cÓdigo eleitoral anotado e legislação complementar

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CÓDIGO ELEITORAL Anotado e Legislação Complementar Lei n o 4.737, de 15 de julho de 1965 Lei de Inelegibilidade Lei dos Partidos Políticos Lei das Eleições Legislação Correlata Súmulas do TSE Brasília – 2009 Edição Especial Revista e atualizada, a partir do texto do volume 1 da 8 a edição de 2008. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

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  • CDIGO ELEITORAL

    Anotadoe Legislao Complementar

    Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 Lei de Inelegibilidade Lei dos Partidos Polticos Lei das Eleies Legislao Correlata Smulas do TSE

    Braslia 2009

    Edio EspecialRevista e atualizada,

    a partir do texto do volume 1 da 8a edio de 2008.

    T R I B U N A L

    S U P E R I O R

    ELEITORAL

  • Brasil. Tribunal Superior Eleitoral.Cdigo eleitoral anotado e legislao complementar. Ed.

    especial rev. e atual. Braslia : TSE, 2009.1. v.

    Contedo: Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965; lei de inelegibilidade; lei dos partidos polticos; lei das eleies; legislao correlata; smulas do TSE.

    Atualizao at outubro de 2009.

    1. Eleies Legislao Jurisprudncia Brasil. I. Ttulo.

    CDD 341.280981

    Tribunal Superior Eleitoral

    Tribunal Superior EleitoralSecretaria de Gesto da InformaoCoordenadoria de Jurisprudncia

    SAS Praa dos Tribunais Superiores Bloco C Edifcio Sede70096-900 Braslia/DFTelefone: (61) 3316-3507Fac-smile: (61) 3316-3359

    Atualizao, anotaes e reviso: Coordenadoria de JurisprudnciaEditorao: Coordenadoria de Editorao e Publicaes

    As normas desta publicao tiveram abreviaturas, referncias legislativas e grafias freqentes padronizadas de acordo com o estabelecido no Manual de Reviso e Padronizao de Publicaes do TSE.

  • Tribunal Superior eleiToral

    preSidenTeMinistro Carlos Ayres Britto

    Vice-preSidenTeMinistro Joaquim Barbosa

    MiniSTroSMinistro Ricardo Lewandowski

    Ministro Felix FischerMinistro Fernando Gonalves

    Ministro Marcelo RibeiroMinistro Arnaldo Versiani

    procurador-Geral eleiToralDr. Roberto Monteiro Gurgel Santos

    direTor-Geral da SecreTariaDr. Miguel Augusto Fonseca de Campos

  • Esta edio especial do Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar foi organizada pelo Tribunal Superior Eleitoral com estreita fidelidade Lei no 4.737/65 e seus modificadores, principalmente a Lei no 9.504/97, que constitui norma especial para as eleies. Apresenta anotao e vem acompanhada da legislao complementar e correlata legislao eleitoral. Anexo especfico, no final do volume, traz as redaes originrias de todos os dispositivos modificados ou revogados no decorrer da vigncia das respectivas normas, referenciadas por meio de numerao ao final da atual redao.

    Atualizada at outubro de 2009, a edio especial contempla importantes modificaes em relao 8a edio:

    a) Acabamento em capa dura e espiral wire-o facilitam o manuseio e a atualizao por substituio de folhas;

    b) Novos marcadores de notas facilitam a identificao da natureza da anotao se referente a todo o dispositivo ou somente a parte dele;

    c) Tarjas na cor verde identificam os dispositivos legais mais utilizados, dando agilidade e dinamismo consulta ao texto;

    d) Separadores permitem acesso direto s sees da publicao;e) Numerao individualizada das pginas de cada seo torna

    econmica a atualizao da publicao, ao viabilizar a substituio somente das folhas referentes aos dispositivos porventura alterados;

    f) Marcadores de pgina coloridos, situados na margem direita, permitem acesso facilitado s normas da legislao correlata.

    As notaes, baseadas em dois tipos de convenes, so sinalizadas pelos seguintes marcadores:

    (quadrado) A nota que segue este marcador refere-se sempre ao sentido geral do artigo, pargrafo, alnea ou inciso antecedente. Ex.:

  • Art. 90. Somente podero inscrever candidatos os partidos que possuam Diretrio devidamente registrado na circunscrio em que se realizar a eleio.

    Lei no 9.504/97, art. 4o: partidos que podero participar das eleies.

    (ticado) A nota que segue este marcador refere-se sempre ao sentido especfico do termo ou da expresso grifada em itlico no artigo, pargrafo, alnea ou inciso antecedente. Ex.:

    Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (trs) retratos, ser instrudo com um dos seguintes documentos, que no podero ser supridos mediante justificao:

    Lei no 7.444/85, art. 5o, 4o, c.c. o art. 1o, caput: dispensa de fotografias no alistamento por processamento eletrnico.

  • AbreviAturAs e siglAsADC Ao Declaratria de Constitucionalidade ADCT Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADIn Ao Direta de Inconstitucionalidade ADInMC Ao Direta de Inconstitucionalidade Medida Cautelar Ac. Acrdo Ag Agravo de InstrumentoBE Boletim EleitoralBI Boletim InternoBTN Bnus do Tesouro Nacional CC Conflito de Competncia CC/2002 Cdigo Civil Lei no 10.406/2002 CE/65 Cdigo Eleitoral Lei no 4.737/65 CF/46 Constituio dos Estados Unidos do Brasil de 1946 CF/88 Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 CGE Corregedoria-Geral Eleitoral CLT Consolidao das Leis do Trabalho Decreto-Lei no 5.452/43 CNJ Conselho Nacional de Justia CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica CPC Cdigo de Processo Civil Lei no 5.869/73 CPP Cdigo de Processo Penal Decreto-Lei no 3.689/41 Cta ConsultaDec. Decreto ou Deciso DJ Dirio da Justia DL Decreto-Lei DLG Decreto Legislativo DO Dirio Oficial da Unio EC Emenda Constitucional ECR Emenda Constitucional de Reviso

  • ELT Encaminhamento de Lista Trplice EOAB Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Lei no 8.906/94 GRU Guia de Recolhimento da Unio HC Habeas Corpus HD Habeas Data IN Instruo Normativa LC Lei Complementar LOMAN Lei Orgnica da Magistratura Lei Complementar no 35/79 LOTCU Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio Lei no 8.443/92 MC Medida CautelarMI Mandado de InjunoMP Medida Provisria MS Mandado de Segurana MSCOL Mandado de Segurana Coletivo OAB Ordem dos Advogados do Brasil PA Processo Administrativo Pet. Petio Port. Portaria Prov. Provimento Rcl Reclamao RE Recurso Extraordinrio Res. Resoluo REsp Recurso Especial REspe Recurso Especial EleitoralRFB Receita Federal do BrasilRHC Recurso em Habeas Corpus RISTF Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal RITCU Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio Res.-TCU no 155/2002RITSE Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral Res.-TSE no 4.510/52 RMS Recurso em Mandado de Segurana RP Representao SRF Secretaria da Receita Federal STF Supremo Tribunal Federal STJ Superior Tribunal de Justia STN Secretaria do Tesouro Nacional Sm. Smula

  • TCU Tribunal de Contas da Unio TRE Tribunal Regional Eleitoral TSE Tribunal Superior Eleitoral UFIR Unidade Fiscal de RefernciaV. Ver

  • SuMrio

    cdiGo eleiToral Lei no 4.737, de 15.7.65

    conSTiTuio da repblica FederaTiVa do braSil

    lei de ineleGibilidade Lei Complementar no 64, de 18.5.90

    lei doS parTidoS polTicoS Lei no 9.096, de 19.9.95

    Lei no 9.259, de 9.1.96 (alteradora da Lei no 9.096/95)

    lei daS eleieS Lei no 9.504, de 30.9.97

    leGiSlao correlaTa Lei Complementar no 35, de 14.3.79

    (Dispe sobre a Lei Orgnica da Magistratura Nacional) Lei Complementar no 75, de 20.5.93

    (Dispe sobre a organizao, as atribuies e o estatuto do Ministrio Pblico da Unio)

    Lei Complementar no 78, de 30.12.93(Disciplina a fixao do nmero de deputados, nos termos do art. 45, 1o, da Constituio Federal)

    Lei Complementar no 80, de 12.1.94(Organiza a Defensoria Pblica da Unio, do Distrito Federal e dos territrios e prescreve normas gerais para sua organizao nos estados,e d outras providncias)

    Lei no 1.207, de 25.10.50(Dispe sobre o direito de reunio)

  • Lei no 4.410, de 24.9.64(Institui prioridade para os feitos eleitorais e d outras providncias)

    Lei no 5.869, de 11.1.73(Institui o Cdigo de Processo Civil)

    Lei no 6.091, de 15.8.74(Dispe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleio, a eleitores residentes nas zonas rurais e d outras providncias)

    Lei no 6.236, de 18.9.75(Determina providncias para cumprimento da obrigatoriedade do alistamento eleitoral)

    Lei no 6.815, de 19.8.80(Define a situao jurdica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigrao e d outras providncias)

    Lei no 6.996, de 7.6.82(Dispe sobre a utilizao de processamento eletrnico de dados nos servios eleitorais e d outras providncias)

    Lei no 6.999, de 7.6.82(Dispe sobre a requisio de servidores pblicos pela Justia Eleitoral e d outras providncias)

    Lei no 7.115, de 29.8.83(Dispe sobre prova documental nos casos que indica, e d outras providncias)

    Lei no 7.444, de 20.12.85(Dispe sobre a implantao do processamento eletrnico de dados no alistamento eleitoral e a reviso do eleitorado e d outras providncias)

    Lei no 7.474, de 8.5.86(Dispe sobre medidas de segurana aos ex-presidentes da Repblica, e d outras providncias)

    Lei no 8.112, de 11.12.90(Dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais)

    Lei no 8.350, de 28.12.91(Dispe sobre gratificaes e representaes na Justia Eleitoral)

    Lei no 8.443, de 16.7.92(Dispe sobre a Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio e d outras providncias)

  • Lei no 8.625, de 12.2.93(Institui a Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico, dispe sobre normas gerais para a organizao do Ministrio Pblico dos estados e d outras providncias)

    Lei no 9.049, de 18.5.95(Faculta o registro, nos documentos pessoais de identificao, das informaes que especifica)

    Lei no 9.265, de 12.2.96(Regulamenta o inciso LXXVII do art. 5o da Constituio, dispondo sobre a gratuidade dos atos necessrios ao exerccio da cidadania)

    Lei no 9.709, de 18.11.98(Regulamenta a execuo do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituio Federal)

    Lei no 10.522, de 19.7.2002(Dispe sobre o Cadastro Informativo dos crditos no quitados de rgos e entidades federais e d outras providncias)

    Lei no 10.609, de 20.12.2002(Dispe sobre a instituio de equipe de transio pelo candidato eleito para o cargo de presidente da Repblica, cria cargos em comisso, e d outras providncias)

    Lei no 10.842, de 20.2.2004(Cria e transforma cargos e funes nos quadros de pessoal dos tribunais regionais eleitorais, destinados s zonas eleitorais)

    Lei no 11.143, de 26.7.2005(Dispe sobre o subsdio de ministro do Supremo Tribunal Federal, referido no art. 48, inciso XV, da Constituio Federal, e d nova redao ao caput do art. 2o da Lei no 8.350, de 28 de dezembro de 1991)

    Lei no 12.034, de 29.9.2009(Altera as leis nos 9.096, de 19 de setembro de 1995 Lei dos Partidos Polticos, 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleies, e 4.737, de 15 de julho de 1965 Cdigo Eleitoral)

    Decreto no 4.199, de 16.4.2002(Dispe sobre a prestao de informaes institucionais relativas administrao pblica federal a partidos polticos, coligaes e candidatos Presidncia da Repblica at a data da divulgao oficial do resultado final das eleies)

    Decreto no 5.296 de 2.12.2004(Regulamenta as leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de

  • 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias)

    Decreto no 5.331, de 4.1.2005(Regulamenta o pargrafo nico do art. 52 da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, para os efeitos de compensao fiscal pela divulgao gratuita da propaganda partidria ou eleitoral)

    Decreto-Lei no 201, de 27.2.67(Dispe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores, e d outras providncias)

    SMulaS do TSe

    noTaS coM redao oriGinria

    ndice

  • cdiGo eleiToral

  • cdiGo eleiToralPArte PrimeirA Introduo (arts. 1o a 11)PArte segundA Dos rgos da Justia Eleitoral (arts. 12 a 41)TTulo i Do Tribunal Superior (arts. 16 a 24)TTulo ii Dos Tribunais Regionais (arts. 25 a 31)TTulo iii Dos Juzes Eleitorais (arts. 32 a 35)TTulo iV Das Juntas Eleitorais (arts. 36 a 41)PArte terceirA Do Alistamento (arts. 42 a 81)TTulo i Da Qualificao e Inscrio (arts. 42 a 51)

    Captulo I Da Segunda Via (arts. 52 a 54)Captulo II Da Transferncia (arts. 55 a 61)Captulo III Dos Preparadores (arts. 62 a 65)Captulo IV Dos Delegados de Partido perante o Alistamento (art. 66)Captulo V Do Encerramento do Alistamento (arts. 67 a 70)

    TTulo ii Do Cancelamento e da Excluso (arts. 71 a 81)PArte QuArtA Das Eleies (arts. 82 a 233)TTulo i Do Sistema Eleitoral (arts. 82 a 86)

    Captulo I Do Registro dos Candidatos (arts. 87 a 102)Captulo II Do Voto Secreto (art. 103)Captulo III Da Cdula Oficial (art. 104)Captulo IV Da Representao Proporcional (arts. 105 a 113)

    TTulo ii Dos Atos Preparatrios da Votao (arts. 114 a 116)Captulo I Das Sees Eleitorais (arts. 117 e 118)Captulo II Das Mesas Receptoras (arts. 119 a 130)Captulo III Da Fiscalizao perante as Mesas Receptoras (arts. 131

    e 132)TTulo iii Do Material para Votao (arts. 133 e 134)TTulo iV Da Votao (arts. 135 a 157)

    Captulo I Dos Lugares da Votao (arts. 135 a 138)Captulo II Da Polcia dos Trabalhos Eleitorais (arts. 139 a 141)

  • Captulo III Do Incio da Votao (arts. 142 a 145)Captulo IV Do Ato de Votar (arts. 146 a 152)Captulo V Do Encerramento da Votao (arts. 153 a 157)

    TTulo V Da Apurao (arts. 158 a 233)Captulo I Dos rgos Apuradores (art. 158)Captulo II Da Apurao nas Juntas (arts. 159 a 196)

    Seo I Disposies Preliminares (arts. 159 a 164)Seo II Da Abertura da Urna (arts. 165 a 168)Seo III Das Impugnaes e dos Recursos (arts. 169 a 172)Seo IV Da Contagem dos Votos (arts. 173 a 187)Seo V Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora (arts. 188 a 196)

    Captulo III Da Apurao nos Tribunais Regionais (arts. 197 a 204)Captulo IV Da Apurao no Tribunal Superior (arts. 205 a 214)Captulo V Dos Diplomas (arts. 215 a 218)Captulo VI Das Nulidades da Votao (arts. 219 a 224)Captulo VII Do Voto no Exterior (arts. 225 a 233)

    PArte QuintA Disposies Vrias (arts. 234 a 383)TTulo i Das Garantias Eleitorais (arts. 234 a 239)TTulo ii Da Propaganda Partidria (arts. 240 a 256)TTulo iii Dos Recursos (arts. 257 a 282)

    Captulo I Disposies Preliminares (arts. 257 a 264)Captulo II Dos Recursos perante as Juntas e Juzos Eleitorais

    (arts. 265 a 267)Captulo III Dos Recursos nos Tribunais Regionais (arts. 268 a 279)Captulo IV Dos Recursos no Tribunal Superior (arts. 280 a 282)

    TTulo iV Disposies Penais (arts. 283 a 364)Captulo I Disposies Preliminares (arts. 283 a 288)Captulo II Dos Crimes Eleitorais (arts. 289 a 354)Captulo III Do Processo das Infraes (arts. 355 a 364)

    TTulo V Disposies Gerais e Transitrias (arts. 365 a 383)

  • 1

    lei no 4.737, de 15 de Julho de 1965

    Institui o Cdigo Eleitoral.

    O Presidente da Repblica.Fao saber que sanciono a seguinte Lei, aprovada pelo Congresso Nacional,

    nos termos do art. 4o, caput, do Ato Institucional de 9 de abril de 1964:

    PArte PrimeirAintroduo

    Art. 1o Este cdigo contm normas destinadas a assegurar a organizao e o exerccio de direitos polticos precipuamente os de votar e ser votado.

    Pargrafo nico. O Tribunal Superior Eleitoral expedir instrues para sua fiel execuo.

    Art. 2o Todo poder emana do povo e ser exercido, em seu nome, por mandatrios escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos polticos nacionais, ressalvada a eleio indireta nos casos previstos na Constituio e leis especficas.

    CF/88, art. 1o, p. nico: poder exercido pelo povo, por meio de representantes eleitos ou diretamente.

    CF/88, art. 14: voto direto e secreto; e art. 81, 1o: caso de eleio pelo Congresso Nacional.

    Art. 3o Qualquer cidado pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condies constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade.

    CF/88, art. 14, 3o e 8o: condies de elegibilidade. CF/88, art. 14, 4o, 6o e 7o e LC no 64/90, art. 1o e seus incisos e

    pargrafos: causas de inelegibilidade.

  • 2

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Art. 4o So eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei.

    CF/88, art. 14, 1o, II, c: admisso do alistamento facultativo aos maiores de 16 e menores de 18 anos. V., tambm, nota ao art. 6o, caput, deste cdigo.

    Art. 5o No podem alistar-se eleitores:

    CF/88, art. 14, 2o: alistamento vedado aos estrangeiros e aos conscritos.

    I os analfabetos;

    CF/88, art. 14, 1o, II, a: alistamento e voto facultativos aos analfabetos. Ac.-TSE no 23.291/2004: este dispositivo no foi recepcionado pela Constituio.

    II os que no saibam exprimir-se na lngua nacional;III os que estejam privados, temporria ou definitivamente, dos direitos

    polticos.

    CF/88, art. 15: casos de perda ou de suspenso de direitos polticos.

    Pargrafo nico. Os militares so alistveis desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formao de oficiais.

    CF/88, art. 14, 2o: alistamento vedado apenas aos conscritos, durante o servio militar obrigatrio; e 8o: condies de elegibilidade do militar. Res.-TSE no 15.850/89: a palavra conscritos alcana tambm aqueles matriculados nos rgos de formao de reserva e os mdicos, dentistas, farmacuticos e veterinrios que prestam servio militar inicial obrigatrio.

    Art. 6o O alistamento e o voto so obrigatrios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:

    Lei no 6.236/75: Determina providncias para cumprimento da obrigatoriedade do alistamento eleitoral.

    CF/88, art. 14, 1o , I: alistamento e voto obrigatrios para os maiores de dezoito anos. CF/88, art. 14, 1o, II: alistamento e voto facultativos para os analfabetos, para os maiores de setenta anos e para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

  • 3

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    I quanto ao alistamento:a) os invlidos;

    Res.-TSE no 21.920/2004, art. 1o: alistamento eleitoral e voto obrigatrios para pessoas portadoras de deficincia.

    b) os maiores de setenta anos;c) os que se encontrem fora do Pas;II quanto ao voto:a) os enfermos;b) os que se encontrem fora do seu domiclio;c) os funcionrios civis e os militares, em servio que os impossibilite

    de votar.Art. 7o O eleitor que deixar de votar e no se justificar perante o Juiz

    Eleitoral at trinta dias aps a realizao da eleio incorrer na multa de trs a dez por cento sobre o salrio mnimo da regio, imposta pelo Juiz Eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367.1

    Caput com redao dada pelo art. 2o da Lei no 4.961/66. Lei no 6.091/74, arts. 7o e 16, e Res.-TSE no 21.538/2003, art. 80, 1o:

    prazo de justificao ampliado para sessenta dias; no caso de eleitor que esteja no exterior no dia da eleio, prazo de trinta dias contados de seu retorno ao pas.

    CF/88, art. 7o, IV: vedao da vinculao do salrio mnimo para qualquer fim. V. Res.-TSE no 21.538/2003, art. 85: A base de clculo para aplicao das multas previstas pelo Cdigo Eleitoral e leis conexas, bem como das de que trata esta resoluo, ser o ltimo valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02, at que seja aprovado novo ndice, em conformidade com as regras de atualizao dos dbitos para com a Unio. O 4o do art. 80 da Resoluo citada estabelece o percentual mnimo de 3% e o mximo de 10% desse valor para arbitramento da multa pelo no-exerccio do voto. A Unidade Fiscal de Referncia (Ufir), instituda pela Lei no 8.383/91, foi extinta pela MP no 1.973-67/2000, tendo sido sua ltima reedio (MP no 2.176-79/2001) convertida na Lei no 10.522/2002, e seu ltimo valor R$1,0641.

    V. art. 231 deste cdigo. Res.-TSE no 21.920/2004, art. 1o, pargrafo nico: No estar sujeita

    a sano a pessoa portadora de deficincia que torne impossvel ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigaes eleitorais, relativas ao alistamento e ao exerccio do voto.

    1o Sem a prova de que votou na ltima eleio, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, no poder o eleitor:

  • 4

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    I inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou funo pblica, investir-se ou empossar-se neles;

    II receber vencimentos, remunerao, salrio ou proventos de funo ou emprego pblico, autrquico ou paraestatal, bem como fundaes governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exeram servio pblico delegado, correspondentes ao segundo ms subseqente ao da eleio;

    III participar de concorrncia pblica ou administrativa da Unio, dos Estados, dos Territrios, do Distrito Federal ou dos Municpios, ou das respectivas autarquias;

    IV obter emprstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econmicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdncia social, bem como em qualquer estabelecimento de crdito mantido pelo governo, ou de cuja administrao este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

    V obter passaporte ou carteira de identidade;VI renovar matrcula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado

    pelo governo;

    Lei no 6.236/75: matrcula de estudante.

    VII praticar qualquer ato para o qual se exija quitao do servio militar ou imposto de renda.

    2o Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos arts. 5o e 6o, no I, sem prova de estarem alistados no podero praticar os atos relacionados no pargrafo anterior.

    CF/88, art. 12, I: brasileiros natos. V. quinta nota ao caput deste artigo. V. segunda nota ao art. 6o, caput, deste cdigo.

    3o Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrnico de dados, ser cancelada a inscrio do eleitor que no votar em 3 (trs) eleies consecutivas, no pagar a multa ou no se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da ltima eleio a que deveria ter comparecido.

    Pargrafo acrescido pelo art. 1o da Lei no 7.663/88.

  • 5

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    Res.-TSE no 21.538/2003, art. 80, 6o: eleitores excludos do cancelamento.

    Res.-TSE nos 20.729/2000, 20.733/2000 e 20.743/2000: a lei de anistia alcana exclusivamente as multas, no anulando a falta eleio, mantida, portanto, a regra contida nos arts. 7o, 3o, e 71, V, deste cdigo.

    V. quinta nota ao caput deste artigo.

    Art. 8o O brasileiro nato que no se alistar at os dezenove anos ou o naturalizado que no se alistar at um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrer na multa de trs a dez por cento sobre o valor do salrio mnimo da regio, imposta pelo Juiz e cobrada no ato da inscrio eleitoral atravs de selo federal inutilizado no prprio requerimento.2

    Caput com redao dada pelo art. 3o da Lei no 4.961/66. Res.-TSE no 21.538/2003, art. 16, p. nico: inaplicao da multa ao

    alistando que deixou de ser analfabeto. V. terceira nota ao art. 7o, caput, deste cdigo. A Lei no 5.143/66, art. 15, aboliu o imposto do selo. A IN-STN

    no 2/2009 Dispe sobre a Guia de Recolhimento da Unio (GRU), e d outras providncias. A Res.-TSE no 21.975/2004, que Disciplina o recolhimento e a cobrana das multas previstas no Cdigo Eleitoral e leis conexas e a distribuio do Fundo Especial de Assistncia Financeira aos Partidos Polticos (Fundo Partidrio), determina em seu art. 4o a utilizao obrigatria da GRU para recolhimento das multas eleitorais e penalidades pecunirias, assim como doaes de pessoas fsicas ou jurdicas. Port.-TSE no 288/2005: Estabelece normas e procedimentos visando arrecadao, recolhimento e cobrana das multas previstas no Cdigo Eleitoral e leis conexas, e utilizao da Guia de Recolhimento da Unio (GRU).

    Res.-TSE no 21.920/2004: Art. 1o [...] Pargrafo nico. No estar sujeita a sano a pessoa portadora

    de deficincia que torne impossvel ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigaes eleitorais, relativas ao alistamento e ao exerccio do voto.

    Art. 2o O juiz eleitoral, mediante requerimento de cidado nas condies do pargrafo nico do art. 1o ou de seu representante legal ou procurador devidamente constitudo, acompanhado de documentao comprobatria da deficincia, poder expedir, em favor do interessado, certido de quitao eleitoral, com prazo de validade indeterminado.

    [...] Art 3o A expedio da certido a que se refere o caput do art. 2o no

    impede, a qualquer tempo, o alistamento eleitoral de seu beneficirio, que no estar sujeito penalidade prevista no art. 8o do Cdigo Eleitoral.

  • 6

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Pargrafo nico. No se aplicar a pena ao no alistado que requerer sua inscrio eleitoral at o centsimo primeiro dia anterior eleio subseqente data em que completar dezenove anos.

    Pargrafo acrescido pelo art. 1o da Lei no 9.041/95. Lei no 9.504/97, art. 91, caput: termo final do prazo para o eleitor requerer

    inscrio eleitoral ou transferncia de domiclio.

    Art. 9o Os responsveis pela inobservncia do disposto nos arts. 7o e 8o incorrero na multa de 1 (um) a 3 (trs) salrios mnimos vigentes na Zona Eleitoral ou de suspenso disciplinar at 30 (trinta) dias.

    V. terceira nota ao art. 7o, caput, deste cdigo.

    Art. 10. O Juiz Eleitoral fornecer aos que no votarem por motivo justificado e aos no alistados nos termos dos artigos 5o e 6o, no I, documento que os isente das sanes legais.

    Res.-TSE no 21.920/2004, art. 1o, p. nico: No estar sujeita a sano a pessoa portadora de deficincia que torne impossvel ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigaes eleitorais, relativas ao alistamento e ao exerccio de voto. O art. 2o, com redao dada pela Res.-TSE no 22.545/20007, dispe: O juiz eleitoral, mediante requerimento de cidado nas condies do pargrafo nico do art. 1o ou de seu representante legal ou procurador devidamente constitudo, acompanhado de documentao comprobatria da deficincia, poder expedir, em favor do interessado, certido de quitao eleitoral, com prazo de validade indeterminado.

    Art. 11. O eleitor que no votar e no pagar a multa, se se encontrar fora de sua Zona e necessitar de documento de quitao com a Justia Eleitoral, poder efetuar o pagamento perante o Juzo da Zona em que estiver.

    Res.-TSE no 21.823/2004: admissibilidade, por aplicao analgica deste artigo, do pagamento, perante qualquer juzo eleitoral, dos dbitos decorrentes de sanes pecunirias de natureza administrativa impostas com base no Cdigo Eleitoral e na Lei no 9.504/97, ao qual deve preceder consulta ao juzo de origem sobre o quantum a ser exigido do devedor.

    1o A multa ser cobrada no mximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o Juiz da Zona em que se encontrar solicite informaes sobre o arbitramento ao Juzo da inscrio.

    V. art. 367, I, deste cdigo e arts. 82 e 85 da Res.-TSE no 21.538/2003.

  • 7

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    2o Em qualquer das hipteses, efetuado o pagamento atravs de selos federais inutilizados no prprio requerimento, o Juiz que recolheu a multa comunicar o fato ao da Zona de inscrio e fornecer ao requerente comprovante do pagamento.

    V. quarta nota ao art. 8o, caput, deste cdigo. Res.-TSE nos 21.538/2003, art. 82, e 20.497/99: expedio de certido de

    quitao eleitoral por juzo de zona eleitoral diversa da inscrio ao eleitor que estiver em dbito e, tambm, ao que estiver quite com as obrigaes eleitorais; e Res.-TSE no 21.667/2004: Dispe sobre a utilizao do servio de emisso de certido de quitao eleitoral por meio da Internet e d outras providncias.

    PArte segundAdos rgos dA JustiA eleitorAl

    CF/88, art. 121: prescrio da organizao e competncia dos tribunais, dos juzes de direito e das juntas eleitorais por lei complementar. Ac.-TSE no 12.641/96 e Res.-TSE nos 14.150/94 e 18.504/92: o Cdigo Eleitoral foi recepcionado como lei complementar.

    Art. 12. So rgos da Justia Eleitoral:

    CF/88, art. 118.

    I o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da Repblica e jurisdio em todo o Pas;

    II um Tribunal Regional, na capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na capital de Territrio;

    CF/88, art. 120, c.c. o art. 33, 3o: instituio de rgos judicirios nos territrios federais.

    III Juntas Eleitorais;IV Juzes Eleitorais.Art. 13. O nmero de Juzes dos Tribunais Regionais no ser reduzido,

    mas poder ser elevado at nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

    CF/88, art. 96, II, a: proposta de alterao do nmero de membros. CF/88, art. 120, 1o: composio dos tribunais regionais. V., tambm, art. 25 deste cdigo.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Art. 14. Os Juzes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, serviro obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois binios consecutivos.3

    CF/88, art. 121, 2o. Res.-TSE no 20.958/2001: Instrues que regulam a investidura e o

    exerccio dos membros dos tribunais eleitorais e o trmino dos respectivos mandatos. (Essa resoluo disciplina inteiramente o assunto tratado na Res.-TSE no 9.177/72). Res.-TSE no 9.407/72, alterada pela Res.-TSE nos 20.896/2001 e 21.461/2003: aprova os formulrios atravs dos quais devero ser prestadas as informaes a que se refere o art. 12 da Res.-TSE no 9.177/72.

    1o Os binios sero contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licena, frias, ou licena especial, salvo no caso do 3o.

    2o Os Juzes afastados por motivo de licena, frias e licena especial, de suas funes na Justia comum, ficaro automaticamente afastados da Justia Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando, com perodos de frias coletivas, coincidir a realizao de eleio, apurao ou encerramento de alistamento.

    3o Da homologao da respectiva Conveno partidria, at a apurao final da eleio, no podero servir como Juzes nos Tribunais Eleitorais, ou como Juiz Eleitoral, o cnjuge, parente consangneo legtimo ou ilegtimo, ou afim, at o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrio.

    Lei no 9.504/97, art. 95: juiz eleitoral como parte em ao judicial.

    4o No caso de reconduo para o segundo binio, observar-se-o as mesmas formalidades indispensveis primeira investidura.

    Pargrafos 1o ao 4o acrescidos pelo art. 4o da Lei no 4.961/66, sendo o pargrafo 4o correspondente ao primitivo p. nico.

    Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais sero escolhidos, na mesma ocasio e pelo mesmo processo, em nmero igual para cada categoria.

    CF/88, art. 121, 2o.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    ttulo ido tribunAl suPerior

    Art. 16. Compe-se o Tribunal Superior Eleitoral:4

    CF/88, art. 119, caput: composio mnima de 7 (sete) membros. V., ainda, nota ao art. 23, VI, deste cdigo.

    I mediante eleio, pelo voto secreto:a) de trs Juzes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e

    CF/88, art. 119, I, a.

    b) de dois Juzes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos;

    CF/88, art. 119, I, b: eleio dentre os ministros do Superior Tribunal de Justia.

    II por nomeao do Presidente da Repblica de dois dentre seis advogados de notvel saber jurdico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

    CF/88, art. 119, II. Ac.-STF, de 6.10.94, na ADInMC no 1.127: advogados membros da Justia

    Eleitoral no esto abrangidos pela proibio de exerccio da advocacia contida no art. 28, II, da Lei no 8.906/94 (EOAB).

    1o No podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidados que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, at o quarto grau, seja o vnculo legtimo ou ilegtimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por ltimo.

    2o A nomeao de que trata o inciso II deste artigo no poder recair em cidado que ocupe cargo pblico de que seja demissvel ad nutum; que seja diretor, proprietrio ou scio de empresa beneficiada com subveno, privilgio, iseno ou favor em virtude de contrato com a administrao pblica; ou que exera mandato de carter poltico, federal, estadual ou municipal.

    Incisos I e II e pargrafos 1o e 2o com redao dada pelo art. 1o da Lei no 7.191/84.

  • 10

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral eleger para seu Presidente um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a Vice-Presidncia, e para Corregedor-Geral da Justia Eleitoral um dos seus membros.

    CF/88, art. 119, p. nico: eleio do presidente e do vice-presidente; eleio do corregedor-geral dentre os ministros do Superior Tribunal de Justia.

    1o As atribuies do Corregedor-Geral sero fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

    Res.-TSE no 7.651/65: Instrues que fixam as atribuies do corregedor-geral e dos corregedores regionais da Justia Eleitoral. Res.-TSE no 21.329/2002: Aprova a organizao dos servios da Corregedoria-Geral da Justia Eleitoral, define a competncia das unidades e as atribuies dos titulares de cargos e funes.

    Res.-TSE no 21.372/2003: Estabelece rotina para realizao de correies nas zonas eleitorais do pas.

    2o No desempenho de suas atribuies, o Corregedor-Geral se locomover para os Estados e Territrios nos seguintes casos:

    I por determinao do Tribunal Superior Eleitoral;II a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;III a requerimento de partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;IV sempre que entender necessrio. 3o Os provimentos emanados da Corregedoria-Geral, vinculam os

    Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.Art. 18. Exercer as funes de Procurador-Geral, junto ao Tribunal

    Superior Eleitoral, o Procurador-Geral da Repblica, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

    V. arts. 73 a 75 da LC no 75/93, que dispe sobre a organizao, as atribuies e o estatuto do Ministrio Pblico da Unio.

    Pargrafo nico. O Procurador-Geral poder designar outros membros do Ministrio Pblico da Unio, com exerccio no Distrito Federal, e sem prejuzo das respectivas funes, para auxili-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde no podero ter assento.

    Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sesso pblica, com a presena da maioria de seus membros.

  • 11

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    Pargrafo nico. As decises do Tribunal Superior, assim na interpretao do Cdigo Eleitoral em face da Constituio e cassao de registro de partidos polticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulao geral de eleies ou perda de diplomas, s podero ser tomadas com a presena de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum Juiz, ser convocado o substituto ou o respectivo suplente.

    Ac.-TSE nos 16.684/2000 e 612/2004: possibilidade de julgamento com o quorum incompleto em caso de suspeio ou impedimento do ministro titular da classe de advogado e impossibilidade jurdica de convocao de juiz substituto.

    Ac.-TSE nos 19.561/2002, 5.282/2004 e Ac.-TSE, de 9.8.2007, no REspe no 25.759: possibilidade de provimento de recurso por deciso monocrtica, com base no art. 36, 7o, do RITSE, mesmo que implique anulao de eleio ou perda de diploma, sujeitando-se eventual agravo regimental ao disposto neste artigo.

    CF/88, art. 97: Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo rgo especial podero os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder pblico.

    Sm.-STF no 72: No julgamento de questo constitucional, vinculada a deciso do Tribunal Superior Eleitoral, no esto impedidos os ministros do Supremo Tribunal Federal que ali tenham funcionado no mesmo processo, ou no processo originrio.

    Ac.-TSE, de 25.10.2007, na MC no 2.254, de 27.11.2007, no Ag no 8.864, e de 13.12.2007, no RMS no 526: inaplicabilidade do quorum de deliberao previsto neste dispositivo aos tribunais regionais eleitorais.

    Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poder argir a suspeio ou impedimento dos seus membros, do Procurador-Geral ou de funcionrios de sua Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidria, mediante o processo previsto em regimento.

    V. art. 14, 3o, deste cdigo e art. 95 da Lei no 9.504/97: impedimento de juiz por parentesco ou que for parte em ao judicial que envolva candidato. Ac.-TSE nos 13.098/92, 15.239/99, 19/2002 e 3.106/2002: admissibilidade de exceo de suspeio de magistrado para todo o processo eleitoral.

    Pargrafo nico. Ser ilegtima a suspeio quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitao do argido.

  • 12

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Art. 21. Os Tribunais e Juzes inferiores devem dar imediato cumprimento s decises, mandados, instrues e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.

    Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

    I processar e julgar originariamente:a) o registro e a cassao de registro de partidos polticos, dos seus Diretrios

    Nacionais e de candidatos a Presidncia e Vice-Presidncia da Repblica;

    Lei no 9.096/95, arts. 7o e 8o: aquisio da personalidade jurdica mediante registro no Cartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas; art. 9o: registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral; art. 28: casos de cancelamento do registro civil e do estatuto dos partidos polticos.

    LC no 64/90, art. 2o, pargrafo nico, I: argio de inelegibilidade perante o Tribunal Superior Eleitoral.

    b) os conflitos de jurisdio entre Tribunais Regionais e Juzes Eleitorais de Estados diferentes;

    c) a suspeio ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcionrios da sua Secretaria;

    d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus prprios Juzes e pelos Juzes dos Tribunais Regionais;

    CF/88, art. 102, I, c: competncia do STF para processar e julgar, nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os membros dos tribunais superiores; art. 105, I, a: competncia do STJ para processar e julgar, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, os membros dos tribunais regionais eleitorais.

    e) o habeas corpus ou mandado de segurana, em matria eleitoral, relativos a atos do Presidente da Repblica, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violncia antes que o Juiz competente possa prover sobre a impetrao;

    A Res. no 132/84, do Senado Federal, suspendeu a locuo ou mandado de segurana. Entretanto, no Ac.-STF, de 7.4.94, no RE no 163.727, o STF deu-lhe interpretao para restringir o seu alcance verdadeira dimenso da declarao de inconstitucionalidade no Ac.-STF, de 31.8.83, no MS no 20.409, que lhe deu causa, vale dizer, hiptese de mandado de segurana contra ato, de natureza eleitoral, do presidente da Repblica, mantida a competncia do TSE para as demais impetraes

  • 13

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    previstas neste inciso. CF/88, art. 102, I, d: competncia do STF para processar e julgar mandado de segurana contra ato do presidente da Repblica. CF/88, art. 105, I, b: competncia do STJ para processar e julgar mandado de segurana contra ato de ministro de Estado. CF/88, art. 105, I, h, in fine: competncia da Justia Eleitoral para o mandado de injuno.

    LC no 35/79 (Loman), art. 21, VI: competncia originria dos tribunais para julgar os mandados de segurana contra seus atos. Ac.-TSE nos 2.483/99 e 3.175/2004: competncia dos tribunais regionais eleitorais to-somente para julgar os pedidos de segurana contra atos inerentes sua atividade-meio. V. nota ao art. 276, 1o, deste cdigo.

    f) as reclamaes relativas a obrigaes impostas por lei aos partidos polticos, quanto sua contabilidade e apurao da origem dos seus recursos;

    Lei no 9.096/95, art. 35, caput: exame pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos tribunais regionais eleitorais da escriturao do partido e apurao de qualquer ato que viole as prescries legais ou estatutrias em matria financeira.

    g) as impugnaes apurao do resultado geral, proclamao dos eleitos e expedio de diploma na eleio de Presidente e Vice-Presidente da Repblica;

    h) os pedidos de desaforamento dos feitos no decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da concluso ao Relator, formulados por partido, candidato, Ministrio Pblico ou parte legitimamente interessada;5

    Alnea com redao dada pelo art. 6o da Lei no 4.961/66.

    i) as reclamaes contra os seus prprios Juzes que, no prazo de trinta dias a contar da concluso, no houverem julgado os feitos a eles distribudos;

    Alnea acrescida pelo art. 6o da Lei no 4.961/66. Lei no 9.504/97, art. 94, 1o e 2o. Dec. monocrtica do Min. Jos Delgado na Rcl no 475, de 10.10.2007:

    a competncia para o julgamento das reclamaes desta espcie passou ao Conselho Nacional de Justia, nos termos do art. 103-B, 4o, III, da Constituio Federal.

    j) a ao rescisria, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de cento e vinte dias de deciso irrecorrvel, possibilitando-se o exerccio do mandato eletivo at o seu trnsito em julgado;

  • 14

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Alnea acrescida pelo art. 1o da LC no 86/96. Ac.-STF, de 17.3.99, na ADIn no 1.459: declara inconstitucionais o trecho

    grifado e a expresso aplicando-se, inclusive, s decises havidas at cento e vinte dias anteriores sua vigncia, constante do art. 2o da LC no 86/96.

    Ac.-TSE nos 106/2000 e 89/2001: TRE no competente para o julgamento de ao rescisria. A LC no 86/96, ao introduzir a ao rescisria no mbito da Justia Eleitoral, incumbiu somente ao TSE seu processo e julgamento, originariamente, contra seus prprios julgados. Ac.-TSE no 124/2001: cabimento de ao rescisria contra deciso monocrtica de juiz do TSE; Ac.-TSE nos 19.617/2002 e 19.618/2002: cabimento de ao rescisria de julgado de TRE em matria no-eleitoral, aplicando-se a legislao processual civil.

    II julgar os recursos interpostos das decises dos Tribunais Regionais nos termos do art. 276 inclusive os que versarem matria administrativa.

    Incompetncia do Tribunal Superior Eleitoral para apreciar recurso contra deciso de natureza estritamente administrativa proferida pelos tribunais regionais: Ac.-TSE, de 22.2.2007, nos REspe nos 25.416 e 25.434 (concesso de auxlio-alimentao e auxlio-creche); Ac.-TSE, de 22.2.2007, no REspe no 25.836 (alterao de funo de confiana); Ac.-TSE, de 16.10.2007, no Ag no 8.800, de 13.11.2007, no Ag no 8.909, de 20.11.2007, no REspe no 28.177, e de 4.12.2007, no Ag no 7.147, dentre outros (prestao de contas de candidatos, no mbito de sua competncia originria). Ac.-TSE nos 10/96 e 12.644/97: Competncia do TSE para apreciar recurso contra deciso judicial de Tribunal Regional sobre matria administrativa no eleitoral.

    Pargrafo nico. As decises do Tribunal Superior so irrecorrveis, salvo nos casos do art. 281.

    Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: I elaborar o seu Regimento Interno;

    CF/88, art. 96, I, a.

    II organizar a sua Secretaria e a Corregedoria-Geral, propondo ao Congresso Nacional a criao ou extino dos cargos administrativos e a fixao dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;

    CF/88, art. 96, I, b.

  • 15

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    III conceder aos seus membros licena e frias, assim como afastamento do exerccio dos cargos efetivos;

    CF/88, art. 96, I, f.

    IV aprovar o afastamento do exerccio dos cargos efetivos dos Juzes dos Tribunais Regionais Eleitorais;

    Res.-TSE no 21.842/2004: Dispe sobre o afastamento de magistrados na Justia Eleitoral do exerccio dos cargos efetivos.

    V propor a criao de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territrios;

    V. nota ao art. 12, II, deste cdigo.

    VI propor ao Poder Legislativo o aumento do nmero dos Juzes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

    CF/88, art. 96, II, a: competncia para alterao do nmero de membros dos tribunais inferiores. CF/88, art. 120, 1o: ausncia de previso de aumento do nmero de membros dos tribunais regionais eleitorais, porquanto no se refere composio mnima.

    VII fixar as datas para as eleies de Presidente e Vice-Presidente da Repblica, Senadores e Deputados Federais, quando no o tiverem sido por lei;

    CF/88, arts. 28, caput, 29, I e II, 32, 2o, e 77, caput; e Lei no 9.504/97, arts. 1o, caput, e 2o, 1o: fixao de data para as eleies presidenciais, federais, estaduais e municipais.

    Lei no 9.709/98, art. 8o, I: competncia da Justia Eleitoral, nos limites de sua circunscrio, para fixar a data de plebiscito e referendo. Ac.-TSE no 3.395/2005: legalidade de resoluo do TSE que fixou data de referendo em dia diverso do previsto no DLG no 780/2005, art. 2o.

    VIII aprovar a diviso dos Estados em Zonas Eleitorais ou a criao de novas Zonas;

    Res.-TSE no 19.994/97: Estabelece normas para a criao e desmembramento de zonas eleitorais e d outras providncias.

  • 16

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Dec.-TSE s/no, de 7.10.2003, na Pet no 1.386: competncia do TSE para homologar diviso da circunscrio do estado em zonas eleitorais, bem como a criao de novas zonas, e competncia do TRE para reviso de transferncia de sede da zona.

    IX expedir as instrues que julgar convenientes execuo deste Cdigo;X fixar a diria do Corregedor-Geral, dos Corregedores Regionais e

    auxiliares em diligncia fora da sede;XI enviar ao Presidente da Repblica a lista trplice organizada pelos

    Tribunais de Justia, nos termos do art. 25;XII responder, sobre matria eleitoral, s consultas que lhe forem

    feitas em tese por autoridade com jurisdio federal ou rgo nacional de partido poltico;

    Ac.-TSE no 23.404/2004: a consulta no tem carter vinculante, mas pode servir de suporte para as razes do julgador.

    Res.-TSE no 22.391/2006: descabimento de consulta sobre matria processual e conhecimento, sob o aspecto de direito material eleitoral, por se referir a fase ainda no iniciada do processo eleitoral.

    Res.-TSE no 22.515/2007 e dec. monocrtica do Min. Jos Delgado na Cta no 1.443, de 24.10.2007: exigncia de autorizao especfica ou documento que comprove estar o consulente habilitado a formular consultas em nome da agremiao partidria a que pertence.

    Legitimidade para formular consulta ao TSE: Res.-TSE no 22.228/2006 (senador); Res.-TSE no 22.247/2006 (deputado federal); Res.-TSE no 22.229/2006 (secretrio-geral de comisso executiva nacional de partido poltico, como representante de rgo de direo nacional); Res.-TSE no 22.342/2006 (Defensoria Pblica da Unio).

    XIII autorizar a contagem dos votos pelas Mesas Receptoras nos Estados em que essa providncia for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

    V. art. 188 deste cdigo.

    XIV requisitar fora federal necessria ao cumprimento da lei, de suas prprias decises ou das decises dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votao e a apurao;6

    Inciso com redao dada pelo art. 7o da Lei no 4.961/66. DL no 1.064/69, art. 2o: O Departamento de Polcia Federal ficar

    disposio da Justia Eleitoral sempre que houver de se realizar eleies, gerais ou parciais, em qualquer parte do territrio nacional.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    Res.-TSE no 14.623/88: atribuies da Polcia Federal quando disposio da Justia Eleitoral.

    LC no 97/99, art. 15, 1o: Compete ao presidente da Repblica a deciso do emprego das Foras Armadas, por iniciativa prpria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermdio dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Cmara dos Deputados. Res.-TSE no 18.504/92: o poder de o TSE requisitar fora federal prescinde da intermediao do presidente do Supremo Tribunal Federal. Essa deciso foi proferida na vigncia da LC no 69/91 (revogada pela LC no 97/99), que continha dispositivo de teor idntico ao do referido 1o.

    Res.-TSE no 21.843/2004: Dispe sobre a requisio de fora federal, de que trata o art. 23, inciso XIV, do Cdigo Eleitoral, e sobre a aplicao do art. 2o do DL no 1.064/69.

    Res.-TSE no 22.376/2006: Dispe sobre a apurao de crimes eleitorais, disciplinando a atuao da Polcia Judiciria Eleitoral, a notcia-crime eleitoral e o inqurito policial eleitoral.

    XV organizar e divulgar a smula de sua jurisprudncia;XVI requisitar funcionrios da Unio e do Distrito Federal quando o

    exigir o acmulo ocasional do servio de sua Secretaria;

    Lei no 6.999/82 e Res.-TSE no 20.753/2000: normas sobre requisio de servidores pblicos.

    XVII publicar um boletim eleitoral;

    O Boletim Eleitoral foi substitudo, em julho/90, pela revista Jurisprudncia do Tribunal Superior Eleitoral (Res.-TSE no 16.584/90).

    XVIII tomar quaisquer outras providncias que julgar convenientes execuo da legislao eleitoral.

    Art. 24. Compete ao Procurador-Geral, como chefe do Ministrio Pblico Eleitoral:

    Ac.-TSE, de 29.6.2006, no REspe no 25.970: preponderncia da conduta de fiscal da lei sobre a legitimao do Parquet para intervir como parte no processo eleitoral. Oficiando como custus legis, o Ministrio Pblico no pode intervir na qualidade de parte para postular interpretao incompatvel com opinio antes manifestada, por aplicao do princpio da indivisibilidade e da precluso lgica.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    I assistir s sesses do Tribunal Superior e tomar parte nas discusses;

    Ac.-TSE no 11.658/90: o modo como se dar a participao nas discusses matria que diz com o funcionamento dos tribunais a quem cabe a prerrogativa de disciplinar autonomamente.

    II exercer a ao pblica e promov-la at final, em todos os feitos de competncia originria do Tribunal;

    III oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;

    RITSE, art. 13, c: compete ao procurador-geral oficiar, no prazo de cinco dias, em todos os recursos encaminhados ao Tribunal, e nos pedidos de mandado de segurana.

    Ac.-TSE no 15.031/97: desnecessidade de pronunciamento da Procuradoria-Geral nos embargos de declarao.

    IV manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos deliberao do Tribunal, quando solicitada sua audincia por qualquer dos Juzes, ou por iniciativa sua, se entender necessrio;

    V defender a jurisdio do Tribunal;VI representar ao Tribunal sobre a fiel observncia das leis eleitorais,

    especialmente quanto sua aplicao uniforme em todo o Pas;VII requisitar diligncias, certides e esclarecimentos necessrios ao

    desempenho de suas atribuies;VIII expedir instrues aos rgos do Ministrio Pblico junto aos

    Tribunais Regionais;IX acompanhar, quando solicitado, o Corregedor-Geral, pessoalmente

    ou por intermdio de Procurador que designe, nas diligncias a serem realizadas.

    V. art. 18 deste cdigo.

    ttulo iidos tribunAis regionAis

    Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-o:7I mediante eleio, pelo voto secreto:a) de dois Juzes, dentre os Desembargadores do Tribunal de Justia; eb) de dois Juzes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justia;

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    II do Juiz Federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e

    CF/88, art. 120, 1o, II: de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital, ou, no o havendo, de um juiz federal.

    III por nomeao do Presidente da Repblica, de dois dentre seis cidados de notvel saber jurdico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justia.

    Incisos com redao dada pelo art. 2o da Lei no 7.191/84. CF/88, art. 120, 1o, III: nomeao dentre seis advogados. Res.-TSE nos 20.958/2001, art. 12, p. nico, VI, e 21.461/2003, art. 1o:

    exigncia de 10 anos de prtica profissional; art. 5o, desta ltima: dispensa da comprovao se j foi juiz de TRE. Ac.-STF, de 31.5.2005, no RMS no 24.334, e de 29.11.2005, no RMS no 24.332: a regra geral prevista no art. 94 da Constituio dez anos de efetiva atividade profissional se aplica de forma complementar regra do art. 120 da Constituio. Res.-TSE no 21.644/2004: necessidade, ainda, de participao anual mnima em 5 atos privativos em causas ou questes distintas, nos termos do art. 5o do EOAB.

    Ac.-STF, de 29.11.90, no MS no 21.073, e de 19.6.91, no MS no 21.060: a OAB no participa do procedimento de indicao de advogados para composio de TRE.

    V. nota ao art. 16, II, deste cdigo. Res.-TSE no 22.222/2006 e Dec.-TSE s/no, de 17.8.2006, no ELT no 468:

    O mesmo advogado somente poder ser indicado simultaneamente para o preenchimento de um cargo efetivo e um de substituto.

    1o A lista trplice organizada pelo Tribunal de Justia ser enviada ao Tribunal Superior Eleitoral.

    Res.-TSE no 21.461/2003: Dispe sobre o encaminhamento de lista trplice organizada pelo Tribunal de Justia ao Tribunal Superior Eleitoral [...]. Res.-TSE no 20.958/2001: Instrues que regulam a investidura e o exerccio dos membros dos tribunais eleitorais e o trmino dos respectivos mandatos. Os modelos de formulrios para a prestao das informaes que devem acompanhar a lista trplice so os aprovados pela Res.-TSE no 9.407/72, alterada pelas Res.-TSE nos 20.896/2001 e 21.461/2003.

    Dec.-TSE s/no, de 1o.6.2004, na ELT no 394: inadmissibilidade de lista contendo apenas um nome.

    2o A lista no poder conter nome de Magistrado aposentado ou de membro do Ministrio Pblico.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Pargrafo com redao dada pelo art. 8o da Lei no 4.961/66. Ac.-STF, de 15.12.99, no RMS no 23.123: este dispositivo foi recepcionado

    pela Constituio e no foi revogado pela Lei no 7.191/94.

    3o Recebidas as indicaes o Tribunal Superior divulgar a lista atravs de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco dias, impugn-la com fundamento em incompatibilidade.

    4o Se a impugnao for julgada procedente quanto a qualquer dos indicados, a lista ser devolvida ao Tribunal de origem para complementao.

    5o No havendo impugnao, ou desprezada esta, o Tribunal Superior encaminhar a lista ao Poder Executivo para a nomeao.

    6o No podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, at o 4o grau, seja o vnculo legtimo ou ilegtimo, excluindo-se neste caso a que tiver sido escolhida por ltimo.

    7o A nomeao de que trata o no II deste artigo no poder recair em cidado que tenha qualquer das incompatibilidades mencionadas no art. 16, 4o.

    O DL no 441/69 revogou os 6o e 7o do art. 25, passando os 8o e 9o a constituir, respectivamente, os 6o e 7o.

    A Lei no 7.191/84, ao alterar o art. 25, no fez nenhuma referncia aos pargrafos constantes do artigo modificado. Segundo decises do TSE (Res.-TSE nos 12.391/85 e 18.318/92, e Ac.-TSE no 12.641/96) e do STF (Ac.-STF, de 15.12.99, no RMS no 23.123), os referidos pargrafos no foram revogados pela lei citada.

    A remisso ao 4o do art. 16 deste cdigo refere-se a sua redao original. Com redao dada pela Lei no 7.191/84, a matria contida no 4o do art. 16 passou a ser tratada no 2o.

    Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional sero eleitos por este dentre os trs Desembargadores do Tribunal de Justia; o terceiro Desembargador ser o Corregedor Regional da Justia Eleitoral.

    CF/88, art. 120, 2o, c.c. o 1o, I, a: eleio dentre os dois desembargadores. No havendo um terceiro magistrado do Tribunal de Justia, alguns tribunais regionais atribuem a funo de corregedor ao vice-presidente, cumulativamente, enquanto outros prescrevem a eleio dentre os demais juzes que o compem.

    Ac.-TSE no 684/2004: a regra contida no art. 120, 2o, da CF/88, no tocante ao critrio para eleio dos titulares dos cargos de presidente e vice-presidente dos tribunais regionais eleitorais, afasta a incidncia do art. 102 da LC no 35/79 (Loman) nesse particular. Res.-TSE nos 20.120/98,

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    22.458/2006, e Ac.-TSE, de 15.8.2006, na RP no 982: impossibilidade de reeleio de presidente de tribunal regional, nos termos do art. 102 da LC no 35/79 (Loman). V. , ainda, Ac.-STF, de 19.12.2006, na Rcl no 4.587 que cassou parcialmente o Ac.-TSE, de 15.8.2006, na RP no 982 retromencionado: impossibilidade de alterao ou restrio, por qualquer norma infraconstitucional, da durao bienal de investidura e da possibilidade de reconduo de juiz de TRE.

    1o As atribuies do Corregedor Regional sero fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em carter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.

    V. notas ao art. 17, 1o, deste cdigo.

    2o No desempenho de suas atribuies o Corregedor Regional se locomover para as Zonas Eleitorais nos seguintes casos:

    I por determinao do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;

    II a pedido dos Juzes Eleitorais; III a requerimento de partido, deferido pelo Tribunal Regional; IV sempre que entender necessrio.Art. 27. Servir como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional

    Eleitoral o Procurador da Repblica no respectivo Estado, e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Procurador-Geral da Repblica.

    V. arts. 76 e 77 da LC no 75/93, que Dispe sobre a organizao, as atribuies e o estatuto do Ministrio Pblico da Unio, e Ac.-TSE no 309/96: as normas da Lei Orgnica do Ministrio Pblico da Unio revogaram o art. 27 e seus pargrafos do Cdigo Eleitoral, porquanto regularam completamente a matria. V., ainda, a parte final da nota ao 4o deste artigo.

    Res.-TSE no 22.458/2006: possibilidade de reeleio ou reconduo de procuradores regionais eleitorais por uma vez, a teor do art. 76, 1o, da LC no 75/93.

    1o No Distrito Federal, sero as funes de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador-Geral da Justia do Distrito Federal.

    V. nota ao caput deste artigo: a funo de procurador regional eleitoral ser exercida por procurador regional da Repblica.

    2o Substituir o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    3o Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuies do Procurador-Geral.

    LC no 75/93, art. 79, p. nico, e Ac.-TSE no 19.657/2004, dentre outras decises: competncia do procurador regional eleitoral para designar promotor eleitoral, por indicao do procurador-geral de justia, nas hipteses de impedimento, recusa justificada ou inexistncia de promotor que oficie perante a zona eleitoral.

    4o Mediante prvia autorizao do Procurador-Geral, podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxili-los nas suas funes, membros do Ministrio Pblico local, no tendo estes, porm, assento nas sesses do Tribunal.

    O vocbulo podendo consta da redao original do dispositivo publicado no DOU. Nas edies anteriores desta publicao, o termo havia sido substitudo pelo vocbulo podero.

    LC no 75/93, art. 77, p. nico: designao pelo procurador-geral eleitoral, por necessidade de servio, de outros membros do Ministrio Pblico Federal para oficiar perante os tribunais regionais eleitorais. Res.-TSE no 20.887/2001: admite a designao de promotor de justia para auxiliar o procurador regional, em caso de dificuldade de contar apenas com membros do Ministrio Pblico Federal para desempenho das funes eleitorais.

    Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sesso pblica, com a presena da maioria de seus membros.

    V. quarta nota ao art. 19, p. nico, deste cdigo.

    1o No caso de impedimento e no existindo quorum, ser o membro do Tribunal substitudo por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituio.

    Res.-TSE no 19.740/96: Juiz classe jurista. Impedimento ou suspeio. Convocao do substituto da mesma categoria por ordem de antigidade, permanecendo o impedimento ou suspeio convoca-se o remanescente. Aplicao do art. 19, pargrafo nico do CE.

    Res.-TSE no 22.469/2006: No h como convocar substitutos representantes de classe diversa para complementao de quorum em Tribunal Regional Eleitoral, dado ser exigvel que tal ocorra entre membros da mesma classe, na esteira do estabelecido no art. 7o da Res.-TSE no 20.958/2001.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    2o Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntrio para o Tribunal Superior qualquer interessado poder argir a suspeio dos seus membros, do Procurador Regional, ou de funcionrios da sua Secretaria, assim como dos Juzes e escrives eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e por motivo de parcialidade partidria, mediante o processo previsto em regimento.

    V. nota ao art. 33, 1o, deste cdigo. V. nota ao art. 20, caput, deste cdigo.

    3o No caso previsto no pargrafo anterior ser observado o disposto no pargrafo nico do art. 20.

    Pargrafo acrescido pelo art. 9o da Lei no 4.961/66.

    Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:I processar e julgar originariamente:a) o registro e o cancelamento do registro dos Diretrios Estaduais e

    Municipais de partidos polticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assemblias Legislativas;

    LC no 64/90, art. 2o, p. nico, II: argio de inelegibilidade perante os tribunais regionais eleitorais.

    Lei no 9.096/95, art. 10, p. nico: O partido comunica Justia Eleitoral a constituio de seus rgos de direo e os nomes dos respectivos integrantes, bem como as alteraes que forem promovidas, para anotao [...]. Ac.-TSE no 13.060/96: A finalidade dessa comunicao, entretanto, no a de fazer existir o rgo de direo ou permitir que participe do processo eleitoral [...]. A razo de ser, pois, a publicidade, ensejando, ainda, aos Tribunais, verificar quem representa os partidos.

    b) os conflitos de jurisdio entre Juzes Eleitorais do respectivo Estado;c) a suspeio ou impedimentos aos seus membros, ao Procurador

    Regional e aos funcionrios da sua Secretaria assim como aos Juzes e Escrives Eleitorais;

    V. nota ao art. 33, 1o, deste cdigo. Ac.-TSE, de 30.5.2006, no MS no 3.423: a exceo de suspeio deve ser

    dirigida, inicialmente, ao juiz tido por suspeito pelo excipiente; acolhida pelo excepto, a ao h de ser submetida ao exame e julgamento de outro

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    magistrado; no acolhida, deve a exceo ser mandada ao tribunal a que submetido o magistrado.

    d) os crimes eleitorais cometidos pelos Juzes Eleitorais;

    CF/88, art. 96, III.

    e) o habeas corpus ou mandado de segurana, em matria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justia por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos Juzes Eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violncia antes que o Juiz competente possa prover sobre a impetrao;

    f) as reclamaes relativas a obrigaes impostas por lei aos partidos polticos, quanto sua contabilidade e apurao da origem dos seus recursos;

    V. nota ao art. 22, I, f, deste cdigo.

    g) os pedidos de desaforamento dos feitos no decididos pelos Juzes Eleitorais em trinta dias da sua concluso para julgamento, formulados por partido, candidato, Ministrio Pblico ou parte legitimamente interessada, sem prejuzo das sanes decorrentes do excesso de prazo;8

    Alnea com redao dada pelo art. 10 da Lei no 4.961/66.

    II julgar os recursos interpostos:a) dos atos e das decises proferidas pelos Juzes e Juntas Eleitorais;b) das decises dos Juzes Eleitorais que concederem ou denegarem

    habeas corpus ou mandado de segurana.Pargrafo nico. As decises dos Tribunais Regionais so irrecorrveis,

    salvo nos casos do art. 276.Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:I elaborar o seu Regimento Interno;

    CF/88, art. 96, I, a.

    II organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional, provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermdio

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    do Tribunal Superior a criao ou supresso de cargos e a fixao dos respectivos vencimentos;

    CF/88, art. 96, I, b. Res.-TSE nos 21.902/2004 e 22.020/2005: no compete ao TSE homologar

    deciso de TRE que aprova criao de escola judiciria no mbito de sua jurisdio.

    III conceder aos seus membros e aos Juzes Eleitorais licena e frias, assim como afastamento do exerccio dos cargos efetivos, submetendo, quanto queles, a deciso aprovao do Tribunal Superior Eleitoral;

    CF/88, art. 96, I, f, e nota ao art. 23, IV, deste cdigo.

    IV fixar a data das eleies de Governador e Vice-Governador, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores e Juzes de Paz, quando no determinada por disposio constitucional ou legal;

    CF/88, arts. 28 e 29, II; e Lei no 9.504/97, arts. 1o, caput, 2o, 1o, e 3o, 2o: fixao de datas para eleio de governador e vice-governador e de prefeito e vice-prefeito.

    Lei no 9.504/97, art. 1o, caput: fixao de datas para eleio de senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.

    CF/88, art. 32, 2o: eleies de governador e vice-governador e de deputados distritais coincidentes com as de governadores e deputados estaduais.

    CF/88, arts. 14, 3o, VI, c, e 98, II: criao da Justia de Paz. V. notas ao art. 23, VII, deste cdigo.

    V constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdio;VI indicar ao Tribunal Superior as Zonas Eleitorais ou Sees em que

    a contagem dos votos deva ser feita pela Mesa Receptora;

    V. art. 188 deste cdigo.

    VII apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas Eleitorais, os resultados finais das eleies de Governador e Vice-Governador, de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias aps a diplomao, ao Tribunal Superior, cpia das atas de seus trabalhos;

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    VIII responder, sobre matria eleitoral, s consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pblica ou partido poltico;

    IX dividir a respectiva circunscrio em Zonas Eleitorais, submetendo esta diviso, assim como a criao de novas Zonas, aprovao do Tribunal Superior;

    V. nota ao art. 23, VIII, deste cdigo.

    X aprovar a designao do ofcio de Justia que deva responder pela Escrivania Eleitoral durante o binio;

    XI (Revogado pela Lei no 8.868/94.);9XII requisitar a fora necessria ao cumprimento de suas decises e

    solicitar ao Tribunal Superior a requisio de fora federal;

    V. segunda a quinta notas ao art. 23, XIV, deste cdigo.

    XIII autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu Presidente e, no interior, aos Juzes Eleitorais, a requisio de funcionrios federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os Escrives Eleitorais, quando o exigir o acmulo ocasional do servio;

    V. nota ao art. 33, 1o, deste cdigo. V. nota ao art. 23, XVI, deste cdigo.

    XIV requisitar funcionrios da Unio e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Territrio, funcionrios dos respectivos quadros administrativos, no caso de acmulo ocasional de servio de suas Secretarias;

    V. nota ao art. 23, XVI, deste cdigo. Res.-TSE no 21.909/2004: inexistncia de previso legal de limite numrico

    para requisio de servidores para as secretarias dos tribunais regionais eleitorais; observncia dos princpios norteadores dos atos administrativos.

    XV aplicar as penas disciplinares de advertncia e de suspenso at 30 (trinta) dias aos Juzes Eleitorais;

    XVI cumprir e fazer cumprir as decises e instrues do Tribunal Superior;XVII determinar, em caso de urgncia, providncias para a execuo

    da lei na respectiva circunscrio;XVIII organizar o fichrio dos eleitores do Estado;

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    XIX suprimir os mapas parciais de apurao, mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor nmero de candidatos s eleies proporcionais justifique a supresso, observadas as seguintes normas:

    a) qualquer candidato ou partido poder requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigncia dos mapas parciais de apurao;

    b) da deciso do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poder, no prazo de trs dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidir em cinco dias;

    c) a supresso dos mapas parciais de apurao s ser admitida at seis meses antes da data da eleio;

    d) os boletins e mapas de apurao sero impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior;

    e) o Tribunal Regional ouvir os partidos na elaborao dos modelos dos boletins e mapas de apurao a fim de que estes atendam s peculiaridades locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestes ou impugnaes formuladas pelos partidos, deciso do Tribunal Superior.

    Inciso e alneas acrescidos pelo art. 11 da Lei no 4.961/66.

    Art. 31. Faltando num Territrio o Tribunal Regional, ficar a respectiva circunscrio eleitoral sob a jurisdio do Tribunal Regional que o Tribunal Superior designar.

    ttulo iiidos Juzes eleitorAis

    LC no 75/93, arts. 78 e 79: cabe ao promotor eleitoral o exerccio das funes eleitorais perante os juzes e juntas eleitorais; ser ele o membro do Ministrio Pblico local que oficie perante o juzo incumbido do servio eleitoral na zona ou, nas hipteses de sua inexistncia, impedimento ou recusa justificada, o que for designado pelo procurador regional eleitoral, por indicao do procurador-geral de justia.

    Art. 32. Cabe a jurisdio de cada uma das Zonas Eleitorais a um Juiz de Direito em efetivo exerccio e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze das prerrogativas do art. 95 da Constituio.

  • 28

    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Refere-se CF/46; corresponde, entretanto, ao mesmo artigo da CF/88.

    Ac.-TSE no 19.260/2001: O juiz de direito substituto pode exercer as funes de juiz eleitoral, mesmo antes de adquirir a vitaliciedade, por fora do que disposto no art. 22, 2o, da Loman. Ac.-TSE no 15.277/99: A Lei Complementar no 35 continua em vigor na parte em que no haja incompatibilidade com a Constituio, como sucede com seu art. 22, 2o. Assim, podem atuar como juzes eleitorais os magistrados que, em virtude de no haver decorrido o prazo previsto no art. 95, I, da Constituio, no gozam de vitaliciedade.

    LC no 35/79 (Loman), art. 11, caput e 1o. Res.-TSE no 22.607/2007: dispe sobre a residncia do juiz eleitoral.

    Pargrafo nico. Onde houver mais de uma Vara, o Tribunal Regional designar aquela ou aquelas, a que incumbe o servio eleitoral.

    Res.-TSE no 20.505/99: sistema de rodzio na designao dos juzes ou varas para o exerccio da jurisdio eleitoral; e Res.-TSE no 21.009/2002: Estabelece normas relativas ao exerccio da jurisdio eleitoral em primeiro grau; Prov.-CGE no 5/2002: Recomenda observncia de orientaes que explicita, relativas aplicao dos critrios concernentes ao rodzio eleitoral, estabelecidos na Res.-TSE no 21.009, de 5 de maro de 2002.

    Art. 33. Nas Zonas Eleitorais onde houver mais de uma serventia de Justia, o Juiz indicar ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da Escrivania Eleitoral pelo prazo de dois anos.

    1o No poder servir como Escrivo Eleitoral, sob pena de demisso, o membro de Diretrio de partido poltico, nem o candidato a cargo eletivo, seu cnjuge e parente consangneo ou afim at o segundo grau.

    Lei no 10.842/2004, art. 4o, caput: as atribuies da escrivania eleitoral passaram a ser exercidas privativamente pelo chefe de cartrio eleitoral; art. 4o, 1o: No poder servir como chefe de cartrio eleitoral, sob pena de demisso, o membro de rgo de direo partidria, nem o candidato a cargo eletivo, seu cnjuge e parente consangneo ou afim at o 2o (segundo) grau.

    2o O Escrivo Eleitoral, em suas faltas e impedimentos, ser substitudo na forma prevista pela lei de organizao judiciria local.

    V. nota ao pargrafo anterior.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    Art. 34. Os Juzes despacharo todos os dias na sede da sua Zona Eleitoral.Art. 35. Compete aos Juzes:I cumprir e fazer cumprir as decises e determinaes do Tribunal

    Superior e do Regional;II processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem

    conexos, ressalvada a competncia originria do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;

    Ac.-STJ, de 11.6.2003, no CC no 38.430: competncia do juzo da vara da infncia e da juventude, ou do juiz que exerce tal funo na comarca, para processar e julgar ato infracional cometido por menor inimputvel, ainda que a infrao seja equiparada a crime eleitoral.

    III decidir habeas corpus e mandado de segurana, em matria eleitoral, desde que essa competncia no esteja atribuda privativamente instncia superior;

    IV fazer as diligncias que julgar necessrias ordem e presteza do servio eleitoral;

    V tomar conhecimento das reclamaes que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providncias que cada caso exigir;

    VI indicar, para aprovao do Tribunal Regional, a serventia de Justia que deve ter o anexo da Escrivania Eleitoral;

    VII (Revogado pela Lei no 8.868/94.);10VIII dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrio e a excluso

    de eleitores; IX expedir ttulos eleitorais e conceder transferncia de eleitor; X dividir a Zona em Sees Eleitorais;XI mandar organizar, em ordem alfabtica, relao dos eleitores de

    cada Seo, para remessa Mesa Receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votao;

    V. nota ao art. 45, 9o, deste cdigo.

    XII ordenar o registro e cassao do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunic-los ao Tribunal Regional;

    LC no 64/90, art. 2o, p. nico, III: argio de inelegibilidade perante os juzes eleitorais.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    XIII designar, at 60 (sessenta) dias antes das eleies os locais das Sees;

    XIV nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleio, em audincia pblica anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedncia, os membros das Mesas Receptoras;

    Lei no 9.504/97, art. 63, 2o: vedada a nomeao, para presidente e mesrios, de menores de 18 anos.

    XV instruir os membros das Mesas Receptoras sobre as suas funes;XVI providenciar para a soluo das ocorrncias que se verificarem

    nas Mesas Receptoras;XVII tomar todas as providncias ao seu alcance para evitar os atos

    viciosos das eleies;XVIII fornecer aos que no votaram por motivo justificado e aos no

    alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanes legais;

    V. nota ao art. 10 deste cdigo.

    XIX comunicar, at as 12 horas do dia seguinte realizao da eleio, ao Tribunal Regional e aos Delegados de partidos credenciados, o nmero de eleitores que votarem em cada uma das Sees da Zona sob sua jurisdio, bem como o total de votantes da Zona.

    ttulo ivdAs JuntAs eleitorAis

    LC no 75/93, arts. 78 e 79: cabe ao promotor eleitoral o exerccio das funes eleitorais perante os juzes e juntas eleitorais; ser ele o membro do Ministrio Pblico local que oficie perante o juzo incumbido do servio eleitoral na zona ou, nas hipteses de sua inexistncia, impedimento ou recusa justificada, o que for designado pelo procurador regional eleitoral, por indicao do procurador-geral de justia.

    Art. 36. Compor-se-o as Juntas Eleitorais de um Juiz de Direito, que ser o Presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidados de notria idoneidade.

    LC no 35/79 (Loman), art. 11, 2o. Lei no 8.868/94, art. 15: dispensa dos servidores pblicos nomeados para

    compor as mesas receptoras ou juntas apuradoras pelo dobro dos dias

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    de convocao. Lei no 9.504/97, art. 98: dispositivo de mesmo teor que, entretanto, utiliza a expresso eleitores em substituio a servidores pblicos.

    1o Os membros das Juntas Eleitorais sero nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleio, depois de aprovao do Tribunal Regional, pelo Presidente deste, a quem cumpre tambm designar-lhes a sede.

    2o At 10 (dez) dias antes da nomeao, os nomes das pessoas indicadas para compor as Juntas sero publicados no rgo oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (trs) dias, em petio fundamentada, impugnar as indicaes.

    3o No podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares:

    Lei no 9.504/97, art. 64: vedada a participao de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma repartio pblica ou empresa privada na mesma mesa, turma ou junta eleitoral.

    I os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, at o segundo grau, inclusive, e bem assim o cnjuge;

    II os membros de Diretrios de partidos polticos devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;

    III as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionrios no desempenho de cargos de confiana do Executivo;

    IV os que pertencerem ao servio eleitoral.Art. 37. Podero ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o nmero

    de Juzes de Direito que gozem das garantias do art. 95 da Constituio, mesmo que no sejam Juzes Eleitorais.

    LC no 35/79 (Loman), art. 23. Refere-se CF/46; corresponde, entretanto, ao mesmo artigo da CF/88.

    Pargrafo nico. Nas Zonas em que houver de ser organizada mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de Juiz Eleitoral ou estiver este impedido, o Presidente do Tribunal Regional, com a aprovao deste, designar Juzes de Direito da mesma ou de outras Comarcas, para presidirem as Juntas Eleitorais.

    Art. 38. Ao Presidente da Junta facultado nomear, dentre cidados de notria idoneidade, escrutinadores e auxiliares em nmero capaz de atender boa marcha dos trabalhos.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    1o obrigatria essa nomeao sempre que houver mais de dez urnas a apurar.

    2o Na hiptese do desdobramento da Junta em Turmas, o respectivo Presidente nomear um escrutinador para servir como Secretrio em cada Turma.

    3o Alm dos Secretrios a que se refere o pargrafo anterior ser designado pelo Presidente da Junta um escrutinador para Secretrio-Geral competindo-lhe:

    I lavrar as atas;II tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando como

    Escrivo;III totalizar os votos apurados.Art. 39. At 30 (trinta) dias antes da eleio o Presidente da Junta

    comunicar ao Presidente do Tribunal Regional as nomeaes que houver feito e divulgar a composio do rgo por edital publicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer impugnao motivada no prazo de 3 (trs) dias.

    Art. 40. Compete Junta Eleitoral:I apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleies realizadas nas Zonas

    Eleitorais sob a sua jurisdio;

    V. nota ao art. 159, caput, deste cdigo.

    II resolver as impugnaes e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apurao;

    III expedir os boletins de apurao mencionados no art. 179;IV expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.Pargrafo nico. Nos Municpios onde houver mais de uma Junta

    Eleitoral, a expedio dos diplomas ser feita pela que for presidida pelo Juiz Eleitoral mais antigo, qual as demais enviaro os documentos da eleio.

    Art. 41. Nas Zonas Eleitorais em que for autorizada a contagem prvia dos votos pelas Mesas Receptoras, compete Junta Eleitoral tomar as providncias mencionadas no art. 195.

    PArte terceirAdo AlistAmento

    Lei no 6.996/82: Dispe sobre a utilizao de processamento eletrnico de dados nos servios eleitorais e d outras providncias.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    Lei no 7.444/85: Dispe sobre a implantao do processamento eletrnico de dados no alistamento eleitoral e a reviso do eleitorado e d outras providncias.

    Res.-TSE no 21.538/2003: Dispe sobre o alistamento e servios eleitorais mediante processamento eletrnico de dados, a regularizao de situao de eleitor, a administrao e a manuteno do cadastro eleitoral, o sistema de alistamento eleitoral, a reviso do eleitorado e a fiscalizao dos partidos polticos, entre outros.

    Res.-TSE no 21.920/2004: Dispe sobre o alistamento eleitoral e o voto dos cidados portadores de deficincia, cuja natureza e situao impossibilitem ou tornem extremamente oneroso o exerccio de suas obrigaes eleitorais.

    V. notas ao art. 6o, caput, deste cdigo.

    ttulo idA QuAlificAo e inscrio

    Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificao e inscrio do eleitor.

    Pargrafo nico. Para o efeito da inscrio, domiclio eleitoral o lugar de residncia ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se- domiclio qualquer delas.

    Ac.-TSE nos 16.397/2000 e 18.124/2000: o conceito de domiclio eleitoral no se confunde, necessariamente, com o de domiclio civil; aquele, mais flexvel e elstico, identifica-se com a residncia e o lugar onde o interessado tem vnculos (polticos, sociais, patrimoniais, negcios). DL no 201/67, art. 7o, II: cassao do mandato de vereador quando fixar residncia fora do municpio.

    Art. 43. O alistando apresentar em Cartrio ou local previamente designado, requerimento em frmula que obedecer ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior.

    Lei no 7.444/85: alistamento tambm por processamento eletrnico. Res.-TSE no 21.538/2003, arts. 4o a 8o: para alistamento eleitoral,

    transferncia, reviso ou segunda via, ser utilizado o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE).

    Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (trs) retratos, ser instrudo com um dos seguintes documentos, que no podero ser supridos mediante justificao:

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    Lei no 7.444/85, art. 5o, 4o, c.c. o art. 1o, caput: dispensa de fotografias no alistamento por processamento eletrnico.

    I carteira de identidade expedida pelo rgo competente do Distrito Federal ou dos Estados;

    Lei no 6.996/82, art. 6o, I; e Lei no 7.444/85, art. 5o, 2o, I.

    II certificado de quitao do servio militar;

    Res.-TSE no 21.384/2003: inexigibilidade de comprovao de quitao com o servio militar nas operaes de transferncia de domiclio, reviso de dados e segunda via, falta de previso legal. Res.-TSE no 22.097/2005: inexigibilidade do certificado de quitao do servio militar daquele que completou 18 anos para o qual ainda esteja em curso o prazo de apresentao ao rgo de alistamento militar.

    III certido de idade extrada do registro civil;IV instrumento pblico do qual se infira, por direito ter o requerente

    idade superior a dezoito anos e do qual conste, tambm, os demais elementos necessrios sua qualificao;

    V. nota ao art. 4o deste cdigo.

    V documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originria ou adquirida, do requerente.

    Lei no 6.192/74, que Dispe sobre restries a brasileiros naturalizados, e d outras providncias: Art. 1o. vedada qualquer distino entre brasileiros natos e naturalizados. [...] Art. 4o. Nos documentos pblicos, a indicao da nacionalidade brasileira alcanada mediante naturalizao far-se- sem referncia a esta circunstncia. CF/88, art. 12, 2o.

    Res.-TSE no 21.385/2003: inexigibilidade de prova de opo pela nacionalidade brasileira para fins de alistamento eleitoral, no prevista na legislao pertinente.

    Pargrafo nico. Ser devolvido o requerimento que no contenha os dados constantes do modelo oficial, na mesma ordem, e em caracteres inequvocos.

    Art. 45. O Escrivo, o funcionrio ou o Preparador recebendo a frmula e documentos determinar que o alistando date e assine a petio e em ato contnuo atestar terem sido a data e a assinatura lanados na sua presena;

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    em seguida, tomar a assinatura do requerente na folha individual de votao e nas duas vias do ttulo eleitoral, dando recibo da petio e do documento.

    V. nota ao art. 33, 1o, deste cdigo. Lei no 8.868/94, art. 14: torna sem efeito a meno ao preparador, ao

    revogar o inciso XI do art. 30 e o inciso VII do art. 35, alm dos arts. 62 a 65 e 294 deste cdigo.

    Lei no 7.444/85, art. 5o, 1o: no caso de analfabeto ser feita a impresso digital do polegar direito.

    V. nota ao 9o deste artigo.

    1o O requerimento ser submetido ao despacho do Juiz nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes.

    2o Poder o Juiz se tiver dvida quanto identidade do requerente ou sobre qualquer outro requisito para o alistamento, converter o julgamento em diligncia para que o alistando esclarea ou complete a prova ou, se for necessrio, comparea pessoalmente sua presena.

    3o Se se tratar de qualquer omisso ou irregularidade que possa ser sanada, fixar o Juiz para isso prazo razovel.

    4o Deferido o pedido, no prazo de cinco dias, o ttulo e o documento que instruiu o pedido sero entregues pelo Juiz, Escrivo, funcionrio ou Preparador. A entrega far-se- ao prprio eleitor, mediante recibo, ou a quem o eleitor autorizar por escrito o recebimento, cancelando-se o ttulo cuja assinatura no for idntica do requerimento de inscrio e do recibo.

    O recibo ser obrigatoriamente anexado ao processo eleitoral, incorrendo o Juiz que no o fizer na multa de um a cinco salrios mnimos regionais, na qual incorrero ainda o Escrivo, funcionrio ou Preparador, se responsveis, bem como qualquer deles, se entregarem ao eleitor o ttulo cuja assinatura no for idntica do requerimento de inscrio e do recibo ou o fizerem a pessoa no autorizada por escrito.11

    Pargrafo com redao dada pelo art. 12 da Lei no 4.961/66. V. nota ao art. 33, 1o, deste cdigo. V. segunda e terceira notas ao caput deste artigo. V. terceira nota ao art. 7o, caput, deste cdigo.

    5o A restituio de qualquer documento no poder ser feita antes de despachado o pedido de alistamento pelo Juiz Eleitoral.

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    Lei no 4.737/65 (Cdigo Eleitoral)

    6o Quinzenalmente o Juiz Eleitoral far publicar pela imprensa, onde houver, ou por editais, a lista dos pedidos de inscrio, mencionando os deferidos, os indeferidos e os convertidos em diligncia, contando-se dessa publicao o prazo para os recursos a que se refere o pargrafo seguinte.

    7o Do despacho que indeferir o requerimento de inscrio caber recurso interposto pelo alistando e do que o deferir poder recorrer qualquer Delegado de partido.

    Lei no 6.996/82, art. 7o, 1o: prazo de 5 dias para interposio de recurso pelo alistando e de 10 dias pelo delegado de partido nos casos de inscrio originria. Norma repetida na Res.-TSE no 21.538/2003, art. 17, 1o.

    8o Os recursos referidos no pargrafo anterior sero julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral dentro de 5 (cinco) dias.

    9o Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou logo que seja desprovido o recurso em instncia superior, o Juiz inutilizar a folha individual de votao assinada pelo requerente, a qual ficar fazendo parte integrante do processo e no poder, em qualquer tempo, ser substituda, nem dele retirada, sob pena de incorrer o responsvel nas sanes previstas no art. 293.

    Lei no 6.996/82, art. 12: substituio da folha individual de votao por listas de eleitores emitidas por computador no processamento eletrnico de dados.

    10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartrio devolver ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento com que houver instrudo o seu requerimento.

    V. nota ao art. 44, caput, deste cdigo.

    11. O ttulo eleitoral e a folha individual de votao somente sero assinados pelo Juiz Eleitoral depois de preenchidos pelo Cartrio e de deferido o pedido, sob as penas do artigo 293.

    Pargrafo com redao dada pelo art. 12 da Lei no 4.961/66. V. nota ao 9o deste artigo.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao Complementar

    12. obrigatria a remessa ao Tribunal Regional da ficha do eleitor, aps a expedio do seu ttulo.

    Pargrafo acrescido pelo art. 13 da Lei no 4.961/66.

    Art. 46. As folhas individuais de votao e os ttulos sero con-feccionados de acordo com o modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

    V. nota ao art. 45, 9o, deste cdigo. O modelo do ttulo eleitoral o aprovado pela Res.-TSE no 21.538/2003,

    art. 22.

    1o Da folha individual de votao e do ttulo eleitoral constar a indicao da Seo em que o eleitor tiver sido in