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Minha história começou dia 25 de setembro desse ano, quanto tentei dar meu primeiro vôo; foi um enorme fracasso. Me estatelei no chão e se não fosse a minha “mãe” encontrar-me eu já teria passado desta para melhor. Socorrido por ela, fui levado para o meu “pai” que buscou logo me alimentar com uma aguinha bem doce. Como gostei.

Naquela noite ainda passei por maus bocados pois, umas moscas haviam depositado em meu corpo, algumas coisas que iriam me consumir lentamente. Meu “pai”, então, com toda a paciência do mundo, retirou todas elas e então eu pude dormir em paz.

Logo fui batizado de ALEGRE, que lembrava o nome dado ao meu irmão FELIZ que nascera no ano anterior e, como eu, também foi recolhido, cuidado e depois solto pelos meus pais adotivos. E eu sabia que este seria o meu destino.

Nos dias que se seguiram fui cercado de toda a mordomia. Quando pedia, normalmente, logo era atendido com aquela aguinha bem doce. Quando ia para fora da casa pegar um solzinho, e algum mosquitinho desavisado passava perto de mim, pegava-o para saborear. Até algumas formiguinhas consegui pegá-las para o meu banquete.

Já haviam se passado mais de trinta dias e eu continuava na mesma. Somente pulava, dentro do meu “lar” , que era bem grande, e mesmo assim de um galho para o outro. Notei que “meus pais” estavam ficando preocupados. Já havia passado o tempo para que eu tivesse recebido minha liberdade e pudesse usufruir das coisas que a natureza tinha reservado para mim.

Esta era minha rotina de vida. Porém alguma coisa estava ocorrendo. Eu não tinha nenhum problema nas asinhas, nem nas pernas, porém não estava conseguindo fazer vôos um pouco mais longos. Meu “pai” fez inúmeras tentativas comigo porém eu não estava conseguindo.

Infelizmente, chegou a noite do dia dois de novembro. Passei a me sentir mal e minha respiração estava ofegante. Já não pedia mais comida. Meu “pai”, numa última tentativa, tentou me alimentar, com aquela água docinha. Consegui engoli alguns goles e meu “pai” todo esperançoso foi comunicar a minha “mãe”. Porém eu já sabia, pois somente eu sabia o que estava sentindo, que nada daquilo iria adiantar.

No dia seguinte, após uma noite sofrida, aliviada pela companhia de meu “pai” descansei, finalmente, protegido pelas mãos dele. Nos meus últimos momentos ainda percebi que ele sussurava uma oração para que eu fôsse em paz.

Parti, então, para junto do Ser Supremo, que determina o quanto vamos viver aqui na Terra e, aí sim, com a ajuda das “novas” asinhas que recebi pude, finalmente, alçar vôo para junto do meu Criador.

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JORGE MIGUEL MORALESJORGE MIGUEL MORALESFORMATAÇÃOFORMATAÇÃOMIRIAM JUCÁMIRIAM JUCÁ

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