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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLOMBO 2010 COLÉGIO ESTADUAL BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETTO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E EJA RUA RIO ARAGUAIA, 306 JARDIM MOINHO VELHO COLOMBO PR FONE: 3666-3676

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLOMBO

2010

COLÉGIO ESTADUAL BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETTO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E EJA

RUA RIO ARAGUAIA, 306 – JARDIM MOINHO VELHO COLOMBO – PR FONE: 3666-3676

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2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 8

2 MARCO SITUACIONAL ...................................................................................................................... 10

2.1 Identificação ........................................................................................................................... 10

2.2 Histórico................................................................................................................................. 10

2.3 Espaço Físico Escolar ............................................................................................................. 13

2.4 Caracterização da Comunidade .............................................................................................. 18

3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR ............................................................................................... 23

3.1 Modalidades de Ensino .......................................................................................................... 23

3.2 Tempo Escolar ........................................................................................................................ 23

3.3 Organização Turmas/séries - 2010 ......................................................................................... 24

3.4. Organização Funcional ........................................................................................................... 26

3.5. Formação Continuada ............................................................................................................ 28

3.6. Atendimento escolar .............................................................................................................. 29

3.7. Ambientes Pedagógicos ......................................................................................................... 32

3.8. Recursos pedagógicos ............................................................................................................ 34

4 MARCO CONCEITUAL........................................................................................................................ 39

5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA ..................................................................................................................... 44

6 METODOLOGIA .................................................................................................................................. 45

7 MARCO OPERACIONAL ..................................................................................................................... 46

7.1 Avaliação ................................................................................................................................ 50

7.2 Conselho de Classe ................................................................................................................. 53

7.3 Programas e Projetos ............................................................................................................. 53

8 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ........................................................................................................... 56

9 PROPOSTA CURRICULAR ................................................................................................................... 60

10 BIBLIOGRAFIA: ................................................................................................................................. 62

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11 ARTE ................................................................................................................................................ 63

11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ........................................................................................... 63

11.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................... 64

11. 3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 67

11.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................ 68

11.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO........................................................................... 69

11. 6 AVALIAÇÃO .......................................................................................................................... 70

11.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................... 71

11.8 BIBLIOGRAFIA: ...................................................................................................................... 71

12 CIÊNCIAS .......................................................................................................................................... 72

12.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ............................................................................................ 72

12.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................... 73

12.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................. 74

12.5 CONTÉUDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................. 74

12.6 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................... 76

12.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 76

12.8 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 77

13 EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................................................................................... 78

13.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ........................................................................................... 78

13.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................... 80

13.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ........................................................................... 81

13.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................. 81

13.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................ 81

13.6 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................... 82

13.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................... 83

13.8 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................... 83

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14 ENSINO RELIGIOSO ......................................................................................................................... 84

14.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ............................................................................................ 84

14.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................... 87

14.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................. 88

14. 4 CONTEÚDOS BÁSICOS ensino fundamental ........................................................................ 88

14.5 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................... 89

14.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................... 89

14.7 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................... 90

15 GEOGRAFIA ...................................................................................................................................... 92

15.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ........................................................................................... 92

15.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................... 93

15. 3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 94

15.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................ 94

15.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO........................................................................... 96

15.6 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................... 96

15.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................... 96

15.8 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................... 97

16 HISTÓRIA ......................................................................................................................................... 98

16.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ........................................................................................... 98

16.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................... 98

16.4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................... 99

16.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................ 99

16.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO ........................................................... 100

16.6 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO......................................................................... 100

16.6 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 101

16.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 102

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16.8 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 103

17 LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................................................... 104

17.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 104

17.2 FUNDAMENTOS TÉÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................. 105

17.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................................................... 107

17.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................... 107

17.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO ........................................................................ 109

17.6 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 111

17.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 112

17.8 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 114

18 MATEMÁTICA ................................................................................................................................ 115

18.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 115

18.2 FUNDAMENTOS TEORICOS METODOLÓGICOS .................................................................. 117

18.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................................................... 118

18.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................... 118

18.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO......................................................................... 120

18.6 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 121

18.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 121

18.8 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 122

19 LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS .................................................................................. 123

19.1 APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 123

19.2 FUNDAMENTOS TEORICOS METODOLOGICOS .................................................................. 125

19.3 CONTEÚDO ESTRUTURANTE .............................................................................................. 126

19.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................... 127

19.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO......................................................................... 128

19.6 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 128

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19.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÕES ................................................................................................ 130

19.8 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 130

20 BIOLOGIA ....................................................................................................................................... 131

20.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 131

20.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................. 131

20.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................................................... 131

20.4 CONTEÚDOS BÁSICOS ........................................................................................................ 132

20.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 132

20.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 133

20.7 BIBLIOGRAFIA: .................................................................................................................... 134

21 FILOSOFIA ..................................................................................................................................... 135

21.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 135

21.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS .................................................................... 135

21.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................................................... 136

21.4 CONTEÚDOS BÁSICOS ........................................................................................................ 136

21.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 138

21.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 139

21.7 BIBLIOGRAFIA: .................................................................................................................... 139

22 FÍSICA ............................................................................................................................................. 141

22.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 141

22.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................. 142

22.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................................................... 143

22.4 CONTEÚDOS BÁSICOS ........................................................................................................ 144

22.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 145

22.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 145

22.7 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 146

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23 QUÍMICA ........................................................................................................................................ 147

23.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. ........................................................................................ 147

23.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS ................................................................... 154

23. 3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES .......................................................................................... 162

23.4 CONTEÚDOS BASICOS ........................................................................................................ 162

23.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 163

23.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 163

23.7 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 164

24 SOCIOLOGIA .................................................................................................................................. 166

24.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ......................................................................................... 166

24.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS .................................................................. 167

24.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................................................... 168

24.4 CONTEÚDOS BÁSICOS ........................................................................................................ 168

24.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 170

24.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................. 170

24.7 BIBLIOGRAFIA: ................................................................................................................... 171

ANEXOS ............................................................................................................................................... 172

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1 INTRODUÇÃO

“É na escola que estão os problemas

e é na escola que está a solução”

(BRASIL, 1998).

Esse Projeto Político Pedagógico é o resultado de um trabalho coletivo de

estudos, discussões e reflexões, de todos os envolvidos e comprometidos na

produção e efetivação dos pressupostos e metas aqui descritos. O registro de todo

um trabalho já realizado e a proposta de avanços, mesmo que com rupturas do

estabelecido, de promessas de um estado melhor, de reformulação das estruturas,

explicitando a identidade da escola, as concepções de sociedade e de sujeito que se

quer alcançar.

Salienta-se que é um processo, que se constrói e se orienta de acordo com

as necessidades dos sujeitos envolvidos e das orientações contidas na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de

1996, em seus artigos 12, 13 e 14, que institui o Projeto Político Pedagógico como

um instrumento capaz de dar à escola pública meios de promover uma gestão

democrática e participativa. A importância da construção desse documento, também,

está na conquista da autonomia, que deve permear todo o trabalho do cotidiano

escolar.

O projeto, também, consubstancia-se nas Diretrizes Curriculares Estaduais,

documento norteador do trabalho docente, garantindo a apropriação do

conhecimento pelos estudantes da rede pública estadual, dando enfoque à

retomada do papel social da escola, que é de oportunizar o acesso ao conhecimento

socializado e sistematizado, principalmente, aos alunos das classes marginalizadas

menos favorecidas, contribuindo para a formação de indivíduos independentes e

críticos.

Confirmando, cita-se Saviani:

“... o fundamental hoje no Brasil é garantir uma escola elementar que

possibilite o acesso à cultura letrada para o conjunto da população. Logo, é

importante envidar todos os esforços para a alfabetização, o domínio da

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língua vernácula, o mundo dos cálculos, os instrumentos de explicação

científica estejam disponíveis para todos indistintamente. Portanto, aquele

currículo básico da escola elementar (Português, Aritmética, História,

Geografia e Ciências) é uma coisa que temos que recuperar e colocar como

centro das nossas escolas, de modo a garantir, que todas as crianças,

assimilem esses elementos, pois sem isso elas não se converterão em

cidadãos com a possibilidade de participar dos destinos do país e interferir

nas decisões e expressar seus interesses, seus pontos de vista.” (SAVIANI,

1986:82)

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2 MARCO SITUACIONAL

2.1 IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Netto – Ensino Fundamental,

Médio e Eja, código municipio 0580 e do estabelecimento 0280 ,codigo do INEP nº

41125819, sito à rua Rio Araguaia, nº 306, município de Colombo, Região

Metropolitana da cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inaugurado em 19 de

dezembro de 1980, sob autorização, em ofício nº 1320/81, e Resolução nº 71/81, de

30/12/1981, com Reconhecimento do Ensino Fundamental através da Resolução nº

6.465/84, do Ensino Médio através da Resolução nº 4357/98 e Educação de Jovens

e Adultos – Eja Fase II, com a Resolução nº 1484/00. Vinculado ao Núcleo Regional

de Educação – NRE Norte, que emitiu Parecer de Aprovação do Regimento Escolar,

nº 113/09 de 12 de maio de 2009, tendo como Entidade Mantenedora a Secretaria

de Estado da Educação do Paraná – SEED.

2.2 HISTÓRICO

A construção de uma escola deve-se à necessidade em atender o

crescimento populacional de uma determinada região. Com o Colégio Bento Munhoz

da Rocha Netto, não foi diferente, na fundação 1980 e início das atividades em

1981, contava com oito turmas, nos períodos de manhã e tarde, ofertando o Ensino

Fundamental de 5º a 8º série. Em 1988 foi implantada, também, a Educação

Fundamental de 1ª a 4ª série, modalidade atendida por uma equipe específica que

ocupou o mesmo espaço físico da escola, na chamada dualidade administrativa, em

1991, essa estrutura passou pelo processo de municipalização, passando a ser

denominada Escola Municipal João Batista Stocco, compartilhando todas as

dependências da escola até 2003, quando percebeu-se a impossibilidade em se

continuar com tal arranjo e a escola municipal ganhou novas instalações, um projeto

moderno e arrojado, em uma extensa área nas proximidades, onde pode continuar

atendendo a comunidade numa unidade própria, um contingente maior de alunos, de

forma mais substancial e com mais qualidade. Diante disso o colégio, agora

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ocupando toda a área, passou por uma reformulação, ampliando todos os setores,

agora com um total de doze salas de aula, implantando o Ensino Médio e logo

depois a Educação de Jovens e Adultos.

O contexto histórico nacional da época era, também, de profundas mudanças

com o processo de democratização do país: Diretas, constituinte, movimentos

sociais populares buscando a ampliação dos direito do cidadão, as mobilizações

internacionais – coordenadas pela ONU, 1990 Ano Internacional da Alfabetização, a

criação do FUNDEF, a LDB, enfim processos que repercutiram em todos os setores

da sociedade. A instituição escola fica em evidência, a educação passou a ser

valorizada como um portal para a solução de todas as injustiças sociais, políticas

públicas foram criadas para democratizar o acesso, a demanda cresceu, milhares de

vagas foram oferecidas, as salas ficaram abarrotadas, mas em contrapartida não

houve investimentos que garantissem a permanência e a qualidade dos que

chegaram até os bancos escolares.

Desde a fundação o cenário e os atores foram mudando,tendo inicialmente

como Diretor o Senhor Nivaldo Bruno Arcie, passando por vários outros diretores,

até a data de 1990 onde de um processo eleitoral assumiu como diretor o

professor Mauro Cezar Zech, tendo como auxiliares nos dias de hoje a professora

Iara Jane Nunes das Neves e o professor Zair Candido de Oliveira Neto. , A certeza

é de que todos contribuíram para que o Colégio Bento Munhoz da Rocha Netto

fosse construindo uma identidade forte, hoje, com quinze salas de aula, e uma infra-

estrutura condizente com o porte, é um ícone na comunidade, um ponto de

referência no sistema de ensino local, pois prima por uma gestão democrática

participativa, tendo como objetivo a construção de uma sociedade mais humana,

onde todos tenham assegurado o pleno exercício da cidadania. Contribuindo para a

formação de cidadãos íntegros, conscientes, comprometidos com o desenvolvimento

da ciência e da cultura e a serviço dos valores indispensáveis à vida. Levando-os a

encontrar e/ou reencontrar os verdadeiros princípios, resgatando a crença numa

ação não alienante, dinâmica, aberta ao diálogo e atenta aos apelos da humanidade.

O Colégio Bento Munhoz da Rocha Netto se propõe, ainda, em desempenhar

a função de socializar os saberes, as experiências, os modos de vida, respeitando a

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todos os envolvidos no ambiente escolar, tendo como características permanentes a

participação e a cooperação tirando-a do lugar de invisibilidade.

A construção de uma escola deve-se à necessidade em atender o

crescimento populacional de uma determinada região. Com o Colégio Bento Munhoz

da Rocha Netto, não foi diferente, na fundação 1980 e início das atividades em

1981, contava com oito turmas, nos períodos de manhã e tarde, ofertando o Ensino

Fundamental de 5º a 8º série. Em 1988 foi implantada, também, a Educação

Fundamental de 1ª a 4ª série, modalidade atendida por uma equipe específica que

ocupou o mesmo espaço físico da escola, na chamada dualidade administrativa, em

1991, essa estrutura passou pelo processo de municipalização, passando a ser

denominada Escola Municipal João Batista Stocco, compartilhando todas as

dependências da escola até 2003, constatada a impossibilidade em se continuar

com tal arranjo e a escola municipal ganhou novas instalações, um projeto moderno

e arrojado, em uma extensa área nas proximidades, onde pode continuar atendendo

a comunidade numa unidade própria, um contingente maior de alunos, de forma

mais substancial e com mais qualidade. Diante disso o colégio, agora ocupando toda

a área, passou por uma reformulação, ampliando todos os setores, agora com um

total de doze salas de aula, implantando o Ensino Médio e logo depois a Educação

de Jovens e Adultos.

O contexto histórico nacional da época era, também, de profundas mudanças

com o processo de democratização do país: Diretas, constituinte, movimentos

sociais populares buscando a ampliação dos direito do cidadão, as mobilizações

internacionais – coordenadas pela ONU, 1990 Ano Internacional da Alfabetização, a

criação do FUNDEF, a LDB, enfim processos que repercutiram em todos os setores

da sociedade. A instituição escola fica em evidência, a educação passou a ser

valorizada como um portal para a solução de todas as injustiças sociais, políticas

públicas foram criadas para democratizar o acesso, a demanda cresceu, milhares de

vagas foram oferecidas, as salas ficaram abarrotadas, mas em contrapartida não

houve investimentos que garantissem a permanência e a qualidade dos que

chegaram até os bancos escolares.

O nome da escola foi adotado em homenagem a Bento Munhoz da Rocha

Neto, personalidade ligada à vida política, social e cultural, estadual e nacional,

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nasceu na cidade de Paranaguá, em 17 de dezembro de 1905, engenheiro,

professor, escritor e político atuando nos anos de 1946 a 1962, primeiro como

Deputado Federal, depois, como Governador do Estado do Paraná e Ministro da

Agricultura, no Governo Café Filho, pasta que ocupou após sua candidatura a vice-

presidência do Brasil não lograr êxito. Em sua gestão como governante, entre muitas

obras, nasceu o Teatro Guaíra, a Biblioteca Pública do Paraná e o Palácio Iguaçu,

assim como foi o responsável pela edificação de centenas de grupos escolares,

ainda teve projeção, nacional e internacional, como escritor ensaísta e sociólogo,

com uma produção literária de 14 obras publicadas. Esclarecemos que no nome da

escola o sobrenome Neto, é grafado com dois tês, Netto, sem uma explicação oficial

para o fato, ainda que, as duas formas são utilizadas na identificação de outras

instituições públicas que fizeram a mesma homenagem.

2.3 ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR

Localizada em região urbana, em uma área de 10.234,14m2, com

1.778,60m2 de área construída, distribuída em 4 blocos distintos: o primeiro bloco,

assim designado pela proximidade com a entrada principal da escola, abriga o corpo

administrativo, com uma sala para o corpo diretivo, ocupada pelo Diretor e dois

Diretores Auxiliares, conjugada à outras duas que comportam a equipe de quatro

pedagogas, que dividem-se nos três turnos de funcionamento escolar, fazendo o

trabalho de orientação e organização pedagógica, a secretaria com uma área de

atendimento ao público e outra mais reservada para o acondicionamento de toda a

documentação concernente ao funcionamento da instituição e materiais de uso

geral, mas que necessitam de controle de uso, por seu valor erário e, ou pelas

especificidades, como materiais esportivos, escolares e os uniformes para serem

comercializados, nesse espaço 04 funcionárias desempenham suas funções,

revezando-se em turnos, atendendo a toda comunidade escolar. O referido bloco,

ainda, atende aos professores com ampla sala, situada em local estratégico, dando

às atividades dos docentes a privacidade necessária, assim como o conforto de um

ambiente arejado e iluminado naturalmente, com o mobiliário necessário às

exigências da rotina escolar, a sala de informática, com vinte computadores, de uso

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exclusivo dos docentes, que oportunizam a inserção no mundo digital e o manuseio

de mais uma ferramenta para incrementar a prática pedagógica, uma sala para os

armários individuais e outra, menor, para armários dos professores das disciplinas

de Educação Física e Arte, pelo volume de material didático que precisa ser

guardado, finalmente, dois sanitários, um feminino e outro masculino, que atendem a

todos que ocupam o bloco.

Localizado, logo em seguida, e interligado por uma passagem coberta, o

segundo bloco, composto de um pátio coberto, usado como refeitório, contendo

mesas e bancos, área também utilizada por professores e turmas em atividades

pedagógicas e, ou por grupos de alunos em momentos de estudos e na confecção

de trabalhos. Continuando, à direita de quem o adentra uma parede lateral com uma

porta, centralizada, de ferro e vidro, com duas folhas de abrir, para acesso às oitos

salas de aulas, a primeira do lado direito está reservada, e sem uso, para a

instalação do Laboratório de informática, sem previsão de ser efetivado. As outras

sete salas, neste ano, pela manhã, comportam seis turmas de 7ª série e uma de 8ª

série, com média de 38 alunos por sala, no período da tarde, sete turmas de 5ª

série, com média de 28 alunos por turma.

De novo no pátio e na mesma parede, mais duas portas de madeira para

acessos aos sanitários, o feminino, com cinco vasos sanitários, separados por

divisórias de concreto, o masculino, com três vasos sanitários e um mictório, ambos

tem pias coletivas externas, com cubas servidas de cinco torneiras, cada, e um

bebedouro de aço inox com torneira a jato, servindo água natural e gelada, fixado à

parede.

Na parede oposta, a entrada para a sala do Apoio Pedagógico, ocupada por

duas funcionárias, verdadeiras guardiãs no cumprimento das normas internas de

funcionamento da escola, que fazem o trabalho de atendimento inicial aos discentes

e docentes egressos dos blocos onde se concentram as atividades da rotina escolar,

monitoram as entradas e saídas dos alunos inspecionando o uso correto do

uniforme e da agenda escolar, a circulação de todos em todas as dependências,

organizam as filas, dão suporte aos professores na movimentação das turmas,

entrega de bilhetes e informativos, e em conjunto com uma equipe voluntária de

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aproximadamente cinco funcionárias, agente educacional II, permanecem durante o

recreio, nos pátios, à disposição dos alunos para eventuais atendimentos.

Compondo a área, dois sanitários e a sala da Mecanografia, guarnecida por

duas funcionárias que, produzem todo o material impresso para as avaliações

oficiais e extra-oficiais, digitando, imprimido, organizando material via internet, pen-

drive, apresentações de slides, fazem o controle dos materiais de apoio áudio

visuais, controles e chaves das TVs laranja e todos os materiais escolares para

empréstimos a professores e alunos.

Completando esse lado do pátio coberto temos a cantina, composta pela

cozinha, dois depósitos para armazenamento de alimentos e utensílios diversos,

uma área de serviço, uma sala para armários individuais para cada uma das

funcionárias. Três funcionárias que preparam os alimentos consumidos nos recreios,

no almoço e lanches intermediários para os participantes dos projetos Mais

educação e Segundo Tempo. Fazendo fundos com a sala da mecanografia e lateral

com a cantina tem-se uma sala, com a mesma função da sala dos professores, onde

todos tem privacidade e comodidade, com uma porta que a liga á parte externa do

primeiro bloco, onde, também, é feita a distribuição do leite.

Saindo do pátio coberto, acima descrito, em direção à ala interna da escola,

sob uma passarela coberta, que começa no final desse pátio, passando pelo terceiro

bloco, construído em formato e área semelhante à do segundo bloco, com uma

entrada central para oito salas, todas ocupadas por alunos, pela manhã com três

turmas de 8ª série, três turmas de 1º ano, duas de 2º ano e uma de 3º ano, do

ensino médio regular, com uma média de 35 alunos, por turma. No lado externo, nos

dois lados da porta de entrada e em toda e extensão da parede do bloco, há bancos

de concreto, revestidos com cerâmica, para acomodar os alunos nas mais variadas

atividades ao longo do dia na escola. À frente um pátio descoberto, onde são

organizadas as filas, para a entrada dos alunos às salas de aula, área usada

também para educação física, pois contém duas mesas de concreto armado para

tênis, cantar Hinos e festividades.

Terminando, o quarto e último bloco, parte do projeto de expansão da área

construída, executado em 2002, para atender a demanda de matrículas, e todos os

fatores que advém do aumento do porte da escola, o mesmo é constituído por

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quatro salões, todos com portas de entrada de frente para o pátio descoberto,

devido à fragilidade das mesmas e pela posição que as deixa muito expostas, foram

guarnecidas com grades externas providas de ferros perpendiculares e correntes,

que atravessam a parede e são fechadas internamente, dificultando a invasão de

ladrões e depredadores do patrimônio público, dos quais fomos vítimas várias vezes,

antes dessa medida.

No primeiro salão o Laboratório de ciências, com bancadas, materiais

específicos, vidrarias, lâminas preparadas para observação no microscópio, que

também faz parte do acervo adquirido pela escola, e todos os reagentes necessários

para o desenvolvimento de experiências científicas e, ou para a comprovação dos

conteúdos teóricos desenvolvidos em sala de aula. Enfrentamos dificuldades no uso

efetivo do laboratório, pela falta de funcionários capacitados para organizar os

trabalhos a serem desenvolvidos e dar suporte aos professores, que são unânimes

em afirmar que não basta todo o aporte físico, sem um projeto consistente de

utilização de todos os materiais, coordenado por um especialista Laboratorista, com

carga horária integral na escola. No lado externo, nos dois lados da porta de entrada

e em toda e extensão da parede do laboratório, os mesmos bancos de concreto,

descritos no terceiro bloco.

Ainda, completando o primeiro salão, dois sanitários, que em conjunto com os

outros dois do pátio coberto, atendem todos os alunos, esses fazem frente para um

amplo corredor que dá acesso á Quadra Poliesportiva Coberta, esta circundada por

divisórias de telas, com mais de três metros de altura, demarcando os limites da

área de uso exclusivo da escola, da cancha de futebol de areia, aberta à

comunidade nos finais de semana e feriados, que faz limite também com as

dependências utilizadas pelo funcionário/caseiro.

O bloco, composto por mais três salões, o próximo, depois da área de acesso

á Quadra Poliesportiva Coberta, o segundo salão, comporta, pela manhã, uma turma

de 2º ano do Ensino Médio Regular e à tarde uma turma de 6ª série. O terceiro

salão, abriga a biblioteca, a alma da escola, organizada e mantida por duas

funcionárias, que atendem os três turnos da escola, orientando os trabalhos de

pesquisa, garantindo todos os conteúdos estejam à disposição dos alunos, evitando

que eles tenham que ir a outras fontes, pois sabem da carência das mesmas na

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região em que a escola está situada, leituras, com empréstimos registrados na

própria agenda do aluno, atendendo nos horários dos recreios, dando ao aluno a

oportunidade de entregar, trocar livros, e, ou fazer leituras rápidas de revistas e

gibis.

A biblioteca é uma célula dinâmica, onde todos devem sentir-se à vontade e

queridos, o que é uma preocupação constante de todos os responsáveis pelo setor,

é nela que se concentra material de acesso exclusivo do corpo docente, em várias

disciplinas: mapas, globos terrestres, sistema solar móvel, folders, um arquivo de

material didático de língua inglesa, com livros didáticos adquiridos pela escola, num

sistema de uso comunitário, para todas as turmas do Ensino Fundamental, Médio e

EJA II, dando aos professores dessa disciplina a possibilidade de enriquecer o

trabalho pedagógico, podendo contar com filmes e livros de literatura específicos da

língua, livros para a formação de professores, também, de todas as áreas.

O quarto salão é de multiuso, todas as manhãs é ocupado pela Sala de Apoio

à Aprendizagem de Matemática e Língua Portuguesa, com alunos das 5ª séries,

todos os dias, em dois horários, das 7:30h às 11:05h, atendendo no mínimo 15

alunos, em cada momento, com atividades que os levem à prática da leitura,

oralidade e escrita, de forma mais lúdica, e de cálculos básicos. Este salão é provido

de material de reprodução áudio visual fixo, usado para palestras, seminários,

reuniões, ensaios por todos os grupos de dança, mantidos pela escola e pelas

entidades parceiras, como o Projeto Atitude, que desenvolve várias atividades na e

com a escola e o Instituto Kaefer com as aulas de capoeira.

Os projetos Mais Educação e Segundo Tempo, oficialmente mantidos e

coordenados por instituições federais e estaduais, nessa ordem, e a Oficina de

Libras, esta ministrada voluntariamente, por um professor de história, sensibilizado

com a integração de alunos com necessidades especiais, no caso os surdos, que

para comunicar-se precisam que outros, também dominem o idioma dos sinais, ele,

com esse trabalho, quer formar pessoas bilíngües, aptas a interagir com os surdos,

todos esses grupos fazem uso desse salão, em horários específicos, de forma

harmoniosa, sem que haja prejuízo para nenhuma das partes.

Importante, salientar que todos os espaços são mantidos em ordem e limpos,

todo o tempo, pelos próprios usuários, que devem deixar o ambiente utilizado, da

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mesma forma que o encontrou, uma espécie de código de honra, caso o grupo

encontre o ambiente desorganizado, com lixo no chão, o coordenador deve chamar

uma pessoa da direção e, ou equipe pedagógica, que tomará as providências

cabíveis, no caso, conscientizar o grupo de que não cumpriu com as regras básicas

de uso dos ambientes compartilhados e buscar, através do diálogo, que o fato não

se repita , isso é o exercício de reconhecimento dos direitos e deveres como aluno.

No final do dia, os funcionários responsáveis fazem o necessário para que tudo

esteja em ordem para o próximo dia.

Essa estrutura física atende, ainda, no período noturno a Educação de Jovens

e Adultos – EJA II, na modalidade Coletiva e Individual, todas as noites, ocupando

apenas as salas do segundo bloco, que fica sob o pátio coberto, sob os cuidados do

Diretor e Diretor Auxiliar, de duas pedagogas, que fazem todos os encaminhamentos

e acompanhamento de todos os processos de matrícula, contam, ainda, com os

serviços da secretaria, biblioteca, mecanografia, cantina e zeladoria, todos os

professores e alunos podem dispor de todas as dependências da escola, descritas

nos parágrafos acima.

2.4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

O município de Colombo, hoje com uma população de aproximadamente 230

mil habitantes, com 118 anos de história, berço da imigração italiana, principalmente

da região de Vêneto na Itália, responsável pela formação do povo, as características

econômicas, sociais e culturais. Da totalidade de habitantes estimasse, hoje, que 70

mil sejam descendentes de italianos, além de outras etnias que participaram da

história do município como: índios, negros, portugueses, alemães, ingleses,

franceses, suíços e outros. Colombo possui atualmente 42 bairros e mais de 200

loteamentos, sendo 70% do território em área de Proteção Ambiental. Estes bairros

podem ser classificados como rurais ou urbanos.

Em julho 1882 foi fundada a primeira escola primária de Colombo, em

setembro do mesmo ano criou-se uma escola noturna, para atender a necessidade e

desejo que os colonos italianos tinham de aprender a língua portuguesa. Atualmente

o município de Colombo possui 73 estabelecimentos de Ensino Fundamental e

Médio, sendo que, 40 são Escolas Municipais Urbanas, 11 Escolas Municipais

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Rurais e 22 são Escolas Estaduais. O Ensino Infantil conta com 35 unidades, com

um total de 5.176 crianças matriculadas, totalizando 49.266 alunos matriculados

regularmente. O município conta anda com 19 Escolas Particulares reconhecidas, 1

Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e 1 Centro Estadual de

Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA).

Colombo foi o Município de maior taxa de crescimento nas décadas de 70 e

80 na Região Metropolitana de Curitiba. Décadas em que Colombo recebeu um

enorme contingente populacional vindo do imenso território brasileiro, sobretudo do

interior do Paraná. Hoje a maioria da população mora em áreas loteadas, contínuas

a Curitiba em bairros como Alto Maracanã, Guaraituba e Jardim Osasco, porém

preserva uma grande característica agrícola herdada dos imigrantes italianos .

O Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Netto, construído no Jardim

Moinho Velho, numa região com altos índices de violência, de acordo com pesquisas

realizadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, com comunidades das

regiões metropolitanas de Curitiba. Os alunos são oriundos das seguintes

localidades: Bairro Jardim Moinho Velho, Santa Fé, Osasco, São Gabriel, Jardim

Curitiba, Jardim Esmeralda, Parque São Domingos e Vila Nova. Mesmo com a

distribuição das vagas através do Geo-referenciamento, muitos alunos vem de

outras regiões mais distantes, devido à grande rotatividade das famílias, gerando

muitas vezes a evasão desses alunos, que se deslocam a pé e acabam

desmotivados pela distância, outros conseguem utilizar o transporte da rede pública

municipal, que depende de um itinerário específico e uma minoria as Vans, que

prestam esse serviço de forma particular.

A Vila Nova é uma área de ocupação irregular, sem infra-estrutura, onde se

concentram traficantes, usuários de drogas e infratores. Nesse ambiente coabitam

grupos de indivíduos que, sem opção de moradia, agregam-se e formam seus

núcleos familiares, numerosos e sem planejamento, onde não existe, na maioria das

vezes, a representatividade paterna e, ou o materna, papel delegado a outros

membros da família – avós, tios, irmãos mais velhos. Os adultos e, ou responsáveis

pelos alunos, apresentam um nível de escolaridade muito baixo, muitos trabalham

na informalidade, as crianças e adolescentes vivem em situação de risco, sozinhos o

dia todo, envolvendo-se em brigas de rua, cometendo delitos e reforçando os casos

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de violência nas proximidades da escola. As famílias, em sua grande maioria, não

acompanham a vida escolar dos filhos, não participam de reuniões, ou de qualquer

atividade promovida pela escola, pedagógicas (reuniões, palestras, encontros de

pais, feiras culturais) e, ou sociais (festas, apresentações dos alunos), mesmo

quando convocados, alegam que não podem faltar ao trabalho, pois dependem

disso para a subsistência da família, criando um fosso nas relações com a

comunidade escolar, fato que reflete negativamente no desempenho dos alunos.

As outras regiões que usufruem dos serviços prestados pela escola, podem

até apresentar algumas características da Vila Nova, mas não com a mesma

intensidade negativa, o que parece é haver uma organização mista, diferenciada,

por ocuparem áreas regulares e urbanizadas, com imóveis próprios ou locados,

compostos de grupos familiares menos numerosos e mais estáveis, adultos com um

nível maior de escolaridade, politizados, participativos na vida escolar dos filhos,

mesmo com a maioria dos casais trabalhando fora de Colombo. Também, se

distinguem pela importância que dão às instituições constituídas, como a própria

escola, e as de cunho religioso, são indivíduos que buscam progredir de forma

honesta, cumpridores de seus deveres, confiam no trabalho da escola e procuram

cumprir com as normas organizacionais da nossa unidade de ensino.

Outra característica dos grupos familiares é a rotatividade, pode-se classificá-

los como nômades, porque durante o ano letivo mudam-se várias vezes, pelas mais

diversas razões, busca por lugares economicamente mais acessíveis, menos

violentos, pelas relações de trabalho, muitas vezes por conflitos entre vizinhos,

ameaça de morte, separações de casais, prisões e, ou falecimentos. Seja qual for o

motivo, é uma prática muito comum, não criam raízes, vínculos e, ou relações com a

comunidade.

Independente do grupo, percebe-se a dificuldade nas relações interpessoais,

a falta de autoridade dos adultos, a excessiva permissividade e liberdade com que

vivem as crianças e adolescentes, sem valores referenciais, exemplos a serem

seguidos, modelos a serem imitados, dentro dos núcleos familiares. A falta de

preparo dos responsáveis para lidar com esses problemas, a omissão, o abandono

do adolescente, ou pior, o uso de métodos corretivos violentos e momentâneos, sem

o suporte contínuo de que eles necessitam para superar os conflitos naturais dessa

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fase da evolução humana. Esse quadro provoca reflexos na escola gerando

dificuldades no processo de ensino aprendizagem e elevando os índices de evasão.

Vale citar que: a “Família e escola tem em comum o fato de prepararem os

jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que

possibilitem a continuidade da vida social, desempenhando papel importante na

formação do indivíduo e do futuro cidadão (SZYMANSKI, 2003, p. 98).”

Cita-se, ainda que: A família não é somente o berço da cultura e a base da

sociedade futura, mas é também o centro da vida social... A educação bem sucedida

da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu

comportamento produtivo quando for adulto... A família tem sido, é e será a

influência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das

pessoas. (GOKHALE, 1980, p.33).

A criança traz para o ambiente escolar toda a carga afetiva de seu

desenvolvimento com seus familiares, os problemas emocionais surgem nos

contatos que se estabelecem. Estudos destacam a importância do mundo criado em

torno da criança, pela família, para um desenvolvimento sadio e pleno. Celidonio

(1998) constata que as tensões acumuladas na dinâmica das relações familiares

certamente surgirão na escola, sob a forma de um problema de adaptação e ou

aprendizagem.

A certeza é de que cada instituição deve assumir o seu papel, o da escola

passar o conhecimento sistematizado e o da família educar. Percebe-se que as

famílias dos alunos atendidos em nossa escola, cujo perfil não difere de todas as

outras na mesma situação, precisam reaprender a relacionar-se com os filhos e, ou

os indivíduos pelos quais são responsáveis.

De todos os setores da sociedade, coube à escola assumir o papel da família,

mas, agora sabemos ser algo impossível, pois estamos numa das maiores crises do

sistema educacional, sendo a sobrecarga de responsabilidade um dos fatores mais

relevante, porque a escola deixou de lado as questões pedagógicas e se enfronhou

num campo para o qual não foi preparada, resultado: o caos. Para Tiba (2002,

p.180) “[...] percebo que as crianças têm dificuldade de estabelecer limites claros

entre a família e a escola, principalmente quando os próprios pais delegam à escola

a educação dos filhos [...]”.

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Fisicamente, a comunidade possui uma rede comercial e de prestação de

serviços de acordo com a demanda da região. Destacando-se, negativamente, estão

os estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas e cigarros, são pelo

menos cinco no entorno da escola, a menos de 200 metros, que atraem uma horda

de desocupados que criam várias situações de conflito, nos períodos de entrada e

saída dos alunos.

Para tanto, faz-se um trabalho de orientação aos alunos para que não

permaneçam nos portões e, ou na rua, quando chegam ou saem da escola, devem

entrar imediatamente, ao saírem, dirigirem-se para suas casas, sem aglomerações e

paradas. Registre-se que já foram feitas tentativas oficiais para o fechamento e, ou

transferência dos bares que trazem perigo à integridade física e moral de toda a

comunidade escolar, mas sem êxito.

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3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

3.1 MODALIDADES DE ENSINO

Regular:

Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série:

7º e 8º Séries - manhã

5º e 6º Séries - tarde

Ensino Médio - 1º ao 3º ano - manhã

Educação de Jovens e Adultos:

EJA - Ensino Fundamental Fase II - noite

EJA - Ensino Médio - 1º ao 3º ano - noite

3.2 TEMPO ESCOLAR

Aulas:

MANHÃ TARDE NOITE

ENTRADA 7:30h 13:00h 18:30min

INTERVALO 10:00h às 10:15h 15:30h às 15:45h 20:10h às 20:20h

SAÍDA 11:55 h 17:25h 22:30h

Secretaria:

MANHÃ TARDE

DIURNO 7:30h ás 11:55h

13:00h ás 17:25h

NOTURNO 18:30h ás 22:30h

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3.3 ORGANIZAÇÃO TURMAS/SÉRIES - 2010

As turmas são organizadas de acordo com a atuação do aluno(a) nas séries

anteriores, concentram-se aqueles com dificuldades semelhantes, com histórico de

reprovação e de avanço por Conselho de Classe, esses alunos são monitorados

pela Equipe Pedagógica e encaminhados para reforço, oferecido por professores

das disciplinas em questão, na hora atividade e, ou grupos de estudo formados por

alunos com mais facilidade no conteúdo, direcionados a participarem de atividades

culturais e pedagógicas, dentro e fora da escola (oficinas dos projetos Segundo

tempo, Mais Educação e Atitude) e encaminhados para acompanhamento clínico.

As turmas de 5ª série, participam de uma atividade avaliativa de leitura e

interpretação, e de cálculos básicos, na primeira semana de aula e as turmas são

organizadas de acordo com o desempenho dos alunos(as), as turmas com maior

grau de dificuldade são encaminhadas para as Salas de Apoio à Aprendizagem de

Língua Portuguesa e Matemática. Também, são monitoradas pela Equipe

Pedagógica que faz um levantamento do histórico escolar, em contato com a escola

municipal de origem, dos casos mais críticos (aqueles que aparentam déficit de

aprendizagem mais severo).

ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR

SÉRIE TURMA PERÍODO Nº DE ALUNOS

5ª A tarde 29

B tarde 31

C tarde 23

D tarde 20

E tarde 30

F tarde 24

G tarde 25

H tarde 24

I tarde 23

6ª A tarde 29

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B tarde 28

C tarde 32

D tarde 27

E tarde 31

F tarde 34

G tarde 33

7ª A manhã 35

B manha 34

C manhã 33

D manha 34

E manhã 34

F manha 32

8ª A manhã 37

B manha 37

C manhã 36

D manha 36

TOTAL DE ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

REGULAR

791

ENSINO MÉDIO REGULAR

SÉRIE TURMA PERÍODO Nº DE ALUNOS

1º A manhã 31

1º B manhã 33

1º C manha 36

2º A manhã 23

2º B manha 17

3º A manhã 28

TOTAL DE ALUNOS NO ENSINO MÉDIO REGULAR

168

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ENSINO FUNDAMENTAL - EJA

SÉRIE PERÍODO Nº DE ALUNOS

ENSINO

FUNDAMENTAL FASE II

Noite

169

TOTAL DE ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL - EJA

169

ENSINO MÉDIO - EJA

SÉRIE PERÍODO Nº DE ALUNOS

ENSINO MÉDIO Noite 109

TOTAL DE ALUNOS NO MÉDIO - EJA

109

3.4. ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

FUNCIONÁRIO

FUNÇÃO

FORMAÇÃO

Mauro Cesar Zech

Diretor Educação Física

Iara Jane Nunes das

Neves

Diretora auxiliar Letras

Zair Candido de Oliveira

Neto

Diretor auxiliar Educação Física

Daniele Rodrigues dos

Santos

Pedagoga Pedagogia

Jaqueline Dupski Albano

Pedagoga Pedagogia

Maria Cristina Didyk

Leite Silva

Pedagoga Pedagogia

Terezinha de Jesus

Trancoso

Pedagoga Pedagogia

Andréia Cristina Cubis

Secretária Ensino Médio

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Candida Apolonia

Schulka

Técnico

Administrativo

Ensino Médio

Emilene Selhorst Rocha

Técnico

Administrativo

Ensino Médio

Irene das Graças

Soares Santos

Técnico

Administrativo

Ensino Médio

Larissa Sembai

Serenato

Técnico

Administrativo

Pedagogia

Lidiane Gaida

Técnico

Administrativo

Ensino Médio

Vilma de Fátima

Taborda

Técnico

Administrativo

Pedagogia

Vilma de Fátima Teixeira

Técnico

Administrativo

Ensino Médio

Viviane Duarte

Técnico

Administrativo

Ensino Médio

Adélia dos Santos

Justino

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Fundamental

Ana Maria Cavalheiro

Gomes

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Deonira Ribeiro da Silva Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Elisandra Franco Rios Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Emilia Dobrowolski

Soppa

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Gleide Aparecida

Lustosa Fagundes

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Ines Pereira da Silva

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Maria Dirce Bueno

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Maria Rosa da Fraga

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Marta Scorissa dos

Santos

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Matilde Silveira Carneiro Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Mayra de Oliveira

Raimundo

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Neusa Teresinha

Gonçalves Padilha Garcia

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Reni de Fatima da Rocha

Scheletz

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Sirlene Pereira de Paula

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Valdir de Lima

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino

Fundamental Vera Lucia de Oliveira

Klak

Auxiliar Serviços

Gerais

Ensino Médio

Adelia Yoko Sakamoto Professora Matemática

Ana Edenir Cavalheiro Professora Letras

Anderson Luiz Augusto

Tracz

Professor Biologia

Araci Almeida de

Andrade

Professora Inglês

Beatriz Batista Irala Professora Educação Física

Carlos Augusto Zech Professor Educação Física

Cilmar de Souza

Nogueira

Professora Pedagogia

Cirene Silva Siqueira Professora Letras

Daniele Cristiane Barth Professora Artes

Daniele Pegorini Professora Ciências

Edson Luiz da Silva Professor Física

Elizabeth Rodrigues de

Lima

Professora Matemática

Elton Luiz de Barros

Arsie

Professor Química

Emmi Maria Kunhavalik Professora Ciências

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Florivaldo Monteiro de

Lima

Professor Letras

Gilson Alves da Silva Professor Tecnologia

Ambiental Herminia Victoria

Lazarim

Professora História

Ismael Pereira dos

Santos Neto

Professor Educação Física

Itacir Rafael Bach Professor Filosofia

Juslaine Beatriz Reni do

Nascimento

Intérprete de

Libras

Pedagogia

Marcio Pelogia Ferreira Professor Educação Física

Maria Alba Marques

RI

Professora Artes

Marilde Fermino

Pimenta

Professora Letras

Marlus Vandelao Professor Geografia

Nara Catarina Severo

Peiche

Professora Ciências

Nelson Maximowicz Professor Letras

Nelson Nascimento Professor Geografia

Neuza Maria Tamborlin Professora Pedagogia

Odair José Batista Professor Matemática

Roberto Pscheidt Professor Matemática

Ronaldo Barboza Professor/Segundo

Tempo

Educação Física

Rosana Gasparin Baldo Professora Geografia

Rosilene do Rocio Bighi Professora Matemática

Rute Groszownik

Campos

Professora Letras

Silvana Mara Moriggi Professora Geografia

Sonia Maria Camargo

Fantini

Professora Letras

Suderli Oliveira Lima Professora História

Tatiane Cristine Barth Professora Matemática

Vandenir Silveira Alves Professora História

Vania Anzoategui

Tertuliano

Professora Geografia

Vimana Carla Zanatta Professora Letras

Virgilio Feijó Alves Professor Letras

3.5. FORMAÇÃO CONTINUADA

Dentro do calendário escolar há uma carga horária para a formação

continuada, denominada de Semana Pedagógica, incluindo todos os funcionários da

escola, independente da função, ou vínculo empregatício, que acontecem,

estrategicamente, nos dois momentos de início das atividades escolares, do primeiro

e do segundo semestre, com certificação sobre cem por cento de freqüência, todos

presenciais. São momentos reservados à leitura, discussão e reflexão dos

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fundamentos teóricos que regem a educação em todos os âmbitos, que venham

embasar a prática educativa e todas as ações desenvolvidas no cotidiano escolar.

A Secretaria de Estado da Educação organiza cursos diversificados para

estudos em Grupos, de três a seis pessoas, com encontros determinados e

presenciais, com certificação mediante cem por cento de freqüência. Explorando

conteúdos por áreas de disciplinas e, ou temas relevantes que compõem as

relações engendradas no contexto da escola e da comunidade atendida, discutindo

os desafios educacionais contemporâneos, os direitos humanos e promovendo a

produção de material didático, como artigos, relatórios, planos de trabalho docente,

publicados no portal dia a dia educação.

Outra modalidade é do Ensino à Distancia – EAD, oferecido por disciplina,

nas turmas que participam de Grupos de Trabalho em Rede – GTR, com

flexibilidade no horário e a possibilidade de cumprir as etapas, mesmo na hora

atividade, a certificação acontece mediante uma porcentagem de atividades

executadas, que demandam cargas horárias específicas a serem cumpridas dentro

de um período pré-determinado.

Os Agentes Educacionais I e II, participam do Profuncionário, capacitação

oferecida pelo do Departamento de Educação e Trabalho, responsável pela Política

de Formação Técnica dos Profissionais da Educação, que dá aos funcionários

condições de aprofundamento teórico nas funções desempenhadas e de integração

a todos os setores da escola, pois os conteúdos ministrados exigem atividades de

pesquisa na documentação escolar e a prática do trabalho em grupo. Seguindo o

calendário escolar anual, as reuniões pedagógicas são momentos de formação, com

leituras, discussões, participação em palestras, etc.

3.6. ATENDIMENTO ESCOLAR

Procura-se atender a comunidade de forma a se cumprir a proposta da escola

de ensinar, de participar do processo evolutivo do educando, gerando condições

físicas e humanas para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, nesse

sentido faz-se todo um trabalho de acompanhamento dos resultados, constatado

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que estão aquém do esperado todos os esforços são mobilizados com o intuito de

reversão.

Busca-se, com os alunos, através da análise do problema, combater-se as

causas, que no caso de notas abaixo da média, é a falta de compromisso com as

atividades avaliativas, onde eles não dão a devida atenção às explicações dadas em

sala, não fazem as lições em casa, não comparecem às aulas de reforço,

agendadas previamente, não entregam trabalhos, tudo é discutido em sala, para que

o aluno possa refletir e mudar de atitude. Nesses casos tudo é comunicado aos pais

e, ou responsáveis em tempo hábil para que possam tomar providências, como

família, junto ao filho(a), também esperando uma mudança de postura.

O corpo docente discute, reflete e lança mão de ações inevitáveis como o

replanejamento, alterações no plano de trabalho docente, e implementa ações de

acordo com as necessidades, citando como exemplo um projeto piloto com uma

turma de 7ª série, que após levantamento, percebeu-se a falta de compromisso em

estudar para as avaliações de matemática, a professora está usando o método da

média coletiva, ela sorteia cinco alunos, cujas notas servirão para compor a média

para a turma toda, as notas melhoraram, porque o aluno passou a ser responsável

pela nota do colega, isso tem um peso muito grande nas relações interpessoais na

sala de aula.

A escola adota procedimentos de atendimento a toda comunidade escolar de

acordo com as especificidades e objetivos. O que caracteriza o atendimento

prestado é de que todos os funcionários, Equipe Pedagógica e Direção são

comprometidos e conscientes da grande responsabilidade em se trabalhar com a

educação e formação de crianças e adolescentes, sabendo-se que faz parte do

cotidiano escolar as interferências de âmbito didático-pedagógico, no sentido de dar

seguimento ao processo de ensino-aprendizagem.

Procura-se criar várias formas atender o aluno, para isso cada turma tem um

professor representante, responsável pela organização e desempenho dos alunos, é

a referência para mediar os problemas apresentados pela turma. O docente tem a

liberdade de escolher a turma, a qual acompanhará durante o ano letivo,

primeiramente organizando o mapeamento e a escolha dos monitores, alunos que

auxiliam os professores e são responsáveis pelo diário da turma, caderneta onde é

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registrado todas as atividades repassadas durante as aulas, para garantir que o

aluno ausente e toda a turma possa ficar atualizada.

O professor representante procura fazer o atendimento da turma coletiva ou

individualmente, quando recebe alguma reclamação sobre o desempenho dos

alunos, acontece, também, de ser procurado pelos adolescentes e procura ouvi-los e

sugerir soluções. Muitas vezes há a interferência da Equipe Pedagógica, para

atendimentos mais complexos e prolongados, que necessitem do envolvimento da

família e de órgãos que atuam em conjunto com a escola, como o Conselho Tutelar

e o Centro de Regional de Atendimento Social – CRAS, que oferecem atendimento

psicológico e os encaminhamentos para políticas públicas que auxiliem o educando

e família.

A escola promove reuniões de pais e mestres em momentos estratégicos do

ano letivo, logo no início para apresentação e conhecimento à comunidade do

sistema de funcionamento da escola e em outros momentos para a entrega de

boletins, explicações, discussões e orientações para superação dos problemas

apontados durante o bimestre em questão. Além do que os pais, ou responsáveis

pelos alunos, podem e devem procurar a escola sempre que necessário para

esclarecer dúvidas, acompanhar o desempenho, apontar as falhas e dar sugestões,

nesses momentos os atendimentos são realizadas pela direção e equipe

pedagógica, onde são dadas orientações e informações de forma com que as

pessoas consigam satisfazer as necessidades que as trouxeram até a escola.

É mantido um arquivo com registros de todos os atendimentos realizados pela

Equipe pedagógica e Direção da escola, uma ficha individual com dados pessoais

que facilitem e agilizem os atendimentos, assim como um relatório dos conselhos de

classe com as informações de todas as notas, atualizados, do aluno. Cada turma

possui um livro de anotações, utilizado pelo professor para registro de ocorrências

disciplinares e pedagógicas, que são digitalizadas e coladas nas agendas individuais

dos alunos, usada também para as comunicações de qualquer setor da escola, para

que os pais possam acompanhar tomem ciência da conduta do educando.

Atualmente, os conflitos pontuam as relações nos espaços da escola, reflexo

da bagagem que as crianças e adolescentes trazem da convivência com os seus

pares, da história de vida, das experiências vividas, e de acordo com as

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características da comunidade os casos de agressões físicas são atendidos de

forma a mostrar aos envolvidos a importância do diálogo no esclarecimento dos

fatos geradores e na busca das soluções pacíficas. Lança-se mão, também do

trabalho de prevenção da Patrulha Escolar, cujos Patrulheiros fazem palestras e dão

suporte em atendimentos que necessitem encaminhamentos a delegacias.

No atendimento a alunos com necessidades especiais, registre-se que não

temos recursos para atendê-los, devidamente. Contamos com uma equipe de

professores extremamente sensíveis, humanos e comprometidos com a função de

professor, mas isso não bastou para que se pudesse atender uma aluna com

deficiência auditiva, mesmo com a tradutora de libras presente, pois seria necessário

material didático em libras, além de atividades de contra-turno para complementar

as deficiência da aluna com a língua portuguesa, a qual ela desconhece. Temos um

aluno anão, para o qual tivemos que providenciar carteira e cadeira regulável, todos

os outros casos de déficit de atenção e de aprendizagem, que lotam as salas de

aula, sem recursos específicos de atendimento.

3.7. AMBIENTES PEDAGÓGICOS

A escola conta com a Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa

e de Matemática, que funcionam de segunda-feira à sexta-feira, das 7:30 às 11:05,

com Três turmas de quinze alunos, de cada disciplina. São nove turmas de 5ª série,

de onde são encaminhados os participantes de acordo com a performance na

atividade avaliativa, de interpretação e produção de texto, e de cálculos básicos,

aplicada na primeira semana de aula. A demanda garante que as turmas sejam

abertas no início do ano letivo, os alunos que conseguem superar as dificuldades

são dispensados e novos são encaminhados, alguns retornam e passam por todas

as atividades novamente.

As salas de apoio contam com um livro, para cada aluno, elaborado pela

equipe de Equipe de Ensino, da Secretaria da Educação, de Língua Portuguesa,

uma coletânea de textos e de matemática, com atividades básicas de leitura,

interpretação e cálculos básicos. Além disso, as professoras exploram outros

materiais

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Todos reconhecem a validade desse recurso pedagógico, mas ele existe para

confirmar que o processo de ensino e aprendizagem falhou, na primeira fase do

ensino fundamental, pois são alunos ingressando na segunda fase sem os

conhecimentos básicos que garantam os avanços para as fases seguintes, levando-

se em conta, ainda, que muitos já estão fora da faixa etária para a apreensão

daqueles conhecimentos.

Apesar da baixa frequência dos convocados, mesmo com todas as ações

para combater esse problema, como reunião dos pais para explanação do

funcionamento do recurso, trabalho diferenciado, atividades de motivação, oferta de

lanche para as turmas que entram às 7:30h, aqueles que participam conseguem

superar as dificuldades e acompanhar os conteúdos da sala de aula regular, aqueles

que permanecem é porque necessitam de outros recursos, como acompanhamento

de especialistas e, ou de medicamentos específicos, o que foge do nosso alcance.

O Laboratório de Biologia, Química e Física equipado com as vidrarias e

substâncias para os experimentos, um microscópio com cãmera, que projeta a

imagem do que está sendo observado, na tela da TV, conjunto de lâminas

permanentes, dorsos humanos para visualização dos órgãos internos, algumas

atividades são praticadas com materiais adquiridos pelos próprios alunos, ou de

acordo com os trabalhos desenvolvidos. Tudo é utilizado pelos professores das

áreas afim, em atividades práticas, demonstrações de conceitos estudados em sala,

experiências, comprovações de feitos científicos.

São momentos muito destacados pelos alunos, a oportunidade de presenciar,

de colocar em prática a teoria, de sair do ambiente de rotina, de investigar, de

concretizar, tornando o aprendizado mais atrativo. O ideal seria a permanência de

um funcionário laboratorista para fazer todos os encaminhamentos para as

atividades e organização dos materiais utilizados, oportunizando o uso mais

frequente de ambiente pedagógico.

A biblioteca é o recurso que serve a todos, sem distinção, passa por

reformulações constantes, devido às demandas pelas atividades de leitura e

pesquisa desenvolvidas pelos alunos e professores a cada bimestre. Os títulos são

cadastrados e catalogados de forma digital em programa específico e passarão para

o controle por código de barras, duas páginas da agenda escolar são reservadas

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para empréstimos, cujo prazo é de quinze dias, podendo ser prorrogado por mais

quinze, em caso de atraso, a multa é de dez centavos por dia. Todas as regras de

conduta em sala da aula, são estendidas quando do uso e permanência na

biblioteca, silêncio, uso de materiais exclusivos para os trabalhos a serem

desenvolvidos, uniforme completo, sem uso de bonés, toucas e qualquer material

radiofônico.

Os funcionários responsáveis, se revezam no atendimento para mantê-la

aberta em todos os períodos de aula, manhã, tarde e noite, inclusive nos intervalos,

pois ao alunos aproveitam esses momentos para devoluções e trocas de títulos,

leitura rápidas de gibis, revistas, crônicas, e pesquisas para os trabalhos agendados,

tendo a oportunidade de refugiar-se da agitação do pátio.

È na biblioteca que ficam todos os materiais didáticos, acondicionados em

caixas identificadas, por série, para serem transportados com mais agilidade,

geralmente pelos monitores das turmas, que são responsáveis pela contagem,

distribuição em sala, recolhimento e devolução dos mesmos, que são dicionários,

livros didáticos de inglês, de religião, revistas, atlas, folders, cartazes, etc.

A escola dispõe de uma Cancha Poliesportiva, uma de areia, um pátio

descoberto e um coberto com mesas e bancos, são todos espaços usados para

atividades esportivas e culturais, que atende aos professores de educação física, e

alguns de outras disciplinas que usam esses espaços com atividades que podem

atrapalhar o andamento das aulas das outras turmas, ou apenas para proporcionar

aos alunos uma aula num ambiente diferenciado. São utilizados sem interrupção, de

acordo com os horários de aulas, ou para atividades extraclasses, como ensaios

para apresentações, treinos para campeonatos e oficinas.

3.8. RECURSOS PEDAGÓGICOS

As novas exigências educacionais, o conhecimento e domínio de novas

tecnologias tornaram-se uma prioridade tanto para professores, que exercem um

papel fundamental na formação do aluno enquanto cidadão de um mundo

globalizado, quanto para os alunos, que se veem rodeados pelos múltiplos meios de

informação que lhe são oferecidos.

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A escola dispõe de recursos pedagógicos que foram sendo anexados à rotina

da sala de aula, além do quadro negro e do giz, principalmente o computador, que

está ao alcance de todos, pois há um laboratório contíguo à sala dos professores,

com vinte computadores, podendo ser usados livremente, apenas com o cadastro de

uma senha para garantir a privacidade, dando acesso à internet, às contas de e-

mail, sites, vídeos, pesquisas, às páginas da Secretaria da Educação e do Governo

de Estado com um rico material pedagógico, especificamente elaborado dentro da

realidade da escola pública do Paraná.

Comprovadamente, existe um movimento de resistência, de alguns, em

utilizar esses recursos para incrementar a prática pedagógica, mesmo tendo a

consciência de que a tecnologia chegou à escola com o intuito de inovar, dar ao

profissional o suporte tão necessário para a inserção no mundo digital, mas ainda

não é uma ferramenta usada adequadamente.

A falta de capacitação, de interesse, de conhecimento sobre informática, a

área de formação do profissional, o projeto de vida do educador, que não acredita

em novas propostas de trabalho e prefere ficar em uma zona de conforto, do que se

arriscar, até tendo que voltar a ser aluno, para se apropriar dos novos recursos

tecnológicos. Ainda, os longos anos a frente das salas de aula, com um plano de

trabalho repetitivo e defasado, mas difícil de ser alterado e muitas vezes pela

insegurança.

Constata-se que, quanto mais jovens os docentes, maior o interesse no uso

de computadores e a TV-pendrive, com aulas mais interessantes e dinâmicas,

atividades e pesquisas que inovam e tornam as aulas mais atraentes. Por outro lado,

há muitos fatores que impedem que os recursos tecnológicos ganhem crédito e

ocupem o lugar que merecem dentro da escola, complementado e, ou

transformando o sistema educacional que é predominantemente pela fala e pela

escrita.

Citando Pais (2008, p. 87)

Entre as tecnologias que o ser humano inventou estão algumas que

afetaram profundamente a educação: a fala baseada em conceitos e não

apenas grunhidos ou a fala meramente denotativa, a escrita alfabética, a

imprensa – primeiramente de tipo móvel e o conjunto de tecnologias eletro-

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eletrônicas que a partir do século passado começaram a afetar nossa vida

de forma quase revolucionária: telégrafo, telefone, fotografia, cinema, rádio,

televisão, vídeo, computador – hoje todas elas digitalizadas e integradas no

computador.

A direção do Colégio solicita regularmente solicita um técnico do Núcleo

Regional de Educação, para dar o suporte aos professores no uso dessa tecnologia,

são momentos rápidos geralmente uma manhã ou uma tarde o que, na maioria das

vezes não atinge o objetivo de trazer a informação necessária, e aqueles

professores que pouco sabem, ficam sempre confusos, e os que já têm algum

conhecimento aprendem um pouquinho mais.

Com relação aos alunos, os professores propõem trabalhos que possam ser

apresentados utilizando a TV-Pendrive, o data-show, o laptop, MP3, equipamentos

adquiridos pela escola e à disposição deles, sob a responsabilidade do professor.

Mesmo sem o laboratório de informática para os alunos, pois ainda está em

processo de instalação, eles que, naturalmente, dominam, com mais facilidade,

todas as técnicas relacionadas ás novas tecnologias usando-as na rotina escolar,

com certeza sentir-se-ão contextualizados no mundo digitalizado, incentivando até

mesmo os professores, para tanto, as funcionárias da Mecanografia orientam e dão

suporte sobre o uso desses materiais.

O domínio de recursos tecnológicos dá ao professor condições de uma

prática educativa diversificada, novas possibilidades, formas diferenciadas de se

efetivar a aprendizagem, deixando o giz e o quadro negro em repouso, não

pensando em se abolir, mas em se agregar equipamentos dando condições de

enriquecer a prática pedagógica com: slides, imagens, textos, filmes, músicas.

Os equipamentos disponíveis são:

O pen drive ou "flash memory" ou "memory key" “é uma espécie de disco

rígido portátil, com capacidade de armazenamento de dados muito superior à de um

disquete ou de um CD, os primeiros modelos tinham a aparência de uma pequena

caneta em inglês, pen o que originou esse apelido.

A TV Multimídia possui algumas especificações diferentes das TVs do

mercado. Além dos atributos de uma TV comum, entradas para DVD, VHS e saídas

para caixas de som, possui entradas para cartão de memória usado em máquina

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fotográfica e filmadoras digitais e para pen-drive. Outra característica relevante é o

tubo de imagem, que permite o congelamento de imagens sem causar distorções ou

alterações na cor. A caixa possui cor laranja, o que a diferencia dos modelos

convencionais, e uma tela inicial que identifica o aparelho como um patrimônio da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Cada equipamento é acompanhado

de dois controles remotos e um suporte criado especialmente para a TV.

O Paraná Digital “é um projeto de inclusão digital das escolas públicas do

Estado do Paraná”. (SEED PR, 2008, p. 73). Está fundamentado na disponibilidade

de meios educacionais através de computadores e da Internet, com o objetivo de

melhorar a qualidade do ensino, visando possibilitar aos professores e alunos das

escolas públicas estaduais o uso de ferramentas de Internet, editoração, planilhas e

diversos programas de software livre úteis para a educação, com o sistema

operacional Linux. Além disso, o projeto se preocupa com o uso continuado desses

recursos e, para tanto, conta com as seguintes ferramentas:

A TV Paulo Freire que conta com uma programação exclusiva para a

comunidade escolar do Estado do Paraná, buscando a qualidade no ensino e

ampliando a formação dos professores, pois a programação tem a participação de

docentes, com um público-alvo direto de, aproximadamente, 1.500.000 pessoas e

indiretamente, o público geral, visto que a imagem pode ser captada por qualquer

antena parabólica.

O Programa Nacional de Informática na Educação - PROINFO - é

desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do

Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as

Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de forma

descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma

Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso

das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de

articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos

Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs).

O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) é um programa

educacional criado pela Portaria nº 522/MEC, de 9 de abril de 1997, para promover o

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uso pedagógico de Tecnologias de Informática e Comunicações (TICs) na rede

pública de ensino fundamental e médio.

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4 MARCO CONCEITUAL

Os conceitos que permeiam a organização educacional no Estado do Paraná,

estão calcados na Pedagogia Histórico-Crítica, que concebe o homem como um ser

social, podendo, efetivamente transformá-la; assim como a sociedade é concebida

como sendo resultado de um processo dialético de transformação, por parte dos

homens, no percurso da história, a qual é uma pedagogia revolucionária e de cunho

marxista (BACZINSKI, 2007).

O contexto em que a instituição de ensino está inserida sugere um trabalho

profundo dos educadores com a comunidade escolar. Comprometidos com a teoria

aliada à prática pedagógica e baseados nos autores da pedagogia histórica-crítica

emancipadora, progressista conforme é estabelecido a educação do estado do

Paraná, conseguem atingir a comunidade, trabalhando dentro dos segmentos

educacionais de forma, já citada anteriormente, a transformar as idéias e aprimorar o

conhecimento já existente do nosso educando par a realização da sua mudança

pessoal.

O aluno é agente e sujeito de seu aprendizado, e a instituição de ensino é

responsável pelo seu percurso escolar, qualificando-se adaptando-se às

necessidades dos jovens e à realidade deste novo século, dando-lhes a formação

básica para que possam dar continuidade aos seus estudos, inserir-se no mercado

de trabalho, tenham discernimento nas escolhas relacionadas a sua vida pessoal e

principalmente para serem agentes de transformações para um mundo melhor e

mais humano.

A complexidade do processo de construção do conhecimento requer clareza

na intenção do ensinar, o que é determinado num momento de desenvolvimento

depende do anteriormente adquirido, ajusta-se a realidade atual e prepara para a

necessidade futura, razão esta de não haver estagnação por nenhuma das partes

envolvidas no processo pedagógico.

Os indicadores de uma boa escola não são as paredes ou as quadras de

futebol. É notável observar que prédios novos, melhoria do imobiliário, não se

constituem, em indicadores essenciais da melhoria do rendimento escolar. Boa é a

escola que desperta no aluno o gosto para aprender.

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Nesse sentido, acredita-se em ações a curto, médio e longo prazo que

integrem os alunos na instituição, despertando o sentimento de posse, de

compartilhamento, de preservação do objeto possuído, de crescimento individual e

coletivo, de comprometimento, de pertencer a um grupo com objetivos comuns.

Ainda, de investimentos na formação profissional, para toda o corpo funcional.

Variáveis, indicadores ou fatores em relação ao trabalho escolar, são tomados

como pressuposto, como:

Ambiente escolar - utilização de livros, da Biblioteca

Ambiente doméstico - existência ou não de cultura em casa, nível de

escolaridade dos pais, atividade de casa.

Características dos alunos - origem sócio econômico, idade, sexo, auto

estima, cultura e outros.

Os fatores que têm maior influência no rendimento escolar são:

A origem sócio-econômica dos alunos (sem o suporte da família, o estudante

não alcança um bom rendimento).

O tempo que o aluno passa na escola, para consultar a biblioteca, trabalhar

em grupo, receber orientação do professor ou se recuperar de eventuais atrasos.

Daí a importância da jornada integral de trabalho de dedicação exclusiva do

professor num só local de trabalho e o tempo integral também para os alunos;

A proposta pedagógica da escola, que é um processo nunca concluído que se

constrói e se orienta com intencionalidade explícita. Construí-la significa ver e

assumir a educação como processo de inserção no mundo, de formação de

convicções, afetos, motivações, significações, valores e desejos, onde os processos

de ensino aprendizagem são concebidos como processos encadeadores de

aquisição de competência lingüística, cognoscitiva e de ação integrativa

(MARQUES, 1990:134). Ainda, é fruto da ação de todos os envolvidos na dinâmica

do ensino-aprendizagem, participantes na auto-reflexão do trabalho educativo, ato

político coletivo.

A escola quer poder falar aos pais de seus alunos, às outras instituições, à

sociedade e, ao mesmo tempo quer, que estes lhe falem. A integração com as

outras instâncias da sociedade é uma necessidade que a escola busca satisfazer.

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A ação pedagógica de uma escola participativa e decisiva é a formação do

sujeito social. O educador, sujeito de sua ação pedagógica é capaz de elaborar

programas e métodos de ensino-aprendizagem, articulando saber, conhecimento,

vivência, escola e a realidade do educando. Um saber que possibilita ao aluno a

relação com o mundo e consigo mesmo, uma visão de conjunto na transformação de

sua própria situação de vida, e por conseguinte da sociedade da qual faz parte.

Torna-se importante construir junto ao entendimento do que seja a educação

que se quer, pois é de nosso contexto atual, a nova exigência da "passagem do

ideal epistemológico ou epistêmico da educação a um ideal hermenêutico"

(VATTIMO, 92 : 13) da pluralidade de possibilidades.

Daí a necessidade e importância da construção da proposta pedagógica da

escola pelos educadores que nela atuam. Isso significa resgatar a escola enquanto

espaço público, pelo processo da discussão aberta e séria que recupera a

capacidade de reflexão por parte dos professores, alunos e pais.

O valor do conhecimento só existe quando ultrapassa a idéia e o

pensamento "... novos pensamentos assumem o lugar de antigos pensamento,

novas palavras tomam lugar de velhas palavras." (Erich From)

Passamos da especialização, usada como forma de conhecimento, a

recomposição do todo, do conteúdo exato à construção relacionada com o contexto,

estudos de conteúdos pré determinados para temas iniciados a partir da vivência

seguindo para o conteúdo globalizado.

Se a intencionalidade da Escola é ensino com aprendizagem e a formação do

cidadão participativo, responsável, compromissado, criativo e crítico, preparado para

atuar em uma sociedade moderna, necessitamos de um espaço organizado, onde

as relações humanas são moldadas, valores e atitudes aprimoradas, um lugar de

acesso ao conhecimento científico e de desenvolvimento intelectual.

A sociedade hoje tem outras prioridades; o trabalho outras necessidades, as

relações humanas, tornam-se mais amplas, deixando de ter a comunidade como

fronteira, passando a ser global. No âmbito educacional, temos um grande desafio

de formar um cidadão capaz de fazer parte de uma sociedade igualitária onde seus

cidadãos interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas para

a inserção no mercado de trabalho, mas como um sujeito pleno.

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O presente projeto fundamentasse nos seguintes princípios:

1 - Igualdade de acesso e permanência na escola, garantindo não somente a

expansão quantitativa de ofertas, mas a manutenção da qualidade de ensino, como

uma realidade democrática.

2 - Qualidade para todos que não pode ser privilégio de minorias econômicas

e sociais.

A qualidade que se busca é garantia do desempenho satisfatório de todos,

evitando-se todas as maneiras possíveis a evasão e a repetência. Esta qualidade

centra-se no desafio de manejar os instrumentos, meios, formas, técnicas e

procedimentos adequados para que se efetive o processo evolutivo, diante dos

desafios do desenvolvimento.

3 - Gestão democrática nas dimensões pedagógicas, administrativas e

financeira, entendida como uma forma de organizar a escola, que implica na

construção coletiva do Projeto Pedagógico enfrentando as questões de exclusão e

reprovação, da não permanência do aluno na sala de aula, da marginalização das

classes populares, da compreensão da prática pedagógica, do controle do processo

e do produto do trabalho pelos educadores. Implica o repensar da estrutura de poder

da escola, tendo em vista sua socialização que propicia a prática da participação

coletiva, da reciprocidade, da solidariedade e da autonomia.

A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação

dos representantes dos diferentes segmentos, nas decisões/ações administrativo -

pedagógicas desenvolvidas na escola.

4 - Liberdade de autonomia - entendidas como articulação de limites e

possibilidades em uma determinada situação cuja intencionalidade foi defendida

coletivamente.

5 - Valorização do magistério - como forma de manter a qualidade e o

sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida sócio-

econômica, política e cultural do país.

Em termos educacionais, segundo o Ministério da Educação:

1 - Dominar a leitura, a escrita e as diversas linguagens utilizadas pelo

homem. É uma das formas de inserir uma pessoa na sociedade. Todos têm de

saber se comunicar, usando palavras, números e imagens.

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2 - Fazer cálculos e resolver problemas. Significa fazer contas e tomar

decisões. Socialmente, é preciso dar soluções positivas aos problemas e situações

que ocorrem em nosso caminhar.

3 - Analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações. Aspecto

essencial para que a pessoa possa expor o próprio pensamento, oralmente ou por

escrito, lidar com símbolos, signos, dados ou códigos é a base da participação ativa

na sociedade global.

4 - Compreender seu entorno social e atuar sobre ele. Dar ao educando a

formação e informação para atuarem como cidadãos, ou seja, converter problemas

em oportunidades; organizar-se para defender seus interesses; solucionar

problemas através do diálogo e da negociação, respeitando as normas

estabelecidas; criar unidades de propósitos a partir da diversidade cultural e da

diferença, sem confundir unidade com uniformidade; trabalhar para fazer possíveis

todos os direitos humanos. Todas estas capacidades são elementares para

construção de uma sociedade democrática e produtiva.

5 - Receber criticamente os meios de comunicação. Assim a pessoa não se

deixará manipular como consumidor e como cidadão. Entender os meios de

comunicação permitir usá-los com critério para obter informações e conhecer outros

modelos de convivência e produtividade. Sem falar nos novos saberes que eles têm

a oferecer.

6 - Localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada. Essas são

exigências do mercado. É preciso saber localizar dados e usar as informações para

resolver problemas.

7 - Planejar, trabalhar e decidir em grupo. São saberes estratégicos para a

democracia. O educando deve aprender a organizar grupos de trabalho, negociar

com os colegas para selecionar metas de aprendizagem, definir estratégias e

métodos. Cabe ao professor o papel de orientador, mediador e motivador nesse

processo.

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5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O exercício da cidadania prevê o respeito, o reconhecimento, a avaliação e a

valorização das diversidades: étnica, religiosas, culturais, sócio-econômicas,

lingüísticas, de capacidades que contornam a composição dos comportamentos

humanos de cunho democrático.

Na escola as diferenças individuais estão sempre presentes e o respeito à

diversidade é o eixo da educação inclusiva, isto é uma educação de qualidade para

todos, eliminando rótulos, preconceitos, mecanismos exclusão de alunos que, por

diversas razões, contrariam as expectativas no sistema educacional escolar e

acabam discriminados em uma situação de desvantagem. Os princípios da inclusão

aplicam-se a todos e não apenas aos alunos com deficiências ou em situação de

desvantagem social.

Para evitar a exclusão e garantir uma inclusão de qualidade e efetiva,

desenvolvemos um processo responsabilizar a família e o aluno pela conduta na

escola, através da assinatura de um termo de compromisso, chamado de “Matricula

Condicionada”, o aluno passa a conviver na escola sob condições, que devem ser

observadas pela família e cumpridas pelo aluno, que são: o acompanhamento diário

da vida escolar do aluno, pela família, isso implica em olhar a agenda e cadernos, o

material deve estar completo e conservado, observar os horários, para que o aluno

nunca esqueça do material didático, dos trabalhos e lições do dia. Caso qualquer

desses itens não seja cumprido o responsável será chamado imediatamente na

escola para justificar a falha, pessoalmente, independente do horário imposto,

podendo até ser convocado a permanecer em sala com o aluno.

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6 METODOLOGIA

O professor deverá conhecer e respeitar as aprendizagens anteriores à

unidade de ensino a ser abordada, utilizando-se dos pré-requisitos necessários ao

entendimento do assunto, fazendo com que o aluno acelere as capacidades

necessárias a assimilação dos conteúdos subseqüentes previstos.

Definir metas e estratégias para conseguir respostas desejadas ao conteúdo

que foi ensinado é resultado de um complexo e intrigado processo de construção

tanto para o professor, que desenvolve sua aula, quanto para o aluno que vai

adquirir ou aprofundar um novo conhecimento.

O objeto de estudo visto sob diversos ângulos propicia nas diferentes

capacidades de conhecimento, soluções para questionamentos conceituais,

aplicativos, dedutivos ou comparativos. Além das disciplinas em si e os Desafios

Educacionais Contemporâneos, articular-se-á entre a escola, a família, o trabalho e

em todas as suas formas de convivência.

Somente tiraremos nosso aluno da passividade quando o conhecimento for

contextualizado, propiciando-lhe capacidade de produzir ou recriar conceitos já

estabelecidos para que, utilizando-se da capacidade cognitiva já adquiridas no

contexto social, saiba ensejá-los ao cotidiano e à escola.

Entende-se, portanto, que cabe à escola a organização do conhecimento e ao

professor um maior domínio deste para estimular seus alunos ao desenvolvimento

intelectual.

Dentro das diferentes áreas de conhecimento articular-se-ão os Desafios

Educacionais Contemporâneos que buscam a Educação para a cidadania, com a

discussão, reflexão e atividades no cotidiano escolar que levem o educando a

formas de neutralizar os reflexos da violência, do uso de drogas lícitas e ilícitas, dos

problemas sociais provinientes de uma sociedade doente.

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7 MARCO OPERACIONAL

Vivemos em uma sociedade organizada, pois contamos com uma constituição

que nos garante igualdade entre todos os cidadãos. Somos diferentes pois somos

indivíduos únicos temos a liberdade de sermos nós mesmos.

A dificuldade é que a igualdade não se consolida, pois as aplicações das leis

não acontecem de forma justa, as leis existem para todos de forma igualitária, porém

é certo que esta lei da qual mencionamos não se aplica a todos. A exclusão social é

fato predominante nesta sociedade, feita de uma má distribuição de renda e falta de

comprometimento político apesar de todos os agravantes sabemos que todos nós

procuramos um lugar para ocupar de forma permanente.

Podemos dizer que os homens organizaram a escola quando sentiram a

necessidade de imposição e controle, tendo o papel de transmitir os valores e as

ideologias estabelecidas nesta sociedade que se apresentam, sentimos muito o

impacto que causou a globalização falando deste homem moderno. Junto com ela

veio o impacto das novas tecnologias máquinas substituíram homens gerando

desemprego.

A tecnologia também cria empregos ao abrir vagas em novas funções até

então inexistentes, sabemos que muitos trabalhadores não conseguem se preparar

e ficam marginalizados, já que sem estudo não podem dominar as novas tendências

do modo de trabalho. Este é um mundo que estamos vivendo e a escola como

qualquer outra instituição de ensino trabalhará para reverter este processo

desumano. A educação não é apenas uma questão de cidadania.

O nível de instrução do trabalhador tem relação direta com a produtividade, e,

portanto a riqueza material de um país. O analfabetismo é um dos sintomas da falta

de cidadania mais combatido pela escola, devemos construir uma realidade nova a

partir de idéias, conceitos, projetos e propostas é necessário que todos dentro da

área educacional (professores, funcionários e equipe pedagógica), compreendam e

assumam a tarefa de conduzir melhor o entendimento da experiência histórica de

vida.

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A compreensão de mundo na prática escolar é responsabilidade de todos,

oportunizando uma aprendizagem que incorpore a visão de mundo e de uma prática

educacional com responsabilidade de transformação.

A ação pedagógica de uma escola é articular o conhecimento na área do

saber, da vivência que se traduz na prática por um trabalho coletivo e solidário

queremos uma escola transformadora inclusiva, democrática que se busque a

igualdade, que de condições de uma formação crítica, participativa, possibilitando

uma leitura de mundo que se permita a transformação do individuo e da sociedade.

A escola deve retornar a sua posição fundamental na organização de uma

sociedade justa e humana, oferecendo oportunidades de convívio da família,

buscando orientá-la para a transformação da sociedade que conhecemos. Assim

sendo, a escola é elemento básico da vida social e da cultura, devemos trabalhar a

diversidade cultural despertando uma visão dos direitos do cidadão crítico.

A educação de um jovem não se faz apenas numa escola, porém esta é por

excelência a instituição imbuída de elaborar e re-elaborar os conhecimentos

historicamente produzidos pela humanidade, quando organizada de forma á

contemplar também uma gestão escolar democrática.

Segundo Ferreira (2000, p.167) “(...) a gestão democrática da educação é um

valor consagrado no Brasil e no mundo, embora ainda não compreendido

incorporado totalmente á prática social. É indubitável a sua necessidade para a

construção de uma sociedade mais justa e igualitária é fundamental a sua

importância como fonte de humanização”

A realidade escolar deve integrar e valorizar a comunicação entre todos os

setores da escola em consonância com os preceitos democráticos, entendendo

democracia com a forma de gestão fundamentada na participação dos profissionais,

comunidade escolar envolvidos direta ou indiretamente no processo educacional

onde há o compromisso de socialização das informações e as decisões tomadas

como garantia da vontade da maioria de seus representantes.

Não há democracia sem diálogo, é preciso que se instaure o respeito pela

opinião do outro, que é salutar e necessária para o bem estar do grupo devendo

favorecer as manifestações de opiniões aproveitando e re-elaborando o que há de

melhor da diversidade.

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A legislação é uma forma de organização a qual a gestão de todo e qualquer

setor institucionalizado está sujeito. A gestão escolar conta com um grande número

de leis, normatizações do Governo federal que vão desde as diretrizes curriculares

até o financiamento da educação, sendo de suma importância, que todos os

profissionais da escola tenham o conhecimento das leis que regem e orientam a

educação brasileira expressas na constituição do Brasil de 1988 que afirma que “a

educação, direito de todos e dever do estado e da família será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade visando pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o

trabalho.”

A constituição federal também expressa mecanismos de cooperação e

participação que supõe discussões em seu artigo 206, determinando que o ensino

será ministrado com base nos seguintes princípios: “ III- Pluralismo de idéias e

concepções pedagógicas; V- a valorização dos profissionais do ensino; VI- a gestão

democrática do ensino público e VII- garantia do padrão de qualidade.”

Os princípios constitucionais reforçam o exercício da gestão democrática na

educação. A LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação 9394/96 em seu art.14

estabelece que “os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática

do ensino público da educação básica de acordo com as peculiaridades conforme os

seguintes princípios: I- participação dos profissionais na elaboração do projeto

político pedagógico; II- a participação da comunidade escolar em conselhos

escolares ou equivalentes”.

Em seu art.15 diz: “Os sistemas de ensino assegurarão as unidades

escolares públicas que integram progressivos graus de autonomia pedagógica,

administrativa e de gestão financeira observada as normas gerais de direito e

financeiro público”,deste modo,conhecer a constituição e ,as leis os decretos ,as

portarias,circulares,as ordens de serviço, estatutos, é ter a medida do espaço de

liberdade , é tomar consciência do grau e capacidade de autonomia da escola

diminuindo a distância entre a teoria e a prática.

Depende ainda, de trabalho conjunto de articulação entre processos

educativos e escolares, políticas públicas e movimentos sociais, pois todas as

mudanças a serem feitas não se resumem somente na escola. Pensamos e

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afirmamos que a estrutura que desejamos implantar precisa diretamente ser um

movimento amplo e seguramente alicerçado com base nas leis educacionais.

Para consolidar as ações que garantam o cumprimento da lei 10.639 de

09/01/03, complementando a lei 9394 de 20/12/96, que trata da questão da história e

cultura afro-brasileira nos currículos escolares, constituiu-se a Equipe

Multidisciplinar, que fica responsável pelas atividades a serem desenvolvidas, no

sentido de vislumbrar as relações étnico-raciais no Brasil e, especificamente dentro

da escola.

Na escola temos que desfazer a mentalidade racista e discriminatória secular,

superando o etnocentrismo europeu inclusive desalinhando os processos

pedagógicos. No entanto acreditamos que com o trabalho para o desmonte dos

casos de discriminação, do conhecer sobre a questão racial no âmbito do próprio

currículo e também superar a crença de que a discussão sobre a questão racial se

limita ao movimento negro e a estudiosos do tema, a idéia

de uma cultura diferente daquela que herdamos no passado.

A construção de estratégias educacionais que visem ao combate do racismo

é uma tarefa de todos os educadores, independente de seu pertencimento étnico

racial, defende-se o entendimento de que a sociedade é formada por pessoas que

pertencem a grupos étnicos raciais distintos, que possuem culturas e histórias

próprias, igualmente valiosas e que em conjunto constroem na nação brasileira, a

história de um povo, que deve conduzir a consciência política e histórica da

diversidade, este principio também deve orientar o processo de afirmação de

identidades, de historicidade negada ou distorcida, o rompimento com imagens

negativas forjadas por diferentes meios de comunicação contra os negros inclusive

contra os indígenas.

O combate contra a privação e a violação de direitos; a ampliação do acesso

á informações sobre a diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades

provocadas por relações étnicos raciais, tudo isso faz a conexão dos objetivos

estratégias de ensino e atividades com a experiência de vida dos alunos, e

preferencialmente valorizando a aprendizagem vinculadas as suas relações com

pessoas negras, brancas, mestiças, assim como as vinculadas entre negros,

indígenas e brancos no conjunto da sociedade.

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Estes princípios e seus desdobramentos mostram exigências de mudanças

de mentalidades, de maneiras de pensar e agir dos indivíduos, em particular, assim

como das instituições e de suas tradições culturais. Assim temos o ensino de história

e cultura afro-brasileira e africana evitando-se distorções e envolvendo articulação

entre passado presente e futuro no âmbito de experiências construções e

pensamentos produzidos entre diferentes circunstâncias e realidades do povo negro.

7.1 AVALIAÇÃO

Diferentes definições favorecem a compreensão e caracterização do

significado de avaliação:

De acordo com a Deliberação 007/99 - C.E.E.: "a avaliação deve ser

entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o Professor estuda e

interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com as finalidades

de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor".

Segundo Hoffmann (1998), "A avaliação é a reflexão transformada em ação.

Ação essa que nos impulsiona a novas reflexões".

A avaliação do conhecimento está presente em todos os momentos do

trabalho escolar, ocorrendo continuamente durante todo o processo de ensino e

aprendizagem, inicial e final, e não apenas como fechamento de grandes etapas de

trabalho, devendo esta envolver todos os participantes do objeto de aprendizagem,

implicando assim num processo que desencadeia a crítica e a reflexão.

As verificações de aprendizagem ocorrem para instrumentalizar, estruturar,

redimensionar a prática do professor, ou modificar o seu planejamento e observar

aquilo que o aluno já sabe sobre determinado objeto de estudo.

É importante observar que nem todos os alunos têm os mesmos interesses e

habilidades, nem aprendem da mesma maneira, portanto, não podem ser auxiliados

da mesma forma em todos os momentos, pois o desenvolvimento do indivíduo se dá

por estágios evolutivos do pensamento a partir de sua maturação e vivência.

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Repensar, começar, recomeçar, analisar e transformar a aprendizagem em

integração, continuidade e dinamismo é atribuição de todos os envolvidos com o

processo ensino-aprendizagem.

Muito se tem pensado no processo de Avaliação até então adotado pelo

estabelecimento. Através desta mudança buscamos sustentações para o

desenvolvimento de ações pedagógicas a curto e longo prazo, visando compreender

a Avaliação como parte integrante e intrínseca do processo educacional.

Após orientações recebidas através de documentos como: LDB 9.394/96 e

Deliberação 007/99 - CEE, é indispensável um novo olhar para avaliação, como:

1 Conjunto de atuações que tem a função de alimentar e sustentar a

intervenção pedagógica;

2 Acontecimento contínuo e sistemático por meio de interpretação

qualitativa dos conhecimentos construídos pelo aluno;

3 Possibilidade de conhecer o quanto o aluno se aproxima ou não da

expectativa de aprendizagem que o professor tem em determinados momentos de

escolaridade em função da intervenção pedagógica realizada.

Entre os estudiosos que já analisaram a dimensão política contida nas

práticas educativas realizadas nas escolas, existe a certeza de que a avaliação pode

contribuir para reproduzir a sociedade vigente transformá-la. Sendo assim, a

avaliação é um instrumento de mediação do crescimento educacional do aluno.

A finalidade principal desta proposta é a conscientização de todos os

envolvidos no processo educacional, de que a nota, parecer ou conceito é uma

conseqüência do conhecimento adquirido pelo aluno durante o seu período de

escolarização.

Um processo avaliativo, bem estruturado, claro e consciente desenvolvido na

escola colaborará com a formação de indivíduos construtores de uma nova

sociedade, sem autoritarismo e desigualdades.

Ao colocar-se o processo ensino aprendizagem que ocorre fundamentalmente

na sala de aula enquanto espaço privilegiado da realização da especificidade da

escola, parece que seria ponto pacífico admitir-se que a avaliação e a avaliação

desse processo isto é, a avaliação seria a verificação da medida em que está

ocorrendo a superação do conhecimento fragmentado (sincrético) dos alunos por um

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conhecimento elaborado (sintético), propiciado pela mediação do professor entre os

alunos, compreendidos como seres historicamente situados e a cultura socialmente

elaborada.

A superação se dá pelo confronto crítico entre esses dois pólos (síncrese-

síntese) e revela uma nova síntese traduzida na criação do saber, devendo fornecer

ao professor informações sobre o que foi apreendido pelos alunos, possibilitando

verificar se os objetivos foram alcançados informando ao aluno sobre seu

desempenho avanços e dificuldades bem como possibilita as intervenções

necessárias. O desenvolvimento das capacidades do aluno deve estar relacionado a

aprendizagem de todos os conteúdos ( conceituais procedimentais e atitudinais)

para tanto, diversos instrumentos serão utilizados para que se possa avaliar cada

um deles. Será proporcionada ao aluno a recuperação paralela de estudo, caso o

aproveitamento escolar tenha sido considerado insuficiente durante a etapa, serão

realizadas no mínimo duas (02) avaliações e/ou (02) trabalhos, totalizando então, no

mínimo, 4 avaliações por bimestre sendo trabalhos individuais e, ou coletivos.

A recuperação paralela acontecerá dentro do período bimestral, assegurando

condições pedagógicas para acompanhar e aperfeiçoar o conhecimento do aluno,

após análise dos resultados prevalecerá sempre a nota 6,0 exigida pela legislação

vigente. e será de caráter obrigatório. Não mais contemplaremos recuperação final

de qualquer conteúdo ao final de cada ano.

A avaliação da instituição escolar significa acompanhar as ações a fim de

verificar se as funções estão sendo realizadas e atendidas, dentro da proposta de

uma gestão democrática. Para que a gestão aconteça de forma organizada a equipe

pedagógica estará se certificando de todo o processo com relação á forma de

execução desta avaliação através de mecanismos criados pelo próprio

estabelecimento de ensino afim de que ocorra com total democracia e clareza em

seus objetivos, também serão usados mecanismos criados pela mantenedora. Os

resultados serão analisados pela direção e equipe pedagógica colocando-as a

disposição da comunidade através de editais nas dependências da escola.

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7.2 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe, constituído por todos os professores da turma, direção

e Equipe pedagógica, é um momento de exposição, análise, discussão e reflexão

dos resultados alcançados em determinados períodos do ano letivo, onde são

levantadas as falhas e acertos no processo de ensino e aprendizagem. Uma prática

pedagógica rica e produtiva, pois todos tem a oportunidade de aprofundar-se diante

da visão do todo, assim como de, coletivamente, definir as ações necessárias para

que se concretize a concretização do processo de ensino e aprendizagem.

Procura-se, também desmistificar a idéia de que é o momento de decidir a

vida do aluno, mas de pensar na escola em toda a complexidade, de que o conselho

detém o poder de reter o aluno, pois esse processo inicia-se desde o primeiro dia de

aula e depende de vários fatores, ligados diretamente ao aluno, á proposta

pedagógica, à prática do docente, enfim a todos os envolvidos no processo.

O corpo docente da escola juntamente com o Conselho Escolar, a associação

de Pais e Mestres e Funcionários, discutiram e deliberaram sobre os seguintes

critérios a serem adotados na reunião de Conselho de Classe, em especial para os

alunos que necessitarem da sua intervenção para aprovação. Ficou determinado

pelo grupo que:

O aluno(a) que nunca tenha sido aprovado pelo conselho de classe, poderá

ser beneficiado.

Para tanto, o aluno(a) deve apresentar média acima de 40 pontos.

7.3 PROGRAMAS E PROJETOS

O Projeto Mais Educação desenvolve as seguintes atividades: O handebol

que é um dos esportes que mais crescem no Brasil, e hoje devido a sua intensa

divulgação na mídia, jornais, televisão, internet e revistas, assim como nas aulas de

Educação Física, atraem cada vez mais adeptos a essa prática.

Esporte olímpico desde 1936, o handebol é conhecido por ser um esporte

dinâmico, competitivo, de fácil prática e responsável por envolver, não apenas

braços, mas sim o corpo todo.

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A dança, mais especificamente, o Hip Hop, faz parte de uma cultura que está

inserida em nossa sociedade, principalmente nas comunidades mais carentes, e

também nas regiões metropolitanas. Essa cultura envolve a dança e a música,

exigindo muita disciplina dos participantes, entrosamento e respeito.

O Futebol mexe com uma grande massa de apaixonados em todo o mundo,

prova disso são as diversas formas que o homem criou para praticá-lo em diversas

situações. Para dias de frio, ele foi adaptado para dentro do ginásio, no calor do

litoral foi levado para as areias, nas cidades, as crianças e também os adultos o

levaram para campinhos ou "terrões" e hoje é o esporte mais praticado no mundo.

O trabalho do futebol, dentro da escola, vai também além das quatro linhas, e

além de desenvolver as habilidades específicas, deve conscientizar da importância

que este tem na sociedade, para que mais tarde possamos evitar confrontos, de

torcedores fanáticos, onde muitos morrem por motivos que nem eles mesmos tem

conhecimento. Devemos mudar conceitos, até por que em breve teremos uma Copa

do Mundo e não devemos apresentar para milhões de telespectadores dos cinco

continentes, o quanto nossa sociedade é no momento atrasada em se tratar do

assunto Futebol.

O Tênis de Mesa, buscando não somente a prática pela prática, mas sim o

desenvolvimento do aluno como todo, buscando uma melhora na qualidade de vida,

o seu desenvolvimento em relação ao respeito as regras, ao próximo e a si mesmo.

Compreender através de aulas expositivas, utilizando a tecnologia disponível, a

importância que o Tênis de mesa tem para a saúde, a socialização, o espírito do

"Fair-play" tão importante não só para o esporte, mas como para a vida em

sociedade.

Na área de investigação científica, a matemática ou melhor a verdadeira

matemática, deve resgatar o valor e a importância da matemática para o aluno, para

isso iremos trabalhar de forma integrada com o Meio ambiente, conscientizando o

educando sobre as relações existentes entre sociedade, consumo, produção de lixo

e degradação ambiental.

Acreditamos que as ações para uma transformação efetiva nesse quadro

perpassa por uma visão inovadora do processo de ensino e aprendizagem de

matemática, desde o primeiro contato do indivíduo com o sistema de ensino

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municipal, no âmbito estadual devemos lançar mão de projetos que complementem

de forma paralela as deficiências que se apresentam e que se perpetuam diante da

impotência da comunidade escolar.

O Segundo Tempo, Programa Estratégico do Ministério do Esporte, do

Governo Federal, tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do

Esporte, de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes

e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida,

prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

São oferecidas as modalidades esportivas coletivas: futebol de areia e futsal,

modalidades individuais: Xadrez e tênis de mesa e atividades complementares:

Dança, que visam estimular as relações sociais, contribuir para a melhoria das

capacidades físicas e habilidades motoras, para a qualidade de vida e a diminuição

da exposição aos riscos sociais.

Os dois projetos acontecem no contra-turno e os alunos almoçam na escola,

São inscritos aqueles que demonstram interesse, outros que são indicados pelos

professores, por apontarem dificuldades em sala de aula. O Ministério do Esporte

assegura os uniformes e material esportivo aos alunos.

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8 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

De acordo com a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre

o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do

Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei

nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nºs 6.494 e 8.859, de 7 de

dezembro de 1977 e 23 de março de 1994, respectivamente, o parágrafo único do

art. 82 da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória

nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001, conhecida como a Lei do Estágio que

estabelece regras garantindo os direitos de cidadão para essa categoria de

trabalhadores.

A Lei define o estágio como um ato educativo supervisionado, desenvolvido

no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de

educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação

superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos

anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de

jovens e adultos.

O estágio pode ser obrigatório, quando a carga horária é requisito para a

aprovação ou obtenção de diploma, e não-obrigatório que é aquele desenvolvido

como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória, conforme

determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do

projeto pedagógico do curso. Podem ser estagiários todos os estudantes que

estiverem frequentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de

ensino médio, de educação profissional, da educação especial e dos anos finais do

ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

A Lei prevê que a relação de estágio não crie vínculo empregatício, para tanto

devem ser observados os seguintes requisitos: matrícula e freqüência regular do

educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino

médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição

de ensino; celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte

concedente do estágio e a instituição de ensino; compatibilidade entre as atividades

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desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. Ainda, que

o estágio deve ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição

de ensino e por supervisor da parte concedente.

Na Lei estão previstas obrigações da instituição de ensino, em relação aos

estágios de seus educandos, que são:

I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu

representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz,

e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à

proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do

estudante e ao horário e calendário escolar;

II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à

formação cultural e profissional do educando;

III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;

IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6

(seis) meses, de relatório das atividades;

V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o

estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas;

VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos

estágios de seus educandos;

VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as

datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

Ainda, no Art. 8º , é facultado às instituições de ensino celebrar com entes

públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o

processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus

educandos.

Assim como, as obrigações do educando estagiário, que são:

Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo

entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu

representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível

com as atividades escolares e não ultrapassar:

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I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de

estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional de educação de jovens e adultos;

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes

do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio

regular.

§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos

em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40

(quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do

curso e da instituição de ensino.

§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem

periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será

reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso,

para garantir o bom desempenho do estudante.

Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá

exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação

que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do

auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.

§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte,

alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.

§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo

do Regime Geral de Previdência Social.

Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração

igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado

preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o

estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.

§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira

proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.

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Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança

no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do

estágio.

A Equipe pedagógica da escola mantem os alunos informados sobre as

formas de inserção no mercado de trabalho, pelas características da comunidade,

pois estes adolescentes buscam cada vez mais cedo uma remuneração, para

compor o orçamento da família ou para suprir os gastos pessoais, fator que contribui

para a falta de comprometimento do aluno com as obrigações na escola e, pior

ainda, com evasão do educando, que não consegue cumprir com a jornada dupla, e

acaba priorizando, momentaneamente o trabalho, que dá, ilusoriamente, um retorno

imediato.

Diante disso, fica claro o compromisso da escola, que vai além de garantir a

aprendizagem, mas também de esclarecer, informar, dar conhecimento das Leis que

regem o trabalho nessa faixa etária, enquanto eles fazem parte do sistema de

ensino. Também atuar como ponte para as ofertas nessa categoria de trabalho, que

é do Estágio e do Aprendiz, cujas vagas e formas de participação não tem espaço

de divulgação midiática, cabendo a escola mostrar os caminhos, orientar e

acompanhar mais essa etapa, tão decisiva, na vida do(a) aluno(a).

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9 PROPOSTA CURRICULAR

O trabalho escolar em sala de aula e as medidas a serem avaliadas, partem

do pressuposto de que tudo pode ser ensinado e apreciado por todos, e avaliado de

uma forma holística para o crescimento do ser humano exatamente como

mencionado “de uma forma a alcançar o todo”, para sua emancipação enquanto

homem no universo. Esta mesma situação pode ser planejada sendo amparada

pelas leis que regem a educação paranaense e pela própria LDB (Lei de Diretrizes e

Bases) e todo o seu conjunto, que norteia os assuntos da área.

Os participantes desta ação são as comunidades escolares e a dos alunos e

famílias, observando-se que isso acontece a todo o momento, pois a escola está

aberta a discussões sobre todos os processos que dela fazem parte e percorrem os

mesmos caminhos. ... Saviani defende que a educação é um ato intencional...

“Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e

intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2008, p. 13). Tal

concepção considera o problema da seleção dos conteúdos humano-genéricos

necessários à formação e ao desenvolvimento do educando no contexto da prática

social, assim como o problema das formas, dos métodos e processos que tornarão

possíveis a transmissão e a assimilação dos mesmos.

Nesse sentido, o trabalho educativo é uma atividade mediadora entre

indivíduo e a cultura humana. Deve ser realizado de forma intencional e regido pela

finalidade de garantir a universalização das máximas possibilidades geradas pelo

processo histórico de desenvolvimento do gênero humano a todos os indivíduos,

indistintamente, de modo a contribuir de forma afirmativa para a prática social dos

educandos.

De acordo com a pedagogia histórico-crítica, a formação docente deve estar

fundamentada em bases teóricas sólidas apoiadas na reflexão filosófica e no

conhecimento científico (SAVIANI,1995). Tal fundamentação é condição para a

efetiva compreensão do homem como síntese de múltiplas determinações, assim

como das vinculações do trabalho educativo no contexto da prática social. Conforme

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Saviani (1996), a reflexão filosófica possibilita ao educador a superação de uma

compreensão sobre a prática pedagógica concebida de forma fragmentária,

incoerente, desarticulada e simplista, porque pelo senso comum, por uma

compreensão unitária, coerente, articulada, intencional e cultivada, porque guiada

pela consciência filosófica.

Trata-se de uma reflexão crítica sobre os problemas que se apresentam na

realidade educacional, fundamentada em um método de análise que atenda as

exigências da nossa comunidade e emancipação de nosso educando enquanto

estudante que não conhece a realidade da qual participa. Este trata de um trabalho

pedagógico, que a todo o momento está sendo apreciado por todos os envolvidos

avaliado e modificado, de forma a encontrarmos novos métodos, de estudar o

desconhecido e de transformar a vida dos envolvidos de uma maneira significativa.

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10 BIBLIOGRAFIA:

BRASIL/MEC. Planejamento Político-Estratégico. Brasília: MEC, 1998.

SAVIANI, D. O Choque Teórico da Politecnia. Revista Trabalho, Educação e

Saúde. Vol. 1, n.1, março de 2003.

SZYMANSKI, H. A relação escola/família: desafios e perspectivas. Brasília,

DF, Plano Editora, 2003.

GOKHALE, S.D. A Família Desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30,

ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980.

CELIDÔNIO, R. F. "Trilogia inevitável: família - aprendizagem - escola", in

Revista.Psicopedagogia. Vol. 17, São Paulo, Salesianas 1998.

TIBA, Içami. Disciplina, Limite na medida certa. 41ª ed. São Paulo: Gente,

1996. 240p. Quem ama, educa. 2ª ed. São Paulo: Gente, 2002.

SZYMANSKI, H. A relação escola/família: desafios e perspectivas. Brasília,

DF, Plano Editora, 2003.

PAIS, LUIZ Carlos. Educação Escolar e as tecnologias da informática.

Autêntica: Belo Horizonte, 2008.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da

pré-escola À Universidade. 14ª ed. Porto Alegre: Mediação, 1998.

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11 ARTE

11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte é uma das formas de expressão e de organização social. Pois, reflete a

cultura de um povo através de suas manifestações culturais, artísticas e o momento

histórico em que está situado.

“Pela Arte, o ser humano se torna consciente de sua existência individual e

social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o mundo a si

mesmo.”

Portanto, o ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e

passa a fazer parte do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade

construída historicamente e em constante transformação. Nesse sentido a escola

constitui-se num espaço privilegiado para a educação que estabeleça o diálogo

entre o particular e o universal.

Já, tendo como referencial as Diretrizes Curriculares e visando pensar o aluno

como um sujeito histórico e social, a disciplina de Arte para o Ensino Fundamental e

Médio tem como elementos formadores: a arte e a cultura, a arte e a linguagem e

arte e trabalho criador. Essas abordagens da arte norteiam e organiza a

metodologia, a seleção dos conteúdos e a avaliação na prática escolar.

O Objeto de estudo da disciplina de Arte:

Conhecimento estético: O conhecimento teorizado sobre a arte, produzido

pelas ciências humanas, como filosofia, sociologia, psicologia, antropologia e

literatura.

Conhecimento artístico: O conhecimento do fazer artístico e do processo

criativo. São as formas de organização e estruturação do trabalho artístico.

Conhecimento contextualizado: além do conhecimento estético e artístico do

aluno e da comunidade em que está inserido e sua relação com o conhecimento

sistematizado em arte; também se refere dimensão do contexto é o estudo da

origem histórica e social, do conhecimento especifico da arte. Este contexto deve ser

compreendido como resultado de experiências sociais dos sujeitos históricos

produtores do conhecimento.

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Contudo se tem como expectativa dentro da disciplina que o aluno(a) possa:

Tornar-se consciente de sua existência individual e social para interpretar o

mundo e a si mesmo através da arte, promovendo a leitura de mundo, estimulando-

o a refletir com o objetivo de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão

artística.

Possibilitar a apropriação do conhecimento estético e contextualizado,

interpretando a arte na sociedade como ideologia, como conhecimento e como

trabalho criador.

11.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Quando buscamos definir um novo papel para a Arte na Escola, é importante

ter clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela.

Não há um dizer único e universal sobre a Arte e, portanto, estamos sempre na

situação de ter de fazer várias opções teóricas para sustentar nossas propostas

curriculares e metodológicas.

Pensando na situação acima, pode-se destacar alguns pontos importantes

para trabalhar-se tanto no Ensino Fundamental quanto Médio, são eles:

Arte e Cultura: A articulação da arte com a cultura, nessa proposta, implica

em propiciar ao aluno reflexões a respeito da diversidade cultura, possibilitar leituras

dos signos artísticos existentes na herança cultural e na cultura de massa, bem

como, promover discussões sobre a indústria cultural e compreender de que forma

esta interfere na sociedade e censura as produções/manifestações com as quais os

sujeitos identificam-se.

Arte e Linguagem: A associação da arte com a linguagem permite ao aluno

perceber e interpretar os valores socioculturais expressos nas

produções/manifestações representadas em forma de bens materiais e imateriais

das linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro. Na escola, a

organização dessa disciplina estará pautada em três conteúdos estruturantes:

elementos básicos, produções/manifestações e elementos contextualizadores.

Abordar arte articulada com a cultura e a linguagem permite ainda visualizar com

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maior amplitude o objeto de estudo da disciplina de Arte que é composto pelos

conhecimentos estético, artístico e contextualizado.

Arte e trabalho criador: A arte é uma forma de trabalho onde ao criar o ser

humano se recria, constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo. O

trabalho artístico além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade

constitui-se, em si mesma, numa nova realidade. Sem a criação e o trabalho, a arte

deixa de ser arte e não há aprendizagem. O educando precisa passar pelo fazer

artístico.

Portanto, devem-se selecionar metodologias para que o aluno pense e reflita

e construa o seu conhecimento. A experiência do educando e sua cultura são

referenciais importantes na seleção de conteúdos pois os levam a construir sua

identidade e cidadania. Portanto, optar por conteúdos significativos, isto é, trabalhar

com o conhecimento de forma que o aluno tenha condições de lhe atribuir

significado através do conhecimento de relações, não só com outras áreas como

também com sua experiência de vida.

Ao abordar os conteúdos procurar-se-á formas dinâmicas de modo que o

aluno possa problematizar e encontrar soluções criativas para as questões

propostas. Incentivar o trabalho em grupo e a troca de experiências entre os alunos,

bem como os demais conhecimentos.

Definir juntamente com os alunos temas que possam vir a se transformar em

projetos integradores com as várias disciplinas que mobilizem toda a classe. “A arte

de dirigir o espírito na investigação da verdade (FERREIRA,1986) é o elemento da

pedagogia que está intimamente ligado à prática em sala de aula. O método a ser

aplicado é “para quem, como, por que e o quê”? O trabalho em sala de aula deve-se

pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir

arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. A metodologia do

ensino da arte contempla três momentos da organização pedagógica: o sentir e

perceber, que são as formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é

a prática criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um

sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o

aluno à formação de conceitos artísticos. Esses três momentos constituem uma

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totalidade; o trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer um deles, ou pelos

três simultaneamente. O importante é que no final das atividades (em uma ou várias

aulas) com o conteúdo desenvolvido, todos esses momentos tenham sido realizados

com os alunos.

Sentir e Perceber - É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de

música, teatro, dança e artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se

com as diversas formas de produção de arte. Este momento metodológico deve,

também, envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura

em uma dimensão estética. Na análise da obra de arte deve-se perceber que o

artista, no processo de composição de sua obra, imprime na mesma sua visão de

mundo, a ideologia a qual se identifica, o sue momento histórico e outras

determinações sociais. Para o trabalho com os produtos da indústria cultural é

importante perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais,

da homogeneização do gosto e da ampliação do consumo.

Conhecimentos e Arte - Este é o momento privilegiado da cognição, onde a

racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre

arte. O conhecimento em arte, na perspectiva das Diretrizes materializa-se no

trabalho escolar com os conteúdos estruturantes (elementos formais, composição,

movimentos e períodos, tempo e espaço) da disciplina e como eles se constituem

nas artes visuais, dança, música e teatro. A abordagem dos conteúdos

(conhecimento) deve ser feita como aula teórica.

Trabalho Artísticos - A prática artística (trabalho criador) é expressão

privilegiada do aluno e momento do exercício da imaginação e criação. A arte não

pode ser apreendida somente de forma abstrata; o processo de produção do aluno

acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processo artísticos e

humaniza os sentidos. Mas em todos os momentos é necessário tratar do

conhecimento em arte, isto é, o aluno faz, mas sabe o que e o porquê está fazendo,

construindo, junto com o professor, esse conhecimento. São fundamentais, também,

aulas teóricas sobre os conteúdos e movimentos artísticos importantes da história da

Arte. Durante as aulas, é possível, também, solicitar aos alunos uma análise das

diferentes formas de representação.

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Ainda temos que considerar os campos de conhecimentos articuladores da

arte que são:

História da Arte - A História da arte é uma das áreas de estudo da disciplina

de História tratada como fonte e documento histórico para pesquisa. Ela está

articulada com o conteúdo estruturante “movimentos e períodos”, que é o objeto da

história que esta mais intimamente relacionada à disciplina de arte. As categorias da

História são fundamentais para a compreensão da produção artística da

humanidade, principalmente “permanências e mudanças” para se trabalhar a arte

paranaense e brasileira.

Semiótica - É uma ciência relativamente nova e entendida como a ciência

geral da representação, do signo ou a arte dos sinais. No mesmo campo, a

semiologia é o estudo dos sistemas dos signos e estuda conceitos como signo,

veículo do signo, imagem (representação imagética), assim como significação e

referência. Originaria dos estudos de comunicação e linguística, a semiótica é

importante para a análise de qualquer fenômeno relacionado á transmissão e

retenção de informação na linguagem, na arte e em todas as outras formas de

expressão. Em arte, a maioria dos estudos semióticos está direcionada à análise da

imagem (pintura, fotografia, cinema e imagens do cotidiano) como signo, mas seus

princípios também são aplicados na dança, música e teatro.

Estética - Tradicionalmente, estética é entendida como o estudo racional do

belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de

emoções e sentimentos que ele suscita no homem. Este conceito, que é o mais

comum de estética, é fundamentado na arte clássica e de sua relação com a

natureza.

11. 3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes no Ensino Fundamental

estão compostos da seguinte forma:

Elementos Formais;

Composição;

Períodos e Movimentos Artísticos.

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E, em relação ao Ensino Médio, os Conteúdos Estruturantes estão dispostos

da seguinte maneira:

Elementos Formais;

Composição;

Períodos e Movimentos Artísticos.

Ainda, temos que destacar a importância de trabalhar a Cultura Africana,

como está regimentada na lei 10639/03 e da deliberação 04/06, buscando-se então

discemir as influências da cultura africana na arte, música, dança e escultura

brasileira. E, também a necessidade de trabalhar a Cultura Indígena e afro-indigena

como está prevista na lei 11645/08 de março de 2008. Contudo, não se deve

esquecer que estas devem ser trabalhadas gradualmente no anos de Ensino

Fundamental e Médio.

11.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

Artes Visuais: Ponto, Linha, Forma, Volume, Cor, Simetria, Pré- história, Arte

Greco-Romana, arte Africana.

Música: Ritmo, Melodia, Musica Greco-Romana, Indigena.

Teatro: Personagem, expressões corporais, espaço cênico, circo e teatro

Greco-Romano.

Dança: Tempo, Espaço, Dança Pré-Histórica e Greco-Romana.

6ª Série

Artes Visuais: superfície, volume, cor, luz, perspectiva, proporção,

tridimensional, abstrata, figura e fundo, paisagem, retrato, arte renascentista, arte

barroca, arte indígena, arte paranaense.

Música: gêneros folclóricos, africanos e indígenas, música étnica ocidental

renascentista.

Teatro: teatro popular, teatro brasileiro e paranaense, cenografia, mímica,

formas animadas, gêneros de rua e arena.

Dança: folclórica, popular, étnica, brasileira, paranaense e indígena.

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7ª Série

Artes Visuais: ponto, linha, forma, volume, superfície, contraste, ritmo visual,

deformação, estilização, fotografia, desenho, industria cultural (radio, televisão,

jornal, revista, publicidade), arte no século XX

Música: Ritmo, Melodia, Harmonia, Indústria cultural, Rap, Rock e Tecno

Teatro: Proto-teatro (indígena e africano), representação no cinema e mídias,

texto dramático, sonoplastia, roteiro, personagem, jogos teatrais, teatro de sombra,

indústria cultural, cinema novo.

Dança: musicais, expressionismo e industria cultural, dança moderna.

8ª Série

Artes Visuais: textura, luz e sombra, forma, gravura, caricatura, charge,

cartoon, grafite, paisagem urbana e cenas do cotidiano, realismo, vanguardas,

muralismo e arte latino americana

Música: Musica popular brasileira, Música contemporânea

Teatro: monólogo, dramaturgia, performance, cenografia, sonoplastia,

iluminação, figurino, expressões corporais e gestuais, vanguardas,

Dança: tempo, espaço, coreografia, performance, dança moderna,

vanguardas e dança contemporânea, dança indígena e africana.

11.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

1º Ano

Artes Visuais: Arte Ocidental, Arte Africana e Indígena, ponto, linha, forma,

figura e fundo, simetria, textura e superfície, estilização, Mitologia.

Música: Ritmo, Melodia, Harmonia, música Ocidental.

Teatro: Personagem, teatro de sombra e mímica, teatro Greco-Romano.

Comédia Dell' Art, roteiro.

Dança: Movimento Corporal, improvisação, Pré- historia e Greco-Romana.

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2º Ano

Artes Visuais: cor, luz e sombra, volume, perspectiva, proporção,

bidimensional e tridimensional, Arte Medieval, Arte Renascentista, Arte Barroca e

Rococó; Indústria Cultural, Arte Moderna (Vanguardas).

Música: Gêneros musicais (erudito, clássico, popular, étnico...), Africana e

Indígena, Engajada, Indústria Cultural, Vanguardas .

Teatro: Medieval, Renascentista, Realista, Indústria Cultural, Cinema Novo,

Representação nas mídias, caracterização, sonoplastia, cenografia, figurino e

iluminação, Teatro de Vanguarda.

Dança: Moderna, Vanguardas, Industria Cultural, Medieval e Renascimento.

3º Ano

Artes Visuais: Arte Contemporânea e Latino Americana, fotografia, gravura,

escultura, Arte Popular, Arte Brasileira e Arte Paranaense, Instalação e

desempenho.

Música: Ritmo, técnica (vocal, instrumental, eletrônica, mista), popular,

brasileira, paranaense, Latino Americana,

Teatro: Desempenho, Direção, Monologo, Roteiro, Encenação e Leitura

Dramática, Produção, Teatro Brasileiro, paranaense e popular.

Dança: Popular e de Salão, Contemporânea, Brasileira, Popular, Africana,

Paranaense, Folclórica e Indígena

11. 6 AVALIAÇÃO

A avaliação se insere dentro do processo de aprendizagem. Mas antes do

planejamento ou avaliação deste processo é necessário que se conheça o que o

aluno traz de conhecimento sobre as formas artísticas. Portanto, como forma de

avaliação, por está ser uma disciplina teórico-prática, pode-se utilizar uma avaliação

continua e contextual, sendo que em relação à práxis artística é avaliado o processo

de desenvolvimento do aluno a partir de avaliações práticas realizadas

continuamente; e em relação ao estudo e aprofundamento da parte contextual, seja

ela história da arte, estética e semiótica, utiliza-se de avaliações teóricas.

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11.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Compreender e expressar-se utilizando conhecimentos da História da Arte;

Realizar corretamente as técnicas, instrumentos e procedimentos variados em

artes – visuais, dança, música e teatro;

Ter a percepção das várias possibilidades de expressão artística;

Obter conhecimento estético;

Refletir sobre seu próprio trabalho e do outro e sobre os valores e maneiras

de pensar e ver o mundo.

Ler, reler e compreender imagens e obras de arte;

Apresentar capacidade de interpretação e representação;

Apresentar criatividade na exposição dos temas;

Reconhecer os diferentes gêneros e níveis da exposição da arte

11.8 BIBLIOGRAFIA:

DCE- PR 2008

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília:

MEC,1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF,1997.

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12 CIÊNCIAS

12.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Ciências Naturais é relativamente recente na escola

fundamental. Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/1961,

ministravam-se aulas de Ciências Naturais apenas nas duas últimas séries do antigo

curso ginasial. Essa lei estendeu a obrigatoriedade do ensino da disciplina a todas

as séries ginasiais. Apenas a partir de 1971, com a lei nº 5.629, Ciências Naturais

passa a ter caráter obrigatório nas oito séries do primeiro grau.

As propostas para o ensino de Ciências debatidas para a confecção da lei

orientavam-se pela necessidade de o currículo responder ao avanço do

conhecimento cientifico e às demandas geradas por influencia da Escola Nova.

O objetivo fundamental do ensino de Ciências passou a ser o de dar

condições para o aluno identificar problemas a partir de observações sobre um fato,

levantar hipóteses, testá-las, refutá-las e abandoná-las quando fosse o caso,

trabalhando de forma a turar conclusões sozinho. O aluno deveria ser capaz de

“redescobrir” o já conhecido pela ciência, apropriando-se da sua forma de trabalho,

compreendida então como “o método cientifico”: uma sequência rígida de etapas

preestabelecidas. É com essa perspectiva que se buscava, naquela ocasião, a

democratização do conhecimento cientifico, reconhecendo a importância da vivencia

cientifica não apenas para eventuais futuros cientistas mas também para o cidadão

comum.

Após a Segunda Guerra Mundial, houve um incentivo a industrialização

acelerada em todo o mundo, ignorando-se os custos sociais e ambientais desse

desenvolvimento. Problemas ambientais que antes pareciam ser apenas do Primeiro

Mundo, passaram a ser realidade reconhecida de todos os países, inclusive do

Brasil. Os problemas relativos ao meio ambiente e à saúde começaram a ter

presença quase obrigatória em todos currículos de Ciências Naturais, mesmo que

abordados em diferentes níveis de profundidade e pertinência.

Ao tratar do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade

como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. O

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papel do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os

estereótipos e a eles atribuídos em seus relacionamentos, a AIDS, entre outros, são

problemas atuais e preocupantes.

O tratamento da sexualidade nas séries iniciais visa permitir ao aluno

encontrar na escola um espaço de informação e formação.

O objetivo deste documento está em promover reflexões e discussões de

técnicos, professores, equipes pedagógicas, bem como pais e responsáveis, com a

finalidade de sistematizar a ação pedagógica no desenvolvimento dos alunos,

levando em conta os princípios morais de cada um dos envolvidos e respeitando,

também, os Direitos Humanos.

O aprendizado das Ciências deve ser baseado na interação

professor/natureza, para uma compreensão do mundo, interpretando os fenômenos

da natureza, a partir de uma postura investigativa e reflexiva.

Contemplando as leis nº 10.639/03 e 11.645/08 sobre a História e Cultura Afro

e Indígena, dentro da disciplina, será focado as formas como essas culturas tratam

as questões da natureza e de como influenciaram na formação das estruturas

sociais e políticas de outras culturas.

12.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Sabe-se que as teorias cientificas em seu elevado grau de abstração

dificultam a compreensão direta dos alunos do Ensino Fundamental. Desta forma, é

necessário que haja interação direta com os fenômenos naturais e tecnológicos.

Diferentes metodologias serão utilizadas nas aulas de Ciências, articulando

os conteúdos estruturantes com específicos, através de questionamento, buscando

a formação dos estudantes, como cidadãos, que possam exercer influência sobre o

uso consciente do meio ambiente e da tecnologia, visando proporcionar benefícios

para toda a sociedade, como:

Aulas expositivas, questionando e explicando os conteúdos estruturantes e

específicos, contemplando, inclusão, Cultura Afro e Educação do Campo e a

importância da Educação Fiscal.

Pesquisa em grupo e individual, utilizando jornais, revistas, vídeos, artigos,

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teatro, internet, portal educacional dia a dia e desenhos.

Construção de experimentos e maquetes embasadas em pesquisas visando o

projeto com Ciências com exposição e apresentação.

Aula prática no pátio da escola para a observação do ecossistema.

Pesquisa de campo orientando, incluindo visitação a locais relacionados a

estudos.

Cartazes representativos relacionados aos conteúdos.

DVDs, Cds e TV pen drive, bem como utilização do laboratório de informática

como instrumento de pesquisa e reforço de conteúdos.

Observação, coleta e estudo da biodiversidade.

Troca de experiencias entre alunos através de conservação e

questionamento.

Palestra referente a assuntos abordados em sala de aula, com profissionais

especializados.

Pesquisa e debate inter-series sobre os assuntos pertinentes aos conteúdos.

12.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

12.5 CONTÉUDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5º Série

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Astros

Constituição da matéria

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Níveis de organização

Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

6º Série

Astros

Constituição da matéria

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Formas de energia

Transmissão de energia

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

7º Série

Origem e evolução do Universo

Constituição da matéria

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Formas de energia

Evolução dos seres vivos

8º Série

Astros

Gravitação Universal

Origem e evolução do Universo

Constituição e propriedade da matéria

Fisiologia do seres vivos

formas de energia

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conservação de energia

interações ecológicas

12.6 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos pelo qual o professor

estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as

finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação do processo ensino-aprendizagem, responsabilidade da escola, é

realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática, tendo como um de seus

objetivos o diagnóstico da situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à

programação curricular prevista e desenvolvida em cada nível da escolaridade. A

avaliação do processo de ensino e de aprendizagem tem por objetivos:

I- diagnosticar e registrar os progressos do aluno e suas dificuldades;

II – possibilitar que os alunos façam uma auto-avaliação;

III – orientar o aluno quanto aos esforços para superar as dificuldades;

IV – fundamentar as decisões do conselho de classe quanto à necessidade

de procedimentos paralelos ou intensivos de reforço e recuperação da

aprendizagem, de classificação e reclassificação de alunos.

12.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Prova escrita:

Entender o básico exigido;

Aprimorar o conhecimento;

Trabalho escrito:

Produção de texto do aluno para verificar seu entendimento sobre o conteúdo;

Pontualidade;

Riqueza de fontes de pesquisa;

Organização e compilação de dados de forma clara;

Trabalho oral

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Superar a simples leitura e repetição

Compreensão crítica do conteúdo pesquisado;

Capacidade e facilidade de comunicação;

Trabalho em grupo

Trocar experiências;

Confrontar idéias

Atitude colaborativa;

Iniciativa e empenho;

Cooperação e convivência;

Assiduidade;

Material;

Atividade experimental:

Criatividade no uso de materiais alternativos;

Investigação;

Lúdico:

Interação entre o assunto abordado e os jogos;

Exploração;

Interesse, curiosidade;

Caderno:

Assiduidade;

Organização;

Capricho;

12.8 BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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13 EDUCAÇÃO FÍSICA

13.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento inicial sobre as práticas corporais ocorrem a partir de teorias

vindas da Europa.

Sob a base de conhecimentos médicos e da instrução física militar, surge a

ginástica, principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da

saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, mas com a finalidade de

aprimorar e aprofundar as capacidades físicas, formar o caráter do cidadão,

disciplina e respeito à hierarquia. Sendo assim, a educação física ganha espaço na

escola mas exigia físico disciplinado.

A partir de 1929, a educação física passou a ser obrigatória no ensino para

crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um

anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo

Passos.

O esporte começou a se popularizar a partir da década de 1930 e, não por

acaso, passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de

Educação Física. Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um

incentivo às práticas desportivas como a criação de grandes centros esportivos, a

importação de especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades

esportivas e a criação do Conselho Nacional dos Desportos, em 1941.

No início de 1940, a predominância da instrução física militar começou a ser

sobreposta por outras formas de conhecimento sobre o corpo e as aulas de

Educação Física assumiram os códigos esportivos do rendimento, competição,

comparação de recordes, regulamentação rígida e a racionalização de meios e

técnicas.

A partir da Lei Orgânica do Ensino Secundário, promulgada em 09 de abril de

1942, a Educação Física tornou-se uma prática educativa obrigatória, desta vez com

carga horária estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para

meninas, tanto no ensino secundário quanto no industrial, e com duração de 30 e 45

minutos por sessão (CANTARINO FILHO, 1982).

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Em 1964, com o Golpe Militar, o esporte passou a ser tratado com maior

ênfase nas escolas, especialmente durante as aulas de Educação Física. Os

chamados esportes olímpicos – vôlei, basquete, handebol e atletismo, entre outros –

foram priorizados para formar atletas que representassem o país em competições

internacionais, portanto a escola deveria funcionar como um celeiro de atletas.

Em 1990, através da abordagem da metodologia crítico-emancipatória,

o movimento humano em sua expressão é considerado significativo no processo de

ensino/aprendizagem, pois está presente em todas as vivências e relações

expressivas que constituem o “ser no mundo”. Nesse sentido, parte do entendimento

de que a expressividade corporal é uma forma de linguagem pela a qual o ser

humano se relaciona com o meio, tornando-se sujeito a partir do reconhecimento de

si no outro.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino

Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em

aspectos técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas às

dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos,

baseadas em concepções teóricas relativas ao corpo e ao movimento.

Já nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, os

conhecimentos da Educação Física perderam centralidade e importância em favor

dos temas transversais e da pedagogia das competências e habilidades, as quais

receberam destaque na proposta.

Hoje em dia podemos partir do objeto de estudo e de ensino que é a Cultura

Corporal onde a Educação Física se insere garantindo o acesso ao conhecimento e

à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente

produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de

formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que

é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

Deve-se constantemente interligar os conteúdos estruturantes aos elementos

articuladores e às leis 10.639/03 e 11.645/08, como por exemplo: relacionar o

esporte, a dança, os jogos, a luta e a ginástica com a Cultura Corporal e

Diversidade, com a Cultura Corporal e Saúde, com a Cultura Corporal e Mídia e com

a Cultura Corporal e Corpo contemplando as relações étnico-raciais, com as

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questões de gênero e diversidade sexual, relacionar também à educação ambiental

e à prevenção ao uso indevido de drogas.

13.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

A Educação Física deve ser fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e

na valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerarmos

os contextos e experiências da nossa região, da nossa escola, dos nossos

professores, dos nossos alunos e da comunidade local.

Procuraremos possibilitar aos nossos alunos o acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade, relacionando-os às práticas corporais, ao contexto

histórico, político, econômico e social.

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,

ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de

representação simbólica de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE

AUTORES, 1992).

Durante as aulas de fundamentação, já conduzir os alunos à uma participação

democrática, socializando o grupo todo em todas as atividades propostas através do

uso das novas tecnologias como: slides, computadores, fotos, vídeos, filmes e etc;

mostrar como é a prática das atividades que realizaremos no decorrer do bimestre,

para que o aluno possa ver os movimentos corretos, os erros, as performances, as

dificuldades e também possa verificar qual será a forma mais adequada para realizar

os exercícios propostos durante as aulas para que possa sistematizar através da

aprendizagem visual e auditiva; aplicar individualmente os exercícios propostos sem

a ajuda do professor; aplicar individualmente os exercícios propostos com a ajuda do

professor, executar os exercícios propostos com autonomia; aplicar os mesmos

exercícios, no coletivo, de acordo com o conteúdo estruturante trabalhado na aula,

numa dinâmica lúdica ou não e poder agir e refletir sobre suas ações, para

posteriormente se auto corrigir.

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13.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

É importante ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o

conteúdo „teórico‟, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como

eixo central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao

mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos

conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o

princípio da complexidade crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser

discutido tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

13.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª e 6ª série

Esportes: individuais e coletivos

Ginástica: artística e circense

Jogos: intelectivos, de tabuleiros e cooperativos.

Dança: popular e criativa

Lutas: jogos de oposição

7ª e 8ª série

Esportes: individuais e coletivos

Ginástica: rítmica desportiva

Jogos: pré-desportivos, competitivos.

Dança: criativa e de rua

Lutas: judô e capoeira

13.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Ensino médio

Esportes: individuais e coletivos

Ginástica: geral (qualidade de vida, atividade física e obesidade)

Jogos: intelectivos, pré-desportivos, competitivos e cooperativos.

Dança: folclórica e de salão

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Lutas: esgrima e lutas que mantém a distância

Em todos os conteúdos estruturantes estarão interligados os seguintes

elementos articuladores:

- cultura corporal e corpo;

- cultura corporal e ludicidade;

- cultura corporal e saúde;

- cultura corporal e mundo do trabalho;

- cultura corporal e desportivização;

- cultura corporal e técnica e tática;

- cultura corporal e lazer;

- cultura corporal e diversidade;

- cultura corporal e mídia.avaliação

13.6 AVALIAÇÃO

Espera-se que o estudante assimile o conteúdo através da demonstração na

prática do conteúdo apresentado no bimestre; que o estudante aprimore sua prática;

que o estudante execute os exercícios com autonomia; que o estudante reconheça

os erros e os acertos; que o estudante valorize as diferenças individuais; que o

estudante interaja corporalmente na prática dos movimentos; que o estudante

reelabore as atividades propostas; que o estudante aplique os conhecimentos

adquiridos na resolução dos desafios corporais e através de trabalhos de pesquisas,

de atividades avaliativas individuais e coletivas e também através de provas.

Espera-se também que o estudante adquira as noções básicas das regras das

diferentes manifestações esportivas; que ele reconheça e se aproprie dos

fundamentos básicos dos diferentes esportes; que o aluno possa conhecer a

difusão e diferença de cada conteúdo estruturante relacionando-as com as

mudanças do contexto histórico brasileiro; que o estudando possa conhecer e

vivenciar a História e Cultura Afro e Indígena; que o estudante possa conhecer a

difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro e da

Cultura Afro; que o estudante possa conhecer os aspectos históricos, filosóficos e

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das características das diferentes manifestações das lutas; que o estudante possa

entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de

lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e

saúde, que o estudante conheça o contexto histórico em que foram criados os

diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos, que o estudante reconheça os

diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros elementos que identificam as diferentes danças e que ele possa montar

pequenas composições coreográficas.

Enfim, o objetivo da avaliação é favorecer maior coerência entre a concepção

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e

aprendizagem. A avaliação deve constituir na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem.

13.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Poderão ser feitas através de uma avaliação prática onde todo o conteúdo

vivenciado durante as aulas de fundamentação dos esportes deverão ser aplicados

num jogo; avaliação contínua durante as aulas relacionando à prática das atividades,

avaliação escrita com e sem consulta; trabalho de pesquisa sobre o conteúdo;

apresentação de trabalhos, construção e elaboração de jogos e brincadeiras,

elaboração de rotinas das ginásticas, construção de movimentos coreográficos,

demonstração de golpes de lutas e pesquisas de campo.

13.8 BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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14 ENSINO RELIGIOSO

14.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso nas escolas tem sido nos últimos anos, motivo de acirrado

debate,principalmente nas escolas públicas. Será importante a presença de uma

disciplina assim no currículo escolar? Se entendermos a religiosidade como uma das

dimensões humanas, é evidente a necessidade de inserir também este aspecto na

proposta educacional.

Toda pessoa, independente de sua idade, é racional, afetiva, social, física,

sensível, espiritual e precisa desenvolver-se como uma unidade, relacionando-se

consigo, com os outros, com o mundo e com o transcendente. Então, como

esquecer a dimensão religiosa.

A educação pode ser definida nas mais diferentes formas, mas, em se

tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o

desenvolvimento pleno do ser humano na sociedade. É aqui que o Ensino Religioso

fundamenta a sua natureza, pois o ser humano, para adquirir seu estado de

realização integral necessita da dimensão religiosa.

Conhecer as situações assumidas pelo homem religioso, compreender seu

universo espiritual é, em suma, fazer avançar o conhecimento geral do ser humano.

O Ensino Religioso, dessa forma, busca valorizar o ser humano e ajuda-o a dar

sentido à sua existência e dos textos sagrados das diversas religiões e expressões

religiosas.

Segundo Dora Incontri, as religiões estão presentes em todas as culturas e

entre todos os povos de todos os tempos. Assumindo diversas formas de devoção,

doutrinas e princípios éticos, elas buscam o sentido da vida e a transcendência em

relação à morte. Elas têm suas especificidades, mas também um patamar comum de

moralidade e busca humana, onde é possível e urgente um diálogo respeitoso e

solidário. O reconhecimento de uma raiz comum é vital para que o diálogo se

projete, além de uma conversa cordialmente superficial, para se tornar uma vivência

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enriquecedora. O diálogo é a atitude interior que nos predispõe a entrar em contato

com a família, com as culturas, com as religiões, com as pessoas.

Talvez essa seja uma das maiores conquistas das religiões de hoje. Com o

diálogo, aceitamos a diversidade de caminhos, o respeito à cultura, à religiosidade e

o jeito de ser de cada pessoa. A Constituição Brasileira garante a liberdade de culto,

e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação abre espaço para o ensino religioso

interconfessional (art. 33), para assegurar “o respeito à diversidade religiosa do

Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.

Dessa maneira, é possível conhecer o universo religioso e descobrir que

todas as religiões têm valor. Através de um diálogo saudável, entre as diversas

tradições religiosas, as pessoas podem situar no mundo de forma muito mais segura

e fraterna.

O ensino religioso visa a propiciar aos educandos a oportunidade de

identificação de entendimentos, de conhecimentos, de aprendizagem em relação às

diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenha

a amplitude da própria cultura em que se insere.

A disciplina deve contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes

expressões religiosas advindas da elaboração cultural.

Com esta proposta o ensino religioso torna-se acolhedor a própria vivência

dos alunos, considerando que estamos vivendo em um momento muito pluralista,

com muitas opções religiosas, e nossos alunos também se encontram entre divisões

religiosas dentro da própria casa. O desafio do ensino religioso é de resgatar os

valores culturais, a contextualização histórica das religiões e das sociedades

oferecendo aos alunos uma leitura do fenômeno religioso de forma científica.

A dimensão religiosa (ou espiritual) constitui uma das dimensões essenciais

de uma educação dos valores humanos. O ensino religioso distancia-se claramente

das “aulas de religião”, referindo-se, mais propriamente, à educação da dimensão

religiosa do ser humano. A religião enquanto credo (ou confissão de uma crença

determinada) pertence à esfera do privado, não podendo a escola, enquanto

instituição educativa, negligenciar o sentido do transcendente presente no homem.

O ensino religioso se justifica a partir da compreensão de uma educação de raízes

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humanistas, aberta ao valor religioso como “ realidade e problema existente de fato

na sociedade, na história e na vida dos homens”.

O ser humano constitui-se num ser em relação. Na busca de sobreviver e dar

sentido à existência ao longo da história, desenvolve as mais variadas formas de

relacionamento com a natureza, com a sociedade, com o transcendente e consigo

mesmo. Estabelece estas relações na busca de respostas às suas perguntas

existenciais: quem sou, de onde vim, e para onde vou? Nesta busca, o ser humano

desenvolve conhecimentos que lhe possibilitam interferir no meio.

O Ensino Religioso, entendido como área do conhecimento da Base Nacional

Comum, faz parte do currículo escolar, integra os horários normais nas escolas

públicas.

Pretende-se com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno se torne uma

pessoa esclarecida quanto à diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e

desta forma, aprender a respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver

respeitosamente com pessoas de diferentes religiões e culturas, bem como

proporcionar aos educandos oportunidades de se tornarem capazes de entender os

momentos específicos das diversas culturas, colaborando para a autêntica

cidadania.

Os conteúdos trabalhados nas aulas, de Ensino Religioso privilegiam o estudo

das diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, a partir da concepção prevista

na legislação e nas novas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino

Fundamental.

Portanto é nesse sentido que o ensino religioso inserido no contexto do

sistema público de educação não apenas está obrigado a superar uma posição

monopolista e proselitista, como não pode prescindir desse profundo respeito à

alteridade, ao Outro.

O ensino religioso não se destina ao proselitismo ou ao aprofundamento das

crenças religiosas dos alunos, mas deve se constituir em área do conhecimento

articulada com a vida de cidadã e norteada pelos princípios Éticos, Políticos e

Estéticos.

Os desafios e as mudanças atuais estão a exigir transformações profundas na

maneira de viver e racionar-se. Exigem constate atualização na e da educação,

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privilegiando o aprender a ser, o aprender a aprender, o ter acesso ao saber

acumulado, o aprender a convier em solidariedade. Um relatório da Organização das

Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fala da educação

para suprir as necessidade de aprendizagem básica1.

Ser cidadão é recuperar sentimentos que levem para o engrandecimento do

ser humano, no respeito à liberdade e no direito de agir para a construção de um

mundo sem violência, pacífico e harmonioso. A ação cidadã precisa estar em função

da felicidade do ser humano.

O conhecimento religioso, ao lado de outros na escola, analisa as explicações

do significado da existência humana apontadas pelas Tradições Religiosas e se

organiza enquanto sistematização da relação entre o ser humano e a realidade em

sua transcendentalidade

Os objetivos gerais do Ensino Religioso são as grandes metas a serem

alcançadas até o final do processo ou de um determinado período e não como as

antigas concepções de objetivos específicos, caracterizados pelo imediatismo da

sua consecução. Entenda-se meta como objetivo geral quantificado, (objetivo para

as séries do Ensino Fundamental). Espera-se, assim, que ao final de uma série,

ciclo ou período, determinados objetivos tenham sido alcançados.

14.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania,

como toda disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria.

Numa visão pedagógica e holística, o educando conhecerá ao longo do

Ensino Fundamental os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso,

para que possa entender melhor a sua busca de Transcendente.

No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas,

métodos prontos e definitivos, pois estaríamos desconsiderando diversas variáveis

que, num movimento cíclico entre sociedade-escola, se constituem.

1 Revista Educação em Movimento. Curitiba, v.2, nº5, p. 11-19. (Supl.), maio/ago. 2003

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Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de

aula, serão no sentido de fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas,

ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, com articulação de

conteúdo, diálogo, sensibilidade à pluralidade, mediar conflitos e também atenção

especial aos alunos com necessidades especiais, na inclusão social.

14.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa,

Universo Simbólico Religioso e

Textos Sagrados.

14. 4 CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

O Ensino Religioso na Escola Pública;

Lugares Sagrados;

Textos Sagrados - orais e escritos;

Projetos Interdisciplinares, enfocando: Boas atitudes, valorização à vida,

campanhas anti-drogas, da paz e meio ambiente.

Símbolos Religiosos;

6ª Série

Temporalidade Sagrada;

Ritos;

Ritos de passagem;

Mortuários;

Propiciatórios;

Outros: Exemplos: Dança (Xire) - Candomblé, Kiki (kaingang - ritual fúnebre),

Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.

Festas Religiosas;

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

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Exemplos: Festa do Dente Sagrado( Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.

Vida e Morte;

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;

Reencarnação;

Ressurreição - ação de voltar à vida;

Além morte;

Ancestralidade - vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se

tornam presentes;

Outras interpretações.

Inserir projetos interdisciplinares como: Projeto solidário (Conservação do

patrimônio público, Projeto anti-drogas, paz e meio ambiente, Projeto Cultura Afro,

Projeto Cultura Indígena.

14.5 AVALIAÇÃO

Em Ensino Religioso é necessário destacar que os procedimentos

avaliativos não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se

refere a atribuição de notas ou de conceitos. Não se constitui objeto de reprovação,

mas não deixa de ser importante no processo educativo.

Ensino Religioso com avaliação processual que permeia objetivos, conteúdos

e prática didática (PCNER).

O Ensino Religioso utiliza-se da avaliação como elemento integrador entre a

aprendizagem do educando e a atuação do educador na construção do

conhecimento.

14.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação, em Ensino Religioso, tem como pressupostos e se desenvolve

em etapas para cada tema desenvolvido:

Somativa: Na análise e avaliação buscando-se uma soma de todas as

atividades desenvolvidas em sala de aula.

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Inicial: reconhecimento no convívio social dos educando dos grupos culturais-

religiosos diferentes, crenças e expressões religiosas presentes na turma.

Formativa: alargamento do conhecimento do fenômeno religioso do educando

pela percepção, análise e reflexão do mesmo dado sócio-religioso da turma.

Final: aferimento dos resultados e do que se quer alcançar.

Identificar-se-á , através de ações, em que medida o aluno:

• Respeita a pluralidade religiosa;

• Aceita as diferenças;

• Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas;

• É atencioso com os alunos que tenham necessidades especiais;

• Participar com prazer de todas as atividades propostas, tais como: textos,

debates, teatro, música, questionamentos, registro formal do conteúdo apresentado,

dramatizações, relatórios e apresentações nas celebrações culturais da escola,

durante o ano.

14.7 BIBLIOGRAFIA

ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999.

BACH, Marcus. As grandes religiões do mundo. Rio de Janeiro: Record, 1998.

BOWKWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.

BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana. Brasília- DF, 2004.

_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20

de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,

para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática

“História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da

Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-

raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília:

MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria

de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

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91

_______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

Capacitação para um novo milênio - Formação Básica do Cidadão. Curso de

Extensão a Distância de Ensino Religioso.

CAPRA, Fritjol. O ponto de mutação. Cultrix: s/d.

Coleção Alegria de Viver - Maria Izabel de O. Longu - Editora Moderna.

Coleção Conversa Sobre Cidadania - Edson G. Garcia - Maria Amélia - F.T.D.

Coleção de Mãos Dadas - Amélia Schneiders e Avelino A. Correia - Editora

Scipione.

Coleção Redescobrindo o Universo Religioso - Rogério F. Narloch - Editora

Vozes.

FÓRUM. Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares

Nacionais. 2 ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.

FRANKL, Viktor Emil. Em Busca de Sentido.

GIBRAN, Kahlil. Para além das palavras. São Paulo: Paulinas, 1995.

GRUEN, Wolgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995.

HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

Jornal: Folha de Londrina.

LIBÂNIO, João Batista. A Busca do Sagrado. São Paulo: FTD, 1991.

Revistas: Veja, Agitação, Mundo Jovem, Diálogo, Rainha, Mundo Jovem.

PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no

ensino fundamental

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15 GEOGRAFIA

15.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As transformações pelas quais tem passado a ciência Geografia nos últimos

anos abarcam dois pontos importantes que se complementam: a prática social no

dia a dia, vivenciada no espaço real, construído pela sociedade, e o enfoque teórico,

representado pela reflexão sobre a realidade e conseqüente sistematização da

geografia como ciência. Esta vem, ao longo dos anos, sofrendo mudanças (como

todas as ciências), com a finalidade de procurar explicar a realidade contemporânea

e propor contribuição para sua transformação.

Na geografia deve-se fazer um paralelo entre a diversidade étnica racial e sua

distribuição espacial no território brasileiro. O grande desafio da escola é superar a

discriminação e valorizar a diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio

sociocultural brasileiro, valorizando a riqueza de cada grupo. Para tanto, a escola

deve ser o local de diálogo e de aprendizagem de convivência, respeitando as

diferentes formas de expressão cultural. O desenvolvimento desse tema transversal

possibilita verificar as contribuições significativas de diferentes culturas em diferentes

momentos da história. Na geografia os conteúdos devem possibilitar a valorização

da diversidade cultural, grande riqueza de qualquer nação, com um enfoque especial

para a cultura afro-brasileira sempre relacionando esse assunto com atitudes de

respeito. Ao encaminharmos o conteúdo sobre população, podemos estabelecer

relação com o tema Orientação Sexual. Ao discutirmos com os alunos as práticas de

controle de natalidade adotadas por muitos países, ou qual o papel da mulher na

sociedade e sua contribuição na formação da população economicamente ativa,

estabelecemos momentos em que o desenvolvimento do conteúdo volta-se para a

questão da transversalidade com orientação sexual.

Geografia e meio ambiente, é um tema que abre um grande leque de opções

a serem desenvolvidas no trabalho com Geografia tais como o aproveitamento dos

recursos naturais, a urbanização, a ocupação do solo, a erosão, o desmatamento, a

poluição o desperdício e tantos outros. Para cidadania é imprescindível a

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observação, interpretação e compreensão das transformações sócio espaciais são

essenciais para que o aluno possa refletir sobre a sociedade em que vive, repensá-

la, repudiar as injustiças e exigir o cumprimento de seus direitos. Os cidadãos

apresentam o sentimento de pertencer a uma realidade com a qual possuem uma

ligação afetiva. São, portanto, responsáveis e co-responsáveis, assumindo seus

deveres para com um mundo mais justo e humanitário. a cidadania deve estar

voltada à garantia de igualdade, de direitos ou oportunidades iguais a todos.

A formação do aluno para o exercício da cidadania compreende a

capacitação para o auto cuidado, assim como a compreensão de saúde como direito

e responsabilidade pessoal e social. Envolve discussões sobre trabalho insalubre,

poluição, saneamento básico, qualidade de vida, dentre outras.

Tendo essa consciência, acreditamos que o aluno no processo de sua

formação, irá adquirir uma postura de entendimento da necessidade de

transformações sociais. E estado consciente da extensão dos fenômenos que

estuda, poderá agir mais efetivamente como sujeito ativo no processo de

organização e construção do espaço geográfico que vive.

A geografia precisa contribuir para que o aluno compreenda o mundo em que

vive. Dessa forma, a educação geográfica deve propiciar ao aluno a ampliação de

suas habilidades e capacidades com a participação ativa de procedimentos

metodológicos, como a representação e expressão dos fenômenos sócio espaciais,

a construção e interpretação de gráficos e tabelas, produção de textos, uso de

recursos diversificados por meio dos quais possam registrar seu pensamento e seus

conhecimentos geográficos. Estamos continuamente adquirindo conhecimentos e

desenvolvendo habilidades de que precisamos no decorrer da vida.

Objetivando a formação integral do aluno e o desenvolvimento de inúmeras

capacidades motoras, afetivas e cognitivas, entendemos os conteúdos como

conceituais procedimentais e atitudinais.

15.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

A aprendizagem de conteúdos conceituais requer clareza daquilo que deve

ser ensinado. Eles devem ser significativos, com possibilidade de ampliar e

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aprofundar o conhecimento já adquirido, e ser trabalhados de forma contextualizada,

para que o educando possa estabelecer relações entre conteúdos geográficos e

destes com os de outras áreas de conhecimento. O conceito não é para ser

decorado, mas para ser compreendido e utilizado em interpretações ou no

conhecimento de novas idéias.

Trabalhar conteúdos procedimentais significa incluir regras, técnicas,

métodos, habilidades e estratégias no desenvolvimento do trabalho pedagógico.

Atividades de leitura, observação, experimentação, representação, classificação,

analogia e síntese são exemplos de trabalho com conteúdos procedimentais.

Conteúdos atitudinais se referem ao trabalho com valores, atitudes e normas.

Visam resgatar a formação do educando como cidadão, ao trabalhar valores como

princípios étnicos de solidariedade, justiça, liberdade. Faz-se necessário que a

escolha trabalhe os conteúdos atitudinais, para a formação do ser humano integral.

O sistema de valores vai conduzir nossas atitudes, nossas ações, nossa

predisposição para cooperar, ajudar, respeitar, participar.

Acreditamos que o encaminhamento metodológico deve priorizar atividades

que envolvam múltiplas habilidades. Por meio de um conteúdo proposto, poderá o

aluno realizar diferentes produções. O ensino tornar-se-á mais dinâmico e tenderá a

explorar não só os conhecimentos, mas também as capacidades dos alunos.

15. 3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

15.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

Espaço Geográfico

Representação e orientação espacial.

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Dinâmica externa e interna da Terra.

Recursos naturais

Climas

Questões ambientais

6ª série

Brasil e sua formação física e social

Território e população

Espaço rural e urbano em suas especificidades

Região Nordeste

Região Norte

Região Centro-Oeste

Região Sudeste Região Sul

7ª série

Natureza, e a transformação do espaço natural

O trabalho e a transformação do espaço geográfico

Organização do espaço geográfico mundial

Regionalização do mundo contemporâneo

América Latina

África

Ásia

8ª série

Globalização sua história e conseqüências para humanidade

Fluxos populacionais: e as migrações internacionais

Desigualdade no espaço mundial e subdesenvolvimento

Meio ambiente e problemática ecológica

O desenvolvimento da América

O desenvolvimento da Europa

Países não socialistas da Europa e da Ásia

Regiões polares suas características e contribuições

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15.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

1º ano

Indústria, tecnologia e produção do espaço

2º ano

Geografia política do mundo atual

3º ano

Aspectos da população mundial

Meio ambiente do ser humano

15.6 AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Geografia será sistemática e objetiva. Os

instrumentos utilizados para esse fim serão diversificados, de modo que se permita

uma análise mais objetiva do desenvolvimento no aluno e da prática pedagógica,

podendo ser usado métodos como: seminários, gráficos e tabelas de comparação

com imagens, trabalhos em grupo e individual, relatórios, avaliações objetivas e

discursivas a cerca de um tema em questão.

15.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Pretende-se, como critérios, a compreensão e articulação do aluno no

desenvolvimento do senso argumentativo e crítico do conteúdo, devendo ser capaz

de reconhecer, diferenciar e comparar os gráficos, tabelas e imagens de forma a

adquirir autonomia na construção do conhecimento com o método utilizado, com

relação aos relatórios capacidade de relatar os fatos e acontecimentos da vida no

cotidiano, com a direção e acompanhamento do professor para os assuntos

abordados dentro do contexto geográfico. Nas provas objetivas; o aluno deverá

analisar e interpretar conceitos prévios de maneira autônoma de forma a obter

respostas coerentes às questões elaboradas.

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15.8 BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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16 HISTÓRIA

16.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A partir das Diretrizes Curriculares para o ensino de História procuraremos

despertar no corpo discente reflexões sobre aspectos diferenciados dos setores:

políticos, sociais, culturais, econômicos, religiosos, cultura africana e indígena.

Entendemos que na disciplina de História não há verdades prontas e

acabadas (Marc Bloch), mas sim, interpretações de de um determinado espaço e

tempo. Portanto, no trabalho pedagógico de história pretenderá discutir com às

várias vertentes historiográficas e colaborar com a construção do conhecimento

histórico.

16.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Será realizado a partir da problematização dos conteúdos que serão

abordados, retomando-os sempre que houver necessidade da turma. Leitura e

compreensão de textos individuais e em grupos com a mediação do professor.

Produção de textos; pesquisas bibliográficas e de fontes históricas.

Para tanto, far-se-á necessário o uso de abordagens teórico-metodológicos

diversos, contidas nas Diretrizes Curriculares para o ensino de História, ou seja os

pressupostos da Nova História, Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa,

quais colaboram para o corpo discente assimilar e resguardar as diferenças,

oposições, permanências, rupturas e similaridades entre os conteúdos e contextos

históricos.

Utilizando estes pressupostos, permitirá o aluno compreender a ideia da

consciência histórica, esta entendida como a existência do pensamento humano,

perspectivando que os sujeitos históricos são construídos e/ou constituídos a partir

de suas relações sociais e culturais

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Em síntese, utilizar esta fundamentação teórica e metodológica implica na

utilização de vários recortes temporais, diferentes conceitos de documentos,

diferentes sujeitos e suas experiências, a diversidade.

16.4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Relações de Poder;

Relações de Trabalho e

Relações Culturais

16.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

As culturas locais e a Cultura comum

Cultura Afro-descendente

Cultura Indígena

6ª série

As relações de propriedade

A constituição histórica do mundo, do campo e do mundo da cidade

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

Cultura Afro-descendente

Cultura indígena

7ª série

História das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho e a vida em sociedade

O trabalho e as contradições da modernidade

Os trabalhadores e as conquistas de direito

Cultura Afro-descendente

Cultura indígena

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8ª série

A constituição das instituições sociais

A formação do Estado

Sujeitos, guerras e revoluções

Cultura afro-descendente

Cultura indígena

16.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO

Relações de Poder;

Relações de Trabalho e

Relações Culturais

16.6 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

1º ano

Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

Urbanização e industrialização;

Cultura afro-descendente e cultura indígena.

2º ano

O estado e as relações de poder;

Os sujeitos, as revoltas e as guerras;

Cultura afro-descendente e cultura indígena.

3º ano

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

Cultura e Religiosidade;

Cultura afro-descendente e cultura indígena.

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16.6 AVALIAÇÃO

[...] para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é (preciso)

modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação

deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de

aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões

suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de

aprendizagem (LUCKESI, 2002, p. 81). Secretaria de Estado da Educação do

Paraná 80

Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula,

essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza

que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, professor e alunos precisam

entender que os pressupostos da avaliação, tais como finalidades, objetivos,

critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa ser melhorado ou o que

já foi apreendido. Segundo Luckesi (2002), o professor poderá lançar mão de várias

formas avaliativas, tais como:

• Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o desenvolvimento da

aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a

compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;

• Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico e tem por

finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos,

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identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao momento avaliado;

• Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma amostragem de

objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância

com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos metodológicos utilizados para a

compreensão dos conteúdos. Esta avaliação é aplicada em período distante um do

outro, como por exemplo o bimestre, trimestre ou semestre.

Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como

fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma

análise crítica das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo

professor e pelos alunos. Retomar a avaliação com os alunos permite, ainda, situá-

los como parte de um coletivo, em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja

assumida com vistas à aprendizagem de todos.

16.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Na concepção de ensino e de aprendizagem, das Diretrizes Curriculares para

o ensino de História, compartilha-se a ideia de Luckesi a respeito da avaliação

diagnóstica:

A fim de que as decisões tomadas na avaliação diagnóstica sejam

implementadas na continuidade do processo pedagógico, faz-se necessário o

diálogo acerca de questões relativas aos critérios e à função da avaliação, seja de

forma individual ou coletiva.

O ensino da história deverá contribuir na formação da cidadania, consciente

do seu papel enquanto sujeito histórico tendo conhecimento de seus direitos e

deveres, perante a sociedade, tendo a capacidade de discutir com argumentos

contundentes.

Colaborar na construção de um cidadão crítico, humano, responsável que

possa contribuir para com sua sociedade. Assim, a avaliação deve estar focada em

pressupostos teórico-metodológicos que possam corroborar com a construção do

conhecimento histórico.

Objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de

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aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento

externo a este processo.

16.8 BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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17 LÍNGUA PORTUGUESA

17.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A proposta curricular em Língua Portuguesa não é um simples conteúdo

escolar, mas uma atividade humana, histórica e social. Portanto, seu estudo deve

contribuir para auxiliar a solução de problemas cotidianos e propiciar o acesso aos

bens culturais acumulados pela humanidade. A finalidade do ensino da Língua

Portuguesa deve visar, prioritariamente, ao desenvolvimento da capacidade de

produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes auxiliem o

educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e se pensa e a

expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e dessa interpretação.

Com isso, procuramos oferecer aos alunos muitas e diferentes oportunidades

de desenvolver as quatro habilidades lingüísticas básica: falar e ouvir, ler e escrever,

num contexto de reflexões e de emoções, conhecimentos e satisfação pessoal que

tais atividades podem proporcionar.

A proposta da disciplina de Língua Portuguesa é fazer de cada atividade, um

estímulo para o aluno observar, falar, perguntar, pensar, dialogar, pesquisar, indo

além do livro didático. Embora a escola transmita a variedade culta da língua, é

importante respeitar a linguagem do aluno e ajudá-lo a compreender e a expressar a

realidade que o cerca. É preciso considerar seus conhecimentos, habilidades e

experiências para que a escola seja a extensão do seu mundo, sem deixar de

enfatizar a importância do português culto como instrumento de ascensão social.

Um projeto educativo, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for

sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis

necessidades especiais para a aprendizagem, como prioridade a afro-brasileira,

africana e indígena. De a mesma forma valorizar o assunto sexualidade, meio

ambiente e prevenção ao uso indevido de drogas e suas conseqüências.

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17.2 FUNDAMENTOS TÉÓRICOS METODOLÓGICOS

O currículo, como um conjunto de conhecimentos ou matérias a serem

superadas pelo aluno dentro de determinado tempo, é um programa de atividades

planejadas, devidamente ordenadas metodologicamente pelo professor, contendo

conhecimentos, valores e atitudes; experiências recriadas nos alunos por meio da

qual podem desenvolver-se, melhorar a sociedade em relação à reconstrução social

da mesma. Entretanto quando uma nova proposta curricular é apresentada como

fruto de ampla discussão coletiva, haverá o surgimento de novas práticas que irão

além do que propõe o documento, mas respeitando o seu ponto de partida teórico-

metodológico.

O currículo vinculado com base nas experiências vividas pelos alunos é

fundamentado em concepções psicológicas, humanistas e sociais. Isso é de suma

importância no desenvolvimento do indivíduo, levando em conta que terão de ser

objetos coerentes com a diversidade. Desde então, a metodologia e a importância

da experiência estão ligadas ao conceito do currículo. O importante em tudo isso, a

experiência, a recriação da cultura em termos de vivências e interesses de cada um.

Na dimensão do conhecimento, propomos que o Currículo da Educação Básica

ofereça ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento, com vistas à

transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo.

Em Língua Portuguesa, a linguagem verbal é compreendida como processo

de interação que se realiza nas práticas sociais. Estas são múltiplas e possuem

características variadas, definidas com interlocutor colocado em cada uma das

situações comunicativas pela finalidade que se pretende atingir. Por isso pode se

dizer que participar de diferentes situações de comunicação, escritas ou orais,

implica em diferentes conhecimentos.

Hoje, a escola tem como finalidade a formação do cidadão crítico e

efetivamente participativo, para que possa interagir verbalmente, de maneira cada

vez mais eficiente. Considerando a variedade enorme das situações comunicativas

que se realizam nas diferentes esferas: escolar, científica, literária, jornalística, entre

outras, devem ser trazidas à escola para que se possa estudá-las e conhecê-las,

cabendo à escola priorizar estas situações e tomá-las como objeto de ensino.

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A leitura é compreendida como processo de significação para o qual é

imprescindível a interação entre os interlocutores. É processo simultaneamente

individual, único e impessoal, prevendo um exercício ímpar, pois entre o leitor e o

texto desencadeia-se um processo discursivo de decifração, interesse,

interpretação, reflexão e reavaliação de conceitos absolutamente renovados a cada

leitura. Nenhuma atividade humana permite a espécie de diálogo atemporal que a

leitura proporciona.

Para trabalhar com a biblioteca da escola a metodologia é selecionar os livros

que fazem parte do acervo para ampliar os conteúdos trabalhados nos livros

didáticos, a partir dos seguintes critérios: o gênero (romance de aventura, diário

íntimo, contos, crônicas, poemas, etc.) ou o tema: (bulling, música, cinema, uso da

água, papel da mulher, direitos e deveres, meio ambiente, ilustrações, afro-

brasileiros, etc.).

Na produção de texto, orais ou escritos, é considerado como unidade de

ensino, sendo compreendido na sua essência, levando-se em consideração os

recursos estilísticos próprios, como recursos de língua, gírias, gramáticas, etc. Além

disso, as atividades propostas procuram orientar quanto aos procedimentos do

planejamento escolar, anual, revisão, reescrita e auto-avaliação dos mesmos,

considerando sua adequação tanto ao contexto de produção, quanto às respectivas

características tipológicas.

Para trabalhar a capacidade de narrar, devem ser tomados textos

organizados em gêneros como crônica, conto policial, entre outros, dependendo da

série em que estamos trabalhando, ou do momento. Para trabalhar a capacidade de

expor, podem ser focalizados textos de gêneros como: artigo de divulgação

científica, exposição oral, por exemplo. Para tomar como foco a capacidade de

argumentar, pode-se trabalhar com gêneros como artigos de opinião, debate, entre

outros.

Além disso, na linguagem oral deve-se levar em consideração aspectos de

entonação, pronúncia de palavras, prosódia, gestualidade e recursos que podem ser

utilizados em atividades orais, dramatizações de textos, “contação de histórias”, ou

declamação de poesias.

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17.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Oralidade

Leitura

Escrita

17.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

Leitura de textos e livros

Vocabulário dos textos

Construção de textos

Criação de Poemas

Variedades Linguísticas

Norma culta e variedades não padrão

Letras e Fonemas

Encontro Consonantal

Frase

Artigo

Tonicidade das Palavras

Numerais e Pronomes

Verbos regulares-indicativo

Substantivos – Classificação

Adjetivos

Acentuação

Ortografia

6ª série

Temas de textos propostos

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero

Léxico

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Marcas lingüísticas: coesão e coerência

Função das classes gramaticais

Pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito)

Figuras de Linguagem

Processo de formação das Palavras

Elementos Composicionais de gênero

Divisão dos textos em parágrafos

Acentuação Gráfica

Ortografia

Concordância Verbal e Nominal

Argumentatividade

Marcas Linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos

semânticos.

7ª série

Leitura de textos e livros de livre escolha

Vocabulários

A linguagem do texto

Pensar e criar a partir dos textos

Construir e reconstruir os sentidos dos textos

Produção de textos em diferentes gêneros

Análise morfológica

Análise sintática

Verbo ser concordância

Discursos: direto, indireto, indireto livre

Pontuação e Acentuação

Uso de crase

Vozes verbais

Concordância Nominal

Concordância verbal

Ortografia

8ª série

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Leitura de textos e livros

Construindo e reconstruindo os sentidos dos textos

Pensando e criando a partir de textos

Estudo da língua: Conjunções, período composto por coordenação

Uso da vírgula nas orações coordenadas

Criação de Poemas

Versificação

Período composto por subordinação

Orações Subordinadas Substantivas

Pontuação e Figuras de Linguagem

Orações subordinadas adverbais

Crônica e Conto

Orações Subordinadas Adjetivas

Emprego da letra (S) e (Z)

Orações reduzidas

Estrutura das Palavras e sua formação

Emprego do hífen

Sufixos e Prefixos

Verbos defectivos, verbos impessoais e unipessoais

Função da palavra (que) e (se)

Concordância Verbal

17.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

1° ano

Língua, códigos e sub-códigos.

Linguagens

Variantes lingüísticas

Funções da linguagem

Estrutura das palavras

Acentuação

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Ortografia

Formação das palavras

Figuras de Linguagem

Obras literárias

Analisar, pesquisar revistas, livros, mídia, produzidas por afro descendentes.

Coerência e coesão textual

Termos da oração

Oração e período

Textos: narrativos, descritivos, dissertativos, técnicos, jornalísticos, poéticos,

argumentativo e publicitário

Plano de redação

Tipos de discurso

Gêneros literários

Cidadania

História da literatura

A literatura portuguesa:

Trovadorismo

Humanismo e

Renascimento

Quinhentismo brasileiro\

Barroco português e brasileiro

O Neo-Classicismo português e brasileiro

2° ano

História da literatura: Romantismo em Portugal e Brasil, Realismo,

Naturalismo e o Parnasianismo em Portugal e Brasil, Simbolismo em Portugal e

Brasil.

Obras literárias de escritores afro-descendentes.

Análise e pesquisa de obras produzidas por afro descendentes no Brasil

As classes gramaticais

Palavras invariáveis

Sintaxe

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Termos associados

Redação e Leitura

Textos narrativos

Caracterização de personagem

Discurso – direto, indireto e indireto livre

Enredo – linear e não linear

Narrador – 1ª e 3ª pessoa

3° ano

História da Literatura

Pré-Modernismo no Brasil

Vanguardas Européias

Modernismo no Brasil

Semana de Arte Moderna

As gerações modernistas brasileira

Modernismo em Portugal

Tendências contemporâneas em Portugal e Brasil.

Análise e pesquisa de obras literárias de escritores afro-descendentes

Período composto por subordinação

Orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais

Períodos compostos por coordenação

Concordância nominal e verbal

Textos dissertativos:

Ponto de vista, argumentação, exposição

A linguagem dissertativa.

17.6 AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico mais discutido entre

os educadores. Os resultados das avaliações, além de servirem como termômetro

entre professor e aluno, no que se refere a ensinamento e aprendizagem, também

serve de elemento de reflexão sobre a própria prática educativa do professor e deve

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ser vistos como instrumentos que possibilitem ao aluno tomar consciência, não só

de suas dificuldades como também de seus avanços e possibilidades.

Para verificar se os objetivos estão atingidos, o professor deverá empregar

diferentes formas de avaliação, continuamente, e não apenas em um momento do

processo. Por isso, considera-se de fundamental importância que a avaliação leve

em conta não só as provas e as redações, mas também as atitudes dos alunos,

considerando: interesse e participação; postura, respeito ao colega e ao professor;

organização do material; realização das tarefas propostas; assiduidade e

pontualidade na entrega dos trabalhos.

Essas atitudes poderão ser verificadas por meio das observações do

professor e da auto-avaliação é fundamental para a constituição da autonomia do

alunos; esta lhe possibilita tomar consciência sobre o que sabe, sobre o que ainda

precisa aprender e sobre o que precisa fazer melhor.

17.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno, na leitura:

Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não

verbais;

Localize informações explícitas e implícitas no texto;

Produza inferências a partir de pistas textuais;

Posicione-se argumentativamente;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a idéia principal do texto;

Analise as intenções do autor;

Identifique o tema;

Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o

contexto histórico atual;

Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

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Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo;

Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial;

Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Espera-se que o aluno, na escrita

Expresse idéias com clareza;

Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...);

à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, intertextualidade;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,

etc.;

Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial;

Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Espera-se que o aluno, na oralidade

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

Apresente ideias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

Compreenda os argumentos do discurso do outro;

Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

Respeite os turnos de fala;

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114

Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em

suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates,

mesas redondas, diálogos, discussões, etc.;

Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos

extralinguísticos.

17.8 BIBLIOGRAFIA

Dia-a-dia Educação: Portal Educacional do Estado do Paraná, Secretaria de

Estado da Educação do Paraná: Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Língua Portuguesa

Novas Palavras: língua portuguesa: ensino médio / Emília Amaral...[ET al.]. –

2. Ed. Renov. – São Paulo : FTD, 2005. – (Coleção novas palavras

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115

18 MATEMÁTICA

18.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos

que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da

matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do

que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros

registros da humanidade a respeito de idéias que se originaram das configurações

físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades.

As primeiras propostas de ensino baseadas em práticas pedagógicas

ocorreram no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O

objetivo desse grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria

dominar a arte da persuasão. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da

Matemática, o seu valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de

estudos.

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a

partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas

de aritmética, geometria, música e astronomia.

Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Embora a ênfase

fosse dada ao estudo do latim, surgiram às primeiras idéias que privilegiavam o

aspecto empírico da Matemática. O século XVI demarcou um novo período de

sistematização deste conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas

variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos estudos referentes à geometria

analítica e à projetiva, o cálculo

As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de

grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e

uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como: arma de fogo, imprensa,

moinhos de vento, relógios e embarcações.

A criação e o uso de máquinas industriais e artefatos mecânicos incorporaram

novos elementos aos estudos da Matemática, em virtude das relações quantitativas

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que se estabeleciam para explicar os fenômenos dos movimentos mecânico e

manual.

O século XVIII foi marcado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pelo

início da intervenção estatal na educação. Com a emergente economia e política

capitalista, a pesquisa Matemática voltou-se, definitivamente, para as necessidades

do processo da industrialização.

Como a Matemática escolar era uma importante disciplina para atender tal

demanda, demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência

que daria a base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática

(VALENTE, 1999).

Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, programou-se um

ensino por meio de cursos técnico-militares, nos quais ocorreu a separação dos

conteúdos em Matemática elementar e Matemática superior, lecionados na escola

Básica (atual Educação Básica) e nos cursos superiores, respectivamente.

A próxima geração de softwares requer os métodos matemáticos mais

recentes daquela que é chamada teoria das categorias, uma teoria de estruturas

matemáticas que tem trazido novas perspectivas aos fundamentos da matemática e

da lógica. As ciências físicas (química, física, oceanografia, astronomia) requerem

matemática para o desenvolvimento de suas teorias.

A matemática faz contribuições especiais ao estudo destas ideias, a saber os

métodos de definições precisas; argumentos cuidadosos e rigorosos; representação

de idéias por meio de vários métodos, incluindo símbolos e fórmulas, figuras e

gráficos; métodos de cálculo; e a obtenção de soluções precisas de problemas

claramente enunciados, ou afirmações claras dos limites do conhecimento.

Estas capacidades mudam não a natureza da matemática, mas o poder do

matemático, que aumenta talvez um milhão de vezes a possibilidade de

compreender, de questionar e de explorar o mundo o que nos leva a poder dentro

desta disciplina de abordar e complementar as relações ambientais, o controle da

natalidade e a violência na escola pelo consumo desenfreado, por poder ou

simplesmente por demonstrações de emoções não controladas em nossas famílias.

Temos ainda dentro de todas estas questões as relações étnicas e sociais,

partindo de nossa colonização e cultura indígena que ao passar dos anos

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simplesmente deixou de ser mencionada, citamos os grandes pensadores ingleses,

americanos, mas esquecemos dos nossos nobres guerreiros Tupi, e seus deuses

(os elementos da natureza) que hoje sabemos ser imprescindíveis ao nosso meio de

existência e vida.

18.2 FUNDAMENTOS TEORICOS METODOLÓGICOS

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que

apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO,

2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre

os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática, investigando também,

como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e

atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda

o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do

pensamento do aluno.

Diante destas preocupações e das novas tendências praticamos hoje em

nossa escola uma metodologia que associa estes eixos e reflexões, pois buscamos

a parte histórica deste conteúdo, com seu pensador, seus métodos e princípios

questionaram os recursos aos quais ele possuía na época, fazendo uma integração

temporal e social. Partindo para exemplos reais, concretos favorecendo ao aluno a

interação e apropriação deste mesmo conhecimento, tendo em vista as intervenções

que o aluno possa fazer com a teoria do conteúdo no seu cotidiano.

Utilizamos os recursos dos quais temos disponíveis e que favoreça ao

educando. A utilização de vídeos, filmes e aulas pela TV pen-drive, o uso dos

sólidos geométricos favorecendo a visualização e comprovando a teoria na prática.

Os jogos didáticos como tangram, régua geométricas, blocos lógicos, material

dourado. Enfim procuramos aliar teoria, discussão, busca de resultados a uma

pratica diária alternando os meios pelo qual o aluno terá de interagir com a

disciplina.

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18.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

18.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema monetário

Geometria plana;

Geometria espacial

Dados e tabelas

Gráficos;

Porcentagem.

6ª série

Números Inteiros

Números racionais

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Equação e inequação do 1º grau

Razão e proporção

Regra de três simples

Medidas de temperatura

Medidas de Ângulos

Geometria plana

Geometria espacial

Geometria não-euclidiana

Pesquisa estatística

Média aritmética

Moda e mediana

Juro simples

7ª série

Números Racionais e Irracionais;

Sistemas de Equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não euclidianas.

Gráfico e Informação;

População e amostra.

8ª série

Números Reais

Propriedades das Radicais

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Equação do 2º grau

Teorema de Pitágoras

Equação irracionais

Equações Irracionais

Equações biquadradas

Regra de três composta

Ralações métricas no triangulo retângulo

Trigonometria no triangulo retângulo

Noção intuitiva de funções

Geometria plana, Espacial, analítica e não-euclidianas

Estatística

Juros compostos

18.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

Números Reais

Números complexos

Sistemas lineares

Matrizes e Determinantes

Polinômios

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de grandezas vetoriais

Medidas de Informática

Medidas de energia

Trigonometria

Função afim

Função quadrática

Função Polinomial, Exponencial, Logarítmica, trigonométrica, Modular

Progressão Aritmética e Geométrica

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Geometria plana, Espacial, Analítica e não-euclidiana

Analise combinatória

Binômio de Newton

Estudo das probabilidades

Estatística

Matemática financeira

18.6 AVALIAÇÃO

Se há um ponto de convergência nos estudos sobre a avaliação escolar é o

de que ela é essencial à prática educativa e indissociável desta, uma vez que é por

meio dela que o professor pode acompanhar se o progresso de seus alunos está

ocorrendo de acordo com suas expectativas ou se há necessidade de repensar sua

ação pedagógica. Quanto ao aluno, a avaliação permite que ele saiba como está

seu desempenho do ponto de vista do professor, bem como se existem lacunas no

seu aprendizado às quais ele precisa estar atento.

A partir de uma relação investigativa e diagnóstica no início do ano letivo e no

decorrer do ano, por isto não podemos utilizar um único instrumento de avaliação

precisamos utilizar leituras, provas, seminários, produção de materiais concretos,

trabalhos em casa e na escola, individuais ou em equipe.

18.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Comunicar-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

Compreender, por meio da leitura, o problema matemático;

Elaborar um plano que possibilite a solução do problema;

Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático;

Realizar o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

Partir de situações-problema interna ou externas à matemática;

Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

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Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução

encontrada,generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares;

Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem

adequada;

18.8 BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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19 LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

19.1 APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA

As discussões sobre a importância de se aprender uma ou mais línguas

estrangeiras remontam há vários séculos. Em determinados momentos da historia

do ensino de idiomas, valorizou-se o conhecimento do latim e do grego e o acesso à

literatura clássica, enquanto, em outras ocasiões, privilegiou - se o estudo das

línguas modernas.

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização

social, política e econômica ao longo da história.

Desta forma vamos resgatar, de forma sucinta, alguns marcos importantes

dentro da historia da Língua Inglesa.

Em 1809, D. João VI, assinou o decreto de 22 de junho para criar as cadeiras

de Inglês e Francês. A partir daí, o ensino das línguas modernas começou a ser

valorizado.

Com o passar dos anos surge o Método Direto, que, se baseava na teoria

associacionista da psicologia da aprendizagem que tem na associação o princípio

básico da atividade mental.

Em 1980, Canale e Swain ampliaram o conceito de competência comunicativa

ao incorporarem, além da competência gramatical, outras três em seu modelo final:

a competência sociolinguística, a estratégica e a discursiva. Além disso, esses

linguistas propuseram quatro habilidades respectivas: leitura, escrita, fala e audição.

Surge então a abordagem Comunicativa, onde professor deixa de ser o centro

do ensino e passa à condição de mediador do processo pedagógico. Do aluno, é

esperado que desempenhe o papel de sujeito de sua aprendizagem.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no

Ensino Fundamental, a partir da quinta série, e a escolha do idioma foi atribuída à

comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (Art. 26, § 5.º).

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Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma Língua

Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da

instituição (Art. 36, Inciso III).

Conceber a aprendizagem de Línguas Estrangeiras de uma forma articulada,

em termos dos diferentes componentes da competência linguística, implica,

necessariamente, outorgar importância as questões culturais. Assim como determina

a lei 10.639/03 que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo

oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-

Brasileira", e dá outras providências. E no Art. 26-A solicita que “Nos

estabelecimentos de ensino fundamental e médio,oficiais e particulares,torna-se

obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira”.

O estudo da Historia e Cultura Afro - Brasileira pode ajudar no aprendizado da

Língua Inglesa, porque proporciona outra (s) forma(s) de encarar a realidade,

fazendo com que os alunos possam refletir muito mais sobre a sua própria cultura e

irão ampliar a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior

profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhantes e

contrastantes entre forma de ser, agir, pensar e a de outros povos, enriquecendo a

sua formação.

E é fundamental, conferir ao ensino escolar de Línguas estrangeiras um

caráter que, além de capacitar o aluno compreender e a produzir enunciados

corretos no novo idioma, permitir-lhe acesso às informações de vários tipos, ao

mesmo tempo em que para a sua formação geral enquanto cidadão.

Desta maneira a Língua Inglesa deve entender- se como uma ferramenta

imprescindível para o mundo moderno, com vistas à formação profissional,

acadêmica ou pessoal no ensino de Línguas Estrangeiras Modernas no Ensino

Fundamental e Médio.

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19.2 FUNDAMENTOS TEORICOS METODOLOGICOS

A proposta adotada se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Círculo

de Bakhtin, que concebem a língua como discurso.

Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua

Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na

Educação Básica.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de

modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda

que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis

de transformação na prática social.

Desta forma a Língua Inglesa deve ser fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais do aluno. Por isso, é de fundamental importância considerar o

interesse da nossa escola, dos nossos professores, dos nossos alunos e da

comunidade local.

Procuramos preparar nossos alunos não somente para a realização de

uma prova de vestibular, mas sim pra uma comunicação básica da língua inglesa,

onde estes possam perguntar e responder questões do dia a dia. O aprendizado

deve também contribuir para formar alunos críticos e transformadores através do

estudo de textos que permitam explorar as práticas da leitura, da escrita e da

oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.

Desta forma, espera-se que o aluno:

use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

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Durante as aulas faremos uso dos seguintes materiais: computadores,

revistas, histórias em quadrinhos, vídeos, filmes, radio, retro projetor, quadro, etc.

Disponibilizando de tais recursos podemos fazer que o aprendizado proposto

para nossos alunos não seja apenas visual e sim áudio- visual.

Embora seja certo que os objetivos práticos - entender, ler, falar e escreve - a

que a legislação e especialistas fazem referencia são importantes, que nos parece

que o caráter formativo intrínseco a aprendizagem de línguas não pode ser

ignorado.

Nessa linha de pensamento, deixa de ter sentido o ensino de línguas que

objetiva apenas o conhecimento metalinguístico e o domínio consciente de regras

gramaticais que permitem, quando alcançar resultados puramente medianos em

exames escritos. Esse tipo de ensino, que acaba por tornar-se uma simples

repetição, ano após ano, dos mesmos conteúdos , que cede lugar, na perspectiva

atual, a uma modalidade de curso que tem como principio geral é levar o aluno a

comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana.

Esperamos que ao decorrer dos anos nossos alunos sejam capazes de:

Saber distinguir entre as variantes linguísticas.

Escolher o registro adequado a situação na qual se processa a comunicação.

Escolher o vocábulo que melhor reflita a ideia que pretende comunicar.

Compreender que a expressa pode ser interpretada em razão de aspectos

sociais e /ou econômicos.

Poderemos então formar cidadãos linguisticamente competentes em uma

Língua estrangeira Moderna: o Inglês.

19.3 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como Prática Social

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social.

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos,

buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se

como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como

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prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de

oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

19.4 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Leitura

Identificação do tema;

Funções de classes gramaticais dentro do texto;

Recursos estilísticos;

Intertextualidade;

ortografia.

Escrita

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Condições de produção;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Funções das classes gramaticais;

Elementos semânticos.

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Marcas Linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronuncia

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19.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

Leitura

identificação do tema;

funções de classes gramaticais dentro do texto;

recursos estilísticos;

intertextualidade;

ortografia.

Escrita

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Condições de produção;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Funções das classes gramaticais;

Elementos semânticos.

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Marcas Linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronuncia

19.6 AVALIAÇÃO

A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho

docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e

aprendizagem. Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer

trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos

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propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para

as correções necessárias.

Segundo Batista, 2008 “ essencial estabelecer a relação entre os conteúdos

que se pretende ensinar, o objetivo para este ensino, a forma que sistematização

destes conteúdos, para então, estabelecer instrumentos e critérios de avaliação

claros e específicos que serão utilizados no processo avaliativo. {…} Não basta,

apenas, a divisão dos conteúdos, mas é fundamental que se tenha clareza do que

se quer com este ou aquele conteúdo (objetivos) e a forma como serão

sistematizados (metodologia) e também o modo que estes conteúdos serão

avaliados, ou seja, a definição de alguns instrumentos para avaliações pontuais da

aprendizagem e o estabelecimento critérios de avaliações pertinentes e coerentes

com os conteúdos determinados.”

Os instrumentos devem ser diversificados, para permitir uma análise mais

objetiva do desenvolvimento do aluno e da pratica pedagógica.

Buscando essa diversificação usamos os seguintes métodos de avaliação:

Continua e Contextual, Investigativa e Diagnostica e também a Sistemática e

Objetiva.

E aplicamos estes métodos através de:

Interpretações de textos

Pesquisas em sala de aula e/ou campo

Provas objetivas e discursivas

Prova oral

Prova de áudio e/ou visão.

Resumo de livros, artigos , revistas.

Desta forma desenvolvemos um processo de avaliação onde que permeie

todo o processo educativo, que não seja executado só no final, para que se

assegurem atingir os objetivos tanto do professor quanto do aluno.

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19.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÕES

Na leitura espera se que o aluno faça uma leitura compreensiva do texto, que

localize informações implícitas e explicitas no texto, percepção do ambiente no qual

o gênero circula, identificação do tema.

Na escrita espera se que o aluno expresse suas ideias com clareza, use

recursos textuais como: coesão e coerência, utilização adequada de recursos

linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc.

Enquanto na oralidade espera- se que ele possa apresentar as ideias com

clareza, participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em

língua materna e analise de recursos da oralidade em cenas de desenhos,

programas , filmes.

19.8 BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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20 BIOLOGIA

20.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Construir uma identidade na disciplina de Biologia para o ensino médio

pressupõe levar em consideração a complexidade dos sujeitos que se integram no

meio, interagindo com todos os seres em um meio físico e químico, levando em

consideração suas diferenças nas suas diversidades, cultura afro, educação

ambiental, sexualidade, violência, prevenção no uso indevido de drogas. Estes

conhecimentos crescem a passos largos, especialmente na área biológica, e

atualizar-se deve ser uma atividade diária, mediante a leitura de publicações de

cunho científico. Vivemos um período de grandes avanços do saber e devemos

estar preparados para compreender o que eles significam. Adequar os conteúdos

para o nível certo de escolaridade, sem exagerar na quantidade de informação e, ao

mesmo tempo, abrindo espaços para a reflexão e o desenvolvimento do espírito de

cidadania, foram os objetivos que nortearam a presente proposta curricular, visando

trazer mais informação, a fim de melhorar a qualidade do meio. Com isso a área

biológica vem assumindo cada vez mais importância na formação das pessoas.

20.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

A abordagem do conteúdo de Biologia deve permitir a interação dos quatro

conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos,

diversidades biológicas, mecanismos de funcionamentos, processos evolutivos,

extinção de espécies, organismos geneticamente modificados, manipulação do

DNA, organização das células, meio ambiente, fenômenos físicos e químicos,

alimentos, propriedades, doenças, estrutura física e cultura afro descendente.

20.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

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Organização dos Seres Vivos

Mecanismos biológicos

Manipulação genética

20.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ano

Mecanismos celulares, biofísicos e bioquímicos;

Teorias evolutivas;

Dinâmicas dos ecossistemas, relações entre os seres vivos e

interdependências com o ambiente;

2º ano

Classificação dos seres vivos, critérios taxonômicos e filogenéticos

3º ano

Mecanismos de desenvolvimento embriológico

Transmissão das características hereditárias

Organismos geneticamente modificados.

20.5 AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico mais discutidos entre

os educadores. Os resultados das avaliações, além de servirem como termômetro

entre professor e aluno, no que se refere a ensinamento e aprendizagem, também

serve de elemento de reflexão sobre a própria prática educativa do professor e

devem ser vistos como instrumentos que possibilitem ao aluno tomar consciência,

não só de suas dificuldades como também de seus avanços e possibilidades. Para

verificar se os objetivos estão sendo atingidos, o professor deverá usar, empregar

diferentes formas da mesma, continuamente e não apenas em um momento do

processo.

Por isso, considera-se de fundamental importância que a avaliação leve em

conta não só as provas e as produções textuais, mas também as atitudes dos

alunos, considerando alguns aspectos como: interesse pelo assunto, participação

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nas tarefas propostas, sua postura e respeito como um todo na sala e fora dela,

organização de seu material de estudo, assiduidade, pontualidade na entrega dos

trabalhos. Essas atitudes poderão ser verificadas por meio das observações do

professor e da auto-avaliação do aluno, apartir de critérios sugeridos pelo docente

da disciplina. A auto avaliação é fundamental para a constituição da autonomia do

aluno, esta lhe possibilita tomar consciência sobre o que sabe, sobre o que ainda

precisa aprender e sobre o que precisa fazer melhor.

20.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Na definição dos critérios deve ser mantida a questão da compreensão dos

textos orais, retomando adequadamente as idéias principais do texto, posicionando-

se criticamente a partir das relações que se estabelecem entre seus diversos

segmentos e entre o texto e outros a eles relacionados; ser capaz de ajustar sua

leitura a diferentes objetivos, considerando as especificidades dos gêneros e dos

suportes, conseguir produzir textos orais, planejando-os previamente de acordo com

os objetivos pretendidos; escrever adequadamente às finalidades, às

especificidades do gênero e ao interlocutor, com coerência e coesão; redigir

empregando recursos próprios do padrão escrito, paragrafação, pontuação e outros

sinais gráficos, observando regularidades lingüísticas e ortográficas, saber revisar os

próprios textos, incorporando sugestões feitas para aprimorá-las.

Com a avaliação da leitura, deve ser feita, não como objeto de provas, mas

como mais um elemento de aprendizagem, comentando sobre o livro lido, expondo

sua opinião sobre o assunto e suas razões para uma recomendação de leitura;

confeccionar cartazes para divulgar o livro lido nas dependências do colégio; compor

paródias; criar histórias em quadrinhos a partir do assunto inclusive do livro lido.

Será abordado nas leituras sobre a história afra brasileira africana e indígena,

contudo estudando sobre a constituição da etnia do Brasil. O mesmo será feito com

educação ambiental, abrangendo aspectos relevantes com leituras, como prática

educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento e na avaliação dos

conteúdos específicos.

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20.7 BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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21 FILOSOFIA

21.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A cada dia que passa é maior à necessidade de que os indivíduos sejam

sujeitos de si mesmos, sujeitos conscientes de sua história. Nossa preocupação é

com a formação de um individuo crítico e responsável socialmente pelos seus atos.

A possibilidade da formação deste indivíduo deve ser viabilizada para o

adolescente e o jovem que freqüente a escola. Ela não se dá espontaneamente.

Uma das formas de viabilizar-las e através do processo ensino aprendizagem das

ciências, da filosofia,das artes,da música, e das experiências de vida de cada um.

Nesta forma as aulas de Filosofia buscam fornecer ao adolescente o

instrumental básico à elaboração de uma reflexão sobre o mundo, e sobre si mesmo

no mundo de forma a possibilitar-lhe a conquista de uma autonomia crescente no

seu pensar e agir. Parafraseando Marleau-Ponty, “a verdadeira filosofia é reaprender

a ver o mundo”.

21.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS

A Filosofia no ensino médio tem muito a contribuir,através das reflexões e

discussões faz com que o estudante perceba a realidade complexa em que vive e

possa sugerir ações transformadoras.

A abordagem pedagógica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o

estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino da Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano,com o

universo do estudante – as ciências, a arte,história,cultura – a fim de problematizar e

investigar o conteúdo estruturante.

Análise de textos: Com análise de múltiplas linguagens;

Aulas expositivas; Trabalhos em grupo, em sala de aula pesquisas

bibliográficas debates e reflexões a cerca de temas expostos com recursos

audiovisuais.

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21.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

Ética

Filosofia Política

Filosofia da Ciência

Estética

Atendendo as exigências da lei 10639/03 e da deliberação 04/06 será

contemplado o estudo da filosofia africana. Constará também um estudo

antropológico da cultura africana e das religiões afro-brasileiras, buscando discernir

as influências da cultura africana na literatura, arte, música, dança e escultura

brasileira. Assim como o trabalho da cultura indígena e afro-indigena como prevista

na lei 11645/08.

21.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ano

Mitologia;

O mito Grego;

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia;

O que é Filosofia;

A passagem do pensamento mítico para o pensamento racional;

Platão; Vida e Obra;

O deserto do real;

Mito da Caverna;

A importância das artes;

A escola de Atenas;

Os pré-socráticos;

A virtude em Aristóteles;

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O que é senso comum;

As formas do conhecimento;

A amizade;

A Liberdade;

Cidadania;

Alienação;

2º ano

Contexto histórico e político do surgimento da Filosofia;

Características da Filosofia antiga;

Problemas da Filosofia Medieval;

Sócrates, Platão e Aristóteles;

As possibilidades do conhecimento quanto a sua cultura e a capacidade

humana de conhecer a verdade é colocá-la em cheque;

Questões da Filosofia moderna;

Origens da violência;

Consciência;

Ética e Moral;

Liberdade em Sartre;

Sartre; Vida e Obra;

Virtude, o uso da liberdade com responsabilidade;

Relação entre comunidade e poder;

Concepções da ciência;

A amizade;

Ética;

Maquiavel;

Descartes; Vida e Obra;

Espinosa;

Pensadores contemporâneos.

3º ano

Consciência crítica e filosofia;

Filosofia e o exercício do pensamento;

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O homem como um sistema aberto;

O problema da verdade;

A confiança exclusiva na Razão;

O homem quanto à natureza e a cultura;

Descartes; O Discurso do método; Suas meditações

Da duvida ao fundamento;

Kant; A liberdade de pensar publicamente;

A transmissão do conhecimento na cultura Africana;

Estudo da Filosofia Africana;

Religiões afro-brasileiras;

Influencia da cultura Africana na música, arte, dança e escultura brasileira;

Esfera da política pública;

A função do Estado;

Maquiavel; O realismo político;

Contribuições e limites da ciência;

Filosofia e arte;

Conceitos de estética; O que é o belo? O que é o feio?

O que é Útil..;

Arte e cultura;

Arte e Religião;

Rousseau; Origens e os fundamentos da Desigualdade entre os homens;

Platão; A república;

Platão e os primórdios da Estética;

Agostinho; A razão em progresso permanente.

21.5 AVALIAÇÃO

O ensino da Filosofia deve contribuir com o processo formativo do educando,

procurando formar cidadãos humanizados, críticos, responsáveis, autônomos e

emancipados, que contribuam para uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

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A avaliação deve estar de acordo com este pressuposto. Não deve estar focada na

nota em um sistema fechado, mas sim;

Uma prática continua e permanente do professor visando assim repensar o

processo ensino aprendizagem. Ela tem um caráter diagnóstico, cumulativa e

formativa. Ela deve ser um instrumento para repensar os métodos, os

procedimentos e estratégias de ensino. Através de Interpretação de textos,

atividades em grupo, atividades expositivas; pesquisas, questionários, avaliações

escritas e acima de tudo com uma análise comparativa do pensamento anterior do

aluno e após os conhecimentos dos novos conteúdos.

Valorizar a diversidade e diferenças pessoais e culturais, diferenciando os

instrumentos de avaliações, possibilitando a oportunidade de expressão das

diferentes habilidades do educando.

Assim, o professor deverá ajudar ao aluno a distinguir suas dificuldades,

fornecendo condições de superá-lo. Ajudar a recuperação dos alunos através de

uma avaliação diversificada procurando detectar as causas de suas dificuldades.

21.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Capacidade de absorção de acordo com o estabelecido diante dos conteúdos

propostos;

Apreensão do conteúdo mediante os fatos apresentados conforme o que o

assunto ensina e enfoca;

Compreensão dos conteúdos apresentados em sala que contribua para o

crescimento de um (1) novo pensamento;

O entendimento do real para o abstrato fazendo uma relação de comparação

com a realidade existente;

A partir do conhecimento de um mito Grego faça a mudança de seu conceito

com relação às varias faces da realidade de cada povo.

21.7 BIBLIOGRAFIA:

Wagner, A., Ribeiro, L., Arteche, A. & Bornholdi, E. (1999).

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Configuração familiar e o bem-estar psicológico dos adolescentes. Psicologia:

Reflexão e Crítica, 12(1), 147-156.

ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes;

Chauí, Marilena; Convite a Filosofia. São Paulo: Ática

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: História e grandes temas: São

Paulo: Saraiva;

Vários autores/ Filosofia no ensino médio. Curitiba SEE: PR,2006 – Ed.

Eletrônica

http://www.filosofia.seed.pr.gov.pr

Marçal,Jairo - organizador

Antologia de textos filosóficos – Secretária de Estado da Educação do

Paraná/ PR. 2009.

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22 FÍSICA

22.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objetivo principal da elaboração deste documento não está ligado apenas

às exigências legais ou aos aspectos relacionados ao cumprimento de sua

formalização textual, mas, sim, à qualidade conseguida ao longo do processo de sua

elaboração, uma vez que o Proposta Político-Pedagógica – PPP somente se

constituirá em referência para as ações educativas se os sujeitos da comunidade

escolar se reconhecerem nele, para referendá-lo como tal.

Para a efetivação desses objetivos, faz-se indispensável que a escola possua

e construa um documento com a função de planejamento global de sua ação

educativa. Segundo Vasconcellos, este documento é:

“(...) um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os

desafios do cotidiano da escola, só que de forma refletida, consciente,

sistematizada, orgânica, científica, e, o que é essencial, participativa. É uma

metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da

escola”.(1995:143)

Para Veiga, o Projeto Político-Pedagógico, carregando o caráter de projeto de

sua origem etimológica latina (projectu), cumpre a função de dar um rumo, uma

direção à instituição. Aliamo-nos a essa autora, quando destaca o caráter político e

o caráter pedagógico deste documento. Diz a autora que o projeto de escola é

sempre:

“... uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso

definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um

projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sóciopolítico com

os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político, no sentido de

compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. „A dimensão

política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática

especificamente pedagógica.‟ (Saviani 1983, p.93). Na dimensão pedagógica reside

a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do

cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no

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sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas

de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade”. (1996:12)

A Física é uma entre tantas coisas que as crianças aprendem nos primeiros

anos de vida Elas aprendem de modo espontâneo ao lançar objetos e ao deixa-los

cair, ao tentar caminhar e ao distinguir pelo tato, os corpos quentes dos corpos frios.

Com as experiências as crianças exploram o estranho ambiente em que se

descobrem vivendo A Física que se estuda no colégio e até na universidade tem

exatamente o mesmo propósito; permitir que compreendamos alguns aspectos

importantes do ambiente que nos circunda.

O estudo da física no ensino médio deve levar o aluno a compreender que

estes conhecimentos não “surgiram” em seu estado definitivo, mas é resultado de

um longo caminho trilhado pela humanidade ao longo da história. É importante levar

o aluno a compreender o momento histórico em que determinada teoria foi

apresentada e o longo caminho percorrido até ser aceita e reconhecida pela

sociedade. O conhecimento das leis e fenômenos físicos é de grande importância

para a formação cultural dos alunos permitindo a compreensão do desenvolvimento

cientifico e tecnológico do mundo atual.

Os conteúdos relacionados à História e Cultura - afro-brasileira serão

abordados nos planejamentos específicos de cada série a fim de contemplar Lei n°

10.639, de 9 de Janeiro de 2003.

Resumindo, os alunos praticam a disciplina de FÍSICA sem ter noção. O que

fazemos é descrever conceitualmente e matematicamente a prática do dia a dia

deste indivíduo. O Ensino Médio tem como fundamento uma sólida educação geral

voltada para a compreensão crítica do mundo globalizado, de modo que o estudante

passa enfrentar e atuar perante as mudanças sociais e cientificas do seu tempo e

concluir que a preservação do planeta, da qualidade de vida, é dever de cada um.

22.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Busca-se, a partir de uma ação intencional e planejada, promover uma

interlocução entre as atividades escolares e a realidade social, questionando as

relações políticas, econômicas, sociais, culturais e históricas, possibilitando a

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construção de alternativas de mudança e intervenção transformadora nessa

realidade.

Uma aprendizagem significativa pressupõe a aquisição de valores,

ressignificação das relações de aprendizagem, contextualização e a inter-relação de

áreas do conhecimento. Os componentes curriculares, interdisciplinarmente,

assumem também o caráter formativo. Sendo assim, o lúdico, a problematização e a

dialética perpassam todo o percurso da vida escolar

O trabalho realizado contempla a articulação dos conhecimentos escolares de

forma a organizar as atividades de ensino e aprendizagem. Isto implica em

considerar que tais conhecimentos não se ordenam para sua compreensão de forma

rígida, nem em função de algumas referências disciplinares preestabelecidas ou de

uma homogeneização dos alunos.

Assim desta forma, queremos formar sujeitos críticos, capazes de resolver os

problemas pessoais, sociais, equilibrados, comprometidos com a vida social,

engajados, com perspectiva de vida, boa estima, valorizados, respeitados,

construtores do saber e do conhecimento. Priorizando uma educação humanista e

igualitária formando cidadão aptos a enfrentar e pleitear em espaço social digno, que

garanta o acesso ao conhecimento sócio-historicamente construído.

Os conteúdos previstos para o desenvolvimento da disciplina serão

apresentados em forma de aulas expositivas, usando diferentes linguagens: verbal,

física, gráfica e corporal e trabalhos em grupos e individuais, em classe e extra-classe,

para estimular o conhecimento na sala de aula e fora dela. Através de projetos

multidisciplinares promoveria transição para novos níveis e estágios de conhecimento

e cultura.

A introdução a alguns conteúdos de Física Moderna serão trabalhados com

mídias (vídeos). Utilizar o laboratório para as aulas praticas visando o conhecimento

obtido em sala de aula. Sempre que possível acrescentar fatos históricos e

conhecimentos da história da física e cultura afro-brasileira africana nas aulas.

22.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Movimento

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Termodinâmica

Eletromagnetismo

22.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

1°Ano

Movimento

Introdução à Historia da Física

Cinemática Escalar e Vetorial

Descrição Clássica de Movimentos

Dinâmica

Gravitação Universal

Energia Mecânica

Conservação da Quantidade do Movimento

Estática

2° Ano

Hidrostática

Termodinâmica

Termometria

Dilatação Térmica

Calorimetria

Estudo dos gases

Leis da Termodinâmica

Ondulatória

Acústica

3° Ano

A Natureza da Luz e suas Propriedades

Óptica geométrica

Reflexão da luz

Refração da luz

Eletrostática

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Eletrodinâmica

Magnetismo

Eletromagnetismo

Gravitação e Eletromagnetismo

Física moderna

22.5 AVALIAÇÃO

O estudo da Física em seu campo de atuação tem como objetivo o

desenvolvimento do conhecimento científico capaz de levar o espírito científico e se

prender às soluções fáceis, imediatas e aparentes. A Física deve educar para a

cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de

admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a

necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do

universo de fenômenos que o cercam.

22.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Tem-se como critérios para que o aluno atinja seus objetivos:

O reconhecimento do papel da Física no sistema produtivo e procedimentos

tecnológicos.

A Identificação das relações entre conhecimento cientifico, produção de

tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e a

compreensão da tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo

elaborar juízo sobre risco e benefícios das práticas cientifico tecnológicas.

A utilização de conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.

A Valorização do trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e

cooperativa para construção coletiva do conhecimento.

O desenvolvimento do raciocínio lógico e a percepção da causa e o efeito de

um fenomeno estarem relacionados, tornando-o mais claros.

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O Entendimento, interpretação e o trabalho com as unidades de medidas.

A consciência de que através de conhecimentos físicos é possível realizar

tarefas com menor esforço, aumentando a vantagem mecânica.

A percepção do dia a dia, da natureza, dos efeitos, causas e consequencias

dos conceitos, instrumentos e processos envolvidos no ensino e aprendizagem da

Física como um todo.

22.7 BIBLIOGRAFIA

DIRETRIZES CURRICULARES, DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO,

Versão preliminar, julho de 2006.

HOBSBAWM, E. J. A Era dos Impérios, 9ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

VALADARES ED. Física mais que divertida. Belo Horizonte, 2002.

UENO P. Física, Novo ensino médio, v. único. Editora Ática, 2005.

BONJORNO RA, Bonjorno JR, Bonjorno V, Ramos CM. Física Completa,

editora FTD, 1993.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da

vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez, Autores Associados,

1983.

VEIGA, Ilma P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção

coletiva. In: VEIGA, Ilma P. A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma

construção possível. Campinas: Papirus, 1996.

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23 QUÍMICA

23.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da

matéria e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por

necessidades humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e,

posteriormente, o domínio do processo de cozimento.

Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos

unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem

ser classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um

conjunto de ações e procedimentos que contribuíram para a elaboração do

conhecimento químico desde o século XVII.

Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química,

considera-se essencial retomar fatos marcantes da história do conhecimento

químico em suas inter-relações econômica, política e social. Inicialmente, o ser

humano obteve a partir do fogo seus benefícios.

Desses benefícios, a extração, produção e o tratamento de metais como o

cobre, o bronze, o ferro e o ouro merecem destaque na história da humanidade, no

que diz respeito aos fatos políticos, religiosos e sociais que os envolvem.

Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser

relembrados como forma de entender a constituição desse saber, entre eles a

alquimia.

O domínio do fogo representa, sem dúvida, uma das mais antigas

descobertas químicas e aquela que mais profundamente revolucionou a vida do

homem. Já no paleolítico, há cerca de 400.000 anos, o homem conservava lareiras

em alguns dos seus habitáculos na Europa e na Ásia. [...] No neolítico, o fogo foi

utilizado para cozer a argila destinada ao fabrico de cerâmica. Mais tarde, graças

aos conhecimentos que terão sido adquiridos pelo artífice na prática da combustão e

da construção dos fornos, irá permitir a metalurgia. [...] A tinturaria é uma indústria

muito antiga. Não é possível fixar-lhe as origens. Utilizavam-se, na Antiguidade,

sucos vegetais tirados da garança, do ingueiro, por exemplo, para tingir as roupas.

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Os corantes minerais foram objeto de uma larga utilização como produtos de beleza.

A cerusa (carbonato de chumbo) aclarava, pela sua cor branca, a pele das romanas.

O cinábrio (sulfeto de mercúrio) entrava na composição do vermelho para o rosto

das Atenienses. As mulheres das regiões do Nilo recorriam à malaquite para pintar o

rosto.

Na Europa a alquimia chegou “[...] através de traduções de textos árabes, os

quais, por sua vez, já eram traduções e adaptações de velhos textos helenísticos ou

de tradições caldaicas” (ALFONSO-GOLDFARB, 2001, p. 29).

Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal

(prática de transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses

procedimentos, mas agiam de modo hermético, ocultista, uma vez que a sociedade

da época era contra essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria:

Esses alquimistas manipularam diversos metais, como o cobre, o ferro e o

ouro, além das vidrarias2 que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos

laboratórios. Apesar da fantasia e da realidade contida nos textos alquímicos,

permeados de escritos indecifráveis, aos poucos e clandestinamente, eles se

difundiram pela Europa.

No final do século XIV e início do século XV, com o fim do feudalismo, a

alquimia adquiriu uma nova configuração. Esse período foi caracterizado por

aglomerações urbanas emergentes, por péssimas condições sanitárias, pela fome,

pelas pestes – incluindo a peste negra de 1347 – e isso gerou um desequilíbrio

demográfico além de problemas relacionados ao trabalho, que também se

modificava estruturalmente.

A burguesia, classe social emergente, começava a comandar a

reestruturação do espaço e do processo produtivo no novo contexto econômico que

se constituía. Decorre que houve um expressivo avanço dos estudos para a cura de

doenças, em especial com o uso de substâncias químicas minerais.

Nascida dos trabalhos da metalurgia, das ideias chinesas de cura e equilíbrio,

da magia estelar persa, do hermetismo egípcio e da interpretação mística da

Filosofia grega, a Alquimia, investigação sobre a natureza da matéria e prática

laboratorial para nela interferir, defini-se primordialmente pelo desejo de conquistar o

tempo. Porque nela o mundo é pensado como um todo vivente e porque cada ser,

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do menor ao maior, é concebido como microcosmo a espelhar o macrocosmo, a

Natureza é pensada como nascimento (semente ou germem), vida, maturação,

morte ou imortalidade (CHAUÍ, 2005, in ALFONSO-GOLDFARB, 2005, p. 11-12).

[...] eles buscavam no elixir da longa vida o que hoje se busca por meio de

remédios: melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la. A busca de novos

materiais para o fabrico de vestuário e para construção de habitações se assemelha

ao que faziam os alquimistas, que com a evaporação dos líquidos ou com a

recalcinação de sólidos procuravam melhorar a qualidade das substâncias. As

retortas, os crisóis, os alambiques de então estão nos modernos laboratórios de

hoje, sob a forma de sofisticada aparelhagem de vidros especiais (CHASSOT, 2004,

p. 119).

Na transição dos séculos XV-XVI, estudos desenvolvidos pelo suíço Phillipus

Auredus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, cujo pseudônimo era Paracelso,

possibilitaram o nascimento da Iatroquímica3, antecessora da Química. O emprego

dos conhecimentos da Iatroquímica era, naquele momento, apenas terapêutico e

Paracelso fazia uma leitura cosmológica dos fenômenos, relacionada com as

crenças religiosas.

Essa proximidade com a religião fez com que Baptiste van Helmont, médico

que viveu entre os séculos XVI e XVII, fosse condenado várias vezes pela Igreja,

acusado de realizar práticas satânicas, uma vez que, em seus estudos, fazia um

misto de ciência e religião.

Entretanto, os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à

religião e à alquimia. A teorização sobre a composição da matéria, por exemplo,

surgiu na Grécia antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e

Demócrito, que lançaram algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII

com Boyle, Dalton e outros. A teoria atômica foi uma questão amplamente discutida

pelos químicos do século XIX, que a tomaram como central para o desenvolvimento

da Química como ciência.

O fato é que a Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de

desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da

classe dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de poder que

marcaram a constituição desse saber.

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No século XVII, na Europa, ocorria a expansão da indústria, do comércio, da

navegação e das técnicas militares, particularmente em cidades como Paris,

Londres, Berlim, Florença e Bolonha, onde existiam as grandes universidades.

Nesse contexto, foi fundada, em Paris, a Academie des Sciences e outra

similar em Berlim, ambas subvencionadas pelo Estado e subordinadas a ele.

Paralelamente, em Londres, foi criada a Royal Society, mantida pelos próprios

participantes e sem qualquer relação com o Estado, livre para colocar em ação as

teorias científicas aliadas às práticas populares e ao cotidiano das pessoas. Um dos

integrantes da Royal Society, Robert Boyle, tornou público seus saberes e recebeu

muitas críticas dos adeptos da Filosofia Natural, os quais consideraram sua

pesquisa meramente especulativa e intuitiva.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática

(Boyle, Priestley, Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um

novo saber, que passou a ser conhecido como química, o qual foi dividido em

diferentes ramificações procedimentais, dentre elas: alquimia, boticários,

iatroquímica e estudo dos gases.

No século XIX, essa química pautou-se num corpus teórico de explicações

atômico-moleculares com os estudos de Dalton, Avogadro, Berzelius, entre outros.

Foi nesse cenário que a Química ascendeu ao fórum das Ciências. O avanço desse

conhecimento estava vinculado às investigações sobre a composição e estrutura da

matéria, estudos estes partilhados com a Física, que investigava as forças internas

que regem a formação da matéria. Isso ocorreu para atender ao desenvolvimento da

própria Ciência, no século XIX, que tinha como um dos focos de investigação a

composição dos materiais e a descoberta de novos elementos químicos.

O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço

da Química dos séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações. Dentre as

realizações dos químicos, nesse período, destacaram-se o isolamento de algumas

substâncias gasosas (nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de

muitos outros elementos metálicos: cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto,

manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre. Com a Revolução Industrial, o

modo de produção capitalista expandiu-se, o que teve como uma, dentre outras

conseqüências, o impulso ao desenvolvimento da indústria química.

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Um dos químicos mais influentes da França nesse período foi Antonie Laurent

Lavoisier que colaborou com a consolidação dessa ciência no século XVIII e

elaborou o Traité Elementaire de Chimie (Tratado Elementar da Química), publicado

em março de 1789, referência para a química moderna da época. Lavoisier propôs

uma nomenclatura universal para os compostos químicos, que foi aceita

internacionalmente. A Química ganhou não apenas uma linguagem universal quanto

à nomenclatura, mas também, quanto aos seus conceitos fundamentais.

No desenvolvimento do seu trabalho, Lavoisier demonstrou que a queima é

uma reação química com oxigênio, superando a antiga Teoria do Flogisto4, então

amplamente usada nas explicações sobre transformações químicas. O trabalho de

Lavoisier, em especial o episódio da descoberta do oxigênio, gerou uma crise a

respeito das explicações de fenômenos como combustão, calcinação e respiração. A

superação da ideia do flogisto e o esclarecimento da combustão, por Lavoisier,

trouxeram novos direcionamentos para as investigações sobre a natureza das

substâncias.

Lavoisier desenvolveu estudo teórico sobre a melhor maneira de iluminar as

ruas parisienses, estudou os problemas da adulteração de alimentos, investigou o

mecanismo de funcionamento das tinturas, pesquisou como os metais enferrujam e

como a água pode ser armazenada a bordo dos navios em viagens longas. Também

produziu explosivos para o governo francês, o que foi importante devido às guerras

e conflitos vividos naquele período histórico. Outros feitos trouxeram inúmeros

avanços para a incipiente indústria química da época, especialmente a da Inglaterra,

entre eles: a solução para problemas das indústrias de tecido (Bertholet), a

construção de torres para fabricação contínua de ácido sulfúrico (Gay-Lussac), os

estudos sobre corantes e modificação substancial dos processos na indústria têxtil

(Henry Perkins), o que era de fundamental importância política e econômica para a

Inglaterra.

No século XIX, finalmente a ciência moderna se consolidou. John Dalton

apresentou sua teoria atômica em uma série de conferências realizadas na Royal

Institution de Londres. Baseado em muitas medidas das quantidades das massas

dos elementos químicos que se combinavam para formar compostos, Dalton

configurou um modelo para o átomo semelhante a pequenas partículas esféricas

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maciças e indivisíveis. Diferentemente dos filósofos Demócrito e Leucipo, que

somente pensaram na divisão da matéria em pequenos pedaços até a menor

unidade, Dalton avançou e elaborou sua hipótese atômica com base em dados

experimentais.

Em 1828, Friedrich Wöhler sintetizou a ureia, uma substância orgânica a partir

de um composto inorgânico. Dessa síntese, que supera a Teoria da Força Vital5, os

cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em laboratório.

Em 1860, foi realizado o primeiro Congresso Mundial de Química, em

Karlsruhe, no território da atual Alemanha. A partir de uma proposta de Friedrich

August Kekulé, apoiado por Charles Adolphe Wurtz, 140 eminentes químicos se

reuniram para discutir os conceitos de átomo, molécula, equivalente, atomicidade e

basicidade. Nessa ocasião, Stanislao Cannizzaro apresentou um artigo que

diferenciava átomo de molécula a partir de uma leitura da hipótese de Avogadro.

Como consequência, vários químicos tentaram organizar e sistematizar os

elementos químicos, dentre eles, destacaram-se Julius Lothar Meyer e Dimitri

Ivanovitch Mendeleev. Esse último organizou uma classificação dos elementos

químicos seguindo o mesmo princípio da periodicidade de propriedades em função

dos pesos atômicos.

Mendeleev, porém, chegou a um grau de precisão científica que seus

contemporâneos não atingiram e talvez por isso a “lei periódica das propriedades

dos elementos” e a respectiva tabela ficaram indelevelmente ligados a seu nome.

A surpreendente exatidão da tabela de Mendeleev dos nossos dias, o que

para nós é algo habitual, esconde o intenso esforço do cientista para compreender

tudo o que já era conhecido no seu tempo acerca das transformações da matéria.

Foi graças a este gigantesco trabalho que a grandiosa e intuitiva hipótese acerca da

existência da lei da periodicidade das propriedades dos elementos químicos se

tornou numa realidade (BELTRAN & CISCATO 1991, p. 133).

Os interesses da indústria da segunda metade do século XIX impulsionaram

pesquisas e descobertas sobre o conhecimento químico; dentre eles, os avanços da

eletricidade trouxeram significativas contribuições, como o conceito de eletrólise e as

propostas de modelos atômicos que contribuíram para o esclarecimento da estrutura

da matéria. Outros avanços referem-se à criação do primeiro plástico artificial, o

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celulóide, em 1869, por John Hyatt, bem como o rayon, a primeira fibra artificial,

patenteada por Luis Marie Chardonnet.

Tais descobertas originaram-se essencialmente nas indústrias e não nas

instituições de pesquisa e ensino, como se poderia supor. Isso porque os setores de

produção industrial e de produção científica não apresentavam interesses em

comum com o Estado. As ciências esforçavam-se na resolução de problemas

ligados à produção, e dessa forma, os avanços mais expressivos se deram na

Química, que era a ciência intimamente ligada à prática de oficina e interesses da

indústria (HOBSBAWM, 1982, p. 34).

No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a

Química se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados

na indústria. A produção de conhecimentos, na Alemanha, Estado Nação recém-

unificado, se dava pelas instituições científicas e pela indústria, em busca de

desenvolvimento econômico e científico e de reorganização territorial

(BRAVERMAN,1987). O exemplo alemão do investimento em pesquisas, seguido

por outras nações, alavancou ainda mais o desenvolvimento da Química.

No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um

grande desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.

Esses países destacaram-se no desenvolvimento da Ciência, no intuito de

estabelecer e, posteriormente, manter influência científica que pudesse garantir

diferentes formas de poder e controle bélico mundial, essenciais nas tensões vividas

no século XX. Vários foram os investimentos desses países em áreas como:

obtenção de medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares, estrutura atômica e

formação das moléculas, mecânica quântica, dentre outras que estreitaram as

relações entre a ciência e a indústria.

Esse estreitamento gerado por interesses econômicos e pelas instâncias do

poder resultou, entre outros fatores, na eclosão das duas guerras mundiais do

século XX e no estabelecimento de discussões a respeito da ética na ciência e de

seus impactos na sociedade. Passou-se a questionar a utilização do saber científico

tanto para o progresso da humanidade quanto para seu possível aniquilamento.

Depois da Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo

desenvolveram-se ainda mais. O bombardeio de núcleos com partículas aceleradas

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conduziu à produção de novos elementos químicos, bem como o desenvolvimento

de diferentes materiais, como, por exemplo, cerâmicas, ligas metálicas e

semicondutores. Isso ocorre em função do advento da mecânica quântica, que

resultou nas bombas atômicas lançadas no Japão no final da Segunda Guerra, o

que marcou a busca de armamentos nucleares em diversos países, como forma de

proteção territorial e preparo para outras possíveis guerras. Nesse contexto, as

pesquisas em Química se destacam, avolumando-se em centros de investigação

particulares e em universidades de todo o mundo, contribuindo para a descoberta de

inúmeros conhecimentos que interferem no desenvolvimento científico e, em muitos

casos, na vida do planeta.

23.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Destaca-se que o conhecimento químico, assim como todos os demais

saberes, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante

transformação. Esse processo de elaboração e transformação do conhecimento

ocorre em função das necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída

por homens e mulheres, portanto, falível e inseparável dos processos sociais,

políticos e econômicos. “A ciência já não é mais considerada objetiva nem neutra,

mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções

humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios” (CHASSOT,

1995, p. 68).

O desenvolvimento da sociedade no contexto capitalista passou a exigir das

ciências respostas precisas e específicas a suas demandas econômicas, sociais,

políticas, etc. A partir das décadas de 1960 e 1970, o processo de industrialização

brasileiro influenciou a formação de cursos profissionalizantes com métodos que

privilegiavam a memorização de fórmulas, a nomenclatura, as classificações dos

compostos químicos, as operações matemáticas e a resolução de problemas.

Tais cursos baseavam-se na pedagogia tradicional que, além do mais,

confundia conceitos com definições. Para um melhor entendimento de parte dessa

afirmação, Mortimer (2000) lembra que, muitas vezes, ao ensinar densidade, usa-se

a expressão matemática d = m/v. O aluno calcula o valor da massa, do volume e da

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densidade facilmente, porém muitas vezes quando solicitado que explique o

funcionamento dos densímetros nos postos de gasolina, não relaciona o que

estudou na aula de Química com o que vê no dia-a-dia. “[...] Na verdade esse aluno

não aprendeu um conceito, mas apenas sua definição” (MORTIMER, 2000, p. 274).

Observa-se que o aluno apenas memoriza a definição matemática do

conceito, mas não o compreende, pois isso ocorre principalmente quando o

entendimento e aplicação de um conceito químico são relacionados à compreensão

de outros já conhecidos. Qual seria, então, a concepção de ensino de Química que

superaria as abordagens tradicionais do objeto de estudo da disciplina?

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e

reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de

aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,

retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de

outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.

Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no

desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e

ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica

compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito

dos conceitos de Química.

Nestas Diretrizes, propõe-se que a compreensão e a apropriação do

conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de

estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse processo deve ser

planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a

aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do

conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a

formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para

alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz

com o objeto de estudo químico, via experimentação.

No ensino tradicional, a atividade experimental ilustra a teoria, que serve para

verificar conhecimentos e motivar os alunos. As aulas de laboratório seguem

procedimentos como se fossem receitas que não podem dar errado, isto é, obter um

resultado diferente do previsto na teoria.

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Na abordagem conceitual do conteúdo químico, considera-se que a

experimentação favorece a apropriação efetiva do conceito e “o importante é a

reflexão advinda das situações nas quais o professor integra o trabalho prático na

sua argumentação” (AXT, 1991, p. 81). Na proposta de Axt, a experimentação deve

ser uma forma de problematizar a construção dos conceitos químicos, sendo ponto

de partida para que os alunos construam sua própria explicação das situações

observadas por meio da prática experimental.

Desse modo, os aprendizes são levados a desenvolver uma explicação

provável que se aproximada dos conceitos e teorias científicas pelos docentes,

permite uma melhor compreensão da cultura e prática científica na reflexão de como

são construídos e validados os conceitos cientificamente aceitos. Isso possibilita aos

alunos uma participação mais efetiva no processo de sua aprendizagem, rompendo

com a ideia tradicional dos procedimentos experimentais como receitas que devem

ser seguidas e que não admitem o improviso, a modificação e as explicações

prováveis do fenômeno estudado. Para tanto é necessário que a atividade

experimental seja problematizadora do processo ensino-aprendizagem, sendo

apresentada antes da construção da teoria nas aulas de ciências, e não como

ilustrativo dos conceitos já expostos (forma tradicional da abordagem experimental).

Esses fundamentos buscam dar sentido aos conceitos químicos, de modo

que se torna muito importante a experimentação na atividade pedagógica.

Entretanto, não são necessários materiais laboratoriais específicos.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e

na sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização,

discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. Diferentemente do que

muitos possam pensar, não é preciso haver laboratórios sofisticados, nem ênfase

exagerada no manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. O

experimento deve ser parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não

pode separar a teoria da prática, num processo pedagógico em que os alunos se

relacionem com os fenômenos vinculados aos conceitos químicos a serem formados

e significados na aula (NANNI, 2004).

Outra questão relacionada ao ensino de Química é a valorização do

formalismo matemático no ensino de determinados conteúdos. Por exemplo, no

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ensino de concentração das soluções, na maioria das vezes, privilegia-se o trabalho

com as unidades de concentração das soluções nas suas diversas formas –

molaridade, título, concentração comum, molalidade entre outras, o que dificulta a

compreensão do significado das concentrações das soluções no contexto social em

que os seus valores são aplicados. Sem dúvida, os números, os resultados

quantitativos subsidiam a construção do conceito químico de concentração e,

portanto, são ferramentas necessárias para o entendimento deste conceito. Sendo

assim, a explicação das concentrações de medicamentos, das substâncias

dissolvidas nas águas dos lagos, rios e mares, das substâncias presentes no

cotidiano e das soluções utilizadas nas indústrias pode ser mais bem compreendido

se estiver atrelado à linguagem matemática

Outro cuidado a ser tomado no ensino de Química é evitar a ênfase no estudo

das soluções esquecendo outros tipos de dispersões. As suspensões e as

dispersões coloidais, por exemplo, constituem um importante escopo de saberes a

serem explorados no meio em que os alunos vivem, pois nesse conteúdo estuda-se:

poluição das águas, sangue, características do leite, os particulados na atmosfera,

entre outros. Tais conteúdos devem compor os currículos escolares de química

qualitativamente, como forma de explorar o meio em que estão inseridos os

aprendizes.

Nestas diretrizes, propõe-se um trabalho pedagógico com o conhecimento

químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender

algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. Por exemplo,

numa situação cotidiana, faz sentido para todas as pessoas separar os resíduos

orgânicos dos inorgânicos? Para alguém que tenha estudado e compreendido

plásticos – resíduos orgânicos – a resposta é sim. Provavelmente essa pessoa terá

mais critérios ao descartar esse material, pois sabe que o tempo de sua degradação

na natureza é longo. Então, conhecer quimicamente o processo de reciclagem e re-

aproveitamento pode contribuir para ações de manuseio correto desses materiais.

Isso não significa que as pessoas que desconhecem tais processos e os conceitos

científicos sejam incapazes de compreender a importância de separar e dar o

destino adequado a resíduos orgânicos e inorgânicos.

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Porém, o ensino de Química pode contribuir para uma atitude mais consciente

diante dessas questões. Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de

modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos

problemas ambientais.

Essa análise proporcionará uma visão mais abrangente dos diversos motivos

que levaram, por exemplo, a substituição da madeira pelo plástico.

De acordo com Bernardelli (2004), muitas pessoas resistem ao estudo da

Química pela falta de contextualização de seus conteúdos. Muitos estudantes do

Ensino Médio têm dificuldade de relacioná-los em situações cotidianas, pois ainda

se espera deles a excessiva memorização de fórmulas, nomes e tabelas. Portanto,

O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta

vem sendo atingido por vários problemas que correspondem a esse campo do

conhecimento. Grande parte da humanidade sabe da potencialização do efeito

estufa e do consequente aumento da temperatura da Terra, dos problemas

causados pelo buraco da camada de ozônio na estratosfera, por onde passam os

nocivos raios ultravioletas que atingem a superfície com maior intensidade.

O agravamento do efeito estufa e os danos à camada de ozônio decorrem da

atividade humana. O efeito estufa ocorre pela presença do dióxido de carbono na

atmosfera, que teve suas taxas aumentadas significativamente em função da

queima de combustíveis fósseis e das florestas. Por sua vez, os danos na camada

de ozônio decorrem da liberação de gases na atmosfera como os

clorofluorcarbonetos (aerossóis) e os óxidos de nitrogênio (motores de combustão

interna). A situação é ainda mais delicada nos grandes centros urbanos devido à

necessidade de transporte para um grande contingente populacional, o que

potencializa a emissão daquelas substâncias.

A crescente urbanização da população mundial trouxe o crescimento do

número de consumidores e a demanda de aumento da produção. Isso gerou a

instalação de indústrias que, muitas vezes, tornam potencialmente perigoso o uso de

substâncias químicas em grandes quantidades. O transporte dessas substâncias

pelas vias aéreas, marítimas ou terrestres pode se tornar um grande risco de

poluição e agressão ambiental.

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A crença de que o crescimento econômico está vinculado à exploração de

recursos naturais tidos como inesgotáveis e sempre substituíveis pelos avanços da

ciência e tecnologia, permeou o pensamento capitalista por muito tempo e apenas

recentemente começou a ser questionada.

...devemos criar condições favoráveis e agradáveis para o ensino e

aprendizagem da disciplina, aproveitando, no primeiro momento, a vivência dos

alunos, os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural e a mídia, buscando com isso

reconstruir os conhecimentos químicos para que o aluno possa refazer a leitura do

seu mundo (BERNARDELLI, 2004, p. 02).

Essas ideias podem desencadear críticas que condenam a Química e outras

ciências, pois é um equívoco imaginar que seriam capazes de resolver plenamente

esses problemas. Um exemplo disso é a modificação dos catalisadores e dos

processos produtivos, cujo resultado é a diminuição dos custos e dos volumes de

efluentes. Sabe-se, porém que, atualmente, o custo para a produção de um

catalisador é muito alto e que apenas minimiza essa situação, mas não a resolve.

Apesar disso, os incentivos à compra de automóveis e a ênfase no transporte

particular continuam na sociedade capitalista.

Assim, o conhecimento científico e a tecnologia não são bons ou maus a

priori, o que se evidencia é a racionalidade desta sociedade baseada no lucro, no

consumo desigual e no desperdício. Essas são as grandes causas dos nossos

problemas ambientais.

A Química tem forte presença no suprimento de demanda de novos produtos,

que é cada vez maior nas áreas surgidas nos últimos anos: biotecnologia, química

fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos, entre outras.

Essas questões podem e devem ser abordadas nas aulas de Química por meio de

uma estratégia metodológica que propicie a discussão de aspectos sócio-científicos,

ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais

relativas à ciência e à tecnologia (SANTOS, 2004).

Por exemplo, quando se trabalha o conteúdo básico Radioatividade, é

necessário abordá-lo para além dos conceitos químicos, de modo que se coloquem

em discussão os aspectos históricos, políticos, econômicos e sociais diretamente

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relacionados ao uso da tecnologia nuclear e das influências no ambiente, na saúde e

nas possíveis relações de custo-benefício do uso dessa forma de energia.

Nessa perspectiva, é preciso superar a mera transmissão de conteúdos

realizada ano após ano com base na disposição sequencial do livro didático

tradicional e que apresenta, por exemplo, uma divisão entre Química Orgânica e

Química Inorgânica, que afirma, entre outros aspectos, a fragmentação e a

linearidade dos conteúdos químicos, bem como o distanciamento da Química em

relação a outros saberes. É preciso desvencilhar-se de conceitos imprecisos,

desvinculados do seu contexto.

O impacto sobre o meio ambiente é decorrente de dois vetores que se juntam

criando bases ideológicas da chamada sociedade de consumo. Um primeiro vetor

corresponde à visão otimista de história e de capacidade infinita de inovação

tecnológica, que permitiria uma dinâmica sem limites do processo de transformação

da natureza em bens e serviços. O segundo vetor corresponde à ânsia consumista

que o capitalismo conseguiu disseminar na consciência da humanidade e que se

identifica na busca [...] acelerada, sendo a própria razão de ser da atividade

econômica e a razão ontológica do processo civilizatório (BUARQUE, apud

MALDANER, 2003, p. 120).

Essas ideias podem desencadear críticas que condenam a Química e outras

ciências, pois é um equívoco imaginar que seriam capazes de resolver plenamente

esses problemas. Um exemplo disso é a modificação dos catalisadores e dos

processos produtivos, cujo resultado é a diminuição dos custos e dos volumes de

efluentes. Sabe-se, porém que, atualmente, o custo para a produção de um

catalisador é muito alto e que apenas minimiza essa situação, mas não a resolve.

Apesar disso, os incentivos à compra de automóveis e a ênfase no transporte

particular continuam na sociedade capitalista.

Assim, o conhecimento científico e a tecnologia não são bons ou maus a

priori, o que se evidencia é a racionalidade desta sociedade baseada no lucro, no

consumo desigual e no desperdício. Essas são as grandes causas dos nossos

problemas ambientais.

A Química tem forte presença no suprimento de demanda de novos produtos,

que é cada vez maior nas áreas surgidas nos últimos anos: biotecnologia, química

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fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos, entre outras.

Essas questões podem e devem ser abordadas nas aulas de Química por meio de

uma estratégia metodológica que propicie a discussão de aspectos sócio-científicos,

ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais

relativas à ciência e à tecnologia (SANTOS, 2004).

Por exemplo, quando se trabalha o conteúdo básico Radioatividade, é

necessário abordá-lo para além dos conceitos químicos, de modo que se coloquem

em discussão os aspectos históricos, políticos, econômicos e sociais diretamente

relacionados ao uso da tecnologia nuclear e das influências no ambiente, na saúde e

nas possíveis relações de custo-benefício do uso dessa forma de energia.

Nessa perspectiva, é preciso superar a mera transmissão de conteúdos

realizada ano após ano com base na disposição sequencial do livro didático

tradicional e que apresenta, por exemplo, uma divisão entre Química Orgânica e

Química Inorgânica, que afirma, entre outros aspectos, a fragmentação e a

linearidade dos conteúdos químicos, bem como o distanciamento da Química em

relação a outros saberes. É preciso desvencilhar-se de conceitos imprecisos,

desvinculados do seu contexto.

O impacto sobre o meio ambiente é decorrente de dois vetores que se juntam

criando bases ideológicas da chamada sociedade de consumo. Um primeiro vetor

corresponde à visão otimista de história e de capacidade infinita de inovação

tecnológica, que permitiria uma dinâmica sem limites do processo de transformação

da natureza em bens e serviços. O segundo vetor corresponde à ânsia consumista

que o capitalismo conseguiu disseminar na consciência da humanidade e que se

identifica na busca [...] acelerada, sendo a própria razão de ser da atividade

econômica e a razão ontológica do processo civilizatório (BUARQUE, apud

MALDANER, 2003, p. 120).

As Aulas de químicas serão explicativas com interação dos alunos, leituras

orientadas de livros textos, interpretação de gráficos e tabelas, dinâmica de grupo,

trabalhos e pesquisas em grupos, aulas laboratoriais, apresentação de resultados e

relatórios.

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23. 3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

23.4 CONTEÚDOS BASICOS

1º Ano

Estrutura Da Matéria, Substancia

Fenômenos Físicos E Químicos

Estrutura Atômica

Distribuição Eletrônica

Tabela Periódica

Ligações Químicas

Funções Químicas

2º Ano

Cálculos estequiométricos

Soluções

Termoquímica

Cinética química

Equilíbrio químico

3º Ano

Química do Carbono

Funções Oxigenadas

Polímeros

Funções Nitrogenadas

Isomeria

Reações Orgânicas

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23.5 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em

interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de

modo pontual, levando-se em conta o conhecimento prévio do aluno e valorizando o

processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a

aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo

redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do

processo educacional no coletivo da escola.

As Diretrizes, para o ensino de química, têm como finalidade uma avaliação

que não separe teoria e prática, antes, considere as estratégias empregadas pelos

alunos na articulação e análise dos experimentos com os conceitos químicos. Tal

prática avaliativa requer um professor que compreenda a concepção de ensino de

Química na perspectiva crítica.

Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos

debates conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais,

econômicas e políticas, ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a

partir do ensino, da aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de

que o ensino da Química está sob o foco da atividade humana, portanto, não é

portador de verdades absolutas

23.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-

se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica

que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para

(re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio

das abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos

químicos.

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Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve

usar instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:

leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da

Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,

apresentação de seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Finalmente, é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação fiquem

bem claros também para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de

conhecimentos que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que

vivem.

23.7 BIBLIOGRAFIA

ALFONSO - GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química. São Paulo: Landy,

2001.

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M.

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BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A .M Química. São Paulo: Cortez, 1991.

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Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1.,4.,9., Foz do

Iguaçu. Anais... Centro Reichiano, 2004. CD-ROM.

BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho

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2004.

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24 SOCIOLOGIA

24.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Pode-se dizer que a sociologia possui sua história enquanto disciplina escolar

discutida a partir da década de 1980, embora esta ciência já fora, nas décadas que

antecederam a Ditadura Militar no Brasil, disciplina escolar e obrigatória nos

currículos dos cursos secundários.

A partir da década de 1980 foram várias às reivindicações, debates e

movimentações por parte de professores, estudantes, sociólogos e entidades da

sociedade civil para que esta ciência se tornasse curricular, ou seja, incluída nos

currículos do Ensino Médio. Felizmente, no final da década de 1990, tais

reivindicações foram aceitas através dos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Assim como, também tal

preocupação é perceptível na Lei de Diretrizes e Bases da Educação do ano de

1996 em que se abrem grandes perspectivas e a obrigatoriedade de se incluir a

Sociologia no currículo escolar, pois o “domínio dos conhecimentos de Filosofia e

Sociologia [são] necessários ao exercício da cidadania” (Lei 9394/1996, art. 36,

parágrafo 1º, inciso III, grifo nosso).

Portanto, diante de tal obrigatoriedade e também da realidade contemporânea

da ciência sociológica e seus pressupostos, a inserção desta disciplina nos

currículos do Ensino Médio vai muito além das leituras e explicações teóricas do

homem em sociedade e desta própria, assim como, da simplificação nas explicações

ou compreensões dos valores, culturas e normais sociais e institucionais. Pois, há

uma necessidade peculiar de desconstruir e desnaturalizar o social e a sociedade, já

que, vivenciamos grandes problemas sociais ligados ao capitalismo mundial, ao

desenvolvimento industrial acirrado e sem sustentabilidade, ao neoliberalismo e

suas ações e reações, entre outras causas problemáticas.

Partindo do que foi exposto e das Diretrizes Curriculares da Disciplina de

Sociologia, entendemos que é através da escola e desta disciplina, a inserção e

formação de novos valores, novas formas de ver e estar na sociedade, uma nova

ética e novas práticas sociais contundentes com a atual realidade social,

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possibilitando a construção de novas relações sociais.

24.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Entende-se que o ensino da Sociologia pressupõe fundamentação e

metodologias que coloque o aluno como sujeito de seu aprendizado, não importando

sua forma de ler, interpretar, pesquisar ou analisar, mas sim que ele esteja

constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos

e reconstruir coletivamente conhecimentos.

Portanto, como qualquer outra disciplina escolar o ensino de Sociologia

deverá estar relacionado a fundamentos teóricos e metodológicos próprios de seu

campo de conhecimento. Há vários pressupostos teóricos clássicos e

contemporâneos que podem vir a colaborar para que o corpo discente perceba as

temáticas e/ou conteúdos a partir de interpretações e pensamentos críticos,

desconstruindo e construindo questões e respostas aos problemas de sua realidade

social atual. Os paradigmas da Sociologia Positivista, Compreensiva e Crítica, que

servem de aportes explicativos diferenciados vêem a corroborar no entendimento e

compreensão dos alunos das diversas formas de ver e estar em uma sociedade,

colaborando para que realizem análises e percepções simplistas, sempre

respeitando seu contexto social e histórico.

Sendo assim, os conteúdos estruturantes e básicos devem ser tratados de

forma articuladas e o tratamento destes trabalhados com um potencial explicativo

atrelado às visões de mundo presentes nas diferentes teorias, interpretações e

contextos históricos.

Para tanto, far-se-á necessário que a disciplina de Sociologia seja iniciada

com a contextualização da construção deste campo de conhecimento, enfocando a

modernidade e a pós-modernidade. E, retomando todo o momento a relação entre o

contexto histórico, os temas abordados e a teoria utilizada, pois o conhecimento

sociológico não é estático e possibilitará ao corpo discente compreender os

fenômenos sociais e sua prática social. Para isso, entendemos que os alunos devam

fazer perguntas, buscando respostas para estas no seu entorno, na sua realidade

social, seja na escola, seja no seu bairro, seja na sua família, programas de

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televisão e rádio, nos livros de história, nos noticiários entre outros, compreendendo

sempre as especificidades e peculiaridades do local, e a diversidade cultural de sua

comunidade.

Em síntese, utilizar as fundamentações teóricas abordadas pelo campo

científico da Sociologia, que também foram explanadas nas Diretrizes Curriculares

do Ensino de Sociologia implica na utilização de vários recortes temáticos, utilização

de diferentes conceitos, teorias e de metodologias contundentes para que o aluno

venha a compreender sua realidade social, assim como, transformar e criar novos

valores. Portanto, como metodologia, será realizada a partir da problematização dos

conteúdos que serão abordados. Leitura e compreensão de textos individuais e em

grupos com a mediação do professor. Produção de textos; pesquisas bibliográficas e

de campo. Mas também: Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a

instituições e museus quando possível; exercícios escritos e oralmente

apresentados e discutidos; Leituras de Textos; Debates e Seminários; análises

críticas de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV, iconografia, entre

outros; pesquisas de campo e bibliográficas.

24.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Processo de Socialização e as Instituições Sociais;

Cultura e Indústria Cultural;

Cultura e Indústria Cultural;

Trabalho, Produção e Classes Sociais;

Poder Política e Ideologia;

Direitos,

Cidadania e

Movimentos Sociais.

24.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ano

Teoria Sociológica Clássica

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Sociologia Brasileira

Processo de Socialização

Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas

Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos etc)

Teorias Antropológicas sobre Cultura

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura

Contribuição e análises das diferentes sociedades e suas respectivas culturas

Identidade

Indústria Cultural

Cultura afro-brasileira e africana

Culturas indígenas

2º ano

Meios de comunicação de massa

Sociedade de Consumo

Indústria Cultural no Brasil

Questões de Gênero

Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades

Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais

Organização do Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições

Globalização e Neoliberalismo

Relações de trabalho

Trabalho no Brasil

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno

Democracia, autoritarismo, totalitarismo

Estado no Brasil

Culturas afro-brasileiras e africanas

Culturas indígenas

3º ano

Conceitos de Poder; Ideologia; Dominação e Legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas

Direitos civis, políticos e sociais

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Direitos Humanos

Conceito de Cidadania

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais no Brasil

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas

A questão das ONG‟s

Culturas afro-brasileiras e africanas

Culturas indígenas,

24.5 AVALIAÇÃO

Colaborar na construção de um cidadão crítico, humano, responsável que

possa contribuir para com sua sociedade. Assim, a avaliação deve estar focada em

pressupostos teórico-metodológicos que possam corroborar com a desconstrução e

construção do conhecimento sociológico

Para tanto, se entende que seja de fundamental importância a utilização de

várias formas de avaliações, como por exemplo: avaliação diagnóstica e somativa,

quais permitem ao professor verificar o conhecimento apreendido pelos alunos.

Sempre a partir de uma concepção formativa e continuada, respeitando a

construção da autonomia do aluno. Tendo como instrumento a pesquisa de campo

acompanhada de professor, a bibliográfica, interpretação de texto se faz necessário,

seguido da avaliação escrita. As leituras também serão avaliadas como

interpretação do que se compreendeu do assunto, seminários e o diálogo produzido

a partir da investigação de temas diversos.

24.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Apreender os conceitos básicos da ciência sociológica, articulados com a

prática social;

Identificar-se como seres eminentemente sociais;

Compreender a organização e a influência das instituições sociais em seu

processo de socialização e as contradições destes;

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Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade

são interdependentes;

Compreender como a cultura e a ideologia podem ser utilizadas como formas

de dominação na sociedade contemporânea;

Compreender de forma crítica: a organização e a diversidade das formas de

trabalho em várias sociedades ao longo da história; a sociedade capitalista;

Desenvolver a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

Desenvolver a clareza e a coerência na exposição de idéias sociológicas;

Entender que pode mudar a forma de olhar e compreender os problemas

sociais

Problematização dos conteúdos;

Compreender que os conteúdos do livro didático é somente uma das

possibilidades e interpretação sociológicas;

Desenvolver a capacidade para contextualizar a respeito da realidade na qual

está inserido de uma maneira crítica;

Respeitar, identificar e compreender a diversidade cultural, étnico-racial,

religiosa, social, econômica, as diferenças sexuais e de gênero presentes na

sociedade.

24.7 BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – 2008.

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ANEXOS

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