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Data de Criação: 08/07/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto na forma, de inteira responsabilidade de seus autores. Não traduzem, por isso mesmo, a opinião legal ou manifestação de integrante da SiqueiraCastro.

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Data de Criação: 08/07/2020 Criado por: Biblioteca

Clipping SCA

Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto na forma, de inteira responsabilidade de seus autores. Não traduzem, por isso mesmo, a opinião legal ou manifestação de integrante da SiqueiraCastro.

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Sumário das

Matérias: Fogo na Amazônia será proibido por 120 dias

Valor ––08 de julho.............................................04

Brasil tem a quarta maior taxação sobre as empresas,

aponta OCDE

Valor ––08 de julho.............................................06

Bolsonaro veta dispositivos da MP 936 que

dificultavam tributação de PLR

Valor ––08 de julho.............................................08

ArcelorMittal Tubarão vai religar alto-forno 2, que terá

produção exportada

Valor ––08 de julho.............................................09

Governo retoma reforma trabalhista em meio a crise

do coronavírus

Folha ––08 de julho.............................................10

Redução permanente de salário trava acordo da Latam

com tripulantes

Folha ––08 de julho.............................................13

Com supersafra, Brasil se consolida como maior

produtor mundial de soja

Estadão––08 de julho..........................................16

Vendas do varejo crescem 13,9% em maio, mas ainda

não recuperam perda acumulada

Estadão––08 de julho.........................................18

Dosimetria de pena por tentativa e consequência não

se confunde, diz STJ

Consultor––08 de julho......................................20

Suprema Corte dos EUA proíbe chamadas robotizadas

a celulares

Consultor––08 de julho.....................................21

Acordo extrajudicial sem vício de consentimento

impede ação para cobrar diferença de indenização

Migalhas––08 de julho.....................................22

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Caixa deve excluir de cadastro de devedores correntista

com dívida de R$ 120 mil por taxas de conta inativa

Migalhas––08 de julho.....................................23

Plano de saúde é condenado a indenizar e fornecer

remédio para tratamento de leucemia

Migalhas––08 de julho.....................................24

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Valor Econômico Caderno: Brasil, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

Fogo na Amazônia será proibido por 120 dias Sob pressão de empresários e fundos de pensão internacionais, governo Bolsonaro prepara decreto com moratória para queimadas legais Por Fabio Murakawa — De Brasília 08/07/2020 05h00 Atualizado há 8 horas

Pressionado por executivos de empresas dentro e fora do país e por grandes instituições financeiras mundiais, o governo de Jair Bolsonaro vai decretar nos próximos dias uma “moratória absoluta” das queimadas na região da Amazônia por 120 dias. Essa medida afetará também o Pantanal, enquanto nos demais biomas brasileiros as queimadas serão permitidas de forma controlada.

A informação foi dada ontem ao Valor pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia, órgão colegiado que tem a participação de 14 ministérios sob sua coordenação.

De acordo com Mourão, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está confeccionando o decreto, que deve ser encaminhado “o mais rápido possível” para avaliação do Palácio do Planalto.

A proibição das queimadas por quatro meses dobra o tempo previsto em medida semelhante adotada no ano passado. Em 2019, a moratória de 60 dias decretada pelo governo acabou sendo prorrogada por outros 60.

No entendimento de fontes do governo, o fato de o prazo inicial previsto para a moratória ter dobrado em relação a um ano antes demonstra um maior rigor do

governo com a questão e uma preocupação maior com as queimadas.

A moratória de 120 dias também poderá ser prorrogada, a depender da ocorrência de queimadas nos próximos meses. Segundo Mourão, além de decretar a moratória das queimadas legalizadas, o governo deve intensificar as ações de repressão ao fogo ilegal nas próximas semanas.

“Houve desmatamento [na Amazônia], tem corte raso [de árvores]. E, onde tem corte raso, a turma vai querer tacar fogo. Então, nós estamos prevendo intensificar as ações de repressão”, disse. “E também [estamos prevendo] um decreto de moratória do fogo. Está na mão do Ricardo Salles para ele terminar de fazer isso aí. Ele está fazendo uma nota técnica e eu espero que fique pronto o mais rápido possível.”

A moratória das queimadas permitirá algumas poucas exceções, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Uma delas é a prática de agriculturas de subsistência executadas por comunidades tradicionais e indígenas. Também serão permitidas queimadas para controle fitossanitário, desde que autorizadas pelas autoridades competentes.

A queima controlada nos biomas brasileiros que não Amazona e Pantanal, diz a pasta, só poderá ocorrer quando for “imprescindível às atividades agrícolas e com autorização do órgão responsável e ambiental”.

Ontem, o Valor tornou pública uma carta-manifesto firmada por líderes de 38 empresas brasileiras e estrangeiras e de quatro entidades setoriais. No documento, eles demonstram preocupação com as queimadas na Amazônia, pedem providências e recomendam que a retomada da economia siga o rumo do baixo carbono.

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“Tomei conhecimento [da carta] antes [da publicação no Valor ]. Eles [empresários] estão trabalhando com a gente”, disse Mourão. “A coisa ali [na carta] é muito clara: o que eles podem fazer para apoiar os trabalhos do Conselho da Amazônia. Eu já venho conversando com esse pessoal há algum tempo. Tranquilo.”

Ontem, Mourão se reuniu com Salles e com os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Tereza Cristina (Agricultura), Braga Netto (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do presidente da Apex, Sergio Ricardo Segovia.

O tema do encontro foi uma reunião, marcada para amanhã, com representantes de fundos de investimento e pensão internacionais, que vêm pressionando o Brasil por questões ambientais. Na última quinzena de junho, 29 fundos enviaram cartas a sete embaixadas brasileiras na Europa, nos EUA e no Japão, a fim de pedir uma reunião para discutir o desmatamento na Amazônia.

“Nós vamos conversar com eles na quinta-feira”, disse o vice-presidente. “Em primeiro lugar, o pessoal desconhece o que é a Amazônia na realidade. Vamos mostrar o que é a Amazônia Legal, o que é o Bioma Amazônico, a quantidade de terras protegidas, de terras indígenas, qual é o planejamento [do governo para o meio ambiente].”

Mourão afirmou ainda que tentará explicar aos fundos a questão da mineração em terras indígenas. “Isso tudo vai ser apresentado, mais a questão que eles têm dúvida, a mineração em terra indígena, que é prevista na Constituição, mas até hoje não tem nenhuma legislação a respeito e tem que ser discutida no Congresso”, afirmou Mourão.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/20

20/07/08/fogo-na-amazonia-sera-

proibido-por-120-dias.ghtml Retorne ao índice

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Valor Econômico Caderno: Brasil, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

Brasil tem a quarta maior taxação sobre as empresas, aponta OCDE

A taxa média sobre a renda das companhias, segundo a entidade, fica em 20%, ou 14 pontos percentuais a menos que no Brasil

Por Assis Moreira, Valor — Genebra 08/07/2020 08h14 Atualizado há 5 horas

O Brasil tem em 2020 a quarta maior cobrança de imposto sobre as empresas entre 109 países, com taxação de 34%, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em seu relatório anual “Corporate Tax Statistics”, a entidade mostra que a taxa média globalmente sobre a renda das companhias fica em 20%, ou 14 pontos percentuais a menos que no Brasil. Dos 109 países pesquisados, somente 21 tem taxa igual ou acima de 30% em 2020. A Índia é a campeã, com cobrança de 48,3%, incluindo uma taxa sobre distribuição de dividendos.

Malta fica em segundo lugar com taxa de 35%, mas um abatimento fiscal é concedido para a distribuição de dividendos e a imposição efetiva varia de 0% a 10%. A República Democrática

do Congo fica em terceiro lugar. Depois do Brasil, vem a França em quinta posição. No ano passado, ao participar do Fórum Mundial de Economia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo pretendia reduzir de 34% para perto de 15% a taxação sobre as empresas. E compensaria essa baixa com introdução de imposto sobre dividendos e juros sobre o capital próprio.

“Quem vai investir no Brasil quando o imposto sobre as empresas é de 34%, enquanto nos EUA são 20%?”, indagou Guedes em Davos, na ocasião.

Comparando as taxas entre 2000 e 2020, a OCDE constata que 88 países baixaram o imposto sobre a renda das companhias. Em contrapartida, aumentaram a taxação Andorra, Chile, Hong Kong, China, Índia, Maldivas e Oman.

Enquanto Andorra e Chile elevaram o imposto em 10 pontos percentuais, em países como Alemanha, Paraguai e Barbados a taxa caiu 20 pontos percentuais ou mais. Entre 2019 e 2020, a imposição sobre as companhias diminuiu nos EUA, Bélgica, Canadá, França, Groenlândia, e Mônaco e não houve alta de imposto nos 109 países pesquisados. A maior redução nesse período ocorreu na Bélgica e Groenlândia, com cerca de -5 pontos percentuais.

País tem a sete maior taxa efetiva média Conforme o relatório, o Brasil tem a sétima maior taxa efetiva média sobre as empresas entre 74 países pesquisados, com 30,1%. Mas economistas da entidade observam que, nesse caso, trata-se de cálculo de uma taxa efetiva paga num hipotético investimento, e não a taxa realmente paga como uma parcela do lucro.

O imposto sobre as empresas continua a ser uma fonte importante de receita tributária para os governos, representando 14,6% do total em 93

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países pesquisados, comparado a 12,1% em 2000. No Brasil, o imposto sobre as empresas representa menos de 10% da receita tributária total, bem abaixo dos 15,5% na média na América Latina e Caribe mais em linha com os 9,3% nos países ricos. A receita com a taxação sobre as empresas no Brasil era equivalente a 2,8% do PIB em 2017, abaixo da média global de 3,1%.

O relatório traz informações também sobre taxação e atividade econômica de quase quatro mil multinacionais com sedes em 26 países e operando em mais de 100 nações. As estatísticas dão uma ideia dos efeitos do projeto Beps (Erosão da Base Tributária e Transferência de Lucros), que visa fechar lacunas nas regras tributárias internacionais que são exploradas por multinacionais para evitar pagar impostos.

A OCDE tira algumas conclusões: primeiro, há um desajuste entre a locação onde o lucro é reportado e a locação onde a atividade econômica ocorre, com multis em “hubs de investimento” declarando uma parte relativamente alta de lucros comparado a seu número de empregados e de ativos tangíveis.

Segundo, a receita por empregado tende a ser mais alta onde a taxa sobre a renda das empresas é zero e em “hubs de investimentos”. Terceiro, na média a fatia da receita no rendimento total é maior para multis em “hubs de investimentos”.

Para a OCDE, tudo isso reforça a necessidade de os países tratarem de mais questões no Beps, nas discussões para atualizar o regime tributário na cena internacional. https://valor.globo.com/brasil/noticia/20

20/07/08/brasil-tem-a-quarta-maior-

taxacao-sobre-as-empresas-aponta-

ocde.ghtml

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Valor Econômico Caderno: Brasil, quarta-feira 01 de julho de 2020.

Bolsonaro veta dispositivos da MP 936 que dificultavam tributação de PLR Novas regras reverteriam autuações bilionárias da Receita Federal, principalmente contra os bancos

Por Beatriz Olivon, Valor — Brasília 07/07/2020 12h32 Atualizado há 22 horas

Marcos Correa/PR

O presidente Jair Bolsonaro vetou dispositivos da Medida Provisória nº 936 que dificultavam a tributação de programas de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O veto, por recomendação do Ministério da Economia, derruba os artigos 32 e 37, que previam a aplicação mais favorável, inclusive a processos em curso. Esses pontos já haviam aparecido na MP nº 905, que perdeu a validade por falta de votação.

Os vetos apresentados pelo presidente à MP 936 serão analisados pelo Congresso e poderão ser derrubados ou mantidos.

Os parlamentares tinham acrescentado um adendo à MP 936 e estabelecido que as novas regras teriam efeito retroativo. Isso reverteria autuações bilionárias da Receita Federal, principalmente contra os bancos. Na justificativa do veto, o presidente afirma que os dispositivos tratam de “matéria estranha” e “sem a necessária

pertinência temática” com a MP 936, que prorroga o corte de salário e jornada. Além disso, as medidas acarretariam renúncia de receita, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro, o que viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020.

Entre políticos e advogados, a expectativa era de que a mudança na legislação da PLR tivesse o aval do Poder Executivo, já que constava na MP 905. O artigo 32 alterava a Lei nº 10.101, de 2000, em pontos considerados cruciais para livrar as companhias das condenações que impõem pagamento de contribuição previdenciária sobre os valores distribuídos aos funcionários por meio de programas de PLR – como o prazo para aprovação do plano e a necessidade de negociar com o sindicato.

A justificativa para as autuações é a de que as empresas não seguem os critérios estabelecidos para a isenção, como a assinatura do acordo entre empregados e empregador no ano anterior ao do benefício e regras claras e objetivas sobre as metas. Segundo advogados, as exigências são excessivas e impedem a aprovação de alguns planos. (Colaborou Fabio Murakawa) https://valor.globo.com/politica/noticia/

2020/07/07/bolsonaro-veta-dispositivos-

da-mp-936-que-dificultavam-tributao-

de-plr.ghtml

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Valor Econômico Caderno: Brasil, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

ArcelorMittal Tubarão vai religar alto-forno 2, que terá produção exportada Equipamento estava fora de operação

desde 2019 por manutenção e

"instabilidade nos cenários econômicos

nacional e internacional"

Por Ana Paula Machado, Valor — São Paulo 08/07/2020 10h22 Atualizado há 4 horas

A ArcelorMittal Tubarão vai religar o alto-forno 2 da usina de Tubarão no próximo dia 26. Segundo a empresa, o equipamento, com capacidade para produção de 1,2 milhão de toneladas de ferro gusa por ano, estava fora de operação desde o ano passado, quando passou por uma ampla reforma de manutenção e “permaneceu parado em virtude da instabilidade nos cenários econômicos nacional e internacional.”

A companhia informou, ainda, que toda a produção desse alto-forno será destinada à exportação, cujos clientes começam a retomar gradualmente o consumo.

A ArcelorMittal relatou que, além dele, continua operando na usina o alto-forno 1, que tem capacidade produtiva de 3,5 milhões de toneladas por ano.

O terceiro equipamento foi desligado em abril deste ano e permanecerá fora de operação, aguardando eventuais mudanças no cenário econômico e na demanda de aço no Brasil e no mundo.

Segundo a siderúrgica, profissionais de unidades de outros países do Grupo ArcelorMittal estão auxiliando no processo desse religamento.

— Foto: Imagem retirada do Facebook / ArcelorMittal

https://valor.globo.com/empresas/notici

a/2020/07/08/arcelormittal-tubarao-vai-

religar-alto-forno-2-que-tera-producao-

exportada.ghtml

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Caderno: Mercado, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

Governo retoma reforma trabalhista em meio a crise do coronavírus

Objetivo agora é debater efeitos da pandemia no mercado de trabalho, com atenção à liberdade sindical e aos informais

COMPARTILHAMENTO ESPECIAL

8.jul.2020 às 8h44 Thiago ResendeWilliam Castanho BRASÍLIA

O governo Jair Bolsonaro retomou as discussões de uma nova reforma trabalhista e sindical. As propostas serão feitas na perspectiva pós-pandemia do novo coronavírus e com medidas para os informais.

Um grupo de especialistas, criado no ano passado e encarregado de elaborar as sugestões, voltou aos trabalhos. Uma reunião já foi realizada na sexta-feira (3) e novo encontro está marcado para as 15h desta quarta (8).

As reuniões do chamado Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) foram iniciadas em setembro. As atividades deveriam ser concluídas em 90 dias, mas foram prorrogadas até 10 de fevereiro.

Até então a perspectiva era de crescimento econômico. Os relatórios com as propostas foram finalizados antes da crise da Covid-19.

Carteira de Trabalho e Previdência Social - Gabriel Cabral/Folhapress

A equipe é formada por ministros, desembargadores, juízes, advogados e economistas. As ideias foram discutidas passados pouco mais de dois anos após a reforma trabalhista de Michel Temer (MDB).

A iniciativa é da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O órgão integra o Ministério da Economia, de Paulo Guedes.

"Novas reuniões para discussão e atualização dos relatórios, à luz dos efeitos da Covid-19 no mercado de trabalho, podem ser realizadas em caráter colaborativo com os integrantes do grupo", afirmou, em nota, a pasta.

Como a Folha mostrou em agosto do ano passado, o objetivo do grupo era fechar uma proposta com o menor número possível de brechas para questionamentos legais. A intenção era finalizar a reforma de Temer.

A Folha levantou que, antes dos efeitos do coronavírus, o grupo já havia tratado de temas como índice de correção de dívidas trabalhistas, limitação de indenização para os danos morais e pluralidade sindical.

As ideias, agora, serão analisadas pelos técnicos do governo, que vão formular as reformas. Alterações nas legislações trabalhista e sindical dependem de apoio no Congresso. Portanto, o governo quer também avaliar a viabilidade política das medidas.

Quatro foram os eixos de análises dos especialistas: economia do trabalho; direito do trabalho e segurança jurídica;

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trabalho e previdência; e liberdade sindical.

Desde o ano passado, o Ministério da Economia promete enviar ao Congresso uma reformulação das regras sindicais. A intenção é flexibilizar as normas atuais.

A proposta de liberdade sindical plena, em discussão pelo grupo de consultores do governo, permitiria inclusive a criação de sindicatos por empresas.

No caso da reforma sindical, o ponto de partida, porém, é acabar a unicidade sindical —uma única entidade tanto de trabalhadores como de empresas por base territorial: município, uma região, estado ou país.

As organizações poderiam assim representar uma ou mais categorias, profissões ou trabalhadores por empresas. A medida exige a apresentação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), que depende de forte apoio no Congresso.

A partir dessa mudança, o grupo sugere acabar com o registro sindical. Isso tem sustentação dentro do governo.

Somente com o registro, o sindicato hoje pode exercer todas as suas funções, como ter o poder de acionar a justiça como uma entidade.

A ideia de permitir a formação de sindicatos por empresas se sustenta no argumento de que grandes companhias —com filiais por todo o país— têm dificuldade em negociar com diferentes entidades.

Deverá ser proposta, porém, uma transição para a liberdade sindical plena.

Um ponto debatido também no grupo foi a correção monetária das dívidas trabalhistas. O tema polêmico é alvo de contestação no STF (Supremo Tribunal Federal).

Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes deu duas decisões sobre a questão.

Na primeira, ele suspendeu processos sobre o uso da TR (Taxa Referencial), hoje zerada, e o IPCA-E, em 1,92% nos últimos 12 meses até junho, para atualizar os débitos. Na segunda, apesar de manter a primeira, disse que as ações seguem, desde que se aplique a TR.

A taxa está prevista na reforma de 2017 e tem sido ignorada na Justiça do Trabalho.

Além de um índice de correção monetária, o trabalhador tem direito hoje a juro de 1% ao mês após a ação ser ajuizada —12% ao ano. Esse índice é considerado elevado por especialistas em um cenário de Selic —a taxa básica de juros— baixa (2,25% ao ano).

O Gaet debateu então um limite. Ele seria de 0,5% ao mês, como ocorre com os precatórios —dívidas públicas reconhecidas em decisão judicial. O máximo seria de 6% ao ano.

O governo tem trabalhado também com uma proposta de correção pelo IPCA-E mais o índice da poupança. A correção da caderneta ao ano é de 70% da Selic mais a TR, o que deve girar em torno de 2% neste ano.

Outro ponto em discussão pelo grupo é a limitação, imposta pela reforma trabalhista de 2017, de indenizações por danos morais. O tema também é questionado no STF.

De acordo com as mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), as ofensas ao trabalhador são estruturadas em quatro tipos: leve, média, grave e gravíssima. Os limites são de até 3, 5, 20 e 50 vezes o último salário contratual do empregado.

O STF ainda não julgou esse tema. Em um julgamento sobre artigos da Lei de Imprensa, em 2004, a corte já afirmara que não cabe limites a indenizações.

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Caderno: Mercado, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

Redução permanente de salário trava acordo da Latam com tripulantes

Sindicato dos aeronautas fala em queda

de até 60% na remuneração

7.jul.2020 às 23h15 Fernanda Perrin SÃO PAULO As negociações do acordo coletivo entre Latam Brasil e tripulantes estão travadas em razão da proposta da empresa de alterações permanentes na remuneração da categoria, para além da redução temporária em decorrência da pandemia.

Diferentemente dos acordos fechados pelo Sindicato dos Aeronautas (SNA) com Azul e Gol, que preveem redução de jornada e salário pelos próximos 18 meses com estabilidade para os funcionários, a Latam quer incluir na mesa mudanças permanentes na remuneração de pilotos e comissários para quando esse período acabar.

Custo de manutenção para manter um avião de um corredor de passageiros parado varia de R$ 11 mil a R$ 13 mil mensais Eduardo Knapp/Folhapress

O impasse levou o sindicato a pedir uma mediação ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Já foram realizadas duas reuniões, e uma terceira está marcada para esta sexta (10). A empresa emprega 2.000 pilotos e 5.000 comissários.

Segundo o SNA, a categoria concorda com a proposta de redução temporária em razão da crise que atinge o setor aeroviário, mas acusa a empresa de aproveitar a conjuntura para passar reduções permanentes na remuneração, medida que classificam como ilegal.

“A empresa sabe que tem milhares de tripulantes com risco de perder o emprego e quer aproveitar esse contexto para reduzir salário”, afirma Ondino Dutra, presidente do SNA.

O sindicato estima uma queda de até 60% dos ganhos de pilotos e copilotos, cujo salário médio líquido atualmente gira em torno de R$ 25 mil e R$ 12 mil, respectivamente, segundo Dutra.

A Latam nega que a redução chegue a 60%, mas não revela de quanto seria. “Não vou entrar em detalhes de percentual porque estamos em uma mesa de negociação e isso pode atrapalhar”, diz Jefferson Cestari, diretor de recursos humanos da empresa.

Os salários pagos pela Latam estão acima da média praticada nas concorrentes. A ideia, portanto, seria equilibrar essa diferença, antecipando um período de dificuldades para o setor, afirma Cestari.

Dutra, do SNA, atribui a diferença salarial aos aviões superiores e aos voos mais longos, uma vez que a companhia faz rotas internacionais, o que resulta em um faturamento superior ao das rotas regionais em aeronaves menores.

Segundo ele, mesmo levando em conta os salários maiores, a diferença em termos de custo com pessoal da Latam é de apenas 0,6% comparada com o da Azul.

A remuneração de tripulantes da Latam Brasil é composta por uma parte fixa e uma outra variável segundo a quilometragem de voo realizada todo mês, sendo que cada uma corresponde a 50% do total.

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Empresas de aviação no Brasil e no mundo têm pedido ajuda das autoridades para minimizar impacto financeiro ocasionado pela diminuição de demanda de voos.

A proposta da empresa é reduzir o valor fixo e mudar o cálculo da parte variável de quilômetro para hora de voo. A alteração, exigida pela Lei do Aeronauta (2017), já foi proposta pela empresa duas vezes, mas rejeitada pelos trabalhadores por ser considerada desfavorável. A Latam diz que a alteração não acarreta nenhum prejuízo financeiro.

Segundo a empresa, as mudanças estruturais são necessárias para garantir sua sobrevivência. “Fazíamos 750 voos diários em fevereiro, mas no mês passado estávamos fazendo 35”, diz o diretor de RH.

Cestari aponta que, diferentemente de Gol e Azul, a Latam faz voos internacionais, rota que foi mais impactada com os fechamentos de fronteira relacionados à pandemia e cuja demanda deve seguir em patamares baixos tendo em vista o impacto econômico prolongado sobre a renda de famílias e empresas.

Em maio, o Grupo Latam Airlines —o maior de transporte aéreo da América Latina— entrou com um pedido de recuperação judicial nos EUA. A afiliada do grupo no Brasil, contudo, não foi incluída no documento. Em junho, a operação na Argentina foi encerrada.

O grupo teve um prejuízo líquido de US$ 2,120 bilhões no primeiro trimestre deste ano, atribuído à crise

provocada pelo coronavírus. No entanto, houve alta de 17% do resultado operacional decorrente de corte de despesas com pessoal, combustível, serviços de passageiros e arrendamentos e tarifas de aterrissagem.

Cestari afirma que a proposta de redução salarial não tem relação direta com a recuperação judicial, mas que a não aprovação de um acordo dificulta a situação financeira da empresa.

“Além de voar menos, quem voar vai optar por preço. Teremos um cenário de muita oferta, porque as empresas vão querer voar, e uma demanda menor. Aí quem manda é o custo, por isso a necessidade de fazer reestruturações definitivas”, diz.

Um tripulante da empresa que pediu anonimato afirma que a categoria entende que a mudança na remuneração vai acontecer, mas o problema é fazer a negociação na conjuntura atual, em que a crise do setor e o risco de demissões fragilizam o poder de barganha do sindicato.

Avião da Latam em hangar no aeroporto Santos Dummont, no Rio de Janeiro - AFP - 27.mai.2020

“Os grandes temas na mesa são a redução temporária, que aceitamos, e a definitiva. O problema é que a empresa está atrelando uma coisa à outra. Ela só topa segurar os empregos se aceitarmos a mudança definitiva, que é muito agressiva”, diz.

Tanto o tripulante quanto Dutra alertam para o impacto da indefinição

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das negociações sobre a tripulação, que continua voando.

“Não temos a situação definida, e essa indefinição toda gera uma angústia que acaba atrapalhando a gente no desempenho da função, lembrando que é uma atividade de risco”, diz o tripulante.

A Latam Brasil já firmou acordos com 10 dos 11 sindicatos representantes das categorias que emprega. Neste mês, a empresa vai cortar 1.000 trabalhadores aeroviários (pessoal de solo, como atendentes de check-in).

Nesta terça (7), a Azul também iniciou a redução do seu quadro de aeroviários. Segundo o sindicato da categoria, foram confirmadas até agora 500 demissões. A entidade pediu mediação com a empresa ao TST.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado

/2020/07/reducao-permanente-de-

salario-trava-acordo-da-latam-com-

tripulantes.shtml Retorne ao índice

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Caderno: Economia & Negócios, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

Com supersafra, Brasil se consolida como maior produtor mundial de soja

País retoma esse posto dos Estados

Unidos, com a colheita recorde de 119,9

milhões de toneladas do grão; o IBGE

revisou para cima a produção agrícola

nacional

Vinicius Neder, O Estado de

S.Paulo

08 de julho de 2020 | 15h15

RIO - Com a supersafra deste ano,

revisada para cima pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), o Brasil retoma dos Estados

Unidos o posto de maior produtor

mundial de soja. As projeções

americanas indicam que o Brasil se

consolidará na posição também na

próxima safra, reforçando o bom

desempenho da agropecuária

brasileira, mesmo em meio à

pandemia de covid-19.

O Brasil é o maior produtor mundial de

soja Foto: Germano Rorato/Estadão -

24/8/2018

No total, o Brasil deverá colher um

recorde de 247,4 milhões de toneladas

de grãos na safra que se encerra neste

ano, 2,5% acima da produção de 2019,

conforme o IBGE divulgou nesta

quarta-feira, 8 . Para a Companhia

Nacional de Abastecimento (Conab),

cujas estimativas atualizadas foram

divulgadas também nesta quarta, a

produção total da safra 2019/2020

deverá atingir o recorde de 251,4

milhões de toneladas.

A produção de soja será a principal

responsável pela supersafra deste ano.

Na estimativa do IBGE, foram colhidas

119,9 milhões de toneladas na safra

encerrada ainda no primeiro semestre,

5,6% acima da produção de 2019. Já

nos cálculos da Conab, foram 120,88

milhões de toneladas, aumento 5,1%

ante a safra de 2018/2019.

Em 2018, o Brasil já havia batido os

Estados Unidos como maior produtor

mundial de soja, mas por uma diferença

muito pequena. No ano passado, os

produtores brasileiros de soja

enfrentaram problemas climáticos e

perderam para os americanos – o

recorde na produção nacional total foi

garantida pelo milho. Agora, a

produção de soja nos Estados Unidos

na safra 2019/2020 foi de 96,68

milhões de toneladas, na estimativa

mais recente do Departamento de

Agricultura (USDA, na sigla em inglês,

equivalente a um ministério).

Para a próxima safra, 2020/2021, o

Brasil deverá ficar novamente na frente,

já que os Estados Unidos deverão

produzir 112,3 milhões de toneladas de

soja, enquanto os produtores brasileiros

deverão colher 131 milhões, renovando

um recorde, ainda nas projeções do

USDA, que acompanham o mercado

global – as primeiras projeções do

IBGE e da Conab para a safra

2020/2021 deverão sair em novembro

próximo.

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O Levantamento Sistemático da

Produção Agrícola (LSPA) de junho, do

IBGE, elevou em 0,5% a estimativa do

total de soja colhido no Brasil este ano.

A produção recorde de soja só não foi

ainda maior porque, nos últimos meses,

o LSPA veio reduzindo suas estimativas

para a colheita no Rio Grande do Sul.

Na estimativa de junho, a produção

gaúcha ficou em 11,2 milhões de

toneladas, tombo de 39,3% em relação a

2019.

“O Estado sofreu uma forte seca entre

dezembro de 2019 e maio do corrente

ano, prejudicando grande parte das

áreas produtoras de soja”, diz a nota

divulgada pelo IBGE.

No caso do milho, outro destaque na

produção nacional de grãos, as

projeções para a safra 2019/2020

começaram com queda, considerada

como uma acomodação em relação ao

recorde colhido ano passado. Só que,

nos últimos meses, as expectativas em

relação à segunda safra, que é colhida

no segundo semestre, vêm

melhorando.

De maio para junho, o IBGE elevou sua

projeção para a safra 2019/2020 em

0,8%, para 97,5 milhões de toneladas. A

Conab já projeta recorde de produção

também no milho, com 100,6 milhões

de toneladas, aumento de 0,5% sobre a

safra 2018/2019. Já nas projeções do

IBGE, a produção de milho ficará 3,0%

abaixo do ano anterior.

Para a segunda safra de milho, que já

foi chamada de “safrinha”, mas

atualmente responde por 72,6% da

produção nacional, conforme o LSPA de

junho, do IBGE, as projeções são mais

incertas, porque a colheita ainda está

no início. Segundo a Conab, 25% da

segunda safra de milho foram colhidos.

Na safra encerrada em 2019, a segunda

safra foi a grande responsável pelo

recorde de produção de milho.

Com ou sem recorde nacional, a

produção brasileira de milho ainda está

muito longe da americana,

diferentemente do que ocorre na soja.

As mais recentes projeções do USDA

apontam para a colheita de 406,3

milhões de toneladas de milho na safra

2020/2021 nos Estados Unidos.

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Caderno: Economia & Negócios, quarta-feira, 8 de julho de 2020.

Vendas do varejo crescem 13,9% em maio, mas ainda não recuperam perda acumulada

Resultado superou as projeções de

analistas; no ano, o comércio tem queda

de 3,9% e, na comparação com o

mesmo mês de 2019, houve recuo de

7,2%

Daniela Amorim, Cícero Cotrim e Thaís

Barcellos, O Estado de S.Paulo

08 de julho de 2020 | 09h26

RIO e SÃO PAULO - as vendas

no comércio varejista brasileiro

tiveram crescimento recorde de 13,9%

em maio ante abril, segundo os dados

da Pesquisa Mensal de Comércio,

divulgados pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística

(IBGE) nesta quarta-feira, 8. O

desempenho foi melhor do que o

previsto mesmo pelos mais otimistas

analistas do mercado financeiro, mas

ainda insuficiente para reverter as

perdas históricas acumuladas em março

e abril, decorrentes da crise provocada

pela pandemia do novo coronavírus.

Clientes mantêm distaciamento em fila

para entrar em loja no Shoppping

Bourbon, em São Paulo. Foto: Daniel

Teixeira/Estadão - 3/7/2020

Apesar da melhora em maio, o varejo

ainda está 7,3% abaixo do patamar pré-

pandemia, de fevereiro de 2020. O

varejo ampliado – que inclui as

atividades de veículos e material de

construção – teve uma retração de

15,4% em relação ao patamar pré-

pandemia, já considerando o avanço de

19,6% nas vendas obtido em maio.

Segundo Cristiano Santos, analista

do IBGE, a flexibilização de medidas de

isolamento social tende a beneficiar o

varejo, mas a queda na massa de

salários em circulação na economia

ainda pode prejudicar o ritmo de

recuperação das vendas.

“Se você abre a sua loja é possível que

você consiga vender mais do que se

estivesse fechada, mas vai depender

também de quem está comprando, da

massa de renda salarial, desses auxílios

(emergenciais), depende de uma série

de fatores”, explicou Santos. “O fator

flexibilização acaba puxando para

cima, mas o fator queda na massa de

rendimento real puxa para baixo, então

a gente não sabe qual fator vence essa

queda de braço para o futuro.”

Na passagem de abril para maio, todas

as atividades varejistas tiveram

desempenho positivo: Tecidos e

vestuário (100,6%), Móveis e

eletrodomésticos (47,5%), Outros

artigos de uso pessoal e doméstico

(45,2%), Livros e papelaria (18,5%),

Equipamentos para informática e

comunicação (16,6%), Artigos

farmacêuticos (10,3%), Supermercados

(7,1%) e Combustíveis (5,9%). “Tem que

relativizar essa alta, é muito atípica. A

base (de comparação) estava muito

baixa”, ponderou Santos.

No comércio varejista ampliado, as

vendas de veículos saltaram 51,7%,

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enquanto as de material de construção

tiveram elevação de 22,2%.

Para o economista-chefe do Haitong,

Flávio Serrano, o crescimento do varejo

acima do esperado parece confirmar a

avaliação de que os programas de

transferência de renda do governo

federal foram mais do que capazes de

compensar os efeitos da pandemia do

coronavírus sobre a massa de

rendimentos dos trabalhadores.

"A transferência de renda parece ter

garantido a normalização de alguns

componentes do varejo, as pessoas

voltaram a consumir", afirmou Serrano.

A alta mais forte do varejo em maio é

explicada pelos programas

emergenciais do governo mas também

pela demanda reprimida, na visão da

economista-chefe da ARX

Investimentos, Solange Srour. A

questão, segundo ela, é como ficará o

ritmo dessa recuperação quando esses

programas forem extintos, o que, para

ela, deve depender da manutenção da

recuperação da economia mundial e,

principalmente, da retomada da agenda

de reformas e privatizações, que seriam

essenciais para dar sustentação ao

crescimento.

"Houve agora a extensão por mais dois

meses (dos programas de sustentação

de renda), mas vai acabar em algum

momento, e teremos que ver se a

economia vai conseguir retomar com os

fundamentos, como juros mais baixos.

Esse número bom deve se repetir em

junho e julho, embora com menos

intensidade, mas a questão é como fica

o segundo semestre depois da expiração

desses programas", disse Solange.

Em relação a maio de 2019, o volume

vendido pelo varejo recuou 7,2%. O

único setor com avanço nesse tipo de

comparação foi o de supermercados,

beneficiado, entre outros fatores, pelo

pagamento do auxílio emergencial pelo

governo federal, disse Cristiano Santos.

O pesquisador do IBGE confirma que o

mês de abril foi o pior momento para o

comércio varejista. “Até maio, dá para

dizer que o pior já passou. O patamar

de receita já aumentou, então abril foi o

mês mais complicado do ponto de vista

da receita das empresas”, disse ele.

“Quando você tem uma queda muito

grande, é muito difícil piorar também.

Esse ajuste nos coloca ainda mais ou

menos no pior momento da crise de

2016”, acrescentou.

https://economia.estadao.com.br/noticia

s/geral,vendas-do-varejo-crescem-13-9-

em-maio-mas-ainda-nao-recuperam-

perda-acumulada,70003357476 Retorne ao índice

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Quarta-feira, 8 de julho de 2020

Dosimetria de pena por tentativa e consequência não se confunde, diz STJ 8 de julho de 2020, 7h32

Por Danilo Vital

Não há dupla valoração na dosimetria da pena quando o magistrado usa as consequências do delito para aumentar a pena base, e depois, para mensurar a diminuição da pena pelo crime ter se dado na modalidade tentada. Tentativa e consequência são elementos valorativos que não se confundem.

No caso, crime de homicídio não se consumou, mas deixou graves consequências à vítima Reprodução

Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça não conheceu de Habeas Corpus substitutivo de recurso próprio interposto por réu por homicídio qualificado tentado que buscava nulidade na dosagem da pena, por ocorrência de bis in idem.

O magistrado de primeiro grau primeiro usou as consequências do crime para aumentar a pena base. A vítima sobreviveu, mas ficou debilitada permanentemente de função motora da perna esquerda, incapaz para o trabalho e perdeu a função reprodutora.

A partir dessas consequências, o magistrado concluiu que o crime chegou muito perto de se concretizar. Por isso, reduziu a pena pela modalidade tentada do delito no patamar mínimo de 1/3. A pena total ficou em dez anos e foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

“Não há que se falar em bis in idem, em face da valoração negativa das consequências do delito, com o real grau de violação que o bem efetivamente sofreu, e o quantum escolhido devido a causa de diminuição relativa à modalidade tentada, aqui considerado o iter criminis [caminho do crime] percorrido”, afirmou o relator, ministro Ribeiro Dantas.

Ele explicou que o entendimento está sedimento na jurisprudência do STJ. Quanto à diminuição da pena em virtude do crime tentado, ela deve ser inversamente proporcional à aproximação do resultado representado. Quanto mais perto de concretizar o crime, menor a diminuição.

“Não se cogita da caracterização do bis in idem, pois o percentual mínimo de redução da pena ocorreu por ter o agente chegado próximo da consumação do crime, já o aumento da pena-base operou-se pelas nefastas consequências do crime, haja vista que a vítima vai conviver com várias situações debilitantes em seu cotidiano”, explicou o ministro Joel Ilan Paciornik, em voto-vista sobre o caso.

HC 549.460

https://www.conjur.com.br/2020-jul-

08/nao-dupla-valoracao-dosimetria-

tentativa-consequencia Retorne ao índice

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Quarta-feira, 8 de julho de 2020

Suprema Corte dos EUA proíbe chamadas robotizadas a celulares 8 de julho de 2020, 10h06

Por João Ozorio de Melo

Por seis votos a 3, a Suprema Corte dos EUA rejeitou um pedido de organizações políticas e pesquisadores de opinião pública para revogar uma lei que proíbe chamadas robotizadas (ou por discagem de computador) a telefones celulares.

As organizações alegaram que a lei é inconstitucional, porque discrimina com base no conteúdo da chamada. Isso porque, em 2015, o Congresso abriu uma exceção na lei, que permitia ao governo federal fazer chamadas robotizadas para cobrar dívidas de cidadãos e empresas, que chegam ao valor total de US$ 4,2 trilhões de dólares.

Para resolver esse problema constitucional, a maioria dos ministros da corte decidiu que essa exceção deve ser eliminada. O ministro Brett Kavanaugh escreveu no voto da maioria que mesmo que um dispositivo da lei seja inconstitucional, não é preciso revogar toda a lei. Basta revogar o dispositivo.

As organizações políticas, incluindo de levantamento de doações para campanhas eleitorais, e pesquisadores de opinião pública queriam revogar a lei porque este é um ano de eleições para presidente, dois terços dos senadores e todos os deputados federais, bem como de cargos eletivos estaduais. É mais fácil mandar uma mensagem pré-gravada para todo mundo.

Mas se a Suprema Corte revogasse a lei, isso iria abrir a porteira para chamadas robotizadas de todos os tipos de organizações, incluindo de telemarketing e de empresas de cobrança.

Mas essa é uma lei pouco respeitada de qualquer forma. Só em 2019, o governo federal recebeu 3,7 milhões de reclamações contra chamadas robotizadas — fora as que foram apresentadas aos governos estaduais.

"Os americanos discordam apaixonadamente sobre muitas coisas. Mas são largamente unidos em seu desdém por chamadas robotizadas", escreveu Kaanaugh no voto da maioria.

"Por isso, a Lei de Proteção ao Consumidor de Telefone de 1991, que pretendeu botar um fim nesse aborrecimento das chamadas robotizadas, é provavelmente a lei mais popular do país. Manter a lei é até uma questão de bom senso", escreveu o ministro.

No voto da minoria, o ministro Neil Gorsuch escreveu que a lei deveria ser declarada inconstitucional, porque viola a liberdade de expressão. Para ele, a lei não é necessária porque as pessoas podem, em seus próprios celulares, bloquear chamadas não desejadas.

https://www.conjur.com.br/2020-jul-

08/suprema-corte-eua-proibe-chamadas-

robotizadas-celulares Retorne ao índice

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Quarta-feira, 8 de julho de 2020

Acordo extrajudicial sem vício de consentimento impede ação para cobrar diferença de indenização

Para TJ/SP, simples arrependimento unilateral não tem o condão de desconstituir a transação.

quarta-feira, 8 de julho de 2020 O arrependimento unilateral não tem o condão de desconstituir acordo extrajudicial firmado com plena, geral e irrevogável quitação, e ausente comprovação de vício de consentimento. O entendimento é do TJ/SP, ao negar ação de cobrança por diferença de indenização securitária decorrente de acidente de trânsito. O apelante foi vítima de acidente e, considerando que o autor do dano possuía seguro de responsabilidade civil com garantia para danos corporais a terceiros, buscou junto a seguradora receber a respectiva indenização. Conforme os autos, ao final do processo de regulação de sinistro, as partes chegaram ao consenso de que a incapacidade da vítima era parcial, redundando no pagamento da indenização proporcional ao grau de invalidez, tudo ajustado por meio de termo de transação. Tempos depois a vítima ingressou com ação judicial em face da seguradora pleiteando diferença de indenização, por entender que deveria ter recebido quantia superior.

O juiz de 1ª instância julgou improcedente o pedido, pois “não é minimamente razoável o Estado fomentar a conciliação e a transação, inclusive e em especial na forma extrajudicial, e depois pura e simplesmente desconsiderá-la, sem que para tanto existam graves razões”. No julgamento do recurso, o desembargador Campos Petroni, da 27ª Câmara de Direito Privado, considerou que a vítima concedeu plena e total quitação à seguradora e não há qualquer vício de consentimento na transação. “Certo que a transação consiste em negócio jurídico e, por tal razão, produz efeitos legais, de modo que o simples arrependimento unilateral não tem o condão de desconstituí-la.” A decisão do colegiado foi unânime. A advogada Angélica da Silva Lessa, do escritório J. Armando Batista e Benes Advogados Associados, atuou na causa pela seguradora. Processo: 1126620-70.2019.8.26.0100 Veja o acórdão.

https://migalhas.com.br/quentes/330429

/acordo-extrajudicial-sem-vicio-de-

consentimento-impede-acao-para-

cobrar-diferenca-de-indenizacao Retorne ao índice

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Quarta-feira, 8 de julho de 2020

Caixa deve excluir de cadastro de devedores correntista com dívida de R$ 120 mil por taxas de conta inativa

Decisão é da JF/SP.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

A juíza Federal Alessandra Nuyens Aguiar Aranha, de Santos/SP, concedeu tutela de urgência para determinar que a Caixa Econômica Federal exclua nome de consumidor do cadastro de inadimplentes e demais serviços de proteção ao crédito. A ação visa a declaração de inexistência total do débito decorrente de tarifas bancárias lançadas em conta corrente que se encontrava inativa e com saldo negativo desde março de 2013. Conforme o autor, neste período, a Caixa jamais enviou qualquer tipo de notificação comunicando a inatividade da conta bancária, bem como a consequente possibilidade de encerramento, deixando o correntista alheio à crescente dívida que se apresentava e que atualmente alcança quase R$ 120 mil.

Ao conceder a tutela, a julgadora consignou que não há controvérsia quanto à natureza do débito e ao respectivo montante, admitindo a ré que foram gerados pelos custos

inerentes à manutenção de uma conta corrente. “A inércia do banco perante essa situação não se mostra admissível, frente aos deveres de boa-fé e de lealdade contratual que possui para com seus consumidores. O simples fato de haver permanecido por mais de seis anos cobrando do autor taxas de manutenção de conta corrente que não sofria qualquer tipo de movimentação financeira, já é o bastante para caracterizar atitude abusiva, visto que atentatória ao princípio da boa-fé objetiva, independentemente da existência da dita restrição judicial.” De acordo com a magistrada, a cobrança de tarifa pela manutenção de conta corrente só se justifica com a efetiva utilização da conta, “de forma que haja contraprestação de serviços pelo banco, se assim não o for, dar-se-á motivo ao enriquecimento ilícito da instituição bancária”. Assim, determinou a retirada do nome do autor dos cadastros de devedores. O advogado Gustavo Mendes de Andrade patrocina os interesses do autor. Processo: 5005339-

84.2019.4.03.6104 Veja a decisão. https://migalhas.com.br/quentes/330426

/caixa-deve-excluir-de-cadastro-de-

devedores-correntista-com-divida-de-r-

120-mil-por-taxas-de-conta-inativa Retorne ao índice

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Quarta-feira, 8 de julho de 2020

Plano de saúde é condenado a indenizar e fornecer remédio para tratamento de leucemia

Conforme decisão, em que pese se trate de plano de autogestão, sendo inaplicável o CDC, a responsabilidade de arcar com o referido medicamento se justifica nos ditames da boa-fé objetiva e na dignidade da pessoa humana.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

A Justiça do RJ condenou plano de saúde a pagar danos morais e fornecer medicamento prescrito por médico para tratamento de leucemia. O fornecimento foi negado pela requerida, alegando que não há previsão contratual para o medicamento (Venclexta).

No projeto de sentença, a juíza leiga Juliana Mamede Wiering de Barros anotou que o medicamento é registrado na Anvisa, bem como permitido para o tratamento da doença da autora. “Ainda que o contrato com a ré não preveja a cobertura deste medicamento, restou demonstrado nos autos que ele é indispensável para o tratamento da autora, que criou

resistência ao remédio originalmente prescrito. Cabe ao médico da autora, diante do caso clínico, determinar qual procedimento é mais adequado ao caso, não podendo a seguradora interferir nesta análise.” Conforme consta na decisão homologada, em que pese se trate de plano de autogestão, sendo inaplicável, portanto, o CDC, a responsabilidade da seguradora de arcar com o referido medicamento se justifica nos ditames da boa-fé objetiva e no fundamento constitucional da dignidade da pessoa humana. “Cabia à ré demonstrar que o tratamento escolhido pelo médico da autora era dispensável, existindo outro medicamento substitutivo presente no rol obrigatório da ANS.” Além de ter que fornecer o medicamento, a requerida deverá pagar R$ 5 mil de danos morais. A juíza de Direito Simone Cavalieri Frota homologou o projeto de sentença. O advogado Bruno Olegário Fonseca Lima representou a autora. Processo: 0001189-

65.2020.8.19.0209 Veja a decisão. https://migalhas.com.br/quentes/330423

/plano-de-saude-e-condenado-a-

indenizar-e-fornecer-remedio-para-

tratamento-de-leucemia Retorne ao índice