clipping de notÍciasextranet.veirano.com.br/tecnologia/biblioteca/doc/... · web viewpelas médias...

215
CLIPPING DE NOTÍCIAS 04.03.2008 (Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório) ÍNDICE DE ASSUNTO - Concorrentes - Administrativo - Advogados - Agronegócios - Ambiental - Aviação - Bancário - China - Civil - Comércio Exterior - Concorrência - Constitucional - Consumidor - Diversos - Energia, Petróleo e Gás - Estrangeiro - Imobiliário - Judiciário - Mineração - Penal - Propriedade Intelectual - Seguros - Societário - Tecnologia - Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário - Tributário CONCORRENTES. Mudança de banca - Após quase dez anos no escritório Machado, Meyer, o advogado Fábio Amorim deixa a banca para fazer parte do Bastos, Tigre Advogados, como sócio da área de energia. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos) Página 1 de 215

Upload: vuongxuyen

Post on 26-Dec-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

CLIPPING DE NOTÍCIAS04.03.2008

(Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório)

ÍNDICE DE ASSUNTO

- Concorrentes - Administrativo

- Advogados - Agronegócios

- Ambiental - Aviação

- Bancário - China

- Civil - Comércio Exterior

- Concorrência - Constitucional

- Consumidor - Diversos

- Energia, Petróleo e Gás - Estrangeiro

- Imobiliário - Judiciário

- Mineração - Penal

- Propriedade Intelectual - Seguros

- Societário - Tecnologia

- Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário

- Tributário

CONCORRENTES.

Mudança de banca - Após quase dez anos no escritório Machado, Meyer, o advogado Fábio Amorim deixa a banca para fazer parte do Bastos, Tigre Advogados, como sócio da área de energia. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

ADMINISTRATIVO.

Consórcio deverá apresentar estudo sobre trem-bala até o final do ano. (DCI)

Página 1 de 154

Page 2: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Estudo do trem-bala sai neste ano. Até o final do ano sai o estudo de viabilidade do primeiro trem-bala do País, com o consórcio vencedor da concorrência, diz o BNDES.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Serviços)

Cessionários da União discutem aumentos. (Valor)

ADVOGADOS.

Férias da advocacia: Senador propõe suspensão de prazo processual em janeiro (Conjur)

Bloqueios - OAB-SP teme utilização abusiva do Bacen Jud. (JC)

AGRONEGÓCIOS.

Restrições da Europa impactam exportações. (DCI)

Eleva - A Eleva, comprada recentemente pela Perdigão, anunciou a saída, a pedido, do diretor presidente Rami Naum Goldfajn, e de Cláudio Santos, diretor Financeiro e de Relações com Investidores (RI). Quem responderá agora pela diretoria de RI será Wang Wei Chang, que já tinha o cargo na Perdigão.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Agronegócio)

Cenários - Safra 2008/09 terá custo mais elevado. Dados coletados pela Conab apontam altas generalizadas em sementes, fertilizantes e defensivos. (Valor)

AMBIENTAL.

Avaliação ambiental: Licença para construção de barragem é liberada no PR. (ConJur)

Crime de poluição: Mulher é condenada por despejar esgoto no mangue. (ConJur)

Após 20 anos, Ibama autoriza CBA a construir usina em SP . Projeto é condicionado à solução de problemas de inundação das grutas. (Estado)

Conexão Global – Tecnologia é verde. (Globo)

Meio Ambiente - Energia eólica pode ameaçar aves. Ambientalistas buscam conciliar uso dos ventos com segunrança para espécies ameaçadas. (JB)

Desmatamento - 50 milhões de hectares afetados. Área alterada na Amazônia é igual à total de cultivo de grãos o País, segundo Embrapa, que quer orientar ocupação agrícola da floresta afetada. (JC)

Bancos começam a testar resolução do CMN em maio. (MMA)

CMA examina proposta de retribuição a esforços em favor da conservação dos recursos hídricos. (Senado)

Sibá quer tornar obrigatória a divulgação da quantidade de poluentes emitidos por carros. (Senado)

Estados - Desmatamento ameaça planos de Maggi para 2010. Ambientalistas dizem que tendência mostrada pelo Inpe deve ser confirmada em novo levantamento. (Valor)

Página 2 de 154

Page 3: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Políticas - Santa Catarina estuda adotar regras mais flexíveis para o meio ambiente. (Valor)

AVIAÇÃO.

Presença de médico em aviões pode tornar-se obrigatória. (Câmara)

Varig fecha quarto acordo; nova parceira é coreana. (DCI)

Aviação - Infraero quer mudar horários nos aeroportos. Segundo estudo, aumento no tempo mínimo entre escalas e conexões reduziria atrasos. (Estado)

Viagens - OceanAir estuda novas rotas internacionais. (JC)

Companhias poderão manter aviões mais tempo no solo. (Valor)

BANCÁRIO.

Consignado e crédito pessoal passam a operar novas normas. (DCI)

Emptréstimos - Setor bancário desobedece a norma. Apesar de determinação do BC, bancos não informam aos clientes custo dos financiamentos. (JB)

Bancos - Itaú celebra ano dourado no Chile. Após aquisição do BankBoston, lucro cresce 183% e instituição atinge 8} lugar do ranking. (Valor)

Estratégia - BB já quer comprar bancos privados. Instituição pode fazer aquisições para crescer em finaciamento de veículos e de imóveis. (Valor)

CHINA.

Europa e EUA contra a China. (Correio Braziliense)

China à espera do Brasil. Mercado chinês é um dos poucos que resistem à crise e continuam a crescer e têm potencial imenso a explorar. (DCI)

Câmara organiza missão para evento de negócios na China. são paulo - A Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico está organizando uma missão empresarial para a primeira edição de 2008 da Canton Fair, na China. Segundo nota da instituição, serão representados no evento os setores de máquinas e ferramentas; equipamentos eletroeletrônicos; iluminação; têxteis; materiais de construção; produtos químicos; maquinaria e mecanismos para veículos e construções; alimentos; produtos de horticultura; utilidades e utensílios domésticos; móveis e cerâmica; presentes e decoração; bolsas e acessórios; artigos esportivos; papelaria e material de escritório.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Política Econômica)

A cara-metade do Brasil. (Estado)

Popular site chinês é acusado de pirataria. (Globo)

Caso contra a China - A União Européia e os EUA apresentaram ontem uma queixa contra a China na Organização Mundial do Comércio por conta da forma como Pequim regula os serviços de informação

Página 3 de 154

Page 4: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

financeira de agências de notícias. A UE e os EUA se opõem às regras chinesas que exigem que agências como Reuters, Bloomberg e Dow Jones operem na China por meio da agência estatal de notícias Xinhua - que ao mesmo tempo concorre com elas - em vez de venderem conteúdo diretamente para seus clientes. Autoridades chinesas já alegaram que a regulação do fluxo interno de notícias é questão de segurança nacional. Mas americanos e europeus dizem que o centro da disputa é a comercialização de dados financeiros, como valor de ações e a cotação de moedas, e não tanto as notícias. Especialistas financeiros avaliam que o mercado chinês de informação financeira em expansão superava os US$ 100 milhões em 2006. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 A-14 Internacional)

Com a corda toda. Demanda puxada pela China indicação de ações ligadas a commodities na Carteira Valor. (Valor)

CIVIL.

Dossiê do PT: Jornal do Brasil é condenado a pagar indenização. (ConJur)

Família - Na separação, cônjuge reclama danos morais. Levantamento mostra que pedidos de reconhecimento de ofensa e de indenização ocrrem em 30% dos casos de término de casamento. (JC)

COMÉRCIO EXTERIOR.

Brasília sedia Encontro de Comércio Exterior. (DCI)

Condição - Novas exigências dos EUA ao Brasil. Governo americano cobra do País a abertura de diversos setores para liberalização do setor agrícola na Rodada Doha da OMC. (JC)

Brasil e Argentina iniciam discussão para que Acordo Automotivo dure cinco anos. (Minitério do Desenvolvimento)

Comércio Exterior - Alta generalizada na importação reduz saldo. Mesmo com exportação recorde, superávit de fevereiro foi o menor desde janeiro de 2002. (Valor)

CONCORRÊNCIA.

Concorrência - SP cria força-tarefa para barrar liminares contra leilão da Cesp. (Gazeta)

CONSTITUCIONAL.

Congresso - Projetos ampliam validade de MP para 1 ano. Uma proposta aumenta vigência de 120 para 180 dias; outra permite reedição. (Estado)

CONSUMIDOR.

Proposta isenta cliente de pagar vaga em shopping. (Câmara)

Trailers poderão ser opcionais em DVDs e cinemas. (Câmara)

Página 4 de 154

Page 5: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

DIVERSOS.

Chinaglia espera decisão favorável sobre células-tronco. (Câmara)

Projeto exige bancos de cordão umbilical em todo o País. (Câmara)

Tiro no pé. Posso mostrar que, no jogo de equilíbrio entre direitos individuais e liberdade de informação, o menor dos males é a Lei de Imprensa (Folha)

Justiça - Ambev terá de indenizar degustador. Funcioário alega ter se tornado alcolátra e desenvolvido cirrose. (JB)

Morte - STF julga Adin contra Lei de Biossegurança. Subprocurador-geral da República sustenta que a vida começa na concepção e contesta uso de células-tronco embrionárias em pesquisas. (JC)

Tabaco - Subcomissão debate Convenção-Quadro para o Controle do Uso do Tabaco. (Senado)

ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS.

Petróleo poderá ser explorado por contrato de partilha. (Câmara)

Petróleo - PetroChina construirá refinaria de grande porte. (Cenário Setorial)

Petróleo - Petrobas incorpora Pramoa. (Cenário Setorial)

Avaliação ambiental: Licença para construção de barragem é liberada no PR. (ConJur)

MPX protocola estudo para nova termoelétrica. (DCI)

Venezuela quer que cartel do petróleo discuta caso Exxon. Viena - A Venezuela quer que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) discuta a decisão da ExxonMobil Corp. de obter ordens judiciais que congelam ativos da empresa petrolífera estatal do país, a Petróleos de Venezuela SA (PDVSA). O ministro da Energia e do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, vai pedir à Opep que ponha a decisão na agenda de sua próxima reunião, em 5 de março. O presidente da Opep e o ministro da Energia da Argélia, Chakib Khelil, também disseram que a Opep vai discutir a questão. Os tribunais de Reino Unido, Holanda e Antilhas Holandesas emitiram ordens que congelaram até US$ 12 bilhões em ativos da PDVSA.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Internacional)

Gazprom reduz fornecimento de gás à Ucrânia em 25%. Moscou - A gigante russa Gazprom reduziu ontem em 25% o fornecimento de gás à Ucrânia dentro da crise provocada pelo preço do produto. "O consumo de gás fora de contrato continua na Ucrânia. Além disso, não se assinou nenhum acordo que precise o esquema de nossa colaboração futura no campo do gás entre as duas partes, disse o porta-voz da empresa, Serguei Kuprianov. "No entanto, os fornecimentos de gás aos consumidores europeus prosseguem normalmente", garantiu. A Gazprom está cobrando US$ 600 milhões dos ucranianos por um volume consumido de 1,9 bilhão de metros cúbicos, segundo Kuprianov.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Internacional)

Lucro da Petrobras recua 17% em 2007. Com avanço menor na produção e política de contenção de repasse de reajustes, empresa obtém ganho de R$ 21,5 bi. (Folha)

Página 5 de 154

Page 6: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Preço dos combustíveis avança nos postos, diz ANP. Altas foram de 6,08% para o álcool, 1,60% para a gasolina e 0,85% para o diesel. (Folha)

Ressussintando a Oitava Rodada. ANP e MME estudam retomar leilão suspenso em 2006, com blocos vizinhos ao pré-sal. (Globo)

Meio Ambiente - Energia eólica pode ameaçar aves. Ambientalistas buscam conciliar uso dos ventos com segunrança para espécies ameaçadas. (JB)

Balanço – Petrobrás lucra R$ 21,7 bi. Receita de estatal sobe 8%, para R$ 170,578 bilhões e investimentos crescem 34%, para R$ 45,3 bilhões; valor de mercado quase dobra, para R$ 429,9 bilhões, e retorno aos acionistas chega a 83,9% e a 143,4% para detentores de ADRs. (JC)

Ucrânia - Gazprom reduz fornecimento de gás. (JC)

Nota Rodada, um balanço de sucesso. (Macaé OffShore)

P-55 : Mais econômica, mais leve, mais brasileira! (Macaé OffShore)

Real valorizado reduz lucro da Petrobras, mas chega a R$ 21,5 bilhões. Acionista tem retorno recorde. Em termos absolutos, valor de mercado da estatal petrolífera chega a R$ 429,9 bilhões. (Monitor)

Petrobras, Modec sign FPSO supply deal for Tambaú-Uruguá. (T&B Petroleum)

Prospero ups stake in Black Rock`s Las Quinchas. (T&B Petroleum)

Petrolifera cases Puesto Morales Este X-1001. (T&B Petroleum)

Correa: Oil contract talks wrapping up. (T&B Petroleum)

O petróleo superou seu recorde em termos reais durante a sessão de ontem no mercado futuro de Nova York. O barril chegou a ser negociado a US$ 103,95 - o recorde ajustado à inflação é US$ 103,76 -, mas fechou a US$ 102,45. O ouro, por sua vez, fechou a US$ 984,20 - um recorde. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

A Petrobras confirmou pela primeira vez que estuda comprar os postos da petrolífera americana Exxon Mobil no Brasil. Os 1.800 postos Esso são avaliados em cerca de US$ 600 milhões. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

A Índia aprovou a criação de uma joint venture entre o braço estrangeiro de sua petrolífera estatal ONGC e a estatal venezuelana PDVSA para explorar o campo San Cristóbal, na Venezuela, disse um funcionário do governo indiano. O investimento previsto é de US$ 356 milhões. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

Petrobras faz desdobramento e cria subsidiária para biocombustíveis. (Valor)

ESTRANGEIRO.

CMA e CRA debatem venda de terra brasileira a estrangeiros. (Senado)

CRE analisa reciprocidade na concessão de prazos de permanência de estrangeiros no Brasil. (Senado)

Página 6 de 154

Page 7: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

IMOBILIÁRIO.

Crise Imobiliária - Regras para melhor avaliação das hipotecas de alto risco. (JC)

Construção - Imóveis comerciais são negociados em "licitações" privadas. Demanda aquecida e ativos escassos estão transformando a forma como escritórios são vendidos. (Valor)

Cessionários da União discutem aumentos. (Valor)

JUDICIÁRIO.

Férias da advocacia: Senador propõe suspensão de prazo processual em janeiro. (ConJur)

Jurisprudência dá segurança para usar e-mail como prova. (DCI)

Relatório - Juiz condena falta de estrutura no Judiciário. (JC)

Cúpula - Judiciário abre hoje no STJ a 14ª Cumbre. (JC)

MINERAÇÃO.

Vale e governo selam acordo para siderúrgica. Presidente da empresa diz que projeto e licença ambiental no Pará já devem estar liberados em 2009. (Folha)

Resultado - Lucro da Xstrata aumenta 13%. (Gazeta)

Vale investirá R$ 5 bi em siderúrgica no Pará, a quarta usina da empresa. Governo vai destinar R$1,5 bi para obras de infra-estrutura no estado. (Globo)

Com a corda toda. Demanda puxada pela China indicação de ações ligadas a commodities na Carteira Valor. (Valor)

A Oxiana, mineradora australiana, vai comprar a rival Zinifex numa troca de ações de US$ 5,65 bilhões, informaram as duas empresas. A fusão cria a segunda maior mineradora de zinco do mundo e a terceira maior mineradora diversificada da Austrália. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

A Xstrata afirmou que as negociações para uma possível venda da empresa à Vale do Rio Doce continuam, a despeito de especulações de impasse com relação ao preço. A mineradora suíça informou que seu lucro subiu 13% em 2007, para US$ 5,5 bilhões.Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

O Mechel, grupo russo de mineração, siderurgia e energia, informou que está interessado em comprar a Oriel, uma mineradora britânica avaliada em US$ 1,2 bilhão, e que as negociações estão num estágio preliminar. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

Metais - Conselho da Vale rejeita plano de negociação da Glencore. Sérgio Rosa, descarta passar comercialização à trading. (Valor)

Página 7 de 154

Page 8: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

PENAL.

Projeto aumenta pena para quem servir bebida a adolescente. (Câmara)

PROPRIEDADE INTELECTUAL.

Comissão da PEC de CDs e DVDs define roteiro de trabalho. A Comissão Especial de Fonogramas e Videofonogramas Musicais se reúne amanhã às 14h30, no plenário 14, para definir o roteiro de trabalho. A comissão analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC) 98/07,que prevê isenção tributária na produção de CDs e DVDs. A intenção do autor da proposta, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), é reduzir os preços desses produtos, valorizar a cultura nacional e combater a pirataria.Nota na integra. (Câmara - 03.03.2008)http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117939

Nokia vence processo de patente movida pela Qualcomm. (DCI)

Patentes - Nokia obtém mais uma decisão favorável. (Gazeta)

Popular site chinês é acusado de pirataria. (Globo)

"Baixem nosso CD". Sensação nova-iorquina, o duo MGMT copia canções e incentiva cópias ilegais. (JB)

Piratas: Apreensão na Central do Brasil. Um policial observa os mais dez mil produtos piratas apreendidos na tarde de domingo por policiais do Batalhão de Policiamento Ferroviário (BPFer), no Mercado Popular da Central do Brasil. Segundo o comandante do BPFer, tenente-coronel Heraldo Rodrigues, há um mês era feito o monitoramento da movimentação dessas mercadorias, que estavam escondidas em uma parede falsa no mercado.Nota na integra. (O Globo 04.03.2008 p. 15 Rio)

Receita apreende veículo e mercadorias em Medianeira/PRA. (Receita)

Piratas transformam declaração do IR em armadilha para internautas (Res. Notícias Fiscais)

Veículos - Na corrida para voltar ao azul, GM ataca as próprias marcas. Modelos são quase iguais, mas estratégia de marketing é cada vez mais diferente. (Valor)

SEGUROS.

Resseguros aguardam benefícios com disciplina. Exemplos de abertura por outros países aconselha prudência. (Gazeta)

Estratégia - Grupo quer a liderança em seguros e previdência. (Gazeta)

Um sonho concretizado. Depois da abertura do mercado de resseguro no Brasil, a J. Malucelli Re é a primeira ressegurandora a fazer o pedido de autorização de funcionamento junto à SUSEP. E melhor ainda, é uma empresa brasileira de capital nacional, que saiu na frente das resseguradoras estrangeiras. O sonho antigo do grupo agora está virando realidade. (Seguro Total 80 – Fev. 2008, p. 18)

Página 8 de 154

Page 9: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Saiba quando é o momento de transferir o comando de sua corretora. (Seguro Total 80 – Fev. 2008, p. 42)

Ano de lucratividade para o mercado de seguros. (Planeta Seguro)

ANS estabelece novo rol de procedimentos para os planos de saúde. Serão cerca de 200 novos procedimentos, entre novas tecnologias e prevenção da saúde. Empresas dizem que o equilíbrio econômico-financeiro ficará prejudicado. (Seguro Total 80 – Fev. 2008, p. 16)

Porto Seguro lança nova cobertura agrícola para frutas. ‘Porto Seguro Agrícola’ cobre danos causados por granizo às safras de frutas. (Seguro Total 80 – Fev. 2008, p. 10)

Volta IOF para Seguro de Vida - Em Decreto nº 6.339, de 03/01/2008, o governo anuncia o retorno do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para Seguros de Vida. O aumento da cobrança de 0,38% incidirá sobre todas as contribuições pagas para seguros de vida. A notícia é anunciada menos de um mês após o fim da CPMF, derrubada pelo Senado em meados de dezembro. Com a taxa de IOF, o Governo pretende recuperar R$ 10 bilhões dos R$ 40 bilhões previstos para esse ano com a arrecadação da CPMF.(Nota na íntegra - Planeta Seguro 80 – Mar./2008 p.13)http://www.planetaseguro.com.br/reveletronica/baixa_ed80.pdf

Liberty: quer ampliar atuação no Rio de Janeiro - Seguradora busca crescer no mercado de seguros de Vida, Patrimônio e Transporte de Carga no Estado Pensando na expansão dos negócios no Rio de Janeiro, a Liberty Seguros, que já conta com a instalação de 6 filiais para atender aos corretores e clientes da região, pretende expandir sua atuação em Seguros Patrimoniais, no segmento de Pessoas e no canal de vendas Affinity, oferecendo seguros para Auto, Residência e Vida. O Estado carioca é responsável por 6% das vendas da seguradora no País. (Nota na íntegra - Planeta Seguro 80 – Mar./2008 p.13)http://www.planetaseguro.com.br/reveletronica/baixa_ed80.pdf

Resseguro no BC - O Banco Central publicou ontem resoluções que definem as regras para as aplicações dos recursos garantidores das provisões técnicas das resseguradoras locais (aquelas que abrem empresa no país), além das aplicações das reservas das seguradoras de crédito à exportação e recursos exigidos no Brasil para as garantia do ressegurador admitido (que opera por meio de escritório de representação). O BC autoriza ainda as seguradoras e resseguradoras a realizarem operações com derivativos para se protegerem das variações cambiais. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 C-3 Finanças)

Proteção - Bradesco Seguros paga R$ 14 bilhões em sinistros. Só na área de saúde foram 41,2 milhões de ocorrências em 2007. (Valor)

SOCIETÁRIO.

Citi pode precisar de mais capital, diz fundo de Dubai. (A Tarde)

Banco Santos volta a julgamento. brasília - A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) renovará o julgamento do conflito de competência entre dois juízes envolvendo decisões sobre o destino dos bens seqüestrados da massa falida do Banco Santos. Preliminarmente, a Seção já reconheceu a existência do conflito envolvendo o Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e o Juízo Federal da 6ª Vara Criminal Especializada em Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e em Lavagem de Valores da Seção Judiciária do Estado de São Paulo.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Legislação)

Página 9 de 154

Page 10: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Gerdau e Metalúrgica Gerdau ofertarão ações. são paulo - Os Conselhos de Administração da Metalúrgica Gerdau e da Gerdau aprovaram a realização de duas ofertas públicas de ações que, somadas, podem chegar a R$ 4 bilhões. A distribuição primária de ações ordinárias e preferenciais de emissão da Metalúrgica será de até R$ 1,2 bilhão e oferta de ações ordinárias e preferenciais de emissão da Gerdau poderá alcançar R$ 2,8 bilhões. As operações ainda estão sujeitas a registros na Comissão de Valores Mobiliários.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Política Econômica)

A caminho da fusão com MAN e da liderança em caminhões. (JC)

Zinco - Oxiana paga por Zinifex US$ 5,8 bi, Aquisição criará 2ª maior produtora mundial, no momento em que matérias-primas sobem pelo 7º ano. (JC)

Nova lei desrespeita princípio contábil. (Notícias Fiscais)

STJ vai renovar julgamento de conflito de competência envolvendo o Banco Santos. (STJ)

Banco Santos - A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) renovará o julgamento do conflito de competência entre dois juízes envolvendo decisões sobre o destino dos bens seqüestrados da massa falida do Banco Santos. Preliminarmente, a seção já reconheceu a existência do conflito envolvendo o juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e o Juízo Federal da 6ª Vara Criminal Especializada em Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e em Lavagem de Valores da Seção Judiciária do Estado de São Paulo. Por maioria de votos, a seção decidiu pela renovação do julgamento devido à aposentadoria do antigo relator da matéria - ministro Castro Filho - e à mudança sofrida em sua composição, o que inviabilizou o quorum original do primeiro julgamento. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

Últimas Notícias - Empresas. Gerdau pretende obter até R$ 4 bi com ofertas de ações na Bovespa. (Valor)

Juiz notifica a Eletrobrás. (Valor)

Mercado de capitais - Mercado foi 'ineficiente' nas ofertas de 2007. Estudo de mestrado do Ibmec mostra que investidor pagou caro pelas ações de novatas. (Valor)

Educação - Setor de ensino já soma 9 aquisições. (Valor)

TECNOLOGIA.

Mensagem indesejada: Homem é condenado nos EUA por enviar spam. (ConJur)

Microsoft estuda alternativas à oferta para comprar Yahoo, afirma executivo. (DCI)

Fomento. O Ministério da Ciência e Tecnologia criou um a assessoria especial para a cooperação com países africanos, em especuial os de língua portuguesa, em matérias relacionadas a ciência, tecnologia e inovação.Nota na integra. (O Globo 04.03.2008 p. 2 Panorama Político)

Liderança - Microsoft ainda está de olho no Yahoo. Ballmer diz que valor pelo site oferecida faz sentindo. (JC)

Serviço online para todas as empresas. (JC)

Página 10 de 154

Page 11: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

DVD de alta definição - Dúvidas do consumidor. Saída do Toshiba do mercado de mídias em alta resolução oficializou o formato Blu-ray como padrão de imagens que substituirá os já conhecidos DVDs, Conheça alguns dos aparelhos disponíveis no Brasil. (JC)

Artigo - Service Desk e a continuidade do negócio. (JC)

Segurança. Uso de worms para roubo de dados cresce em 2008. (JC)

Mercado de tecnologia disputa bons profissionais. (Monitor)

UOL vai oferecer registro de nomes de domínios .com e .net. (Monitor)

CCJ analisa projetos que disciplinam o envio de mensagens comerciais pela Internet. (Senado)

TELECOMUNICAÇÃO.

Banda larga investe contra celulares. (DCI)

Previ deve ficar com 15% do capital de Oi e BrT. (DCI)

Cota de conteúdo nacional é atacada pela TV paga. Para programadores, assinatura ficará mais cara. (Folha)

Telefonia - Celular será foco da união Oi-Brasil Telecom. Negociações passam pela venda integral das ações do fundo de pensão no capital da Brasil Telecom; peso na nova tele será o mesmo que na Oi. (JC)

A Tricom, telefônica dominicana, pediu concordata nos EUA, depois de fechar um acordo com credores para trocar parte de sua dívida de US$ 360 milhões pelo controle acionário, segundo documentos do processo. Nota na integra. (Valor Econômico 04.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Jpurnal Americas)

Telefonia - Embratel adota 'tática de guerrilha'. Além de serviços de longa distância, proposta é levar telefones fixos aos clientes. (Valor)

TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO.

Proposta proíbe demissão sem justa causa durante férias. (Câmara)

Conflito resolvido: Cabe à Justiça Federal julgar fraude trabalhista. (ConJur)

Administração pública que contrata pela CLT equipara-se a empregador privado. (Correio Forense)

Metrô terá de pagar indenização por danos morais a operário acidentado. (Correio Forense)

Acidente de trabalho: motociclista receberá indenização por danos morais. (Correio Forense)

Justiça Federal deve julgar ação contra empregador que não assegura direitos trabalhistas. (Correio Forense)

Está na hora de "operar" a garganta. Hoje, pagamos duas vezes para ficar na fila. Uma para o INSS, outra para o plano de saúde. (Gazeta)

Página 11 de 154

Page 12: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Terceirização: Santa Catarina cria grupo de combate a fraudes nos trabalhos temporários. (MTE)

Se a CTPS sumiu, existe solução. (Notícias Fiscais)

Justiça Federal deve julgar ação contra empregador que não assegura direitos trabalhistas. (STJ)

Estatística não é prova de discriminação supostamente praticada por banco. (TRT/DF)

Empréstimo concedido a empregado não pode ser descontado do crédito deferido em ação trabalhista. (TRT/MG)

Administração pública que contrata pela CLT equipara-se a empregador privado. (TRT/MG)

TST suspende substituição de terceirizados na CEMIG. (TST)

Carteira de trabalho. (Valor)

TRIBUTÁRIO.

Simples Nacional poderá ter novas faixas de contribuição. (Câmara)

Comissão da PEC de CDs e DVDs define roteiro de trabalho. A Comissão Especial de Fonogramas e Videofonogramas Musicais se reúne amanhã às 14h30, no plenário 14, para definir o roteiro de trabalho. A comissão analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC) 98/07,que prevê isenção tributária na produção de CDs e DVDs. A intenção do autor da proposta, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), é reduzir os preços desses produtos, valorizar a cultura nacional e combater a pirataria.Nota na integra. (Câmara - 03.03.2008)http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117939

Reforma Tributária II: Um “sistema” incomparável, incompreensível e intolerável. (ConJur)

Princípio do destino: A imunidade da CSLL sobre as receitas de exportação. (ConJur)

Reforma antipirética. (DCI)

Reembolso de tributo a consumidores deve começar em um mês. (DCI)

Tributo recolhido por redes bancárias chega a R$ 694,3 bi. são paulo - O total recolhido pela rede bancária em tributos, contas de concessionárias de serviços (água, luz, gás e TV a cabo, entre outras), encargos (INSS e FGTS) e serviços de cobrança (mensalidades escolares, assinaturas de revistas e condomínios,) chegou a R$ 1,1 trilhão em 2007. Ao todo, esses serviços movimentaram 2,7 bilhões de documentos, dos quais 935 milhões nos guichês das agências, 422 milhões por débito automático e 1,4 bilhão em outros canais. Segundo nota da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), só os tributos (nas três esferas mais os Detrans) geraram R$ 694,3 bilhões.Nota na integra. (DCI 04.03.2008 Política Econômica)

Contas Publicas - Lula pede votação da reforma tributária ainda este ano. No rádio, presidente ressalta que governo compensará perda de Estados. (Estado)

Empresários pedem carga menor de impostos. (Estado)

IR: 1º dia de declaração é marcado por demora para baixar programa. Contribuintes esperaram mais de duas horas para fazer o download. (Globo)

Página 12 de 154

Page 13: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Imposto de Renda - Cerca de 90 mil declarações entregues no primeiro dia. O grande número de contribuintes tentando copiar o programa congestionaou a página da Receita Federal na Internet. Lentidão foi maior no período da manhã. (JC)

Brasil S/A - Em cima do muro. (JC)

Reforma tributária - Cada estado, uma reforma. Governadores comerçam a se articular para evitar perdas com as mudanças de impostos. A disputa entre as regiões promete ser acirrada no primeiro semestre. (JC)

Piratas transformam declaração do IR em armadilha para internautas (Res. Notícias Fiscais)

Governo poderá ter prazo menor para restituir IRPF. (Senado)

Arrecadação de ICMS - O Estado fecha o cerco. (Última Instancia)

Tributário - Receita altera IN do serviço hospitalar e autua clínicas. Parecer da PGFN diz que fiscalização não deve ser retroativa. (Valor)

Opinião Jurídica - Refis: exclusões e a dispensa de notificação. (Valor)

Computadores - Governo gaúcho cobra ICMS da Dell. (Valor)

Página 13 de 154

Page 14: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ÍNTEGRA DAS NOTÍCIAS

ADMINISTRATIVO

Consórcio deverá apresentar estudo sobre trem-bala até o final do ano(DCI 04.03.2008 Serviços)

Até o final do ano, o consórcio vencedor da concorrência internacional promovida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) deverá apresentar o estudo de viabilidade técnico-econômica para a construção do primeiro trem de alta velocidade (TAV) do País, informou ontem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O trem-bala, como é mais conhecido, ligará as capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O consórcio foi declarado ganhador da licitação em 30 de janeiro na sede do BID, em Washington, nos Estados Unidos, e participa hoje da primeira reunião com representantes do BNDES e do governo fluminense no Rio de Janeiro. O consórcio é liderado pela inglesa Halcrow Group e integrado pelas companhias brasileiras Balman Consultores Associados e Sinergia Estudos e Projetos. Durante o encontro, será detalhada a elaboração do estudo de viabilidade. O secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Júlio Lopes, mostrou-se otimista em relação ao TAV. Ele prevê que as audiências públicas poderão ocorrer em novembro, de modo que a licitação seja realizada no 1º semestre de 2009.

O projeto do trem-bala é coordenado pelo BNDES, que está investindo US$ 375 mil no estudo de viabilidade, dos quais US$ 75 mil em apoio material. Pelo BID, foram aplicados no projeto US$ 1,5 milhão - recursos não reembolsáveis, ou seja, que não serão pagos pela instituição internacional.

O estudo envolverá variáveis como quantidade de passageiros transportados, número de paradas, relevo, topografia. Segundo o BNDES, o levantamento técnico-econômico também abordará o preço mínimo e a sistemática da licitação para concessão, isto é, se o leilão ocorrerá por meio de envelope fechado ou aberto. O trem-bala ligará a Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, à Estação da Luz, na capital paulista, a 280 km/h.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Cessionários da União discutem aumentos (Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

Alessandro Cristo, de São Paulo

Os proprietários e ocupantes de imóveis em "terrenos de marinha" - áreas cedidas pela União na costa e às margens de rios e lagos - começam a contestar os aumentos efetuados pelo governo federal, no ano passado, em relação aos valores devidos pelo uso das terras. Em ações judiciais ou processos administrativos são questionados os aumentos que chegaram a quase 10.000%.

É o caso de um terreno em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, cedido pela União para "ocupação" - espécie de contrato de aluguel. O cessionário, que recolhia até 2006 uma taxa anual de ocupação de R$ 3,6 mil, foi surpreendido no ano passado com uma cobrança no total de R$ 345 mil, ou 9.583,33% maior. Para o advogado José Nicodemos Cavalcanti de Oliveira, do José Nicodemos & Advogados Associados, que contesta a cobrança administrativamente, o aumento fere a lei que regulamenta o processo

Página 14 de 154

Page 15: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

administrativo federal - a Lei nº 9.784, de 1999. Segundo ele, o ocupante não foi notificado do aumento antes de receber a cobrança.

A Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que arrecada os valores, afirma que os aumentos ocorreram por dois motivos. De acordo com a secretária de Patrimônio, Alexandra Reschke, a legislação que disciplina a cessão das terras prevê a atualização anual do valor das propriedades, que não era feita há pelo menos sete anos. "O valor das atualizações não realizadas foi cobrado em 2007", afirma. Para chegar aos novos valores, no entanto, a secretaria realizou um trabalho nacional de remapeamento das áreas, o que levou dois anos. Os primeiros resultados saíram no ano passado e também elevaram o valor das cobranças, devido às novas avaliações dos imóveis.

No entanto, para o advogado Leonardo Rzezinski, do escritório Rzezinski, Bichara, Balbino e Motta Advogados, os aumentos são ilegais por usarem o valor de mercado dos imóveis como base, incluindo benfeitorias. "A norma da SPU que permitiu os aumentos contraria a legislação sobre o assunto", afirma. De acordo com ele, o Decreto-Lei nº 3.438, de 1941, uma das normas que rege as cobranças, obriga a SPU a deduzir da base de cálculo o valor das benfeitorias nos imóveis, mas a Orientação Normativa nº 4, de 2003, foi editada pela secretaria permitindo a cobrança sobre os valores de mercado.

O advogado impetrou recursos administrativos em favor de uma incorporadora, contestando diferenças de mais de R$ 10 milhões em cobranças de "foro" - valor anual devido por proprietários de áreas úteis dentro de terrenos da União - e "laudêmio" - comissão devida ao governo federal a cada transferência dos imóveis.

Em janeiro, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região concedeu uma liminar em favor de um ocupante que recebeu a taxa de 2007 majorada em 1.182,74% em relação ao ano anterior. Segundo o advogado que defende o ocupante, Fábio Guero, do Guero e Coelho Advogados, o valor cobrado até 2006 pelo imóvel no município de Penha, em Santa Catarina, era de R$ 598,27. Em 2007, a cobrança foi para R$ 7.075,98. A liminar do TRF, contudo, limitou a cobrança aos valores de 2006. "O entendimento da Justiça foi de que a União estaria tendo um enriquecimento indevido com a incidência sobre o valor de mercado", afirma o advogado.

A Advocacia Geral da União (AGU), porém, considera os aumentos feitos pela SPU dentro da legalidade. Segundo a advogada da União, Tânia Vaz, os Decretos-Lei nº 2.398, de 1987 e nº 9.760, de 1946, permitem ao governo a cobrança do "foro" e da taxa de ocupação utilizando o domínio pleno dos terrenos como base de cálculo, o que, segundo ela, corresponderia ao valor de mercado. "O terreno é da União e a necessidade do Estado se impõe sobre a do particular", afirma o advogado.

Apesar dos questionamentos, a Secretaria de Patrimônio comemora o ano de 2007 como um dos exercícios com menor índice de inadimplência. Segundo a secretária Alexandra Reschke, novos reajustes devem ocorrer. Ainda em 2008 serão reavaliados mais de 32 mil imóveis nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. De acordo com a secretaria, há 1,45 milhão de imóveis em terrenos da União, dos quais apenas 550 mil estão cadastrados.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 15 de 154

Page 16: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ADVOGADOS

Bloqueios - OAB-SP teme utilização abusiva do Bacen Jud(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-7 Direito & Justiça)

da redação

Em decorrência do número cada vez maior de magistrados utilizando o Bacen Jud, sistema de penhora on-line que permite aos juízes o acesso direto e irrestrito às movimentações bancárias de empresas e pessoas físicas, incluindo consultas em tempo real às últimas movimentações de contas e de transferência eletrônica de valores bloqueados judicialmente, o presidente da OAB-SP, Flávio D"Urso, editou a Portaria 118/2008, criando a Comissão de Estados do Sistema Bacen Jud. Durante este ano, a comissão será presidida pelo advogado Norberto Bezerra Maranhão Ribeiro Bonavita.

A OAB-SP oficiou ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, externando preocupação quanto ao uso das novas tecnologias da informação, que não devem desconsiderar a necessidade de segurança jurídica das pessoas e empresas, especialmente quanto ao fato de não sofrerem gravames maiores do que são obrigadas por lei, contrato ou decisão judicial. D"Urso solicitou ao presidente do BC colaboração para apuração de problemas que os advogados vêm enfrentando, assim como medidas corretivas para aprimorar o sistema Bacen Jud. Para a OAB-SP, a consulta de saldos e extratos dos cidadãos e empresas não pode configurar quebra de sigilo bancário.

Denúncias.Segundo D"Urso são constantes as denúncias que a Seccional Paulista da OAB vem recebendo de problemas causados pelo uso do sistema Bacen Jud, como a duplicidade de bloqueios judiciais de contas e aplicações financeiras de uma mesma pessoa, para fazer frente a determinada obrigação; bloqueios simultâneos relacionados a uma mesma dívida sobre contas e aplicações financeiras da pessoa jurídica e das pessoas físicas de seus dirigentes. "Além disso, existe a perda de remuneração das aplicações financeiras bloqueadas em excesso; ou a falta de igual rapidez praticada no bloqueio, quando se trata de desbloqueios dessas mesmas contas", avalia D"Urso.

O sistema Bacen Jud 2.0, que entraria na fase II, a partir de29 de fevereiro, mas só começará a operar em março, tornou-se motivo de preocupação entre os advogados, porque seus usuários, os magistrados, passam a ter livre trânsito pelas contas bancárias de todos os brasileiros. Ainda não existem esclarecimentos aprofundados sobre o uso e o funcionamentos dessa nova ferramenta de informática jurídica.

Para D"Urso, a falta de clareza das regras no uso do sistema transformou-se no escopo da nova Comissão que fará estudos detalhados do Bacen Jud e dará contribuições ao aprimoramento do sistema.

"Defendemos a informatização processual, o uso de ferramentas que agilizem o trâmite de ações, mas não pode haver atropelos aos direitos basilares do cidadão", avalia D"Urso. A preocupação do presidente da OAB SP encontra respaldo, inclusiveno adiamento do início da fase II do sistema Bacen Jud 2.0 por mais duas semanas, período em que o Banco Central fará testes para localizar possíveis falhas, permitindo o acesso de apenas 20 magistrados nesse período.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Férias da advocacia: Senador propõe suspensão de prazo processual em janeiro(ConJur – 04.03.2008)

Página 16 de 154

Page 17: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) informou, nesta segunda-feira (3/3), à secretária-geral do Conselho Federal da OAB, Cléa Carpi da Rocha, que já incluiu em seu substitutivo ao Projeto de Lei 6/07 da Câmara, a proposta da entidade de suspensão dos prazos processuais no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro. O período faz parte das chamadas férias forense ou férias dos advogados.

Na audiência, Cléa Carpi estava acompanhada do presidente da seccional gaúcha da OAB, Claudio Lamachia; do diretor tesoureiro da entidade, Luiz Henrique Cabanellos Schuh; e do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da OAB-RS, Arnaldo Guimarães.

A secretária-geral do Conselho Federal da OAB solicitou ao senador que busque todos os meios necessários para agilizar ao máximo a tramitação da emenda ao substitutivo apresentado por ele ao projeto de lei. De acordo com a OAB, Simon informou que está trabalhando nesse sentido.

Cléa Carpi da Rocha lembrou que a suspensão dos prazos processuais por 30 dias, no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro — sem prejuízo do funcionamento regular do Poder Judiciário, notadamente na apreciação dos casos urgentes —, é antiga reivindicação da advocacia nacional e foi aprovada pelo Conselho Federal da OAB em setembro do ano passado.

A proposta foi apresentada pelo conselheiro federal da OAB por Minas Gerais, João Henrique Café de Souza Novais, e teve como relator o conselheiro federal por Pernambuco, Ricardo do Nascimento Correia de Carvalho.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64342,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

AGRONEGÓCIOS

Cenários - Safra 2008/09 terá custo mais elevado. Dados coletados pela Conab apontam altas generalizadas em sementes, fertilizantes e defensivos.

(Valor Econômico 04.03.2008 B-14 Agronegócios)

Mauro Zanatta

A elevação nos preços internacionais dos insumos, somada à volta dos investimentos no campo e à adoção de um pacote tecnológico mais sofisticado, deve provocar um novo aumento nos custos de produção para a próxima safra de verão (2008/09) no Brasil.

Os dados recém-coletados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam elevação generalizada nas despesas com sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas na temporada, que começa em julho. Em uma amostragem das seis principais culturas em 13 das maiores regiões produtoras do país feita para o Valor, a Conab estima uma alta de 16,2% nos custos de produção por hectare plantado ou de 12,3% por saca colhida na comparação com a safra 2007/08, que termina em junho próximo.

A diferença é explicada pela elevação da produtividade, que aumenta a receita e tende a diluir o peso dos acréscimos das despesas a médio prazo, mas que impacta os resultados no curto prazo. "Esse aumento nos custos de produção também se deve à mudança na metodologia de cálculo. Atualizamos o

Página 17 de 154

Page 18: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

pacote tecnológico usado pelos produtores e incluímos despesas antes não contabilizadas", diz Asdrúbal Jacobina, gerente de Custos da Conab. Segundo ele, foram incluídas, por exemplo, mão-de-obra fixa nas fazendas e taxa de administração em financiamento de custeio.

Responsável pela estratégia do governo para enfrentar a alta nos custos de produção, o secretário de Politica Agrícola do Ministério da Agricultura, Edílson Guimarães, afirma que a tendência se repete em todos os principais produtores do mundo devido à forte valorização das commodities. "Os insumos estão subindo por causa da forte demanda internacional por esses produtos. Isso está ocorrendo no mundo todo", avalia.

Guimarães faz, porém, uma ressalva no caso brasileiro: "Mas aqui ainda tem a ação dos monopólios, o que potencializa esses aumentos". Para ele, o câmbio favorável para a importação de insumos, cotados em sua maioria na moeda americana, tem atrapalhado na comercialização da produção. Neste ano, por exemplo, os produtores de soja fecharam negócios a preços muito mais baixos no início do plantio da safra e agora tentam formas para amenizar essa diferença de receita.

O aumento nos custos de produção para a próxima safra deve influenciar a formulação do Plano de Safra 2008/09. O governo federal começa a estudar algumas medidas para baratear os empréstimos ao setor. "Uma solução tradicional é aumentar o volume de recursos a taxas de juros mais baratas", receita o secretário de Política Agrícola. A renegociação das dívidas, cujas discussões se arrastam desde meados de 2007, também poderia dar "uma folga" de caixa aos produtores.

O presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, afirma que algumas regiões já tiveram, em 2007, um forte aumento nos custos de produção. E reivindica uma ação profilática do governo antes de uma eventual nova crise de renda no campo, como ocorrido em 2004 e 2005. "Queremos buscar uma saída para Mato Grosso. Por mais que a produção em si aumente, o nível de renda do produtor está deficitário, podendo prejudicar o próximo ciclo", diz. Segundo ele, os produtores do Estado acumulam prejuízo de R$ 2,6 bilhões desde 2004.

O estudo da Conab mostra que os custos de produção da soja, por exemplo, devem crescer 2,6% por hectare em Sorriso, no médio norte de Mato Grosso. Município com a maior área dedicada à soja, Sorriso deve registrar uma elevação de 2,7% por saca do grão na próxima safra. "No Paraná, o custo com fertilizantes passou de R$ 136 para R$ 267 por hectare", exemplifica Stelito dos Reis Neto, da Conab.

Há outros exemplos de forte elevação dos custos. O algodão de Rondonópolis também sofrerá com a alta nos preços dos insumos. Segundo a Conab, as despesas devem crescer 19,1%. No arroz de sequeiro, cultivado em Sorriso, o aumento será de 6,5%. No feijão, o custo das sementes saltou 50% de uma safra para outra em Campo Mourão (PR). Com adubo, os produtores devem desembolsar 66% a mais. No milho, os paranaenses gastarão 12% a mais com sementes e 48% com fertilizantes, além de usar 40% mais defensivos na mesma área plantada na safra 2007/08.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Restrições da Europa impactam exportações(DCI 04.03.2008 Agronegócio)

O embargo da União Européia (UE) à carne bovina brasileira deverá frustrar o crescimento de 15% nas exportações que era esperado para este ano. Devido às restrições, a expectativa é de repetição dos resultados obtidos em 2007, segundo o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No ano passado, as vendas totais de carne bovina somaram 2,318 milhões de toneladas e renderam US$ 4,424 bilhões.

Página 18 de 154

Page 19: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Nogueira explicou que as exportações não chegarão a cair porque outros mercados poderão absorver o volume de carne que deixará de ser exportado à UE. "Exportamos para os países europeus 35 quilos de carne por boi. São cortes nobres e não teremos dificuldades em vendê-los para outros mercados", garantiu.

Além disso, os preços da carne no mercado internacional estão em alta, o que vai compensar o veto imposto pelos europeus ao produto brasileiro desde o dia 1º de fevereiro.

De acordo com dados da CNA, os preços médios da carne bovina in natura subiram 65,43%, para US$ 3.971 por tonelada, em janeiro deste ano na comparação com igual período de 2007. "Quem vai ganhar com o embargo é o Brasil, pois não há excedentes de carne no mercado internacional. Se os europeus buscarem carne na Argentina, nós iremos abastecer os mercados que antes recebiam carne argentina", argumentou.

Ontem, os europeus inspecionaram fazendas de Minas Gerais e do Espírito Santo. As primeiras auditorias feitas em Goiás mostraram falhas no registro de movimentação dos animais, ou seja, os números nas fazendas não batiam com os dos órgãos estaduais e do Ministério da Agricultura.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

AMBIENTAL

Estados - Desmatamento ameaça planos de Maggi para 2010. Ambientalistas dizem que tendência mostrada pelo Inpe deve ser confirmada em novo levantamento.

(Valor Econômico 04.03.2008 A-24 Especial)

César FelícioRuy Baron/Valor Maggi: governador comprometeu-se com a moratória da soja, mas se diz sem condições de vigiar pecuaristas Os indícios de que o desmatamento na Amazônia teria voltado a crescer, sobretudo no Mato Grosso, ameaçam abortar a decolagem do governador Blairo Maggi (PR) para um papel ativo na sucessão presidencial de 2010. O sonho de seus aliados de vê-lo como candidato a vice ou mesmo à Presidência está na gaveta desde a publicação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sugerindo um crescimento de até 50% no desmatamento estadual.

Nos próximos meses os dados do Inpe - considerado um sistema impróprio para se medir desmatamento, mesmo por ambientalistas- devem ser revisados por levantamentos mais precisos, como o sistema Prodes, do ministério do Meio Ambiente. Desde fevereiro, os proprietários de um arco de 18 milhões de hectares espalhados em 19 municípios do Norte do Estado, apontados como campeões do desmatamento, estão obrigados a se recadastrar, sob pena de perderem linhas de crédito.

Página 19 de 154

Page 20: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Pressionado pelo mercado internacional de soja e de olho em sua imagem, Maggi havia investido os últimos dois anos na adoção de um discurso preservacionista e na aproximação com as ONGs que se dedicam ao Meio Ambiente. A aposta do governo é que a tendência de alta será desmentida, mas Maggi parece se preparar para um resultado adverso. "Sou governador de um Estado com problemas ambientais e há a tendência de me colocarem como vilão. Só que o Estado não tem condições de fazer cumprir a lei sozinho. Ninguém me ajuda. Precisava da presença do Exército em municípios distantes", queixa-se Maggi, distribuindo responsabilidades. "Há um limite, físico, de até onde a agricultura pode ir. No caso da pecuária, não há . Os frigoríficos não deveriam comprar carne sem exigências ambientais, mas a pecuária é , heterogênea, dispersa. A madeira ilegal e o desmatamento clandestino são elos de uma corrente", afirma.

Maggi ganhou as eleições de 2002 prometendo desenvolvimento a qualquer preço . Nos dois primeiros anos de seu governo desmatou-se cerca de 22 mil quilômetros quadrados de floresta, área maior que o Sergipe. Em entrevista ao "New York Times", Maggi disse em 2003 que "não sentia a mínima culpa pelo que estava se fazendo no Estado". O desmatamento seguiu firme até a Polícia Federal prender o secretário de Meio Ambiente , Moacir Pires, um dos 130 presos pela "Operação Curupira", de combate ao desmatamento. O preço pago por Maggi foi alto.

A ONG Greenpeace, acompanhada dos humoristas do programa de TV "Pânico", constrangeu Maggi em 2005 ao tentar entregar-lhe o prêmio "motosserra de ouro". O jornal britânico 'The Independent" escreveu um perfil sob o título "O estupro da floresta e o homem por trás disso". A publicação "Virginia Quarterly Review", dos Estados Unidos, afirmou que Maggi, "homem com aspecto suíno", era a "personificação da depravação ecológica".

Pressionadas pela União Européia, um dos principais consumidores, as cinco maiores tradings de soja do Brasil - o Grupo André Maggi, da família do governador, é uma delas - assinaram em julho de 2006 a "moratória da soja", comprometendo-se a não comprar o produto de áreas novas do plantio. O primeiro balanço do pacto sairá na próxima semana. Começava a conversão do governador, com o risco da agricultura nacional perder crédito e mercados preferenciais e de sua carreira política ficar confinada ao Estado.

O governador ligou para os ativistas do Greenpeace, pouco mais de um ano depois do constrangimento público. Aderiu a uma proposta ambientalista, a de lutar pela remuneração dos produtores para manter a floresta em pé. Assinou acordos setoriais, sem força legal, para que entidades patronais da soja, cana e carne pressionem seus membros a cumprirem a lei. "Senti uma enorme mudança nele. Blairo começou a ser visto como um 'verdinho', não confiável, pelos seus colegas de agronegócio", disse um dos coordenadores do Greenpeace, Paulo Adário.

Nos anos de 2005, 2006 e começo de 2007, o desmatamento no Mato Grosso caiu para 14 mil quilômetros quadrados. Mas nem o governo mato-grossense procurou capitalizar o resultado, em uma conjuntura onde o preço da soja e da carne entraram em uma fase de baixa. "Além disso, o estoque de terras desmatadas formado entre 2003 e 2004 tornava novos desmates anti-econômicos. O crescimento já esgotou estes estoques", diz o coordenador da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi.

A economia do Estado cresceu 10% no ano passado, segundo avaliação da Federação das Indústrias do Mato Grosso (Fiemt). Em Cuiabá, não se vê guardadores de carro ou pedintes nas ruas centrais e canteiros de construção civil se multiplicam. Mesmo com a recuperação da saca de soja em 72% em doze meses, é a alta no preço da carne, onde a arroba do boi gordo subiu 40% ao longo de 2007, que alimenta o receio de aumento do desmatamento este ano. "Não se vê o dedo da soja no desmate", diz Adário. Estado com o maior rebanho bovino do Brasil, o Mato Grosso assiste a um grande aumento da sua capacidade instalada de abate nos últimos anos. O primeiro frigorífico moderno é de 1976. Em 1991, havia 14 no Estado. Agora são 33. "Uma só planta de 1,5 mil cabeças abatidas por dia envolve área de pastagem de 500 mil hectares", diz Smeraldi.

Página 20 de 154

Page 21: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Políticas - Santa Catarina estuda adotar regras mais flexíveis para o meio ambiente. (Valor Econômico 04.03.2008 B-13 Agronegócios)

Vanessa JurgenfeldFelipe Christ/Fotonotícias Neivor Canton, da Ocesc: "Não se pode aplicar a mesma lei ao MT e a SC" Organizações do setor produtivo de Santa Catarina, sobretudo do agronegócio, decidiram elaborar com o governo do Estado um código ambiental, de forma a organizar o conjunto de leis existentes e flexibilizar algumas das exigências em vigor. O projeto, entregue ontem à Assembléia Legislativa, traz entre as mudanças mais significativas a proposta para diminuir o tamanho das áreas de preservação permanente (APP) na proximidade de rios ou cursos d'água.

A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), datada de 2002, estabelece mínimo de 30 metros de mata ciliar para cursos d'água com menos de 10 metros de largura. Já o código estadual propõe redução para até 10 metros de mata para rios com largura inferior ou igual a 10 metros.

"Hoje, está sendo aplicada a mesma legislação a todos, independentemente do tamanho das propriedades. Não se pode comparar e aplicar as mesmas regras para propriedades do Mato Grosso do Sul (de grande porte) e de Santa Catarina", diz Neivor Canton, presidente da organização das cooperativas de Santa Catarina (Ocesc).

Ele afirma que o código é mais compatível com a realidade catarinense porque Estado abriga predominantemente pequenas propriedades rurais, que precisam de regras diferenciadas até para serem viáveis economicamente. Em alguns casos, quando aplicada a regra federal, de acordo com ele, sobraria apenas uma parcela mínima para a produção, ficando metade da propriedade como área de preservação permanente.

Segundo a Ocesc, 85% dos estabelecimentos rurais de Santa Catarina possuem até 50 hectares, sendo a média de 25. As principais produções que se vêem prejudicadas pela regra federal são suínos, aves, pecuária de leite e arroz, cujos representantes, através de sindicatos empresariais, ajudaram na elaboração do projeto estadual.

A proposta do setor produtivo leva em consideração o histórico do estabelecimento dessas propriedades. "Essas produções foram implementadas há décadas, quando os órgãos ambientais eram menos ativos. Alguns problemas ambientais existiram por absoluto desconhecimento por parte do produtor, e hoje se exige adaptações por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), que em alguns casos se tornam verdadeiras armadilhas para o produtor porque lhe custam abandonar a propriedade onde hoje produz para construir tudo de novo em outra, aí então adequada", explica.

Para o setor leiteiro, o código é visto como de suma importância. Hoje, segundo o Sindileite-SC, 50% dos atuais produtores (cerca de 50 mil famílias) não estão em conformidade com a legislação federal e teriam dificuldades em se adaptar.

Mas apesar da iniciativa de proposição de um código ambiental estadual, produtores e governo reconhecem a dificuldade de aplicação dessas regras, que em muitos casos continuarão sofrendo sobreposição da legislação federal. Já se entende que o código poderá atuar mais em questões que não estariam detalhadas na legislação federal do que em sua totalidade.

Página 21 de 154

Page 22: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Embora o setor produtivo evite dizer que o código irá se contrapor à legislação federal, Onofre Agostinho, secretário de desenvolvimento sustentável de SC, afirma que "o código iria afrontar o Conama". "Não podemos ser regidos por lei federal porque somos um Estado com características específicas".

O código, quando aprovado, substituirá uma coletânea de leis, que o setor produtivo chama de colcha de retalhos. Também está sendo articulado junto aos deputados federais catarinenses que estes trabalhem em busca de autonomia do Estado para legislar nas questões ambientais para que o código estadual tenha valor.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Desmatamento - 50 milhões de hectares afetados. Área alterada na Amazônia é igual à total de cultivo de grãos o País, segundo Embrapa, que quer orientar ocupação agrícola da floresta

afetada.(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-12 País)

Gustavo PortoDa agência estado

As áreas alteradas em relação às originais no bioma Amazônia variam de 50 milhões a 60 milhões de hectares, o correspondente ao total cultivado com grãos no País. Os dados, apurados pelo sistema de monitoramento por satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foram relatados ontem pelo presidente da entidade, Silvio Crestana. "Mais importante do que o passado é remetermos para o presente e o futuro. A ocupação da Amazônia será vista por um outro cenário do que ocorreu com a Mata Atlântica, por exemplo, que foi ocupada de forma descontrolada", disse Crestana, que apresentou ontem a nova sede da Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas (SP).

Para o presidente da Embrapa, a função da empresa ligada ao Ministério da Agricultura é avaliar quais as propostas de gestão pública para orientar a ocupação agrícola de parte da Amazônia já alterada, como por exemplo, a agropecuária intensiva. "Independente de outros biomas, há uma maneira de desenvolvimento e conhecimento sustentável", disse Crestana.

No caso do bioma Amazônia, e também do Cerrado, Crestana citou o aumento da produtividade pecuária como forma de minimizar o impacto da ocupação nas áreas alteradas. "Em algumas áreas de pastagem dessas regiões, como as do Sul do Pará, é possível ampliar a ocupação de bovinos de uma unidade por hectare, como atualmente, para três unidades", afirmou o presidente da Embrapa.

Políticas. A empresa pública vai municiar, por meio dos cenários obtidos, as decisões políticas tomadas pelos Ministérios da Agricultura, Casa Civil ou mesmo Gabinete da Presidência da República. "Aí, os blefes no plano internacional diminuirão com os dados objetivos apresentados pelo Brasil", concluiu Crestana, numa referência às rotineiras críticas internacionais sobre o avanço da agropecuária sobre áreas de floresta e a competição entre agricultura energética e alimentar no País.

A nova sede da Embrapa Monitoramento por Satélite será oficialmente inaugurada hoje, com 6 mil metros quadrados e 48 funcionários. Foram necessários investimentos de R$ 12 milhões. A unidade era a única da Embrapa que ainda alugava as instalações. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes participarão da inauguração.

Em Campinas, o presidente irá inaugurar ainda o Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes, que irá funcionar dentro do Laboratório Nacional de Luz Sícrotron (LNLS), considerado o mais sofisticado

Página 22 de 154

Page 23: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

do Brasil para a microscopia eletrônica de alta resolução. Lula deve encerrar a visita à cidade paulista governada pelo aliado Hélio de Oliveira Santos (PDT), com uma visita de vistoria a obras.

Crédito rural terá comitê de técnicos

Isabel SobralDa agência estado

O secretário adjunto de Política Econômica, Gilson Bittencourt, do Ministério da Fazenda informou ontem que será criado um comitê formado por técnicos dos Ministérios da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente para acompanhar mensalmente a implementação das exigências para concessão de crédito rural no bioma Amazônia. As medidas foram aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira passada e publicadas ontem no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário, o monitoramento começará a ser feito no início de maio, quando as medidas começarão a funcionar facultativamente. Em 1º de julho, as exigências começarão a vigorar obrigatoriamente e valerão para a concessão de crédito rural por todos os bancos públicos e privados. Com o acompanhamento do comitê, Bittencourt disse que também será possível avaliar se as medidas criarão dificuldades para os produtores que estão dentro da lei. "Em caso de dificuldades que estejam travando o crédito para quem está dentro da lei, o comitê poderá propor ajustes e alterações ao Conselho Monetário Nacional porque nossa idéia não é criar problemas para quem segue corretamente a lei", afirmou.

As exigências valerão para os novos contratos de crédito a serem assinados com a intenção, segundo Bittencourt, de colaborar para a redução do desmatamento na região da Floresta Amazônica. "É uma medida econômica adicional à fiscalização", comentou o secretário. O CMN determinou que o produtor que solicitar o financiamento terá de apresentar número do cadastro do imóvel no Incra, documento que comprove a regularidade ambiental (por exemplo, certidão emitida pela secretaria de Meio Ambiente ou protocolo de entrega de documentação para regularização ambiental), e ainda assinar um documento que ateste não haver embargo ambiental sobre a área.

Os bancos poderão checar no site do Ibama e dos órgãos estaduais de fiscalização ambiental a existência do número de inscrição no Incra e verificar se a licença ambiental está correta ou se o protocolo de entrega do pedido de regularização de fato existe.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Meio Ambiente - Energia eólica pode ameaçar aves. Ambientalistas buscam conciliar uso dos ventos com segunrança para espécies ameaçadas.

(Jornal do Brasil 04.03.2008 A-24 Vida)

O uso do vento como fonte de energia eólica é uma das soluções mais limpas do planeta e vem sendo defendida por praticamente todas as instituições ligadas à proteção ambiental. Mesmo assim, as cada vez mais potentes hélices dos cataventos instalados em algumas fazendas nos Estados Unidos já começam a causar problemas ambientais.

O perigo diz respeito às aves, mais particularmente ao grou americano (whooping crane, em inglês), pássaro muito conhecido e admirado nos EUA por sua beleza e seus berros que acordam quase uma floresta inteira. O problema é que uma das regiões mais propícias à instalação de fazendas produtoras de energia eólica, devido à força dos ventos locais, fica justamente no corredor migratório dessas aves, entre a costa do Texas e o Nordeste do Canadá.

Página 23 de 154

Page 24: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Ambientalistas favoráveis-ao uso da energia eólica temem que o pássaro, que já esteve próximo à extinção há cerca de 60 anos, possa novamente ser ameaçado. Por isso, pedem que seja feito um estudo de impacto ambiental antes da instalação dos cataventos.

- Existem áreas já conhecidas por servirem como rota e ponto de parada dos grous durante a época de migração. Gostaríamos que as companhias evitassem essas regiões e considerassem uma boa margem de segurança - apela Tom Stehn, especialista em grou americano e coordenador do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, na véspera de uma conferência nacional sobre energias renováveis, que começa hoje em Washington.

Extinção

Em 1941, apenas 15 exemplares de grou americano estavam em liberdade nas florestas dos EUA. Um programa ambiental conseguiu aumentar este número para 360 aves em liberdade e 150 em cativeiro.

Na semana passada, o uso da energia eólica ganhou força nos EUA depois que a Câmara dos Deputados votou a favor da concessão de incentivos fiscais aos usuários de fontes de energia renováveis.

Uma organização ambiental sem fins lucrativos, a Audubon, especializada em pássaros, se diz totalmente favorável ao uso da energia eólica, mas ressalta que é preciso ter atenção com os as aves.

"O desafio é conseguirmos sentar juto aos designers responsáveis pelos cataventos e criarmos uma forma de evitar que haja colisões dos pássaros com as hélices das turbinas eólicas", disse a Audubon, em um comunicado. Os ambientalistas dizem já estar em contato com fabricantes de turbinas eólicas para tentar encontrar a melhor solução.

No ano passado, turbinas eólicas forneceram energia elétrica para cerca de 1% das casas nos EUA. A previsão é que haja cerca de 25% de crescimento por ano deste mercado, de acordo com a Associação Americana de Energia Eólica (Awea, sigla em inglês).

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Após 20 anos, Ibama autoriza CBA a construir usina em SP . Projeto é condicionado à solução de problemas de inundação das grutas

(O Estado de São Paulo 04.03.2008 B-3 Economia)

José Maria Tomazela

Depois de 20 anos de tentativas, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, conseguiu um parecer favorável do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto, no Rio Ribeira de Iguape, na divisa de São Paulo com o Paraná.

O parecer, assinado por oito analistas ambientais, considera que os impactos positivos do empreendimento tendem a superar os negativos. Foi levada em conta a expectativa dos prefeitos de desenvolvimento da região, a mais carente dos dois Estados.

O Ibama esclareceu ontem que a conclusão pela viabilidade ambiental do projeto foi condicionada à resolução de duas ressalvas. Uma delas, o problema da inundação de duas grutas, terá de ser analisada

Página 24 de 154

Page 25: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

pelo Instituto Chico Mendes - órgão formado a partir da divisão do Ibama. A outra trata da outorga para uso do recurso hídrico do Ribeira a ser dada pela Agência Nacional de Águas (ANA).

A ANA entende que a outorga dada no início do processo precisa ser revalidada, pois o projeto foi alterado. De qualquer forma, o Ibama deixou claro que não se oporá à concessão da licença prévia, primeiro passo para as obras da usina.

Entidades ambientalistas, como o Instituto Socioambiental (ISA) podem provocar o Ministério Público Federal (MPF) contra a concessão, pois o impacto sobre a pesca no Baixo Ribeira, que deságua no litoral sul de São Paulo, não teria sido objeto de estudo. A usina foi planejada para fornecer energia à fábrica da CBA em Alumínio, na região de Sorocaba.

A concessão para a exploração do potencial hidrelétrico do Rio Ribeira foi dada em 1988. Desde então o Grupo Votorantim luta para aprovar o projeto, que sofreu várias alterações. A empresa investiu na desapropriação das terras a serem alagadas e na compra dos equipamentos, incluindo as turbinas para produção de energia.

Em julho de 2007, foram realizadas audiências públicas nos municípios do entorno da usina. Para formar o lago da hidrelétrica, serão inundados cerca de 5 mil hectares dos municípios de Adrianópolis, Dr. Ulysses e Cerro Azul, no Paraná, e Itapirapuã Paulista e Ribeira, em São Paulo. O Ribeira de Iguape é um dos poucos grandes rios do Estado que ainda não têm barragens.

Ambientalistas consideram que o precedente pode levar à autorização de outras obras em trechos onde o rio corta áreas de Mata Atlântica, concentração de cavernas e territórios quilombolas. Projetos para outras barragens, no entanto, já foram descartados.

A CBA preparou um programa de compensação para cerca de 500 famílias que serão reassentadas. A empresa informou que foram encontradas apenas duas cavidades naturais na área a ser alagada. Uma delas, a Gruta da Mina, foi comprometida pela exploração de minérios. A outra, a Gruta do Rocha, não tem formações como estalactites e estalagmites.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

CMA examina proposta de retribuição a esforços em favor da conservação dos recursos hídricos(Senado - 03.03.2008)

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) examina, em reunião nesta terça-feira (4), projeto do senador Renato Casagrande (PSB-ES) que estabelece retribuição por serviços ambientais decorrentes de boas práticas rurais que resultem na maior disponibilidade de água em quantidade e qualidade nas bacias hidrográficas do país.

Pelo projeto (PLS 142/07), o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos deverá estabelecer que os esforços dos proprietários rurais no sentido de conservar recursos hídricos devem ser levados em consideração na determinação do valor a ser cobrado pelo uso da água.

Em parecer favorável, o relator do projeto, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), argumenta que o conceito de desenvolvimento sustentável, proposto pela Organização as Nações Unidas (ONU), representa uma premissa indispensável nas discussões sobre o desenvolvimento dos municípios. Segundo ele, é boa a proposta de premiar técnicas de conservação de solo e água, que são utilizados por proprietários rurais, com abatimento na cobrança pelos recursos hídricos ou apoio a práticas conservacionistas.

Página 25 de 154

Page 26: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ControleA CMA, ainda, examinará requerimento de autoria também de Renato Casagrande para realização de ciclo de debates voltados para a atual realidade do controle de gastos públicos, visando aperfeiçoar o modelo vigente. Para essa discussão, foi proposta a presença de integrantes dos Poderes Legislativo e Executivo, dos Tribunais de Contas, do Ministério Público, bem como de estudiosos da área.

Na justificação de seu requerimento, Casagrande lembra caber ao Poder Legislativo o papel de controle externo dos gastos públicos, auxiliado pelos Tribunais de Contas. Segundo ele, as diversas operações desencadeadas pelas polícias estaduais e pela Polícia Federal demonstram que os sistemas de controle interno e externo necessitam de urgente análise e discussão, com o objetivo de aperfeiçoá-los.

A pauta de votações inclui, ainda, projetos de lei que instituem dispositivos para resguardar melhor os interesses dos consumidores. Entre eles está o projeto de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) que estabelece a necessidade de os rótulos de alimentos serem claros e simples, com informações de fácil compreensão.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72209&codAplicativo=2

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Sibá quer tornar obrigatória a divulgação da quantidade de poluentes emitidos por carros(Senado - 03.03.2008)

Tramita na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), projeto de lei do senador Sibá Machado (PT-AC) que torna obrigatória a divulgação, ao consumidor, da composição e da quantidade de poluentes emitidos pelos veículos comercializados no país (PLS 15/08). Sibá acredita que, com essas informações, o consumidor poderá escolher de forma consciente o veículo mais eficiente e de menor potencial poluidor.

A matéria, relatada pelo senador Gilberto Goellner (DEM-MT), altera a Lei 8.723, de 1993, que dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos automotores. Essa lei impõe aos fabricantes de veículos a obrigação de divulgar aos concessionários e distribuidores as especificações e informações técnicas necessárias ao diagnóstico e regulagem do motor, seus componentes principais e sistemas de controle de emissão de poluentes. Estabelece também que os fabricantes de veículos automotores são obrigados a divulgar aos consumidores as especificações de uso, segurança e manutenção dos veículos em circulação.

O projeto acrescenta a essas obrigações a de divulgar aos consumidores as informações relativas à composição qualitativa e quantitativa das emissões veiculares. E acrescenta dispositivo para explicitar que as concessionárias devem manter disponível ficha técnica, para consulta pelos consumidores, com as informações sobre a composição e a quantidade dos poluentes emitidos pelos veículos comercializados.

O projeto receberá decisão terminativa na CMA.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72212&codAplicativo=2

Página 26 de 154

Page 27: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Bancos começam a testar resolução do CMN em maio(MMA - 03.03.2008)

Gisele Teixeira Bancos públicos e privados poderão testar de forma facultativa, a partir de 1º de maio de 2008, a implementação da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que determina a inclusão de critérios ambientais para contratação de crédito da safra 2008/2009 no bioma Amazônia. O objetivo é iniciar as operações em parceria com os órgãos estaduais de meio ambiente com tempo para fazer eventuais ajustes na operacionalização até o início da liberação dos financiamentos da próxima safra, que inicia em julho. E, com isso, não atrasar a liberação do dinheiro.

O funcionamento das regras foi explicado nesta segunda-feira (3), em entrevista coletiva, pelo diretor de Articulação de Ações para a Amazônia no MMA, André Lima, pelo secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, e pelo coordenador-geral de Financiamento à Produção Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luiz Guadagnin. A estimativa da Fazenda é que a resolução envolva mais de R$ 2,6 bilhões em créditos, em mais de 500 municípios. As medidas valem para todos os estado do bioma Amazônia (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima) e para algumas cidades da Amazônia Legal localizadas no Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

De acordo com a resolução, médios e grandes produtores do bioma precisarão apresentar, a partir da próxima safra, uma série de documentos para conseguir a liberação do crédito rural. Entre eles o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) vigente e certificado, certidão ou licença ambiental vigente do imóvel onde será implantado o projeto a ser financiado e declaração de que inexistem embargos vigentes de uso econômico de áreas desmatadas ilegalmente no imóvel.

Agricultores enquadrados no Pronaf e ainda outros produtores que não estão no Pronaf, mas que possuem área máxima de quatro módulos rurais - entre 50 e 80 hectares por módulo na região amazônica - seguem outras regras. Precisam apresentar, por exemplo, declaração individual atestando a existência física de reserva legal e área de preservação permanente. Foram excluídos das medidas somente os produtores muito pequenos (grupo B do Pronaf), com renda familiar anual de R$ 4 mil

No caso de assentamentos rurais, Bittencourt explicou que a análise não se dará por produtos e sim por assentamento, sendo que o Incra, órgãos estaduais e Ibama deverão avalizar se o mesmo está cumprindo com as regras ambientais. "Isso acontece porque, nesse caso, a propriedade não está no nome do produtor e não existe um cadastro do imóvel rural. Além disso, muitas vezes esses assentamentos possuem áreas de reserva ambiental coletivas e não individuais e isso precisa ser levado em conta", destacou.

A concessão de crédito mediante critérios ambientais também faz parte de um conjunto de ações para pôr em prática o Decreto nº 6.231, de 21 de dezembro de 2007, que estabeleceu medidas para prevenir, monitorar e controlar o desmatamento no bioma Amazônia.

http://www.mma.gov.br/ascom/ultimas/index.cfm?id=3931

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 27 de 154

Page 28: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Avaliação ambiental: Licença para construção de barragem é liberada no PR(ConJur – 04.03.2008)

Até que seja julgado o mérito da questão, as licenças para instalação das usinas e barragens na bacia do Rio Tibagi (PR) não estão condicionadas à elaboração de avaliação ambiental integrada. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que suspendeu a liminar que estabelecia a exigência.

Segundo o juiz convocado Marcelo De Nardi, a manutenção da liminar “põe em risco o provimento de energia no país”. Ele afirmou que a energia elétrica é essencial ao modo de vida hoje adotado, aceito e desejado pela grande maioria da população brasileira e mundial e citou dois exemplos dessa dependência: a estiagem no Brasil em 2001, “que impôs necessidade de contenção de consumo”, e a situação atual da Argentina, que sofre com a escassez, “mesmo para a climatização dos lares mais meridionais, por conta da falta de planejamento”.

Para o juiz, a geração de energia elétrica é, em todos os casos, acompanhada de degradação ambiental. Assim, segundo seu entendimento, a administração deve avaliar o quanto de prejuízo é admissível e o quanto será necessário exigir em compensação para manter e preservar o ambiente. “Em suma, há que se ponderar os dois interesses públicos em jogo”, afirmou.

Nardi também afirmou que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) é a autoridade competente para decidir sobre o alcance do estudo de impacto ambiental. O órgão entendeu que não há necessidade de o estudo abranger toda a bacia hidrográfica. Segundo o juiz, presume-se que a decisão do IAP é regular, já que não foi contestada na ação.

A Ação Civil Pública foi apresentada pela Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab). A primeira instância concedeu a liminar para que a licença de construção fosse concedida mediante a apresentação de uma avaliação ambiental integrada (AAI).

A União recorreu. Argumentou, entre outros aspectos, que a decisão põe em risco o abastecimento de energia elétrica. Alegou que a AAI só pode ser requisitada pelo órgão competente.

AI 2008.04.00.003.286-3

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64327,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Crime de poluição: Mulher é condenada por despejar esgoto no mangue(ConJur – 04.03.2008)

por Fernando PorfírioA compra de um barraco na encosta da Serra do Mar, em Cubatão, custou a uma mulher a condenação de um ano de reclusão e seis meses de detenção, além do pagamento de 10 dias-multa. A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a mulher pelos crimes de poluição e de impedimento da regeneração da vegetação de mangue. Os crimes estão previstos na Lei Federal nº

Página 28 de 154

Page 29: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

9.605/98, que trata de sanções penais e administrativas decorrentes de atividades lesivas ao meio ambiente. Cabe recurso.

A lei diz que é crime contra flora destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues. No caso, a pena varia de três meses a um ano de detenção e multa. A mesma norma tipifica como crime de poluição o lançamento de resíduos no meio ambiente. O infrator está sujeito a pena que pode variar de um a cinco anos de reclusão.

A turma julgadora não se sensibilizou com o argumento da defesa de que não poderia atribuir a ela a conduta de despejar esgoto no mangue só por conta de morar no barraco. A ré argumentou que Cubatão é cercada de mangues e pela Serra do Mar e que menos da metade da cidade não tem tratamento de esgoto. Ela afirmou, ainda, que sua condenação não levou em conta a realidade do município.

Ela foi denunciada pela prática de crimes ambientais. Segundo o Ministério Público, em 2001 ela destruiu vegetação protetora de mangue, impedido a regeneração da vegetação e construiu sem autorização um barraco no local. Ainda de acordo com o Ministério Público, a ré causou poluição, com o lançamento de esgotos no manguezal. E mais: o barraco foi construído em local de preservação permanente e ocupou área de 0,0012 hectares.

Em primeira instância ela foi condenada pelos crimes de poluição e de impedir a regeneração da vegetação de mangue e absolvida dos crimes de destruir e danificar o manguezal e de construir em local proibido. A turma julgadora não aceitou os argumentos da defesa e disse que não se pode alegar desconhecimento da norma ou mesmo que se aceite uma prática ilegal com o argumento de que é um hábito social tolerável.

Para a turma julgadora, embora a acusada não tenha destruído a vegetação com a construção do barraco, o fato é que ao permanecer no local impediu a regeneração do mangue. Os desembargadores ainda consideraram que a acusada admitiu diante do juiz que jogou esgoto no mangue.

“Nem se alegue que a poluição foi causada por várias outras pessoas e que a conduta da ré é diminuta em relação ao todo. A se pensar assim, conduta grave como a dos autos jamais seria punida, pois o dano, pulverizado, impediria a punição dos responsáveis”, argumentou o relator, Pinheiro Franco.

Na opinião do relator, a Justiça não pode fechar os olhos para a destruição do manguezal. Para Pinheiro Franco, cada morador do local contribuiu para a poluição da área de preservação, e, portanto, responde pelos danos que ajudou a causar.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64329,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

AVIAÇÃO

Companhias poderão manter aviões mais tempo no solo (Valor Econômico 04.03.2008 A-2 Brasil)

Página 29 de 154

Page 30: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Agência Brasil, de Brasília

A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) vai recomendar às companhias aéreas que aumentem a margem de tempo de permanência dos aviões no solo. Atualmente o tempo das aeronaves no solo, autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é em torno de 20 minutos entre o pouso e uma nova decolagem.

De acordo com o presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, esse tempo de 20 minutos é fisicamente impossível e acaba gerando uma seqüência cumulativa de atrasos, que prejudicam os passageiros que estão nos outros pontos da rota daquele avião. "No fim não vai haver menos vôo ao longo do dia, vai haver a mesma quantidade, mas com uma perspectiva real do horário de saída. Hoje, o tíquete indica um horário de decolagem que não é cumprido", disse o presidente da Infraero.

A proposta vai sugerir 45 minutos no solo nos grande aeroportos como Guarulhos, Galeão e Brasília, cerca de 40 minutos para aeroportos de médio porte e 30 minutos para aeroportos pequenos. A proposta foi apresentada ontem para o Ministério da Defesa, e em janeiro já havia sido apresentada para a Anac. Ainda este mês, segundo Gaudenzi, deverá ser discutida com as companhias aéreas.

Ontem, Gaudenzi anunciou também que o Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), criado pela Infraero para reduzir o número de atrasos em vôos durante a Operação Verão, vai se tornar permanente. Durante a Operação Verão, de novembro a fevereiro, os atrasos de mais de uma hora foram reduzidos de 17%, em 2006, para 6%.

A criação de um núcleo permanente prevê a instalação de uma central em cada grande aeroporto e na sede, no prédio da Infraero em Brasília. O Nago faz um acompanhamento dos vôos e do movimento nos aeroportos, de modo a identificar situações de atraso com maior rapidez e precisão.

De acordo com Gaudenzi, na sede poderão ser acompanhadas imagens das câmeras de todos os aeroportos, a fim de identificar problemas em filas de check-in, por exemplo. O objetivo é que até 2009 já estejam em funcionamento os centros operacionais dos aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Juscelino Kubitschek (DF), ao preço de aproximadamente R$ 50 milhões, cada.

Gaudenzi acrescentou que essa verba não deverá vir da abertura de capital que está sendo proposta para a Infraero. "Não se faz a abertura de capital de uma empresa em menos de dois anos, dois anos e meio. Temos que preparar a empresa para isso."

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Viagens - OceanAir estuda novas rotas internacionais(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-3a Empresas)

ELIZABETH OLIVEIRADO JORNAL DO COMMERCIO

Nascida em 1998 na condição de prestadora de serviços de táxi aéreo a empresas do setor de petróleo na Bacia de Campos, a OceanAir completa a primeira década de atividades com propósito de ser companhia aérea de grande porte. Para alcançar esse objetivo, além de buscar o fortalecimento no mercado nacional, no qual já opera 45 destinos, a meta é expandir a atuação internacional.

Depois dos vôos diários para a Cidade do México, estão em estudos outras opções na América Latina, além de certo o lançamento de rota ligando o Brasil a Luanda, em Angola, neste ano.

Página 30 de 154

Page 31: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

"Temos planos para crescer de forma sustentável. Em 2008 estamos fortalecendo a nossa presença no mercado nacional, onde a companhia já é a terceira do ranking, além pensarmos em novos destinos internacionais. Em Luanda devemos começar a operar ainda no primeiro semestre e estamos estudando potenciais mercados na América Latina", afirmou o diretor executivo da OceanAir, Renato Pascowich.

O executivo enfatizou que a avaliação do atual desempenho da OceanAir é positiva, levando em consideração que a empresa no começo de 2007 operava 33 destinos domésticos, tendo chegado a 2008 com 45, além de planos para expandir a atuação com cinco ou seis novas rotas até o fim do ano.

A fim de alcançar as metas de crescimento da atuação no mercado internacional, a empresa está disposta a buscar parcerias, como a que foi firmada recentemente com a companhia aérea Mexicana, abrindo muitas conexões naquele país, para destinos como Acapulco, Cancun, Guadalajara, Mérida, Monterrey, Vera Cruz, Villa Hermoza, entre outros.

Pascowich destacou que em 2009 a OceanAir começa a receber as primeiras aeronaves de grande porte Airbus de um total de 28 encomendadas ao consórcio internacional que devem ser entregues até 2011. Atualmente a companhia opera com 30 aeronaves.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Aviação - Infraero quer mudar horários nos aeroportos. Segundo estudo, aumento no tempo mínimo entre escalas e conexões reduziria atrasos

(O Estado de São Paulo 04.03.2008 C-6 Cidades/Metrópole)

Luciana Nunes Leal e Mariana Barbosa

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, encaminhou ontem ao Ministério da Defesa uma proposta para acabar com o que chamou de “ficção” nos horários dos vôos, especialmente nos trajetos que têm muitas escalas. Segundo o diretor da estatal que administra os aeroportos nacionais, um estudo da empresa mostrou que as companhias subestimam o tempo que ficarão em solo entre um vôo e outro - para desembarcar e embarcar passageiros e preparar o avião para nova decolagem - e prometem horários que não conseguem cumprir. Com isso, partidas atrasam e passageiros enfrentam longas esperas.

O presidente da estatal quer que a Defesa determine tempos “mais realistas” de permanência dos aviões nos pátios dos aeroportos. Se o ministério encampar a proposta, as companhias terão de rever os horários dos vôos que operam. Gaudenzi deu o exemplo do Aeroporto de Guarulhos. Grande parte das empresas estima tempo de permanência em solo, entre um trecho e outro, em 20 minutos. “É impossível desembarcar e embarcar passageiros em Guarulhos em 20 minutos. Nossa proposta é de que o tempo de permanência seja de 45 minutos. O quadro de horário vai mudar e o passageiro não precisará mais chegar ao aeroporto contando com um horário fictício.” O diretor de Operações da Infraero, brigadeiro Cleonilson Nicácio Silva, disse que 56% dos atrasos em Guarulhos são motivados por atrasos anteriores do avião, que causam um efeito cascata.

Pela proposta da Infraero, além de Guarulhos, Brasília e do Galeão, no Rio, teriam tempo de permanência em solo de 45 minutos. Congonhas tem tempo mínimo de permanência definido por portaria da Defesa em 40 minutos, o que seria mantido. Outros dez aeroportos, incluindo os de

Página 31 de 154

Page 32: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Campinas, Belo Horizonte e Recife, também teriam tempo de permanência de 40 minutos e para os demais, de menor movimento, o tempo seria de 30 minutos.

Gaudenzi ainda comemorou a redução dos atrasos na Operação Verão, de 21 de dezembro a 29 de fevereiro. A média de atrasos de mais de uma hora em fevereiro foi de 7,25% dos vôos. Em novembro do ano passado, foram 11,26%; em dezembro, houve 14,63%. No mês de janeiro, o índice foi de 10,57%. A Ocean Air foi a empresa com maior proporção de atrasos. Chegou a 38,15% dos vôos em janeiro e caiu para 17,7% em fevereiro. A TAM teve o melhor índice, 4,72% em fevereiro.

A TAM informou que o recente ajuste feito em sua malha elevou a permanência em solo para uma média de 40 a 45 minutos. De acordo com a companhia, essa é uma das razões que explica os altos índices de pontualidade alcançados. Procurada, a Gol, que sempre se orgulhou de ter um dos menores tempos em solo entre operações de toda a indústria, não comentou.

O presidente do Sindicato Nacional de Empresas Aéreas (Snea), José Márcio Mollo, disse que desconhece estimativas de tempo de permanência de apenas 20 minutos. Ele ressaltou que não foi informado sobre a proposta, mas lamentou a possibilidade de mudança de horários de vôos. “Isso é que é complicado. Vai ser a quarta ou quinta mudança desde agosto.”

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Varig fecha quarto acordo; nova parceira é coreana(DCI 04.03.2008 Serviços)

Dando seqüência à sua estratégia de expansão via parcerias, a Varig fechou na semana passada mais um acordo de interlining com uma companhia aérea estrangeira. Desta vez, a parceria operacional foi firmada com a Korean Air, da Coréia do Sul, aumentando seus braços em direção à Asia.

Foi o quarto acordo fechado em quatro dias pela companhia. Na semana passada, a aérea anunciou parceria de interlining com a espanhola Iberia, a holandesa KLM e a japonesa Japan Airlines. Com isso, a Varig agora tem 12 parcerias do tipo, além daquela mantida com a empresa controladora, a Gol Linhas Aéreas.

O acordo de interlining permite que passageiros das duas companhias parceiras comprem passagens para todos os destinos operados por elas. Os clientes da brasileira, porém, só podem receber pontos do programa de milhagem pelos vôos realizados pela própria companhia - eles não valem para trechos operados pela parceira.

Estratégia

Esses acordos têm representado uma mudança de estratégia da empresa. A Gol tinha planos de retomar todos os vôos abandonados pela Varig e se tornar a principal operadora internacional do País. Mas a falta de aeronaves e um alto índice de vacância fizeram a aérea mudar os planos.

A Gol então anunciou que sua subsidiária abandonaria certas rotas européias - algumas menos de cinco meses depois de abertas. Foi o caso das operações para Londres, Frankfurt e Roma.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 32 de 154

Page 33: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Presença de médico em aviões pode tornar-se obrigatória(Câmara - 29.02.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2529/07, do deputado Henrique Afonso (PT-AC), que obriga as companhias aéreas a contratar profissionais de saúde para prestar assistência aos passageiros de vôos comerciais. Pela proposta, a presença de médico ou enfermeiro na equipe de tripulação será obrigatória em todos os vôos, domésticos e internacionais, com partida do Brasil.

Para o deputado, o pronto atendimento, nos casos de mal-estar súbito de passageiros é indispensável. "Atualmente, na ocorrência de qualquer problema mais sério de saúde durante o vôo, o paciente depende exclusivamente do atendimento dos comissários de bordo, cujos conhecimentos nesse campo são extremamente limitados", explica.

Socorro especializadoEm alguns casos, complementa o parlamentar, é necessário que a aeronave faça pouso de emergência no aeroporto mais próximo, quando é exigido socorro especializado. "Isso normalmente leva um tempo considerável, que pode significar a diferença entre a vida e a morte do paciente", enfatiza.

Conforme Henrique Afonso, o atendimento imediato de um profissional de saúde capaz de fazer diagnóstico e providenciar os primeiros-socorros "é fundamental para que o paciente tenha chance de ser atendido em solo e continuar o tratamento médico adequado em uma clínica ou hospital."

O projeto altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86), ao acrescentar a exigência.

TramitaçãoA proposta tramita apensada ao PL 6454/05, que obriga as aeronaves comerciais a portarem equipamentos de primeiros socorros. As matérias, que tramitam em caráter conclusivo, serão analisadas pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- indisponível

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117922

Retornar ao índice de assuntoVoltar

BANCÁRIO

Bancos - Itaú celebra ano dourado no Chile. Após aquisição do BankBoston, lucro cresce 183% e instituição atinge 8} lugar do ranking.

(Valor Econômico 04.03.2008 C-1 Finanças)

Cynthia Malta, de Santiago

Página 33 de 154

Page 34: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Há um ano, quando começou a operar no Chile, o Itaú tinha um bom desafio pela frente: convencer os chilenos de que banco brasileiro é tão sólido quanto banco americano. A marca BankBoston, há mais de 26 anos no mercado chileno, saía de cena e entrava o desconhecido Itaú, olhado com certo preconceito e carregando em seu logotipo azul e amarelo o laranja, sinônimo de produto popular. Resolvida a questão da cor - o laranja teve a presença reduzida a um simples filete numa elegante faixa cinza que enfeita as fachadas das agências -, o Itaú decidiu ampliar a rede e a concessão de créditos, estreando em setores que o americano

não entrava, como o imobiliário e a pesca de salmão.

O resultado registrado no fim de 2007 é positivo. O lucro líquido anual cresceu 183% para 19,48 bilhões de pesos chilenos. "Tivemos um ano extraordinário", diz o gerente geral do Itaú no Chile, Boris Buvinic. Se forem consideradas as despesas em função da compra dos ativos do BankBoston (a aquisição no Brasil incluiu as operações no Chile e Uruguai) , o lucro correspondeu a US$ 50 milhões e a meta para daqui 3 anos é chegar a US$ 100 milhões. Os números são tímidos se comparados aos do Banco Santander e Banco del Chile, líderes do mercado chileno, mas suficientes para levar o Itaú de 10º para 8º lugar no ranking e ocupar a 7ª posição na lista de maiores lucros do quarto trimestre.

Uma diferença importante em relação ao BankBoston e que ajuda a explicar o crescimento do banco brasileiro em seu primeiro ano no Chile foi a decisão de emprestar dinheiro a prazos mais longos. "Agora podemos conceder crédito com prazo maior de cinco anos. Antes, não", disse Buvinic ao Valor, na sede do Itaú instalada num prédio equivalente a dez andares, no bairro de Las Condes, bem pavimentado, limpo e com árvores nas calçadas. O sinal verde para financiar operações de empresas de pesca de salmão e do setor imobiliário também trouxe novos clientes.

Mas Buvinic não é o único a comemorar o balanço de 2007. Foi um ano espetacular para a maior parte dos bancos e empresas de capital aberto. Desde o fim de semana, jornais chilenos estampam fotos de executivos sorridentes, comemorando lucros recordes. É o caso do Banco del Chile, pertencente ao grupo Luksic, o maior do pais, em sociedade com o Citigroup. O lucro líquido subiu 15,5%, chegando a 242,3 bilhões de pesos chilenos - resultado recorde e bem superior ao crescimento médio do setor, de 2,9%. No quarto trimestre, o Banco de Chile conseguiu superar até o concorrente espanhol e líder Santander.

No Chile, o crédito a pessoas e empresas corresponde a cerca de 80% do PIB. "Os custos de crédito são os menores da América Latina, mas a concorrência é forte", observa Buvinic. Os bancos não competem apenas entre si, mas com grandes grupos varejistas que vendem cartões de crédito a milhões de consumidores. As varejistas têm uma fatia de cerca de 40% do total de empréstimos concedidos a pessoas físicas e essa participação vem crescendo. Ao contrário da maioria dos grupos de varejo no Brasil, as "casas comerciales" chilenas têm seus próprios bancos e mais do que roupa, sapato e eletrodomésticos, vendem dinheiro.

O cenário neste ano apresenta-se um pouco mais delicado para as empresas chilenas, que enfrentam escassez de energia e água, possível alta da inflação, além de um câmbio que não ajuda em nada os exportadores e de um petróleo que a cada dia está mais caro. A preocupação é tal que ontem mesmo, dia que marcou a volta às aulas e o início do ano legislativo, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou, ao lado do ministro da Fazenda, André Velasco, que prepara um projeto de lei, a ser enviado ao Congresso nos próximos dias. O governo propõe reduzir imposto sobre combustíveis por dois anos, incentivar o uso de biocombustível, a compra de "automóveis ecológicos" (que consumam menos) e eliminar imposto sobre pequenas e médias empresas.

Página 34 de 154

Page 35: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

E como será o ano de 2008 para os bancos? O gerente geral do Itaú diz que os primeiros dois meses do ano foram muito positivos e que não há por enquanto necessidade de mudar a política do banco. "A agricultura pode ser um setor prejudicado neste ano, mas é ainda cedo para saber". Os bancos, assim como boa parte das empresas chilenas, estão de olho na inflação e em como vai reagir o banco central. Ela deu bom salto no ano passado - de uma média anual histórica de 2% a 4% para 7%. A previsão até pouco tempo era de que o BC subiria o juro - em torno de 6% ao ano, metade da taxa brasileira - no primeiro semestre e iria reduzindo no segundo. Mas esta previsão está mudando. Em tempos de crise financeira mundial, no Chile a expressão mais ouvida é desaceleração da economia. Mas isso não significa que os bancos não possam repetir em 2008 o resultado espetacular de 2007. Afinal, em tempos de crise, quem sabe vender dinheiro, lucra bastante.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Estratégia - BB já quer comprar bancos privados. Instituição pode fazer aquisições para crescer em finaciamento de veículos e de imóveis.

(Valor Econômico 04.03.2008 C-5 Finanças)

Maria Christina Carvalho, de São PauloDavilym Dourado / Valor Antônio Francisco de Lima Neto, presidente do BB: folhas de Minas, Bahia e Maranhão trouxeram 1 milhão de clientes Para retomar a dianteira do mercado financeiro, o Banco do Brasil (BB) está disposto agora a fazer aquisições de instituições financeiras privadas. O Banco do Brasil fechou o balanço de 2007 com R$ 357,8 bilhões em ativos totais, como maior banco brasileiro. Mas a distância para o segundo colocado, o Bradesco, com R$ 341,2 bilhões em ativos, foi a menor de todos os tempos.

São alvos em potencial de aquisição pelo BB "operações de varejo em segmentos específicos, em que queremos crescer", disse o presidente do BB, Antônio Francisco de Lima Neto, em entrevista, pouco antes da apresentação do banco a analistas e investidores, realizada em São Paulo. Entre esses segmentos estão o financiamento de veículos e o crédito imobiliário.

O BB detalhou inclusive de onde pode vir o dinheiro para aquisições. Uma das alternativas é a venda da participação do banco na abertura de capital e lançamento inicial de ações (IPO, em inglês) da Visanet, empresa que faz o relacionamento da Visa com os estabelecimentos que aceitam seu cartão. A operação pode ocorrer no final do primeiro semestre, tão logo seja concluído o IPO de uma de seus acionistas, a Visa. O vice-presidente de finanças, mercado de capitais e relações com investidores, Aldo Luiz Mendes, informou que a Visanet pode valer de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, se for extrapolada a cotação da Redecard, que faz a mesma tarefa para os cartões MasterCard. Há analistas que acreditam que ela valerá mais. O BB tem 32% da Visanet e a idéia que os acionistas vendam o percentual necessário para que a empresa atinja um free floating de 25%, disse Mendes.

No ano passado, o Banco do Brasil anunciou duas aquisições, a do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e do Banco do Estado do Piauí (BEP) e uma terceira possível compra, a do Banco Regional de Brasília (BRB), ainda em negociação. As alternativas estatais não são muitas. Daí o inédito interesse em comprar bancos privados.

Financiamento de veículos e crédito imobiliário são dois dos novos negócios que o BB quer desenvolver exatamente para ter as mesmas armas dos concorrentes e recuperar a margem de dianteira. A carteira de financiamento de veículos fechou o balanço de 2007 com apenas R$ 2,9 bilhões, um décimo dos principais concorrentes e muito pouco perto do estoque de R$ 81,6 bilhões do mercado todo, superando

Página 35 de 154

Page 36: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

os R$ 100 bilhões se forem incluídas as operações de leasing. O BB pretende dobrar essa carteira neste ano, disse Lima Neto, atingir os R$ 6 bilhões, e abocanhar uma fatia de mercado de 10% até 2012. Com 26 milhões de clientes, a meta parece possível.

O projeto de desenvolver o crédito imobiliário parece mais difícil porque o banco precisa ter o funding adequado. O BB está aguardando autorização do Banco Central para que sua poupança rural possa receber recursos para o crédito imobiliário também. Enquanto isso, o banco tem desenvolvido um projeto piloto junto com a Poupex e feito alguma coisa com recursos próprios. Trabalhar com recursos próprios, explicou Lima Neto, encarece o funding e leva o banco a operar com clientes de renda necessariamente mais elevada.

De toda forma, o BB tende a operar mais nesse segmento de renda, disse Lima Neto, até para não concorrer diretamente com a Caixa Econômica Federal. A meta do banco é ter uma carteira de crédito imobiliário de R$ 1 bilhão até o final do ano.

A própria aquisição do Besc e do BEP, que vai engordar os ativos totais do BB em R$ 6 bilhões, mostra uma nova face banco federal, que também foi agressivo na compra das folhas de pagamento dos governo dos estados da Bahia, Minas Gerais e Maranhão, que agregaram 1 milhão de novos clientes. "O sistema financeiro está sob pressão crescente. Neste ano serão as tarifas que passarão a ter maior controle. Por outro lado, o custo da atividade bancária é crescente", afirmou o presidente do BB.

Outras duas linhas de negócio que o banco já desenvolvia, mas pretende ampliar são cartões de crédito e seguros. O banco tem uma carteira de 69 milhões, que faturou R$ 49,3 bilhões em 2007, garantindo uma fatia de 19,8%. O BB pretende dobrar a carteira para 120 milhões em 2012; e a participação de mercado vai a 25%.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Emptréstimos - Setor bancário desobedece a norma. Apesar de determinação do BC, bancos não informam aos clientes custo dos financiamentos.

(Jornal do Brasil 04.03.2008 A-19 Economia)

Entrou em vigor ontem a resolução 3517 do Banco Central (BC), que obriga todos os bancos a informarem o custo efetivo total (CET), quando oferecerem empréstimos pessoais, financiamentos e compras parceladas. O CET é a soma de todas as taxas envolvidas na obtenção de um empréstimo em um só índice. Além dos juros, inclui outros encargos, como seguros obrigatórios ou tarifas de abertura de crédito.

A resolução foi elaborada pelo Conselho Monetário Nacional e posta em prática pelo BC em dezembro de 2007. As instituições bancárias tiveram mais de dois meses para se adaptarem à nova norma.

De acordo com pesquisa feita ontem pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), nenhum banco foi capaz de passar as informações corretas ao consumidor. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) decidiu não se pronunciar sobre o assunto.

A pesquisa simulou um empréstimo pessoal de R$ 2 mil em 10 bancos no Rio e em São Paulo: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco, Itaú, Bradesco, HSBC e Safra. Os pesquisadores pediam o parcelamento da dívida em 12 vezes. Em nenhum deles foi possível verificar se os cálculos seriam feitos adequadamente, já que eles ainda não adotaram o CET.

Página 36 de 154

Page 37: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A Pro Teste vai notificar o Banco Central pelo descumprimento da resolução. De acordo com Leonardo Diz, economista da instituição, não há justificativas para a não apresentação do custo efetivo total.

- Isso não foi apresentado. O consumidor tem o direito de ter essa informação - diz Leonardo. - Trata-se de um cálculo simples. Os bancos deveriam estar preparados, não há motivo para não estarem.

O Real, por exemplo, informou ontem que já "disponibilizou a demonstração do CET para os clientes que contratarem operações de crédito Pessoa Física tanto nos canais alternativos como na rede de agências. A rede está devidamente treinada e há forte ação de comunicação interna sobre o assunto. O cliente receberá, com transparência e clareza o custo efetivo das operações de crédito, seja em percentuais, como também os valores a elas relacionados como tributos, despesas, seguro e tarifa, além do valor do empréstimo e da soma financiada". O Bradesco informou que "está realizando um intensivo trabalho de comunicação para a rede."

O despreparo dos atendentes dos bancos foi visível. Numa agência do Banco do Brasil no Rio, a atendente chegou a dizer que sabia da existência da taxa, mas que ela já estava incluída no valor das parcelas, ou seja, ela nem sabia o que era o CET, segundo a Pro Teste.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Consignado e crédito pessoal passam a operar novas normas(DCI 04.03.2008 Finanças)

Desde ontem, os servidores públicos federais que fizerem empréstimos consignados terão no máximo cinco anos para pagar as dívidas. O prazo foi determinado por um decreto publicado na noite de sexta-feira em edição extra do Diário Oficial da União.

Pelas regras atuais, não há prazo estabelecido para o pagamento desse tipo de empréstimo, mas um limite de 60 meses está previsto em um acordo firmado entre o Ministério Público e os bancos oficiais. As instituições financeiras terão 180 dias para se adaptar às novas regras, mas nenhum novo empréstimo poderá ser feito sem atender às exigências do decreto. As novas normas também estabelecem que as entidades que concedem os empréstimos serão obrigadas a publicar na Internet, até o final de cada mês, as taxas máximas de juros e encargos que serão praticadas no mês seguinte.

Empréstimo pessoal

Também entrou em vigor ontem o Custo Efetivo Total (CET), uma nova regra válida para financiamentos de pessoas físicas, que permite ao consumidor comparar o custo final de um produto em vários fornecedores diferentes e torna essas operações mais transparentes. Por essa regra, em todas as operações de crédito as instituições financeiras devem informar em uma única taxa o custo total do produto, considerando juros, tributos, tarifas, seguros e outras despesas.

Apesar disso, uma pesquisa da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) aponta que a determinação não foi cumprida pelos dez maiores bancos, em São Paulo e Rio de Janeiro, em seu primeiro dia. Os pesquisadores da entidade agiram como clientes interessados na contratação de um empréstimo pessoal, no valor de R$ 2 mil, para pagamento em 12 parcelas e nem puderam verificar se os cálculos seriam feitos adequadamente, já que os bancos ainda não estão adotando o CET.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 37 de 154

Page 38: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

CHINA

Com a corda toda. Demanda puxada pela China indicação de ações ligadas a commodities na Carteira Valor.

(Valor Econômico 04.03.2008 D-1 Eu & Investimentos)

Por Adriana Cotias, de São Paulo

Mesmo com o fantasma da recessão às portas dos EUA, a percepção de que os países asiáticos manterão aquecida a demanda por commodities colocou as ações das grandes produtoras brasileiras no radar dos participantes da Carteira Valor. Entre os 10 papéis mais indicados para março, 4 estão relacionados ao setor. A lista vem encabeçada pelas preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras, com 8 indicações, seguidas por Vale PNA, com 5, e, pelas ordinárias (ON, com voto) da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), com 3.

Embora uma freada na economia americana não seja um fenômeno desprezível e deixe rastros pela Europa, a desaceleração não dá sinais de abater a região asiática, especialmente a China, diz o estrategista de pessoa física da Itaú Corretora, Flávio Conde. "Os números da demanda em janeiro e fevereiro vieram fortes, houve queda nos estoques de cobre, alumínio e níquel, com alta dos metais, indicando uma mudança estrutural na composição do crescimento mundial (com maior peso da China)." Ele lembra que a China tem a favor o imenso mercado consumidor e o baixo custo da mão-de-obra, mas não produz petróleo, minério ou outros metais básicos e seguirá, portanto, puxando as commodities. "Hoje o mundo depende muito menos dos EUA do que em outras recessões."

Nesse cenário, a Vale é um dos destaques, por já ter garantido aumento de 65% para metade das suas receitas, com o reajuste do minério de ferro. Só que, enquanto a companhia negocia a aquisição da anglo-suíça Xstrata, o mercado tem resistido em incorporar o reajuste às ações. "O papel teria de valer R$ 55 ou R$ 60 para refletir isso", diz Conde. Ontem, a ação PNA fechou a R$ 49,64. Dúvidas à parte, sobre o aumento do endividamento ou o risco de uma sobreoferta de papéis numa eventual aquisição por meio de troca de ações, o fato é que a Vale está no jogo certo, o da consolidação, conclui o analista.

A CSN, em vias de anunciar o reajuste para o aço, pode impor, a exemplo de algumas siderúrgicas japonesas, aumentos de até 20%, diz o chefe de análise da Planner Corretora, Ricardo Martins. A companhia ganharia em duas frentes: não sofreria com aumento do minério, pois conta com a mina Casa de Pedra, e ainda seria favorecida pelo bom momento da demanda.

O próprio destino de Casa de Pedra - se abrirá o capital ou se será vendida - mantém os holofotes sobre CSN ON, diz o chefe de análise da Concórdia, Eduardo Kondo. Comenta-se pelo mercado que, após a BHP ver fracassada a sua investida para a compra da Rio Tinto, Casa de Pedra estaria no alvo. Para Kondo, um outro ativo que não está corretamente avaliado no grupo é a MRS Logística, um braço estratégico que tem apresentado resultados "fortíssimos".

A lista da Concórdia ainda inclui Vale e Petrobras, por representarem histórias de crescimento, apesar de todo gigantismo. Enquanto a mineradora corteja a Xstrata, o interesse manifestado pela petrolífera pelos ativos da Esso no Brasil tem o potencial de agregar valor às ações. A favor, Kondo ainda cita que o preço do petróleo no primeiro trimestre de 2008 já está bem acima do observado no mesmo período do

Página 38 de 154

Page 39: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ano passado e há um cronograma de inauguração de plataformas ambicioso, com potencial crescimento da exploração pelos próximos seis anos.

Martins, da Planner, ainda manteve no portfólio as ações PNA da Usiminas que, ao seu ver, não incorporaram a aquisição da mineradora J.Mendes. "Como grande fornecedora para o setor automotivo, há mais um ano promissor à vista para a companhia."

Junto com as ações ligadas à cadeia das commodities, os bancos são presença recorrente nas recomendações para março, com destaque para Bradesco PN , com duas. "Neste ano, o banco tem a maior projeção de crescimento de lucro entre os privados e está extremamente barato", assinala Conde, da Itaú Corretora. A Planner aposta em Banco do Brasil ON, que tem condições de recuperar terreno ao longo de 2008, após ter sofrido o impacto de eventos não recorrentes em 2007, diz Martins.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

A cara-metade do Brasil (O Estado de São Paulo 04.03.2008 A-2 Espaço Aberto)

Ilan Goldfajn

Não foi amor à primeira vista. Ele, rapaz de classe média. Ela, pobre de família numerosa. Ele era a esperança do bairro. Desde a infância diziam que tinha um futuro promissor. Mas foi ela que surpreendeu. Vendendo muito para os ricos, foi economizando e investindo tudo que podia, crescendo de forma acelerada e ganhando a admiração e o respeito do bairro. Ele se tem beneficiado do sucesso da parceira, crescendo junto com ela. Mesmo agora que os ricos do bairro estão numa fase difícil (perderam muito especulando em imóveis), normalmente, um período de vacas magras, ela continua produzindo e ele, sorrindo. Foram feitos um para o outro. A China virou a cara-metade do Brasil.

O crescimento acelerado da China nos últimos anos (11,2%, em 2007, e quase 10%, em média, nos últimos cinco anos) tem contribuído sobremaneira para a atual fase positiva da economia brasileira. A China importa os bens que o Brasil exporta e não concorre de forma significativa com as nossas exportações pelo mundo (pelo menos relativamente a outros países, como o México, por exemplo). O volume de exportações brasileiras de soja e minério de ferro, por exemplo, cresceu 27% e 82%, desde 2002.

Mas não foi só isso. A crescente importância da China no comércio mundial está encarecendo os bens que eles importam (dada a forte demanda). Bingo para o Brasil! O preço dos bens que o Brasil exporta crescentemente para a China também subiu significativamente desde 2002 (soja, 75%, e minério de ferro, 187%). O preço das importações em dólares não subiu tanto no mesmo período. Tem sido um verdadeiro choque positivo dos termos de troca (isto é, preço das exportações sobre preços das importações).

Choques positivos nos termos de troca permitem quase 'pequenos milagres', pelo menos no curto prazo. O aumento nas exportações concilia apreciação cambial e melhora no saldo comercial, acumulação de reservas e crescimento forte nas importações. E, o que mais importa, crescimento acelerado e controle

Página 39 de 154

Page 40: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

da inflação. Normalmente isso ocorreria apenas com elevados ganhos de produtividade (que não tendem a ocorrer repentinamente, mas ao longo do tempo, como parece ser o caso agora no Brasil).

Em geral, a melhora no saldo comercial (por causa do choque positivo nos termos de troca) leva a uma apreciação cambial que ajuda o controle da inflação e permite a acumulação de reservas e pagamento da dívida externa que, por sua vez, reduzem o risco Brasil (diminuindo o custo do financiamento das empresas brasileiras no exterior). Com inflação menor e risco reduzido, os juros no Brasil podem cair, estimulando a economia.

O reconhecimento da importância da China para a melhora econômica do Brasil não ignora a contribuição de outros fatores também relevantes. Está claro que a adoção de políticas macroeconômicas sensatas nos últimos anos (controle da inflação, câmbio flutuante e superávit primário) e de reformas microeconômicas contribui decisivamente para a melhora na situação econômica do Brasil.

Mas há também que reconhecer que o que está ocorrendo hoje no mundo é inédito. 'Nunca antes', nesse mundo cada vez mais globalizado, o preço das commodities (minerais, agrícolas, petróleo) bateram recorde de alta no exato momento em que a maior economia do mundo (EUA) está entrando em plena recessão. E, 'nunca antes', as economias em desenvolvimento continuaram crescendo de forma acelerada, durante uma crise financeira grave e uma desaceleração econômica que se alastra no mundo desenvolvido. No passado, ocorria o exato inverso: as economias em desenvolvimento eram impactadas mais do que proporcionalmente pela crise mundial (lembram da frase 'quando os EUA têm um resfriado, os emergentes pegam pneumonia?'). Uma parte da mudança era previsível. Com a melhora nas políticas macroeconômicas e a conseqüente redução da vulnerabilidade dessas economias, já não se esperava um impacto desproporcional. Mas, sim, se esperava (se espera?) algum impacto. É uma surpresa grande que não haja ocorrido nenhum efeito até o momento, a despeito da globalização nos últimos anos. Ao contrário, as economias emergentes estão caminhando em direção oposta aos EUA, crescendo ainda mais rápido. No linguajar econômico recente, estamos vivenciando um fenômeno novo, o descolamento ('decoupling') das economias em desenvolvimento da economia americana.

A conseqüência desse fenômeno atual é relevante. Caso se confirme o descolamento (ao longo dos próximos 18 meses), estará se cristalizando a idéia de que os países emergentes estão surgindo como um bloco relevante e mais independente do resto da economia mundial. Essa nova independência pode significar uma futura realocação de recursos em direção às economias emergentes, além do que já ocorre hoje. Afinal, essas economias estariam agora oferecendo uma oportunidade de diversificação dos investimentos.

O problema é que nada garante que, de fato, venha a se confirmar esse cenário inédito. Talvez o mais provável ainda seja esperar que, após uma defasagem temporal, a recessão nos EUA (e a desaceleração na Europa e no Japão) acabe impactando as economias em desenvolvimento. Ou seja, ao invés do descolamento, após um breve período teríamos o reacoplamento ('recoupling') dos países em desenvolvimento com o resto do mundo.

Em suma, o Brasil encontrou sua cara-metade no mundo econômico. Isso o tem beneficiado nos últimos anos e, em particular, agora que predomina a percepção do descolamento da China em relação ao que ocorre nos EUA. Mas será que o cenário atual irá se modificar a ponto de serem chamados para 'discutir a relação'?

Ilan Goldfajn, sócio da Ciano Investimentos, diretor do Iepe da Casa das Garças, é professor da PUC-Rio. E-mail:[email protected]

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 40 de 154

Page 41: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

China à espera do Brasil. Mercado chinês é um dos poucos que resistem à crise e continuam a crescer e têm potencial imenso a explorar

(DCI 04.03.2008 Opinião)

O saldo da balança comercial (exportações menos importações) em 2008 deve recuar de US$ 40 bilhões para US$ 31 bilhões, em função do crescimento das importações, segundo a previsão dos analistas. Portanto, se o superávit comercial do Brasil registrado entre 2003 e 2007 foi o principal responsável pela valorização do real diante do dólar, é de imaginar que, até o final do ano, a moeda norte-americana recupere o seu fôlego, facilitando a vida dos exportadores brasileiros. Certo? Nem tanto.

Afinal, há uma série de outros fatores que vêm contribuindo para a valorização do real. Como se sabe, o mais importante é o desempenho das commodities (petróleo, minério de ferro, cobre, zinco, estanho, café, soja, milho, cacau, açúcar, etc.) exportadas pelo Brasil. O minério de ferro, por exemplo, que, no ano passado, foi responsável por 7% das exportações nacionais, ou seja, o equivalente a US$ 160 bilhões, terá um reajuste médio de 65% em 2008. Isso representa um estímulo muito forte para que o real continue valorizado.

O preço da soja, que ocupa importante parcela nas vendas externas do Brasil, também segue em ascensão, a exemplo de outras commodities (matérias-primas ou alimentos que têm cotação diária em bolsa de mercadorias). Tudo isso contribui para dar um fôlego extra ao real, ainda que as importações sigam em ritmo vigoroso.

Além disso, muitos investidores vêm aproveitando a taxa básica de juros no Brasil -três ou quatro vezes superior às que são praticadas na zona do euro e nos Estados Unidos- para investir em papéis brasileiros. E, claro, ganhar muito dinheiro. Seja como for, isso também ajuda a valorizar o real.

Com o dólar em baixa, projeta-se que o Brasil deve registrar uma expansão de 5% em 2008, o que quer dizer que o País continuará a gerar empregos, senão em larga escala, ao menos para atender a boa parte da demanda.

Com o real valorizado, presume-se que os investimentos em bens de capital continuarão em alta, acelerando o ritmo das importações, já que hoje empresas de diferentes setores desembolsam menos reais para ter acesso a inovações tecnológicas. Isso significa a renovação do parque industrial nacional e a garantia de saltos de produtividade e eficiência. Portanto, não há por que condenar o aumento das importações, que só foi possível graças à maior abertura da economia.

Pelo contrário, é preciso olhar com otimismo as vantagens representadas pelo aumento das importações, especialmente as de bens acabados e bens intermediários, que chegam aqui a preços menores que os praticados no mercado interno. É verdade que, com esses equipamentos, chegam outros que não trazem inovações tecnológicas nem ajudam a aumentar a competitividade da indústria brasileira. Não é preciso dizer que a maior parte desses equipamentos é made in China.

Está claro que esse tipo de importação pouco benefício traz ao País, pois, além de gerar empregos lá fora, prejudica o mercado interno e a indústria nacional, além de o governo arrecadar menos, pois, muitas vezes, chega aqui subfaturado ou estimulado por isenções fiscais em seu país de origem.

Mas, por outro lado, constitui uma alternativa a que as indústrias recorrem para compensar parte dos efeitos negativos do câmbio desfavorável às exportações.

Além disso, se hoje costuma-se olhar a China com certa prevenção, não se pode esquecer que o imenso mercado chinês está aberto ao produto brasileiro. É certo que as exportações chinesas para o Brasil crescem em ritmo muito superior às importações, mas é preciso ressaltar que, em meio à retração da

Página 41 de 154

Page 42: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

economia anunciada em função do desastre imobiliário nos Estados Unidos, essa é uma das poucas nações que resistem e continuam a crescer. E, portanto, a consumir em razão da melhoria do padrão de vida de grandes camadas de sua população. Tratando-se da China, sabe-se que esses números são sempre superlativos.

Há, portanto, um mercado imenso a explorar. O que falta é o Brasil, por meio de seus organismos oficiais e de suas lideranças empresarias, tornar-se mais agressivo comercialmente. Além disso, o governo precisa cobrar mais do governo chinês as promessas de investimento. Só que, para isso, é necessário apresentar projetos atraentes aos empresários chineses porque ninguém vem aqui para fazer benemerência. Se as empresas chinesas estão investindo bilhões de dólares em outros países, algo deve estar errado para que haja uma prevenção em relação ao Brasil.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Europa e EUA contra a China(Correio Braziliense – 04.03.2008)

A União Européia (UE) e os Estados Unidos concretizaram ontem a ameaça de se queixar da China na OMC. Desde que Pequim reafirmou, em 2006, o monopólio da agência oficial Nova China para a distribuição e publicação de informações das agências estrangeiras, UE, Estados Unidos, Canadá e Japão, se mostram indignados pelo que consideram uma concorrência desleal. Bruxelas iniciou os ataques ao apresentar ontem a primeira demanda na OMC, seguida pelos Estados Unidos. Caso não se chegue a nenhum acordo em 60 dias, os solicitantes poderão exigir a implementação de um grupo especial da OMC para solucionar a questão. Em novembro, o caso das agências na China foi citado pelo Canadá, Estados Unidos, Japão e UE. Pequim se defendeu argumentando que durante as negociações de adesão à OMC, concluídas no final de 2001, não foi aprovada nenhuma disposição sobre os serviços de informação, e que apenas os serviços financeiros foram objeto de uma promessa de abertura.

http://www2.correioweb.com.br/cbonline/economia/pri_eco_155.htm

Retornar ao índice de assuntoVoltar

CIVIL

Família - Na separação, cônjuge reclama danos morais. Levantamento mostra que pedidos de reconhecimento de ofensa e de indenização ocrrem em 30% dos casos de término de casamento.

(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-7 Direito & Justiça)

GISELLE SOUZADO JORNAL DO COMMERCIO

Comuns em ações de competência das varas cíveis, os pedidos de indenização por dano moral agora têm alcançado adesão nos processos que tratam de aspectos próprios do Direito de Família. Levantamento do Escritório de Advocacia Professor Caio Mário, que é especializado na área, comprova o aumento desse tipo de reivindicação. Pelo menos em 30% das causas de separação e divórcio defendidas pela banca as partes requerem alguma reparação por eventual constrangimento que tenham sofrido.

Página 42 de 154

Page 43: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A advogada Tânia da Silva Pereira, que integra a banca, explicou que a possibilidade de o juiz de família poder julgar a existência do dano moral acabou por incentivar os pedidos. "O dano moral é matéria de competência do juízo cível. Em um primeiro momento, a discussão em torno do dano moral não era possível nas varas de família. Hoje, por uma questão de economia processual, admite-se essa acumulação", destacou a especialista, acrescentando que "isso não deixa de incentivar os pedidos".

De acordo com Tânia, os juízes das varas de família não costumam deferir os pedidos de indenização. Mesmo assim, não faltam a essa Justiça especializada situações em que o instituto destinado à reparação de algum constrangimento ou sofrimento emocional tem sido requerido pelos ex-cônjuges. É o caso, por exemplo, do marido que procurou o escritório com o objetivo de processar a esposa que o traía na piscina do condomínio em que morava. O processo está tramitando no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Segundo afirmou, a traição por si só, não é a única razão que leva um dos cônjuges a pedir indenização por dano moral. Tânia conta ter atendido a uma mulher que havia contraído o vírus HIV do marido, que a havia traído enquanto ela estava no período de resguardo. A ação tramita na primeira instância do Judiciário do Rio. Outro caso é do marido que processou a esposa que, com raiva por ter sido traída, havia divulgado dados sigilosos da empresa dele e, assim, comprometido seriamente a atividade que ele desenvolvia. O litígio foi resolvido ainda no primeiro grau de jurisdição do foro do Rio, por meio de um acordo.

Segundo a advogada, os pedidos de indenização aumentaram consideravelmente após a reforma do Código Civil, em 2002. Na avaliação dela, isso ocorreu porque o novo texto legal trouxe de volta uma série de justificativas para se decretar o fim da união, que haviam sido instituídas pelo conjunto de 1916 e revogadas pela então Lei do Divórcio, editada em 1977.

"O novo código ressuscitou algumas culpas", disse Tânia, citando a tentativa de morte, injúria grave e o abandono do lar como alguns dos motivos retomados pelo conjunto normativo para justificar o fim de um casamento. "Esses fatores haviam desaparecido como fundamento. A meu ver, isso foi um retrocesso. Se a legislação não expõe motivos, fica mais difícil caracterizar culpa e eventual fundamento para pedidos de indenização", acrescentou.

Na avaliação da advogada, assim como nas ações cíveis, o uso do instituto que visa à reparação do dano moral tem se tornado banal também no Direito de Família. "Parto da idéia que a indenização decorre da ofensa a um bem jurídico, que pode ocorrer nas relações conjugais e familiares. A parte tem que provar se realmente houve essa ofensa. No entanto, creio estar havendo utilização indiscriminada do dano moral, em qualquer campo do Direito, principalmente nos juizados", afirmou.

ABANDONO. Na mesma proporção que nos casos de separação ou divórcio, os pedidos de dano moral têm se tornado comuns nas ações movidas por filhos contra pais inconformados por eventual abandono afetivo. Questão desse tipo chegou a ser julgada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no final de 2005. Na ocasião, a Quarta Turma da corte reformou decisão da Justiça de Minas Gerais que havia reconhecido o direito de um jovem a receber ressarcimento financeiro do pai no valor de 200 salários mínimos.

Na ação, o filho alegou que contato com o pai foi regular até os seis anos. Após o nascimento de sua irmã, fruto de novo relacionamento, o pai se afastou dele definitivamente. Ele alegou que, apesar de sempre ter recebido pensão alimentícia (20% dos rendimentos líquidos do pai), tentou várias vezes uma reaproximação, pretendendo apenas amor e reconhecimento. Segundo a defesa, o jovem recebeu apenas "abandono, rejeição e frieza", inclusive em datas importantes, como aniversários, formatura no ensino médio e por ocasião da aprovação no vestibular.

Apesar da decisão do STJ, o caso não terminou. Em outubro do ano passado, a corte encaminhou os autos do recurso especial ao Supremo Tribunal Federal, que avaliará a questão sob a ótica

Página 43 de 154

Page 44: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

constitucional. Para Tânia, o pedido, neste caso, é válido. "Defendo a tese de que, na relação entre pai e filho, o abandono afetivo e a ausência de cuidados ensejam, sim, a indenização por dano moral", disse.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Dossiê do PT: Jornal do Brasil é condenado a pagar indenização(ConJur – 04.03.2008)

por Marina ItoDevido às manchetes de reportagens publicadas, o Jornal do Brasil terá de pagar indenização de R$ 15 mil ao prefeito de Paracambi (RJ), André Luiz Ceciliano. A decisão é da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. As reportagens afirmavam que a Polícia Federal suspeitava do prefeito no envolvimento do escândalo do dossiê, que teria sido encomendado por petistas para desmoralizar os tucanos durante as eleições de 2006.

Segundo o desembargador Luiz Felipe Haddad, o problema não foi a reportagem ter apontado o prefeito como alvo de investigação por parte da PF, mas sim as manchetes. O título “Cerco ao André da Baixada”, acompanhado do subtítulo “Prefeito era Andrezinho do ouro”, com uma grande foto dele, foram decisivos para que o desembargador considerasse ofensivo o modo de o jornal tratar o prefeito de Paracambi.

“Tais expressões, dando como provados fatos graves, objeto de apuração policial, e não constatando que tenha sido aberto até hoje qualquer procedimento judicial pertinente, demonstram, por inelutável, a intenção de ofender a honra do alcaide e empresário”, afirma Haddad. Para o desembargador, noticiar não é tratar uma pessoa investigada como se fosse culpada.

O desembargador considerou que apenas o jornal deve ser condenado. Segundo ele, os jornalistas, que também respondiam à ação, são empregados do jornal e cumprem a “orientação patronal”, portanto, não devem ser responsabilizados.

Divergindo da maioria, o desembargador Fernando Foch entendeu que a divulgação de fatos de interesse público pode se sobrepor ao privado. Segundo Foch, o prefeito é homem público, não sendo razoável que o jornal omitisse que ele era um dos suspeitos da PF.

Em seu voto, Foch afirma que o jornal relatou mais um escândalo entre tantos outros. O desembargador considerou a ação movida pelo prefeito como uma tentativa de censura já que, apesar das manchetes serem de “mau gosto”, não houve a intenção de difamar, injuriar e caluniar Ceciliano. Foch acrescentou que o jornal abriu espaço para que o prefeito, na própria reportagem, rebatesse as suspeitas que recaiam sobre ele.

De acordo com o processo, a reportagem do jornal apontava o prefeito como “o homem que entregou o dinheiro para a compra do dossiê contra tucanos”, nas vésperas das eleições para governador e presidente, em 2006. O escândalo ficou conhecido como “dos aloprados”, em referência ao que o presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou a respeito dos petistas que tentaram comprar um dossiê com acusações contra políticos do PSDB.

O jornal havia alegado que a reportagem se baseou em informações fornecidas por agentes federais e políticos que integraram Comissões Parlamentares de Inquérito. Segundo a defesa do jornal, o prefeito, ex-dono de casa de câmbio e citado em duas CPI's, passou a ser investigado pela Polícia Federal.

Página 44 de 154

Page 45: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Em primeira instância, o pedido foi julgado improcedente. O tribunal reformou, em parte, a decisão. O jornal não informou se pretende recorrer.

Processo: 2007.001.35.503

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64348,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

COMÉRCIO EXTERIOR

Comércio Exterior - Alta generalizada na importação reduz saldo. MEsmo com exportação recorde, superávit de fevereiro foi o menor desde janeiro de 2002.

(Valor Econômico 04.03.2008 A-4 Brasil)

Arnaldo Galvão

O saldo da balança comercial caiu para US$ 882 milhões em fevereiro, pressionado pelo aumento de 56,2% na média diária das importações. É o pior resultado mensal desde janeiro de 2002. No mês passado, as exportações foram de US$ 12,80 bilhões e as importações chegaram a US$ 11,92 bilhões. Considerando os dois primeiros meses do ano, o superávit é de US$ 1,82 bilhão, valor 66,2% menor que o do mesmo período em 2007.

Em janeiro e fevereiro, as importações tiveram expressivas elevações em todas as categorias de produtos. Pelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre de 2007. No grupo das matérias-primas e produtos intermediários, o crescimento foi de 53,4%. Nos bens de consumo, o salto foi de 46,2% e as importações de combustíveis e lubrificantes ficaram 37,2% maiores.

Na avaliação do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o saldo dos primeiros meses do ano reflete, além do aquecimento da demanda interna e da renovação do parque industrial brasileiro, "oscilação momentânea" alimentada pelo aumento do preço do petróleo e pelas elevações das importações de automóveis e trigo da Argentina. Ele desconsidera a possibilidade de déficit comercial em 2008.

Barral confirma a elevação da meta de exportação do país de US$ 172 bilhões para US$ 180 bilhões. Se isso ocorrer, o crescimento será de 12,5% sobre o valor verificado em 2007.

Página 45 de 154

Page 46: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Na perspectiva da equipe econômica do Bradesco, o ritmo de crescimento das importações está muito forte e poderá ultrapassar os 32% verificados no ano passado. A produção industrial está impulsionando a compra de bens de capital e intermediários. No lado das exportações, o banco também reconhece que os aumentos das cotações das commodities prometem bom desempenho neste ano, principalmente com minério de ferro, complexo soja, papel/celulose e carnes. O saldo comercial esperado é de US$ 29,3 bilhões.

Para o economista da RC Consultores, Fábio Silveira, os resultados comerciais dos dois primeiros meses do ano são "imprestáveis" para projeções, porque não contam com os significativos embarques das commodities agrícolas, cujas cotações internacionais estão cada vez maiores. A partir de março, começam a ser contabilizadas as vendas do complexo soja. Em maio, iniciam-se as exportações de açúcar. Além disso, ele comenta que há escassez de carnes no mercado, o que deve neutralizar as restrições da União Européia.

Como exemplo, Silveira cita as exportações de grão, óleo e farelo de soja, que devem render US$ 19,5 bilhões, valor bem superior aos US$ 12,8 bilhões do ano passado. Para ele, os reajustes do minério de ferro também vão acrescentar US$ 4 bilhões às contas da balança comercial. O saldo previsto pela RC para 2008 deve ser de, no mínimo, US$ 35 bilhões, resultado de exportações de US$ 173 bilhões e importações de US$ 138 bilhões.

Cenário mais pessimista é esperado pelo economista Marcelo Carvalho, do Morgan Stanley. Seus cálculos apontam para saldo de US$ 20 bilhões, metade do superávit em 2007. Ele pondera que as exportações vão bem, com expansão perto dos 20%, mas as importações elevam-se 56% nos dois primeiros meses deste ano. "Espero uma balança frustrando expectativas. Ainda não há sinal do desaquecimento mundial sobre as exportações, mas as importações estão surpreendendo com ritmo bastante forte puxado pela demanda doméstica e pelo real valorizado", justifica.

Carvalho ressalta que, três meses atrás, a projeção de saldo de US$ 20 bilhões estava totalmente fora do consenso, mas diz que isso está mudando. O economista do Morgan Stanley trabalha com uma cotação de R$ 2,00 para o dólar em dezembro, o que, segundo ele, revela o fim do ciclo extremamente favorável da economia mundial nos últimos cinco anos. Esse preço do dólar significa a volta ao patamar do segundo trimestre do ano passado, mas os "benefícios" para as exportações somente serão sentidos em 2009.

O cenário previsto por Carvalho considera recessão nos Estados Unidos e Japão e desaceleração na Europa. No Brasil, ele acredita que o atual aquecimento interno tende a convergir para esse ambiente internacional mais deteriorado.

Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o maior crescimento da economia e um novo salto de investimentos estão na base dessa "explosão" das importações. Mas pondera que esse aumento das compras também foi muito estimulado pela magnitude e pela velocidade da valorização do real frente ao dólar. Em pouco mais de um ano a moeda brasileira valorizou-se cerca de 20%. Portanto, as reações dos empresários para defender sua competitividade levaram a uma forte e rápida substituição de produtos domésticos por importados.

O governo informa que as exportações das três categorias de produtos tiveram valores recordes para meses de fevereiro. Na comparação com o mesmo mês em 2007, os embarques de manufaturados cresceram 15,1%. Nos básicos, o aumento foi de 23,7% e, nos semimanufaturados, o salto foi de 20,9%. Entre os manufaturados, as maiores altas ocorreram nas vendas de gasolina (353,7%), aviões (128,6%) e álcool etílico (61%).

Argentina quer novos investimentos para renovar acordo Raquel Landim, de São Paulo

Página 46 de 154

Page 47: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O governo argentino está pressionando os fabricantes de autopeças a investir no país. Esse é o principal nó para a renovação do acordo automotivo de Brasil e Argentina, que controla o comércio neste setor e expira em 30 de junho. Um novo acerto deve prorrogar por mais cinco anos a isenção de tarifas de importação mediante alguns limites. Os sócios do Mercosul já deixaram claro, no entanto, que não vão se comprometer com o livre comércio no fim desse período. "Não podemos desde já prever o que vai acontecer daqui há cinco anos", disse Ivan Ramalho, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento.

Os argentinos amargaram déficit de até US$ 1,4 bilhão com os brasileiros em autopeças em 2007. Este segmento impediu uma queda mais significativa do prejuízo total da Argentina com o Brasil no setor automotivo, que ficou em US$ 2 bilhões no ano passado, 7% a menos que em 2006. Em veículos prontos (carros, automóveis e ônibus), o déficit dos argentinos foi de US$ 400 milhões, o que significou queda de mais de 35% comparado com 2006. Nos carros de passeio, a Argentina conseguiu até um pequeno superávit de US$ 78 milhões com o Brasil em 2007.

"Precisamos recuperar a indústria de autopeças da Argentina que migrou para o Brasil na década de 90", disse ontem o secretário de Indústria da Nação do Governo Argentino, Fernando Fraguío, após a primeira reunião bilateral deste ano do comitê automotivo Brasil - Argentina, que aconteceu em São Paulo. Ele atribuiu a crise na indústria de autopeças do país aos incentivos fiscais concedidos pelos Estados brasileiros e às políticas econômicas desastradas de antigos governantes da Argentina.

Os fabricantes de autopeças argumentam que não há escala no país vizinho que justifique gastos significativos. "Investimento não acontece por decreto. Só se houver incentivos", disse ao Valor Antônio Carlos Meduna, principal negociador do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Ele explica que a consolidação da indústria é necessária para elevar a competitividade e reduzir preços.

O comércio de autopeças é hoje o maior responsável pelo desequilíbrio que persiste na balança comercial dos dois países, apesar da recuperação do consumo, da produção e da exportação argentina de veículos. Segundo o governo argentino, o país registrou déficit de US$ 1,4 bilhão com o Brasil em autopeças em 2007, mas há divergências sobre o dado. Para o governo brasileiro, o déficit ficou em US$ 1 bilhão. De qualquer forma, o prejuízo para os argentinos é crescente. O déficit estava em US$ 420 milhões em 2005 e em US$ 910 milhões em 2006.

De acordo com Juan Cantarella, gerente geral da Associação de Fábricas Argentinas de Componentes (Anfac), a indústria local responde por 32% das autopeças consumidas no país. Ele diz que o percentual é "muito pequeno" e que a produção argentina cresceu em valores absolutos, mas não em participação relativa. Apesar do câmbio favorável - o dólar está cotado a 3,10 pesos -, Cantarella afirmou que a inflação corrói parte dos benefícios. "O setor de autopeças hoje é o maior problema no comércio bilateral".

Em veículos prontos, o comércio entre os dois países está mais equilibrado. O déficit da Argentina com o Brasil caiu de US$ 1,26 bilhão em 2005 para US$ 806 milhões em 2006 até atingir os US$ 419 milhões do ano passado. Com os mercados dos dois países crescendo , as montadoras recuperaram suas fábricas na Argentina e elevaram os embarques para o Brasil. "Este é um momento especial para construir acordos que gerem investimentos", disse Antônio Sérgio Martins Mello, vice-presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e diretor de assuntos corporativos da Fiat.

Para Ramalho, do Ministério do Desenvolvimento, um prazo mais longo para o acordo trará mais previsibilidade para o investimento. Os dois países cogitam cinco anos, mas ainda não bateram o martelo. Durante a reunião de ontem, não foi discutido qual será o "flex", mecanismo que controla o comércio. Hoje, para cada dólar importado, o Brasil pode exportar no máximo US$ 1,95. O "flex" efetivamente praticado pelas montadoras atualmente é de US$ 1,5.

Página 47 de 154

Page 48: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Não será tarefa fácil convencer a indústria de autopeças a produzir na Argentina. Tecnicamente, estabelecer "flex" apenas para autopeças é complicado. Fraguío reconheceu que os investimentos tem que ser "voluntários", mas espera ajuda "efetiva" do Brasil. A negociação não chegou nesse ponto, mas uma fonte experiente enumera algumas possibilidades. O BNDES poderia financiar empresas de autopeças brasileiras que invistam na Argentina. O Brasil não reclamaria de medidas pouco ortodoxas dos argentinos de apoio à indústria. Ou ainda seriam criados "dispositivos inteligentes" no acordo para estimular a produção. As negociações estão apenas começando. Os dois governos voltam a se reunir em 27 de março, em Brasília, e em 10 de abril, em Buenos Aires.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Condição - Novas exigências dos EUA ao Brasil. Governo americano cobra do País a abertura de diversos setores para liberalização do setor agrícola na Rodada Doha da OMC.

(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-7 Economia)

Jamil ChadeDa Agência Estado

Ogoverno dos Estados Unidos enviou uma carta ao Itamaraty cobrando do Brasil a abertura dos setores de telecomunicações, energia, bancos, seguros e outros segmentos de serviços como condição para um acordo de liberalização do setor agrícola na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A carta, assinada pela representante de Comércio, Susan Schwab, exige do Brasil sinais claros do que estaria disposto a abrir se ainda quer esperar algum resultado positivo para produtos agrícolas. Os americanos querem que restrições a investimentos sejam abolidos e empresas estrangeiras de serviços possam atuar sem qualquer limite que ameace seus investimentos. Países como Argentina, África do Sul, Índia e China também receberam a carta. "Fiquei surpreendido com o tom da carta", confessou o embaixador da Argentina na OMC, Alberto Dumont.

O chanceler argentino, Jorge Taiana, confirmou ontem seu desagrado com as negociações. "Há muitas exigências da parte dos países ricos e pouca oferta", disse. A carta de Schwab significa mais um obstáculo no caminho do acordo na OMC. O processo está paralisado em razão do desentendimento entre países ricos e emergentes em torno da abertura dos mercados para bens industriais. Brasil, Argentina e outros países emergentes alegam que americanos e europeus exigem uma abertura que poderá afetar suas indústrias de forma perigosa, até produzindo desemprego.

A abertura do setor de serviços está prevista para ser negociada. Mas a carta enviada nos últimos dias ao Itamaraty deixa claro que, além de ter de aceitar a abertura de seu mercado de bens industriais, o Brasil também teria de acatar uma liberalização no setor de serviços. Não por acaso, as chances de que uma reunião ministerial possa fechar parcialmente um acordo até abril estão se desfazendo em Genebra, sede da OMC. A idéia era convocar os ministros nos próximos dois meses para tentar chegar a um entendimento sobre as fórmulas que regulamentariam o ritmo da liberalização.

china. A União Européia (UE) e os Estados Unidos concretizaram ontem a ameaça de se queixar da China na OMC em função das medidas impostas às agências estrangeiras de informação financeira. Desde que Pequim reafirmou, em 2006, o monopólio da agência oficial Nova China para a distribuição e publicação de informações das agências estrangeiras, a UE e os Estados Unidos, assim como o Canadá e o Japão, se mostram indignados pelo que consideram uma concorrência desleal.

Bruxelas iniciou os ataques ontem ao apresentar a primeira demanda na OMC, seguida, horas depois, pelos Estados Unidos. Caso não se chegue a nenhum acordo com a China em 60 dias, os solicitantes poderão exigir a implementação de um grupo especial da OMC para solucionar a questão. Em

Página 48 de 154

Page 49: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

novembro, durante uma reunião do comitê para o comércio de serviços financeiros da OMC, o caso das agências na China foi citado pelo Canadá, Estados Unidos, Japão e UE.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Brasília sedia Encontro de Comércio Exterior(DCI 04.03.2008 Comércio)

BRASÍLIA - Foi aberto hoje (4) às 8h, no Centro de Convenções de Brasília, o 123º Encontro de Comércio Exterior (Encomex), com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O encontro marca os 200 anos do comércio exterior no país.

As exportações do Distrito Federal cresceram em fevereiro deste ano 95,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas da região para o mercado externo somaram US$ 10,989 milhões, contra US$ 5,612 em fevereiro de 2007.

O DF exporta principalmente carne e derivados de frango, seguido de máquinas e equipamentos, e tem como principais compradores a Venezuela, a Arábia Saudita e Portugal. Há embarques expressivos também para o Kuwait, a Jordânia, Omã, Catar, Angola e Granada.

As importações tiveram, em fevereiro último, alta de 26,5% sobre janeiro, com o resultado de US$ 72,749 milhões. Elas somaram neste ano US$ 142,7 milhões contra US$ 245,9 milhões em janeiro e fevereiro de 2007 (diferença de 58%).

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as compras do governo federal representam mais de 80% das importações do DF. Os principais produtos adquiridos no exterior foram medicamentos, hemoderivados, trigo, energia elétrica, material de informática e telecomunicação, máquinas e equipamentos e suprimentos médico-hospitalares. Os maiores fornecedores foram os Estados Unidos, França, Austria, Índia, Argentina e Inglaterra.

(com Agência Brasil)

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Brasil e Argentina iniciam discussão para que Acordo Automotivo dure cinco anos(Ministério do Desenvolvimento - 03.03.2008)

Representantes dos governos e da iniciativa privada que integram o Comitê Automotivo Brasil – Argentina começaram a discutir, hoje (3/3), em São Paulo, a renovação do Acordo Automotivo que irá reger o comércio de veículos e autopeças entre os dois países. O principal ponto acordado entre foi que esta renovação dure, no mínimo, cinco anos para incentivar investimentos, tanto na área de autopeças quanto na de fabricação de veículos.

Outro ponto levantado foi o fortalecimento da indústria de autopeças da Argentina. Os dois países começaram a discutir a maneira do Brasil participar desse processo. De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, no ano passado, o Brasil importou mais de US$ 9 bilhões de autopeças e, neste ano, deve importar mais de US$ 10 bilhões.

Página 49 de 154

Page 50: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

“Brasil e Argentina querem desenvolver investimentos no setor de autopeças e o Brasil vai concentrar esforços para contribuir na atração de novas fábricas de autopeças para Argentina. Isso ajudaria a devolver o equilíbrio nesse setor entre os dois países”, afirmou o secretário brasileiro.

O secretário de Indústria do governo argentino, Fernando Fraguío, afirmou que 50% das autopeças vendidas na Argentina são brasileiras e que apenas de 5% a 7% das peças utilizadas no Brasil são argentinas, justificando o objetivo de incrementar a produção de autopeças naquele país.

Além disso, Fernando Fraguío ressaltou a importância de “Brasil e Argentina somarem esforços para que o Mercosul cresça sua participação mundial no mercado de veículos”, por considerar que os dois países são fortes na produção de automóveis.

Nesse sentido, o secretário Ivan Ramalho lembrou que, somente no ano passado, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 25 bilhões. Deste total, o setor automotivo tem 40% de participação.

Nesta primeira reunião do ano, os dois países decidiram por ainda não discutir a alteração do índice flex (coeficiente de desvio sobre as exportações). O flex é número que se aplica sobre as exportações efetivamente realizadas para definir o limite das importações sem pagamento de Imposto de Importação (com alíquota zero).

Atualmente, o acordo de transição mantém o flex, válido para os dois países, no valor de 1.95. Com este índice de 1.95, até 30 de junho, para cada US$ 100 exportados, pode-se importar até US$ 195 dólares sem pagar Imposto de Importação.

No dia 27 de março, em Brasília, acontecerá reunião bilateral Brasil e Argentina e, no dia 4 de abril, em Buenos Aires, na Argentina, a do Comitê Automotivo

http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=2&noticia=8053

Retornar ao índice de assuntoVoltar

CONCORRÊNCIA

Concorrência - SP cria força-tarefa para barrar liminares contra leilão da Cesp(Gazeta Mercantil 04.03.2008 A-8 Direito Corporativo)

Para evitar atrasos no leilão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), marcado para o próximo dia 26, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está mantendo um grupo de advogados de prontidão para derrubar possíveis liminares. A equipe de procuradores foi criada no início de fevereiro, ainda antes da divulgação do edital, realizada no dia 25 daquele mês. Responsável por estar atento ao que possa atrapalhar o cumprimento do que está no texto e o andamento do processo de alienação, a equipe já cassou as duas liminares apresentadas até agora contra a venda. Ambas provinham de cidades onde a Cesp possui usina - Anaurilândia (MS) e Pereira Barreto (SP) - e há pendências judiciais quanto a danos ambientais que as construções teriam causado na região.

Página 50 de 154

Page 51: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O grupo de trabalho aguarda agora as já anunciadas intenções de algumas empresas interessadas - que não se encaixam no edital - de entrarem na Justiça para participar. É o caso das geradoras Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia Paranaense de Energia (Copel), proibidas pela lei paulista de participarem por serem estatais estaduais. "Foi montado esse sistema interno na Procuradoria para que o leilão da Cesp não entre em filas desnecessárias. É como se a equipe ficasse em stand by, estando preparada para uma eventual interrupção", informou a PGE por meio de sua assessoria de imprensa. No caso da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, realizada em dezembro, o leilão chegou a ser adiado duas vezes levando à Advocacia-Geral da União (AGU) a montar uma força-tarefa de 142 servidores espalhados pelo País, às vésperas da licitação. Advogados especialistas afirmam que devem chover liminares para contestar a licitação da Cesp. "Como a questão é polêmica deverão haver várias liminares para impedir o leilão", afirma a advogada e professora de direito administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Joana Paula Batista. Joana explica que uma parte da doutrina defende que é cabível a participação de estatais de outros estados na licitação da Cesp porque a Lei Federal 8.987/95 não veda isso. "Outra doutrina diz que não é cabível porque a participação direta de estatal de outro estado ou federal na atividade econômica de São Paulo violaria o pacto federativo", argumenta. A advogada diz ainda que a finalidade da licitação da Cesp é privatizar e, assim, não teria sentido tirar o controle da empresa das mãos de um estado para passar para as mãos de outro estado.Para o advogado Benedicto Porto Neto, da Porto Advogados, o problema girará em torno da constitucionalidade da Lei estadual 9.361/96. Porto Neto afirma que as estatais federais poderão alegar que sua participação é garantida pela Constituição porque, segundo a Carta Magna, a União é a competente titular de serviços energéticos. Já as estatais de outros estados, segundo Porto Neto, poderão alegar que a lei paulista confere tratamento discriminatório a outros estados da federação. A Constituição Federal veda medidas que discriminem estados. "Mas, na minha opinião, só se caracterizaria tratamento discriminatório, se a lei paulista permitisse a participação de alguns estados." O setor de pesquisa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) localizou treze projetos de lei para modificar a Lei estadual 9361/96. Seis deles já se transformaram em lei e os demais ainda tramitam. Um dos PL resultou na Lei 12.639/07, que revogou a vedação de participação de estatal federal da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás).

Retornar ao índice de assuntoVoltar

CONSTITUCIONAL

Congresso - Projetos ampliam validade de MP para 1 ano. Uma proposta aumenta vigência de 120 para 180 dias; outra permite reedição

(O Estado de São Paulo 04.03.2008 A-7 Nacional)

Denise Madueño

Combinado com o governo, o deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) formalizou proposta que aumenta o prazo de validade das medidas provisórias dos atuais 120 dias para 180 dias e outra que permite a reedição da MP que não for votada. A combinação das emendas amplia a validade das MPs para 360 dias. Descontados os 55 dias de recesso, quando a contagem do prazo é suspensa, a MP poderia vigorar por mais de um ano sem ser votada.

Página 51 de 154

Page 52: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Além das de Cardozo, a comissão da Câmara recebeu outras 28 emendas ao projeto que altera as regras das MPs. Ontem foi o último dia para a apresentação de propostas.

“Quando não se sabe que sistema vai resultar, temos de discutir todas as alternativas”, afirmou Cardozo. Ele explicou que não concorda com a reedição de MPs “pura e simples”, mas a emenda apresentada poderá ser útil, conforme o que for discutido na elaboração do projeto que mudará as regras das MPs.

“É fundamental que o Legislativo resgate seu papel. Do outro lado, é importante a situação de equilíbrio”, disse. “Nosso sistema de formação de maioria é muitas vezes enviesado.”

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reafirmou ontem que a determinação do Congresso em alterar as regras de MP é para resgatar a condição de a Câmara e o Senado elaborarem a própria pauta de votações, hoje monopolizada pela edição de MPs. Ele propõe acabar com a norma que proíbe as duas Casas de votarem qualquer outro projeto quando uma MP não é votada após 45 dias de sua edição.

De acordo com Chinaglia, o fim do trancamento de pauta vai exigir que o presidente da República mobilize sua base para aprovar questões de seu interesse no Congresso. “O governo não tem o que temer, porque é ele que edita a MP. Se perceber que não tem maioria, não vai editar”, afirmou.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

CONSUMIDOR

Proposta isenta cliente de pagar vaga em shopping(Câmara - 03.03.2008)

O Projeto de Lei 2621/07, do deputado Elismar Prado (PT-MG), isenta do pagamento da primeira hora de estacionamento os freqüentadores de shoppings centers e hipermercados que comprovem o gasto de pelo menos 15 vezes o valor do serviço.

Para receber o benefício, o consumidor deverá mostrar as notas fiscais, que têm de ser do mesmo dia. Caso o estacionamento seja utilizado por mais tempo, as horas restantes deverão ser pagas.

Valor embutido

Página 52 de 154

Page 53: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

De acordo com o autor da proposta, a intenção é corrigir o que considera distorção na qual os consumidores são obrigados a pagar duas vezes pelo mesmo serviço. "O preço do estacionamento, em geral, já está embutido no valor das mercadorias", diz.

O parlamentar afirma que, além de beneficiar o consumidor, a medida também deverá aumentar a arrecadação, porque o benefício só será concedido mediante a apresentação da nota fiscal.

TramitaçãoA proposta tramita apensada ao PL 2889/97, do deputado João Paulo (PT-SP), que também trata da cobrança de estacionamento em estabelecimentos comerciais. As matérias deverão ser analisadas pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de serem votadas pelo Plenário.

Íntegra da proposta:- PL-2621/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117964

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Trailers poderão ser opcionais em DVDs e cinemas(Câmara - 03.03.2008)

O Projeto de Lei 2499/07, do deputado Mário Heringer (PDT-MG), determina a instalação de dispositivo técnico em obras audiovisuais, destinadas ao mercado de vídeo doméstico, para permitir ao espectador ir direto ao filme, sem precisar assistir a trailers e peças comerciais.

O texto também determina que os cinemas informem ao público o horário exato do início da projeção principal, desconsiderando o tempo destinado a trailers e comerciais. Além disso, o tempo de projeção de curta-metragens e de peças educativas que antecedam ao filme principal também deverá ser comunicado ao público.

Quem descumprir essas determinações estará sujeito às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90): multa e apreensão, inutilização e cassação do registro do produto junto ao órgão competente. Os infratores também poderão, entre outras penalidades, ser obrigados a suspender o fornecimento de produtos ou serviços, ter a licença do estabelecimento cassada, sofrer intervenção administrativa e imposição de contrapropaganda.

MercadoMário Heringer ressalta que o Brasil possui mais de 2 mil salas de cinema, as quais, somente em 2006 receberam mais de 90 milhões de espectadores e tiveram renda de aproximadamente R$ 700 milhões. Já no mercado de vídeo doméstico, foram lançados no mesmo período cerca de 300 títulos nacionais e estrangeiros.

"A despeito das dimensões do mercado de audiovisuais no Brasil, suas relações de consumo ainda não se encontram devidamente regulamentadas", afirma Heringer. Ele reclama que, por falta de clareza quanto aos horários de início dos filmes,por exemplo, o espectador é obrigado a assistir a trailers e peças comerciais.

Tramitação

Página 53 de 154

Page 54: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2499/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117929

Retornar ao índice de assuntoVoltar

DIVERSOS

Morte - STF julga Adin contra Lei de Biossegurança. Subprocurador-geral da República sustenta que a vida começa na concepção e contesta uso de células-tronco embrionárias em pesquisas.

(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-6 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

A Constituição Federal garante o direito à vida e ela começa no momento da concepção. Esse é o argumento apresentado pelo subprocurador-geral da República, Claudio Fonteles, na ação direta de inconstitucionalidade (Adin 3510) contra o artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005). O dispositivo permite o uso de células-tronco embrionárias para pesquisa e terapia. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reunirão amanhã para julgar a Adin.

A ação foi protocolada em 2005, assim que a Lei de Biossegurança foi sancionada, quando Fonteles era procurador-geral da República. A lei permite a pesquisa com células-tronco retiradas de embriões, desde que eles sejam inviáveis, que estejam congelados há mais de três anos e que haja o consentimento dos genitores. O problema é que, para retirar o material de pesquisa, o embrião é destruído. E se um embrião fecundado é um ser humano - ainda que em potencial - ele tem o direito à vida e à dignidade garantidos pela Constituição.

Fonteles cita vários especialistas que defendem a tese de que a vida começa com a fecundação. Um deles, o cientista Jérôme Lejeune, professor da Universidade de René Descartes, em Paris, diz: "Não quero repetir o óbvio, mas, na verdade, a vida começa na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos se encontram com os 23 cromossomos da mulher, todos os dados genéticos que definem o novo ser humano estão presentes. A fecundação é o marco do início da vida. Daí para frente, qualquer método artificial para destruí-la é um assassinato".

Debate. Para promover o debate sobre o tema, Fonteles solicitou a realização de uma audiência pública. Ela aconteceu no dia 20 de abril de 2007, no auditório da 1ª Turma do STF. Na ocasião, o subprocurador defendeu a necessidade da discussão sobre o início da vida. "Dizer que o direito à vida é inviolável e parar, não tem sentido. Porque a pergunta necessária é: então, quando começa a vida? A partir daí eu propus esse debate ao Supremo Tribunal Federal", afirmou. Ele ainda disse que existem alternativas à pesquisa com embriões: "As células tronco adultas podem ser utilizadas com excelentes resultados para a ciência".

A sustentação em plenário será feita pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O relator da Adin é o ministro Carlos Ayres Britto.

Página 54 de 154

Page 55: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Justiça - Ambev terá de indenizar degustador. Funcioário alega ter se tornado alcolátra e desenvolvido cirrose.

(Jornal do Brasil 04.03.2008 A-7 País)

Um degustador de cerveja que trabalhou na atual Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), entre dezembro de 1976 e outubro de 1998, será indenizado por uma quantia de R$ 100 mil. A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou que a empresa foi responsável pelos danos causados à saúde do ex-empregado, que se tornou alcoólatra e acabou vítima de cirrose.

Para os ministros da turma do TST, a empresa tinha conhecimento de "predisposição familiar à síndrome de dependência do álcool", da qual já era portador o trabalhador.

A ação inicial de reparação por perdas e danos foi proposta pelo empregado (cujo nome não foi divulgado) na primeira instância da Justiça gaúcha quando se aposentou. Segundo ele - e com base em prova testemunhal - sua função o obrigava a ingerir 1.500 mililitros de cerveja (duas garrafas e meia) diariamente.

O degustador alegou, na petição e nos recursos posteriores, que seu estado de saúde tornou-se irreversível, já que - além de alcoólatra - tem cirrose e sofre de diabetes.

Dependência

Para o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), que condenou a empresa à indenização - agora confirmada na terceira instância - se o autor da ação já era portador da síndrome, jamais deveria exercer a atividade de degustador na companhia, que deveria considerar, ao selecionar pessoas para essa atividade, a preexistência de dependência alcoólica como fator de exclusão.

De acordo com informação da assessoria de imprensa do TST, o laudo pericial realizado para verificar as condições de trabalho na empresa confirmou que não era fiscalizada a quantidade de cerveja ingerida pelo empregado, nem eram adotadas medidas de prevenção e tratamento do alcoolismo.

A Ambev distribuiu nota à imprensa, na qual informa que "o processo, iniciado em 1998, antes mesmo da fusão que originou a empresa em 2000, refere-se a uma antiga cervejaria, cujo parque fabril não mais pertence á companhia". Ainda de acordo com a nota, nas dependências da Ambev, "para funções técnicas específicas, o consumo (de bebidas alcoólicas) é acompanhado de rigoroso controle médico, que inclui diversos procedimentos, como exames de sangue, neurológico, hepáticos e acompanhamento psicológico". (L.O.C.)

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Tabaco - Subcomissão debate Convenção-Quadro para o Controle do Uso do Tabaco(Senado - 03.03.2008)

Página 55 de 154

Page 56: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), reúne-se nesta terça-feira (4), às 11h, para discutir a Convenção-Quadro para o Controle do Uso do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), com o secretário-executivo da Conferência das Partes, Haik Nikogosian, que está no Brasil para reunião da OMS.

A Convenção-Quadro da OMS tem o objetivo de proteger as gerações, tanto presentes como futuras, dos males de caráter sanitário, social, ambiental e econômico gerados pelo consumo do fumo, bem como pela exposição à fumaça do tabaco. O documento pretende servir como referência para medidas de controle a serem implementadas pelas Partes, com a finalidade de prevenir a incidência de doenças, incapacidade prematura e mortalidade associadas ao consumo e a exposição à fumaça do tabaco.

A convenção foi adotada pelos países membros da OMS em 21 de maio de 2003. O Brasil assinou a convenção em 16 de junho daquele ano e o Congresso Nacional ratificou o texto do acordo em 27 de outubro de 2005.

A reunião da subcomissão acontecerá na sala 9 da Ala Alexandre Costa, anexo II do Senado.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72204&codAplicativo=2

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Chinaglia espera decisão favorável sobre células-tronco(Cãmara - 03.03.2008)

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse há pouco que espera uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às pesquisas com células-tronco.

Em 2005, a Câmara aprovou a Lei de Biossegurança, que permite pesquisas com células-tronco humanas. O Ministério Público Federal (MPF), no entanto, ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF contra a lei.

Em abril do ano passado, uma audiência inédita no STF ouviu especialistas e estudiosos favoráveis e contrários ao uso de células-tronco embrionárias. A ADI deve ser julgada amanhã.

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117953

Retornar ao índice de assunto

Página 56 de 154

Page 57: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Voltar

Projeto exige bancos de cordão umbilical em todo o País(Câmara - 03.03.2008)

O Projeto de Lei 2458/07, do deputado Silas Câmara (PSC-AM), exige a criação e manutenção de bancos de coleta de cordões umbilicais nas capitais de todos os estados e no Distrito Federal, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A idéia, segundo o autor, é permitir a realização dos transplantes de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), anteriormente conhecidos por transplantes de medula óssea, que são de difícil realização em razão da carência de doadores.

Pesquisas recentes, segundo Silas Câmara, levaram à produção de células-tronco a partir do sangue do cordão umbilical e placentário. Hoje, no entanto, por falta de uma legislação, esse cordão umbilical e a placenta são descartados após o parto.

Leucemia e doença cardíacaO deputado lembra que o TCTH tem beneficiado pacientes portadores de doenças hematológicas, como as leucemias, as aplasias de medula e doenças imunológicas. Além disso, de acordo com Silas Câmara, as células-tronco também podem ser usadas no tratamento do infarto do miocárdio ou de acidentes com queimaduras. "É de fundamental importância que sejam criados bancos de coleta de cordão umbilical e placentário em todos os estados, com o objetivo de ajudar a salvar a vida de numerosos pacientes", diz o deputado.

TramitaçãoO projeto tramita apensado ao PL 3055/04, do deputado Neucimar Fraga (PR-ES), que cria um programa nacional de coleta, armazenamento, exame e transplante de células originárias de sangue de cordão umbilical de recém-nascidos e já foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. As propostas serão analisadas ainda pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguirem para o Plenário.

Íntegra da proposta:- PL-2458/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117945

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Tiro no pé. Posso mostrar que, no jogo de equilíbrio entre direitos individuais e liberdade de informação, o menor dos males é a Lei de Imprensa

(Folha de São Paulo 04.03.2008 A-3 Opinião)

VICTOR GABRIEL RODRÍGUEZ

O JULGAMENTO DA Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, que incide sobre a Lei de Imprensa, enche de esperanças os jornalistas, ansiosos em ver declarada a inconstitucionalidade de um resquício da idade das trevas das liberdades públicas. Posso demonstrar aqui que, no jogo de equilíbrio necessário entre liberdade de informação e direitos individuais, a Lei de Imprensa é o menor dos males. Fixe-se, antes, a premissa de que a Lei de Imprensa só excepcionalmente foi utilizada como repressora da liberdade de expressão. Desde a independência, o imperador implantou um método bem

Página 57 de 154

Page 58: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

característico de perseguição aos jornalistas impertinentes: liberalismo na lei e repressão nos porretes das milícias do regime. Foi essa a filosofia da Lei de Imprensa atual: feita às vésperas do AI-5, delegou às normas de segurança nacional -ou ao arbítrio puro- a repressão às vozes dissonantes. Proponho a comparação de cinco institutos da lei reservada aos jornalistas e da lei geral (Código Penal, no caso), para ilustrar o que digo. Primeiro, as penas dos crimes contra a honra. Tem sido dito que as penas previstas para os delitos de calúnia, injúria e difamação cometidos pelo jornalista (arts. 20, 21 e 22 da Lei de Imprensa) são mais graves do que as cominadas para os crimes equivalentes, no Código Penal (arts. 140 a 142). Tal afirmação é fruto, perdoem, de pura falta de técnica. Quem a faz simplesmente desconsidera que, se o juiz, à falta de lei específica de imprensa, condenar um jornalista na lei comum, será obrigado a aplicar o dispositivo genérico do Código Penal e então aumentará a pena em um terço, porque o fato é cometido "na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria", ou simplesmente a aplicará em dobro, se entender que "o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa" (art. 141 do Código Penal). Agora é só fazer contas. Segundo e terceiro pontos: a decadência e a prescrição. São dois institutos que determinam prazos para que, respectivamente, o ofendido e o Estado ajam para garantir seu direito de viabilizar a punição. Ao perseguido interessa, portanto, que a lei preveja prazos mais exíguos. Assim é: no Código Penal, a decadência ocorre em seis meses (art. 103), enquanto a Lei de Imprensa reduz o prazo a três meses (art. 41), na vantajosa contagem a partir da data de publicação. O mesmo na prescrição: o crime de calúnia prescreve abstratamente, na legislação comum, em oito anos (109, IV, Código Penal). Favoravelmente ao jornalista, o lapso é de dois anos (art. 41 da Lei de Imprensa). A previsão de defesa prévia é o quarto ponto. Pela especial condição do jornalista, a Lei de Imprensa prevê um direito de defesa a mais àqueles processados por suas linhas (art. 43). Na legislação comum, não há oportunidade equivalente. O último ponto é a responsabilidade penal sucessiva. De origem nacional, o instituto determina o responsável pelo crime por um modo especial, de acordo com uma hierarquia presumida. Esse sistema está previsto hoje nos artigos 37 e 38 da Lei de Imprensa e é adotado em eficazes legislações de construção recente, como o Código Penal Espanhol, de 1995. Se bem utilizado -e aí sim é necessária a revogação do parágrafo 3º do art. 37 da Lei de Imprensa-, o instituto estreita os limites punitivos do Estado em relação aos profissionais da comunicação, pois veda a obrigatória consideração de concurso de agentes da lei comum (arts. 13 e 29 do Código Penal). Com tudo isso, nem sequer toquei no assunto do direito a cela especial do jornalista ou no impedimento à sua prisão processual (art. 66 da Lei de Imprensa), ou nas condições de fixação da pena (art. 69), ou nas estritas margens da reincidência (a reincidência específica do art. 73). Não abordei a questão indenizatória, em que, à diferença da legislação comum, a Lei de Imprensa prevê a cessação da responsabilidade civil (art. 49) e, ainda, faz uma limitação do valor de reparação de dano (art. 51, I a IV), em valores irrisórios se comparados aos fixados pelas regras do Código Civil. Não se iludam os jornalistas: na mais livre das democracias, sempre haverá instrumentos estatais de controle aos abusos de liberdade, porque esta não existe na forma absoluta. A suspensão da eficácia da Lei de Imprensa pelo Supremo Tribunal Federal já conduz a que sejam aplicadas as regras comuns aos delitos ou meros abusos da informação. E, se me permitem a conclusão, será o momento em que a classe jornalística notará haver batalhado por revogar a lei que a protegia.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 58 de 154

Page 59: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS

Petrobras faz desdobramento e cria subsidiária para biocombustíveis (Valor Econômico 04.03.2008 A-3 Brasil)

Cláudia Schüffner e Rafael Rosas

A Petrobras anunciou ontem a criação de uma subsidiária que será responsável pelos negócios de biocombustíveis e irá absorver as usinas de biodiesel.

A empresa também informou que fará um desdobramento de ações. A medida passa a valer a partir do dia 25 de abril, quando cada ação será dividida em duas, incluindo os recibos de ações (ADR), cuja proporção continuará sendo de um para cada duas ações.

Almir Barbassa, diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, explicou que o objetivo da divisão das ações é trazer maior número de pequenos investidores para a base de acionistas da companhia, já que um lote de ações da companhia vale hoje entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.

Outro anúncio feito ontem foi a substituição do diretor da área internacional, Nestor Cerveró, por Jorge Luiz Zelada. Cerveró vai ocupar a diretoria financeira da BR Distribuidora, que estava vaga.

A companhia divulgou ontem um lucro de R$ 21,5 bilhões em 2007, 17% menor que o de 2006. No quarto trimestre, o lucro foi de

R$ 5,053 bilhões, o que representa uma queda de 3% em relação ao mesmo período de 2006, quando o ganho foi de R$ 5,2 bilhões.

Entre as explicações para o resultado, menor que o esperado pelo mercado, a companhia mencionou perdas de R$ 3,9 bilhões com a valorização de 17% do real frente ao dólar, despesas de R$ 1,7 bilhões com a repactuação do Plano Petros, e também prejuízos com operações no setor elétrico no valor de R$ 449 milhões. Não se trata ainda de um prejuízo consolidado na área de gás e energia, porque o valor se refere a uma provisão de R$ 85 milhões por descumprimento de um termo de compromisso firmado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no ano passado, e ainda de encargos de R$ 309 milhões referentes ao não suprimento de gás natural para usinas termelétricas com contrato de fornecimento.

Apesar do resultado financeiro menor, Barbassa enfatizou que 2007 foi um ano "excepcional". Ele destacou o aumento das reservas da companhia entre os fatos mais importantes, o que permitiu dobrar o valor de mercado de R$ 230,4 bilhões para R$ 429,9 bilhões em um ano.

A maior empresa brasileira apurou receita líquida de R$ 170,578 bilhões em 2007, 8% maior que a do ano anterior. O lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações, ou seja, o ganho obtido com as atividades da empresa, caiu 1%, para R$ 50,275 bilhões. No quarto trimestre aumentou 18%, para R$ 12,031 bilhões.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 59 de 154

Page 60: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Ucrânia - Gazprom reduz fornecimento de gás(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-7 Economia)

Da France Presse

Após várias advertências, a gigante estatal russa Gazprom fechou parcialmente os dutos de gás para a Ucrânia, no momento em que o presidente da companhia de petróleo, Dimitri Medvedev, era anunciado vencedor das eleições presidenciais. O porta-voz da empresa, Serguei Kupriano assegurou que os clientes europeus da Gazprom, cujo fornecimento passa em torno de 80% pela Ucrânia, não seriam afetados pela medida.

O presidente da Ucrânia, Viktor Yuchshenko, pediu que uma outra "guerra do gás" seja evitada.

"O presidente destacou que o objetivo principal atualmente é o de estabelecer negociações dinâmicas com a Gazprom e não provocar uma guerra do gás".

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Meio Ambiente - Energia eólica pode ameaçar aves. Ambientalistas buscam conciliar uso dos ventos com segunrança para espécies ameaçadas.

(Jornal do Brasil 04.03.2008 A-24 Vida)

O uso do vento como fonte de energia eólica é uma das soluções mais limpas do planeta e vem sendo defendida por praticamente todas as instituições ligadas à proteção ambiental. Mesmo assim, as cada vez mais potentes hélices dos cataventos instalados em algumas fazendas nos Estados Unidos já começam a causar problemas ambientais.

O perigo diz respeito às aves, mais particularmente ao grou americano (whooping crane, em inglês), pássaro muito conhecido e admirado nos EUA por sua beleza e seus berros que acordam quase uma floresta inteira. O problema é que uma das regiões mais propícias à instalação de fazendas produtoras de energia eólica, devido à força dos ventos locais, fica justamente no corredor migratório dessas aves, entre a costa do Texas e o Nordeste do Canadá.

Ambientalistas favoráveis-ao uso da energia eólica temem que o pássaro, que já esteve próximo à extinção há cerca de 60 anos, possa novamente ser ameaçado. Por isso, pedem que seja feito um estudo de impacto ambiental antes da instalação dos cataventos.

- Existem áreas já conhecidas por servirem como rota e ponto de parada dos grous durante a época de migração. Gostaríamos que as companhias evitassem essas regiões e considerassem uma boa margem de segurança - apela Tom Stehn, especialista em grou americano e coordenador do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, na véspera de uma conferência nacional sobre energias renováveis, que começa hoje em Washington.

Extinção

Em 1941, apenas 15 exemplares de grou americano estavam em liberdade nas florestas dos EUA. Um programa ambiental conseguiu aumentar este número para 360 aves em liberdade e 150 em cativeiro.

Página 60 de 154

Page 61: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Na semana passada, o uso da energia eólica ganhou força nos EUA depois que a Câmara dos Deputados votou a favor da concessão de incentivos fiscais aos usuários de fontes de energia renováveis.

Uma organização ambiental sem fins lucrativos, a Audubon, especializada em pássaros, se diz totalmente favorável ao uso da energia eólica, mas ressalta que é preciso ter atenção com os as aves.

"O desafio é conseguirmos sentar juto aos designers responsáveis pelos cataventos e criarmos uma forma de evitar que haja colisões dos pássaros com as hélices das turbinas eólicas", disse a Audubon, em um comunicado. Os ambientalistas dizem já estar em contato com fabricantes de turbinas eólicas para tentar encontrar a melhor solução.

No ano passado, turbinas eólicas forneceram energia elétrica para cerca de 1% das casas nos EUA. A previsão é que haja cerca de 25% de crescimento por ano deste mercado, de acordo com a Associação Americana de Energia Eólica (Awea, sigla em inglês).

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Lucro da Petrobras recua 17% em 2007. Com avanço menor na produção e política de contenção de repasse de reajustes, empresa obtém ganho de R$ 21,5 bi

(Folha de São Paulo 04.03.2008 B-1 Dinheiro)

Retração é primeira desde 2004; diretor da estatal atribui piora no resultado à queda do dólar e a ajuste com plano Petros

JANAINA LAGEPEDRO SOARESDA SUCURSAL DO RIO

Sem reajustar o preço dos combustíveis e com um crescimento bastante modesto em sua produção, a Petrobras viu seu lucro cair 17% em 2007. O resultado ficou em R$ 21,512 bilhões, abaixo dos R$ 25,919 bilhões obtidos em 2006. Foi a primeira retração no lucro anual da estatal desde 2004.No último trimestre, o lucro ficou em R$ 5,053 bilhões, com queda de 8,6% em relação ao terceiro trimestre e de 3% na comparação com o quarto trimestre de 2006, um resultado abaixo das previsões de analistas. A estatal anunciou ainda mudanças em sua diretoria, atendendo a pressões do PMDB, que assumirá a diretoria Internacional da estatal no lugar de um petista.Segundo especialistas, diferentemente de outras petroleiras, a Petrobras não se beneficiou integralmente da alta do petróleo, ao não corrigir o preço dos principais derivados: gasolina, diesel e gás de cozinha.Ou seja, se não tivesse segurado os reajustes, teria lucrado mais. "O resultado poderia ter sido melhor", diz Vladimir Pinto, analista do Unibanco.Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, dois fatores explicam o desempenho do ano passado: a desvalorização do dólar de 17% (o que causou perdas na conversão de receita estrangeira para real) e o ajuste com o plano Petros, que teve um impacto negativo de R$ 1,750 bilhão. O efeito da desvalorização do dólar somou R$ 3,9 bilhões. "Esse é o custo de ter uma moeda valorizada e uma maior atuação internacional", diz.A necessidade de garantir gás para as termelétricas também provocou impacto negativo. A multa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e encargos com o fornecimento de gás natural para as usinas tiveram impacto negativo de R$ 449 milhões.

Página 61 de 154

Page 62: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O desempenho também poderia ter sido melhor não fosse o atraso na entrada em operação de duas plataformas programadas para o primeiro semestre de 2007, mas que só começaram a produzir no final do ano, diz Nelson Rodrigues Matos, analista do Banco do Brasil.O resultado foi a expansão de apenas 0,8% da produção -1,778 milhão de barris de óleo no Brasil na média de 2006 para 1,792 milhão de barris/dia.Com isso, o faturamento da companhia cresceu 8%, abaixo das estimativas iniciais de analistas. Ficou em R$ 170,6 bilhões em 2007, contra R$ 158,2 bilhões em 2006.Em 2007, a companhia registrou Ebtida (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações) de R$ 50,275 bilhões, 1% menos do que os R$ 50,864 bilhões obtidos em 2007.Também pesou negativamente no desempenho da companhia a alta dos custos que afeta toda a indústria de petróleo do mundo. O custo de extração de óleo no Brasil, por exemplo, saltou de R$ 17,6 por barril no quarto trimestre de 2006 para R$ 23,2 no mesmo período do ano passado.Apesar dos fracos resultados de 2007, especialistas destacam que a estatal anunciou grandes descobertas, como Tupi. Segundo Barbassa, o retorno aos acionistas subiu 131,4%. "O mercado entendeu que as descobertas mudam a condição de valor da empresa."Com isso, o valor de mercado da companhia chegou a US$ 235 bilhões. É a terceira maior do setor, atrás de Exxon Mobil e Shell.Em 2007, a estatal exportou 615 mil barris diários de petróleo e derivados e importou 538 mil barris, gerando um saldo líquido de 77 mil barris por dia.Em reais, as exportações líquidas geraram apenas R$ 73 milhões de superávit, menos do que o previsto no começo do ano, já que o excedente de produção frustrou as expectativas e o câmbio também não ajudou.De acordo com Barbassa, as expectativas para 2008 são boas porque a produção vai aumentar em 460 mil barris por dia, além do início da produção na Nigéria.

Preço defasado "custou" R$ 5,8 bi desde 2005, diz analistaHUMBERTO MEDINADA SUCURSAL DE BRASÍLIA

PEDRO SOARESDA SUCURSAL DO RIO

Analistas de mercado vêem defasagem no preço da gasolina e do diesel vendido pela Petrobras, mas não acreditam que a estatal vá reajustar o preço em ano eleitoral. O último aumento ocorreu em setembro de 2005. Naquela ocasião, o barril de petróleo estava em aproximadamente US$ 60. Hoje, está na casa dos US$ 100.A falta de aumento afeta os resultados da empresa, 17% menores em 2007 do que em 2006. Se não causa prejuízo, impede ganhos maiores -uma das principais fontes de receita da estatal é a venda de óleo diesel, que, de acordo com o mercado, está com seu preço 11% defasado em relação ao praticado no mercado internacional.De acordo com a consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), a Petrobras deixou de ganhar R$ 5,8 bilhões desde o início de 2005 por não ter feito reajustes nos valores de venda de derivados quando os preços internacionais estavam mais altos. Em fevereiro, as perdas diárias da estatal foram de R$ 16 milhões, segundo cálculo da consultoria.Em tese, com a liberação do mercado, em 2002, a Petrobras deveria reajustar os preços dos derivados vendidos no mercado interno de acordo com as variações do mercado internacional. Dessa forma, manteria o seu preço sempre próximo ao custo de importação de combustíveis, o que, em tese, permitiria competição no setor.Na prática, apenas derivados como querosene de aviação e óleo combustível são reajustados com freqüência. Para a gasolina e óleo diesel, produtos com maior peso na inflação e grande visibilidade, a posição oficial da empresa tem sido a de não repassar para o mercado interno as oscilações de preço internacionais. Assim, só haveria reajuste quando o preço do petróleo ficasse estável em um determinado patamar.

Página 62 de 154

Page 63: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Em estudo feito pela consultoria Tendências, são traçados três cenários para os preços internos dos derivados de petróleo em 2008. No cenário considerado "básico", o preço médio do barril do petróleo recua para uma cotação média de aproximadamente US$ 81 ao longo do ano, o que daria uma defasagem de aproximadamente 10% para os combustíveis no mercado interno, que não seria repassada pela Petrobras.No cenário chamado "stress 1", a cotação média do barril de petróleo ao longo do ano fica em cerca de US$ 91, com defasagem média de 15% nos combustíveis no mercado interno. Em tese, isso aumentaria a chance de reajuste, mas as eleições municipais no segundo semestre levariam a uma baixa probabilidade de reajuste.O terceiro cenário ("stress 2") indica uma alta ainda maior nas cotações internacionais, o que levaria a uma chance maior de reajuste no mercado interno. Levando em conta os três cenários, a consultoria conclui que é pequena a chance de reajuste em 2008.Para a RC Consultores, o preço da gasolina está 7% abaixo do mercado internacional, e o do diesel, 11%. Apesar da defasagem, o consultor Fábio Silveira acredita que, se houver reajuste, ele será bem menor, de no máximo 3%, em junho ou julho. "Um reajuste maior teria impacto nas metas de inflação, o que pode ter impacto na política monetária, com pressão para alta de juros", avalia.Para ele, o cenário neste ano pressiona mais por reajuste do que em 2007. "O cenário lá fora não é de queda. Há escassez estrutural [de petróleo] e fortes movimentos especulativos."A decisão de aumentar ou não o preço dos derivados é política, e não empresarial, disse Silveira. "É uma questão de política do Estado. A empresa é uma estatal, e existem metas de inflação", afirmou.

ConsumidoresDo ponto de vista do consumidor brasileiro, a política de preços da Petrobras trouxe benefícios. Os combustíveis caíram e ajudaram a conter o IPCA, índice de inflação que baliza a meta do governo. O IPCA se acelerou e subiu 4,46% em 2007 -mais do que os 3,14% de 2006. Já o subgrupo dos combustíveis caiu 0,33% graças à redução de 0,69% dos preços médios da gasolina. Em 2006, a gasolina havia subido 2,94%.Para Nelson Rodrigues Matos, analista do Banco do Brasil, a Petrobras foi beneficiada pela queda do dólar de 18% em 2007, que compensou em parte a alta do barril. Assim, absorveu fatia menor da valorização de 51% do petróleo, que não foi repassada integralmente.

MERCADO: CONSELHO APROVA DESDOBRAMENTO DE AÇÕES O Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem proposta de desdobramento das ações da companhia, que será encaminhada para análise em assembléia geral de acionistas. Cada ação atual, tanto ordinária quanto preferencial, passará a ser representada por duas ações. A última vez em que a empresa realizou um desdobramento de papéis foi em setembro de 2005. O objetivo da empresa, com a medida, é elevar a liquidez e permitir maior participação de pequenos investidores nos negócios com os papéis.

Descoberta valoriza papéis da companhiaDA SUCURSAL DO RIO

Em 2007, a Petrobras viveu duas realidades distintas: passou de uma empresa com a imagem arranhada pela crise da Bolívia e pelo desempenho da produção aquém do esperado a uma companhia muito bem-sucedida na missão de ampliar reservas e realizar descobertas de petróleo e gás.Essa virada, claro, refletiu-se no preço das ações. Após iniciar o ano em queda, os papéis se recuperaram e fecharam 2007 com altas de 98,9% (ON) e 84% (PN), segundo dados da Economática. Em 2007, o Ibovespa subiu 43,65%.Em meio à disputa com o governo da Bolívia sobre a posse de duas refinarias, a estatal se desgastou e seus papéis começaram o ano ladeira abaixo."As descobertas [de petróleo e gás na bacia de Santos, anunciadas posteriormente] representaram um divisor de águas [no desempenho das ações]", afirmou Vladmir Pinto, da equipe de analistas do Unibanco.

Página 63 de 154

Page 64: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Para Nelson Rodrigues de Matos, analista do Banco do Brasil, com isso, fatores como a frustrante produção de petróleo de 2007 (que cresceu 0,8%), causada pelo atraso na entrada de plataformas, deixaram de influenciar negativamente as ações. (PS)

DISTRIBUIÇÃO: EMPRESA DIZ QUE DISPUTARÁ ATIVOS DA ESSO A Petrobras informou ontem, em comunicado ao mercado, que continua na competição pelo ativos da Esso no Brasil. Rumores de mercado apontam a Cosan, a maior produtora de açúcar e álcool do país, como principal concorrente da Petrobras na compra. Se concretizado, o negócio também teria que enfrentar a análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre concentração de mercado. A BR Distribuidora, braço de distribuição da Petrobras, é a maior empresa do setor no país.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Preço dos combustíveis avança nos postos, diz ANP. Altas foram de 6,08% para o álcool, 1,60% para a gasolina e 0,85% para o diesel

(Folha de São Paulo 04.03.2008 B-3 Dinheiro)

Também subiram os preços do gás veicular (4,16%) e do botijão de GLP (1,46%); altas foram na semana passada em relação à anterior

CIRILO JUNIORDA FOLHA ONLINE, NO RIO

Os preços dos combustíveis dispararam na semana passada, na média de todo o Brasil, segundo levantamento semanal feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). O álcool teve encerrada sua trajetória de queda e subiu 6,08%. Na semana passada, o litro do combustível era encontrado, em média, por R$ 1,552, ante R$ 1,463 verificado na semana anterior.A gasolina, que tem mistura de 25% de álcool anidro, seguiu esse ritmo e registrou alta de 1,60%. O litro do combustível passou de R$ 2,494, em média, na semana de 17 a 23 de fevereiro, para R$ 2,534 na semana de 24 de fevereiro a 1º deste mês.Já o preço médio do metro cúbico do GNV (Gás Natural Veicular) chegou a R$ 1,502 na semana passada, com alta de 4,16% em relação à média de R$ 1,442 constatada nos sete dias imediatamente anteriores.O litro do diesel aumentou 0,85%, passando de R$ 1,876 para R$ 1,892. Até o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) subiu. O preço do botijão de 13 quilos subiu 1,46% na semana passada, para R$ 33,28. Entre 17 e 23 de fevereiro, era encontrado, em média, por R$ 32,81.O levantamento da ANP para esses combustíveis leva em conta pesquisa feita em mais de 8.000 postos em todo o Brasil. Para o preço do GNV, são considerados 479 postos, já que o combustível não chega a todas as regiões do país.O preço dos combustíveis vinha em trajetória estável, ou descendente ao longo de fevereiro, de acordo com a ANP. O litro do álcool variou, nas três semanas anteriores, de R$ 1,463 a R$ 1,474. A gasolina não passou de R$ 2,498, preço registrado na semana de 3 a 9 de fevereiro. Depois disso, caiu apenas para R$ 2,494, entre 17 e 23 de fevereiro, até subir para R$ 2,534 na semana passada.O GNV ficou entre R$ 1,427 e R$ 1,442 nas três primeiras pesquisas de fevereiro. O diesel quase não teve variação nesse período, evoluindo de R$ 1,875 para R$ 1,876. O mesmo ocorreu com o GLP, cujo preço do botijão variou de R$ 32,80 a R$ 32,82 nas três primeiras semanas de fevereiro, antes de subir para R$ 33,28 na última.Para o diretor-secretário da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), Emílio Martins, o aumento do álcool é reflexo da escalada dos preços no varejo. Segundo

Página 64 de 154

Page 65: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ele, nas últimas semanas o litro vendido nas usinas subiu 7%, em média. Ele ressaltou que os postos não fizeram o repasse integral aos consumidores."A gasolina, por ter álcool misturado, acaba tendo o preço elevado também. É inacreditável que um produto que está com a produção parada tenha uma variação dessas. De repente, o preço do álcool subiu."

Abin fará plano de segurança para PetrobrasEstatal já tinha acordo com agência de inteligência para proteção de dados, mas ele não funcionava

ANDRÉA MICHAELDA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fará diagnóstico completo e montará um plano para superar as fragilidades em termos de guarda e transporte de dados sigilosos e estratégicos da Petrobras. A negociação está em curso e, para o caso concreto, dos furtos ocorridos em janeiro, as recomendações já foram apresentadas à estatal.O diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, disse que será feita análise de fôlego, sobre todas as operações da empresa, em caráter profundo e provavelmente demorado. "Faremos aos poucos. Será um trabalho aprofundado, mas tudo dependerá da disposição da empresa. Não haverá imposições", afirmou.No caso concreto, relacionado aos furtos dos pentes de memória que continham informações do campo de prospecção de petróleo de Júpiter, Lacerda disse, por exemplo, que a recomendação seria o transporte dos laptops furtados por meio de helicópteros e que os dados fossem criptografados.Lembrou, ainda, que a Abin tem um serviço especializado de criptografia usado por boa parte dos órgãos públicos, inclusive a Presidência, o que inclui uma modalidade portátil, que também poderia ter sido usada, no mesmo episódio, para transportar os dados com maior segurança.A Petrobras já mantém com a Abin, ao menos no papel, a assinatura do PNPC, que é o Plano Nacional de Proteção ao Conhecimento, oferecido pela agência a empresas públicas e privadas nacionais. Não funcionava na prática.Começará a operar agora. Segundo Lacerda, numa empresa das dimensões da Petrobras, "fica difícil prever todas as situações". "Já aconteceram outros furtos. Mas nessa ocasião, infelizmente, ficou claro que há uma vulnerabilidade perigosa que precisa ser resolvida."O superintendente da PF no Rio, Valdinho Caetano, que esteve presente à tradicional solenidade de hasteamento da bandeira da PF, todo primeiro dia útil do mês, disse à Folha que o comprador do único pente de memória vendido já foi localizado e ouvido."Ele não comprou de má-fé, pagou mais o menos o preço de mercado, cerca de R$ 1.500, confiava no vendedor e não tinha noção do conteúdo", afirmou Caetano, que deu o caso como encerrado.Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Felix, divulgaram nota oficial conjunta sobre os episódio da Petrobras. Também dão o caso como encerrado, sob a tese do crime comum, porque, dizem, os responsáveis queriam os objetos para vendê-los e não sabiam do seu conteúdo.Reconhecem, no entanto, "que o fato se reveste de gravidade, pois, se delinqüentes comuns puderam ter acesso a tais dados, ainda que involuntariamente, com relativa facilidade, é porque o sistema de guarda e segurança de materiais reservados revelaram fragilidade".Tarso voltou a insistir no fato de que o governo agiu corretamente ao tratar a questão como um assunto de Estado e elogiou o trabalho conjunto e bem-sucedido, em suas palavras, entre a Abin e a PF, o que deverá se repetir em outras ocasiões, disse o ministro.A PF anunciou na sexta a prisão de quatro vigilantes que trabalhavam para empresa de segurança contratada pela Petrobras e os acusou pelo furto dos equipamentos da estatal federal.

Cotação real do petróleo bate recorde em NYDA REDAÇÃO

Página 65 de 154

Page 66: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O preço do barril de petróleo petróleo bateu ontem o seu recorde na Bolsa de Nova York em termos reais (com o ajuste da inflação norte-americana no período), superando a marca de aproximadamente 28 anos.Antes de fechar em US$ 102,45 (aumento de 0,60% em relação ao pregão de sexta), o produto chegou a US$ 103,95, passando os US$ 103,76 de abril de 1980 em termos atualizados, segundo o cálculo de alguns analistas -que era considerado o seu maior valor até então. Havia cerca de 28 anos, pouco meses depois da Revolução Iraniana, o produto valia US$ 38 em preço da época.A comparação, no entanto, é complicada. A Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York) só começou a negociar os contratos futuros de petróleo em 1983. E o cálculo hoje é feito com a média dos preços mensais de acordo com as companhias petrolíferas da época. Dependendo do índice de inflação utilizado, o recorde estaria entre US$ 94 e US$ 104.Com a desvalorização em relação às principais moedas (o euro passou na semana passada a barreira do US$ 1,50 e ontem esteve cotado em US$ 1,52), os investidores estão aproveitando que podem comprar mais barato o barril, ao mesmo tempo em que tentam se proteger da inflação nos EUA.Em Londres, a cotação do barril passou pela primeira vez a marca dos US$ 102. Ontem, o produto se valorizou em 2,19%, terminando o dia cotado a US$ 102,29.O aumento das tensões nas relações entre Colômbia, Venezuela e Equador foi um dos motivos para a alta de preços ontem.A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cartel responsável por cerca de 40% da produção mundial, reúne-se amanhã em Viena (Áustria) e alguns dos seus integrantes já disseram que ela não deve aumentar a produção.Segundo o presidente da entidade, o argelino Chakib Khelil, o encontro de amanhã discutirá duas possibilidades: manutenção ou corte da produção. Nesse caso, a tendência é que os preços subam ainda mais."Eu não acredito que a Opep irá considerar uma elevação da produção porque seria um aumento para atender uma demanda que não existe", disse Khelil.

Petrobras confirma indicado do PMDB para área InternacionalDA SUCURSAL DO RIO DA FOLHA ONLINE, NO RIO

Depois de meses de negociação, a Petrobras anunciou ontem a indicação de Jorge Zelada para o cargo de diretor da área Internacional.Indicado pelo PMDB mineiro, o nome de Zelada já havia vazado para a imprensa.Após reunião do Conselho de Administração na sede da empresa no Rio, com a presença de ministros e da diretoria da estatal, o nome de Zelada foi anunciado após a divulgação dos resultados da empresa no ano passado.A entrevista começou com atraso de uma hora e meia. A demora aumentou as expectativas de que a mudança na diretoria seria anunciada.O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, entrou na sala onde seria realizada a entrevista e chegou a voltar. Minutos depois iniciou a divulgação dos resultados e anunciou que tinha outras novidades.Apenas divulgou o nome de Zelada após uma pergunta direta sobre novos ocupantes de cargos.Questionado sobre quem havia indicado o engenheiro, disse desconhecer qualquer indicação. Destacou que Zelada estava na companhia desde 1980 e que já havia ocupado uma série de cargos.Mais recentemente atuava como gerente-geral de implementação de empreendimentos de exploração e produção e transporte marítimo da área de engenharia, órgão responsável pela construção de plataformas de produção.Zelada substitui Nestor Cerveró no cargo. Cerveró foi deslocado para a diretoria financeira da BR Distribuidora.Cerveró era uma indicação de Delcídio Amaral (PT-MS). Houve uma acirrada disputa política sobre quem ocuparia o cargo.Na reunião do conselho ontem, foi nomeado também Andurte de Barros Duarte Filho, que seguirá para a diretoria de Mercado Consumidor da BR Distribuidora.

Página 66 de 154

Page 67: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Andurte é engenheiro, funcionário de carreira desde 1982. Era gerente-executivo de grandes consumidores da BR.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Real valorizado reduz lucro da Petrobras, mas chega a R$ 21,5 bilhões. Acionista tem retorno recorde. Em termos absolutos, valor de mercado da estatal petrolífera chega a R$ 429,9 bilhões

(Monitor Mercantil 04.03.2008 p. 6 Financeiro)

Diretamente influenciado pelas novas descobertas de petróleo e gás, o valor de mercado da Petrobras cresceu 87% em 2007, na comparação com o ano anterior. Em termos absolutos, a Petrobras vale atualmente R$ 429,9 bilhões. Por esse motivo, o retorno dos acionistas foi recorde na história recente da companhia, atingindo 77,5%. Se for considerado o re-investimento dos dividendos, o índice chega a 83,9%.

Quanto aos investimentos, direcionados prioritariamente para a expansão da produção, outro recorde histórico: R$ 45,3 bilhões, 34% acima do desembolsado em 2006. Apesar disso, o lucro líquido da companhia em 2007 foi 17% inferior ao apurado no ano anterior e ficou em R$ 21,5 bilhões.

Moeda valorizada

"Esse é o custo de ter uma moeda valorizada e trabalhar no mercado internacional. O lucro foi afetado pela valorizacão do real e pelo custo de incorporar maior estabilidade no longo prazo ao plano de pensão", esclareceu o diretor Financeiro e de Relações com os Investidores, Almir Barbassa.

Outro destaque do ano passado, o índice de reposição de reservas no Brasil e no exterior cresceu 131,1%, "demonstrando a capacidade exploratória da empresa", afirmou a companhia, esclarecendo que o percentual ainda não reflete as descobertas de petróleo e gás localizadas na camada pré-sal.

Resultado fantástico

"É um resultado fantástico. Se for computado o ganho na Bolsa de Nova York (ADRs) , o retorno do investidor chegou a 131,4%", disse Barbassa. As valorizações das ações da Petrobras superou, pelo quarto ano seguido, o desempenho do índice de preços da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa).

"O sucesso exploratório em novas fronteiras (pré-sal) nas Bacias de Santos e do Espírito Santo e o potencial de crescimento da produção com a partida de cinco grandes plataformas em 2007 e três novas previstas para 2008 fazem da Petrobras uma companhia diferenciada", acrescentou o diretor.

Interesse na compra de ativos da Esso é confirmado

A Petrobras confirmou seu interesse em adquirir os ativos da distribuidora norte-americana Esso no Brasil. Em nota divulgada ao mercado, a estatal informou que estuda prosseguir no processo competitivo de compra dos ativos da Esso no país. A Esso está se desfazendo de seus ativos de distribuição no Cone Sul.A Petrobras informou que, em consonância com o planejamento estratégico, sempre analisa oportunidades de negócio que agreguem valor às atividades. Segundo o comunicado divulgado nesta segunda-feira, os acionistas e o mercado serão mantidos informados.

Há rumores no mercado de que a Petrobras se uniu a dois concorrentes, o grupo Ultra-Ipiranga e a distribuidora AleSat, para viabilizar o negócio, disputado ainda pelo grupo americano Ashmore, e por um consórcio envolvendo o fundo GP Investimentos e empresários argentinos.

Página 67 de 154

Page 68: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A Esso, que detém cerca de 7,2% de participação no mercado nacional de distribuição de combustíveis prefere vender um pacote fechado com todos os postos e bases de distribuição do continente. Há empresas, porém, interessadas apenas nos ativos brasileiros.

Índia

A Petrobras pretende comprar 40% de participação de um bloco em águas profundas da petrolífera indiana Oil & Natural Gas Corp (ONGC) em Mahanadi.

A informação é do jornal local Economic Times, que atribuiu a informação a fontes. A proposta de compra já teria sido enviada ao governo da Índia e estaria aguardando aprovação.

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a criação de uma subsidiária destinada., especificamente, para tratar de assuntos relacionados a biodiesel. A nova empresa será devidamente discutida nas próximas reuniões.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

MPX protocola estudo para nova termoelétrica(DCI 04.03.2008 Indústria)

A MPX Energia S.A, companhia com nove projetos de geração de energia em implantação baseados principalmente em termoelétricas a carvão, localizados em portos no Brasil e no Chile, informou ao mercado ter protocolado na Secretaria do Meio Ambiente do Maranhão, em 29 de fevereiro, Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA RIMA) referente ao projeto da usina termoelétrica (UTE) Porto de Itaqui.

O EIA RIMA ficará à disposição da Secretaria do Meio Ambiente do maranhão para análise e posteriormente será avaliado em audiência pública.

Também ontem, a MMX Mineração e Metálicos informou ao mercado que AVX Mineração e Participações Ltda, subsidiária direta da Companhia, como a MPX, concluiu a operação de aquisição da Minerminas - Mineradora Minas Gerais Ltda. Pela compra de todas as quotas, a AVX pagará US$ 115,62 milhões em sete parcelas semestrais seguidas. A primeira parcela, no valor de US$ 16.517.857, já foi quitada. O pagamento será finalizado em janeiro de 2011.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Petrobras, Modec sign FPSO supply deal for Tambaú-Uruguá(T&B Petroleum 03 a 06.03.2008)

Brazilian federal energy company Petrobras (NYSE: PBR) and Japanese oil services company Modec International signed an LOI for the supply, charter and operations of a FPSO for the Santos basin, Modec said in a statement.

The contract is a 12-year lease with three one-year options, the Japanese company said.

Página 68 de 154

Page 69: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Modec will be responsible for the engineering, procurement, construction, mobilization and operations of the FPSO, including topsides processing equipment, hull and marine system.

The FPSO will have production capacity of 35,000b/d oil and 9.9Mm3 natural gas, with a storage capacity of some 700,000b, Modec said.

The FPSO is due to arrive in Brazil in fourth quarter next year and will be installed in Uruguá field. The FPSO also will gather production from the Tambaú field. Uruguá and Tambaú are located in the Santos basin.

This is the fifth vessel Modec will provide and operate in Brazil, the company said.

A Modec spokesperson told BNamericas in late January that the company had presented the lowest bid for this FPSO.

http://www.tbpetroleum.com.br/novosite/internas/noticias.asp?id=5756

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Prospero ups stake in Black Rock`s Las Quinchas(T&B Petroleum 03 a 06.03.2008)

Calgary-based private oil company Prospero Hydrocarbons will increase its stake in UK-based Black Rock Oil`s (LSE: BLR) interest in the Las Quinchas association contract in Colombia`s Middle Magdalena valley, Black Rock said in a statement.

Black Rock farmed into the contract in 2005 and obtained a 50% interest from block operator Kappa Resources.

Black subsequently transferred its interest in Las Quinchas into a wholly owned, Barbados-based subsidiary called Las Quinchas Resource.

Prospero has subscribed for 425,298 shares of common stock in Las Quinchas Resource for US$347,182, representing 0.83% of the issued share capital of the holding company.

Prospero has agreed to invest a further US$3,652,818 for shares representing up to 49% of the holding company, according to the statement.

The funds will be used for the continued development of Las Quinchas, including the Acacia Este field.

The Acacia Este 1 well was drilled in August 2007 and tested at 101b/d of 16 degree API oil. Acacia Este 2 was spudded in December last year, where tests are being performed.

Prospero`s management will assist in technical evaluations and a Prospero nominee will join the board of Las Quinchas Resource. http://www.tbpetroleum.com.br/novosite/internas/noticias.asp?id=5750

Retornar ao índice de assunto

Página 69 de 154

Page 70: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Voltar

Petrolifera cases Puesto Morales Este X-1001(T&B Petroleum 03 a 06.03.2008)

Calgary-based Petrolifera Petroleum (TSX: PDP) has drilled, logged and cased the PME X-1001 well on its newly acquired Puesto Morales Este (PME) concession in Argentina`s Neuquén basin, the company said in a statement.

Several zones of interest were encountered and will be evaluated when a service rig becomes available to conduct testing programs.

"There is no shortage of rigs, but our service rigs under contract have a program to follow," Petrolifera executive chairman Richard Gusella told BNamericas.

Testing at PME X-1001 could begin within a week or two, he added.

Petrolifera announced it obtained the PME concession from Argentina`s Río Negro province in mid-February.

The 12.8km2 area is east of Petrolifera`s Puesto Morales block.

Petrolifera signed a one-year exploration license for the block with Río Negro provincial oil company Edhipsa. The license can be converted to a 25-year production license if commercial production is established.

The royalty rate has been set at 24%.

Petrolifera will spend at least US$10.6mn on the license during the exploratory phase.

http://www.tbpetroleum.com.br/novosite/internas/noticias.asp?id=5747

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Correa: Oil contract talks wrapping up(T&B Petroleum 03 a 06.03.2008)

Oil contract negotiations in Ecuador are coming to an end, President Rafael Correa said in a mines and oil ministry statement.

Agreements for six contracts have been reached with four of five companies that are in negotiations, minister Galo Chiriboga said.

The contracts are: blocks 14 (6,000b/d) and 17 (9,500b/d) with Petroriental; block 16 (43,000b/d) including the Bogui Capiron field (3,500b/d) with Repsol YPF (NYSE: REP); block 7 (12,500b/d) including

Página 70 de 154

Page 71: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

the Coca Payamino field (4,900b/d) with Perenco; and block 18 with the Palo Azul field (36,200b/d) and block 31 (no production yet) with Petrobras (NYSE: PBR).

Agreements have yet to be reached with Perenco for block 21, with Andes Petroleum for the Parapoa field, with Canada Grande for block 1 and with CNPC for block 11, a ministry spokesperson told BNamericas.

The government aims to turn existing participation contracts into service provider contracts through which companies would be paid a production fee and reimbursed for investment costs.

There will be a 2-3-year phase-in period, said the spokesperson, who confirmed the government aims to wrap up contract talks by March 8.

Once talks have finished, the new contracts will be presented to the national constituent assembly, Chiriboga said.

The minister also reported an agreement has been reached with the fifth company, City Oriente, whereby the latter will return block 27 to the state. http://www.tbpetroleum.com.br/novosite/internas/noticias.asp?id=5739

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Petróleo - PetroChina construirá refinaria de grande porte(Cenário Setorial - 04.03.2008)

A estatal PetroChina construirá uma refinaria de petróleo com capacidade de produção de 10 milhões de toneladas por ano. A nova planta terá sede na cidade de Huludao, na província de Liaoning. A viabilidade do projeto já foi aprovada pela China National Petroleum Corp, subsidiária da PetroChina, e outros grupos relevantes, anunciou hoje o governo chinês. Quando a obra estiver completa, a refinaria impulsionará a capacidade de refinamento da cidade de 7 milhões de toneladas para 17 milhões de toneladas por ano. O projeto fará de Huludao uma das principais bases de refinamento da China. A PetroChina pretende expandir sua capacidade de refinamento em 52% até 2010, para 170 milhões de toneladas. Em 2006, foram produzidas 111,7 milhões de toneladas. A estatal também está em negociação para construir outras plantas de refinamento em Qinzhou, na Região Autônoma de Guangxi Zhuang, e em Weihai, na província de Shandong. O governo de Liaoning não informou quanto será investido no projeto da refinaria de Huludao, que será executado pela PetroChina Kinxi Petrochemical. Como comparação, a refinaria de Qinzhou, que está em processo de construção e também terá uma capacidade de produção de 10 milhões de toneladas, contou com investimentos de 15,3 bilhões de iuanes (US$ 2,15 bilhões). As informações são da agência oficial de notícias Xinhua. (Redação - InvestNews)

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 71 de 154

Page 72: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Petróleo - Petrobas incorpora Pramoa

(Cenário Setorial - 04.03.2008)

A Petrobras aprovou, através do Conselho Administrativo, a proposta de incorporação da controlada integral Pramoa. A decisão ainda depende da deliberação dos acionistas. A operação de incorporação da Pramoa está inserida na operação de aquisição da Suzano Petroquímica. A Pramoa é uma sociedade anônima de capital fechado que foi constituída para a concretização da reestruturação societária necessária à alienação do controle da Suzano para a Petrobras. A Pramoa tem como único ativo relevante a totalidade das ações de emissão da Dapean, que tem como único ativo relevante as ações de emissão da Suzano. O valor contábil do patrimônio líquido da Pramoa a ser vertido para a Petrobras é de R$ 850.906.162,86. Através da incorporação da Pramoa, será transferida à estatal a totalidade do patrimônio da empresa, com a posterior extinção dessa sociedade, sendo a Petrobras sua sucessora universal de direitos e obrigações. As 97.266.445 ações ordinárias e as 76.322.383 ações preferenciais de emissão da Pramoa serão extintas. (Redação - InvestNews)

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Petróleo poderá ser explorado por contrato de partilha(Câmara - 03.03.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2502/07, do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que prevê a adoção de contratos de partilha nas atividades de exploração de petróleo e gás natural. Atualmente, a lei prevê apenas contratos de concessão. A proposta estabelece que o contrato de partilha deverá ser precedido de processo de licitação, como já ocorre nos contratos de concessão, de acordo com as regras da Lei do Petróleo (9.478/97).

De acordo com o projeto, o contrato de partilha de produção implica, para o contratante, a obrigação de explorar por sua conta e risco, sem que, no entanto, tenha a propriedade sobre o produto obtido. Como pagamento, o explorador receberá parte da produção, conforme definido em edital de licitação e no contrato. O prazo para a fase exploratória, nesses contratos, não poderá ser superior a cinco anos, e, para a produção, o limite será de 20 anos.

A proposta determina que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) definirá em que casos será adotado cada tipo de contrato, e ainda exige que o de partilha seja utilizado quando a exploração e a produção em determinado campo petrolífero forem necessárias para resguardar o interesse nacional. De acordo com Valverde, o contrato de partilha é adotado pela maioria dos países produtores de petróleo quando a exploração ocorre em campos de alta produtividade.

LeilõesEduardo Valverde argumenta que, após a promulgação da Lei do Petróleo, ocorreram sete leilões para exploração de petróleo no País, e empresas estrangeiras passaram a controlar mais da metade das áreas de eventual produção de petróleo e gás. Com isso, segundo ele, a Petrobras perdeu o monopólio estatal sobre esses recursos naturais.

A descoberta do campo de Tupi, na Bacia de Santos, na opinião do deputado, aumenta a necessidade de o País proteger melhor seus interesses na exploração do petróleo e do gás. As reservas desse campo equivalem a 8 bilhões de barris de petróleo, 2/3 do total que o Brasil produz atualmente (12 bilhões).

Tramitação

Página 72 de 154

Page 73: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A proposta terá análise em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2502/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117944

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Avaliação ambiental: Licença para construção de barragem é liberada no PR(ConJur – 04.03.2008)

Até que seja julgado o mérito da questão, as licenças para instalação das usinas e barragens na bacia do Rio Tibagi (PR) não estão condicionadas à elaboração de avaliação ambiental integrada. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que suspendeu a liminar que estabelecia a exigência.

Segundo o juiz convocado Marcelo De Nardi, a manutenção da liminar “põe em risco o provimento de energia no país”. Ele afirmou que a energia elétrica é essencial ao modo de vida hoje adotado, aceito e desejado pela grande maioria da população brasileira e mundial e citou dois exemplos dessa dependência: a estiagem no Brasil em 2001, “que impôs necessidade de contenção de consumo”, e a situação atual da Argentina, que sofre com a escassez, “mesmo para a climatização dos lares mais meridionais, por conta da falta de planejamento”.

Para o juiz, a geração de energia elétrica é, em todos os casos, acompanhada de degradação ambiental. Assim, segundo seu entendimento, a administração deve avaliar o quanto de prejuízo é admissível e o quanto será necessário exigir em compensação para manter e preservar o ambiente. “Em suma, há que se ponderar os dois interesses públicos em jogo”, afirmou.

Nardi também afirmou que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) é a autoridade competente para decidir sobre o alcance do estudo de impacto ambiental. O órgão entendeu que não há necessidade de o estudo abranger toda a bacia hidrográfica. Segundo o juiz, presume-se que a decisão do IAP é regular, já que não foi contestada na ação.

A Ação Civil Pública foi apresentada pela Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab). A primeira instância concedeu a liminar para que a licença de construção fosse concedida mediante a apresentação de uma avaliação ambiental integrada (AAI).

A União recorreu. Argumentou, entre outros aspectos, que a decisão põe em risco o abastecimento de energia elétrica. Alegou que a AAI só pode ser requisitada pelo órgão competente.

AI 2008.04.00.003.286-3

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64327,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 73 de 154

Page 74: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ESTRANGEIRO

CMA e CRA debatem venda de terra brasileira a estrangeiros(Senado - 03.03.2008)

Audiência pública conjunta das Comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) debaterá, nesta quarta-feira (5), a partir das 10h, a compra de terras brasileiras por parte de grupos estrangeiros em procedimentos que tenham a suposta finalidade de investimento em áreas com potencial de produção de etanol e biodiesel.A iniciativa para a realização da audiência é dos senadores Renato Casagrande (PSB-ES), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Sibá Machado (PT-AC). A intenção dos parlamentares ao pedirem o debate é esclarecer com as autoridades do Executivo supostos investimentos de consórcios de grandes empresários internacionais em terras brasileiras visando à produção de biocombustíveis.

Para discutir o assunto, foram convidados os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel; o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart; e o advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli.

A reunião será realizada na sala 7 da Ala Alexandre Costa, no anexo II do Senado.Iara Farias Borges / Agência Senado

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72210&codAplicativo=2

Retornar ao índice de assuntoVoltar

CRE analisa reciprocidade na concessão de prazos de permanência de estrangeiros no Brasil(Senado - 03.03.2008)

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) deverá analisar, nesta quinta-feira (6), a partir das 10 h, projeto de lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) que modifica a Lei do Estrangeiro (Lei 6.815/80) para instituir a reciprocidade na concessão de prazos de permanência de estrangeiros no Brasil.

De acordo com a legislação atual, a validade para a utilização de qualquer dos vistos é de 90 dias, contados da data de sua concessão, podendo ser prorrogada pela autoridade consular uma só vez, por igual prazo, cobrando-se as taxas consulares devidas.

A proposta do senador (PLS 543/07) determina que se aplique essa exigência "somente a cidadãos de países onde seja verificada a limitação recíproca, para evitar os constrangimentos, seja no embarque no exterior, seja na chegada ao Brasil, por que passam viajantes de países onde não há a exigência de uso do visto nos primeiros noventa dias de sua emissão".

Com parecer favorável da relatora, senadora Fátima Cleide (PT-RO), o projeto será votado em decisão terminativa.

Amizade Brasil-Argentina O projeto (PLS 55/05) que cria o Dia de Celebração da Amizade Brasil-Argentina, de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), também deverá ser analisado pela CRE nesta quinta-feira. A matéria receberá decisão terminativa e conta com parecer favorável do relator, senador Pedro Simon (PMDB-RS).

Página 74 de 154

Page 75: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

De acordo com a proposta, essa data comemorativa, que deverá ser 30 de novembro, servirá para celebrar os "laços de amizade, cooperação e integração política, econômica e cultural" existentes entre os dois países.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72211&codAplicativo=2

Retornar ao índice de assuntoVoltar

IMOBILIÁRIO

Construção - Imóveis comerciais são negociados em "licitações" privadas. Demanda aquecida e ativos escassos estão transformando a forma como escritórios são vendidos.

(Valor Econômico 04.03.2008 B-7 Empresas/Indústria)

Yan BoechatGustavo Lourenção/Valor Cardoso, da CBRE: "Há poucos anos ter um processo tão organizado, e disputado, como esse era um sonho no Brasil" A demanda recorde por imóveis comerciais e a escassez cada vez maior de oferta de produtos de alta liquidez está transformando a venda de ativos imobiliários em verdadeiras licitações abertas aos investidores, com regras de negociação pré-definidas, datas para envio das propostas e até segundo turno entre os mais interessados. Desde meados do ano passado essa modalidade de venda que era uma exceção no mercado brasileiro anos está se transformando em regra nos negócios mais cobiçados. "Hoje. quem oferecer um bom imóvel à venda no método tradicional, como acontecia antes, só pode ter certeza de uma coisa: vai perder dinheiro", diz Walter Cardoso, presidente da CB Richard Ellis, que tem três imóveis em negociação nessa modalidade no momento.

No jargão dos executivos do setor, esse tipo de venda é conhecido pelo termo inglês "Bid". Apesar de parecer uma licitação, ou até mesmo um leilão, os executivos rejeitam esses termos categoricamente. "É uma operação organizada de venda", diz Cardoso. Mas a comparação com os processos licitatórios é quase automática, principalmente pela dinâmica do processo, que obedece regras e prazos rígidos. "Tudo precisa estar muito claro, muito transparente, sem isso o sistema não funciona", diz Celina Antunes, presidente para o Brasil e América Latina da Cushman & Wakefield, outra consultoria global de imóveis comerciais.

O processo começa, em geral, com uma carta convite aos potenciais compradores, no Brasil e no exterior. E eles não são poucos. "Em um grande processo contatamos até 100 investidores", afirma André Rosa, diretor de vendas da Jones Lang LaSale. Esta carta, em geral, já vem com todas as regras do processo bastante definidas. Se haverá duas etapas ou uma, as datas de entrega dos envelopes com as propostas e as formas de pagamento ou o preço mínimo determinado pelo vendedor. Quase como se fosse um edital, sem, obviamente, as amarras legais. "Depois de definidas as regras não há como mais voltar atrás, sob pena de se perder a credibilidade", diz Ricardo Betancourt, da Colliers International, consultoria imobiliária especializada em ativos comerciais.

Com um processo aberto como esse e com a alta liquidez do mercado, os vendedores conseguem atingir o preço mais alto sem necessitar entrar em um leilão. "Há muito interesse em imóveis de

Página 75 de 154

Page 76: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

qualidade e essa é a melhor estratégia para se conseguir o melhor valor, porque se sabe que há concorrência aberta", diz Betancourt.

Foi assim que o Itaú conseguiu mais de R$ 350 milhões pela antiga sede do BankBoston, localizada na Marginal Pinheiros, na Zona Sul de São Paulo. O banco colocou o prédio à venda por meio de um "bid" e recebeu mais de 10 propostas firmes. Selecionou as quatro melhores para uma segunda etapa. Os classificados sabiam de seus concorrentes, mas não dos valores. "É um processo extremamente sigiloso, não abrimos para ninguém", afirma Celina Antunes, da Cushman, que coordenou a operação.

A demanda está tão aquecida e a oferta ficando cada vez mais escassa que até mesmo terrenos, que há três anos eram facilmente adquiridos por permuta, estão utilizando esse sistema para obter maior preço. A Commercial Properties, outra consultoria internacional, utilizou-se desse método para negociar um terreno de 19 mil metros quadrados na avenida Faria Lima, também na Zona Sul de São Paulo. Recebeu uma proposta de R$ 500 milhões pela área de um fundo inglês esse o processo de análise dos documentos, que ocorre agora, não apresentar nenhum problema, terá realizado o maior negócio imobiliário brasileiro da história.

O caso do BankBoston e do terreno da Faria Lima são clássicos, na visão dos executivos que vivem de comprar e vender imóveis comerciais de alto padrão. "Não pode ser qualquer imóvel, é preciso que ele seja cobiçado pelo mercado", diz Walter Cardoso. Caso contrário, diz ele, é possível que o tiro saia pela culatra. "Por ter regras claras, se sem demanda corre-se o risco de vender por um preço baixo."

O número cada vez maior de negócios sendo realizados dessa maneira é uma clara evidência de que o mercado imobiliário brasileiro passou por uma drástica transformação nos últimos dois anos, quando a média de negócios na cidade de São Paulo atingia, em raros anos, valores superiores a R$ 250 milhões. "Em 2007 foram comercializados quase R$ 1,4 bilhão", diz Cardoso, da CBRE. "Tudo mudou, o mercado é outro".

Retornar ao índice de assuntoVotar

Crise Imobiliária - Regras para melhor avaliação das hipotecas de alto risco(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-7 Economia)

Da Agência Estado/Dow Jones

O procurador-geral do Estado americano de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou uma série de medidas destinadas a assegurar uma avaliação independente e mais confiável do valor de hipotecas no país. Em comunicado, Cuomo disse que as agências semigovernamentais de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac concordaram em comprar apenas créditos que estejam de acordo com os novos critérios.

Segundo o procurador-geral, as duas gigantes do crédito hipotecário também concordaram com a criação de uma entidade independente para implementar e monitorar os novos padrões de avaliação. Essa entidade, batizada como Instituto Independente de Proteção ao Valor (Independent Valuation Protection Institute), será financiada com US$ 24 milhões da Fannie Mae e da Freddie Mac. O Escritório Federal de Empreendimentos de Moradia (OFHEO), órgão regulador da área, concordou com a criação dessa entidade, disse Cuomo.

"Com esse acordo, a Fannie Mae e a Freddie Mac se transformam em líderes na transformação do setor de hipotecas. Agora, os bancos nacionais têm uma alternativa clara: adotar imediatamente o novo código e fazer uma limpeza nas fraudes de avaliação no setor de hipotecas ou parar de fazer negócios com a Fannie Mae e a Freddie Mac. É simples assim", diz o comunicado do procurador-geral.

Página 76 de 154

Page 77: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Os novos padrões incluem a proibição de que corretores de hipotecas selecionem os avaliadores, a proibição de que instituições provedoras de crédito hipotecário usem avaliadores internos e a proibição de que as financeiras usem serviços de avaliação de empresas que elas mesmas controlem.

Retornar ao índice de assuntoVotar

Cessionários da União discutem aumentos (Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

Alessandro Cristo, de São Paulo

Os proprietários e ocupantes de imóveis em "terrenos de marinha" - áreas cedidas pela União na costa e às margens de rios e lagos - começam a contestar os aumentos efetuados pelo governo federal, no ano passado, em relação aos valores devidos pelo uso das terras. Em ações judiciais ou processos administrativos são questionados os aumentos que chegaram a quase 10.000%.

É o caso de um terreno em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, cedido pela União para "ocupação" - espécie de contrato de aluguel. O cessionário, que recolhia até 2006 uma taxa anual de ocupação de R$ 3,6 mil, foi surpreendido no ano passado com uma cobrança no total de R$ 345 mil, ou 9.583,33% maior. Para o advogado José Nicodemos Cavalcanti de Oliveira, do José Nicodemos & Advogados Associados, que contesta a cobrança administrativamente, o aumento fere a lei que regulamenta o processo administrativo federal - a Lei nº 9.784, de 1999. Segundo ele, o ocupante não foi notificado do aumento antes de receber a cobrança.

A Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que arrecada os valores, afirma que os aumentos ocorreram por dois motivos. De acordo com a secretária de Patrimônio, Alexandra Reschke, a legislação que disciplina a cessão das terras prevê a atualização anual do valor das propriedades, que não era feita há pelo menos sete anos. "O valor das atualizações não realizadas foi cobrado em 2007", afirma. Para chegar aos novos valores, no entanto, a secretaria realizou um trabalho nacional de remapeamento das áreas, o que levou dois anos. Os primeiros resultados saíram no ano passado e também elevaram o valor das cobranças, devido às novas avaliações dos imóveis.

No entanto, para o advogado Leonardo Rzezinski, do escritório Rzezinski, Bichara, Balbino e Motta Advogados, os aumentos são ilegais por usarem o valor de mercado dos imóveis como base, incluindo benfeitorias. "A norma da SPU que permitiu os aumentos contraria a legislação sobre o assunto", afirma. De acordo com ele, o Decreto-Lei nº 3.438, de 1941, uma das normas que rege as cobranças, obriga a SPU a deduzir da base de cálculo o valor das benfeitorias nos imóveis, mas a Orientação Normativa nº 4, de 2003, foi editada pela secretaria permitindo a cobrança sobre os valores de mercado.

O advogado impetrou recursos administrativos em favor de uma incorporadora, contestando diferenças de mais de R$ 10 milhões em cobranças de "foro" - valor anual devido por proprietários de áreas úteis dentro de terrenos da União - e "laudêmio" - comissão devida ao governo federal a cada transferência dos imóveis.

Em janeiro, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região concedeu uma liminar em favor de um ocupante que recebeu a taxa de 2007 majorada em 1.182,74% em relação ao ano anterior. Segundo o advogado que defende o ocupante, Fábio Guero, do Guero e Coelho Advogados, o valor cobrado até 2006 pelo imóvel no município de Penha, em Santa Catarina, era de R$ 598,27. Em 2007, a cobrança foi para R$ 7.075,98. A liminar do TRF, contudo, limitou a cobrança aos valores de 2006. "O entendimento da Justiça foi de que a União estaria tendo um enriquecimento indevido com a incidência sobre o valor de mercado", afirma o advogado.

Página 77 de 154

Page 78: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A Advocacia Geral da União (AGU), porém, considera os aumentos feitos pela SPU dentro da legalidade. Segundo a advogada da União, Tânia Vaz, os Decretos-Lei nº 2.398, de 1987 e nº 9.760, de 1946, permitem ao governo a cobrança do "foro" e da taxa de ocupação utilizando o domínio pleno dos terrenos como base de cálculo, o que, segundo ela, corresponderia ao valor de mercado. "O terreno é da União e a necessidade do Estado se impõe sobre a do particular", afirma o advogado.

Apesar dos questionamentos, a Secretaria de Patrimônio comemora o ano de 2007 como um dos exercícios com menor índice de inadimplência. Segundo a secretária Alexandra Reschke, novos reajustes devem ocorrer. Ainda em 2008 serão reavaliados mais de 32 mil imóveis nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. De acordo com a secretaria, há 1,45 milhão de imóveis em terrenos da União, dos quais apenas 550 mil estão cadastrados.

Retornar ao índice de assuntoVotar

JUDICIÁRIO

Relatório - Juiz condena falta de estrutura no Judiciário(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-6 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

A morosidade da Justiça é, sem duvida, um dos grandes problemas do Judiciário, não só no Brasil, pois se trata de uma questão global, na opinião do coordenador da Justiça Estadual da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Eugênio Couto Terra. Ele analisou o relatório Justiça em Números, divulgado recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e, diante dos dados revelados, criticou o efeito suspensivo dos recursos como regra geral e condenou a falta de estrutura material e de pessoal nos órgãos do Judiciário nacional.

"Vivemos um mundo de instantaneidade, no qual não se justifica um processo arrastar-se por longo tempo até ter uma solução final, em prejuízo de quem sofre uma lesão, ou passar a impressão de impunidade para quem deve ser punido", afirma Couto Terra.

Conforme explica o coordenador da AMB, o relatório do CNJ mostra que as decisões de primeiro grau das justiças estaduais - que respondem pelo mais elevado volume de processos em tramitação no País e atendimento do maior número de pessoas individualmente - estão em torno de 20%, abrangendo a jurisdição comum e os juizados especiais. "Ora, se considerarmos que as modificações incluem aquelas que são alteradas parcialmente, é injustificável que o efeito suspensivo dos recursos ainda seja a regra geral", critica.

Couto Terra considera fundamental, para o fim da morosidade, a valorização das decisões de primeiro grau, que podem conferir mais efetividade às ações. "Vale dizer, fazer com que sejam cumpridas sem a concessão de efeito suspensivo em caso de interposição de recurso contra elas", acrescenta.

Além disso, segundo o magistrado, é preciso investir em recursos logísticos e humanos para que o Judiciário ofereça aos cidadãos uma prestação jurisdicional realmente célere. "A falta de estrutura material e de pessoal em muito contribui para a morosidade da Justiça, em especial na esfera dos judiciários estaduais", observa o magistrado.

Página 78 de 154

Page 79: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Reforma do CPP. Eugênio Couto Terra avaliou também a participação da AMB no grupo da Câmara dos Deputados que trabalha o aperfeiçoamento do Código de Processo Penal (CPP). Segundo ele, por ser comprometida com a melhora da qualidade da prestação da jurisdição, a AMB "está empenhada na efetivação das reformas processuais que acelerem o andamento dos processos, sem prejuízo das garantias do contraditório e da ampla defesa".

O grupo, coordenado pelo deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA), trabalha no sentido de consolidar todas as normas processuais penais, com a finalidade de agilizar processos em andamento, uniformizar procedimentos e evitar nulidades. A consolidação da legislação processual penal será concluída este mês e apresentada na Câmara dos Deputados por Flávio Dino.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Cúpula - Judiciário abre hoje no STJ a 14ª Cumbre(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-7 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

Será aberta hoje, em Brasília, a 14ª edição das Cúpula Judicial Ibero-Americana, mais conhecida como Cumbre. O evento reunirá cerca de 150 participantes para debater projetos e ações que possibilitem estreitar as relações entre os poderes judiciários dos 23 países que compõem a comunidade ibero-americana. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) sedia a reunião, que se estenderá até sexta-feira e terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie.

A solenidade oficial de abertura da Cumbre será às 17 horas, no Plenário do STJ, com pronunciamentos do ministro presidente do STJ, Raphael de Barros Monteiro Filho, e do presidente do Tribunal Supremo da Espanha e Conselho Geral do Poder Judiciário, Francisco José Hernando Santiago.

Adotar projetos e ações compartilhadas por nações de valores culturais comuns ou semelhantes é o objetivo maior da Cúpula, que reúne presidentes de tribunais superiores e de conselhos de judicatura e autoridades internacionais dos 23 países que compõem a Comunidade Ibero-Americana (Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela).

É a primeira vez que um tribunal superior brasileiro organiza e executa um encontro desse porte. Aqui, o STJ pretende diminuir ainda mais as distâncias geográficas, estreitando a relação entre os poderes judiciários do Brasil e dos países de língua portuguesa e espanhola. A proposta é tornar os países-membros da Cumbre cada vez mais próximos na construção de judiciários fortes, eficientes e, sobretudo, acessíveis aos cidadãos.

A participação nas palestras e debates da 14ª Cumbre é restrita às comitivas jurídicas, mas a solenidade de abertura será liberada ao público.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 79 de 154

Page 80: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Jurisprudência dá segurança para usar e-mail como prova(DCI 04.03.2008 Legislação)

As empresas já contam com uma maior segurança jurídica para monitorar os e-mails corporativos do trabalhador e usá-los como prova em um eventual conflito no Judiciário. Segundo os advogados ouvidos pelo DCI, como a maioria das decisões têm sido favoráveis às empresas e já há entendimento pacificado nos tribunais superiores, a empresa pode se valer dessa via como prova, desde que haja documentação comprovando que o funcionário foi informado da vigilância do conteúdo.

O conteúdo do e-mail já tem sido apresentado em muitos casos à Justiça para justificar uma demissão por justa causa. A prova também pode ser usada para livrar a empresa de uma eventual responsabilização civil motivada pela má utilização da Internet. causada pelo empregado. Ou até mesmo para comprovar a culpa do funcionário, caso haja vazamento de informações confidenciais via e-mail corporativo.

Mesmo com a argumentação dos empregados de que houve violação de privacidade, os juízes têm entendido, na maioria dos casos, que não há privacidade nos e-mails de trabalho.

Segundo o advogado Rony Vaizonf, sócio do Opice Blum, é praticamente certo que o e-mail seja aceito como prova, já que há precedentes do próprio Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Supremo Tribunal Federal (STF). "Se os empregados estiverem avisados de que não há privacidade nos e-mails corporativos, não pode ser caracterizada violação de privacidade", diz.

Hoje já são cerca de 45 mil os processos que envolvem o uso da Internet no Brasil, segundo o acompanhamento processual feito pelo Opice Blum Advogados. Só no ano passado, foram julgados cerca de 15 mil casos, de acordo com a estimativa.

Segundo Rony Vaizonf, também tem aumentado consideravelmente a demanda de empresas que consultam o escritório para fazer um regulamento de segurança na área de tecnologia. Em 2007, diz Vaizonf, foram cerca de 50 empresas, mais do que o dobro de 2006, quando o escritório assessorou em torno de 20. Este ano, foram quase 10 empresas.

Nesses regulamentos são analisados os procedimentos que a empresa pode fazer de acordo com as leis e decisões judiciais, para proteger o empregador. Entre os procedimentos, estão o monitoramento de e-mails, a utilização de log-in para identificação do usuário e o bloqueio de determinados sites, entre outros.

Já com relação a monitoramento de telefonemas, o advogado recomenda cautela. "Nesta situação é melhor que só haja o monitoramento com autorização judicial, a não ser que os empregados sejam notificados de que o uso do telefone deve ser estritamente reservado para assuntos de trabalho."

Já a advogada Juliana Fuza, do Innocenti Advogados Associados, acredita que os precedentes com relação a e-mail também podem ser utilizados para o uso de gravações telefônicas, desde que os funcionários sejam avisados de que só podem utilizar o telefone para fins de trabalho. "A vitória da empresa com relação à utilização do e-mail como prova é praticamente certa e pode ser usada para casos semelhantes", diz. .

Juliana Fiuza alerta, no entanto, de que "o monitoramento deve servir somente para comprovar que o empregado utilizou de forma incorreta a ferramenta fornecida pela empresa, nunca pode ter outras finalidades". Neste caso, o empregado poderia pedir indenização por eventuais danos causados.

Para que as provas sejam válidas, a advogada recomenda que os empregadores deixem claro os métodos de uso e monitoramento de e-mails e telefone. Isso pode ser feito por circular, aviso no mural, cartilha com normas da empresa ou mesmo por meio de um comprovante de que todos os empregados

Página 80 de 154

Page 81: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

têm acesso a essa norma. "As empresas também precisam deixar explícitas as regras a serem seguidas e as punições para o descumprimento delas", explica.

Como não existem leis específicas sobre a utilização do e-mail de trabalho no Brasil, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando analisou o tema pela primeira vez em 2005, recorreu a exemplos de casos ocorridos em outros países. No Reino Unido, há uma lei desde 2000 que autorizou as empresas a monitorar mensagens eletrônicas e telefonemas. Já a Suprema Corte dos Estados Unidos reconheceu que os empregados têm direito à privacidade no ambiente de trabalho, mas não de forma absoluta. Neste caso, tende a considerar que, em relação ao e-mail fornecido pelo empregador, não há privacidade.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Férias da advocacia: Senador propõe suspensão de prazo processual em janeiro(ConJur – 04.03.2008)

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) informou, nesta segunda-feira (3/3), à secretária-geral do Conselho Federal da OAB, Cléa Carpi da Rocha, que já incluiu em seu substitutivo ao Projeto de Lei 6/07 da Câmara, a proposta da entidade de suspensão dos prazos processuais no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro. O período faz parte das chamadas férias forense ou férias dos advogados.

Na audiência, Cléa Carpi estava acompanhada do presidente da seccional gaúcha da OAB, Claudio Lamachia; do diretor tesoureiro da entidade, Luiz Henrique Cabanellos Schuh; e do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da OAB-RS, Arnaldo Guimarães.

A secretária-geral do Conselho Federal da OAB solicitou ao senador que busque todos os meios necessários para agilizar ao máximo a tramitação da emenda ao substitutivo apresentado por ele ao projeto de lei. De acordo com a OAB, Simon informou que está trabalhando nesse sentido.

Cléa Carpi da Rocha lembrou que a suspensão dos prazos processuais por 30 dias, no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro — sem prejuízo do funcionamento regular do Poder Judiciário, notadamente na apreciação dos casos urgentes —, é antiga reivindicação da advocacia nacional e foi aprovada pelo Conselho Federal da OAB em setembro do ano passado.

A proposta foi apresentada pelo conselheiro federal da OAB por Minas Gerais, João Henrique Café de Souza Novais, e teve como relator o conselheiro federal por Pernambuco, Ricardo do Nascimento Correia de Carvalho.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64342,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 81 de 154

Page 82: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

MINERAÇÃO

Metais - Conselho da Vale rejeita plano de negociação da Glencore. Sérgio Rosa, descarta passar comercialização à trading.

(Valor Econômico 04.03.2008 B-8 Empresas/Indústria)

Vera Saavedra Durão e Catherine Vieira

O presidente da Previ, Sérgio Rosa, que também preside o conselho de administração da Vale do Rio Doce, disse ontem que "as negociações entre a empresa e a Xstrata não estão evoluindo a ponto de poder falar em fechamento da transação". As declarações de Rosa, fazendo coro com as de Roger Agnelli, na sexta-feira, trouxeram mais incertezas sobre o futuro da transação, conforme avaliam analistas do mercado.

As ações ordinárias da Vale fecharam em queda na Bovespa de 0,61%, cotadas a R$ 58,30 e as preferenciais (PNA) caíram 0,44%, para R$ 49,64, na contramão do Ibovespa, que subiu 1,58%. O papel da Xstrata valorizou 1,01% na bolsa londrina, retomando o preço de 40 libras.

Rosa também defendeu a comercialização direta pela Vale de minério de ferro, níquel e carvão, apoiando a direção da mineradora que está na linha de frente da negociação. A posição do principal acionista da Vale é contrária à intenção da Glencore, controladora da Xstrata, de deter direitos de comercialização sobre produtos da Vale após a fusão das duas empresas. "Se não tiver contato direto com o cliente perde-se um pouco a visão da demanda e de como posicionar a estratégia da companhia no longo prazo ", disse Rosa, durante entrevista para divulgar balanço de 2007 da Previ.

Além do minério de ferro, o presidente do conselho de administração da Vale citou o carvão metalúrgico e o níquel como produtos que devem ser incluídos nessa mesma estratégia de comercialização direta. "A Vale também tem papel muito relevante no níquel (segunda maior produtora mundial)", afirmou Rosa. Ele lembrou que, embora o níquel seja comercializado de maneira diferente do minério de ferro, isso ocorre via cotações na London Metal Exchange (LME), também é importante haver um parâmetro em relação à produção e investimento.

Ontem, durante a divulgação de seu balanço do ano passado, a Xstrata confirmou os entendimentos com a Vale para sua aquisição. Mas, enfatizou que "as conversas com a Vale estão prosseguindo, mas podem ou não podem levar a uma oferta pela Xstrata". Na ocasião, foi afirmado que nenhum negócio pode ser feito pela anglo-suiça sem a aprovação da Glencore, que detém 35% da empresa.

Analistas ouvidos pelo Valor avaliaram que as negociações entre a Vale e a Glencore estão difíceis e se mostraram preocupados com o clima de incerteza do negócio, que está prejudicando as ações da Vale. Para Saulo Sabbá, da Máxima Asset, a incerteza piorou depois das declarações de Roger Agnelli na sexta-feira. "Ele me pareceu desanimado em relação à Glencore, mas talvez seja uma estratégia para ganhar tempo", disse. Sabbá, porém, não crê que um negócio no qual a Vale já investiu tanto possa fracassar subitamente. "Não creio que a Vale vá desistir de uma hora pra a outra".

Pedro Galdi, do ABN Amro, acredita que as coisas estão paradas porque "eles (Vale e Glencore) estão negociando a parte mais complicada, que é dos contratos de exclusividade do controlador com a Xstrata. E ainda não se entenderam. Não sei se esta transação vai vingar", disse Galdi. Para ele, o balanço da Xstrata veio dentro do esperado. Para Sabbá, ficou acima das previsões do mercado.

Mineradora fará siderúrgica de R$ 5 bi no Pará Paulo de Tarso Lyra

A Vale do Rio Doce e o governo do Pará comunicaram oficialmente ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião no Palácio do Planalto, a intenção de construir uma nova usina siderúrgica no Estado, possivelmente na cidade de Marabá, a 440 quilômetros da capital Belém.

Página 82 de 154

Page 83: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A idéia é que a siderúrgica, com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas atuais, entre em funcionamento em meados do ano que vem - ainda durante o mandato de Lula e a tempo de ser colocada no programa de reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT). "O presidente Lula bateu ontem o martelo sobre a obra", declarou a governadora.

A maior parte dos investimentos virá da própria companhia. As estimativas são de R$ 5 bilhões de recursos vindos da Vale e outros R$ 1,5 bilhão em investimentos públicos, a maior parte deles já previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a construção das eclusas do Tucuruí e o porto de Vila do Conde. Além destes montante, outros R$ 500 milhões devem ser de recursos novos, mas a governadora Ana Júlia não especificou quando eles estarão disponíveis.

A petista espera que a parceria traga ainda novos investimentos da siderúrgica. Pelos cálculos dela, outros R$ 500 milhões poderão ser investidos pela companhia em projetos de inovação tecnológica, recursos humanos e formação técnica. "É o Estado em que a Vale mais tem investimentos", fez questão de enfatizar a governadora.

De acordo com pessoas que acompanharam o encontro, uma das principais preocupações da Vale é transformar essa nova siderúrgica em um vetor de desenvolvimento regional. Além da própria empresa de produção de aço, esse complexo seria composto de uma hidrovia e de um porto com capacidade para escoamento de produção.

Além do porto de Vila do Conde, outras alternativas serão estudadas, em busca de locais com capacidade para chegada e partida de navios maiores. Os estudos preliminares - que incluem o projeto da nova siderúrgica e os custos com os estudos de impacto ambiental - ficarão em torno de R$ 25 milhões.

A governadora falou ainda sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) obrigando a Vale a ressarcir os cofres públicos dos impostos relativos à extração de minério. Segundo o STJ, a empresa deve pagar R$ 650 milhões de impostos à União, Estados e municípios e que atua. Nenhum executivo da empresa se manifestou após o encontro de ontem.

O sonho de a Vale ter uma siderúrgica no Pará é antigo projeto de vários governadores do Estado. Mas a relações entre o governo e a empresa ficaram estremecidas no passado quando a mineradora anunciou sua intenção de erguer uma usina de aço no vizinho Maranhão. O projeto está parado, mas a Vale mantém os planos.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Com a corda toda. Demanda puxada pela China indicação de ações ligadas a commodities na Carteira Valor.

(Valor Econômico 04.03.2008 D-1 Eu & Investimentos)

Por Adriana Cotias, de São Paulo

Mesmo com o fantasma da recessão às portas dos EUA, a percepção de que os países asiáticos manterão aquecida a demanda por commodities colocou as ações das grandes produtoras brasileiras no radar dos participantes da Carteira Valor. Entre os 10 papéis mais indicados para março, 4 estão relacionados ao setor. A lista vem encabeçada pelas preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras, com 8 indicações, seguidas por Vale PNA, com 5, e, pelas ordinárias (ON, com voto) da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), com 3.

Página 83 de 154

Page 84: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Embora uma freada na economia americana não seja um fenômeno desprezível e deixe rastros pela Europa, a desaceleração não dá sinais de abater a região asiática, especialmente a China, diz o estrategista de pessoa física da Itaú Corretora, Flávio Conde. "Os números da demanda em janeiro e fevereiro vieram fortes, houve queda nos estoques de cobre, alumínio e níquel, com alta dos metais, indicando uma mudança estrutural na composição do crescimento mundial (com maior peso da China)." Ele lembra que a China tem a favor o imenso mercado consumidor e o baixo custo da mão-de-obra, mas não produz petróleo, minério ou outros metais básicos e seguirá, portanto, puxando as commodities. "Hoje o mundo depende muito menos dos EUA do que em outras recessões."

Nesse cenário, a Vale é um dos destaques, por já ter garantido aumento de 65% para metade das suas receitas, com o reajuste do minério de ferro. Só que, enquanto a companhia negocia a aquisição da anglo-suíça Xstrata, o mercado tem resistido em incorporar o reajuste às ações. "O papel teria de valer R$ 55 ou R$ 60 para refletir isso", diz Conde. Ontem, a ação PNA fechou a R$ 49,64. Dúvidas à parte, sobre o aumento do endividamento ou o risco de uma sobreoferta de papéis numa eventual aquisição por meio de troca de ações, o fato é que a Vale está no jogo certo, o da consolidação, conclui o analista.

A CSN, em vias de anunciar o reajuste para o aço, pode impor, a exemplo de algumas siderúrgicas japonesas, aumentos de até 20%, diz o chefe de análise da Planner Corretora, Ricardo Martins. A companhia ganharia em duas frentes: não sofreria com aumento do minério, pois conta com a mina Casa de Pedra, e ainda seria favorecida pelo bom momento da demanda.

O próprio destino de Casa de Pedra - se abrirá o capital ou se será vendida - mantém os holofotes sobre CSN ON, diz o chefe de análise da Concórdia, Eduardo Kondo. Comenta-se pelo mercado que, após a BHP ver fracassada a sua investida para a compra da Rio Tinto, Casa de Pedra estaria no alvo. Para Kondo, um outro ativo que não está corretamente avaliado no grupo é a MRS Logística, um braço estratégico que tem apresentado resultados "fortíssimos".

A lista da Concórdia ainda inclui Vale e Petrobras, por representarem histórias de crescimento, apesar de todo gigantismo. Enquanto a mineradora corteja a Xstrata, o interesse manifestado pela petrolífera pelos ativos da Esso no Brasil tem o potencial de agregar valor às ações. A favor, Kondo ainda cita que o preço do petróleo no primeiro trimestre de 2008 já está bem acima do observado no mesmo período do ano passado e há um cronograma de inauguração de plataformas ambicioso, com potencial crescimento da exploração pelos próximos seis anos.

Martins, da Planner, ainda manteve no portfólio as ações PNA da Usiminas que, ao seu ver, não incorporaram a aquisição da mineradora J.Mendes. "Como grande fornecedora para o setor automotivo, há mais um ano promissor à vista para a companhia."

Junto com as ações ligadas à cadeia das commodities, os bancos são presença recorrente nas recomendações para março, com destaque para Bradesco PN , com duas. "Neste ano, o banco tem a maior projeção de crescimento de lucro entre os privados e está extremamente barato", assinala Conde, da Itaú Corretora. A Planner aposta em Banco do Brasil ON, que tem condições de recuperar terreno ao longo de 2008, após ter sofrido o impacto de eventos não recorrentes em 2007, diz Martins.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 84 de 154

Page 85: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Vale investirá R$5 bi em siderúrgica no Pará, a quarta usina da empresa. Governo vai destinar R$1,5 bi para obras de infra-estrutura no estado

(O Globo 04.03.2008 p. 18 Economia) Luiza Damé

Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, o presidente da Vale, Roger Agnelli, anunciou ontem a construção de uma usina siderúrgica para produção de placas de aço no Pará que consumirá R$5 bilhões em investimentos. Segundo a governadora do estado, Ana Júlia Carepa (PT), que participou do encontro, as obras da siderúrgica devem começar no próximo ano, e o governo federal prometeu investir mais R$1,5 bilhão em infra-estrutura, a maior parte já prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

- O interesse é que as obras comecem ainda no meu mandato e no do presidente - afirmou Ana Júlia.

Embora outros municípios do Pará estejam disputando o empreendimento, a tendência é que a usina seja implantada em Marabá. Na reunião, Agnelli disse que somente na elaboração do projeto e na preparação do estudo ambiental serão aplicados R$25 milhões. A expectativa é que essa fase seja concluída no primeiro semestre do ano que vem. A estimativa de produção anual é de 2,5 milhões de toneladas.

Nas demais usinas, Vale é minoritária

Dos investimentos federais necessários para implantação da siderúrgica, ao menos R$1 bilhão está no PAC, em projetos como a construção das eclusas de Tucuruí. Além da usina, serão implementados programas de inovação tecnológica e de formação profissional no estado, um investimento de R$500 milhões que será arcado pela própria Vale.

O cronograma de implantação da siderúrgica e dos projetos paralelos será acompanhado pela Casa Civil da Presidência. Para a governadora, o empreendimento vai impulsionar o desenvolvimento do estado.

- Nós somos a maior província mineral do mundo, mas não tínhamos investimentos para enraizar o desenvolvimento. A Vale tem interesse econômico no estado - disse Ana Júlia.

A estratégia da Vale na siderurgia é fomentar novos projetos no país para elevar o consumo de minério de ferro, principal negócio da empresa. Até agora, a mineradora já conseguiu tirar do papel três projetos, todos com parceiros internacionais e nos quais a Vale tem participação minoritária, de cerca de 10%.

No Rio, a Vale participa da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), com a alemã ThyssenKrupp. A usina está avaliada em US$4,2 bilhões e deverá entrar em operação em 2009. No Ceará, a Pecém Steel, em parceria com a coreana Dongkuk, começará a produzir também em 2009. O investimento é de US$2 bilhões. E no Espírito Santo, a Vale se associou à chinesa Baosteel para erguer uma usina de US$5 bilhões, com previsão de início de operação em 2011. Xstrata lucrou US$5,5 bi em 2007. Produção recorde impulsionou ganho 13% maior que o de 2006

A minerado anglo-suíça Xstrata obteve lucro líquido de US$5,543 bilhões em 2007, 13% maior que o do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela produção recorde de cobre, cromo ferroso, carvão, níquel e platina. A Xstrata está no alvo da Vale, que negocia com os controladores da empresa sua aquisição por cerca de US$80 bilhões.

A comparação com o exercício de 2006 foi feita considerando companhias adquiridas pela Xstrata ao longo daquele ano, entre elas a canadense Falconbridge, por US$16,2 bilhões. É como se essas empresas fossem parte do grupo desde o início de 2006.

Página 85 de 154

Page 86: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A receita ficou em US$28,542 bilhões, valor 12% superior ao de 2006, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou US$11,271 bilhões.

O executivo-chefe do grupo, Mick Davis, assinalou, em comunicado, que a Xstrata se encontra bem posicionada no setor de mineração e que desempenhará papel central na evolução do segmento. "As aquisições continuam a ser um elemento importante de nossa estratégia de crescimento", afirmou Davis, que aposta na manutenção das altas cotações dos metais para 2008.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Vale e governo selam acordo para siderúrgica. Presidente da empresa diz que projeto e licença ambiental no Pará já devem estar liberados em 2009

(Folha de São Paulo 04.03.2008 B-4 Dinheiro)

EDUARDO SCOLESEDA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Governo federal, Vale e governo do Pará fecharam acordo para a construção de uma nova usina siderúrgica no Estado. Ela deve ser instalada em Marabá, no sudeste paraense.A Vale investirá cerca de R$ 5 bilhões no negócio. Ontem, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, o presidente da empresa, Roger Agnelli, disse que tanto o projeto como a licença ambiental já deverão estar liberados em meados do ano que vem.Em entrevista após a audiência, da qual também participou, a governadora Ana Júlia (PT-PA) disse aguardar o início das obras ainda para o seu mandato, que vai até o final de 2010.A contrapartida do governo virá por meio de obras de infra-estrutura no entorno da futura siderúrgica. Está previsto cerca de R$ 1,5 bilhão para isso, sendo a maior fatia em recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como na construção e ampliação de ferrovias, hidrovias e portos.A previsão é que a siderúrgica produza um volume de 2,5 milhões de toneladas de placas de aço/ano.Parte interessada, a governadora paraense não soube dizer o número de empregos que serão gerados com a nova usina. "Além de verticalizar o minério, nós queremos enraizar o desenvolvimento", afirmou.Já para a Vale, a nova siderúrgica vai diminuir a dependência dela com as usinas da região, que estariam envolvidas em denúncias de desmatamento ilegal e com o uso de mão-de-obra análoga à escravidão.

Xstrata diz que ainda negocia com a ValeDA REDAÇÃO

A mineradora anglo-suíça Xstrata confirmou ontem que continua a negociar a sua venda para a Vale. "As discussões com a Vale persistem e podem levar ou não a uma oferta pela Xstrata", disse Mick Davis, presidente-executivo da empresa.A companhia anunciou ontem que teve um lucro de US$ 5,54 bilhões no ano passado, um aumento de 13% na comparação com 2006. A Vale ganhou quase US$ 12 bilhões em 2007.A transação estaria emperrada pelo desejo da Glencore, a principal acionista da Xstrata, de ter um acordo de dez anos para a negociação de parte da produção conjunta das duas companhias. A Vale aceitaria, no máximo, um acordo por cinco anos.Ele envolveria a comercialização de níquel, cobre e carvão e deixaria de lado o minério de ferro.O presidente da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e também presidente do Conselho de Administração da Vale, Sérgio Rosa, defendeu que ela mantenha a comercialização integral dos produtos mesmo após uma eventual compra da Xstrata.

Retornar ao índice de assunto

Página 86 de 154

Page 87: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Voltar

Resultado - Lucro da Xstrata aumenta 13%(Gazeta Mercantil 04.03.2008 C-4 Indústria)

A mineradora Xstrata, que mantém conversações com a Companhia. Vale do Rio Doce (Vale), interessada em sua aquisição, informou que seu lucro anual subiu 13% devido ao aumento da produção de carvão e zinco e à alta dos preços do cobre. O lucro líquido cresceu para US$ 5,54 bilhões, ou US$ 5,78 por ação, ante US$ 4,89 bilhões, ou US$ 5,28, em 2006, informou ontem a companhia de Zug, Suíça, em um comunicado. As vendas cresceram 12% para US$ 28,5 bilhões. A cifra referente ao ano passado foi calculada pela companhia como se suas aquisições, que incluem a compra da Falconbridge, do Canadá por US$ 16,2 bilhões, tivessem contribuído para todo o ano.

O principal executivo Mick Davis aumentou as vendas mais de 15 vezes nos últimos cinco anos, graças às aquisições e às expansões. Ele disse que prosseguem as conversações com a Vale, a maior produtora de minério de ferro do mundo.

"Estes números não contribuem muito para o avanço do debate sobre a possibilidade de a Vale fechar sua proposta pela Xstrata, mas proporcionam para a administração da Xstrata uma plataforma para explicar a forte perspectiva para seus lucros e negócios", escreveu ontem em um relatório Michael Rawlinson, diretor de mineração, recursos e energia da Liberum Capital, em Londres.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

PENAL

Projeto aumenta pena para quem servir bebida a adolescente(Câmara - 03.03.2008)

A Câmara avalia uma modificação na Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei 3.688/41) para dobrar a pena aos que servirem bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. A medida está prevista no Projeto de Lei 2658/07, do deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB). Atualmente, a legislação determina uma pena de prisão simples, de dois meses a um ano, para quem servir bebidas alcoólicas a menores.

O projeto também inclui na contravenção aqueles que colocarem à disposição ou permitirem o consumo de bebidas pelos adolescentes. Os contraventores ficarão sujeitos a penas de quatro meses a dois anos de detenção.

Idade mínimaO autor da medida ressalta que, "embora existam leis que delimitam uma idade mínima legal para a aquisição de bebidas alcoólicas, também deve existir sanção mais severa e medida limitadora ou impeditiva ao fácil acesso físico ao álcool por adolescentes". Para ele, o objetivo é contribuir na luta "contra o consumo excessivo e abusivo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos de idade".

Página 87 de 154

Page 88: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Além das doenças relacionadas ao consumo excessivo de álcool, o parlamentar ressalta o grande número de jovens que morrem anualmente no Brasil em conseqüência dos acidentes de trânsito, causados, em sua grande maioria, pelo consumo de bebidas alcoólicas.

TramitaçãoO projeto foi apensado ao PL 4846/94, que estabelece medidas para restringir o consumo de bebidas alcoólicas. Ambos tramitam em regime de urgência e prioridade e estão prontos para serem analisados pelo Plenário.Íntegra da proposta:

- PL-2658/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117970

Retornar ao índice de assuntoVoltar

PROPRIEDADE INTELECTUAL

Veículos - Na corrida para voltar ao azul, GM ataca as próprias marcas. Modelos são quase iguais, mas estratégia de marketing é cada vez mais diferente.

(Valor Econômico 04.03.2008 B-6 Empresas/Indústria)

John D. Stoll, The Wall Street JournalDivulgação Traverse, novo lançamento da GM nos EUA, é quase idêntico ao Outlook da Saturn, marca da própria companhia, Michael Maguire tem sentimentos conflitantes em relação ao lançamento do Chevrolet Traverse, um "crossover" que promete aumentar as vendas da concessionária Chevy de sua família na rodovia 206 em Bordertown, no Estado americano de Nova Jersey.

O problema é que a Maguire Automotive Group também é dona de uma concessionária da marca Saturn a 1,5 km dali na mesma estrada, e o Traverse prejudicará a demanda pelo Outlook, um "crossover" praticamente idêntico lançado pela Saturn há um ano. Com o lançamento do Traverse, "as portas se fecharão totalmente para o carro da Saturn", diz Maguire. Para concessionários como ele, a estratégia da GM de lançar carros parecidos com marcas diferentes é "roubar a Pedro para dar a Paulo", afirma.

Depois de três anos de reestruturação, a GM ainda registra bilhões de dólares em prejuízo e não tem previsão de quando voltará ao azul. O desaquecimento da economia americana é certamente um fator importante e uma das razões pelas quais a GM divulgou ontem uma queda nas vendas em fevereiro.

Mas o dilema de Maguire revela uma questão antiga que continua a minar os esforços da montadora: a concorrência entre as oito marcas do seu portfólio - tanto pelo bolso dos consumidores quanto pelo orçamento publicitário da GM.

Página 88 de 154

Page 89: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Um exemplo está nos carros de passeio. A GM tem quatro modelos: o Chevy Malibu conta com uma campanha poderosa, e a GM afirma que não consegue atender à demanda. Enquanto isso, o Buick LaCrosse, o Pontiac G6 e o Saturn Aura lutam para se firmar e obter o reconhecimento de marca necessário para concorrer com os campeões de venda do segmento. A Toyota Motor Corp. tem um modelo - o Camry - que no ano passado vendeu 473.109 unidades, mais que os quatro da GM, que venderam 385.290.

Um ano atrás, o Aura foi considerado o "Carro do Ano" no Salão do Automóvel de Detroit, mas agora, com o marketing do Malibu a todo vapor, as concessionárias da Saturn não estão conseguindo se livrar do estoque. Em partes do país as concessionárias vêm oferecendo descontos e financiamento a juro zero. Maguire diz que foi obrigado e criar um pacote próprio de financiamento porque as campanhas de marketing da GM não estavam impulsionado o suficiente as vendas.

A Pontiac pode enfrentar este ano problemas parecidos, quando lançar seu novo modelo de passeio com tração traseira, o G8. Apesar de ser o lançamento mais importante da Pontiac desde 2004, a GM quase não divulga o carro.

Mesmo quando a montadora investe na publicidade das marcas menores, o retorno geralmente é pequeno. No ano passado, propagandas na televisão promoveram os esportivos da Saab como "inspirados nos aviões a jato", mas em 2007 as concessionárias venderam apenas 32.711 carros - pouco mais que um único mês de vendas do Camry ou do Accord, da Honda Motor Co.

Mark LaNeve, diretor da divisão de marketing e vendas na América do Norte, reconhece que a montadora se esforça demais para divulgar as marcas maiores, a Chevy e a Cadillac. O orçamento publicitário das outras, diz, é ampliado se elas mostrarem que estão ganhando força no mercado. É como nadar contra a corrente: das seis marcas menores, apenas a Pontiac e a GMC contam com mais de 2% do mercado americano.

Não há dúvida de que a GM teve algum progresso na sua reestruturação. Desde 2005, ela diminuiu em US$ 9 bilhões os custos fixos, demitiu um terço dos funcionários sindicalizados, fechou várias fábricas e melhorou a qualidade e o acabamento de seus carros e picapes.

Mas para voltar a dar lucro ela tem que impulsionar as vendas em todas as suas oito marcas. Para a GM, "seria melhor ter menos marcas", diz Tom Libby, analista da J.D. Power & Associates, consultoria da McGraw-Hill Companies. LaNeve, contudo, diz que a GM considera sensato manter as oito marcas. A empresa vai enxugar as linhas de produtos, retirando os modelos de fraco desempenho ou os que duplicam desnecessariamente outros.

A GM também está se esforçando para diminuir as despesas gerais e a sobreposição das várias marcas. Os carros da Buick, Pontiac e GMC agora são vendidos em concessionárias que oferecem os três. Para evitar a canibalização, a GM enxugou as linhas de produtos, de modo que a Buick só oferece carros de passeio, a Pontiac carros esportivos e a GMC, picapes.

Mesmo assim, a concorrência interna continua a existir, especialmente na aposta da GM nos "crossovers", que se parecem com utilitários esportivos mas são mais leves e consomem menos combustível. A GM lançou três no ano passado - o Outlook e o GMC Acadia, praticamente idênticos, e o mais luxuoso Buick Enclave. O Acadia e o Enclave são um sucesso, mas as vendas do Outlook ficaram aquém do esperado.

Agora, a Chevy terá o seu próprio modelo "crossover", o Traverse, e as concessionárias já sentem o impacto. Em janeiro, elas tinham estoque suficiente do Outlook para 138 dias, ante 98 dias em dezembro.

Executivos da GM ganham mais poder Marli Olmos

Página 89 de 154

Page 90: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, anunciou, durante uma reunião com os diretores ontem, nos Estados Unidos, mais poder aos seus dois principais executivos da área de finanças: Frederick Henderson, e Ray Young.

Tanto Fritz, como é chamado Henderson na empresa, como Young, têm passagens pela subsidiária da GM no Brasil. Os dois foram presidentes da filial brasileira e constantemente afirmam que usam suas experiências com os altos e baixos da economia brasileira na condução das finanças da montadora.

Young, de 46 anos passa a ser o chefe das finanças, cargo ocupado até aqui por Henderson. Por sua vez, Henderson, com 49 anos, passa a ser o principal executivo da área operacional.

A GM está em meio a um processo de reestruturação, que passou por corte de pessoal e fechamento de fábricas na América do Norte. "Há muita coisa acontecendo na GM hoje", disse Wagoner. "Além das transformações do nosso negócio nos Estados Unidos, estamos passando por um crescimento explosivo nos mercados emergentes", acrescentou o principal executivo da companhia.

Para Wagoner, o quadro atual cria boas oportunidades para o remanejamento da estrutura de lideranças na empresa. Além da reestruturação financeira, a GM enfrenta concorrência da Toyota.

Venda de veículos aumenta 36,86% De São Paulo

Em mais um mês de recordes, puxados ainda pelo crédito farto, a venda de veículos no Brasil registrou um avanço de 36,86% em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado.

Foram licenciados em todo o país 200,8 mil unidades , quase 55 mil mais do que no mesmo mês do ano passado. Na comparação com janeiro houve queda de 6,6%, justificada pela menor quantidade de dias úteis.

Em apenas dois meses que se passaram em 2008 já foram vendidos 415,8 mil automóveis, caminhões e ônibus, o que representa um avanço de 38,74% na comparação com o primeiro bimestre de 2007.

Fiat e Volkswagen continuam muito próximas na disputa pelo primeiro lugar do mercado brasileiro, com participações de 23,85% e 23,03%, respectivamente, na soma de vendas de janeiro e fevereiro. A General Motors aparece na terceira posição, com 21,57% do mercado, seguida pela Ford, com 9,47%.

No grupo das marcas que têm menos de 4% do mercado cada uma, a japonesa Honda está na frente, seguida por Renault (3,64%), Peugeot (3,06%) Citroën (2,32%), Toyota (2,17%) e Mitsubishi (1,09%). Prestes a renovar a sua linha do carro mais vendido, o Corolla, a Toyota perdeu pontos de participação para os concorrentes que renovaram os produtos na sua frente. (MO)

Retornar ao índice de assuntoVoltar

"Baixem nosso CD". Sensação nova-iorquina, o duo MGMT copia canções e incentiva cópias ilegais.

(Jornal do Brasil 04.03.2008 B-1 Caderno B)

Andrew Van Wyngarden e Ben Goldwasser moram no Brooklyn e formam a MGMT. Uma das bandas mais cultuadas do experimental cenário artístico de Nova York, o duo, formado em 2002, fez recentemente bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos depois de ser citado pelo The New York Times como "inexplicavelmente contratado de uma grande gravadora" (a Columbia). O som do primeiro disco, recém-lançado e intitulado Oracular spectacular, é psicodélico. As melodias, tortas; as letras, nonsense,

Página 90 de 154

Page 91: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

inspiradas na Primeira Guerra Mundial, são uma mistura de pop espacial com Rolling Stones. Mais anticomercial impossível. Direto da estrada, Wyngarden conversou por email com o JB.

- Estamos no sul do estado de Idaho. Tudo aqui está completamente branco, como se fizéssemos parte de um esquisito planeta das neves - estranha o músico.

O álbum do MGMT não tem previsão de lançamento no Brasil, mas o vocalista tem uma solução para o problema:

- Todo mundo deve baixar o álbum ilegalmente o mais rapidamente possível - conclama ele, que divide as músicas da estréia com Goldwasser e também toca sintetizadores, guitarras e canta, assim como o parceiro. - Originalmente o nome da banda era The Management, mas soava um tanto quanto genérico, uma coisa meio ameaçadora. O MGMT fez com que tudo se tornasse mais misterioso e unido.

O músico detalha mais:

- Escolhemos o nome muito antes de sermos contratados por uma grande gravadora, a Columbia.

Um ponto central das canções que o duo aponta como influência é uma boa dose de mistura de sonoridades estranhas e grudentas.

- Queríamos fazer referência à psicodelia do fim dos anos 60, soft country dos 70, algumas coisas industriais dos 80 e o rock largado dos 90, mas deixando tudo isso com um aspecto original.

Wyngarden vai aonde o povo está. Todo dia pinça canções descobertas no MySpace.

- Acho constantemente bandas no MySpace que têm idéias musicais e canções extraordinárias, mas apenas cerca de 200 amigos. Então, na maioria das vezes, roubo as idéias deles e faço delas minhas próprias canções, sem dizer nada a ninguém, apenas a vocês - explica o candidato a picareta, sem a menor cerimônia.

Outra dupla deu algumas aparadas nas eletronices do duo. Colaboram com o MGMT os produtores Rick Rubin e, principalmente, Dave Fridmann, que já produziu os dois maiores ícones do indie rock lisérgico, Flaming Lips e Mercury Rev.

- Quando o Rick Rubin (produtor de System of a Down, Audioslave, Red Hot Chili Peppers) veio para a Columbia, tudo já estava gravado. Ele estava revendo todo o catálogo e ficou impressionado com nosso trabalho - conta Wyngarden. - Achou que talvez precisássemos de mais algumas canções para fechar o álbum, e nós pensávamos o contrário. Nos encontramos pessoalmente e ele decidiu apenas mudar a ordem das músicas no CD. Já o Dave é mais relaxado, não tentou tomar as rédeas do álbum para nenhuma direção, apenas nos ajudou a ter foco para conseguirmos os sons que gostaríamos.

O começo foi só descontração, como cabe a uma banda de rock. Beber todas e pegar meninas.

- Nos nossos antigos e performáticos shows na época da universidade, era mais fácil ficar bêbado de vinho e ficar caído em qualquer canto, e tudo o que tinha que fazer era cantar em frente ao microfone. Algumas vezes usávamos até alguns loops de vocais pré-gravados, ao vivo. Então, realmente ficávamos apenas flanando por aí e deixando as pessoas excitadas - diz o músico. - Esse estilo tinha suas vantagens, mas é mais difícil de segurar a onda quando você está fora da universidade. Agora estamos tocando em uma formação de banda de rock tradicional. Não nos sentimos esgotados ou de saco cheio de tocar dessa forma, porque há uma porção de mudanças e partes do disco novo para lembrar.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 91 de 154

Page 92: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Patentes - Nokia obtém mais uma decisão favorável(Gazeta Mercantil 04.03.2008 A-8 Direito Corporativo)

A Nokia obteve sua segunda vitória em menos de uma semana na "guerra de patentes" que mantém contra a Qualcomm, o maior fabricante mundial de microchips para telefones celulares, depois que a Suprema Corte britânica desprezou uma reivindicação interposta pela companhia californiana.

A decisão judicial deu razão à gigante finlandesa, ao considerar que a reivindicação apresentada pela Qualcomm em maio de 2006 por violação de patentes de tecnologia GSM não é válida, o que significa que a Nokia não terá que pagar compensação alguma à companhia norte-americana, informou ontem o grupo em um comunicado.

Segunda vitória

Essa é a segunda vitória em cinco dias da maior fabricante mundial de telefones celulares na disputa legal que mantém com a Qualcomm pela propriedade intelectual de várias patentes tecnológicas.

Na quinta-feira da semana passada, a Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC, sigla em inglês) também desprezou um processo apresentado pela Qualcomm contra a Nokia por violação de várias patentes de tecnologia GSM/GPRS/Egde, ao entender que a fabricante finlandesa não infringiu seus direitos de propriedade intelectual.

"As decisões judiciais do Supremo Tribunal britânico e da ITC são uma evidência a mais de que a Qualcomm exagera em sua posição de inovadora industrial e exige compensações por patentes que não são pertinentes ou válidas", assinalou no comunicado o diretor financeiro de Nokia, Rick Simonson.

Disputa legal

Em 2006, a Nokia e a Qualcomm se enredaram em uma disputa legal sobre a propriedade intelectual de várias patentes de telefonia de segunda e terceira geração (GSM e WCDMA), após cinco anos de frutífera cooperação comercial.

Desde então, a firma californiana interpôs 11 processos contra a Nokia na China, Europa e Estados Unidos, enquanto a fabricante finlandesa levou a julgamento a Qualcomm na China e na Alemanha.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Nokia vence processo de patente movida pela Qualcomm(DCI 04.03.2008 Legislação)

A Nokia Oyj, a maior fabricante mundial de telefones celulares, foi declarada vitoriosa em uma ação judicial referente a patentes movida no Reino Unido pela Qualcomm Inc. É a segunda vitória da companhia finlandesa contra a rival norte-americana em apenas uma semana.

O processo envolvia patentes relacionadas à tecnologia GSM para celulares. O juiz Christopher Floyd disse, durante audiência no Supremo Tribunal de Londres, que uma das patentes da Qualcomm é inválida e que outra é parcialmente inválida.

De acordo com o juiz, as alegações da norte-americana são inválidas e, portanto, a Nokia não terá de pagar nenhum tipo de compensação.

Página 92 de 154

Page 93: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Na semana passada, a Nokia já havia ganho mais uma batalha na guerra contra a Qualcomm, mas nos Estados Unidos. A Comissão Internacional de Comércio (ITC, na sigla em inglês) do país negou pedido da norte-americana para rever a decisão de um juiz que deu parecer favorável à Nokia em ação questionando as mesmas patentes. Segundo o juiz, a Nokia não infringiu nenhuma patente das três que a Qualcomm afirmava que tinha, e inclusive considerou inválida uma delas.

A Nokia, sediada em Espoo, na Finlândia, e a Qualcomm estão envolvidas em disputas legais na Europa, na América do Norte e na Ásia. Esses contenciosos estão relacionados à quantia que a Nokia tem de pagar à Qualcomm, por tecnologias usadas nos chamados celulares de terceira geração (3-G), que permitem acesso mais rápido à Internet.

A Nokia está tentando pagar tarifas mais baixas após um acordo de licenciamento cruzado ter expirado, em 9 de abril passado. "Esse é o segundo tribunal a concluir que a Qualcomm não possui patentes GSM relevantes e válidas", disse em comunicado divulgado por e-mail Rick Simonson, diretor financeiro da Nokia.

Andrew Gilbert, presidente da Qualcomm na Europa, disse que o caso movido no Reino Unido se transformou em um "show periférico", pois a Nokia e a Qualcomm concordaram em suspender todas as suas disputas judiciais mundiais e solucionar a questão em um tribunal em Delaware, nos EUA, no próximo mês de julho. A Qualcomm está "decepcionada, mas não inconsolável" por ter perdido a ação, disse Gilbert.

Já o executivo-chefe de Finanças da Nokia, Rick Simonson, declarou que a empresa está satisfeita com "a decisão da corte de que os questionamentos das patentes são inválidos. Acreditamos que isso é consistente com os fatos".

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Receita apreende veículo e mercadorias em Medianeira/PRA(Receita - 03.03.2008)

Secretaria da Receita Federal do Brasil apreendeu em Medianeira, no Paraná, um veículo Ford Verona que trazia mídias piratas ocultas debaixo do assento do banco traseiro. Na operação, realizada no dia 27/02 no Posto Fiscal de Bom Jesus, foram apreendidos, ainda, material de informática, equipamentos de som automotivo, videogames, bem como mercadorias acobertadas por Declaração de Bagagem acompanhada com selo adulterado.

A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. http://www.receita.fazenda.gov.br/AutomaticoSRFSinot/2008/03/03/2008_03_03_12_37_56_548581817.html

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Piratas transformam declaração do IR em armadilha para internautas(Res. Notícias Fiscais – 04.03.2008)

Página 93 de 154

Page 94: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Piratas de computador estão aproveitando o início da entrega das declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2008 nesta segunda-feira (3), para tentar fazer os internautas clicarem em um link e infectarem seus computadores com códigos maliciosos.

O golpe é realizado através de um e-mail com a falsa notícia de que um congestionamento no sistema da Receita Federal teria resultado na perda de algumas declarações. Ao final, a mensagem pede ao usuário que clique em um link para saber se sua declaração pessoal estaria dentro do grupo perdido.

O falso e-mail reproduz o design e os logotipos usados pelo site da Receita Federal.

A instituição informou que nunca envia entra em contato com os contribuintes através de e-mails.

Contaminação Segundo o laboratório McAfee Avert, quando algum internauta clica no link faz o download dois códigos maliciosos, chamados de PWS-Banker.dldr e de PWS-Banker.gen.aj.

Os programas, que não são capazes de se espalharem sozinhos, facilitam o acesso de piratas de computador ao PC do usuário, permitindo o roubo de informações como dados sobre sua conta bancária.

Esse tipo de ameaça é chamada de phishing scam. Nesse sistema, piratas de computador enviam e-mails sugerindo que os internautas baixem programas, cliquem em links ou visitem sites maliciosos. Quando seguem a sugestão, as vítimas em potencial infectam seus computadores com programas geralmente desenvolvidos para o roubo de informações financeiras. http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=16907&data=4/3/2008

Retornar ao índice de assuntoVoltar

SEGUROS

Proteção - Bradesco Seguros paga R$ 14 bilhões em sinistros. Só na área de saúde foram 41,2 milhões de ocorrências em 2007.

(Valor Econômico 04.03.2008 C-10 Finanças)

Altamiro Silva Junior, de São PauloSergio Zacchi / Valor Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente da Bradesco Seguros e Previdência: "Principal desafio de seguradoras e corretores é aumentar a cultura do seguro" A Bradesco Seguros e Previdência, a maior seguradora do Brasil e da América Latina, anuncia amanhã que desembolsou R$ 13,9 bilhões em 2007 para pagar sinistros, indenizações e outros benefícios aos clientes - mais que o faturamento somado de várias grandes seguradoras do país.

Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente da Bradesco Seguros, avalia que o pagamento de um sinistro é o momento em que a pessoa percebe, de fato, a importância de ter contratado uma apólice. "Se não tivesse um seguro, seria pior, teria que arcar com custos do próprio bolso, comprometendo os sonhos futuros", avalia. Em 2006, os desembolsos somaram R$ 12,3 bilhões e em 2003, R$ 7,8 bilhões.

Página 94 de 154

Page 95: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Dos desembolsos da seguradora, a maior parte foi da área de vida e previdência, com R$ 6,4 bilhões. Ao todo, 644 mil participantes dos planos de previdência receberam recursos por conta dos mais variados motivos, incluindo benefícios, resgates, pensões e aposentadorias.

A área de saúde registrou pagamento de R$ 3,5 bilhões. Foram nada menos que 41,2 milhões de sinistros, que incluem consultas, exames e outros procedimentos médicos e odontológicos. Em média, foram 15,1 ocorrências por segurado, que somam 2,85 milhões de clientes.

Nos automóveis, os sinistros somaram R$ 2,6 bilhões, por conta de roubos e reparos em colisões e outros danos, incluindo as indenizações aos beneficiários no seguro de vida. As ocorrências somaram 387 mil atendimentos. A Bradesco Auto/RE, focada em ramos elementares, encerrou o ano com frota segurada de 1,2 milhão de veículos.

Por fim, a área de capitalização pagou R$ 1,4 bilhão, incluindo os prêmios e os resgates dos títulos. A Bradesco Capitalização tem 14,6 milhões de títulos ativos e 2,3 milhões de clientes.

Segundo Trabuco, 2007 foi um ano "excepcional" para a seguradora. A estratégia de atuar nacionalmente, seguindo os passos do banco, e de oferecer todos os produtos, mostrou resultados. As receitas totais somaram R$ 21,5 bilhões, 13% maiores que em 2006. Incluindo as receitas financeiras, o total chega a R$ 29,4 bilhões. O lucro da Bradesco, de R$ 2,35 bilhões, foi o maior do setor de seguros e respondeu por 30% do resultado do banco.

O mercado de seguro, segundo Trabuco, passa por um momento "interessante", com crescimento da renda da população e expansão da economia, aliado à abertura do resseguro e ao interesse da Superintendência de Seguros Privados (Susep) em mudar o setor, com novas regras e legislações. "O maior desafio para seguradoras e corretores é aumentar a cultura do seguro", afirma. Para ele, o microsseguro vai ser fundamental neste sentido. Trabuco argumenta, porém, que não bastam só apólices baratas para atrair a baixa renda. "Tem que ter a cobertura adequada."

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Resseguros aguardam benefícios com disciplina. Exemplos de abertura por outros países aconselha prudência

(Gazeta Mercantil 04.03.2008 A-3 Opinião)

A abertura do resseguro tem gerado muito debate, principalmente no que diz respeito aos modelos de transferência de riscos, regras para o mercado aberto e novos participantes que virão ao mercado. Em contrapartida, os benefícios com o fim do monopólio de resseguros vão muito além da mudança dos processos. Tão importante quanto permitir que a seguradora distribua os riscos de forma mais equilibrada na sua carteira, a abertura promoverá a transferência de conhecimento, a inovação e a possibilidade de adequação às novas regras de solvência, recém-estabelecidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que entram em vigor em de janeiro de 2008. A transferência de conhecimento será fundamental para o desenvolvimento do mercado segurador brasileiro. Um exemplo disso seria o seguro para uma termelétrica. As resseguradoras enviam para as seguradoras uma relação de riscos, com as turbinas termelétricas aprovadas e reprovadas pelo seu corpo técnico. Essa avaliação compreende todas as especificações das turbinas, o estágio do avanço tecnológico, se são protótipos, a fabricante, enfim, os aspectos mais importantes relacionados ao risco. Ou seja, as companhias resseguradoras transferem o conhecimento para que as seguradoras trabalhem em cima dessa base de dados.

Página 95 de 154

Page 96: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Essa relação tende a se acentuar com a abertura do mercado, já que as resseguradoras têm interesse em ter técnicos bem preparados nas seguradoras, para analisar o risco de acordo com os melhores critérios técnicos internacionais e, conseqüentemente, diminuir os riscos da sua própria operação. Outro pilar é a inovação que a abertura de resseguro promoverá. As grandes resseguradoras possuem equipes de pesquisa e desenvolvimento para fazer o levantamento de novos mercados de atuação, a fim de que as seguradoras possam distribuir produtos no novo mercado e, futuramente, transfiram os riscos da operação. No Brasil, uma grande resseguradora avaliou os riscos do cultivo de uva e maçã no Sul do País para a criação do seguro rural ou agrícola. Outra atualmente estuda as oportunidades em microsseguros, que são coberturas destinadas aos consumidores de baixa renda, mercado que tende a crescer muito no Brasil nos próximos anos. Essas melhorias serão gradualmente percebidas pelos clientes, visto que o seguro vai aos poucos se tornar mais eficiente. Se seguirmos a lógica de mercado, poderemos colocar em prática produtos amplamente difundidos nos outros países, como os pacotes compreensivos em riscos de engenharia que integram desde o início do transporte dos equipamentos até a operação, incluindo construção, equipamentos e responsabilidade civil. Por fim, mas não menos importante, a abertura do resseguro também poderá facilitar a adequação às novas regras de solvência, principalmente no que diz respeito às pequenas e médias seguradoras. Para se adequar à solvência, algumas seguradoras abriram capital - fizeram Initial Public Offering (IPO), sigla em inglês, ou oferta inicial de ações -, enquanto outras obtiveram aporte estrangeiro da matriz. Poucas têm levantado a possibilidade de alavancar seu capital por meio das resseguradoras, transferindo o risco e liberando das regras de solvência o capital mínimo exigido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). É uma alternativa aos custos de captação via bancos à medida que passam a fazer negócio com um player do próprio mercado. Esses são apenas alguns dos benefícios que a abertura trará ao mercado brasileiro. De qualquer forma, é de grande importância que nos miremos nos exemplos de outros países que passaram por processos similares de abertura - como a China e a vizinha Argentina -, para entendermos que esse processo tem de ser conduzido com disciplina. Guardadas as respectivas particularidades, a abertura na Argentina desencadeou uma corrida desenfreada por crescimento em prêmios por parte das resseguradoras, deteriorando as condições técnicas e atuariais, tão importantes para a estabilidade mercadológica. A seriedade imprimida pela Susep à condução do processo certamente vai gerar as condições necessárias a uma abertura bem-sucedida, com benefícios a todos os participantes do mercado.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Estratégia - Grupo quer a liderança em seguros e previdência(Gazeta Mercantil 04.03.2008 B-4 Finanças)

O Banco do Brasil quer ser líder em seguro e previdência. Em capitalização já é o maior, porém tem a concorrente Bradesco Capitalização colada, ameaçando mês a mês. Porém, nos outros segmentos, ele é superado por quase todos os seus concorrentes bancários. "As seguradoras já têm dez anos de vida. Tempo suficiente para se tornarem líderes", disse Antonio Francisco de Lima Neto, presidente do Banco do Brasil. Ele realmente está determinado a elevar a penetração de seguros e previdência na base de 36 milhões de clientes do banco. "Apenas capitalização temos uma penetração acima de 25%. Nas outras é bem inferior a 5%", diz Milton Luciano dos Santos, vice-presidente de varejo e distribuição do BB. E todos os executivos das cinco empresas do grupo - Brasilprev, Brasilveículos, Brasilsaúde, Brasilcap, Aliança do Brasil - e também Ricardo Flores, responsável por todas elas, já perceberam o peso do desafio. Ontem, Lima Neto esteve na sede da Brasilprev, empresa de previdência privada em parceria com a Principal e Sebrae. Disse aos principais executivos e também a mais de 320 diretores das

Página 96 de 154

Page 97: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

regionais, a importância da área de seguridade. "Nós devemos ter um resultado semelhante aos nossos concorrentes dessas áreas." No Bradesco, por exemplo, 30% do lucro vem de seguridade. Até mesmo revisão societária está sendo estudada. Ao que tudo indica será na área de riscos patrimoniais, onde opera a Aliança do Brasil em sociedade com a Aliança da Bahia. Agora é preciso ir à luta. A Brasilveículos, que tem como sócia a SulAmérica, por exemplo, fechou 2007 como a décima colocada no ranking, com prêmios de R$ 584 milhões. Mas é líder em rural, com R$ 137 milhões. Em vida e acidentes pessoais, sem VGBL, é o sexto maior, com R$ 622,5 milhões. A Brasilprev é a terceira maior, com R$ 3,3 bilhões. Hoje as empresas do grupo distribuem seus produtos por meio de gerentes de contas, um profissional responsável por cuidar de um imenso grupo de clientes e ofertar, em média, 25 produtos diferenciados. "Estamos reciclando o conhecimento destes profissionais em seguridade e também buscamos parcerias com canais alternativos de vendas e também com corretores independentes", conta Flores. Aqui está um ponto que poderá determinar o sucesso ou o fracasso da operação. Para ter um cliente no longo prazo e garantir a sustentabilidade da operação, o correntista tem de ter simpatia pelos produtos e a percepção de que está fazendo um bom negocia, voluntariamente, sem contra partidas. Outra novidade foi o salto de R$ 52 milhões para R$ 90 milhões a verba em marketing, valor que será investido também pelos sócios. Alguns produtos foram reformulados e outros lançados, como a família ciclo de vida, que altera os investimentos em renda fixa e variável para o cliente de previdência. Outros serão lançados, como o seguro "flex" para automóvel, em abril. Trata-se de um apólice de carro com um seguro prestamista. "Dessa forma o cliente não fica sem o seguro caso tenha um problema pontual de perda de renda e não possa pagar a mensalidade."

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Ano de lucratividade para o mercado de seguros(Planeta Seguro – 04.03.2008)

2007 foi um ano de boa produtividade e lucratividade. Essa foi a principal conclusão dos balanços divulgados por diversas seguradoras nesta última semana de fevereiro. Uma delas foi a SulAmérica, empresa que, no ano em que concluiu com sucesso seu IPO, atingiu um lucro líquido recorde de R$ 321 milhões, um crescimento de 108,5% em relação a 2006. A receita de prêmios totalizou R$ 7 bilhões, aumentando em 5,9% no ano e 10,6% no quarto trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com vendas que atingiram o montante de R$ 210,5 milhões – um aumento de quase 54% em relação a 2006 - a seguradora Mapfre registrou um faturamento de R$ 3,058 bilhões em 2007. Seu lucro líquido saltou para R$ 154,6 milhões, um incremento de 73,4% em comparação ao exercício anterior. O Brasil já representa 10% do resultado mundial do grupo.

A Icatu Hartford também conseguiu um bom resultado: a empresa faturou R$ 1,2 bilhão em 2007, um crescimento de 2,4%. O lucro líquido foi de R$ 62,5 milhões, 2% menor que o resultado de 2006. O patrimônio líquido aumentou 17%, para R$ 431,6 milhões.

Já a Real Tokio Marine Vida e Previdência encerrou o ano de 2007 com lucro líquido de R$ 79,8 milhões, alta de 63,4%. O total de prêmios e contribuições no período chegou a R$ 1,38 bilhão, o que representa um aumento de 28,8%. O retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 49,1%.

A seguradora americana Prudential reverteu o prejuízo de R$ 1,8 milhão na unidade brasileira em 2006 e apresentou bom resultado no ano passado: lucro de R$ 1,1 milhão. Os prêmios somaram R$ 122 milhões, um crescimento de 20%.

Página 97 de 154

Page 98: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Outra empresa que teve uma boa atuação no ano passado foi a Companhia de Seguros Aliança do Brasil, que registrou lucro líquido de R$ 167,8 milhões. Apesar de não atuar no segmento de planos de acumulação como o VGBL, a seguradora emitiu R$ 1,4 bilhão em prêmios diretos, o que representa um incremento de 7,1% em comparação a 2006.

http://www.planetaseguro.com.br/view_noticia.asp?Id_Noticia=8419

Retornar ao índice de assuntoVoltar

SOCIETÁRIO

Últimas Notícias - Empresas. Gerdau pretende obter até R$ 4 bi com ofertas de ações na Bovespa (Valor Econômico 04.03.2008 A-3 Brasil)

Graziella Valenti e Sérgio Bueno

Enquanto a lista de companhias que desistiram de ofertar ações na bolsa não pára de crescer, a Gerdau decidiu enfrentar o cenário. Pretende obter nada menos do que R$ 4 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão com ações da Metalúrgica Gerdau e R$ 2,8 bilhões com Gerdau S.A.

O grupo emitirá ações ordinárias e preferenciais, para preservar a estrutura de controle formada por um terço de ações com direito a voto. O valor de mercado da Gerdau S.A. fechou o pregão de ontem em R$ 35,2 bilhões e o de Metalúrgica Gerdau, em R$ 14 bilhões.

Divulgada no início da noite de ontem, a decisão criou grande interrogação entre os analistas de mercado sobre os planos da captação. Até o fechamento dessa edição, a companhia não havia divulgado o prospecto da oferta - material completo com os projeto de aplicação dos recursos captados.

Analistas consideram que a emissão servirá para pagar a MacSteel, nos Estados Unidos. Em novembro passado, quando anunciou a compra, o grupo informou que utilizaria o caixa. Mas na teleconferência de fevereiro disse que avaliava uma alternativa para financiar o negócio. A capitalização poderia manter uma situação confortável de caixa diante das turbulências no mercado americano.

O ano de 2007 foi um dos mais agressivos da história da companhia em aquisições. Foram gastos pouco menos de US$ 5 bilhões no ano passado e há ainda outros US$ 2 bilhões a serem desembolsados. O perfil financeiro acompanhou o apetite da empresa. A dívida líquida fechou dezembro em R$ 10,7 bilhões, ante R$ 3,5 bilhões um ano antes. Do total das dívidas brutas, que somavam R$ 15,9 bilhões, o equivalente a 51,5% vinha de empresas no exterior.

A companhia afirma em nota que, nos últimos anos, sua dívida bruta variou dentro um intervalo entre duas e três vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. No fim de dezembro, essa relação estava em 2,6 vezes.

Já a relação entre a dívida e o patrimônio estava maior do que os índices históricos. Com patrimônio líquido de R$ 11,4 bilhão em dezembro, as responsabilidades financeiras líquidas equivaliam a 94% do seu valor de livro e as brutas, a 139%. Nos últimos anos, a relação entre dívida e patrimônio ficou num intervalo de 25% a 75%.

Página 98 de 154

Page 99: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Outra possibilidade considerada seria uma nova oportunidade de aquisição. Os novos recursos permitiriam ao grupo aumentar a alavancagem com empréstimos sem correr riscos de perder a classificação de grau de investimento.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Juiz notifica a Eletrobrás (Valor Econômico 04.03.2008 A-3 Brasil)

Raquel Balarin

O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1 Vara Empresarial do Rio, determinou ontem a notificação da Eletrobrás no processo judicial movido pela administradora de recursos americana Brandes Equity Partners. A Brandes, que tem 6,5% do capital total da Eletrobrás em ações ordinárias, entrou na Justiça por conta de R$ 8,4 bilhões de dividendos retidos pela estatal e não pagos desde 1979. A dívida é corrigida pela Selic.

A Eletrobrás reconhece o passivo em balanço e na semana passada informou que vem fazendo estudos sobre como liquidá-lo, mas que seu fluxo de caixa ainda não era suficiente para pagá-lo. O governo federal acaba de enviar Medida Provisória ao Congresso permitindo que a Eletrobrás participe da privatização de companhias estaduais, como a Cesp.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

A caminho da fusão com MAN e da liderança em caminhões(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-3 Empresas)

Chad Thomas e Jeremy van LoonDa agência Bloomberg

A Volkswagen, ao assumir o controle da Scania, após comprar a participação da família Wallenberg na fabricante sueca de caminhões por 27 bilhões de coroas suecas (US$ 4,37 bilhões), abre caminho para fusão com a MAN, o que criaria empresa líder do setor europeu de caminhões.

A Volkswagen comprou ações da Scania, sediada em Soedertaelje, na Suécia, da Investor AB, pertencente aos Wallenberg, e de fundações familiares ao preço unitário de 200 coroas suecas, disse ontem em comunicado a empresa alemã. Agora, a VW possui 68,6% das ações com direito a voto da Scania, comparativamente aos 38% anteriores.

A aquisição deverá colocar ponto final no período de um ano e meio de disputas relativas a uma fusão entre as três empresas, que incluiria a MAN, companhia cujos acionistas majoritários também são a Volkswagen, a Scania e a própria divisão de veículos comerciais da VW.

A nova empresa superará a Daimler AG e a Volvo AB e se transformará na maior fabricante de caminhões da Europa, com cerca de 33 bilhões de euros (US$ 50 bilhões) em receita e 110 mil funcionários.

Página 99 de 154

Page 100: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

"A VW continuará sua ofensiva sedutora para convencer a direção e os funcionários da Scania de que a fusão das empresas é de seu interesse", disse Michael Tyndall, analista da Nomura Securities em Londres. Segundo ele, parece que a VW está com a maioria - se não com todas - as cartas.

A Volkswagen, sediada em Wolfsburg, na Alemanha, pagou 17,6 bilhões de coroas suecas pelas ações da Scania pertencentes à Investor, de Estocolmo, que os Wallenberg controlam, e 9,4 bilhões de coroas pela participação controlada diretamente por fundações da família.

Para a Investor, a compra coloca ponto final em quase 90 anos de controle da Scania, que a empresa tentou fundir com a Volvo no final da década de 1990, antes de ser proibida por autoridades reguladoras da União Européia (UE).

Martin Winterkorn, principal executivo da Volkswagen, disse hoje a repórteres em Estocolmo que a Scania se manterá como uma marca independente sediada em Soedertaelje, na Suécia, e que será administrada por sua diretoria atual.

A Scania é especialmente atraente devido ao fato de possuir a mais alta margem de lucro entre as fabricantes de caminhões européias.

A empresa sueca registrou no ano passado lucro operacional equivalente a 14,4% de suas vendas, comparativamente aos 11,2% da MAN.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Zinco - Oxiana paga por Zinifex US$ 5,8 bi, Aquisição criará 2ª maior produtora mundial, no momento em que matérias-primas sobem pelo 7º ano.

(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-3b Empresas)

Rebecca KeenanDa agência Bloomberg

A Oxiana Ltd. concordou em comprar a Zinifex Ltd. por 6,2 bilhões de dólares australianos (US$ 5,8 bilhões) em ações, a fim de formar a segunda maior produtora mundial de zinco, num momento em que as matérias-primas experimentam seu sétimo ano de alta.

A oferta avalia as ações da Zinifex em 12,68 dólares australianos cada, 14% mais do que seu último preço de fechamento. Andrew Michelmore, o principal executivo da Zinifex, vai dirigir a empresa resultante da fusão, disseram ontem as duas empresas, sediadas em Melbourne, na Austrália, em comunicado.

A Oxiana, dona da quinta ação de melhor desempenho dos últimos 30 dias do Índice Bloomberg de Mineração da Ásia do Pacífico, vai mais que duplicar suas vendas, quintuplicar sua produção de zinco e conquistar acesso a projetos em chumbo e prata na Austrália e no Canadá.

Zinifex, que precisa substituir o cada vez mais minguante volume de minério de sua principal mina de Century, na Austrália, aporta com o negócio 2,2 bilhões de dólares australianos em recursos para custear novos projetos e aquisições.

Página 100 de 154

Page 101: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

bom fluxo de caixa. "Elas têm bom fluxo de caixa e sólidos resultados patrimoniais", disse Tim Barker, co-gestor e assessor de mais de US$ 54 bilhões em ativos investidos do BT Financial Group, por telefone a partir de Sidney. Segundo ele, isso as põe em boa posição para poderem comprar ativos.

"A diversificação dá às empresas perspectiva mais sólida", disse Tim Schroeder, co-gestor de 1,9 bilhão de dólares australianos em ativos na Pengana Capital, entre os quais ações de ambas as empresas, por telefone a partir de Melbourne.

A tomada de controle é " fusão entre iguais", com cada uma das empresas controlando 50% do capital da resultante, disseram a Oxiana e a Zinifex. Apenas os acionistas da Zinifex vão se pronunciar pelo voto sobre a seqüência de providências, com votação prevista para maio ou junho.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Nova lei desrespeita princípio contábil(Res. Notícias Fiscais – 04.03.2008)

Dr. Antônio Lopes de SáA Lei nº. 11.638/07 que modificou a das sociedades por ações, editada no apagar das luzes de 2007 traz algumas piorias face a já falha lei anterior. Uma delas, deveras foge á realidade e segue na contramão do consagrado princípio contábil da “Prevalência da Essência sobre a Forma”.

O contraditório se opera quando ao consagrar as denominadas “Normas Internacionais”, essas que acatam o referido principio, a lei fere fundamentalmente a este no que tange a um grupo importantíssimo do Balanço Patrimonial e que é o do Patrimônio Líquido.

A um só tempo o legislado “aceita” e “deixa de aceitar” o que estabeleceu no tangente à fidelidade da informação.

No caso a pretensa reforma em nome da “maior transparência”, “justo valor”, “sinceridade das demonstrações”, “relevâncias”, milita exatamente em sentido oposto a isso.

Sob o pretexto de adaptar os “demonstrativos contábeis” aos padrões internacionais estão sendo cometidas sérias lesões que abrem as portas à “incerteza”, ao “alternativo” e ao “subjetivismo”.

Obviamente muita coisa será regulamentada e normatizada, mas, existem outras que só mesmo as leis poderão de futuro corrigir quanto a distorções de natureza lógica conceitual.

A lesão à evidência do “Patrimônio Líquido”, todavia, não se resolverá sem que novo dispositivo legal seja editado, porque o estabelecido pela Lei nº. 11.638/07 é deveras definido.

A nova lei ao estabelecer o que se deve classificar nos balanços, ao omitir sobre alguns importantes elementos reais do referido capital próprio, fere fundamentalmente o que durante séculos se consolidou em doutrina relativamente à essência dos fatos.

As exclusões de alguns elementos relevantes como: Reserva de Reavaliação, Subvenção, Lucro Acumulado e Antecipação para Aumento de Capital (não mencionados expressamente na Lei referida), deformam a realidade, em razão do que de fato tais elementos representam como partes do Capital Próprio.

Página 101 de 154

Page 102: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Poder-se-ia alegar que a Reserva de Reavaliação seria uma “reserva imprópria”, ou seja, apenas efeito quantitativo de alteração de valor patrimonial, mas, nunca que ela deixaria de ser suporte ou origem do que no Ativo se evidencia.

Essencialmente as expressões monetárias são apenas medidas que visam a evidenciar “mensurações”; não alteram as funções das coisas, nem hes amplia a utilidade, mas, apenas oferecem uma dimensão.

É sob essa égide conceitual que se aceitam os valores contábeis, ou seja, como convenções que visam a evidenciar um poder de entendimento dimensional da riqueza.

As reservas, em sentido amplo são “acréscimos definidos” que alteram as medidas de valor de um capital e como tal devem ser consideradas.

São “acantoamentos” como bem as definiu Masi ou “agregados” que inflam o capital próprio.

Tenham que naturezas tiverem, pois, a omissão das mesmas é uma infidelidade informativa sob o aspecto quantitativo do patrimônio.

As Subvenções, da mesma forma, são suportes que inequivocamente fazem crescer o quantitativo do capital e que possuem natureza específica.

Não são receitas, nem lucros, nem frutos de atos da gestão da empresa, mas, sim, de natureza externa, geralmente do Estado ao visar a atingir metas de interesse político.

Ao se classificar um fato patrimonial, tendo por meta a análise da essência, é imprescindível, para a fidelidade da informação, ater-se à natureza do referido.

Também gravosa quanto à fidelidade face à essência dos fatos é a omissão no Patrimônio Líquido dos valores dos Lucros Acumulados, estes que não são ainda Reservas por natureza porque não tiveram efetiva definição legal, mas, na essência a estas se assemelham.

Igualmente as Antecipações para Aumento de Capital são sob o aspecto da realidade, sob a condição funcional, parcelas ativas e verdadeiras do capital próprio.

Se o aspecto da utilidade das coisas é o que deve prevalecer sobre o da forma legal, tal como afirmam pretender implantar com as referidas Normas Internacionais, as aludidas antecipações funcionam como parcelas ativas de recursos próprios em favor da movimentação do capital.

O dissertado mostra que todos os itens aludidos, por efetivos, são realmente elementos do capital próprio, evidenciando, pois, uma contradição entre o legislado e o “Princípio da Prevalência da Essência sobre a Forma”.

http://www.noticiasfiscais.com.br/artigos1.asp?preview=16922&data=4/3/2008

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Citi pode precisar de mais capital, diz fundo de Dubai(A Tarde – 04.03.2008)

Agencia Estado Os fundos soberanos do Oriente Médio podem não conseguir salvar o Citigroup, a não ser que mais capital seja injetado no gigante do setor financeiro norte-americano, declarou o diretor-executivo do

Página 102 de 154

Page 103: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

fundo soberano de Dubai. Sameer Al Ansari, executivo-chefe do Dubai International Capital, disse que serão necessários mais do que os esforços combinados dos fundos soberanos de Abu Dhabi e do Kuwait e do príncipe saudita Prince Alwaleed bin Talal para salvar o Citigroup.

"Mais do que aquilo será necessário para resgatar o Citi", disse Ansari para participantes de uma conferência sobre fundos de investimento. Ele acrescentou que espera mais baixas contábeis e que investidores do Golfo serão necessários para estimular o Citi. O Abu Dhabi Investment Authority comprou no ano passado 4,9% de participação no banco, enquanto o Kuwait Investment Authority anunciou em janeiro o investimento de US$ 3 bilhões no Citi. Um porta-voz do Citi não comentou sobre as declarações. As informações são da Dow Jones.

http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=847047

Retornar ao índice de assuntoVoltar

STJ vai renovar julgamento de conflito de competência envolvendo o Banco Santos(STJ - 03.03.2008)

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) renovará o julgamento do conflito de competência entre dois juízes envolvendo decisões sobre o destino dos bens seqüestrados da massa falida do Banco Santos. Preliminarmente, a Seção já reconheceu a existência do conflito envolvendo o Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e o Juízo Federal da 6ª Vara Criminal Especializada em Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e em Lavagem de Valores da Seção Judiciária do Estado de São Paulo.

Por maioria de votos, a Seção decidiu pela renovação do julgamento devido à aposentadoria do antigo relator da matéria – ministro Castro Filho – e à mudança sofrida em sua composição, o que inviabilizou o quorum original do primeiro julgamento. A presidente da Seção, ministra Nancy Andrighi, determinou que a redistribuição, com sorteio de novo relator, seja feita imediatamente para que o processo possa ser apreciado na próxima sessão do colegiado.

O processo judicial de falência do Banco Santos começou em setembro de 2005, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Posteriormente, o Juízo Federal da 6ª Vara Criminal decretou o seqüestro de bens móveis e imóveis de várias empresas ligados ao Grupo Banco Santos em favor da União.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, a aquisição desses bens foi fruto de infrações penais praticadas contra o Sistema Financeiro Nacional e Lavagem de Valores, o que assegura a restituição em prol da União. Contudo as mesmas empresas foram objeto de mandado de arrecadação determinado pelo juiz da vara de falências, a fim de que pudessem ser utilizadas para ressarcir os credores da massa falida.

No conflito de competência dirigido ao STJ, a massa falida alegou que o juiz falimentar seria o competente para decidir sobre a disposição dos bens utilizados para desviar dinheiro do banco. De acordo com a defesa, o juiz federal da 6ª Vara Criminal extrapolou os limites de sua competência ao determinar medidas que, em última análise, estariam privilegiando o interesse da União em detrimento do universo de lesados pela gestão fraudulenta da instituição falida.

http://www.stf.gov.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=84160

Página 103 de 154

Page 104: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Mercado de capitais - Mercado foi 'ineficiente' nas ofertas de 2007. Estudo de mestrado do Ibmec mostra que investidor pagou caro pelas ações de novatas.

(Valor Econômico 04.03.2008 B-2 Empresas/S.A.)

Graziella ValentiEd Viggiani/Valor O professor José Luiz Rossi Junior e o aluno José Ignácio Céspedes (de blazer): empresas souberam aproveitar momento Até que enfim uma explicação. Sabe aquela euforia das aberturas de capital do ano passado? Pois bem, há uma justificativa científica para ela. E adivinhe! Toda aquela agitação foi produto de um momento de ineficiência do mercado financeiro.

A bolsa de valores brasileira viveu, em 2007, uma fase em que os investidores não foram suficientemente eficientes na hora de atribuir preços aos ativos. Por isso, estavam dispostos a pagar pelos papéis mais do que eles valiam. Ao perceberem tal fato, os administradores e empresários, aproveitaram-se do momento, para capitalizar seus negócios com emissão de ações.

Daí a quantidade de ofertas realizadas na praça paulista. Nada menos do que 76 operações, entre aberturas de capital e captações de empresas já listadas, num total movimentado de R$ 70,1 bilhões.

Essa é a teoria por trás da febre. A despeito da facilidade de compreensão do que foi o ano passado, há uma análise mais complexa suportando a conclusão, alcançada pelo aluno do Ibmec-São Paulo José Ignácio Céspede, que resolveu testar, na sua tese de mestrado em economia e finanças, a teoria de 2002 dos professores de Harvard Malcolm P. Baker e Jeffrey Wurgler.

Orientado pelo professor José Luiz Rossi Júnior, Céspedes avaliou a relação entre o valor de mercado e o patrimônio de 250 companhias abertas de 1996 a 2006, excluindo negócios não financeiros, para testar a tese dos economistas americanos na realidade brasileira. Bingo!

Ao final de 2006, a relação entre o valor de mercado das companhias brasileiras e seu patrimônio era a mais alta dos últimos dez anos. Saiu de 0,6 no começo de 1996 para 1,9 uma década mais tarde.

Na prática, significa que o preço das ações nesse intervalo teve uma valorização muito mais expressiva do que o avanço patrimonial das companhias. O valor de mercado das empresas acompanhadas passou de R$ 583 milhões para R$ 4,6 bilhões, enquanto o valor dos livros contábeis passou de R$ 959 milhões para R$ 2,4 bilhões.

Céspedes explicou ao Valor que a teoria de Baker e Wurgler, chamada "market timing", mostra que as companhias preferem aumentar o capital quando percebem que o mercado está pagando caro pelas ações, no lugar de fazer dívida. O inverso também é verdadeiro: as empresas optam por recomprar suas ações quando o valor está "irracionalmente baixo".

A decisão de testar a conclusão tirada pelos estudiosos em 2002, completa o professor Rossi Júnior, vem do fato de outras teorias existentes para explicar a estrutura de capital das empresas não serem suficientes para justificar o momento vivido pela economia brasileira nos últimos anos.

Página 104 de 154

Page 105: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

As outras duas teorias usadas em finanças para explicar a estrutura de capital de companhias abertas são as do "pecking order" e do "trade-off". A primeira mostra que as empresas, inicialmente, se financiam por lucros retidos e, só depois de atingirem um determinado tamanho, por dinheiro de terceiros (dívida). Na segunda teoria, as companhias ponderam os potenciais benefícios e custos do endividamento, em busca de um nível ótimo de alavancagem.

No entanto, nenhuma delas explicava a onda de aberturas de capital ocorrida desde 2004. "O melhor exemplo do 'market timing' é o setor imobiliário", comenta Céspedes. "As empresas não tinham um histórico de lucros recorrentes para mostrar aos investidores e ainda assim conseguiram captar bilhões."

O momento atual, de cancelamento de ofertas que estavam agendadas, deve-se à correção da ineficiência que vinha ocorrendo no mercado até então. A mudança no apetite de pagamento de prêmios elevados pelos investidores abalou a disposição das empresas de emitirem ações na atual circunstância. A redução do interesse dos investidores estrangeiros atingiu, principalmente, as estreantes do Novo Mercado. Os recursos internacionais absorveram mais de 75% do volume das operações de 2007.

Após notarem um menor apetite dos investidores, os administradores e empresários desistiram de lançar ações na Bovespa. Desde o começo deste ano, 12 operações já foram oficialmente canceladas. Até o momento, apenas Nutriplant e GP Investments conseguiram captar no mercado local, ainda assim, após aceitarem desconto substancial.

Além disso, a correção de preços sofrida, especialmente, pelas companhias novatas na bolsa e outras de menor porte, levou diversas empresas a anunciarem programas de recompra de ações. Enquanto em janeiro nenhuma nova companhia listou ações na Bovespa, cerca de uma dezena de programas de recompra foram anunciados.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Educação - Setor de ensino já soma 9 aquisições (Valor Econômico 04.03.2008 B-2 Empresas/Serviços)

Roberta Campassi

Janeiro e fevereiro costumam ser muito tranqüilos nos colégios e faculdades, uma vez que o período é dividido entre as férias dos estudantes e a volta às aulas. Entretanto, do lado da administração das instituições de ensino, o ano começou agitado como nunca antes. Em pouco mais de dois meses, foram anunciadas nove aquisições no setor que movimentaram pelo menos R$ 81 milhões.

Ontem, o grupo de capital fechado Cruzeiro do Sul anunciou a compra do Centro Universitário do Distrito Federal (UniDF), com sete mil alunos. O valor não foi divulgado. Na sexta-feira, a Anhangüera comunicou a compra da Educar, em Santa Catarina, sua terceira aquisição no ano. Os três negócios saíram por um total de R$ 61 milhões. A carioca Estácio também fechou três compras em fevereiro, por R$ 15,3 milhões. A Kroton, por sua vez, adquiriu duas instituições, por R$ 4,75 milhões.

O ritmo de consolidação deve continuar forte em 2008 - até mais acelerado do que em 2007, segundo algumas previsões. No ano passado, ocorreram cerca de 25 aquisições no setor educacional. Quatorze delas foram realizados pelas empresas que chegaram à bolsa entre março e outubro - Kroton, Anhangüera, SEB e Estácio - e juntas levantaram R$ 1,38 bilhão com as ofertas primárias de ações.

Neste ano, embora as empresas abertas já tenham gasto uma parte do que captaram, ainda há dinheiro em caixa. A Anhangüera, que é líder absoluta do processo de consolidação, consumiu todos os R$ 430 milhões captados na oferta de ações mas já obteve outros R$ 285 milhões com bancos. Já a Kroton

Página 105 de 154

Page 106: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

tinha um caixa líquido de R$ 308,2 no fim de 2007. A Estácio tinha R$ 263 milhões até o terceiro trimestre do ano passado, conforme os últimos dados disponíveis. O SEB possuía caixa negativo em R$ 5 milhões, ainda sem o acréscimo de R$ 289 milhões resultantes da abertura de capital em outubro.

Já as empresas de capital fechado têm financiado as compras com recursos próprios e financiamento com bancos. Nesse grupo, destacam-se a Unicsul, o grupo Veris, que é dono do Ibmec, e a Laureate empresa americana que controla a Anhembi-Morumbi, a São Paulo Business School e tem participações em empresas do Nordeste. Há também fundos interessados em fechar mais negócios no setor, como é o caso de dois que são administrados pelo UBS Pactual e detêm participação na Fanor, do Ceará.

Além da existência de recursos, há um outro fator crucial para fazer de 2008 um ano cheio de aquisições em educação, conforme explica Ryon Braga, sócio da consultoria Hoper, especializada na área educacional. Segundo ele, instituições que antes resistiam às ofertas de compra de grupos maiores estão percebendo agora que não conseguirão sobreviver sozinhas. "A facilidade de competir já não existe mais nos grandes centros e cidades médias", diz Braga. "Instituições menores perceberam que ou se unem a grandes grupos ou podem fechar."

O consultor explica que, em geral, os grandes grupos oferecem uma qualidade de cursos semelhante a da média das instituições de ensino superior, mas conseguem cobrar mensalidades mais baixas porque têm ganhos de escala. As praças mais competitivas, segundo ele, são São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. "Mas a concorrência no interior dos Estados também aumenta à medida que os grupos buscam novas aéreas de atuação."

Fazer aquisições é a estratégia que instituições de ensino têm escolhido para crescer rapidamente, pois queima o tempo de espera pelas autorizações necessárias junto ao ministério da Educação para abertura de novos campi. No ano passado, a demora em obter as licenças fez com que a Kroton partisse para o caminho das aquisições e assim conseguisse cumprir a meta estabelecida junto ao mercado.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

TECNOLOGIA

Liderança - Microsoft ainda está de olho no Yahoo. Ballmer diz que valor pelo site oferecida faz sentindo.

(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-8 Tecnologia)

DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIAS

Steve Ballmer, CEO da Microsoft, afirmou ontem que a oferta de compra do site de buscas Yahoo ainda é válida. "O negócio faz sentido em preço e em estrutura", disse Ballmer durante a abertura oficial da feira Cebit, em Hannover, na Alemanha. O executivo acrescentou que espera que o acordo se torne realidade.

No início do mês passado, a gigante do software Microsoft anunciou uma oferta de compra pelo Yahoo por US$ 44,6 bilhões, ou US$ 31 por ação, atualmente avaliada em US$ 42 bilhões. A proposta seria em dinheiro e ações. Em comunicado, a Microsoft havia dito que o acordo criaria uma empresa mais

Página 106 de 154

Page 107: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

eficiente, com uma sinergia total de US$ 1 bilhão por ano, com a geração de mais valor para os anunciantes e eficiências operacionais.

Ballmer - que está tentando reduzir a liderança do Google nos setores de anúncios e buscas na internet - apresentou a oferta pelo Yahoo no último dia 10 de fevereiro. O conselho administrativo do Yahoo deliberou durante todo o mês passado sobre uma saída para combater a oferta da Microsoft, no valor de US$ 31 por ação, que segundo o Yahoo "atribui um valor de mercado substancialmente inferior ao real" para a empresa.

"Houve vários diálogos e há uma gama de alternativas que estão sendo consideradas", disse Ballmer. "Nós ainda acreditamos que o negócio faz sentido com o preço e a estrutura que anunciamos, e nós esperamos que, com o passar do tempo, ele se torne realidade."

Chris Liddell, diretor financeiro da Microsoft, emitiu uma mensagem semelhante ontem aos participantes de uma conferência organizada pelo Morgan Stanley em Dana Point, na Califórnia.

A empresa "continua estudando suas opções", disse Liddell. A Microsoft, a maior fabricante mundial de software, examina "alternativas todas as semanas, com base no que está ocorrendo no mercado externo", disse ele.

Oferta hostil. A Microsoft deu a entender que poderá tentar apresentar uma oferta de compra hostil pelo Yahoo. Após o Yahoo ter rejeitado sua proposta, a Microsoft informou que se reserva o direito de tomar quaisquer medidas que considerar necessárias para apresentar sua oferta aos acionistas do Yahoo.

O Yahoo informou na semana passada que a oferta da Microsoft foi uma distração, informando em seu balanço anual que a proposta consumiu tempo de sua direção e criou incertezas para seus funcionários.

"Nós estamos totalmente comprometidos", disse Ballmer. "Nós fizemos uma oferta. Ela está diante do conselho administrativo do Yahoo e dos acionistas do Yahoo para que eles a estudem. O que tiver de ser, será."

"Nós acreditamos que há muito mérito para a Microsoft, para o Yahoo, para os acionistas do Yahoo, para os acionistas da Microsoft, para todos os anunciantes e todos os consumidores", disse ele. "Há muito valor que pode ser criado ao se unir duas empresas."

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Serviço online para todas as empresas(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-8 Tecnologia)

DAISUKE WAKABAYASHIDA AGÊNCIA REUTERS

A Microsoft, diante de rivais na Web que estão tentando roubar seus clientes empresariais, anunciou que planeja ampliar a disponibilidade de seus serviços online de email e software de colaboração.

No ano passado, a Microsoft criou programas que oferecem serviços por assinatura do programa de email empresarial Exchange e do software de colaboração SharePoint, hospedados nos servidores da empresa, como alternativa para clientes que não desejam investir em hardware próprio e em licenças de software para as máquinas de suas redes.

Página 107 de 154

Page 108: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

A Microsoft inicialmente limitou esses serviços a empresas com mais de cinco mil funcionários, mas anunciou agora que passará a oferecê-los a companhias de qualquer tamanho a partir da segunda metade deste ano, depois de um período de teste. O grupo não revelou que preços cobrará dos usuários por esses serviços.

Também começou a oferecer download gratuito de um software chamado Search Server 2008 Express, que permite que empresas busquem arquivos e documentos em suas redes. O produto competirá com o Search Appliance, do Google.

Aplicativo. A Microsoft planeja anunciar a estratégia em um discurso do presidente de seu conselho, Bill Gates, na segunda-feira, durante uma conferência sobre o SharePoint, um de seus aplicativos de mais rápido crescimento, que permite que funcionários em escritórios troquem documentos e planejem projetos em sites seguros.

Os serviços via Web estão ganhando popularidade entre os clientes empresariais, porque as empresas não precisam fazer um grande investimento inicial na compra e manutenção de poderosos servidores.

Em lugar disso, elas podem alugar espaço nos servidores de um provedor, pagando uma taxa mensal, e com, isso evitar envolvimento em contratos empresariais longos como os que a Microsoft impõe para muitas de suas principais ofertas de software.

O sistema também permite que empresas de menor porte ganhem acesso a aplicativos normalmente reservados a companhias maiores. "Esse mercado está realmente começando a crescer. Acredito que vá se tornar bastante grande", disse Karen Hobert, analista do Burton Group.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

DVD de alta definição - Dúvidas do consumidor. Saída do Toshiba do mercado de mídias em alta resolução oficializou o formato Blu-ray como padrão de imagens que substituirá os já conhecidos

DVDs, Conheça alguns dos aparelhos disponíveis no Brasil.(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-9 Tecnologia)

MARINA AMAZONASDO CORREIO BRAZILIENSE

A batalha travada pelas gigantes japonesas Sony e Toshiba pela tecnologia que substituiria o DVD teve finalmente um vencedor. A Toshiba, impulsionada pelo anúncio de que a Warner Bros e outros gigantes da indústria cinematográfica adotariam apenas o formato Blu-ray, confirmou que não vai mais fabricar produtos com suporte a HD DVD.

A desistência da Toshiba significa a vitória da rival Sony, com o Blu-ray, pela conquista do acirrado mercado high-tech de entretenimento, na disputa que ficou conhecida como A guerra dos formatos.

Desde 2003 os consórcios liderados pelas duas empresas japonesas disputavam a liderança no mercado de desenvolvimento de players e gravadores de discos com altíssima definição de imagens e qualidade de som extremamente superior à existente atualmente.

Com a decisão tomada, a Toshiba não vai mais desenvolver, fabricar ou vender aparelhos tocadores e gravadores de HD DVD, mas não revelou se deve começar a fabricar terminais com o formato rival.

código de defesa. "Apesar de parar a produção, a Toshiba é obrigada pelo Código de Defesa do Consumidor a continuar oferecendo peças de reposição e assistência técnica por tempo igual ao da vida

Página 108 de 154

Page 109: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

útil do equipamento", garante a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Maíra Feltrim.

"Não há o que fazer em relação à parada da produção, já que defasagem tecnológica não é um defeito", completa.

A realidade, no entanto, é que o usuário de um equipamento com a tecnologia da Toshiba ficará completamente prejudicado com a decisão. Primeiro porque estará de posse de um produto parado no tempo e sem novos CDs para reproduzir, uma vez que os estúdios, mesmo aqueles que tinham aderido à idéia HD DVD, não desenvolverão mais filmes no formato, que é incompatível com a tecnologia da Sony. Com quem se antecipou e comprou equipamentos com suporte a HD DVD, deve acontecer algo parecido ao que ocorreu na época dos videocassetes, quando o VHS enterrou o formato Betamax.

De acordo com a coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) Maria Inês Dolci, os consumidores que se sentirem lesados podem pedir a devolução do dinheiro à fabricante. A Semp Toshiba não tem um posicionamento oficial sobre o assunto.

Estúdios. Para a indústria cinematográfica, duas boas notícias. A primeira é que agora haverá unidade de formato para as novas produções, o que evitará investimento perdido. A segunda é a provável diminuição da pirataria.

"Atualmente, todos os títulos à venda no País são importados e não há notícia de um Blu-ray pirata no mercado, já que a mídia virgem tem valor bastante elevado", revela o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Vídeo Locadoras do Distrito Federal (Sindevideo) Alexandre Machado.

"Além disso, o nosso código de proteção é bastante complexo", diz o gerente de comunicação e propaganda da Sony Brasil, Marcus Trugilho.

Não pense que as locadoras brasileiras trocarão todo o acervo de DVDs para Blu-ray (ou BD, de Blu-Ray Disc) do dia para a noite. "A mudança de VHS para DVD representou um grande salto de qualidade em imagem e som, por isso houve uma migração bastante rápida", explica Alexandre Machado, do Sindevideo.

Ele acredita que o processo será bem mais lento. "Fora isso, os players de Blu-ray também lêem DVDs comuns. Ninguém vai trocar toda uma videoteca. Isso seria bem caro."

De acordo com a consultoria GfK, no ano passado o Blu-ray detinha 83% do mercado mundial e o HD DVD apenas os 17% restantes. No Brasil, a proporção era inversa. Ainda segundo a GfK, foram 6 mil reprodutores de HD DVD vendidos contra 2,7 mil de Blu-ray, devido ao custo mais baixo da tecnologia da Toshiba.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Artigo - Service Desk e a continuidade do negócio(Jornal do Commercio 04.03.2008 B-9 Tecnologia)

Sandra Maura

A complexidade do negócio está diretamente atrelada ao tamanho e ao volume dos resultados financeiros, ao porte da empresa, à estrutura e aos departamentos, cada qual com funções e responsabilidades distintas. À medida que estas variáveis crescem, seja de forma orgânica ou por processos de fusão e aquisição, a estrutura de Tecnologia da Informação deve necessariamente

Página 109 de 154

Page 110: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

acompanhar este ritmo. Desta forma, players de segmentos de atuação diferentes demandam conjuntos próprios de aplicações.

Assegurar a continuidade do negócio torna-se, então, sinônimo de receita. É neste momento que o suporte técnico precisa ser ágil, completo e composto por profissionais qualificados, que rapidamente sanem problemas dos usuários e contribuam para o pleno exercer das mais diversas funções de uma empresa.

Complicações. Imaginemos as complicações geradas pela suspensão abrupta e prolongada de ações críticas: uma montadora de veículos com a produção parada porque o gestor não conhece uma nova funcionalidade do ERP; uma companhia aérea impossibilitada de realizar check-in em razão do travamento dos computadores do balcão de atendimento; ou até mesmo um gerente de agência bancária que não consegue fechar um grande contrato de financiamento, pois a aplicação que só ele tem acesso passou a recusar o seu login.

Neste ínterim, quantos clientes o seu concorrente facilmente incorporou? Qual montante de capital de giro foi necessário aportar? Houve impacto de lucratividade? Quais serão as conseqüências jurídicas?

Não à toa, as empresas vêm investindo tempo e dinheiro em Service Desk - upgrade do Help Desk e que tem como premissa a pró-atividade, ao passo que adota metodologias abrangentes e exigentes como o ITIL. O Service Desk incorpora novos conceitos. O CMDB (Configuration Management Database), por exemplo, possibilita a identificação de possíveis problemas antes que eles aconteçam e mapeia as áreas impactadas pelos mesmos. Esta é a expertise esperada de um bom fornecedor de Service Desk.

Suporte. O suporte especializado, algo que pode parecer simples numa primeira análise, deve indiscutivelmente ser alvo de atenção e assumir prioridade executiva. Precisa, ainda, fazer parte de um conjunto de iniciativas que também objetivem o planejamento e monitoramento do uso das aplicações pelos usuários, para que a ocorrência de algum problema seja minimizada.

Esta gestão efetiva traz benefícios a todos os níveis de uma organização. Do estagiário ao CEO, do contador ao CFO, enfim, da operação à estratégia.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Mercado de tecnologia disputa bons profissionais(Monitor Mercantil 04.03.2008 p. 2 Opinião)

Em tempos de desemprego, parece surpreendente as vagas ociosas em alguns setores da economia brasileira. É o que acontece, por exemplo, na área de tecnologia. A grande reclamação das empresas, nacionais e internacionais, é sobre a falta de profissionais qualificados para os cargos existentes, tanto na área de Tecnologia da Informação (TI) quanto na área de Design.Segundo dados do programa de Formação de Capital Humano em Software (FCHS), lançado no ano passado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2005 existiam cerca de 17 mil vagas ociosas no mercado de tecnologia por falta de profissionais qualificados para ocupá-las.

A tendência atual é que esses números continuem aumentando, contrariando o ritmo de crescimento das empresas ligadas à tecnologia que continuamente abrem possibilidades de trabalho. Mas quando se fala de Design, essa carência de profissionais nem sempre é numérica. Em alguns casos, faltam pessoas com as habilidades e competências pedidas pelas empresas. Se olharmos a divulgação de oportunidades de trabalho para designers em anúncios de alguns anos atrás, perceberemos textos genéricos, solicitando profissionais com alguma experiência em um ou outro software gráfico específico. Hoje a realidade é outra. Os anúncios expressam as necessidades das empresas associando

Página 110 de 154

Page 111: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

competências como inovação, criatividade, relacionamento, trabalho em equipe às habilidades com uma gama variável de softwares gráficos e linguagens de programação.

Esta mudança não representa necessariamente uma busca por profissionais mais especializados, mas por aqueles mais versáteis; capazes de dominar diversas áreas do conhecimento e voltados para desenvolver projetos que atendam à inovação e à estratégia desejada pelas organizações. Percebe-se o quanto o mercado passou a indicar claramente os requisitos necessários ao profissional de design de alto nível. Para este indivíduo não basta apenas saber utilizar o CorelDraw ou o Photoshop. Muito pelo contrário, as empresas estão em busca de designers que, além de lidar com tecnologia, conheçam princípios de programação, marketing digital, entendam o funcionamento de ferramentas online etc. Ou seja, profissionais que dominem os processos de desenvolvimento de projetos amplamente, da conceituação à entrega ao cliente e contribuam de forma global com o sucesso da organização.

Designers que cumprem uma rotina de espera por demanda, isto é, que estão sentados aguardando que sejam solicitados ao trabalho, estarão em pouco tempo, fadados a enfrentar sérios problemas de empregabilidade. Por outro lado, profissionais que estão atentos às oportunidades e enxergam as inúmeras lacunas onde podem atuar estão construindo a versatilidade que abre espaços cada vez maiores para sua atuação profissional. Neste sentido, orientar-se para o mercado é a chave para chegar a este nível. Para isso, é importante uma formação multidisciplinar que agregue conhecimentos de diferentes campos compondo um conjunto de competências que formem amplamente este profissional de Design, principalmente, para dialogar com outras áreas profissionais.

Voltando nossa atenção para a área de TI, os problemas são semelhantes. A dificuldade em encontrar profissionais qualificados, tem obrigado as empresas a investir cada vez mais em cursos e treinamentos, o que representa uma desaceleração do processo de entrada do profissional neste mercado. Por exemplo, há empresas firmando parcerias com instituições de ensino, inclusive de fora do país, para a criação de cursos específicos para as necessidades de seus funcionários da área de TI. Este tem se tornado um movimento bastante comum entre grandes corporações e os resultados, inclusive, começam a expandir esta ação de formação profissional à outras áreas internas das próprias empresas que não somente a de TI.

De fato, a carência de profissionais qualificados gera a impossibilidade de investimentos das empresas no mercado brasileiro. É um movimento de necessidades cíclicas, ou seja, sem profissionais qualificados as empresas não investem; sem investimento o mercado não contrata. Entendemos que a era do emprego, da forma como o compreendemos, está dando lugar à idéia de trabalho, atrelada à oportunidades sustentáveis de empregabilidade. Isto envolve investimento constante em inovar e empreender a própria carreira.

José Ricardo CerejaCoordenador pedagógico da Escola de Design do Instituto Infnet.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

UOL vai oferecer registro de nomes de domínios .com e .net(Monitor Mercantil 04.03.2008 p. 3 Conjuntura Econômica)

O UOL, principal portal de mídia online e empresa de Internet do Brasil, fez um acordo com a VeriSign, empresa responsável por prover serviços de registro e resolução para nomes de domínios .com e .net, e se torna o mais novo registrar - empresa autorizada a realizar o registro e renovação de nomes de domínios .com e .net no Brasil.O contrato foi assinado após a conclusão do processo de aprovação e o credenciamento do UOL pela ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), organização global que regulamenta os

Página 111 de 154

Page 112: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

nomes de domínios na Internet. "Trata-se de um relacionamento essencial para o UOL, que é líder em Internet no país porque sempre busca oferecer serviços relevantes a seus usuários", afirma Gil Torquato, diretor de Telecom e Relações Institucionais do UOL.

"Estamos muito satisfeitos com o acordo firmado com um dos mais importantes canais de comunicação da Internet, que tornará os domínios .com e .net cada vez mais familiares para os brasileiros - indivíduos e empresas. Parte fundamental será demonstrar a simplicidade do processo do registro destes nomes de domínios, por meio de uma empresa como o UOL, após escolher o nome de domínio de sua preferência", diz Erica Saito, gerente regional de estratégia de negócios da VeriSign.

"O UOL será um registrar de peso devido ao seu alcance e por ser referência para os usuários de Internet no Brasil", complementa Erica Saito.

De acordo com o relatório da VeriSign sobre domínios na Internet, divulgado em dezembro de 2007, 12 milhões de novos nomes de domínios foram acrescentados no terceiro trimestre de 2007, totalizando 146 milhões de domínios registrados entre todos os Domínios de Primeiro Nível, o que representa um aumento de 31% em comparação ao terceiro trimestre de 2006.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Microsoft estuda alternativas à oferta para comprar Yahoo, afirma executivo(DCI 04.03.2008 Internacional)

A Microsoft Corp. está estudando uma gama de alternativas com relação à sua oferta, no valor de US$ 44,6 bilhões, pela compra do Yahoo! Inc., disse Steve Ballmer, principal executivo da Microsoft. "A oferta feita pelo Yahoo faz sentido", disse Ballmer em entrevista coletiva realizada durante a feira Cebit, em Hannover, na Alemanha.

O executivo - que está tentando reduzir a liderança do Google Inc. nos setores de anúncios e buscas na Internet - apresentou a oferta pelo Yahoo no último dia 1º de fevereiro. O conselho administrativo do Yahoo deliberou durante todo o mês passado sobre uma saída para combater a oferta da Microsoft, no valor de US$ 31 por ação, que segundo o Yahoo atribui um valor de mercado substancialmente inferior ao real para a empresa.

"Houve vários diálogos e há uma gama de alternativas que estão sendo consideradas", disse Ballmer. "Nós ainda acreditamos que o negócio faz sentido com o preço e a estrutura que anunciamos, e nós esperamos que, com o passar do tempo, ele se torne realidade."

Chris Liddell, diretor financeiro da Microsoft, emitiu uma mensagem semelhante ontem aos participantes de uma conferência organizada pelo Morgan Stanley em Dana Point, na Califórnia.

"A empresa continua estudando suas opções", disse Liddell. A Microsoft, a maior fabricante mundial de software, examina "alternativas todas as semanas, com base no que está ocorrendo no mercado externo", acrescentou.

Oferta hostil

A Microsoft deu a entender que poderá tentar apresentar uma oferta de compra hostil pelo Yahoo. Após o Yahoo ter rejeitado sua proposta, a Microsoft disse que se reserva o direito de tomar quaisquer medidas que considerar necessárias para apresentar sua oferta aos acionistas do Yahoo.

Página 112 de 154

Page 113: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O Yahoo informou na semana passada que a oferta da Microsoft foi uma distração, informando em seu balanço anual que a proposta consumiu tempo de sua direção e criou incertezas para seus funcionários. "Nós estamos totalmente comprometidos", disse Ballmer. "Nós fizemos uma oferta. Ela está diante do conselho administrativo do Yahoo e dos acionistas para que eles a estudem. Nós acreditamos que há muito mérito para a Microsoft, para o Yahoo, para os acionistas do Yahoo, para os acionistas da Microsoft, para todos os anunciantes e todos os consumidores", disse.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Mensagem indesejada: Homem é condenado nos EUA por enviar spam(ConJur – 04.03.2008)

O Supremo Tribunal da Virginia, nos Estados Unidos, condenou Jeremy Jaynes a nove anos de prisão pela prática do envio de spams. Segundo a denúncia, ele disparou milhões de mensagens durante dois meses em 2003. E recebia US$ 750 mil mensais. Jaynes está na lista dos 10 maiores spammers do país. A notícia repercutiu na imprensa norte-americana.

Na decisão, tomada na sexta-feira (29/2), quatro dos sete juízes rejeitaram o argumento da defesa de que a lei de crimes de informática do Estado viola tanto a Primeira Emenda da Constituição dos EUA (liberdade de expressão) quanto a cláusula constitucional de comércio interestadual.

Jaynes foi preso em 2003 antes de a lei ser aprovada. Quase todos os 50 estados norte-americanos têm uma legislação anti-spam.

A acusação conseguiu provar que Jaynes enviou 53 mil e-mails não solicitados em apenas três dias. No entanto, acredita-se que ele tenha mandado pelo menos 10 milhões de mensagens.

Embora more na cidade de Raleigh, na Carolina do Norte, ele foi processado na Virginia porque ficam no estado os servidores da AOL que foram usados para enviar as mensagens.

O tribunal entendeu que Jaynes deve ser condenado porque usou falsos endereços de e-mail, o que vai de encontro a Lei Anti-spam que dá ao destinatário o direito de entrar em contato com o remetente.

Jaynes havia sido condenado em 2005 a três anos por cada uma das três violações à lei de crimes de informática da Virginia.

"Esta é uma vitória histórica na luta contra o crime online", disse o procurador-geral do estado Bob McDonnell. Para ele, o spam não só lota a caixa de mensagens alheia, mas destrói a produtividade e ameaça a revolução da internet.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64349,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 113 de 154

Page 114: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

CCJ analisa projetos que disciplinam o envio de mensagens comerciais pela Internet(Senado - 03.03.2008)

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) reúne-se na quarta-feira (5), às 10h, quando deverá analisar substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a três projetos de lei que disciplinam o envio de mensagens eletrônicas comerciais não-solicitadas por meio de rede eletrônica, conhecidas como spams.

O parecer de Eduardo Azeredo é pela aprovação do PLS 21/04 e do PLS 36/04, na forma de seu substitutivo, e pela rejeição do PLS 367/03, de autoria do senador licenciado e ministro das Comunicações, Hélio Costa. O PLS 21/04 foi apresentado pelo então senador Duciomar Costa e o PLS 36/04 é de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

De acordo com o substitutivo, fica proibido o envio de mensagens eletrônicas comerciais a endereços obtidos a partir da utilização de programas geradores de endereços de correio eletrônico, ou a partir da coleta automática de endereços feita em páginas da Internet. Os proprietários de bancos de dados de endereços eletrônicos também não poderão colocar à disposição de terceiros quaisquer informações que constem do cadastro sem o expresso consentimento dos titulares dos dados. Os infratores ficarão sujeitos ao pagamento de multa.

A matéria ainda será examinada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), nesta última em decisão terminativa.

Será analisado ainda pela CCJ, também em caráter terminativo, o projeto que altera o artigo 83 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84), autorizando a instalação de salas de aula em presídios (PLS 217/06). A proposta é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e tem como relator o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que apresentou voto pela aprovação do projeto, com uma emenda.

Ainda em caráter terminativo, será examinado pela CCJ o projeto que estabelece a obrigatoriedade de divulgação, pela Justiça Eleitoral, durante o período de veiculação da propaganda eleitoral, dos nomes dos candidatos que sejam réus em processos criminais ou que respondam a representações por quebra de decoro parlamentar (PLS 255/06). O relator da proposta, de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), é o senador Jefferson Péres (PDT-AM), que apresentou uma emenda e voto pela aprovação do projeto.

A CCJ também vai analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC 53/05), cujo primeiro signatário é o senador Eduardo Azeredo, que estabelece critério de rateio aos municípios da receita do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre operações relativas à energia elétrica gerada com a utilização de recursos hídricos. A relatora da matéria, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), apresentou voto pela aprovação da proposta, com uma emenda de sua autoria.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72201&codAplicativo=2

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 114 de 154

Page 115: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

TELECOMUNICAÇÃO

Telefonia - Embratel adota 'tática de guerrilha'. Além de serviços de longa distância, proposta é levar telefones fixos aos clientes.

(Valor Econômico 04.03.2008 B-3 Empresas/Tecnologia&Telecomunicações)

Heloisa MagalhãesSilvia Costanti/Valor José Formoso Martinez, presidente da Embratel: "Havia uma festa da qual não participávamos, que era a telefonia local" A estratégia da Embratel é "de guerrilha", diz o novo presidente da operadora, José Formoso Martinez. Ele usa a expressão comum em seu país, o México, que felizmente não significa pegar em armas, mas remete ao "comer o mingau pelas bordas", tão trivial entre brasileiros.

A agressividade na disputa por mercado é o que não pode faltar na trajetória da tele que definiu como prioridade brigar com gigantes Telefônica, Oi e Brasil Telecom. A proposta é, além de oferecer serviços de longa distância e de atuar para clientes corporativos, levar telefones fixos à residência dos clientes. Porém, a idéia é entrar com diferentes tecnologias. A mais nova, que entrará em cena neste mês, é o chamado WiMax, que permite o acesso à banda larga sem fio.

Formoso afirma que a Embratel, junto com a Net Serviços, já conta com 3,5 milhões de assinantes de telefones fixos. O executivo admite que é pouco, se comparado às três concessionárias, que somam 35 milhões de linhas. Mas a telefonia fixa é um negócio crescente dentro da companhia e respondeu, no ano passado, por 15% dos R$ 8,6 bilhões de receita líquida. No quarto trimestre, foram R$ 365,24 milhões.

"Detectamos que havia uma festa aqui da qual não participávamos, que era a telefonia local. E nossos concorrentes vivem da telefonia local e brincam com a gente na longa distância. Fizemos então a estratégia nova. Está dando certo, estamos crescendo. Investimos em rede própria, mas também compramos acesso das teles. É uma briga todos os dias mais pelo entrega do que pelo preço. Eles têm que dar o acesso, está na lei ", diz.

Não é de hoje que Formoso compra briga com Oi, BrT e Telefônica. Ele veio para o Brasil em 2004 para montar a operação de compra da Embratel pela Telmex. Na época, as três teles haviam montado o consórcio Calais, que fez oferta de US$ 550 milhões à americana MCI para adquirir o controle da operadora de longa distância. Mas a decisão nos EUA acabou sendo em favor da Telmex, do empresário Carlos Slim Helú, mesmo pagando menos, US$ 400 milhões.

Na conversa com o Valor, o executivo foi cauteloso na nova defesa abraçada pelas três operadoras por meio da Abrafix, associação que reúne as companhias em torno da aquisição do controle da Brasil Telecom pela Oi. "A compra ainda não é um fato. São intenções que não estão claras. Estamos aguardando", diz. Mas ele afirma que a operação não pode atrapalhar a concorrência e que, como deverá haver mudanças nas regras, a Embratel irá avaliar a proposta e e se manifestará quando a Anatel colocar o tema em consulta pública.

Apesar de a companhia ter feito aquisições desde que passou o controle à Telmex, Formoso diz que o foco hoje é no crescimento orgânico. Afirma que os controladores não pensaram em fazer uma oferta pela Brasil Telecom quando surgiu o interesse da Oi.

Página 115 de 154

Page 116: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

"Não adianta comprar empresas por um preço alto. Não gera valor para os acionistas. A Oi comprar a Brasil Telecom é uma situação diferente do que a Embratel comprar. Poderia ser interessante para nós, mas não enxergamos um grande valor neste momento", diz.

Logo após a Telmex comprar a Embratel, Formoso tornou-se diretor-executivo da empresa. A presidência ficou com Carlos Henrique Moreira, que se tornou próximo a Slim com sua trajetória de sucesso do braço celular do grupo, a Claro. Hoje, aos 72 anos, Moreira optou por uma vida de meio aposentado e passou a presidir o conselho de administração.

Já Formoso, um engenheiro elétrico de 49 anos, é homem de confiança de Slim já faz algum tempo. É chamado, pelo empresário, de Pepe (um equivalente de Zé em espanhol).

O executivo, que até hoje havia dedicado escassos momentos à imprensa, informa que os serviços baseados de voz e dados sem fio na tecnologia WiMax serão apresentadas em Brasília em março. O lançamento comercial está programado para este semestre. Formoso não revela quanto custará o serviço, mas garante que será uma nova e competitiva opção para pequenas empresas.

A empresa, a única com licença nacional para oferecer WiMax, começará atendendo 12 municípios com a tecnologia. Entretanto, o plano é chegar a 172.

Formoso diz o WiMax móvel, que funciona como um celular, ainda não está suficientemente testado, mas informa que mobilidade não é uma prioridade para a Embratel. "Não estamos muito preocupados com mobilidade. Se vier a tecnologia móvel, ótimo. Mas, na versão que que vamos oferecer, o usuário poderá andar [com o telefone ou o computador sem fio] num prédio e o serviço vai funcionar perfeitamente", afirma.

O WiMax que a Embratel adotará é chamado de nomádico, que permite a circulação do usuário num campo bem restrito. Na prática, será uma conexão à banda larga sem fio, porém fixa. O chamado WiMax móvel está em testes ao redor do mundo, mas ainda não é uma tecnologia consolidada. Aí, sim, ele é um competidor dos celulares.

Na estratégia de comer pelas bordas com opções para diferentes perfis de clientes, a Embratel chega ao consumidor das classes D e E com o telefone batizado de Livre, também sem fio. Para as classes A e B o foco são os pacotes da Net. Já são 600 mil adeptos. Juntando as opções os assinantes de telefonia local incluindo a Net são 3, 4 milhões, segundo Formoso. Telemar, Telefônica e Brasil Telecom juntas têm 35 milhões.

O Livre , que começou desacreditado pelo mercado pois a tecnologia era limitada, hoje tem como fornecedor a Motorola e já conta com 1,4 milhão de assinantes. Como é sem fio oferece um atrativo a mais, embora esteja no padrão da mobilidade restrita. Tem tudo de um celular, mas funciona apenas no raio da estação radiobase onde está registrado. Tem as versões pós e pré-pagas, com recarga mínima de R$ 21. Está em 85 cidades e em dois meses, chegará a cem. E a Embratel está pedindo à Anatel autorização para entrar em outras cidades.

O executivo considera a Embratel emblemática entre os brasileiros. Por isso mesmo, não acha que não se trata de romantismo o fato de ter sido mal vista a proposta das operadoras regionais de dividir a companhia em três partes.

"O nome Embratel é forte. Quando chegamos logo percebemos que o 'via Embratel' estava no sangue no Brasil. Ouvi isso no Congresso, de parlamentares. Acabar com o nome assustava, a Embratel era uma força importante", afirma.

O executivo explica que a Telmex percebeu que era uma grande oportunidade. "A empresa tinha valor potencial muito importante, apesar da problemática ligada a WorldCom e MCI (ex-controladores).

Página 116 de 154

Page 117: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Assumimos no dia 23 de julho de 2004, aí foi que verificamos de perto a situação da empresa. Antes, não pudemos fazer avaliação profunda. Verificamos que havia muitas pendências [financeiras]", afirma.

Os novos controladores mudaram toda a estrutura de comando. Nos primeiros três meses, saíram 25 pessoas. "Os primeiros dois anos foram muito difíceis. Encontramos um quadro em que os serviços de longa distância estavam caindo e a área de dados também."

Do México, vieram três executivos, o auditor, o responsável pela área de tecnologia da informação e o responsável por suprimentos. Os diretores regionais já eram da empresa, exceto Maurício Vergani que responde por São Paulo. Marcelo Miguel, hoje é responsável pelo Sul, Ney Acyr atende do Rio, seguindo pelo Nordeste até o Maranhão e Maria Tereza Lima, frente às operações de Brasília, Centro-Oeste e Norte. Já a Star One (satélites) e a parte de call center estão em subsidiárias.

Já foram mais de R$ 7 bilhões que o grupo mexicano investiu na Embratel. No primeiro ano, a dívida era estimada em R$ 1,2 bilhão. Mas havia litígios. Em 2007 foram pagos R$ 600 milhões em dívidas que estavam na Justiça. Foram feitos dois aumentos de capital para comprar uma participação na Net Serviços, a Primisys e a AT&T Latin America. A Embratel foi o veículo de todos os investimentos do grupo mexicano.

Formoso diz que não tem um prazo determinado para ficar no Brasil. Conta que gosta do país, viaja com freqüência, conhece quase todos os Estados e nos fins de semana procura conhecer ainda mais lugares com a família. Esportivo, corre, gosta do mar e vira e mexe chega à sede da companhia no centro do Rio pilotando sua moto.

Por quinze anos, trabalhou no México, para a Pirelli Anaconda, que fazia cabos utilizados nas telecomunicações. O grupo Carso, da família Slim, tinha participação na empresa. Já nessa época, Formoso viajava muito pela América Latina, inclusive o Brasil, o que, segundo ele, lhe deu uma visão de negócios internacional. De lá, foi convidado para dirigir, em seu país, Cablevision (TV paga), onde Slim também era acionista.

Em 1998, a Telmex decidiu internacionalizar-se. Formoso, então, passou a cuidar as operações de telefonia na América Central em quatro países: Guatemala, Nicarágua, El Salvador e Honduras. Em 2002 foi para a América Móvil, braço de telefonia celular do grupo de Slim. Dois anos mais tarde, veio ao Brasil como vice-presidente de Telmex Internacional para brigar pela compra da Embratel.

"Minha percepção na época foi de que a Embratel era uma empresa complicada, pois ficou dois anos à venda sem compradores. Mas para nós a compra fazia sentido. Havíamos comprado a AT&T LA, que estava falindo e atuava no Chile, Brasil, Argentina, Colômbia e Peru, mas era pequena. Foi apenas um primeiro passo. Surgiu então a oportunidade de comprar a Embratel", recorda. "Cheguei aqui e e disse ao João Elek [que era da AT&T LA] e ao Moreira que iríamos comprar. E ouvi: 'Esquece, as teles vão comprar'. Acabou sendo um processo superinteressante, um enorme jogo de xadrez. Em seis meses, fui três vezes ao Congresso. Aprendi muito sobre o Brasil. Foi uma guerra, mas a lei da concorrência venceu", afirma.

Negociações entre Oi e BrT continuam, diz Previ Catherine Vieira

O presidente da Previ, Sérgio Rosa, afirmou ontem que continuam as negociações para a venda da Brasil Telecom (BrT) à Oi (ex-Telemar) e defendeu a idéia da "supertele" que resultaria da união das duas companhias. Ele evitou porém, falar sobre o estágio das conversas.

"O que posso dizer em relação à BrT é que as negociações não estão fechadas", afirmou Rosa ontem, em entrevista sobre os resultado do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB). A Previ é um dos principais acionistas da BrT e também possui participação do bloco de controle da Oi.

Página 117 de 154

Page 118: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

De acordo com Rosa, "do ponto de vista empresarial" a operação faz sentido. "A conjugação das duas empresas é bastante interessante, daria uma escala maior e colocaria as duas companhias numa posição mais relevante, principalmente no mercado de telefonia celular", afirmou.

Os vários litígios que ainda correm no âmbito da BrT deverão ser contemplados nesse estágio das negociações para a venda da empresa. "A conclusão do processo também passa por conseguir tratar adequadamente esses litígios. Não é uma condicionante absoluta, mas neste momento procurar elucidar isso é uma questão relevante e que vai estar de alguma forma presente", disse Rosa. Os controladores da BrT têm um histórico de disputas judiciais, que nos últimos anos colocou de um lado os fundos de pensão e Citigroup e de outro o Opportunity, ex-administrador das participações dos sócios.

Teoricamente, disse Rosa, os litígios poderiam ser um impeditivo ao fechamento do negócio, por haver muitas partes envolvidas e diversas questões a equacionar. Mas ele não quis informar se essa é a pendência que impede o fechamento da operação. O presidente da Previ observou que há outros aspectos em jogo, como regulatórios e a própria negociação entre as partes.

Segundo Rosa, se concluída a venda, a Previ terá participação de cerca de 15% na nova companhia. Devido ao cruzamento acionário com a BrT, o fundo de pensão está hoje afastado do conselho de administração da Oi, onde tem cerca de 11% por meio da Fiago (estrutura que participa do bloco de controle da Oi com 19,9% e da qual a Previ detém 51,9%) e mais 3% a 4% detidos por meio de ações compradas no mercado.

Nos últimos dois meses, fontes que acompanham o processo chegaram a acreditar algumas vezes que o negócio estava próximo a se concretizar, por um valor de R$ 4,8 bilhões pelo controle. Mais recentemente, porém, interlocutores davam conta de que pendências entre os sócios da BrT estavam retardando o processo. Na visão dessas fontes, se não contornadas, essas questões poderiam não impedir o processo, mas implicariam um ganho menor por conta de aspectos tributários. Além disso, há ainda entraves nas negociações entre Citigroup e Opportunity em litígios na Justiça em Nova York.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Telefonia - Celular será foco da união Oi-Brasil Telecom. Negociações passam pela venda integral das ações do fundo de pensão no capital da Brasil Telecom; peso na nova tele será o mesmo que

na Oi.(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-6 Economia)

DANIELE CARVALHODO JORNAL DO COMMERCIO

Opresidente da Caixa de Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Sérgio Rosa, afirmou ontem que, caso a Supertele -fusão entre a Brasil Telecom e a Oi- seja criada, o fundo manterá o atual percentual de participação que detém na Telemar, de cerca de 15%. "Nossa participação deve ser a mesma que temos hoje na Telemar Participações. Se o processo final da negociação ocorrer na forma de venda integral na Brasil Telecom, nossa participação na nova empresa será essencialmente a que temos na Telemar", disse ele. A Previ detém participação direta de 11% na Telemar por meio da Fiago, uma empresa de propósito específico. Além disso, o fundo possui outros 3% a 4% de participação por meio de ações adquiridas em bolsa.

Sem adiantar os detalhes da transação, Rosa limitou-se a dizer que o "seria nossa prioridade, por ser mais rápido, a venda integral do ativo (BrT)" e lembrou que a decisão do fundo de sair da Brasil Telecom é bem mais antiga. "Existe um interesse anunciado publicamente há mais tempo. A posição era vender

Página 118 de 154

Page 119: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

para a Italia Telecom (IT) nossa participação na BrT, mas a IT acabou seguindo outro caminho. A gente acabou consolidando a parte da Italia Telecom e agora seguem as discussões para a venda", disse ele, acrescentando que as negociações ainda não estão fechadas.

Na avaliação de Rosa, a criação da Supertele seria interessante para as duas companhias, pois as ajudaria a ganhar melhor posicionamento na área de telefonia celular. "Do ponto de vista empresarial, a conjugação das duas empresas seria muito interessante, traria uma escala maior na área de celular. As duas empresas estão entre as menores do mercado por uma série de razões: a BRt, por problemas de gestão no passado, teve a entrada bastante retardada e, por custo de custo de investimento, a Telemar não se posicionou entre as três primeiras. Então, a combinação das duas as recolocaria num cenário relevante na telefonia celular e traria um cenário de competição mais bem equilibrado", defende o presidente da Previ.

atenção. Quanto aos litígios da operação, Rosa afirmou que estes são sempre motivo de atenção em qualquer negociação de compra. "A conclusão deste processo também passa por conseguir solucionar adequadamente estes litígios. Não é uma condicionante absoluta, mas obviamente podendo se eliminar estes litígios é um fator relevante", comentou.

Durante a apresentação de resultados da de 2007 da Previ, Sérgio Rosa defendeu que a Vale, em sua negociação de compra da belgo-suíça Xstrata, mantenha sob seu comando os contratos de venda de minério de ferro, níquel e carvão metalúrgico. De acordo com notícias da imprensa internacional, a maior acionista da Xstrata, a trading Glencore, teria exigido como moeda de troca a exclusividade na comercialização de pelo menos dois destes produtos. Segundo ele, a negociação direta com os clientes permite que a mineradora perceba melhor a demanda futuro e os investimentos que precisam ser feitos para atendê-la.

"A Vale tem sido líder nas negociações de minério de ferro há anos. A negociação direta com os clientes é importante porque sinaliza tanto para os clientes, quanto para a Vale, as perspectivas de consumo e perspectivas de investimento para suprir este consumo. Se não houver relação direta, fica difícil posicionar a estratégia da empresa. Existem outros dois produtos importantes que fazem parte deste pacote: níquel e carvão metalúrgico A Vale ganhou papel muito relevante na produção mundial de níquel e acaba sendo importante também para o cliente saber o que vão ter de oferta. À medida que Vale está se expandindo nestes mercados é natural que ela queria também adotar padrões de comercialização que tenham esta relação direta com o clientes", frise Rosa.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Cota de conteúdo nacional é atacada pela TV paga. Para programadores, assinatura ficará mais cara

(Folha de São Paulo 04.03.2008 B-8 Dinheiro)

ELVIRA LOBATODA SUCURSAL DO RIO

A criação de cotas obrigatórias para programação nacional na TV paga, prevista no projeto de lei 29, em discussão na Câmara, abriu nova guerra no setor, já estremecido pela aquisição de operadoras de TV a cabo pelas companhias telefônicas.Os programadores estrangeiros entregaram ontem ao deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), relator do projeto, estudo sobre o impacto econômico das cotas. A previsão deles é que haja aumento de até 144% na assinatura mensal dos pacotes básicos. O estudo foi feito a pedido da Associação Brasileira de Programadores de TV por Assinatura, que representa Discovery, ESPN, Fox, HBO, MGM, Nickelodeon e Turner.

Página 119 de 154

Page 120: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Foi calculado o impacto sobre os preços de dois pacotes básicos da Sky. O primeiro iria de R$ 88,90 para R$ 196,48 (144,1% de alta), e o segundo, de R$ 134,90 a R$ 228,51 (82,6%).O encarecimento, segundo o estudo, reduzirá a base de assinantes atuais, de 5,8 milhões para 3,92 milhões em 2010, mesmo com as teles sendo liberadas para oferecer TV a cabo.O projeto propõe a criação três tipos de cotas, que se sobrepõem. A primeira determina que os canais pagos ocupem ao menos 10% de seu horário com conteúdo nacional de produtoras independentes. A segunda, que 50% dos canais de ""espaço qualificado" -excetuando jornalísticos, religiosos, propaganda comercial, propaganda política, eventos esportivos, televendas e horário eleitoral- devem ser de conteúdo nacional, sendo 25% de produtores independentes. A terceira cota é sobre o empacotamento de canais: metade precisaria de programadores brasileiros (30% independentes).O projeto também limita o tempo de veiculação de publicidade na TV paga e cria a possibilidade de radiodifusores serem remunerados pela transmissão dos canais da TV aberta.O projeto dá prazo de quatro anos para adaptação. As cotas devem ser cumpridas à proporção de 25% ao ano. Segundo o estudo, serão necessários R$ 3,3 bilhões de investimentos, nos quatro anos, para produzir conteúdo nacional para cumprir as cotas.O projeto enfrenta oposição da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e dos programadores internacionais. A ABTA colocará no ar, na próxima semana, sua segunda campanha contra as cotas.""Precisamos de conteúdo nacional, mas as cotas são um retrocesso medieval. Elas inviabilizam a diversidade de canais, encarecem a assinatura e fracassaram em todos os países", afirma o diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annenberg.A Sky Brasil, segundo seu presidente, Luiz Eduardo Baptista, terá que eliminar metade de seus canais estrangeiros para atender à cota de 50% de canais brasileiros. A alternativa, diz ele, seria incluir 15 novos canais de conteúdo nacional, o que considera inviável.

Deputado afirma que costura acordo entre teles e radiodifusão DA SUCURSAL DO RIO

O deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ) disse que o projeto de lei 29 é resultado da costura de um grande acordo entre as teles e o setor de radiodifusão para, de um lado, garantir mercado para a produção de conteúdo nacional, e, de outro, permitir que as companhias telefônicas usem sua infra-estrutura para oferecer TV paga.Segundo o deputado, Brasil Telecom, Oi e Telefônica estão ""fundamentalmente unidas" na discussão do projeto, e a Embratel, apesar das diferenças com as outras três, também tem interesse na aprovação para ter controle da Net Serviços.As TVs pagas dizem que não foram ouvidas na costura do acordo e que pagarão a conta.O PL 29 propõe a criação de uma licença única para o serviço de TV por assinatura, independentemente da tecnologia. Hoje, a lei varia com a tecnologia: as TVs a cabo são reguladas por lei, que impede o controle estrangeiro das empresas e a exploração do serviço pelas teles. Nos sistemas por satélite e por rádio, não há limitação para teles nem capital estrangeiro.Bittar admite a possibilidade de excluir a exigência de que os pacotes tenham 50% de canais programados por brasileiros e rever o percentual de conteúdo nacional obrigatório.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Banda larga investe contra celulares(DCI 04.03.2008 Serviços)

As líderes do mercado de banda larga, que no ranking figuram como Telefônica, Brasil Telecom (BrT), Oi (ex-Telemar) e Net Serviços, e juntas representam cerca de 89% desse mercado, começam a investir pesado em novas velocidades, na qualidade da banda larga e na expansão das áreas de cobertura para enfrentar as operadoras de celulares que entram agora nesse mercado. Afinal, as concorrentes Claro,

Página 120 de 154

Page 121: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

TIM e Vivo passam a disputar o mercado por meio da tecnologia de terceira geração (3G) e trazem vantagens como mobilidade e possibilidade de abrangência nacional.

"Para enfrentar a mobilidade, o foco está em qualidade de conexão, ou seja, altas velocidades e expansão de banda. As tecnologias de banda larga móvel não conseguem atingir as velocidades que podemos oferecer e nem a qualidade", afirma Marcio Carvalho, diretor de Produtos e Serviços da Net Serviços. Das quatro líderes, a Net foi a que registrou o maior crescimento em 2007. Sua base de assinantes do Vírtua chegou a 1,423 milhão no final do ano passado, alta de 65%. "Estamos desenvolvendo novas velocidades. Teremos novidades ainda neste ano", prevê Carvalho.

Presente em 79 cidades, a Net deve aumentar sua penetração para 91 cidades com o processo de incorporação do BIGTV, operadora de tevê por assinatura e banda larga que foi adquirida em dezembro do ano passado. "Também vamos expandir nossas áreas de cobertura, seja por aumento da infra-estrutura da BIG, seja por construir novas redes. Vamos investir pesado para aumentarmos nossa capacidade de banda larga", informa Carvalho, revelando que outro artifício da Net para fidelizar e atrair clientes é disponibilizar redes Wi-Fi por meio da instalação de roteadores nas casas destes.

Procurando nichos de mercado para ampliar seu crescimento, a empresa lançou o NetFone.com, produto que agrega telefone fixo, Internet por banda larga com velocidade de 100 Kbps e televisão via cabo. Com esse produto, a Net vai em busca de clientes da classe C, que antes estavam fora da base da companhia, apostando em atrair usuários de Internet discada para o Vírtua. "Banda larga é um setor estratégico para a Net e vamos buscar os clientes onde estiverem", aponta o diretor.

Apesar de ainda estar no topo do ranking, a Telefônica registrou o menor incremento da base de assinantes entre as quatro líderes. Com alta de 27,7% em relação a 2006, o seu serviço de banda larga, o Speedy, fechou 2007 com 2,053 milhões de usuários ativos em 407 municípios do Estado de São Paulo. Por esse motivo, no final do ano passado a Telefônica expandiu para 90% da área de atuação, Internet em banda larga com velocidades acima de 1 Mb, serviço que anteriormente tinha cobertura de apenas 13%. No ano passado, os investimentos para modernização e expansão do Speedy foram de R$ 500 milhões.

A empresa prepara uma forte ofensiva este ano, e acaba de investir R$ 10 milhões para disponibilizar aos moradores do bairro do Jardins, na capital paulista, Internet com velocidades de até 30 Mb. A nova rede incluiu conexão à web com velocidades de 8, 16 e 30 Mb e rede Wi-Fi Ao longo de 2008, mais R$ 123 milhões serão aplicados para estender a rede a outros bairros da capital e de cidades do interior e litoral.

A Oi é outra que aposta em banda larga, e boa parte dos R$ 4 bilhões disponíveis para investimentos em 2008 deve abranger o segmento. A empresa é outra que também aposta na instalação de roteadores nas casas dos clientes, gerando redes Wi-Fi . A Oi aumentou em 34,6% sua base de clientes de banda larga em 2007, que atingiu 1,5 milhão de clientes. Em 2008, a empresa espera elevar para 2,1 milhões o número de usuários, ou seja, 40% a mais. Além disso, a empresa pretende ampliar de aproximadamente 280 para 450 o número de cidades atendidas pelo serviço.

Vôos altos

Com apenas 3% de market share no setor, a GVT mira vôos mais altos neste ano, após investir, no total, R$ 566 milhões em 2007. "Vamos investir pesado em banda larga neste ano. O volume de investimento deve permanecer alto, para atender às demandas de mercado. Como os serviços de banda larga são o foco da empresa, estes devem abranger grande parte da quantia total deste ano", afirma Ricardo Sanfelice, gerente de Marketing de Produtos.

Atualmente, a GVT está em 74 cidades, como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2008, a empresa deve crescer em cobertura em novas regiões, da Região Sudeste.

Página 121 de 154

Page 122: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

As líderes do segmento de banda larga, Telefônica, Brasil Telecom, Oi (ex-Telemar) e Net Serviços, começam a se armar para enfrentar a briga por suas posições nesse mercado, com a entrada das operadoras de telefonia móvel no segmento este ano, com o 3G.

A Telefônica, por exemplo, acaba de aumentar a penetração das velocidades do Speedy superiores a 1 Mb para 90% da sua área de atuação. A empresa viu na ampliação da rede de fibra óptica, que possibilita maior qualidade e velocidade de conexão, a melhor estratégia. Ao longo de 2008, terá mais R$ 123 milhões na extensão desse serviço, na capital paulista, além do interior e litoral. Para enfrentar as operadoras móveis, a empresa incluiu ainda os serviços de rede Wi-Fi, com a instalação de roteadores na casa dos clientes.

A Net Serviços é outra que mira disponibilizar Wi-Fi aos usuários do Vírtua, para fidelizar os clientes. Os planos da companhia são aumentar as velocidades disponíveis e expandir a banda larga a outras regiões. "Vamos expandir nossas áreas de cobertura, ou seja, investiremos pesado para aumentar nossa capacidade de banda", diz Marcio Carvalho, diretor de Produtos e Serviços da Net. Já a Oi pretende passar de 280 para 450 o número de cidades atendidas por sua banda larga.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Previ deve ficar com 15% do capital de Oi e BrT(DCI 04.03.2008 Serviços)

A união entre Oi (ex-Telemar) e Brasil Telcom (BrT), reconhecidamente em negociações e dada como certa pelo mercado, deve colocar cerca de 15% do capital da supertele nas mãos da Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil.

A afirmação é do presidente do fundo de pensão, Sérgio Rosa, que faz a ressalva: "caso se confirme a união entre as duas empresas". Apesar da revelação, Rosa não arriscou uma estimativa sobre em quanto tempo as negociações devem estar concluídas. "A combinação das duas empresas as recolocaria em uma posição mais relevante na telefonia celular", afirmou o executivo.

Segundo Rosa, 11% de participação seriam herdados da atual fatia que o fundo possui no bloco de controle da Oi, enquanto 3% a 4% viriam de participações de mercado fora do bloco de controle das companhias. Rosa frisou que a resolução de litígios, embora não seja condicionante absoluta, ainda é relevante no momento.

A criação da supertele de capital nacional tomou forma no início do ano, com o comunicado de que as duas empresas estavam negociando a união. Entretanto as negociações continuam indefinidas. O valor que a Oi pagaria pela compra do controle acionário da BrT deve ficar entre R$ 4,5 e R$ 5,2 bilhões.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 122 de 154

Page 123: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO

Carteira de trabalho (Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

Cabe à Justiça Federal processar e julgar empregador que não realiza as devidas anotações nas carteiras de trabalho e de previdência social (CTPS) de seus empregados. A conclusão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar o conflito de competência suscitado pelo juízo de direito da Vara Criminal de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte, Minas Gerais, em face do juízo federal da 9ª Vara Criminal da Seção Judiciária de Minas Gerais. No caso, trata-se de inquérito policial instaurado para apurar suposto crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista (artigo 203 do Código Penal) cometido por empregador que não assinava as carteiras de trabalho de seus empregados. Ao receber os autos, o juízo federal, acolhendo o parecer ministerial, determinou a remessa do processo para o juízo comum estadual, visto que "o delito apurado tem como sujeito passivo empregado determinado e não a organização geral do trabalho ou a coletividade dos trabalhadores". Por sua vez, o juízo de direito da vara criminal suscitou o conflito, registrando que omitir dados na carteira de trabalho é um atentado contra o interesse da Previdência Social na fiscalização e arrecadação das contribuições que são devidas aos empregados, sendo, então, competência da Justiça Federal.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Está na hora de "operar" a garganta. Hoje, pagamos duas vezes para ficar na fila. Uma para o INSS, outra para o plano de saúde

(Gazeta Mercantil 04.03.2008 A-2 Editoriais)

Era março de 1968. Lembro-me bem da data não por reminiscências político-estudantis, e sim por uma crônica dor de garganta que me acompanhou por toda a infância e adolescência. Como a enfermidade não cedia, meu pai decidiu levar-me a um médico: "Amanhã vamos ao Samdu". Na verdade, ele se referia ao prédio no Bairro do Limão, em São Paulo, onde, até um ano antes, funcionava uma unidade do Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência, que era mantido por fundos de pensão ligados ao setor industrial e, em 1967, foi encampado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Seja como Samdu, seja como INPS, o atendimento demorava do mesmo jeito. Muita gente à espera de uma consulta, poucos profissionais para fazer o diagnóstico clínico. Filas. Muitas filas. E um pavor junto com a expectativa de que o doutor sentenciasse que já estava na hora de eu "operar a garganta", tal era o respeito dos médicos por nossas amígdalas. Horas na fila para um profissional que passou pelo menos seis anos na faculdade receitar uma cirurgia de garganta como se fosse uma vacina contra infecções. O pior de tudo era o modo indulgente com que o médico tentava tranqüilizar o moleque diante de si: "Pense que, depois da operação, você tomará bastante sorvete para ajudar na recuperação". Quarenta anos atrás, a situação era muito parecida com a de hoje, para quem precisa utilizar o Instituto Nacional do Seguro Social. Filas. Longas filas de espera. Com a agravante de que elas não se restringem mais ao INSS. A deterioração do atendimento dos serviços públicos de saúde contaminou igualmente os convênios privados. Conseguir uma consulta médica nesses planos não raro significa uma espera de até um mês. Se se tratar de uma especialidade, o tempo pode ser maior. Caso seja necessário um exame mais complexo, acrescente-se à demora um périplo por outros consultórios para a obtenção de uma guia, só conseguida após o interessado submeter-se a um interrogatório como se estivesse tendo uma atitude suspeita. Faça um teste. Tente marcar uma consulta em um médico da rede conveniada por meio de seu plano de saúde e, depois, tente novamente pedindo uma consulta particular. A maioria dos médicos usa a estratégia de manter duas agendas: uma para clientes dos planos de saúde, com enorme fila de espera; outra com datas mais convenientes, para quem pagar à vista. Usam como argumento que os convênios lhes remuneram de forma quase indigente, de R$ 10 a R$ 20 a consulta. Em vez de se recusarem a trabalhar dessa maneira, vingam-se nos pacientes. É a mesma situação dos professores do ensino

Página 123 de 154

Page 124: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

público que amaldiçoam o Estado por não lhe oferecer nem salário nem condições de trabalho decentes e, em decorrência, não se empenham em fazer seus alunos aprender alguma coisa. Mesmo quem tem condições de bancar uma consulta acaba sendo tungado. Pedir recibo de pagamento a um médico, na maioria das vezes, é um constrangimento, como se isso fosse uma falta de etiqueta do paciente, em vez de uma obrigação do médico. Isso quando o preço da consulta não fica mais alto justamente porque o paciente pediu recibo. O valor do imposto que o médico deveria recolher ao Fisco acaba transferido para o prontuário do paciente. Hoje, pagamos duas vezes para ficar na fila. Uma quando a empresa onde trabalhamos desconta de nosso salário a contribuição ao INSS. Outra quando quitamos a mensalidade do plano de saúde, imaginando que, dessa forma, não seremos atendidos numa maca no corredor de um hospital. Basta precisar de um dos dois serviços para constatar que ambos estão muito parecidos em relação ao descaso que demonstram com quem lhes paga - seja pela demora na prestação do serviço, seja pelo diagnóstico de que está na hora de "operar" a garganta.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Justiça Federal deve julgar ação contra empregador que não assegura direitos trabalhistas(STJ - 03.03.2008)

Cabe à Justiça Federal processar e julgar empregador que não realiza as devidas anotações nas carteiras de trabalho e de previdência social (CTPS) de seus empregados. A conclusão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar o conflito de competência suscitado pelo juízo de Direito da Vara Criminal de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte (MG) em face do juízo federal da 9ª Vara Criminal da Seção Judiciária de Minas Gerais.

No caso, trata-se de inquérito policial instaurado para apurar suposto crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista (artigo 203 do Código Penal) cometido por empregador que não assinava as carteiras de trabalho de seus empregados.

Ao receber os autos, o juízo federal, acolhendo o parecer ministerial, determinou a remessa do processo para o juízo comum estadual, visto que “o delito apurado tem como sujeito passivo empregado determinado e não a organização geral do trabalho ou a coletividade dos trabalhadores”.

Por sua vez, o juízo de Direito da Vara Criminal suscitou o conflito, registrando que omitir dados na carteira de trabalho é um atentado contra o interesse da Previdência Social na fiscalização e arrecadação das contribuições que são devidas aos empregados, sendo, então, competência da Justiça Federal.

Segundo a relatora, ministra Laurita Vaz, o principal sujeito passivo do delito é o Estado, representado pela Previdência Social e, em segundo lugar, a vítima, que deixa de possuir as benesses do registro de sua CTPS.

“Dessa forma, existindo interesse da Previdência Social, que integra diretamente a Seguridade Social prevista no artigo 194 da Constituição Federal, evidencia-se a competência da Justiça Federal para processar e julgar o feito, nos termos do artigo 109, inciso IV, da CF”, assinalou a ministra.

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=86629

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 124 de 154

Page 125: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

TST suspende substituição de terceirizados na CEMIG(TST - 03.03.2008)

O Tribunal Superior do Trabalho, em despacho assinado pelo ministro João Batista Brito Pereira, concedeu liminar para suspender decisão da 4ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte (MG) que determinou à Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) a substituição, até o dia 28/02, de todos os trabalhadores terceirizados por empregados concursados. O despacho foi dado em ação cautelar da CEMIG com pedido de efeito suspensivo da decisão, proferida em ação civil pública.

A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público do Trabalho visando, basicamente, proibir a CEMIG, concessionária de serviços públicos de distribuição de energia elétrica em Minas Gerais, de contratar e/ou manter trabalhadores temporários e estagiários fora das especificações legais (Lei nº 6.019/74, que trata de trabalho temporário, e Lei nº 6.494/77, que regulamenta o estágio), substituindo-os, num prazo de nove meses, por empregados concursados. No dia 28/05/2007, a sentença da 4ª VT/BH deferiu os pedidos e fixou multa de R$ 5 mil por trabalhador irregular após os nove meses. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, no julgamento do recurso ordinário, em novembro de 2007. A CEMIG interpôs então recurso de revista para o TST (ainda não processado pelo TRT/MG) e, em seguida, a ação cautelar visando à suspensão da determinação até o julgamento do recurso.

Na cautelar, a empresa alega dificuldades materiais para cumprir a determinação judicial e detalha fatos relacionados ao último concurso público realizado: a primeira fase ocorreu em maio de 2005, e os primeiros aprovados começaram a trabalhar em julho de 2007. Para a CEMIG, a substituição de todos os operários (empregados de prestadoras de serviços, temporários, estagiários e leituristas) de uma só vez por concursados causará “inevitáveis prejuízos para o fornecimento de energia elétrica em todo o Estado de Minas Gerais, além de providência impossível de ser implementada no prazo previsto, o que resultará na cobrança de pesadas multas”.

O ministro Brito Pereira, em seu despacho, observa que, diante da excepcionalidade da situação, “é manifesto o cabimento da medida. A substituição de grande contingente de mão-de-obra “compromete a segurança dos empregados, o treinamento e a garantia do fornecimento regular do serviço público”, afirma o relator, ressaltando que o procedimento submeteria os novos empregados ao exercício de tarefas para as quais ainda não estão devidamente treinados. A liminar concedida suspende os efeitos da decisão judicial que confirmou a tutela antecipada e suas conseqüências – entre elas a aplicação das multas – até o trânsito em julgado do recurso de revista na ação civil pública. (AC-190.494/2008-000-00-00-1)

(Carmem Feijó) http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_noticia=8350&p_cod_area_noticia=ASCS

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Proposta proíbe demissão sem justa causa durante férias(Câmara - 03.03.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2476/07, do deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), que proíbe a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado durante as férias e até 60 dias depois do retorno

Página 125 de 154

Page 126: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

ao trabalho, ressalvado o direito ao aviso prévio. Nos casos em que houver concessão das férias em mais de um período, a garantia de 60 dias no emprego será aplicável após o primeiro período. A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43). Atualmente, não há norma expressa sobre a demissão sem justa causa em período de férias.

Valentim afirma que um dos principais objetivos das férias é a preservação da saúde do trabalhador, pois, sem o descanso anual, qualquer profissional pode adquirir doenças, como a síndrome de Burnout, que se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos. O risco de demissão ou substituição, no entanto, tem criado no trabalhador uma nova fobia - o medo de sair de férias.

O deputado lembra que o fenômeno foi identificado pelo professor de Psicologia Organizacional e Saúde da Manchester School of Management, Cary Cooper, que também é conselheiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A pesquisa mostra que essa fobia se manifesta principalmente em sociedades nas quais a insegurança no trabalho é constante. "O maior índice de trabalhadores com medo de perder emprego ocorre em pequenas e médias empresas", diz Valentim.

TramitaçãoO projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2476/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117954

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Empréstimo concedido a empregado não pode ser descontado do crédito deferido em ação trabalhista

(TRT-MG - 03.03.2008)

A 7º Turma do TRT-MG negou provimento a recurso ordinário de um reclamado que pretendia descontar do crédito trabalhista deferido na ação, o valor referente ao empréstimo concedido pelo empregador ao reclamante. Segundo explica a desembargadora relatora, Maria Perpétua Capanema Ferreira de Melo, a teor da Súmula nº 18 do TST, a compensação na Justiça do Trabalho só pode ser feita envolvendo dívidas trabalhistas de mesma natureza.

O reclamado havia emprestado ao ex-empregado o valor de R$ 3.500,00 para fins de aquisição da casa própria e apresentou recibo comprovando a transação. A própria reclamante, no depoimento, confirmou a existência da dívida. Porém, a desembargadora reafirmou que na Justiça do Trabalho, somente são compensadas dívidas trabalhistas, o que não é a hipótese dos autos: “O empréstimo feito à reclamante para a compra de imóvel tem natureza civilista. Logo, o seu ressarcimento não pode ser feito através de compensação, uma vez que a dívida não tem natureza trabalhista” - frisou.

( nº 00404-2007-028-03-00-7 )

http://as1.mg.trt.gov.br/pls/noticias/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ACS&p_cod_noticia=1522

Página 126 de 154

Page 127: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Administração pública que contrata pela CLT equipara-se a empregador privado(TRT-MG - 03.03.2008)

Ao optar pela contratação de empregados pelo regime celetista, a administração pública equipara-se ao empregador privado. Desta forma, segundo a regra do artigo 468 da CLT, ainda que o empregador seja órgão ou empresa pública, qualquer alteração no contrato de trabalho, mesmo que conte com o consentimento do empregado, somente terá validade se não resultar em prejuízos ao trabalhador. Esta foi a decisão expressa da 3ª Turma do TRT-MG, acompanhando voto da desembargadora Maria Lúcia Cardoso de Magalhães, ao julgar recurso ordinário de um reclamante, contratado por um município do interior de Minas, que teve o percentual de adicional por tempo de serviço congelado por lei municipal.

Segundo a reclamada, a alteração contratual se deu para atender à Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas a relatora salientou que mesmo em cumprimento a esta meta, “a adequação orçamentária do município não pode ferir direito adquirido, nem tampouco a legislação trabalhista, incumbindo ao administrador público buscar meios legais e legítimos para o seu cumprimento, não alterando de forma lesiva e ilegal os contratos de trabalho de seus servidores”. No caso, o reclamante foi admitido nos quadros do município em 1976, sob a Lei Municipal 3943/86, que garantia a percepção de adicional por tempo de serviço de 10%, quando completados os primeiros cinco anos de serviço, e mais 2% a cada ano trabalhado. Mas a partir de 2002, ao entrar em vigor a Lei Complementar 25/02, o recebimento do adicional foi congelado.

A desembargadora ressalta que o município alterou unilateralmente e de forma lesiva o contrato de trabalho do autor, já que este ficou impossibilitado de perceber novos percentuais no curso do contrato de trabalho. Para a relatora, essa atitude afronta o artigo 468, da CLT, além dos princípios constitucionais da irredutibilidade salarial e do direito adquirido, pois a lei só poderia alcançar os trabalhadores admitidos após a sua edição (Súmula 51, I/ TST).

Desta forma, a Turma decidiu declarar a nulidade da alteração contratual ilícita e determinar ao reclamado que mantenha os critérios de pagamento de adicional por tempo de serviço estabelecidos pela legislação anterior (Lei Municipal 3942/86). O Município foi condenado ainda a pagar as diferenças do adicional por tempo de serviço, sendo 2% a cada ano trabalhado, contando-se a partir do mês em que este foi congelado até a data da efetiva incorporação ao salário do reclamante, com os reflexos legais.

( RO nº 00428-2007-149-03-00-5 )

http://as1.mg.trt.gov.br/pls/noticias/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ACS&p_cod_noticia=1521

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 127 de 154

Page 128: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Estatística não é prova de discriminação supostamente praticada por banco(TRT/ DF - 03.03.2008)

O TRT 10ª Região negou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pedido para inibir o Banco Real de contratar ou promover brancos, homens e jovens em seus quadros de funcionários. O MPT acusou o banco de discriminação em função da diferença estatística existente entre o número de mulheres, negros e idosos presentes nos quadros funcionais da empresa e na população economicamente ativa (PEA).

Os juízes da Segunda Turma do TRT decidiram que a estatística não pode ser usada como prova de discriminação. "A estatística não é ciência exata para a afirmação de certo fato, mas apenas anuncia a possibilidade de ocorrência e não a verificação do ocorrido", explicou o relator do processo, juiz Alexandre Nery de Oliveira.

Documentos apresentados pelo Banco Real provaram que os processos de contratação e promoção do banco seguem critérios de merecimento, e a seleção de currículos é feita de modo impessoal - dissociados de qualquer análise envolvendo sexo, raça ou idade. Também ficou provada existência de mulheres, negros e pessoas de idade em cargos e funções questionados pelo MPT.

Para o juiz Alexandre Nery, a situação demonstra que apenas não houve, nas seleções de pessoal feitas pelo Banco Real, número de eleitos suficientes para ampliação do quadro de mulheres, negros e idosos do banco. De acordo com o magistrado, o processo seletivo não apresenta vício e está de acordo com o permitido pela convenção nº 111 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil. A convenção estabelece que os procedimentos seletivos por mérito não envolvem discriminação, desde que não haja separações por grupos de indivíduos segundo raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social.

(Segunda Turma - Processo 00943-2005-015-10-00-0-RO)

http://www.trt10.gov.br/?modulo=/ascom/index.php&ponteiro=30443

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Terceirização: Santa Catarina cria grupo de combate a fraudes nos trabalhos temporários(MTE - 03.03.2008)

A contratação de trabalhadores temporários (Lei 6.019/74) em Santa Catarina é bastante elevada, por isso a SRTE/SC desencadeou uma ação para verificar possíveis fraudes neste tipo de contrato

Brasília, 03/03/2008 - Desde 2006, a Superintendência Regional do Trabalho de Santa Catarina vem fiscalizando empresas de Blumenau e Joinville em busca de prevenir e coibir contratações irregulares no setor de serviços terceirizados, principalmente de trabalho temporário. Essas ações já resultaram na regularização de 1.872 trabalhadores temporários, ou seja, os profissionais foram registrados nas empresas onde trabalhavam nos dois últimos anos.

Em vista do elevado número de empresas que utilizam trabalhadores temporários - grande parte delas fora das hipóteses em que são permitidas tais contratações - a SRTE percebeu a necessidade de uma ação mais abrangente, atingindo um número maior de empresas ao mesmo tempo.

Com isso, empresas das duas cidades - quase a totalidade - regularizaram a situação contratando diretamente os trabalhadores até então mantidos como temporários. Outras empresas regularizaram

Página 128 de 154

Page 129: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

seus funcionários apenas depois da autuação. Os trabalhadores formalizados nestas condições somaram 1.997, conforme planilha anexa.

Seis empresas não regularizaram a situação e receberam Autos de Infração.

Nas poucas companhias em que havia justificativa legal para a manutenção de trabalhadores temporários foi exigida a correta formalização, visto que os contratos não especificavam o motivo das contratações. Foram lavrados oito Autos de Infração por falta de registro e três por não garantir a isonomia salarial entre os trabalhadores efetivos e temporários.

Saiba - Terceirizar é repassar a terceiros a realização de certas atividades laborais. Em termos empresariais, pode-se dizer que é o repasse de uma atividade meio a terceiros. Atividade meio é aquela que se presta a dar condições para que uma empresa atinja seus objetivos sociais. Por exemplo: uma empresa que fabrica roupas (atividade fim) necessita contratar uma outra empresa que lhe preste serviços de limpeza. A atividade de limpeza, no exemplo que acabamos de utilizar, se constitui em atividade meio da confecção.

Por não se tratar de contratação de mão-de-obra, é um contrato regulado pelo Código Civil Brasileiro, e não pela Consolidação das Leis do Trabalh0 (CLT).

http://www.mte.gov.br/sgcnoticia.asp?IdConteudoNoticia=2457&PalavraChave=trabalho temporario, fraude, fiscalização

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Conflito resolvido: Cabe à Justiça Federal julgar fraude trabalhista(ConJur – 04.03.2008)

Cabe à Justiça Federal processar e julgar empregador que não faz as devidas anotações nas carteiras de trabalho de seus empregados. A conclusão é da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, que analisou o Conflito de Competência suscitado pelo juízo da Vara Criminal de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte (MG) contra a 9ª Vara Criminal de Minas Gerais.

O caso trata de inquérito policial instaurado para apurar suposto crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista (artigo 203 do Código Penal) cometido por empregador que não assinava as carteiras de trabalho de seus empregados.

Ao receber os autos, o juízo federal determinou a remessa do processo para o juízo comum estadual. Considerou que “o delito apurado tem como sujeito passivo empregado determinado e não a organização geral do trabalho ou a coletividade dos trabalhadores”.

Por sua vez, a Vara Criminal suscitou o conflito. Registrou que omitir dados na carteira de trabalho é um atentado contra o interesse da Previdência Social na fiscalização e arrecadação das contribuições que são devidas aos empregados, sendo, então, competência da Justiça Federal.

A relatora, ministra Laurita Vaz, explicou que o principal sujeito passivo do delito é o Estado, representado pela Previdência Social e, em segundo lugar, a vítima, que deixa de possuir as benesses do registro de sua carteira de trabalho. “Dessa forma, existindo interesse da Previdência Social, que integra diretamente a Seguridade Social prevista no artigo 194 da Constituição Federal, evidencia-se a competência da Justiça Federal para processar e julgar o feito, nos termos do artigo 109, inciso IV, da CF”, concluiu a ministra.

Página 129 de 154

Page 130: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

CC 58.443

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64320,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Se a CTPS sumiu, existe solução(Res. Notícias Fiscais – 04.03.2008)

KELE GUALBERTOO que fazer quando se descobre que perdeu a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), onde estavam registradas todas as experiências anteriores? Quais as providências devem ser tomadas quando o documento for furtado? De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE), antiga Delegacia Regional do Trabalho (DRT), existem 15.370 carteiras de trabalhos perdidas, desde 1997, e apenas 137 trabalhadores foram buscá-las. O trabalhador, em primeiro lugar, assim que detectar o extravio, furto, roubo ou perda do documento, deve se dirigir a uma delegacia de polícia para solicitar o Boletim de Ocorrência (BO). Com ele em mãos, a pessoa deve ir à SRTE da sua cidade checar se a sua CTPS encontra-se lá. Às vezes, acontece de alguém encontrá-la e levá-la para os Correios, que encaminha para a SRTE. Caso não encontre na SRTE, tem como retirar uma segunda via na própria superintendência.

Deve-se levar os seguintes documentos à SRTE: BO, uma foto 3x4 recente (com fundo branco), qualquer documento original que contenha as informações necessárias para a qualificação civil (certidão de casamento, de nascimento ou identidade) e um documento que comprove o número da carteira de trabalho perdida - sendo aceitos o extrato do FGTS, cópia da ficha de registro de empregado com carimbo do CGC da empresa, e ainda o termo de rescisão do contrato de trabalho homologado pelo sindicato de classe, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública.

É possível solicitar na SRTE o histórico que os antigos empregadores lançaram no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), ambos vinculados ao Ministério do Trabalho e Emprego. “Agora, isso só é possível com dados a partir de 1976, quando o sistema passou a ser informatizado. Basta solicitar à superintendência ou ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)” explicou a chefe do setor de registro profissional da SRTE, Auxiliadora Barros dos Santos.

Nos casos de informações trabalhista antes de 1976, o trabalhador deve procurar as empresas em que trabalhou e solicitar o repasse dessas informações à nova carteira de trabalho. Caso a empresa tenha decretado falência, o empregado deve pedir ajuda à SRTE, que o encaminhará à Justiça do Trabalho.

http://www.noticiasfiscais.com.br/trabalhistas1.asp?preview=16917&data=4/3/2008

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 130 de 154

Page 131: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Administração pública que contrata pela CLT equipara-se a empregador privado(Correio Forense – 04.03.2008)

Ao optar pela contratação de empregados pelo regime celetista, a administração pública equipara-se ao empregador privado. Desta forma, segundo a regra do artigo 468 da CLT, ainda que o empregador seja órgão ou empresa pública, qualquer alteração no contrato de trabalho, mesmo que conte com o consentimento do empregado, somente terá validade se não resultar em prejuízos ao trabalhador. Esta foi a decisão expressa da 3ª Turma do TRT-MG, acompanhando voto da desembargadora Maria Lúcia Cardoso de Magalhães, ao julgar recurso ordinário de um reclamante, contratado por um município do interior de Minas, que teve o percentual de adicional por tempo de serviço congelado por lei municipal.

Segundo a reclamada, a alteração contratual se deu para atender à Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas a relatora salientou que mesmo em cumprimento a esta meta, “a adequação orçamentária do município não pode ferir direito adquirido, nem tampouco a legislação trabalhista, incumbindo ao administrador público buscar meios legais e legítimos para o seu cumprimento, não alterando de forma lesiva e ilegal os contratos de trabalho de seus servidores”. No caso, o reclamante foi admitido nos quadros do município em 1976, sob a Lei Municipal 3943/86, que garantia a percepção de adicional por tempo de serviço de 10%, quando completados os primeiros cinco anos de serviço, e mais 2% a cada ano trabalhado. Mas a partir de 2002, ao entrar em vigor a Lei Complementar 25/02, o recebimento do adicional foi congelado.

A desembargadora ressalta que o município alterou unilateralmente e de forma lesiva o contrato de trabalho do autor, já que este ficou impossibilitado de perceber novos percentuais no curso do contrato de trabalho. Para a relatora, essa atitude afronta o artigo 468, da CLT, além dos princípios constitucionais da irredutibilidade salarial e do direito adquirido, pois a lei só poderia alcançar os trabalhadores admitidos após a sua edição (Súmula 51, I/ TST).

Desta forma, a Turma decidiu declarar a nulidade da alteração contratual ilícita e determinar ao reclamado que mantenha os critérios de pagamento de adicional por tempo de serviço estabelecidos pela legislação anterior (Lei Municipal 3942/86). O Município foi condenado ainda a pagar as diferenças do adicional por tempo de serviço, sendo 2% a cada ano trabalhado, contando-se a partir do mês em que este foi congelado até a data da efetiva incorporação ao salário do reclamante, com os reflexos legais.

http://www.correioforense.com.br/noticias/noticia_na_integra.jsp?idNoticia=28835

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Metrô terá de pagar indenização por danos morais a operário acidentado(Correio Forense – 04.03.2008)

Um operário que sofreu queimaduras de terceiro grau quando realizava reparos na rede elétrica de um túnel do metrô do Distrito Federal vai receber indenização de R$50mil por danos morais estéticos. A determinação é da Primeira Turma do TRT 10ª Região que considerou o Consórcio Construtor C.M.T e a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF) responsáveis pelo acidente. A decisão ratifica sentença da 3ª Vara do Trabalho de Taguatinga, da lavra da juíza Nara Cinda Alvarez Borges.

O supervisor do operário acidentado admitiu que o mandou executar os reparos de modo precário. A rede geral de energia não foi desligada - conforme determina a NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) -, e não havia iluminação suficiente no local. O empregado trabalhava apenas com a iluminação de um facho de luz de lanterna.

Página 131 de 154

Page 132: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Segundo o juiz relator do processo, Ricardo Alencar Machado, o Consórcio tem responsabilidade objetiva pelo acidente uma vez que foi constatado o dano e o nexo causal, e as atividades desenvolvidas pelos empregados - eletricidade - são de risco, conforme NR-16 e NR-10 do MTE.

Os juízes da Primeira Turma mantiveram, ainda, a condenação subsidiária do Metrô/DF porque, apesar de haver terceirizado o serviço de eletricidade, a administração pública tem o dever de acompanhar, supervisionar e fiscalizar o serviço contratado. "Nesse caso aplica-se a teoria da culpa presumida" ressaltou o juiz Ricardo Machado. Ele explica que, para se isentar da responsabilidade, o Metrô deveria comprovar ações de vigilância quanto ao cumprimento das normas de proteção do trabalhador - o que não foi feito no processo. (Primeira Turma - Processo 01686-2006103-10-00-2)

http://www.correioforense.com.br/noticias/noticia_na_integra.jsp?idNoticia=28848

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Acidente de trabalho: motociclista receberá indenização por danos morais(Correio Forense – 04.03.2008)

Com fundamento na teoria do risco criado, o juiz do trabalho Ari Pedro Lorenzetti, da 13ªVara do Trabalho de Goiânia, concedeu danos morais, no valor de R$ 5 mil, a motociclista que sofreu acidente de trânsito durante o trabalho. Para esta teoria, cada vez que uma pessoa, por sua atividade, cria um risco para outrem, deve responder por suas conseqüências danosas, independentemente de culpa. É o que determina o parágrafo único do art. 927 do Código Civil, aplicado ao caso.

Na sentença, o magistrado citou decisão similar do TRT. O acórdão ressaltou que, apesar de a reclamada não ter agido com culpa, porque o evento danoso ocorreu em razão de fato de terceiro, não se pode, por esse motivo, excluir o nexo de causalidade com a atividade profissional exercida pelo obreiro, uma vez que ele estava a serviço da empresa.

Em sua decisão, Lorenzetti destacou que a prova pericial excluiu qualquer atitude culposa do reclamante no evento. E, considerando que a atividade do motociclista é de grande risco, “em face da freqüência com que ocorrem acidentes envolvendo tais trabalhadores”, o juiz deferiu os danos morais. O empregado ficou incapacitado para o trabalho e permanece afastado pelo INSS. (Proc. nº 1.506/2007-9)

http://www.correioforense.com.br/noticias/noticia_na_integra.jsp?idNoticia=28859

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Justiça Federal deve julgar ação contra empregador que não assegura direitos trabalhistas(Correio Forense – 04.03.2008)

Cabe à Justiça Federal processar e julgar empregador que não realiza as devidas anotações nas carteiras de trabalho e de previdência social (CTPS) de seus empregados. A conclusão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar o conflito de competência suscitado pelo juízo de

Página 132 de 154

Page 133: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Direito da Vara Criminal de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte (MG) em face do juízo federal da 9ª Vara Criminal da Seção Judiciária de Minas Gerais.

No caso, trata-se de inquérito policial instaurado para apurar suposto crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista (artigo 203 do Código Penal) cometido por empregador que não assinava as carteiras de trabalho de seus empregados.

Ao receber os autos, o juízo federal, acolhendo o parecer ministerial, determinou a remessa do processo para o juízo comum estadual, visto que “o delito apurado tem como sujeito passivo empregado determinado e não a organização geral do trabalho ou a coletividade dos trabalhadores”.

Por sua vez, o juízo de Direito da Vara Criminal suscitou o conflito, registrando que omitir dados na carteira de trabalho é um atentado contra o interesse da Previdência Social na fiscalização e arrecadação das contribuições que são devidas aos empregados, sendo, então, competência da Justiça Federal.

Segundo a relatora, ministra Laurita Vaz, o principal sujeito passivo do delito é o Estado, representado pela Previdência Social e, em segundo lugar, a vítima, que deixa de possuir as benesses do registro de sua CTPS.

“Dessa forma, existindo interesse da Previdência Social, que integra diretamente a Seguridade Social prevista no artigo 194 da Constituição Federal, evidencia-se a competência da Justiça Federal para processar e julgar o feito, nos termos do artigo 109, inciso IV, da CF”, assinalou a ministra.

http://www.correioforense.com.br/noticias/noticia_na_integra.jsp?idNoticia=28861

Retornar ao índice de assuntoVoltar

TRIBUTÁRIO

Tributário - Receita altera IN do serviço hospitalar e autua clínicas. Parecer da PGFN diz que fiscalização não deve ser retroativa.

(Valor Econômico 04.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

Josette Goulart, de São Paulo

Os fiscais da Receita Federal do Brasil têm autuado as clínicas médicas que até o fim do ano passado eram equiparadas a hospitais pelo fisco e conseguiam se enquadrar na faixa de 8% de Imposto de Renda no regime do lucro presumido. Em dezembro, um Ato Declaratório Interpretativo (ADI) alterou o entendimento do fisco. Para derrubar as autuações, as clínicas agora pretendem usar um parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), elaborado a pedido da própria Receita, que em outras palavras diz que um ADI que altera uma interpretação não deve ter efeitos retroativos.

O advogado Eduardo Fleury, do escritório Fleury Advogados, diz que já propôs um mandado de segurança para que a Justiça declare a não-retroatividade do ato nos termos do parecer da PGFN e assim tentar evitar autuações fiscais. Isto porque o parecer nº 2.710, do dia 7 de dezembro de 2007, não foi publicado no Diário Oficial.

Página 133 de 154

Page 134: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O procurador Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy, que assina o parecer, levou em consideração a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e cita uma decisão em um caso semelhante do tribunal que diz que "o reenquadramento de contribuinte pelo Fisco de autarquia para empresa pública, em decorrência de decisão do Supremo, que examinou a natureza jurídica da entidade, não autoriza a cobrança das diferenças tributárias porventura existentes antes dessa alteração. Incidência do art. 146 do Código Tributário Nacional."

Mas o parecer foi elaborado antes de a Receita Federal editar a Instrução Normativa nº 791, também de dezembro de 2007. A instrução foi feita em função do parecer da PGFN que diz que registrou a necessidade de uma IN que tomasse as cautelas necessárias para a garantia das relações entre contribuinte e fisco. "No caso presente, o aludido relacionamento deve ser temperado pelas decisões do Superior Tribunal de Justiça, soberanas, por determinação constitucional".

Com isso, a IN 791 alterou o texto da IN de 2003 que incluía as clínicas no rol de serviços hospitalares. Mas mesmo com as regras da IN anterior, o setor hospitalar enfrentou o fisco na Justiça. Segundo o advogado Plínio Marafon, do escritório Braga & Marafon, muitos casos já chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em algumas decisões, com base na instrução da Receita os ministros da primeira e segunda turmas deram ganho de causa ao contribuinte e em outros, os ministros entenderam que clínicas de sociedades de médicos não tinham as condições empresariais, com equipamentos, salas de cirurgia etc, previstas pela IN antiga da Receita. "Com o tempo todas as clínicas que pagam 8% serão fiscalizadas", diz Marafon.

Com a mudança de entendimento da Receita, diversas sociedades médicas terão que se enquadrar novamente e serão tributadas em 32% de Imposto de Renda, dentro das regras do regime de lucro presumido.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Opinião Jurídica - Refis: exclusões e a dispensa de notificação. (Valor Econômico 04.03.2008 E-2 Legislação & Tributos)

Alessandro A. da Silva

Passados quase oito anos da instituição do Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que visava o parcelamento dos créditos da União em razão de débitos com a Receita Federal e o INSS, no qual centenas de milhares de empresas aderiram, restam hoje, ativos, por volta de 20% dos aderentes iniciais, reduzidos paulatinamente por uma torrente de portarias que diariamente são editadas para fins de exclusão. Não será motivo de grande arrependimento para o Estado brasileiro?

Diante disso surgem os questionamentos: o Refis vale a pena? Atinge seus objetivos de arrecadar e aliviar o fardo dos tributos não pagos pelas empresas?

Não há dúvida de que o Refis é vantajoso para as empresas. Parcelar débitos por prazo indeterminado, atrelado ao faturamento, sujeito a juros da TJLP (mais módicos do que a Selic), possibilitar a obtenção de certidões positivas com efeito negativo, ter acesso a crédito em instituições financeiras oficiais e contratar com o poder público representam imenso benefício, comumente a redenção de empresas que, sem parcelamento a longo prazo e pagável - posto que as parcelas oscilam de acordo com o faturamento - há muito teriam encerrado as atividades, talvez até desaguado na bancarrota.

Importante salientar que no Refis foi possível a inclusão de débitos oriundos de retenções não repassadas aos entes públicos, o que constitui crime previsto nos artigos 1º e 2º da Lei 8.137, de 1990,

Página 134 de 154

Page 135: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

cuja pretensão punitiva do Estado fica suspensa enquanto a empresa permanecer no Refis. Tal benevolência não mais se repetiu nos outros parcelamentos - Paes ou Paex -, sendo, possivelmente, a maior vantagem do Refis, notadamente em face das conseqüências diretas nas vidas dos sócios e/ou responsáveis tributários que se viram, de um instante para o outro, aliviados com a suspensão do risco de uma condenação criminal.

Para as empresas a suspensão de execuções fiscais merece destaque. À época da criação do Refis a garantia das dívidas recaía, precipuamente, sobre bens outros que não dinheiro, sendo que a penhora em conta corrente ou aplicações financeiras ganhou força com as recentes alterações no Código de Processo Civil, figurando como prioridade nos requerimentos fazendários nos processos de execução. Esse aspecto é muito importante, pois, suspender execuções e impedir reforço de penhora, que certamente visará dinheiro, permite que fluxo de caixa e capital de giro permaneçam íntegros.

A contratação com o poder público, a obtenção de certidões positivas com efeito negativo e a participação em licitações consistem em outros benefícios que não podem ser esquecidos, já que a contratação com o Estado ou estatais que demandam produtos e serviços são fonte constante de divisas para as empresas.

--------------------------------------------------------------------------------O Refis é disciplinado por lei própria. Os preceitos constitucionais, porém, não podem ser marginalizados --------------------------------------------------------------------------------

É inquestionável, portanto, que permanecer no programa Refis é muito vantajoso.

Para o Estado-credor a situação, que à primeira vista é ruim, posto que aquilo que deveria ter recebido à vista e não raro há muitos anos, somente será adimplido em longo tempo, o Refis, se visto por outra vertente, representa o único meio de receber seus créditos velhos e em dinheiro. Se continuarem adimplentes, as empresas não somente irrigam o Erário com as parcelas como também com os tributos correntes, cuja adimplência rígida é condição legal para a permanência no Refis. O que era para ser pago mediante o produto de alienação em hasta pública, que raríssimas vezes atinge o valor da dívida, requerendo novas penhoras sobre bens de duvidoso valor, pouca prestabilidade e baixa liqüidez, sê-lo-á em parcelas mensais e em dinheiro, ainda que em montante irrisório em muitos casos. Para o Poder Judiciário significa menos ações de execução ou a suspensão de milhões delas que abarrotam os fóruns de todo o País, a maior parte com resultados pífios para a arrecadação do Erário.

Ou seja, para o Estado é igualmente muito benéfico.

As numerosas exclusões do Refis advém de causas variadas (mas expressamente dispostas na Lei nº 9.964, de 2000), destacando-se a inadimplência de tributos correntes ou das próprias prestações do parcelamento, não raro ambas. Entretanto, os excluídos, via de regra, não são notificados da existência de processos administrativos instaurados com vistas à exclusão, dela tomando ciência somente após a publicação no Diário Oficial da União. Não são instados a dar explicações sobre as causas ensejadoras da rescisão do parcelamento e muito menos sanar as irregularidades, se de fato existentes. A dispensa da notificação é justificada pelos procedimentos do Refis caracterizarem-se pela ausência de atos escritos e feitos sob modo virtual, além de que o participante do Refis é senhor de seus atos, sabendo melhor e antes de qualquer autoridade fiscal, de suas pendências com o fisco.

No entanto, temos de lembrar que a Constituição assegura a todos o direito à informação, à ampla defesa e ao contraditório, sendo também resguardados tais direitos inalienáveis em normas infraconstitucionais como a que regulamente o processo administrativo, a Lei nº 9.784, de 1999. Mesmo que o Refis seja disciplinado por lei própria, os preceitos constitucionais não podem ser marginalizados sob pena da lei maior ficar à sombra de leis ordinárias, o que não é admitido pelo nosso ordenamento legal.

Página 135 de 154

Page 136: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

O Poder Judiciário tem decidido em contraponto ao "modus operandi" da exclusão, mas, perigosamente para as empresas afastadas do parcelamento, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem respaldado a posição fazendária em julgamentos de recursos especiais.

Em face destas considerações, ainda que posições contrárias ao retorno das empresas excluídas do Refis ganhem corpo no seio do Judiciário, é importante lembrar que não há matéria sumulada pelo Superior Tribunal de Justiça ou por algum Tribunal Regional Federal, de sorte que o enfrentamento da exclusão através de medidas judiciais cabíveis, revela-se a única, senão a última esperança de milhares de empresas de retomarem o curso de suas atividades empresariais, pagando aquilo de devem sob forma que se mostra razoável e possível.

Alessandro Alberto da Silva é advogado do Motta Advogados Associados

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Computadores - Governo gaúcho cobra ICMS da Dell (Valor Econômico 04.03.2008 B-3 Empresas/Tecnologia&Telecomunicações)

Sérgio Bueno

O governo do Rio Grande do Sul está cobrando R$ 200 milhões da Dell, correspondentes a três autuações contra a fabricante de computadores por falta de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O caso, ainda em fase administrativa, está sob análise do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais (Tarf) da Secretaria da Fazenda desde o ano passado e deve ser julgado no primeiro semestre deste ano.

Segundo Júlio César Grazziotin, diretor do departamento da receita pública da secretaria, os fatos geradores das autuações ocorreram entre 2004 e 2006 e estão relacionados a "divergências" de interpretação entre a empresa e a Fazenda sobre a base de cálculo para o recolhimento do imposto. Uma das discussões envolve a incidência sobre o faturamento da Dell na venda, aos consumidores, de "garantia estendida" sobre seus produtos.

O Tarf é a última instância nos processos de cobrança administrativa de tributos. Conforme Grazziotin, depois dele a Dell ainda poderá recorrer à Justiça caso não concorde com o resultado do julgamento. Procurada pelo Valor, a companhia informou, por intermédio de sua assessoria de comunicação, que segue, "de forma rígida, todas as obrigações com o governo".

A Dell instalou em 1999 uma fábrica de computadores de mesa, notebooks e servidores (os equipamentos que administram os recursos em uma rede de máquinas) em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, com incentivos do governo do Rio Grande do Sul.

Os benefícios incluíam a redução do recolhimento de ICMS em 75% durante um prazo de oito anos e financiamentos para ativos fixos e para capital de giro, previstos na lei 11.246, de 2 de dezembro de 1998. Os investimentos na unidade chegaram a US$ 130 milhões.

No ano passado, a empresa transferiu a produção para uma nova planta, construída na cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo. A alegação, à época, foi de que a mudança ocorreu por razões

Página 136 de 154

Page 137: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

logísticas, porque cerca de 70% dos clientes estavam na região Sudeste. No Rio Grande do Sul permaneceram a administração, o centro de desenvolvimento de software e o call center.

Grazziotin admite que as interpretações em jogo nas autuações são "complexas". De acordo com ele, as divergências apareceram durante os processos rotineiros de fiscalização da Fazenda e, por sugestão da própria secretaria, a Dell chegou a fazer uma consulta formal sobre as regras. A empresa concordou com alguns procedimentos, recolhendo o imposto correspondente, mas com outros, não, o que deu origem às autuações.

Segundo o diretor, depois de ser autuada, a empresa recorreu administrativamente e, no julgamento de primeira instância, a secretaria manteve os lançamentos. Mesmo assim, ele afirma que a Dell é uma "boa referência" de contribuinte no Estado e que divergências como essas são "comuns".

Retornar ao índice de assuntoVoltar

IR: 1º dia de declaração é marcado por demora para baixar programa. Contribuintes esperaram mais de duas horas para fazer o download

(O Globo 04.03.2008 p. 20 Economia)

Henrique Gomes Batista, Mariana Schreiber e Márcia Rodrigues

O primeiro dia de entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) de 2008, referente aos rendimentos de 2007, foi marcado por morosidade - contribuintes esperaram até mais de duas horas - no download dos programas da Receita Federal necessários para o cumprimento da obrigação com o Leão. O problema foi mais concentrado pela manhã, devido ao elevado tráfego.

- Deve ter sido curiosidade geral de todos que queriam ver o programa. No primeiro dia, o problema é pontual. O maior risco (de congestionamento) é no fim do prazo da entrega - afirmou o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

O órgão não fez um balanço do número de declarações recebidas ontem, nem mesmo de quantas dúvidas foram sanadas pelo Receitafone (0300-789-0300). Mas a maior parte das dúvidas era referente às novas exigências da declaração neste ano: o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior e a necessidade de CPF de todos os dependentes acima de 18 anos.

O órgão informou que todos os que estão fazendo a declaração pela primeira vez ou que no ano passado tenham declarado ser isentos estão dispensados de apresentar recibo no momento do envio dos dados.

Nos postos, falta o formulário em papel

Segundo a Receita Federal do Rio, a apresentação do número do recibo do ano anterior serve para evitar que uma pessoa apresente declaração em nome de outra.

A Receita ainda não decidiu os parâmetros que permitirão a consulta pela internet do recibo do ano anterior. O banco de dados, que deve entrar em operação na sexta-feira, será concluído até quarta-feira.

- Em 2007 (quando não era obrigatório), 70% dos contribuintes apresentaram o número do recibo ao importarem os dados da declaração do IR. Não acreditamos que isso trará problemas - disse Rachid.

Segundo ele, os contribuintes não devem imaginar que será mais fácil, este ano, tentar sonegar informações devido ao fim da CPMF, que facilitava o cruzamento de dados fiscais:

Página 137 de 154

Page 138: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

- A Receita está aprimorando os sistemas de controle. Não temos apenas as informações do contribuinte e da empresa contratante, temos informações de diversas bases, como operações imobiliárias e cartão de crédito.

Os postos da Receita Federal do Rio de Janeiro e de São Paulo ainda não estão fornecendo o manual com as informações para o preenchimento da declaração deste ano, nem o formulário em papel.

No primeiro dia de entrega, poucos contribuintes foram aos postos de atendimento da Avenida Primeiro de Março, no Rio, e da Rua Augusta, em São Paulo, para obter informações sobre a declaração do IR. Nas duas cidades, esses são os únicos postos que oferecem plantão de dúvidas. Segundo o delegado da Receita, Edwar Marchetti, a demanda deve aumentar somente após o feriado da Páscoa, a partir de 23 de março. Marchetti disse que normalmente os contribuintes procuram o posto para saber se seus rendimentos são tributáveis, quem pode ser dependente e o que pode ser deduzido.

Ontem, o aposentado Raildo Campos foi ao posto no Rio exatamente para saber se o valor referente ao FGTS recebido da Caixa Econômica Federal por determinação da Justiça é considerado tributável ou não. De acordo com o atendente, o ganho é não tributável:

- Seria tributável se ele tivesse entrado em acordo com a Caixa, pois o valor seria considerado uma indenização.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Imposto de Renda - Cerca de 90 mil declarações entregues no primeiro dia. O grande número de contribuintes tentando copiar o programa congestionaou a página da Receita Federal na Internet.

Lentidão foi maior no período da manhã.(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-5 Economia)

adriana frenandes e isabel sobralda Agência Estado

No primeiro dia para a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física de 2008, o grande número de contribuintes tentando copiar o programa congestionou a página da Receita Federal na Internet. "É normal que no primeiro dia haja alguma lentidão para baixar o programa", disse o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. A lentidão foi maior no período da manhã. Ao longo do dia, o serviço foi se normalizando. A estimativa é que cerca de 90 mil contribuintes tenham entregue a declaração ontem. O primeiro balanço do recebimento das declarações do IRPF 2008 será divulgado hoje.

Muitos contribuintes correm para entregar a declaração o mais rápido possível porque querem receber logo a restituição do IRPF, que começam a ser pagas no dia 16 de junho. Será um lote a cada mês, até dezembro, no dia 15 ou no dia útil posterior.

Os idosos e os primeiros a enviarem o documento pela Internet têm prioridade. O supervisor informou que o programa que permitirá ao contribuinte recuperar o número do recibo de entrega do IRPF de 2007 (exigido na declaração deste ano) não estará disponível antes da próxima sexta-feira. "Estamos ainda finalizando os testes", afirmou Adir.

Inicialmente, a idéia do governo era exigir que o contribuinte que tivesse perdido o número do recibo fosse pessoalmente a uma unidade da Receita para obtê-lo. O Ministério Público cobrou mudanças na

Página 138 de 154

Page 139: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

regras e agora será possível recuperar o número via Internet. Por segurança, o contribuinte terá de responder a algumas perguntas pessoais. Adir afirmou que as questões ainda estão sendo elaboradas e evitou antecipá-las.

CERCO. O secretário da Receita, Jorge Rachid, fez ontem um alerta aos contribuintes: o risco de detecção de irregularidades do IRPF é muito elevado. Segundo ele, o sistema de cruzamento de informações da Receita é bastante eficiente o que tem facilitado a identificação de sonegação fiscal. "Há ferramentas eficazes para fazer o cruzamento. De fato, para o contribuinte que não cumprir suas obrigações tributárias, o risco de ser detectado é muito elevado."

Rachid rechaçou a avaliação de que o Fisco teria cedido à pressão do Ministério Público em relação à apresentação do número do recibo de entrega do IRPF em 2007 para o envio da declaração deste ano. "Estamos mantendo a obrigatoriedade", afirmou Rachid.

O secretário ressaltou que 70% dos contribuintes já informaram, em 2007, o número do recibo da declaração anterior. Com o número do recibo, a possibilidade de cair na malha fina é menor, disse. Rachid defendeu a medida, argumentando que ela facilita e simplifica o processo de integração da Receita com o contribuinte. "Não vamos abrir mão. O número do recibo é obrigatório", enfatizou.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Brasil S/A - Em cima do muro(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-6 Economia)

A proposta de reforma tributária enviada pelo governo à Câmara é um desafio a festejada habilidade negociadora do presidente Lula. Ela nem começou a tramitar e já desperta um debate acirrado.

O formato da Proposta de Emenda Constitucional, PEC, não favorece o consenso e parece ter sido moldada para poupar Lula do calor das refregas, já que não são pequenos nem o risco de fracasso nem o de aumento da carga tributária. Se em torno da questão tributária não há, historicamente, acordo nenhum, pior será sem a sinalização dos seus pontos mais controversos pelo governo, insinuando omissão.

A proposta deixou em aberto questões cruciais, como as alíquotas e base de tributação do novo ICMS e do IVA Federal, Imposto sobre o Valor Adicionado, que reunirá o PIS, Cofins e a Cide. Sem estas referências, tem-se um quadro em branco para o Congresso preencher com percentuais que sem o suporte e transparência tanto da Receita Federal como dos fiscos estaduais e municipais serão um passeio ao sabor das pressões de lobbies e à revelia da sociedade.

O que foi liberado para discussão é o corpo teórico da proposta, que é bem intencionada e alinhavada com princípios sobre os quais há grande acordo, como as desonerações do investimento em aumento da produção, das exportações e da folha salarial. Mas quem garante que o incentivo dado a um segmento não será compensado com o ônus sobre outro? Que instrumentos de avaliação estarão disponíveis ao Congresso para arbitrar com embasamento o jogo do perde-ganha?

O empresariado vem manifestando apoio à reforma, embora não tenha a menor idéia do que sairá do Congresso, supondo que haja consenso político para votação da reforma. O projeto, da lavra de um grupo coordenado pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, assume a neutralidade da carga tributária.

Página 139 de 154

Page 140: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Lideranças do PT, no entanto, anunciaram que querem regulamentar o imposto sobre grandes fortunas, que está lançado na Constituição por emenda do então senador Fernando Henrique Cardoso, e que não desistiram de cogitar meios de compensar a área de saúde devido à perda da receita da CPMF. Tais propostas por si já quebram toda a neutralidade concebida por Appy, o que levará a reforma a tomar um rumo de conseqüências imprevisíveis mas, certamente, tendo como resultado final o aumento da carga tributária.

O que há a cobrar, a esta altura, é mais transparência do que se pretende com a reforma antes que ela empaque no Congresso, dada a altíssima possibilidade de não haver acordo sobre o que mudar, ou embique por um caminho nocivo ao contribuinte.

Expressão de desejos

Até agora, o que se constata é desejo e precipitação. O secretário Appy estima que a proposta implique à União a renúncia de R$ 24 bilhões de encargos sobre a folha salarial das empresas e de R$ 18 bilhões nos investimentos na produção e exportações. Os benefícios se dariam entre 2010 e 2016. Mas a vigência dos novos tributos e alíquotas seria imediata. O secretário precisa também revelar que impostos e base tributável sustentarão os incentivos, a se confiar que a reforma não imporá ônus adicionais. Ou que pelo menos aponte ao Congresso quais as alternativas menos iníquas.

Leituras apressadas

Parece cedo dizer, por isso, que "o passo mais importante, o da iniciativa política, já foi dado", segundo análise do industrial Jorge Gerdau Johannpeter, coordenador da Ação Empresarial, um dos mais atuantes grupos de pressão do empresariado. O presidente da Fiesp, Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, afirmou que o "o que se quer é uma redução da carga tributária", pleito de maior justiça. Pelos seus números, no Brasil a tributação toma 37% do PIB, enquanto na Argentina chega a 22% e em outros vizinhos a carga está em torno de 20%. Mas falta Skaf dizer onde foi que ele achou no projeto de reforma alguma menção à redução de impostos.

Discussão está verde

A dissonância cognitiva sobre o tema revela quão verde ele está. Madura, para valer, é a vontade de aliviar o conflito federativo, reforçar o viés distributivista e expandir os gastos públicos de custeio nada, enfim, relacionado com redução do ônus tributário e com maior eficiência do sistema fiscal. Sem discussão do gasto, não há reforma neutra. Muito menos sem combinação prévia com os governadores. O contribuinte que se prepare e fique esperto.

É difícil entender como discutir um outro modelo de arrecadação divorciado da destinação. Pegue-se o orçamento público. Ele tem a despesa engessada em mais de 92% da receita pela Constituição, por lei ordinária ou travas políticas, como é o caso do Bolsa Família, cuja verba é bancada pela miúda fatia discricionária do orçamento.

Este sistema incentiva qualquer governo a procurar novas formas de receita, pois a arrecadação está sempre aquém das intenções, e a tratar como adversário o parlamentar, que, por sua vez, faz de seu voto uma mercadoria de troca negociada acima do partido. Não é à toa que a coalizão governista se assemelha a uma ameba, forçando o governo a abrir o baú de bondades a cada votação relevante.

O regime federativo, então, é uma piada, pois pressupõe autonomia regional num quadro de concentração das decisões e dos impostos no plano federal. Não há racionalidade que resista a tais distorções.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 140 de 154

Page 141: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Reforma tributária - Cada estado, uma reforma. Governadores comerçam a se articular para evitar perdas com as mudanças de impostos. A disputa entre as regiões promete ser acirrada no

primeiro semestre.(Jornal do Commercio 04.03.2008 A-11 País)

Fernanda Odilla e Mariana MainentiDo Correio Braziliense

Os governadores de todo o País já arregaçaram as mangas para transformar a reforma tributária, enviada pelo governo ao Congresso na quinta-feira passada. Eles estão mobilizando as bancadas estaduais para tentar alterar o texto original e, assim, evitar perdas para os estados. Na prática, isso pode transformar a reforma num grande e pesado monstro, repleto de emendas, que dificilmente vai tramitar com a velocidade que o governo quer.

Para impedir que essa proposta acumule teias de aranha nas comissões por onde precisa passar, como aconteceu com projeto semelhante apresentado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, a estratégia do governo é tentar levar ao plenário a versão mais semelhante possível da original.

Convencido de que há risco de a reforma se transformar num "frankenstein", o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), planeja se envolver pessoalmente nas negociações. "Quero abrir espaço para os governadores e ajudar a mediar os conflitos", revelou. O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), se prepara para preservar o que chama de "coração da reforma". Segundo Fontana, o governo tentou encaminhar um projeto com poucos pontos polêmicos. "Não temos que protegê-la, mesmo porque aperfeiçoar é normal. Mas temos que cuidar para o texto não pulverizar outras situações", argumenta.

Para o governo, só será possível conter a esperada enxurrada de emendas escolhendo nomes alinhados com o Planalto para a relatoria e presidência da comissão especial que vai tratar do assunto. A base está dividida entre Sandro Mabel (PR-GO) e Antonio Palocci (PT-SP). "Existem outros nomes", pondera Arlindo Chinaglia, que diz ter feito um apelo aos partidos adotarem um critério mais técnico que político ao sugerir nomes. Mas o primeiro a cuidar do texto da reforma será Leonardo Picciani (PMDB-RJ), indicado ontem para assinar o parecer de admissibilidade da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Enquanto o projeto tramita no Congresso, as bancadas estaduais se articulam para reduzir as perdas ao máximo. Os técnicos das secretarias de Fazenda e Finanças do Centro-Oeste vêm a Brasília esta semana para conversar com Sandro Mabel. Querem tirar dúvidas e discutir como aprimorar pontos da reforma. "É importante destacar a necessidade de discutir com cautela as diretrizes do Programa de Desenvolvimento Regional, para que os estados em desenvolvimento, como o Tocantins, possam ter garantidas suas políticas locais de atração de investimentos", completa o governador daquele estado, Marcelo Miranda (PMDB).

Estudos. O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), escalou o deputado Átila Lins para elaborar emendas e apresentar propostas que não deixem o estado à mingua. "Mandei fazer estudos técnicos. Nossa maior preocupação não é a compensação da renda, com o fundo que vão criar, mas a garantia de estímulo para as indústrias continuarem em Manaus", explica Lins.

Ele se preocupa com a redução de ICMS cobrado pelos estados produtores. São Paulo também não vê com bons olhos os 2% de ICMS que o governo quer cobrar na origem. A bancada paulista se prepara para propor mudanças, entre elas a alíquota de 4% para o imposto.

Há, contudo, quem se entusiasme com o projeto. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), é uma delas. "Tenho de ser defensora da reforma. Acaba com boa parte da guerra fiscal, na

Página 141 de 154

Page 142: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

qual o Rio Grande do Sul é o estado mais prejudicado", disse. Ela reclama que o estado está deixando de receber tributos a que teria direito. "Hoje os royalties do petróleo ficam todos para o Rio de Janeiro e nós não temos participação nenhuma nos ganhos sobre os combustíveis", queixa-se, dizendo estar preparada para "fazer pressão em Brasília" se tiver algum ponto prejudicial ao Rio Grande do Sul.

ICMS Verde. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), está preparada para pressionar. Ela quer um "ICMS Verde" para reservar aos estados do Norte uma compensação pela preservação ambiental.

"Há cinco milhões de brasileiros distribuídos pelo interior do Pará que precisam ter uma atividade econômica. O Brasil inteiro se beneficia da preservação ambiental, mas quem vai pagar a conta é só o Pará?", questiona Carepa, que programa uma reunião com a bancada da Amazônia, para discutir a questão.

O governador baiano, Jaques Wagner (PT), também é favorável à participação ativa das bancadas estaduais nas discussões. Ele defende a manutenção dos contratos de benefício fiscal já concedidos.

No rádio, presidente defende "ajustes"

Em seu programa de rádio semanal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a compensação dos estados que tiverem perdas com a reforma.

"Se, porventura, algum estado tiver prejuízo, nós temos tempo de fazer um ajuste com políticas de compensação, até esse estado encontrar o equilíbrio da arrecadação que ele precisa e que seja justa para ele", afirmou Lula, acrescentando esperar que o Congresso Nacional vote o projeto de reforma tributária até o final de 2008.

"Essa proposta, eu espero que o Congresso vote este ano, para que a gente possa ter uma política tributária séria, uma política tributária justa, uma política tributária que possa fazer justiça, para que o Brasil possa crescer mais, para que o Brasil possa distribuir mais renda, porque tributo também significa distribuição de renda neste país", disse Lula, no programa Café com o Presidente. (MM)

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Contas Publicas - Lula pede votação da reforma tributária ainda este ano. No rádio, presidente ressalta que governo compensará perda de Estados

(O Estado de São Paulo 04.03.2008 A-5 Nacional)

Leonencio Nossa e Vera Rosa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem um apelo ao Congresso para votar, ainda neste ano, a reforma tributária. Em entrevista no seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente, Lula reagiu às primeiras críticas à proposta. “Sabemos que a política tributária nunca vai atender aos interesses específicos de cada segmento da sociedade ou de cada pessoa”, disse. “Nós precisamos pensar no Brasil, ter uma política tributária correta e justa.”

Lula assegurou que o governo dará compensações para Estados que tenham perda de receita com a reforma. “Se algum Estado tiver prejuízo, temos tempo de fazer um ajuste com políticas de compensação, até esse Estado encontrar o equilíbrio da arrecadação.”

Ele ressaltou que o texto foi discutido com oposição, empresários e sindicalistas. “É uma proposta acertada com os líderes de todos os partidos, inclusive da oposição. Tem por objetivo simplificar a arrecadação, a forma de as pessoas pagarem e fazer com que os Estados possam ter uma política

Página 142 de 154

Page 143: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

tributária justa”, disse. “Convoquei os empresários e trabalhadores para que, junto com os líderes no Congresso, convençam as pessoas de que o importante é votar o mais rapidamente possível. Espero que o Congresso vote este ano, para que a gente possa ter uma política tributária séria.”

Depois das críticas ao Judiciário na semana passada, Lula voltou a defender o projeto Territórios da Cidadania, que prevê investimentos em áreas pobres do País. “Não conheço proposta com a magnitude do Territórios da Cidadania.”

À noite, ele se reuniu com deputados do PT e cobrou apoio para aprovar a reforma tributária e o Orçamento. Também manifestou preocupação com o fato de o Congresso discutir restrições às medidas provisórias e disse que não é possível administrar o País sem esse recurso.

“A conversa com o presidente foi muito boa”, afirmou depois o líder da bancada, Maurício Rands (PE). “O presidente quer que votemos o Orçamento o mais rápido possível para não atrasar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).”

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Empresários pedem carga menor de impostos (O Estado de São Paulo 04.03.2008 A-5 Nacional)

Moacir Assunção

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que a reforma tributária vai gerar mais emprego e salário, o tema está longe de ser um consenso entre empresários e trabalhadores, que criticam temas pontuais da proposta encaminhada ao Congresso pelo governo.

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) avalia que a proposta apenas simplificará a forma de arrecadação, mas não diminuirá a carga de impostos. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) analisa o projeto, mas adiantou que não aceitará aumento da carga.

Segundo a Fecomércio, não haverá redução da carga tributária uma vez que o governo vai fixar a alíquota do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) com base na arrecadação de tributos já existentes. “Há aspectos positivos como a desoneração da folha de pagamentos e a redução da guerra fiscal, com a criação de um único ICMS no lugar dos 27 de hoje, mas em termos de carga tributária estamos prevendo que ela ficará, pelo menos, do tamanho que é hoje”, explicou a assessora econômica da Fecomércio, Kelly Carvalho.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que a entidade “está mergulhada na análise do projeto do governo, buscando identificar os pontos positivos e os que, eventualmente, precisam ser aprimorados”. Skaf acrescentou que a Fiesp vai ao Congresso pedir as mudanças que forem necessárias. “Não aceitaremos, em nenhuma hipótese, aumento da carga tributária”, explicou, em nota.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), historicamente ligada ao PT, reconheceu que a proposta tem avanços, como a simplificação da política tributária e os entraves à guerra fiscal entre os Estados, mas ainda é insuficiente. “A CUT defende mudanças na estrutura de impostos no Brasil, mas desde que a estrutura se torne progressiva”, disse o presidente da Central, Artur Henrique, que foi o porta-voz da CUT nas negociações com o governo. Na visão de Henrique, a atual estrutura tributária brasileira é regressiva: quem ganha menos paga mais e quem ganha mais paga menos.

DIVERGÊNCIAS

Página 143 de 154

Page 144: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Quanto à desoneração do setor produtivo, há algumas discordâncias da CUT com o governo e com outra organização sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT). A CUT prega “calma” na desoneração previdenciária para os empregadores. A proposta apresentada pelo governo prevê que a contribuição patronal à Previdência cairá 1 ponto porcentual ao ano, a partir de 2010, até chegar a 14%. A Central vê riscos de queda nas receitas da seguridade social.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Reforma antipirética(DCI 04.03.2008 Opinião)

A carga tributária brasileira cresce continuamente há quase duas décadas e já permite ao Estado reter um montante que equivale a mais de um terço do valor agregado anual da economia. Não há exagero em afirmar que o Brasil ostenta carga tributária de país desenvolvido.

No entanto, ao mesmo tempo em que vem rumando perigosamente para padrões nórdicos de carga, o País mantém tributos de má qualidade, como os de alguns países em desenvolvimento, e oferece serviços públicos típicos de um país subdesenvolvido.

A mordida do fisco está bastante concentrada em tributos de caráter cumulativo, ou seja, que incidem na forma da conhecida "cascata".

O sistema tributário possui baixa transparência, pois o relacionamento entre o contribuinte e as autoridades tributárias é marcado por uma complexidade que acaba gerando discricionariedade dos fiscais e criando incertezas em empresas e pessoas físicas.

Estas incertezas têm caráter duplamente perverso: se constituem em forte desestímulo ao investimento produtivo e à geração de empregos, bem como em um poderoso motor da informalidade e da sonegação.

Trata-se, portanto, de um problema múltiplo: carga elevada e crescente, má qualidade do sistema tributário, baixo retorno ao cidadão e um difícil relacionamento com o Fisco.

Estes quatro pontos permitem definir o problema tributário como o maior entrave à competitividade da empresa brasileira.

O consumidor brasileiro paga caro pelos produtos que consome e as empresas nacionais enfrentam dificuldades crescentes na competição internacional, ainda que, nos últimos anos, mascaradas pelos tempos de bonança e de forte demanda mundial.

Ademais, não são poucos os casos de gestores de cadeias de suprimento globais que apontam o Brasil como território de alto custo para a produção de suprimentos chave.

Infelizmente para o País, o governo novamente procura pautar o Congresso com uma receita antipirética, para uma falsa solução do problema.

Ainda que não se deva negar que a "febre dos tributos" precisa ser combatida e que há necessidade de rever as formas de incidência tributária, não basta suprimir a febre sem combater o mal que a causa: o crescimento dos gastos públicos.

Página 144 de 154

Page 145: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Não cabe, agora, pensar em reformas do lado da receita: as últimas iniciativas de reforma tributária revelaram-se boas oportunidades para acertos entre os representantes dos entes federativos sobre novos aumentos da arrecadação total.

A solução está do lado da despesa pública: é preciso conter -e reduzir de forma decisiva- a gastança ineficiente do Estado brasileiro.

Em particular, um grande motor da expansão da despesa tem sido o bônus eleitoral de beneficiar um grande contingente de pessoas, incluindo lideranças locais, com transferências monetárias diretas.

O benefício político supera largamente o ônus de aumentar a tributação da classe média e as empresas.

No momento, o ritmo da economia reforça a arrecadação. No futuro, um eventual desaquecimento poderá exigir alíquotas maiores para o mesmo nível de arrecadação e não há dúvida de que se procurará buscá-las em detrimento dos ajustes nos gastos.

A única saída visível é um avanço legislativo na criação de instituições ainda mais sólidas de amarração ao crescimento dos gastos públicos.

Cumpre continuar avanços a que o País assistiu durante a década passada, incluindo: reformas em itens sensíveis da despesa, como administração e seguridade social; importantes amarras embutidas em programas de reestruturação de dívidas subnacionais; e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Uma reforma tributária constitui solução antipirética contra a febre e não é isenta de riscos em relação à elevação da carga.

Sem atacar a questão do crescimento dos gastos públicos, essa reforma pode piorar o problema em vez de contribuir para a sua solução.

País ruma para padrões nórdicos de carga tributária, mas oferece serviços de países pobres.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Reembolso de tributo a consumidores deve começar em um mês(DCI 04.03.2008 Região Metropolitana)

O reembolso de parte do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) previsto àqueles que pediram a Nota Fiscal Paulista com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) deve começar a acontecer daqui um mês. O programa entrou em vigor em outubro do ano passado.

Poucos dias antes do início de abril, a Secretaria da Fazenda do estado irá colocar no site do programa Nota Fiscal Paulista um link em que os consumidores definirão a opção que preferem para receber a "restituição" de parte dos montantes gastos nos estabelecimentos cadastrados. O crédito poderá ser usado para diminuir o valor do IPVA ou ser depositado em conta corrente, poupança ou no cartão de crédito. O valor pode ainda ser transferido para outra pessoa ou ser recebido em prêmios.

O desconto no IPVA, contudo, não deverá ser dado nesta primeira liberação dos valores. De acordo com o secretário adjunto da Fazenda, George Tormin, como a cobrança do IPVA deste ano já foi emitida, as pessoas que desejarem usar os créditos para abater no imposto poderão guardá-los e usá-los a partir de outubro para o IPVA de 2009. Os créditos recebidos no programa têm validade de cinco anos.

O Nota Fiscal Paulista foi criado em 1º outubro de 2007 pelo governo do Estado de São Paulo para estimular a emissão de notas e cupons fiscais por parte dos estabelecimentos comerciais. O novo

Página 145 de 154

Page 146: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

sistema funciona da seguinte forma: o consumidor pede a nota fiscal e informa o CPF. Depois de o estabelecimento recolher o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), a Secretaria da Fazenda creditará ao consumidor a parcela de imposto a que ele tem direito, que, em média, é de 1% do valor total da fatura.

Adesão

Cinco meses após o lançamento do programa, cerca de 21% dos estabelecimentos regularizados em São Paulo se cadastraram no projeto. Segundo balanço do site do programa, até a tarde da sexta-feira, 159.568 estabelecimentos haviam se cadastrado para emitir notas ou cupons fiscais com o CPF do cliente. Já o número de notas registradas no sistema do governo estadual era 272 vezes maior que este. Eram 43.432.218 notas baixadas no sistema.

A implantação do programa está sendo feita gradualmente - a cada mês um novo setor de negócios entra no Nota Fiscal Paulista - e deve ser concluída em maio. Neste mês, deverão se inscrever as empresas de informática, telefonia, móveis e material de escritório. Em abril, setor alimentício e farmacêutico. Por fim, deverá se integrar o setor de roupas, calçados e acessórios. A expectativa da secretaria é que 750 mil empresas funcionem com a nota.

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Governo poderá ter prazo menor para restituir IRPF(Senado - 03.03.2008)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) analisa em decisão terminativa, nesta terça-feira (4), às 10h, projeto de lei (PLS 58/06) do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que estabelece prazo para a restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) descontado em excesso na fonte.

De acordo com a proposição, que acrescenta parágrafo ao artigo 13 da Lei nº 9.250/95, o saldo do imposto a restituir deverá ser depositado na conta do contribuinte em até 90 dias, contados a partir do último dia útil do mês fixado para a entrega da declaração de rendimentos. No caso de atraso na restituição, o projeto determina ainda o pagamento de multa de 10% do valor a ser restituído. O relator da matéria, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), apresentou parecer favorável, com duas emendas.

Na justificação da proposta, Alvaro Dias critica a "grande pressão" exercida pelos estados para que se retarde ao máximo a restituição, uma vez que ela afeta diretamente a base de cálculo dos repasses dos fundos de participação.

A CAE vota nesta mesma reunião, também em decisão terminativa, o PLS 300/05, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que determina que a taxa de juros cobrada sobre empréstimos consignados em folha não excedam em cinco pontos percentuais ao ano a taxa básica da economia- a taxa Selic.

A pauta inclui ainda projeto de lei da Câmara (PLC 01/07) que fixa um limite máximo de concentração de chumbo permitido na fabricação de tintas imobiliárias e de uso infantil e escolar, vernizes e materiais similares.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72191&codAplicativo=2

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 146 de 154

Page 147: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Simples Nacional poderá ter novas faixas de contribuição(Câmara - 03.03.2008)

Tramita na Câmara o Projeto de Lei Complementar (PLP) 131/07, do deputado Rodovalho (DEM-DF), para possibilitar a adesão de novas categorias de microempreendimentos ao Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que instituiu o Simples Nacional (Supersimples).

Pela proposta, as alíquotas mais baixas de recolhimento de tributos serão devidas por empresas com receita bruta anual de até R$ 36 mil (o percentual varia de acordo com o ramo de atividade do empreendimento e o tamanho da folha salarial). A segunda alíquota mais baixa atenderá a microempresas com receita bruta entre R$ 36 mil e R$ 120 mil.

Atualmente, a faixa mais baixa de recolhimento é para as empresas com receita de até R$ 120 mil.

BenefícioPara o deputado Rodovalho, as alterações serão benéficas para o governo, pois aumentarão o número de firmas contribuintes. Essas unidades são, em sua maioria, empresas individuais e informais.

O parlamentar lembra que o projeto de lei que deu origem ao estatuto previa alíquotas para empresas com receita de até R$ 36 mil. Na tramitação no Congresso essa faixa foi excluída.

Em vigor desde o final de 2006, o estatuto criou o Regime Especial Unificado de Arrecadação - mais conhecido como Simples Nacional -, que abrange os tributos e contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte nos âmbitos federal, estadual e municipal.

TramitaçãoSujeito à análise do Plenário, o projeto será examinado também pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117972

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Reforma Tributária II: Um “sistema” incomparável, incompreensível e intolerável(ConJur – 04.03.2008)

por Raul HaidarHá vários anos venho comentando na revista Consultor Jurídico os diversos projetos que diferentes governos encaminham ao Congresso a pretexto de promover uma tal de “Reforma Tributária”. Em todos eles tenho apontado os aspectos que me parecem falhos, na esperança de chamar a atenção dos estudiosos e especialmente dos nossos Congressistas.

Como se sabe, para o bem ou para o mal deputados e senadores são quem nos representam e só eles podem dar andamento a qualquer proposta de emenda constitucional. A única Reforma Tributária que merece esse nome ocorreu com a Emenda Constitucional 18/65, complementada pelo Código Tributário Nacional, a lei 5.172 de 25/10/1966.

Página 147 de 154

Page 148: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

As diversas alterações ocorridas de lá para cá, especialmente após a Constituição de 1988, não representam uma “reforma”, mas apenas ajustes e adaptações. Esses “remendos” só serviram para complicar o “sistema”, tornando-o o cipoal em que hoje todos nos enredamos.

Como advogado tributarista há mais de 3 décadas, tenho me beneficiado dessa bagunça toda, pois meu escritório, que cuida exclusivamente de contencioso tributário, vai muito bem, obrigado. Esse conforto profissional, no entanto, não me impede nem me constrange de apontar o caos em que vivemos.

A proposta encaminhada semana passada ao Congresso e que já foi até elogiada por ilustres personalidades, inclusive alguns líderes de entidades cuja representatividade é quase nula, contém vários equívocos e impropriedades.

Primeiro, que não explicita o atendimento das 3 grandes necessidades do país: redução da carga tributária, diminuição sensível da burocracia e segurança jurídica nas relações tributárias.

Um dos pontos básicos da proposta é a criação do IVA — Imposto sobre Valor Agregado, de competência federal, que iria substituir a Cofins, o PIS, a Cide e o salário-educação.

O artigo 1º da PEC altera o artigo 153 da Constituição Federal para acrescentar um inciso, o VIII. O “caput” desse artigo 153 define quais são os impostos de competência da União, atualmente apenas 7, um dos quais ainda não regulamentado (grandes fortunas).

O inciso VIII, que se pretende acrescer ao atual artigo 153 da Constituição tem a seguinte redação:

“VIII – operações com bens e prestações de serviços, ainda que as operações se iniciem no exterior.”

Esse inciso está muito mal redigido, pois o conceito de “bens” é muito mais amplo que o de “mercadorias” ou “produtos industrializados”, já consagrados respectivamente no inciso IV do mesmo artigo 153 (referindo-se ao IPI) e no inciso II do artigo 155 (que se refere ao ICMS).

Ao criar um IVA federal mantendo o IPI e o ICMS, permite-se uma confusão maior do que aquela que já temos hoje, pois um Imposto sobre Valor Agregado que incida sobre “bens e prestações de serviços”, nada mais é que um imposto sobre o consumo. E nós já temos para isso o IPI, o ICMS e o ISS.

Um leigo, mesmo auto-denominado “consultor tributário”, pode aceitar como “novidade” ou “inovação” esse tal IVA. Um ex-ministro formado em medicina também pode. Mas profissionais da área tributária, com formação acadêmica pelo menos no nível de graduação em escolas onde tributos são estudados (direito, contabilidade e economia) não podem cometer esse engano. Também não se pode admitir um debate ideológico. A questão é técnica, é científica.

Ainda que haja alguns países com esquisitices tributárias, não nos parece que sirvam de exemplo. Alguém por aí andou dizendo que na Finlândia existe um imposto sobre aquecedores, que na Espanha haveria um sobre a quantidade de janelas dos edifícios. Pouco nos importa.

O IVA é quer queiram ou não, um imposto sobre o consumo. E no mundo atual só se cobram impostos sobre consumo, patrimônio e renda.

Por isso mesmo, não tem sentido um IVA federal que possa coexistir com o IVA estadual, que usa o codinome de ICMS e nem com o IVA municipal, cujo apelido é ISS. Menos ainda com o IPI, também federal.

De igual forma, se determinado “bem”, que é também um “produto industrializado” e uma “mercadoria”, sofre a incidência de um imposto sobre o consumo, não pode ele ser concomitantemente tributado por um imposto que incida sobre propriedade. Ou bem se tributa o consumo, ou bem se tributa a

Página 148 de 154

Page 149: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

propriedade. Se há dois impostos de naturezas diferentes sobre o mesmo bem, ele, na prática, está sendo confiscado. E usar tributo para fazer confisco, diz a CF, é proibido.

Tal hipótese de confisco já vem ocorrendo com a cobrança do IPVA — Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores — que é de competência dos Estados, mas cuja arrecadação é dividida com os municípios.

O IPVA jamais poderia ter sido criado, pois tributa como propriedade aquilo que é tributado em duplicidade pelo IPI e pelo ICMS, como um bem de consumo, ainda que supostamente “durável”. Se existe lógica nisso, cobre-se o IPE (imposto sobre propriedade de eletrodomésticos) pois há geladeiras que duram mais que automóveis.

Um desses “consultores tributários” que andam por aí já defendeu até o aumento do IPVA para “desestimular” o aumento da frota de automóveis.

Se ele fosse dado à leitura de jornais teria descoberto que os automóveis são importantes instrumentos do desenvolvimento econômico, não só pela geração de empregos, mas por inúmeros outros fatores. Usa o “consultor” exemplos da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos, países onde há transporte coletivo razoável e onde a tributação dos veículos é muito menor e onde não existe IPVA...

Fala-se em cobrar o ICMS no destino, o que é correto, mas que já está sendo distorcido há muitos anos com esses mecanismos de substituição tributária hoje existentes.

Se o IVA e o ICMS são impostos sobre o consumo, parece claro que devem ser pagos pelo consumidor. E o mais lógico é que o seja onde o consumo ocorra, ou seja, no destino. Todavia, ao criar um mecanismo de redução da alíquota que vai depender de um espaço de quase dez anos para se efetivar a mudança, a proposta acaba por ampliar a insegurança existente, pois que nesse espaço de tempo a economia mundial poderá nos obrigar a uma revisão completa dessas questões, sob pena de sermos “engolidos” pelos países onde a carga tributária já é bem menor que a nossa.

O nosso atual “sistema” tributário é incomparável, incompreensível e intolerável.

INCOMPARÁVEL, por exemplo, com o Chile, cuja economia é menor do que a do município de São Paulo ou com aqueles países de 15 ou 20 milhões de habitantes, que não estão entre as 20 maiores economias do planeta. Já vi um “consultor” querendo comparar nossos tributos com os da Finlândia...

INCOMPREENSÍVEL é um sistema onde milhões de assalariados ficam na fila da restituição, porque pagaram imposto de renda a maior. Bastaria corrigir a Tabela do IRPF, ajustando as deduções de dependentes e educação e não haveria o que restituir, a não ser em casos excepcionais.

INTOLERÁVEL é uma tributação que já se aproxima dos 40% do PIB e que tenhamos um Congresso que, em vez de nos representar, resolve nos explorar, admitindo novos aumentos e aceitando discutir uma reforma tributária que não traga, como primeiro ponto, uma redução dessa carga.

Como se percebe, a Reforma Tributária ainda vai dar grandes discussões. Será melhor para todos se essas discussões forem racionais, sem colocações preconceituosas, de preferência por pessoas habilitadas tecnicamente ao debate. Debates ideológicos, passionais, emocionais ou irracionais, já possuem seu ambiente natural: o Congresso Nacional. Cada profissional da área tem, pois, o direito e o dever de encaminhar aos deputados ou senadores os resultados de seus estudos, seja através de entidades de classe ou mesmo na condição de simples eleitor.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64323,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 149 de 154

Page 150: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Princípio do destino: A imunidade da CSLL sobre as receitas de exportação(ConJur – 04.03.2008)

por Daniel ProchalskiA Constituição Federal de 1988 consagra, em diversos dispositivos tributários, o chamado princípio do destino. Em razão dessa diretriz, as operações internacionais com bens e serviços devem ser tributadas apenas uma única vez no país importador, exonerando, com efeito, os tributos que normalmente incidiriam no país de origem, impedindo o que se convencionou denominar de “exportação de tributos”.

Os objetivos não poderiam ser mais óbvios. É notório que o fortalecimento da economia de um país depende fortemente de saldos positivos expressivos na balança comercial. Ou seja, as exportações devem exceder substancialmente as importações, para o que o preço dos produtos e das mercadorias exportadas deve ser mundialmente competitivo, exigindo, assim, a ausência do custo tributário em sua composição. Como exemplos clássicos de imunidade nas exportações, temos o IPI (art. 153, § 3º, III) e o ICMS (art. 155, § 2º, X, “a”).

No entanto, a desoneração tributária nas exportações não abrange apenas os impostos, pois pouco adiantaria afastar a incidência do IPI e o ICMS e manter a de outros tributos, em especial as contribuições especiais, que hoje representam parcela significativa dos tributos a serem suportados pelas empresas. Destacam-se, dentre tais tributos, a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a contribuição ao PIS (Programa de Integração Social), a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Empresas).

É nesse sentido a imunidade criada pela Emenda Constitucional 33/2001, através da inclusão do parágrafo 2º e seu inciso I ao artigo 149 da Constituição: “§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I — não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”.

Ao fazer referência às contribuições sociais, esse dispositivo exige a sua interpretação conjunta com o artigo 195, também da Lei Maior, onde tais tributos estão enumerados como fontes de financiamento da seguridade social. O inciso I, alínea “c” deste artigo 195 define, de forma expressa, a competência federal para a instituição da CSLL, o que por si só leva à conclusão de que as receitas oriundas de exportação estão imunes à incidência deste tributo.

Com fundamento em uma interpretação inequivocamente literal, o Fisco federal, no entanto, defende que a imunidade em tela aplica-se tão-somente às contribuições sociais incidentes diretamente sobre as receitas. Na prática, portanto, a imunidade alcançaria apenas a contribuição ao PIS e a Cofins. A CSLL, por incidir sobre o lucro das pessoas jurídicas, incidiria normalmente, posto que lucro e receitas não se confundem.

Diante desse posicionamento do Fisco federal, é preciso esclarecer se é válida a interpretação meramente literal de um dispositivo constitucional que outorgue imunidade, como é o caso do artigo 149, parágrafo 2º, I, ou se é de rigor que tal dispositivo seja interpretado de forma contextual com o restante do texto constitucional, em especial de forma harmoniosa com os princípios constitucionais. É o que se chama de interpretação sistemática, posto que considera o sistema jurídico como um todo, e não as suas partes isoladas.

É verdade que, quanto às isenções, o artigo 111, II, do Código Tributário Nacional estabelece textualmente a regra pela qual a legislação que institui esta espécie de desoneração tributária deve ser interpretada literalmente. Mas mesmo em relação às isenções, nenhuma interpretação séria poderá negar que este comando é inferior às regras de hermenêutica que presidem a intelecção de qualquer

Página 150 de 154

Page 151: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

norma integrante do ordenamento jurídico, inclusive as constitucionais. Com efeito, mesmo a lei que trate de isenções deve ser interpretada de forma a respeitar os aspectos lógico, teleológico, histórico e, em especial, o sistêmico.

No entanto, lembre-se que nem mesmo estamos tratando de isenções, mas de imunidades que, por sua natureza, são normas constitucionais, a exigir uma interpretação que venha a aplicar os princípios constitucionais pertinentes em sua maior amplitude possível.

O Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, não poderia ter outro entendimento, conforme ilustra a sua seguinte decisão (RE 102141/RJ, DJ 29/11/85): “Imunidade tributária. Livro. Constituição, Art. 19, Inc. III, alínea 'd'. Em se tratando de norma constitucional relativa às imunidades tributarias genéricas, admite-se a interpretação ampla, de modo a transparecerem os princípios e postulados nela consagrado.”. No voto do relator, o então Ministro Carlos Madeira, fica clara a impossibilidade de utilizar os mesmos critérios de interpretação válidos para as isenções em relação às imunidades (grifos nossos):

“O artigo 111 do CTN impõe a interpretação literal da legislação tributária relativa a suspensão ou exclusão do crédito tributário, a outorga de isenção e à dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Essa regra metodológica não diz respeito, porém, às normas constitucionais tributárias, mormente em se tratando de imunidades genéricas, que correspondem à não incidência, em virtude da supressão da competência impositiva ou do poder de tributar certos fatos, ou situações. Não há crédito tributário a suspender ou excluir, porque ele simplesmente não pode ser criado.

Daí porque a interpretação das normas constitucionais de imunidade tributária, é ampla, ‘no sentido de que todos os métodos, inclusive o sistemático, o teleológico, etc, são admitidos’, como anota Amílcar de Araújo Falcão (RDA, 66/372).

A interpretação sistemática da norma constitucional leva à conclusão de que o que caracteriza as imunidades é ‘a circunstância de que com elas o legislador constituinte procura resguardar, assegurar ou manter incólume certos princípios, idéias-força ou postulados que consagra como preceitos básicos do regime político, a incolumidade de valores éticos e culturais que o ordenamento positivo consagra e pretende manter livres de eventuais interferências ou perturbações, inclusive pela via oblíqua ou indireta da tributação. ‘As imunidades, diz ainda o autor acima citado — como as demais limitações ao poder de tributar, consoante o ensinamento de Aliomar Baleeiro, têm assim a característica de deixar ‘transparecer sua índole nitidamente política’, o que impõe ao intérprete a necessidade de fazer os imprescindíveis confrontos e as necessárias conotações de ordem teleológica, toda vez que concretamente tiver de dedicar-se à exegese dos dispositivos constitucionais instituidores de tais princípios’”.

Na medida em que o estímulo às exportações foi inequivocamente inserido na Constituição Federal de 1988 como uma das características econômico-políticas essenciais de nosso país, o raciocínio esposado no trecho do voto acima é legitimamente invocável na defesa da tese pela qual o lucro auferido com receitas oriundas de exportação está protegido contra a incidência da CSLL, face à imunidade prevista no precitado artigo 149, parágrafo 2º, I, da Constituição Federal.

Ainda que assim não fosse, é de se lembrar que o lucro, quando existente, é uma parte das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas e, se essas estão imunes à tributação, aquele, à obviedade, também está. Um exemplo prático bem demonstra a assertiva: para as pessoas jurídicas optantes do lucro presumido, o valor a recolher trimestralmente a título de CSLL é obtido através da aplicação de um percentual sobre a receita (para calcular o valor da base de cálculo presumida) e, sobre esse resultado, é aplicado um novo percentual (alíquota) para se chegar ao valor do tributo a pagar. Matematicamente, portanto, a CSLL a pagar é um percentual (parte) daquela receita inicial. Com efeito, seja analisando o tema do ponto de vista jurídico ou contábil, a única conclusão razoável é a de que o lucro é uma categoria que está intimamente vinculada à receita.

Logicamente, o raciocínio não pode ser outro para as pessoas jurídicas optantes do lucro real, posto que, nesses casos, a diferença reside apenas no fato de que a base de cálculo da CSLL é obtida mediante a

Página 151 de 154

Page 152: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

apuração do lucro líquido efetivo, ou seja, receitas menos despesas, sem levar em conta aqui os ajustes exigidos pela legislação do imposto de renda. Ou seja, em qualquer caso, na apuração da base de cálculo da CSLL, os contribuintes têm o direito constitucional de excluir as receitas oriundas de exportação, apurando eventualmente a existência de lucro tão-somente a partir das demais receitas, desde que, obviamente, sejam tributáveis.

Com base nesse raciocínio, no final de 2007 o Supremo Tribunal Federal já concedeu liminares a duas grandes empresas (Bunge e Embraer), suspendendo a exigibilidade da CSLL sobre as receitas decorrentes de exportação desde o advento dos efeitos da Emenda Constitucional 33/2001. Essas decisões são extremamente relevantes, haja vista serem as primeiras manifestações da Corte Suprema sobre o assunto, assim como são potencialmente indicadoras da futura decisão final nesta matéria.

Além disso, essas decisões passam a servir de forte estímulo e precedente para que os exportadores venham a questionar judicialmente essa exigência, agora com melhores chances de êxito. No entanto, é temerário deixar de recolher a CSLL sobre as receitas de exportação sem uma decisão judicial final favorável, ou enquanto a decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal não for proferida.

Enquanto isso, os exportadores devem estar atentos para que seus documentos e demonstrativos contábeis e fiscais tenham clareza em relação à necessária segregação das receitas decorrentes de exportação das demais auferidas, para que seja possível requererem a restituição do que já foi recolhido de forma segura.

Além disso, é importante ter atenção em relação ao prazo prescricional de cinco anos para propor o pedido de restituição, previsto no artigo 168 do Código Tributário Nacional, mesmo levando em conta o atual posicionamento do Superior Tribunal de Justiça sobre a nova forma de contagem estabelecida pela Lei Complementar 118/2005, conforme ilustra o seguinte trecho do voto proferido pelo e. Ministro Teori Albino Zavascki (EREsp 437379/MG – DJ 19/11/2007):

“Assim, na hipótese em exame, com o advento da LC 118/05, a prescrição, do ponto de vista prático, deve ser contada da seguinte forma: relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência (que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a ação de repetição do indébito é de cinco a contar da data do pagamento; e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos a contar da vigência da lei nova.”

Assim, para os pagamentos indevidos efetuados até o dia 08/06/2005, vale a regra anterior, ou seja, o prazo prescricional é de dez anos contados do fato gerador. No caso da CSLL, o fato gerador ocorre no encerramento do ano-calendário (31 de dezembro de cada ano), haja vista ser este o momento em que o lucro líquido já pode ser apurado.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64345,1

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Arrecadação de ICMS - O Estado fecha o cerco(Última Instância – 04.03.2008)

Daniela Geovanini

Página 152 de 154

Page 153: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Na busca de criar meios que assegurem ao Fisco uma arrecadação e uma fiscalização mais eficientes, foi criado o instituto da substituição tributária, que consiste na antecipação do recolhimento do imposto relativo a toda a cadeia de comercialização de um produto. Em regra, cabe à indústria e ao importador o recolhimento do imposto relativo à substituição tributária, que é calculado com base no valor que presumidamente será utilizado pelo varejista na venda ao consumidor final.

Tendo em vista que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um imposto que incide em várias fases da cadeia de comercialização, a substituição tributária é uma ferramenta que permite à administração pública concentrar esforços na fiscalização de um número menor de contribuintes (industriais e importadores), sobre os quais recai a obrigação de recolher o imposto.

O Estado de São Paulo já previa a substituição tributária para vários produtos e recentemente incluiu novos produtos nessa sistemática. Dessa forma, desde 1º de fevereiro de 2008, os medicamentos, as bebidas alcoólicas e os produtos de perfumaria e higiene pessoal foram incluídos na sistemática da substituição tributária do ICMS, cabendo ao industrial e ao importador, conforme o caso, recolher antecipadamente o imposto devido em toda a cadeia comercial até o consumidor final.

A inclusão dos produtos mencionados nessa sistemática gerou muita polêmica, visto que os setores atingidos alegavam que a margem de lucro presumida pelo Fisco para cálculo da antecipação do pagamento do ICMS era superior a efetivamente praticada pelo comerciante varejista.

Nesse sentido, alguns setores encomendaram pesquisas a empresas especializadas para demonstrar o preço efetivamente praticado no mercado, ocasionando a publicação de alterações nesses índices para adaptá-los à realidade de cada setor. Podemos citar como exemplo as bebidas alcoólicas para as quais inicialmente havia sido estabelecido o percentual de lucro de 128,30%, posteriormente, reduzido para 44,72%.

Em virtude da exigência da sistemática da substituição tributária para medicamentos, bebidas alcoólicas e para os produtos de perfumaria e higiene ser recente, até que todos os pontos divergentes sejam ajustados, considerando as particularidades de cada setor, provavelmente ainda haverá muitos questionamentos por parte dos contribuintes, mas é certo que independentemente das dificuldades, o Fisco não abrirá mão dessa sistemática, uma vez que, a princípio, aumenta a arrecadação, diminuindo a sonegação, já que é mais fácil e menos oneroso ao Estado concentrar esforços na fiscalização de um número menor de contribuintes (fabricantes e importadores) responsáveis pelo recolhimento do imposto do que fiscalizar os inúmeros estabelecimentos varejistas.

Além dos produtos já mencionados, o Estado pretende também incluir na sistemática da substituição tributária, a partir de 1º de abril de 2008, o papel, os produtos de limpeza, as lâmpadas elétricas, as pilhas e baterias, a ração animal, os produtos fonográficos, as autopeças; e, a partir de 1º de maio de 2008, produtos alimentícios e materiais de construção e congêneres. Mas, para esses produtos ainda não há regulamentação.

O que se espera é que todas as divergências sejam solucionadas o quanto antes e não reflitam no preço de venda ao consumidor final que de fato é quem paga pelo imposto que está embutido no preço dos produtos.

http://ultimainstancia.uol.com.br/artigos/ler_noticia.php?idNoticia=48132

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 153 de 154

Page 154: CLIPPING DE NOTÍCIASextranet.veirano.com.br/Tecnologia/Biblioteca/doc/... · Web viewPelas médias diárias, as compras de bens de capital aumentaram 57,4% sobre as do primeiro bimestre

Piratas transformam declaração do IR em armadilha para internautas(Res. Notícias Fiscais – 04.03.2008)

Piratas de computador estão aproveitando o início da entrega das declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2008 nesta segunda-feira (3), para tentar fazer os internautas clicarem em um link e infectarem seus computadores com códigos maliciosos.

O golpe é realizado através de um e-mail com a falsa notícia de que um congestionamento no sistema da Receita Federal teria resultado na perda de algumas declarações. Ao final, a mensagem pede ao usuário que clique em um link para saber se sua declaração pessoal estaria dentro do grupo perdido.

O falso e-mail reproduz o design e os logotipos usados pelo site da Receita Federal.

A instituição informou que nunca envia entra em contato com os contribuintes através de e-mails.

Contaminação Segundo o laboratório McAfee Avert, quando algum internauta clica no link faz o download dois códigos maliciosos, chamados de PWS-Banker.dldr e de PWS-Banker.gen.aj.

Os programas, que não são capazes de se espalharem sozinhos, facilitam o acesso de piratas de computador ao PC do usuário, permitindo o roubo de informações como dados sobre sua conta bancária.

Esse tipo de ameaça é chamada de phishing scam. Nesse sistema, piratas de computador enviam e-mails sugerindo que os internautas baixem programas, cliquem em links ou visitem sites maliciosos. Quando seguem a sugestão, as vítimas em potencial infectam seus computadores com programas geralmente desenvolvidos para o roubo de informações financeiras. http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=16907&data=4/3/2008

Retornar ao índice de assuntoVoltar

Página 154 de 154