vê obrigada a conviver ao longo

de sua evolução em um planeta teoricamente habitável.

Isso é muito fácil de ser comprovado, temos hoje, perto de 7 Bilhões de seres humanos

habitando o planeta Terra. Igual quantidade de bactérias cabe num jarro de flores ou numa

caçarola grande...

Além disso, os microorganismos já se provaram muito mais resistentes ao Frio e ao Calor.

Alguns, comprovadamente, sobrevivem sem dificuldade no espaço frígido e sem ar, colocando-

se em estado latente e re-despertando de sua hibernação sem qualquer dano físico aparente à

sua estrutura quando o ambiente se torna propício. Este comportamento, aliado ao fato de

nuvens estelares terem sido detectadas com abundância de aminoácidos (elos fundamentais

para a criação da ida como a conhecemos), levou ao nascimento da hipótese da “panspermia”,

na qual a vida primitiva é gerada por todo o Cosmo e disseminada ao acaso de forma ampla,

evoluindo até a inteligência quando encontra um terreno fértil.

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A vida simples é denominada Protozoária e compreende os microorganismos mais

rudimentares, os Procariotas, sem estruturas internas definidas, e Eucariotas, dotados de um

núcleo definido e de organelas especializadas.

Os primeiros protozoários se reproduziam por “fissiparidade”, ou seja, dividindo-se em cópias

de si mesmos (muitos organismos permanecem com este sistema primitivo de reprodução até

nossos dias, até alguns Metazoários como as Planárias que podem se reproduzir por

fissiparidade ou sexo). Mas, logo, a natureza descobriu a vantagem do “sexo” para a troca de

gens, favorecendo o surgimento de mutações, as mais bem sucedidas, perpetuando-se em seus

descendentes.

Este mecanismo foi reproduzido dos Protistas para os Metazoários, seus descendentes, entre os

quais, NÓS!...

Recordemos, uma Planária é um Metazoário Complexo, assim como uma Barata, um Peixe, um

Trilobite, um Dinossauro...

Nós somos Metazoários complexos nos quais a capacidade cerebral se desenvolveu ao ponto de

podermos não só tomar consciência, mas especular sobre o que nos cerca, aprender com essa

experiência, passá-la adiante e aperfeiçoá-la. É isso o que nos torna racionais e nos tornou

capazes de desenvolver tecnologia.

Mas a inteligência e a tecnologia são, necessariamente, o produto final da evolução em um

planeta habitável?

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De modo algum. Temos o exemplo aqui mesmo na Terra.

A VIDA na Terra surgiu assim que as mínimas condições para criá-la e mantê-la surgiram, mas só

depois de passados mais de 3 Bilhões de anos de seu surgimento é que a vida Protozoária

encontrou um ambiente próspero e um caminho para gerar Metazoários complexos visíveis a

olho nu que começam a despontar no registro fóssil Há, aproximados, 700 milhões de anos

atrás.

A evolução levou mais de trezentos milhões de anos a partir de então para produzir um

dinossauro que reinou dominante por mais de 165 milhões de anos! Foi preciso uma catástrofe

que os aniquilou para que os mamíferos tivessem sua chance. Sem o evento KT (O choque de

um asteróide ou meteorito com mais de 10 quilômetros de diâmetro) os dinossauros e seus

descendentes poderiam ainda estar por aqui. Poderiam, inclusive, ter dado origem a um ser

inteligente como o “Dinossauróude” proposto por Dale Russell, a partir da evolução dos

Troodons ou dos Raptores. Se estes teriam sido capazes de, com sua inteligência semelhante à

nossa, ter criado uma civilização tecnológica semelhante ou com bases totalmente diversas é

uma hipótese totalmente especulativa.

Mesmo os mamíferos de quem, de um ramo, descendemos, levaram mais de 50 milhões de

anos para produzir um ser dotado de uma centelha de inteligência e não nos esqueçamos que o

produto final deste ramo evolutivo, o Homo Sapiens (NÓS), circula livremente pelo planeta Terra

há apenas estimados 300 mil anos, dos quais, apenas nos últimos 10 mil se mostrou capaz de

desenvolver uma civilização, que se tornou tecnológica há pouco mais de 200 anos!

E... Vale frisar, nos últimos escassos 70 anos conseguiu, ao mesmo tempo, a capacidade de se

comunicar a longas distâncias e de se auto-destruir!...

Quais as reais chances de ultrapassarmos o Rubicão? Quais as reais chances de alcançarmos as

estrelas e nos perpetuarmos? Isso, se não encontrarmos uma concorrência feroz que nos

escravize, devore ou elimine!

Convenhamos, neste momento, somos extremamente vulneráveis à extinção!

Por que?

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Porque habitamos um único planeta de um único sistema solar. Mesmo que um dia tenhamos

tecnologia suficiente para terraformar Marte e/ou Vênus, ou, quem sabe as próprias Europa em

órbita de Júpiter ou Titã, distante lua de Saturno, isso não no será suficiente,

Do ponto de vista da evolução estelar, a transformação de nosso Sol numa Gigante Vermelha,

parte inevitável de seu ciclo que se iniciará há, aproximadamente, 1 Bilhão de anos no futuro

nos consumirá nas chamas do Armagedon.

Quanto à possibilidade de hipotéticas civilizações tecnológicas evoluídas travarem contato

conosco, partindo do princípio que é natural a evolução de seres inteligentes a partir de

predadores como foi nosso caso, é bem provável que sejamos vítimas de uma colonização

predatória que nos escravize ou aniquile (discutiremos em capítulo seguinte o que poderíamos

fazer para aumentarmos nossas chances de sobrevivência na improvável hipótese de que um

CONTATO desta natureza viesse a ocorrer).

Não... Se quisermos, realmente, sobreviver, teremos que conquistar o espaço e nele encontrar

outras moradas, nas quais nossos descendentes posam se perpetuar.

Hoje, para nós, as perspectivas não são muito otimistas. A barreira da Luz ainda é um obstáculo

intransponível, não só para nós, para, aparentemente, para os demais, pois apesar de tudo o

que ouvimos, não temos uma só prova concreta de que alguém ou algo tenha conseguido

ultrapassá-la e chegado até nós, pacífica ou belicosamente.

Porém, mesmo que não consigamos vencer a barreira da luz, isto não será um total empecilho

para a colonização estelar. Em nossos dias já somos capazes de construir estações orbitais nas

quais nossos astronautas conseguem sobreviver por meses. Ainda estamos muito longe de

construir uma “Arca” estelar, mas, por outro lado, nada nos impede de fazê-lo se estimulados a

tal pela necessidade de sobrevivência.

As caravelas do Século-XVI partiram deste mesmo princípio e desta mesma necessidade e

conquistaram um “novo mundo”. Talvez nossos tataranetos, pressionados pela explosão

demográfica e pela escassez crescente de recursos, aceitem, não sem receito, partirem nesta

jornada, nesta busca por outras Terras, “audaciosamente indo onde nenhum homem JAMAIS

esteve”!...

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Capítulo-X; A Equação de Drake:

A famosa “Equação de Green Bank”, mais conhecida como “Equação de Drake”, criada pelos

cientistas Frank Drake e Carl Sagan com o objetivo de poder-se estimar, matematicamente, a

possibilidade da existência de Civilizações Alienígenas em nossa galáxia Via Láctea, surgiu

durante o simpósio em que cientistas do embrionário Projeto SETI (Search for Extraterrestrial

Intelligence) procuravam definir as chances de sucesso de um CONTATO via rádio com

Alienígenas Inteligentes.

Hoje, passadas décadas, ainda NADA encontramos, mas as buscas continuam...

Os pesquisadores do SETI justificam, não sem alguma razão, que a galáxia é imensa e a parte

que dela sondamos, até agora, insignificante, mas o fato é que, passados mais de 70 anos, o

Universo ao nosso redor continua em irredutível e absoluto silêncio!...

Inicialmente, Carl Sagan estimou a possível existência de 10 milhões de Civilizações Tecnológicas

em nossa própria galáxia. Um número aparentemente gigantesco até o compararmos com os

200 Bilhões (média aproximada) de estrelas nela existentes. O resultado

(10.000.000/200.000.000.000); 0,00005 ou seja 0,005%! Este seria o número de estrelas com

sistemas planetários em torno de si onde a VIDA teria evoluído para a formação de uma

Civilização Tecnológica. É muito pouco. Estatisticamente, é quase ZERO! Mesmo que este

número se confirmasse, estas “Civilizações” estariam muito dispersas pela galáxia para que um

CONTATO fosse facilmente estabelecido.

A Equação de Drake tem o seguinte aspecto:

Analisando as linhas grafadas em vermelho no quadro acima, temos:

A estimativa de uma Galáxia (nossa Via Láctea) povoada uma média de 200 Bilhões de estrelas.

Destas, teoricamente, poderíamos admitir que 25% (1/4), cerca de 50 Bilhões, possuem planetas

orbitando-as. Tomando nosso Sistema solar como uma média, teríamos um mínimo de 1 planeta

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habitável em cada 9 (Talvez, talvez 3, não necessariamente de forma simultânea). Destes,

teríamos que admitir, ao menos, 1 planeta em que a VIDA (da mais simples à mais complexa)

evoluísse e, pelo menos um onde ela permitisse a existência de Metazoários Complexos.

Teríamos que admitir, ainda, que esta Vida Complexa, uma vez estabelecida, sobrevivesse o

tempo suficiente para que a inteligência pudesse surgir e evoluir. Finalmente, que a VIDA

Complexa (Metazoária) Tecnologicamente Desenvolvida nestes planetas privilegiados, pudesse

sobreviver, por um longo período às extinções em massa de ordem natural e/ou por elas

mesmas provocadas.

Refazendo os cálculos de Sagan à luz das mais modernas descobertas no ramo da Cosmologia,

cheguei, aplicando a mesma equação, à possibilidade de 5,76 milhões de planetas nos quais a

VIDA poderia surgir (da mais simples, protozoária, à mais complexa, NÓS – metazoários

inteligentes capazes de desenvolverem uma civilização tecnológica). Isso tomando por base os

dados OTIMISTAS. Levando-se em consideração os aspectos PESSIMISTAS, este valor cai para

960.220 planetas habitáveis na Via Láctea, neste momento dotados de VIDA (de qualquer

natureza).

Estes são os valores a que se chega utilizando-se a equação original. Esta, contudo, foi

reavaliada no ano 2000 a luz de um estudo sobre a raridade da vida tal como a mesma se

desenvolveu no planeta Terra. Esta “Hipótese da Terra Rara”, já discutida em detalhes no

Capítulo-II nos aponta que, no momento, podemos ter entre 28.464 (Hipótese OTIMISTA) e,

apenas 593 (Hipótese PESSIMISTA) planetas com real possibilidade de VIDA em nossa galáxia

(Vida, insisto, da mais simples à mais complexa), o que, aliado a outros cálculos que consideram

a diversidade da “Vida Inteligente” em um planeta dotado de VIDA, parece apontar que, neste

momento podemos estar, realmente, SÓS!...

Estes cálculos adicionais levam em conta o fato de que, após um processo evolutivos de 4,6

Bilhões de anos, a vida que efetivamente surgiu no Planeta Terra produziu, apenas, 5 espécies

comprovadamente inteligentes e apenas 1 (UMA!) que, até agora, comprovadamente, produziu

uma Civilização Tecnológica, NÓS.

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Levando-se em conta o fato de que existem 8,7 milhões de espécies vivas efetivamente

catalogas coexistindo, neste momento, em nosso planeta (Ver maiores detalhes sobre o estudo

no Capítulo-II). A criação de metazoários inteligentes, parece ser, realmente, um passo muito

difícil e não necessariamente a meta final da VIDA em qualquer planeta onde esta se

desenvolva.

Assim, todos os indícios parecem corroborar que estejamos sozinhos, neste momento, na

vastidão de nossa galáxia, talvez de todo o Cosmos conhecido como Civilização Tecnológica...

Finalmente, precisamos considerar as chances de um CONTATO baseadas nesta “Diversidade”

da VIDA como a conhecemos. A tabela a seguir nos apresenta as possibilidades de tal CONTATO

vir a ocorrer e o tipo de vida que nele poderá estar envolvido:

TABELA DE PROBABILIDADES DE CONTATOS:

1- Organismos Unicelulares Simples (Procariotas) 78,40%

2- Organismos Multicelulares Simples 19,40%

3- Organismos Multicelulares Complexos 1,40%

4- Organismos Multicelulares Complexos com Sistema Nervoso Integrado 0,78%

5- Organismos Multicelulares Complexos 7+ (Capacidade Humana) 0,02%

Donde se conclui que um primeiro contato com organismos alienígenas será, muito

provavelmente, com Vírus e/ou Bactérias. Tal ainda não se verificou de forma cientificamente

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comprovada, que dirá contatos com OVNIs (UFOs). Lembrar, ainda, que 3% de todos os

organismos microscópicos existentes na Terra são nocivos à espécie humana.

Quero deixar claro que não sou CONTRA a existência de Vida Alienígena Inteligente. Apenas

procuro demonstrar o quanto a possibilidade de criação de uma forma de Vida Inteligente

Tecnologicamente Desenvolvida pode ser difícil em nosso atual Universo.

Adoraria, já disse isso, de verdade, conhecer um ET “bonzinho” como o de Spilberg, Quanto a

um ET “malvado” como o de James Cameron, eu passo! Aliás, num próximo capítulo iremos

discutir como poderemos nos proteger deles, se existirem e resolverem aparecer por aqui!

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Capítulo-XI; O que, afinal, é um CONTATO?

Se nos servirmos da linguagem dos pesquisadores Ufológicos, um CONTATO pode evoluir de um

simples “avistar” no céu de um objeto não identificado, ao registro do “pouso” de uma nave de

aspecto desconhecido, ao avistar de “seres” supostamente alienígenas à distância, chegando ao

contato “Físico” e, finalmente, é iteração “mental” e/ou “sexual”. Esses são os chamados

CONTATOS de 1º, 2º, 3º e 4º GRAUS.

Temos milhares de relatos de todos os 4 tipos de CONTATO, registrados em Revistas

Especializadas, Jornais, Tablóides, Internet, Youtube sob a forma Fotos Vídeos e Depoimentos

Orais. Infelizmente, nenhum dos alegados contatos foi, até hoje, cientificamente comprovado.

Nenhum resistiu ao exame apurado de nossos pesquisadores...

Isso gerou toda uma série de “Teorias da Conspiração”, desde aquelas que dizem que nossos

governos ocultam os CONTATOS, apoderam-se das Naves Alienígenas para poderem fazer

engenharia reversa e aproveitar seus segredos de locomoção através do tempo e do espaço, até

as que alegam que nossos governos agem em conluio com os extraterrestres, fornecendo-lhes

cobaias humanas para seus testes em troca de uma parcela de seu poder e de sua dominação

nos destinos da humanidade! Pois é...

O que existe de prático?

Bom, pelo que conhecemos da forma com os seres humanos normalmente agem, é muito difícil

manter-se um “segredo” desta natureza. O próprio Projeto Manhatan, o desenvolvimento da

Bomba Atômica teve seus vazamentos, seus “contras” e os Soviéticos acabaram se apoderando

de seus segredos e produzindo sua própria Bomba Nuclear e sua bomba termonuclear em

seguida, o que desencadeou, de pronto, a Guerra Fria que, se não esquentou, nos vem

mantendo com uma espada de Dâmocles desde então sobre nossas cabeças.

Assim, dos Nazistas em 1936 a Roswell em 1947 e em todos os eventos ufológicos que os

seguiram, jamais foi possível demonstrar a existência de uma prova física palpável. Uma nave,

George Adanski

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um livro com caracteres estranhos, uma rocha com elementos fora de nossa Tabela Periódica,

um humilde micróbio com outro padrão de evolução, NADA!

Por isso, para a imensa maioria dos pesquisadores sérios, mesmo os que acreditam piamente na

pluralidade de mundos habitados e, em especial, dotados de uma Civilização Tecnológica igual

ou superior à nossa, tudo não passa de invencionice, de mitos, de alucinações, do desejo de

acreditar inerente do ser humano e de fraudes melhor ou pior montadas.

Hoje, com os recursos de computação gráfica existentes (eu mesmo tenho bastante experiência

com estas técnicas 2D e 3D), com os recursos de fotografia e filmagem digitais, com a existência

dos “drones”, tornou-se mais fácil do que nunca “Criar ETs”!

Então, o que tantas pessoas vêem?

O que esperam ver...

A imaginação humana é algo extremamente poderoso e somos, igualmente, sugestionáveis ao

extremo.

Uma experiência simples de ser conduzida, é aquela em que um indivíduo de aspecto comum e

confiável posta-se numa rua movimentada de um centro comercial e, apontando para o alto, diz

estar vendo uma pessoas a pico de suicidar-se. Não demora muito e um pequeno grupo, sob sua

influência, está apontando para o céu, alguns até descrevendo o homem ou a mulher em vias de

cometer suicídio, enquanto o gaiato, discretamente se afasta (eu já testei isso, funciona!).

Com todo respeito pelas pessoas “crentes”, ver um Disco Voador e um ET não difere muito de

uma aparição de Santos e Anjos nos Céus da Idade Média, o que faz muitos pesquisadores

encararem o fenômeno UFO como uma nova espécie de religião, nascida da influência de seitas

ocultistas que povoaram o imaginário do Século-XIX e do início do Século-XX em uma reação ao

processo de cartesianismo científico e do hedonismo que então começou a apoderar-se de

“Corações e Mentes”.

Acrescente-se a estes fenômenos mal explicados o fato de que, nos dias atuais, existe toda a

sorte de objetos voadores mal conhecidos vagando ao léu por aí... Satélites, Aviões Especiais

ainda Secretos, Drones, Aviões tele-dirigidos e muito mais. Além disso, o homem moderno está

muito menos familiarizado com as visões rotineiras do céu noturno do que nossos antepassados

(Cometas, Asteróides, Planetas, Meteoros e Meteoritos, emanações de Gases de Pântanos e

muito mais!). Recordando Carl Sagan; “Alegações Extraordinárias exigem Evidências

Extraordinárias!”

Vamos, por um instante, tentar analisar o fenômeno sem paixões.

Notemos que a maioria das “aparições” de OVNIs (UFOs) se dá à noite em locais desertos,

observadas por uma só testemunha ou por um pequeno grupo, normalmente composto por

pessoas leigas e sem base científica alguma.

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Notemos, insisto, que nunca resulta destes encontros uma só prova física do CONTATO.

Para completar, os ditos ETs da vida, os quais, para chegarem de qualquer estrela até nós teriam

que possuir uma tecnologia muito superior à que ora possuímos, insistem nesses contatos e

abduções de pessoas despreparadas e facilmente influenciáveis.

Por exemplo; um dos casos mais notórios já narrados foi o das visões de George Adanski.

Nascido na Polônia, mudou-se ainda criança com a família para os EUA. Sua educação formal foi

muito primária embora tivesse absorvido ao longo dos anos, de forma autodidata, boa cultura.

Pois bem, George Adanski era garçon e administrador de um pequeno restaurante de beira da

estrada que dava acesso ao observatório de Monte Palomar, então o maior telescópio refletor

dos EUA e importante ponto turístico quando suas “visões“ e “contatos” começaram.

Segundo seus relatos, sempre sem testemunhas que o corroborassem, ele foi contatado por um

ser vindo de Vênus, louro de olhos azuis, cabelos compridos que de lá chegou numa nave em

forma de disco da qual Adanski obteve várias fotografias. Sua fama logo se espalhou, ele ganhou

muito dinheiro com suas fotos e publicações e chegou a fundar uma seita mística tendo,

inclusive, sido homenageado pelo próprio PAPA.

Bom... Algum tempo depois, descobriram-se em sua casa, diversos modelos dos “Discos

Voadores” por ele fotografados. Suas fotos foram desmascaradas como farsas, mas ele sempre

alegou sua “Verdade”, ferozmente defendida por seus adeptos.

Mas... Pensemos por um instante:

1- Hoje sabemos que Vênus é um planeta submetido a uma temperatura capaz de derreter

chumbo (mais de 400 graus), imerso numa atmosfera tóxica de cianeto, enxofre e

amônia! No tempo de seus “depoimentos”, acreditava-se que o planeta fosse um

imenso pântano, semelhante aos que povoaram nossa própria Terra durante a era

carbonífera.

2- Admitindo-se a “Boa Fé” de Adanski, por que, DIABOS, um ET viria de Vênus até aqui.

Estacionaria seu “Disco Voador” diante de uma lanchonete de beira de estrada e

trocaria idéias filosóficas com o garçon da dita barraquinha sem dar-se ao trabalho de

caminhar até o observatório, 200 metros acima onde cientistas ansiosos buscavam nos

Céus uma humilde prova de vida extraterrestre, nem que fosse para dizer que o

cachorro quente do camaradinha lá embaixo era muito bom e que ele estava levando

um monte para o lanche da viagem de volta (isso partindo do principio que o infeliz ET

não fosse morrer de disenteria aguda provocada por nossas salmonelas!). RSRSRSRSRS!

Investigada sua vida pregressa, descobriu-se que Adanski era um mestre em faturar com

pequenos “golpes” e que já tivera problemas com a justiça, da mesma forma como seu

sucessor, muito mais bem sucedido, o Suíço Erich Von Daniken, “pai” dos “Deuses

Astronautas” os teria alguns anos depois!...

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Claro que os defensores de ambos prontamente alegam as mais estapafúrdias “Teorias da

Conspiração” e a injusta perseguição a seus ídolos!

De prático, de objetivo, mais uma vez, NADA!

Mas, todo mundo tem o direito a suas “visões“ no Céu, Eu inclusive, é o que relatarei a

vocês no capítulo que se segue!...

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Capítulo-XI - Complemento-I; Visões no Céu – Uma experiência Pessoal:

Meu primeiro “AVISTAMENTO” ocorreu no verão de 1984 no Município de Cabo Frio, Estado do

Rio de Janeiro, Brasil. Era madrugada e eu, na companhia de minha insone filha mais velha de 6

anos, examinava o céu noturno límpido e coalhado de estrelas, da varanda de minha casa, no

bairro do Portinho, em Cabo Frio, quando um bólido rasgou o céu dividindo-se, diante de nós

em 6 ou mais jatos coloridos na altura aparente da antiga ponte Feliciano Sodré...

Foi um momento de mágico encantamento e serviu para que eu pudesse explicar à minha

extasiada filhinha que acabáramos de assistir à penetração de um meteoro que explodira muito

alto no céu, já que não ouvíramos nenhum estrondo nem sentíramos qualquer deslocamento de

ar e que os riscos multicoloridos haviam sido provocados pela queima dos diversos minerais que

o compunham.

Ser filha de um Físico de Partículas, Astrônomo Amador, deve ser algo extremamente

decepcionante! Hoje, minha filha poderia estar contando a todo mundo que víramos um “Disco

Voador”, aliás, uma “Nave Mãe”, da qual diversas naves menores teriam partido para explorar a

Região dos Lagos ou, quem sabe, curtir uma noite de amor ao luar na praia do Peró!...

Meu segundo “AVISTAMENTO” foi no ano de 2015, na varanda do prédio onde moro na Tijuca,

Rio de Janeiro. Curiosamente eu estava em meu quarto de trabalho (Meu Home Office – Que

Chique!), justamente revisando uma Palestra sobre o tema, baseada em um artigo escrito por

mim para a Revista UFO em 2012. Eram 7:38 da manhã de um dia nublado. Eu moro no último

andar de um prédio alto com uma excelente visão dos arredores. Levantei para pegar um café

na cozinha e me deparei com o espetáculo abaixo:

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Ou seja, durante instantes o Sol aparecendo entre as nuvens de chuva deu origem a esta

imagem lenticular que se dissolveu em poucos instantes como acontece com a maioria das

aparições de OVNIs. Felizmente, no meu escritório, tenho sempre uma câmera digital à mão e

pude registrar o fenômeno. Para aqueles que se interessam, as páginas da INTERNET e os Sites

de Ufologia estão cheios de fotos semelhantes interpretadas como a aparição de “Discos

Voadores”.

O último dos “AVISTAMENTOS” (até agora), mais uma vez, ocorreu na varanda de meu

apartamento, mais exatamente no dia 21/07/2018, aproximadamente às 20:00 conforme

mostrado na foto abaixo:

Pela posição do “AVISTAMENTO” na foto, tudo apontava no sentido de que se tratasse do

planeta Vênus, mas por causa das condições do tempo no dia e devido ao fato de estar vivendo

um momento pessoal de muita tensão em virtude de um problema grave de saúde familiar (As

condições psicológicas do observador contam muito, sempre afirmei isso.) eu, simplesmente me

confundi na identificação. Curiosidade despertada, examinei o objeto, primeiro com binóculos,

depois com uma luneta telescópica, fazendo, em seguida, uma série de imagens com o zoom

total de minha câmera digital. As imagens são as que estão registradas. Um tipo de foto, aliás,

muito comum entre as que são registradas como UFOs.

Cético, coletei as imagens e as enviei por e-mail aos Astrônomos do Planetário da Gávea no Rio

de Janeiro, colocando as fotos de alta resolução à disposição e pedindo que fizessem a

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identificação do fenômeno, o qual eu julgava ser o Planeta Vênus, fotografado sob efeito de

alguma aberração atmosférica.

A resposta demorou uns 15 dias, mas confirmou minha especulação; era, realmente, Vênus e os

efeitos eram distorções óticas da câmera que me foram gentilmente explicadas. Todavia, se eu

tivesse enviado estas fotos a um Tablóide ou a um Site de Ufologia, muito provavelmente elas

estariam figurando como um “AVISTAMENTO” Ufológico. Como sempre digo, é preciso

ceticismo e cautela quando nos deparamos com algo que, à primeira vista, não conseguimos

identificar.

Mais uma vez, insisto, adoraria ver um “Disco Voador”, conversar com um “ET”, mas até prova

em contrário, só acredito neste tipo de fenômeno no dia em que der um beliscão no “traseiro”

de um ET, se é que ET tem nádegas, RSRSRSRSRS, afinal, camarão (ser terrestre) elimina seus

dejetos pela cabeça! Por isso, não tenhamos “cabeça de camarão” ao lidarmos com este

complexo e instigante assunto!...

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Capítulo-XI-Complemento-II; O caso Roswell:

O caso Roswell, ocorrido em 1947, poucos dias depois da histeria provocada pelo “avistamento”

múltiplo de Kenneth Arnold, é considerado dos mais emblemáticos para a Ufologia.

Resumidamente, uma nave espacial alienígena, após sobrevoar a base aérea de Roswell, na qual

ficava estacionado o primeiro esquadrão estratégico de bombardeiros nucleares, o 509 dos EUA,

cai no deserto do Novo México, nas proximidades de Roswell, dentro da uma fazenda de criação

de ovelhas. Um dia caracterizado por fortes tempestades magnéticas e de raios.

Segundo a lenda, o fazendeiro, no dia seguinte, em sua ronda normal para avaliar eventuais

danos aos rebanhos e à sua propriedade, depara-se com destroços que não consegue

identificar, semelhantes a um acidente aéreo e vai, após aconselhar-se com vizinhos, notificar o

Xerife local.

É aí que o caos começa...

Segundo a “lenda urbana” o Fazendeiro, William Mac Brazel foi detido para interrogatório pela

segurança da Base Aérea e depois de conduzir os militares até os destroços foi instado e,

mesmo, ameaçado a manter silêncio sobre o ocorrido.

Ainda segundo diversas fontes, os destroços foram meticulosamente recolhidos e levados para a

base em caminhões militares. Aqui se inicia a “Teoria da Conspiração”:

Relatos desencontrados descrevem, junto aos destroços da nave, apresentada em alguns

depoimentos como circular, em outros como triangular, corpos de seres alienígenas de pele

acinzentada (em outros relatos, esverdeada...). Os corpos eram caracteristicamente de baixa

estatura, aparência humanóide (Cabeça, Tronco e Membros com 2 braços, duas pernas e mãos

com 5 ou 4 dedos com um polegar opositor). A cabeça era desproporcionalmente grande, com 2

olhos amendoados negros, sem pupilas, vestígios de fossas nasais, boca pequena e cavidades

auditivas sem orelhas, além de totalmente desprovidos de pelos.

Segundo outros relatos, um ou mais “aliens” foram capturados vivos!

De início, a Base Militar de Roswell emitiu um “Press Release”, relatando a queda de um “Disco

Voador”. Pouco depois, porém, a comunicação foi mudada e o objeto identificado como um

balão meteorológico, foi quando se instalou a confusão.

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Os restos foram encaminhados para White Sands, segundo alguns por trem, segundo outros

num comboio de caminhões militares que também levaram os corpos e os alienígenas

sobreviventes (em outros relatos este seguiram de avião).

Todo esse material seria depois trasladado para estudos e teria permanecido em quarentena na

famosa Área 51 (destacamento da Base de Edwards em Nevada) ou no igualmente famoso

Hangar 18 (que se localizaria em Writh-Paterson no Ohio).

Ou seja, na prática não se sabe o que caiu em Roswell, se ouve sobreviventes e que fim levou a

dita “nave” e seus ocupantes. Não esquecer que se tratava de uma Base de Segurança Máxima

na qual estavam acantonados os primeiros Bombardeiros Estratégicos Nucleares dos EUA.

O que, afinal, aconteceu em Roswell? Um acidente com um caça a reação, um dos primeiros?

Um acidente com um bombardeiro dotado ou não de um dispositivo nuclear? A derrubada de

um avião espião Soviético (estamos no início da Guerra Fria e os Soviéticos ainda não dispunham

de armas nucleares e tentavam por todos os meios obtê-las) ou a queda de um avião testando

novas tecnologias desenvolvidas pelos cientistas alemães, recém obtidas através do Projeto

“Paper Clip”?

Ou foi, realmente, um “Disco Voador” como o que teoricamente caiu em 1936 na Floresta Negra

da Alemanha?

Impossível dizer. O fato atraiu a atenção por causa do primeiro “Press Release” Oficial que citava

a queda de um “Disco Voador”. Os desmentidos seguintes só atiçaram a imprensa e a opinião

pública e a “Teoria da Conspiração” ganhou o mundo, da mesma forma como, nos anos 1970,

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nasceria o mito do Projeto Rainbow (iremos examiná-lo em detalhes em capítulo a seguir),

teoricamente ocorrido em 1943 com base na Teoria do Campo Unificado de Albert Einstein.

Segundo o relatório da Força Aérea americana, liberado na década de 1990, tratava-se de um

balão, parte de um Projeto Secreto conhecido como Projeto Mogul que tinha como finalidade a

detecção de eventuais testes atômicos por parte da União Soviética. Também fazia parte da

rotina da Base de Roswell o lançamento dos balões do Projeto High Dive que levavam bonecos

de teste para lançamento de grandes alturas, dotados de sensores e que eram vestidos com

macacões de Alumínio. Conforme alega a USAF, estes dois Projetos podem ter levado à

conclusão equivocada de que a Base de Roswell estava recolhendo corpos de alienígenas.

A “verdade”? Jamais saberemos, mas para os espíritos práticos, a explicação da Força Aérea soa

bastante satisfatória.

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Capítulo-XII; O Silêncio ainda é nossa melhor defesa:

Alô! Alô?! Alguém na escuta?... Aqui Planeta Terra, estamos no Ar, Câmbio?...

Vamos especular por um momento; admitamos que existam, realmente, civilizações alienígenas

e que, neste momento elas estejam buscando planetas como Terra, algumas com intenções não

muito pacíficas!...

Será que, em nosso atual estado de desenvolvimento tecnológico, seria seguro anunciarmos ao

Cosmo nossa presença?

Em que pese o entusiasmo dos membros do Programa SETI, em que pese a argumentação de

muitos de que civilizações altamente desenvolvidas seriam naturalmente pacíficas, nosso

passado recomenda cautela.

Não sou o único que pensa assim, cientistas do quilate do recém-falecido Stephen Hawking

pensavam como eu, afinal, não sabemos, realmente, caso exista, o que, diabos, há lá fora!

Aos que insistem na benevolência dos ETs, gostaria de recordar que 10 mil anos de civilização

não nos fizeram melhores, predadores que somos, o maior “predador social” que evoluiu até

hoje na face deste pequenino mundo azul além do fato que, a inteligência, isso já é um

consenso, costuma destacar-se entre os predadores!...

Há uma lógica nisso. O investimento no ato de caçar a presa é um enorme consumo de energia

e, como se pode observar na natureza, cada sucesso na emboscada mostra-se um entre vários

fracassos. Por isso o predador precisa desenvolver estratégias, por mais elementares que sejam,

de espreita e ataque e isso tende a torná-lo mais inteligente a cada geração.

Outra pronta observação que nos fornece a natureza é que o número de predadores costuma

ser bem menor do que o número de suas presas pela razão já apresentada acima. Um grupo

muito grande de predadores eficientes dizimaria rapidamente os rebanhos de suas presas, o que

acabaria, em última instância, matando os bem sucedidos predadores de inanição.

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Os mais bem sucedidos predadores são “onívoros”, ou seja, comem qualquer coisa. Os mais

eficientes predadores “criam” sua própria caça para o abate. Os melhores predadores

conseguem sobreviver alimentando-se de quase tudo o que seu meio ambiente lhes

disponibiliza. Quando tudo falha, ele recorre ao canibalismo contra os mais fracos de sua própria

espécie. Isso lhes lembra algo? Lembra, a vocês, que espécie, bem sucedida, que habita este

planeta Terra?

É... NÓS!

Olhemos para nosso passado... Já fizemos tudo isso e PIOR! Somos caçadores, somos canibais,

somo genocidas, mas, convenhamos, muito CIVILIZADOS! Fazemos LEIS para reger e controlar

nosso feroz comportamento social. Cuidamos do próximo sempre que temos excedentes para

nós mesmos, senão, “meu pirão primeiro”!

O que nossos civilizadíssimos cidadãos europeus fizeram quando partiram para a expansão

marítima de seus impérios a partir do Século-XVI? O que aconteceu com as civilizações humanas

com as quais entraram em contato nas Américas e na Ásia? O que fizeram com as populações

africanas mais primitivas que terminaram seus dias no desterro e na escravidão? E, LEMBREM-

SE, eram TODOS humanos!

O que fizemos com os demais ocupantes de nosso planeta? O que fizemos com os que criamos

para nosso alimento ou para nossa diversão, com direito de vida e morte sobre eles? Direito que

estendemos às populações humanas escravizadas? E não estou falando da idade antiga (Grécia,

Roma). Estou falando das “Plantations” dos Séculos XVIII e XIX, estou falando da “Solução Final”

Nazista em pleno Século-XX! Estou falando das limpezas étnicas de nosso adiantadíssimo Século-

XXI!...

As espécies animais que não “domesticamos” para nos fornecerem alimento, animais de carga

ou diversão estão em vias de serem extintas! As raças humanas que não acompanham o

desenvolvimento das mais “evoluídas”, estão, sempre, em risco de serem escravizadas ou

exterminadas por serem “inferiores”. Os que primeiro apregoaram isso abertamente, o

genocídio dos “inferiores” em escala industrial, não foram os Nazistas. Não foi Hitler em “Mein

Kampf”, foi Karl Max em “Das Kapital”! E eles, filhos do civilizadíssimo e iluminado Seculo-XIX, só

seguiram a velha “Lei do mais Forte”. A mesma que guiou os Gregos de Alexandre, os Romanos

dos Césares, os Mongóis de Gengis-ca-Cã, os Cruzados e Muçulmanos na Palestina, só para

exemplificar!

Nossa civilização tecnológica mudou isso em alguma coisa? Não? Por que seria diferente com os

hipotéticos ETs?

Notem, hoje já sabemos que muitas estrelas possuem planetas orbitando ao seu redor. Também

sabemos que a maioria das estrelas localizadas em nossa vizinhança cósmica (num raio de 100

Anos-Luz) não tiveram, até o momento, planetas semelhantes à Terra identificados em suas

órbitas. Isso significa que qualquer “coisa” que nos chegue do profundo espaço precisará de

uma tecnologia capaz de vencer, ao menos, uma distância de 100 ou mais Anos-Luz algo com o

que nem sonhamos!

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Se a Barreira da Luz pode ser vencida e “eles” a venceram, pobres de nós “selvagens primitivos”.

Se a Barreira da Luz é realmente intransponível, para se deslocarem através das estrelas

precisarão de naves imensas, auto-suficientes, a vagar de mundo em mundo, conquistando ou

predando aqueles que forem semelhantes ao seu berço de origem, a fim de perpetuar sua

espécie. Convenhamos, o que faríamos no lugar deles?! Agiríamos de modo muito diferente?

O que podemos, o que devemos fazer, para nos defendermos, já que eles devem ser,

forçosamente, possuidores de uma tecnologia bem superior à nossa?

Primeiro, diante de tais circunstâncias, procurar, é óbvio, impedir que nos descubram. Em

seguida, procurar descobri-los!

Para isso, Projetos como o SETI são não só úteis como muito importantes. Desde que, é claro, os

utilizemos para “Ouvir”, não para “Falar”, para apregoarmos nossa existência. Lembrar que,

diferentemente do que se acreditava até 2005, cientistas do próprio SETI chegaram à conclusão

de que nossas transmissões radiofônicas e televisivas se diluem, a partir de pouco mais de 2

Anos-Luz em ruído ininteligível. Assim, apesar de estarmos irradiando sinal para o espaço há

mais de 70 anos, continuamos a não existir nem para nossa estrela mais próxima (Próxima

Centauro, a 4,25 Anos-Luz), o que, pelas razões que apresentarei a seguir, considero ótimo!

Isso, fique claro, não inclui a transmissão pela Banda de Hidrogênio (21 cm) através da qual

torna-se possível o envio de mensagens inter estelares, algo que, considero, deva ser feito com

extrema cautela!

Precisamos, igualmente, manter em nossos arsenais armas que sejam capazes de nos

defenderem ou de causar tamanho estrago ao ecossistema do planeta que iniba um possível

invasor em tentar conquistá-lo. Entre essas armas, temos as nucleares, as químicas e, em

especial, as biológicas.

Biológicas sim. São as mais insidiosas e eficientes, pois os próprios infectados se tornam vetores

da infecção, espalhando-se através de fômites e matando silenciosamente.

Durante milhões de anos nossos ancestrais e nós mesmos desenvolvemos defesas contra vírus e

bactérias extremamente potentes e agressivos e, volta e meia temos que combater e/ou nos

adaptar a novos que as mutações fazem surgir. Que arma melhor contra um inimigo que nunca

teve contato com nossas agressivas Fauna e Flora virótica e bacteriana?

Outra vantagem, sendo imunes, não precisaremos nos preocupar ou utilizar armas nucleares

e/ou químicas que degradem nosso meio ambiente. Basta sentar e esperar pelo inevitável!... Já

fizemos isso com grande eficiência contra as populações indígenas no Século-XVI utilizando a

varíola contra a qual estes povos não tinham qualquer defesa.

O único problema é que esta é uma “faca de dois legumes”! RSRSRSRSRS! “Eles” podem fazer o

mesmo contra NÓS!

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Este, aliás, seria o mais eficiente meio de conquista. Chegar a um planeta habitável, observar a

espécie dominante e se esta apresentasse risco ou resistência, neutralizá-la pela introdução de

elementos biológicos letais que a destruiriam ou incapacitariam sem maiores danos ao

ecossistema.

Um parêntese: Como a imensa maioria dos Autores de Ficção, meus livros da série “A Última

Fronteira” trazem embates heróicos e sangrentos entre nossa raça e alienígenas mortais.

Verdadeiros “banhos de sangue” dos quais saímos invariavelmente vitoriosos por mais que

soframos, descrevendo Batalhas Espaciais envolvendo armas terríveis, nas quais, a coragem e

inteligência de nossos heróis, sempre, se destaca, como no caso de minha principal heroína,

uma jovem e linda cientista, uma morena dos olhos azuis da cor do céu (Se é para dar asas à

imaginação, PÔ, vamos voar! RSRSRSRSRS!) que se transforma em uma “Princesa Guerreira”,

desenvolvendo poderes místicos que a tornam praticamente imortal e que divide sua vida entre

tórridos idílios de amor com seu companheiro, por quem é totalmente apaixonada, e batalhas

titânicas, nas quais, Kataná Samurai em punho, reduz a farrapos seus inimigos alienígenas, isto

quando não os pulveriza com seus poderes místicos extra-sensoriais, adquiridos através de sua

dedicação ao estudo do oculto e do passado mítico da Terra! Ótimo para vender ficção (e,

graças a Deus, vende bem direitinho! RSRSRSRSRS!), mas totalmente fora do que considero a

REALIDADE de um confronto entre raças que disputem um mesmo “espaço vital” dentro de uma

galáxia.

Fora isso, não sabemos que armas de controle mental (drogas) estes “invasores” poderiam

dispor para nos tornar “escravos dóceis” ou “gado” para o abate. Afinal, somos “animais de

grande porte” prolíficos com grandes reservas de proteínas. Não? O que fizemos e continuamos

fazendo com Bovinos, Caprinos, Suínos e outras espécies que criamos como alimento? Com os

peixes que capturamos em nossa pesca predatória? Com os cetáceos (Baleias e Golfinhos), uma

das espécies mais inteligentes habitantes de nosso planeta à qual praticamente dizimamos?

Alguém, fora os “veganos” da vida, sente muito remorso quando come um bife? Por que uma

raça alienígena sentir-se-ia culpada em convidar-nos para o jantar “como prato principal”?

Absurdo? Horroroso? Bem... Antes de me aposentar e começar a escrever bobagens, ganhei

minha vida como um ”Gestor de Riscos” que se serviu, por mais de 40 anos, da matemática

informática para construir modelos de simulação e com eles analisar Projetos e Processo sempre

dentro de uma ótica do “Pior Cenário”, visando fornecer a meus contratantes, Civis e Militares,

de Governo ou da Iniciativa Privada, elementos para alimentar, com segurança, o assim

chamado Processo Decisório. Sempre declarei que um Gestor de Riscos não pode ser pessimista,

mas não pode dar-se ao luxo irresponsável de ser otimista. Ele tem que procurar ser, sempre, o

mais REALISTA possível e assim buscar as melhores soluções para as crises às quais é chamado a

analisar. É sob este foco que trato o problema da “Inteligência Alienígena”.

Lembrem-se, “mente aberta às possibilidades (com cuidado para o cérebro não cair!)”!...

A verdade é que a sobrevivência de nossa espécie só estará assegurada quando e SE nos

expandirmos pelo Cosmo, por milhares de planetas potencialmente habitáveis que talvez nos

cerquem. Antes disso, enquanto habitarmos um único planeta, ou um, mesmo, único Sistema

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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Solar, estaremos extrema e permanentemente vulneráveis à extinção, seja por causas telúricas,

planetárias, estelares ou alienígenas... É só escolher a catástrofe!

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Capítulo-XIII; Migração - Nosso tempo está esgotando:

Nos capítulos anteriores, insisti muito na necessidade de migração de nossa raça para outros

mundos e outros Sistemas Solares como a única forma de preservá-la dos imensos perigos que a

cercam e assegurar-lhe a sobrevivência.

As razões não se prendem, apenas, a hipotéticos e eventuais confrontos com “Alienígenas

Malvados”, nosso planeta é instável e mutante. Nosso Sol uma bomba cósmica com data

marcada para explodir.

Podemos viver em feliz solidão pelos próximos milhões, centenas de milhões, até um Bilhão de

anos no futuro, mas se não fizermos NADA, um dia nossa sorte acabará!...

O nosso maior risco no futuro, se não esgotarmos nossas reservas de hidrocarbonetos, se não

destruirmos nossos mananciais de água potável, se não morrermos de fome, canibalizando-nos,

devido a uma explosão demográfica descontrolada ou nos destruindo em uma estúpida Guerra

Nuclear, apenas para citar algumas das catástrofes que nossa própria estupidez poderá nos

acarretar em futuro bastante próximo, a tectônica de placas, um mecanismo de reciclagem das

terras disponíveis em nosso planeta, originado por processos geológicos de convecção do núcleo

ardente de nosso mundo fará isso por nós... Graças a ele, que, por um lado contribui com a

renovação dos minerais disponíveis, nossos continentes são ilhas flutuantes no oceano de

magna liquefeito, mudando constantemente de posição e conformação.

Isto faz com que as massas de terra em nosso planeta ora se unam ora se separem, algumas

vezes tomando disposições que se tornam extremamente prejudiciais à manutenção da VIDA.

A última vez em que isso se deu foi há aproximados 250 milhões de anos atrás, na transição

entre o período Permiano e o período Mesozóico, quando todas as massas continentais se

reuniram num gigantesco super continente (Pangéia ou Pangéa). Este evento criou um imenso

deserto que não só dizimou a vida em seu interior como diminuiu, radicalmente, a deposição de

sedimentos nos oceanos. Resultado, de 95% a 96% da vida no planeta Terra viu-se extinta.

Os cientistas prevêem que tal volte a ocorrer daqui há aproximados 250 milhões de anos,

tornando a vida extremamente difícil para nossos descendentes se sobrevivermos até lá.

O exemplo mais próximo que temos das condições que reinarão nesta “Pangea Última” é o

isolado continente australiano onde a VIDA só se torna viável em suas bordas, seu interior

coberto por um inóspito deserto. Em termos de aridez, temos o Saara africano.

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Se formos capazes de sobreviver e preservar nossa civilização tecnológica ao longo destas

centenas de milhões de anos, é razoavelmente provável que já tenhamos adquirido condições

de migrar através do espaço para outras moradas e é bem provável que, ao menos, uma parte

de nossa raça assim tenha feito, tornando-nos, finalmente, uma raça estelar. Ou isso, ou

provavelmente nos tornaremos extintos...

Mesmo que sobrevivamos à “Pangea Última”, teremos, em 1 Bilhão de anos, um encontro

derradeiro com nosso Sol. Não há como escapar. Caso não tenhamos dominado a viagem inter

estelar, poderemos postergar nosso inevitável fim pulando de planeta em planeta, de satélite

em satélite (Como Europa e Titã) até que, por fim, nosso Astro-Rei se torne uma estrela Gigante

Vermelha e exploda em uma Nova, varrendo o Sistema Solar e incinerando a VIDA nele

existente. O prazo final? Estimados 5 Bilhões de anos! Pode parecer muito, mas não nos

esqueçamos, é um NADA diante da eternidade. É migrar ou morrer! Simples assim...

Qual o grande obstáculo? A Barreira da Luz!

A Luz este fenômeno insólito ora atuando como ondas, a exemplo do Som, ora atuando como

partícula, marca o limite de velocidade de um corpo sólido em nosso Universo. Segundo

estabelecido pela Teoria da Relatividade de Einstein, nada pode se mover em nosso Universo

Físico mais rápido do que a LUZ. Por que? Porque ao aproximar-se do limite da Velocidade da

Luz, a massa de um corpo sólido se torna INFINITA!

Isso é, sim, um grande problema, dadas as incomensuráveis distâncias que nos separam das

demais estrelas e galáxias espalhadas por nosso Universo Visível. Estas distâncias, medidas em

Anos-Luz, tornam praticamente impossível uma viagem entre estrelas ou entre galáxias.

Todavia, o próprio Einstein teorizou que poderiam haver “atalhos” no Espaço-Tempo. Estes

Atalhos poderiam ser formados pela “união de 2 “Buracos Negros” que se tornariam um túnel

através do tempo e do espaço no qual as limitações da Física Einsteniana no espaço

tetradimensional que nos cerco não existiriam. Estes túneis espaço-temporais ficaram

conhecidos por seu nome técnico “Pontes Einstein-Rosen”, nomes dos dois matemáticos que as

teorizaram, e, popularmente, como wormholes (“Buracos de Minhoca”), numa alusão aos

buracos escavados por larvas em maçãs.

Outras soluções apresentadas foram a de forçar a “curvatura” do espaço-tempo através de

mecanismos de torção que permitiriam a “Warp Drive” e a detecção dos Taxions que seriam

partículas altamente energéticas que existiriam apenas acima do limite da Velocidade da Luz.

Estas teorias não encontram grande respaldo entre a maioria dos cientistas. Manter Buracos

Negros abertos exigiria fontes de energia gigantescas, além de um enorme censo galático para

se determinar com precisão onde entraríamos e aonde sairíamos e se seria possível voltar pelo

mesmo caminho. Quanto à Warp Drive os mesmos problemas de geração de energia para

“torcer” o espaço permanecem. No que se refere aos teorizados “Taxions”, jamais foram

detectados.

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Então, se quisermos nos deslocar pelo espaço, visitar estrelas, colonizar galáxias, temos de nos

preparar para viagens que durarão, décadas, séculos, milênios talvez...

Serão factíveis? Tecnicamente sim. Psicologicamente seria bem mais complicado. Aqueles que

se dispusessem a esta empreitada, teriam que abandonar seu lar (A Terra ou um planeta

terraformado do Sistema Solar) e, abandonando qualquer possibilidade de retorno partir, sem a

certeza de chegar a um porto seguro. Com a convicção que jamais voltaria a ver os que ficaram

para trás! Precisaríamos de um tipo muito especial de ser humano para lançar-se em tal

aventura...

Se encontrarmos os candidatos certos, todavia, poderemos, em poucos milênios, conquistar boa

parte da galáxia. Em 100 mil anos, poderíamos explorá-la inteiramente. Com algum esforço

adicional, chegaríamos às Nuvens de Magalhães, galáxias satélites de nossa Via Láctea, e

depois? Andrômeda, nossa galáxia vizinha, está a mais de 2 milhões de Anos-Luz de nós! Chegar

a ela por tal método seria desanimador! Teríamos que esperar pelo início da fusão de ambas as

galáxias num futuro distante 2,5 Bilhões de anos! É uma escala de tempo inimaginável! Mas,

recordemos, nosso planeta existe a mais de 4,6 Bilhões de anos, o próprio homo sapiens, a

última das grandes criaturas a galgarem seu palco tem aproximados 300 mil anos, só

precisaríamos de 1/3 deste tempo para conquistar toda a Via Láctea.Talvez ela ou a futura

Androláctea venham a ser o limite de nossa expansão se tudo der certo... Se TUDO der certo!...

A verdade é que, tirando os protozoários, nada, nenhuma raça metazoária sobreviveu por tanto

tempo em nosso berço de origem. Os mais bem sucedidos forma os Dinossauros, foram os reis

de nosso planeta por aproximados 165 milhões de anos. Um caso de imenso sucesso que se

encerrou de maneira catastrófica há mais de 65 milhões de anos. Nosso mais antigo ancestral

existe a menos de 6 milhões...

Sonhamos com a imortalidade, mas precisamos aprender a lutar por ela ou cedo nos

tornaremos apenas mais uma tentativa de ascensão da VIDA, talvez da inteligência na busca do

domínio da compreensão do Cosmo! Se seremos bem sucedidos onde outros falharam, só o

tempo dirá...

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Capítulo-XIV; ETs – Amigos ou Inimigos?

Boa pergunta!...

Como já coloquei antes, na eventual comprovação da existência de extraterrestres que possam

viver a uma distância de nós que viabilize um CONTATO, precisamos examinar, seriamente, a

possibilidade de que os mesmos nos sejam hostis.

Somos uma estirpe de “predadores sociais” e, graças a isso, conquistamos a hegemonia em

nosso mundo. Não há nada que não desejemos fazer com nossa tecnologia e nosso

conhecimento que não consigamos fazer se estivermos dispostos, realmente, a nos dedicarmos

a isso. Simples assim.

Então, iniciando do famoso “princípio da mediocridade” que, ao longo do último Século, vem

dominando nosso pensamento científico e que, partindo da Coroa e Glória da Criação, nos veio

rebaixando, sucessivamente, a um mero primata que veio evoluindo de espécies muito

inferiores, habitante de um planetinha azul, integrante de um insignificante Sistema Solar,

localizado na borda externa de uma grande, mas vulgar, galáxia espiral (é assim que nossa

ciência nos enxerga hoje) se nós, pobres mono antropóides, pudemos evoluir, ao cabo de 4,6

Bilhões de anos, a partir de um protozoário, por que isso não poderia acontecer nós miríades de

mundos à nossa volta?

Mesmo que a tese que advogo, pela qual seria impossível construir-se a VIDA complexa

(Metazoários) em um planeta em data anterior há 6 Bilhões de anos atrás, em função da

necessidade de geração de abundância de matérias pesados para que o Projeto VIDA fosse

exeqüível, de qualquer maneira, uma Civilização tecnológica poderia surgir em nossa galáxia,

pelo menos 1 Bilhão de anos antes da nossa!

Bom, se esta raça conseguisse sobreviver ao “Rubicão Tecnológico” das armas de destruição em

massa (Nucleares, Eletromagnéticas, Químicas, Biológicas, Mentais e o que diabos mais fosse ela

capaz de desenvolver com sua inteligência), sua tecnologia se assemelharia a nós como algo

semelhante à MÁGICA! Se fossem “predadores” tão violentos quanto nós, só poderíamos

“Rezar”, “Torcer”, para não nos transformarmos em “Almoço”!

Diante destes “fatos” só poderíamos esperar que nossos vizinhos galáticos nunca nos

encontrassem!...

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Mas os ditos ALIENS teriam que ser, necessariamente, “predadores”?

Não... Mas se o fosso tecnológico que nos separasse deles fosse muito grande, seria muito

provável que nos olhassem como camundongos, abelhas, cupins, baratas, ou, quem sabe,

curiosidades de zoológico...

Caso, como já apresentado neste livro em capítulos anteriores, eles dispusessem de uma

tecnologia compatível com a nossa, apenas algumas centenas de anos mais antiga,

provavelmente nos dominariam, escravizariam ou destruiriam. Nós, sem dúvida, faríamos o

mesmo com eles se os papéis fossem invertidos.

Procurando analisar o problema de forma isenta, como um “Gestor de Riscos” deve conduzir

uma análise de semelhante situação, esperemos que eles não nos encontrem antes que

possamos nos disseminar pela galáxia. Caso contrário, Deus (O DEUS!) tenha piedade de nós!

Se, comprovadamente, não encontramos até o momento um só vestígio de nossos possíveis

vizinhos cósmicos, as lendas e mitos que reverberam de nosso passado Proto Histórico parecem

pulular de CONTATOS!

Mais uma vez; excesso de imaginação da parte de nossos ancestrais? Ou... Existiu, realmente,

uma parte de nossa história que se perdeu? Uma história que poderia implicar no fato de

sermos “produto” da manipulação genética de nossos ancestrais em busca de mão de obra dócil

para o trabalho pesado? Poderiam, nossos “criadores”, terem sido seres das estrelas que

acabaram descobrindo que não éramos tão dóceis assim (Anunnakis?!)? Poderiam ter sido

pertencentes a uma raça inteligente mais antiga aqui mesmo evoluída (Saurianos?!)? Ou, quem

sabe, somos os sobreviventes de uma civilização mais antiga, humana, que se auto-destruiu,

milênios antes de nossa atual civilização tecnológica (Aquelas cujas maravilhas e guerras

fratricidas nos foram narradas nos Vedas Indianos, nas tradições Sumério-Babilônicas, na Bíblia

Hebraica e por aí vai?! Lemurianos?! Atlantes?! Ou seja lá por que nome os batizemos?! Difícil

de acreditar!... Mas não implausível, frisemos!)?

Não nos esqueçamos do fato de que o “homo sapiens” existe neste planeta tempo suficiente

para a evolução e queda de, ao menos, 5 civilizações como a nossa!

É muito provável, pelos dados aqui já expostos, que estejamos, neste momento, SÓS como

representantes galáticos da centelha de inteligência que permite a humildes “unidades de

carbono” examinarem o Cosmo a seu redor e fazerem tais conjecturas. É possível que existam

seres inteligentes como nós, predadores ou não, perdidos pela imensidão da galáxia e que

atravessemos nossas existências solitárias sem jamais, felizmente talvez, nos contatarmos. É até

plausível que este insignificante mundo azul tenha assistido ao nascimento da primeira centelha

de VIDA na Via Láctea, por que não, talvez em todo o Cosmo?! Não é sequer impossível que

outras raças (humanas ou não) aqui tenham chegado ou evoluído e, em seguida, por diversas

motivações, partido? Só podemos especular...

Porém, se, um dia, viermos a comprovar a existência de alienígenas antropomorfos,

humanóides, que venham tão insistentemente nos visitar como muitos sugerem, sem a menor

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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comprovação, que fique claro, pelo menos até agora, teremos que admitir que há algum motivo

para que este insignificante planeta seja objeto de tamanha atenção! Talvez, como inferem

alguns textos muito antigos, esta, afinal de contas, seja a Rá-Mú dos mitos e lendas, a

“Senhora”, a “Pátria Mãe Terra” de que tantos eles falam!...

Quem sabe?...

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Capítulo-XV; As Linhas Ley – Portais Cósmicos?

Como procuramos analisar anteriormente, o maior obstáculo à colonização da Galáxia, por nós

ou por outrem, são as imensas distâncias que separam as estrelas, praticamente intransponíveis

se a Barreira da Luz, efetivamente, não puder, algum dia, vir a ser vencida.

Ela poderá?...

No momento, tudo parece apontar que não. Mas... A nossa Física não é absoluta. Ela, por

diversas vezes, teve seus parâmetros revistos e/ou alterados. Além disso, a própria Física atual,

no macrocosmo, aponta para algumas possibilidades interessantes como a existência dos

wormholes, ainda não detectados, mas matematicamente previstos.

Ao nível de microcosmo, a Mecânica Quântica, com seu esquizofrênico leque de possibilidades,

parece apontar que “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que acredita nossa vão

filosofia”!

Nosso grande “Calcanhar de Aquiles” é a dicotomia existente entre a Física Macrocósmica

Newtoniana, Einsteniana Relativista se preferirem, e a Física das Partículas Discretas, Quântica.

A TCU – Teoria do Campo Unificado, até hoje, é um sonho aguardando o “Grande Unificador”,

um novo Einstein.

Este “Unificador” já pode ter existido em nosso ignoto passado? Pode ter sido um NOME de

nossa Proto História que a História esqueceu?

Alguns indícios esparsos parecem apontar que sim...

Será que existe alguma maneira de se deslocar a matéria através do espaço, ou entre espaços

vencendo a Barreira da Luz? Poderia esta tecnologia já ter sido de uso comum em nosso

planeta?

Vamos mais uma vez, cautelosamente, examinar a plausibilidade destas indagações...

Em nossos mitos e lendas ancestrais ecoam, de forma insistentemente irritante, o que parecem

ser vestígios de uma tecnologia de deslocamento planetária e intergalática que, aparentemente,

se perdeu.

Se isso, à primeira vista, soa totalmente implausível, não nos esqueçamos de que, no mundo

quântico, estes fenômenos descritos como mágicos, tais como romper as barreiras do tempo e

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 98

do espaço, acontecem, no microcosmo, comprovadamente, o tempo todo! Simplesmente não

conseguimos trazer esta experiência aparentemente surreal para a realidade de nosso

macrocosmo. Se por impossibilidade física ou por incompetência científica, por enquanto,

permanece uma questão em aberto...

Convenhamos, se fôssemos capazes de controlar o plano de vibração de cada um de nossos

átomos, alinhando-os no mesmo plano de vibração dos átomos de uma parede de concreto,

nós, simplesmente, a atravessaríamos como se ela não existisse!

A acreditarmos nos textos sagrados de diversas religiões, Jesus Cristo podia fazer isso! Buda

também...

Podemos considerar um “milagre” de “avatares iluminados”, de cérebros privilegiados, ou

apenas uma técnica de controle mental que se perdeu?

Será que isso já fez parte de uma tecnologia disponível em nosso passado? Uma tecnologia, não

um ato mágico, que se perdeu, talvez por seu mau uso?

Vamos falar um pouquinho, divagar um pouquinho, especular um pouquinho sobre dos ditos

“Lugares Sagrados”, sobre a hipotética capacidade de “levitar” dos antigos, sobre a hipotética

capacidade de seu deslocamento por imensas distâncias (na Terra e no Céu!), sobre sua

hipotética capacidade de mover-se através do tempo!

O que são, afinal, estes “Lugares Sagrados” ou “Maditos”? Linhas Ley, Triângulos Assombrados?

Histórias da carochinha? Mitos modernos? Ou alguma coisa mais?

Vamos lá...

Todas as hipóteses plausíveis sobre deslocamentos espaço-temporais, sobre os Wormholes

sobre as míticas Linhas Ley, baseiam-se em um único fenômeno Físico e em suas manifestações

reais e hipotéticas, a Gravidade.

A mais conhecida, mais intuitiva, mais fraca das quatro forças fundamentais (Eletromagnética,

Gravitacional, Nucleares Forte e Fraca) a Gravidade é a única que atua, sistematicamente, por

longas distâncias. Das demais, apenas a eletromagnética atua de forma clara no Universo

Visível. As outras duas são extremamente poderosas, mas nucleares e atuam a nível atômico e

subatômico.

A Força Eletromagnética que define a relação entre Eletricidade e Magnetismo é o que nos

possibilita, há mais de um século, todas as facilidades de nosso mundo moderno (torradeiras,

microondas, celulares, computadores, etc...). Devemos sua compreensão a expoentes como

Maxwell, Einstein, Edson, Tesla... Em síntese, é possível gerar-se um campo elétrico com o uso

de campos magnéticos (Dínamos, Geradores...), assim como gerar campos magnéticos a partir

de campos elétricos (Imãs induzidos, por exemplo). O binômio é bem conhecido e explorado.

Deixou, a muito, de ser ciência e passou a ser tecnologia. Porém, a outra ponta do triângulo

nunca foi eficientemente demonstrada.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 99

Estudos, em especial de Einstein, nos permitiram detectar que, de fato, existe um

“acoplamento” entre a Força Eletromagnética e a Gravitacional.

Einstein o teorizou com a TCU, ou seja, que um campo eletromagnético poderia “gerar” ou

“suprimir” a Gravidade com todas as conseqüências práticas que seriam envolvidas. Tesla foi

quem mais avançou em suas aplicações práticas. Porém, seus principais conceitos ainda são

muito nebulosos...

Fato estabelecido é que estrelas e planetas possuem campos magnéticos poderosos e que estes

campos podem exercer influência a ponto de distorcer o espaço-tempo como Einstein

demonstrou com a Teoria da Relatividade.

Será que alguém, em algum momento, já utilizou esses conceitos para desenvolver tecnologia?

Será que esta tecnologia, em algum momento, nos permitiu “levitar” cargas enormes? Quebrar

a Barreia da Luz?

Continuemos examinando seus indícios em nossa Proto História, da mesma forma em que

devemos procurar compreender melhor o funcionamento das Forças Telúricas em nosso

planeta:

Para os teóricos da assim chamada hipótese dos “Deuses Astronautas” é tudo muito simples;

“Deuses” (Astronautas Alienígenas), vindos das estrelas em um passado remoto, dominavam a

técnica do vôo inter-estelar mais rápido do que a Luz, assim como a capacidade de “anular” a

gravidade, levitando gigantescos blocos de pedra para o soerguimento de suas construções

piramidais megalíticas.

Para os adeptos da Teosofia e de outras “seitas” pseudo-científicas que floresceram a partir do

Século-XIX, as explicações se baseiam no domínio de “Forças Telúricas” que se desenvolvem ao

longo de certos “Eixos” ou linhas de força magnéticas. Estas “Linhas de Força” ficaram

conhecidas como “Linhas Ley (ou Linhas de Ley)” no Ocidente, as “Linhas do Dragão (Feng Shui)”

no Oriente.

Alguns autores como Ivan T. Sanderson, adeptos de possíveis “CONTATOS” extraterrestres no

passado, chegaram a identificar a existência de 12 vórtices onde a gravidade terrestre se

comportaria de modo anômalo, sendo responsáveis, inclusive, por estranhos desaparecimentos

de aviões e navios com suas tripulações e passageiros, como os mal afamados “Triângulos da

Bermudas e do Dragão” que seriam dois deles!...

Nada, nunca, foi comprovado. Além disso, são regiões extremamente tempestuosas, mas é fato

comprovado que algumas áreas localizadas tanto no mar quanto em terra firme são sujeitas a

fortes anomalias magnéticas.

Seriam, estas “anomalias”, “PORTAIS” inter-dimensionais? Seriam estes “PORTAIS” entradas e

saídas de mini-wormholes em nosso próprio planeta por onde naves inter-estelares ou inter-

dimensionais (Discos Voadores?) chegariam ou partiriam de nosso mundo para outros mundos

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ou dimensões? Seria, a Terra, uma espécie de “Ponto de Parada” intergalático? Um mero “Posto

de Reabastecimento”?

Difícil de acreditar... Mas, de maneira alguma, até prova em contrário, implausível!...

Assim como na antiga China, as antigas civilizações pré-históricas orientavam suas construções

segundo o padrão destas “Linhas de Força” por motivos que até hoje não compreendemos; os

megálitos da Córsega e da Sardenha, os menires de Karnak, Stonehenge...

O fato é que, enquanto não obtivermos a chave para a TCU, para a Grã-unificação da Física

Relativista com a Física Quântica, uma tarefa de gigantes com bem definiu Wolfgan Pauli; “O

que Deus separou ou homem não pode unir”, continuaremos especulando sobre hipóteses.

Talvez nossos hipotéticos “visitantes” do passado e, por que não, do presente, não sejam, afinal,

intergaláticos, mas inter-dimensionais, “Senhores” do Tempo e do Espaço!

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Capítulo-XV – Complemento-I; Wormholes - Túneis no Espaço-Tempo:

Um “Buraco de Minhoca” pode ser definido como uma característica topológica hipotética do

contínuo do espaço-tempo. Em essência, um “atalho” entre dois locais de uma mesma Galáxia,

de um mesmo Universos ou uma ligação entre dois ou mais Universos de um hipotético

MULTIVERSO. Este contínuo espaço-temporal vem sendo considerado válido nos termos da

Relatividade Geral proposta por Einstein.

O termo Wormhole (Buraco de Minhoca) foi forjado pelo Físico Teórico americano John

Archibald Wheeler em 1957, mas os mesmos já haviam sido propostos pelo matemático alemão

Hermann Weyl em 1921.

Assim, os Wormholes, “Buracos de MInhoca”, seriam hipotéticos túneis inter-dimensionais

teorizados matematicamente por Albert Einstein e seu amigo Nathan Rosen, cujo trabalho foi

publicado em 1935, os quais poderiam ser a única solução para vencermos as incomensuráveis

distâncias que nos separam das demais estrelas de nossa galáxia e das demais galáxias de nosso

Universo e, por que não, dos demais Universos do plausível MULTIVERSO!...

De todas as possíveis soluções para romper a barreira imposta pela Velocidade da Luz, talvez

seja a que tenha a maior chance de provar-se factível, mas a complexidade das soluções e o

gigantesco gasto de energia imposto ainda coloca as viagens inter-estelares e inter-galáticas por

este hipotético método muito distantes de nossa capacidade de realização.

O que, em essência, é um Wormhole?

Teoricamente uma conexão entre dois pontos de uma Galáxia, entre duas Galáxias de um

mesmo Universo ou entre dois ou mais Universos de um hipotético MULTIVERSO.

Como se realiza, teoricamente, esta conexão?

Pela união entre dois “Buracos Negros” ou pela formação de uma “singularidade” Buraco Negro

– Buraco Branco no tecido do Espaço-Tempo.

Embora teoricamente, matematicamente, possível e demonstrável, até o momento, nenhum foi

detectado. Temos, mesmo, dificuldade em identificar um único Buraco Negro. Só podemos

inferir sua existência a partir da forma como estes objetos anômalos interagem com a matéria

ao seu redor.

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Utilizá-los como um túnel através do Espaço-Tempo implica na solução de uma série de

problemas, como já citado, ainda fora do alcance de nossa ciência e de nossa tecnologia e tudo

indica que assim permaneça por muito tempo, talvez, mesmo, definitivamente.

O primeiro dos grandes problemas é como identificá-los. Outro é como determinar, a partir da

origem, seu destino final. Outro, ainda, é como atravessá-los, mantendo a integridade da nave e

de seus tripulantes.

Determinar o destino de cada Wormhole exigiria um gigantesco e sistemático esforço de

levantamento. Isso, se formos capazes de desenvolver sondas automáticas que os

atravessassem nos dois sentidos. Para tal teríamos que detectar um Buraco Negro do tipo certo

(rotacional) grande o bastante para permitir que uma nave robótica nele penetrasse e o

atravessasse incólume nos dois sentidos. Deste levantamento, pouco a pouco, surgiria um

imenso MAPA destas “auto-estradas galáticas” interconectando mundos de forma praticamente

instantânea.

Existem diversos tipos de “Buracos Negros” teorizados, conseqüentemente, os mais diversos

tipos de “Buracos de Minhoca”. De todos, os que mais nos interessam são os Lorentzianos

porque , matematicamente, são os mais estáveis que, teoricamente compostos por um Buraco

Negro numa extremidade e outro na outra, permaneceriam abertos o tempo necessário para

sua travessia em segurança.

Existem dois principais tipos de Buracos de Minhoca; Lorentzianos (estudados pela Relatividade

Geral) e Euclidianos (estudados pela Física Quântica).

Notar que “Buracos Negros” que deságüem em “Buracos Brancos” (Buracos Negros de

Schwarzschild), em princípio, não seriam utilizáveis, pois o jorro de matéria e energia através da

singularidade formada e que se supõe em algumas hipóteses serem a origem de nosso Universo

e a provável origem de outros “Universos Irmãos” dentro do contexto do hipotético

MULTIVERSO não se apresentaria como um caminho de volta, ou seja, diante disso, temos duas

hipóteses operacionais:

1ª) Para viabilizar viagens inter-dimensionais teríamos de identificar, antes de tudo, um Buraco

de Negro Lorentziano cujo túnel não terminasse numa singularidade e sim e um túnel

interconectado a outro Buraco Negro Idêntico, rotacional e estável o bastante para permitir sua

travessia nos dois sentidos, formando um Buraco de Minhoca (Wormhole).

2ª) Encontrar dois buracos negros independentes que possam ser atravessados em sentidos

inversos e que desemboquem nas proximidades um do outro, de maneira a permitir a realização

da viagem de ida e volta com segurança.

Isso dá uma idéia do gigantesco trabalho de senso a ser realizado por naves automáticas, senso

que poderia durar milênios e que teria que ser sistematicamente realizado, não nos esqueçamos

que, mesmo em teoria, estas hipotéticas ligações são extremamente instáveis e efêmeras.

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Não bastasse, embora os Buracos de Minhoca Lorentzianos sejam plausíveis a nível de

Relatividade Geral, não necessariamente poderiam existir no bojo de uma Teoria de Gravitação

Quântica que unisse a Relatividade Geral com a Mecânica Quântica, a tão sonhada TCU – Teoria

do Campo Unificado (Einheitliche-Feld Theorie) desenvolvida por Albert Einstein e pelo próprio,

ao longo da vida, considerada incompleta (Existem rumores de que Einstein completou a TCU,

mas horrorizado com as aplicações surgidas da Teoria da Relatividade, preferiu não revelá-la ao

mundo. Recordemos que Einstein, um pacifista convicto declarou; “Eu não sei como será a 3ª

Guerra Mundial, a 4ª será com pedras!”).

Alguns teóricos sugerem que, mesmo que um Buraco de Minhoca permanecesse estável, um

eventual viajante que o atravessasse teria sua estrutura alterada de formas imprevisíveis,

podendo experimentar danos permanentes a nível de cérebro e coração entre outros...

Concluindo, infelizmente, parece que esta alternativa para vencer as imensas distâncias que nos

separam de outros corpos celestes também não se mostra viável. Pode ser que a única

alternativa que nos reste para conquistar o Cosmo seja a construção das gigantescas ARCAS

cósmicas que vagariam pelo espaço dos milênios, saltando de estrela em estrela para encontrar

outros mundos habitáveis e neles implantar colônias cujos habitantes, nossos descendentes,

jamais retornariam à Terra com notícias de seu eventual sucesso. A menos de uma catástrofe

que nos forçasse a esta migração, dificilmente teríamos estímulo para realizá-la.

Talvez o sonho de conquista do Cosmo, de contato com outras Civilizações não-humanas,

benevolentes ou não, nõ passe de um sonho de autores de Ficção Científica. Talvez, afinal, seja

este, infelizmente, o nosso destino!...

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Capítulo-XV – Complemento-II; O Projeto Rainbow e a Teoria do Campo Unificado:

Nos últimos dois capítulos falamos muito sobre alternativas para vencer a Barreira da Luz que

nos possibilitem a conquista do Universo. Todas as hipotéticas alternativas se concentram em

uma complexa e obscura teoria de Albert Einstein, a TCU – Teoria do Campo Unificado (em

alemão; Einheitliche-Feld Theorie). Creio que é chegado o momento de a examinarmos um

pouco mais detalhadamente:

A TCU foi originalmente proposta entre 1925 e 1927. Seu objetivo era, como seu próprio nome

sugere, a unificação entre a Física Macroscópica Relativista e a Física de Partículas Discretas,

mais conhecida como Física Quântica.

Einstein jamais aceitou os conceitos probabilísticos da Física Quântica e de seu esquizofrênico

leque de possibilidades, insistia na visão de que “Deus não Joga dados com o mundo”, em que

pese o fato de que a própria Relatividade apontava este caminho.

Como referido no capítulo anterior, Einstein perseguiu o “sonho” da Unificação por toda a vida

e, ao final, declarou que não sabia matemática suficiente para resolver o problema.

Muitos tomaram seu bastão, sem sucesso. Um dos que tentou foi Wolfgang Pauli que, ao

desistir da empreitada, desabafou; “O que Deus separou o homem não pode unir”.

Não conheço um Físico Teórico que não tenha tentado resolver as equações da TCU, o Santo

Graal da Física, eu inclusive, não nego, mas a complexidade do problema é desanimadora. A

solução de Einstein, considerada incompleta, é formada por um sistema de 16 equações em

notação tensorial. Dez equações representando a gravitação e 6 o eletromagnetismo. Einstein

morreu com seus cadernos de anotação na cama. Depois dele, todas as tentativas forma

extremamente frustrantes...

Hoje, a hipótese mais aceita é a das super-cordas que trabalha com 11 dimensões que existiriam

nos primórdios da criação do Universo que conhecemos, mas se existe uma coisa eu aprendi em

meus anos de pesquisa é que o Axioma da Navalha de Occam é um fato na Física e na natureza;

a solução mais simples é sempre a mais correta. Ou seja, se sua hipótese começa a complicar

muito, desconfie dela e a Teoria “M” com suas super-cordas é muito complicada.

Notem, todas as equações básicas da Física são extremamente simples; V=E/T; F=mg; E=mc2; ...

Notaram o padrão? Deus (O DEUS!), realmente, é um grande brincalhão!

E nós, seus filhos, realmente, somos os idiotas! RSRSRSRSRS!

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Einstein passou toda a sua vida afirmando, desde que enunciou pela primeira em 1916, que

matéria e energia não eram duas entidades separadas, mas duas manifestações do mesmo

elemento e que a matéria seria, apenas, a energia muito concentrada pela presença de um forte

campo gravitacional.

Quando apresentou a TCU, entre 1925 e 1927, a considerou uma teoria ainda inacabada, porém,

alguns alegam que o fez por motivos humanísticos, temeroso das aplicações práticas da TCU

ainda poderiam se mostrar mais aterradoras do que as da Teoria da Relatividade cuja fórmula

E=mc2, por ele inocentemente apresentada, culminou com o desenvolvimento das bombas de

Fissão (A-Atômicas)) e de Fusão (H-de Hidrogênio ou Termonucleares).

Se isso é ou não verdade, ninguém até hoje pode prová-lo.

Todavia, paira no limbo das “teorias da conspiração” que uma prova da validade da Teoria do

Campo Unificado poderia ter ocorrido em Outubro de 1943. Mais especificamente, na Base

Naval de Filadélfia, nos EUA, onde uma tentativa de tornar navios invisíveis ao radar com a

utilização de campos de força eletromagnéticos de alta potência teria fugido ao controle com

conseqüências tão impressionantes que todo o Projeto teria sido suspenso. Esta “prova”

passaria ao “folclore” das teorias da conspiração com o nome de “Experiência de Filadélfia” ou

“Projeto Filadélfia” ou, ainda, pelo nome em código de “Projeto Rainbow (Arco-Íris)”.

O que foi, afinal, o Projeto Rainbow?

Segundo a “Lenda Urbana” foi um estudo desenvolvido pelo Escritório de Pesquisas da Marinha

americana que tinha por objetivo tornar seus navios invisíveis ao RADAR aplicando campos de

força baseados na TCU, tendo, para isso, contratado Einstein e outros cientistas de peso a partir

de 1940 como John Von Neumann e Tomas Townsent Brown.

Durante o período 1940-1943 este “projeto de invisibilidade” teria corrido em paralelo com o

Projeto Manhatan destinado a produzir a Bomba Atômica.

A mais detalhada referência a este projeto encontra-se descrita em dois livros de especulação

científica; “The Case For de UFO” do Dr. Morris K Jessup e “The Phialdelphia Experiment” de

Charles Berlitz & William L. Moore, o primeiro famoso por seus Best Sellers sobre os Triângulos

das Bermudas e do Japão (Mar do Diabo) e sobre o mito da Atlântida.

Morris K. Jessup era um cientista com Doutorado em Astronomia e Astrofísica que começou a

interessar-se por Discos Voadores e acabou assumindo uma posição pouco ortodoxa com

relação ao fenômeno que lhe custou a carreira e acabou por levá-lo ao suicídio.

Charles Berlitz e William L. Moore são investigadores diletantes do oculto e de mistérios não

resolvidos que pululam na Lenda Urbana. Sua formação é em idiomas, bastante sólida por sinal,

mas não dispõe da necessária base matemática para julgar algo tão complexo, assim, tudo o que

fazem é especular.

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Segundo Jessup e eles, o que ocorreu na Base Naval de Filadélfia em Outubro de 1943 foi uma

experiência com campos eletromagnéticos pulsantes de alta energia que fugiu ao controle e

provocou não apenas a invisibilidade ao RADAR do navio objeto da experiência, o destróier

americano D-173 “Eledridge”, mas sua REAL INVISIBILIDADE seguida de seu TELETRANSPORTE

instantâneo ao porto de Norfolk e seu retorno ao ponto de partir em frações de segundos.

Diz a “Lenda Urbana” que o destróier foi envolvido por uma névoa esverdeada antes de

desaparecer por completo e que, ao retornar, tornara-se um palco de horrores com membros

da tripulação fundidos vivos ao casco incandescente, enquanto os demais encontravam-se

totalmente desnorteados, alguns descontrolados transformados em loucos furiosos!

Alguns relatos orais, portanto de pouca ou nenhuma validade científica, falam de membros da

tripulação que passaram a desaparecer espontaneamente, alguns retornando, outros não de

seus insólitos desaparecimentos, havendo casos relatados de alguns que passaram a ter o dom

de atravessar paredes!...

O que existe de plausível?

Bem, a Marinha tal como a Força Aérea no caso do UFO de Roswell nega insistentemente toda a

estória e assunto encerrado.

Mas... A dar algum crédito aos relatos, realmente ficou estabelecido que Campos

Eletromagnéticos muito intensos podem produzir alucinações e alterações em caráter

permanente no cérebro de pessoas que a eles sejam submetidas sem o devido preparo e/ou

proteção. Poderia ter sido o caso do “Projeto Rainbow”? Poderiam efeitos deletérios reais terem

sido exagerados pela “Lenda Urbana” e o projeto encerrado pelo fato dos cientistas que dele

participaram não terem sido capazes de controlar tais efeitos deletérios sobre a tripulação?

Sim... É plausível... Nosso próprio sangue é composto por elementos magnetizáveis (Hemácias) e

não sabemos até que ponto podemos ser prejudicados por campos magnéticos de tal potência.

Quanto aos relatados efeitos de “tele-transporte” e de “contatos” com “entidades inter-

dimensionais”, nunca, como no caso dos UFOs, foi apresentada uma mínima prova científica do

fenômeno.

No que tange ao famoso “Véu de Segredo” sempre alegado, tal descoberta seria a base de

construção de armas tão poderosas que tornariam todo o nosso arsenal nuclear obsoleto!

Dificilmente um país que controlasse tal poder não o revelaria ou utilizaria, provocando uma

corrida entre as demais potências para obtê-lo. Vimos tal ocorrer com o Poder Atômico.

Então, até prova em contrário, tudo não passa de ficção. A TCU continua sendo um objetivo,

talvez um sonho dos Físicos a espera de solução!

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Capítulo-XVI; Contatos 1º a 4º Graus:

Os relatos sobre UFOs referem-se a diversos tipos de “CONTATOS” que normalmente são

classificados pelos “crentes” e Ufólogos em quatro categorias:

1ª) Contatos de 1º Grau: Quando um observador ou um grupo de observadores afirma que

avistou um ou vários UFOs – Objetos Voadores Não-identificados (OVNIS) no céu.

2ª) Contatos de 2º Grau: Quando os observadores afirmam ter visto uma Nave pousada no solo

com a presença ou não de alienígenas (Extra-terrestres ou EBEs – Extraterrestrial Biological

Entities)

3ª) Contatos de 3º Grau: Quando é relatada uma interação entre os observadores e os

alienígenas. Esta interação pode ser verbal ou mental (PES – Persepção Extra-sensorial),

envolvendo ou não algum tipo de contato físico.

4ª) Contatos de 4º Grau: Quando há uma interação física com entidades alienígenas, algumas

envolvendo abduções forçadas e contatos de natureza sexual ou de invasão de corpos ou

mentes durante experiências muitas vezes desagradáveis para os abduzidos.

Relatos existem para encher livros e mais livros, mas nada comprovado cientificamente.

Como já relatado, o fenômeno OVNI, à luz da ciência, está mais para um fenômeno religioso do

que científico. As pessoas crêem em OVNIs como crêem em aparições de Santos, em Milagres,

em aparições Marianas e em toda forma de fenômenos inexplicáveis como fadas, bruxas,

gnomos, castelos encantados, deuses e demônios e o que mais a imaginação fértil dos

cientificamente pouco preparados permitir. Alguns fenômenos descritos são extasiantes, em sua

maioria, porém, são assustadores, retratos de nossos sonhos e medos individuais e coletivos,

alucinações, já de muito analisados e explicados pela psicologia.

Não se faz ciência com Fé, se faz com provas, com Fatos, com uma análise criteriosa e cética

governada, sempre, pela RAZÃO.

A existência de “Discos Voadores” e de “Entidades Alienígenas” a nos visitar, a nos abduzir é

plausível? É... É possível? Carece-se de provas... É provável? Não! Pelos fatos já expostos nos

capítulos anteriores. A imensidão do Universo, a vastidão de nossa galáxia Via Láctea, as

incomensuráveis distâncias em Anos-Luz que separam as estrelas possivelmente dotadas de

mundo habitáveis orbitando em seu redor e as limitações, até prova em contrário, impostas pela

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velocidade da luz, tornam um CONTATO entre possíveis civilizações tecnológicas praticamente

impossível em que pese a plausibilidade de suas existências...

Mesmo que não estejamos, no momento, totalmente sós em nossa galáxia, quem sabe em todo

o Universo, e isso é uma possibilidade que precisa ser considerada, a probabilidade de duas

Civilizações Tecnológicas em períodos semelhantes de evolução que lhes permita realizar um

contato é, como já demonstrado, insignificante.

Nosso Universo está, provavelmente, cheio de vida, da mais simples à mais complexa. Se a vida

complexa escolhe, invariavelmente, o caminho da tecnologia é um caso em aberto, assim como

é um caso em aberto se é possível, caso ocorra um contato, desenvolver-se uma relação pacífica

entre duas Civilizações Tecnológicas, uma vez que a evolução aponta para o fato dos organismos

mais inteligentes, pelo menos em nosso mundo, serem caçadores e não caça, predadores e não

presas, entre os que habitam este pequeno ponto azul, o maior de todos, NÓS!

Isso nos permite especular ser muito provável que outros seres inteligentes, tecnologicamente

desenvolvidos, descendam, como nós, de predadores sociais extremamente competitivos e

violentos.

Por conseguinte, é muito provável que um eventual “contato” entre duas civilizações

alienígenas (Nós o seremos para Eles) não se mostre nada agradável, de modo especial para a

civilização menos evoluída. Já vimos o que acontece quando isso ocorre entre seres da mesma

espécie, mal podemos imaginar o que aconteceria no confronto entre duas espécies que não

possuem qualquer grau de identificação entre si, nem ao menos a nível de DNA! A plausibilidade

é assustadora! Assim como fizemos em nosso mundo, a raça dominante poderia escravizar a

mais fraca, exterminá-la ou, simplesmente, transformá-la em fonte de proteínas, de alimento! Já

fizemos tudo isso aqui mesmo em nosso mundo, o que impediria uma espécie alienígena de

fazê-lo conosco? O que nos impedirá de fazê-lo num confronto com um adversário mais fraco,

ainda que inteligente? Nada nos impediu de fazê-lo até agora...

Particularmente, acho muito pouco provável que nossa raça consiga libertar-se dos grilhões que

a prendem a seu próprio Sistema Solar. Muito provavelmente não chegaremos a viver tanto

quanto viveram os dinossauros, espécie mais bem sucedida a viver, até o presente, neste lindo

planeta azul. Mesmo que dominemos nossa estupidez coletiva que nos impele para o

holocausto, é muito pouco provável que escapemos da extinção em massa que será provocada

pela formação da Pangéia Última daqui a, apenas, 250 milhões de anos, um nada em termos

geológicos! Mesmo que sobrevivamos e continuemos a evoluir em termos tecnológicos, caso a

Barreira da Luz se mostre invencível, muito provavelmente não conseguiremos escapar da

morte pelo calor quando nosso Sol começará, daqui há 1 Bilhão de anos, a inchar e a

transformar-se numa Nova que explodirá daqui há aproximados 5 Bilhões de anos, calcinando os

mundos a seu redor, justamente na época em que a fusão das galáxias Andrômeda e Via Láctea

estará caminhando para sua conclusão depois de um período de instabilidade gravitacional que

poderá nos arremessar aos espaço, pulverizar-nos sob a influência de forças gravitacionais ou

empurrar-nos rumo ao precipício do Buraco Negro que se oculta no coração ativo de nossa

galáxia mãe. E, para completar, se neste meio tempo uma raça predatória mais agressiva e

evoluída surgir do profundo espaço cósmico, muito provavelmente será nosso fim...

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Trágico? Triste? Quem disse que seremos eternos? Que seremos Imortais? Que somos o

objetivo final da criação? Nossas religiões gostam de afirmar que sim, mas elas próprias podem

ser tudo, menos perenes... Quantas já nasceram e se perderam em nosso não tão distante

passado? Por quanto tempo perdurarão nossos atuais maiores cultos messiânicos antes que

sucumbam ao outros que criemos ou se percam em sua própria senilidade, em seu próprio

esquecimento?

Nada, absolutamente nada em nosso Universo se mostra perene, nem o próprio Universo! Tudo

indica que o mesmo nasceu em uma colossal e cataclísmica explosão e morrerá em maior ou

menor tempo e o que virá depois?

Este Universo em que habitamos é tudo o que existe ou parte de um incomensurável

MULTIVERSO, sem início ou fim, em eterna transmutação?

Isso mostra o quão pouco sabemos... O quão provavelmente não sobreviveremos por mais que

sonhemos, por mais que desejemos, por mais que nos esforcemos tendo por meta a simples

preservação de nossa espécie.

Talvez o tempo mostre que, realmente, somos o objetivo maior, a Coroa da Criação, destinada a

povoar e dominar a imensidão que nos cerca... Que em nossa gloriosa marcha não

encontraremos nada que não possamos enfrentar, nenhum inimigo ou ameaça sobre a qual não

sejamos capazes de prevalecer!... Isso é plausível? Sim... Mas muito pouco provável!...

----------XXX----------OK-25/09/2018

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 110

Capítulo-XVII; O Nazismo Mágico e os UFOs - Além da Imaginação!

Áh! Os Nazistas, sempre ELES! Estão em todas, em tudo o que se relaciona à lenda ou ao

misticismo que renasce com toda a força a partir do Século-XIX!...

O Nazismo, ao contrário de todas as outras ideologias como o Marxismo-Leninismo, o filho

“maldito” da Utopia Comunista, de todos os Sistemas Econômicos, como o mais bem sucedido

deles até o presente, o Capitalismo e sua exploração do homem pelo homem e das Religiões

tradicionais como o Catolicismo Romano e seus Cismas Protestantes, filhos pródigos da Utopia

Cristã, não se enquadra de forma clara em nenhuma destas correntes, embora seja influenciado

e influencie o pensamento de todas elas...

É um fenômeno muito estranho, um fenômeno tão insólito que muitos o encaram como uma

verdadeira “crença alienígena” que criou forma na Alemanha do início do Século-XX e tornou-se

uma praga, uma doença que se espalhou como um insidioso câncer, quase dominando o

mundo.

Meu estudo sobre o Nazismo, particularmente sobre o denominado “Nazismo Mágico” ou

“ocultismo Nazista” nasceu do estudo básico dos eventos que ocorreram durante a 2ª Guerra

Mundial.

Como pesquisador da História Militar, tive a paixão despertada pelo tema por influência de meu

pai e de meus tios que foram Oficiais da Força Expedicionária Brasileira – FEB, nos campos da

Itália durante minha meninice e adolescência. Como relatei no parágrafo anterior, comecei

meus estudos pela 2ª Guerra Mundial, mas logo percebi que, para entendê-la, precisava

entender as razões que a motivaram, o que me levou À 1ª Guerra e às sua origens, a Guerra

Franco-Prussiana.

Vivi e me criei durante a chamada “Guerra Fria” e seus confrontos localizados, nos quais seus

principais contendores, EUA e URSS se confrontavam, na maioria das vezes indiretamente como

na Coréia, crise de Cuba, no Vietnam, nas guerrilhas “Comunistas” (Marxistas e Maoístas)

espalhadas pela África e pela América Latina, que graças a Deus (O DEUS!) não “esquentou” ou

não estaríamos aqui e, se por acaso estivéssemos, estaríamos, como bem o disse Einstein,

jogando pedras uns nos outros!...

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 111

Cheguei, durante o 2º período da Guerra Fria (anos 1980), a trabalhar para o complexo

Industrial Militar como Consultor especializado na análise das possíveis conseqüências de um

confronto nuclear (NBC) Global dentro de um cenário de mais de 3 mil megatons.

Assisti o mundo polarizado entre Capitalismo e Marxismo-Leninismo se dissolver e a ser

substituído por um mundo multifacetado, dominado, tal como o Século-XIX foi vítima do

“Anarquismo”, pelo Terrorismo e por pequenas guerras pontuais, em sua maioria de grande

intensidade e curta duração,

Mas nada, na história moderna, na história contemporânea se compara ao fenômeno do

Nazismo!

Originalmente, o Nazismo nasceu como um movimento de “esquerda nacionalista” de

pouquíssima expressão, logo após a derrota Alemã durante a 1ª Guerra Mundial. Cresceu com

as demonstrações de “força” das AS, os tristemente famosos “camisas marrons” e seu

vandalismo anarquista, até que foi dominado por um novo “motor” dentro dos quais atuaram

Hitler, seus sequazes e, principalmente seus “mentores” como o teatrólogo Dietrick Ecarth e o

General Karl Haushofer (Criador da moderna geopolítica), ambos orientalistas e místicos

ocultistas, o primeiro defensor da volta às “origens pagãs” da cultura pan-germânica. É esta

nova “fonte” da qual o Nazismo bebeu e que promoveu uma temporária guinada à “direita” de

seus líderes em busca do apoio do Grande Capital e da Aristocracia Militar e que teve como

principal “fato novo” a destruição das SA com o massacre de sua liderança durante a “noite das

longas facas”, a consolidação das SS de Himmler e a definitiva ascensão de Hitler ao poder que

interessa à nossa análise, objeto do presente capítulo. Na realidade, quando estudamos mais

profundamente o Nazismo e suas “crenças”, encontramos por detrás do movimento político que

converteu a Alemanha e por muito pouco não conquistou o mundo, uma forma de pensar e agir

que parecia totalmente alienígena, totalmente contrária à nossa civilização Judaico-Cristã.

Quando nos aprofundamos no pensamento nazista em suas altas esferas, não encontramos um

Partido com uma ideologia de Direita ou Esquerda, encontramos uma “RELIGIÃO”!?

Que “tipo” de Religião? Uma religião Pagã, Luciferina (de Luz, de Gnose e não com a conotação

“demoníaca” dada a esta expressão pelos cristãos), com origens no misticismo Nórdico e

Germânico, mas havia “algo” mais, algo muito mais sinistro, como Hitler colocou, textualmente,

em seu Mein Kampf, como o ideólogo do Nazismo, Alfred Rosemberg, expôs em seu “O Mito do

Século-XX”, esta nova “Religião” não era apenas a volta ao passado pagão do povo germânico

que, no fundo, no âmago, nunca foi verdadeiramente convertido ao cristianismo em todas as

suas formas (Não esquecer de “onde” nasceram os grandes cismas do Catolicismo Romano).

Como o disse, com muita propriedade o ex-Nazista Raschning que exilou-se antes da Guerra,

primeiro na França, depois nos EUA, “Todo Alemão tem um pé na Atlântida”!

O que foi, afinal, a “Religião Nazista”? Que se serviu de um Partido Político para chegar ao

poder? Em que criam seus “crentes”?

As “Origens Ocultas” do Nazismo são muito antigas. Em termos míticos se remetem à Thule

Hiperbórica, à Lemúria (ou Mú) de James Churchward, à Atlântida da lenda platônica, aos Reinos

Ocultos subterrâneos de Agartha e Shambala da tradições Tibetanas e Indo-arianas que

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 112

influenciaram as teorias loucas de Simon e Bender e a não mais louca teoria do “Gelo Eterno” de

Hans Horbiger.

Sob um foco histórico, suas origens se iniciam no Culto ao Sol do antigo Egito. Mais exatamente

com o herético Faraó Amenofis-IV, mais conhecido como Akenaton, esposo de Nefertiti, “a

Bela”, pai de, entre outros, “Tutancakon”, seu sucessor, que o mundo passaria a conhecer com o

nome de “Tutankamon”.

Akenaton estabeleceu o primeiro culto MONOTEÍSTA de que se tem notícia, o Culto a Aton, o

Deus Sol. Com sua morte (há indícios de que não foi natural), os poderosos sacerdotes de Amon

Rá, o Deus Sol POLITEÍSTA, retoma a primazia e os seguidores de Aton se vêem objeto de

perseguição.

Mas o culto ao Sol prospera na Antiguidade, na Grécia com Apolo, em Roma com Hélios e com o

Sol Invictus do qual era devoto o Imperador Constantino e que acolheu o Cristianismo porque

viu que seu crescimento era inevitável e era melhor controlar as regras do jogo do que apeado e

linchado pela turba fanática, então, “se converteu”...

Depois vieram os Cátaros maniqueístas, sem esquecer os Tolteca, Maias e Astecas e suas

hecatombes para manter vivo seu Deus Sol (Viracocha e Quetzalcoatl), além dos Incas com Inti

Viracocha.

Contra os Cátaros, a Igreja Católica, então senhora da hegemonia da Fé na Europa, moveu a

cruzada Albigense que varreu o Languedoc e toda uma cultura provençal muito mais avançada

do que no resto do mundo ocidental.

A partir da cruzada contra os Cátaros, o culto ao Sol entra numa clandestinidade latente e

decrescente, só ressurgindo com toda a sua força no Século-XIX quando uma série de

movimentos Neo-pagãos encabeçados pela Teosofia de Helena Petrovna Blavatshy e as

tendências orientalistas tomam forma e granjeiam adeptos entre os europeus. É desse cadinho

de Seitas que nascerá o Nazismo Mágico do qual serão adeptos devotos Hitler e a maioria dos

Líderes do Nazismo (para maiores detalhes, consultar deste Autor na internet

http://www.ighmb.org.br/NazismoMagico.pdf).

O que, essencialmente, pregava o Ocultismo Nazista?

Que a raça “Ariana” não era originária do planeta Terra, mas de um planeta que orbitava a

estrela Aldebarã. Destes migrantes interplanetários, haveriam sido originadas as grandes

civilizações míticas Mú (e sua dissidência Naacal) e Atlântida com suas colônias Indoarianas.

Tudo isso está detalhado no artigo acima referenciado.

Para o tema que estamos abordando no presente capítulo, segundo a propaganda Nazista da

década de 1930, houvera um contato mais recente com os Arianos de Aldebarã. Em 1936

quando um “Disco Voador” viera a aterrar ou se acidentara na Floresta Negra, graças a que os

Nazistas teriam se apoderado dos segredos de vôo e de armamento destas naves, utilizando a

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 113

engenharia reversa para a produção das sua “máquinas maravilhosas” com as quais venceriam a

guerra e dominariam o mundo.

Interessante, à exceção de um pequeno detalhe, Aldebarã é um Estrela Gigante vermelha

instável a ponto de transformar-se a qualquer momento numa Supernova e se encontra neste

processo a milhões, senão Bilhões de anos, ou seja, a vida em qualquer planeta que exista em

órbita da mesma é impossível, que dirá uma vida inteligente semelhante à nossa!...

Então, há de se suspeitar que tudo não passasse de mais um engodo do hábil manipulador que

era Goebbels para provar ao povo germânico e ao mundo que os Nazistas eram predestinados.

Ele já se servira das profecias de Nostradamus mais de uma vez com este mesmo objetivo e o

faria novamente durante a Campanha da França em 1940...

O que se dizer dos projetos de “Discos Voadores” encontrados com os Projetistas Alemães como

Werner Von Braun?

Para isso teremos que examinar os arquivos da curiosa “Operação Paper Clip” da qual

trataremos no próximo volume.

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Capítulo-XVIII; A Guerra Nuclear (NBC) – Trinta minutos para o Fim...

Este texto foi apresentado durante Palestra ministrada no IGHMB – Instituto de Geografia e

História Militar do Brasil; no ano 2018. Procura demonstrar, sem retoques, os efeitos de um

conflito nuclear severo, envolvendo mais de 3 mil megatons e suas conseqüências para o mundo

e para o Brasil em particular...

Há 30 minutos atrás, o sol brilhava sobre a superfície deste pequeno e pálido ponto azul, perdido na imensidão do Cosmo, como bem o definiu o astrônomo Carl Sagan. Há trinta minutos, pessoas se encaminhavam para o trabalho, jovens para a escola, crianças brincavam em praças, parques e jardins sob o olhar sempre atento e preocupado de suas mães...

Trinta míseros minutos se passaram... As principais cidades do mundo estão mortas e com elas toda a nossa ciência e a nossa cultura, que tanto nos custou desenvolver ao longo de mais de 10 mil anos! Meus caros... Nossa atual Civilização Tecnológica ACABOU!

Perto de metade da humanidade, algo em torno de 3,5 bilhões de pessoas estão mortas! Perto de metade disso, aproximadamente, 1,75 bilhões, jaz mortalmente ferida e sem assistência de qualquer espécie, porque os recursos médicos e as pessoas treinadas para isso pereceram entre as vítimas da hecatombe. Nas próximas duas semanas eles e muitos outros aparente e milagrosamente poupados morrerão em lenta agonia, vítimas dos efeitos da radiação ionizante. Não é uma guerrinha como a 1ª Guerra (20 milhões de mortos) ou a 2ª (80 milhões de mortos), são BILHÕES algo a que a humanidade jamais assistiu nos tempos históricos!

Por todo o mundo, os sobreviventes se deparam com o espectro da morte por inanição entre os estertores de um mundo calcinado e poluído, muitos involuindo, rapidamente, à barbárie e ao canibalismo.

Alguns (felizardos?), abrigados por seus governos em subterrâneos ou em centros de sobrevivência instalados em áreas de Fallout mínimo (poucos milhões se isso) acordam para uma vida muito semelhante à que seus ancestrais viviam nos primórdios do Século-XX. Adeus computadores, celulares, tablets, internet, shoppings, whatsapp, supermercados, planos de saúde, facebook... Para os demais, bem-vindos à idade da pedra!

Nossa civilização, como a conhecemos, terminou. Se sobrevivermos como espécie, teremos uma longa e dolorosa marcha pela frente, não necessariamente trilhando o mesmo caminho. Se sobrevivermos... Neste cenário, a hipótese de nossa extinção num prazo de 100 a 200 anos não pode ser, realmente, descartada.

A Terra, contudo, permanecerá. A longo prazo, seus sistemas ecológicos se recuperarão e florescerão (vide Chernobil). Outras espécies irão nascer, evoluir e se extinguirem, mas, talvez, a centelha de inteligência que aqui surgiu não brilhe mais e, mesmo que brilhe, pode ser que não escolha (sabiamente talvez) a tecnologia como caminho e viva sua ignorância feliz num novo Éden até que sua estrela mãe cumpra seu destino cósmico...

A decisão, meus amigos, é nossa. Podemos nos unir, conquistar as estrelas e nos perpetuar, aplicando uma parte do que gastamos em bombas na conquista do espaço. Podemos aguardar, impotentes, a eventual chegada, talvez como conquistadores cruéis, daqueles que, porventura, já conquistaram as estrelas antes de nós... Podemos, ainda, calar nossa própria voz, sem ajuda de terceiros ou de eventos da natureza, numa ânsia assassina e suicida tresloucada, incapazes de conter a fera adormecida latente em nosso âmago de predadores que somos. Depende, apenas, de nós!... Tenhamos a convicção de que nenhum DEUS, nenhum ET bonzinho virá, no último minuto, em nosso socorro... Cabe a nós, somente a nós, escolhermos nosso destino e utilizar nosso bom senso individual para sobrevivermos como espécie ou pagar o preço de nossa antológica e proverbial, estupidez coletiva, a EXTINÇÃO! É... É simples assim.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 115

Capítulo-XVIII-Complemento; Confrontos NBC Severos:

O presente Estudo, desenvolvido originalmente em 1985, revisado e expandido em 2012, foi

apresentado em 2014 e 2015 no CEPHiMEx e no INCAER, tendo sido encaminhado a pedido do

autor às instâncias superiores do Exército Brasileiro em Abril/2016 e ao Ministério da Defesa em

Maio/2017. Trata-se de uma análise das possíveis conseqüências para o Brasil de um conflito

nuclear global e de uma proposta para criação de um núcleo de sobrevivência nacional na área

apontada por modelos de simulação como a que seria menos afetada no caso da ocorrência de

um cenário NBC com mais de 3 mil megatons. Isto NÃO É ficção, esta é uma hipótese baseada

em estudos e observações reais.

A ameaça da Guerra Nuclear assombrou o mundo de 1947 a 1992. Durante estes 45 anos,

vivemos sob um estado de polarização entre o Capitalismo Ocidental, dirigido e manipulado

pelos Estados Unidos da América (EUA), auto-intitulado “Campeão da Democracia” e o

Comunismo Soviético ou Marxismo-Leninismo, comandado a ferro e fogo pela hoje extinta

União Soviética (URSS).

Na realidade, uma nova Guerra Mundial não seria uma Guerra Nuclear, mas uma Guerra NBC

(Nuclear, Biological & Chemical Warefare), hoje conhecida nos meios militares brasileiros como

Guerra QBN (Química, Biológica e Nuclear) Compreendendo artefatos Atômicos,

Termonucleares e as assim chamadas “Bombas Sujas”, armas convencionais envoltas por uma

capa de substâncias radioativas como Urânio, Plutônio, Césio, Tálio, Rádio, Cobalto e outras,

muitas de acesso razoavelmente fácil, utilizadas rotineiramente em equipamentos médicos para

exames radiológicos e rádio-terapia, acrescidos por todo um arsenal de Gases Venenosos e de

Nervos (Sarin, Soman, Tabun – desenvolvidos a partir da 1ª Grande Guerra, e o mais mortal de

todos, VX, uma contribuição inglesa ao “Clube dos Horrores”) e ainda Bacteriológicos (Peste, o

Antraz, a Varíola em sua forma mais virulenta, o Ebola, o HIV modificado para outras formas de

disseminação, as Gripes Aviárias de ampla e rápida disseminação e por aí vai). A imaginação

humana não tem, realmente, limites, seja para o bem ou para o mal.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 116

O foco de um possível confronto nuclear sempre se concentrou no hemisfério norte, no qual se

localizavam as chamadas “Superpotências” (EUA e URSS) e seus países satélites, integrantes da

OTAN (NATO) ocidental e do Pacto de Varsóvia oriental.

Com o tempo, outros países, além de EUA e URSS, adquiriram potencial nuclear; Inglaterra,

França e China, passando estes 5 países a integrarem o Conselho Permanente de Segurança da

ONU, com direito a Veto das Resoluções tomadas por aquela instituição mundial, direito este

baseado na FORÇA de seu poderio nuclear. Igualmente estes 5 países desenvolveram, em

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 117

paralelo, os já citados arsenais Químicos e Biológicos de poderio assustador, em que pese o fato

de tais armas serem banidas pela Convenção de Genebra e das lembranças terríveis de seu

emprego em passado recente, em especial durante a 1ª Guerra Mundial ou “Grande Guerra”

(Cloro, Fosgênio, Gás de Mostarda e os menos daninhos, mas ainda assim incapacitantes Gás

Lacrimogêneo e Gás de Pimenta).

Ao longo do Século-XX, novos países se juntaram ao Bloco Nuclear ou “Clube Atômico”, Índia e

Paquistão (por motivações, em especial, de caráter religioso e confrontação de fronteiras),

Israel, com apoio dos EUA, para garantir a própria sobrevivência no conturbado Oriente Médio

do qual é um fator de permanente desestabilização e Coréia do Norte, o proverbial “Rato que

Ruge”, num desafio ostensivo e permanente aos EUA e aos seus aliados no extremo oriente

como a Coréia do Sul e o Japão. Em todos estes países e em muitos outros, entidades de

governo e da iniciativa privada trabalham em conjunto e sigilo na produção dos dois outros

componentes da Tríade NBC.

O conturbado Século-XX assistiu aos esforços de outros países para atingirem a capacitação

nuclear. No Cone Sul, Argentina e Brasil (que pode ter chegado à produção da “Bomba A”, mas

que não chegou a testá-la, talvez apenas por falta de oportunidade e de disponibilidade de um

cenário não comprometedor). Na África, a África do Sul (que, suspeita-se, tenha testado, é

quase certo). No Oriente Médio Iraque e Irã que não avançaram muito, boicotados

eficientemente pela CIA (EUA) e pelo MOSSAD (Israel).

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Em finais do Século-XX, os países do Cone Sul assinaram o Tratado de Não proliferação de Armas

Nucleares, assumindo, “oficialmente”, a posição de utilizarem a Energia Nuclear apenas para

fins pacíficos.

Cumpre abrir um pequeno parêntese. A construção de um artefato atômico está hoje ao

alcance de qualquer país que possua reatores nucleares alimentados a Urânio cuja “queima”

produz Plutônio. As técnicas e materiais para construção de um artefato desta natureza estão,

hoje, disponíveis na própria internet. Já a geração de um artefato termonuclear ainda é uma

tecnologia disponível a muito poucos.

No que se refere às “Bombas Sujas”, sua fabricação está à disposição de qualquer um que tenha

acesso a algum tipo de material radioativo.

Com o desmantelamento da URSS e do assim chamado Bloco Soviético em 1992, deu-se por

encerrada a denominada “Guerra Fria” na qual se confrontaram ao longo de quase 5 décadas

EUA, URSS e seus aliados da NATO e do Pacto de Varsóvia, promovendo confrontos localizados

em todo o mundo como a Guerra da Coréia, a Crise de Cuba, A Guerra do Vietnã, as Guerras do

Oriente Médio (Seis Dias, Dia do Perdão, Irã-Iraque) e a Guerra do Afeganistão, além dos

confrontos na África e na Ásia.

Como conseqüência das questões mal resolvidas deste conturbado período, restaram os

conflitos do Oriente Médio (Guerra do Golfo, Iraque, Líbano, Líbia, Síria, etc...) que explodiram

entre o fim do Século-XX e o início do Século-XXI.

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Hoje, vivemos um período de estranho e instável equilíbrio com os EUA no papel de “Xerife do

Planeta”, última superpotência dominante em um mundo política, ideológica e

economicamente desgastado no qual o Capitalismo e suas vertentes mais agressivas como o

Neoliberalismo e a Globalização sobrevivem em seu processo de exploração do homem pelo

homem por falta de uma alternativa viável, de, por exemplo, uma forma mais aperfeiçoada de

Social-Democracia que seja aplicável a nações subdesenvolvidas. Já o Comunismo em todas as

suas vertentes, em especial o Marxismo-Leninismo, mostrou-se uma aventura sangrenta e

fracassada, um funesto ciclo que custou a vida de mais de 165 milhões de almas.

Em meio ao caos diário da luta pela sobrevivência em um planeta super povoado do qual não

cessamos de vilipendiar os recursos naturais, um ponto tem insistentemente passado

despercebido, o fato de que o fim da Guerra Fria não significou o fim dos imensos arsenais NBC

estocados. Hoje, as grandes potências Nucleares (EUA e Rússia, herdeira da URSS) e outras

potências menores (Inglaterra, França, China, Israel, Índia, Paquistão e Coréia do Norte)

possuem um arsenal nuclear muito maior, preciso e potente do que o existente no auge da 2ª

etapa da Guerra Fria pelos idos de 1984. São 18 mil ogivas operacionais (de 30 mil em estoques)

disponíveis em mais de 10 mil vetores de lançamento, o suficiente para matar cada um dos 7,2

bilhões de habitantes Humanos do planeta Terra 2,57 vezes!

E nessa imensa trapalhada, em meio a esta enorme loucura nuclear, como fica o Brasil?

Curiosa a visão média do brasileiro, não apenas da população em geral, mas dos próprios

políticos e de muitos dos nossos militares. A visão de que o Brasil se encontra a salvo no caso de

um confronto NBC. Não temos armas nucleares, temos um bom relacionamento com os

possíveis contendores a quem fornecemos comida e commodities, vivemos no Cone Sul, temos

problemas muito mais urgentes e graves de infra-estrutura, saúde, educação, para que

esquentar a cabeça com possibilidades tão remotas?

Ledo engano, pois é justamente aí que mora o perigo...

Achar que algum país, ainda mais com a extensão territorial do Brasil, com suas reservas

minerais, aqüíferas e potencial agro-pecuário, com seu parque industrial, seus portos e

aeroportos de grande capacidade, em especial no Sul e Sudeste, com suas reservas de petróleo,

em especial no litoral do combalido e mal administrado Estado do Rio de Janeiro, vai,

simplesmente, assistir de cadeirinha ao aniquilamento dos grandes contendores para depois,

talvez, assumir sem esforço um papel preponderante na reconstrução da civilização é, no

mínimo, uma ilusão, na prática uma total infantilidade!

Nas décadas de 1970 e 1980 quando o Brasil perseguia o sonho da hegemonia nuclear no Cone

Sul e vivia o boom de sua recém-nascida indústria bélica, vários estudos foram encomendados a

Universidades como a UFRJ, a UERJ e a USP sobre as conseqüências de um eventual, ainda que

improvável ataque nuclear às nossas principais metrópoles, Rio de Janeiro e São Paulo. Muitos

destes estudos exageravam o potencial das bombas que seriam utilizadas. Jamais Rio de Janeiro

e São Paulo serão alvos de artefatos termonucleares de 10 ou, mesmo, 50 megatons como

preconizaram alguns estudos. Seremos alvos de mísseis de múltiplas ogivas (MIRV), lançados por

submarinos (SLBMs) com cabeças nucleares de 10 quilotons a 1 megaton que bem distribuídas

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potencializarão seus resultados por efeito da sinergia. A função de uma ataque nuclear às

metrópoles brasileiras não é arrasar, é incapacitar.

Em junho de 1985, numa iniciativa pessoal, interessado e estudioso do tema desde a

adolescência, escrevi uma carta ao então Ministro Chefe do Estado Maior das Forças Armadas

do Brasil – EMFA, Almirante José Maria do Amaral, propondo a utilização de ferramentas de

Modelagem e Simulação Matemática, com as quais já acumulava uma experiência de 8 anos

em aplicações civis, na análise de Cenários de Guerra NBC e nas suas eventuais conseqüências

para o Brasil. Esta manifestação, para minha surpresa, deu rapidamente origem a uma produtiva

parceria que só veio a ser interrompida com o advento do Governo Collor de triste lembrança

em tantos aspectos da vida nacional.

A idéia em tela não se referia à construção de artefatos nucleares, mas ao estudo das condições

de sobrevivência do Brasil como Nação no caso de ser deflagrada uma Guerra NBC de caráter

global.

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Os estudos preliminares mostraram, de forma clara, que, mesmo que o Brasil não sofresse um

só ataque com artefatos NBC, uma impossibilidade que será demonstrada adiante, as

alterações climáticas fruto de um confronto nuclear em que fossem detonados mais de 3 mil

megatons, mesmo concentrados no Hemisfério Norte (outra impossibilidade) seriam

catastróficas! Estes estudos foram levados avante na época dos relatórios do TTAPS sobre o

“Inverno Nuclear” e, já naquela época, apontaram para o fato de que as conseqüências sobre o

clima do planeta estariam mais para um “Outono” do que para um “Inverno” Nuclear, em

especial se o confronto NBC se desse no Inverno do hemisfério norte. Contudo, as

conseqüências no que se refere às condições de sobrevivência das populações metropolitanas

seriam aterradoras, simplesmente inimagináveis!

Na prática, os estudos demonstraram que nenhuma cidade do mundo com mais de 200 mil

habitantes (no Brasil pouco mais de 300) escaparia de ser alvo de artefatos nucleares. Cidades

como Rio de Janeiro e São Paulo cessariam de existir entre 24 e 72 horas após o início dos

confrontos, independentemente do Brasil ser ou não um país neutro (pelo contrário, sua

neutralidade incentivaria ataques preventivos de ambos os lados).

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A proposta básica por mim submetida ao EMFA em 1985, acompanhada dos respectivos estudos

e simulações (na época utilizávamos, em especial, o GPSS – General Purpose Simulation System

da IBM), sugeria o aproveitamento do Projeto “Calha Norte”, transformando os Postos de

Fronteira a serem estabelecidos e suas Bases de Apoio, em especial no Sul da Amazônia e no

Norte do Cerrado, em núcleos de sobrevivência, os quais poderiam, no caso de um confronto

generalizado, abrigar, com boas chances de sobrevivência, uma população pré-selecionada em

torno de 1 milhão de pessoas entre civis e militares. Isso, levando-se em conta uma população

total, à época, de 146 milhões de habitantes (os números envolvidos em uma Guerra NBC são

inimagináveis quando os comparamos com as guerras mais devastadoras de nossa história

recente, a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais).

Em meados dos anos 1980, para um conflito NBC com mais de 3 mil megatons disparados sobre

alvos de Contraforça e Contravalor (Na maioria das vezes, ambos se confundem. A maioria dos

alvos de Contraforça – bases militares e indústrias estratégicas, se situa perto ou dentro dos

limites das grandes cidades – alvos de Contravalor) estimava-se a sobrevivência de 500 milhões

de pessoas (em condições extremamente precárias que serão tratadas em detalhes mais

adiante) de uma população total de 3,5 Bilhões de habitantes do planeta, caso em que a

hipótese de extinção da Raça Humana num prazo de 100 anos por falta de diversidade genética

e de condições de procriação como efeito da radiação residual e da contaminação química e

biológica não poderia ser totalmente excluída.

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Em síntese, a Proposta de 1985 era a seguinte: Aproveitar os Assentamentos Militares do

“Projeto Calha Norte”, em especial no que se refere ao Cerrado Brasileiro, para a criação de

Células de Sobrevivência Nacional, dotadas não apenas de recursos militares, mas igualmente de

recursos Médicos, Odontológicos, Ambulatoriais e Sanitários básicos (aproveitando uma

parceria com o Projeto Rondon), criação de Bibliotecas convencionais e em meios eletrônicos

contendo o fundamental para a preservação de nossa atual cultura e de nossas técnicas (por

exemplo, fabrico de papel...), assim como salas e professores qualificados para o Ensino

Fundamental, Médio e Técnico especializado, voltado para a construção e manutenção de

tecnologias simples de Engenharia Civil, de Geração de Energia, Manutenção Mecânica,

Primeiros Socorros, Agricultura e Criação. Todo este aparato não permaneceria inativo, mas

seria utilizado rotineiramente para atendimento às populações próximas na prestação de

serviços de Saúde, Saneamento Básico, Transportes, Construção Civil e Educação, aumentando

os laços de integração entre as populações do campo e as Forças Armadas.

Estas diversas Células de sobrevivência deveriam ser criadas como elementos auto-suficientes

tendo um grupamento militar por base, ainda que interligadas a um Comando Central.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 124

Deveria ser dada prioridade a elementos de Baixa Tecnologia, de mais fácil operação e

manutenção. Em termos militares, à estocagem de armas leves para Defesa (Pistolas,

revólveres, fuzis, metralhadoras, canhões sem recuo,...), de armas de pressão para Caça de

Subsistência, assim como o adestramento no uso e fabricação de armas não tecnológicas

manuais (arcos, bestas, atiradeiras?...) com igual fim. Deveria ser dada prioridade ao uso de

veículos mecanizados de manutenção simples (na época pensou-se em Fuscas e Buggys baseado

em uma experiência pessoal como praticante de Off Road. Jipes e veículos 4x4 tem

manutenções caras e complicadas) multi-combustíveis (Gasolina, Álcool, Gás GNV, Diesel,

Gasogênio...) que poderiam, ainda, atuar como Geradores de Eletricidade quando necessário.

Dar, ainda, prioridade à geração e estocagem de Energia Elétrica Eólica com o uso de pequenos

moinhos de vento (Que não atraíssem a atenção como as enormes estruturas dos parques

eólicos que temos hoje. Os velhos moinhos de fazenda do tempo da vovó que não chamavam a

atenção.) acoplados a Dínamos e/ou Alternadores e Baterias de Acumulação convencionais não-

descartáveis 12/24 volts, além da geração de eletricidade por Energia Hidráulica, aproveitando o

potencial de rios e riachos próximos.

Em termos militares, dar treinamento aos aquartelados em sobrevivência no teatro de

operações local. Recrutar entre a população, os jovens em idade de serviço militar e treiná-los

regionalmente nestas técnicas, aproveitando a experiência local em sobrevivência e mantendo-

os aptos a uma rápida reconvocação durante seu período de aproveitamento militar, além de

qualificá-los como técnicos nas diversas áreas necessárias.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 125

Priorizar a estocagem de Sementes Resistentes para plantio, estocagem de animais resistentes à

radiação como Ovinos, Suínos e Caprinos, além de Aves, e ensinar as melhores técnicas de

plantio, cultivo e criação aos aquartelados, às suas famílias e às famílias das povoações em

redor, criando uma cultura de troca e escambo entre as populações assentadas na região.

Criar e manter estruturas simples de Rádio-Comunicação (Telégrafo sem fio, Rádio-Amador,

Rádios de Ondas Curtas). Lembrar que a PEM (Pulsação Eletromagnética) destrói, danifica e

anula todos os sistemas de telecomunicação sofisticados que possuímos como satélites e

celulares, além de destruir tudo o que estiver armazenado em meios magnéticos que não esteja

devidamente protegido de sua influência (Gaiolas de Faradey).

Desenvolver e manter uma estrutura de controle de radiação (uso de contadores gêiser de fácil

manutenção e longa durabilidade), contemplando planos de evacuação, caso a região habitada

se torne “quente” (radioativa) por influência de fatores sazonais não previstos.

Manter estoques de alimentos enlatados e água potável para, pelo menos 6 meses, estoques de

vacinas, antibióticos e analgésicos para o maior período possível e desenvolver o estudo de

fitoterápicos locais ou que possam ser transplantados e que possam substituir os

manufaturados a longo prazo (Os egípcios, já é comprovado, usavam emplastros de pão mofado

como antibióticos locais). Lembrar, não haverá reposição de estoques disponível por longo

prazo.

Manter estoques de aparatos básicos para o dia a dia. Pratos e Talheres resistentes, papel, lápis,

cadernos, borrachas, produtos de higiene pessoal (parece ridículo, mas, após uma Guerra NBC

a produção de tudo isso irá cessar e, na melhor das hipóteses, levará séculos até voltarmos a

ter as facilidades com que nos habituamos em nosso dia a dia).

Pode parecer loucura ou ficção científica, mas os países que tomarem este tipo de providências

elementares (e muitos já as estão tomando, fora os 5 “grandes”) poderão acordar no proverbial

DIA SEGUINTE com uma estrutura, em termos tecnológicos, equivalente à existente nos anos

1930-1940 e utilizá-la como base para o longo regresso às condições atuais. Quem não o fizer,

vai, simplesmente, acordar na IDADE DA PEDRA.

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 126

Quem seriam os PRIVILEGIADOS SOBREVIVENTES? Os aquartelados e suas famílias que, no

momento do cataclísmico evento estivessem de serviço nos locais certos e as populações locais

de seu entorno. A nata científica, política e militar do país, previamente selecionada, que para

estes aquartelamentos seria transplantada quando os primeiros sinais de uma crise mundial que

marchasse rumo a um conflito NBC fossem detectados. Militares e suas famílias que já

houvessem servido nesses núcleos de sobrevivência e buscassem atingi-los, desde que não

contaminados pelos efeitos da Guerra NBC.

Isso não é crueldade, é sobrevivência! Não esquecer que, até o fim do Século-XIX, a quase

totalidade da população mundial era rural. As pessoas plantavam e colhiam seu próprio

alimento, criavam seu próprio gado de Leite e Corte. Complementavam sua dieta caçando e

pescando.

Hoje, a imensa maioria da população tornou-se urbana, concentrando-se em aglomerados que

chegam a ultrapassar 30 milhões de habitantes. Estas populações não sabem, em sua quase

totalidade, de onde vem a água que bebem e os alimentos que consomem. Nunca plantaram,

nunca criaram uma simples galinha, nunca caçaram, nunca pescaram, nunca prestaram um

serviço militar, nunca usaram uma arma. Suas chances de sobrevivência a médio e longo prazos,

mesmo se escaparem incólumes aos efeitos imediatos de uma Guerra NBC são ZERO!

Por isso que, à época dos estudos de 1985, era estimado que de uma população de 3,5 bilhões

de habitantes, pouco mais de 500 milhões sobreviveriam no dia seguinte, a maioria debilitada

por radiação, ataques químicos e biológicos, sem atendimento médico, sem comida, sem água,

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 127

sem organização ou governo, conseqüentemente, perecendo, em sua maior parte, ao longo do

Século seguinte.

Tirando-se os grupos previamente organizados em sistemas como o sugerido na proposta de

1985 descrita acima, a maioria dos sobreviventes, esgotados os parcos recursos manufaturados,

cairia, rapidamente, no canibalismo, um passo seguro para seu próprio fim (Alguns cientistas

defensores de teorias alternativas quanto à história humana, defendem que o canibalismo

disseminado no mundo pré e proto-histórico deveu-se a uma involução e não a uma barbárie

inicial. Para estes pesquisadores existem fortes indícios de que não somos a primeira civilização

humana que atingiu o atual estado tecnológico e se autodestruiu...).

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Guilherme A D Pereira – EDA – 0010508-5\6 128

Bem, este foi um cenário traçado em função do poder de destruição de uma Guerra NBC que

fosse travada nos anos 1980. O problema é que, em comparação com os cenários estudados nas

décadas de 1980 e 1990, a situação piorou e muito! Senão, vejamos:

Na segunda metade dos anos 1980, no auge da segunda etapa da Guerra Fria com o

desenvolvimento do Projeto Guerra nas Estrelas do governo Reagan, os arsenais nucleares

mundiais se concentravam nos EUA e na URSS com um total aproximado de 18.500 ogivas

Táticas e Estratégicas (9.700 dos EUA e 8.800 da URSS), o que tornava um cenário NBC de mais

de 3 mil megatons totalmente plausível. A grosso modo podemos considerar um número

estimado de 1 Bilhão de baixas para cada mil megatons detonados em alvos de Contravalor.

Em 2005, já passados 13 anos do fim da Guerra Fria, estes arsenais haviam atingido a casa de

aproximadamente 27.700 ogivas estratégicas e táticas (11 mil dos EUA, 16 mil da Rússia ex-URSS

e 710 ogivas divididas entre as potências nucleares menores). Colocando-se uma média de 500

quilotons por ogiva (seu poder de destruição varia entre 1 quiloton e 50 megatons), teríamos

um total estimado de 13.850 megatons estocados à época, o suficiente para exterminar uma

população de 13,85 Bilhões de habitantes em 2005!

O último grande censo nuclear (de 2010) acusou uma significativa redução dos arsenais

operacionais dos EUA (5.068 ogivas) e da Rússia (11.900 ogivas). No caso dos EUA devido ao

aumento significativo da precisão dos sistemas guia de seus Balísticos (ICBM e SLBM) e Cruise,

no caso da Rússia pelas dificuldades econômicas de manter tão grande arsenal em prontidão.

Por outro lado, os arsenais nucleares das potências menores continuam a crescer, ano após ano,

a exceção do da Inglaterra que se estabilizou em torno de 200 ogivas desde 2005. De qualquer

forma, entre 2005 e 2010 este arsenal secundário aumentou de 710 para 1.112 ogivas

nucleares.

Com tantos mísseis agora disseminados entre potências menores, um confronto NBC torna-se

apenas uma questão de tempo. Já não se trata de SE haverá uma Guerra NBC, mas de

QUANDO?

Por isso, iniciativas como a proposta em 1985 por este autor se tornam cruciais para a

sobrevivência nacional de países como o Brasil.

Como se inicia um confronto NBC? Já de muito estudado e analisado por especialistas, com uma

ESCALADA. Isso pode começar como um confronto convencional menor em que um contendor

dotado de armamento nuclear e incapaz de deter seu inimigo (O caso, por exemplo, de Israel

frente aos países árabes num futuro, que Deus o permita, distante.) resolva “morrer matando”.

Este raciocínio é aplicável, igualmente, à tresloucada Coréia do Norte. Tratam-se de países de

diminuta extensão territorial. Não há espaço para ceder e depois recuperar.

Infelizmente, estes países encontram-se, como no caso de Israel, na encruzilhada do mundo, ao

lado dos maiores suprimentos mundiais de petróleo. No caso da Coréia do Norte, na fronteira

com a China que, embora dotada de pequeno arsenal nuclear é um gigante populacional com

quase 2 Bilhões de habitantes sob um regime ainda totalitário que apenas tolera os EUA e a

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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Rússia (sua vizinha) por motivos econômicos e ambas, China e Coréia, tem contas históricas a

ajustar com o maior aliado dos EUA no extremo oriente, o Japão.

Um ataque Nuclear da Coréia do Norte ao Japão, seguido de uma invasão convencional à Coréia

do Sul, com toda a certeza provocaria uma reação Nuclear dos EUA. Os efeitos da radiação (que

não reconhece fronteiras internacionais), mesmo contidos a poucos mísseis, acabaria forçando a

China a uma reação por questões meramente políticas de supremacia regional. O contragolpe

dos EUA seria devastador e suas conseqüências inevitavelmente atingiriam a região fronteiriça

da Rússia e, aí sim, teríamos um grande problema:

Um confronto Rússia x EUA atingiria, rapidamente, proporções globais. Infelizmente, a Guerra

NBC entre dois contendores tão poderosos resume-se em; “Quem atacar o oponente com tudo

antes que ele possa reagir, ganha! Simples assim!...”

É neste cenário que a Guerra NBC sobra para todo mundo! Vejamos o caso específico do Brasil:

Por décadas fomos alinhados com a política dos EUA. Hoje seguimos um caminho mais ou

menos independente de livre comércio com os EUA, Rússia e China. O que isso significa em

termos práticos? Fornecemos insumos, commodities e comida para os 3, somos “amiguinhos”

de todos e “aliados” de ninguém. Assim, num cenário de conflagração total, os dois lados vão

querer nos neutralizar como estrutura nacional para impedir que nos aliemos no momento mais

proveitoso a um ou ao outro, ou seja, vão sobrar bombas em nossas cabeças vindas dos dois

lados e ambos os lados tem arsenais suficientes para se arrasarem entre si e levarem consigo o

resto do mundo se assim o desejarem.

Estudos dos meados da década de 1980 demonstravam que os EUA tinham potencial nuclear

para destruir cada cidade da URSS com mais de 100 mil habitantes 36 vezes. Já a URSS, por seu

lado, só tinha capacidade para destruir cada cidade dos EUA com mais de 100 mil habitantes,

apenas, 12 vezes, como se fosse consolo!...

O Brasil possui, hoje, pouco mais de 200 milhões de habitantes. Estes se concentram em

grandes metrópoles e em cidades com mais de 200 mil habitantes (Menos de 300) como já

citado. Temos cerca de 19 grandes Regiões Metropolitanas (Vide Tabela) nas quais se concentra

32% de nossa população (~65 milhões de habitantes), incluindo São Paulo (21 milhões) e Rio de

Janeiro (12,5 milhões) e toda a nossa infra estrutura de Transportes e Logística, todos os nossos

Centros de Estudo e Pesquisa, nossos principais Hospitais e, conseqüentemente nossos

profissionais mais qualificados. Tudo isso será arrasado num intervalo entre 24 e 72 horas após

iniciados os ataques NBC. É inevitável!...

No mundo como um todo, as principais concentrações metropolitanas são cerca de 25

(incluindo Rio de Janeiro e São Paulo no Brasil). Elas somam ~380 milhões de habitantes (Vide

Tabela) e concentram toda a cultura e conhecimento de nossa civilização. Seu destino é deixar

de existir de 24 a 72 horas após o início de uma Guerra NBC. Mesmo que só elas fossem

destruídas, seria o fim de nossa atual civilização e de todo o conhecimento acumulado.

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Em 2016, o General Nery apresentou no IGHMB – Instituto de Geografia e História Militar do

Brasil, sua brilhante palestra sobre os motivos que levam tantas potências mundiais a cobiçarem

a Amazônia. Como comentado na época, meus estudos de 1985 e suas revisões de 2012 a 2015

podem acrescentar mais um; O Brasil possui a maior extensão territorial dentro da área de

Fallout mínimo (precipitação radioativa) à exceção da Antártida (1) e de Resfriamento

Climático mínimo (Efeitos ligados à teoria do Inverno Nuclear). Justamente a área que se

localiza na zona situada entre o Sul da Amazônia e o Norte do Cerrado, objeto da Proposta de

1985.

Ao mesmo tempo, esta é uma área que possui poucos alvos de valor estratégico para um

eventual conflito NBC generalizado espalhados por toda a circunferência do mundo, assim, é

bem provável que os danos nesta região sejam menos graves do que no resto do planeta.

(1) O próprio interesse mundial na Antártida não se atém, apenas, a projetos geopolíticos e de

dominação e preservação de reservas minerais lá já prospectadas, mas ao estabelecimento de

bases capazes de garantir a sobrevivência de grupos pré-selecionados pertencentes a grandes

potências mundiais. Os próprios nazistas já levavam isso em consideração com suas expedições

exploratórias durante a segunda metade da década de 1930.

Um ponto que necessita ser esclarecido quanto aos efeitos climáticos que, a partir dos estudos

independentes de 1984 (TTAPS) foram objeto de muita polêmica; o próprio Carl Sagan, ao fim

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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da vida abreviada pelo câncer, reconheceu que exagerara propositadamente algumas das

conclusões de seus estudos climáticos quanto às conseqüências do “Inverno Nuclear”. Pacifista

convicto, o mérito de seu trabalho foi o de contribuir para o estabelecimento de tratados que

interromperam a realização de testes nucleares por parte das grandes potências, reduzindo a

quantidade e a permanência de elementos radioativos na atmosfera com seus efeitos deletérios

sobre a saúde humana.

Análises mais recentes, referentes aos efeitos das detonações de Super Vulcões como o de

Yellowstone ao longo da história do planeta mostram, de forma clara, que o homem ainda está

muito longe de alcançar a capacidade de destruição da própria natureza (vide quadro acima) e

que a vida como um todo é muito mais resistente e perseverante do que parece à primeira vista

(a vida metazoária em nosso planeta já sobreviveu a 5 grandes extinções em massa ao longo dos

últimos 600 milhões de anos causadas pelos mais variados motivos). A humanidade, apesar de

seus incessantes esforços, ainda não é capaz de por fim à vida no planeta Terra. Talvez seja, até

mesmo, incapaz de eliminar a si própria, mas, sem dúvida, já possui meios mais do que

necessários para exterminar a própria civilização, o progresso e conforto que tantos milênios lhe

custou atingir, e pior, talvez nem pela primeira ou pela última vez (interessando consultar a

Palestra CONTATO (*) deste autor e seu Texto de Apoio que analisa a possibilidade de

sobrevivência de Civilizações Tecnologicamente Desenvolvidas)!...

No período compreendido entre 2012 e 2015, os estudos de 1985 foram revistos à luz de

modernas ferramentas de simulação. Estas ferramentas têm sua utilidade prática comprovada

em análises de Gestão de Riscos de projetos Civis e Militares e são utilizadas há mais de 40 anos

no Brasil, poupando Bilhões de Dólares em investimentos ao detectar e corrigir

antecipadamente eventuais falhas em Projetos e Processos complexos.

Independentemente de todas as nossas dificuldades de ordem econômica e política, este é um

Projeto de simples Sobrevivência Nacional e que pode ser desenvolvido paulatinamente com

recursos mínimos (Já poderia estar plenamente operacional não fosse a obtusidade e falta de

visão de nossos governantes nos últimos 25 anos ao menos!). Ou nos preparamos ou não

sobreviveremos como nação! A escolha é unicamente nossa.

De 1985 até o presente momento, as ferramentas de Modelagem e Simulação Matemática,

assim como as de representação gráfica 2D e 3D evoluíram de forma surpreendente. O velho

GPSS da IBM veio a ser substituído pelo GPSS/PC da Minuteman Software e da Wolverine a

partir dos anos 1990 e superado pelo ARENA, pelo PROMODEL, pelo SIMUL8 e pelo ANYLOGIC

entre outros.

Como demonstrado nos estudos experimentais desenvolvidos por este autor entre 2012 e

2015, o custo de aplicação destas ferramentas na Gestão de Riscos de Projetos Civis e/ou

Militares é insignificante quando comparado aos custos de sua execução. Trata-se de uma

ferramenta de planejamento imbatível, ainda que muito pouco utilizada no Brasil, em que

pesem os mais de 40 anos em que já lhe temos acesso.

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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Essencialmente o projeto proposto em 1985 acrescenta um custo proporcionalmente mínimo

aos já previstos para programas como o Calha Norte e o Projeto Rondon, incrementando-os e

tornando-os mais abrangentes na prestação de serviços às populações da Amazônia e do

Cerrado, deixando o Governo Federal (através das Comunidades Militares de fronteira) mais

ativo e presente, contribuindo claramente no processo de integração nacional, ao mesmo

tempo em que mantém o país preparado para a eventualidade de ter que enfrentar um conflito

NBC. Além disso, é um projeto de defesa aparentemente passiva que divulgado sob a égide de

ajuda humanitária e integração nacional dificilmente atrairá retaliações. Seria uma resposta

perfeita e sutil, mas de grande eficiência ao que as ONGs estrangeiras e grupos religiosos dos

mais diversos matizes hoje estão praticando na Amazônia brasileira.

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É preciso pesquisar para conhecer, conhecer para compreender, compreender para solucionar!

Ou nos preparamos para ocuparmos nosso lugar na história das nações ou continuaremos a ser

o “Eterno país do Futuro”, sujeito à dominação das “Potências do Presente”. Não há outro

caminho...

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Posfácio; Apenas o Começo?...

Bem, aqui estamos ao fim de nossa jornada. Espero que ela tenha proporcionado aos seus

leitores o mesmo prazer que me proporcionou escrevê-la.

Fazendo um breve resumo final, é muito provável, diante dos argumentos apresentados, que o

Ser Humano esteja, no momento, realmente SÓ como entidade consciente neste Universo,

criado há aproximados 14 Bilhões de anos na colossal explosão que batizamos como Big Bang.

No momento, não sabemos o suficiente para podermos afirmar se existiu algo antes da

singularidade que gerou nossa morada, embora indícios, em especial os Buracos Negros,

principalmente os gigantescos “Buracos Negros” presentes no coração das “Galáxias Ativas”

apontem para a possibilidade de sermos parte de um Multiverso extremamente dinâmico, em

permanente estado de criação e destruição de seus “Filhos”, alguns idênticos ao nosso, outros

radicalmente diferentes. Alguns efêmeros, nascendo e desaparecendo quase imediatamente

numa bolha de vácuo quântico metaestável, outros praticamente eternos. Alguns pujantes de

vida, outros onde a vida se apresente escassa, outros, ainda, totalmente estéreis.

Isso nos leva, forçosamente, ao postulado da existência de uma entidade suprema, onisciente,

onipresente, não necessariamente interveniente, que tenha existido antes do Big Bang, ou, se

quisermos adiar o “problema” de sua existência, antes do nascimento do Multiverso.

É uma conjectura da qual não podemos fugir, por mais que queiramos. A pergunta que jamais se

calará; “O que existiu Antes?”

A resposta, na falta de um nome melhor, “Deus (O DEUS! O CRIADOR!)” surge por uma simples

questão de LÓGICA, não de FÉ. Quem não quiser admiti-lo, tudo bem, que prove o contrário!...

O fato de, muito possivelmente, estarmos sozinhos neste momento da história do Cosmos, não

necessariamente confirma que estivemos sempre sozinhos, que não tenham existido “outros”

antes de “nós”, humanos ou não. Seres inteligentes que possam ou não ter interagido conosco e

até influenciado nossa marcha de forma positiva ou negativa, pouco importa. “Nós”

sobrevivemos, “eles”, provavelmente, não, já que, JAMAIS, com eles, estabelecemos (ou re-

estabelecemos), concretamente, um CONTATO!

Se admitirmos, por um momento, a interferência de “criadores” em nossa Proto História

(Anunnakis, Saurianos ou o que mais nossos devaneios nos permitirem, em suma, os famosos

“Deuses das Estrelas”), nascidos ou não neste “Pequeno e Pálido Ponto Azul”, num eterno

tributo a Carl Sagan. Se “eles” vieram das profundezas do espaço e do tempo e nos

encontraram, retirando-nos da barbárie ou se daqui partiram e jamais conseguiram retornar,

deixando-nos entregues à nossa própria sorte, jamais saberemos. Sua história, se existiu,

perdeu-se nas brumas dos tempos e só nos restaram lendas e estórias permeadas por registros

esparsos, em sua maioria, travestidos em tradições orais de parca confiabilidade.

Em termos científicos, temos que trabalhar, sempre, com fatos objetivos, com PROVAS, com o

que é plausível, possível e/ou provável e as “provas”, até o presente, nos apontam que não

A Vida fora da Terra... Volume-I Existe ET? Cadê?...

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existem e nunca existiram “Deuses Astronautas”, gigantes, gnomos, fadas, princesas encantadas

e bruxos perversos, ETs, EBEs, “Discos Voadores” (UFOs, USOs, OVNIs), etc, e que as leis da

Física nos impõe um Universo gigantesco no qual as limitações da Velocidade da Luz nos

impedem de conquistá-lo. Estamos presos a este pequeno Sistema Solar. Nele nascemos de

humildes seres microscópicos há aproximados 4,6 Bilhões de anos e nele morreremos daqui há,

no máximo, 1 Bilhão de anos no futuro, embora nossa Estrela Mãe ainda possa perdurar por 4

ou mais Bilhões de anos após nosso desaparecimento, nosso ocaso...

Por outro lado, nada impede que, num futuro próximo ou distante, as equações de Einstein

sejam revistas (É um processo natural e comum em nossa ciência) e descubramos formas de

atravessarmos as distâncias incomensuráveis do espaço cósmico em frações de segundo, algo

sempre sonhado pelos autores de ficção (eu inclusive). Neste caso, não haverá limites para

nossa expansão pelo Universo conhecido, o qual conquistaremos com a nossa ousadia e a força

de nossas armas, eternos “predadores” que somos, a menos, é claro, que encontremos outros

“predadores” ainda mais violentos em nosso caminho e não consigamos, sobre eles, prevalecer.

Vitoriosos, poderemos nos perpetuar por eras, até que este Universo, no qual habitamos

(fechado ou aberto), atinja seu definitivo fim daqui há 40, 70 ou há milhões de Bilhões de anos

no futuro, dependendo de qual das nossas atuais hipóteses ou se nenhuma delas se mostrar

correta!

Com a morte de nosso Universo, pereceremos, a menos, é claro, que nossa tecnologia ou a de

nossos eventuais descendentes nos torne capazes de fender as barreiras do Cosmo para

encontrarmos um novo “porto seguro” num Universo Irmão, filho do Multiverso sem início ou

fim.

Este é o nosso sonho! O sonho do perenizar de nossa altiva e sonhadora raça, nascida a partir de

humildes seres protozoários que despertaram, talvez, para a vida nas rochas e nos oceanos

deste pequenino Ponto Azul...

Se um dia ele irá se tornar verdade, só podemos especular. Antes, teremos que aprender a

sobreviver a nós mesmos e às ameaças naturais e ou dotadas de inteligência que, porventura,

nos espreitem da silenciosa escuridão do Cosmos!

Pode ser que, um dia, nos vejamos, finalmente, face a face com nosso “CRIADOR” e possamos

declarar-lhe; “Aqui estamos! Cumprimos nossa missão! Descobrimos a “REALIDADE” que

sempre se abrigou por detrás de nossas múltiplas e efêmeras VERDADES!”

Neste dia hipotético, EONS distante, Deus (O DEUS! O CRIADOR!) há de nos abraçar com

carinho, seus “Filhos Pródigos”, e sorrir! E “nós”, mais perfeitos, talvez, quem sabe, mais

sensatos, poderemos, por fim, acalentar a derradeira esperança de perpetuação para nossa

insólita, porém maravilhosa espécie!...

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