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“CORPO EM CLÍNICA: INTERPRETAÇÃO PSICANALÍTICA DA PATOLOGIA CARDÍACA” Laura Elena Billiet Eixo: O corpo na clínica Palavras-chave: Psicossomática. Patologia cardíaca. Coração Resumo A autora exemplifica como interpretar psicanaliticamente as patologias cardíacas em general. Porque são consideradas principal causa de morte no mundo e deverá aumentar nos próximos anos. E sintetiza a biografia de um paciente para interpretar o drama do paciente cardíaco. Deste modo: a) é sintetizada uma interpretação argentina de doença em geral. b) A autora resume pesquisas atuais sobre a doença de coração, por exemplo as relacionadas com mutações no DNA mitocondrial (reforço universal genética materna); c) A autora interpreta mtDNA é a contrapartida física da relação Siamese original "em e com" a mãe. d) A autora sintetiza específicos afetos em conflito comprometidos na biografia de pessoas com menor ou maior evidência de alteração cardíaca. e) Uma vez que todas as pessoas possuem coração, a autora enfatiza a importância de trabalhar psicanaliticamente de maneira preventiva. Desenvolvimento Neste trabalho vamos interpretar psicanaliticamente a crise cardíaca em geral. A eleição de patologia relaciona-se com duas questões. A primeira é que, prenatalmente, o coração é o primeiro órgão que funciona . O segundo motivo é que a doença cardiovascular (DCV) é uma das principais causas de 1 1 A maior parte de seu desenvolvimento –incluídos vasos sanguíneos-, produz-se entre a 3ª e 8ª semanas de vida embrionária (Medrano-López et al, 2012). Para além de se prossegue algum tipo de energia neuronal, em general considera-se que ao morrer é o último órgão que funciona. Organiza Federación Psicoanalítica de América Latina Septiembre 13 al 17 de 2016 Cartagena, Colombia

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  • CORPO EM CLNICA:

    INTERPRETAO PSICANALTICA DA PATOLOGIA CARDACA

    Laura Elena Billiet

    Eixo: O corpo na clnica

    Palavras-chave: Psicossomtica. Patologia cardaca. Corao

    Resumo

    A autora exemplifica como interpretar psicanaliticamente as patologias cardacas em general. Porque

    so consideradas principal causa de morte no mundo e dever aumentar nos prximos anos. E

    sintetiza a biografia de um paciente para interpretar o drama do paciente cardaco. Deste modo: a)

    sintetizada uma interpretao argentina de doena em geral. b) A autora resume pesquisas atuais sobre

    a doena de corao, por exemplo as relacionadas com mutaes no DNA mitocondrial (reforo

    universal gentica materna); c) A autora interpreta mtDNA a contrapartida fsica da relao Siamese

    original "em e com" a me. d) A autora sintetiza especficos afetos em conflito comprometidos na

    biografia de pessoas com menor ou maior evidncia de alterao cardaca. e) Uma vez que todas as

    pessoas possuem corao, a autora enfatiza a importncia de trabalhar psicanaliticamente de maneira

    preventiva.

    Desenvolvimento

    Neste trabalho vamos interpretar psicanaliticamente a crise cardaca em geral. A eleio de patologia

    relaciona-se com duas questes. A primeira que, prenatalmente, o corao o primeiro rgo que

    funciona . O segundo motivo que a doena cardiovascular (DCV) uma das principais causas de 1

    1 A maior parte de seu desenvolvimento includos vasos sanguneos-, produz-se entre a 3 e 8 semanas de vida embrionria (Medrano-Lpez et al, 2012). Para alm de se prossegue algum tipo de energia neuronal, em general considera-se que ao morrer o ltimo rgo que funciona.

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  • morte no mundo, em particular na Amrica Latina. Da que se advirta que aumentar nos prximos

    anos, devido a:

    a) estresse excessivo (Boyle et al, 2015), b) excesso de prtica esportiva (Semsarian et al, 2015; Sharma et al, 2015), c) exposio a fatores de risco [sedentarismo, obesidade, nveis anormais de lipdios -dislipemia- no sangue ou diabetes (Hernandez-Leiva, 2011)], d) menor consumo de cidos grasos (AG) mega-3 (Baghai et ai, 2011; Marin et al, 2014), e) a inflamao (Barros de Oliveira et al, 2011) , 2f) e depresso grave (Marin et al, 2014) . 3

    Primeira base terica e clnica

    Em base a Freud , para entender quaisquer sintomas, simultaneamente de considerar as sensaes de 4

    todos os rgos e sistemas (Freud, 1905n; 1915; 1915 a) b); 1916-1917; 1938), ns perguntamos

    quando um processo ou motor de descarga foi justificado (1905; 1916-1917; 1926), ns interrogamos

    sobre emoes/excitaes tpicas determinadas por sua chave de inervao (impresso mnmica

    2 A IL6 (Interleucina 6) uma glucoprotena que promove inflamao e febre. Ativa o eixo hipotlamo-hipfise-adrenal, da que se eleva durante um exerccio, em resposta a contrao dos msculos. Ademais segregada por macrfagos, clulas T, clulas endotelials, da glia, hepatcitos e fibroblastos. Possui a ao conhecida como Th1. Mas h um problema. Trata-se de que, a partir da leso, a produo exagerada de citocinas (ou citoquinas) proinflamatorias possa manifestar-se sistemicamente com uma instabilidade hemodinmica ou com distrbios metablicos. Assim, depois de leses ou infeces graves, a resposta exacerbada e persistente de citocinas Th1 pode contribuir a lesionar o rgo, implicando ao falhano multi-organico e portanto, morte. Para contra restar o anterior, em muito poucas palavras, outras citosinas (Th2 ou anti-inflamatrias) podem naturalmente minimizar o anterior (Barros de Oliveira et al, 2011).

    3 O transtorno depressivo maior (TDM) um fator de risco cardiovascular e de mortalidade posterior ao infarto de miocrdio Tanto o aparecimento de eventos cardiovasculares como a incidncia de TDM se relacionaram em forma inversa com o consumo dos cidos grassos (AG) omega-3 necessrios para o neurodesarrollo, que influiriam sobre o envelhecimento celular e desempenhariam um papel fisiopatolgico respeito da depresso... possvel que o stress emocional crnico favorea a degradao de AG. Alm de remarcar a importncia de modificar o estilo de vida, sugere-se que o aumento de risco cardiovascular e de atividade inflamatria em caso de depresso se relaciona com uma associao inversa entre ndice omega-3 e nvel de IL-6 (Frez Santander et al; 2004) (pr-inflamao), com possvel atividade anti-inflamatria por parte dos AG omega-3 (Baghai et al, 2011, p.1244). Alguns estudos sugerem a dieta mediterrnea em pacientes com alto risco cardiovascular. No que refere aos suplementos com cidos grassos poli-insaturados mega 3, no todos coincidem em que se reduza a morbimortalidade cardiovascular (Marin et al, 2014).

    4 Isto est detalhado especificamente em O Criana Indmito. Atualizaes em Psicossomtica (Xxxxx, 2011). Agreguemos somente que tambm Freud dizia: A regresso remete ao passado at um lugar de fixao bem no desenvolvimento do ego, bem no desenvolvimento da libido; esse lugar representa a predisposio existem as mesmas possibilidades de que esta fixao seja meramente congnita como de que se tenha produzido por impresses tempors, como de queambos fatores cooperem..." (Freud, 1915 indito, p 254).

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  • inconsciente e filogentica) , ou quando fez sentido como uma experincia comum a todos ns (1896;

    1909; 1915b; 1915 no publicada, 1916-1917). E consideramos que no h hierarquia entre psquica

    ou somtica (1901), pois o psquico um processo paralelo ao fisiolgico que no cessa, j que a

    corrente fisiolgica continua (1915b). No mximo, a descrio varia segundo o instrumento de

    observao (1901; 1938). O anterior, como qualquer fenmeno , atualmente considerado a partir de 5

    fsica quntica (Rosenblum et al, 2010) . Mas j em 1956, entre muitos, o mdico antropolgico 6

    Victor Von Weizscker interpretava o acontecimento material pela percepo do psicobiogrfico, e o

    biogrfico pelo processo corporal (Weizscker, 1956). Questo retomada em Argentina, ao afirmar

    que os atributos de "corpo" ou "psquico" dependem do modo de pagamento da conscincia do

    observador (Chiozza, 1983; 2009). Em base ao funcionamento equilibrado, pesquisamos a fantasia

    especfica da cada rgo e sistema. O qual requer considerar os pontos de fixao pr-natal,

    reativados em momentos crticos, e que correspondem ontogenticamente ao estdio embrionrio da

    organognese -gnesis do rgo- (1983). Isso significa que, se um afeto conserva a coerncia de sua

    chave de inervao, o reconhecemos como determinada emoo. Enquanto, quando enfermamos, no

    percebemos a conflitiva porque a reativao de um dos elementos da chave se arrogo a representao

    do conjunto reprimido (Chiozza, 1986, p.81, 2009).

    5 Fenmeno que toda manifestao que se faz presente conscincia de um sujeito e aparece como objeto de sua percepo. Do latim phaenomnon 'sintoma', 'fenmeno astronmico', e este do gr. phaenomnon. Alm Friedrich Hegel ou Edmund Husserl, em essncia, a fenomenologia alude a teorizar sobretudo os fenmenos, tudo o que aparece (RAE, 2015).

    6 Ao respeito diziam Observao implica necessariamente observao consciente? Depende do contexto (p.124-126). as questes da mecnica quntica, aparte da fsica, estende-se psicologia, a filosofia e a informtica (p 28) ... a realidade fsica criada por sua observao como um mero bloqueio psicolgicoqui seja um assunto que deveria ser abordado pelos psiclogos (Rosenblum et al, 2010, p 236). Em termos do filsofo e cientfico Ervin Laszlo a maioria de ns tem perdido contato com seu corpo. Estamos sempre ocupados e preocupados com tarefas e aspiraes, esperanas, temores e pressionados. Utilizamos nossos corpos da mesma maneira que utilizamos os carros ou os computadores: dando-lhes ordens para que ns levem ali onde queremos chegar, e faam o que queremos que faam (Laszlo, 2013, p.84-85).

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  • Agora bem, desde um ngulo afirmam que a cada clula contm nossa histria psicofsica e da espcie

    . Desde o nosso, consideramos que todos somos psicossomticos. De maneira que, dantes de seu 7

    ecloso, toda patologia fsica deve possuir seu sentido afetivo, factvel de ser compreendido. Se

    restssemos-lhe importncia, ou sufocssemos como dissesse Freud, estaramos enviando a um

    esprito de volta ao mundo subterrneo sem o ter interrogado . Por isso, para alm de dos conhecidos 8

    processos biolgicos do desenvolvimento , seguindo sua teoria dos afetos, preventivamente ns 9

    interrogamos Que mais me passa? Desde quando? Por que agora ou para que? Por que este

    rgo ou sistema? (Weizsecker, 1950; 1956). Isto o que consideraremos a partir de o seguinte

    extrato biogrfico.

    Joo tem 60 anos. Depois de 3 dcadas despedido de uma empresa a fim de incorporar pessoal mais

    jovem. Com a indenizao abriu um negcio. Seu irmo menor, casado e com um filho, aos 40 anos

    falece de morte sbita faz uma dcada: Ele estava correndo isso que se cuidava toda comida

    saudvel era o incrvel Hulk eu fiquei muito sozinho. Tinha-a curta a mame com que lhe 10

    prepare a comida quando a visitava a mim me parecia que lhe interessava mais ele que eu. Joo

    teve dois casamentos. O primeiro, aos 25 anos, com uma mulher que teve um filho de meses sem

    7 A cada membrana celular sabe que precisa a clula e decide as mudanas. As membranas ou portas celulares so portadoras da memria da espcie (Fernndez-Heredia, 2007). Inclusive em termos de ADN, a epigentica afirma que as modificaes qumicas que se produzem nele (metilaco) guardam memria disso (Esteller et al, 2005). mais, recordemos que -em termos imunitrios- prenatalmente os anticorpos da me no atacam ao feto, ou os anticorpos libertados pelos linfcitos B possuem memria herdada dos antgenos com que eles vo encontrar (em Xxxxx 1993, 1995, 1999, 2011).

    8 sufocar o pulsional seria o mesmo que fazer subir um esprito do mundo subterrneo para envi-lo de novo a abaixo sem inquirir-lhe nada (Freud, 1915 d), p.167).

    9 Os tpicos seriam nascimento, queda dos dentes, controle de esfncteres ou mudanas durante a adolescncia. Desde esta perspectiva escreveu-se que o corpo a transferncia permanente da histria, independente de que esta histria transforme-se ou no em palavra (Oduz, 2015).

    10 The Incredible Hulk foi um filme de super-heris estadunidense baseada em 1960/70- na personagem de historietas Hulk que se voltava verde. Esteve inspirada em O estranho caso do doutor Jekyll e o senhor Hyde, a fim de abordar a dicotomia existente entre um intelecto avanado (Dr. R.B. Banner) e a mente singela e emocional de Hulk. Inclusive, parece ter tido influncia do filme da personagem de Frankenstein (1931), de poderosa fora mas mente infantil. para destacar que, as ativaes do sistema nervoso que convertiam a Banner em Hulk, se vinculavam com ter estado exposto a uma radiao, mas tambm a uma mutao gentica herdada por via do pai.

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  • reconhecer pelo pai. Depois, eles tiveram dois filhos, um homem e uma mulher, atualmente

    profissionais ao redor 30 anos. Mas o beb do qual se fez cargo faleceu na adolescncia, 1 semana

    dantes de especificar o trmite para lhe dar o apelido. Desde ento, a mulher/me variou de

    "depresso" e "acessos de agressividade." Anos mais tarde eles se divorciaram. E aos 2 anos Joo

    volta-se a casar com uma mulher com 2 filhas. Enquanto, meus filhos atiraram para a me...ela me

    negava os ver eu no briguei demasiados estava para pr ordem, era o mau manejei meus

    filhos como se fosse uma tropa de vares ... no lhes daba bola ... no fui pai fui um hbrido

    inclusive com a me de meus filhos quando ela tinha facultem eu era homem e mulher porque

    cozinhava ou me ocupava dos garotos igual trabalhei horas extras no fim de semana... e depois

    meu ex dizia-me que os garotos no queriam me ver mas ela se intrometia com minha mameia

    casa, caa e instalava-se, inclusive aps que me voltei a casar... para minha surpresa minha mame

    dizia que fique a comer eu aceitava no queria armar quilombo eu sou de respeitar.

    Saquei-o de meu pai, morreu-se de um infarto dantes dos 60tinha tido um ACV ele era

    respeita-lhe... pouco demonstrativo, distante e rstico. Tentava pr limites mas minha mame o

    desautorizava por detrs, sobretudo com meu irmo. E isso que papai a atendia como se fosse uma

    menina No seja se a queria fazer feliz ou submetia-se. Qui porque era rfo, tinha perdido

    jovem a seus pais em um acidente. Quanto ao sobrinho e filhos, eu no os vejo faz um anodesde

    que morreu minha mame no ano passadode um ACV, tinha 85. Com ela eu era o provedor,

    sempre ia para lhe arranjar o que precisasseDantes de que morresse meu irmo minha mame me

    pedia a mim que fosse ver a sua irm, porque minha prima queria a defraudar, o disse a minha tia ...

    mas ela elegeu se internar onde a filha lhe dizia e se morreu na semana Eu sempre velando por

    todos e elegem a outro! Minha me com meu ex, ou minha tia com minha prima. s vezes penso

    que minha me procurava ficar bem com deus e com o diabo ... a meu ex mulher primeiro era

    proibido entrada e depois dantes de falecer enquanto eu averiguava para a internar, minha mame

    disse que queria estar com as netas, assim que meu ex com minha filha se enojaram comigo e a

    cuidaram em sua casa. Ademais, ao ms que morreu minha mame minha senhora me diz de se

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  • separar, que me quer mas que no sabe que lhe passa, no entendi e no entendo Ela no queria se

    casar legalmente nem ter mais filhos com suas filhas eram um trio quando eu no estava de

    acordo com algo me ia ver televiso porque me desvalorizavam quando opinava s vezes penso

    se ela tambm me descuido. Em relao aos filhos de seu casal, associo-os com brinquedos

    pequenos quando vejo carroas pequenas, pelotas de football agarra-me uma reminiscncia so

    como os que lhes presenteei quando eram garotos. Mas ele no pode cham-los, to s ao varo lhe

    enviou uma carta para propor um encontro. Nessa mesma semana realiza-se um controle cardiolgico

    de rotina. Ao profissional no lhe explicito que no v a seus filhos se ele no me perguntou. Dos

    estudos surgiu que tenho o cavalo fatigado, e parece que tive um infarto, mas no se sabe quando. O

    mdico perguntou-me mas eu no sei, deixei de fumar, sempre fui de caminhar muito, como so

    mas tenho alto o colesterol mau Eu me preocupo ter sido quando morreu minha mame ou

    minha senhora me disse de se separar?.

    Desde uma primeira interpretao psicanaltica, desde 1986 em Argentina descreve-se o corao

    como totalidade. O ritmo ou marca-passo cardaco expressaria a percepo inconsciente da

    importncia em jogo na cada situao, porque o corao recorda ou pr-sente importncias novas

    (Chiozza, 1986, p.82; 2009, p.74-76), expressa estados afetivos inefveis e d-concertos afetivos. Na

    cardiopatia isqumica interpretou-se a dor e angstia, a coarctao de um afeto impedido de ser

    sentido como ignominia consciente. A fim de ser breves, sobrepondo com a patologia de Joo,

    descreveu-se que vive sujeito a lemas, ao dever ser, ao caminho reto, a realar a prpria nobreza e

    injustia alheia. Tamponando, enquanto, fitas-cola, desiluses, ofensas e ressentimento. Da mo do

    amor sentiria culpa (Chiozza, 1986). Da que Joo evitaria uma mudana que se palpita que um

    sacrifcio, uma humilhao prpria e alheia, desmoralizao e degradao, oposta condecorao

    (Chiozza, 2009, p.77).

    Segunda base terica e clnica

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  • Se os mdicos agem como empresrios, a que mdicos vai a apelar as pessoas?" (R Spottiswoode 1993)

    Longe de crer que no h emoes em ataques cardacos (Crea et al, 2014, p.5), vamos ver uma outra

    interpretao que completa o entendimento psicanaltica do padecimento cardaco. Para isso

    consideraremos descries fsicas atuais que, como sucede psicanaliticamente , falam do conflito 11

    impedido de aceder conscincia como tal.

    Sabemos que -com seus vasos- o corao constitui um aparelho circulatrio. Costuma associar-se a

    cardiopatia isqumica com arterioscleroses, estreitamento (estenoses) das artrias devido formao

    de colgeno e acumulao de lipdios e clulas inflamatrias. medida que reduz-se o contribua de

    oxignio e nutrientes ao miocrdio, o tecido vai-se necrosando (Fundacin del Corazn, 2015;

    Hernndez-Leiva, 2011) . Alm de ser considerado uma bomba muscular inteligente , desde 1980 12 13

    constata-se a funo glandular do corao, pois secreta hormnios (De Bold, 1999, 2005; De Bold et al 14

    11 Como o desenvolvemos, a interpretao psicanaltica varia se s consideramos a tradicional interpretao de Freud do Mito da Horda Primitiva ou se temos em conta a de outros pesquisadores, como L. Morgan. Pois, em base a este ltimo, arquelogos, historiadores e paleontlogo corroboraram que a verdadeira horda primitiva foi a famlia consangunea , inclua prima, irms e a prpria me (Bauer, 1964; Morgan, 1970, 2010). O anterior, ainda que sem estatsticas, ainda subsiste por exemplo na Polinsia. Da mo do publicado em Argentina por A. Fonzi sobre o fratricdio, esta tem sido a base para interpretar o fratricdio como prvio ao filicdio e parricdio (Xxxxx, 2011).

    12 Como tipos de cardiopatia isqumica se menciona angina de peito estvel (isquemia com dor), a instvel (trombo), o Infarto agudo de miocrdio (IAM) ou sndrome coronrio agudo (SCA) (trombo e necroses que pode produzir insuficincia cardaca IC- e da um edema agudo de pulmo). Quando se produz o ataque cardaco ou Infarto de miocrdio IM-, ao obstruir-se o vaso detm-se o fluxo de sangue e no chegam nutrientes e sangue oxigenada. Conquanto morre uma seo do msculo cardaco, no sempre deixa de bater o corao. Este ataque cardaco pode causar o Paragem Cardaca Sbita (Texas Institute, 2009; 2010). A patogenia do SCA no do todo clara. Enquanto os mecanismos que conduzem ao crescimento de placas aterosclerticas esto melhor caracterizados.

    13 Desde a perspectiva de bomba muscular, consideram-se nveis de clcio, potssio, sdio, magnsio e outras protenas. Mas tambm temos que considerar as clulas musculares do corao, os miocitos.

    14 Quem comeou a descrev-lo foi em 1980 o argentino-canadense Adolfo De Bold. Anteriormente, sintetizamos o processo em que alguns miocitos das Aurculas secretam hormnios que, alm de favorecer que o corao converse com os rins para eliminar o sdio por urina, atuam como vasodilatadoras para que a camada muscular dos vasos sanguneos se relaxe (em Xxxxx, 2011).

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  • 2005). Sabemos que possui Aurculas e Ventrculos, direitos e esquerdos, membranas e vlvulas 15 16

    que controlam o fluxo de sangue . Vejamos outros processos mais especficos: 17

    a) Sobre o Pressentir: Na parte superior da AD temos um grupo de fibras musculares, o

    Marca-passos ou Ndulo sinusal (NS ou Seno auricular SA) . Sua funo ser a fonte de onde 18

    emana o ritmo do corao (Porta et al, 2006, p.582; del Pozo De Castro et al, 2006).

    b) Sem repouso: essas clulas do NS no repousam . Quando ns sobrecarregamos, as fibras 19

    musculares (miocitos) das Aurculas secretam hormnios (Fator Natriurtico Atrial ANF ou FNA) que

    intervm na regulao corao-rins. A elevao destes hormnios e de outros fatores (armazenados

    15 Seus membranas so a carteira fibrosa ou pericrdio, o msculo cardaco ou miocrdio, e o endocrdio que o tapiza com suas clulas endotelials, fibras elsticas e clulas conectivas que contm vasos sanguneos. Como o interpretmos com anterioridade (Xxxxx, 2011), importante ter em conta que, etimologicamente, endotelial alude a mamilo do peito ou tecidos similares ao do mamilo (Diccionario Mdico, 2008, RAE, 2008, 2014). E que desde a medicina afirma-se que as clulas do endotlio representam a plasticidade, pois ao encontrar entre o sangue e o msculo liso dos vasos, o endotlio tem a capacidade de perceber, escutar ou sentir as mudanas que se produzem e de responder a eles (De la Vega et al, 2007).

    16 O sistema de conduo fisiolgico est formado pelo mencionado ndulo sinusal, o ndulo Aurculo Ventricular AV-, e o feixe de His, que inclui os ramos direita e esquerda do faa, bem como o sistema de Purkinje. Este sistema de conduo costuma entender-se como uma hierarquia de marca-passos, na que o ndulo sinusal identificado em 1907 por Keith e Flack- o marca-passos primrio do corao. Conquanto situa-o entre a veia cava superior e a aurcula direita, tambm o descreve como uma rea difusa e extensa entre veia cava superior e inferior (Vogler et al, 2012, p.658).

    17 Mediante toda uma rede vascular recolhido dixido de carbono e substncias de desfeito, como tambm enviado s clulas os nutrientes e sangue oxigenada. Isto implicou que um ramal levar sangue aos pulmes, e que saindo de VI- a aorta conduzisse o sangue oxigenada para o organismo.

    18 As clulas marca-passo estimulam-se reciprocamente. Recebem e emitem um impulso eltrico, logo este potencial de ao estimula a que se contraiam as cavidades superiores do corao (Aurculas), depois do qual o sinal passa pelo ndulo AV, este ndulo AV detm o sinal brevemente, depois do qual envia o sinal pelas fibras musculares s cavidades inferiores (Ventrculos), depois do qual estes se contraem. Ao mesmo tempo, o NS conversa com o Sistema Nervoso autnomo (automtico), e com um rea cerebral (bulbo raqudeo) que liga crebro com medula espinal e o inibe. Neste bulbo nasce o nervo (vago) que inibir s clulas marca-passos. Sendo mais precisos, mencionemos que j prenatalmente, na semana 24, tinha comeado a atividade de um sistema cardio acelerador, enquanto o d-acelerador se evidenciaria posteriormente (34 semana).

    19 Isto se deve a uma corrente denominada corrente If . A diferena da maioria de canais inicos em que o comportamento depende do volteje, e que se ativam depois de um estado de repouso, o canal inico que transporta a corrente If se ativa com a hiperpolarizao da membrana (Kotsias, 2000; Guerra et al, 2007, Gal Iglesias et al, 2007; Vetulli, 2009).

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  • em ventrculos) indcio de excesso de esforo durante tempo prolongado (Sharma et al, 2015), mas

    tambm de doenas cardiovasculares (De Corajoso, 1999; Kotsias, 2000; Sanchez Quintana et al 2003; Porth

    et al, 2006; Guerra et al, 2007, Gal Iglesias et al, 2007; Vetulli, 2009; Berecochea et al, 2010; Medicos cubanos,

    2010; BSI, 2010; Gaztaaga et al, 2012)

    c) Inflamao: Dantes de que se manifestem os marcadores de necroses (Doron et al, 2015), as artrias

    foram absorvendo gotculas de gordura que causaram inflamao . Ao atrair-se clulas imunitrias, 20

    libertam-se em sangue umas protenas -CRP ou PCR- que marcam a inflamao de placas de 21 22

    ateroma factveis de romper-se dantes de que se produza o infarto de miocrdio (Malpartida et al, 2007,

    ocorre Crea et al, 2014; Marin et al, 2014; Fundacin del Corazn, 2014) 23 24 25

    20 Mencionemos uma diferena. Escleroses o endurecimento cicatrizal da parede arterial. Aterosis quando se acumulam focalmente- lipdios intracelulares e extracelulares, formam-se clulas espumosas (linfcitos e macrfagos) e produz-se a reao inflamatria. Ento, ateroscleroses uma doena sistmica, caracterizada por placas ricas em lipdios na parede de artrias de mdio e grande calibre. Como possuem alto contedo lipdico as denomina instveis ou vulnerveis ou de alto risco (Placa ateromatosa, ou vulnervel, PV), porque so propensas a romper-se. Assim, aterotrombosis fala de que a PV se rompeu, com o qual se est entre a doena arterial coronria (EAC) estvel ou a sndrome isqumico coronrio agudo (SICA). Atualmente considera-se que a leso aterosclerose de muito lenta evoluo e que as mudanas pr-lesionales comeam na infncia . E que o desenvolvimento da verdadeira leso (a placa fibrolpida) pode levar dcadas. De modo que o horizonte clnico da doena pode ser observado a partir da quarta ou quinta dcadas da vida (Rizo Rivera Ginner et al, 2009; Arias Mendoza, 2010).

    21 Outros estudos afirmam que a disfuno do endotlio (injria e leso) leva ao stress oxidativo. Isto acarreta um processo inflamatrio crnico que finaliza com a aterognesis. Por isto afirmam que o ser humano no morre por ateroscleroses, seno pela tromboses posterior ruptura das placas aterosclerticas (em Xxxxx, 2011).

    22 Os biomarcadores costumam usar-se para prognosticar, por exemplo, doena cardiovascular. No entanto, podem gerar falsas expectativas ... podem ser dolos com ps de varro a interpretao excessiva dos biomarcadores pode desorientar o enfoque sobre o paciente (Judlkin et al, 2011). Em general, na insuficincia cardaca (IC), os biomarcadores costumam ser alguns peptdeos natriurticos libertados em resposta a distenso miocrdica. Alm da cistatina C marcador de leso renal aguda- recentemente tem surgido um biomarcador, denominado ST2 (Dunlay et al 2014). Esta protena um marcador de fibroses e remodelado, de maneira que prediz descompensao ou mortalidade em pacientes com IC. Assim mesmo, o marcador NTpBNP, remete o grau de estiramento miocrdico. De qualquer modo, ao mesmo tempo, requer-se constatar a funo renal (Marn et al, 2014). Assim mesmo, estariam em investigao novos biomarcadores que exploram novas vias, como as micropartculas e os micro-ARN, e outras tecnologias (protemica estudo de protenas- e metabolmica estudo dos metabolomas, o conjunto das molculas de baixo peso molecular ou metabolitos) (Marn et al, 2014). para pensar que h estudos que corroboram que, o tratamento hormonal substitutivo em mulheres ps-menopusicas no reduz os eventos coronrios, incrementa a incidncia de ictus e doena tromboemblica venosa. Como tambm que, a radioterapia para o cncer de mama incrementa o risco de doena coronria (Marn et al, 2014).

    23 Costuma-se afirmar que h que identificar as placas instveis ou vulnerveis (PV), considerar tamanho e consistncia do ncleo lipdico, a espessura da camada fibrosa que recobre ao ncleo, e a inflamao e reparo no

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  • d) Vulnerabilidade: Assim, investigadores falam de identificar o sangue vulnervel , o miocrdio 26

    vulnervel , o paciente vulnervel (Arroyo-Espliguero et al, 2004. P.368; Malpartida et al, 2007; Rizo Rivera

    Ginner et al, 2009; Arias Mendoza, 2010; Peralta, 2010).

    e) Extenuao: No infarto em massa e IC o corao est extenuado , porque o miocrdio possui

    uma cicatriz no contrctil. Inclusive, em desportistas sos pela sobrecarga , o aumento de Radicais 27

    Livres e substncias inflamatrias (Koziner, 2005; Sharma et al, 2015, p.5; Arbab-Zadeh et al, 2015, s / p).

    f) Reparo: pela plasticidade das clulas do endotlio - as clulas cardacas podem ser reparado 28

    (Kozinger et al, 2005), adaptativa mente remodelar -se (Rizo Rivera Ginner et al, 2009) ou pequenos

    episdios isqumicos no miocrdio ns pr-condicionam e protegem em frente ao dano produzido por

    uma isquemia posterior mais prolongada (Cuenca Lopez et al, 2010; Roche Delgado et al, 2010) 29

    interior da camada (Malpartida et al, 2007). Pois, a placa vulnervel est coberta por uma delgada camada fibrosa que, quando se rompe pode dar lugar formao do cogulo, e este pode obstruir o fluxo de sangue na seo do msculo cardaco que a artria alimentava (De Winter, 2011; em Xxxxx, 2011, p.362).

    24 Aps inflamao, se evidenciam por exemplo- moncitos-macrfagos, clulas T, eosinfilos, neutrfilos, clulas T helper (Th1), alterao de clulas T reguladoras. (Crea, 2014) Existiriam medidas para reduzir nveis de PCR como a higiene buco dental e o tratamento dos processos infecciosos (Fundacin del Corazn, 2014).

    25 Ao circular pela torrente sanguneo, as placas poderia tamponar uma artria, e causar o infarto, angina de peito ou morte sbita (Mautner B, 2002; Andraws et al, 2005). Mas existem investigaes que relacionam uma bactria com as patologias cardacas. Desde 1996 vinculou-se a ateroscleroses com a bactria chlamydia pneumoniae. E ainda recentemente se encontra Chlamydiae pneumoniae nas placas de pacientes com SCA (Crea et al, 2014). Da que, anteriormente, se afirmasse que a ateroscleroses, no s se deveria a m alimentao, sedentarismo, tabaquismo, seno tambm a esta causa infectolgica (Roca, 2007).

    26 Alm do tamanho da placa, o conceito de vulnerabilidade relaciona-se com sua composio. Pois, no processo aterotrombtico gravitam as lipoprotenas de baixa densidade (LDL) (Badimna et al, 2009). Atualmente enfatiza-se aumentar o nvel de esterol HDL, independentemente dos valores de LDL (Rizo Rivera Ginner et al, 2009, Peralta 2010; Guzzanti, 2013).

    27 Esta fora denominada cisalhamento, alude presso exercida contra a superfcie e as camadas da pele medida que os tecidos deslizam-se em planos opostos, mas paralelos Medical Dictionary (2015).

    28 Da mo do tecido conectivo e as fibras elsticas, as clulas endotelials (CEs) do endocrdio-estofado tero que manter a plasticidade na relao que mantenham com o miocrdio. As investigaes relacionadas com o reparo de clulas cardacas afirmam que, para que possa ser produzido essa converso se requer de um mecanismo de o plasticidade celular (Kozinger, cit. em www.salud.bioetica.org 2005).

    29 Inclusive, como sucede desde a embriognese, poderiam intervir umas protenas reguladoras que ativam em medula ssea- a umas clulas (c-kit) para que estimulem a gerao de novos vasos sanguneos a fim de consertar uma zona danificada no corao.

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  • g) Reforo gentico materno: As mitocndrias equivalem a centrais energticas , e esto localizadas 30

    no citoplasma do ncleo da cada clula. Nelas temos nosso natural reforo gentico materno (Xxxxx,

    2011, 2012, 2013, 2014) , o ADN mitocondrial, composto por 1 cromossoma (47, 37 genes). 31

    Herdamo-lo por via materna , o vulo. Porque, devido a suas poucas molculas, o proveniente do

    espermatozoide praticamente destrudo durante a fecundao (DiMauro, 1998; DiMauro et al, 2000; 32

    DiMauro et al, 2001; DiMauro & Schon, 2001; Rodrguez et al, 2001; Solano et al, 2001; Marn-Garca et al,

    2002; Rubio Gonzlez et al, 2004; DiMauro & Davidzon, 2005; Turnbull & Taylor, 2005; Villarroya, 2005;

    Turnbull et al, 2006; DiMauro & Mancuso, 2007; Khrapko Konstantin & Jan Vijg, 2007; Turnbull et al, 2008;

    30 Para que as mitocndrias produzam energia (ATP) (Solano et al, 2001; Hamana et al, 2002; Marn-Garca, 2002; Delgado-Roche et al, 2010), alm de enzimas, acares, lipdios, protenas e oxignio, intervm genes codificados pelo ADNmt e nuclear (Marn-Garca et al, 2002; Hamana et al, 2002; Cardellach et al, 2004; Delgado-Roche et al, 2010; Kuzmicic et al, 2011; Milone et al, 2013; Luna-Ortiz, 2013; Whu-Whu, 2014; Soca, 2014; Gallego-Delgado et al, 2015). No processo de oxidao de nutrientes, mediante processos de entradas e sadas de eltrons e prtones, gera-se o processo metablico fosforilacin oxidativa (sistema Oxphos), pelo qual se liberta energia. Todas as protenas codificadas pelo genoma mitocondrial so subunidades deste complexo Oxphos. Isto significa que, a energia do sistema Oxphos, usada para produzir o composto molecular que libertar energia nas mitocndrias, o ATP ou Adenosn Trifosfato. O ATP controlado tanto pelo ADN mitocondrial como pelo nuclear. Mas tambm, o nmero das molculas do ADNmt diferente na cada rgo e sistema, segundo a quantidade de energia requerida para seu funcionamento. Ademais, apresenta uma taxa de mutao espontnea 10 vezes superior do ADN 31 Em Argentina sabemos que A. Rascovsky referiu-se importncia da vida pr-natal (Rascovsky, 1970; Rascovsky et al, 1971). Outros autores focaram-se em remanescentes de contedos inconscientes arcaicos e terrveis, por exemplo W. Bion, J. Bleger, L. Chiozza, F. Cesio, E. Pichn-Rivire, S. Aizenberg. Mas o aspecto ao que me refiro foi natural e mais regressivo . A diferena da tomada por Freud, baseando-me na horda mais primitiva desde 2011 retomei o caracterstico dela, relacionar-se sexualmente todos com todos, inclusive a prpria me. E que, relacionado com o poder e papel materno, a luta inicial comeou por ser fratricida, todos contra todos. Guardando impresso do lugar com e na me, a cada filho ou equivalente deveu t-lo querido recuperar e/ou proteger. Estas regressivas e universais impresses filogenticas, atraem representaes atuais equivalentes e continuam expressando-se como lutas fratricidas. Se sustentariam sobre a experincia ontogentica universal, comum a todos ns: o estado natural pr-natal siams em e com mame. Post-natalmente, esta tambm- impresso mnmica, procuraria ser satisfeita na ilusionada segurana em e com pessoas e situaes atuais equivalentes. Ao representante ps-natal denominei-o Criana Indmito. O evidenciamos quando, inseguros, insistimos com recrear a velha segurana em e com quem alentam a sua vez- tal transferncia. Assim, procuramos e encontramos equivalentes atuais, todos com todos recreamos relaes e espaos indiscriminados que ns brindem um estado de segurana em e com algum ou algo (membros familiares, amizades, um grupo, empresa ou instituio). A sada criativa pode obstaculizar-se pela dificuldade em domesticar a nunca domada expectativa absoluta de ser em e com algum e para algum, que tambm ns precisa para crer-se provedor absoluto. Assim, produto de toda uma transferncia familiar de Criana Indmita, o risco reviver dogmaticamente aquele todos contra todos (luta fratricida) os que faam trambalear a iluso de segurana recreada. Imbudos da iluso de se inteligentes em e com quem faa as vezes de escudo-tero protetor, consideraramos tontos a quem no compartilhem crenas ou possam d bancar-nos. Da a luta de todos contra todo aquele que no admita pertencer ao vnculo siams reinstalado (Xxxxx, 2011, 2012, 2013, 2014a) b) c).

    32 Prosseguem as investigaes a respeito do ADNmt materno. Por exemplo, influncia em processos normais, no envelhecimento, e em patologias como obesidade, Alzheimer, Parkinson ou cncer.

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    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22DiMauro%20S%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22DiMauro%20S%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Schon%20EA%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Dimauro%20S%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Davidzon%20G%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22DiMauro%20S%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Mancuso%20M%22%5BAuthor%5D

  • DiMauro, 2010; Boyle et al, 2011; Kelly et al, 2011; Gallego-Delgado et al, 2015).

    h) Transtornos no ADNmt: Nas patologias cardacas se evidenciam transtornos prvios no ADNmt.

    Porque o excesso de oxignio incrementa a formao de radicais livres que danificam s

    mitocndrias . Estes erros na corrente respiratria transmitem-se s clulas filhas, baixa a energia e as

    clulas se lesionam ou morrem (Solano et ai, 2001; Wickens, 2001; Marin-Garcia et ai, 2002; Cardellach et

    ai, 2004, p. 4; -Whu Whu, 2014; Luna-Ortiz et al, 2013, p.297 Shen et al, 2014) . Conquanto os RL 3334

    produzem mutaes em ambos ADN (Hamana et al, 2002; Nan et al, 2002; Prez Hidalgo et al, 2015), em

    pacientes com cardiomiopatia hipertrfica, ou em quem apresentam alteraes na bioenergtica

    cardaca, constatam-se mutaes nucleares que gravitam em mutaes do ADNmt (Hamana et al,

    2002; Marn Garca et al, 2002; Gaztaaga et al, 2012; Galego Delgado et al, 2015). Estas

    disfuncionais mitocondrial s so desastrosas porque afetam a atividade contrctil (Luna-Ortiz et al,

    2013, p.300), por exemplo nas cardiomiopatias (AEPMI, 2015) . 3536

    33 Conquanto depende do tempo de anoxia e a ativao de mecanismos protetores (Delgado-Roche et al, 2010), para ter em conta que uma posterior reperfusin (miocrdio aturdido) (Frez Santander et al, 2004), pode produzir a hypercontracture dos cardiomiocitos com infiltrao de clulas inflamatrias. Estas clulas inflamatrias, ao lesionar, ativam mecanismos apoptticos que levam morte celular (Marn-Garca et al, 2002; Hamana et al, 2002; Frez Santander et al, 2004; Delgado-Roche et al, 2010; Kuzmicic et al, 2011; Luna-Ortiz et al, 2013, p 295-300). Justamente, quando falam de cardioproteo aludem preservao do dano mitocondrial no infarto de miocrdio, no s durante uma isquemia e injria de reperfusin miocrdica, seno durante a cirurgia de corao aberto. Inclusive, para ter em conta que as miocardiopatas de infncia e juventude poucas vezes so analisadas adequadamente no material de autpsias (Hamana et al, 2002, p.480). De qualquer modo, quando a mitocndria se lesiona durante a reperfusin, h insuficiente ATP para a contrao e para o reparo celular que ocorre durante a isquemia. Mas se a mitocndria protege-se da leso pode mudar a leso irreversvel para recuperao celular. mais, quando ns sobrecarregamos ou temos maior demanda de energia oxidativa, costumam primeiro aumentar e depois diminuir o nmero de mitocndrias, ou podem mudar de tamanho ou forma (Cardellach et al, 2004).

    34 Mencionemos que a droga zidovudina (AZT) que inibe a polimerase de ADN do retrovrus HIV/HIV o faz tambm na polimerase gama do ADNmt. Isto interfere na replicao de ADNmt. (Marn-Garca et al, 2002).

    35 Por exemplo na miocardiopata dilatada e hipertrfica, defeitos na conduo cardaca, morte sbita, miocardiopata isqumica e alcolica e miocardites (Solano et al, 2001; Marn-Garca et al, 2002; Kuzmicic et al, 2011). Na cardiomiopatia, os defeitos de energia do ADNmt levam a anormalidades especficas (por exemplo A3243G (Nan et al, 2002; Galego-Delgado et al, 2015).

    36 No corao fetal se evidncia uma distribuio diferente s clulas cardacas adultas (Kuzmicic et al, 2011), e um menor contedo mitocondrial, e portanto, menor grau de atividade do complexo respiratrio.

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    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Kelly%20RD%22%5BAuthor%5D

  • i) Mecanismos de defesa: intervm enzimas, antioxidantes naturais, protenas que bloqueiam a morte

    celular (Kuzmicic et al, 2011), ou a funo mitocondrial pode ser recuperado (Luna-Ortiz et al, 2013)

    dependendo do magnitude do dano oxidativo (Marn-Garca et al, 2002; Whu-Whu, 2014; Shen et al, 2014),

    ou o limiar de molculas afetadas dos genes do ADNmt herdado por via materna (Hamana et al, 2002;

    Nan et al, 2002) . 3738

    Interpretao clnica do Cardaco em general

    As investigaes fsicas so o correlato de nossa vida anmica. Ento, tendo em conta as clulas

    marca-passos que nunca mais repousaram desde que nosso corao comeou a bater 3 semana

    pr-natal, eu tenho interpretado esse momento universal como pressinto neste comeo de tudo o

    que se vem e no posso repousar. Assim, no momento cardaco crtico reativa-se esta

    inconsciente Impresso Mnmica originaria, equivalente vivncia de no pode ser repousado,

    porque h que comear continuando com o anterior e com o que se vem. Ademais, nas relaes

    atuais considero a magnitude da inconsciente transferncia do natural vnculo siams

    materno/mtADN. O qual vai da mo do momento da vida em que o paciente se sentiu, ou ainda est

    sentindo extenuado, vulnervel e sem capacidade de reparo, remodelagem ou

    pr-condicionamento. Mas h algo mais, se trata de que tambm se expressa um conflito

    reconhecido e silenciado em famlia . Joo tinha conscincia de cime ou a vivncia de injustia do

    trato de sua me para seu irmo ou ex esposa, de sua tia com prima-a, ou da esposa atual com as

    filhas. De modo que o infarto passado parece ser expressada a coarctao de outros afetos impedidos

    de aceder conscincia. A meu entender, a poderosa relao pr-natal com a me siamesa/ADNmt-

    37 Isto se deve tanto exposio a Radicais Livres como ao limitado mecanismo de reparo ou carncia de histonas do ADNmt. (Solano et al, 2001; Cardellach et al, 2004; Shen et al, 2014).

    38 Se as mutaes so silenciosas no se evidncia defeito gentico, pela complementao com molculas de ADNmt normal. Ou como parece ocorrer no envelhecimento, o stress lento pode ir produzindo a deficiente funo celular (Cardellach et al, 2004; Galego-Delgado et al, 2015). Em relao ao envelhecimento, alm de ter em conta a atividade fsica, consumo de txicos, frmacos, nutrio, questionam-se se a afetao mitocondrial causa ou consequncia de envelhecer (Cardellach et al, 2004). Ou se, alm dos RL e mutaes, o envelhecimento um processo multifatorial. Onde qui todo dependa das metodologias empregadas para medir atividade mitocondrial (Wickens, 2001; Marn-Garca et al, 2002).

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  • transferida inconscientemente a sua funo masculina. Por exemplo, quando fala de seu papel de

    provedor, ou recorda ao pai que no podia sustentar limites em sua funo. Em parte por sua

    tragdia infantil, mas tambm pela transferncia materna/filial entre sua esposa e ele. Quanto ao irmo

    falecido, Joo remarcava que eternizava um vnculo nutrcio com a me, a tinha cortita. Afundado

    em uma luta fratricida pelo vnculo siams originrio, para Joo se h um vivo, h um tonto.

    Isto lhe impede ahijar ao sobrinho, ao filho que morre dantes de receber seu apelido, e a seus outros

    filhos. Se sente um hbrido (provedor que maneja uma tropa), ou s pode associar a filhos adultos

    com brinquedos de meninos. Ao enfermar a me, esboa-se o colapso marital e sua filha atua

    ahijando av. Se evidncia o rasgo de vnculos que pretendia que fossem maternalmente

    siameses , do frustrado libreto de homem, papai e av. Herdado e protagonizado. Chega ao

    tratamento extenuado de tanto pretender perpetuar essa modalidade siamesa em e com suas

    relaes. Problemtica tambm familiar, porque por exemplo- os homens no puderam

    reacomodar-se em suas funes. Com seu filho varo, Joo ambiciona religar-se, e -racionalmente-

    oscila entre moderar-se e acelerar-se. O que ignora a magnitude da vulnerabilidade masculina, a

    qual se faria evidente no encontro com seu filho. Um aspecto de homem que, embora a prpria famlia

    tentasse se mentir ou evadir, a todos foi oxidando e inflamando.

    O bom prognstico seria que Joo pudesse pressentir e tolerar sua vulnerabilidade de pai e av. Seu

    pr-condicionamento ou reparao se evidenciaria em tolerar a prpria, a de seu pai e, por exemplo, a

    do filho varo. Entendo que, como em momentos importantes de toda vida , a leve taquicardia de

    Joo seria a contrapartida fsica de comear continuando com a que me vem como papai de meu

    filho. Alm de sacar luz a bssola de sua experincia, para resgatar sua capacidade de

    remodelao, precisa tolerar sua vulnerabilidade, estar disposto a gerar os passos que consertem as

    impresses de sua incipiente extenuao. O anterior implica aceitar que impossvel relaxar, que

    h que continuar ahijando comeando como dantes no pde ser jogado ao fazer. E

    compungido, desacelerar-se, desofuscar-se e recuperar a plasticidade perdida. Em essncia,

    comear continuando com o que vinga ... implica ser intolerante adequadamente com uma

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  • parte do inculcado. Como tambm, tolerar a merma de considerao daqueles familiares ou

    equivalentes que, negando a vergonha, no possam admitir a prpria vulnerabilidade. Em

    sntese, nossas clulas marca-passos NS- presentem sem repouso, e nosso msculo miocrdio

    reapresenta com que rever plasticamente- importncias ambicionadas. As quais, de acordo a

    nossa vulnerabilidade, bem como racionalmente queremos aceler-las tambm requerem que as

    atemperemos. Pode haver pessoas e circunstncias da vida que enfrentam com o anterior.

    Assim, durante o momento cardaco crtico, o risco que um aspecto nunca domado (Criana

    Indmito) siga bufando e pretenda recriar em personagens atuais a vivncia de maior segurana

    em e com o originrio vnculo siams materno. E que, com influas, no se reconhea que

    como homem ou mulher- veio-se sendo mesquinho em com que viver pelos prprios meios.

    No momento cardaco crtico, tem-se o pressentimento de que como em famlia- no se tem

    com que responder plasticamente vivncia de a que se vem. E se detecta que, ao explicitar

    a prpria vulnerabilidade, delata a silenciada pelas personagens significativas. Tolerar isto

    ltimo imprescindvel para desinflamar-se e consertar-se, para deixar de ser um satlite e

    recuperar a dignidade , o direito estimativa pelo que possa ser ido fazendo.

    Em essncia, prosseguir com conscincia da prpria vulnerabilidade ser menos vulnervel. Porm,

    quando Joo foi derivado a um Psiquiatra para que o medicara pelos duelos, tambm no 39

    avisou-lhe do infarto prvio. Depois do qual, derivado da velha transferncia fraterna do tonto ou

    vivo em e com algum, surpreendentemente desaparece do tratamento psicanaltico. Podemos

    concluir que, com seu cavalo fatigado, o risco que Joo pretenda repentinamente recuperar o

    originrio remanso materno siams, em e com algum.

    Bibliografa

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