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CLIPPING DE NOTÍCIAS 10.03.2008 (Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório) ÍNDICE DE ASSUNTO - Concorrentes - Administrativo - Advogados - Agronegócios - Ambiental - Arbitragem - Aviação - Bancário - China - Civil - Comércio Exterior - Constitucional - Consumidor - Diversos - Energia, Petróleo e Gás - Estrangeiro - Imigração - Judiciário - Marítimo - Mineração - Penal - Propriedade Intelectual - Seguros - Societário - Tecnologia - Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário - Transgênicos - Tributário CONCORRENTES. Juiz decide por arbitragem em caso de Danta. Barbosa Müsnich. (Valor) Página 1 de 276

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CLIPPING DE NOTÍCIAS10.03.2008

(Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório)

ÍNDICE DE ASSUNTO

- Concorrentes - Administrativo

- Advogados - Agronegócios

- Ambiental - Arbitragem

- Aviação - Bancário

- China - Civil

- Comércio Exterior - Constitucional

- Consumidor - Diversos

- Energia, Petróleo e Gás - Estrangeiro

- Imigração - Judiciário

- Marítimo - Mineração

- Penal - Propriedade Intelectual

- Seguros - Societário

- Tecnologia - Telecomunicação

- Trabalhista e Previdenciário - Transgênicos

- Tributário

CONCORRENTES.

Juiz decide por arbitragem em caso de Danta. Barbosa Müsnich. (Valor)

ADMINISTRATIVO.

Regras de licitação: Marítima insiste para Petrobras fazer concorrência. (Consultor Jurídico)

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Rodovias - Trecho do Rodoanel terá definição amanhã. CCR acredita terá número menor de concorrentes, em relação ao leilão das federais. (DCI)

Ferrovias - Após anunciar lucro, ALL planeja investir na malha ferroviária santista. (DCI)

Agronegócios - Embrapa só aguarda o PAC para crescer. Recursos do programa duplicarão orçamento da empresa, que já tem planos para expansão de pequisas e parcerias com iniciativa privada. (JC)

Entrevista// Luciano Coutinho. Demanda por financiamento no BNDES continuará firme. (JC)

ADVOGADOS.

Confronto corporativo. (Estado)

Universidade que aprovou menino de 8 anos tem baixo índice de aprovação na OAB. (OAB-RJ)

AGRONEGÓCIOS.

Mercado - Recorde na exportação de produtos agrícolas. (DCI)

Novo recorde na agricultura. (Estado)

Agronegócios - Embrapa quer se tornar global. Empresa espera pacote do governo que lhe dará dinheiro, pessoal e o direito de fazer negócios no País e no mundo. (Estado)

Agronegócios - Embrapa só aguarda o PAC para crescer. Recursos do programa duplicarão orçamento da empresa, que já tem planos para expansão de pequisas e parcerias com iniciativa privada. (JC)

Suíça - Salsicha acaba no Parlamento. (JC)

AMBIENTAL.

Atuação de certificador ambiental poderá ser regulamentada. (Câmara)

Reparação de danos: Crimes ambientais e a responsabilidade das empresas. (Consultor Juríddico)

Aquecimento - UE debate clima e pressão migratória. Pela 1.ª vez, governos tratam da questão ambiental ligada à segurança. (Estado)

A Usina de Tijuco Alto. (Estado)

Preservação: entraves - Cidades ignoram fundo ambiental. Prefeituras deixam de arrecadar pelo menos R$ 4 bilhões em compensações pelos danos provocados por obras. (Estado)

Preservação - entreves. Prefeitos evitam cobrança de taxa ambiental por motivações políticas. Para evitar desgaste com empresários, gestores municipais preferem deixar responsabilidade nas mãos do Estado. (Estado)

Ibama define multa por sumiço de animais. Instituto acusa centro ligado ao governo estadual pelo desaparecimento de 101 exemplares e problemas em registros. (Folha)

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Fiscal do Ibama cuida de área igual a 3 cidades de SP. Órgão tem só um agente para cada 4.502 km2; região amazônica é a mais crítica. (Folha)

Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil detecta que ainda existem problemas graves quanto à destinação adequada. (Idec)

Câmara - PV discute se deixa o governo. Bancada está insatisfeita comprojetos ambientais. (JB)

Conama aprecia três resoluções sobre água em reunião plenária. (MMA)

OAB/SP E SABESP firmam convênio em defesa do meio ambiente. (OAB-SP)

ARBITRAGEM.

Possível solução: Adoção da arbitragem nos contratos de serviços públicos. (Consultor Jurídico)

Juiz decide por arbitragem em caso de Dantas. (Valor)

AVIAÇÃO.

Aviação - United volta a voar do Rio de Janeiro aos EUA. (DCI)

Aviação - Anac não renova concessão e Pantanal pára de voar. Companhia, que fará último vôo no dia 24 de março, está irregular com Fisco e Previdência. (Estado)

Entrevista: Constantino de Oliveira Júnior: Presidente da Gol. 'Estamos preparados para competir'. Empresário diz que será desafiado pela nova companhia áerea, mas que já atende às cidades que ela pretende cobrir. (Estado)

Fundados da JetBlue deve começar empresa no país com aviões Embraer. Encomenda seria anunciada este mês. Empresário já foi a Anac e BNDES. (Globo)

A China confirmou planos de criar uma empresa para fabricar aviões de passageiros de grande porte. A nova empresa fabricará jatos com mais de 150 assentos, um mercado atualmente dominado em todo o mundo por duas empresas: a Boeing e a Airbus.Nota na integra. (Valor Econômico 10.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Journal Américas)

BANCÁRIO.

Consumidor - Justiça alivia a condenação de bancos. Juízes descartam indenização por dano moral contra instituições financeiras. (DCI)

Banco do Brasil e Bradesco fazem captação. são paulo - O Banco do Brasil (BB) confirmou na sexta-feira passada que concluiu no dia anterior uma operação de captação externa de US$ 250 milhões. A informação foi antecipada na sexta pelo diretor da área internacional do BB, Sandro Marcondes, à Agência Estado. O Bradesco também concluiu na sexta-feira uma securitização de fluxo de ordens de pagamento no valor de US$ 500 milhões. O cupom foi Libor de três meses mais 0,60%.Nota na integra. (DCI 10.03.2008 A-3 Política Econômica)

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Bancos vêem risco de excesso de regulação. Executivos temem que, na tentativa de evitar crises como a do "subprime", autoridades regulatórias engessem serviços financeiros. (Folha)

Bancos - BB, Bradesco e BMG de volta à captação externa. (JC)

CHINA.

Índice - China calcula inflação recorde de 8% em fevereiro. Pequim - O Banco Popular da China (o banco central chinês) calculou que o IPC de fevereiro no país subiu 8,3% em relação ao mesmo mês de 2007, o número mais alto dos últimos doze anos, informou ontem a agência estatal Xinhua. Segundo as previsões do banco central, o pior inverno em 50 anos contribuiu para altas anualizadas entre 22% e 23% nos alimentos, principais responsáveis pela inflação. O gigante asiático experimentou em 2007 uma alta do IPC de 4,8%, muito acima dos 3% projetados pelo Governo, que criou medidas para tentar controlar os preços. A China não tinha uma alta do IPC de 8% desde 1996.Nota na integra. (DCI 10.03.2008 A-8 Internacional)

Competidor cada vez mais forte. (Estado)

China - 'Retirantes' chineses são clandestinos em seu país. Milhões de ‘migrantes rurais’ vagam pelas cidades em busca de trabalho. (Estado)

Comércio Brasil-China pode bater US$ 30 bi – O comércio bilateral Brasil-China oide alcançar ainda este ano a marca de US$ 30 bilhoes. A previsão está no boletim MacroChina, publicação trimestral do Conselho Empresarial dos dois paises. Nas previsões do governo brasileiro, o volume só será alcanlado em 2010. No ano passado, a corrente de comércio sino-brasileira bateu US$ 23,3 bilhoes.Nota na integra. (O Globo 08.03.2008 p. 42 Economia)

O uso de energia nuclear na China está crescendo muito mais rápido do que originalmente planejado, com a capacidade instalada de geração devendo chegar a 60GW até 2020, disse uma autoridade do governo chinês. A estimativa anterior do governo era de 40GW.Nota na integra. (Valor Econômico 10.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Journal Américas)

Atentado – China evita tentativa de derrubar avião. (JC)

Cresce a ameaça dos produtos chineses. (JC)

China reabre mercado de ações a investidores estrangeiros. (Monitor Mercantil)

A China confirmou planos de criar uma empresa para fabricar aviões de passageiros de grande porte. A nova empresa fabricará jatos com mais de 150 assentos, um mercado atualmente dominado em todo o mundo por duas empresas: a Boeing e a Airbus.Nota na integra. (Valor Econômico 10.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Journal Américas)

China minmetals constrói forno para Cosipar. (Valor)

Com mais fiscalização, produtora chinesa dribla crise da heparina. (Valor)

CIVIL.

Reputação abalada: Época é condenada a pagar danos morais. (Consultor Jurídico)

Artigo - Responsabilidade civil empresarial. (Estado)

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COMÉRCIO EXTERIOR.

Comércio exterior - Colômbia teme queda de vendas à Venezuela. (DCI)

Exportações - Comércio com o Japão rende US$ 2,3 bilhões. Empresários brasileiros buscam estreitar as relações. (JB)

A marca comunitária na União Européia. (Valor)

CONSTITUCIONAL.

STF - Cabe ação rescisória quando decisão definitiva viola interpretação constitucional do Supremo. (Migalhas)

Câmara e Senado unem-se para mudar MPs e preocupam Planalto. (Valor)

CONSUMIDOR.

Proposta anula repasse de custo de carnê ao consumidor. (Câmara)

Venda a prazo sem desconto poderá ser prática abusiva. (Câmara)

Consumidor - Justiça alivia a condenação de bancos. Juízes descartam indenização por dano moral contra instituições financeiras. (DCI)

Deputado quer vetar repasse de custo por emissão de carnê. Brasília - Projeto de lei do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), em análise na Câmara, inclui entre as cláusulas contratuais abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor a transferência ao consumidor de custos com emissão e envio de carnê, boleto bancário ou serviços de cobrança. Cláusulas contratuais que estabeleçam essa transferência de custos serão consideradas nulas. Ainda segundo o texto, fornecedores que incorrerem na prática estarão sujeitos às penalidades previstas para condutas abusivas no código.Nota na integra. (DCI 10.03.2008 A-5 Política)

Projeto proíbe venda a prazo pelo valor cobrado à vista. Brasília - O Projeto de Lei 2.556/07 inclui a venda a prazo pelo valor do preço à vista entre as práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor e vedadas ao fornecedor de produtos ou serviços. A proposta considera abusiva a recusa da concessão de desconto caso o consumidor queira antecipar uma ou mais parcelas. Autor da proposta, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) argumenta que o consumidor adquire um financiamento quando os comerciantes vendem produtos a prazo e cobram o valor que seria pago à vista.Nota na integra. (DCI 10.03.2008 A-5 Política)

Em busca da qualidade no atendimento. Até quarta-feira passada, ministério havia recevido 60 sugestoes dos órgãos de defesa do consmidor. (Globo)

Consumidores provam pagamento de dívida e conseguem se livrar de ação do Banco Itaú. (STJ)

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DIVERSOS.

Tabaco - Fabricantes de cigarro poderão ressarcir gastos com saúde. (Câmara)

Debate - Células-Tronco e o Direito à Vida. (Gazeta)

Tabaco - Brasil terá centro de estudos sobre o tabaco. (Idec)

Artigo - A liminar contra a Lei de Imprensa. (JB)

Conar - Novas restrições para a publicidade de bebidas alcoólicas. (Migalhas)

Diário Oficial traz duas alterações em Processos Produtivos Básicos. (Ministério do desenvolvimento)

Camex reduz alíquota do Cumeno para 2%. (Ministério do desenvolvimento)

Desembargadora nega recurso contra liminar que suspende concurso da Petrobras. (Última instância)

ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS.

Projeto regula serviço religioso em plataforma de petróle. (Câmara)

Subsídio do setor elétrico poderá financiar gasodutos. (Câmara)

Regras de licitação: Marítima insiste para Petrobras fazer concorrência. (Consultor Jurídico)

Alumínio - Falta de energia impede a expansão da Albras. Neste ano a CBA, do grupo Votorantim, assumirá a liderança entre os fabricantes de alumínio. (DCI)

Energia - Medida que amplia os poderes da Eletrobrás deve ser votada amanhã. (DCI)

Balanço - Tractebel Energia tem recorde de geração. (DCI)

Privatização - Energias confirma interesse na Cesp mas faz ressalvas. (DCI)

A Usina de Tijuco Alto. (Estado)

Combustíveis - Cotação do petróleo amplia defasagem da Petrobrás. Mantendo o padrão dos últimos reajustes, preços da gasolina e do diesel deveriam subir 8%, diz especialista. (Estado)

SP faz 1º leilão do Rodoanel na terça-feira. Vencedora terá de pagar R$ 2 bi em dois anos e uma porcentagem mensal da receita, além de oferecer o valor mais baixo de tarifa. (Folha)

Reestatização do setor elétrico afasta investidor. (Gazeta)

Mercado - Consumo de gás cresce e atinge volume recorde em janeiro. (Gazeta)

Etanol – Fittipaldi inicia corrida para o álcool. Campeão mundial de Fórmula 1 invester em suina em Mato Grosso do Sul, diz que o Brasil pode liderar mercado mundial, mas critica exigências do BNDES. (JC)

Petróleo – Equador fecha acordo com petroleiras. (JC)

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Contratos para linhas de transmissão – O governo assinará no dia 17 contratos de concessão para a construção de nove linhas de transmissão leiloadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Serão construídos 1.941 quilômetros de linhas que cruzarão os Estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. As linhas começarão a operar entre junho e dezembro do ano que vem. Segundo a Aneel, as obras demandarão investidos R$ 1,15 bilhão e gerar 9.620 empregos diretos. O leilão feito no ano passado teve deságio médio de 54,84%.Nota na integra. (Jornal do Commercio 10.03.2008 A-6 Economia)

ESTRANGEIRO.

Entre fronteiras: País tem direito de rejeitar estrangeiro, diz especialista. (Consultor Jurídico)

IMIGRAÇÃO.

Imigração: Diplomacia em xeque. O drama dos brasileiros ilegais. Temor de ser pego pela imigração e tentativas de regularizar papéis movem dia-a-dia em cidades européias. (Estado)

JUDICIÁRIO.

Morosidade mórbida: É difícil dizer ao cliente que ação vai levar oito anos. (Consultor Jurídico)

Cotas dividem o Judiciário. Uma guerra de liminares envolve o debate sobre a reserva de vagas nas universidades. (Globo)

Judiciário – Para reverter situação, STF conta com súmula vinculante e investimentos em informatização. Explosao de processos sobrecarrega juízes e gera crise no supremo. (Valor)

Judiciário – Última instância infraconstitucional do país, tribunal recebe mais de 1,5 mil processos por dia. Inchado, STJ dispensa defesa oral de advogado. (Valor)

MARÍTIMO.

País tem urgência de melhorar os portos. (DCI)

Desta vez, o risco é maior: A compra da Xstrata pela Vale traria enormes benefícios para a mineradora brasileira -- e desafios do mesmo tamanho. (Exame)

Navegação - Rio responde por metade da indústria naval brasileira. Para força queda interna do aço, Transpetro importa da Ucrânia. (JB)

MINERAÇÃO.

Regulação do setor mineral. (Correio Brasiliense)

Câmara - Projeto cria programa para pequeno minerador. (DCI)

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Desta vez, o risco é maior: A compra da Xstrata pela Vale traria enormes benefícios para a mineradora brasileira -- e desafios do mesmo tamanho. (Exame)

Superpneus – A Vale anuncia esta semana uma grande encomenda de superpneus de mineração – aqueles de até 3m de altuar e de 25ª 49 polegadas de diâmentro.Pela primeira vez, serão feitos no Brasil, na Michelin, no Rio, cuja unidade de pneus gigantes foi inaugurada dias atrás por Lula.Nota na integra. (O Globo 10.03.2008 p. 12 Rio)

O valor da vale. Mercado resiste a incorpor o reajuste do minério de ferro às ações, em meio a dúvidas sobre a comra da Xstrata. (Valor)

Ameaças no caminho do setor de mineração. Brasil e Argentina seguem direção suicida em relação à política tributária da indústria extrativa mineral. (Valor)

PENAL.

Direito Penal – Proposto o fim da prescrição. Projeto de lei do Senado visa à extinção do instituto que estabelece prazo para o Estado julgar crimes, Especialistas criticam a proposição. (JC)

Crime hediondo – Acusação apenas não é suficiente. (JC)

PROPRIEDADE INTELECTUAL.

Grãos - Argentina supera seca e terá safra recorde de soja,diz Monsanto. A conlheita do produto na safra deste ano deverá totalizar entre 45 milhões e 48 milhões de toneladas. (DCI)

TV Digital - Patentes emperram TV interativa. O sistema de interatividade Ginga, criado no Brasil, usa softwares internacionais que exigem pagamento. (Estado)

Marketing - Neutrogena investe em reforço de marca. (Gazeta)

Lotto negocia com times de Rio e São Paulo – A grife esportiva Lotto procura dois times de primeira linha, um no Rio, outro em São Paulo, para patrocinar. As negociações já começaram. Os contratos da empresa, hoje, alcançam a cifra de R$ 20 milhões. A italiana chegou com força ao Brasil. Em menos de um ano, assinou com Atlético Mineiro, Coritiba, Sport, Goiás e Bahia. Tem 700 pontos de venda no país e pode chegar a mil até o fim do ano. A meta é estar entre a 3 marcas esportivas de maior prestígio no mercado nacional em 2009.Nota na integra. (O Globo 08.03.2008 p. 42 Economia)

A marca Vichy é número um em vendas na Europa. Na França, quem lidera á Avéne.Nota na integra. (O Globo 08.03.2008 p. 42 Economia)

O que e pirata? (JB)

A marca comunitária na União Européia. (Valor)

SEGUROS.

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Seguros- Sul América vai às compras e descarta entrar no resseguro. A empresa dispoe de um caixa de R$ 400 milhões ; recrusos vêm principalmente da abertura de capital, que captou R$ 775 milhões. (DCI)

Porto Seguro lança produtos para elevar carteira de crédito. (DCI)

Seguros - Madeira tem maior garantia do mundo. (Gazeta)

Seguro – Rio Madeira tem valor de cobertura de mais de R$ 2 bilhões. Unibanco aig fecha. (Valor)

SOCIETÁRIO.

Bancos médios ampliam governança. Indusval, que estava no nível 1, migrará para o Novo Mercado da Bovespa. (Gazeta)

Companhias se ajustam antes do país. Processo de profissionalização iniciado há dez anos proporcionou "crescimento chinês" a empresas de capital aberto. (Folha)

Investimentos - Ações de teles sobem com perspectiva de consolidação. Índice Itel aprenseta lara de 4,56% no ano, comprado com queda 3,15% do Ibovespa. (Gazeta)

Eletrobrás - Assembléia cobra US$ 4 bi em títulos. (JC)

Lei contábil muda a avaliação do ágio nos negócios de fusão. (Resenha de notícias fiscais)

A quebra da “affectio societatis” no direito societário. (Resenha de notícias fisais)

O valor da vale. Mercado resiste a incorpor o reajuste do minério de ferro às ações, em meio a dúvidas sobre a comra da Xstrata. (Valor)

Contabilidade – Balanços anuais trazem poucas informações; CVM pedirámais detalhes nos trimestrais. Companhias terao de melhorar dados sobre impacto da lei. (Valor)

Dividendo trimestral exige análise de novar regras. (Valor)

Lei geral – Pequenas já respondem por 48% das compras públicas efetuafdas por pregão. Participação de micros em licitações é maior em 2007. (Valor)

TECNOLOGIA.

Motivo de segurança: EUA proíbem Google de exibir imagens de bases militares. (Consultor Jurídico)

Concorrência - Intel apresenta sua defesa contra a ação antitruste movida na Europa. (DCI)

Empresa de tecnologia WBA contrata novo vice-presidente. São Paulo - A WBA, empresa de tecnologia da informação (TI) especializada no desenvolvimento de soluções corporativas, acaba de contratar Hernane José Cruz para o cargo de vice-presidente. O executivo também é diretor presidente da Expoente Management, consultoria especializada em Business Intelligence (BI). Com mais de 20 anos de experiência no mercado de TI, Cruz já atuou em projetos para empresas como McDonald's, Petrobras, Telefônica e outras. "Tenho como meta prover soluções para empresas de todos os portes e segmentos, além de alavancar novos negócios na área de BI", afirma.Nota na integra. (DCI 10.03.2008 B-2 Serviços)

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Yahoo! busca nova forma de sobreviver. Enquanto luta para evitar ser derrotado na batalha com a Microsoft, o portal tenta ganhar mais tempo. (Estado)

TV Digital - Patentes emperram TV interativa. O sistema de interatividade Ginga, criado no Brasil, usa softwares internacionais que exigem pagamento. (Estado)

Tecnologia - Nossa meta é alcançar o Google, diz Microsoft. Steve Ballmer, presidente da Microsoft, diz que ganhará mercado do Google na publicidade online, mesmo que seja “a última coisa” que faça no grupo. (Estado)

Tecnologia - Comportamento da geração digital desafia empresas . Rede de amigos influencia mais o consumo dos jovens do que confiança em marcas e varejistas. (Estado)

Tencologia - Redes sociais invadem o celular. De olho no fenômeno da internet que migrou para a telefonia, empresas se multiplicam. (JB)

Sem fio - Antena permite conexão à web dentro de qualquer avião. Equipamento funcional em todos os lugares pos está ligado a satélite. (JB)

Concorrência - Guerra ao Google. Steve Ballmer afirma que Microsoft ganhará mercado diante do Google, na publicidade online, mesmo que 'seja a última coisa' que faça como presidente-executivo. (JC)

Ameaça aos negócios pode estar na internet. (JC)

Mercado de trabalho - TI busca habilidades femininas para a estão. Empresas apostam no jogo de cintura para geranciar crises e na intuição das executivas. (Valor)

TELECOMUNICAÇÃO.

Anatel aprova transferência de controle da Amazônia Celular. (Anatel)

TV Digital - Toshiba não fabricará semicondutor no País. (DCI)

Telefónica quer vender iPhone dentro de dois meses no Brasil. São Paulo - A Telefónica pretende começar a vender os iPhones, da Apple, no País em até dois meses. As conversas entre uma das controladoras da operadora brasileira Vivo e a fabricante do iPhone atingiram a fase final de negociações. A idéia da espanhola é pôr o aparelho à venda na América Latina até o meio do ano. No Brasil, a Vivo já teria os aparelhos para o Dia das Mães. Além disso, a Apple anunciou que está abrindo o software do iPhone a programadores externos a fim de tornar os aparelhos mais populares e competitivos em relação ao BlackBerry, fabricado pela canadense Research In Motion, referencial no segmento de telefones de última geração.Nota na integra. (DCI 10.03.2008 B-2 Serviços)

Telefonia - Nokia fecha contrato de US$ 2 bilhões com a China Postel Mobile. (DCI)

Telefonia móvel - Vivo pretende investir R$ 6 bi em 2008 e TIM receberá aportes de R$ 3,6. (DCI)

Estratégia - Telecom Italia vê Brasil como área estratégica. (DCI)

Telefonia - Propaganda de terceira geração. A chegada da tecnologia 3G e mudanças nas regras dos celulares abrem novo ciclo de investimentos em publicidade. (Estado)

Celulares com TV digital chegam às lojas até abril . A Vivo anunciou que terá modelos da Samsung e da Semp Toshiba, mas não descarta serviço pago de TV na rede 3G. (Estado)

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Um exemplo de universalização do celulae. (Estado)

Telefónica quer iPhone para o Dia das Mães. Operadora entra em fase final de negociação com a Apple e pretende colocar aparelho à venda na América Latina em dois meses. (Folha)

Diretor da Anatel apóia união BrT-Oi e prevê 3 grandes teles. Para Pedro Jaime Ziller, movimento de consolidação das empresas é natural e necessário para a sobrevivência delas. (Folha)

Investimentos - Ações de teles sobem com perspectiva de consolidação. Índice Itel aprenseta lara de 4,56% no ano, comprado com queda 3,15% do Ibovespa. (Gazeta)

TV Digtal chega ao celular. Vivo lança dois modelos, um da Samsung e outro da Toshiba, com sinal aberto – e gratuito! – de emissoras de televisão. (Globo)

Governo quer lançar programa para popularizar conversor digital. Preço máximo ao consumidor poderá ficar em R$ 150. (Globo)

BrT, Oi e o interesse público: falta clareza para a sociedade. (Última instância)

A Telecom Itália, dona da TIM viu sua ação cair 9,6% na sexta-feira para o menor nível em dez anos. Ela anunciou um plano que prevê expansão em mercados como Alemanha e Brasil, e a queda da ação é atribuída a preocupações com o seu individamento.Nota na integra. (Valor Econômico 10.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Journal Américas)

A Telecom Argentina informou que teve lucro de US$ 85,5 milhões no quarto trimestre, ante quase US$ 26 milhões em igual período de 2006. O salto foi atribuído ao vom desempenho de sua subsidiária do celular.Nota na integra. (Valor Econômico 10.03.2008 B-9 Empresas/The Wall Street Journal Américas)

Telefonia – companhia esperava crescimento maior no setor em 2007 e 2008, diz executivo. Mercado surpreende nokia siemens. (Valor)

Brasil tenta influenciar escolha de chilenos. (Valor)

TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO.

112 categorias poderão ganhar aposentadoria especial. (Câmara)

Funcionários em perigo: Qual é responsabilidade da empresa pelos acidentes? (Consultor Jurídico)

Insalubridade: STF contraria Súmulas do TST e artigo da CLT. (Correio forense)

Agenda semanal - Orçamento e contribuição sindical agitam o Congresso. Câmara deve votar o projeto que reconhece as centrais sindicais; governo tentará aprovar a peça orlamentária mesmo sem acordo com a oposição. (DCI)

Previdência - Aposentadoria acima do mínimo vai subir 5%. Aumento será retroativo a 1º de março e beneficia cerca de 6 milhões de segurados do INSS. (Estado)

Controle sobre o crédito consignado. (Estado)

Penhora online - Empresário vai à corregedoria contra bloqueio de conta. (Gazeta)

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Uma conquista sindical. Entidade firma acordos coletivos que atendem a reinvindicações de trabalhadores homossexuais. (Globo)

Governo reajusta em 5% valor de aposentadorias. Governo antecipa índice para que aumento incida na folha de pagamentos de março. (Globo)

Compulsória - Protesto contra PEC da aposentadoria. AMB entrega a parlamentares manifesto com críticas à proposta que aumenta a idade limite. (JC)

Paulo Paim vai ao Planalto pedir recomposição das aposentadorias. (Senado)

CONTTMAF impugna dispositivo que impede portuário aposentado de trabalhar em carga/descarga de navios. (STF)

Idade limite para pagamento de pensão fixada a título de indenização é de 70 anos. (STJ)

Comissário de vôo ganha adicional de periculosidade. (TST)

Recurso é válido se guia contiver pelo menos nome das partes. (TST)

Empregadora doméstica é absolvida de pagamento de horas extras. (TST)

IG é responsabilizado por débitos trabalhistas do portal Super11. (TST)

Empregado rural de pessoa física equiparada a pessoa jurídica tem direito ao PIS. (TRT-MG)

Empregadores que enganaram o juízo sobre sua real atividade são condenados por litigância de má-fé. (TRT-MG)

O que rege a prova e a distribuição do ônus da prova no processo do trabalho. (Última instância)

Coisa julgada revista. (Valor)

A divida atuarial da Previdência Social. (Valor)

TRANSGÊNICOS.

Grãos - Argentina supera seca e terá safra recorde de soja,diz Monsanto. A conlheita do produto na safra deste ano deverá totalizar entre 45 milhões e 48 milhões de toneladas. (DCI)

Questão agrária - Via Campesina destrói pesquisa da Monsanto. Grupo de mulheres invade área no interior de SP, rende porteiro e arrasa viveiro e campo de milho transgênico. (Estado)

Via Campesina depreda Monsanto em SP. Sem-terra destroem campo de milho transgenico em protesto contra liberação de duas variedades do grão pelo governo. (Folha)

TRIBUTÁRIO.

Proposta limita imposto de renda sobre ações trabalhistas.(Câmara)

Vale a pena sonegar? (Correio forense)

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Agenda semanal - Orçamento e contribuição sindical agitam o Congresso. Câmara deve votar o projeto que reconhece as centrais sindicais; governo tentará aprovar a peça orlamentária mesmo sem acordo com a oposição. (DCI)

Bernard Appy: secretário de Política Econômica do Ministéio da Fazenda. 'Podemos avançar na discussão da reforma tributária'. Governo admite debater pontos da regulamentação do IVA federal durante tramitação da proposta no Congresso Nacional. (Estado)

Ribamar Oliveira - Um complicador político a mais. (Estado)

Imposto - Estouro da bolsa dificulta declaração. Número de pessoas que investiu em ações dobrou em 2007 e dúvidas de como declarar essas compras também. (Estado)

Lula quer atender a Serra e exportadores. Após reunião com conselheiros, presidente deve elevar alíquota de ICMS em Estado produtor prevista na reforma tributária. (Folha)

Imposto de renda - Receita já recebeu 795 mil declarações. (Gazeta)

Receita libera consulta online a recibo do IR 2007, mas processo é burocrático. Fisco cancela 7,9 milhões de CPFs; segunda, começa consulta a lote residual. (Globo)

Planejamento tributário – Possibilidades no preenchimento da declaração. (Última Instância)

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ÍNTEGRA DAS NOTÍCIAS

ADMINISTRATIVO

Agronegócios - Embrapa só aguarda o PAC para crescer. Recursos do programa duplicarão orçamento da empresa, que já tem planos para expansão de pequisas e parcerias com iniciativa

privada.(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-6 Economia)

Agnaldo BritoDa agência Estado

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), empresa pública de direito privado, aguarda com expectativa uma mudança histórica. No próximo mês, quando completará 35 anos, um pacote de medidas promete transformá-la numa Petrobras do agronegócio, para o Brasil e para o mundo. O PAC da Embrapa, que será anunciado pelo presidente Lula (provavelmente dia 26 de abril, dia do aniversário da empresa), dará mais dinheiro, gente e, principalmente, chance de montar negócios no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, algo impossível hoje.

Dona de um pacote tecnológico único para agricultura tropical no Hemisfério Sul, a direção da empresa acredita que, finalmente, terá condições de negociar parcerias e vender conhecimento a qualquer país da região.

Segundo Silvio Crestana, presidente da Embrapa, o PAC ampliará em quase 50% o orçamento atual. A previsão é que receba do Tesouro mais R$ 500 milhões. Hoje, o orçamento da empresa é de R$ 1,17 bilhão. Além disso, poderá ter mais gente para acelerar as pesquisas. Por ano, a Embrapa lança entre 50 e 60 novas variedades e o plano é acelerar esses lançamentos.

Crestana diz que com o PAC da Embrapa será possível contratar mais 1,6 mil funcionários. "Pelo menos a metade desse grupo será de pesquisadores." Hoje, a Embrapa tem 10,2 mil funcionários.

metas. O pacote de apoio a empresa definirá metas institucionais e científicas, que terão de ser cumpridas num prazo de três anos. A meta é acelerar as pesquisas de novas variedades e estudar problemas atuais, como mudanças climáticas e os efeitos sobre a agricultura brasileira e a agroenergia. A Embrapa já criou uma divisão para o setor que já estuda variedades de oleaginosas para a produção de biodiesel e pretende entrar nas pesquisas para produção de etanol a partir de celulose.

Os Estados Unidos estão empenhando bilhões de dólares para dotar o país de capacidade de produção de etanol de vários tipos de biomassa. Há estudos no Brasil, mas entre os especialistas em bioenergia há consenso de que os esforços aqui ainda engatinham.

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O PAC da Embrapa não trará apenas recursos financeiras e humanos. A idéia é abrir a empresa aos negócios. A partir do pacote, a empresa quer criar a Embrapa Participações e a Embrapa Internacional. Crestana avalia que as alterações na lei que criou a empresa em 1973 serão flexibilizadas para que se permita acordos com empresas privadas.

Com a Embrapa Participações, o objetivo é formar empresas com parceiros para explorar nichos de mercado. Um dos primeiros negócios que podem ser viabilizados será a criação de uma empresa para desenvolver tecnologia de álcool celulósico. "A Embrapa fica com a agenda de ciência e tecnologia e o parceiro privado com a agenda do negócio", diz Crestana.

focos. Já a Embrapa Internacional terá dois focos distintos: humanitário e de negócios em países similares. No front humanitário, a empresa planeja participar de iniciativas de reconstrução de países pobres. Atuará, segundo Crestana, como uma companhia com pacotes tecnológicos capazes de viabilizar a agricultura de subsistência, em regiões pobres e em apoio a instituições como a FAO e o Banco Mundial.

No campo dos negócios, a empresa acha que, além de deter tecnologia adaptada a zonas tropicais, poderá levar consigo empresas brasileiras de bens de capital, como máquinas e implementos, e de desenvolvimento de sementes, por exemplo. A expectativa é que o PAC da Embrapa amplie a relação de investimento e retorno. Em 2007, cada real aplicado na Embrapa gerou outros R$ 13,20 em retorno. "Essa relação pode ser ainda maior", garante Crestana.

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Rodovias - Trecho do Rodoanel terá definição amanhã. CCR acredita terá número menor de concorrentes, em relação ao leilão das federais.

(DCI 10.03.2008 B-1 Empresas & Negócios)

A disputa pelo trecho oeste do Rodoanel Mario Covas vai esquentar, a exemplo do que aconteceu no final do ano passado no leilão das rodovias federais. Isso porque o prazo final para que as concessionárias entreguem as propostas para manutenção e cobrança de pedágio no trecho se encerra amanhã, o mesmo dia em que virá a público o vencedor. Segundo especialistas, a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) parece ser uma das favoritas a abocanhar o trecho, na contramão das expectativas das concessionárias espanholas OHL e Acciona, concorrentes potenciais, e da brasileira BRVias, que, de acordo com fontes do mercado, pode se associar a outra empresa para participar do processo.

As especulações ocorrem devido ao tipo de licitação, que exige o pagamento de R$ 2 bilhões da vencedora ao Governo do Estado de São Paulo, para que a concessionária ou consórcio, possa explorar a concessão. Enquanto a CCR possui R$ 700 milhões em caixa a seu favor, OHL Brasil, BR Vias e Acciona, que levaram os sete lotes das rodovias federais no ano passado, se preparam para desembolsar cerca de R$ 500 milhões nos reparos emergenciais obrigatórios, antes do início da cobrança de pedágios.

Mas o cenário não desanima os executivos da BR Vias e da OHL, que durante a assinatura da concessão federal confirmaram a entrada na concorrência paulista. "Estamos nos preparando para entrar nos leilões de São Paulo, tanto do Rodoanel como dos outros cinco lotes previstos", disse o

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presidente da BR Vias, Martus Tavares. Contatado pela reportagem do DCI, o porta-voz da empresa não pôde falar por estar finalizando a proposta do leilão.

Mais direto, o presidente da OHL, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho, foi categórico: "Vamos entrar no Rodoanel de São Paulo".

Se por um lado, parte das rodovias exploradas pela CCR corta o trecho de 32 quilômetros licitado, uma vantagem estratégica para a implantação do projeto, por outro, a vitória seria vantajosa para as concorrentes, porque as ajudaria no preparo para a o futuro leilão das rodovias paulistas, D. Pedro I, Raposo Tavares e Marechal Rondon, que serão licitadas ainda este ano.

Concorrência

De acordo com Arthur Pioto Filho, diretor financeiro e de Relações com Investidores da CCR, a concorrência do Rodoanel deve ter um número de empresas bem menor do que o leilão federal, a que a companhia não levou nenhum lote. Atualmente, a concessionária controla as rodovias AutoBan, ViaOeste, NovaDutra, Ponte Rio-Niterói, ViaLagos e RodoNorte, além da concessão da Linha 4 do Metrô paulista. Amanhã será escolhida a empresa que apresentar a menor proposta de pedágio, com teto de R$ 3,00. A partir daí, a vencedora passará pelo processo de qualificação para a análise da proposta. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), coordenadora do leilão, confirma o recebimento de algumas propostas, mas não diz de quais empresas.

Composição

Criada em 2006, a BRVias é resultado da associação do Grupo Splice, do empresário Antonio Beldi, do Grupo Áurea, da família Constantino, além da construtora de Walter Torre, a WTorre Engenharia. Já a CCR tem em sua estrutura acionária grandes empresas, como Camargo Corrêa, Serveng Construtora, Andrade Gutierrez e a portuguesa Brisa.

CCR, OHL e BR Vias devem concorrer ao trecho oeste do Rodoanel, cujos envelopes apresentados serão abertos amanhã. Vence quem oferecer a menor tarifa e pagar R$ 2 bi.

Vencedora terá de investir R$ 804 milhões

A concessionária que vencer o leilão do Rodoanel deve investir R$ 804 milhões ao longo da concessão, que durará 30 anos, de acordo com o edital publicado pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), coordenadora da concorrência.

Do valor total de aportes, cerca de R$ 280 milhões -35%- serão aplicados logo nos três primeiros anos de concessão. Dentro do pacote de investimentos, está a implantação de vias marginais entre as interseções da saída Padroeira e Rodovia Raposo Tavares, além da construção de faixa adicional entre os trevos das Rodovias Castello Branco e Raposo Tavares.

Estão previstas, ainda, obras de recuperação de seis quilômetros da Marginal de Carapicuíba e a construção de três passarelas.

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Ferrovias - Após anunciar lucro, ALL planeja investir na malha ferroviária santista(DCI 10.03.2008 B-1 Empresas & Negócios)

Dentro do pacote de investimentos previstos pela América Latina Logística (ALL) para os próximos anos, a operadora logística reserva cerca de R$ 16 milhões para a Baixada Santista, sendo R$ 9 milhões para melhorias nos trilhos no entorno do Porto de Santos. Entre os serviços que a empresa pretende executar na região, está a reforma de uma ponte e a melhoria das linhas, além da recuperação ou troca de locomotivas. Os aportes visam aumentar a participação no mercado, incrementando o volume transportado, o que pode refletir em ganhos de escala e na redução de tarifas, seguindo a estratégia global que a ALL tem adotado nos negócios.

Recentemente, ao divulgar os resultados econômicos do ano passado, a ALL afirmou que conseguiu reduzir a tarifa média de seus serviços, registrando, um incremento de 10% no volume de operações. Ao falar sobre os investimentos aplicados, Bernardo Hess, diretor presidente da ALL, conta que os investimentos de 2007, ficaram na casa dos R$ 650 milhões, totalizando, ao longo dos últimos 10 anos, R$ 2,4 bilhões. "A projeção é de que esse número ultrapasse a casa dos R$ 3 bilhões em 2008", calcula.

Hess conta que a empresa pretende consolidar a recuperação de 50 locomotivas e a reforma de 1,2 mil vagões que eram da BR Ferrovias - comprada em 2006. A meta é somar as unidades à capacidade de operações e incrementar os negócios em 2008.

Trens metropolitanos

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) deve investir até 2010 cerca de R$ 2,5 bilhões em obras de melhoria e expansão nos sistemas de metrôs e de trens urbanos de passageiros em todo o país, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa foi lançado pelo governo federal em janeiro de 2007 e prevê investimentos totais de R$ 503,9 bilhões em quatro anos, dos quais R$ 58,3 bilhões para logística. A CBTU atua nos sistemas dos metrôs de Belo Horizonte (MG) e de Recife (PE) e nos sistemas de trens urbanos que também de João Pessoa (PB), Maceió (AL) e Natal (RN). Além disso, atua nas companhias que foram estadualizadas e nos metrôs de Salvador (BA) e Fortaleza (CE).

Perimetral

A obra da avenida perimetral da margem direita do Porto de Santos foi retomada na última sexta-feira, oito dias após o embargo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A obra foi embargada porque a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não havia encaminhado as análises do acompanhamento arqueológico da via ao Iphan. A construção começou há um ano e está orçada em R$ 58 milhões.

A Vivo faz proposta de orçamento para investir R$ 6 bilhões em 2008, sendo R$ 3,36 para a operadora. Já a Telecom Italia anuncia aportes de cerca de R$ 3,8 bilhões para a TIM.

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Regras de licitação: Marítima insiste para Petrobras fazer concorrência(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Marina ItoO imbróglio entre a Marítima Petróleo e Engenharia e a Petrobras deve continuar por um bom tempo. A Marítima entrou com recursos especial e extraordinário contra a decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que considerou legal a modalidade convite feita pela Petrobras em licitações para obras com valores maiores. Os recursos são assinados pelos advogados Sérgio Bermudes, Bruno Calfat e Marcelo Fontes.

A Marítima alega que está sendo excluída das licitações da Petrobras, feitas sob a modalidade convite. A Marítima quer que a Petrobras adote a modalidade de concorrência para obras complexas e que envolvam valores milionários.

Segundo a defesa da Marítima, ao adotar o convite, a Petrobras viola o artigo 23, da Lei 8.666/93. O dispositivo da Lei das Licitações estabelece que para obras e serviços de engenharia, a modalidade convite só poderá ser adotada na contratação que envolva valor abaixo de R$ 150 mil.

O cerne da questão, de acordo com os advogados da Marítima, é saber se o artigo da Lei das Licitações aplica-se à Petrobras. Segundo a Marítima, a licitação por concorrência é indispensável quando envolve obras relativas às plataformas de petróleo e gás para que a administração tenha qualidade e melhor preço.

A empresa quer que o Supremo Tribunal Federal decida se, ao adotar a modalidade convite para licitações que envolvam valores milionários, a Petrobras viola o artigo 37, caput, inciso XXI, e o artigo 173, parágrafo 1º, III, da Constituição. Para a Marítima, a decisão da 3ª Câmara violou esses dispositivos, já que mesmo a sociedade de economia mista, como é a Petrobras, deve observar os princípios da administração pública.

A tese da Marítima é de que as normas especiais até podem simplificar os procedimentos, mas não “ampliar e deturpar o estabelecido em norma cogente”.

“É inconcebível que se permita à mais importante das empresas brasileiras promover licitações bilionárias na base do simples convite, que fere a impessoalidade, a legalidade, como também pode atentar contra a moralidade”, concluem.

O casoEm 2001, a Marítima entrou com uma ação na Justiça do Rio de Janeiro para pedir que fosse declarada ilegal a licitação por convite pela Petrobras para a realização de obras de grandes valores. A empresa também pediu a condenação da Petrobras ao pagamento de indenização pelos prejuízos causados ao excluir a empresa das licitações.

Em primeira instância, foi concedida liminar à Marítima para suspender as licitações da Petrobras. A empresa recorreu da liminar e a 3ª Câmara a suspendeu.

A Marítima, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça que concedeu efeito suspensivo à decisão do TJ fluminense e manteve a posição de primeiro grau quanto à suspensão das licitações.

Ao considerar que havia risco para a atividade da Petrobras, caso a suspensão das licitações fosse mantida, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, votou por conceder a liminar à Petrobras.

Ao analisar o mérito, o juiz da 15ª Vara Cível do Rio de Janeiro julgou o pedido da Marítima procedente, inclusive a indenização. Já a 3ª Câmara do TJ reformou a decisão. O desembargador Antonio Eduardo Duarte, relator do recurso, entendeu ser legal a licitação através de carta convite. Para ele, além de

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permitir uma maior rapidez e simplificação do procedimento, insere a empresa em um cenário de livre competição.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64515,1

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ADVOGADOS

Confronto corporativo (O Estado de São Paulo 08.03.2008 A-3 Notase e Informações)

A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi condenada pela Justiça Federal a pagar R$ 50 mil a um juiz trabalhista de Cubatão, por danos morais. Ele foi incluído na “lista de inimigos” da entidade em 2007, por iniciativa de um advogado que se sentiu ofendido em ação julgada pelo magistrado. Este foi mais um episódio da briga intermitente entre juízes e promotores e a OAB. Esta fase das escaramuças foi inaugurada quando o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, classificou como “fascistas” os expedientes que a OAB vem utilizando para criticar juízes e promotores que desrespeitam as prerrogativas profissionais da categoria.

Os últimos choques ocorreram em sessões de desagravo - uma patrocinada pelo Ministério Público, em solidariedade a três promotores, e outra promovida pela OAB paulista, com a presença de antigos presidentes da entidade - nas quais os oradores trocaram ásperas acusações. E, na decisão em favor do juiz trabalhista de Cubatão, a Justiça Federal afirmou que a OAB não pode continuar agindo como “uma Serasa das autoridades”.

A pendenga entre as corporações jurídicas começou há alguns anos quando alguns dirigentes de seccionais da OAB ameaçaram negar o registro profissional a magistrados e promotores depois que deixassem seus cargos públicos, o que os impediria de advogar. E “esquentou” quando as seccionais de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a divulgar “listas negras” de desafetos pela internet. Na época, sites jornalísticos especializados no setor forense, como o Consultor Jurídico, classificaram a elaboração das listas como “campanha de caça” da OAB aos seus inimigos. Com 180 nomes, a primeira lista divulgada pela OAB paulista incluiu, além de integrantes do Ministério Público e do Judiciário, delegados de polícia, serventuários judiciais, parlamentares, gerentes de banco e até jornalistas.

Muitos magistrados foram incluídos nas “listas negras” por se recusarem a receber advogados fora das audiências. Alguns delegados e promotores foram acusados de invadir escritórios de advocacia. Serventuários judiciais foram incluídos por não terem acolhido reivindicações feitas por advogados. E os jornalistas, por terem, no exercício da liberdade de opinião assegurada pela Constituição, criticado a OAB em reportagens. A entidade alega que ela é “uma trincheira de resistência” a condutas autoritárias e que os profissionais por ela “listados” teriam, de algum modo, “dificultado o exercício da advocacia”.

Em resposta, associações de juízes e promotores afirmam que o verdadeiro objetivo da corporação seria retaliar quem não cede a pressões de seus integrantes. Elas acusam os advogados de utilizar as “listas negras” com o objetivo de intimidar servidores dos poderes públicos - e até funcionários de empresas privadas - que têm regras e procedimentos para cumprir e não podem acolher reivindicações absurdas. As mais recorrentes seriam o atendimento fora de expediente e a reivindicação de salas, elevadores e estacionamentos privativos.

Foi numa dessas trocas de acusações que o procurador Rodrigo Pinho acusou a OAB de recorrer a “métodos fascistas e macarthistas” e classificou a elaboração e a divulgação das “listas negras” como iniciativa “ignominiosa” e “excrescência incompatível com o regime democrático”.

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Todas as partes se excederam. Mas o fato é que a criação de um “cadastro de desafetos” pela OAB e a tentativa de aplicar sanções a quem nem mesmo pertence à entidade configuram um comportamento despropositado, pois não cabe aos advogados julgar promotores e juízes.

A denúncia de eventuais abusos praticados por esses profissionais tem de ser formalmente encaminhada pela OAB às corregedorias do Poder Judiciário e do Ministério Público. Pelo próprio Estatuto da Advocacia, o máximo que os advogados podem fazer, além disso, é promover atos de desagravo quando um colega for ofendido no exercício da profissão. Não cabe à corporação de ofício criar “listas negras” de desafetos e divulgá-las na internet com o indisfarçado objetivo de constranger e intimidar. Se no passado a OAB soube defender a democracia e as liberdades fundamentais, hoje, o que ela defende são interesses corporativos menores.

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Universidade que aprovou menino de 8 anos tem baixo índice de aprovação na OAB(OAB/RJ – 07.03.2008)

Do site do Conselho FederalA Universidade Paulista (Unip), que aprovou no seu último vestibular para a Faculdade de Direito de Goiás uma criança de oito anos - João Victor Portellinha de Oliveira - obteve resultados pífios no exame de Ordem unificado realizado em janeiro último. Entre 538 alunos da Unip que prestaram o exame nos estados de Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, apenas 118 bacharéis conseguiram aprovação, perfazendo a média de 21.93% de aprovação. Os dados nos Campi da Unip no estado de São Paulo não foram computados porque a Seccional paulista da OAB ainda não aderiu ao exame unificado promovido pelo Conselho Federal da entidade.

Em Brasília, 257 alunos da Unip se inscreveram no exame, 251 fizeram a prova e 71 conseguiram êxito, totalizando 28,29% de aprovação na primeira etapa. Em Goiás, 126 estudantes se inscreveram, 124 prestaram o exame e apenas 25 conseguiram aprovação, perfazendo 20,16% de aprovação.

Foi em Manaus que a Unip registrou o seu pior resultado. Dos 163 bacharéis em Direito que se submeteram à prova (de um total de 171 inscritos), apenas 22 conseguiram êxito, totalizando meros 13,50% de aprovação no exame unificado.

A primeira fase a que se refere a estatística foi realizada no dia 20 de janeiro deste ano em todos os Estados que adotaram o Exame de Ordem unificado, ou seja, com provas aplicadas no mesmo dia e com conteúdo igual para todas as Seccionais.

http://www.oab-rj.org.br/index.jsp?conteudo=4975

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AGRONEGÓCIOS

Agronegócios - Embrapa só aguarda o PAC para crescer. Recursos do programa duplicarão orçamento da empresa, que já tem planos para expansão de pequisas e parcerias com iniciativa

privada.(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-6 Economia)

Agnaldo BritoDa agência Estado

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), empresa pública de direito privado, aguarda com expectativa uma mudança histórica. No próximo mês, quando completará 35 anos, um pacote de medidas promete transformá-la numa Petrobras do agronegócio, para o Brasil e para o mundo. O PAC da Embrapa, que será anunciado pelo presidente Lula (provavelmente dia 26 de abril, dia do aniversário da empresa), dará mais dinheiro, gente e, principalmente, chance de montar negócios no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, algo impossível hoje.

Dona de um pacote tecnológico único para agricultura tropical no Hemisfério Sul, a direção da empresa acredita que, finalmente, terá condições de negociar parcerias e vender conhecimento a qualquer país da região.

Segundo Silvio Crestana, presidente da Embrapa, o PAC ampliará em quase 50% o orçamento atual. A previsão é que receba do Tesouro mais R$ 500 milhões. Hoje, o orçamento da empresa é de R$ 1,17 bilhão. Além disso, poderá ter mais gente para acelerar as pesquisas. Por ano, a Embrapa lança entre 50 e 60 novas variedades e o plano é acelerar esses lançamentos.

Crestana diz que com o PAC da Embrapa será possível contratar mais 1,6 mil funcionários. "Pelo menos a metade desse grupo será de pesquisadores." Hoje, a Embrapa tem 10,2 mil funcionários.

metas. O pacote de apoio a empresa definirá metas institucionais e científicas, que terão de ser cumpridas num prazo de três anos. A meta é acelerar as pesquisas de novas variedades e estudar problemas atuais, como mudanças climáticas e os efeitos sobre a agricultura brasileira e a agroenergia. A Embrapa já criou uma divisão para o setor que já estuda variedades de oleaginosas para a produção de biodiesel e pretende entrar nas pesquisas para produção de etanol a partir de celulose.

Os Estados Unidos estão empenhando bilhões de dólares para dotar o país de capacidade de produção de etanol de vários tipos de biomassa. Há estudos no Brasil, mas entre os especialistas em bioenergia há consenso de que os esforços aqui ainda engatinham.

O PAC da Embrapa não trará apenas recursos financeiras e humanos. A idéia é abrir a empresa aos negócios. A partir do pacote, a empresa quer criar a Embrapa Participações e a Embrapa Internacional. Crestana avalia que as alterações na lei que criou a empresa em 1973 serão flexibilizadas para que se permita acordos com empresas privadas.

Com a Embrapa Participações, o objetivo é formar empresas com parceiros para explorar nichos de mercado. Um dos primeiros negócios que podem ser viabilizados será a criação de uma empresa para

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desenvolver tecnologia de álcool celulósico. "A Embrapa fica com a agenda de ciência e tecnologia e o parceiro privado com a agenda do negócio", diz Crestana.

focos. Já a Embrapa Internacional terá dois focos distintos: humanitário e de negócios em países similares. No front humanitário, a empresa planeja participar de iniciativas de reconstrução de países pobres. Atuará, segundo Crestana, como uma companhia com pacotes tecnológicos capazes de viabilizar a agricultura de subsistência, em regiões pobres e em apoio a instituições como a FAO e o Banco Mundial.

No campo dos negócios, a empresa acha que, além de deter tecnologia adaptada a zonas tropicais, poderá levar consigo empresas brasileiras de bens de capital, como máquinas e implementos, e de desenvolvimento de sementes, por exemplo. A expectativa é que o PAC da Embrapa amplie a relação de investimento e retorno. Em 2007, cada real aplicado na Embrapa gerou outros R$ 13,20 em retorno. "Essa relação pode ser ainda maior", garante Crestana.

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Suíça - Salsicha acaba no Parlamento(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-6 Economia)

Jamil ChadeCorrespondente da agência Estado em Genebra

A ofensiva da União Européia contra o gado brasileiro ganhou um inesperado capítulo na semana passada. Na cidade de Berna, o Senado suíço convocou uma sessão especial para tratar da carne brasileira. A preocupação não era com os lucros das fazendas do País, mas sim com o fato de que o embargo à carne está impedindo os suíços de importarem o produto para a fabricação de seu prato mais tradicional: a salsicha.

O Ministério da Economia suíço informou aos parlamentares que não iria rever sua política em relação ao Brasil apenas por causa da salsicha, nem modificar suas exigências sanitárias para afrouxar os padrões. Segundo o governo, apenas provas científicas podem mudar o embargo.

O problema levantado pelos parlamentares, porém, é que o país pode agora simplesmente ficar sem salsicha. Historicamente, o produto conhecido como cervela era feito com carne local, mas hoje depende da tripa da carne brasileira para ser fabricado. O governo suíço adotou uma série de barreiras sanitárias contra a carne brasileira desde abril de 2006. O temor dos europeus é de que o intestino das vacas brasileiras podem estar contaminados com a doença da vaca louca.

Ao lado do fondue e da raclete, o prato é considerado patrimônio nacional suíço e seu desaparecimento seria uma perda da identidade nacional e causaria prejuízos de US$ 100 milhões, alegam os defensores da salsicha.

Para que seja produzida, a salsicha precisa do intestino da vaca brasileira. Mais precisamente da tripa do gado zebu, que permite o revestimento da carne com um diâmetro de 32 a 34 milímetros. A indústria suíça precisa de cerca de 20 mil quilômetros de tripas por ano para embalar as salsichas.

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Nos últimos meses, produtores suíços tentaram convencer os europeus a mudar a lei, mas não obtiveram sucesso. A Suíça não faz parte da União Européia, mas, pelo fato de compartilhar fronteiras com os países do bloco, segue as mesmas orientações no campo sanitário.

No Parlamento suíço, o senador Rolf Buttikoffer apelou para que o governo reveja o embargo. Já a ministra da Economia, Doris Leuthard, prometeu estudar uma alternativa à carne brasileira. Ela garante que, apesar de ser consumidora da salsicha, nunca pensou que o produto dependeria do Brasil.

Para se ter idéia do que representa a salsicha na culinária suíça, basta olhar o cálculo dos produtores. Por ano, os 7 milhões de habitantes do país consomem 160 milhões de salsichas.

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Mercado - Recorde na exportação de produtos agrícolas(DCI 10.03.2008 B-3 Agronegócios)

As exportações de produtos agrícolas foram recorde no mês de fevereiro, mostram números do Ministério da Agricultura (Mapa). Os embarques de produtos agrícolas renderam US$ 4,4 bilhões, crescimento de 28,8% na comparação com o mesmo mês de 2007. O superávit comercial foi de US$ 3,3 bilhões. Pela primeira vez, também as exportações no período de 12 meses alcançaram cifra acima dos US$ 60 bilhões. Os três dados são recordes.

Os aumentos das vendas externas de carnes (31,5%), produtos florestais (28,3%), soja (40,6%), cereais, farinhas e preparações (168%) e suco de frutas (105%) foram os principais produtos responsáveis pelo desempenho positivo da balança comercial agrícola do mês passado. As informações constam em nota distribuída pela assessoria de imprensa do ministério.

Soja

As vendas externas do complexo soja (grão, óleo e farelo) cresceram 40,6% acima do valor exportado em igual período de 2007. Esse resultado foi possível graças ao aumento de 64,3% no preço médio da soja e seus derivados.

Dentre os setores menos tradicionais na pauta de exportações, destacaram-se, pelo incremento, as vendas de animais vivos (104,4%), produtos apícolas (81,4%) e lácteos (61,7%).

O resultado recorde da balança comercial do agronegócio no período de 12 meses (fevereiro de 2007 a fevereiro de 2008), em que as exportações atingiram os US$ 60,2 bilhões, se deu em razão do excelente desempenho do comércio externo nos dois primeiros meses de 2008. No bimestre, as vendas somaram US$ 9,1 bilhões, com acréscimo acumulado de 24,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Novo recorde na agricultura (O Estado de São Paulo 10.03.2008 A-3 Notas e Informações)

A agricultura brasileira deve bater mais um recorde na safra 2007-2008, apesar do atraso das chuvas e do plantio na última primavera. As águas chegaram atrasadas, mas ainda a tempo de permitir uma produção superior a 139 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas - algodão, arroz, feijão, milho, soja, trigo e algumas lavouras de menor porte. No segundo levantamento, realizado em fevereiro, o IBGE estimou uma produção total de 139,6 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, calculou uma safra pouco menor, de 139,3 milhões, mas também recorde.

As duas instituições têm colaborado nesse trabalho e suas estimativas tendem a convergir. As diferenças atuais são muito menores do que haviam sido até a última temporada.

O bom desempenho da agricultura deverá garantir mais um ano de resultados favoráveis no comércio exterior. No ano passado, o superávit comercial do agronegócio - diferença entre a receita da exportação e o dispêndio com a importação - chegou a US$ 49,7 bilhões, segundo as contas do Ministério da Agricultura. Esse resultado, 16,3% superior ao de 2006, foi facilitado pela forte demanda internacional de alimentos, sustentada principalmente pela prosperidade chinesa. Neste ano, as projeções dos especialistas indicam a manutenção de bons preços no mercado internacional.

Internamente, as perspectivas de bons ganhos para a agricultura permitem prever, por enquanto, boas vendas para o comércio varejista no interior e, também, a continuação da forte procura de equipamentos agrícolas. Os fabricantes de tratores, colheitadeiras e implementos tiveram bom desempenho no ano passado e em 2008 o cenário deve continuar favorável ao setor.

A produção de grãos e oleaginosas será 5,8% maior que a da safra anterior, segundo a Conab, ou 5,1%, de acordo com o IBGE. A diferença está nas bases de comparação. Seja como for, as novas estimativas superam as de janeiro e as notícias provenientes das zonas onde se processa a colheita da soja são animadoras.

A perspectiva de preços pelo menos tão bons quanto os de 2007 estimulou a expansão da área plantada da soja, do milho e do trigo. Mas o crescimento da produção deve resultar principalmente do aumento da produtividade: 2,7% para o algodão em pluma, 9,9% para o amendoim, 6,3% para o arroz, 3,3% para o feijão (consideradas as três safras anuais), 4,1% para o milho (nas duas safras), 0,5% para a soja e 65,7% para o trigo (severamente prejudicado, no ano anterior, pelo tempo desfavorável).

A boa produção deve permitir não só a exportação de volumes consideráveis de matérias-primas e de produtos transformados, mas também um abastecimento interno tranqüilo. Como os preços foram altos na última temporada, não deverá haver problemas importantes para o consumidor nacional neste ano. Alguns preços poderão até baixar. O do feijão já recuou no varejo, em fevereiro, e poderá continuar em queda a partir de abril, com a entrada da segunda safra. Esta foi a avaliação do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, feita na apresentação do novo levantamento da Conab.

Stephanes chamou a atenção, também, para um detalhe de considerável importância: a expansão das lavouras de cana, estimulada pelo programa de biocombustíveis, não está impedindo o crescimento da produção de alimentos. As lavouras de grãos e oleaginosas, disse o ministro, estão avançando em regiões de pastagens degradadas. Além disso, o aumento da safra de grãos e oleaginosas continua dependendo mais dos ganhos de eficiência do que da ampliação da área plantada. A Conab estimou em

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1,2% o aumento da área destinada a essas lavouras. Está prevista, no entanto, uma produção 5,8% maior que a do ano anterior.

O ministro poderia ter acrescentado um detalhe nem sempre lembrado pelos envolvidos na discussão sobre o etanol: as decisões de plantio continuam sendo amplamente determinadas pela evolução dos preços e isso contribuiu, nos últimos tempos, para deter o avanço da cana, mas não o da soja e o do milho.

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Agronegócios - Embrapa quer se tornar global. Empresa espera pacote do governo que lhe dará dinheiro, pessoal e o direito de fazer negócios no País e no mundo

(O Estado de São Paulo 09.03.2008 B-13 Economia)

Agnaldo Brito

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), empresa pública de direito privado, aguarda com expectativa uma mudança histórica. No próximo mês, quando completará 35 anos, um pacote de medidas promete transformá-la numa Petrobrás do agronegócio, para o Brasil e para o mundo. O PAC da Embrapa, que será anunciado pelo presidente Lula provavelmente em 26 de abril, dia do aniversário da empresa, dará mais dinheiro, gente e, principalmente, chance de montar negócios no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, algo impossível hoje.

Dona de um pacote tecnológico único para agricultura tropical no Hemisfério Sul, a direção da empresa acredita que, finalmente, terá condições de negociar parcerias e vender conhecimento a qualquer país.

Segundo Silvio Crestana, presidente da Embrapa, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ampliará em quase 50% o orçamento atual. A previsão é uma verba do Tesouro de mais R$ 500 milhões. Hoje, o orçamento da empresa é de R$ 1,17 bilhão. Além disso, poderá ter mais gente para acelerar as pesquisas. Por ano, a Embrapa lança entre 50 e 60 novas variedades agrícolas e o plano é acelerar esses lançamentos.

Com o PAC da Embrapa, segundo Crestana, será possível contratar mais 1,6 mil funcionários. “Pelo menos a metade desse grupo será de pesquisadores.” Hoje, a Embrapa tem 10,2 mil funcionários.

O pacote de apoio definirá metas institucionais e científicas, que terão de ser cumpridas num prazo de três anos. A meta é acelerar as pesquisas de novas variedades e estudar problemas atuais, como mudanças climáticas e os efeitos sobre a agricultura brasileira e a agroenergia. A Embrapa já criou uma divisão para o setor que estuda variedades de oleaginosas para a produção de biodiesel e pretende iniciar pesquisas para produção de etanol a partir de celulose.

Os Estados Unidos estão empenhando bilhões de dólares para dotar o país de capacidade de produção de etanol de vários tipos de biomassa. Há estudos no Brasil, mas entre os especialistas em bioenergia há consenso de que os esforços aqui ainda engatinham.

EMPRESA DE NEGÓCIOS

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O PAC da Embrapa não trará apenas recursos financeiras e humanos. A idéia é abrir a empresa aos negócios. A partir do pacote, a empresa quer criar a Embrapa Participações e a Embrapa Internacional. Crestana avalia que as alterações na lei que criou a empresa em 1973 serão flexibilizadas para que se permita acordos com empresas privadas.

Com a Embrapa Participações, o objetivo é formar empresas com parceiros para explorar nichos de mercado. Um dos primeiros negócios que podem ser viabilizados é a criação de uma empresa para desenvolver tecnologia de álcool celulósico. “A Embrapa fica com a agenda de ciência e tecnologia e o parceiro privado com a agenda do negócio”, diz Crestana.

A Embrapa Internacional terá dois focos distintos: humanitário e de negócios em países similares. No front humanitário, a empresa planeja participar de iniciativas de reconstrução de países pobres. Atuará, segundo Crestana, com pacotes tecnológicos capazes de viabilizar a agricultura de subsistência, em regiões pobres e em apoio a instituições como a FAO e o Banco Mundial.

No campo dos negócios, a empresa acha que, além de deter tecnologia adaptada a zonas tropicais, poderá levar consigo empresas brasileiras de bens de capital, como máquinas e implementos, e de desenvolvimento de sementes, por exemplo. A expectativa é que o PAC amplie a relação de investimento e retorno. Em 2007, cada real aplicado na Embrapa gerou outros R$ 13,20 em retorno. “Essa relação pode ser ainda maior”, afirma Crestana.

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AMBIENTAL

Câmara - PV discute se deixa o governo. Bancada está insatisfeita comprojetos ambientais.(Jornal do Brasil 10.03.2008 A-4 País)

O PV vai reunir sua bancada da Câmara na próxima semana para discutir a permanência na base aliada do governo federal. Insatisfeito com ações do Palácio do Planalto, o partido estuda deixar a base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns parlamentares da legenda, inclusive, já se declararam independentes do governo.

O governo deflagrou uma operação para manter o PV na sua base aliada com a promessa de liberação de recursos orçamentários. Como o Orçamento da União de 2008 ainda não foi aprovado pelo plenário do Congresso, parlamentares governistas estariam oferecendo contrapartidas ao partido caso o PV permaneça na base aliada.

Cooptação

Oficialmente, integrantes da legenda negam o movimento de suposta cooptação. Nas últimas duas semanas, enviados do Planalto procuraram pelo menos dez dos 14 integrantes da bancada do PV. Segundo integrantes da legenda, foram procurados os deputados que são parlamentares de primeiro mandato, que estariam mais vulneráveis aos apelos do governo.

Porém, se a relação com o governo for rompida, os deputados afirmam que a tendência é de o PV partir para a independência e não para a oposição. Essa decisão pode gerar conseqüências para o governo, uma vez que o PV tem duas vagas (uma de titular e outra de suplente) na Comissão Parlamentar Mista

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de Inquérito (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos. Os deputados do PV que integrarão a comissão ao Antônio Roberto (MG) e Edson Duarte (BA).

Reivindicações

No último dia 20, a bancada do PV foi até o Palácio do Planalto para encaminhar uma lista com uma série de reivindicações. Os pedidos foram entregues durante reunião com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. O partido quer que o governo dê mais atenção à política ambiental.

Na lista de 42 prioridades estão medidas mais ostensivas contra o desmatamento na Amazônia, além da suspensão de qualquer negociação que conceda novas autorizações que se destinem a desmatamentos na área e o fim das permissões para a exploração de madeira.

O PV quer, ainda, que seja criada uma comissão externa para acompanhar as ações na região. A decisão de rompimento, ou mesmo de independência, do partido, gamhou mais força a partir do lançamento da candidatura do deputado Fernando Gabeira à Prefeitura do Rio, numa coligação que envolve partidos de esquerda, que apoiam o governo e o PSDB.

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Aquecimento - UE debate clima e pressão migratória. Pela 1.ª vez, governos tratam da questão ambiental ligada à segurança

(O Estado de São Paulo 10.03.2008 A-15 Vida&)

Jamil Chade, GENEBRA

Na tríplice fronteira européia - entre Alemanha, França e Suíça - o controle de agentes foi reforçado nas últimas semanas na cidade da Basiléia para tentar impedir o movimento de imigrantes ilegais. Mas se a Europa está alarmada com o volume de imigrantes que tentam todos os anos entrar em seu território, inclusive o de brasileiros, o problema pode ser multiplicado nos próximos anos.

Um documento que será apresentado aos chefes de Estado da União Européia nesta semana alerta que imigrantes motivados pela seca, mudanças climáticas e fome vão se multiplicar até 2020.

O documento diz que, por sua proximidade com o Norte da África e Oriente Médio, a Europa deverá sofrer uma “pressão migratória em suas fronteiras e a instabilidade política e os conflitos poderão aumentar no futuro”.

O tema será debatido pelos líderes europeus na quinta-feira e, por enquanto, a estratégia da UE será a de lutar contra as mudanças climáticas como forma de conter os imigrantes. Essa será a primeira vez que governos tratarão da questão ambiental como um aspecto da segurança de suas fronteiras.

Até agora, o tema ficou quase que exclusivamente restrito a questão de emissões de CO2 ou desmatamento. Segundo o levantamento a ser apresentado, até 15% das terras aráveis no mundo poderão ser perdidas, com 5 milhões de pessoas afetadas. “A migração para a Europa deverá se intensificar”, alerta o documento que será apresentado aos 27 países do bloco pelo comissário de Relações Exteriores, Javier Solana, um espanhol. Hoje, cerca de 500 mil imigrantes ilegais entram na Europa por ano, um número que assusta os governos.

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A idéia é que, com os novos alertas sobre os riscos para a segurança nas fronteiras, os chefes de Estado dêem um mandato para que a Comissão Européia (o braço executivo do bloco) formule novas propostas até o final do ano para lidar com o problema da imigração e das mudanças climáticas.

A UE quer cortar em 20% suas emissões de CO2 até 2020 e a conferência nesta semana será usada para rever essa meta. Mas Solana deve alertar aos governos de que tal medida não será suficiente.

Nas Nações Unidas, o relator especial para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, insiste que o mundo não terá outra alternativa senão criar o status de “refugiado da fome” para aqueles que estejam tentando escapar de sérias mudanças climáticas em seus países.

“Hoje, a fome não é considerada como um fator que legitima um refugiado.”

Leia mais sobre imigração no caderno Metrópole

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A Usina de Tijuco Alto (O Estado de São Paulo 09.03.2008 A-3 Notas e Informações)

O projeto de construção da Hidrelétrica de Tijuco Alto, no Vale do Ribeira, é um exemplo de como as coisas demoram para ser resolvidas no Brasil: discutido desde os anos 50, quando começaram os estudos do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) para o aproveitamento do Rio Ribeira de Iguape, a concessão de exploração foi outorgada em 1988, portanto há 20 anos, ao Grupo Votorantim, mas só agora o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu parecer favorável à construção. Ainda não é tudo: falta atender a alguns quesitos para que seja concedida a Licença Prévia de Instalação, que antecede a concessão da Licença Definitiva - sem prazo para ser outorgada.

Tijuco Alto é também um exemplo da tenacidade do empresário Antônio Ermírio de Moraes, cujo grupo investiu dezenas de milhões de reais para elaborar sucessivos projetos que atendessem às exigências ambientais - primeiro, dos órgãos estaduais de São Paulo e do Paraná e, depois, da União - e para adquirir as terras vizinhas ao empreendimento e mantê-las ocupadas por duas décadas.

Trata-se de uma usina de porte médio, com 144 MW de capacidade - 1% da capacidade de Itaipu. Mas sua construção tem um objetivo estratégico: aumentar a energia própria gerada pela Votorantim para produzir alumínio na região de Mairinque. Grande consumidora de energia, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), maior fábrica de alumínio primário da América Latina, quer gerar 60% da energia que consome, ante a média mundial de 28%. Poderá reduzir, assim, além de custos, a sua dependência da energia de terceiros.

A CBA já investiu R$ 1,2 bilhão na implantação das Usinas Hidrelétricas de Piraju e Ourinhos, no Rio Paranapanema, além de participar das Usinas Barra Grande e Campos Novos, instaladas em Santa Catarina, e da Usina de Machadinho, no Rio Uruguai. Além disso, a CBA investiu na modernização das Usinas Hidrelétricas de Santa Helena e Votorantim, no Rio Sorocaba. Ao todo, a CBA mantém 18 hidrelétricas, distribuídas em diversos Estados do Brasil, inclusive uma subestação de distribuição de energia. “A autogeração de energia é um importante fator competitivo que nos permite disputar espaço

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com concorrentes globais, além de contribuir para reduzir os riscos de um futuro déficit na oferta deste insumo no País”, destaca Antônio Ermírio.

São duas as ressalvas do Ibama sobre Tijuco Alto. Primeira, uma solução para a inundação da Gruta da Mina, já comprometida pela exploração de minérios, e da Gruta do Rocha. Ambas serão cobertas com o enchimento do reservatório. A outra é a outorga dada pela Agência Nacional das Águas (ANA) para uso dos recursos hídricos do Ribeira, que terá de ser revalidada.

O projeto de Tijuco Alto foi aprovado, há muito, pelos órgãos de meio ambiente do Paraná, Estado que levou em conta as vantagens da usina para o desenvolvimento da região fronteiriça com São Paulo, notadamente as cidades de Adrianópolis, Dr. Ulysses e Cerro Azul.

Os obstáculos foram maiores em São Paulo, mas se reduziram desde meados do ano passado com a realização de audiências públicas nos municípios do entorno da usina. Serão inundados cerca de 5 mil hectares, afetando Ribeira e Itapirapuã Paulista, mas a Votorantim ofereceu recursos para reinstalar a população afetada.

Qualquer construção, de uma simples casa a uma hidrelétrica, provoca algum impacto no meio ambiente. A questão é avaliar os benefícios econômicos advindos da obra e os eventuais custos para a natureza. Foi essa a análise feita pelos oito técnicos do Ibama que subscreveram o parecer favorável ao projeto, considerando que os benefícios serão maiores do que os custos.

A situação de Tijuco Alto não é única, mas é característica da incerteza regulatória: ainda há, hoje, dezenas de projetos de usinas elétricas esperando por licença do Ibama. Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os projetos nesta condição poderiam gerar 5 mil MW.

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Preservação: entraves - Cidades ignoram fundo ambiental. Prefeituras deixam de arrecadar pelo menos R$ 4 bilhões em compensações pelos danos provocados por obras

(O Estado de São Paulo 09.03.2008 A-23 Vida&)

Adriana Fernandes e Luciana Nunes Leal

O desmatamento e os outros tipos de agressão ao ambiente rivalizam com as queixas de falta de dinheiro para ajudar na preservação, mas os recursos só não são maiores porque os municípios não se empenham na criação de fundos de compensação. Cálculo do presidente do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), Elias Araújo, com base em levantamentos sobre a existência e o funcionamento de fundos ambientais, mostra que as prefeituras podem arrecadar pelo menos R$ 4 bilhões para investir em ações ambientais.

A prática, porém, está longe desse ideal. Algumas cidades confundem compensação ambiental com escambo e aceitam doações de serviços e bens - carros e tratores, por exemplo - como contrapartida aos danos provocados por obras públicas e particulares.

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Araújo baseia-se em estudo do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), segundo o qual só 8% de cerca de mil fundos ambientais existentes no País - federal, estaduais e municipais - funcionam adequadamente.

O estudo foi feito em 2001, revisado em 2006 e novo levantamento está sendo feito pelo Funbio. O ambientalista Fernando Tatagiba, do Funbio, calcula que o porcentual de fundos ambientais que operam adequadamente não ultrapassa os 10%.

SÓ NO PAPEL

De modo geral, as prefeituras não criam os fundos por falta de informação e capacitação, por indefinições da legislação e, às vezes, por conveniência política. Uma das fontes para os recursos destinados a ações ambientais é a Lei 9.985, de 2000, que fixa regras para a compensação ambiental e obriga empresas a aplicar, em unidades de conservação, pelo menos 0,5% do valor dos empreendimentos que causem grande impacto.

Tatagiba acredita que a tendência a médio prazo é que cada vez mais municípios se interessem em assumir responsabilidades de, por exemplo, licenciar projetos, que permitem às prefeituras obterem receita com as taxas de compensação. Hoje, os Estados são os principais responsáveis.

Governos estaduais começam a municipalizar o licenciamento, mas às vezes enfrentam resistência dos prefeitos, como ocorreu no Espírito Santo (leia mais na pág. A24). “Assumir o licenciamento significa abrir uma fonte de recursos e dá crédito à imagem, o que é a chave para a captação de outros recursos”, diz Tatagiba, também coordenador da Rede Brasileira de Fundos Socioambientais.

Segundo o presidente do FNMA, que analisou arrecadações de municípios e Estados grandes, médios e pequenos, os mais de 900 fundos que ficam apenas no papel ou não cumprem a função de financiar ações poderiam gerar R$ 4 bilhões, “em uma visão conservadora”, mas os recursos poderiam chegar a R$ 6 bilhões anuais. “Existem várias formas de captar recursos e os fundos ambientais são a porta de entrada. Mas hoje há medo de vinculação de receitas. Os recursos não vão se realizar se não houver mecanismos para gerar a receita’, diz Araújo.

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Preservação - entreves. Prefeitos evitam cobrança de taxa ambiental por motivações políticas. Para evitar desgaste com empresários, gestores municipais preferem deixar responsabilidade nas

mãos do Estado (O Estado de São Paulo 09.03.2008 A-24 Vida&)

Adriana Fernandes e Luciana Nunes Leal

A perspectiva de grandes obras impulsionadas pela expansão da economia e pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal está levando alguns Estados a se movimentar para dar agilidade à cobrança de taxas ambientais e à aplicação dos recursos. Um dos caminhos para isso é transferir aos municípios a responsabilidade pelo licenciamento de projetos que causam impacto no meio ambiente, ao menos os de menor porte.

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A tarefa, no entanto, não é simples. Há mais de três anos o governo do Espírito Santo lançou um programa para municipalização do licenciamento, o que permitirá aos municípios receber a taxa de compensação ambiental, de no mínimo 0,5% do valor dos empreendimentos. Dos 78 municípios capixabas, só 6 (7,7% do total) assumiram a tarefa. Até o fim deste ano, somente mais 8 deverão aderir.

Para as prefeituras que alegaram falta de estrutura, equipamento e pessoal, o governo ofereceu computador e curso de capacitação. Mas isso não foi suficiente em muitos casos, e a resistência em assumir o licenciamento revelou uma preocupação mais política do que administrativa. “Muitos acham que é um desgaste político assumir a licença ambiental. E muitas vezes os prefeitos têm razão mesmo, o empreendedor faz pressão, reclama, depois não ajuda na campanha”, explica a secretária estadual de Meio Ambiente, Maria da Glória Brito Abaurre.

Resultado: “O governo do Estado acaba licenciando desde um novo porto até um lava-jato ou uma oficina mecânica. Muitas vezes tenho que mandar um funcionário graduado a uma cidade distante para autorizar um posto de gasolina”, conta.

Um dos municípios que ainda não assumiram o licenciamento ambiental, embora tenha recebido os incentivos estaduais, é São Mateus. O secretário de Meio Ambiente do município, Antenor Malverdi Filho, diz que há estudos para assumir em breve a responsabilidade. “A gente não tinha corpo técnico nem conhecimento. Se apenas seis municípios assumiram até agora, é porque não é fácil”, diz. Antenor reconhece o peso da questão política na decisão de a prefeitura assumir as licenças, a cobrança de taxas e a fiscalização dos empreendimentos. “Infelizmente, tem a questão política. Aqui, estamos muito próximos do empreendedor, tem que ter paciência e jogo de cintura. Ele pressiona o prefeito, que cobra do secretário. Com a municipalização, fica mais fácil o secretário de Meio Ambiente perder o cargo.”

No Rio, o governo estadual fechou convênio com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), no valor de R$ 1 milhão, para reestruturar o Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) e para criar um fundo específico de compensação ambiental, que receberá os recursos da cobrança.

“A simples regulamentação traz uma enorme segurança jurídica, já que a compensação tem impacto no custo do investimento. Ao se explicitar valor e uso, há uma sinalização favorável ao investidor”, diz o secretário de Fazenda do Rio, Joaquim Levy.

Levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que, até 2010, o Estado terá R$ 107 bilhões em investimentos. Como grande parte refere-se a obras de infra-estrutura, indústria de transformação e turismo, no mínimo R$ 500 milhões em compensação financeira vão reforçar o novo fundo. No Estado, dos 92 municípios, 21 (23%) assumiram o licenciamento.

FRAGILIDADE

Segundo o coordenador da unidade de Instrumentos Econômicos do Funbio, Manoel Serrão, os recursos cobrados com base na Lei 9.985 chegam “pingados”. Para piorar, o que entra no caixa não é destinado exclusivamente à demarcação e à preservação de unidades de conservação.

O superintendente de conservação da organização não-governamental WWF, Cláudio Maretti, reforça as críticas. Para ele, a taxa de compensação ambiental deve ser cobrada exclusivamente em dinheiro e os recursos não podem ser usados para outros fins, como pagamento de salários e manutenção dos órgãos ambientais.

“Para o desenvolvimento sustentável do País, a unidade de conservação tem que ser tratada como se fosse uma escola, um hospital”, diz Moretti.

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A situação ideal - recursos destinados exclusivamente à preservação - esbarra na realidade financeira de Estados e municípios. Em Goiás, 30% da receita do fundo ambiental é usada na manutenção da Secretaria de Meio Ambiente. Em Belo Horizonte, os recursos servem à implementação de projetos, mas também ao pagamento de salários e outras despesas. “É um defeito que o nosso fundo tem. Seria melhor que tivesse autonomia, mas depende de tramitação na Câmara Municipal e não é simples”, diz a titular da Secretaria Adjunta de Meio Ambiente, Flávia Moura Parreira do Amaral.

TROCAS

O pagamento da taxa de compensação ambiental por meio de bens e serviços, em vez de dinheiro, é prática comum nos municípios. Em Goiânia, o presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Clarismino Luiz Pereira Júnior, também presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), conta que a agência já recebeu veículos e equipamentos como pagamento pela licença para empreendimentos de grande impacto ambiental. “Tenho vans de educação ambiental, o ônibus Ecomóvel, tratores para plantio de mudas. São opções para receber a compensação.”

Sem contar os bens e serviços, Goiânia arrecada entre R$ 250 mil e R$ 300 mil mensais para o fundo ambiental. “Cada centavo recolhido para o fundo é rigorosamente aplicado em questões ambientais”, diz Clarismino.

Compensação gera disputas com empresas Entidade reclama da falta de regulamentação e quer transformar valor mínimo em teto

A compensação ambiental, prevista na Lei 9.985, de 2000, é uma das principais quedas-de-braço entre governo e iniciativa privada. A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib) reclama da falta de regulamentação e cobra agilidade e pragmatismo na definição de quatro pontos: fixar um valor máximo (a cobrança mínima é de 0,5% do valor da obra); criar uma metodologia para o cálculo; esclarecer o que é “significativo impacto ambiental” e definir a base de cálculo. A associação, representante de empresas que só em 2007 investiram R$ 70 bilhões em grandes empreendimentos, quer que o mínimo fixado na lei vire o teto da cobrança.

O presidente da Abdib, Paulo Godoy, também reclama do desvio do uso dos recursos da compensação para despesas que não estão ligadas às unidades de conservação. “A compensação ambiental foi criada para que um empreendimento compense financeiramente os impactos ambientais que não são mitigáveis. Esses valores devem ser destinados para a manutenção das unidades de conservação ambiental existentes no Brasil”, diz Godoy.

A associação argumenta que seria contraproducente fixar um teto alto de cobrança, pois implicaria em arrecadação maior do que a necessária e implicaria em risco de inviabilizar investimentos. Hoje, os porcentuais da compensação ambiental são fixados muitas vezes em negociações do poder público com as empresas, levando em conta a amplitude do dano causado ao meio ambiente.

NEGOCIAÇÃO

O presidente do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), Elias Araújo, concorda que é preciso tornar a lei mais clara e que a “operação é complicada porque depende de negociação caso a caso com a empresa”. No entanto, defende que o limite mínimo seja mantido em 0,5%. “O empresariado não percebeu ainda que ter o diferencial da atenção com o meio ambiente gera competitividade no mercado. É preciso quebrar barreiras e investir nessa área”, diz.

Outra compensação que tem causado brigas entre empresas e o poder público é aquela cobrada das empresas mineradoras. Municípios que têm minas de ferro, manganês, ouro e prata, localizados principalmente no Pará e em Minas, cobram na Justiça mais de R$ 2,5 bilhões da mineradora Vale. As

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prefeituras reclamam que, no pagamento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), a companhia não contabilizou a movimentação de carga dentro da mina.

A empresa considerou como frete, sobre o qual não é cobrada a taxa. “É custo de produção, não é frete”, reage o prefeito de Parauapebas (PA), Darci Lermen, vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores do Brasil. A prefeitura cobra R$ 650 milhões da Vale. A empresa, por meio da assessoria de imprensa, diz que fez os pagamentos “de acordo com as exigências da legislação em vigor”.

A Vale recorre na Justiça contra a inclusão da empresa na Dívida Ativa da União, já que o pagamento de R$ 428 milhões à prefeitura de Parauapebas foi determinado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DPMN). Segundo a Vale, a disputa judicial é decorrente “de divergências na interpretação da legislação”.

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Conama aprecia três resoluções sobre água em reunião plenária(MMA - 07.03.2008)

Gisele TeixeiraReunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), nos dias 11 e 12 de março, em Brasília, irá debater e aprovar três resoluções ligadas à água. Também serão apreciadas as propostas de moção e recomendação sobre a gestão compartilhada de Unidades de Conservação (UC) com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), entre outros assuntos da pauta.

A primeira resolução altera o artigo 34 da Resolução nº 357, referente a condições e padrões de lançamento de efluentes, com pareceres de pedido de vista da Agência Nacional de Águas (ANA), da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), do Instituto Vidágua - representante das entidades ambientalistas de âmbito nacional -, do Ministério de Minas e Energia (MME), da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes) e da Apromac - representante das entidades ambientalistas da região Sul do País. Essa resolução define, por exemplo, a quantidade máxima de metais pesados e substâncias orgânicas que os efluentes podem conter para serem despejados sem passar por tratamentos.

Uma outra resolução dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional. O texto já se encontra com requerimento de urgência aprovado e deve, portanto, ser aprovada nesta plenária, com eventuais alterações dos conselheiros. Essa resolução amplia a aplicação do Plano de Ação para, além dos portos, também dutos, estaleiros e marinas, por exemplo.

Por fim, também será votada resolução que dispõe sobre classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas. A plenária terá início às 9 horas do dia 11. O local é o auditório nº 1 do edifício sede do Ibama, no Setor de Clubes Esportivos Norte, trecho 2.

http://www.mma.gov.br/ascom/ultimas/index.cfm?id=3939

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Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil detecta que ainda existem problemas graves quanto à destinação adequada

(IDEC – 10.03.2008)

(Fonte: Ambiente Brasil, por Fernanda Machado) A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) lançou ontem, em Brasília, no Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil relativo a 2007.

A edição traz dados sobre a situação dos resíduos sólidos urbanos, abrangendo os de construção, demolição e coleta seletiva. Também trata de resíduos de saúde e industriais, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e reciclagem (confira alguns dados no final da matéria). O projeto é realizado pela Abrelpe e seus associados e contou com o patrocínio da Caixa.

Segundo a entidade, o Panorama/2007 revela importantes números sobre a geração, coleta e disposição final dos resíduos sólidos no Brasil, não como uma atualização dos dados oficiais, mas sim provindos de pesquisas nacionais de sua responsabilidade exclusiva.

O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS/SP); o presidente da Subcomissão Temporária sobre o Gerenciamento de Resíduos Sólidos no Senado Federal, senador Cícero Lucena (PSDB/PB) e o secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Luciano Zica, foram alguns dos presentes à solenidade.

O deputado Arnaldo Jardim falou da importância de empresas que lidam com a limpeza pública, como a Abrelpe, para a sociedade. Segundo o parlamentar, além da preocupação com os problemas e soluções referentes aos resíduos sólidos no Brasil, a entidade também está a serviço de uma mudança cultural, com a participação efetiva da sociedade quanto à coleta de lixo.

"Nos sentimos como devedores à sociedade brasileira de uma legislação consistente sobre a destinação correta dos resíduos sólidos. Precisamos mudar nossa postura", comentou.

O presidente da Abrelpe, Alberto Bianchini, um dos pioneiros na busca de soluções para os resíduos sólidos no Brasil, disse no evento que o cenário do lixo brasileiro é complexo e preocupante. "Nesta edição conseguimos colocar todas as medidas necessárias para solucionarmos esse problema, mas o nosso maior desafio é a falta de dinheiro", revelou.

Com exclusividade a Ambiente Brasil, Bianchini disse estar satisfeito com os números apresentados pela entidade na nova edição. "Concluímos que apenas consolidar dados existentes não era suficiente, e que o panorama de 2007 traz números próprios com uma grande margem de segurança - cerca de 95% de possibilidade de acerto -, o que resultou em números reais e que não haviam sido revelados ainda".

Quanto às medidas do Governo Federal para alavancar o setor de tratamento de resíduos sólidos, Bianchini falou da necessidade de se criar uma legislação própria o mais rápido possível. "No estado de São Paulo já existe essa legislação, mas espero que o Congresso Nacional a faça valer em todo o país", defendeu.

O senador Cícero Lucena mencionou as experiências mal sucedidas do Brasil nesse setor e também deu ênfase à necessidade de uma medida política emergencial. "Tenho certeza de que o trabalho da Câmara e do Senado em parceria com a Abrelpe encontrará mecanismos para solucionarmos o problema do lixo, e, consequentemente, uma melhoria na qualidade de vida dos brasileiros", destacou.

Confira alguns dados e análises extraídos da publicação:

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Geração e Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Coleta de Resíduos de Construção e DemoliçãoAs projeções realizadas com metodologia científica pela ABRELPE conduziram a resultados que se revelaram surpreendentemente diferentes daqueles anteriormente utilizados para caracterizar a situação brasileira na geração e coleta de RSU.

Os novos números revelaram que no Brasil coleta-se um total de 140.911 toneladas por dia, um valor significativamente menor do que as cerca de 175.000 toneladas por dia anteriormente adotadas como referencial, dado este oriundo da PNSB (Pesquisa Nacional de Saneamento Básico) 2000, quando atualizado para 2007.

Se é positivo que o total coletado seja menor e, portanto, também menores passem a ser as necessidades de tratamento e disposição final destes resíduos, verificamos que o total gerado é muito superior e que anualmente cerca de 10 milhões de toneladas de RSU deixam de ser coletados tendo um destino absolutamente incerto e certamente inadequado.

Coleta SeletivaDos 5.564 municípios brasileiros, 65% contam com alguma iniciativa de coleta seletiva. Este fato decorre do valor econômico agregado aos materiais, da realidade socioeconômica de nossas cidades e em função do interesse das comunidades nas ações de preservação ambiental.

Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)A destinação final dos RSU continua um problema de grandes dimensões, uma vez que apenas 39% dos municípios brasileiros dão destino e tratamento adequados aos RSU. O problema torna-se ainda mais complexo quando observadas as altas concentrações de municípios situados nas macro-regiões norte, nordeste e centro-oeste, que destinam os resíduos coletados de forma inadequada.

Nas demais regiões, embora existam quantidades expressivas de municípios com condições inadequadas de destinação final, a maioria deles já possui aterros controlados, significando uma melhor conscientização do problema e uma facilidade, pelo menos em termos culturais, para solucioná-lo.

Geração e Tratamento de Resíduos Sólidos de Saúde (RSS)O ano de 2007 não registrou alteração sensível no quadro de geração e tratamento de RSS no Brasil em relação aos anos imediatamente precedentes. O item mais crítico continua sendo o tratamento destes resíduos - apenas pouco mais de 30% do total gerado é tratado.

Visão Geral da Reciclagem no BrasilO setor brasileiro de reciclagem de materiais provenientes de embalagens e outras origens ocupa um espaço importante. Porém, uma análise da evolução dos índices dos principais materiais reciclados aponta para uma tendência de estabilização. Obviamente que em relação à reciclagem de latas de alumínio e de aço esta tendência é bem natural, pois os elevados índices já atingidos determinam por si só este comportamento.

Todavia, em relação à reciclagem das embalagens de PET e de vidro e à reciclagem de papel, materiais estes que registram índices médios de reciclagem, a estabilização dos mesmos parece refletir os problemas logísticos enfrentados por estes materiais no ciclo de distribuição e retorno à produção.

http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=9742

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Reparação de danos: Crimes ambientais e a responsabilidade das empresas(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Maria Rachel Coelho PereiraDiz a Constituição Federal em seu artigo 225, parágrafo 3º, que "as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados". A Lei 9.605, nos artigos 2º e 3º, trata da responsabilidade penal das pessoas físicas e jurídicas nestas questões. O artigo 2º, em sua primeira parte, não nos traz nenhuma novidade, visto que estabelece a possibilidade do concurso de pessoas em crimes ambientais e adota a Teoria Monista ou Unitária do Código Penal, segundo a qual autores, co-autores e partícipes respondem todos pelo mesmo crime na medida de sua culpabilidade. O crime é o mesmo, mas a pena é individualizada.

A dúvida poderia surgir quanto à participação de menor importância e a cooperação dolosamente distinta, onde a lei foi omissa no artigo 2º. Em seu artigo 79, porém, a referida lei estabelece que aplicam-se subsidiariamente as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal, o que, aliás, era absolutamente dispensável, já que o próprio Código Penal prevê isso em seu artigo 12. Portanto, nas duas situações recorreremos aos parágrafos 1º e 2º do artigo 29 do Código Penal, ou seja: se a participação for de menor importância a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço; e se algum concorrente quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

A outra parte do artigo 2º da lei permite que diretores, administradores, membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica respondam por omissão nos crimes ambientais, criando o dever jurídico de agir, tornando a omissão penalmente relevante. Mas o legislador faz duas ressalvas: "que sabendo da conduta criminosa de outrem", deixar de impedir a sua prática, "quando podia agir para evitá-la". Então, eles têm de saber da existência do crime e também terem condições de agir para evitá-lo, impedindo a responsabilização penal objetiva.

Surge, então, a controvérsia, porque, muito embora a nossa Carta Magna tenha tratado da responsabilidade penal da pessoa jurídica em duas situações, artigos 173, parágrafo 5º, e 225, parágrafo 3º, crimes econômicos e ambientais respectivamente, a doutrina não é uníssona em reconhecer o caráter "penal" dessa responsabilização. E isso tem um motivo lógico: a responsabilidade penal da pessoa jurídica não se compatibiliza com adoção, pelo sistema brasileiro, de um Direito Penal do ius libertatis, no qual imperam os princípios da responsabilidade pessoal, subjetiva, da culpabilidade, da personalidade da pena etc. Na verdade, por muito tempo preponderou no Direito Penal brasileiro, à luz da origem no Direito Romano, a tese da irresponsabilidade penal da pessoa jurídica. É da tradição do nosso Direito Penal a vigência da responsabilidade subjetiva (desde o Código Criminal do Império de 1830, exige-se dolo ou culpa para a existência da infração penal).

Em razão disso, surgiram no Brasil, quatro correntes a respeito do tema. Uma primeira corrente, adotada por Miguel Reale Junior, José Cretella Junior, Cezar Roberto Bitencourt e Luiz Vicente Cernichiaro, interpreta o artigo 225, parágrafo 3º da Constituição Federal, da seguinte maneira: ela dispõe sobre as pessoas físicas quando se refere à "conduta"; e sobre as pessoas jurídicas quando se refere a "atividades". Desta forma, obviamente, as pessoas físicas podem ser punidas penalmente, já as jurídicas podem sofrer sanções administrativas. O ministro Cernichiaro chega a defender que só se aplicam às pessoas jurídicas os efeitos penais da sentença condenatória proferida contra as pessoas físicas, mas que a Constituição Federal não permite que se inclua a pessoa jurídica no pólo passivo da ação penal.

Uma segunda corrente é adotada por Eugenio Raul Zaffaroni, René Ariel Dotti, Fernando da Costa Tourinho Filho, Francisco de Assis Toledo, Luiz Regis Prado, Roberto Delmanto, dentre outros. Esses ilustres doutrinadores defendem que as pessoas jurídicas não têm capacidade de conduta, não atuam com dolo e culpa e, do contrário, admitir-se-ia a responsabilidade objetiva; a pessoa jurídica não pode cometer crimes nem ser responsabilizada penalmente com base no brocardo latino societas delinquere non potest. É a adoção da Teoria da Ficção jurídica de Friedrich Karl von Savigny. Pessoas jurídicas são

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meras ficções legais, puras abstrações, desprovidas de consciência e vontade, logo, não podem praticar fatos típicos. Não agem com culpabilidade pois não são imputáveis, não têm potencial consciência da ilicitude e não se pode exigir delas conduta diversa.

Ainda usam como argumento o Princípio da Personalidade da Pena, o que seria absolutamente inútil uma pena para pessoa jurídica, tendo em vista suas funções: punitiva; preventiva geral, especial positiva ou negativa e ressocializadora. Luiz Regis Prado conclui que seria necessária uma Teoria do Crime própria para as pessoas jurídicas, como foi feito na França, onde houve uma adaptação da lei para crimes próprios e sanções próprias para as pessoas jurídicas.

Uma terceira corrente é a adotada pelos Penalistas Ambientalistas Sergio Salomão Shecaira, Paulo Affonso Leme Machado, Vladimir Passos de Freitas, Edis Milaré, Gilberto Passos, Damásio de Jesus, João Marcello de Araújo Júnior, entre outros. Segundo essa corrente, a Constituição prevê e admite a responsabilização da pessoa jurídica e a possibilidade disso é em decorrência da adoção da Teoria da Realidade ou da Personalidade Real, de Otto Gierke. Assim com também o fez Von Liszt, quando afirmou que quem pode firmar contratos, pode também firmá-los fraudulentamente; que a pessoa jurídica detém capacidade de ação para contratar assim como para descumprir, às vezes criminosamente, o contrato. A pessoa jurídica possui, desse modo, capacidade de atuação (societas delinquere potest). São entes reais e distintos das pessoas físicas que a integram, com capacidade própria e que podem praticar fatos típicos, além do Constituinte originário autorizar expressamente.

Finalmente, com a propriedade de quem é doutor no assunto, Luiz Flávio Gomes não segue a atual tendência no Brasil e no mundo de admitir a responsabilidade "penal" da pessoa jurídica. Para ele, como para outros doutrinadores citados no início desse trabalho, o Direito Penal Brasileiro do ius libertatis é inequivocamente incompatível com esse tipo de responsabilidade. Afirma que a única interpretação possível do artigo 3º da Lei 9.605/1998 consiste em admitir que a responsabilidade da pessoa jurídica não é propriamente "penal" no sentido estrito da palavra. É mais uma hipótese, isso sim, de Direito Judicial Sancionador, que se caracteriza justamente pelo fato de se exigir a intervenção judicial para a imposição da sanção prevista em lei. Ainda acrescenta: "Não se trata, destarte, nem de Direito Penal, nem de Direito Administrativo. Não é tema do Direito Penal do ius libertati porque, dentre as sanções cominadas para a pessoa jurídica, obviamente, não consta a privação da liberdade. Não é assunto do Direito Administrativo porque não é a autoridade administrativa a competente para impor tais sanções. Cabe ao juiz fazer isso, no seio de um processo penal, com observância de todas as garantias constitucionais e legais pertinentes. Conclusão: é matéria do Direito Judicial Sancionador".

Outrossim, independentemente de ser ou não "penal", a natureza específica da responsabilidade da pessoa jurídica prevista na lei ambiental emerge como absolutamente inevitável a incidência da teoria da dupla imputação (ou da imputação paralela), leia-se, jamais pode a pessoa jurídica isoladamente aparecer no pólo passivo da ação penal. Sempre será necessário descobrir quem dentro da empresa praticou o ato criminoso em seu nome e em seu benefício. Desse modo, devem ser processadas, obrigatoriamente, a pessoa que praticou o crime e a pessoa jurídica (quando esta tenha sido beneficiada com o ato).

Embora o Supremo Tribunal Federal não tenha ainda se manifestado sobre a questão, é esta a tese referendada pelo Superior Tribunal de Justiça, como pode-se perceber pelo julgamento do RHC 19.119/MG. Luiz Flavio Gomes acrescenta que "Pode-se afirmar que também houve plasmação e consagração na Lei 9.605/1998 (art. 3º) da chamada teoria da responsabilidade penal por ricochete (de empréstimo, subseqüente ou por procuração), ou seja, a responsabilidade "penal" da pessoa jurídica depende da prática de um fato punível por alguma pessoa física, que atua em seu nome e em seu benefício. É uma responsabilidade por ricochete, porque prioritariamente deve ser incriminada a pessoa física. Por reflexo, a pessoa jurídica acaba também sendo processada, desde que preenchidos os requisitos legais (atuação em nome da pessoa jurídica, benefício da pessoa jurídica etc.). Quando não se constata nenhum benefício para a pessoa jurídica, não há que se falar em processo contra ela".

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Pelo exposto, nota-se que no atual sistema penal brasileiro a pessoa jurídica pode sim ser responsabilizada pelo cometimento de crimes ambientais (societas delinquere potest). Todavia, essa responsabilização não terá caráter precipuamente penal. Ao tratarmos da responsabilidade da Pessoa Jurídica pela prática desses crimes, seguramente estar-se-á diante do Direito Judicial Sancionador, o qual impõe sanções sem jamais admitir a pena privativa de liberdade, uma vez que esta só é compatível com as pessoas físicas. Às pessoas jurídicas devem ser aplicadas sanções condizentes com sua natureza.

Maria Rachel Coelho Pereira: é professora de pós-graduação e de Graduação nos cursos de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É coordenadora acadêmica de pós-graduação em Direito Civil e Processual Civil da Estácio de Sá.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64494,1

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Ibama define multa por sumiço de animais. Instituto acusa centro ligado ao governo estadual pelo desaparecimento de 101 exemplares e problemas em registros

(Folha de São Paulo - 08/03/2008 B-16 Dinheiro)

Alguns dos animais que sumiram pertencem a espécies ameaçadas de extinção e há suspeita de comércio ilegal

AFRA BALAZINADA REPORTAGEM LOCAL

O Ibama (instituto ambiental federal) aplicou uma multa de R$ 189,5 mil à Fundação Florestal, órgão ligado ao governo estadual de São Paulo, pelo sumiço de 101 animais das dependências do Cemas (Centro de Manejo de Animais Silvestres). Além do desaparecimento dos bichos, outro problema que levou à autuação da instituição foi a manutenção de 72 bichos sem registro no local.Uma multa de mesmo valor foi aplicada ao responsável pelo Cemas na época dos sumiços, o biólogo Paulo Martuscelli.Tanto a fundação quanto o profissional têm prazo de 20 dias, a partir do recebimento da multa, para apresentar uma defesa ao Ibama.O centro, localizado no Horto Florestal, na zona norte da capital, é para onde são encaminhados exemplares apreendidos com criminosos, além dos animais atropelados ou resgatados no Estado.

Comércio ilegalA suspeita de alguns fiscais é a de que a falta de controle de entrada e saída dos bichos encubra um esquema de desvio e de comércio ilegal de animais.Todo exemplar levado ao Cemas deveria obrigatoriamente ser registrado -entre os procedimentos para a realização desse controle está a colocação de anilhas, por exemplo.Sem esse controle, os animais podem ser procriados e eventuais desvios não se tornam oficiais.Entre os animais desaparecidos do Cemas ou em situação irregular estão seis espécies ameaçadas de extinção: papagaio-chauá, tiriba-de-Goiás, cardeal amarelo, pixoxó, sauá e gato-do-mato-pequeno.

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No mercado ilegal, o preço cobrado pelos animais varia muito. O valor das aves depende, por exemplo, da raridade da espécie e da qualidade de seu canto -podem custar entre R$ 500 e R$ 60 mil.A investigação teve início em 2004 e foram auditados mais de 6.000 registros de entrada e de saída de animais no Cemas.

ZoológicoEm fevereiro deste ano, uma multa chegou a ser lavrada para o Zoológico de São Paulo -atual responsável pelo Cemas. Entretanto, o Ibama diz que o desaparecimento dos animais e os problemas com registro ocorreram antes de janeiro de 2005, período em que o centro ainda estava ligado à Fundação Florestal."Houve equívoco no preenchimento de um auto, o que gerou documento errado e inviabilizou a remessa ao seu destinatário. (...) Não foi considerado que o Cemas, um projeto sem personalidade jurídica, era gerido pela Fundação Florestal no período das irregularidades", disse o Ibama, em nota.Ao menos dois fiscais ouvidos pela reportagem, entretanto, dizem que problemas também podem ter ocorrido após o zoológico ter assumido o Cemas -informação que o Ibama e o zôo negam.A Polícia Federal investiga o caso do sumiço dos animais silvestres. A investigação está sob segredo de Justiça.

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OAB/SP E SABESP firmam convênio em defesa do meio ambiente(OAB/SP – 10.03.2008)

Neste sábado (8/3), será firmado um convênio entre a OAB SP e a Sabesp (Saneamento Básico de São Paulo) em favor da despoluição do Rio Tietê. Um grande evento - denominado ‘Sabesp, OAB, Sociedade Civil e Você navegando em prol do Tietê’ - marcará a assinatura do convênio entre o presidente da Ordem paulista, Luiz Flávio Borges D’Urso, e o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira

 “Este convênio têm ênfase na cidadania, nos mecanismos de conscientização da sociedade na defesa do meio ambiente, na recuperação do rio Tietê e em iniciativas que, embora simples, têm grande repercussão, como reciclar o óleo de cozinha.  Um litro de óleo polui um milhão de litros de água”, diz D´Urso. O evento terá inicio às 9 horas na sede da Sabesp (Rua Costa Carvalho, 300, próximo à Sub-Prefeitura de Pinheiros e Marginal do Rio Pinheiros). Entre 9h30 e 10 horas, está programada uma visita ao Show Room da Estatal com apresentação do Projeto Tietê. Em seguida, os convidados conhecerão pessoalmente a situação do principal do rio do Estado de São Paulo. No Porto Cebolão, haverá o embarque na balsa Almirante do Lago e início da navegação no sentido ponte da Rodovia dos Bandeirantes, com apresentação do presidente do Instituto Navega São Paulo, João Nojiri. Na embarcação, haverá ainda o lançamento e distribuição das diretrizes concorrenciais nas compras públicas da Sabesp, que será conduzida pelo superintendente jurídico da Sabesp e membro da Comissão de Cooperativismo e da Comissão de Estudos da Concorrência e Regulação Economia da

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OAB SP, Adriano Stringhini. Às 11 horas, D’Urso e Gesner Oliveira assinam o Convênio Sabesp/OAB SP, que trata de ações em direito ambiental, regulação e concorrência, e de programas para regularização de redes de água e esgoto em áreas de ocupação.  Além da Comissão de Estudos da Concorrência e Regulação Econômica, outras quatro Comissões da OAB SP estão envolvidas no convênio: Direito Ambiental, Cooperativismo, Mulher Advogada e do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios. Por conta do Dia Internacional da Mulher, será realizada uma homenagem às donas-de-casa pela atuação em programas de coleta do óleo de cozinha, evitando que o produto seja despejado na rede de esgotos e levado para o rio. No encerramento do evento, os presidentes das entidades e autoridades plantarão mudas de árvores nas margens do Rio Tietê para simbolizar a união das instituições em prol das questões ambientais.

http://www.oabsp.org.br/index.jsp?conteudo=4975

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Fiscal do Ibama cuida de área igual a 3 cidades de SP. Órgão tem só um agente para cada 4.502 km2; região amazônica é a mais crítica

(Folha de São Paulo - 10/03/2008 A-7 Brasil)

Estudo mostra que há hoje 2.030 pessoas trabalhando no sistema de unidades de conservação, quando o ideal seria ter 9.075 funcionários

THIAGO REISJOÃO CARLOS MAGALHÃESDA AGÊNCIA FOLHA

Apesar de o governo Lula ter eleito o combate ao desmatamento como uma de suas prioridades, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), órgão responsável pela fiscalização no país, tem hoje apenas um fiscal para cada 4.502 km2. Isso significa dizer que cada um desses servidores tem a obrigação de cuidar, em média, de uma área equivalente a três cidades de São Paulo. Quatro Estados que compõem a região amazônica estão entre os cinco mais críticos nessa proporção. No Amazonas, são 79 fiscais. Na média, são 19.883 km2 para cada um. No Pará, há 8.050 km2 para cada um dos 155 fiscais. Levantamento feito a pedido do próprio Ministério do Meio Ambiente mostra que há 2.030 pessoas hoje trabalhando em todo o sistema de unidades de conservação do país. O próprio ministério admite que o ideal seria ter ao menos 9.075 servidores (ou seja, uma necessidade de incrementar essa mão-de-obra em 347%). "Não há estrutura para conter o desmatamento na Amazônia. O dinheiro a ser manejado por hectare é uma brincadeira", disse Maria Tereza Pádua, ex-presidente do Ibama e membro da União Mundial para a Conservação da Natureza.

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Segundo ela, o enfraquecimento do órgão é claro e tem um objetivo: "Não atrapalhar o crescimento econômico". Raul do Valle, do ISA (Instituto Socioambiental), concorda. "A questão ambiental ainda é vista como obstáculo, entrave." Em São Paulo, há um funcionário para cada 2.955 km2. O Rio de Janeiro é o Estado mais "vigiado": existe um fiscal para cada 590 km2. O ex-superintendente do Ibama no Amazonas e professor da Universidade Federal do Amazonas, Frederico Arruda, diz que é difícil comparar o número de fiscais por área no Brasil com o de outros países. Para ele, a maneira como a legislação ambiental é seguida ou não em cada local é um dos principais fatores que determinam a quantidade necessária de fiscais. "Nos parques nacionais dos EUA, por exemplo, não é preciso muitos fiscais, porque a lei é dura e funciona." Para Maria Tereza Pádua, há, no país, pouco menos de quatro fiscais por cada mil km2 em unidades de conservação. A média mundial é de 27 para a mesma área; nos EUA, há 33. Além da falta de pessoal, servidores ainda reclamam do sucateamento do órgão. Entre a lista de queixas dos funcionários do Ibama, estão desde a falta de estrutura básica (como carro, combustível, armas ou telefone), baixos salários e desorganização administrativa até a falta de proteção a funcionários ameaçados de morte. No município de Coari (AM), por exemplo, o escritório regional não tem nem sequer uma sede própria ou um telefone. É preciso tomar emprestada uma sala no prédio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Quando os funcionários da superintendência de Macapá (AP) fazem operações, têm de usar armas da década de 1930, afirmaram os funcionários. Em Rio Branco (AC), um servidor que não quis se identificar disse que, entre agosto e setembro do ano passado, a linha telefônica da superintendência foi cortada por falta de pagamento. Segundo ele, várias denúncias deixaram de ser atendidas e os servidores usavam o celular pessoal para se comunicar. Ele chamou a fiscalização do órgão de "fictícia".

Recursos são otimizados, afirma Ibama. Segundo diretor, foco em áreas prioritárias, planejamento e parcerias compensam número "não ideal" de funcionários

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, o órgão compensa o número "não ideal" de fiscais com ações "otimizadas" e focadas em áreas de proteção prioritária, das quais servidores de outros Estados participam, em sistema de rodízio.

"[O Ibama] não precisa estar em cada palmo de terra, mas nas áreas estratégicas." Para ele, o planejamento "faz otimizar a capacidade instalada".Montiel deu o exemplo da ação do Ibama na Amazônia, onde o trabalho é feito a partir de dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e conta com investigações da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e da Polícia Federal. "Isso permite que se coíba o desmatamento no momento em que ele ocorre."Ele disse que o Ibama atua prioritariamente em cerca de 40% da floresta -locais onde ocorre o maior desmatamento.Montiel afirmou ainda que a parceria com a PF, com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com a FNS (Força Nacional de Segurança) e com as secretarias ambientais estaduais fortalece a fiscalização. Ele disse não saber qual o número ideal de fiscais para o Ibama. "Nunca fizemos a conta. Mas mil, 2.000, 3.000 a mais seria bom."Desde 2003, início do governo Lula, cerca de 2.000 analistas ambientais foram concursados, afirmou. Deles, metade foi treinada para fiscalizar.Em relação às críticas dos servidores feitas à Folha, Montiel afirmou que, desde 2004, foram gastos cerca de R$ 29 milhões com infra-estrutura -como carros, laptops, câmeras fotográficas digitais, armas e GPS (em inglês, sistema de posicionamento global).

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Atuação de certificador ambiental poderá ser regulamentada(Câmara - 07.03.2008)

A Câmara analisa proposta que regula a constituição e o funcionamento das entidades certificadoras de manejo florestal. De acordo com o Projeto de Lei 2534/07, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), essas entidades deverão ser cadastradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), caso tenham atuação nacional, ou no órgão do estado em que tenham registrado ou arquivado seus atos constitutivos.

A proposta define a entidade certificadora como a empresa que tenha por objeto a certificação das atividades de extração madeireira segundo os princípios de manejo florestal e com observância estrita da legislação nacional em vigor. A certificadora regula a exploração e a extração florestal, o corte e o beneficiamento da madeira nativa ou proveniente de áreas de florestamento, de reflorestamento ou de recomposição florestal.

Já o manejo florestal é classificado pelo projeto como o conjunto de princípios científicos, técnicos e econômicos que orientam a extração de produtos florestais de forma sustentável, ambiental e economicamente, não implicando em esgotamento nem degradação da composição vegetal do bioma considerado ou da área manejada.

Requisitos para cadastramentoPara o cadastramento, a entidade deverá apresentar os atos constitutivos devidamente arquivados ou registrados no Registro do Comércio ou em cartório civil. Uma declaração assinada pelos representantes legais, com nome, qualificação e responsabilidades pessoais de cada um deles pelos atos técnicos praticados em nome da entidade certificadora também será necessária.

Além disso, serão exigidos a lista e o currículo atualizado dos profissionais técnicos empregados nas atividades específicas de certificação; e os instrumentos relativos aos protocolos e procedimentos de certificação que a entidade adota, assinados pelos representantes legais.

Balanço hídricoDe acordo com a proposta, a certificação dos produtos florestais provenientes de projetos de florestamento ou reflorestamento deverá avaliar a ocorrência de impactos sobre o balanço hídrico local e regional da área de exploração. Também deverão ser adotadas medidas para a preservação ou correção desse balanço no curso da atividade extrativa certificada.

O projeto proíbe a extração e o corte de árvores de campos rupestres e de altitude, matas de galeria, áreas de preservação permanente e de reserva legal, ou que não tenham alcançado porte ou idade apropriados para a exploração econômica, assim como veda qualquer atividade certificadora autorizada relativa a produtos florestais, obtidos de madeira com essas características.

Garantia ambientalAntonio Carlos Mendes Thame ressalta que a madeira ou os produtos da extração florestal, quando certificados, "ganham a garantia de que não são originados por atividades predatórias do ambiente e assim ganham maior aceitação, inclusive têm maior valor adicionado".

O deputado ressalta que existem atualmente entidades certificadoras da procedência de produtos florestais e da sua extração, beneficiamento e comercialização com observância de manejo controlado e da legislação florestal e ambiental, mas que elas não têm um estatuto próprio para sua constituição ou seu funcionamento no País.

Tramitação

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O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2534/2007http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118275

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ARBITRAGEM

Possível solução: Adoção da arbitragem nos contratos de serviços públicos(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Itamar de Carvalho JúniorDe longa data a discussão em torno da adoção de cláusula de solução de conflitos entre o contratado e a administração pública contratante que antecipe a apreciação pelo Poder Judiciário. Trata-se da adoção de compromisso arbitral em contratos administrativos ou com entes administrativos.

Dentre as teses, a que mais ganhou força é a possibilidade de a arbitragem ser adotada pelas estatais, em especial pelas sociedades de economia mista por se tratar neste caso de opção constitucional de aplicação preponderante das normas de direito privado.

Neste sentido há precedentes judiciais acolhendo a tese e possibilitando a adoção do compromisso arbitral por estas empresas. Como exemplo há o MS 11308 julgado pelo Superior Tribunal de Justiça com relatoria do ministro Luiz Fux. Em seu voto o ministro enfrenta as teses contrárias e as rechaça com o argumento acima (opção constitucional no caso de sociedade de economia mista), e da doutrina administrativista que traz a distinção entre interesse público primário e interesse público secundário, e neste ponto assenta que a adoção do compromisso arbitral está inserido na opção de gerência dos interesses e poderes internos da administração, interesse público secundário, projetando para o interesse público primário, que seria no caso, a adoção da forma menos dispendiosa para solucionar o conflito.

Aparentemente solucionou-se o problema de adoção pelas sociedades de economia mista (podendo se falar das estatais puras também) do compromisso arbitral, conduto, remanesce o “problema” quando o compromisso arbitral for adotado pela administração pública central nos contratos de concessão de serviço público comum e nos de parceria público-privado onde não se aplica as normas de direito privado e a questão do interesse público primário ganha mais força.

Pensamos que em sede de contrato de concessão de serviço público comum e nos contratos regidos pela Lei Federal de PPP (concessão administrativa e patrocinada), não cabe mais a discussão de impossibilidade, tendo em vista o teor das Leis 11.079/04 e Lei 8.987/95, com redação dada pela Lei

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11.196/05, que expressamente possibilita a adoção da arbitragem na solução dos conflitos entre a administração concedente e o concessionário.

Quanto à legalidade do contrato que preveja a solução de conflitos por meio de arbitragem, está superada a discussão em decorrência das leis supracitadas, cabendo (dever-poder) ao administrador público adotar esta solução sempre que se mostrar oportuna e conveniente em razão do caso concreto.

Neste ponto específico calha trazer ao lume as lições do emérito Professor Celso Antônio Bandeira, in verbis:

“Uma vez que a atividade administrativa é subordinada à lei, e firmado que a Administração assim como as pessoas administrativas não tem disponibilidade sobre os interesses públicos, mas apenas o dever de curá-los nos termos das finalidades predeterminadas legalmente, compreende-se que estejam submetidos aos seguintes princípios: a) da legalidade, com suas implicações ou decorrências; a saber: princípios da finalidade, da razoabilidade, da proporcionalidade, da motivação e da responsabilidade do Estado;”

Resta por fim saber se as leis que conferiram competência à administração para celebrar contratos prevendo compromisso arbitral coadunam-se com os ditames constitucionais e preservam sua integridade frente à Constituição Federal de 1988.

Não vemos na possibilidade de instituição de cláusula de compromisso arbitral qualquer mácula de inconstitucionalidade, razão que, nestes casos, não estará a administração pública atentando contra a indisponibilidade do interesse público, pois como assentado no voto do ministro Luiz Fux acima citado, a cláusula de compromisso arbitral tem o condão de, no estágio atual do Poder Judiciário brasileiro, minimizar os desgastes para as partes em caso de litígio, atingindo assim o interesse público primário.

Outrossim, pensamos que a opção legislativa é adequada ao possibilitar e criar novos instrumentos para que a administração pública, no exercício de suas funções, possa alcançar as finalidades públicas não só com respeito ao princípio da legalidade, mas também de maneira mais eficiente, transparente, menos desgastante e dispendiosa, tal como prescrito no artigo 37 da Constituição Federal.

Como sabemos e tem sido paulatinamente apontado pelos especialistas, o Brasil deverá passar por grande transformação nos próximos anos em especial na elaboração e execução de projetos em infra-estrutura, e institutos como o do compromisso arbitral terá grande função ao minimizar a criação de obstáculos jurídicos.

Papeis importantes também terão os órgãos internos e externos de fiscalização dos gastos públicos e na aplicação idônea do compromisso arbitral nos contratos administrativos.

Itamar de Carvalho Júnior: é advogado das áreas de Direito Administrativo, Consultivo e Contencioso do escritório Correia da Silva Advogados.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64499,1

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AVIAÇÃO

Aviação - United volta a voar do Rio de Janeiro aos EUA(DCI 10.03.2008 B-1 Empresas & Negócios)

Após a implantação de um vôo sazonal, na alta temporada, entre o Rio de Janeiro e a cidade de Washington, nos Estados Unidos, a United Airlines anuncia que voltará a operar a rota no segundo semestre de 2008, graças aos resultados positivos obtidos. "O vôo sazonal teve um nível de ocupação e tarifas médias altas, superando as expectativas", diz Michael Guenther, diretor-geral da United Airlines para o Brasil.

O vôo do Rio à capital norte-americana deixa de ser operado no dia 20 de março, e já tem retorno marcado para o dia 27 de outubro, próximo. A United mantém vôos para o Rio e São Paulo há 16 anos e afirma que foi a importância do mercado carioca que a levou a incrementar o destino.

Enquanto o vôo não retornar, a companhia manterá vôos diários do Rio a Washington e a Chicago, mas eles terão escala em São Paulo. Ao todo, há três vôos diários que saem do Brasil com destino aos Estados Unidos.

Publicidade

Depois de admitir publicamente que perdeu o foco nos últimos anos em busca por menores custos, a TAM lançou nova campanha publicitária. O objetivo é resgatar a imagem de excelência na prestação de serviços. A ação foi bem recebida pelo mercado.

A BRA informou que os passageiros que pediram reembolso de pagamentos feitos até o dia 28 de dezembro de 2007 por passagens da empresa já poderão obter seu dinheiro de volta. A BRA está em processo de recuperação judicial, tendo suspendido suas operações em novembro de 2007.

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Aviação - Anac não renova concessão e Pantanal pára de voar. Companhia, que fará último vôo no dia 24 de março, está irregular com Fisco e Previdência

(O Estado de São Paulo 10.03.2008 B-11 Negócios)

Mariana Barbosa

nomeEm meio a uma crise financeira, a Pantanal vai encerrar suas operações no próximo dia 24, data em que vence a sua concessão de transporte aéreo. A empresa pode continuar vendendo bilhetes para vôos até essa data e deverá acomodar todos os passageiros com bilhetes nos vôos a serem realizados ao longo das próximas duas semanas.

A Pantanal é uma companhia regional pequena - tem menos de 0,2% do mercado -, mas possui um grande ativo: 34 slots (horário para pousos e decolagens) em Congonhas. Com a iminência do seu

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fechamento, a concorrência já está de olho nos slots, que serão automaticamente retomados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A expectativa é de que seja feito um sorteio, como previsto na resolução 02 de 2007. Uma parte dos slots deve ser oferecida às companhias que já operam em Congonhas, e a outra parte a novos entrantes.

A Anac decidiu não renovar a concessão da Pantanal, que vence no dia 25, por falta de certidões negativas de débito com Receita Federal e Previdência. A empresa foi notificada três vezes pela Anac desde dezembro. E desde o dia 12 de fevereiro está limitada a vender bilhetes para um período de 15 dias.

Apesar de seu tamanho reduzido, o fim da Pantanal representa o fim de algumas rotas ligando o aeroporto de Congonhas ao interior de São Paulo (Araçatuba, Marília, Bauru e Presidente Prudente). A empresa voa ainda para Juiz de Fora (MG) e Mucuri (BA).

A frota de seis turboélices ATR-42, de 40 lugares, permitia à Pantanal oferecer muitas freqüências para cada destino num mesmo dia. Mas, como os slots em Congonhas se transformaram em um bem escasso, a tendência é de que do aeroporto paulistano partam apenas grandes jatos para destinos de alta densidade.

A Pantanal não teve fôlego financeiro para concorrer com a BRA (que já não voa mais) e com a OceanAir, que entraram em Presidente Prudente e Araçatuba, respectivamente, com jatos grandes e preços competitivos. A OceanAir ainda voa para Araçatuba, mas com menos opções de horário.

A Pantanal foi fundada em 1993 por Marcos Sampaio Ferreira (ex-dono da Bombril). Há tempos que o empresário tenta vender a companhia para a TAM, sem sucesso. Com o agravamento da crise, as conversas com a TAM foram retomadas, mas novamente não prosperaram. A reportagem tentou falar com o diretor-geral da Pantanal, Ramiro Tojal, mas não conseguiu localizá-lo.

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Entrevista: Constantino de Oliveira Júnior: Presidente da Gol. 'Estamos preparados para competir'. Empresário diz que será desafiado pela nova companhia áerea, mas que já atende às

cidades que ela pretende cobrir (O Estado de São Paulo 08.03.2008 B-14 Negócios)

Mariana Barbosa

Antes de lançar a Gol em 2001, Constantino de Oliveira Junior chegou a visitar a sede da americana JetBlue, para aprender como seu fundador, David Neeleman, estava fazendo para enfrentar as grandes companhias americanas. Seria impensável, na época, imaginar que sete anos depois, Neeleman iria se transformar em seu grande concorrente, justamente no mercado brasileiro. Mas o presidente do grupo Gol - que fatura R$ 4,9 bilhões e detém 40% do mercado brasileiro, somando operações de Gol e Varig -, ao menos publicamente, diz não estar preocupado. “Quando surgimos, fomos os desafiadores do mercado. Agora, seremos desafiados. Mas estamos preparados, nascemos para competir.” Apesar de elogiar a capacidade empreendedora do novo concorrente, ele diz que muitas das rotas de baixa e média densidade que potencialmente poderiam ser feitas com os jatos E-190 da Embraer, de 100

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lugares, escolhidos por Neeleman, já são operadas pela Gol, com aviões maiores (140 a 180 lugares) e custos mais baixos. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o senhor vê a entrada de um competidor de porte como David Neeleman?

O David Neeleman é um executivo competente e obviamente tem capacidade de angariar recursos. Do nosso lado, da Gol, nascemos para competir. O mercado é livre e a Gol é uma prova disso. Durante muito tempo fomos os desafiadores, agora estamos em uma posição de ser desafiados. Mas consolidamos uma posição importante no Brasil. Estimulamos o mercado e fomos um dos principais responsáveis em fazer com que o setor aéreo fosse percebido como um mercado saudável. Hoje, as companhias têm de buscar eficiência, produtividade e qualidade no atendimento. A referência, é outra. Saímos de uma situação onde as empresas, e não a infra-estrutura, eram um problema para o governo.

Ainda não existe posição oficial, mas ao que parece David Neeleman irá utilizar no Brasil os jatos de 100 lugares da Embraer, o E-190. Apesar do sucesso lá fora, ninguém ainda havia se interessado em usá-lo no Brasil. O senhor já avaliou esse avião? Acredita que há mercado para ele no Brasil?

O equipamento é excelente e não diria que não há espaço para ele. Mas estamos conseguindo atender destinos menores, que eram considerados bons mercados para aviões como o 190, com aviões maiores. A Gol opera em 50 destinos no mercado doméstico e estamos crescendo bastante. Conseguimos atender a esses mercados menores por conta da nossa capacidade de distribuir passageiros. Eu consigo pegar passageiro em Cruzeiro do Sul, no Acre, com um Boeing 737, e levá-lo para Manaus, pois de lá eu ofereço inúmeras opções. Se eu fosse pegar tráfego especifico de Cruzeiro do Sul para Manaus com esse avião, não seria viável. Mas a questão de novos entrantes não depende só do avião. A questão é entender quais são os atributos e de que forma essa empresa vai oferecê-los ao mercado.

Em entrevista ao Estado publicada na quinta-feira, o diretor da Anac Alexandre Barros afirmou que a agência pretende rever o sistema de distribuição de slots (horários de pousos e decolagens) para estimular a entrada de novos competidores em Congonhas.

No último ano, houve redução das operações em Congonhas e tivemos de transferir vôos para Guarulhos e outras localidades. Se a capacidade do aeroporto voltar ao que era, gostaríamos de ter de volta aquilo que perdemos. Estamos abertos a dialogar e respeitamos a posição da Anac de estimular a competição. Não somos contra a competição, o mercado é livre, a Gol é fruto disso.

Mudanças de regra não prejudicam os negócios?

Mudanças de regras não são necessariamente para pior. Não podemos reprimir o comportamento do órgão regulador, que está cumprindo seu papel. Eu tenho de estar preparado para competir. Mas foi a primeira vez que vi alguém da Anac falando isso assim, e não tenho condição de dizer agora se as mudanças serão boas ou ruim com base na declaração.

O mercado comporta mais competidores?

Não cabe a mim achar ou não achar. O mercado é aberto. Não esperamos outro tipo de comportamento do governo. Ele está aí para atender aos anseios da comunidade, e não para proteger A ou B. Mas, para mim, existe um contra-senso. Em um momento, reduz-se a operação em Congonhas por causa da restrição de infra-estrutura. No outro, estimula-se o novo entrante. Mais empresas, são mais aviões, mais operações, e isso demanda mais infra-estrutura.

Passada essa fase de ganhos de eficiência e produtividade que a Gol foi responsável por introduzir, hoje a percepção que se tem é que TAM e Gol são muito parecidas e que houve uma certa acomodação em termos de serviço. Os preços das tarifas são muito parecidos.

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Não concordo com essa avaliação. A competição ainda é acirrada. Estamos crescendo a mais de 10%, ano sobre ano, há mais de três anos. O mercado hoje talvez seja o dobro do que era em 2001 e esse crescimento continua. Houve uma convergência do nosso principal concorrente para o nosso modelo de negócios por uma decisão estratégica deles de sobrevivência. Continuamos fiéis ao nosso modelo de negócios e investindo em tecnologia para trazer conveniência aos nossos passageiros. Aqui não tem ninguém acomodado. Estamos na vanguarda de tecnologia em termos de serviço para o cliente. Quando o check-in pela internet ainda era embrionário nos EUA, a Continental estava começando, nós já estávamos oferecendo aqui. Agora fazemos também check-in com bagagem pela internet, temos uma política de reembolso forte que funciona. Lá fora, se você não aparece, perdeu o dinheiro da passagem. Aqui, temos um sistema que controla isso e que é uma inovação. Hoje, 80% das nossas vendas são feitas pela internet. Temos uma série de projetos em andamento, mas só vamos anunciar quando tivermos algo pronto. Coisas que vão simplificar a vida do usuário, simplificar processos, gerar eficiência. A tecnologia não se faz da noite para o dia.

Quando é que teremos internet e celular a bordo no Brasil?

É preciso ter sistemas confiáveis para implementar. A tecnologia está em processo de mutação e estamos em um momento de definição sobre qual será a melhor tecnologia para os próximos anos. É difícil prever. Vai depender do investimento, do retorno sobre o investimento. O passageiro quer ter energia para o seu laptop e, se possível, poder se ligar na rede. De que adianta instalar uma televisão a bordo, com todo cabeamento e toda complexidade, se daqui a dois anos esse sistema vai ficar obsoleto?

Este mês, Gol e TAM vão deixar de operar alguns destinos, deixando a concorrente sozinha. É coincidência?

O que aconteceu foi que a Anac mudou a forma de trabalhar e temos uma data limite para fazer mudanças de malha. A partir do dia 24 de março, todas as alterações vão começar a valer. Saímos de Ribeirão Preto (SP) e São José do Rio Preto (SP) com muito pesar. Mas tivemos de reajustar a malha em função da redução de slots em Congonhas e a baixa rentabilidade não justificava manter essas rotas. Em Maringá (PR), fomos pioneiros. Entrou a concorrente, o mercado continuou crescendo e agora eles (a TAM) acharam mais interessante sair.

A crise aérea acabou?

A normalidade voltou ao sistema de controle de tráfego. Não sei exatamente como, mas os ânimos (dos controladores) foram apaziguados e nós temos tido condição de atender melhor nossos clientes. Mas aprendemos muito durante a crise. De um lado, houve um melhor ordenamento do sistema e, de outro, um aprimoramento do serviço por parte das companhias. Em função da atuação da Anac, houve um alinhamento muito maior entre Aeronáutica, Infraero, Anac e companhias aéreas, e isso acaba resultando em melhor serviço. Temos os mesmos aeroportos, os mesmos controladores, as mesmas companhias, mesmos passageiros, e as coisas estão funcionando.

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Pantanal tem a licença de vôo suspensa. Empresa não apresenta documentos para comprovar situação fiscal e trabalhista

(Folha de São Paulo - 08/03/2008 B-11 Dinheiro)

Companhia deve enfrentar processo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e sanções do Ministério do Trabalho e da Receita

LUCAS FERRAZDA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não vai renovar a concessão da Pantanal Linhas Aéreas, que vence no próximo dia 25. A medida cancela todas as autorizações de vôos e a venda de passagens a partir dessa data.A empresa, que passa por uma crise financeira, não apresentou à Anac os documentos que comprovassem a legalidade da sua situação fiscal e trabalhista.O requisito é necessário para a companhia aérea continuar operando normalmente.A Pantanal tinha prazo até ontem para entregar a documentação, mas a agência informou, no começo da noite, que a companhia aérea não está em regularidade fiscal.A empresa vai atuar na aviação regular apenas até o próximo dia 24, segundo a Anac, medida que visa atender a necessidade de eventuais passageiros.Mas, como o próprio órgão determinou que ela vendesse passagens apenas por um período de 15 dias, os passageiros não devem ser prejudicados.A Pantanal terá o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa Aérea) suspenso, mesmo que apresente os documentos nas próximas semanas.A situação da empresa apenas será regularizada quando pedir um novo certificado.Segundo estimativa da Anac, a expedição do Cheta para uma empresa nova leva em média seis meses.Segundo a Anac, o descumprimento da Pantanal deverá resultar em um processo administrativo, no qual ela deve ser autuada. A empresa pode sofrer sanções ainda do Ministério do Trabalho e da Receita Federal.Desde dezembro a Pantanal enfrenta problemas de ordem fiscal e trabalhista. Naquele mês, a Anac solicitou os documentos que até ontem estavam pendentes.A Pantanal pediu um prazo maior para apresentá-los, mas não o cumpriu, o que levou a Anac a proibi-la de vender passagens por um período superior a 15 dias, medida em vigor desde o dia 12 de fevereiro.A Folha ligou para a sede da companhia em São Paulo três vezes. Uma recepcionista, de nome Paula, disse que não havia ninguém para comentar o assunto, pois todos os diretores estavam em viagem para resolver "problemas".A reportagem também ligou para o celular do diretor-geral da companhia, Ramiro Tojal. Quem atendeu foi um funcionário que se apresentou apenas por Francisco e disse trabalhar no setor de correspondências.A Pantanal, fundada em 1993 e que atua com seis aeronaves de pequeno porte, tem participação minúscula no mercado da aviação doméstica, com apenas 0,14%, restrita principalmente a São Paulo e cidades do interior paulista. A TAM é a líder, com 48%, enquanto a Gol, na segunda posição, abocanha 39% do mercado.Procurado, o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) evitou comentar o caso, sob a alegação de se tratar de um "problema" interno.

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Passageiros da BRA terão reembolso de passagens(Zero Hora – 10.03.2008)

Os créditos estão habilitados para os pagamentos feitos em dinheiro, cheque ou cartão de débito até o dia 28 de dezembro de 2007 à BRA.Os passageiros que pediram reembolsos de pagamentos feitos por passagens aéreas da BRA já podem obter seu dinheiro de volta. As informações sobre o valor e a habilitação do reembolso estão disponíveis no site da companhia www.voebra.com.br.

Os passageiros que ainda não solicitaram a devolução do dinheiro devem enviar dados para contato para o e-mail [email protected]. A BRA informou que não processa o reembolso de forma automática, o que torna necessária a solicitação por correio eletrônico.

Os passageiros que fizeram o pagamento com cartão de crédito e solicitaram o reembolso já foram ressarcidos. A BRA, que está em processo de recuperação judicial, suspendeu suas operações em novembro do ano passado. Segundo a companhia, a situação é temporária, até que obtenha recursos financeiros necessários para a continuação das operações.

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Economia&newsID=a1789571.xml

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Comissário de vôo ganha adicional de periculosidade(Res. Notícias Fiscais – 10.03.2008)

A exposição ao risco não era fortuita ou eventual. Esse fator pesou na decisão da Justiça do Trabalho de conceder a um comissário de vôo da Tam Linhas Aéreas S.A. o direito ao adicional de periculosidade. A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou haver habitualidade da exposição ao risco, porque o comissário permanecia dentro da aeronave durante as operações de abastecimento, todos os dias, por cerca de uma hora.

Ao expor seu voto em sessão, o ministro Lelio Bentes Corrêa, relator do recurso de revista, esclareceu que, para ele, a área de risco de 7m de diâmetro contados a partir da bomba de abastecimento, a que se refere norma do Ministério do Trabalho, é tridimensional. No caso de uma explosão, concluiu o relator, “não haveria, obviamente, como conter os efeitos a apenas um plano; a área atingida seria tridimensional e, por isso, alcançaria também o comissário de vôo, que permanece na aeronave durante o abastecimento”. Submetida a votação, a decisão de rejeitar o recurso da Tam foi por maioria, pois foi vencido o ministro Vieira de Mello Filho.

O ministro Lelio manteve o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), por verificar sua perfeita consonância com a jurisprudência do TST. Segundo o relator, a alegação da Tam de que a decisão estaria em desacordo com a Súmula nº 364 não procede, pois a súmula diz que o adicional só é indevido quando o contato com o risco “dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido”.

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Por outro lado, a súmula do TST estabelece que o empregado faz jus ao adicional de periculosidade quando exposto permanentemente, ou de forma intermitente, à condição de risco. De acordo com o ministro Lelio, o trabalhador era exposto ao fator de risco (abastecimento) de forma regular todos os dias, revelando-se a habitualidade da exposição ao agente perigoso. O risco acentuado justifica, no entendimento do relator, o direito à percepção do adicional. (RR-1598/2003-041-02-00.0) (Lourdes Tavares)

http://www.noticiasfiscais.com.br/trabalhistas1.asp?preview=17019&data=10/3/2008

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BANCÁRIO

Bancos - BB, Bradesco e BMG de volta à captação externa(Jornal do Commercio 10.03.2008 B-3 Empresas)

Adriana Fernandes e Silvia FregoniDa agência estado

Apesar da crise externa e do nervosismo que permanece no setor financeiro, o Banco do Brasil, o Bradesco e o BMG encontraram janela no mercado internacional e voltaram a fazer captações externas.

O Banco do Brasil (BB) informou nesta sexta-feira que concluiu, na quinta-feira, operação de US$ 250 milhões. O Bradesco captou US$ 500 milhões e o BMG fez operação com volume inicial de US$ 100 milhões.

A captação do BB foi feita com notas de securitização de ordem de pagamentos (com lastro em pagamentos do exterior para o Brasil vinculados à operações de comércio exterior) com prazo de financiamento de seis anos. A taxa da operação foi Libor (os juros de referencia do mercado de Londres) mais 0,55% ao ano.

Segundo o diretor da área internacional do BB, Sandro Marcondes, o banco encontrou janela de oportunidade no mercado externo para levar adiante a operação, mesmo com o nervosismo maior no mercado na última quinta-feira.

primeira, desde julho. É a primeira captação externa do BB desde julho de 2007, quando o banco conseguiu US$ 350 milhões em papéis de 10 anos. ]

"A taxa saiu muito boa em função do prazo", disse ele. Para o diretor, a volta do BB e de outros bancos ao mercado internacional, ainda em meio à crise e às incertezas globais, mostra confiança na economia brasileira.

"É sinal de confiança na economia brasileira, porque essas operações têm lastro em transações comerciais. O mercado entende que os resultados dos bancos vão continuar. Isso significa que a economia vai bem e comércio exterior continua bem", disse.

bradesco. A captação de US$ 500 milhões do Bradesco também foi feita via securitização de fluxo de ordens de pagamento com prazo de seis anos. A taxa da operação ficou em Libor de três meses mais 0,60%.

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Segundo o diretor da área internacional do Bradesco, José Guilherme Lembi, essa securitização tem características diferentes, pois não possui amortizações e dá ao banco a opção de reduzir o valor da mesma, anualmente, caso deseje.

A última captação externa do banco foi feita em novembro de 2007. Foi securitização de US$ 400 milhões. De acordo com o executivo, o custo da operação atual foi parecido com o da realizada em novembro e o banco não enfrentou dificuldades para realizar a securitização, apesar da turbulência do mercado.

Ele disse que os mercados de eurobônus e de linhas bilaterais (de banco para banco) encareceram, tornando a securitização o instrumento mais adequado para a captação de recursos. O Bradesco usará o dinheiro para financiar o comércio exterior.

O banco BMG emitiu notes com prazo de dois anos. Segundo o banco, a demanda superou as expectativas. O valor inicial da operação é de US$ 100 milhões.

O coordenador do programa é o BCP Securities. O valor, a rentabilidade e a data de vencimento serão divulgados somente nesta segunda-feira.

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Consumidor - Justiça alivia a condenação de bancos. Juízes descartam indenização por dano moral contra instituições financeiras.

(DCI 10.03.2008 B-11 Legislação)

Os bancos, condenados por pequenas falhas na prestação de serviços, já estão conseguindo descartar a indenização ao cliente por dano moral e apenas manter a indenização por danos materiais causados. Os juízes têm sido mais criteriosos e entendido, nestes casos, que o dano moral só pode ser caracterizado se houver danos psicológicos graves que possam ser comprovados.

Segundo a advogada Kátia Millan, do Saddi Advogados, que atende diversos bancos, tem sido cada vez mais comum os juízes descartarem a indenização por dano moral em pequenos problemas. "As decisões vêm caminhando no sentido de que meras alegações não são suficientes para amparar a condenação por danos morais. É necessário que haja a comprovação da existência de um fato que motive uma pretensa condenação", explica.

A advogada também ressalta que os bancos têm investido em tecnologia para inibir atos de terceiros e eventuais processos. Mas caso ocorra algo que enseje indenização, o juiz também tem levado em consideração a postura do banco, se adotou medidas para resolver ou inibir a questão.

Em caso recente, divulgado no site do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) , o juiz mandou a Caixa Econômica Federal (CEF) pagar indenização apenas por danos materiais na ação movida por uma cliente. Ela entrou com a ação porque a CEF errou e debitou duas vezes um gasto de pouco mais de R$ 100 na conta da correntista.

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A primeira instância mandou o banco devolver o que descontou indevidamente e mais de R$ 1 mil por danos morais. Mas o desembargador mudou a sentença. Ele entendeu que não houve prova de que a cliente passou constrangimento ou vexame por causa disso.

Em outro caso recente, o Tribunal de Justiça de São Paulo também livrou um grande banco de pagar indenização por danos morais. O cliente havia alegado que seu cartão extraviou-se antes que ele o recebesse em casa e que diversos saques foram feitos de sua conta corrente. Ele pedia R$ 1,4 mil de danos materiais e vinte vezes este valor de danos morais.

O juiz entendeu que ele deveria ser indenizado pela quantia extraviada, mas que não caberia indenização por dano moral. "Embora o autor acene que os danos extrapatrimoniais derivariam do não-pagamento das prestações da escola em que está matriculado, além do vexame que suportou ao fazer a compra e ter seu cheque recusado onde sempre comprou, não produziu provas a esse respeito."

Em outra decisão, do final do ano passado, um desembargador do tribunal paulista também excluiu indenização por dano moral para um aposentado que teve retido R$ 450 no caixa eletrônico. Ele alegou que, com isso, teve danos por não poder fazer suas compras de natal.

Segundo a decisão do desembargador Salles Rossi, "na realidade, os mais triviais aborrecimentos do dia-a-dia estão, hoje, sendo equiparados a um sofrimento qualificado como insuportável, resultado de forte dor moral, acompanhado de vergonha. Chega-se a poder afirmar que qualquer contrariedade, mesmo que corriqueira, é, para alguns, nódoa indelével e permanente que mesmo com o pagamento pretendido, talvez nem assim se repare. A reparação pelo dano deve ser conseqüência da prova inequívoca do abalo moral".

Valor do dano

Como no Brasil, a Lei não apresenta critérios para a fixação do valor da reparação por dano moral, cada juiz responsável pelo caso usa os elementos trazidos nos autos e seus critérios subjetivos para arbitrar. Por isso, como não há critérios fixos do que pode ser considerado como dano moral e quanto isso pode ser calculado, caso enseje indenização, os valores podem ser muitas vezes destoantes como demonstra a pesquisa inédita realizada pelo escritório Saddi Advogados.

Os advogados analisaram cerca de 350 decisões finais no Supremo Tribunal Federal (STF) com relação a indenização por dano moral decorrente de morte entre 2000 e 2007. O estudo constatou que há uma imensa diferença entre os valores das condenações arbitradas.

Há casos de morte em que a família recebeu cerca de R$ 60 mil e outros em que a indenização final foi arbitrada em R$ 350 mil. Mas em geral, segundo os dados da pesquisa, as condenações, em média não tem ultrapassado 500 salários mínimos (cerca de R$ 200 mil).

Segundo o estudo, a diferença se dá porque "cada caso é analisado de acordo com as suas peculiaridades, as quais englobam da classe social da vítima à provável 'dor na alma' de quem está pleiteando a indenização".

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Bancos vêem risco de excesso de regulação. Executivos temem que, na tentativa de evitar crises como a do "subprime", autoridades regulatórias engessem serviços financeiros

(Folha de São Paulo - 08/03/2008 B-8 Dinheiro)

Membros de conselhos de instituições sofrem críticas por não terem questionado grandes retornos de operações

MARIA CRISTINA FRIASENVIADA ESPECIAL AO RIO

JANAÍNA LAGEDA SUCURSAL DO RIO

Nos intervalos dos painéis da reunião do IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês) no Rio de Janeiro, que se encerrou ontem, alguns executivos comentaram em "off" a preocupação de que autoridades regulatórias se excedam na criação de normas para evitar novas crises como a do "subprime" e acabem por engessar os serviços financeiros.Eugene Ludwig, presidente do Promontory Group, LLC, ressoou o temor. "Os supervisores estão indo do lado errado." Ludwig, que preside um aglomerado de empresas que fornecem produtos e serviços para instituições financeiras, condenou a uniformização da supervisão dos mercados, defendida, entre outras autoridades regulatórias, pelo BIS (Bank of International Settlements). Para a instituição, que funciona como um banco dos bancos, com sede em Basiléia, os bancos centrais deveriam discutir regras comuns."Deveriam respeitar quem faz o negócio", afirmou Ludwig no encontro do Instituto de Finanças Internacionais, que reúne 370 das maiores instituições financeiras de 65 países.Ele recomendou às autoridades regulatórias "manter a coisa simples", minimizar a regulação. "Não fazem nenhum favor aos serviços financeiros ao torná-los mais complicados."O representante do Deutsche Bank fez uma autocrítica."Fizemos novas estruturas de crédito, mas não fizemos um trabalho bem-feito. Precisamos fazer um mea-culpa: fizemos muito rápido", disse Hugo Banziger, membro do Conselho de Administração do Deutsche Bank e chefe da área de risco do banco.

RiscoBanziger criticou membros dos conselhos que não questionaram os grandes retornos. "Não se perguntaram: para onde o risco está indo? Para onde, não sabiam bem. Eram SIVs ["special investment vehicles", veículos de investimento especial, que são empresas criadas para abrigar operações de crédito fora dos balanços dos bancos], entre outras operações."O executivo do Deutsche Bank questionou ainda a qualificação de membros de conselhos dos bancos."As estruturas [novos produtos de crédito] são complexas. É preciso treinar mais as pessoas", afirmou.Para Banziger, é preciso que se tenha conhecimento de todos os participantes do setor financeiro. "Uma visão holística do mercado."Roberto Setubal, presidente do Banco Itaú, disse que normalmente o sistema financeiro anda à frente da regulação."Ela vai sempre atrás da inovação. Não tem como ela correr à frente de novos produtos. Age, muitas vezes, depois de uma crise.""Vejo com normalidade as normas regulatórias", acrescentou, "como forma de evitar novas crises e de permitir que, com criatividade, surjam novos produtos que beneficiem os usuários."

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CHINA

Atentado - China evita tentativa de derrubar avião(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-13 Mundo)

BEN BLANCHARDDA AGÊNCIA REUTERS

A China informou ontem ter evitado uma tentativa de derrubar um avião de passageiros com destino a Pequim. A aeronave fez uma pouso de emergência seguro, informou uma autoridade, no que a imprensa estatal chamou de um atentado terrorista. O vôo de Urumqi, capital da região ocidental chinesa de Xinjiang, onde militantes Uighurs protestam pela independência do "Turquistão Leste", pousou na cidade do noroeste de Lanzhou, na sexta-feira, após a tripulação descobrir e evitar uma tentativa de "causar um desastre aéreo", segundo o governador de Xinjiang, Nuer Baikeli.

"Quem são as pessoas envolvidas no incidente, de onde elas são, qual o seu objetivo e sua procedência, nós agora estamos investigando", disse. A agência de notícias oficial Xinhua informou que autoridades "evitaram um atentado terrorista planejado."

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Competidor cada vez mais forte (O Estado de São Paulo 09.03.2008 A-3 Notas e Informações)

A China construiu nos últimos cinco anos 192 mil quilômetros de rodovias - sendo 28 mil de vias expressas -, disse em Pequim o primeiro-ministro Wen Jiabao, no discurso de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional do Povo, o Parlamento chinês. Com isso, o país só ficou atrás dos Estados Unidos em extensão de auto-estradas. O discurso foi dedicado não só a realizações do governo e aos avanços da economia, mas também ao exame de importantes desafios imediatos, como o rápido aumento da inflação, causado basicamente pelo superaquecimento econômico. A alta de preços, disse o primeiro-ministro, é a principal preocupação das autoridades, neste momento, e seu objetivo será contê-la em 4,8% neste ano. O crescimento do PIB, 11,7% no ano passado, segundo as estimativas correntes, deverá ficar em cerca de 8% em 2008. Todo o discurso contém dados de grande interesse para o Brasil, já que a China é hoje o terceiro maior destino das exportações do País, seu segundo maior fornecedor e um de seus principais concorrentes no mercado global. Merecem especial atenção, no entanto, as informações sobre os investimentos em infra-estrutura, um fator decisivo de competitividade.

A infra-estrutura chinesa ainda não supre as necessidades econômicas e sociais do país, dizem analistas, e isso foi evidenciado de forma dramática há poucas semanas, quando nevascas de intensidade incomum provocaram caos nos aeroportos, paralisaram o transporte ferroviário e interromperam o fornecimento de energia elétrica, ainda muito dependente do carvão. Mas os brasileiros deveriam dar muito menos atenção a esses problemas do que aos avanços na ampliação das redes de transportes, telecomunicações e energia.

Nos últimos cinco anos, segundo o relatório apresentado pelo primeiro-ministro, houve um aumento de 350 milhões de kW na capacidade de geração de eletricidade - o equivalente a toda a capacidade acrescentada entre 1950 e 2002. Foram inaugurados, nesse intervalo de cinco anos, 6.100 quilômetros de ferrovias. Os serviços de telecomunicações foram estendidos a 494 milhões de pessoas, cerca de 2,5 vezes a atual população brasileira.

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Muitas pessoas, em todo o mundo, ainda atribuem à superexploração da mão-de-obra a força da China na concorrência pelo mercado internacional. Sem dúvida, o trabalhador chinês ainda continua ganhando pouco, pelos padrões ocidentais, e seus benefícios previdenciários são muito limitados. Mas esse fator pesa cada vez menos no aumento do poder de competição dos produtos industriais chineses.

Outros fatores, como a ampliação e a modernização da infra-estrutura, a qualificação da mão-de-obra e o crescente investimento em tecnologia, ganham peso rapidamente como determinantes da competitividade. A China é hoje um dos países mais eficientes na exportação de produtos de alta tecnologia. Por esse critério chegou a ultrapassar os Estados Unidos no ano passado, segundo pesquisa divulgada em janeiro pelo Georgia Institute of Technology. Alguns aspectos do estudo podem ser discutíveis, mas não há como contestar o grande avanço chinês no rumo da transformação tecnológica de sua indústria, tanto pelo investimento em pesquisas quanto pela absorção de conhecimentos produzidos no exterior. O Brasil, nessa lista de 33 países, aparece em 29º lugar.

Não há como desconhecer esses dados quando se pretende realizar, no Brasil, uma discussão séria sobre política de desenvolvimento industrial e competitividade. O investimento em capital fixo tem sido o principal motor do crescimento econômico chinês. Estatisticamente, proporcionou 5,2 pontos dos 11,7% de expansão do PIB registrada em 2007. Em outras palavras, 44,4% do crescimento econômico chinês do ano passado foi proporcionado pelo investimento fixo - e boa parte desse capital foi aplicada na infra-estrutura.

Apesar desse esforço, a modernização da base física da economia chinesa ainda é muito desigual e algumas áreas do país continuam, sem dúvida, atrasadas. Mas a transformação é muito rápida, como têm comprovado executivos e empresários brasileiros em visita à China. Diante desses fatos, políticas meramente defensivas, como a adoção de salvaguardas comerciais, têm pouca relevância. Em Brasília, no entanto, a percepção desses fatos ainda não está difundida.

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China reabre mercado de ações a investidores estrangeiros(Monitor Mercantil - 10.03.2008 Financeiro p.5)

A China reabriu seu mercado de ações a novos investimentos estrangeiros após sua primeira aprovação a uma nova injeção desse tipo em mais de um ano. As informações são da mídia estatal do país. A ação é tida pelo mercado como o mais recente movimento de Pequim para impulsionar esse setor da sua economia.A aprovação foi concedida sob o sistema de investidores qualificados QFII, disse Hu Xiaolian, chefe da Administração Estatal de Câmbio (SAFE), a jornais oficiais.

"Para estimular investidores estrangeiros qualificados a investir no mercado de ações na China por longo prazo, um fundo governamental estrangeiro foi recentemente aprovado como investidor do tipo QFII", declarou ela, que também é diretora do banco central, se recusando a divulgar o nome do investidor.

A China suspendia a aprovação de novos investimentos QFII desde fevereiro de 2007, após exaurir a cota anterior de US$ 10 bilhões em câmbio estrangeiro voltada para esses investidores.

A SAFE havia divulgado em dezembro que ampliaria a cota para US$ 30 bilhões. A agência governamental estrangeira foi a primeira investidora a receber aprovação sob a nova cota.

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O mercado de ações da China registra queda acentuada desde que atingiu a máxima histórica em outubro passado, quando a bolsa era estimulada pela realização de lucros e por grandes programas de empresas para angariar recursos.

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China - 'Retirantes' chineses são clandestinos em seu país. Milhões de ‘migrantes rurais’ vagam pelas cidades em busca de trabalho

(O Estado de São Paulo 09.03.2008 A-22 Internacional)

Cláudia Trevisan

Wu Xin Jun tem 27 anos e desde os 16 viaja de cidade em cidade da China atrás de trabalhos temporários, nos quais junta dinheiro para sustentar a mulher e a filha de 3 anos que ficaram em sua vila natal. Versão chinesa dos retirantes brasileiros, Wu faz parte de um grupo estimado em pelo menos 150 milhões de camponeses que deixaram a zona rural e vagam pelo país em busca de emprego na construção civil e em fábricas que não exigem qualificação.

Chamados de “migrantes rurais”, eles formam uma população flutuante, considerada clandestina em seu próprio país. Como são oficialmente moradores do campo, não recebem benefícios que os habitantes da cidade usufruem nas áreas de saúde e educação e são tolerados em razão da forte demanda por mão-de-obra barata.

Se quiserem matricular seus filhos em escolas públicas, por exemplo, são obrigados a pagar mensalidades muito mais altas que as cobradas das pessoas registradas como habitantes das cidades - a China tem um sistema chamado hukou, que restringe a movimentação de pessoas pelo país e divide a população entre urbana e rural. Também terão dificuldade para vacinar os filhos e conseguir a mais básica assistência médica gratuita.

As relações de trabalho são precárias. Normalmente não há contrato e o pagamento do salário é feito depois de seis meses ou um ano de trabalho. “Se eu trabalhar só dois ou três meses e quiser ir para casa, a empresa não me paga ou paga apenas uma parte do que eu deveria receber”, diz Wu.

Pior ainda, há casos de não pagamento de salários. O governo chinês afirma que no período de 2004 a julho de 2007 ajudou migrantes rurais a recuperarem o equivalente a US$ 5,66 bilhões em salários atrasados. No início deste ano, começou a vigorar uma nova lei que estabelece punições mais severas para empresas que retiverem pagamento de operários, incluindo o de migrantes rurais.

Como quase todos os retirantes chineses, Wu carrega um saco nas costas, no qual leva cobertor, lençol, toalha e uma muda de roupa. Quando arruma trabalho, fica em dormitórios que abrigam de 5 a 15 pessoas, dependendo do lugar. Na manhã de sexta-feira, ele estava na frente da Estação Ferroviária de Pequim, à espera de um trem para sua vila na Província de Anhui. Depois de oito dias em busca de emprego na capital, ele havia decidido voltar para casa. “Aqui só querem pagar 30 yuans (US$ 4,3) por dia”. Seu plano era ficar com a família por dez dias e viajar de novo em busca de trabalho - Wu já perdeu a conta do número de cidades em que esteve nos últimos 11 anos.

A poucos metros dele, um grupo de dez migrantes da Província de Sichuan, no centro da China, esperava o trem para Shenyang, no nordeste do país. Há anos eles viajam juntos para fazer trabalhos

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temporários em diferentes cidades. Suas mulheres ficaram no campo, cuidando da pouca terra que cultivam e dos filhos.

Outro grupo da Província de Henan, no centro-leste da China, acabava de chegar para trabalhar em Pequim, cidade que vive um boom de construção em razão do alto crescimento econômico e dos Jogos Olímpicos. Sem os migrantes rurais, teria sido impossível a construção de obras como o Estádio Olímpico, o novo aeroporto internacional e o Cubo d’Água, onde serão realizadas as competições de natação.

A alguns quilômetros da estação de trem, Sun Deyong, de 40 anos, trabalhava na tubulação de gás que abastecerá a nova sede da principal rede de televisão estatal da China, a CCTV, um dos mais ousados edifícios do mundo, projetado pelo holandês Rem Koolhaas. Sun é da Província de Shandong, no leste, e vaga pelo país em busca de trabalho há 23 anos. Por isso, viu pouco do crescimento da filha de 10 anos.

A capital chinesa tem oficialmente 12,13 milhões de habitantes, se forem considerados apenas o que possuem hukou (o registro de moradia). Mas o número real é de 16,33 milhões, porque há 4,2 milhões de migrantes rurais. O mesmo ocorre em Xangai, com uma população flutuante de 5 milhões, o que eleva o total de habitantes a 18 milhões.

Mas a maior concentração de retirantes chineses está na província sulista de Guangdong, onde há indústrias intensivas em mão-de-obra que exigem pouca qualificação, como têxteis, calçados e brinquedos. São 26 milhões de trabalhadores, que sofreram as conseqüências das nevascas que atingiram o sul do país no mês passado e dificultaram as viagens do feriado do Ano Novo chinês - para muitos migrantes, a única oportunidade do ano de reencontrarem suas famílias.

O movimento de camponeses para as cidades começou de maneira tímida depois do início das reformas econômicas, em 1978, explodiu na década de 90 e intensificou-se ainda mais nos últimos anos. O crescimento médio anual de 10,6% dos últimos 30 anos beneficiou principalmente os moradores das grandes cidades da costa leste, como Pequim, Xangai, Cantão (capital de Guangdong) e Tianjin.

A crescente desigualdade de renda entre os moradores do campo e da cidade, entre ricos e pobres e entre as regiões leste e oeste do país é um dos mais evidentes efeitos colaterais do desenvolvimento chinês.

Apesar de ganharem entre US$ 150 e US$ 200 e não terem benefícios como descanso semanal remunerado ou férias, o migrantes estão em situação melhor do que no campo, onde não há emprego para todos e o cultivo da terra não garante renda suficiente para o sustento de suas famílias.

Migração 'deixa para trás' 58 milhões de crianças

As dificuldades enfrentadas pelos migrantes rurais nas cidades quase sempre os obrigam a manter toda ou parte da família no campo, o que deu origem a outro grupo social: as crianças “deixadas para trás”. Estudo da Federação das Mulheres de Toda a China, ligada ao governo, estima que 58 milhões de crianças camponesas com menos de 17 anos estão longe de um ou de ambos os pais, mais que o dobro das 20 milhões que estavam na mesma situação no ano 2000.

O governo estima que outras 20 milhões de crianças e adolescentes vivem com os pais nas cidades. Sem registro de residência, elas enfrentam dificuldades para ter acesso à educação, saúde e sistema de seguridade social. Diante das restrições impostas às crianças migrantes no sistema público de ensino, surgiram escolas específicas para o grupo, que funcionam de forma precária e nem sempre são reconhecidas pelo governo. Em Pequim, há 250 instituições do tipo. Mas depois que as crianças terminam o ensino fundamental, têm de voltar às suas vilas de origem, porque é difícil encontrar escolas de segundo grau que as aceitem em Pequim.

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Jian Yongping, da Federação das Mulheres de Toda a China, diz que a ausência de um ou de ambos os pais tem diferentes impactos sobre os filhos, segundo a faixa etária. “O relatório constatou que as crianças tinham grande necessidade de cuidados de saúde, desenvolvimento emocional e social e educação regular pré-escolar”, disse ao Estado. No caso dos adolescentes, cresce o percentual dos que abandonam os estudos e obtêm empregos de baixa remuneração e sem proteção social - exatamente como seus pais.

Trabalhador rural ganha visibilidade política

Vítimas de preconceito e marginalizados nas cidades, os migrantes rurais começam a receber mais atenção do governo, de organizações internacionais e grupos de advogados na China. Também aumentou sua visibilidade e, pela primeira vez, eles elegeram representantes para o Congresso Nacional do Povo, que começou sua reunião anual na segunda-feira. Dos 3 mil eleitos em toda a China, três são migrantes rurais. Ontem, eles estavam na capa do jornal China Daily, um sinal de que o assunto entrou de maneira definitiva na agenda oficial.

Em 2005, a Federação dos Advogados da China criou em Pequim a primeira Estação de Assistência Legal para os Trabalhadores Migrantes, que dá orientação jurídica gratuita aos retirantes. No ano passado, a iniciativa ganhou apoio do Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP). Com doação de US$ 512,5 milhões do governo da Bélgica, foram criadas outras estações de assistência legal para trabalhadores em mais 15 províncias. O objetivo do projeto é estruturar uma rede nacional de suporte a essa população flutuante.

O balanço parcial do projeto indica que, em oito meses, foram atendidas 21,5 mil pessoas com casos de pequeno valor, que somaram US$ 13,5 milhões. Outros 2.975 trabalhadores foram atendidos em casos de maior valor, que totalizaram US$ 4,3 milhões, dos quais US$ 1,26 milhão se referia a salários atrasados.

O coordenador do programa, Li Jing, disse ao Estado que o UNDP busca apoio financeiro para continuar o trabalho este ano. “Estamos preparando uma nova proposta para o governo belga e também estamos em contato com outros potenciais doadores”, afirmou.

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CIVIL

Artigo - Responsabilidade civil empresarial (O Estado de São Paulo 10.03.2008 B-8 Economia)

Antonio P. Mendonça *

A existência e o funcionamento de uma empresa a sujeitam a assumir riscos decorrentes de sua responsabilidade civil, ou da obrigação legal de reparar danos pelos quais seja responsável, causados a terceiros em função da sua existência ou funcionamento.

O grande problema dos danos de responsabilidade civil é que eles podem atingir ordens de grandeza extremamente elevadas. Porém mais sério do que isso é que é impossível quantificar o valor exato que estes danos podem alcançar. E estes valores podem ser suficientes para quebrar uma empresa.

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Se os danos patrimoniais podem ser razoavelmente mensuráveis, sendo necessária apenas a mensuração correta de seus ativos e da sua exposição aos diferentes tipos de riscos que os ameaçam, os danos a terceiros podem no máximo ser estimados, levando-se em conta as atividades da empresa, sua localização e sua capacidade de causar danos em função da sua existência e de seu funcionamento.

O interessante na responsabilidade civil é que não há uma correlação entre a atividade da empresa, o valor de seu patrimônio e as eventuais indenizações a que venha a ser condenada em função de sua responsabilidade em indenizar terceiros afetados direta ou indiretamente pela sua existência, sua operação ou por seus dirigentes, empregados e prepostos.

Dentro da moderna doutrina jurídica brasileira, baseada nas disposições da Constituição de 88, do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil, boa parte delas bastante modernas no trato dessas questões, a responsabilidade de indenizar danos causados a terceiros tem sistematicamente sido ampliada.

Se até alguns anos atrás a condenação com base na teoria objetiva do risco era quase que completamente desconsiderada pelo Judiciário, essa situação vem se modificando rapidamente, no sentido de adotar cada vez mais a tese da responsabilidade e não da culpa pelo dano como fato gerador da indenização.

O conceito tradicional e ainda majoritariamente aplicável ao instituto da responsabilidade civil é a figura jurídica da culpa do causador do dano. Por culpa se entende as ações ou omissões decorrentes da imperícia, imprudência ou negligência do agente e que acarreta danos a terceiros.

É evidente que uma empresa não existe por si só, nem tem como causar danos diretamente a terceiros. Tanto sua existência como seu funcionamento dependem de ações e omissões praticadas por seres humanos encarregados delas.

Portanto, os danos pelos quais a empresa pode ser responsabilizada são obrigatoriamente danos decorrentes de atos de pessoas vinculadas a ela, que a fazem responsável pelo pagamento de eventuais indenizações a terceiros, no caso de seres humanos ou patrimônios estranhos a ela sofrerem algum tipo de prejuízo decorrente da ação direta ou indireta de seu corpo profissional ou de sua existência e funcionamento.

É assim que os danos a terceiros podem variar de um pequeno acidente, como uma simples torção no pé, em função de uma queda por causa do piso molhado, até a morte de milhares de pessoas, por conta da ruptura de um tanque ou depósito de produtos tóxicos.

Como os valores também variam de risco para risco, a primeira coisa que uma empresa consciente deve fazer é uma análise criteriosa das conseqüências negativas possíveis, em função dela existir fisicamente e estar em operação.

Em princípio, uma empresa comercial tem menos riscos do que uma empresa industrial. E a mesma verdade se aplica se compararmos com uma empresa de prestação de serviços, sem contato direto com o público.

O seguro que garante a proteção da empresa contra perdas que venha a sofrer em função de danos causados a terceiros pela sua existência e funcionamento é o seguro de responsabilidade civil estabelecimento comercial ou industrial, também conhecido como RC Operações. Ele é um seguro facultativo de reembolso para o segurado. Nos dias de hoje, é impensável uma empresa funcionar sem a sua contratação.

*Antonio Penteado Mendonça é advogado e consultor, professor do Curso de Especialização em Seguros da FIA/FEA-USP e comentarista da Rádio Eldorado. E-mail: [email protected]

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Reputação abalada: Época é condenada a pagar danos morais(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Daniel RoncagliaO direito de informar da imprensa só se sobrepõe ao direito à honra quando a notícia é verdadeira. O entendimento foi usado pelo juiz Álvaro Henrique Teixeira de Almeida, da 12ª Vara Cível do Rio de Janeiro, para condenar a revista Época a pagar R$ 22,8 mil de indenização por danos morais para um administrador de empresas.

A sentença, que é fundamentada na Lei de Imprensa, acontece em um momento que o Supremo Tribunal Federal suspende 22 artigos da norma. Os processos que envolvem esses artigos devem ficar parados. No entanto, nesse caso foi aplicado o artigo 49, que pune aquele que causa prejuízo a alguém no exercício da liberdade de expressão. O ministro Carlos Ayres Britto, relator da questão, chegou a declarar que o artigo 49 sucumbe por arrastamento, mas o entendimento não foi referendado pelo plenário do STF.

Um erro na reportagem “Bandidos de Classe Média”, publicada na edição 384, de 26 de setembro de 2005, foi o motivo da condenação. A revista publicou foto e nome do administrador dizendo que ele foi preso com 10 mil comprimidos de ectasy quando voltava da Holanda. Segundo o texto, ele foi o protagonista da maior apreensão desse tipo de drogas no país.

No entanto, não foi isso — segundo os autos — o que aconteceu. Na verdade, em setembro de 2003, ele foi preso pela polícia quando saia do trabalho no centro do Rio de Janeiro. Ele foi confundido com um suspeito procurado pela polícia. Apesar de não ter nada em mãos, na delegacia, o administrador admitiu que já tinha consumido drogas. O caso virou um processo criminal e foi parar na imprensa.

Quando a reportagem foi publicada, ele já tinha sido absolvido pelo crime de tráfico três meses antes. “Meu nome já foi para a mídia dezenas de vezes e me desgastei para eliminar coisas passadas. Isso tudo resultou em quatro anos de desemprego”, afirma.

Segundo o juiz Álvaro Henrique Teixeira de Almeida, “as informações publicadas pela revista Época a respeito do autor, que se encontram nestes autos, não correspondem aos fatos que verdadeiramente ocorreram, como facilmente se depreende da análise das peças processuais relativas à ação criminal ajuizada em face do autor”.

Ao debater sobre a questão entre o direito de informar da imprensa e o direito à honra, o juiz entendeu que o primeiro só se sobrepõe quando a notícia é verdadeira. “Sendo falsas as afirmativas realizadas pela ré em matéria publicada em revista de circulação nacional, resta evidente a ausência de interesse público e a grave violação da honra, intimidade e privacidade do autor, decorrendo desta conduta o dano moral inegavelmente sofrido”, argumentou o juiz.

Como o nome e a foto do administrador foram estampadas na revista como tendo cometido um crime que não praticou, Almeida estipulou então a indenização em 60 salários mínimos.

Outro réu

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O jornalista Thomas Traumann, chefe da sucursal do Rio, também era apontado como réu na ação. No entanto, o juiz não aceitou sua condenação por entender que, pelo artigo 49 da Lei de Imprensa, só o autor do texto e o veículo podem ser responsabilizados. “Não há que se falar em responsabilidade do ‘chefe’ da sucursal da pessoa jurídica que explora a atividade, sendo imperativa a extinção do processo em relação ao segundo réu”, argumentou Almeida. Por causa do pedido para incluir o jornalista, o administrador foi condenado a pagar metades dos custos processuais e honorários advocatícios.

Não é a primeira vez que o Judiciário nega esse pedido ao administrador. Em 2006, a juíza Tânia Magalhães Avelar Moreira da Silveira, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, entendeu que o editor não gerencia a revista e, por isso, não é ele quem deve figurar no pólo passivo de uma ação que pede direito de resposta. Por isso, ela julgou extinta a ação em que ele pedia que uma carta resposta sua fosse publicada na Época. Para a juíza Tânia, a defesa do empresário errou ao ajuizar a ação contra o diretor editorial da revista.

Processo 2005.001.157150-9

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64495,1

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COMÉRCIO EXTERIOR

Comércio exterior - Colômbia teme queda de vendas à Venezuela(DCI 10.03.2008 A-3 Política Econômica)

A crise gerada na América Latina depois de um ataque de militares colombianos a guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) dentro do território do Equador já preocupa especialistas em relação à economia dos países envolvidos.

O diretor do Banco Central da Colômbia, Carlos Gustavo Cano, disse estar preocupado com esta crise política, porque a Venezuela compra 17% das exportações colombianas, sendo 50% dos produtos de alto valor agregado. O país representa o segundo maior consumidor de produtos colombianos, atrás dos Estados Unidos.

"É como se fosse um segundo mercado interno, para nós", disse Cano. A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e fechou as fronteiras para o país. "Se isso não for resolvido logo, vai haver reflexos muito grandes sobre a economia."

A Venezuela teve o papel de substituir parte das compras que os EUA deixaram de fazer. As vendas de roupas caíram 28% para os EUA depois do início da crise, os alimentos processados tiveram redução de 25%, e os produtos têxteis, de 6%. "O crescimento das exportações para a Venezuela foi de 93% em 2007", disse o diretor.

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Exportações - Comércio com o Japão rende US$ 2,3 bilhões. Empresários brasileiros buscam estreitar as relações.

(Jornal do Brasil 09.03.2008 E-6 Economia)

Guilherme Botelho Muito se fala da China mas poucos lembram que o Japão ainda é a segunda maior potência do mundo. E um Produto Interno Bruto de US$ 4,4 trilhões e uma renda per capita de US$ 36 mil não devem ser desprezados por empresários brasileiros. Só no ano passado, o comércio entre os dois países rendeu ao Brasil US$ 2,25 bilhões, de acordo com informações do Ministério das Finanças japonês.

O Japão percebeu a fartura de crédito e a paixão por carros do brasileiro. Passou a investir ainda mais na indústria automotiva. Em 1997, quando se instalou no interior São Paulo, a Honda vendeu 2 mil unidades. Ano passado foram comercializados nada menos que 87 mil veículos da montadora. Crescimento parecido aconteceu com a Toyota.

Alexandre Uehara, pesquisador da USP especializado em economia asiática, explica que o setor de auto-peças responde pelas maiores importações brasileiras. Ultrapassou o segmento de eletroeletrônicos.

Em dois anos, esses fabricantes devem se instalar no Brasil para atender a demanda das montadoras - prevê Uehara. - O dólar também se desvalorizou em relação ao iene. As montadoras no Brasil se beneficiaram do real valorizado. É um negócio que está crescendo.

Etanol

O etanol é um dos produtos mais presentes no comércio entre os dois países.

Empresas de comércio exterior como a Mitsui, Marubeni, Mitsubishi e outras têm feito muitos investimentos no país em setores como etanol, infra-estrutura, mineiro de ferro e outros - conta Rei Oiwa.

A Petrobras abriu ano passado uma refinaria Okinawa para produzir etanol no Japão.

Para melhorar a relação entre os dois países, o Brasil precisa divulgar mais sua imagem no Japão - aconselha Alexandre Uehara. - Muitos empresários japoneses desconhecem o nosso país.

Rei Oiwa, diretor do departamento de pesquisa da Japan External Trade Organization (Jetro), revela que a japonesa Sumitomo Tubos e a francesa Vallourec vão investir US$ 1,7 bilhão na construção de uma fábrica de tubos de aço em Minas Gerais.

A América Latina se transformou em 2007 na região que mais aumentou as exportações para o Japão, com crescimento de 18,4% em relação ao ano anterior, de acordo com o Ministério das Finanças japonês.

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CONSTITUCIONAL

STF - Cabe ação rescisória quando decisão definitiva viola interpretação constitucional do Supremo

(Migalhas – 10.03.2008)

A coisa julgada não é um valor absoluto. Admite-se rescisão quando a sentença transitada em julgado tenha violado interpretação constitucional do STF, mesmo que a interpretação seja posterior ao julgado. Com este entendimento, unânime, os ministros do Supremo rejeitaram na tarde da última quinta-feira embargos declaratórios opostos no RE 328812 (clique aqui).

Os embargos foram opostos por Maria Auxiliadora contra acórdão do STF que afastou a aplicação da súmula 343/STF e proveu um agravo regimental do INSS. A decisão do Supremo determinou que o TRT da 11ª região deveria apreciar uma ação rescisória ajuizada pelo instituto contra uma decisão transitada em julgado daquela corte trabalhista, discutindo suposta violação ao direito adquirido (artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal - clique aqui), referente a reajustes decorrentes dos planos Bresser e Verão.

Súmula 343 e controvérsia constitucionalO relator do processo, ministro Gilmar Mendes, reafirmou sua posição de que realmente não se aplica, neste caso, o enunciado da súmula 343 do STF.

"Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais."

Isso porque, disse o ministro, segundo o autor da ação rescisória, existe na matéria controvérsia sobre interpretação constitucional do Supremo em discussão, o artigo 5º, XXXVI – princípio do direito adquirido. "Se ao STF cabe guardar a Constituição, sua interpretação da Constituição Federal deve ser acompanhada pelos demais tribunais", frisou Gilmar Mendes.

Nas hipóteses em que o STF fixa a correta interpretação de uma norma infraconstitucional, ajustando seu texto à ordem constitucional, o ministro disse acreditar que cabe ação rescisória sempre que uma decisão, mesmo que definitiva e irrecorrível, contrariar essa interpretação do Supremo, ainda que a interpretação da Corte seja definida em momento posterior à sentença transitada em julgado. Gilmar Mendes ressaltou, contudo, que devem continuar sendo observado o prazo - que é de dois anos, a partir da decisão defintiva - para a interposição da ação rescisória, como forma de garantir a segurança jurídica.

O ministro ressaltou que essa posição não se confunde com a solução de divergência relativa à interpretação de normas infraconstitucionais. "Não é a mesma coisa vedar a rescisória para rever uma interpretação razoável de lei ordinária que tenha sido formulada por um juiz em confronto com outras interpretações de outros juízes, e vedar a rescisória para rever uma interpretação da lei que é contrária àquela fixada pelo STF em questão constitucional".

Gilmar Mendes enfatizou não considerar admissível que a manutenção de decisões divergentes da interpretação constitucional do STF diminua a eficácia das decisões da mais alta Corte do país.

"Considera-se a melhor interpretação, para efeitos institucionais, a que provém do Supremo, guardião da Constituição, razão pela qual sujeitam-se à ação rescisória, independentemente da existência de

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controvérsia sobre a matéria nos tribunais, as sentenças contrárias a precedentes do STF, sejam eles anteriores ou posteriores ao julgado rescindendo", concluiu o ministro.

UnanimidadeTodos os ministros presentes à sessão acompanharam o voto do relator. O ministro Carlos Alberto Menezes Direito disse entender que, se em determinado tema houver evolução da jurisprudência constitucional do STF, nada é mais certo do que admitir a ação rescisória.

Já o decano da corte, ministro Celso de Mello, também acompanhando o relator, ressaltou que o voto do ministro Gilmar Mendes fortalece o papel do Supremo, "e confere meio instrumental expressivo destinado a implementar a autoridade de suas próprias decisões e tornar efetivos e reais o primado e a força normativa da Constituição".

O ministro Cezar Peluso salientou que, em seu entender, a súmula 343, que não permite a admissão de ação rescisória em situações de interpretação controvertida de leis infraconstitucionais, poderia até mesmo ser cancelada. "Não pode existir na sociedade interpretações disformes da mesma norma", explicou.

http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=55945

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CONSUMIDOR

Consumidor - Justiça alivia a condenação de bancos. Juízes descartam indenização por dano moral contra instituições financeiras.

(DCI 10.03.2008 B-11 Legislação)

Os bancos, condenados por pequenas falhas na prestação de serviços, já estão conseguindo descartar a indenização ao cliente por dano moral e apenas manter a indenização por danos materiais causados. Os juízes têm sido mais criteriosos e entendido, nestes casos, que o dano moral só pode ser caracterizado se houver danos psicológicos graves que possam ser comprovados.

Segundo a advogada Kátia Millan, do Saddi Advogados, que atende diversos bancos, tem sido cada vez mais comum os juízes descartarem a indenização por dano moral em pequenos problemas. "As decisões vêm caminhando no sentido de que meras alegações não são suficientes para amparar a condenação por danos morais. É necessário que haja a comprovação da existência de um fato que motive uma pretensa condenação", explica.

A advogada também ressalta que os bancos têm investido em tecnologia para inibir atos de terceiros e eventuais processos. Mas caso ocorra algo que enseje indenização, o juiz também tem levado em consideração a postura do banco, se adotou medidas para resolver ou inibir a questão.

Em caso recente, divulgado no site do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) , o juiz mandou a Caixa Econômica Federal (CEF) pagar indenização apenas por danos materiais na ação movida por uma cliente. Ela entrou com a ação porque a CEF errou e debitou duas vezes um gasto de pouco mais de R$ 100 na conta da correntista.

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A primeira instância mandou o banco devolver o que descontou indevidamente e mais de R$ 1 mil por danos morais. Mas o desembargador mudou a sentença. Ele entendeu que não houve prova de que a cliente passou constrangimento ou vexame por causa disso.

Em outro caso recente, o Tribunal de Justiça de São Paulo também livrou um grande banco de pagar indenização por danos morais. O cliente havia alegado que seu cartão extraviou-se antes que ele o recebesse em casa e que diversos saques foram feitos de sua conta corrente. Ele pedia R$ 1,4 mil de danos materiais e vinte vezes este valor de danos morais.

O juiz entendeu que ele deveria ser indenizado pela quantia extraviada, mas que não caberia indenização por dano moral. "Embora o autor acene que os danos extrapatrimoniais derivariam do não-pagamento das prestações da escola em que está matriculado, além do vexame que suportou ao fazer a compra e ter seu cheque recusado onde sempre comprou, não produziu provas a esse respeito."

Em outra decisão, do final do ano passado, um desembargador do tribunal paulista também excluiu indenização por dano moral para um aposentado que teve retido R$ 450 no caixa eletrônico. Ele alegou que, com isso, teve danos por não poder fazer suas compras de natal.

Segundo a decisão do desembargador Salles Rossi, "na realidade, os mais triviais aborrecimentos do dia-a-dia estão, hoje, sendo equiparados a um sofrimento qualificado como insuportável, resultado de forte dor moral, acompanhado de vergonha. Chega-se a poder afirmar que qualquer contrariedade, mesmo que corriqueira, é, para alguns, nódoa indelével e permanente que mesmo com o pagamento pretendido, talvez nem assim se repare. A reparação pelo dano deve ser conseqüência da prova inequívoca do abalo moral".

Valor do dano

Como no Brasil, a Lei não apresenta critérios para a fixação do valor da reparação por dano moral, cada juiz responsável pelo caso usa os elementos trazidos nos autos e seus critérios subjetivos para arbitrar. Por isso, como não há critérios fixos do que pode ser considerado como dano moral e quanto isso pode ser calculado, caso enseje indenização, os valores podem ser muitas vezes destoantes como demonstra a pesquisa inédita realizada pelo escritório Saddi Advogados.

Os advogados analisaram cerca de 350 decisões finais no Supremo Tribunal Federal (STF) com relação a indenização por dano moral decorrente de morte entre 2000 e 2007. O estudo constatou que há uma imensa diferença entre os valores das condenações arbitradas.

Há casos de morte em que a família recebeu cerca de R$ 60 mil e outros em que a indenização final foi arbitrada em R$ 350 mil. Mas em geral, segundo os dados da pesquisa, as condenações, em média não tem ultrapassado 500 salários mínimos (cerca de R$ 200 mil).

Segundo o estudo, a diferença se dá porque "cada caso é analisado de acordo com as suas peculiaridades, as quais englobam da classe social da vítima à provável 'dor na alma' de quem está pleiteando a indenização".

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Consumidores provam pagamento de dívida e conseguem se livrar de ação do Banco Itaú (STJ - 07.03.2008)

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão unânime, considerou que não houve qualquer cerceamento ao direito de defesa do Banco Itaú S.A, por ter o juiz de primeiro grau julgado a

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ação proposta contra dois consumidores. Dessa forma, restabeleceu a sentença que confirmou o pagamento integral da dívida por parte dos consumidores, mediante a comprovação por recibo de pagamento.

O caso trata de uma ação monitória proposta pelo banco com o objetivo de receber um crédito de R$ 498.629,78. Um dos consumidores ofereceu embargos (recurso) afirmando ter quitado integralmente o débito e juntando cópia de um recibo de pagamento. A instituição financeira impugnou o recurso, declarando a falsidade do recibo.

O juiz de primeiro grau confirmou o pagamento integral da dívida considerando a autenticidade do recibo de quitação. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, na apelação, considerou que não cabe o julgamento antecipado da ação, restando caracterizado o cerceamento de defesa, “ainda mais quando a produção de provas foi requerida e especificada pela parte, fato que enseja a anulação da sentença para que o feito tenha regular prosseguimento para a dilação probatória”.

No STJ, a relatora, ministra Nancy Andrighi, afastou por completo a ocorrência de cerceamento de defesa da instituição financeira, bem como considerou absolutamente correta e coerente a sentença, pois baseada em documento cuja autenticidade havia sido declarada em processo incidental transitado em julgado.

“Concedida ao banco ampla oportunidade de provar suas assertivas, mas tendo este dispensado a prova pericial e não se insurgindo, até aquele instante, contra a declaração de autenticidade do recibo de pagamento, afigura-se bastante razoável que o juiz tenha depositado sua convicção no resultado definitivo do incidente de falsidade”, afirmou.

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=86727

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Proposta anula repasse de custo de carnê ao consumidor(Câmara - 07.03.2008)

O Projeto de Lei 2558/07, do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), inclui entre as cláusulas contratuais abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) a transferência ao consumidor de custos com emissão e envio de carnê, boleto bancário ou serviços de cobrança. Cláusulas contratuais que estabeleçam essa transferência de custos serão consideradas nulas.

Ainda segundo o texto, fornecedores que incorrerem na prática estarão sujeitos às penalidades previstas para condutas abusivas no código. A lei prevê medidas administrativas como multa, apreensão do produto e cassação de licença do estabelecimento, sem prejuízo de outras sanções de natureza civil ou penal.

TramitaçãoA proposta tramita em caráter conclusivo e foi encaminhada às comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2558/2007

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http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118292

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Venda a prazo sem desconto poderá ser prática abusiva(Câmara - 07.03.2008)

O Projeto de Lei 2556/07, do Senado, inclui a venda a prazo pelo valor do preço à vista entre as práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e vedadas ao fornecedor de produtos ou serviços. A proposta também considera abusiva a recusa da concessão de desconto sobre os juros caso o consumidor queira antecipar uma ou mais parcelas de produtos financiados.

Autor da proposta, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) argumenta que o consumidor adquire um financiamento quando os comerciantes vendem produtos a prazo e cobram o mesmo valor que seria pago à vista. "É comum falar que o brasileiro não se preocupa com a taxa de juros embutida nos financiamentos, limitando-se a verificar se o valor da prestação cabe em seu orçamento. Com isso, as lojas não oferecem desconto para pagamento à vista, além de se servirem da informação enganosa de que o preço à vista pode ser pago em um certo número de parcelas, escondendo o preço do financiamento", afirma.

TramitaçãoO projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2556/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118290

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DIVERSOS

Debate - Células-Tronco e o Direito à Vida(Gazeta Mercantil 10.03.2008 A-17 Política)

O uso de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa biológica e de terapêutica genética é assunto complexo, extremamente sensível e tem desdobramentos óbvios nos terrenos filosófico, ético e religioso.

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Assim, o debate em torno desse candente tema freqüentemente centra-se em rígidos princípios morais e religiosos que não propiciam ambiente racional para decisões responsáveis e equilibradas. Entretanto, não foi dessa forma dogmática que se deu a discussão do tema por ocasião da aprovação da Lei de Biossegurança no Senado. Com efeito, após grande número de audiência públicas, nas quais foram ouvidos distintos setores da sociedade brasileira, o Senado chegou a uma decisão sobre o uso das células-tronco embrionárias que evita dilemas morais e respeita integralmente o direito constitucional à vida.Tratou-se de decisão responsável, pluralista e republicana no sentido mais amplo do termo, pois buscou-se, essencialmente, o bem comum. Com efeito, a redação do artigo 5º daquela lei, objeto da ação direta de inconstitucionalidade ora em apreciação no Supremo, foi muito cuidadosa e autorizou a pesquisa com células-tronco embrionárias em circunstâncias bastante específicas. Assim, a lei aprovada só permite a utilização de embriões inviáveis para fins reprodutivos e congelados há mais de três anos. Além disso, a lei previu claramente que a utilização dos embriões para fins de pesquisa é permitida, após o consentimento manifesto dos casais que produziram o material genético. Com essa cuidadosa redação, o Senado tornou inútil e desnecessária a indagação, freqüentemente feita a respeito do assunto, sobre quando se dá o início da vida humana. De fato, mesmo na hipótese de se admitir que a vida começa na concepção, como quer a Igreja, o uso desses embriões congelados não colide com o direito à vida, pois trata-se de embriões inviáveis, cujo destino, não fosse a Lei de Biossegurança, seria invariavelmente o do mero descarte. Assim sendo, a indagação pertinente que deve ser feita neste caso é: o que é melhor para o interesse público e para a preservação da vida, o descarte desses embriões ou o seu uso para pesquisas que poderão curar terríveis doenças que afetam milhões de brasileiros? É preciso considerar que, embora o uso de células-tronco adultas venha crescendo e demonstrando bom potencial terapêutico, as células-tronco embrionárias se constituem na grande esperança de cura para males como a doença de Parkinson, o diabetes e a Distrofia Muscular de Duchenne, entre muitos outros. Observe-se, ademais, que a pesquisa com células-tronco está sendo desenvolvida no mundo todo, e, em breve, poderá produzir terapias genéticas importantes. Assim, caso o Brasil não comece a realizar com celeridade as suas próprias pesquisas nesse campo promissor, corremos o risco de nos tornarmos ainda mais dependentes do conhecimento e das drogas terapêuticas desenvolvidas lá fora, com prejuízos evidentes para o nosso desenvolvimento científico-tecnológico e a saúde pública brasileira. Ressalte-se que esse descompasso entre o Brasil e países desenvolvidos, no que tange à pesquisa de células-tronco, poderá gerar uma situação irônica concernente ao direito à vida: pacientes brasileiros poderão requerer, com base nesse direito constitucional, que o SUS financie o seu tratamento com terapias de células-tronco embrionárias no estrangeiro. E o SUS será forçado a pagar. Conta a lenda que Galileu, ao sair do Tribunal da Inquisição, onde teve de negar que a Terra girava ao redor do Sol, murmurou: "Eppur si muove", referindo-se ao movimento terrestre. O mesmo se dá com o desenvolvimento científico-tecnológico. Nada irá detê-lo, nem mesmo a concepção distorcida e restritiva do direito constitucional à vida e da equilibrada lei produzida pelo Senado. kicker: "A pesquisa com células-tronco está sendo desenvolvida no mundo todo e poderá produzir terapias importantes"

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Artigo - A liminar contra a Lei de Imprensa (Jornal do Brasil 10.03.2008 A-6 País)

Erasto Villa-Verde Filho Advogado e assessor da Liderança do PDT na Câmara dos Deputados

Aliminar na Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130 - causa que, junto com o ilustre advogado, jornalista, deputado federal e ex-ministro das Comunicações, Miro Teixeira, tenho a

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honra de patrocinar representando o PDT - inaugura a era da efetiva plenitude da liberdade de imprensa no Brasil (Constituição Federal, artigo 220, parágrafo 1º).

A ADPF integra o sistema concentrado de controle de constitucionalidade e contesta atos contrários aos mais relevantes princípios constitucionais, entre os quais a liberdade de expressão, "a maior expressão da liberdade", no dizer do ministro Carlos Britto.

A tarefa do Supremo Tribunal Federal merece o realce da Nobel de Literatura Gordimer: "(...) é a sede do Tribunal Constitucional. Ali funciona a antítese da confusão e desorientação da mente febril: é o lugar do mais elevado patamar da justiça ponderada".

São requisitos específicos da ADPF, além da demonstração dos preceitos fundamentais violados: a) a legitimidade ativa restrita: a mesma da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin); b) a indicação do ato questionado: no caso, ato normativo anterior à Constituição, impugnável via ADPF; c) o princípio da subsidiariedade: como não se admite Adin contra lei anterior à Lei Maior e o sistema difuso não é tão eficaz, cabe ADPF; d) a controvérsia judicial relevante: necessária no caso de impugnação de lei anterior à CF (jurisprudência sobre o tema: 202 acórdãos, 78 decisões monocráticas e 4 decisões da Presidência do STF; 341 acórdãos e 2 súmulas do STJ; vários julgados dos Tribunais de Justiça).

O PDT pede sucessivamente: (i) a anulação total da lei; (ii) de alguns dispositivos; e (iii) a fixação da "interpretação conforme" sobre outros. A liminar acolheu o (ii) e suspendeu o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais ou de qualquer outra medida sobre:

A parte inicial do § 2.º do artigo 1º permite a censura a espetáculos e diversões públicas e contraria o artigo 5º, IX, e os §§ 2º e 3º do artigo 220 da CF. O § 2º do artigo 2º e os artigos 3º, 4º, 5º, 6º e 65 tratam da propriedade dos veículos de comunicação por estrangeiros, revogados pelo artigo 222 da Lei Maior e pela Lei 10.610/2003.

Os artigos 20, 21 e 22 prevêem os crimes de calúnia, injúria e difamação praticados por meio da imprensa. Agora, será aplicado o Código Penal, que prevê penas mais brandas.

O artigo 23 contém agravante para crimes contra a honra cometidos contra autoridades. Essa proteção especial, como se a honra dos governantes fosse mais importante que a dos cidadãos, contraria a Lei Maior.

Os artigos 51 e 52 limitam as indenizações por danos causados pela imprensa. A jurisprudência já os considerava não-recepcionados pela CF. A liminar torna obrigatória tal orientação.

A parte final do artigo 56 fixa o prazo de três meses para a ação de indenização. Também fora derrubado pela jurisprudência.

Os §§ 3º e 6º do artigo 57: o 3º fixa o prazo de cinco dias para o réu contestar a ação de indenização, e o 6º exige, para a apelação do réu, depósito prévio igual ao valor da condenação, dificultando a defesa da imprensa. Também foram considerados não-recepcionados. Serão aplicadas as regras gerais de processo civil.

Os §§ 1º e 2º do artigo 60 e os artigos 61, 62, 63, 64 e 65 tratam da possibilidade de apreensão e destruição de impressos e caracterizam censura.

Enfim, com efeito vinculante e eficácia geral, normas consideradas flagrantemente incompatíveis com a Lei Maior estão suspensas. Ao julgar o mérito, o STF pode avançar, declarando a nulidade de outras. Quiçá, de toda a lei.

Liberdade e responsabilidade. O Estado já não dita o que se pode ler, ouvir e assistir. Mas também caíram restrições a pleitos indenizatórios. Cabe à imprensa, respeitando os direitos de personalidade

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(honra, imagem e vida privada) e respondendo por abusos na forma do Código Civil e do Penal, exercer o seu poder/dever de bem informar os cidadãos.

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Tabaco - Fabricantes de cigarro poderão ressarcir gastos com saúde(Câmara - 07.03.2008)

O Projeto de Lei 2549/07, apresentado pelo deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), exige que os fabricantes de cigarro indenizem o poder público pelos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com doenças relacionadas ao uso de produtos derivados de tabaco. A definição das doenças e dos valores da indenização deverá ser feita com a participação de representantes do poder público, dos usuários do sistema de saúde e dos produtores de tabaco e derivados.

Outra medida prevista é a proibição do uso de máquinas para venda de cigarros e charutos. Pelo projeto, quem fabricar, instalar ou operar essas máquinas poderá ser punido com multa de até 25 mil, triplicada em caso de reincidência.

"Para reduzir o uso de cigarro, é preciso uma posição forte da sociedade e do poder público brasileiro. Por isso, apresentamos neste projeto iniciativas que consideramos pertinentes e que podem ser consideradas como um pacote anti-tabagismo", afirma.

TramitaçãoO projeto tramita em regime de urgência e terá análise conjunta com o PL 4846/94. As propostas serão votadas pelo Plenário.

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118283

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Diário Oficial traz duas alterações em Processos Produtivos Básicos(Ministério do Desenvolvimento - 07.03.2008)

Foram publicadas ontem (6/3), no Diário Oficial da União, portarias interministeriais que alteram dois Processos Produtivos Básicos (PPBs) já existentes. O primeiro trata de alteração do Processo Produtivo Básico estabelecido para a parte “Filtro de ar”, que se encaixa no processo para Partes e peças de ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos.

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Trata-se de pleito para tornar possível a fabricação do novo modelo de filtro de ar para motocicletas, sem prejudicar o processo de fabricação atual. O novo filtro trará nova estrutura geométrica das dobras da sanfona de papel e das junções coladas, proporcionando melhoria no grau de separação da sujeira e menor resistência à passagem do ar.

A segunda alteração trata-se de inserção de uma nova alínea “a”, no inciso III do artigo 1º, na portaria que, por não ter sido feita a devida remuneração dos parágrafos e artigos, tornaram equivocadas as dispensas para as etapas de produção de “Centrais de comutação e controle (CCC), Controladores de estação de rádio-base (BSC), Unidades transceptores para estação rádio-base (ERB), Repetidores celulares e Sistemas de energia em corrente contínua”.

Os PPBs são etapas que caracterizam a fabricação local de um produto e são uma das contrapartidas para obtenção de benefícios fiscais na Zona Franca de Manaus. O seu objetivo é evitar o deslocamento de investimentos de uma região para outra do País. A aprovação de um PPB garante incentivos como isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e redução de Imposto de Importação (II)

http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=2&noticia=8070

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Camex reduz alíquota do Cumeno para 2%(Ministério do Desenvolvimento - 07.03.2008)

Foi publicada hoje (7/3), no Diário Oficial da União (DOU), a decisão ad referendum do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), por meio da Resolução nº 10, que concede a redução de 8% para 2% da alíquota ad valorem do Imposto de Importação para a mercadoria Cumeno (NCM 2902.70.00), com quota global de 60 mil toneladas.

O produto, conhecido também como isopropilbenzeno, é um composto orgânico obtido a partir da catálise do benzeno com adição de propileno. Sua principal utilização ocorre na produção de fenol, que constitui o principal insumo para a produção de intermediários químicos aplicados em diversas cadeias, entre elas: automobilística, moveleira e química, além da produção de nylon para a indústria têxtil.

A medida tem validade de doze meses, tendo em vista de se tratar de desabastecimento temporário no mercado nacional. A alteração atende dispositivo da Resolução nº 69/00 do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

NCM DESCRIÇÃO2902.70.00 Cumeno (Isopropilbenzeno)

http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1&noticia=8069

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Tabaco - Brasil terá centro de estudos sobre o tabaco(IDEC – 10.03.2008)

(Fonte: Ministério da Saúde) O ministro da Saúde, José Gomes Temporão anunciou hoje a implantação de um centro de estudos do tabaco numa parceria entre o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As obras de construção do centro, que ficará no Rio de Janeiro, devem começar ainda em 2008 e serem concluídas em dois anos.

O anúncio foi feito em audiência de Temporão com o secretário-executivo da Conferência das Partes para o Controle do Uso do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), Haik Nikogosian, que está no Brasil para conhecer a política e as ações de controle do tabagismo do país.

O ministro ressaltou que o Brasil tem uma das políticas de controle do tabaco mais avançadas do mundo, "num país em que 250 mil famílias dependem desta cultura", lembrou. "Por isso, a importância do Brasil ter assinado a Convenção-Quadro" que prevê a substituição de culturas nas áreas de plantio de fumo.

Nikogosian elogiou o Brasil pela liderança que exerce nos fóruns internacionais sobre a questão e pelos méritos alcançados no controle do hábito de fumar e a coordenação intersetorial do governo. Ele esteve reunido ontem com representantes da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Coniq) da qual fazem parte os ministérios da Saúde, Relações Exteriores, Agricultura, Fazenda, Educação, Justiça, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O secretário-executivo também disse ao ministro que o modelo de articulação brasileiro, em que os níveis técnicos apóiam as autoridades, passou a ser recomendado aos outros países signatários.

Segundo a OMS, a cada não, morrem cerca de cinco milhões de pessoas, em todo mundo, devido ao consumo de derivados do tabaco. A organização também estima que, mantida a atual tendência de consumo nos próximos 30 a 40 anos, quando os fumantes jovens de hoje atingirem a meia idade, a epidemia tabagista causará 10 milhões de mortes por ano.

O reconhecimento de que a expansão do tabagismo é um problema mundial fez com que, em maio de 1999, durante a 52ª. Assembléia Mundial da Saúde, os Estados-membros propusessem a adoção do primeiro tratado internacional sobre saúde pública. Denominado Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, determina um coonjunto de medidas com o objetivo de deter a expansão do consumo do tabaco e seus danos à saúde.

http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=9745

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Desembargadora nega recurso contra liminar que suspende concurso da Petrobras(Última Instância - 10.03.2008)

Agência Brasil A desembargadora Assusete Magalhães, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, negou na noite de ontem recurso contra a liminar que determinou a suspensão das provas do concurso da Petrobras. Com isso, fica adiado o concurso que aconteceria hoje (9/03) para os cargos de técnico de operação júnior e técnico de inspeção de equipamentos e instalações júnior (mecânica e metalurgia).

A decisão prevê reabertura do prazo de inscrição por 17 dias antes da realização de nova prova e atende a uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal. O recurso negado foi apresentado pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília, organizador do concurso.

Estavam inscritos 90.264 candidatos para disputar 989 vagas. O Cespe publicou nota informando que a nova data das provas será publicada em seu site.

Na ação, o Ministério Público Federal argumentava que a banca violou os princípios da publicidade e da isonomia ao não divulgar mudanças no edital de abertura do concurso e não abrir prazo para novas inscrições.

No edital, o período das inscrições era de 29 de janeiro a 15 de fevereiro. Mas durante esse período foram publicado mudanças no Diário Oficial, que só constaram retificadas na página do Cespe após vencido o prazo de inscrição.

Em nota divulgada pelo Ministério Público, a procuradora da República Anna Carolina Resende afirma que a divulgação foi insuficiente para eficácia do princípio da publicidade, pois, segundo ela, os candidatos buscam informações a respeito do concurso no site do Cesp e não no Diário Oficial.

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/48425.shtml

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Conar - Novas restrições para a publicidade de bebidas alcoólicas(Migalhas – 10.03.2008)

Conheça todas as novidades que o Conar implantará a partir de 10 de abril de 2008 para a publicidade de cervejas, vinhos, aguardentes, ices e demais bebidas alcoólicas.

Confira abaixo as novas regras na íntegra.

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ANEXO "A" - Bebidas Alcoólicas Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos da ética publicitária, aquela que como tal for classificada perante as normas e regulamentos oficiais a que se subordina o seu licenciamento. Este Código, no entanto, estabelece distinção entre três categorias de bebidas alcoólicas: as normalmente consumidas durante as refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas e os Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas, destiladas, retificadas ou obtidas por mistura (normalmente servidas em doses, cuja publicidade é disciplinada pelo Anexo "A"); e a categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool pop”, “ready to drink”, “malternatives”, e produtos a eles assemelhados, em que a bebida alcoólica é apresentada em mistura com água, suco ou refrigerante, enquadrada em Anexo próprio (o Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber.

As normas éticas que se seguem complementam as recomendações gerais deste Código e, obviamente, não excluem o atendimento às exigências contidas na legislação específica.

A publicidade submetida a este Anexo:

1. Regra geral: por tratar-se de bebida alcoólica — produto de consumo restrito e impróprio para determinados públicos e situações — deverá ser estruturada de maneira socialmente responsável, sem se afastar da finalidade precípua de difundir marca e características, vedados, por texto ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive slogan, o apelo imperativo de consumo e a oferta exagerada de unidades do produto em qualquer peça de comunicação.

2. Princípio da proteção a crianças e adolescentes: não terá crianças e adolescentes como público-alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e suas Agências adotarão cuidados especiais na elaboração de suas estratégias mercadológicas e na estruturação de suas mensagens publicitárias. Assim:

a. crianças e adolescentes não figurarão, de qualquer forma, em anúncios; qualquer pessoa que neles apareça deverá ser e parecer maior de 25 anos de idade; b. as mensagens serão exclusivamente destinadas a público adulto, não sendo justificável qualquer transigência em relação a este princípio. Assim, o conteúdo dos anúncios deixará claro tratar-se de produto de consumo impróprio para menores; não empregará linguagem, expressões, recursos gráficos e audiovisuais reconhecidamente pertencentes ao universo infanto-juvenil, tais como animais “humanizados”, bonecos ou animações que possam despertar a curiosidade ou a atenção de menores nem contribuir para que eles adotem valores morais ou hábitos incompatíveis com a menoridade; c. o planejamento de mídia levará em consideração este princípio, devendo, portanto, refletir as restrições e os cuidados técnica e eticamente adequados. Assim, o anúncio somente será inserido em programação, publicação ou web-site dirigidos predominantemente a maiores de idade. Diante de eventual dificuldade para aferição do público predominante, adotar-se-á programação que melhor atenda ao propósito de proteger crianças e adolescentes;d. os websites pertencentes a marcas de produtos que se enquadrarem na categoria aqui tratada deverão conter dispositivo de acesso seletivo, de modo a evitar a navegação por menores.

3. Princípio do consumo com responsabilidade social: a publicidade não deverá induzir, de qualquer forma, ao consumo exagerado ou irresponsável. Assim, diante deste princípio, nos anúncios de bebidas alcoólicas:

a. eventuais apelos à sensualidade não constituirão o principal conteúdo da mensagem; modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual;b. não conterão cena, ilustração, áudio ou vídeo que apresente ou sugira a ingestão do produto;c. não serão utilizadas imagens, linguagem ou argumentos que sugiram ser o consumo do produto sinal de maturidade ou que ele contribua para maior coragem pessoal, êxito profissional ou social, ou que proporcione ao consumidor maior poder de sedução;d. apoiados na imagem de pessoa famosa, adotar-se-ão as mesmas condicionantes dispostas no item 2, letras “a”, “b”, “c” e “d” do Anexo “Q” – Testemunhais, Atestados e Endossos;

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e. não serão empregados argumentos ou apresentadas situações que tornem o consumo do produto um desafio nem tampouco desvalorizem aqueles que não bebam; jamais se utilizará imagem ou texto que menospreze a moderação no consumo;f. não se admitirá que sejam elas recomendadas em razão do teor alcoólico ou de seus efeitos sobre os sentidos;g. referências específicas sobre a redução do teor alcoólico de um produto são aceitáveis, desde que não haja implicações ou conclusões sobre a segurança ou quantidade que possa ser consumida em razão de tal redução; h. não se associará positivamente o consumo do produto à condução de veículos;i. não se encorajará o consumo em situações impróprias, ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis;j. não se associará o consumo do produto ao desempenho de qualquer atividade profissional;k. não se associará o produto a situação que sugira agressividade, uso de armas e alteração de equilíbrio emocional e l. não se utilizará uniforme de esporte olímpico como suporte à divulgação da marca.

4. Horários de veiculação: os horários de veiculação em Rádio e TV, inclusive por assinatura, submetem-se à seguinte disciplinação:

a. quanto à programação regular ou de linha: comerciais, spots, inserts de vídeo, textos-foguete, caracterizações de patrocínio, vinhetas de passagem e mensagens de outra natureza, inclusive o merchandising ou publicidade indireta, publicidade virtual e as chamadas para os respectivos programas só serão veiculados no período compreendido entre 21h30 (vinte e uma horas e trinta minutos) e 6h (seis horas) (horário local);b. quanto à transmissão patrocinada de eventos alheios à programação normal ou rotineira: as respectivas chamadas e caracterizações de patrocínio limitar-se-ão à identificação da marca e/ou fabricante, slogan ou frase promocional, sem recomendação de consumo do produto. As chamadas assim configuradas serão admitidas em qualquer horário.

5. Cláusula de advertência: Todo anúncio, qualquer que seja o meio empregado para sua veiculação, conterá “cláusula de advertência” a ser adotada em resolução específica do Conselho Superior do CONAR, a qual refletirá a responsabilidade social da publicidade e a consideração de Anunciantes, Agências de Publicidade e Veículos de Comunicação para com o público em geral. Diante de tais compromissos e da necessidade de conferir-lhes plena eficácia, a resolução levará em conta as peculiaridades de cada meio de comunicação e indicará, quanto a cada um deles, dizeres, formato, tempo e espaço de veiculação da cláusula. Integrada ao anúncio, a “cláusula de advertência” não invadirá o conteúdo editorial do Veículo; será comunicada com correção, de maneira ostensiva e enunciada de forma legível e destacada. E mais:

a. em Rádio, deverá ser inserida como encerramento da mensagem publicitária;b. em TV, inclusive por assinatura e em Cinema, deverá ser inserida em áudio e vídeo como encerramento da mensagem publicitária. A mesma regra aplicar-se-á às mensagens publicitárias veiculadas em teatros, casas de espetáculo e congêneres;c. em Jornais, Revistas e qualquer outro meio impresso; em painéis e cartazes e nas peças publicitárias pela internet, deverá ser escrita na forma adotada em resolução;d. nos vídeos veiculados na internet e na telefonia, deverá observar as mesmas prescrições adotadas para o meio TV;e. nas embalagens e nos rótulos, deverá reiterar que a venda e o consumo do produto são indicados apenas para maiores de 18 anos.

6. Mídia exterior e congêneres: por alcançarem todas as faixas etárias, sem possibilidade técnica de segmentação, as mensagens veiculadas em Mídia Exterior e congêneres, sejam "outdoors", “indoors” em locais de grande circulação, telas e painéis eletrônicos, "back e front lights", painéis em empenas de edificações, "busdoors", envelopamentos de veículos de transporte coletivo, peças publicitárias de qualquer natureza no interior de veículos de transporte, veículos empregados na distribuição do produto; peças de mobiliário urbano e assemelhados etc., quaisquer que sejam os meios de comunicação e o

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suporte empregados, limitar-se-ão à exibição do produto, sua marca e/ou slogan, sem apelo de consumo, mantida a necessidade de inclusão da “cláusula de advertência”.

7. Exceções: estarão desobrigados da inserção de “cláusula de advertência” os formatos abaixo especificados que não contiverem apelo de consumo do produto:

a. a publicidade estática em estádios, sambódromos, ginásios e outras arenas desportivas, desde que apenas identifique o produto, sua marca ou slogan;b. a simples expressão da marca, seu slogan ou a exposição do produto que se utiliza de veículos de competição como suporte;c. as “chamadas” para programação patrocinada em rádio e TV, inclusive por assinatura, bem como as caracterizações de patrocínio desses programas;d. os textos-foguete, vinhetas de passagem e assemelhados.

8. Comércio: sempre que mencionar produto cuja publicidade é regida por este Anexo, o anúncio assinado por atacadista, importador, distribuidor, estabelecimento varejista, bar, restaurante e assemelhado estará sujeito às normas aqui previstas, especialmente as contidas no item 5.

9. Salas de espetáculos: a veiculação em cinemas, teatros e salões levará em consideração o disposto no item 2, letra "c".

10. Ponto de venda: a publicidade em pontos-de-venda deverá ser direcionada a público adulto, contendo advertência de que a este é destinado o produto. As mensagens inseridas nos equipamentos de serviço, assim compreendidos as mesas, cadeiras, refrigeradores, luminosos etc., não poderão conter apelo de consumo e, por essa razão, ficam dispensadas da “cláusula de advertência”.

11. Consumo responsável: este Código encoraja a realização de campanhas publicitárias e iniciativas destinadas a reforçar a moderação no consumo, a proibição da venda e da oferta de bebidas alcoólicas para menores, e a direção responsável de veículos.

12. Interpretação: em razão da natureza do produto, o CONAR, os Anunciantes, as Agências de Publicidade, as Produtoras de filmes publicitários e os Veículos de comunicação adotarão a interpretação mais restritiva para as normas dispostas neste Anexo.

Aprovado pelo Conselho Superior do CONAR em 18/02/08Resolução que disciplina a formatação das “cláusulas de advertência”.

Conselho Superior do CONARRESOLUÇÃO Nº01./08 REF. ANEXO “A” Complementa o Anexo "A" - Bebidas Alcoólicas, do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, de 18/2/08.

O Conselho Superior do CONAR resolve:

1. A “cláusula de advertência” prevista no item 5 do Anexo "A" conterá uma das seguintes frases:- "BEBA COM MODERAÇÃO"- "A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA SÃO PROIBIDOS PARA MENORES"- "ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADULTOS"- "EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL"- "NÃO EXAGERE NO CONSUMO"- "QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS"- "SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA"- "SERVIR BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR DE 18 É CRIME"

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Obs.: As frases acima não excluem outras, que atendam à finalidade e sejam capazes de refletir a responsabilidade social da publicidade

1.1. No meio Rádio, será veiculada durante fração de tempo suficiente para sua locução pausada e compreensível.

1.2. Nos meios TV, inclusive por assinatura e Cinema, quaisquer que sejam os suportes utilizados para o comercial, será veiculada em áudio e vídeo durante fração de tempo correspondente a, pelo menos, um décimo da duração da mensagem publicitária. Utilizar-se-á o seguinte formato: cartela única, com fundo azul e letras brancas de forma a permitir perfeita legibilidade e visibilidade, permanecendo imóvel no vídeo ou na tela. A cartela obedecerá ao gabarito RTV de filmagem, no tamanho padrão de 36,5 cm x 27 cm (trinta e seis e meio centímetros por vinte e sete centímetros); as letras serão da família tipográfica Univers, variação Médium, corpo 48, caixa alta. A locução constará apenas da leitura da frase escolhidaObs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

1.3. No meio Jornal, será inserida em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:Jornal Tamanho Padrão (*)

Anúncio "Cláusula de advertência"1 Página Corpo 361/2 Página Corpo 241/4 Página Corpo 12

Jornal Tamanho Tablóide (*)

Anúncio "Cláusula de advertência"1 Página Corpo 241/2 Página Corpo 151/4 Página Corpo 12

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.

1.4. No meio Revista será inserida em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:

Anúncio (*) "Cláusula de advertência"Página Dupla/Página Simples Corpo 181/2 Página Corpo 121/4 Página Corpo 6

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.

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1.5. Na mídia exterior e congêneres, quaisquer que sejam os suportes utilizados para o anúncio, será incluída em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:

Anúncio (*) "Cláusula de advertência"0 a 250 cm2 Corpo 16251 a 500 cm2 Corpo 20501 a 1000 cm2 Corpo 241000 a 1500 cm2 Corpo 261501 a 2000 cm2 Corpo 302001 a 3000 cm2 Corpo 363001 a 4000 cm2 Corpo 404001 a 5000 cm2 Corpo 48

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados, tomando-se por base a definição para 500 cm2.

1.6. No meio Internet, integrará a mensagem publicitária, qualquer que seja a forma adotada.

1.7. Nos cartazes, pôsteres e painéis exibidos no ponto-de-venda, além da “cláusula de advertência” de moderação mencionada no item 5 do Anexo "A", será inscrita também de forma legível, em cores contrastantes com o fundo da mensagem, a seguinte frase: "VENDA E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE 18 ANOS".

Obs.: Determinação contida no art. 81, nº II do Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 81, n° II.

2. Na interpretação das recomendações dispostas no Anexo “A” e nesta Resolução, seja para efeito de criação, produção e veiculação do anúncio, seja no julgamento de infração ética por seu descumprimento, levar-se-á em conta:

a. o conteúdo da mensagem;b. o meio de comunicação empregado.c. a intenção de permitir a perfeita comunicação das “cláusulas de advertência” e de facilitar sua apreensão pelo público;

3. Estão dispensadas da “cláusula de advertência” a publicidade legal, as campanhas de cunho institucional e os formatos expressamente especificados no item 7 do Anexo “A”.

ANEXO "P" - CERVEJAS E VINHOS Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos da ética publicitária, aquela que como tal for classificada perante as normas e regulamentos oficiais a que se subordina o seu licenciamento. Este Código, no entanto, estabelece distinção entre três categorias de bebidas alcoólicas: as normalmente consumidas durante as refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas e os Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas, destiladas, retificadas ou obtidas por mistura (normalmente servidas em doses, cuja publicidade é disciplinada pelo Anexo "A"); e a categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool pop”, “ready to drink”, “malternatives”, e produtos a eles assemelhados, em que a bebida alcoólica é apresentada em mistura com água, suco ou refrigerante, enquadrada em Anexo próprio (o Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber.As normas éticas que se seguem complementam as recomendações gerais deste Código e, obviamente, não excluem o atendimento às exigências contidas na legislação específica.

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A publicidade submetida a este Anexo:

1. Regra geral: por tratar-se de bebida alcoólica — produto de consumo restrito e impróprio para determinados públicos e situações — deverá ser estruturada de maneira socialmente responsável, sem se afastar da finalidade precípua de difundir marca e características, vedados, por texto ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive slogan, o apelo imperativo de consumo e a oferta exagerada de unidades do produto em qualquer peça de comunicação.

2. Princípio da proteção a crianças e adolescentes: não terá crianças e adolescentes como público-alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e suas Agências adotarão cuidados especiais na elaboração de suas estratégias mercadológicas e na estruturação de suas mensagens publicitárias. Assim:

a. crianças e adolescentes não figurarão, de qualquer forma, em anúncios; qualquer pessoa que neles apareça deverá ser e parecer maior de 25 anos de idade; b. as mensagens serão exclusivamente destinadas a público adulto, não sendo justificável qualquer transigência em relação a este princípio. Assim, o conteúdo dos anúncios deixará claro tratar-se de produto de consumo impróprio para menores; não empregará linguagem, expressões, recursos gráficos e audiovisuais reconhecidamente pertencentes ao universo infanto-juvenil, tais como animais “humanizados”, bonecos ou animações que possam despertar a curiosidade ou a atenção de menores nem contribuir para que eles adotem valores morais ou hábitos incompatíveis com a menoridade; c. o planejamento de mídia levará em consideração este princípio, devendo, portanto, refletir as restrições e os cuidados técnica e eticamente adequados. Assim, o anúncio somente será inserido em programação, publicação ou web-site dirigidos predominantemente a maiores de idade. Diante de eventual dificuldade para aferição do público predominante, adotar-se-á programação que melhor atenda ao propósito de proteger crianças e adolescentes;d. os websites pertencentes a marcas de produtos que se enquadrem na categoria aqui tratada deverão conter dispositivo de acesso seletivo, de modo a evitar a navegação por menores.

3. Princípio do consumo com responsabilidade social: a publicidade não deverá induzir, de qualquer forma, ao consumo exagerado ou irresponsável. Assim, diante deste princípio, nos anúncios de bebidas alcoólicas:

a. eventuais apelos à sensualidade não constituirão o principal conteúdo da mensagem; modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual;b. não conterão cena, ilustração, áudio ou vídeo que apresente ou sugira a ingestão do produto;c. não serão utilizadas imagens, linguagem ou argumentos que sugiram ser o consumo do produto sinal de maturidade ou que ele contribua para maior coragem pessoal, êxito profissional ou social, ou que proporcione ao consumidor maior poder de sedução ;d. apoiados na imagem de pessoa famosa, adotar-se-ão as mesmas condicionantes dispostas no item 2, letras “a”, “b”, “c” e “d” do Anexo “Q” – Testemunhais, Atestados e Endossos;e. não serão empregados argumentos ou apresentadas situações que tornem o consumo do produto um desafio nem tampouco desvalorizem aqueles que não bebam; jamais se utilizará imagem ou texto que menospreze a moderação no consumo;f. não se admitirá que sejam elas recomendadas em razão do teor alcoólico ou de seus efeitos sobre os sentidos;g. referências específicas sobre a redução do teor alcoólico de um produto são aceitáveis, desde que não haja implicações ou conclusões sobre a segurança ou quantidade que possa ser consumida em razão de tal redução; h. não se associará positivamente o consumo do produto à condução de veículos;i. não se encorajará o consumo em situações impróprias, ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis;j. não se associará o consumo do produto ao desempenho de qualquer atividade profissional;l. não se associará o produto a situação que sugira agressividade, uso de armas e alteração de equilíbrio emocional e m. não se utilizará uniforme de esporte olímpico como suporte à divulgação da marca.

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4. Cláusula de advertência: Todo anúncio, qualquer que seja o meio empregado para sua veiculação, conterá “cláusula de advertência” a ser adotada em resolução específica do Conselho Superior do CONAR, a qual refletirá a responsabilidade social da publicidade e a consideração de Anunciantes, Agências de Publicidade e Veículos de Comunicação para com o público em geral. Diante de tais compromissos e da necessidade de conferir-lhes plena eficácia, a resolução levará em conta as peculiaridades de cada meio de comunicação e indicará, quanto a cada um deles, dizeres, formato, tempo e espaço de veiculação da cláusula. Integrada ao anúncio, a “cláusula de advertência” não invadirá o conteúdo editorial do Veículo; será comunicada com correção, de maneira ostensiva e enunciada de forma legível e destacada. E mais:

a. em Rádio, deverá ser inserida como encerramento da mensagem publicitária;b. em TV, inclusive por assinatura e em Cinema, deverá ser inserida em áudio e vídeo como encerramento da mensagem publicitária. A mesma regra aplicar-se-á às mensagens publicitárias veiculadas em teatros, casas de espetáculo e congêneres;c. em Jornais, Revistas e qualquer outro meio impresso; em painéis e cartazes e nas peças publicitárias pela internet, deverá ser escrita na forma adotada em resolução;d. nos vídeos veiculados na internet e na telefonia, deverá observar as mesmas prescrições adotadas para o meio TV;e. nas embalagens e nos rótulos, deverá reiterar que a venda e o consumo do produto são indicados apenas para maiores de 18 anos.

5. Mídia exterior e congêneres: por alcançarem todas as faixas etárias, sem possibilidade técnica de segmentação, as mensagens veiculadas em Mídia Exterior e congêneres, sejam "outdoors", “indoors” em locais de grande circulação, telas e painéis eletrônicos, "back e front lights", painéis em empenas de edificações, "busdoors", envelopamentos de veículos de transporte coletivo, peças publicitárias de qualquer natureza no interior de veículos de transporte, veículos empregados na distribuição do produto; peças de mobiliário urbano e assemelhados etc., quaisquer que sejam os meios de comunicação e o suporte empregados, limitar-se-ão à exibição do produto, sua marca e/ou slogan, sem apelo de consumo, mantida a necessidade de inclusão da “cláusula de advertência”.

6. Exceções: estarão desobrigados da inserção de “cláusula de advertência” os formatos abaixo especificados que não contiverem apelo de consumo do produto:

a. publicidade estática em estádios, sambódromos, ginásios e outras arenas desportivas, desde que apenas identifique o produto, sua marca ou slogan;b. a simples expressão da marca, seu slogan ou a exposição do produto que se utiliza de veículos de competição como suporte;c. as “chamadas” para programação patrocinada em rádio e TV, inclusive por assinatura, bem como as caracterizações de patrocínio desses programas;d. os textos-foguete, vinhetas de passagem e assemelhados.

7. Comércio: sempre que mencionar produto cuja publicidade é regida por este Anexo, o anúncio assinado por atacadista, importador, distribuidor, estabelecimento varejista, bar, restaurante e assemelhado estará sujeito às normas aqui previstas, especialmente as contidas no item 4.

8. Salas de espetáculos: a veiculação em cinemas, teatros e salões levará em consideração o disposto no item 2, letra "c".

9. Cerveja sem álcool: a publicidade de "cerveja sem álcool" destacará, obrigatoriamente, tal característica e se submete, no que couber, às normas deste Anexo. Estará desobrigada da "cláusula de advertência", desde que não remeta a marca, slogan ou frase promocional de produto submetido ao presente Anexo ou aos Anexos “A” e “T”.

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10. Ponto de venda: a publicidade em pontos-de-venda deverá ser direcionada a público adulto, contendo advertência de que a este é destinado o produto. As mensagens inseridas nos equipamentos de serviço, assim compreendidos as mesas, cadeiras, refrigeradores, luminosos etc., não poderão conter apelo de consumo e, por essa razão, ficam dispensadas da “cláusula de advertência”.

11. Consumo responsável: este Código encoraja a realização de campanhas publicitárias e iniciativas destinadas a reforçar a moderação no consumo, a proibição da venda e da oferta de bebidas alcoólicas para menores, e a direção responsável de veículos.

12. Interpretação: em razão da natureza do produto, o CONAR, os Anunciantes, as Agências de Publicidade, as Produtoras de filmes publicitários e os Veículos de comunicação adotarão a interpretação mais restritiva para as normas dispostas neste Anexo.

Aprovado pelo Conselho Superior do CONAR em 18/02/08Resolução que disciplina a formatação das “cláusulas de advertência”.

Conselho Superior do CONARRESOLUÇÃO Nº02./08 REF. ANEXO “P” Complementa o Anexo "P" - Cervejas e Vinhos, do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, de 18/2/08.

O Conselho Superior do CONAR resolve:

1. A “cláusula de advertência” prevista no item 4 do Anexo "P" conterá uma das seguintes frases:

- "BEBA COM MODERAÇÃO"- "A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA SÃO PROIBIDOS PARA MENORES"- "ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADULTOS"- "EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL"- "NÃO EXAGERE NO CONSUMO"- "QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS"- "SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA"- "SERVIR BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR DE 18 É CRIME"

Obs.: As frases acima não excluem outras, que atendam à finalidade e sejam capazes de refletir a responsabilidade social da publicidade1.1. No meio Rádio, será veiculada durante fração de tempo suficiente para sua locução pausada e compreensível.

1.2. Nos meios TV, inclusive por assinatura e Cinema, quaisquer que sejam os suportes utilizados para o comercial, será veiculada em áudio e vídeo durante fração de tempo correspondente a, pelo menos, um décimo da duração da mensagem publicitária. Utilizar-se-á o seguinte formato: cartela única, com fundo azul e letras brancas de forma a permitir perfeita legibilidade e visibilidade, permanecendo imóvel no vídeo ou na tela. A cartela obedecerá ao gabarito RTV de filmagem, no tamanho padrão de 36,5 cm x 27 cm (trinta e seis e meio centímetros por vinte e sete centímetros); as letras serão da família tipográfica Univers, variação Médium, corpo 48, caixa alta. A locução constará apenas da leitura da frase escolhidaObs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

1.3. No meio Jornal, será inserida em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:Jornal Tamanho Padrão (*)

Anúncio "Cláusula de advertência"

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1 Página Corpo 361/2 Página Corpo 241/4 Página Corpo 12

Jornal Tamanho Tablóide (*)

Anúncio "Cláusula de advertência"1 Página Corpo 241/2 Página Corpo 151/4 Página Corpo 12

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.

1.4. No meio Revista será inserida em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:

Anúncio (*) "Cláusula de advertência"Página Dupla/Página Simples Corpo 181/2 Página Corpo 121/4 Página Corpo 6

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.1.5. Na mídia exterior e congêneres, quaisquer que sejam os suportes utilizados para o anúncio, será incluída em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões: 

Anúncio (*) "Cláusula de advertência"0 a 250 cm2 Corpo 16251 a 500 cm2 Corpo 20501 a 1000 cm2 Corpo 241000 a 1500 cm2 Corpo 261501 a 2000 cm2 Corpo 302001 a 3000 cm2 Corpo 363001 a 4000 cm2 Corpo 404001 a 5000 cm2 Corpo 48

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.1.6. No meio Internet, integrará a mensagem publicitária, qualquer que seja a forma adotada.

1.7. Nos cartazes, pôsteres e painéis exibidos no ponto-de-venda, além da “cláusula de advertência” de moderação mencionada no item 4 do Anexo "P", será inscrita também de forma legível, em cores contrastantes com o fundo da mensagem, a seguinte frase: "VENDA E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE 18 ANOS".

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Obs.: Determinação contida no art. 81, nº II do Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 81, n° II.2. Na interpretação das recomendações dispostas no Anexo “P” e nesta Resolução, seja para efeito de criação, produção e veiculação do anúncio, seja no julgamento de infração ética por seu descumprimento, levar-se-á em conta:

a. o conteúdo da mensagem;b. o meio de comunicação empregado.c. a intenção de permitir a perfeita comunicação das “cláusulas de advertência” e de facilitar sua apreensão pelo público;

3. Estão dispensadas da “cláusula de advertência” a publicidade legal, as campanhas de cunho institucional e os formatos expressamente especificados no item 6 do Anexo “P”.

ANEXO "T" - ICES E BEBIDAS ASSEMELHADAS Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos da ética publicitária, aquela que como tal for classificada perante as normas e regulamentos oficiais a que se subordina o seu licenciamento. Este Código, no entanto, estabelece distinção entre três categorias de bebidas alcoólicas: as normalmente consumidas durante as refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas e os Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas, destiladas, retificadas ou obtidas por mistura (normalmente servidas em doses, cuja publicidade é disciplinada pelo Anexo "A"); e a categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool pop”, “ready to drink”, “malternatives”, e produtos a eles assemelhados, em que a bebida alcoólica é apresentada em mistura com água, suco ou refrigerante, enquadrada em Anexo próprio (o Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber.

As normas éticas que se seguem complementam as recomendações gerais deste Código e, obviamente, não excluem o atendimento às exigências contidas na legislação específica.

A publicidade submetida a este Anexo:

1. Regra geral: por tratar-se de bebida alcoólica — produto de consumo restrito e impróprio para determinados públicos e situações — deverá ser estruturada de maneira socialmente responsável, sem se afastar da finalidade precípua de difundir marca e características, vedados, por texto ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive slogan, o apelo imperativo de consumo e a oferta exagerada de unidades do produto em qualquer peça de comunicação.

2. Princípio da proteção a crianças e adolescentes: não terá crianças e adolescentes como público-alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e suas Agências adotarão cuidados especiais na elaboração de suas estratégias mercadológicas e na estruturação de suas mensagens publicitárias. Assim:

a. crianças e adolescentes não figurarão, de qualquer forma, em anúncios; qualquer pessoa que neles apareça deverá ser e parecer maior de 25 anos de idade; b. as mensagens serão exclusivamente destinadas a público adulto, não sendo justificável qualquer transigência em relação a este princípio. Assim, o conteúdo dos anúncios deixará claro tratar-se de produto de consumo impróprio para menores; não empregará linguagem, expressões, recursos gráficos e audiovisuais reconhecidamente pertencentes ao universo infanto-juvenil, tais como animais “humanizados”, bonecos ou animações que possam despertar a curiosidade ou a atenção de menores nem contribuir para que eles adotem valores morais ou hábitos incompatíveis com a menoridade; c. o planejamento de mídia levará em consideração este princípio, devendo, portanto, refletir as restrições e os cuidados técnica e eticamente adequados. Assim, o anúncio somente será inserido em programação, publicação ou web-site dirigidos predominantemente a maiores de idade. Diante de eventual dificuldade para aferição do público predominante, adotar-se-á programação que melhor atenda ao propósito de proteger crianças e adolescentes;d. os websites pertencentes a marcas de produtos que se enquadrem na categoria aqui tratada deverão conter dispositivo de acesso seletivo, de modo a evitar a navegação por menores.

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3. Princípio do consumo com responsabilidade social: a publicidade não deverá induzir, de qualquer forma, ao consumo exagerado ou irresponsável. Assim, diante deste princípio, nos anúncios de bebidas alcoólicas:

a. eventuais apelos à sensualidade não constituirão o principal conteúdo da mensagem; modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual;b. não conterão cena, ilustração, áudio ou vídeo que apresente ou sugira a ingestão do produto;c. não serão utilizadas imagens, linguagem ou argumentos que sugiram ser o consumo do produto sinal de maturidade ou que ele contribua para maior coragem pessoal, êxito profissional ou social, ou que proporcione ao consumidor maior poder de sedução ;d. apoiados na imagem de pessoa famosa, adotar-se-ão as mesmas condicionantes dispostas no item 2, letras “a”, “b”, “c” e “d” do Anexo “Q” – Testemunhais, Atestados e Endossos;e. não serão empregados argumentos ou apresentadas situações que tornem o consumo do produto um desafio nem tampouco desvalorizem aqueles que não bebam; jamais se utilizará imagem ou texto que menospreze a moderação no consumo;f. não se admitirá que sejam elas recomendadas em razão do teor alcoólico ou de seus efeitos sobre os sentidos;g. referências específicas sobre a redução do teor alcoólico de um produto são aceitáveis, desde que não haja implicações ou conclusões sobre a segurança ou quantidade que possa ser consumida em razão de tal redução; h. não se associará positivamente o consumo do produto à condução de veículos;i. não se encorajará o consumo em situações impróprias, ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis;j. não se associará o consumo do produto ao desempenho de qualquer atividade profissional;l. não se associará o produto a situação que sugira agressividade, uso de armas e alteração de equilíbrio emocional e m. não se utilizará uniforme de esporte olímpico como suporte à divulgação da marca.

4. Cláusula de advertência: Todo anúncio, qualquer que seja o meio empregado para sua veiculação, conterá “cláusula de advertência” a ser adotada em resolução específica do Conselho Superior do CONAR, a qual refletirá a responsabilidade social da publicidade e a consideração de Anunciantes, Agências de Publicidade e Veículos de Comunicação para com o público em geral. Diante de tais compromissos e da necessidade de conferir-lhes plena eficácia, a resolução levará em conta as peculiaridades de cada meio de comunicação e indicará, quanto a cada um deles, dizeres, formato, tempo e espaço de veiculação da cláusula. Integrada ao anúncio, a “cláusula de advertência” não invadirá o conteúdo editorial do Veículo; será comunicada com correção, de maneira ostensiva e enunciada de forma legível e destacada. E mais:

a. em Rádio, deverá ser inserida como encerramento da mensagem publicitária;b. em TV, inclusive por assinatura e em Cinema, deverá ser inserida em áudio e vídeo como encerramento da mensagem publicitária. A mesma regra aplicar-se-á às mensagens publicitárias veiculadas em teatros, casas de espetáculo e congêneres;c. em Jornais, Revistas e qualquer outro meio impresso; em painéis e cartazes e nas peças publicitárias pela internet, deverá ser escrita na forma adotada em resolução;d. nos vídeos veiculados na internet e na telefonia, deverá observar as mesmas prescrições adotadas para o meio TV;e. nas embalagens e nos rótulos, deverá reiterar que a venda e o consumo do produto são indicados apenas para maiores de 18 anos.

5. Mídia exterior e congêneres: por alcançarem todas as faixas etárias, sem possibilidade técnica de segmentação, as mensagens veiculadas em Mídia Exterior e congêneres, sejam "outdoors", “indoors” em locais de grande circulação, telas e painéis eletrônicos, "back e front lights", painéis em empenas de edificações, "busdoors", envelopamentos de veículos de transporte coletivo, peças publicitárias de qualquer natureza no interior de veículos de transporte, veículos empregados na distribuição do produto; peças de mobiliário urbano e assemelhados etc., quaisquer que sejam os meios de comunicação e o

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suporte empregados, limitar-se-ão à exibição do produto, sua marca e/ou slogan, sem apelo de consumo, mantida a necessidade de inclusão da “cláusula de advertência”.

6. Exceções: estarão desobrigados da inserção de “cláusula de advertência” os formatos abaixo especificados que não contiverem apelo de consumo do produto:

a. a publicidade estática em estádios, sambódromos, ginásios e outras arenas desportivas, desde que apenas identifique o produto, sua marca ou slogan;b. a simples expressão da marca, seu slogan ou a exposição do produto que se utiliza de veículos de competição como suporte;c. as “chamadas” para programação patrocinada em rádio e TV, inclusive por assinatura, bem como as caracterizações de patrocínio desses programas;d. os textos-foguete, vinhetas de passagem e assemelhados.

7. Comércio: sempre que mencionar produto cuja publicidade é regida por este Anexo, o anúncio assinado por atacadista, importador, distribuidor, estabelecimento varejista, bar, restaurante e assemelhado estará sujeito às normas aqui previstas, especialmente as contidas no item 4.

8. Salas de espetáculos: a veiculação em cinemas, teatros e salões levará em consideração o disposto no item 2, letra "c".

9. Ponto de venda: a publicidade em pontos-de-venda deverá ser direcionada a público adulto, contendo advertência de que a este é destinado o produto. As mensagens inseridas nos equipamentos de serviço, assim compreendidos as mesas, cadeiras, refrigeradores, luminosos etc., não poderão conter apelo de consumo e, por essa razão, ficam dispensadas da “cláusula de advertência”.

10. Consumo responsável: este Código encoraja a realização de campanhas publicitárias e iniciativas destinadas a reforçar a moderação no consumo, a proibição da venda e da oferta de bebidas alcoólicas para menores, e a direção responsável de veículos.

11. Aplicabilidade: as normas deste Anexo “T” não se aplicam à publicidade dos produtos que adotarem marca ou slogan, ou sinais e expressões de propaganda, ou campanhas, ou personagens, ou elementos de comunicação associados a bebidas alcoólicas, cujos anúncios sejam regidos pelo Anexo “A”. Nessas hipóteses prevalecerão as restrições e recomendações dispostas no Anexo “A”.

12. Interpretação: em razão da natureza do produto, o CONAR, os Anunciantes, as Agências de Publicidade, as Produtoras de filmes publicitários e os Veículos de comunicação adotarão a interpretação mais restritiva para as normas dispostas neste Anexo.

Aprovado pelo Conselho Superior do CONAR em 18/02/08Resolução que disciplina a formatação das “cláusulas de advertência”.

Conselho Superior do CONARRESOLUÇÃO Nº03./08 REF. ANEXO “T” Complementa o Anexo "T" - Ices e Bebidas Assemelhadas, do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, de 18/2/08.

O Conselho Superior do CONAR resolve:

1. A “cláusula de advertência” prevista no item 4 do Anexo "P" conterá uma das seguintes frases:

- "BEBA COM MODERAÇÃO"- "A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA SÃO PROIBIDOS PARA MENORES"- "ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADULTOS"

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- "EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL"- "NÃO EXAGERE NO CONSUMO"- "QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS"- "SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA"- "SERVIR BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR DE 18 É CRIME"

Obs.: As frases acima não excluem outras, que atendam à finalidade e sejam capazes de refletir a responsabilidade social da publicidade1.1. No meio Rádio, será veiculada durante fração de tempo suficiente para sua locução pausada e compreensível.

1.2. Nos meios TV, inclusive por assinatura e Cinema, quaisquer que sejam os suportes utilizados para o comercial, será veiculada em áudio e vídeo durante fração de tempo correspondente a, pelo menos, um décimo da duração da mensagem publicitária. Utilizar-se-á o seguinte formato: cartela única, com fundo azul e letras brancas de forma a permitir perfeita legibilidade e visibilidade, permanecendo imóvel no vídeo ou na tela. A cartela obedecerá ao gabarito RTV de filmagem, no tamanho padrão de 36,5 cm x 27 cm (trinta e seis e meio centímetros por vinte e sete centímetros); as letras serão da família tipográfica Univers, variação Médium, corpo 48, caixa alta. A locução constará apenas da leitura da frase escolhidescolhidaObs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

1.3. No meio Jornal, será inserida em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:Jornal Tamanho Padrão (*)

Anúncio "Cláusula de advertência"1 Página Corpo 361/2 Página Corpo 241/4 Página Corpo 12

Jornal Tamanho Tablóide (*)

Anúncio "Cláusula de advertência"1 Página Corpo 241/2 Página Corpo 151/4 Página Corpo 12

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.1.4. No meio Revista será inserida em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:

Anúncio (*) "Cláusula de advertência"Página Dupla/Página Simples Corpo 181/2 Página Corpo 121/4 Página Corpo 6

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.

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(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.1.5. Na mídia exterior e congêneres, quaisquer que sejam os suportes utilizados para o anúncio, será incluída em retângulo de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões: 

Anúncio (*) "Cláusula de advertência"0 a 250 cm2 Corpo 16251 a 500 cm2 Corpo 20501 a 1000 cm2 Corpo 241000 a 1500 cm2 Corpo 261501 a 2000 cm2 Corpo 302001 a 3000 cm2 Corpo 363001 a 4000 cm2 Corpo 404001 a 5000 cm2 Corpo 48

Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser considerados desde que atendam à finalidade de orientar o público e estejam em conformidade com o item 2 desta Resolução.(*) Os tamanhos não especificados serão proporcionalizados tomando-se por base a definição para 1/4 de página.1.6. No meio Internet, integrará a mensagem publicitária, qualquer que seja a forma adotada.1.7. Nos cartazes, pôsteres e painéis exibidos no ponto-de-venda, além da “cláusula de advertência” de moderação mencionada no item 4 do Anexo "P", será inscrita também de forma legível, em cores contrastantes com o fundo da mensagem, a seguinte frase: "VENDA E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE 18 ANOS".

Obs.: Determinação contida no art. 81, nº II do Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 81, n° II.2. Na interpretação das recomendações dispostas no Anexo “T” e nesta Resolução, seja para efeito de criação, produção e veiculação do anúncio, seja no julgamento de infração ética por seu descumprimento, levar-se-á em conta:

a. o conteúdo da mensagem;b. o meio de comunicação empregado.c. a intenção de permitir a perfeita comunicação das “cláusulas de advertência” e de facilitar sua apreensão pelo público;3. Estão dispensadas da “cláusula de advertência” a publicidade legal, as campanhas de cunho institucional e os formatos expressamente especificados no item 6 do Anexo “T”.

http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=55946

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ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS

Etanol - Fittipaldi inicia corrida para o álcool. Campeão mundial de Fórmula 1 invester em suina em Mato Grosso do Sul, diz que o Brasil pode liderar mercado mundial, mas critica exigências do

BNDES.(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-5 Economia)

Livio OrichioDa agência Estado

No início dos anos 70, Jackie Stewart, piloto campeão mundial, veio ao País disputar o GP do Brasil de Fórmula 1 e aproveitou para satisfazer uma curiosidade: dirigir um Fusca movido a álcool. Muita coisa se passou desde então, a ponto de transformar aquele laboratório quase despretensioso dos brasileiros em um combustível capaz de permitir a manutenção da vida no planeta.

Hoje, o principal adversário de Stewart nas pistas, Emerson Fittipaldi, está prestes a se tornar produtor de álcoo, mas faz uma ressalva: "O Brasil precisa facilitar o crédito agrícola, o que o BNDES exige de garantia é irreal. É mais fácil para um estrangeiro obter empréstimo. Podemos perder nossa soberania."

A decisão de investir no projeto tem razões claras: "O Brasil está na pole position para se estabelecer como grande fornecedor mundial de um combustível que atenda às atuais exigências globais, dentre elas as questões ecológicas", afirma Emerson.

elos antigos. Sua ligação com o setor alcooleiro é antiga. Quando decidiu ter a própria equipe de Fórmula 1, em 1975, o patrocinador foi a Copersucar, gigante do setor. "O Brasil precisa impor-se mais, mostrar que temos um produto pronto, desenvolvido." Essa mensagem o campeão do mundo de 1972 e 1974, já bem-sucedido produtor de laranja, tem levado aos americanos, em especial.

No dia 25 de maio, Emerson vai pilotar um Corvette movido a etanol em Indianápolis. "Será o carro-madrinha das 500 Milhas. Trabalho em conjunto com a GM para demonstrar aos americanos a validade de se adquirir um veículo dotado de tecnologia flex." Ela permite que o carro funcione com gasolina ou álcool, sem que o usuário tenha de fazer nada. "Não há nação com um programa tão efetivo de substituição dos derivados de petróleo como o Brasil, além do preço imbatível do produto."

De 2003, quando a indústria automobilística instalada no País começou a incorporar em seus automóveis a tecnologia flex, até o ano passado, eles passaram de 25,9% de participação no mercado de novos a impressionantes 85,6%. Em números, o Brasil licenciou 2.003.090 veículos flex só ano passado. Nos Estados Unidos, a GM produz 400 mil veículos por ano capazes de rodar com um ou outro combustível. Lá o etanol é produzido a partir do milho.

"A cana tem várias vantagens sobre o milho e, pela nossa experiência, dispomos de uma rede de distribuição pronta, ativa, eficiente", comenta Emerson.

dificuldades. Seu entusiasmo em defender o álcool se transforma em incompreensão quando fala das dificuldades de obter crédito no BNDES. "Para atender às exigências você já tem de ser muito grande." E dá exemplo: "130% de garantia em ativos." A política do governo para o setor deveria ser rediscutida, na sua visão. "Dificulta a expansão do empresário brasileiro, os estrangeiros vão tomar conta. São bem-vindos, sem dúvida, mas não podemos perder nossa soberania."

Há muitos projetos de construção de usinas em curso no Brasil. Aquele em que Emerson é sócio encontra-se em Maracaju, Mato Grosso do Sul. "O investimento total previsto é de US$ 395 milhões, para uma capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas por ano."

Maurilio Ferreira Azambuja é o prefeito de Macacaju. Há na sua região já uma grande usina, a do grupo Tavares de Melo, e outra em fase de implantação, como a do ex-piloto, do grupo Tonon. "O

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financiamento deles no BNDES ainda não saiu também", diz Azambuja. "Somos fortes na produção de grãos, como soja e milho, mas as condições para a cana são, da mesma forma, bastante favoráveis. "Já temos cana plantada e o planejamento é passar a produzir em 2010", afirma Emerson.

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Petróleo - Equador fecha acordo com petroleiras(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-5 Economia)

Carlos Andrade GarcíaDa agência Reuters

O Equador fechou acordos com as petrolíferas chinesas Andes Petroleum e PetroOriental durante a renegociação dos contratos vigentes com empresas do exterior, cujo objetivo é aumentar a participação estatal no estratégico setor. Acertos com a Petrobras, a espanhola Repsol-YPF e a francesa Perenco podem ser anunciados nas próximas horas, disse o coordenador da equipe negociadora do Equador, José Sánchez.

No caso da Andes Petroleum, o Equador acertou respeitar os términos do contrato, que inclui participação estatal de 28% na produção do bloco Tarapoa. A empresa extrai dessa concessão cerca de 44 mil barris por dia. As estrangeiras produzem cerca de 250 mil barris por dia no país.

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Alumínio - Falta de energia impede a expansão da Albras. Neste ano a CBA, do grupo Votorantim, assumirá a liderança entre os fabricantes de alumínio.

(DCI 10.03.2008 A-7 Indústria)

A Albras, que por anos figurou como a maior fabricante de alumínio primário do Brasil, está vendo a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim, tomar a primeira posição do ranking sem poder reagir. A falta de energia no Brasil impossibilita a empresa de expandir a sua capacidade de produção.

"Nós temos espaço, dinheiro, vontade, mão-de-obra e tecnologia. Mas não temos energia para poder expandir", diz José Etrusco Barreto, assessor da diretoria da Albras. Segundo ele, há espaço físico suficiente na planta, localizada em Barcarena (PA), para dobrar a capacidade atual da companhia,

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atualmente na casa de 460 mil toneladas por ano. A empresa trabalha com quatro linhas de produção. "Uma quinta linha seria muito viável se tivesse energia", afirma.

Etrusco conta que a Albras vem trabalhando no limite da capacidade. Para os próximos anos estão previstos alguns investimentos em melhorias tecnológicas e de produtividade, o que, segundo ele, pode dar uma "levantadinha no teto".

A empresa tem como sua maior acionista a Vale. O restante do capital é de um consórcio formado por 17 empresas japonesas, entre tradings, bancos, consumidores e produtores de alumínio, além do Japan Bank International Corporation, um órgão do governo japonês.

Roger Agnelli, presidente da Vale, vem sinalizando há muito tempo vontade em expandir a capacidade de produção de alumínio da companhia no Brasil. Mas, recentemente, admitiu que poderá buscar alternativas em outros países, como a Colômbia. "Temos até conversas com o governo para instalar um smelter [produtor de alumínio], combinando energia hídrica com térmica", disse. Outra opção seria o Oriente Médio, onde utilizaria energia a gás.

A idéia do executivo é exportar bauxita e alumina - as principais matérias-primas do alumínio e que são encontradas em abundância no Brasil - e processá-las fora do País.

Mas Etrusco acredita que a Vale possa viabilizar energia para a Albras, uma vez que possui muitos projetos de hidroelétricas e termoelétricas no papel. "Tem o projeto de Estreito, que é perto daqui, que pode sair a qualquer momento. Com a Vale tendo mais energia, creio que a Albras pode ser uma das escolhidas para receber", diz.

Produção parada

A produção de alumínio é altamente consumidora de energia, que está escassa no País. Por conta disso, o preço vem aumentando, o que já provocou, por exemplo, a parada parcial da produção da Novelis, que compra 40% da energia que consome.

Em janeiro a produção de alumínio primário fábrica de Ouro Preto (MG) da companhia foi 22,7% inferior à do mesmo mês do ano interior, devido a essa parada. De acordo com a empresa, a carga de energia comprada no mercado estava vinculada a um contrato que previa que, caso o preço do insumo no mercado livre, balizado pelo PLD, passasse de R$ 120 por megawatt-hora, seria disparado um "gatilho" de correção.

Nesta semana, a CBA conseguiu uma licença ambiental para a construção de mais uma hidroelétrica, que elevará a capacidade própria de geração de energia - atualmente 60%. Há 20 anos a companhia esperava por essa licença. Procurada pelo DCI, a CBA não respondeu, até o fechamento desta edição, se tem planos de expandir a capacidade de produção do metal. Atualmente, está na casa das 470 mil toneladas por ano.

A Albras possui um contrato de 20 anos com a Eletronorte, que foi renovado em 2004. A empresa não gera energia própria. Em janeiro, a produção da companhia caiu cerca de 2,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo Etrusco, isso se deve a reformas nos equipamentos. "Temos 960 cubas, com vida útil média de 2 mil dias. Precisamos revesti-las depois disso. Há meses em que vão cinco, outros em que vão dez, e é por isso que cai a produção", explica.

O executivo diz que neste ano a empresa fará reforma em muitas dessas cubas, o que reduzirá ainda mais a produção - que no ano passado somou 459 mil toneladas. "Essas reformas são necessárias e são inadiáveis", lamenta Etrusco.

A Albras, que por anos foi o maior produtor de alumínio primário do Brasil, vê a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim, tomar seu lugar no ranking sem poder reagir. A falta de energia no

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Brasil impossibilita a empresa de expandir a sua capacidade de produção. "Temos espaço, dinheiro, vontade, mão-de-obra e tecnologia. Mas não temos energia", diz José Etrusco Barreto, assessor da diretoria da Albras. A empresa tem quatro linhas de produção, e uma quinta "seria muito viável", garante o assessor.

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Energia - Medida que amplia os poderes da Eletrobrás deve ser votada amanhã(DCI 10.03.2008 A-7 Indústria)

O Senado deve votar amanhã a Medida Provisória (MP) nº 396, que amplia os poderes e atribuições da estatal de energia Eletrobrás. De acordo com o senador Delcídio Amaral (PT-MS), a expectativa é de que a medida seja aprovada, inclusive com alguns votos da oposição. "Acredito que a MP será aprovada com os votos da base e também com a ajuda de alguns parlamentares da oposição, que eu entendo serem favoráveis", disse.

A MP 396 trata, na verdade, de certificados financeiros do Tesouro Nacional. Os artigos que tratam da Eletrobrás entraram "de carona" na MP ainda na Câmara, pelas mãos do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

As principais mudanças embutidas na MP são a liberação para que a Eletrobrás e suas subsidiárias possam ter participação majoritária em consórcios com a iniciativa privada e a permissão para que as estatais atuem também no exterior.

Na semana passada, Lobão assegurou que o fato de a MP permitir a participação majoritária das estatais em consórcios não significa que isso vai acontecer. Segundo ele, as empresas do sistema Eletrobrás (como Furnas, Eletronorte, Chesf e Eletrosul) apenas teriam o controle dos consórcios quando isso for solicitado pelos parceiros privados. Furnas havia declarado que tinha interesse em participar da privatização da estatal paulista de energia, a Cesp, cujo leilão será no próximo dia 26. Entretanto, como a data para entrega dos documentos de pré-identificação dos participantes é hoje, Furnas deve ficar mesmo de fora do leilão.

Delcídio destacou que a liberação para a Eletrobrás atuar no exterior é importante para que o País possa se integrar energeticamente com os vizinhos. "É fundamental para que possamos nos integrar com os demais países da América do Sul, a exemplo do que foi feito com Itaipu", disse.

Hoje, tomam posse o novo presidente da Eletrobrás, José Muniz Lopes, e os executivos indicados para as diretorias da companhia. A cerimônia será realizada às 16 horas na Associação Comercial do Rio de Janeiro, segundo informou a assessoria de imprensa da estatal.

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Balanço - Tractebel Energia tem recorde de geração(DCI 10.03.2008 A-7 Indústria)

Uma das empresas líderes em geração privada no Brasil, a Tractebel Energia, registrou aumento de 6,8% no lucro na comparação anual entre 2007 e 2006.Foram R$ 1,05 bilhão de lucro, um recorde histórico para a empresa - o corresponde a R$ 1,60 por ação da companhia.

Em geração, a empresa também bateu recorde. As usinas da companhia alcançaram a marca de 98% de disponibilidade alcançaram quantidade histórica de gigawatts por hora (GWh) gerados no ano: 33.858 GWh, o equivalente a quase metade do consumo anual da Região Sul.

A receita líquida consolidada da empresa totalizou R$ 3,04 bilhões, ficando 12,5% acima da registrada em 2006.

"Este ótimo desempenho é reflexo, principalmente, do preço médio de venda - 12% maior que em 2006 - e do sucesso da estratégia de uso dos recursos hidráulicos", diz o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, acrescentando que a exportação de energia para a Argentina ajudou a alcançar este resultado.

No ano passado, a companhia adquiriu a Usina Hidroelétrica Ponte de Pedra, na divisa do Mato Grosso com o Mato Grosso do Sul. Quando a compra for aprovada pelos órgãos competentes brasileiros, a companhia vai operar um parque gerador de 7.153 megawatts (MW), composto por um total de 14 usinas, sendo sete hidroelétricas e sete termoelétricas.

Em 2007, a Tractebel realizou investimentos na construção da Usina Hidrelétrica São Salvador, de 243 MW de potência, que atingiram R$ 305,1 milhões.

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Privatização - Energias confirma interesse na Cesp mas faz ressalvas(DCI 10.03.2008 A-7 Indústria)

O diretor-presidente da Energias do Brasil, subsidiária da Energias de Portugal (EDP), António Pita de Abreu, admitiu interesse na aquisição da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), cujo leilão de privatização é previsto para o próximo dia 26.

Entretanto, o executivo vê riscos ainda não facilmente mensuráveis e precificados pela empresa de forma nítida. Em sua opinião, a Cesp está cara, diante dos pontos ainda indefinidos.

Um dos pontos ainda dúbios, segundo ele, é a decisão sobre a prorrogação da concessão, por parte da União, de duas hidroelétricas, hoje em uso pela geradora paulista: Porto Primavera e Jupiá.

A concessão de Porto Primavera, com capacidade de 1,54 mil megawatts (MW) - quase 21% da geração da Cesp -, expira este ano e a companhia solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a prorrogação da outorga por 20 anos. O órgão emitiu parecer favorável à renovação.

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Outra questão levantada por Abreu é a descontratação de grande parte da energia das usinas da Cesp, prevista para acontecer entre 2013 e 2014, considerando que as duas usinas do complexo hidroelétrico do Rio Madeira já estarão contratadas. O leilão da primeira delas, Santo Antônio, ocorreu em dezembro de 2007, e o da segunda, Jirau, está previsto para o próximo mês de maio.

Abreu disse ainda que a holding tem interesse de participar da compra da Brasiliana, cujo caso aguarda decisão do BNDESPar a respeito da venda da sua parte na sociedade com a AES e, em seguida, do próprio grupo norte-americano, que pode exercer direito de preferência.

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Reestatização do setor elétrico afasta investidor(Gazeta Mercantil 10.03.2008 A-2 Editoriais)

Desde 1998, o setor energético brasileiro não registrava nível tão baixo de investimentos estrangeiros como no ano passado: apenas US$ 2,1 bilhões. Em relação a 2006, esse valor representa recuo de 47,6%. Curiosamente, essa queda de aportes na direção do setor energético ocorreu no ano em que os investimentos externos na atividade produtiva brasileira alcançaram US$ 33,7 bilhões, 52% maior do que o registrado em 2006. O principal motivo do recuo do investidor externo, como apontaram diferentes especialistas, são os sinais de crescente presença do Estado no setor de energia. Os dados do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE) mostram o recuo do investidor: a participação do setor de energia equivalia a 14% do total do investimento estrangeiro direto em 2006. No ano seguinte, esse percentual despencou para 6%. Na origem dessa desconfiança está a consolidação da mudança do setor elétrico. É fato que no modelo anterior, em especial durante o governo Fernando Henrique, o poder da Elebtrobrás foi esvaziado, decisão que teria provocado, segundo a visão de alguns consultores, o racionamento de 2001, enquanto o novo modelo, imposto principalmente a partir de meados de 2004, teria privilegiado demais a modicidade tarifária em detrimento da sustentabilidade do investimento. No últimos dias, no entanto, o governo federal decidiu intensificar, até em ritmo acelerado, a presença do Estado no setor energético. Na quinta-feira da semana passada, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou a decisão do governo de aumentar o poder da Eletrobrás em todo o sistema. O ministro não mediu palavras ao dizer que pretendia fazer da estatal "uma holding poderosa, para que todo o segmento ganhe músculos". A intenção está embutida na Medida Provisória 396 que atende à vontade de Lobão de ampliar os poderes da estatal. É estranho, mas assunto de tal relevância apenas pegou carona em uma medida provisória que tratava de certificados financeiros do Tesouro Nacional. A MP deverá ser votada ainda nesta semana no Senado. O texto que pegou carona na Medida Provisória 396 permitirá a participação majoritária da Eletrobrás em todo o setor energético. O ministro nega que a intenção do governo seria fazer com que empresas estatais tenham parcela majoritária, embora, Lobão tenha admitido que "elas podem ser quando necessário", no caso em que as empresas privadas entenderem que "não conseguem formar um consórcio com capital privado predominante". Esse é o ponto. Neste ano, três grandes negócios devem provocar sensíveis mudanças no perfil do setor elétrico brasileiro, movimentando cifras de cerca de US$ 40 bilhões. Estará em jogo o controle acionário da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), da Brasiliana, que é proprietária da Eletropaulo e da AES Tietê, e a construção da segunda usina do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, a de Jirau. A rigor, é preciso lembrar que a Cesp significa a terceira maior produtora de eletricidade do País. A Eletropaulo é a maior distribuidora de energia latino-americana. A construção de um complexo gerador de 3,3 mil megawatts, o de Jirau, será o maior negócio em energia em uma década.

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O mercado alimenta a expectativa de que o leilão da Cesp será o primeiro a ser realizado, um negócio de que deve envolver lances iniciais em torno de R$ 15 bilhões. A rigor, a Cesp já passou por três tentativas de privatização, todas frustradas. Na primeira delas, em 2000, não houve sequer lance inicial. O atual momento no cenário econômico internacional, com alta liquidez, deve propiciar um leilão com maiores participantes. Enfim, a Cesp tem dívida bem controlada e excelente geração de caixa. A demanda por energia no Brasil deve permitir preços melhores para a eletricidade, remunerando melhor o investidor. Porém, se o ímpeto estatizante avança demais, em especial no modelo que dá prioridade a modicidade tarifária. Se o investidor privado reflui, os investimentos necessários recaem com maior intensidade sobre os ombros da esfera pública. Aqui mora o perigo. Será muito difícil que o sistema Eletrobrás, que já não compensou a ausência da iniciativa privada no último ano, tenha a suficiente capacidade para todos os investimentos necessários. Como alertou um especialista, não se deve sequer falar em reestatização do setor elétrico, "pois nem os investimentos estatais têm saído do papel". Por outro lado, se os investidores externos minguaram, se os aportes estatais não avançam, não faltam assanhados apetites políticos sobre o presente e o futuro do setor elétrico. Depois de uma grotesca ameaça de licença de três senadores, que deixaria o governo ainda mais fragilizado na Casa, foram feitas todas as nomeações exigidas de políticos para novos dirigentes da Eletrobrás e Eletronorte. O investidor externo observa a decisão e teme o futuro. E, nesse caso, com toda razão.

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Mercado - Consumo de gás cresce e atinge volume recorde em janeiro(Gazeta Mercantil 10.03.2008 C-2 Infra-estrutura)

O consumo de gás natural no Brasil abriu o ano aquecido, após uma crise no fim de 2007 que colocou sob suspeita a capacidade de abastecimento do mercado. Puxado pelas termelétricas, o consumo médio em janeiro atingiu o volume recorde em 47,5 milhões de metros cúbicos por dia, 1,81% acima de dezembro. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), o setor industrial foi o que mais demandou o combustível, somando média de 25,9 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 3,55% contra dezembro e de 10,29% contra janeiro de 2007. As termelétricas ficaram em segundo lugar, mas apontaram maior crescimento, com demanda média de 12 milhões de metros cúbicos diários, ou 17,25% a mais que em dezembro. Em relação a janeiro de 2007 esse consumo cresceu 131,23%, puxando para cima o consumo geral. Já os segmentos automotivos, residencial e comercial tiveram retração no consumo, de 9,7%, 18% e 7,1%, respectivamente. O uso de gás para cogeração de energia despencou 34,3%. A região Sudeste representou 32,8 milhões do consumo total, ou 70% da média nacional. O consumo de gás natural vem apresentando crescimento de 20% ao ano desde 1998, quando o País demandava 10,9 milhões de metros cúbicos diários. No ano passado, a média diária foi de 38,5 milhões de metros cúbicos. A Abegás informou ainda que os gasodutos de distribuição no Brasil hoje somam 15.967 quilômetros de extensão e atendem a 1.361.875 clientes. Em 2003, a rede de gasodutos era de 9.356 quilômetros. Segundo o presidente da Abegás, Armando Laudorio, apesar do fantasma da crise energética desenhada no final do ano passado não ter se concretizado, o momento seria favorável ao lançamento de uma campanha de racionalização de energia. "A racionalização do uso somada a um planejamento energético de longo prazo seriam soluções ideais para evitar situações como a ocorrida em 2007, quando foi reduzido o envio de gás para São Paulo e Rio", afirmou. Em outubro, a Petrobras se viu obrigada a reduzir o envio de gás a alguns clientes para atender às termelétricas, após determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS) de aumentar o despacho de

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energia dessas usinas devido ao período mais seco no País. A estiagem reduziu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Mesmo após os reservatórios se normalizarem, com as chuvas de janeiro, o ONS decidiu manter as térmicas ligadas para garantir o pleno volume dos reservatórios e assegurar o abastecimento.

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A Usina de Tijuco Alto (O Estado de São Paulo 09.03.2008 A-3 Notas e Informações)

O projeto de construção da Hidrelétrica de Tijuco Alto, no Vale do Ribeira, é um exemplo de como as coisas demoram para ser resolvidas no Brasil: discutido desde os anos 50, quando começaram os estudos do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) para o aproveitamento do Rio Ribeira de Iguape, a concessão de exploração foi outorgada em 1988, portanto há 20 anos, ao Grupo Votorantim, mas só agora o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu parecer favorável à construção. Ainda não é tudo: falta atender a alguns quesitos para que seja concedida a Licença Prévia de Instalação, que antecede a concessão da Licença Definitiva - sem prazo para ser outorgada.

Tijuco Alto é também um exemplo da tenacidade do empresário Antônio Ermírio de Moraes, cujo grupo investiu dezenas de milhões de reais para elaborar sucessivos projetos que atendessem às exigências ambientais - primeiro, dos órgãos estaduais de São Paulo e do Paraná e, depois, da União - e para adquirir as terras vizinhas ao empreendimento e mantê-las ocupadas por duas décadas.

Trata-se de uma usina de porte médio, com 144 MW de capacidade - 1% da capacidade de Itaipu. Mas sua construção tem um objetivo estratégico: aumentar a energia própria gerada pela Votorantim para produzir alumínio na região de Mairinque. Grande consumidora de energia, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), maior fábrica de alumínio primário da América Latina, quer gerar 60% da energia que consome, ante a média mundial de 28%. Poderá reduzir, assim, além de custos, a sua dependência da energia de terceiros.

A CBA já investiu R$ 1,2 bilhão na implantação das Usinas Hidrelétricas de Piraju e Ourinhos, no Rio Paranapanema, além de participar das Usinas Barra Grande e Campos Novos, instaladas em Santa Catarina, e da Usina de Machadinho, no Rio Uruguai. Além disso, a CBA investiu na modernização das Usinas Hidrelétricas de Santa Helena e Votorantim, no Rio Sorocaba. Ao todo, a CBA mantém 18 hidrelétricas, distribuídas em diversos Estados do Brasil, inclusive uma subestação de distribuição de energia. “A autogeração de energia é um importante fator competitivo que nos permite disputar espaço com concorrentes globais, além de contribuir para reduzir os riscos de um futuro déficit na oferta deste insumo no País”, destaca Antônio Ermírio.

São duas as ressalvas do Ibama sobre Tijuco Alto. Primeira, uma solução para a inundação da Gruta da Mina, já comprometida pela exploração de minérios, e da Gruta do Rocha. Ambas serão cobertas com o enchimento do reservatório. A outra é a outorga dada pela Agência Nacional das Águas (ANA) para uso dos recursos hídricos do Ribeira, que terá de ser revalidada.

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O projeto de Tijuco Alto foi aprovado, há muito, pelos órgãos de meio ambiente do Paraná, Estado que levou em conta as vantagens da usina para o desenvolvimento da região fronteiriça com São Paulo, notadamente as cidades de Adrianópolis, Dr. Ulysses e Cerro Azul.

Os obstáculos foram maiores em São Paulo, mas se reduziram desde meados do ano passado com a realização de audiências públicas nos municípios do entorno da usina. Serão inundados cerca de 5 mil hectares, afetando Ribeira e Itapirapuã Paulista, mas a Votorantim ofereceu recursos para reinstalar a população afetada.

Qualquer construção, de uma simples casa a uma hidrelétrica, provoca algum impacto no meio ambiente. A questão é avaliar os benefícios econômicos advindos da obra e os eventuais custos para a natureza. Foi essa a análise feita pelos oito técnicos do Ibama que subscreveram o parecer favorável ao projeto, considerando que os benefícios serão maiores do que os custos.

A situação de Tijuco Alto não é única, mas é característica da incerteza regulatória: ainda há, hoje, dezenas de projetos de usinas elétricas esperando por licença do Ibama. Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os projetos nesta condição poderiam gerar 5 mil MW.

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Combustível - Cotação do petróleo amplia defasagem da Petrobrás. Mantendo o padrão dos últimos reajustes, preços da gasolina e do diesel deveriam subir 8%, diz especialista

(O Estado de São Paulo 09.03.2008 B-17 Economia)

Nicola Pamplona

A cotação do petróleo caminha a passos largos para os US$ 110 por barril e, segundo analistas, está cada vez mais difícil justificar os preços da gasolina e do diesel no Brasil, sem reajuste desde setembro de 2005. Essa semana, o óleo leve negociado em Nova York superou, pela primeira vez, o recorde de 1980, ao ultrapassar durante o pregão os US$ 103,76 de abril daquele ano, em valores corrigidos pela inflação. Há duas semanas, a cotação média está acima dos US$ 100 por barril.

Em relatório divulgado esta semana, a corretora Ativa calcula que a Petrobrás corre o risco de operar com margens negativas na área de abastecimento caso não repasse a disparada do petróleo para o preço dos combustíveis. No quarto trimestre de 2007, por exemplo, esse segmento de negócios experimentou queda de 78% no lucro, na comparação com o terceiro trimestre, por causa da defasagem entre os preços dos combustíveis e a cotação do petróleo, que fechou dezembro com preço médio mensal de US$ 91,73 por barril.

Agora, com petróleo acima dos US$ 100, especialistas calculam que a defasagem esteja entre 15% e 20%. “A forte queda no desempenho da área de abastecimento sinalizou a possibilidade de que no primeiro trimestre de 2008, mantendo-se a trajetória de alta no preço do petróleo e dos derivados no mercado internacional, poderemos observar margem negativa nesta área”, diz em relatório a Ativa, explicando que o petróleo comprado pelas refinarias da empresa acompanha as cotações internacionais, mesmo que a vendedora seja a própria Petrobrás.

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A analista Mônica Araújo diz que, mantendo o padrão usado nos últimos reajustes, a Petrobrás deveria promover um aumento de 8% nos preços da gasolina e do diesel. Segundo ela, a companhia costuma observar o aumento médio do petróleo nos últimos quatro meses para calcular os porcentuais de reajuste. Mônica admite, porém, que “a questão é bastante delicada e não terá uma decisão utilizando unicamente ferramentas técnicas”.

A pressão de investidores é crescente. Na semana passada, o banco UBS divulgou relatório reclamando que o lucro da empresa, que caiu 17% em 2007, poderia ter sido maior caso houvesse reajustes. Mesmo assim, o alto escalão da companhia já se manifestou contrário a mudanças no curto prazo, repetindo o discurso de que não vai repassar ao consumidor brasileiro as volatilidades do mercado internacional. O diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, chegou a admitir trabalhar com margens negativas por algum tempo.

O problema é que o mercado não vê alívio nas cotações do petróleo no curto prazo. O petróleo tornou-se opção para investidores do mercado financeiro, abalado pela crise das hipotecas americanas e pela desvalorização do dólar.

Segundo o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), o volume de contratos de petróleo negociados em bolsa é hoje 15 vezes superior ao consumo mundial, na casa dos 86 milhões de barris por dia.

Pelos seus cálculos, o preço justo - considerando a relação entre oferta e demanda - estaria hoje em torno dos US$ 80 por barril. “O resto é especulação”, afirma, prevendo que, mantido o ritmo de desvalorização do dólar, o petróleo pode chegar a US$ 150 o barril. “A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não vai aumentar a produção, já que está perdendo receita com a desvalorização do dólar.”

Ou seja, os preços só cairão se houver ajuste pelo lado da demanda, com retração da economia americana, responsável por 30% do consumo mundial. Quem investe em petróleo, porém, parece não vislumbrar essa possibilidade. Em Nova York, o petróleo para dezembro de 2008 fechou a semana cotado a US$ 100 o barril. Mesmo assim, Pires não acredita em aumento agora. “O governo não quer perder popularidade”, argumenta.

Há outros fatores em jogo. Segundo cálculos da Ativa, um reajuste de 8% no preço da gasolina e do diesel significaria impacto de 0,27 ponto porcentual na inflação oficial (IPCA), já pressionada com a alta das commodities agrícolas. A direção da Petrobrás argumenta que as cotações internacionais podem cair nos próximos meses, quando o estrago de um reajuste interno já estiver feito.

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Projeto regula serviço religioso em plataforma de petróleo(Câmara - 07.03.2008)

O Projeto de Lei 2563/07, do deputado Jurandy Loureiro (PSC-ES), trata da realização de assistência religiosa nas plataformas marítimas de exploração de petróleo em território brasileiro. Pela proposta, o serviço religioso nas plataformas só poderá ser prestado por padre, pastor ou líder religioso devidamente credenciado.

Para realizar os cultos, os líderes religiosos deverão comprovar a conclusão de curso em seminário; obter certificado de curso preparatório para embarque em plataformas, reconhecido pela chefia do local; e arcar com as despesas necessárias para viabilizar a assistência.

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A proposta determina que a realização dos cultos ocorrerá sempre que solicitada pelos profissionais interessados. O texto estabelece ainda que o culto religioso será livre, desde que ocorra em dependência apropriada, e que não interfira na rotina profissional. Os serviços religiosos também não poderão interferir nos horários de trabalho e de repouso, não devem incorrer em custos adicionais e têm de se realizar em horário autorizado pelas chefias.

Ainda segundo o projeto, a assistência religiosa deverá realizar-se preferencialmente nos fins de semana, e o representante religioso não deverá permanecer mais que três dias embarcado.

TramitaçãoA proposta tramita apensada ao PL 2085/99, do ex-deputado Neuton Lima, que dispõe sobre a prestação de assistência religiosa em entidades civis. Ambos estão prontos para serem analisados pelo Plenário.

Íntegra da proposta:- PL-2563/2007http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118296

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Subsídio do setor elétrico poderá financiar gasodutos(Câmara - 07.03.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1450/07, do deputado Júlio Cesar (DEM-PI), que transfere recursos da Conta Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) para investimentos em infra-estrutura de distribuição de gás, como gasodutos e terminais de regaseificação de gás natural liqüefeito.

A CCC é um tributo pago por consumidores de energia do sistema integrado nacional de distribuição elétrica para subsidiar os combustíveis da geração termelétrica das áreas não atendidas pela rede geral de eletrificação. Essas áreas, denominadas Sistemas Isolados, concentram-se na região Norte do País, e o subsídio decorre da diferença de custo entre a energia produzida lá, com queima de combustíveis, e a hidrelétrica - predominante no resto do País.

A proposta sugere que os recursos da redução da CCC, que decorre da substituição de combustíveis mais caros, como carvão e óleo diesel, por mais econômicos, como o gás natural, não sejam repassados ao consumidor, mas subsidiem infra-estrutura. "Ao invés de promover diminuta redução de tarifas de energia elétrica, esses recursos podem ajudar a expandir a infra-estrutura de movimentação de gás natural", argumenta Júlio Cesar.

Fonte de financiamentoSegundo o deputado, é preciso encontrar uma fonte alternativa de financiamento do setor, que ainda se encontra em defasagem, tanto nas regiões isoladas quanto no restante do País. O prazo para extinção da CCC, originalmente de 20 anos e que termina em 2013, fica mantido pela proposta.

Em 2006, foram R$ 4,6 bilhões os recursos arrecadados com a CCC, que atualmente, além de baixar o preço final da energia nas regiões a que atende, podem ser utilizados para projetos com fontes alternativas de energia e para incentivar projetos de pequenas hidrelétricas na região.

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Tramitação O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado nas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-1450/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118273

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SP faz 1º leilão do Rodoanel na terça-feira. Vencedora terá de pagar R$ 2 bi em dois anos e uma porcentagem mensal da receita, além de oferecer o valor mais baixo de tarifa

(Folha de São Paulo - 08/03/2008 B-16 Dinheiro)

Pagamento de parte do montante à vista deve estimular consórcio entre concessionárias; CCR é vista como uma das favoritas

Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem Obra do Rodoanel nas proximidades da rodovia dos Imigrantes; trecho oeste será leiloado na terça

SIMONE CUNHACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O anel rodoviário que vai contornar São Paulo terá seu primeiro trecho leiloado na próxima terça e tem como favorita a brasileira CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias), concessionária que administra quatro das cinco estradas que cortam a parte oeste do Rodoanel Mário Covas.Além da importância estratégica para a empresa -uma das maiores concessionárias do país- analistas dizem que ela adotou discurso mais agressivo e, por isso, deverá ousar mais nas ofertas para levar o trecho em disputa e revidar a vitória da espanhola OHL no leilão de rodovias federais de outubro."Ela terá maior ganho de sinergia porque tem concessões que cortam [o Rodoanel], por isso terá redução de gastos, que é o que esses novos modelos de concessão exigem", diz Mônica Araújo, da Ativa Corretora."Hoje a única maneira que a CCR tem de crescer é o aumento de tráfego, o que, sozinho, não basta", diz Fausto Gouveia, da Alpes Corretora. André Segadilha, da Prosper, concorda: "A CCR deve tentar expandir suas atividades. Ela é muito grande e vai tentar entrar nos melhores negócios".Já a agressividade da OHL, que chegou a pagar até 65% a menos que o teto determinado pelo governo federal, rendeu desconfiança em relação aos resultados que a empresa pode obter com a compra dos trechos. As ações da empresa tiveram desvalorização de cerca de 30% no ano passado, contra alta de 43,65% da Bovespa.Depois do elevado ágio registrado no leilão de sete trechos federais -que dava vitória à empresa que apresentasse proposta de menor tarifa de pedágio-, o governo do Estado de São Paulo mudou a fórmula dos seus leilões, que eram definidos pelo valor de outorga.No Rodoanel, a empresa terá de pagar R$ 2 bilhões em dois anos -sendo R$ 200 milhões de entrada-, 3% da receita com a concessão todos os meses e ainda oferecer o valor mais baixo de tarifa, em relação aos R$ 3 estipulados como teto pelo governo, para levar o trecho.

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Quem melhor atender a esse requisito vai levar uma estrada de 32 km que corta as rodovias Bandeirantes, Anhangüera, Castello Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt, com tráfego de cerca de 200 mil veículos, segundo a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário).Esse modelo misto -e que depende de que as empresas tenham maior caixa- pode beneficiar associações com concessionárias estrangeiras e grandes bancos, diz o presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base), Paulo Godoy.Para Mônica Araújo, o novo modelo está consolidado e depende de redução de custos e gestão eficiente para compensar o valor baixo da tarifa e, por isso, estimula a formação de consórcios, segundo ela.

Novo modeloPara o presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), Moacyr Duarte, o modelo adotado por São Paulo, de aliar menor valor de tarifa com o pagamento de outorga, está bem estruturado. "Ele manteve essa idéia da outorga pesada, para conseguir investir e dar benefícios compatíveis com o que os usuários pagarão."Para o autor do livro "Rodovias Auto-Sustentáveis: O Desafio do Século 21" e secretário dos Transportes de Porto Alegre, Luiz Afonso Senna, o modelo é sustentável por ver a rodovia como rede. "Tem de buscar boas rodovias no sistema todo, não ter essa obsessão por tarifa baixa."

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Regras de licitação: Marítima insiste para Petrobras fazer concorrência(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Marina ItoO imbróglio entre a Marítima Petróleo e Engenharia e a Petrobras deve continuar por um bom tempo. A Marítima entrou com recursos especial e extraordinário contra a decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que considerou legal a modalidade convite feita pela Petrobras em licitações para obras com valores maiores. Os recursos são assinados pelos advogados Sérgio Bermudes, Bruno Calfat e Marcelo Fontes.

A Marítima alega que está sendo excluída das licitações da Petrobras, feitas sob a modalidade convite. A Marítima quer que a Petrobras adote a modalidade de concorrência para obras complexas e que envolvam valores milionários.

Segundo a defesa da Marítima, ao adotar o convite, a Petrobras viola o artigo 23, da Lei 8.666/93. O dispositivo da Lei das Licitações estabelece que para obras e serviços de engenharia, a modalidade convite só poderá ser adotada na contratação que envolva valor abaixo de R$ 150 mil.

O cerne da questão, de acordo com os advogados da Marítima, é saber se o artigo da Lei das Licitações aplica-se à Petrobras. Segundo a Marítima, a licitação por concorrência é indispensável quando envolve obras relativas às plataformas de petróleo e gás para que a administração tenha qualidade e melhor preço.

A empresa quer que o Supremo Tribunal Federal decida se, ao adotar a modalidade convite para licitações que envolvam valores milionários, a Petrobras viola o artigo 37, caput, inciso XXI, e o artigo 173, parágrafo 1º, III, da Constituição. Para a Marítima, a decisão da 3ª Câmara violou esses dispositivos, já que mesmo a sociedade de economia mista, como é a Petrobras, deve observar os princípios da administração pública.

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A tese da Marítima é de que as normas especiais até podem simplificar os procedimentos, mas não “ampliar e deturpar o estabelecido em norma cogente”.

“É inconcebível que se permita à mais importante das empresas brasileiras promover licitações bilionárias na base do simples convite, que fere a impessoalidade, a legalidade, como também pode atentar contra a moralidade”, concluem.

O casoEm 2001, a Marítima entrou com uma ação na Justiça do Rio de Janeiro para pedir que fosse declarada ilegal a licitação por convite pela Petrobras para a realização de obras de grandes valores. A empresa também pediu a condenação da Petrobras ao pagamento de indenização pelos prejuízos causados ao excluir a empresa das licitações.

Em primeira instância, foi concedida liminar à Marítima para suspender as licitações da Petrobras. A empresa recorreu da liminar e a 3ª Câmara a suspendeu.

A Marítima, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça que concedeu efeito suspensivo à decisão do TJ fluminense e manteve a posição de primeiro grau quanto à suspensão das licitações.

Ao considerar que havia risco para a atividade da Petrobras, caso a suspensão das licitações fosse mantida, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, votou por conceder a liminar à Petrobras.

Ao analisar o mérito, o juiz da 15ª Vara Cível do Rio de Janeiro julgou o pedido da Marítima procedente, inclusive a indenização. Já a 3ª Câmara do TJ reformou a decisão. O desembargador Antonio Eduardo Duarte, relator do recurso, entendeu ser legal a licitação através de carta convite. Para ele, além de permitir uma maior rapidez e simplificação do procedimento, insere a empresa em um cenário de livre competição.

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ESTRANGEIRO

Entre fronteiras: País tem direito de rejeitar estrangeiro, diz especialista(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Marina ItoA entrada em um país estrangeiro é apenas uma expectativa de um direito e não a garantia dele. Mesmo com o visto, a pessoa pode ser rejeitada ao chegar ao local. A afirmação é do especialista em política externa, Ricardo Seitenfus. Em uma aula conferência na FGV Direito Rio, o especialista falou sobre a crise entre Equador e Colômbia e da questão diplomática que envolve a deportação de brasileiros pelo governo da Espanha.

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“A única saída para defender os interesses dos brasileiros é aplicar o principio da reciprocidade”, afirmou. Segundo Seitenfus, que também integra o comitê jurídico da Organização dos Estados Americanos (OEA), a pessoa que se sentir lesada pode entrar na Justiça por um suposto mau tratamento, mas teria de comprovar que as autoridades feriram regras do país onde aconteceu o incidente.

O coordenador da graduação da FGV Direito Rio, Evandro Menezes de Carvalho, concorda com Ricardo Seitenfus. Para ele, a ameaça de o Brasil vir a pagar na mesma moeda pode surtir efeito positivo e uma saída diplomática. “É uma possibilidade plausível se a Espanha impedir a entrada de brasileiros sem justificativa”, afirma. Carvalho acredita que, independentemente da situação, o Brasil deveria ser mais rigoroso no ingresso de estrangeiros, por conta do tráfico de pessoas e do turismo sexual.

Evandro Menezes de Carvalho explicou que o Estado tem a soberania interna e que dentro de seu território é ele quem dita as regras. Segundo o coordenador da FGV Rio, a qualquer tempo o país pode modificar os critérios de concessão de visto, por exemplo. No seu entendimento, a pessoa deportada só pode entrar na Justiça se tiver existido uma agressão ou excesso das autoridades espanholas, mas não porque o país a impediu de entrar no território.

Consultada pela ConJur, a advogada Regina Vendeiro afirmou que, em tese, cada país tem sua soberania e o Brasil não poderia impor uma decisão judicial à Espanha. Mas, segundo ela, há um entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que, ao ser citado, o país estrangeiro pode abrir mão de sua soberania e responder ao processo. “É bastante complicado”, afirma. Por outro lado, é muito oneroso para a pessoa entrar com a ação em outro país, já que precisa contratar advogados para defendê-la lá fora. “O mais grave nem é a deportação em si. As pessoas são constrangidas, ficam presas, em situação degradante e inadequada, sofre preconceito. Existe um dano moral”, afirma.

O presidente da OAB, Cezar Britto, também defendeu, em nota, que o Ministério das Relações Exteriores adote o princípio da reciprocidade para o caso. “O princípio da reciprocidade é o que melhor pode estabelecer as relações entre os países. Existe lá o que se faz cá. Pratica-se aqui o que se faz lá. É o princípio mais democrático numa relação entre os povos”. Para Britto, o tratamento do governo espanhol dispensado aos brasileiros é preconceituoso.

Crise latinaNa roda de bate papo com os alunos da FGV Direito Rio, Ricardo Seitenfus também falou sobre a crise desencadeada pelo ataque da Colômbia ao um grupo das Farc no Equador. Segundo Seitenfus, a questão envolve dois princípios: a da inviolabilidade do território, fundamental no Direito Internacional, e o direito de combate ao terrorismo. O professor explicou que no Direito Internacional anda não definiu claramente o que é uma agressão, já que isso é percebido de formas diferentes por cada país. “É muito difícil identificá-la”, afirmou.

A OEA aprovou uma resolução que cria uma comissão de investigação para apurar os fatos que desencadearam o ataque da Colômbia a um grupo de guerrilheiros das Farc no Equador. No ataque, morreu o número dois das Farc, Raúl Reyes.

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IMIGRAÇÃO

Imigração: Diplomacia em xeque. O drama dos brasileiros ilegais. Temor de ser pego pela imigração e tentativas de regularizar papéis movem dia-a-dia em cidades européias

(O Estado de São Paulo 09.03.2008 C-1 Metrópole)

Lourival Sant'Anna e Jamil Chade

O nome da cidade tanto faz. Pode ser Madri, Lyon, Genebra ou Marselha. O que há em comum é a situação em que vivem os brasileiros ilegais na Europa. O temor de ser pego pela imigração e deportado não é tão grande quanto os dois sonhos que movem os sem-documento: ganhar dinheiro e regularizar a sua situação.

Alheios aos debates acalorados na campanha eleitoral sobre a sua presença indesejada no país e à deportação em massa de seus compatriotas no Aeroporto de Barajas, em Madri, imigrantes ilegais brasileiros seguem a vida na Espanha. “Vim como todo brasileiro, com a esperança de ganhar dinheiro aqui”, diz a goiana Viviane Miranda de Moraes, que chegou à Espanha no dia 1º de março de 2005, depois de se formar em Letras (Português e Inglês) em Goiânia. “Não valeu a pena de jeito nenhum. O preço foi alto demais. Por tudo que passei aqui, não voltaria nunca mais .”

Pouco depois de chegar, Viviane conta que ficou grávida do espanhol Manuel Prado Docampo, dono de uma loja de carros em Ourense, cidade localizada a seis horas de Madri, onde trabalha numa cafeteria. Ela veio ter o filho no Brasil e, quando voltou, seu namorado estava com a irmã dela, que trabalha “em um clube”, e não quis reconhecer a paternidade.

Hoje com 32 anos, Viviane diz que já provou a paternidade do filho e está à espera da sentença da Justiça. “Ele vai ter de colocar o sobrenome no meu filho e pagar pensão. Com isso, vou me legalizar na Espanha”, espera ela, que reclama do custo de vida no país, para uma mãe solteira: “Pago 600 para uma babá brasileira tomar conta do meu filho.”

DISTÂNCIA DA FAMÍLIA

Viviane sabe que suas agruras são um caso excepcional: “Minha irmã, que não tem filho, já comprou casa e carro no Brasil.” Mas diz que os imigrantes sofrem muito pela distância da família. Ela está voltando pela terceira vez ao País. Não sabe das deportações em massa de brasileiros, mas não se assusta: “Se está dentro da lei, o turista não tem problema para entrar”, garante, enumerando de cor as exigências da polícia de imigração: “ 800, cartão de turista, reserva de hotel. É a lei. Eles não podem fazer nada.”

Mineiro de Ipatinga, Eliel Carlos da Silva, de 29 anos, também vive a esperança de regularizar sua situação na Espanha. O dono da empresa onde ele trabalha como soldador já concordou em dar início aos trâmites para o contrato, que abre caminho para um pedido de residência. O patrão também concordou em convidar sua mulher para vir trabalhar com limpeza em sua firma. Assim, ele tenta preparar os papéis para a vinda da mulher e dos três filhos.

Eliel conta que, com o salário de 800 a 900, não dá para guardar dinheiro. Só o aluguel do apartamento custa 600, que ele divide com outras três pessoas. “Sempre pagam pouco a quem não tem papéis. Querem tirar proveito”, diz ele. “Aqui, a vida é de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Se sair para uma gandaia, já aperta”, sorri Eliel.

Todos os domingos pela noite, o bar Tacos no centro de Genebra se transforma em uma espécie de centro para toda a comunidade brasileira na cidade. “Aqui, o sonho de todos é conseguir sair da condição de ilegalidade”, afirmou Cintia Silvestrini, imigrante de 24 anos de Hortolândia (SP) e uma das poucas brasileiras no local com seus papéis regularizados.

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MORADIA

Sem apartamento em seu próprio nome, telefone ou mesmo conta bancária, muitos imigrantes ilegais passam por situações complicadas para sobreviver na Europa. “O mais complicado é encontrar onde morar”, diz um brasileiro que vive em Lyon, na França. Originário do Ceará, ele pede para não ter seu nome revelado para evitar problemas com as autoridades locais: “O dia-a-dia é de circo. Mas dá para se acostumar.”

Pelas leis da maioria dos países europeus, um aluguel somente pode ser assinado por imigrantes legais. A solução para muitos é tentar encontrar alguém que possa assinar em seu nome e torcer para que nenhuma fiscalização seja feita. Poucos são os bancos que aceitam contas de ilegais, ainda que alguns comecem a perceber que essa população pode ser interessante, já que gastam pouco e, para não ter problemas com a polícia, pagam tudo em dia.

Os malabarismos para sobreviver como ilegal na Europa incluem até mesmo casamentos forjados. Em Marselha, no sul da França, Milton (que não quer também divulgar seu sobrenome) conta que chegou a ter visto de residência depois de se casar com uma francesa. “Paguei 15 mil a ela pelo acordo”, disse. O problema é que, alguns meses depois, a francesa obrigou Milton a cumprir seu papel de marido. Como o brasileiro tinha sua própria noiva e até filhos, não aceitou.

A francesa então o ameaçou, alegando que pediria o divórcio. “Como não tinha como fazer qualquer pressão, o divórcio foi dado e perdi os 15 mil que havia pago”, relevou. Hoje, vive de forma ilegal ainda na França, trabalhando como lavador de pratos em um restaurante e como ajudante de obras.

MALABARISMOS

Para a comunidade de ilegais, os malabarismos também saem caro. Para tentar escapar de qualquer controle da polícia, a regra é não causar brigas em bares e sempre andar com a passagem de retorno no bolso, caso a polícia faça uma blitz.

O problema é que, para cada vez que um imigrante quer visitar sua família no Brasil, precisa comprar três passagens. Uma de ida ao Brasil. Outra de retorno para a Europa e uma terceira falsa, para mostrar aos policiais que de fato tem data a volta para o Brasil. Algumas agências de turismo se aproveitam da situação dos ilegais e oferecem as passagens falsas, como é o caso da Monde Voyage, no centro de Genebra. Procurada, a agência se recusou a comentar suas vendas.

Em muitas cidades, um dos poucos lugares de encontro que são considerados seguros são as sedes da Igreja Universal do Reino de Deus. Com cultos em português e até assistência psicológica para aqueles que se sentem sozinhos, a Igreja consegue ampliar o número de fiéis graças ao desespero de alguns imigrantes.

Cintia, que trabalha na casa de diplomatas brasileiros, admite: quem tem visto ou papel regularizado tem até mesmo outro status dentro da comunidade brasileira. “Todos querem estabilidade. É normal”, disse.

José Carlos, de 36 anos, vive perto da sede do controle de imigração de Genebra. Mas suas perspectivas de conseguir um visto de residência são distantes, apesar de já estar na Suíça há nove anos. Mesmo assim, não perde o bom humor: “O que é viver nessa situação comparado à violência, incertezas e desilusões da favela?”

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JUDICIÁRIO

Cotas dividem o Judiciário. Uma guerra de liminares envolve o debate sobre a reserva de vagas nas universidades

(O Globo 10.03.2008 p. 3 O País) Demétrio Weber

Oacirrado debate sobre cotas nas universidades federais foi parar na Justiça. Estudantes que perdem a vaga, apesar de tirarem notas mais altas do que cotistas, entram com mandados de segurança para ter direito à matrícula. O assunto divide juízes, a exemplo do que ocorre entre políticos e acadêmicos. Na guerra de liminares, a tendência dos tribunais tem sido a de validar o sistema de cotas, respeitando a autonomia universitária. No Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, já se fala numa jurisprudência pró-cotas. Mas não faltam decisões que passam por cima da reserva de vagas e determinam a matrícula de quem concorreu pelo sistema universal.

Na última segunda-feira, quando começaram as aulas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 13 estudantes estavam lá por força de decisões judiciais que contrariaram o regime de cotas. Dezenas de outros candidatos tentaram o mesmo, mas não tiveram êxito.

Em janeiro, o tribunal restabeleceu o sistema de cotas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que fora suspenso por liminar da Justiça Federal de primeira instância. A UFSC reserva 20% das vagas para alunos de escolas públicas, e 10% para negros. Quem move a ação é o Ministério Público, convencido de que as cotas são inconstitucionais.

Ao acolher o recurso da universidade, o desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz citou um acórdão do tribunal que tem servido de base para liminares favoráveis às cotas: "O interesse particular não pode prevalecer sobre a política pública. (...) Não se poderia sacrificar a busca de um modelo de justiça social apenas para evitar prejuízo particular", escreveu o desembargador Luiz Carlos de Castro Lugon.

Nessa decisão, Lugon votou contra uma liminar que ele próprio havia concedido em benefício de uma estudante de odontologia que ficara sem a vaga na Universidade Federal do Paraná. O novo entendimento prevaleceu no acórdão da 3ª Turma do TRF-4, em abril do ano passado.

Recentemente, o mesmo tribunal reduziu à metade o percentual de vagas reservadas no curso de engenharia mecânica da UFSC - de 20% para 10%, no caso de alunos de escola pública, e de 10% para 5%, no de estudantes negros.

Juiz diz que maioria dos catarinenses são brancos

O juiz convocado Marcelo de Nardi argumentou que apenas 11% da população catarinense é negra ou parda, segundo o último censo do IBGE. "Um sistema que, a título de promover ações afirmativas, impõe percentuais elevados de reserva de vagas, flagrantemente distanciados da finalidade a que se propõe, por certo não é razoável e acaba constituindo, em efeito inverso, fator de discriminação", escreveu Nardi.

O TRF-4 também rejeitou um pedido de cinco alunos que queriam que as regras especiais das cotas já fossem usadas na primeira fase do vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (RS). A universidade adota um mecanismo que só favorece negros que passam para a segunda etapa. Nesse caso, o TRF-4 invocou o princípio da autonomia universitária para garantir o direito da instituição de restringir o benefício. "A concretização das ações afirmativas dentro das universidades está sujeita à autonomia didático-científica de que gozam aquelas entidades", escreveu o juiz convocado Loraci Flores de Lima.

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Desembargadoras têm decisões divergentes no Rio Grande do Sul. Advogado de estudante que conseguiu vaga em curso critica as regras, e chama de falácia a existência de cotas raciais no país

BRASÍLIA. Cada cabeça uma sentença. No Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, desembargadores têm acolhido e rejeitado recursos de estudantes contra as cotas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A instituição adotou a reserva de vagas pela primeira vez no vestibular de janeiro.

No mês seguinte, a desembargadora federal Maria Lúcia Luz Leiria acabou com a pretensão da candidata Lilian de Freitas Fernandes de cursar odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Já a desembargadora Marga Barth Tessler autorizou a matrícula da auxiliar de enfermagem Juliane Gering. As duas vestibulandas tiraram notas mais altas do que cotistas, mas não foram classificadas.

Lilian ficou em 75º lugar no vestibular, que oferecia 88 vagas - 60 pelo sistema universal e 28 para cotistas. A UFRGS reserva 30% das vagas para alunos da rede pública, sendo que metade delas deve ser preenchida por estudantes negros. Ela concorreu pelo sistema universal. A desembargadora Maria Lúcia decidiu que, para ser aprovada, a vestibulanda deveria ter tirado uma das 60 notas mais altas. Maria Lúcia rebateu o argumento de que as cotas ferem o princípio da igualdade. O raciocínio é simples: é preciso tratar de forma desigual aos desiguais, com "disciplinas jurídicas distintas ajustadas às desigualdades fácticas existentes".

Ela lembrou que o Brasil é signatário de tratados internacionais que preconizam ações afirmativas. Além disso, a Constituição já prevê cotas para deficientes físicos em concursos públicos e incentivos para a contratação de mulheres no mercado de trabalho, assim como a legislação eleitoral fixa cotas mínimas para candidaturas femininas: "Em nenhuma das previsões anteriores houve fortes contestações de inconstitucionalidade, talvez a revelar, por via oblíqua, o grau de "racismo cordial" que permeia o imaginário brasileiro", escreveu Maria Lúcia.

A desembargadora Marga, no entanto, acolheu o recurso de Juliane Gering, que ficou em 39º lugar no vestibular de psicologia. O curso oferecia 40 vagas - 28 pelo sistema universal e 12 para cotistas. Como freqüentou escola particular em parte do ensino básico, Juliane não pôde concorrer pelo sistema de cotas. Marga defendeu o princípio do mérito acadêmico. Ela argumentou que a auxiliar de enfermagem enfrenta dificuldades financeiras, já que paga aluguel, gasta com remédios para asma e tem renda familiar inferior a R$1.900 mensais. "A resolução universitária (que criou as cotas) não poderia afrontar relevante e fundamental postulado expressamente consagrado pela Constituição, o mérito acadêmico, que, neste caso, não está sendo observado", escreveu a desembargadora.

Reitor defende sistema e diz que todos os concursos têm suas regras previstas em edital

O advogado de Juliane, Gustavo Bohrer Paim, diz ter outros dois clientes que foram matriculados na mesma situação. Ele critica as regras:

- É uma falácia dizer que existe cota racial se o negro que estudou em escola particular não pode participar. É como se fosse menos negro. Não há tampouco cota social. Existem boas escolas públicas no Rio Grande do Sul, onde estudam alunos de classe média. Eles podem concorrer pelas cotas, enquanto estudantes que fizeram colégio particular com bolsa de 100%, não - diz Bohrer Paim.

O vice-reitor Pedro Cézar Dutra Fonseca defende o sistema. Ele argumenta que um estudante de baixa renda que tenha freqüentado escola particular estaria apto a disputar as vagas pelo regime universal.

- A universidade promoveu uma discussão enorme. Daqui a cinco anos, vamos avaliar se deu certo ou não. Do contrário, fica tudo no achômetro. O edital já informava sobre as cotas. Qualquer concurso estabelece os seus critérios. O Judiciário vai julgar. Acataremos as decisões. (D.W.)

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Em 2007, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio, rejeitou uma ação de 48 alunos de escolas particulares que tentavam evitar a reserva de vagas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Agora, estudantes reprovados no vestibular vão fazer o mesmo. Desta vez, porém, o objetivo não será acabar com as cotas, mas simplesmente garantir a própria matrícula.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) também é alvo de ações de candidatos preteridos por causa das cotas. Como se trata de instituição estadual, os casos são julgados no Tribunal de Justiça. O diretor jurídico da Uerj, Maurício Mota, diz que a maioria das decisões é favorável à instituição, que segue lei estadual e reserva 20% das vagas para alunos de escola pública e 20% para negros, desde que sejam de famílias de baixa renda. Outros 5% são para deficientes físicos e filhos de policiais, bombeiros e agentes penitenciários mortos em serviço.

Já as universidades federais têm autonomia para decidir se adotam ou não ações afirmativas e qual o seu formato. A desembargadora Maria Lúcia Luz Leiria, do TRF-4, registrou que 20 universidades federais e 19 estaduais já adotam esse tipo de política.

Advogados, pais e estudantes apostam que a palavra final será dada pelo Supremo Tribunal Federal, à medida em que os recursos chegarem à Corte. Na Câmara, está engavetado o projeto que reserva 50% das vagas das universidades federais para alunos da rede pública. Foi enviado pelo governo Lula em 2004, está pronto para votação em plenário, mas não há consenso. Procurado pelo GLOBO, o ministro da Educação, Fernando Haddad, não quis falar sobre o assunto.

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Morosidade mórbida: É difícil dizer ao cliente que ação vai levar oito anos(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Maurício Cardoso e Rodrigo HaidarEm vez de se perderem em discussões sobre listas e atritos pontuais, advogados, juízes e promotores deveriam se unir para combater os maus tratos que o Judiciário sofre dos poderes Executivo e Legislativo e para fazê-lo andar. Principalmente em São Paulo, onde a Justiça tem um passivo de 17 milhões de processos em primeira instância e mais de 600 mil em segunda.“A morosidade é o maior entrave para o exercício da advocacia. O advogado não consegue justificar ao cliente porque um processo demora sete, oito anos para ser julgado”, afirma Márcio Kayatt, presidente da Associação dos Advogados de São Paulo. Em entrevista à revista Consultor Jurídico, concedida na sede da entidade que dirigirá até o fim do ano, Kayatt lembrou que o TJ paulista já foi o precursor nas grandes causas, mas “infelizmente, perdeu esse espaço e tem dificuldade de dar conta do acervo monumental de processos”.Na entrevista, Kayatt também explicou que a Aasp é mais do que uma importante prestadora de serviços aos advogados paulistas. É uma defensora intransigente da classe. O pedido de Mandado de

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Segurança que a associação impetrou no Superior Tribunal de Justiça no ano passado contra ato da ministra Nancy Andrighi é uma mostra de sua atuação institucional.

“O Mandado de Segurança apresentado trouxe a público uma faceta da entidade que não é nova e nem é pequena. A Aasp sempre fez uma defesa intransigente das prerrogativas dos advogados”, garante Kayatt, enquanto mostra em sua mesa o ofício recebido de um advogado que se disse desrespeitado, acompanhado da resposta do juiz à associação.Como todo bom advogado que atua na área contenciosa, o presidente da Aasp não foge de uma boa briga e, ao defender o quinto constitucional, parte para o ataque: “sempre que há uma nomeação surgem os arautos da verdade pregando o fim do quinto. Reclamam, reclamam e quando o ministro é nomeado ninguém fala mais nada”.O presidente da Aasp discorreu ainda sobre a situação da Carteira dos Advogados do Ipesp e rechaçou a alegação de que ela está quebrada. Para ele, prova de que há saída é o montante que a carteira tem em conta: R$ 1 bilhão. Mas não há segredo para a solução. “Será preciso diminuir o valor dos benefícios ou aumentar o valor da contribuição”, diz. Para isso, foi contratada uma auditoria que está apurando a real situação da carteira.Kayatt tem 40 anos, se formou pela PUC-SP em 1990 e faz parte da diretoria da Aasp há oito. Assumiu a Presidência em janeiro e, quando deixá-la, no fim do ano, terá de se desligar da diretoria porque o estatuto não permite que um associado permaneça por mais de nove anos em cargos diretivos. Mas não se ressente: “a regra é salutar, pois permite a oxigenação da diretoria”.

Leia a entrevistaConJur — Vê-se um número crescente de atritos entre advogados, promotores e juízes. Como a Aasp atuará para aproximar o Judiciário e o Ministério Público da advocacia?Marcio Kayatt — Precisamos trabalhar insistentemente para restabelecer o bom contato entre as três partes. Muitas vezes, nos preocupamos com questões pontuais e deixamos de lado a questão maior, que é o fato de o Judiciário estar sendo maltratado pelo Executivo e pelo Legislativo. É hora de nos unirmos para defender um Judiciário forte e efetivo, com autonomia financeira, sem indevidas intervenções dos demais poderes. É a semente que pretendo plantar durante a minha gestão, para retomar a idéia da chamada família forense.

ConJur — Qual é o diagnóstico que o senhor faz dos problemas do Judiciário paulista?Marcio Kayatt — O maior entrave do Judiciário é a falta de competência para administrar, muito mais do que problemas de falta de recursos ou de autonomia. Quem quer autonomia precisa saber gerir. O juiz não presta concurso para administrar. Há uma diferença muito grande entre as duas atividades. É necessário que o Tribunal de Justiça terceirize a sua gestão para que ela seja absolutamente profissional. A Aasp é um bom exemplo disso. Temos 680 funcionários. Se nós, advogados eleitos para administrar a entidade, não terceirizássemos a gestão, a associação não teria suas finanças em dia. Imagine o Judiciário paulista, que tem 60 mil funcionários com mais de mil unidades para serem administradas. É preciso profissionalizar a gestão e deixar ao magistrado a função para a qual ele foi concursado e aprovado.

ConJur — O senhor concorda que, por causa da morosidade, os entendimentos firmados em São Paulo já chegam ultrapassados nos recursos aos tribunais superiores?Marcio Kayatt — Concordo em gênero, número e grau. O TJ paulista, que sempre foi o precursor nas grandes causas e teses jurídicas, infelizmente, perdeu esse espaço. A dificuldade é dar conta do acervo monumental de processos. A situação de todo o Poder Judiciário é complicada, mas é preciso enfrentar o problema. Atualmente, a morosidade é o maior entrave para o exercício da advocacia. O advogado não consegue justificar ao cliente porque um processo demora sete, oito anos para ser julgado no tribunal. Um diálogo aberto e franco entre magistratura, Ministério Público e a advocacia pode ajudar.

ConJur — A Aasp, conhecida por ser uma entidade prestadora de serviços, tem avançado em questões institucionais, como na defesa das prerrogativas dos advogados. Houve recente episódio envolvendo a ministra Nancy Andrighi, do STJ, que não atendia os advogados se não houvesse agendamento prévio da audiência.

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Marcio Kayatt — O pedido de Mandado de Segurança apresentado contra o ato da ministra trouxe a público uma faceta da entidade que não é nova e nem é pequena. A Aasp sempre fez uma defesa intransigente das prerrogativas dos advogados. A preocupação maior não é divulgar a nossa atuação, mas obter resultado. No caso da ministra, a associação enviou um ofício explicando que a regra de seu gabinete violava prerrogativa dos advogados. Depois telefonou. Ela se sensibilizou e disse que poderia rever a sua posição. Com a demora por uma resposta, faltando apenas um dia para o prazo decadencial, não nos restou outra alternativa a não ser entrar com o pedido de Mandado de Segurança. Mas o episódio está superado. A ministra revogou a ordem.

ConJur — Mas esse trabalho da Aasp aparece menos.Marcio Kayatt — Sim. Mas, no exercício da Presidência, mando dezenas ou centenas de ofícios ao longo de um mês. Eles são expedidos às diversas autoridades apontando individualmente ou coletivamente situações em que o advogado não teve prerrogativas respeitadas. Nós procuramos apurar a veracidade da queixa. Não basta sair por aí reclamando que o juiz não faz isso ou o promotor fez aquilo. É preciso apurar para que as reclamações sejam enviadas.

ConJur — A Aasp faz lista como a OAB?Marcio Kayatt — Não. Ao apontar supostas violações de uma autoridade, a Aasp age com respeito absoluto porque entende que, ao fazê-lo, está trabalhando para melhorar a prestação jurisdicional. Respeitamos todas as instituições e todos os tribunais do país. Só que respeito não implica em subserviência àquilo que ela entenda por violação das prerrogativas dos advogados.

ConJur — Qual é a sua opinião sobre o quinto constitucional?Marcio Kayatt — Eu defendo a instituição do quinto constitucional. Ele faz parte do ordenamento constitucional brasileiro desde 1934. Nestes mais de 70 anos de existência, não há um caso de advogado no exercício da magistratura que tenha desonrado a nobre missão de julgar. O quinto constitucional oxigena os tribunais e tira a magistratura da clausura. Não há crítica aos juízes, mas, por conta do excesso de trabalho, eles ficam trancafiados em seus gabinetes e muitas vezes não olham o que acontece ao redor. O advogado e o promotor vêm com a missão de mostrar à magistratura a visão daqueles que estão atrás do balcão.

ConJur — Mas há dificuldade na escolha dos nomes para preencher essas vagas. O fato de o STJ não ter escolhido ninguém da última lista enviada pela OAB revela isso, não?Marcio Kayatt — As escolhas são políticas, seja pela OAB, seja pelos tribunais. Os tribunais fazem política não só quando reduzem uma lista sêxtupla ou tríplice, mas também quando promovem juízes por merecimento. Mas não podemos colocar em xeque um instituto de mais de 70 anos e que até agora deu certo porque houve um desentendimento entre a OAB federal e o STJ. Devemos tentar aprimorar o instituto do quinto constitucional em vez de pedir o seu fim. Se alguns acham que os critérios de escolha estão equivocados ou superados, é preciso discutir como aprimorá-los. Sempre que há uma nomeação, surgem os arautos da verdade pregando o fim do quinto ou o fim da indicação dos ministros do Supremo Tribunal Federal pelo presidente da República. Reclamam, reclamam e, quando o ministro é nomeado, ninguém fala mais nada. Precisamos de propostas sérias.

ConJur — Em suas decisões, os ministros do Supremo se mostram independentes. Não há política partidária.Marcio Kayatt — Claro que não. A pressão da sociedade sobre os ministros do STF e também sobre o Superior Tribunal de Justiça é tamanha que, se houvesse vinculação política, eles não conseguiriam exercer.

ConJur — Se a sabatina no Brasil fosse um processo sério, essa discussão estaria superada, não? Nos Estados Unidos, os parlamentares fazem várias sessões e já houve caso em que o indicado retirou a sua candidatura.Marcio Kayatt — Infelizmente, o nosso Parlamento não tem nem preparo para isso.

ConJur — A advocacia está em xeque?

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Marcio Kayatt — Não está em xeque, mas deve estar atenta. A advocacia passa por uma da fase difícil. Há uma tentativa de encurralamento. Temos de nos unir. Nesse contexto, o papel das entidades é extremamente importante e deve contar com a colaboração dos advogados. Eles devem se levantar sempre que virem suas prerrogativas violadas. Muitas vezes, as entidades só agem por provocação.

ConJur — Qual é a maior ameaça?Marcio Kayatt — São as tentativas de violar prerrogativas, que não são dos advogados, mas de seus clientes. Quando vou visitar um juiz para discutir uma causa, estou lá em nome do cliente. Se a autoridade nega acesso ao inquérito policial, está cerceando o direito de defesa do meu cliente. O advogado nada mais é do que um instrumento, a voz, a representação daquele contra o qual o Estado está agindo.

ConJur — O que divide e o que aproxima a Aasp e Ordem dos Advogados do Brasil?Marcio Kayatt — As duas entidades têm espaço de atuação bem claro. A Aasp é uma entidade que ajuda o advogado no dia-a-dia e na defesa de suas prerrogativas. A OAB é uma corporação que ultrapassa os limites da defesa corporativa. Ela tem o papel de sustentação do Estado Democrático de Direito, defesa da cidadania e não tem como alvo a prestação se serviços. Aasp e OAB são parceiras que caminham de mãos dadas. O objetivo comum é assegurar à advocacia condições para o pleno exercício da profissão.

ConJur — A Aasp sempre foi tida como uma entidade de serviços. Hoje, quais são os principais campos de atuação?Marcio Kayatt — A associação nasceu com o serviço de recortes [serviço de envio aos advogados das intimações e atos diários publicados no Diário Oficial], que cresce a cada ano. No ano passado, o serviço de pesquisa de jurisprudência ganhou uma ferramenta de busca na internet. Por meio do nosso site, os associados podem fazer pesquisa de jurisprudência em 15 tribunais ao mesmo tempo. Até o final do ano, pretendemos agregar a base de dados de todos os tribunais do país. Os advogados podem consultar acórdãos dos Tribunais de Justiças. Já temos mais de dez anos de jurisprudência do TJ-SP, mais que o site do próprio tribunal. A Aasp digitalizou as decisões que o tribunal só tinha em papel.

ConJur — Juízes também podem ter acesso ao sistema?Marcio Kayatt — A contrapartida para podermos digitalizar os processos foi disponibilizar aos juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo uma senha de acesso ao sistema. Outra idéia que tivemos é disponibilizar sentenças de primeiro grau no site. Mas ainda estamos trabalhando para tentar concretizá-la. Será uma ferramenta para o advogado conhecer o pensamento daqueles que oferecem a primeira solução para o problema e também uma forma de incentivar a magistratura a proferir decisões melhor elaboradas e estudadas, porque vão repercutir em toda a comunidade jurídica. Vamos selecionar decisões em matérias novas e polêmicas, o que será de extrema utilidade para guiar a atuação do advogado.

ConJur — Os recortes sempre foram o carro-chefe da Aasp. Mudou algo com a intimação on-line da OAB-SP e com o Diário Oficial Eletrônico?Marcio Kayatt — Não, porque o advogado confia na qualidade do nosso serviço. Ele não precisa se preocupar se a publicação vai chegar ou não, porque ela vai chegar. A média de envio é de quatro a cinco milhões de recortes por mês. O índice de erros oscila entre dois ou três casos. Este número fala por si só. As intimações judiciais eram feitas através do Diário Oficial e, pelo fato de serem informações bastante volumosas, foram uma das premissas para a fundação da entidade. Elas deixaram de existir com a publicação eletrônica e os nossos 83 mil associados não perceberam a mudança. Durante dois anos, a entidade se preparou para continuar prestando o serviço com a mesma qualidade que prestava, agora por e-mail.

ConJur — Quais outros serviços a associação oferece?Marcio Kayatt — O departamento de cursos tem sido uma das válvulas propulsoras da associação. Em 2007, tivemos mais de 20 mil participantes. Temos curso à distância por transmissão via satélite para todo o país. O Superior Tribunal de Justiça fez um convênio para disponibilizar os cursos aos seus

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ministros e servidores. Pretendo ainda fazer investimentos para ampliarmos o acervo de obras nacionais e internacionais da biblioteca. Há um projeto de livro eletrônico, o e-book, que permitirá acesso à distância da biblioteca. Outro serviço oferecido é o envio do clipping, com algumas notícias do dia extraídas dos principais meios de comunicação.

ConJur — Os advogados paulistas estão receosos com o futuro de sua carteira de Previdência, associada ao Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. O Ipesp está quebrado?Marcio Kayatt — Não. Há, na verdade, um desequilíbrio atuarial causado pelo estado com a aprovação da lei de custas de 2003. O governo deixou de repassar a parte das custas judiciais estaduais para a carteira dos advogados — criada por lei estadual — e não se preocupou em substituir esta fonte. A fonte representava 80% do custeio da carteira. A primeira providência tomada foi o pedido de um parecer ao professor Adilson Dallari para que pudéssemos compreender o âmbito jurídico da questão. Com clareza, o parecer aponta uma atitude omissiva e comissiva do estado ao desequilibrar a carteira dos advogados.

ConJur — O que é preciso fazer para reencontrar o equilíbrio?Marcio Kayatt — Este é o segundo passo. Foi contratada por meio de licitação, com recursos da própria carteira, uma empresa especializada na área atuarial para fazer um levantamento preciso da situação da carteira, apontar o déficit e dar sugestões para readequação e reequilíbrio econômico da carteira. Precisamos saber qual é o tamanho do problema para remediá-lo. Mas não podemos dizer que a carteira está quebrada. Afinal, há uma reserva financeira de R$ 1 bilhão.

ConJur — Quantos advogados estão inscritos na carteira?Marcio Kayatt — São 33,5 mil contribuintes ativos e 3,5 mil aposentados e pensionistas. Sempre que surgem essas questões, aparecem oportunistas que se apresentam como verdadeiros salvadores da situação. No entanto, nunca se incomodaram com o destino da carteira. Isso é preocupante porque milhares de advogados e famílias estão confiantes nesta aposentadoria. A Aasp está atenta ao problema da carteira e vai empenhar todos os esforços para encontrar uma solução equilibrada.

ConJur — Qual sua recomendação para o advogado que está contribuindo?Marcio Kayatt — Existem duas situações. No parecer do Adilson Dallari, isso está claro. O advogado que já está aposentado tem direito adquirido e pode ficar tranqüilo. Já o advogado que está contribuindo tem de observar a lei de regência da carteira. A norma diz que quem deixar de contribuir por seis meses é excluído da carteira e, se tiver mais de 50 anos, não pode nela reingressar. Outro dispositivo da lei prevê que, em hipótese alguma, o contribuinte terá direito à devolução daquilo que pagou. Como a lei não foi revogada, o advogado tem que ficar alerta.

ConJur — Quem garante a aposentadoria aos aposentados?Marcio Kayatt — Os recursos da carteira. Na eventual falta de recursos, o estado tem que arcar com o pagamento.

ConJur — A lei que criou a SPPrev (São Paulo Previdência), nova autarquia, prevê que, em dois anos, o Ipesp será extinto e que a SPPrev não vai administrar carteiras autônomas.Marcio Kayatt — No parecer, Adilson Dallari diz que a SPPrev fica como sucessora do Ipesp e deve continuar administrando a carteira. O problema é que a carteira tem 37 mil advogados e o estado não vai assumir fácil essa conta. Teremos que trabalhar e colocar o estado na parede. Há um diálogo franco com o governo e ainda é cedo para pensarmos em medida judicial. Temos de trabalhar por uma solução diplomática. A disputa jurídica não interessa a ninguém.

ConJur — Quando o Ipesp foi criado?Marcio Kayatt — A lei é de 1959, na gestão do governador Jânio Quadros, depois de muita luta do professor Theotonio Negrão. A realidade da advocacia era completamente diferente. Não havia esse mar de advogados e a norma não vingou. Por pressão da advocacia, em 1970, a lei foi readequada e aí, sim, os advogados começaram a aderir à carteira. É uma pena que ela esteja nesta situação.

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MARÍTIMO

País tem urgência de melhorar os portos(DCI 10.03.2008 A-2 Opinião)

Bastou a Confederação Nacional da Indústria ter defendido a privatização total do sistema portuário brasileiro para que o governo optasse pela exclusão de oito companhias docas que administram portos federais do Plano Nacional de Desestatização, ao mesmo tempo em que a Secretaria Especial de Portos anunciava a criação da Companhia Docas de Alagoas. A exclusão alcançou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, responsável por mais de 27% do comércio exterior brasileiro.

Talvez para evitar maiores críticas do setor empresarial, que já se mostra cansado de esperar ações práticas do poder público, o governo prometeu investir R$ 1 bilhão em 2008-2009 em 15 portos e apresentar, num prazo de 180 dias, um novo modelo de gestão por resultados, que, em tese, deverá incluir medidas para aumentar a eficiência e a capacidade de operação portuária.

Mas, ao que parece, esse novo modelo de gestão pública não deverá passar de uma cópia requentada da prática gerencial adotada na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), do Paraná, e pelo Porto do Rio Grande (RS), que, justiça seja feita, têm registrado recordes de movimentação nos últimos anos. Se o modelo de gestão de portos menores pode ser aplicado com a mesma eficiência ao maior porto da América Latina, por exemplo, só a prática e o tempo serão capazes de dizer. Mas, se até lá for confirmada a notória má gestão pública que tem caracterizado a administração portuária no Brasil, mais tempo será perdido e maiores prejuízos haverão de se acumular no passivo da economia brasileira.

Afinal, não é de hoje que a condição precária da infra-estrutura portuária e de transporte castiga as empresas instaladas no País. Estudos já mostraram que, em média, a indústria brasileira estoca suas mercadorias 33 dias a mais que a dos EUA, em função da morosidade da movimentação portuária. Esses dias em que os produtos ficam parados à espera de liberação para embarcar ou desembarcar representam recursos que poderiam ser aplicados em novos investimentos na produção.

Além disso, enquanto esse capital está parado, as empresas têm de recorrer, muitas vezes, a financiamentos bancários com juros elevados para investir na produção. Esses custos, obviamente, precisam ser repassados para o preço final das mercadorias, o que tira competitividade do produto brasileiro no exterior.

É de lembrar que ausência de dragagem para aumentar a profundidade dos canais de acesso e berços de atracação faz com que os portos brasileiros percam a capacidade de receber navios de grande porte e, em conseqüência, tenham sua competitividade reduzida.

Para superar esses obstáculos, há empresas, como a MRS no Porto do Rio de Janeiro, que têm recorrido a barcaças para fazer o carregamento dos navios em alto mar. Outra alternativa -que vem do

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tempo do navegador Pedro Álvares Cabral- é acompanhar o fluxo e refluxo das marés para movimentar as embarcações até o cais.

O custo de um navio parado, em função da pouca profundidade dos portos brasileiros, está em torno de US$ 40 mil a US$ 50 mil por dia, segundo a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP). Isso significa que toda melhora de produtividade proporcionada pela modernização dos terminais privados tem sido anulada por essa falta de infra-estrutura, de responsabilidade do governo.

Antes da privatização, os terminais movimentavam cerca de 11 contêineres por hora. Hoje fazem de 35 a 40 movimentos por hora. Há casos de até 70 contêineres por hora. Os custos também caíram de US$ 400 para US$ 280, mas ainda assim estão altos, se comparados com o que se observa nos portos europeus, de US$ 200 em média, e nos asiáticos, de US$ 150.

Para driblar os gargalos dos portos, muitas empresas estudam a possibilidade de recorrer ao transporte aéreo em emergências. Mas, além de caro, o transporte aéreo nem sempre é uma boa opção, já que, em razão da procura, os aviões decolam com 99% de sua capacidade de carga tomada. Sem contar que a gestão logística nos aeroportos brasileiros também não é exemplo de eficiência.

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Navegação - Rio responde por metade da indústria naval brasileira. Para força queda interna do aço, Transpetro importa da Ucrânia.

(Jornal do Brasil 09.03.2008 E-3 Economia)

Cláudia Dantas

Depois de ocupar a segunda maior posição no mundo e de quase desaparecer nos anos 80 e 90, a indústria naval brasileira disputa nos dias de hoje o só o décimo lugar. Embora ainda existam obstáculos a serem transpostos, como o preço alto da matéria-prima (aço), defasagem tecnológica e a falta de mão-de-obra especializada, o setor comemora o aumento do volume de investimentos e a retomada para toda a indústria. O Rio, que é responsável por metade da produção do país, acaba de ganhar importante incentivo: o governo do Estado isentou de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) o aço importado para a construção de embarcações.

A medida, bastante comemorada pelo empresariado fluminense, visa a baratear o custo do produto internacionalmente e forçar a redução de preço no mercado interno por parte das siderúrgicas nacionais.

Volume de empregos

A questão polêmica também foi alvo de discussão na quarta-feira, quando o presidente da Transpetro (subsidiária de logística da Petrobras), Sérgio Machado, em visita às obras do megaestaleiro Atlântico Sul, no Distrito Industrial de Suape, em Pernambuco, anunciou a importação de 19 mil toneladas de aço da Ucrânia, depois de reclamar do que chamou de "monopólio das empresas brasileiras". A vilã tinha nome: a Usiminas/Cosipa.

Esta é a primeira parte da compra, ainda faltam 12 mil toneladas - destacou Machado. - Queremos comprar no Brasil, mas tudo depende do preço a ser oferecido pelas siderúrgicas nacionais. A demanda total da Transpetro é de 420 mil lotes, que serão negociados separadamente para cada estaleiro.

Os estaleiros brasileiros também recuperam os empregos que simplesmente desapareceram com o tempo. A indústria naval chegou a empregar mais de 40 mil pessoas em todo o país no passado. O de

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Suape, considerado o maior do Hemisfério Sul, deve gerar cinco mil postos de trabalho diretos e 20 mil indiretos até a conclusão da obra, em agosto de 2009, para a construção de navios e do empreendimento.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, também participou da visita ao complexo portuário de Suape, e ressaltou a retomada de empregos. Para Campos, o país perdeu outras corridas, mas não essa.

É completamente inadmissível ver a Petrobras importar navios de outros países. Centenas e centenas de empregos foram varridos da indústria naval - arrematou.

Em julho, a Transpetro dá início à operação parcial do estaleiro com o processamento do aço para construir o primeiro navio petroleiro encomendado pela estatal, que ficará pronto em 2010.

Ao todo, o estaleiro vai construir 10 navios Suezmax, de 165 mil toneladas de porte bruto (TPB) cada, equivalentes a 1,050 milhão barris, destinados ao transporte de óleo cru. O custo global dos petroleiros é de US$ 1,209 bilhão.

No Rio, os estaleiros Mauá e Rio Naval também dividem encomendas, 16 ao todo.

O estaleiro Itajaí, em Santa Catarina, também retoma a disputa pela construção de petroleiros. Depois de passar por problemas financeiros, a empresa conseguiu desencavar financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e dar continuidade à obra. Mas, para isso, precisou mudar de mãos. O comando do estaleiro pertence, agora, à empresa espanhola Eucano.

A mudança de controle da empresa aconteceu naturalmente e foi para dar seqüência à fabricação dos três navios gaseiros encomendados - explicou o presidente.

Para Machado, a retomada das atividades nos estaleiros brasileiros vai definitivamente recolocar o país na disputa internacional.

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O pior porto do país: Decadente, o porto de Salvador não consegue atender à demanda. O setor privado quer colocar dinheiro

(Exame 913 – 12.03.2008 p.33)

Porto de Salvador: filas e fuga de cargasO primeiro sinal visível de que há algo errado com o porto de Salvador é a aglomeração de caminhões parados na entrada. Os caminhoneiros estacionam os veículos desordenadamente e se reúnem em rodinhas para conversar. Um motorista cochila numa rede armada entre duas carrocerias. O tempo de espera para carregar ou descarregar um caminhão pode ultrapassar 6 horas. No mar da baía de Todos os Santos, a situação se repete: os navios têm de aguardar em média 8 horas para atracar -- nos dias de mais tráfego, até 24 horas. Por causa da demora, às vezes eles deixam de fazer escala em Salvador para não atrasar o cronograma de outras paradas. Para os donos de cargas -- de agricultores do interior baiano a grandes empresas do vizinho pólo

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petroquímico de Camaçari --, a saída freqüentemente é utilizar caminhões, mesmo tendo pela frente estradas precárias, ou deslocar mercadoria para outros portos. A petroquímica Braskem, nos períodos de pico de exportação, envia parte dos contêineres por um navio de cabotagem -- que percorre apenas a costa brasileira -- para o porto de Santos, situado a 2 000 quilômetros. Só então a mercadoria passa para uma embarcação internacional. "É melhor ir para Santos do que esperar o próximo navio em Salvador, porque as escalas são escassas", diz Elton Pássaro, gerente de logística da Braskem. O custo da manobra é 6% maior do que quando a viagem é direta. Mas empresas como a Braskem pagam o valor a mais para evitar aquele que é o pior porto do Brasil.

A avaliação é dos principais usuários desse tipo de serviço -- as grandes empresas. Uma pesquisa com 200 executivos de companhias usuárias concluída em janeiro pelo Centro de Estudos em Logística (CEL), ligado ao núcleo de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, posicionou o porto de Salvador na última colocação entre os 18 principais portos brasileiros. A média nacional, segundo os entrevistados, foi de 6,3 pontos, num total de 10. Salvador ficou com meros 5,1. Apenas os terminais privados de Ponta da Madeira, no Maranhão, e Tubarão, no Espírito Santo, e o porto público de Suape, em Pernambuco, foram considerados de padrão excelente. O estudo também indicou que em Salvador houve, no período analisado, redução de carga. O volume anual, em média de 3 milhões de toneladas, caiu 7% em 2006 e teve apenas ligeira recuperação no ano passado. A paradeira, ironicamente, ocorre num momento de expansão da economia da região. "Os fatos mostram a decadência do porto de Salvador", diz Paulo Fleury, diretor do CEL.

O porto acumula desde problemas simples de ser corrigidos, como a falta de uma cobertura para os caminhões que estão fazendo carga e descarga, até questões complexas, como a dificuldade de acesso rodoviário e a lentidão na armazenagem. Um problema estrutural é a profundidade insuficiente para receber os grandes cargueiros modernos. No cais principal, o do terminal de contêineres, a profundidade é de 12 metros. O mínimo considerado ideal seria de 13,5 metros. "Não conseguimos atracar em Salvador nossos navios maiores, e isso aumenta o custo", afirma José Balau, diretor de operações no Brasil da Hamburg Süd Aliança, uma das maiores companhias de navegação do mundo.

A solução técnica para o calado raso é uma dragagem de aprofundamento -- que não é feita há oito anos. Em setembro, o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, esteve em Salvador pouco antes da posse da nova presidência da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) e parecia trazer a solução para o problema. Ele anunciou que o governo federal destinaria 1,4 bilhão de reais a obras de dragagem

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Último da classe

O porto de Salvador, de acordo com uma pesquisa feita com usuários, é o pior entre os 18 de maior movimento no Brasil (notas de 0 a 10 atribuídas por embarcadores)

Os excelentes

  Porto privado

Porto público

Ponta da Madeira (MA) 9,3 -

Tubarão (ES) 9,0 -

Suape (PE) 8,3

Os bons

Angra dos Reis (RJ) 7,8 -

São Sebastião (SP) 7,5 -

Rio Grande (RS) 7,1 -

Aratu (BA) 7,1 -

Praia Mole (ES) - 7,0

Os regulares

Imbituba (SC) - 6,6

São Francisco do Sul (SC) - 6,5

Paranaguá (PR) - 6,4

Itajaí (SC) - 6,4

Sepetiba (RJ) - 6,2

Rio de Janeiro (RJ) - 6,1

Os deficientes

Santos (SP)   5,7

Fortaleza (CE)   5,7

Vitória (ES)   5,4

SALVADOR (BA)   5,1

Fonte: Centro de Estudos em Logística da Coppead/UFRJ

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em 15 portos brasileiros, incluindo o de Salvador. Mas o ministro avisou também que ainda não sabia que valores seriam destinados à estatal Codeba, subordinada ao governo federal, porque a companhia não havia encaminhado nenhum projeto. "Dinheiro não é problema, basta que a nova diretoria apresente projetos", afirmou Brito à imprensa na época da visita. "Encaminharemos o projeto de dragagem à Secretaria em setembro", diz Marco Antônio Medeiros, presidente da Codeba.

Medeiros é o quinto presidente da estatal em cinco anos. Nesse período, sucederam-se vários nomes indicados por partidos da base aliada do governo. Ele mesmo, no posto há cinco meses, foi apadrinhado pela deputada federal Lídice da Mata, do PSB da Bahia. "O ministro Pedro Brito fez a seleção dos currículos e uma entrevista comigo", diz Medeiros. Engenheiro civil com pós-graduação em engenharia ambiental e urbana, Medeiros foi gerente comercial da Caraíba Metais, empresa do pólo petroquímico. Ele tem pela frente a penosa tarefa de resolver o pior imbróglio do porto. Hoje, a maior zona de conflito é o terminal de contêineres, administrado pelo grupo Wilson, Sons. O principal berço de atracação tem apenas 200 metros de extensão. "Cerca de 20% dos navios já têm mais de 220 metros", diz Sérgio Fisher, diretor da Wilson, Sons.

O APERTO NO TERMINAL cria reclamações por parte dos usuários e também oportunidades para investidores. Há pelo menos três grupos interessados em investir na modernização do espaço. Um deles é a operadora logística Intermarítima. A empresa conta com o interesse de fundos de investimento, entre os quais o GP, num projeto para montar um novo terminal bem ao lado da estrutura da Wilson, Sons. Pretende investir 45 milhões na obra. "Apresentamos o projeto ao governo em 2006", diz Roberto Oliva, presidente da Intermarítima. Desde então, nada aconteceu. "Seria ótimo se tivéssemos um terminal que concorresse com o que existe hoje, mas o edital de licitação nunca sai", diz Paulo Villa, diretor executivo da associação de usuários do porto, que reúne 55 empresas.

O governo promete que agora a coisa vai. De acordo com Medeiros, o edital deve ser publicado no começo do segundo semestre. "O projeto de engenharia já está pronto. Precisamos apenas da licença ambiental e do estudo de viabilidade." Se a licitação sair, a Wilson, Sons pretende se opor a ela na Justiça. O argumento é que, com a construção de um novo terminal, o atual não teria mais espaço para ser expandido -- e isso inviabilizaria o negócio da operadora. O grupo Wilson, Sons também tem um projeto de reforma. Propõe investir 150 milhões de reais para expandir seu terminal. De acordo com Fisher, a idéia foi apresentada à Codeba em 2005. "Sempre que estamos perto de convencer o dirigente de que nossa alternativa de ampliação é a melhor, ele deixa o cargo", diz. Enquanto permanece o impasse, quem sofre são os usuários do pior porto do Brasil.

http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0913/economia/m0153421.html

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MINERAÇÃO

Câmara - Projeto cria programa para pequeno minerador(DCI 10.03.2008 A-4 Política)

A Câmara Federal está analisando o Projeto de Lei 2.538/07, da deputada Sandra Rosado (PSB-RN), que cria o Programa Nacional para o Fortalecimento da Mineração de Pequeno Porte (Pronamin). O programa contempla os mineradores individuais, que desenvolvem suas atividades como pessoas físicas, e as empresas de mineração de pequeno porte, de caráter familiar, ou que tenham até 20 empregados. O Pronamin destinará recursos para custeio das atividades relacionadas à mineração ou

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para investimento na implantação, ampliação e modernização da infra-estrutura de produção e serviços. De acordo com o projeto, o Pronamin será regulamentado por decreto do presidente da República, que definirá as fontes de recursos do programa.

Serão considerados aptos ao Pronamin os candidatos que tenham rendimento bruto anual limitado a R$ 36 mil reais, se pessoa física; e R$ 240 mil reais, se pessoa jurídica. Terão prioridade para atendimento os mineradores individuais ou as empresas mineradoras de pequeno porte inscritas no Simples Nacional.

Sandra Rosado afirma que o objetivo do projeto é estimular as atividades dos pequenos mineradores em razão do grande potencial de inclusão social e de geração de renda dessa atividade. A deputada lembra que, atualmente, a mineração é dominada por empresas nacionais e estrangeiras de porte gigantesco e não há estímulo governamental aos empreendimentos de caráter individual ou de pequeno porte.

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Regulação do setor mineral(Correio Braziliense – 10.03.2008)

Conceição ClementeSócia do escritório Dória, Jacobina e Rosado Advogados e especialista em direito minerário O Projeto de Lei nº 903, de 2007, que, entre outros aspectos, dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Recursos Minerais, sinaliza a urgente necessidade de reestruturação regulatória do setor mineral, aspecto que, diante dos segmentos como telecomunicações, energia elétrica, petróleo e outros mais, apresenta defasagem de pelo menos dez anos. A atuação estatal , nesse âmbito, não conseguiu se engajar na dinâmica do ritmo acelerado e compartilhado que, neste início de século, vem impondo por múltiplos fatores, em especial pela globalização.

Recente trabalho do Ibram (15/6/07) entregue em audiência do setor mineral com o presidente da Câmara dos Deputados sobre “A indústria da mineração e o crescimento do Brasil” formula solicitações e sugestões sobre assuntos da máxima urgência e relevância para o país, como: licenciamento ambiental, mineração em terras indígenas e de minerais nucleares, tratamento diferenciado para o setor de agregados da construção civil (argila, brita, areia e outros) cuja regulação, em bases compatíveis com o século 21, exige urgente concretização.

A idéia de que a concentração do poder normativo das agências reguladoras esvazia as competências do Legislativo e Executivo não mais pode encontrar respaldo ante o desempenho e o impulso demonstrados, na prática, pelas agências ora em funcionamento no país e a exemplo dos modelos americano, canadense e australiano.

Enquanto isso, o setor mineral brasileiro que, há várias décadas, está sujeito a um processo lento e burocrático entre o deferimento de uma pesquisa e o momento final da outorga do direito de lavra, sofre restrições que vão da perda de oportunidades de trabalho pela grande massa de cidadãos brasileiros até a busca dos mesmos mercados em outros países pelos grandes investidores do setor.

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Mesmo assim, as perspectivas de participação do segmento mineral no PIB para 2007 se aproximam dos 6%, reflexo concreto de que vale a pena. O Brasil é um País de vocação mineral, haja vista a quase centena de espécies de substâncias minerais tecnicamente detectadas e comercialmente procuradas em sua maior parte.

Portanto, ainda que o Projeto de Lei 903, de 2007, possa vislumbrar em seu texto a necessidade de muitas alterações, inserções ou exclusões, a ele o mérito de buscar a recuperação do tempo perdido.

http://www2.correioweb.com.br/cbonline/direitojustica/sup_dej_2.htm?

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Desta vez, o risco é maior: A compra da Xstrata pela Vale traria enormes benefícios para a mineradora brasileira -- e desafios do mesmo tamanho

(Exame 913 – 12.03.2008)

Desde o dia 18 de janeiro, quando o Portal EXAME anunciou que a Vale preparava uma oferta para a compra da mineradora anglo-suíça Xstrata, os bastidores da transação se transformaram numa usina de boatos. Nas últimas semanas de fevereiro, foi divulgado pela imprensa especializada que o namoro estava prestes a virar casamento. Logo depois, que as negociações estavam perto de um "colapso". Muita especulação, pouca certeza. O fato é que as conversas, extremamente complexas por natureza, continuam -- com as idas e vindas que se esperam de uma fusão desse tamanho. O negócio, que pode chegar a 90 bilhões de dólares (ou 150 bilhões de reais) se concluído, gerou entre os investidores uma imensa expectativa: essa seria a maior aquisição feita por uma empresa brasileira em todos os tempos, e criaria a maior mineradora do mundo em faturamento. Segundo as análises mais comuns, esse seria um passo natural para a Vale. Afinal, a compra da Inco, dois anos atrás, provou-se um excelente negócio para a empresa. A Inco, porém, custou à Vale 18 bilhões de dólares, um quinto do valor da Xstrata. Os riscos do novo negócio variam na mesma proporção: desta vez, são muito maiores.

Um dos motivos de preocupação para os acionistas da Vale é a perspectiva de uma mudança no cenário econômico, até agora cor-de-rosa para o setor. O mercado de mineração é regido por ciclos. Normalmente, três a cinco anos de preços em alta são seguidos por três a cinco anos de baixa. O atual momento é o auge de um dos ciclos mais longos e de maior pujança já vistos na história, só comparável ao que se viu após a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa em reconstrução fez com que a demanda por metais disparasse. Desde 2003, o preço do minério de ferro, por exemplo, subiu 372% -- e a previsão de analistas é que seu preço continue a subir. Isso é uma excelente notícia para a Vale. Mas nem tão boa assim para uma combinação de Vale e Xstrata. A mineradora anglo-suíça depende de outros metais com menor potencial de valorização. Segundo os analistas, cobre e níquel, responsáveis por 64% do fluxo de caixa da Xstrata, tendem a enfrentar quedas nos preços. Como a Xstrata está sendo avaliada exatamente no momento em que o preço desses metais alcança valores recordes, a Vale corre o risco de pagar demais pela aquisição (hoje, a Xstrata vale 300% mais que três anos atrás). "Uma queda nos preços dessas commodities pode afetar muito o valor da Xstrata nos próximos meses", afirma um analista que pediu para não ser identificado.

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O maior culpado pela possibilidade de desvalorização da Xstrata é o cobre. Segundo um relatório do banco de investimento americano Merrill Lynch, esse é o metal mais exposto à desaceleração da economia americana. Entre os principais destinos do cobre estão a fabricação de fiação elétrica e encanamentos residenciais e a produção de circuitos eletrônicos de bens de consumo, exatamente o tipo de produto mais atingido durante crises imobiliárias como a americana (a queda nas vendas de casas diminui também a comercialização de aparelhos domésticos). Com a compra da Xstrata, cerca de 20% do fluxo de caixa da Vale passaria a depender do cobre. Hoje, essa relação é de apenas 2%. A união de Vale e Xstrata traria, também, maior volatilidade para a empresa brasileira. Hoje, 46% do resultado da Vale depende do minério de ferro, produto negociado apenas uma vez por ano. Com a demanda aquecida, a mineradora pode endurecer a negociação com as siderúrgicas, o que resulta em seguidos aumentos de preço. Desde 2003, a Vale vem conseguindo subir esse preço a níveis superiores a 29% ao ano, o que explica o lucro de 20 bilhões de reais obtido no ano passado, recorde na história do capitalismo brasileiro. Com a aquisição da Xstrata, a dependência do minério de ferro cairá para 27%. Portanto, cerca de dois terços do faturamento da Vale dependerão de preços cotados diariamente na Bolsa de Metais de Londres -- ou seja, a variação dos preços vai passar a depender de fatores que estão fora do controle dos executivos da Vale.

O maior desafio concreto de uma fusão entre Vale e Xstrata será a união de dois gigantes com culturas antagônicas. A Xstrata é a companhia mais descentralizada do mercado mundial de mineração. Seus dois principais escritórios -- um em Zug, na Suíça, e outro em Londres -- têm apenas 40 funcionários. A Vale, presidida pelo fortíssimo Roger Agnelli, tem sedes administrativas em cinco estados brasileiros. Só no Rio de Janeiro, a burocracia da empresa ocupa um prédio inteiro, de 20 andares. A Xstrata é dividida em unidades de negócios dedicadas à extração e à comercialização de cada uma das commodities da companhia (alumínio, carvão, zinco, cobre e níquel). Seus diretores têm poder para criar e executar os próprios planos, de cortes de custos à expansão das minas. Na Vale, processos como esses precisam passar pela aprovação da administração central. A empresa já enfrentou, em menor grau, problema semelhante durante a absorção da Inco. Cada mina do complexo de Sudbury, no Canadá, tinha autonomia para negociar individualmente salários com os trabalhadores, o que acabou gerando distorções. Adaptar o modelo da Inco ao estilo de administração da Vale sem causar o descontentamento generalizado dos trabalhadores tem sido uma tarefa delicada -- para a qual a empresa ainda não encontrou uma saída. No caso da mudança no tratamento aos funcionários, a Vale diz ter feito uma proposta aos mineiros canadenses, mas ainda não chegou a um acordo definitivo.

DE TODOS OS RISCOS que a Vale começa a encarar, o mais urgente é a possibilidade de perder o status de grau de investimento, conferido a empresas com baixo endividamento -- e que, portanto, apresentam pouco risco a seus credores. No Brasil, apenas 12 empresas fazem parte desse grupo. Essa possibilidade está ligada ao tamanho do investimento necessário para a compra da Xstrata. Do total de cerca de 90 bilhões de dólares, no máximo 50 bilhões poderão ser pagos em dinheiro. O restante precisará ser oferecido em ações. Se o endividamento exceder esse valor, a empresa corre o risco de ter sua classificação de risco rebaixada pelas agências especializadas. Nesse caso, a Vale perderia duas grandes vantagens. A primeira é pagar juros cerca de 20% mais baratos em emissões de títulos de dívida. A segunda é ter mais prestígio na bolsa. A maioria dos fundos de pensão americanos só aplica em empresas com grau de investimento. Trata-se de um grupo com 1,2 trilhão de dólares para investir. "Dificilmente a Vale fechará o negócio com a Xstrata se sua classificação de risco estiver em jogo", diz Rodrigo Ferraz, analista da corretora Brascan.

Se concretizada, a aquisição da Xstrata vai representar o mais ousado passo do já espantoso processo de transformação por que a Vale passa desde 2005. Há três anos, um ano antes da compra da mineradora canadense Inco, o faturamento da Vale era de 13 bilhões de dólares. Com a compra da Xstrata, a receita aumentaria para cerca de 61 bilhões de dólares. Além do aumento de tamanho, as aquisições são as grandes responsáveis pelo atual processo de globalização da companhia. Antes da Inco, a Vale tinha operações em 20 países. Com a Xstrata, esse número passaria de 30. Como resultado, a dependência de suas minas no Brasil diminuiria drasticamente. Há três anos, 98% da receita da companhia vinha de suas operações locais. Com a Xstrata, esse número cairia para cerca de 40%, segundo estimativa de analistas. E a mineradora brasileira, que tinha valor de mercado de 105 bilhões de

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reais há três anos, passaria a valer cerca de 340 bilhões de reais com a aquisição, tornando-se a maior mineradora do mundo.

Apesar das dificuldades a ser enfrentadas pela Vale caso o negócio com a Xstrata aconteça, a notícia de uma possível aquisição agradou aos investidores. As ações da mineradora tiveram valorização de 26% desde que a Vale confirmou as negociações. Para os especialistas do Credit Suisse, a combinação entre as duas companhias criaria não só a maior mineradora do mundo mas também a empresa com o maior potencial de crescimento do setor, cerca de 12% ao ano. Estima-se que as sinergias entre as duas operações gerem uma economia de 800 milhões de dólares apenas no primeiro ano de aquisição, número que pode aumentar para 2 bilhões de dólares. "O principal motivo para a pujança do setor é o crescimento da China e sua demanda por metais para a construção civil", diz Carlos Kochenborger, especialista em mineração da corretora Geração Futuro. "Ninguém consegue prever o fim desse fenômeno." Vê-se que o otimismo de investidores e analistas é palpável, mas é nos momentos de maior otimismo que são feitos os piores negócios. A ponderação entre os riscos da compra da Xstrata e seus inegáveis benefícios definirá os próximos passos da maior empresa privada brasileira.

http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0913/negocios/m0153572.html

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PENAL

Direito Penal - Proposto o fim da prescrição. Projeto de lei do Senado visa à extinção do instituto que estabelece prazo para o Estado julgar crimes, Especialistas criticam a proposição.

(Jornal do Commercio 10.03.2008 B-6 Direito & Justiça)

GISELLE SOUZADO JORNAL DO COMMERCIO

Em janeiro deste ano, chegou ao Supremo Tribunal Federal o recurso de José Francisco Cabral Filho. O lavrador, de 62 anos, requeria o fim da pena de nove anos em regime fechado, a que fora condenado por

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estupro mediante violência presumida. A alegação da defesa era de que a infração teria prescrito. Ao analisar o caso, o ministro Carlos Alberto Menezes Direito ponderou que, por se tratar de um crime hediondo, a pena deveria ser acrescida de mais três anos, como prevê a legislação específica.

Assim, o réu não foi posto em liberdade, pois o prazo prescricional também sofreu alteração com a ampliação da pena. A possibilidade de isto ocorrer, no entanto, levantou a ira dos críticos mais ferrenhos da prescrição. Dada a morosidade da Justiça brasileira, a reclamação é a de que o instituto - que permite a extinção da punição quando o Estado não age contra o criminoso no tempo legal - ajuda a perpetuar a impunidade.

Com o objetivo de mudar este quadro, não faltam propostas legislativas em curso no Congresso nacional. A maioria visa a suspender ou ampliar a prescrição em situações específicas, tanto no Direito Penal, como no Civil ou do Trabalho. Uma, entretanto, visa a acabar com o instituto para qualquer tipo de crime. De autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES), o projeto de lei 519/2007 modifica o Código Penal para estabelecer que a "a ação penal e a execução da pena não se submetem a nenhuma forma de prescrição".

Na avaliação do senador, não há mais lugar para o instituto da prescrição penal. "Não nos parece moralmente aceitável premiar a fuga ou a capacidade que o agente tem de esconder os traços do crime por ele cometido. Em vez de postergar o problema, alargando os prazos prescricionais, preferimos enfrentá-lo com a única solução verdadeiramente digna do ponto de vista da legalidade, qual seja, extinguir o instituto da prescrição penal", afirmou Camata, em seu projeto.

De acordo com o parlamentar, a medida visa a fortalecer a cultura da legalidade. "O que é melhor para a segurança dos cidadãos, admitir-se a prescrição dos crimes ou saber que eles serão punidos, seja quando for? Consagrar a regra da impunidade ou o compromisso perene de punição dos atos ilícitos?", indagou ainda.

Para especialistas, propostas como essa representam um equívoco. "O crime resulta da vida em sociedade, e o tempo modifica as relações sociais. Então, não tem sentido retornar muito no tempo, para julgar um fato ocorrido preteritamente, quando as relações já são diferentes", explicou Sérgio Mazina, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), sobre o porquê da criação do instituto.

De acordo com ele, na medida em que a Justiça é uma função do Estado, é natural que haja a prescrição. "Isso também acontece no Direito Civil, ou seja, nas relações privadas. Exemplo é o princípio do usucapião. Se o Estado não realiza a Justiça em um tempo hábil, nada mais natural que ele perca o direito de julgar esse indivíduo pelo decurso do tempo", ressaltou o especialista, acrescentando: "É preciso compreender que a pena não é aplicada como uma vingança, mas como forma de evitar a repetição de um crime. Então não faz sentido retomar isso depois de passado muito tempo desde que o crime aconteceu. A situação já se modificou", argumentou.

Segundo Mazina, a prescrição é uma regra quase que unânime entre os que atuam no Direito Penal, além de ser praticada em todo mundo. O tempo legal para o julgamento de cada tipo de crime é o que varia de um país para o outro, explicou o especialista. De acordo com ele, nem sempre o instituto é aplicado a todos os tipos de crimes. Muitas nações elencaram infrações imprescretíveis, com base em fatos históricos e culturais.

No Brasil, constituí crimes inafiançáveis e imprescritíveis, segundo a Constituição, a prática de racismo e as ações de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. As demais infrações estão submetidas ao prazo legal, estabelecido pela própria Constituição. Mazina explicou que, se um crime tem uma pena máxima de um ano, a prescrição ocorre em dois anos, mas se a punição máxima for maior a 12 anos, a prescrição ocorrerá sempre em 20 anos.

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"Isso é pacífico. Para você acabar com a prescrição de um crime, somente com uma emenda à Constituição. E isso é algo difícil porque a imprescritibilidade está entre os direitos e garantias individuais. Tem toda uma questão jurídica que torna quase impossível aumentar o rol de crimes imprescritíveis", disse Mazina, comentando que a lei não pode aumentar o rol de crimes imprescritíveis, mas apenas mudar o tratamento legal dado à prescrição.

deveres. Na avaliação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de São Paulo, e também advogado criminalista, Luiz Flávio Borges D"Urso, a prescrição é um meio de obrigar o Estado a cumprir os deveres os seus deveres. "A prescrição é um instrumento que serve para compelir o Estado a tomar atitudes, cumprir suas obrigações dentro de um prazo razoável, impedindo que se perpetue e eternize uma eventual perseguição criminal contra o cidadão", disse o advogado, acrescentando: "Muito mais que proteger o cidadão, a prescrição é um ônus que o Estado suportará como verdadeira punição caso não movimente a sua estrutura no tempo estabelecido em lei para concluir o processo criminal", afirmou.

O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e professor de Direito Processual Penal da Universidade Católica de Petrópolis Miguel Pachá afirmou que a prescrição é um instituto necessário. "Da mesma forma que o Estado tem o direito de processar, o cidadão tem o direito de não ver o Estado iniciar uma ação contra ele e deixar que ela se perpetue", disse o ex-magistrado, que hoje atua como advogado do escritório Tostes e Associados Advogados. Para Pachá, 20 anos é tempo mais que suficiente para se processar e julgar uma ação. "Não será a ampliação do prazo para 25 anos, por exemplo, que vai modificar isso", acrescentou.

Na avaliação do desembargador, qualquer eventual mudança que se faça deveria ocorrer em relação o prazo prescricional em concreto, ou seja, que é aplicado segundo a pena determinada pelo Judiciário. Segundo Pachá, o prazo prescricional é sempre contado em função da pena. Assim, até que a sentença se torne definitiva, se é aplicada a prescrição em abstrato: aquela em que a pena máxima é utilizada como base em virtude da inexistência da sentença condenatória especificando o tempo da punição.

Assim, o prazo prescricional em abstrato ocorre até a decisão definitiva. Depois, aplica-se a prescrição correspondente à pena determinada pelo Judiciário. As partes podem recorrer e pedir a revogação da sentença se verificado que esse prazo prescricional em concreto expirou. "É com base na pena estabelecida é que se vai analisar se o prazo foi obedecido entre a ocorrência do fato e o oferecimento da denúncia. Se não foi obedecido, a prescrição ocorre", comentou Pachá, para quem os prazos precricionais aplicado à pena em concreto poderiam ser modificados. "O legislador poderia ampliar esses prazos", afirmou.

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Crime hediondo - Acusação apenas não é suficiente(Jornal do Commercio 10.03.2008 B-7 Direito & Justiça)

A alegação de que o crime supostamente cometido é hediondo não é justificativa suficiente para a decretação de prisão preventiva. Foi com esse entendimento que a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu, por maioria de votos, habeas-corpus em favor de M. Na avaliação do órgão, a

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autoridade judicial deve fundamentar o decreto com a apresentação dos requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP).

A decisão da Turma revoga a prisão preventiva contra M., se ela não estiver presa por outro motivo. Ela é acusada da suposta prática de tráfico ilícito de entorpecentes. Os fatos que deram origem ao inquérito policial que investiga a acusação foram baseados em interceptação telefônica judicial. No julgamento, os ministros destacaram que a concessão do habeas-corpus não impede que seja decretada nova prisão preventiva contra M., devidamente fundamentada.

A defesa de M. entrou com pedido de habeas-corpus no STJ, após ter o mesmo pedido negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). O TJ manteve a prisão preventiva decretada contra M. pelo juízo de primeiro grau. A prisão foi decretada com base em pedido de autoridade policial .

Ao analisar o mérito do pedido, a ministra Laurita Vaz concluiu pela concessão: "De início, cumpre ressaltar que a garantia da ordem pública diante da gravidade genérica do delito de tráfico, sem qualquer demonstração individualizada do perigo de libertar o acusado, não é fundamento idôneo para justificar a segregação".

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PROPRIEDADE INTELECTUAL

Grãos - Argentina supera seca e terá safra recorde de soja,diz Monsanto. A conlheita do produto na safra deste ano deverá totalizar entre 45 milhões e 48 milhões de toneladas.

(DCI 10.03.2008 B-3 Agronegócios)

Apesar dos problemas com a seca, a Argentina deverá produzir uma safra recorde de soja porque a utilização de sementes transgênicas e as chuvas registradas no fim do verão ajudaram os agricultores daquele país a superar os efeitos da estiagem, disse a Monsanto Co.

O aumento da área plantada e o uso de sementes geneticamente modificadas, resistentes à seca, vão neutralizar as perdas de produção, disse Juan Ferreira, principal executivo da Monsanto para o Cone Sul, em entrevista concedida ontem em Armstrong, na Argentina.

A produtividade pode ficar menos de 5% inferior à do ano passado, disse ele. Mais de 19 milhões de hectares foram cultivados com sementes transgênicas na Argentina, entre as quais as de soja e de milho patenteadas pela Monsanto, segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicativos Agro-Biotecnológicos. É a segunda maior área plantada do mundo nessas condições. A produção "vai ser maior este ano apenas devido ao aumento da área cultivada", disse Ferreira. "Só o que ouço é que as nossas tecnologias estão dando muito bons resultados."

Safra

Uma safra superior à prevista na Argentina, o terceiro maior exportador mundial de soja, deverá restabelecer os estoques mundiais, cujas baixas reservas ajudaram a guindar a soja para a cotação recorde de US$ 15,8625 por bushel (unidade de medida de capacidade que equivale a 35,24 litros) em

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Chicago no último dia 3 de março. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse em 25 de janeiro passado que os prejuízos à safra de soja serão "de pelo menos" 6%. O governo da Argentina disse que a colheita de soja deste ano, que começa este mês e se encerra em maio, deverá totalizar de 45 milhões a 48 milhões de toneladas, comparativamente à safra estimada no ano passado no volume recorde de 47,5 milhões de toneladas.

Ferreira previu que a produtividade das lavouras de milho da Argentina, o segundo maior exportador mundial do produto depois dos Estados Unidos, cairá de 5 a 10%. A bolsa estimou em janeiro que 18% da safra argentina de milho, este ano, tinha ficado comprometida.

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Marketing - Neutrogena investe em reforço de marca(Gazeta Mercantil 10.03.2008 C-8 Comunicação)

Depois de dez anos de presença no mercado brasileiro, a Neutrogena (Johnson&Johnson) lança sua primeira campanha institucional no País. Presente em um mercado que movimentou em 2006 um total de R$ 1,3 bilhão em vendas líquidas e tem uma projeção de fechar 2008 com um montante de R$ 1,5 bilhão, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), a marca espera, com essa ação, ampliar sua participação no setor. "O segmento de cuidados com a pele tem crescido a uma média de 10% a 15% ao ano. O objetivo é estar presente em todas as categorias desse mercado ", comenta a gerente de marketing da Neutrogena, Carolina Ancona Lopez. Ainda segundo a Abihpec, o Brasil ocupa a terceira colocação do mercado mundial de produtos cosméticos, atrás do Japão e Estados Unidos, movimentando cerca de R$ 40 bilhões Trata-se de um mercado muito competitivo. No segmento de produtos para o corpo, por exemplo, a liderança está com a Nivea, com uma participação de 23,7% em valor, segundo dados AC Nielsen. O segundo lugar é ocupado por Dove, com 10,6%, e o terceiro por Vasenol, com 7,9%, o que confere uma participação total de 18,5% para a Unilever, controladora de ambas as marcas . "Cada ponto porcentual é muito importante nesse mercado", comenta a diretora de marketing da Nívea no Brasil, Maria Laura Santos. A companhia está na liderança da categoria desde o final do ano passado, o que aumenta a expectativa a cada leitura do instituto de pesquisa. "Conquistamos a liderança apostando em inovação", afirma a executiva. Ação global A marca está com uma campanha institucional no ar, que valoriza a beleza feminina. "Realizamos inúmeras pesquisas para entender o que é a beleza para a mulher. Nossa intenção foi nos colocar ao lado das consumidoras", conta Laura. "Primeiro, queremos apresentar o conceito e envolver as pessoas. Em seguida, integraremos nossos produtos, respeitando as particularidades de cada categoria, ao espírito da campanha", complementa a executiva. A ação é global e foi criada pela TBWA Hamburgo. "No Brasil, a implementação da campanha foi feita pela agência Africa", conta Laura. O objetivo da companhia para 2008 é no mínimo repetir o crescimento de 15% - resultado do ano passado. Outra empresa que investe na marca para ampliar mercado este ano é a Johnson&Johnson, com Neutrogena. "Sempre fizemos campanhas de produtos, mas chegou a hora de fortalecermos a marca institucionalmente", afirma Carolina. Além da campanha, a Neutrogena amplia sua participação dentro do mercado de cuidados com a pele com lançamentos nas categorias de hidratação facial e proteção solar. "Nosso objetivo é marcar presença em todas as categorias num prazo de três a cinco anos e com isso estar entre as três principais marcas de cuidados com a pele do mercado brasileiro", diz Carolina. Para isso, a verba anual de marketing para a marca, que teve um crescimento de mais de 100% nos últimos anos, é de cerca de R$ 9 milhões em 2008. "A verba engloba, além da comunicação, a distribuição, a exposição nos pontos-de-venda e também os lançamentos e a entrada em novas categorias", comenta Carolina. A campanha, com estréia prevista para esta semana, é assinada pela Peralta Strawberry Frog. "Nosso principal foco de negócio no Brasil com a marca é a limpeza facial", conta Carolina. Nessa categoria, a

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marca, com a linha Deep Clear, tem uma participação de 8%, em valor, segundo o instituto Nielsen. A concorrência também é acirrada. A liderança fica com La Roche-Posay, com 18%, enquanto Nivea mantém a segunda colocação com 15%, em valor. Carolina, da Neutrogena, conta que a opção foi personalizar a comunicação com as mulheres. "Por isso cada local em que estamos presente possui uma comunicação bem dirigida, como aeroporto, cabeleireiro, bares, restaurantes, academias de ginásticas, salões de beleza. Para cada local foi criada uma peça diferente", completa. Serão cerca de 100 locais , escolhidos a dedo, segundo Carolina, entre São Paulo e Rio de Janeiro. Seguindo uma tendência mundial, 53% das vendas de produtos para cuidados com a pele no Brasil são para o rosto, com o corpo ficando com 38% - os 9% restantes entram na categoria "outros". Negócios Sem divulgar a participação da marca nos negócios da companhia no Brasil, Carolina revela que o faturamento global da J&J no ano passado, somando todas as divisões da empresa - consumidor, farmacêutica e médico-diagnóstica - foi de US$ 61,1 bilhões. Neutrogena teve um faturamento mundial de US$ 1,1 bilhão e é considerada a 10ª maior marca de cuidados com a pele do mundo. No Brasil, em 2007, a marca contou com o lançamento de oito produtos, o que ajudou no crescimento de cerca de 50% registrado nas vendas. Já a perspectiva para este ano é de uma expansão de 25%, "uma vez que estaremos focando mais ações no fortalecimento da marca", diz Carolina.

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TV Digital - Patentes emperram TV interativa. O sistema de interatividade Ginga, criado no Brasil, usa softwares internacionais que exigem pagamento

(O Estado de São Paulo 08.03.2008 B-18 Negócios)

Renato Cruz

Um problema jurídico impede o lançamento da TV digital interativa no Brasil. Blocos de software que fazem parte do Ginga, sistema de interatividade criado por pesquisadores locais, podem exigir pagamento de royalties para a empresa americana Via Licensing. “As especificações técnicas do Ginga já estão prontas desde 2 de dezembro”, disse Paulo Henrique Castro, coordenador do Módulo Técnico do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD).

A Via Licensing é dona de patentes do MHP, software de interatividade europeu, e também do OCAP, americano. O Ginga adotou o GEM, bloco de software que faz parte do MHP e do OCAP, exatamente para se tornar compatível com as tecnologias internacionais. Esta semana, porém, o Fórum do SBTVD fechou acordo com a empresa americana Sun Microsystems, criadora da linguagem de programação Java, para desenvolver um substituto do GEM em software livre, que não exige pagamento de royalties.

Na Europa, os fabricantes têm de pagar US$ 1,75 por equipamento vendido à Via Licensing, e cada emissora paga até US$ 100 mil por ano, dependendo do número de residências que alcança. “Os radiodifusores na Itália estão furiosos, porque o pagamento não era previsto quando adotaram a tecnologia”, afirmou Castro.

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A interatividade vai permitir, na TV aberta, serviços parecidos com os da internet, como escolha de câmeras e trilhas sonoras, clicar em imagens para obter mais informações, compras e troca de mensagens com outros espectadores.

Não existe no mercado nenhum conversor (também chamado de set-top box) ou televisor com o Ginga. Segundo o professor Luiz Fernando Soares, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, um dos pais do Ginga, os lançamentos podem acontecer no segundo semestre.

Em 2 de dezembro, quando a TV digital estreou no Brasil, os pesquisadores que criaram o Ginga diziam que a tecnologia estava pronta, enquanto a indústria falava que não. “Existe muito ruído”, disse o professor Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba, que liderou os trabalhos do Ginga-J, parte do sistema que usa o GEM. “Estão querendo transformar o Ginga-J numa Geni.” Segundo Lemos, não houve interatividade na estréia da TV digital porque os equipamentos ficaram prontos um mês antes, e vieram cheios de problemas.

O Ginga-J tem como base a linguagem Java, da Sun, que tem o código aberto e não exige o pagamento de licenças. “Nosso trabalho vai durar de 90 dias a quatro meses”, disse Luiz Maluf, diretor da Sun.

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SEGUROS

Seguros- Sul América vai às compras e descarta entrar no resseguro. A empresa dispoe de um caixa de R$ 400 milhões ; recrusos vêm principalmente da abertura de capital, que captou R$ 775

milhões.(DCI 10.03.2008 A-11 Finanças)

Após ver seu lucro subir 108,5%, atingindo o recorde de R$ 321 milhões em 2007, a Sul América tem como principal objetivo adquirir outras empresas seguradoras ao longo deste ano. A meta está dentro de um cenário de consolidação do setor que a companhia classifica como uma tendência, em virtude das novas regras de solvência impostas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Essas normas obrigam as companhias a realizarem um forte aumento de capital a partir deste ano, até 2011, que pode vir a ultrapassar os 100% em relação ao volume atual.

Para essas aquisições, segundo vice-presidente de Relações com Investidores, Arthur Farme d'Amoed Neto, a Sul América dispõe de um caixa de R$ 400 milhões, oriundo principalmente da abertura de capital que realizou em 2007, quando captou R$ 775 milhões.

Para o presidente da Sul América, Patrick de Larragoiti Lucas, "existem oportunidades [de aquisição] no mercado que podem fazer sentido para a estratégia da empresa, que é o crescimento com rentabilidade". Questionado se já há conversas sobre algum possível negócio, ele diz que a Sul América é bastante pró-ativa e estuda todas as boas oportunidades. "Porém, isso não depende apenas de nós", disse Larragoiti, após reunião com investidores organizada pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento (Apimec), se referindo ao interesse de negociar dos possíveis alvos.

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Em 2007, a Sul América reduziu o seu endividamento (Dívida X Patrimônio Líquido) de 61,8%, para 13,8%, atingindo R$ 270 milhões. Além disso, o prazo médio do endividamento foi alongado, de 475 dias para 1.507 dias. "Concentramos toda nossa dívida em um único instrumento, que é um bond com vencimento em 2012", conta o vice-presidente de Relações com Investidores.

Essa redução foi possível com a utilização dos recursos da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), além dos bons resultados da empresa em 2007. Essa nova realidade em relação ao endividamento pode se tornar uma arma da Sul América para as futuras aquisições, já que dá a empresa um fôlego para buscar opções de financiamento. "Sim, podemos aumentar o endividamento dependendo do tamanho da operação que venhamos a fechar. O financiamento poderá ser interessante", revela Larragoiti.

Se por um lado a Sul América quer aproveitar a mudança nas regras de solvência para expandir seus negócios, a abertura do mercado de resseguros, a partir de abril, e a chance de atuar como ressegurador está fora dos planos da companhia. "O fim do monopólio do IRB [Instituto de Resseguros do Brasil] traz benefício para todas as grandes seguradoras que já têm relacionamento com as resseguradoras internacionais. Porém, estamos convictos em não participar do mercado de resseguros, pois podemos perder competitividade", avalia o presidente.

Ainda de acordo com ele, se uma empresa como a Sul América for sócia de uma companhia de resseguros, automaticamente terá a "obrigação" de ressegurar seus contratos com a empresa na qual participa. "Nem sempre a resseguradora própria terá as melhores condições de mercado. Por isso, acredito que as companhias de seguros irão optar por parcerias com as empresas que já atuam no resseguro".

Foco

Larragoiti Lucas prevê crescimento médio de 10% para os diversos segmentos em que a Sul América atua, mas diz que o potencial de crescimento é maior nos segmentos Vida e Previdência e nos produtos voltados para pequenas e médias empresas (PME). A estratégia decorre do crescimento da renda da população, mas também dos números alcançados pela Sul América em 2007. Segundo a empresa, o crescimento nos prêmios VGBL atingiram 44,5%, enquanto a média do mercado chegou a 31,8%.

Já os prêmios de saúde para PME avançaram 42,4%, para R$ 386 milhões. Esse segmento impulsionou o crescimento de 12,8% nos prêmios de seguro saúde, que saltaram de R$ 3,454 bilhões, para R$ 3,894 bilhões.

Outra intenção da Sul América é ampliar o mix de distribuição se seus produtos entre corretores e instituições financeiras. "Hoje, os corretores são responsáveis por 84% da receita. Porém, como os bancos estão centrados em suas atividades principais [crédito, por exemplo], surgem oportunidades para acordos. Por isso, acreditamos que a participação deles [bancos] irá aumentar no mix de distribuição", prevê o presidente da empresa.

Crise

Em relação à crise de crédito nos Estados Unidos e o seu efeito para o Brasil, Larragoiti Lucas é "otimista", como ele mesmo se classifica. "Não vejo uma crise, mas sim vários anos de crescimento forte que resultam em um processo natural de reajuste. Além disso, acho difícil uma recessão em ano eleitoral nos Estados Unidos. Para o Brasil, esse reajuste é até positivo, pois o investidor externo poderá ver o País como uma opção de investimento".

Duas das principais seguradoras do País - Porto Seguro e Sul América - traçam suas estratégias para crescer em 2008. A Sul América buscará ampliar sua presença no mercado por meio de aquisições. A

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empresa quer aproveitar as novas regras de solvência impostas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para abocanhar seguradoras de menor porte.

Para o presidente da Sul América, Patrick de Larragoiti Lucas, há oportunidades [de aquisição] no mercado que podem fazer sentido para a estratégia da empresa, que é o crescimento com rentabilidade". Questionado quanto a já haver conversas sobre algum possível negócio, ele diz que a Sul América é bastante proativa e estuda todas as boas oportunidades. "Isso, porém, não depende apenas de nós", disse Larragoiti, referindo-se ao interesse de negociar dos possíveis alvos.

A seguradora Porto Seguro anunciou ter criado um produto que vai unir o financiamento de veículos ao financiamento de seguros. O produto, denominado "2 em 1", estava em fase piloto no ano passado e agora passará a ser oferecido por todos os corretores e escritórios da empresa no País.

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Porto Seguro lança produtos para elevar carteira de crédito(DCI 10.03.2008 A-11 Finanças)

A seguradora Porto Seguro anunciou na sexta-feira, durante reunião com investidores organizada pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento (Apimec), ter criado um produto que vai unir o financiamento de veículos ao financiamento de seguros. O produto denominado "2 em 1" estava em fase piloto em 2007 e agora passará a ser oferecido por todos os corretores e escritórios da empresa no País.

O "2 em 1" é operado pela financeira da empresa, a Portoseg, cuja carteira de crédito somou R$ 250 milhões em 2007. As taxas do financiamento do automóvel serão iguais ao do financiamento do seguro, variando de 1,2% a 2% ao mês, com prazo de 60 meses. "Esperamos que, com esse produto, possamos crescer mais que o mercado em termos de crédito", afirma Marcelo Picanço, diretor financeiro da seguradora. Outro produto lançado foi o Porto Seguro Financiamento Direto, uma espécie de financiamento de carros usados. "Auxiliamos na negociação entre quem quer vender e quem vai comprar", explica Fábio Luchetti, vice-presidente executivo. A seguradora expõe o veículo em seus centros automotivos, faz a avaliação do automóvel, e financia o comprador, pagando o valor total ao vendedor. "Quem fica com o risco é a seguradora, não o vendedor".

Os novos produtos da financeira Portoseg serão vendidos por corretores instalados dentro de concessionárias e pontos de vendas, destaca o executivo.

Seguros

Para 2008, a Porto Seguro prevê continuidade da expansão do mercado de seguros de veículos. "Mas o crescimento não se dará pela venda de novos carros e, sim, pela troca de frota. A frota brasileira ainda é muito antiga e o consumidor só pensa em seguro quando troca por um novo", esclarece Picanço. Outra aposta da seguradora é o seguro residencial, que deverá se expandir juntamente ao crédito imobiliário.

No segmento Vida e Previdência, a Porto Seguro lançou no ano passado dois fundos arrojados, o Porto Seguro Multimercado Renda Variável 25 (RV25) e o Porto Seguro Multimercado Renda Variável 45 (RV45). Com patrimônio de R$ 480 milhões, a empresa espera lançar outros produtos.

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A Porto Seguro teve lucro líquido de R$ 419,9 milhões em 2007, alta de 11,9% sobre 2006.

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Seguros - Madeira tem maior garantia do mundo(Gazeta Mercantil 10.03.2008 B-2 Finanças)

O projeto Madeira, de construção da usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, tem a maior capacidade de garantia no mercado mundial de seguro, de US$ 1 bilhão para garantir os investimentos previstos de US$ 5 bilhões para a conclusão do projeto, prevista para 2016. Esse recurso visa minimizar garantir que nada impedirá que o projeto seja finalizado, bem como o investimento de todos os envolvidos no projeto, desde o governo até as instituições que financiam o projeto. A Unibanco AIG fechou a segunda apólice de garantia do contrato e outras duas deverão ser concluídas até o final do ano. "Mais uma apólice foi finalizada, mas ainda faltam duas e, por isso, ainda trabalhamos na colocação total das garantias", comemora Ney Dias, diretor executivo da Unibanco AIG. Toda a colocação do resseguro está sendo conduzida pela Unibanco juntamente com a OCS Seguros, corretora cativa do grupo Odebrecht. Os executivos trabalham há quase dois anos no programa de seguro deste projeto para respaldar o project finance desenvolvido para mitigar os riscos do financiamento da construção. O projeto é o principal seguro não só do País como do mundo para o mercado segurador por ser o maior empreendimento de energia elétrica previsto no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) para este ano. A construção do canal do Panamá é o segundo maior em garantia do mundo, com US$ 700 milhões. O consórcio responsável pelas obras da usina é formado por Furnas Centrais Elétricas, grupo Odebrecht, Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia, onde participam os bancos Banif e Santander, Andrade Gutierrez Participações e Cemig Geração e Transmissão. O primeiro contrato fechado foi o de "bid bond", apresentado no leilão e que garantia que a vencedora da licitação iria manter o preço apresentado no pregão. Na última sexta-feira, foi fechada a segunda apólice, que garante o fiel cumprimento do contrato com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Segundo divulgou o IRB-Brasil Re, este contrato deve gerar prêmios de R$ 18 milhões. A expectativa é de que o custo com seguro durante todo o projeto represente cerca de 3,5% do total investido. Além dessas duas apólices, outras duas deverão ser emitidas até o final do ano, informa Dias. A de performance bond terá como beneficiário o consórcio vencedor, Furnas e Odebrecht, garantindo que os consultores e fornecedores irão cumprir o acordado. No contrato de "completion bonds", os beneficiários são os investidores. Há garantias de que os adiantamentos efetuados pelos financiadores serão usados corretamente pela Madeira Energia, SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada para administrar o projeto. "Nossa participação em garantia crescerá muito em 2008", diz Dias, da Unibanco.

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SOCIETÁRIO

Eletrobrás - Assembléia cobra US$ 4 bi em títulos(Jornal do Commercio 10.03.2008 A-5 Economia)

Alaor BarbosaDa agência Estado

A questão envolvendo títulos antigos da Eletrobrás, holding estatal de energia elétrica, continua gerando polêmica. Na última sexta-feira, no Rio, cerca de 100 pessoas, em sua maioria advogados, participaram de reunião convocada pelo advogado Édison Freitas de Siqueira para discutir a questão. O objetivo era indicar um representante para o Conselho Fiscal da holding estatal de energia elétrica e nomear uma auditoria independente para analisar a questão dos empréstimos compulsórios da empresa, emitidos, em alguns casos, há mais de 40 anos.

Para a Eletrobrás, a assembléia não tem validade legal, até porque a possibilidade de converter os antigos títulos teria se encerrado em 2 de dezembro de 2002, conforme comunicado da empresa enviado à Bovespa. Siqueira reconhece que a discussão é controversa, mas ele acha que tem argumentos fortes e tomou todas as precauções para dar validade legal à assembléia. Além de publicar o edital em jornais, ele convidou uma tabeliã para acompanhar o evento e registrar a ata da reunião em cartório.

Os interessados em participar da assembléia tiveram de assinar documento reconhecendo ser titulares de títulos da companhia "sob as penas da lei". Para ter acesso ao ambiente, os interessados tinham de passar por uma triagem que incluía até detectores de metais. Ele estima que esses títulos, se reconhecidos pela Eletrobrás, somariam mais de US$ 4 bilhões.

Para a Eletrobrás, a demanda de Siqueira não tem suporte legal. Para a estatal o que existe são "obrigações" que são títulos diferentes das debêntures. E essas obrigações já caducaram, não podendo mais ser convertidas em novos papéis da holding. "É como uma nota de cruzado. Perdeu a validade. Se você tiver uma dessas notas antigas, não conseguirá mais fazer movimentação financeira, já que a moeda atual é o real", explicou um técnico da área de relações com investidores da companhia.

O técnico da Eletrobrás acrescentou que esse ponto de vista foi referendado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia responsável pela fiscalização do mercado de capitais no País. O advogado Siqueira fez uma consulta formal à CVM sobre a questão e a entidade respondeu, em oficio de 16/4/07, que as obrigações não são debêntures. E concorda com a posição da Eletrobrás de que o prazo de conversão já teria prescrito.

justiça. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também já teria se pronunciado a favor da Eletrobrás, segundo o mesmo técnico, acatando o argumento da empresa quanto à prescrição do prazo de conversão. Na avaliação de um especialista que acompanha a questão, o movimento para obrigar a Eletrobrás a reconhecer esses títulos resulta da forte desvalorização do papel, após o pronunciamento do STJ acatando o argumento da prescrição.

Algumas empresas estavam utilizando os títulos para quitar obrigações fiscais, pelo valor atualizado, e agora o argumento foi prejudicado. "Era um título que poderia ser utilizado como garantia e que perdeu o valor em questões fiscais, como dívida junto ao INSS. Quem comprou esse papel em mercado está com grande prejuízo", complementou o especialista.

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Bancos médios ampliam governança. Indusval, que estava no nível 1, migrará para o Novo Mercado da Bovespa.

(Gazeta Mercantil 10.03.2008 B-1 Finanças & Mercados)

Os bancos pequenos e médios do País estão reforçando seus parâmetros de governança corporativa. O movimento é levado à frente por algumas dessas instituições, que têm solicitado ao CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão ligado ao BC (Banco Central), o aumento da participação de investidores estrangeiros em sua estrutura societária. Um exemplo é o Indusval, banco especializado em operações de recebíveis, e cuja abertura de capital ocorreu em julho do ano passado. Na época, o banco listou-se no Nível 1 da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Esse é o menos exigente entre os três níveis diferenciados de governança, que permite a emissão de duas classes de ações por parte das companhias: ordinárias e preferenciais. Antes do IPO, entretanto, o banco havia se comprometido com seus acionistas a passar a emitir apenas ações ordi-nárias e migrar para o Novo Mercado. O processo está próximo do desfecho. No fim de fevereiro, o CMN, aprovou o aumento da participação de investidores estrangeiros na instituição, para 45%. Agora, o projeto vai à sanção presidencial. Depois disso, o Indusval estará habilitado para ir ao Novo Mercado, saltando dois degraus de governança. Será o primeiro banco brasileiro de controle privado a ingressar no mais alto grau de governança da Bolsa. "Quando fizemos IPO, havíamos demonstrado interesse em transformar todas as nossas ações em uma mesma classe, proporcionando os mesmo direitos aos acionistas", lembra o diretor-presidente do Indusval, Manoel Felix Cintra Neto. Atualmente, apenas dois bancos de grande porte com operação no País estão listados no Novo Mercado. No entanto, são instituições cujo controle acionário pertence a governos. São a Nossa Caixa e o Banco do Brasil. Outros grandes bancos privados brasileiros, como Bradesco , Unibanco e Itaú estão no Nível 1. Mais direitos Empresas pertencentes ao Nível 2 - etapa intermediária de governança corporativa - possibilitam aos detentores de suas ações preferenciais o direito ao voto restrito. Na prática, significa que eles podem participar de algumas decisões importantes das companhias, como fusões e aquisições. Ou seja, torna mais equilibradas as relações de poder entre o bloco de controle e acionistas minoritários. "Muitas vezes o controlador do banco vê essa situação como uma descompensação. Afinal, os acionistas passam a ter os mesmo direitos que ele, que é legalmente o responsabilizado em casos de problemas da instituição", exemplifica Felix Cintra. Para o diretor de relações com empresas da Bovespa, João Batista Fraga, a legislação brasileira obriga que outros setores, além dos bancos, - considerados estratégicos ou de segurança nacional - também tenham a figura do controle definido. E isso, muitas vezes, dificulta a ida de algumas empresas para o Novo Mercado, movimento que poderia levá-las ao controle disperso. "O setor de portos e de aviação são dois desses casos, bastante regulamentados", explica Fraga. Outros bancos virão A competição entre os bancos de pequeno e médio portes tem feito com que muitos deles tenham a intenção de migrar de nível de governança. Alguns desses processos estão em andamento ou sendo discutidos. É o caso do Daycoval, cujo IPO ocorreu cerca de 15 dias antes do Indusval, no fim de junho do ano passado. A instituição, especializada em serviços de financiamento às empresas que exportam (conhecidas como trade finance) espera saltar do Nível 1 para o 2 da Bovespa ainda neste ano. "O

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processo de migração tem várias etapas, que vão da regulação àquelas relacionadas à mudanças na composição do conselho de administração", cita o superintendente de relações com investidores do Daycoval, Carlos Lazar. Atualmente, o banco tem em sua estrutura operacional três conselheiros independentes. Para ir ao Nível 2, terá de ter cinco. "Esse é um dos pontos de maior complexidade, pois você está agregando à administração e à rotina novas pessoas", diz Lazar. Exigências A exceção de listagem entre os bancos que abriram seu capital no ano passado foi o ABC Brasil, que foi direto ao Nível 2. "As exigências entre esses dois níveis são muito pesadas. Mas a transição das práticas requisitadas entre Nível 2 e Novo Mercado não é muito complicada", compara o diretor vice-presidente do banco, Anis Chacur Neto. Por isso, o executivo não descarta a possibilidade de o ABC aderir, mais à frente, ao mais alto grau de governança da Bovespa. "Não é um assunto que esteja em nossa pauta prioritária no momento. Mas o banco pode retomá-la a qualquer hora", afirma Chacur. O controlador do banco - o estrangeiro Arab Banking Corporation - detém 57% do total de seu capital social e 84% dos papéis ordinários. Outro banco que irá para o Nível 2 é o Sofisa, que conseguiu permissão para ter participação estrangeira de até 49%. Procurado, por meio de sua assessoria de imprensa, o banco não respondeu aos pedidos de entrevistas.

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Investimentos - Ações de teles sobem com perspectiva de consolidação. Índice Itel aprenseta lara de 4,56% no ano, comprado com queda 3,15% do Ibovespa.

(Gazeta Mercantil 10.03.2008 B-3 Gazeta Investe)

A perspectiva de consolidação no mercado de telecomunicações tem impulsionado as ações das empresas de telefonia, que segundo analistas, têm potencial de valorização com novas operações de fusões e aquisições em vista. Só o Itel (Índice Setorial de Telecomunicações), que reúne as ações das principais empresas do setor negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) apresenta alta de 4,56% até a última sexta-feira, comparado com queda 3,15% do Ibovespa. Segundo a analista do setor de telecomunicações da corretora Brascan, Beatriz Bottelli, a expectativa de aquisição da Brasil Telecom pelo grupo Oi (antiga Telemar) tem impulsionado a valorização desses papéis. "As ação da Brasil Telecom PN estão com desconto em relação às da Brasil Telecom Participações e têm potencial de valorização, com preço-alvo de R$ 32,00", diz o analista.As ações da Telemar PN subiram 19,18% no ano até 7 de fevereiro deste ano por conta da possibilidade de consolidação. A corretora Brascan estima um preço-alvo de R$ 48,86 para os papéis. "A fusão irá gerar uma sinergia fiscal e operacional que poderá trazer ganho de receita para as empresas", diz Beatriz. A aquisição das ações da Brasil Telecom Participações ON pela Telemar deve gerar um prêmio para os acionistas da ordem de 15% com o tag along. Já no setor de telefonia móvel, Beatriz aposta nos papéis da Tim Participações PN, cotados na última sexta-feira a R$ 6,23, com preço-alvo de R$ 8,16 pela Brascan. Beatriz destaca que o crescimento da receita no setor de telefonia fixa não deve ser tão forte, e que os maiores ganhos das operadoras devem vir do segmento de telefonia celular e da expansão dos serviços de banda larga.

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Contudo, a maior competição nesse setor, com a redistribuição das atuações das operadoras após o leilão da tecnologia 3G, deve impactar o crescimento das receitas. As operadoras terão que aumentar os investimentos na expansão da rede e na base de clientes. "A entrada da Oi no Estado de São Paulo; da Claro, no Norte; e da Vivo, no Nordeste, deve acirrar a competição nessas regiões", afirma Luciana Leocádio, analista-chefe da Ativa Corretora. Uma opção, segundo Luciana, poderia ser investir em papéis de empresas de menor porte, como a GVT Holding, que atua em telefonia fixa e deve apresentar crescimento de 30% na base de clientes - pequenas e médias empresas e pessoas de alta renda.

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Companhias se ajustam antes do país. Processo de profissionalização iniciado há dez anos proporcionou "crescimento chinês" a empresas de capital aberto

(Folha de São Paulo - 09/03/2008 B-4 Dinheiro)

Empresas que resolveram problemas de sucessão e reduziram suas dívidas foram descobertas pelo mundo, afirma economista

CRISTIANE BARBIERIDA REPORTAGEM LOCAL

A explicação para o "crescimento chinês" -de percentuais anuais superiores a 10%- de algumas empresas de capital aberto varia de companhia para companhia, de setor para setor. Porém, é consenso que tais empresas antecederam o crescimento econômico por terem atravessado, anos atrás, um processo de profissionalização inédito até então."De dez anos para cá, essas empresas resolveram problemas de sucessão, reduziram endividamento, foram ao mercado de capitais e reforçaram o comércio com o mundo", afirma o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). "Agora, foram descobertas pelo mundo."As empresas que vivem de vender ao mercado interno explicam que o crescimento a percentuais chineses só aconteceu porque há demanda em níveis chineses dentro do Brasil. Já quem trabalha com exportações -e os chineses de verdade- diz que só houve tamanho incremento porque souberam enxergar o efeito China lá atrás."Falar em China, hoje, é fácil", diz José Carlos Martins, diretor-executivo da Vale. "Mas enxergar há quase dez anos que eles teriam tamanha demanda por ferro foi mérito da empresa. Preparamo-nos para isso, tanto que muitos concorrentes internacionais nem de longe têm o mesmo desempenho."Apesar de muitas empresas exportadoras terem se preparado para esse mercado externo, a valorização do real fez com que tivessem de mudar de planos. Voltaram-se então para o mercado interno, azeitado pelo crescimento do emprego e do poder de compra."A China está acontecendo aqui dentro", afirma Rubens de la Rosa, diretor-geral da fabricante de ônibus Marcopolo.Presente em dez países, a empresa viu suas exportações aumentarem 9% em 2007. As vendas ao mercado interno, no entanto, subiram 32%.Sem a alternativa de exportação, alguns setores viveram saltos da mesma proporção ou ainda maiores, como no caso da construção civil. A construtora Gafisa aumentou o número de lançamentos em 122% no ano passado em relação a 2006. A perspectiva é de crescimento sustentável nos próximos anos."Se os bancos, que conhecem muito bem a economia, estão confortáveis para fazer empréstimos de 25 anos, temos certeza de que haverá anos bons pela frente", diz Wilson Amaral, presidente da Gafisa. "Na área imobiliária, teremos pelo menos cinco a dez bons anos pela frente."

Ciclo virtuoso

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Os motivos são conhecidos: redução do juros, aumento da oferta de crédito e do poder de compra, entre outros."Essas empresas têm peso na economia, mas não se pode ligar o bom momento econômico exclusivamente a elas", diz Francisco Pessoa Faria, economista da consultoria LCA.Segundo Ana Carla Abrão Costa, economista-chefe da consultoria Tendências, apesar de o crescimento das grandes empresas de capital aberto ser um indicador antecedente, como mostra o estudo da consultoria Economática, são as micro, pequenas e médias que garantem a sustentabilidade ao crescimento econômico.Gomes de Almeida, do Iedi, concorda. "As grandes empresas são termômetros da economia porque desenvolvem o mercado de capitais, o comércio exterior, a tecnologia, a internacionalização e o marketing do país lá fora", diz ele. "Porém quem dá o tom da economia são as micro, pequenas e médias."

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Lei contábil muda a avaliação do ágio nos negócios de fusão(Res. Notícias Fiscais – 10.03.2008)

Eduardo Puccioni Fernando PereiraA Lei Contábil nº 11.638/07, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano e que altera e revoga dispositivos da Lei Contábil nº 6.404 e 6.385, continua dividindo opiniões entre os profissionais do mercado de capitais. Em um dos pontos, o relativo ao artigo 182, 3º parágrafo, que classifica os ajustes de avaliação patrimonial, o diretor de tributos da Trevisan Outsourcing, Carlos Alberto Caldarelli, destaca que a atualização a preço de mercado, como exige o novo dispositivo, pode trazer mudanças substanciais, para o bem e para o mal, no ágio apurado nas aquisições dos investimentos feitos por quem vende e por quem compra uma empresa."Num valor de aquisição de R$ 4 bilhões, sendo o valor patrimonial da empresa adquirida de R$ 3 bilhões, contava-se um ágio de R$ 1 bilhão", exemplifica Caldarelli. "Neste caso, a compradora ganhava um benefício fiscal entre a diferença do valor pago e dos registros contábeis", destaca. Segundo o tributarista, na regra antiga, o ágio era registrado em uma subconta da conta de investimento e amortizado de acordo com o fundamento econômico e para fins do Imposto de Renda. "Esse ágio era considerado como uma despesa dedutível até que um dia o referido investimento fosse alienado ou incorporado pela empresa controladora".Com a nova lei, Caldarelli destaca que as empresas deverão registrar em suas contas de ativo e passivo os ajustes decorrentes da avaliação, a valor de mercado. "Conseqüentemente, quando ocorrer alguma aquisição de investimentos, a figura do ágio tende a ser menor, pois agora as empresas apresentarão o patrimônio líquido ajustado ao valor de mercado", diz.Segundo ele, o novo valor a ser apurado a título de ágio na aquisição de investimentos tende a ser menor, conseqüentemente a empresa investidora deixa de reconhecer uma maior dedutibilidade da despesa com ágio.Para o tributarista, essa situação vai levar a um aumento de barganha no momento da negociação entre a empresa a ser vendida e o investidor que deseja comprá-la. "Pode haver um estreitamento do ágio e até mesmo deságio", aponta. Num caso como o da Cesp, a ser privatizada no próximo dia 26, por exemplo, a atualização a valor de mercado pode ser decisiva para definir o ágio, levando o governo do Estado a tentar puxar o preço mais para cima e os potenciais compradores mais para baixo.Apesar desse ponto controverso levantado pelo diretor de tributos da Trevisan Outsourcing, o presidente da Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro, considera que a Lei

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Contábil 11.638/07 traz mudanças mais positivas do que negativas. Entre os aspectos positivos ele aponta a padronização contábil brasileira ao que é praticado nos mercados internacionais."A partir de agora vamos falar a mesma língua em termos contábeis com o que acontece nos padrões internacionais", diz. Para Castro isso é importante na medida em que pode facilitar o entendimento, a transparência e tal uniformização deve atrair mais investidores estrangeiros."Essa nova lei traz mais transparência para os analistas estrangeiros, conseqüentemente fazendo com que maiores investimentos sejam feitos aqui em maior volume", afirma.Segundo Antonio Castro, o coração da Lei Contábil é o artigo 177, 2º parágrafo, que versa sobre métodos e critérios contábeis. "Normalmente, os contadores brasileiros deixam esse item por último, mas agora terão de começar por este artigo".No entendimento do tributarista Carlos Alberto Caldarelli, este parágrafo representa que o seguinte: "o que era ativo e passivo passa a ser resultado, o que representa aumento da carga tributária".

Voto EletrônicoOutro ponto lembrado pelo presidente da Abrasca se refere ao voto eletrônico, um item pleiteado pela entidade na nova lei. "Defendemos que o voto eletrônico seja secreto e sem transmissões on-line. No máximo, para os acionistas da empresa", destacou Antonio Castro.

http://www.noticiasfiscais.com.br/artigos1.asp?preview=17028&data=10/3/2008

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A quebra da “affectio societatis” no direito societário(Res. Notícias Fiscais – 10.03.2008)

Robson ZanettiTenho a convicção de que uma das ações judiciais mais difíceis que existe está relacionada a quebra da “affectio societatis”.

As pessoas, quase como no matrimônio, procuram constituir sociedade de pessoas baseada na proximidade que têm elas e, quando se trata de negócios, procuram constituir uma sociedade buscando um objetivo comum, ganhar ou economizar dinheiro em conjunto. Assim, no início, como no casamento, busca-se o lado positivo da atividade que será exercida e os sócios estão todos animados.

Ocorre que com o passar do tempo vem um problema aqui outro ali, estes problemas vão se acumulando, um dos sócios até chega ser desleal, vai procurar exercer a mesma atividade empresarial, sem autorização dos demais sócios, junto a um terceiro concorrente, praticando concorrência desleal ao estabelecer uma relação profissional com este último. Isso tudo também ocorre no casamento, onde pequenos problemas vão se acumulando e o concorrente seria o “Ricardão”.

Desta forma, é preciso analisar quais são os problemas envolvidos entre os sócios, pois, pequenos problemas não caracterizam a quebra da “affectio societatis” e não prejudicam o desenvolvimento regular das atividades empresariais, assim como no casamento, somente aqueles problemas instransponíveis que venham a prejudicar a sociedade alcançar suas finalidades é que servem para caracterizar a quebra da “affectio societatis”, ou seja, esta ligação de aproximação que uniu os sócios inicialmente, não existe mais, seja por um motivo ou outro a sociedade deverá ser resolvida com relação a um dos sócios ou, na pior das hipóteses dissolvida.

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A separação dos sócios pode ser consensual ou litigiosa, ou seja, de forma amigável ou judicial. Na separação consensual um sócio pede para se retirar da sociedade ou todos resolvem extinguir a sociedade e na litigiosa um deles é expulso da sociedade. Assim como no casamento, havendo a quebra da “affectio societatis” ocorrerá a repartição do patrimônio da sociedade e cada sócio virá a receber o valor patrimonial correspondente a sua participação social, este valor, como muitos leigos pensam, não é aquele formalmente escrito no contrato social e sim o valor do patrimônio da sociedade, apurado através de um balanço especialmente destinado a esta finalidade.

A “affectio societatis” se aproxima muito de um casamento, onde existe uma aproximação, separação e repartição patrimonial.

Robson Zanetti é advogado em Curitiba. Doctorat Droit Prive Université de Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Corso Singolo Diritto Fallimentare e Diritto Processuale Civile Univesità degli Studi di Milano. [email protected]

http://www.noticiasfiscais.com.br/artigos1.asp?preview=17027&data=10/3/2008

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TECNOLOGIA

Concorrência - Guerra ao Google. Steve Ballmer afirma que Microsoft ganhará mercado diante do Google, na publicidade online, mesmo que 'seja a última coisa' que faça como presidente-

executivo.(Jornal do Commercio 10.03.2008 B-8 Tecnologia)

DAISUKE WAKABAYSHIDA AGÊNCIA REUTERS

O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, afirmou que sua empresa ganhará mercado diante do Google na publicidade online e nas buscas na Web, mesmo que isso seja "a última coisa que ele faça" no comando do grupo.

Falando na conferência de tecnologia online MIX08 da Microsoft, em Las Vegas, Ballmer reiterou suas justificações para a oferta não solicitada, no valor de US$ 41,2 bilhões, que sua empresa apresentou pelo Yahoo, afirmando que a transação poderia acelerar seus esforços para montar uma forte concorrência ao Google.

"Pode ser que seja a última coisa que eu faça na Microsoft, mas chegaremos lá, e vamos trabalhar sempre para ganhar mercado", disse Ballmer durante uma animada conversa com Guy Kawasaki, capitalista de risco que foi um dos primeiros funcionários da Apple.

"No mercado online é só Google, Google, Google, mas estamos no jogo. Somos aquele cara pequeno mas persistente que ganha vindo de trás", brincou Ballmer, cuja empresa é a maior produtora de software do mundo.

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Na longa conversa com Kawasaki, o executivo rebateu críticas ao Windows Vista, deu alguma sutis indiretas contra a Apple e até reproduziu uma infame dança que lhe valeu notoriedade no mundo do vídeo online e lhe garantiu o nada lisonjeiro apelido de Monkey Boy em certos círculos da internet.

Mas ele não disse muito sobre a oferta da empresa pelo Yahoo. A Microsoft propôs adquirir o Yahoo por US$ 31 por ação, em dinheiro e ações. O conselho do Yahoo rejeitou essa oferta, dizendo que ela subestimava o valor da companhia.

"Fizemos a oferta, e ela está lá, cara", disse Ballmer. Originalmente, a proposta valia US$ 44,6 bilhões, mas a queda das ações da Microsoft resultou em queda no valor.

O presidente-executivo da Microsoft afirmou que, caso a transação seja concretizada, as duas empresas terão de reduzir as áreas em que existe sobreposição.

"Não deveríamos ter tudo duplicado. Não faria sentido ter dois serviços de busca, dois serviços de publicidade, dois serviços de email; é algo que teremos de resolver", disse Ballmer.

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Ameaça aos negócios pode estar na internet(Jornal do Commercio 10.03.2008 B-8 Tecnologia)

ERIC AUCHARDDA AGÊNCIA REUTERS

Trabalhadores que conhecem bem a tecnologia e não estão satisfeitos porque suas ferramentas de computação no escritório não funcionam de maneira simples como, digamos, um iPod, estão resolvendo o problema por conta própria.

Eles não dependem mais dos técnicos ou dos administradores dos sistemas de tecnologia da informação de uma empresa para escolher o software necessário a realizar uma tarefa. Sabem como obter ferramentas diretamente na Web.

Observadores do setor usam o termo "consumidorismo" para descrever o fenômeno que leva os trabalhadores a esperarem menos tempo pela ajuda do pessoal de tecnologia.

A analista Rebecca Wettemann, do grupo de pesquisa de software Nucleus Research, diz que as pesquisas de sua empresa entre os usuários de tecnologia freqüentemente encontram declarações como "por que não posso fazer isso sem aprovação do pessoal de Tecnologia da Informação?"

Tudo isso representa um desafio ao domínio da Microsoft sobre o software usado em empresas, e pode ser um dos motivos menos apreciados para seu esforço em comprar o Yahoo, que dispõe de uma base de 500 milhões de internautas.

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"Indivíduos, e não organizações de Tecnologia da Informação, estão impulsionando a próxima onda de adoção de tecnologia", afirmou a Forrester Research em recente relatório.

A Forrester refere-se ao movimento que reclama maior poder e controle por parte dos indivíduos como "populismo tecnológico", e outros observadores o definem como "Office 2.0".

De maneira menos simpática, a consultoria Yankee Group definiu o tema, em um relatório de 2007 chamado "Zen e a arte de administrar funcionários fora de controle", como uma tendência que ameaça os executivos de Tecnologia da Informação.

No passado uma minoria isolada, esses consumidores insatisfeitos se tornaram maioria na vida profissional, e ostentam confiança tecnológica cada vez maior. Os mais ousados dentre eles evitam ao máximo pedir ajuda aos departamentos de tecnologia de suas empresas.

E porque o software disponível via Web custa zero ou muito pouco, as restrições orçamentárias, em geral utilizadas como desculpa pelos executivos das empresas, raramente procedem.

"Companhias de software estabelecidas como a Microsoft têm menos habilidade em prometer um produto para o futuro e fazer com que seus clientes esperem por ele", disse Wettemann.

Centro. A Microsoft tem justificado sua tentativa de adquirir o Yahoo principalmente por ser uma maneira rápida de torná-la uma rival forte do Google em busca na internet e publicidade. A gigante do software tem por enquanto minimizado qualquer ameaça iminente dos serviços de tecnologia baseados na Web a seus negócios.

Porém, Ray Ozzie, que assumiu de Bill Gates o posto de arquiteto-chefe de software da Microsoft, afirmou em palestra na conferência de tecnologia online MIX08 da Microsoft que a Web é o centro de tudo o que a empresa vem fazendo.

"Links, compartilhamento, listas de preferências, definição de rótulos de busca na Web serão tão familiares para nós quanto salvar, editar e ver documentos em um PC", disse o executivo. A fusão com o Yahoo poderia dar à Microsoft "pessoas criativas e ativos online interessantes", disse ele.

Enquanto isso, a estratégia do Google é exemplificada por Dave Girouard, o gerente-geral da divisão voltada a empresas do Google, que vende serviços via Web para companhias, escolas e agências governamentais.

Em recente entrevista sobre uma nova ferramenta de publicação de sites voltada para equipes de usuários corporativos, Girouard disse que a estratégia do Google é tirar do caminho os técnicos de TI sempre que for possível.

"A idéia deste produto é que os técnicos de TI não tenham que fazer nada que não seja permitir que os usuários possam se servir", disse Girouard.

O foco no usuário individual, em vez de administradores de tecnologia, é uma idéia dos dois co-fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page.

"Sergey e Larry... não enxergam a linha divisória clara entre o consumidor e a empresa que a maioria de nós veria", disse Girouard. "Eles acham apenas que o usuário é o usuário, e eles querem tornar as coisas melhores para os usuários."

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Concorrência - Intel apresenta sua defesa contra a ação antitruste movida na Europa(DCI 10.03.2008 B-11 Legislação)

A fabricante de chips Intel apresentará, esta semana, esclarecimentos à União Européia a respeito de acordos feitos com fabricantes de PC. A companhia é acusada em ação antitruste movida por órgãos reguladores europeus e concorrentes. A audiência será realizada em dois dias: amanhã e quarta-feira.

A ação questiona também acordos com revendas, mas estes analisados em outra ocasião. O foco, esta semana, serão os negócios com os fabricantes de PC. As denúncias da Comissão Européia, órgão regulador da União Européia, são de julho passado e acusam a empresa de conceder "descontos substanciais" aos fabricantes que comprarem os processadores x86. A Intel ainda é acusada de pagar os fabricantes por atrasar ou cancelar lançamentos baseados em chips da AMD e de vender chips para servidores abaixo do custo para grandes usuários, como universidades.

As denúncias podem ser base para outro grande processo. Em fevereiro de 2007, a Comissão fez visitas surpresa a escritórios da Intel e de revendas. A comissão suspeita que elas estariam violando leis que banem práticas de negócio restritivas e que a fabricante estaria abusando de sua posição dominante no mercado.

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Tencologia - Redes sociais invadem o celular. De olho no fenômeno da internet que migrou para a telefonia, empresas se multiplicam.

(Jornal do Brasil 10.03.2008 A-23 Vida)

Victoria Shannon The New York Times

Redes de interação social na internet não são nenhuma novidade. Anos de competição entre Facebook, MySpace e Friendster já criaram dezenas de milhões de usuários nos mundo. Agora, no entanto, o mercado está cheio de novas empresas que levam o mesmo fenômeno para a telefonia móvel.

Há tantas redes de relacionamento via celular surgindo do nada que, quando a revista britânica New Media Age tentou eleger as mais promissoras, teve de listar nada menos que dez empresas.

Não é à toa. De olho na disputa pelo mercado, muitos empreendedores do ramo estão dispostos a abrirem diferentes negócios, criando personalidades diferentes para o serviço móvel.

- Se não houvesse concorrentes, não haveria um mercado - ameniza Dan Harple, fundador e diretor executivo da GyPSii, uma rede para celulares com sede em Amsterdã, na Holanda.

3,3 bilhões de usuários

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Harple arrisca, ainda, uma previsão:

- Hoje talvez existam 30 competidores, ou mais. Porém, daqui a três anos, serão apenas cinco empresas neste ramo.

O prêmio para quem se arriscar nessa guerra são os 3,3 bilhões de usuários de celular, um número muito maior que o de usuários de internet. Uma outra vantagem diante das redes sociais da web é a possibilidade de saber onde está cada um desses telefones, graças às ferramentas tecnológicas e ao posicionamento de satélites.

Uma pesquisa de mercado feita pela empresa Informa Telecoms apontou, no último mês, que cerca de 50 milhões de pessoas - 2,3 % do total de donos de celular, - usam com freqüência seu telefone para participar de redes sociais, de salas de bate-papo ou de compartilhamento de arquivos. A companhia prevê que esse número aumente, no mínimo, 12,5 % em cinco anos.

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Sem fio - Antena permite conexão à web dentro de qualquer avião. Equipamento funcional em todos os lugares pos está ligado a satélite.

(Jornal do Brasil 10.03.2008 A-24 Vida)

Paulo Marcio Vaz

A aviação comercial talvez seja a última barreira a ser quebrada quando o assunto é estar conectado à internet. Fechadas as portas da aeronave, qualquer conexão com o mundo exterior é exclusividade do piloto. Mas isso nunca esteve tão próximo de acabar. Ao menos, é o que diz a Starling Advanced Communications, empresa israelense especializada em comunicação via satélite. A previsão é que no ano que vem, ou mesmo no fim deste ano, a internet no avião se torne viável para passageiros de qualquer vôo comercial, inclusive aqueles de longa duração, que cruzam oceanos.

A Starling anunciou o desenvolvimento de uma antena chamada Mijet, capaz de se conectar por meio de um sistema que não interfere naquele usado por pilotos e controladores. Isso permitirá que, em pleno vôo, esteja o avião onde estiver, passageiros possam entrar na internet, falar ao telefone, realizar videoconferências e se divertirem com games online ou qualquer outra atividade possível por meio de uma conexão sem fio.

Para viabilizar a internet no avião, a Starling assinou um contrato com a EMS Technologies, empresa responsável pela fabricação do modem. Hoje, equipamentos da EMS já equipam aviões de empresas estrangeiras como JetBlue Airways, Westjet e Virgin Atlantic, oferecendo um sistema que permite a recepção de sinais de TV em vôos domésticos. A meta das duas empresas agora é tornar disponível, até o fim do ano, o sistema de antenas e modens para quebrar a última barreira da comunicação global.

As transmissões da antena serão feitas por microondas em uma freqüência conhecida como Ku Band, que trabalha em uma faixa de entre 10.7GHz e 18GHz e é usada em comunicações via satélite por

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agências espaciais e algumas redes de TV em transmissões a partir de lugares considerados de difícil conexão.

- A tecnologia permite que usuários se conectem a satélites praticamente de qualquer lugar. Nosso equipamento poderá ser instalado tanto em aeronaves de grande porte, usadas em vôos comerciais, quanto em pequenos jatos particulares - diz Michal Rips-Rosenzweig, uma das diretoras da Starling.

Michal observa ainda que o elemento chave para realizar a comunicação pela internet no avião é justamente a antena, que, segundo ela, precisava ser leve, pequena e de alta performance.

"Pelo fato de se utilizar a freqüência Ku, a nova antena da Starling é capaz de oferecer conexão via satélite nas mais remotas localidades, possibilitando que os passageiros se mantenham conectados mesmo durante vôos sobre geleiras, oceanos e desertos", diz um comunicado da Starling.

Ainda não foram revelados detalhes de preços, companhias aéreas ou mesmo da forma como os passageiros se conectarão - se por meio de seus próprios equipamentos ou por aparelhos específicos disponíveis nos próprios aviões.

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Yahoo! busca nova forma de sobreviver. Enquanto luta para evitar ser derrotado na batalha com a Microsoft, o portal tenta ganhar mais tempo

(O Estado de São Paulo 10.03.2008 L-9 Link)

: Andrew Ross Sorkin, The New York Times

A Microsoft, que fez uma oferta pelo Yahoo! no valor de US$ 41,2 bilhões, está disposta a intensificar a briga pela aquisição negociando diretamente com os acionistas. Mas, em uma tentativa para retardar a medida, o Yahoo! está considerando várias opções. Entre elas, segundo fontes a par das manobras na empresa, há um plano de adiar sua assembléia anual.

A manobra acontece num momento em que estão aceleradas as conversas sobre uma fusão do Yahoo! com a AOL, da TimeWarner.

A Microsoft vem se preparando para nomear diretores para o conselho do Yahoo! e, assim, organizar a negociação com os acionistas. A nomeação deve ser feita até dia 14, mas o Yahoo! já disse que poderá estender o prazo até que seja definida uma data de sua assembléia anual. Com isso a empresa ganha mais tempo para buscar alternativas.

A demora abre espaço para a Microsoft estabelecer uma transação negociada e amigável com o Yahoo!.

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Os investidores poderão interpretar que, ao postergar a assembléia, a empresa está tirando o poder de seus acionistas. Essa medida poderá resultar em processos judiciais por parte da Microsoft ou mesmo de acionistas do Yahoo!.

'Um prolongamento dará ao Yahoo! a oportunidade de encontrar outros parceiros ou tentar persuadir a Microsoft a aumentar a oferta', diz Carl W. Tobias, professor de Direito da Universidade de Richmond na Virgínia.

Os porta-vozes do Yahoo! e da Microsoft negaram-se a comentar o assunto.

Enquanto isso o Yahoo!, que já teve conversas com a News Corporation e com o Google, parece estar concentrado em uma possível transação com a AOL.

Não se sabe qual formato a transação terá. A AOL é pequena demais para comprar o Yahoo!, mas uma joint venture ou uma fusão das duas empresas poderá ser vista como uma alternativa à venda para a Microsoft.

Para a maioria dos analistas é improvável que os acionistas do Yahoo! sejam convencidos de que uma junção com a AOL ou com a News Corporation, ou mesmo uma negociação com o Google, seriam alternativas melhores do que a oferta da Microsoft.

Na semana passada o diretor-presidente da AOL, Randy Falco, desmentiu a negociação com o Yahoo!. 'Espero que eles se debatam por causa do mercado de buscas e deixem o mercado publicitário para nós', disse. 'Creio que Napoleão aconselhou a nunca interromper seu inimigo quando ele estiver a caminho de cometer um erro'.

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TV Digital - Patentes emperram TV interativa. O sistema de interatividade Ginga, criado no Brasil, usa softwares internacionais que exigem pagamento

(O Estado de São Paulo 08.03.2008 B-18 Negócios)

Renato Cruz

Um problema jurídico impede o lançamento da TV digital interativa no Brasil. Blocos de software que fazem parte do Ginga, sistema de interatividade criado por pesquisadores locais, podem exigir pagamento de royalties para a empresa americana Via Licensing. “As especificações técnicas do Ginga já estão prontas desde 2 de dezembro”, disse Paulo Henrique Castro, coordenador do Módulo Técnico do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD).

A Via Licensing é dona de patentes do MHP, software de interatividade europeu, e também do OCAP, americano. O Ginga adotou o GEM, bloco de software que faz parte do MHP e do OCAP, exatamente para se tornar compatível com as tecnologias internacionais. Esta semana, porém, o Fórum do SBTVD fechou acordo com a empresa americana Sun Microsystems, criadora da linguagem de programação Java, para desenvolver um substituto do GEM em software livre, que não exige pagamento de royalties.

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Na Europa, os fabricantes têm de pagar US$ 1,75 por equipamento vendido à Via Licensing, e cada emissora paga até US$ 100 mil por ano, dependendo do número de residências que alcança. “Os radiodifusores na Itália estão furiosos, porque o pagamento não era previsto quando adotaram a tecnologia”, afirmou Castro.

A interatividade vai permitir, na TV aberta, serviços parecidos com os da internet, como escolha de câmeras e trilhas sonoras, clicar em imagens para obter mais informações, compras e troca de mensagens com outros espectadores.

Não existe no mercado nenhum conversor (também chamado de set-top box) ou televisor com o Ginga. Segundo o professor Luiz Fernando Soares, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, um dos pais do Ginga, os lançamentos podem acontecer no segundo semestre.

Em 2 de dezembro, quando a TV digital estreou no Brasil, os pesquisadores que criaram o Ginga diziam que a tecnologia estava pronta, enquanto a indústria falava que não. “Existe muito ruído”, disse o professor Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba, que liderou os trabalhos do Ginga-J, parte do sistema que usa o GEM. “Estão querendo transformar o Ginga-J numa Geni.” Segundo Lemos, não houve interatividade na estréia da TV digital porque os equipamentos ficaram prontos um mês antes, e vieram cheios de problemas.

O Ginga-J tem como base a linguagem Java, da Sun, que tem o código aberto e não exige o pagamento de licenças. “Nosso trabalho vai durar de 90 dias a quatro meses”, disse Luiz Maluf, diretor da Sun.

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Tecnologia - Nossa meta é alcançar o Google, diz Microsoft. Steve Ballmer, presidente da Microsoft, diz que ganhará mercado do Google na publicidade online, mesmo que seja “a última

coisa” que faça no grupo (O Estado de São Paulo 08.03.2008 B-21 Negócios)

O presidente-executivo da Microsoft, Steven Ballmer, prometeu que sua empresa ganharia mercado diante do Google na publicidade online e nas buscas na web, mesmo que isso seja “a última coisa que ele faça” no comando do grupo.

Falando na conferência de tecnologia online MIX08 da Microsoft, em Las Vegas, Ballmer reiterou suas justificativas para a oferta não solicitada, no valor de US$ 41,2 bilhões, que sua empresa apresentou pelo Yahoo, afirmando que a transação poderia acelerar seus esforços para montar uma forte concorrência ao Google.

“Pode ser que seja a última coisa que eu faça na Microsoft, mas chegaremos lá, e vamos trabalhar sempre para ganhar mercado”, disse Ballmer durante uma animada conversa com Guy Kawasaki, um executivo de investimentos em empresas, que foi um dos primeiros funcionários da Apple .

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“No mercado online é só Google, Google, Google, mas estamos no jogo. Somos aquele cara pequeno mas persistente que ganha vindo de trás”, brincou Ballmer, cuja empresa é a maior produtora de software do mundo.

Na longa conversa com Kawasaki, o executivo rebateu críticas ao Windows Vista, deu alguma sutis indiretas contra a Apple e até reproduziu uma infame dança que lhe valeu notoriedade no mundo do vídeo online e lhe garantiu o nada lisonjeiro apelido de “Monkey Boy” em certos círculos da internet.

Mas não disse muito sobre a oferta da empresa pelo Yahoo. A Microsoft propôs adquirir o Yahoo por US$ 31 por ação, em dinheiro e ações. O conselho do Yahoo rejeitou a oferta, dizendo que ela subestimava o valor da empresa.

“Fizemos a oferta, e ela está lá, cara”, disse. Originalmente, a proposta valia US$ 44,6 bilhões, mas a queda das ações da Microsoft resultou em queda no valor.

Ballmer afirmou que, caso a transação seja concretizada, as duas empresas terão de reduzir as áreas em que existe sobreposição.

“Não deveríamos ter tudo duplicado. Não faria sentido ter dois serviços de busca, dois serviços de publicidade, dois serviços de e-mail; é algo que teremos de resolver.”

APPLE

A MIX é um evento da Microsoft para apresentar seus últimos lançamentos para a internet. A conversa ocorreu em tom relaxado, apesar das perguntas difíceis feitas por Kawasaki, incluindo uma referência a uma acusação de ter arremessado uma cadeira no meio de uma sala depois de saber que um funcionário estava trocando a Microsoft pelo Google.

Durante a conversa, Ballmer elogiou a Apple, por sua decisão de facilitar o acesso de desenvolvedores de software ao iPhone, e ironizou o Macbook Air - o superfino laptop recém-lançado pela Apple. “Essa coisa é mais pesada que o Toshiba que eu uso”, disse Ballmer.AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Tecnologia - Comportamento da geração digital desafia empresas . Rede de amigos influencia mais o consumo dos jovens do que confiança em marcas e varejistas

(O Estado de São Paulo 09.03.2008 B-16 Economia)

Ana Paula Lacerda e Renato Cruz

Os jovens vivem em rede. A facilidade que eles têm de utilizar a tecnologia modifica seus hábitos de consumo. Quando vão às compras, são mais fiéis à indicação dos amigos do que a marcas ou redes de

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varejo. Pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que eles chegam a usar o celular para consultar os amigos até no momento da compra. Apesar da proximidade desses consumidores com a tecnologia, as empresas precisam tomar cuidado: jovens com perfis diferentes se relacionam de forma diversa com o mundo digital.

O estudante de fisioterapia Fernando Nascimento compra, quase que mensalmente, pela internet, miniaturas de plástico para montar. Não raro, compra também eletrônicos, DVDs ou livros em sites estrangeiros. “Em muitos casos, é mais barato importar do que comprar em lojas físicas aqui no Brasil, mesmo com todos os impostos absurdos.”

Mas Nascimento não compra nenhum tipo de comida pela internet. “Para a comida, sou meio conservador, não confio muito, não.” Aliás, confiança é o requisito básico para fazer compras pela internet. “Um site bonitinho ajuda, um preço razoável e promoções, também. Mas se não rolar confiança na loja, desencana.” O site preferido do estudante para comprar as miniaturas, por exemplo, faz a negociação por e-mail. “É muito tosco, mas sempre funcionou.” O site foi indicado por amigos.

Existem alguns mitos sobre a relação dos jovens com a tecnologia. “As empresas tratam os jovens como se fossem um enigma”, afirmou Raquel Siqueira, diretora da Ipsos Gestão do Conhecimento. “Na verdade, os anseios, desejos e valores são muito parecidos com os de outras gerações. O invólucro é diferente, mas a essência é muito parecida.”

A internet comercial chegou ao Brasil em 1995. Para quem tem 13 anos, a rede mundial sempre existiu. Para o estudo Jovens na Era Go Global - Interatividade e Interconectividade, a Ipsos ouviu jovens de 13 a 24 anos em nove áreas metropolitanas do País.

Uma das visões que não se confirmaram é que o jovem entende de tudo sobre tecnologia. “Uma mãe chamava a filha quando o computador dava pau, mas a menina não sabia resolver”, exemplificou Raquel. “Não é por ter 15 ou 16 anos que ela saberia mexer no sistema operacional.”

Cada grupo se relaciona de um jeito diferente com os eletrônicos e a internet. “Alguns jovens são mais centrados, sabem até programar. Outros usam a tecnologia para continuar, com os amigos, a fofoca que começou na escola. Não adianta uma marca que quer atingir o jovem que gosta de balada fazer uma campanha no Second Life. Esse jovem vai para a balada, não para o Second Life.”

Rogério de Paula, gerente de Pesquisas Etnográficas da Intel, também destacou essa tendência. “Um blogueiro prefere um laptop porque quer estar conectado em qualquer lugar”, exemplificou. “O gamer (que gosta de jogos) está interessado em máquinas mais rápidas, com o melhor processador que houver. Uma criança, hoje, está mais próxima de um especialista e não deve ser tratada como iniciante.”

A nova geração é multitarefa. “Os jovens consomem vários tipos de mídia ao mesmo tempo, o que é um desafio para as agências”, disse Raquel. “O consumidor mais novo é supercrítico e, se a marca faz marketing viral errado, ele a detona.”

Opção de compra tem influência da rede social

Pesquisa feita pela IBM nos Estados Unidos mostrou que dois terços dos adolescentes, quando compram, enviam mensagens para os amigos. “A compra é muito influenciada pela rede social”, disse Alejandro Padron, consultor de Varejo da IBM. “As meninas chegam a tirar fotos do produto e mandar para as amigas, para saber o que elas acham. Esse consumidor pode conversar com um vendedor em uma loja e fechar a compra em outra, pela internet.”

No Brasil, ainda são poucos os jovens que fazem compras pela internet. Na faixa de 13 a 17 anos, nas classes A/B, somente 9% já haviam comprado alguma coisa pela internet, segundo levantamento da Ipsos Gestão de Conhecimento. “É uma idade complicada, porque eles querem, mas não têm dinheiro. Eles desejam o iPod, mas têm um tocador genérico. Mas isso indica que o comércio eletrônico vai

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estourar num futuro próximo”, afirmou Raquel Siqueira, da empresa de pesquisas. Na faixa de 18 a 24 anos, o número de jovens que compram pela internet sobe para 21%, nas classes A/B.

O analista de suporte tecnológico Márcio Linhares Marconi, de 23 anos, faz compras pela internet desde os 17. “Tem uma vantagem: preço mais baixo”, explicou. Sem o custo-loja, muitas empresas - mesmo as que têm lojas reais - conseguem oferecer preços menores via web. “E pela internet é fácil pesquisar preços.” Outra vantagem é o conforto de não ter de sair de casa para fazer compras. “Acho que só não compro comida e roupa. Já os produtos que são iguais em todas as lojas, compro desde materiais para trabalho a eletrodomésticos, como TV.”

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Motivo de segurança: EUA proíbem Google de exibir imagens de bases militares(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos proibiu o Google Earth de exibir imagens detalhadas das bases militares norte-americanas. Segundo um porta-voz do Pentágono, Michael Kucharek, a medida foi feita por motivos de segurança.

Kucharek declarou que a proibição se aplica apenas às imagens panorâmicas de 360°, oferecidas pelo serviço, que permitem aos internautas observar com detalhes os lugares fotografados. O serviço recém lançado é chamado de Street View (visão da rua). O porta-voz disse que as imagens podem servir de fonte de informação para possíveis inimigos dos EUA.

A proibição é anunciada dias depois de ter sido noticiado que um grupo de pessoas utilizou o Google Earth para chegar ao telhado do Parlamento britânico, num protesto realizado na semana passada

Uma mensagem enviada pelo Departamento de Defesa a todas as bases e instalações na semana passada advertia os oficiais a não permitir que os funcionários acessassem o serviço Street View.

O porta-voz do Google, Larry Yu, disse que as imagens dos locais sobre os quais os militares americanos manifestaram preocupação foram retiradas do site. “Nós fomos contatados pelos militares, que expressaram preocupações com as imagens, nós atendemos ao pedido”, disse ele.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64523,1

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TELECOMUNICAÇÃO

TV Digital - Toshiba não fabricará semicondutor no País(DCI 10.03.2008 A-6 Indústria)

A japonesa Toshiba anunciou que desistiu de instalar, no País, uma fábrica de semicondutores. Essa fábrica seria uma contrapartida ao padrão de TV digital japonês, escolhido pelo governo Lula em 2006. A Toshiba chegou a estudar o projeto, mas o abandonou por falta de mão-de-obra qualificada e de uma cadeia de fornecedores que pudesse sustentar uma fábrica de alta tecnologia. O presidente Lula ainda tinha esperança de instalação dessa indústria.

Entretanto, o Brasil ainda é mira de investimentos no leste asiático, principalmente vindo do Japão. Depois de amargar perdas nos anos 80, sobretudo na época da hiperinflação, empresas japonesas voltaram a incrementar projetos econômicos. Nos últimos 50 anos, o Japão investiu quase US$ 20 bilhões no Brasil, de acordo com dados da agência de comércio exterior nipônica. Em 2007, foram pouco mais de US$ 500 milhões. Há previsões de que até 2015 os japoneses terão investido US$ 50 bilhões no Brasil.

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Telefonia - Nokia fecha contrato de US$ 2 bilhões com a China Postel Mobile(DCI 10.03.2008 A-9 Internacional)

Este ano, a Nokia Oyj, a maior fabricante mundial de telefones celulares, venderá aparelhos avaliados em aproximadamente US$ 2 bilhões para a China Postel Mobile Communications Equipment. A quantia é 20% inferior à comercializada para a empresa chinesa no ano passado.

A encomenda faz parte de um acordo estratégico de parceria com a China Postel, disse a Nokia, sediada em Espoo, na Finlândia, em comunicado divulgado em seu site. A China Postel, subsidiária da China P&T Appliances, é a maior distribuidora chinesa de celulares. No ano passado, a empresa acertou a compra de US$ 2,5 bilhões em aparelhos da Nokia.

A Nokia informou que no ano passado aumentou suas vendas na região da China - que inclui Hong Kong e Taiwan - em 21%, para 6,4 bilhões de euros, o que lhe concedeu uma participação de mais de 35% no mercado de celulares chinês em 2007.

A Nokia aumentou suas vendas na China, o maior mercado mundial de celulares por número de usuários, por meio de uma gama de ofertas que vão de telefones que custam menos de US$ 50 a modelos equipados com recursos de última geração, como a navegação por satélite.

"A Nokia considera a China como um mercado estratégico e uma base significativa de produção, pesquisa e desenvolvimento e inovação", disse David Tang, vice-presidente de vendas da Nokia China, segundo o comunicado.

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A queda na encomenda da China Postel "é reflexo do fato" de que a Nokia comercializa seus aparelhos na China por meio de diferentes canais, e que a dimensão desses canais varia em épocas diferentes, disse Thomas Jonsson, porta-voz da Nokia.

A Nokia possui acordos com 3 distribuidoras nacionais e mais de 25 distribuidoras locais na China, segundo Jonsson. A empresa registrou vendas totais de 51,1 bilhões de euros no ano passado, o que representa alta de 24% em relação a 2006.

A Nokia ampliou sua fatia de mercado mundial em vendas de unidades para 40,4%, a partir dos 36,2% do quarto trimestre de 2006, segundo relatório da empresa de pesquisa Gartner Inc. A Samsung ampliou sua fatia de 11,3% para 13,4% e a Motorola viu sua participação recuar para 11,9%, a partir dos 21,5% dos últimos três meses de 2006. A Nokia registrou participação de mercado superior a 40% pela primeira vez em sua história. A Samsung manteve a segunda colocação com seus aparelhos finos Ultra, enquanto a Motorola não consegue lançar um substituto à altura do celular Razr.

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Telefonia móvel - Vivo pretende investir R$ 6 bi em 2008 e TIM receberá aportes de R$ 3,6(DCI 10.03.2008 B-2 Serviços)

O mercado de telefonia móvel receberá largos investimentos em 2008, principalmente devido à necessidade de aportes para a construção das redes de tecnologia de terceira geração (3G). A Vivo Participações, por meio do seu conselho de administração, submeteu à aprovação dos acionistas um orçamento de R$ 6,068 bilhões a serem investidos durante 2008. Desse montante, R$ 3,363 bilhões serão destinados à operadora, enquanto os R$ 2,705 bilhões restantes ficarão disponíveis para a holding aplicar nas outras empresas.

As fontes de financiamento seriam os R$ 124,478 milhões do saldo remanescente da conta de lucro acumulado e R$ 5,944 bilhões de recursos próprios ou de terceiros. Vale ressaltar que no ano passado a Vivo encerrou com R$ 2,25 bilhões em caixa, além de já ter contratado R$ 1,5 bilhão junto a bancos de fomento e de ainda ter disponíveis R$ 895 milhões do R$ 1,5 bilhão que conseguiu junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do qual apenas R$ 605 milhões foram desembolsados.

A TIM também irá investir forte, como afirmou seu presidente, Mario Cesar Pereira de Araújo. Na última sexta-feira, a Telecom Italia anunciou que irá investir 1,5 bilhão de euros (cerca de R$ 3,87 bilhões) na TIM Brasil em 2008. Para o triênio 2008-2010 os aportes chegarão a 3 bilhões de euros (cerca de R$ 7,7 bilhões).

As outras grandes do setor também prevêem aportes pesados este ano. A Claro deverá investir cerca de R$ 2 bilhões, enquanto Oi (ex-Telemar) e Brasil Telecom (BrT) anunciaram aportes de R$ 4 bilhões e R$ 1,9 bilhão, respectivamente.

Apoio

O diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Pedro Jaime Ziller, declarou apoio às mudanças na legislação que permitirão a compra da Brasil Telecom pela Oi. Segundo ele, essas mudanças deverão ficar prontas entre junho e agosto.

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Estratégia - Telecom Italia vê Brasil como área estratégica(DCI 10.03.2008 B-2 Serviços)

A Telecom Italia anunciou na última sexta-feira seu plano para o triênio 2008-2010. A empresa se dirigiu ao Brasil como área estratégica para o desenvolvimento do negócio internacional. Em nota, a Telecom Italia anuncia que sua intenção é se manter na liderança do setor de telefonia móvel e consolidar sua posição no mercado.

Por esse motivo, a empresa volta suas atenções aos novos mercados e pretende retomar seus planos de internacionalização. Assim, os mercados da Ásia, da África e da América Latina, onde já planeja fazer valer seu direito de compra da operadora argentina Telecom Argentina, são focos da empresa.

A companhia controladora da TIM no Brasil registrou lucro líquido de 2,2448 milhões de euros (cerca de R$ 6,31 milhões) em 2007, queda de 18% em relação a 2006. Para 2008, o faturamento esperado pela empresa é de 31 bilhões de euros (cerca de R$ 79,98 bilhões). A Telecom Italia é o quinto maior grupo do mundo na área de Telecomunicações.

Consulta pública

Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu processo de consulta pública sobre o novo regulamento do uso eficiente do espectro radioelétrico. As novas regras apontam a que as prestadoras de serviços de telefonia fixa, celular, MMDS (microondas), comunicação de dados e de radiodifusão terão de fazer uso, de forma eficiente, das freqüências outorgadas pela agência. O não-cumprimento resultará em pagamento de multa e até perda do direito.

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Investimentos - Ações de teles sobem com perspectiva de consolidação. Índice Itel aprenseta lara de 4,56% no ano, comprado com queda 3,15% do Ibovespa.

(Gazeta Mercantil 10.03.2008 B-3 Gazeta Investe)

A perspectiva de consolidação no mercado de telecomunicações tem impulsionado as ações das empresas de telefonia, que segundo analistas, têm potencial de valorização com novas operações de fusões e aquisições em vista. Só o Itel (Índice Setorial de Telecomunicações), que reúne as ações das principais empresas do setor negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) apresenta alta de 4,56% até a última sexta-feira, comparado com queda 3,15% do Ibovespa. Segundo a analista do setor de telecomunicações da corretora Brascan, Beatriz Bottelli, a expectativa de aquisição da Brasil Telecom pelo grupo Oi (antiga Telemar) tem impulsionado a valorização desses papéis. "As ação da Brasil Telecom PN estão com desconto em relação às da Brasil Telecom

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Participações e têm potencial de valorização, com preço-alvo de R$ 32,00", diz o analista.As ações da Telemar PN subiram 19,18% no ano até 7 de fevereiro deste ano por conta da possibilidade de consolidação. A corretora Brascan estima um preço-alvo de R$ 48,86 para os papéis. "A fusão irá gerar uma sinergia fiscal e operacional que poderá trazer ganho de receita para as empresas", diz Beatriz. A aquisição das ações da Brasil Telecom Participações ON pela Telemar deve gerar um prêmio para os acionistas da ordem de 15% com o tag along. Já no setor de telefonia móvel, Beatriz aposta nos papéis da Tim Participações PN, cotados na última sexta-feira a R$ 6,23, com preço-alvo de R$ 8,16 pela Brascan. Beatriz destaca que o crescimento da receita no setor de telefonia fixa não deve ser tão forte, e que os maiores ganhos das operadoras devem vir do segmento de telefonia celular e da expansão dos serviços de banda larga. Contudo, a maior competição nesse setor, com a redistribuição das atuações das operadoras após o leilão da tecnologia 3G, deve impactar o crescimento das receitas. As operadoras terão que aumentar os investimentos na expansão da rede e na base de clientes. "A entrada da Oi no Estado de São Paulo; da Claro, no Norte; e da Vivo, no Nordeste, deve acirrar a competição nessas regiões", afirma Luciana Leocádio, analista-chefe da Ativa Corretora. Uma opção, segundo Luciana, poderia ser investir em papéis de empresas de menor porte, como a GVT Holding, que atua em telefonia fixa e deve apresentar crescimento de 30% na base de clientes - pequenas e médias empresas e pessoas de alta renda.

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Telefonia - Propaganda de terceira geração. A chegada da tecnologia 3G e mudanças nas regras dos celulares abrem novo ciclo de investimentos em publicidade

(O Estado de São Paulo 10.03.2008 B-12 Negócios)

Marili Ribeiro

As companhias de telefonia andaram comedidas em seus investimentos publicitários no último ano. Em 2007, responderam por 4% do bolo publicitário, ante os 5% que representavam no ano anterior. Mas começam este ano com disposição para ganhar maior visibilidade. A estréia da regra da portabilidade a partir de agosto - que permitirá ao usuário mudar de companhia carregando o mesmo número -, é um dos fatores que mobilizam as áreas de comunicação das empresas.

Quem deu largada alertando para uma prática que favorece o consumidor antes mesmo da chegada da portabilidade foi a operadora Oi, ao sair alardeando em campanha publicitária, criada pela agência NBS, o desbloqueio dos aparelhos de sua base de clientes. “As empresas não podem cobrar pelo desbloqueio, a liberdade de escolha é um desejo do consumidor”, diz Flávia da Justa, gerente da Oi. “ Cada vez mais , não é o aparelho, e sim o serviço que vai reter o consumidor”.

O mercado sabe disso. Os números mais recentes disponíveis sobre o tema, em estudo feito no ano passado pela empresa de pesquisa Yankee Group, mostram que 57% dos paulistas, 50% dos mineiros e 36% dos cariocas trocariam de operadora se pudessem carregar seus atuais números. Eles se declaram insatisfeitos com os serviços prestados pelas empresas.

A agressividade da ação da Oi, que anuncia a permissão de uso em seus aparelhos do chip de qualquer outra operadora, incomodou os concorrentes. “A Oi cria desinformação ao não avisar que o desbloqueio é uma opção”, pondera Erike Fernandes, diretor de marketing da Claro. Para conquistar clientes, as empresas de telefonia móvel adotaram a estratégia de vender aparelhos subsidiados. E, para receber pelo “financiamento” dado ao comprador, atrelam a compra ao contrato de um ano de uso.

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Fernandes, entretanto, também reconhece que a chegada da portabilidade vai mesmo aquecer o mercado. “Caminhamos para uma saturação do mercado básico (hoje com 122 milhões de linhas) e haverá maior esforço de marketing para buscar os nichos para uso de mais recursos tecnológicos”, diz ele. Daí a campanha da agência AlmappBBO, que acaba de entrar no ar, ressaltando as vantagens da cobertura da tecnologia de terceira geração da operadora, que, ao aumentar a velocidade móvel dos serviços, permite entre outros a recepção da televisão digital.

Na mesma linha, a operadora BrT pôs no ar dois filmes para falar dos benefícios da banda larga móvel. Mais que isso, enfatiza, como diz o vice-presidente de criação da agência Leo Burnett, Ruy Lindenberg, as oportunidades para os usuários. “Criatividade junto com a tecnologia geram condições para o desenvolvimento de produtos atrativos que tornam a portabilidade um detalhe”, diz ele. “ A BrT tem promoções como ligações mais baratas aos sábado. Uma cliente nos contou que namora um jogador de futebol na Suécia. Seu gasto telefônico era absurdo, mas ela descobriu como falar 16 horas por mês de graça com ele. Telefona por quatro horas a cada sábado”.

A mudança que agita os negócios do setor, na opinião de José Luiz Liberato, diretor de Imagem e Publicidade da TIM, deve apenas servir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. “No final de semana, começamos a veicular uma campanha que avança na nossa comunicação, ao ressaltar uma mensagem que vai além do viver sem fronteiras. Quer passar a idéia de que o relevante é viver além da tecnologia”.

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Celulares com TV digital chegam às lojas até abril . A Vivo anunciou que terá modelos da Samsung e da Semp Toshiba, mas não descarta serviço pago de TV na rede 3G

(O Estado de São Paulo 10.03.2008 L-3 Link)

: Filipe Serrano

Quatro meses depois do lançamento da TV digital em São Paulo, finalmente será possível comprar celulares que sintonizam o sinal digital. A Vivo anunciou na terça-feira que venderá os primeiros telefones compatíveis com o novo padrão de transmissão. A operadora terá dois modelos, o CTV41 da Semp Toshiba - que foi testado pelo Link na edição passada - e o V820L da Samsung.

A Vivo afirma não ter fechado os preços dos telefones ainda. Mas de acordo com os fabricantes eles serão altos. O preço sugerido do CTV41 é de R$ 1.200. Já o V820L ficará entre R$ 1.600 e R$ 1.800. Ambos os modelos chegarão às lojas entre o final desse mês e o começo de abril, segundo a Vivo.

O anúncio da operadora coincidiu com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à fábrica da Samsung em Campinas. No mesmo dia o fabricante apresentou um modelo do V820L ao presidente.

Apesar de ter lançado os celulares, a Vivo não descarta que terá um serviço pago de televisão em sua futura rede 3G (tecnologia que permite a transmissão de dados para o celular com uma velocidade maior). 'São serviços complementares. Poderemos oferecer conteúdos e canais diferentes do que os da TV digital aberta', disse ao Link Hilton Mendes , diretor de desenvolvimento de terminais da Vivo.

A Claro inaugurou em novembro sua rede 3G em São Paulo e desde então os clientes que têm celulares compatíveis com a tecnologia podem assistir a nove canais de TV por assinatura, como CNN,

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Bloomberg, Cartoon Network e Discovery Channel. Ao contrário dos da TV digital, que é aberta e gratuita, a transmissão de TV da Claro é tarifada.

Questionada se pretende lançar celulares com TV digital, a operadora apenas afirmou que já oferece um serviço de televisão. Já a Tim, que deve estrear sua rede 3G até abril, afirma que seu foco está no crescimento com rentabilidade, ou seja, em canais pagos. A operadora deverá vender celulares com TV digital de acordo com a demanda dos consumidores.

A Oi também não respondeu se venderá celulares com TV digital. Apenas afirmou que já tem um serviço pago de televisão móvel.

MAIS UM MODELO

Depois da Samsung e da Semp Toshiba, a LG mostrou também na semana passada um protótipo de celular com TV digital. Segundo o fabricante, ele deve começar a ser vendido em outubro. Ainda não há uma previsão do preço do aparelho.

O nome do modelo é L705ix, uma versão adaptada de outro celular da LG, o Shine, que tem um botão de rolagem central, câmera de 2 megapixels com flash, porém, não é compatível com a tecnologia 3G. O modelo da Samsung é o único até agora que funciona em 3G.

Na apresentação do aparelho da LG para a imprensa, o celular captou apenas o sinal da emissora Record. E as imagens não ocupavam a tela inteira do aparelho. A antena do protótipo é fina e frágil, mas pode ser movimentada em qualquer direção, ao contrário da antena do celular da Semp Toshiba, que é fixa.

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Um exemplo de universalização do celular (O Estado de São Paulo 09.03.2008 B-16 Economia)

Ethevaldo Siqueira

Pela primeira vez no Brasil, um Estado de grande porte consegue universalizar o celular, levando a telefonia móvel a todos os seus municípios. Numa parceria entre três operadoras - Telemig Celular (hoje adquirida pela Vivo), Claro e Oi - e o governo estadual, Minas Gerais completa ainda neste trimestre a cobertura de seus 853 municípios, 412 dos quais não dispunham praticamente de nenhum sinal de telefonia móvel até o final de 2007.

O projeto, denominado Minas Comunica, com investimentos totais de R$ 282 milhões, é um bom exemplo de parceria público-privada em âmbito estadual, pois permitirá antecipar em alguns anos a cobertura de todos os municípios mineiros pelo sinal celular.

A determinação do valor do investimento decorreu de uma licitação reversa, ou seja, de uma concorrência em que foram selecionadas as operadoras que se dispunham a implantar a telefonia celular no maior número de cidades pelo menor custo. O governo de Minas adquiriu, então, debêntures dessas

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operadoras no valor do investimento necessitado para cada uma delas atender às cidades de seu lote. Essas debêntures serão resgatadas num prazo de 14 anos. Os recursos aplicados pelo Estado no projeto, por sua vez, são financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Para o governador Aécio Neves, o projeto Minas Comunica “é uma experiência nova e um marco nas parcerias público-privadas na área das comunicações”. E explica que, “diante do pouco interesse das operadoras do País em investir nas menores cidades e regiões mais pobres - como o Vale do Jequitinhonha, por exemplo - em virtude do baixo retorno do investimento, o governo do Estado de Minas se dispôs a participar com R$ 282 milhões da implantação do sinal de telefonia em 412 municípios mineiros que ainda não contavam com a telefonia celular”. O grande retorno das telecomunicações, em sua avaliação, vem, inexoravelmente, do desenvolvimento econômico dessas regiões e, sobretudo, dos avanços sociais proporcionados pela nova infra-estrutura.

“A telefonia celular, que no passado parecia ser um privilégio de poucos - relembra o governador - se tornou recurso essencial tanto para o desenvolvimento da economia local, como para a saúde, para a segurança pública e bem-estar e para o desenvolvimento de uma comunidade.”

O projeto de universalização do celular no Estado começou na gestão do ex-secretário do Desenvolvimento Econômico de Minas Wilson Brumer. Seu sucessor, Márcio de Araújo Lacerda, que está concluindo o projeto, recorda que, até aqui, apenas São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal haviam conseguido cobrir todos os seus municípios com a telefonia celular sem apoio governamental. “Mas isso só foi possível porque são unidades da Federação com maior renda per capita e muito menor extensão territorial do que Minas Gerais.”

A velha Telebrás considerava a simples instalação de um orelhão ou de um posto de serviço, como suficiente para a inclusão de um município entre os servidos pela telefonia fixa. Com base nesse critério, a telefonia fixa chegou a todos os municípios brasileiros, em 1982. Naquele ano, no entanto, o País tinha apenas 9 milhões de linhas e uma densidade de apenas 8 linhas por 100 habitantes.

Hoje, o Brasil conta com 40 milhões de linhas fixas e 123 milhões de celulares, o que perfaz um total de 163 milhões de acessos telefônicos e uma taxa de penetração de 89 telefones por 100 habitantes. Introduzida em 1990 no País, a telefonia celular cobre hoje 57% dos municípios, onde vivem 82% dos brasileiros. Sua densidade atual é de 64 celulares por 100 habitantes.

O BRASIL NO MUNDO

O mundo encerrou o ano de 2007 com 3,3 bilhões de celulares, número equivalente à metade da população do planeta ou a uma taxa de penetração de 50 por cento (50 celulares por 100 habitantes), segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e as consultorias Teleco, Wireless Intelligence e GSA/Informa Telecom.

Com uma base de mais de 121 milhões de celulares em serviço em dezembro de 2007, o Brasil ocupava o quinto lugar no mundo em número de telefones móveis, atrás da China (547 milhões), Estados Unidos (253 milhões), Índia (234 milhões) e Rússia (170 milhões).

No final de fevereiro, o País tinha 122,9 milhões de celulares em serviço e uma densidade de 64,5 telefones móveis por 100 habitantes, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O percentual de telefones celulares pré-pagos é de 80%.

As 10 unidades da Federação com maior densidade de celulares em fevereiro de 2008 eram as seguintes:

1) Distrito Federal, com 119,15 celulares por 100 habitantes;2) Rio de Janeiro (80,54)

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3) Mato Grosso do Sul (78,69);4) Rio Grande do Sul (76,79)5) Goiás (71,96)6) Santa Catarina (70,86)7) São Paulo (70,50)8) Minas Gerais (68,96)9) Mato Grosso (68,28)10) Espírito Santo (64,73)

Note, leitor: o Distrito Federal é primeira unidade da Federação a dispor de mais celulares em serviço do que gente: 119 por 100 habitantes.

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Anatel aprova transferência de controle da Amazônia Celular(ANATEL - 07.03.2008)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a operação de transferência do controle acionário da Tele Norte Celular Participações S.A., controladora da Amazônia Celular S.A., para a Telemar Norte Leste S.A., controladora da Oi. As ações da Tele Norte Celular Participações S.A., atualmente detidas pela Telpart Participações S.A., serão primeiramente adquiridas pela Vivo Participações S.A. que as repassará à Telemar Norte Leste S.A.

Com a publicação do Ato da Anatel hoje, no Diário Oficial da União, as autorizações para uso de radiofreqüências detidas pela Amazônia Celular foram extintas, mas poderão ser utilizadas no período de transição que tem duração de até 18 meses, prazo em que deve ocorrer a migração dos usuários para a Oi. Caso exista incompatibilidade entre o aparelho do usuário da Amazônia Celular e novos padrões tecnológicos, a Oi deve providenciar a substituição do telefone sem ônus para o usuário. Com 1.381.233 acessos em serviço, a Amazônia Celular atua nos estados do Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará e Roraima e possui cerca de 21% de participação no mercado de telefonia móvel da região.

A decisão do Conselho Diretor da Anatel sobre a operação foi tomada em sua 471ª Reunião, no dia 4 de março de 2008.

Documentos relacionadosAto nº 1261 DE 05 DE MARÇO DE 2008

http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalNoticias.do?acao=carregaNoticia&codigo=15580

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Telefónica quer iPhone para o Dia das Mães. Operadora entra em fase final de negociação com a Apple e pretende colocar aparelho à venda na América Latina em dois meses

(Folha de São Paulo - 09/03/2008 B-5 Dinheiro)

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No Brasil, celular seria vendido pela Vivo; exigência da Apple de ter parte da receita e de que aparelho seja subsidiado emperra negociações

CLÓVIS ROSSICOLUNISTA DA FOLHA

JULIO WIZIACKDA REPORTAGEM LOCAL

A Vivo está mais perto de lançar o iPhone no Brasil. As conversas entre a Telefónica, uma das controladoras da operadora brasileira, e a Apple, a fabricante do celular, atingiram a fase final de negociação.A Folha apurou que a operadora espanhola quer colocar o aparelho à venda na América Latina dentro de dois meses. No Brasil, a Vivo já teria os aparelhos para o Dia das Mães.Vários fatores favorecem a Telefónica na queda-de-braço com a Apple. O primeiro deles é a venda não-oficial de iPhones fora dos EUA e da Europa.Estima-se que cerca de 1,4 milhão de iPhones estejam em atividade no momento no mercado paralelo, já que apenas 2,3 milhões de aparelhos dos 3,7 milhões vendidos estão registrados nas operadoras com quem a Apple mantém acordo de exclusividade. Em média, um iPhone, que custa US$ 400 nos EUA, é vendido por US$ 600 em países como a China.Os analistas calculam que, se Steve Jobs, da Apple, não fizer nada para conter o mercado paralelo, perderá US$ 1 bilhão nos próximos três anos. Nessa conta não está incluída a receita gerada por serviços como o download de músicas e vídeos pela loja virtual da Apple, o iTunes. Só nisso, são mais US$ 120 anuais por cliente.No Brasil, não há números precisos sobre a quantidade de iPhones desbloqueados em atividade. Mas uma pesquisa feita pela consultoria Predicta mostra que o iPhone já responde por quase metade dos acessos à internet via celular.Em setembro de 2007 (três meses após o lançamento nos EUA), ele representava 10,8% dos acessos no Brasil. Em fevereiro, saltou para 49,7%.A Predicta é uma empresa brasileira que desenvolve softwares que monitoram a navegação de cerca de 25 sites brasileiros -incluindo portais e empresas. Juntos, eles respondem por mais de 90% dos acessos à web no país. "Conseguimos saber até que tipo de equipamento o internauta está utilizando quando chega a um desses sites", diz Cláudia Woods, diretora do departamento de inteligência da empresa.Toda vez que alguém se conecta à internet, seja pelo computador, celular, palmtop ou iPhone, recebe do servidor acessado uma informação chamada "cook". Ela fica salva na memória desses equipamentos, que, por sua vez, devolvem outro "cook" ao servidor contendo todas as informações da máquina, incluindo o sistema operacional. Como o sistema da Apple é único no mundo, é possível saber exatamente quantos acessos foram feitos no Brasil via iPhone, porque ele fica registrado no "cook".

Pé no freioÉ difícil avaliar se o acordo entre a Apple e a Telefónica será fechado. Na China, as negociações com a China Mobile, a maior operadora do planeta, com mais de 350 milhões de assinantes, não vingaram.Com a Telefónica, o que emperra a negociação é uma questão comercial. A Apple quer uma participação na receita da Vivo, a exemplo do que fez com a AT&T, nos EUA, a O2, no Reino Unido, e a Deutsche Telecom, na Alemanha. Além disso, ela quer que a Telefónica subsidie os aparelhos para que sejam vendidos a preços baixos, incentivando sua massificação.O problema é que esse modelo de negócio não faz mais sentido. Afinal, desde que o iPhone foi lançado, não pára de crescer a quantidade de desenvolvedores de programas que desbloqueiam o aparelho para que ele funcione em qualquer rede de telefonia móvel.É essa realidade que está pressionando a Apple a rever suas exigências. Por isso, é possível que, caso ela feche o contrato com a Telefónica, o aparelho seja vendido mais caro, porque não terá o subsídio normalmente concedido pelas operadoras de celular.

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Diretor da Anatel apóia união BrT-Oi e prevê 3 grandes teles. Para Pedro Jaime Ziller, movimento de consolidação das empresas é natural e necessário para a sobrevivência delas

(Folha de São Paulo - 09/03/2008 B-9 Dinheiro)

Diretor da agência estima que mudanças na legislação que poderão permitir compra da BrT pela Oi deverão ficar prontas entre junho e agosto

HUMBERTO MEDINADA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na avaliação do engenheiro Pedro Jaime Ziller, 62, diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as mudanças na legislação que poderão permitir a compra da Brasil Telecom pela Oi (ex-Telemar) deverão ficar prontas, para análise do Ministério das Comunicações e da Presidência da República, entre junho e agosto. Para Ziller, que já foi diretor da Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações, ligada à CUT), o movimento de consolidação das empresas é natural. Em entrevista exclusiva à Folha, ele disse que, no Brasil, deverão restar três grandes grupos oferecendo ao consumidor pacotes com vários serviços (telefonia fixa e móvel, internet e TV). A pedido das empresas e do Ministério das Comunicações, a Anatel está analisando modificações no PGO (Plano Geral de Outorgas), documento que define as áreas de atuação de cada empresa e, na sua forma atual, impede que uma concessionária de telefonia fixa compre outra. FOLHA - Como o senhor avalia as mudanças na regulamentação do setor de telefonia, pedidas pelo Ministério das Comunicações? Houve recomendação específica para suprimir dois artigos do PGO, além de outros pedidos mais genéricos. É o momento de fazer isso?

PEDRO JAIME ZILLER - Não concordo que veio coisa específica do ministério. A partir de uma carta da Abrafix [associação das teles], veio um documento que colocou algumas informações do que ele acha. E disse o tempo todo que era sob julgamento da Anatel, de acordo com aquilo que a Anatel entender. Houve sugestão do ministério para mexer em algumas coisas, mas não quer dizer que é para mexer. A Lei Geral de Telecomunicações diz que o PGO deve ser revisto periodicamente pela Anatel para que garanta competição e universalização. A gente vai analisar como é que deve ser feito. FOLHA - Mas o governo pede especificamente supressão dos artigos 7 e 14 do PGO... ZILLER - Em uma análise que ele [ministério] fez do PGO, imagina que por ali resolve uma série de problemas. Mas tem que ser analisado o contexto como um todo. A partir de um ofício do ministro, imediatamente a Anatel se mexe. Tem um grupo de trabalho em cima disso.

FOLHA - Como é a tramitação desse processo? ZILLER - Um grupo estuda tecnicamente, com todas as implicações, e faz uma proposta, que passa por uma consulta interna na Anatel. Depois passa para a Procuradoria, para ver se não há ilegalidade. É sorteado um conselheiro, que vira relator da matéria. Ele faz as considerações dele, muda o que achar que tem que mudar. Depois, o conselho diretor aprova um documento para ir a consulta pública. É um documento proposto. Aí, a sociedade contribui.

FOLHA - Como são analisadas as contribuições?

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ZILLER - A área técnica recebe o material todo e faz considerações. Ela é obrigada a responder a todas as contribuições. Informar se aceita ou não e os motivos. Uma nova proposta é feita, novamente passa pela Procuradoria e é colocada no conselho. O detalhe é que, depois da consulta pública, só pode ser mexido aquilo que foi objeto de contribuição.

FOLHA - E depois que o conselho aprova o texto final, o que acontece? ZILLER - Passa pelo conselho consultivo, que dá um parecer, que é anexado ao que foi aprovado pela Anatel. Isso é encaminhado ao Ministério das Comunicações e daí para o presidente da República, que faz um decreto.

FOLHA - O que a Anatel faz, então, é uma sugestão de mudança, que pode ou não ser acatada pelo presidente da República? ZILLER - Exatamente. O governo pode decidir que não quer a mudança sugerida pela Anatel. O decreto é expressão de vontade do presidente. Se o que a Anatel preparar estiver em desacordo com o que o presidente pensa, evidentemente ele pode não publicar o decreto. Agora, se for emitir um decreto, tem que passar por aqui.

FOLHA - Qual a fase atual do processo? ZILLER - Estamos na fase de estudos. Isso tem dez dias.

FOLHA - Quanto tempo leva esse processo? ZILLER - Normalmente, a gente procura fazer o mais rápido possível. Eu acho que de quatro a seis meses é um prazo razoável para concluir.

FOLHA - Para um processo complicado como mudar o PGO, não pode levar mais tempo? ZILLER - Essas coisas, apesar de toda a complexidade, não têm novidade nenhuma. Nós estamos analisando há muito tempo. Você tem uma situação no mundo que estamos acompanhando.

FOLHA - Já existe um entendimento de que é preciso mudar a lei, porque as mudanças já aconteceram do ponto de vista prático, de consolidação de empresas? ZILLER - Nos Estados Unidos, na década de 80, uma grande empresa foi dividida em sete menores, as "baby bells". E fizeram outras três empresas de longa distância. Passou o tempo e hoje nós temos três grandes empresas nos Estados Unidos: Sprint, Vodafone e AT&T. O Brasil tem um PIB per capita menor, menos habitantes e menor capacidade de investimento. Por que nós vamos ter um monte de empresas? Com uma tecnologia que exige muito investimento, tem que ter bala na agulha para investir. Isso exige empresas poderosas. Você não consegue manter uma empresa em permanente evolução sem ter bala na agulha.

FOLHA - Qual seria o cenário razoável para o Brasil? ZILLER - Hoje, você tem a TIM, a Embratel, a Telefônica/Vivo, a Oi e a Brasil Telecom. São cinco grandes grupos, mais a CTBC, que é um grupo razoável. Você tem seis grupos atuando no Brasil com áreas razoáveis. Eu não acredito que a gente passe de três.

FOLHA - Três grupos ofertando múltiplos serviços, fixo, móvel, internet e TV? ZILLER - Sem dúvida nenhuma. TV em um futuro não muito próximo, porque tem uma lei [Lei do Cabo, que impede as teles de oferecerem TV por assinatura por cabo]. Mas as coisas estão configuradas, você olha o mercado. Se você tem a Net com a Telmex e a TVA com a Telefônica, é razoável que isso aconteça.

FOLHA - Dado o movimento de fusões no mercado e de evolução tecnológica, o PGO ficou "anacrônico", como o ministério definiu? ZILLER - A carta da Abrafix e a carta do ministério catalisaram uma coisa que a Anatel tinha que estar fazendo. E estava fazendo, observando. De repente, veio uma carta que acelerou o processo de rever o PGO. Ou pode ser que a minha visão esteja errada e não seja para rever.

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FOLHA - Mas por trás da carta há uma conjuntura político-econômica, que é a possibilidade da compra da Brasil Telecom pela Oi, e aí o governo se colocou como interessado na possibilidade de haver empresa de capital nacional... ZILLER - Isso aí, esse interesse do mercado de fazer isso, agilizou o processo.

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BrT, Oi e o interesse público: falta clareza para a sociedade(Última Instância – 10.03.2008)

Luis Fernando Moncau No dia 12 de fevereiro de 2008, o Ministério das Comunicações solicitou à Anatel, a pedido da Abrafix (Associação Brasileira das Concessionárias de Telefonia Fixa), a apresentação de uma proposta de modificação do marco legal do setor de telecomunicações brasileiro.

A solicitação do ministério responde, implicitamente, ao interesse das operadoras na mudança das regras estabelecidas pelo Decreto nº 2.538/98 (Plano Geral de Outorgas), que impedem a fusão ou aquisição das concessionárias de telefonia fixa, ou seja, vedam compra da Brasil Telecom pelo Grupo Oi.

Para entender como a operação afeta o interesse público, o que é essencial para verificar se a proposta do governo atende ao princípio do direito administrativo que apregoa sua supremacia em relação aos interesses privados, é preciso observar o histórico do setor, os objetivos da regulação vigente e sua efetiva implementação.

Em 1998, quando da privatização do setor, o Plano Geral de Outorgas dividiu o país em quatro regiões: uma (todo o Brasil) só para os serviços de ligações de longa distância e três regiões para o serviço local. Leiloada a infraestrutura de telecomunicações, uma concessionária assumiu cada região, ficando proibida de atuar sob concessão nas demais áreas até que cumprissem metas de universalização estabelecidas no contrato. Na prática, o modelo buscava, primeiro, universalizar o serviço e, em segundo lugar, impedir justamente o que hoje se discute: a aquisição de uma empresa por outra, em prejuízo da competição.

Na região III (Estado de SP) passou a operar a espanhola Telefônica. No resto do Brasil venceram Oi (I) e BrT (II) para ligações locais e Embratel (IV), prestando o serviço de ligações de longa distância para todo o Brasil.

A almejada competição deveria se dar através da criação de empresas-espelho, que prestariam o serviço em regime privado (através de autorizações, e não concessões) sem obrigações de universalização. Além disso, após cumprir suas metas de universalização, cada concessionária poderia prestar o serviço nas outras regiões, competindo com as concessionárias vizinhas, também mediante autorização.

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Este modelo nunca vingou e, salvo raríssimas exceções, criou-se alguma competição com base nestas previsões. Mas havia também a previsão de outra medida para estimular a competição, jamais implementada efetivamente: a possibilidade de se promover a desagregação das redes. É o que está previsto no artigo 155 da Lei Geral de Telecomunicações (Lei nº 9.472/97):

Art. 155. Para desenvolver a competição, as empresas prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo deverão, nos casos e condições fixados pela Agência, disponibilizar suas redes a outras prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo.

Referido artigo prevê a possibilidade de que as empresas que detém a infra-estrutura cedam, a um preço razoável, suas redes para que outras prestadoras ofereçam os diversos serviços possíveis ao consumidor. Tal medida poderia estimular a concorrência, trazendo benefícios à coletividade.

Entretanto, sem testar esta possibilidade, discute-se a compra da BrT pela Oi. E as duas questões estão intimamente relacionadas, já que um dos argumentos que fundamentam esta aquisição é a situação de monopólio que cada empresa exerce em sua região. Em outras palavras, argumenta-se que, por já exercerem o monopólio do serviço de telefonia fixa nas suas respectivas áreas, as empresas não estariam eliminando um competidor, mas apenas mantendo o grau de concentração já existente.

Nada mais falso. Ao ponderarmos que o alto custo da criação de infra-estrutura neste mercado pode ser apontado com um dos maiores impeditivos para que as empresas viessem a disputar os mercados vizinhos, tem-se que a aquisição pode acabar por eliminar um competidor antes de se testar plenamente o potencial competitivo existente.

Indo além, observando-se as características do setor, deve-se avaliar como este elevado grau de concentração determinou o comportamento do consumidor no mercado. Sem competição na telefonia fixa, as tarifas ficaram impeditivas para a maioria da população e desde 2002 o número de linhas fixas estacionou em 39 milhões, enquanto a telefonia celular cresceu impulsionada pelo serviço pré-pago, que corresponde a 80,66% dos atuais 120 milhões de celulares.

Com a aquisição da BrT pela Oi, o quadro tende a se agravar. Na telefonia fixa, estará definitivamente enterrada a possibilidade de que a Oi venha a disputar os clientes da BrT na região II, e vice-versa. Na móvel, a única empresa controlada apenas parcialmente por uma concessionária (a TIM) pode fundir-se com a Vivo (do Grupo Telefônica) em uma medida de compensação à operadora espanhola. Isso tudo, sem levar em consideração o acesso à Internet, que tem na telefonia fixa a principal estrutura utilizada para o brasileiro se conectar (77% dos internautas em 2006, segundo o Comitê Gestor da Internet).

É a partir deste cenário que deve ser avaliado o interesse público que orientará as novas políticas do setor. E é somente a partir da explicitação das políticas públicas que o governo pretende adotar (o que ainda não ocorreu) que a sociedade poderá efetivamente controlar e participar das decisões governamentais, assegurando que o velho princípio da supremacia do interesse público não seja atropelado pelos anseios dos interesses privados em questão.

http://ultimainstancia.uol.com.br/colunas/ler_noticia.php?idNoticia=483793

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TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO

Compulsória - Protesto contra PEC da aposentadoria. AMB entrega a parlamentares manifesto com críticas à proposta que aumenta a idade limite.

(Jornal do Commercio 10.03.2008 B-7 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIAS

As manifestações contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que prevê o aumento da aposentadoria compulsória dos servidores públicos de 70 para 75 anos têm se intensificado. Na semana passada, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, esteve no Congresso para entregar às lideranças da Câmara dos Deputados documento no qual repudia a preposição. É que a PEC atinge em cheio os magistrados de primeira instância, que poderão ter a promoção retardada se desembargadores e ministros puderem permanecer por mais tempo em seus cargos.

O projeto está, agora, tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, onde aguarda pela designação de um relator.

O manifesto da AMB foi entregue ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia e aos líderes do PT, Maurício Rands; do PSDB, José Aníbal; e do DEM, ACM Neto. Além disso, os deputados receberam ainda o estudo, produzido pela AMB, que detalha os pontos de discordância da Associação em relação à proposta.

Segundo o estudo da entidade, o tratamento em grande parte dos outros países é até mais restritivo do que no Brasil, sendo que muitos adotam o sistema de mandato e/ou limite de idade máxima de 60 ou 70 anos.

Na Alemanha, por exemplo, a Corte Constitucional estabelece um mandato de 12 anos para os magistrados, atribuindo-lhes ainda o limite máximo de 68 anos de idade para permanência. O entendimento da entidade é de que o aumento da idade protela a renovação dos quadros das cúpulas dos tribunais, causando a paralisação do processo de criação e renovação da jurisprudência e prejudicando a modernização das práticas gerenciais.

atualização. De autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), a PEC visa justamente à modificação de uma norma que vem sendo mantida nas últimas Constituições. O objetivo, segundo o senador, é atualizar a Carta Magna em relação às mudanças da sociedade, entre elas o aumento da expectativa de vida do brasileiro. Ele lembra que a Constituição federal proíbe que alguém com mais de 70 anos possa ser servidor público ou até mesmo nomeado para cargos magistrados.

"Para nós, é estranho que renomados juristas com mais de 70 anos, que foram exemplares e eficientes servidores públicos, ou até mesmo ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, possam ser contratados para elaborar caríssimos pareceres jurídicos para a Administração Pública e sejam proibidos de atuar como integrantes das instituições públicas" disse o senador, na justificação da PEC.

expectativa. Para Simon, o aumento da expectativa de vida do brasileiro vem alterando o perfil etário da população e formando uma classe média com melhores condições educacionais. Por isso, ele acredita que a sociedade teria a ganhar caso fosse aumentado o limite de idade para o exercício da mais alta Magistratura. "Nada mais apropriado à atividade jurisdicional que esta seja exercida por julgadores calejados e experimentados, pois sabemos que a letra inerme da lei nem sempre é suficiente para estabelecer uma decisão ou sentenças justas", afirma.

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Se depender das associações, a proposta não será aprovada. Mozart prometeu voltar ao Congresso, nesta semana, para firmar a posição da AMB junto a outros parlamentares. Além disso, ele pretende encaminhar ofício para os presidentes de todas as associações filiadas, pedindo apoio para que mobilizem as bancadas de seus estados no sentido de barrar a aprovação da PEC.

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Agenda semanal - Orçamento e contribuição sindical agitam o Congresso. Câmara deve votar o projeto que reconhece as centrais sindicais; governo tentará aprovar a peça orlamentária mesmo

sem acordo com a oposição.(DCI 10.03.2008 A-5 Política)

O reconhecimento das centrais sindicais como entidades representativas é o destaque do Plenário da Câmara na pauta que começa a ser discutida amanhã. Os deputados devem votar as emendas do Senado ao Projeto de Lei 1.990/07, do Poder Executivo, que tramita com urgência constitucional e tranca os trabalhos juntamente com a Medida Provisória 404/07. A principal mudança feita pelas 6 emendas dos senadores exclui a exigência de o trabalhador autorizar desconto da contribuição sindical obrigatória em folha de pagamento, como aprovado pela Câmara na primeira passagem do projeto pela Casa.

Essa exclusão proposta pelo Senado foi possível graças a um acordo pelo qual o governo se compromete a enviar um outro projeto de lei ao Congresso para tratar das contribuições cobradas dos trabalhadores para financiar o movimento sindical.

O novo projeto deve propor uma forma de unificar ao máximo as diversas contribuições pagas: o imposto sindical (equivalente a um dia de trabalho por ano), a contribuição sindical (cobrada em dissídios), a contribuição confederativa mensal e a mensalidade do sindicato. O valor único teria ainda um teto.

Antes de discutirem o PL 1.990/07, os deputados têm de votar a Medida Provisória 404/07, que amplia de cinco para dez o número de dias de pagamento, na rede bancária, dos benefícios da Previdência Social de até um salário mínimo. O objetivo é evitar filas de aposentados e pensionistas. Antes da edição da MP, todos os benefícios eram pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês seguinte ao de sua competência. Permanecem nessa regra os benefícios de valor acima de um salário mínimo.

Tranca ainda a pauta o Projeto de Lei 2.105/07, que cria o Regime de Tributação Unificada (RTU) para a importação de mercadorias do Paraguai por via terrestre. O projeto tramita em conjunto com o PL 1.179/07, do deputado Rodovalho (DEM-DF), e permite o uso do novo regime pelos micro e pequenos empresários participantes do Simples Nacional (Supersimples), estipulando alíquota de 42,25% sobre o valor da compra. O PL 1.650/07 também tranca os trabalhos e prevê incidência das mesmas alíquotas do Imposto de Renda de pessoa física para os ganhos de transportador autônomo do Paraguai que preste serviços a operadora brasileira de transporte rodoviário internacional de carga.

Orçamento de 2008

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O vice-líder do governo na Câmara deputado Ricardo Barros (PP-PR) informou que se continuar o impasse que está impedindo que o plenário do Congresso vote o Orçamento, a votação ocorrerá mesmo sem acordo. "Temos que chegar a um acordo sobre tudo: Lei Kandir, tribunais, anexo, decisão de bancadas e fechar um acordo global. Não é possível que a gente vá concedendo e eles [oposição] não concedam nada. Ou temos acordo, ou votamos no plenário o que foi aprovado na comissão."

O governo está preocupado com o atraso na votação do orçamento. Por falta de acordo entre governo e oposição, a votação foi mais uma vez adiada para esta quarta-feira.

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que esteve no Congresso na semana passada, advertiu que o Executivo não vai deixar o País parar, caso o impasse continue. O governo já havia sinalizado que o Planalto poderia enviar medidas provisórias ao Congresso para garantir recursos aos projetos de desenvolvimento, em especial, às obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

Na opinião de José Múcio, as medidas provisórias seriam um último recurso. Ele garantiu, no entanto, que o objetivo do governo é tentar dar celeridade à aprovação do Orçamento. "O Brasil não pode parar. Nós temos responsabilidade com a gestão do País. Não podem faltar remédios nos hospitais. As obras não podem ser interrompidas. Vamos ver se dá para chegar [a um acordo] até quarta-feira."

Governo e oposição ainda vão fazer uma última tentativa de consenso amanhã. A oposição reivindica, entre outros pontos, o aumento de recursos para a Lei Kandir, de R$ 5,2 bilhões para R$ 20 bilhões. O 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, deputado Narcio Rodrigues (PSDB-MG), esclarece que são esses recursos que vão compensar as perdas fiscais dos estados exportadores. "Mas há uma resistência porque o governo também não equaciona. Em todos os momentos em que vamos votar o Orçamento não se resolve a questão da Lei Kandir, que diz respeito aos estados exportadores, que sempre saem prejudicados exatamente porque o governo não coloca e depois cabe ao Congresso alocar os recursos."

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Penhora online - Empresário vai à corregedoria contra bloqueio de conta(Gazeta Mercantil 10.03.2008 A-24 Direito Corporativo)

De março de 2007 a fevereiro deste ano, a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho do Tribunal Superior do Trabalho (TST) recebeu 216 pedidos de providência. Desses, 156 se referem à penhora on-line por meio do Bacen Jud. O empresário João Geraldo Souza Maia, da Construtora Ingá , não quis esperar a discussão chegar ao TST. No último dia 27, protocolou na Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (São Paulo), representação contra juíza do tribunal que ordenou o bloqueio de R$ 4,9 mil da conta bancária da construtora. Em janeiro, a juíza determinou o bloqueio da conta da construtora em um processo trabalhista contra a empresa Link Engenharia. Segundo o empresário, a magistrada considerou apenas o contrato social da sociedade, que existiu entre a construtora e a Link de 1992 a 1993. "Ela não poderia ter se baseado só nisso para pedir o bloqueio. Não fazemos mais parte da sociedade desde julho de 1993, conforme prova a certidão da Junta Comercial do Estado de Goiás, onde fica a empresa", diz indignado.

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Uma semana após o bloqueio, o empresário entrou na Justiça com embargos de terceiro com pedido de liminar para desbloqueio da conta. Como um mês depois nenhuma providência foi tomada, Maia resolveu entrar com a representação na corregedoria pedindo urgência na apreciação dos embargos e que sejam oficiadas todas as varas do tribunal para evitar futuras penhoras on-line da construtora em outros supostos processos contra a Link. "O bloqueio é um absurdo porque nossa construtora nunca havia sido chamada para participar do processo. Além disso, a quantia ficou bloqueada um ou dois dias e só depois uma delas foi transferida para uma conta judicial", critica Maia. Outros procedimentos Segundo a assessoria de imprensa do TST, em caso de reclamação, as partes de um processo, terceiros interessados e Ministério Público podem usar junto ao tribunal um instrumento jurídico chamado pedido de providência. No pedido, é preciso relatar e documentar os fatos e ministro corregedor analisa. Se ele acreditar que o pedido é procedente, abrirá pedido de providência para a regional relativa ao caso esclarecer o que ocorreu. A assessoria do tribunal afirma também que não há prazo para a resposta, mas ela costuma ser repassada em, no máximo, 30 dias. A corregedoria pode determinar quais providências devem ser tomadas pelo tribunal regional para solucionar o problema. A assessoria do TST diz que o ministro corregedor pode oficiar o juiz para suspender a decisão, por exemplo. Pelo site Banco Central também é possível fazer reclamações sobre o Bacen Jud. Mas, segundo Oromar José Novato, chefe da divisão de atendimento a demandas de informações do BC, a responsabilidade geralmente é do juiz que pediu o bloqueio e o problema deve ser levado à Justiça. Quando chega na ouvidoria, o BC explica quais medidas devem ser tomadas. O prazo para resposta da ouvidoria do BC é de cinco dias. "Problemas com o Bacen Jud são casos isolados. Tanto que no decorrer do ano passado somente da Justiça do Trabalho paulista foram recebidas pelo BC 271 mil ordens de bloqueio", diz Novato.

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Coisa julgada revista.(Valor Econômico 10.03.2008 E-1 Legislação & Tributos)

A coisa julgada não é um valor absoluto. Admite-se rescisão em julgado a sentença transitada em julgado tenha violado interpretação constitucional do Supremo Tribunal Federal (TSF), mesmo que a interpretação seja posterior ao julgado. Com este entendimento, unânime, os ministros do Supremo rejeitaram recurso de Maria Auxiliadora contra acórdão do Supremo que afastou a aplicação da Sumula nº 343 da corte e proveu um agravo regimental do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão do Supremo determinou que o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região apreciasse uma ação rescisória ajuizada pelo instituto em julgado daquela corte trabalhista, discutindo suposta violação ao direito adquirido, referente a reajustes decorrentes dos planos Bresser e Verão. O relator do processo, ministro Gilmar Mendes, reafirmou sua posição de que realmente não se aplica, neste caso, o enunciado da súmula. Isso porque, conforme o ministro, segundo o autor da ação rescisória, existe na matéria controvérsias sobre interpretação constitucional do Supremo.

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Previdência - Aposentadoria acima do mínimo vai subir 5%. Aumento será retroativo a 1º de março e beneficia cerca de 6 milhões de segurados do INSS

(O Estado de São Paulo 08.03.2008 B-8 Economia)

Isabel Sobral

O governo anunciou ontem que dará 5% de reajuste aos benefícios previdenciários de valores superiores ao salário mínimo. Na segunda-feira, deverá ser publicada no Diário Oficial da União uma portaria conjunta dos Ministérios da Fazenda e da Previdência concedendo o aumento com data retroativa a 1º de março. Com isso, os novos valores já deverão ser pagos na próxima folha, entre o fim deste mês e o início de abril, juntamente com o novo salário mínimo de R$ 415.

O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, em São Paulo, antecipando a decisão que, segundo o próprio governo, só seria tomada na terça-feira que vem, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá divulgar a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em fevereiro. O INPC é usado para a correção anual das aposentadorias, pensões e auxílios da previdência superiores ao piso.

“Se eventualmente a inflação foi maior, faremos o ajuste no mês seguinte”, afirmou o ministro. A estimativa inicial é que a inflação acumulada de março de 2007 a fevereiro deste ano fique em 4,97% e, com a autorização do presidente Luiz Inácio da Silva, o reajuste foi arredondado para 5%.

A antecipação do reajuste foi feita, segundo o Ministério da Previdência, para que haja tempo hábil para a Dataprev - empresa que dá suporte tecnológico ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - rodar a folha de pagamentos deste mês com os novos valores.

Com isso, será cumprido o acordo feito com as centrais sindicais em relação à política de reajuste do salário mínimo, que também previa a correção de todos os benefícios previdenciários na mesma data-base. São cerca de 6 milhões de segurados que recebem mensalmente do INSS mais do que um salário mínimo.

NOVO TETO

Com o reajuste, o teto de benefícios e de contribuições ao INSS subirá este mês de R$ 2.894,28 para R$ 3.098,99. Na segunda-feira, o ministério deverá divulgar a tabela completa de contribuições, segundo as diferentes alíquotas, para os trabalhadores com carteira assinada, autônomos e empregados domésticos.

O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Benedito Marcílio, disse que os segurados ficaram “decepcionados” com o porcentual de aumento anunciado pelo governo. A entidade protocolou na quinta-feira no Palácio do Planalto e no Ministério da Previdência uma carta reivindicando um reajuste igual ao que foi dado ao salário mínimo, de 9,21%.

“O aumento do mínimo impacta preços como os alimentos da cesta básica e medicamentos e, por isso, queremos um reajuste igualitário”, disse Marcílio. Ele anunciou que no dia 2 de abril a entidade pretende realizar no Congresso Nacional um dia de mobilização e pressão sobre os parlamentares por essa reivindicação.

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Controle sobre o crédito consignado (O Estado de São Paulo 09.03.2008 B-2 Economia)

Desde quinta-feira o governo introduziu mudanças no crédito consignado para aposentados do INSS: reduziu de 2,64% ao mês para 2,50% ao mês o juro máximo que pode ser cobrado pelos bancos, e nas operações com cartão de crédito consignado o juro máximo foi reduzido de 3,70% para 3,50% ao mês, enquanto o limite para as compras baixou de três vezes para duas vezes a renda mensal do tomador - conforme foi decidido pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

Aparentemente, juros mais baixos estimulariam a tomada de crédito, mas na prática não é isso que deverá ocorrer. Juros menores deverão, isto sim, desestimular alguns bancos de conceder empréstimos. Além disso, os bancos não poderão mais dar carência - de até seis meses - para o início dos descontos em folha. O que torna a operação menos interessante para o aposentado.

O que mais preocupou a Previdência foi que, em janeiro, os bancos comunicaram a emissão de 756 mil novos cartões consignados, 83% mais do que os 930 mil que já existiam em 31/12/2007, evidenciando que se dispunham a aumentar muito os empréstimos nessa modalidade.

O crédito consignado, com saldo de R$ 65,5 bilhões, representa 56,9% do total do crédito pessoal. As medidas tomadas ajudam a controlar a sua expansão. Combinadas com a restrição ao cartão consignado, é possível que haja uma redução no total da oferta de crédito. O INSS se alinha, assim, ao Banco Central na preocupação com o potencial inflacionário da evolução do consumo.

O crédito consignado a aposentados apresenta o risco de endividamento excessivo e de eventuais dificuldades dos tomadores de repagar os empréstimos, além de estimular pressões dos bancos para que os aposentados usem mais o cartão consignado, que tem juros maiores. Em dezembro, a Previdência já havia mudado as regras do consignado, reduzindo o comprometimento da renda, estimulando o uso dos cartões consignados e alongando os prazos de 36 meses para até 60 meses. Percebe-se, assim, certa insegurança do INSS na administração desse problema.

A redução dos juros poderá diminuir a competição entre os bancos, num segmento de baixo risco para todos. Pior será se os bancos passarem a unificar as taxas pelo teto máximo. Ou, ainda, se houver um retorno às reciprocidades, ou seja, às obrigações que os bancos impunham aos clientes para aprovar empréstimos.

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CONTTMAF impugna dispositivo que impede portuário aposentado de trabalhar em carga/descarga de navios

(STF - 07.03.2008)

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF) ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4035), com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando o parágrafo 3º do artigo 27 da Lei 8.630/93, que prevê a extinção do registro do trabalhador portuário em órgão de gestão de mão-de-obra (OGMO) nos portos, quando de sua aposentadoria.

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A Confederação alega que a aposentadoria é um ato voluntário que não impede o trabalhador de exercer trabalho remunerado. Entretanto, como o registro ou cadastro nos OGMOs é requisito indispensável para o desempenho de trabalho na carga e descarga de navios, o dispositivo impugnado impede o trabalho de pessoas que atuaram no setor, não raro, por toda a sua vida.

Dispositivos constitucionais violados

A CONTTMAF sustenta que o dispositivo impugnado viola o artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal (CF), que dispõe ser “livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendias as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, e o artigo 6º, CF, que inclui entre os direitos sociais o trabalho e a previdência social.

Afronta ainda, segundo a Confederação, o artigo 7º, III, CF, que garante a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, bem como a aposentadoria; o artigo 170, IV, CF, que dispõe ter a ordem econômica “por fim assegurar a todos existência digna” e, ainda, o artigo 193, V, segundo o qual “a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais”.

PrecedenteA CONTTMAF cita como precedente o julgamento, pelo STF, da ADI 1721, que teve como relator o ministro Carlos Ayres Britto. Nele, o tribunal declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 2º do artigo 453 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dispunha que a concessão de benefício de aposentadoria a empregado que não tiver completado 35 anos de serviço, se homem, ou 30, se mulher, “importa em extinção do vínculo empregatício”.

Na oportunidade, o STF firmou jurisprudência no sentido de que “a mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador não tem por efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego”.

Ao requerer medida liminar para que o dispositivo seja suspenso até o julgamento do mérito da ação, a Confederação argumenta que “o tempo decorrido entre a promulgação da lei (1993) e o ajuizamento desta ADI não é indicativo de desídia dos trabalhadores; apenas, de que seus efeitos assumem contornos negativos e insuportáveis na higidez somática, psicológica e financeira dos cidadãos banidos de seu universo do trabalho”.

O relator da ADI 4035 é o ministro Gilmar Mendes.

http://www.stf.gov.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=84520

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Idade limite para pagamento de pensão fixada a título de indenização é de 70 anos(STJ - 07.03.2008)

A idade limite para pagamento de pensão fixada a título de indenização por danos materiais é delimitada com base na expectativa média de vida do brasileiro, que hoje é de aproximadamente 70 anos. Com esse entendimento, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão que elevou a idade limite de 65 anos estabelecida na sentença para uma expectativa etária de 70 anos.

O caso trata de indenização por danos morais e materiais pleiteada por Clarice e Pedro Martinez contra o Clube dos Jangadeiros, em decorrência do falecimento do marido e pai, respectivamente, em acidente ocorrido nas dependências do clube. Em contestação e devido à existência de seguro contratado, o clube denunciou à ação a Sul América Terrestres, Marítimos e Acidentes Cia. de Seguros S.A.

Na primeira instância, o clube foi condenado ao pagamento de pensão mensal até a data em que a vítima completaria 65 anos, ao ressarcimento dos gastos efetuados com o funeral, à indenização de mãe e filho pelo dano moral sofrido, arbitrado em 500 salários mínimos e à constituição de capital cuja renda assegure o cumprimento da prestação alimentar. A denunciação à ação também foi julgada procedente, para condenar a seguradora a indenizar regressivamente o Clube dos Jangadeiros nos limites da apólice.

Na apelação, o clube e a seguradora tiveram seus pedidos negados. Entretanto a sentença foi reformada quanto ao valor do salário mínimo adotado (R$ 112 para R$ 100) para o cálculo da pensão e da idade limite para o pagamento da pensão (de 65 para 70 anos). No julgamento dos embargos de declaração (tipo de recurso), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul manteve o valor da pensão mensal conforme fixado na sentença.

Recurso especialO Clube dos Jangadeiros e os familiares da vítima recorreram ao STJ. O primeiro alegando que a decisão do TJRS, de elevar o limite de idade, divergiu da jurisprudência de outros Tribunais. Os segundos sustentando que o Tribunal não observou as hipóteses autorizadoras (omissão, contradição ou obscuridade) para julgar os embargos.

A relatora, ministra Nancy Andrighi, destacou que, apesar da existência de diversos precedentes do STJ estabelecendo em 65 anos a expectativa de vida para fins de recebimento de pensão, constata-se que muitos desses julgados datam do início da década de 90, ou seja, há mais de 15 anos.

Ressaltou, também, que informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em seu site na internet, dão conta de que, entre 1980 e 2006, a expectativa de vida do brasileiro elevou-se em 9,7 anos, atingindo os 72,3 anos e devendo chegar aos 78,3 anos em 2030.

“Na espécie, a vítima completaria 30 anos uma semana após o fatídico acidente, ocorrido em 15/6/1996, de sorte que, com base na tabela da Previdência Social, sua expectativa de vida era de aproximadamente 70 anos, refletindo o acerto da decisão recorrida, que deve ser mantida”, afirmou.

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Quanto ao valor fixado a título de pensão, a ministra disse que a decisão do TJRS, no julgamento da apelação, era de fato contraditória, na medida em que, não obstante ficasse evidente que compartilhava do raciocínio desenvolvido na sentença, obteve outro valor de pensão sob a falsa premissa de que o juiz de primeiro grau teria incorrido em erro material.

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=86731

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112 categorias poderão ganhar aposentadoria especial(Câmara - 07.03.2008)

Tramitam na Câmara 110 projetos de lei complementar (PLP), de autoria do deputado Cleber Verde (PRB-MA), que concedem aposentadoria especial, após 25 anos de contribuição à Previdência Social, para trabalhadores de 112 categorias profissionais. Segundo o parlamentar, esses trabalhadores estão expostos a agentes físicos, químicos e biológicos em nível acima da tolerância de nocividade à saúde ou à integridade física.

As propostas obrigam as empresas a descontar 6% da remuneração bruta de cada trabalhador para o regime previdenciário, além da contribuição normal (11%). O objetivo é garantir o equilíbrio fiscal da Previdência. Esse percentual extra já está previsto na Lei 9.732/98, mas Cleber Verde explica que poucas empresas recolhem o adicional à Previdência, o que acaba comprometendo o direito desses trabalhadores à aposentadoria especial.

Entre as categorias que serão beneficiadas estão, entre outras, os trabalhadores de indústria metalúrgica, petrolífera, de papéis, química, farmacêutica, de plásticos e borrachas diversas.

Risco gravePara ter acesso à aposentadoria especial, o trabalhador deverá exercer atividades que o obriguem a estar em contato permanente com agentes nocivos, como solventes, óleos e destilantes. Essas funções são classificadas pela legislação trabalhista como grau 3 - equivalente a risco grave - e são exercidas em áreas como refinarias, plataformas e dutos de gás e petróleo, por exemplo.

Os projetos beneficiam ainda os funcionários que trabalham com equipamentos de tensão elétrica superior a 250 volts e pressão sonora acima de 85 decibéis.

LegalizaçãoO deputado alega que as propostas apenas normatizam situação já conhecida nos tribunais brasileiros. Ele explica que são grandes as chances de essas categorias de trabalhadores conseguirem na Justiça o direito à aposentadoria especial, mesmo quando a empresa não recolheu o adicional de contribuição. O problema é que, nesses casos, a falta do recolhimento pressiona as contas da Previdência. As propostas, na sua opinião, resolvem essa questão financeira ao obrigar as empresas a recolher o percentual de 6%.

Para facilitar o acesso ao benefício, o trabalhador receberá o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), documento preparado pela empresa em que esta atesta o tipo de serviço executado por ele, indicando, inclusive, os agentes nocivos aos quais ele é exposto em sua atividade. O PPP deverá ser solicitado

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diretamente à empresa e, caso ela não o forneça em 30 dias, os projetos de lei prevêem multa diária de 10% do salário do requerente.

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118285

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Atividade de detetive particular poderá ser regulamentada(Câmara - 07.03.2008)

O Projeto de Lei 2542/07, do deputado José Genoíno (PT-SP), estabelece normas para a atividade de inteligência privada, profissão popularmente chamada de detetive particular. De acordo com o texto, para exercer a profissão, o interessado precisará de autorização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que será renovada anualmente.

Também serão requisitos para o exercício da atividade, segundo a proposta, ser brasileiro, não ter antecedentes criminais, ter idade mínima de 18 anos e ter concluído o ensino médio. O projeto exige ainda aprovação em curso de formação de agente, realizado em estabelecimento autorizado pela Abin; em exame de saúde física e mental; e em avaliação psicotécnica. O profissional também deverá estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

DefiniçãoA proposta define a atividade de inteligência privada como o trabalho de investigação, pesquisa, coleta e disseminação de informações, restritas ao conhecimento de fatos e situações de interesse e para uso de seus contratantes. Ela pode abranger a realização de serviços de controle e de avaliação de riscos, no campo da inteligência competitiva, com possível utilização de equipamentos, técnicas, materiais e pessoal especializado.

Segundo o projeto, a inteligência privada poderá ser exercida por pessoas e empresas e estará restrita ao território nacional, sendo proibida para estrangeiros. Os agentes poderão fazer vigilância individual ou institucional privada e realizar varreduras físicas. Também poderá realizar gravações, desde que a realização do serviço seja autorizada por um dos interlocutores envolvidos.

Além disso, o detetive poderá utilizar técnicas operacionais de inteligência, espionagem eletrônica, infiltração, cobertura, observação e investigação, sempre mediante a prestação de serviços controlados e fiscalizados e para atender a interesses privados legitimamente contratados.

PenalidadesO projeto estabelece punições para o agente ou empresa de inteligência que descumprir as determinações dessa regulamentação. As penas vão de advertência a multas de R$ 10 mil a R$ 5 milhões, além de proibição temporária de funcionamento ou atuação e cancelamento do registro.

O autor da proposta observa que a inteligência privada vem crescendo em todo o mundo, mas particularmente no Brasil, de maneira descontrolada. "Em nosso país, trata-se de um segmento informal da economia, porque não está sujeito a qualquer regulamentação normativa, embora praticada em

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grande parte em âmbito empresarial, que movimenta considerável volume de recursos a título de prestação de serviços", afirma o parlamentar.

TramitaçãoO projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2542/2007

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118280

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Comissário de vôo ganha adicional de periculosidade(TST - 07.03.2008)

A exposição ao risco não era fortuita ou eventual. Esse fator pesou na decisão da Justiça do Trabalho de conceder a um comissário de vôo da Tam Linhas Aéreas S.A. o direito ao adicional de periculosidade. A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou haver habitualidade da exposição ao risco, porque o comissário permanecia dentro da aeronave durante as operações de abastecimento, todos os dias, por cerca de uma hora.

Ao expor seu voto em sessão, o ministro Lelio Bentes Corrêa, relator do recurso de revista, esclareceu que, para ele, a área de risco de 7m de diâmetro contados a partir da bomba de abastecimento, a que se refere norma do Ministério do Trabalho, é tridimensional. No caso de uma explosão, concluiu o relator, “não haveria, obviamente, como conter os efeitos a apenas um plano; a área atingida seria tridimensional e, por isso, alcançaria também o comissário de vôo, que permanece na aeronave durante o abastecimento”. Submetida a votação, a decisão de rejeitar o recurso da Tam foi por maioria, pois foi vencido o ministro Vieira de Mello Filho.

O ministro Lelio manteve o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), por verificar sua perfeita consonância com a jurisprudência do TST. Segundo o relator, a alegação da Tam de que a decisão estaria em desacordo com a Súmula nº 364 não procede, pois a súmula diz que o adicional só é indevido quando o contato com o risco “dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido”.

Por outro lado, a súmula do TST estabelece que o empregado faz jus ao adicional de periculosidade quando exposto permanentemente, ou de forma intermitente, à condição de risco. De acordo com o ministro Lelio, o trabalhador era exposto ao fator de risco (abastecimento) de forma regular todos os dias, revelando-se a habitualidade da exposição ao agente perigoso. O risco acentuado justifica, no entendimento do relator, o direito à percepção do adicional. (RR-1598/2003-041-02-00.0)

(Lourdes Tavares)

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Recurso é válido se guia contiver pelo menos nome das partes(TST - 07.03.2008)

A ausência da indicação de outros elementos, além da identificação das partes, na guia de depósito bancária, é irrelevante para julgar a validade de recurso na Justiça do Trabalho. Com esse entendimento, a Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho reformou decisão da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho que, por sua vez, manteve entendimento da Justiça do Trabalho da 1ª Região (RJ) segundo o qual a ausência de identificação do Juízo e do número do processo, na guia de recolhimento, seria fator para o não conhecimento (rejeição) do recurso.

Trata-se de recurso da Usina Itaiquara de Açúcar e Álcool S/A, que havia recorrido ao TRT/RJ contra sentença em processo movido por um ex-empregado. O TRT rejeitou o recurso ordinário, por não constar da guia de recolhimento do depósito recursal a identificação do Juízo e o número do processo a que se referia.

A empresa recorreu então ao TST, mediante recurso de revista, e à SDI-1. O relator dos embargos, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, considerou que, ao contrário do entendimento do Regional, a existência de elementos de identificação das partes é suficiente para validar o recurso, apesar da ausência de identificação do Juízo e do número do processo na guia de recolhimento.

Após ressaltar que a decisão do TRT, tal como proferida, violou o princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, Corrêa da Veiga citou a Instrução Normativa n 18, do TST, que dispõe sobre os requisitos para a comprovação do depósito recursal. Com a decisão, a SDI-1 determinou o retorno do processo para que o Tribunal de origem aprecie o recurso como entender de direito. (E-RR-544658/1999.9)

(Ribamar Teixeira) http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_noticia=8359&p_cod_area_noticia=ASCS

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Empregadora doméstica é absolvida de pagamento de horas extras(TST - 07.03.2008)

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A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento ao recurso de uma empregadora doméstica de Barretos (SP) e isentou-a da condenação ao pagamento de horas extras a um empregado que trabalhava como vigilante em sua residência. O entendimento da Turma foi o de que, uma vez que a Constituição Federal exclui o trabalhador doméstico do direito às horas extras, não cabe ao juiz obrigar o empregador a pagá-las.

O vigilante foi contratado em setembro de 1996. Segundo a inicial, ao ser dispensado, em 2002, recebia o equivalente a dois salários mínimos, incluindo o adicional noturno e horas extras. Alegou que sua jornada era das 18h às 6h com apenas uma folga mensal, que trabalhava em domingos e feriados e gozava somente 20 dias de férias. Pediu seu enquadramento como vigilante noturno e a aplicação das normas pertinentes à categoria. A empregadora, na contestação, afirmou que contratou o trabalhador na condição de empregado doméstico, e não de vigilante noturno, e que sua jornada não correspondia à informada na inicial.

O juiz da Vara do Trabalho de Barretos (SP) registrou, na sentença, que se tratava de empregado doméstico. Mas observou que a empregadora optou pelo pagamento de alguns direitos de empregados urbanos não domésticos, como horas extras e adicional noturno. “Esses direitos, porque regular e habitualmente ofertados, passaram a integrar o contrato de trabalho, não podendo, assim, serem suprimidos unilateralmente”, concluiu o juiz, condenando a empregadora ao pagamento das horas extras.

A condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) sob o mesmo fundamento. “Ao conceder uma vantagem extra, reconhecendo um direito que o ordenamento jurídico não conferia ao trabalhador (seja por liberalidade, por reconhecimento etc.), a empregadora deve respeitar a regulamentação legal pertinente. Assumida a obrigação, durante a execução do contrato, cuja habitualidade importa na incorporação da respectiva condição, deve a reclamada cumpri-lo por inteiro”.

No recurso de revista ao TST, a empregadora sustentou que o TRT a obrigou a se enquadrar integralmente no regime jurídico da CLT, enquanto a Constituição Federal exclui a categoria dos domésticos do direito à hora extra e à limitação da jornada de trabalho diária e semanal – e não há lei que fixe tal jornada. O ministro Emmanoel Pereira, relator, deu-lhe razão. “A profissão de empregado doméstico tem disciplina na Lei nº 5.859/72, e o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal não contemplou esses trabalhadores com a jornada de trabalho de 44h semanais prevista no inciso XIII, nem com o direito à remuneração do serviço extraordinário do inciso XVI”, ressaltou. “Como a própria Constituição não traçou os limites da jornada de trabalho dos empregados domésticos, não cabe ao julgador fazê-lo, compelindo o empregador a cumprir obrigação que o ordenamento jurídico não lhe impõe”, concluiu, acrescentando que a vantagem concedida “por mera liberalidade não tem o condão de transformar o ato em obrigação legal”. (RR 1089/2002-011-15-00.3)

(Carmem Feijó) http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_noticia=8360&p_cod_area_noticia=ASCS

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IG é responsabilizado por débitos trabalhistas do portal Super11(TST - 07.03.2008)

A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão da Justiça do Trabalho da 2ª Região (SP) que responsabilizou o IG – Internet Group do Brasil pelo cumprimento dos direitos trabalhistas de um empregado do portal Super11. O trabalhador foi contratado, por tempo determinado, antes da negociação entre as duas empresas, na qual os principais bens do Super11, constituídos pelo seu acervo de clientes e usuários, foram cedidos ao IG.

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Segundo o relator do processo na Turma, ministro Guilherme Caputo Bastos, a cessão do “valioso patrimônio” do Super11 ao IG não pode prejudicar os empregados. “Sempre que tal cessão vier comprometer a satisfação das dívidas laborais, ter-se-á por operada a sucessão trabalhista”, afirmou. É a teoria da despersonalização do empregador, segundo a qual são os bens materiais e imateriais do empreendimento que respondem pelas dívidas trabalhistas, independentemente da personalidade de quem explore o patrimônio. Uma vez transferidos tais bens, as obrigações neles afiançadas os acompanham.

Contratado em maio de 2000, o empregado foi surpreendido com o fechamento da empresa em setembro do mesmo ano. “Quando os funcionários chegaram para trabalhar no dia 11 daquele mês, encontraram apenas um aviso na porta do edifício, notificando-os do encerramento das atividades da empresa”, afirmou. Cerca de 120 funcionários ficaram desempregados, sem receber seus direitos, inclusive salários atrasados. O fato foi divulgado amplamente na imprensa brasileira. As informações constam da ação interposta pelo reclamante na 7ª Vara do Trabalho de São Paulo, em 2001. A decisão lhe foi favorável.

Insatisfeita com o julgamento e com o fato de o Tribunal Regional ter arquivado o seu processo, o IG recorreu ao TST em agravo de instrumento, pretendendo o destrancamento do recurso. A Sétima Turma deu-lhe seguimento e, no julgamento, manteve o entendimento do Regional. Segundo o acórdão do TRT/SP, “as empresas tinham em comum o fato de serem provedoras gratuitas de acesso à Internet. Um dia, uma das empresas, em dificuldade financeira, decide fechar as portas (especialmente aos empregados, e sem pagá-los). Dois dias após, concorda em ceder o acesso de todos os usuários e visitantes ao site do concorrente. Recebe pela cessão, mas nada paga aos funcionários. A outra empresa, enquanto isso, permanece com todos os acessos da concorrente por um ano, captando clientes e expandindo sua participação no mercado, sem se importunar com os direitos trabalhistas sonegados”.

Ao acessar o portal do Super11, esclareceu o ministro Caputo Bastos, os clientes e usuários eram automaticamente redirecionados ao sítio do IG, o que lhe possibilitou aumentar o número de visitantes e, conseqüentemente, expandir sua participação no mercado publicitário. Embora prestem serviço gratuito, aqueles provedores são empresas que objetivam o lucro, sendo os seus clientes e visitantes que lhes garantem a receita.

“Uma vez alienado esse ativo, mesmo temporariamente, é evidente que as finanças da empresa tenham ficado comprometidas e afetados os contratos de trabalho firmados, até então garantidos virtualmente por todo o fundo de comércio. No plano geral, os direitos adquiridos pelos trabalhadores devem estar assegurados, não lhes importa a absorção do patrimônio do empregador por outra empresa”, informou o relator.

O ministro Caputo Bastos decidiu no mesmo sentido do que julgou a Terceira Turma em processo de relatoria do ministro Alberto Bresciani, em que figuravam os mesmos provedores. O processo foi julgado em dezembro de 2006 e publicado em fevereiro de 2007. (RR-39775/2002-902-02-40.5)

(Mário Correia)

http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_noticia=8358&p_cod_area_noticia=ASCS

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Paulo Paim vai ao Planalto pedir recomposição das aposentadorias(Senado - 07.03.2008)

O senador Paulo Paim (PT-RS) participa, nesta segunda-feira (10), no Palácio do Planalto, de reunião da bancada do PT com o governo, ocasião em que defenderá a votação urgente, pelo plenário do Senado, de dois projetos de sua autoria: o PLS 58/03, que recompõe o poder aquisitivo dos benefícios de aposentados e pensionistas, e o PLS 296/03, que acaba com o fator previdenciário, um redutor no cálculo dos benefícios da Previdência.

O senador informou também que exigirá do Congresso a deliberação sobre o veto que, em 2006, impediu o reajuste em 16,7% dos benefícios de aposentados e pensionistas. De acordo com Paulo Paim, os que se beneficiariam desse reajuste já estavam prejudicados pelo fator previdenciário e, com o veto, descobriram que o reajuste concedido a eles não chegava a um terço do oferecido ao salário mínimo .

Paim afirmou que a votação dos dois projetos de lei e a derrubada desse veto serão capazes de sanar grave crise enfrentada por mais de 25 milhões de aposentados e pensionistas do país. Ele disse esperar derrubar o fator previdenciário ainda em 2008. Também observou que, apesar de ter iniciado praticamente sozinho a luta em favor da recuperação do poder aquisitivo de aposentados e pensionistas, descobriu que hoje não faz mais uma caminhada solitária.

- Hoje, estão aqui comigo uns 30 parlamentares que também querem mudar o fator previdenciário. A diferença entre aquela época e agora é que aumentou a indignação. Os preços dos remédios e dos planos de saúde, assim como o custo de vida aumentaram em percentuais muito superiores ao do reajuste de aposentadorias e pensões. E isso é muito humilhante para os idosos - afirmou.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72450&codAplicativo=2

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Empregado rural de pessoa física equiparada a pessoa jurídica tem direito ao PIS

(TRT-MG - 07.03.2008)

Tem direito ao PIS o empregado rural cujo empregador seja pessoa física equiparada a pessoa jurídica pela legislação tributária. É este o teor de decisão da 7ª Turma do TRT-MG, com base em voto da juíza convocada Wilméia da Costa Benevides, rejeitando a tese de que o empregado rural não teria direito à verba, já que o empregador pessoa física não contribui para o PIS/PASEP.

A relatora esclarece que, desde a edição da Lei Complementar 07/70, todo empregado de pessoa jurídica ou empresa a ela equiparada pela legislação do imposto de renda passou a ter direito de participar do PIS: “A lei em comento não contém qualquer espécie de ressalva quanto ao empregado rural, sendo inegável que ele também terá direito de participação no referido Programa” - completa. Também o artigo 239 da Constituição Federal, ao prever a concessão do abono anual aos que recebem menos de dois salários mínimos, não faz nenhuma distinção quanto aos empregados rurais.

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Por sua vez, o artigo 150 do Decreto 3.000/99 equipara a pessoa jurídica, para efeito do imposto de renda, as empresas individuais, entre as quais estão também as pessoas físicas que explorem profissionalmente qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com finalidade de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços. “No caso, o próprio recorrente admitiu que possui cadastro de empresa individual, razão pela qual não há dúvida de que deveria ter providenciado o cadastro do autor no PIS” – conclui a juíza, negando provimento ao recurso da reclamada.

( RO nº 00811-2007-058-03-00-6 )

http://as1.mg.trt.gov.br/pls/noticias/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ACS&p_cod_noticia=1531

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Empregadores que enganaram o juízo sobre sua real atividade são condenados por litigância de má-fé

(TRT-MG - 07.03.2008)

A 2ª Seção Especializada em Dissídios Individuais, acompanhando voto da relatora, juíza convocada Taísa Maria Macena de Lima, deu provimento a ação rescisória proposta pelo espólio reclamante para rescindir o acórdão (decisão de 2º Grau) proferido na ação principal, procedendo a novo julgamento do recurso aviado naquele processo. É que foi constatado que, no processo original, os reclamados agiram de má-fé para induzir o juízo a erro, tendo sido proferida decisão equivocada por esse motivo.

Na ação trabalhista, em que o espólio do empregado falecido postulou o pagamento de verbas e direitos previstos na convenção coletiva dos trabalhadores em construção civil, os pedidos foram julgados improcedentes por ter a sentença acolhido a tese da defesa de que a ré era pessoa física que não exerce atividade econômica. Como ficou convencido de que o empregado havia trabalhado apenas na construção da própria residência da empregadora, o juiz concluiu que ele não poderia ser enquadrado como empregado das indústrias que representam aquela categoria profissional. A conclusão, portanto, foi de que o vínculo empregatício seria de natureza doméstica, já que a construção de um imóvel residencial não poderia ser equiparada à construção civil para fins de enquadramento sindical. Esse entendimento foi mantido pela Turma que julgou o recurso da autora.

Como a viúva não conhecia o local de trabalho de seu marido, foi também enganada pela ré, acreditando na alegação contida na defesa. Somente após o trânsito em julgado do acórdão tomou conhecimento de que a ré e o seu respectivo marido, que é engenheiro civil, são sócios, desde 1991, de uma empresa que atua no ramo da construção civil, construindo prédios de apartamentos na região do bairro Buritis.

Para comprovar suas alegações, a viúva apresentou uma série de documentos novos, como o contrato social da empresa dos réus, fotografias de prédios em construção com placas ostentando os nomes de ambos, além de certidões cartorárias que atestam que estes são legítimos possuidores, não de uma residência, mas sim de todas as unidades que compõem um condomínio residencial.

Ou seja, tanto a viúva, quanto os magistrados foram induzidos a erro pela ré que, agindo com dolo, deliberadamente mentiu em juízo. Casos como esse estão previstos no artigo 485, inciso IX, do Código de Processo Civil, que determina a rescisão (anulação) da sentença ou acórdão transitados em julgado.

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Ocorreu, no caso, um erro de fato, apurável por simples exame dos documentos juntados aos autos. “A hipótese aqui retratada não é a da parte que silencia a respeito de fatos contrários a ela ou que faz afirmação de fato inverídico, sem má-fé, mas sim de deliberada alteração da verdade, caracterizando tal proceder ardil do qual resulta o desvio do juiz de uma sentença justa” – declara a juíza. Isto porque, se a ré não tivesse ocultado a sua atividade econômica, o resultado da demanda seria outro, pois o falecido teria sido enquadrado como empregado das indústrias da construção civil, com direito às vantagens previstas na CCT da categoria.

Decretando a rescisão do acórdão proferido no processo principal, a Seção Especializada passou imediatamente ao rejulgamento da causa, a teor do artigo 488 do CPC. Como a defesa apresentada pela ré havia se limitado a impugnar o seu enquadramento como integrante da categoria econômica, não contestando os pedidos formulados, presumiram-se verdadeiras as alegações do autor, nos termos do artigo 302 do CPC, sendo deferidas à viúva indenização por morte no valor de R$10.800,00, indenização correspondente a 50 kg de alimento (R$122,46) e pagamento de multa por descumprimento da CCT, no valor de R$19,07.

A reclamada foi ainda condenada por litigância de má-fé (art. 17 do CPC) e por ato atentatório à dignidade da Justiça, ao tentar alterar a verdade dos fatos, mesmo diante de documentos cartorários incontestáveis. A multa, de 1% sobre o valor da causa, será revertida em favor do espólio autor.

( AR nº 00517-2007-000-03-00-7 )

http://as1.mg.trt.gov.br/pls/noticias/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ACS&p_cod_noticia=1530

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BENEFÍCIOS: Marinho anuncia reajuste para quem ganha acima do piso. Portaria com novos valores será publicada no Diário Oficial de segunda-feira

(MPAS - 07.03.2008)

Da Redação (Brasília) – O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, informou hoje (7), em São Paulo, que os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão reajustados em 5%. A correção é retroativa a 1º de março. Com isso, o valor máximo dos benefícios e das contribuições passa de R$ 2.894,28 para R$ 3.038,99. A decisão foi tomada em comum acordo com o Ministério da Fazenda e autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Marinho disse que a Dataprev já está preparando a folha de pagamento de benefícios deste mês com esse aumento. O governo decidiu antecipar a decisão para ter tempo de rodar a folha com os novos valores, que são reajustados anualmente com base no INPC. Como o índice de fevereiro só será divulgado pelo IBGE no dia 11, o governo decidiu fixar em 5% o reajuste e fazer eventuais ajustes posteriormente, caso a inflação seja diferente desse número. A estimativa inicial é que a inflação acumulada de março de 2007 a fevereiro deste ano fique em 4,97%.

A portaria, assinada pelos ministros da Previdência Social e da Fazenda, deve ser publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (10). A norma estabelece também os novos valores da tabela de contribuição ao INSS e corrige os diversos benefícios pagos pela Previdência Social, como pensões especiais, salário-família e auxílio-reclusão.

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O piso das aposentadorias e pensões foi corrigido anteriormente, com o aumento do salário mínimo, que passou de R$ 380 para R$ 415 em 1º de março. http://www.previdencia.gov.br/agprev/agprev_mostraNoticia.asp?Id=29506&ATVD=1&DN1=07/03/2008&H1=13:15&xBotao=0

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Funcionários em perigo: Qual é responsabilidade da empresa pelos acidentes?(Consultor Jurídico – 10.03.2008)

por Ana Paula Simone de Oliveira SouzaGrande parte dos entendimentos da Justiça são no sentido de que a responsabilidade do empregador no caso de acidente do trabalho é objetiva, ou seja, independe de culpa ou dolo. Basta a ocorrência do dano e do nexo de causalidade — comprovar que a causa foi o trabalho — para surgir o dever de indenizar.

No entanto, em recente decisão, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas) julgou improcedente o pedido de indenização por acidente de trabalho, em processo movido por familiares de um mecânico, que faleceu em um acidente quando desempenhava suas atividades dentro da empresa, modificando o entendimento adotado pelo juízo de primeiro grau.

Isso porque, de forma oposta à maioria, a decisão do TRT-15 enfatiza os quatro pressupostos fundamentais da responsabilidade civil: ação ou omissão, culpa ou dolo do agente, relação de causalidade e o dano experimentado pela vítima, aderindo à teoria da responsabilidade subjetiva. Ou seja, no entendimento a decisão não foi tomada sem avaliar cautelosamente todos esses elementos.

Para o juiz relator do caso, o desembargador Eurico Cruz Neto, “a culpa é elemento indispensável à condenação da reclamada ao pagamento da indenização pretendida por seus familiares”. Nesse sentido, o artigo 186 do Código Civil estabelece que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Longe de se ter um entendimento pacífico na doutrina e na jurisprudência, é certo que existe uma enorme tendência do Judiciário em responsabilizar o empregador no caso de infortúnio com seu empregado, independentemente da apuração de dolo ou culpa.

A maioria das decisões dos tribunais está amparada no artigo 927, parágrafo único, do Código Civil, que estabelece que “haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.

No entanto, como bem enfatizado pela decisão, o perigo de uma análise distorcida acerca do acidente do trabalho pelo Judiciário pode levar a uma grande injustiça com a empresa, caso ela tenha tomado todas as precauções para evitar o fato.

Nas palavras do magistrado: “Daí, vem certo cidadão na contramão de todas as providências corretas tomadas por essa empresa, contrário a todas as regras do bom senso. Acreditando que nada irá lhe

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acontecer, num impulso de curiosidade ou simplesmente por pressa em terminar seu serviço, comete um ato eivado de negligência, imprudência ou imperícia que culmina num grave acidente que lhe traz conseqüências com seqüelas irreparáveis ou, na pior das hipóteses, o levam à morte”.

A essa tendência jurisprudencial é somado o princípio da eqüidade, pelo qual o empregador, obtendo lucro pelo trabalho prestado pelo empregado, deve responder, independentemente de culpa ou dolo, pelo risco do seu negócio.

Essa tendência leva as empresas a estarem mais atentas em relação à saúde e segurança no ambiente de trabalho.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/64496,1

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Insalubridade: STF contraria Súmulas do TST e artigo da CLT(Correio Forense – 10.03.2008)

A base de cálculo do adicional de insalubridade tem sido um assunto polêmico entre os tribunais. Em recente processo que chegou ao Supremo Tribunal Federal, por meio de recurso extraordinário, a Suprema Corte determinou que outro critério fosse fixado para o cálculo do adicional de insalubridade de empregado de uma companhia siderúrgica, uma vez que considerou inconstitucional a adoção do salário mínimo, na forma do artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal. O STF, portanto, determinou que o cálculo fosse efetuado sobre o salário contratual, e não sobre o salário mínimo.

“O artigo 7º veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. Mas essa decisão pode reabrir a discussão sobre o tema. Ela contraria a Súmula 228, do próprio TST, que define o salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade”, explica a advogada Sandra Martinez Nunez, do escritório Peixoto e Cury Advogados. Ela diz que a Súmula 228 do TST prevê como exceção à regra (vide Súmula 17, restaurada em 2003) apenas os casos definidos por lei, convenção coletiva ou sentença normativa, fixando então o salário profissional como base. “Dessa maneira, passou a ser entendimento em diversos tribunais que o salário mínimo seria sempre aplicável quando não houvesse piso da categoria fixado por norma coletiva ou salário profissional estabelecido por lei”, completa Sandra.

O adicional de insalubridade ainda possui regramento próprio na Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 192, que estabelece o percentual em cima do salário mínimo, conta a advogada. “Isso porque, mesmo após a promulgação da Constituição Federal, o TST manteve seu entendimento de que o legislador constituinte, em seu artigo 7º, inciso IV, procurou apenas impedir que o salário mínimo fosse utilizado como fator de indexação aos contratos em geral, o que não seria o caso do pagamento do adicional de insalubridade”. Com esse entendimento foi publicada a Súmula 228, do TST, ratificando o salário mínimo como base de cálculo desse adicional.

“No caso específico da empresa siderúrgica, a Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST, seguindo a determinação do STF sobre o tema, reformulou sua própria decisão anterior e definiu que o cálculo não fosse feito com base no salário mínimo dada a ausência de salário profissional definido nos termos da Súmula 17, adotou-se o salário contratual do empregado como base de cálculo do adicional de insalubridade”, diz Sandra.

Fonte: Sandra Martinez Nunez, advogada trabalhista do escritório Peixoto e Cury Advogados.

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http://www.correioforense.com.br/noticias/noticia_na_integra.jsp?idNoticia=29065

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O que rege a prova e a distribuição do ônus da prova no processo do trabalho(Última Instância – 10.03.2008)

Aparecida Tokumi Hashimoto Nesta coluna, fazemos breves considerações a respeito dos princípios que regem a prova no processo do trabalho e, bem assim, sobre a distribuição do ônus da prova.1. Princípios que regem a prova no processo do trabalhoa) Princípio da unidade da prova: a prova deve ser apreciada em seu conjunto (documentos, testemunhas, perícia etc) e não isoladamente.

b) Princípio da imediatidade (ou imediação): esse princípio está consagrado nos artigos 848 da Consolidação das Leis do Trabalho, que faculta ao juiz, de ofício, interrogar as partes, e 852-D, que confere ao juiz ampla liberdade para determinar as provas a serem produzidas, de acordo com o ônus probatório de cada parte.

c) Princípio da lealdade ou probidade da prova: as partes devem agir com lealdade e eticidade, pois num plano ideal se pode afirmar que os sujeitos do processo estão interessados em que a verdade dos fatos apareça. Por isso, o legislador processual cuidou de instituir uma punição ao litigante de má-fé, que se caracteriza, dentre outras coisas, por alterar, intencionalmente, a verdade dos fatos e por fazer uso do processo com o intuito de conseguir objetivo ilegal (Código de Processo Civil, artigo 17, II e IV, respectivamente).

d) Princípio da necessidade da prova: as alegações das partes não são suficientes para o convencimento do juiz, sendo necessário que provem os fatos alegados para que o órgão judicante os admita como verdadeiros, salvo se se tratarem de fatos notórios, incontroversos ou presumidos pela lei como existentes ou verdadeiros (CPC, artigo 334 e incisos). Isso porque a lei exige que o juiz decida, que forme a sua convicção, com base nas provas produzidas nos autos.

e) Princípio do contraditório e da ampla defesa: as partes têm o direito de se manifestarem reciprocamente sobre as provas apresentadas e de realizar a contraprova, estabelecendo-se, assim, o contraditório. O contraditório é uma característica comum a todo o processo, estando assegurado no artigo 5º, LV, da Constituição Federal. No princípio do contraditório se fundamenta outro princípio constitucional, o direito de defesa: a parte contra a qual se produziu a prova tem o direito de impugná-la pelos meios previstos em lei.

f) Princípio da igualdade de oportunidades: o juiz deve dar igual oportunidade às partes de, querendo, produzir provas. O tratamento igualitário que o juiz deve dispensar às partes está previsto no artigo 125, I, do CPC.

g) Princípio da legalidade: a produção das provas subordina-se à observância dos requisitos impostos pela lei, como os de tempo, lugar, meio, adequação etc.

h) Princípio da obrigatoriedade da prova: há doutrinadores que sustentam que a parte tem a obrigação de provar em juízo a verdade dos fatos em que se funda a inicial ou a resposta. Entendemos que não há

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obrigação de produzir prova, mas, sim, um ônus de provar, perante o juiz, a veracidade dos fatos alegados para que sejam admitidos como verdadeiros.

i) Princípio in dubio pro operario. A questão da aplicação do princípio in dubio pro operario no processo do trabalho é questão controvertida.

Para Américo Plá Rodrigues o princípio in dubio pro operario representa “o critério segundo o qual, no caso em que uma norma seja suscetível de entender-se de vários modos, deva-se preferir a interpretação mais favorável ao trabalhador” (Princípios de Direito do Trabalho, 3ª ed. São Paulo. LTr, p. 107).

É induvidosa a aplicação do princípio do in dubio pro operario tanto na interpretação do direito material, quanto do direito processual do trabalho, porque a legislação trabalhista está fundamentada na proteção do economicamente mais fraco. O discutível é quanto a sua aplicação no âmbito da valoração da prova. Américo Plá Rodrigues, Luiz Pinho de Pedreira da Silva, Mozart Victor Russomano e Francisco Meton Marques de Lima, dentre outros, são partidários da aplicação desse princípio em matéria processual atinente à valoração da prova. Para esses autores, sempre que o juiz estiver hesitante entre duas soluções propostas, em face da avaliação da prova, deve decidir em favor do empregado.

Em sentido oposto, outros doutrinadores sustentam o não cabimento do princípio in dubio pro operario em matéria processual de valoração da prova.

Entendemos que, no caso de prova dividida, o juiz deve adotar como critério de julgamento a decisão contra o detentor do ônus da prova. Contrariamente, sustenta Júlio César Bebber que, no caso da chamada prova dividida, o juiz deve solucionar a lide pela análise da melhor prova, utilizando-se do princípio da persuasão racional” (Processo do Trabalho. Temas Atuais. 2003. São Paulo. LTr. p. 84)

2. Distribuição do ônus da prova no processo do trabalho O ônus da prova diz respeito à necessidade de a parte produzir prova dos fatos alegados, que sejam relevantes e controvertidos, para que a causa seja decidida a seu favor, pois não há obrigação legal de produzi-las. De acordo com o artigo 818 da CLT “o ônus de provar as alegações incumbe à parte que as fizer”.

Todavia, em razão da simplicidade dessa regra e, não obstante a inexistência de omissão no texto consolidado, acabou prevalecendo a sua aplicação conjugada com o artigo 333 do CPC, segundo o qual: “O ônus da prova incumbe I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”. Essa regra do ônus da prova é adotada em relação à equiparação salarial, conforme se vê da Súmula 06, VII do Tribunal Superior do Trabalho: “É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial”. Da mesma forma, no que respeita ao vale-transporte, a prova do fato constitutivo é do autor-empregado que deve comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à sua obtenção: OJ 215 da SBDI-1 do TST: “É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte”.

A jurisprudência trabalhista, entretanto, vem mitigando a rigidez das regras insertas nos artigos 818 da CLT e 333 do CPC, passando a admitir a inversão do ônus da prova em determinados casos, como da jornada de trabalho, como se vê da Súmula 338 do TST: I – É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do artigo 74, § 2º da CLT. A não apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.

Quanto ao término da relação de emprego, o TST sufragou a regra de que cabe ao empregador o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negada a prestação de serviço e a dispensa, em face do princípio da continuidade da relação de emprego constituir presunção a favor do trabalhador (Súmula 12). Embora pareça que o empregador terá que fazer prova de fato negativo, defendem os

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doutrinadores que toda negação contém, implicitamente, uma afirmação. Assim, no caso da Súmula 12, o empregador, ao alegar que não despediu o empregado, irá afirmar que este abandonou o emprego ou se demitiu.

A condição de hipossuficiente do empregado é que autoriza o juiz do trabalho a adotar a inversão do ônus da prova, cuja regra está consagrada no CDC, artigo 6º, VIII e também no artigo 852-H da CLT. O artigo 6, VIII, do CPC, dispõe que “são direitos básicos do consumidor: (...) VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência”. E o artigo 852-H da CLT dispõe: “O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerando o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica”. Embora o artigo 852-H da CLT trate especificamente de matéria de prova no procedimento sumaríssimo, não impede o juiz de aplicá-la no procedimento ordinário, levando em conta as dificuldades do trabalhador na produção da prova e o princípio da aptidão para a prova (deve provar aquele que estiver apto a fazê-lo, independentemente de ser autor ou réu).

A distribuição legal do ônus da prova só tem relevância prática quando a questão for decidida com base em provas e nenhuma das partes produziu qualquer outra, hipótese em que o juiz solucionará a controvérsia com base no encargo probatório. Tal situação ocorre, igualmente, quando a prova está dividida.

http://ultimainstancia.uol.com.br/colunas/ler_noticia.php?idNoticia=48376

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TRANSGÊNICOS

Grãos - Argentina supera seca e terá safra recorde de soja,diz Monsanto. A conlheita do produto na safra deste ano deverá totalizar entre 45 milhões e 48 milhões de toneladas.

(DCI 10.03.2008 B-3 Agronegócios)

Apesar dos problemas com a seca, a Argentina deverá produzir uma safra recorde de soja porque a utilização de sementes transgênicas e as chuvas registradas no fim do verão ajudaram os agricultores daquele país a superar os efeitos da estiagem, disse a Monsanto Co.

O aumento da área plantada e o uso de sementes geneticamente modificadas, resistentes à seca, vão neutralizar as perdas de produção, disse Juan Ferreira, principal executivo da Monsanto para o Cone Sul, em entrevista concedida ontem em Armstrong, na Argentina.

A produtividade pode ficar menos de 5% inferior à do ano passado, disse ele. Mais de 19 milhões de hectares foram cultivados com sementes transgênicas na Argentina, entre as quais as de soja e de milho patenteadas pela Monsanto, segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicativos Agro-Biotecnológicos. É a segunda maior área plantada do mundo nessas condições. A produção "vai ser maior este ano apenas devido ao aumento da área cultivada", disse Ferreira. "Só o que ouço é que as nossas tecnologias estão dando muito bons resultados."

Safra

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Uma safra superior à prevista na Argentina, o terceiro maior exportador mundial de soja, deverá restabelecer os estoques mundiais, cujas baixas reservas ajudaram a guindar a soja para a cotação recorde de US$ 15,8625 por bushel (unidade de medida de capacidade que equivale a 35,24 litros) em Chicago no último dia 3 de março. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse em 25 de janeiro passado que os prejuízos à safra de soja serão "de pelo menos" 6%. O governo da Argentina disse que a colheita de soja deste ano, que começa este mês e se encerra em maio, deverá totalizar de 45 milhões a 48 milhões de toneladas, comparativamente à safra estimada no ano passado no volume recorde de 47,5 milhões de toneladas.

Ferreira previu que a produtividade das lavouras de milho da Argentina, o segundo maior exportador mundial do produto depois dos Estados Unidos, cairá de 5 a 10%. A bolsa estimou em janeiro que 18% da safra argentina de milho, este ano, tinha ficado comprometida.

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Questão agrária - Via Campesina destrói pesquisa da Monsanto. Grupo de mulheres invade área no interior de SP, rende porteiro e arrasa viveiro e campo de milho transgênico

(O Estado de São Paulo 08.03.2008 A-4 Nacional)

Brás Henrique

Um grupo de mulheres da Via Campesina invadiu na madrugada de ontem uma unidade de pesquisa da empresa Monsanto, localizada em Santa Cruz das Palmeiras, município do interior de São Paulo, na região de Ribeirão Preto. Elas cortaram a cerca, renderam e amarraram o porteiro e depois destruíram um viveiro e o campo experimental de milho transgênico da empresa. Antes de sair, elas picharam as paredes da guarita de entrada com expressões como “mulheres em luta” e “transgênico mata”.

A Monsanto é uma das maiores empresas do mundo na área de biotecnologia, produção e comercialização de sementes. Em fevereiro ela e a Bayer, outra gigante do setor, haviam obtido uma importante vitória no Conselho Nacional de Biossegurança, que, depois de um longo debate, liberou para produção e venda duas variedades de sementes que vinham sendo pesquisadas em campos experimentais. Um deles era o de Santa Cruz das Palmeiras. O protesto das mulheres da Via Campesina, portanto, não foi somente contra a Monsanto. Ele mirou também as autoridades que regulam o setor de biotecnologia.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Em nota, a Monsanto, que não permitiu o acesso da imprensa à área de plantio, condenou o ato.

Foi a segunda vez que aquela unidade foi invadida. Em julho de 2001, integrantes do Greenpeace foram até lá e jogaram tinta vermelha na área plantada, afirmando que o cultivo de transgênicos era irregular.

A invasão de ontem, que faz parte de uma jornada de lutas da Via Campesina para lembrar o Dia Internacional da Mulher, ocorreu por volta das três horas. Foi quando as mulheres chegaram à guarita, depois de atravessar um trecho de 50 metros de mato.

“Nosso objetivo é protestar contra a decisão do conselho de ministros que liberou o cultivo de duas variedades de milho transgênico - o que pode trazer várias conseqüências aos pequenos produtores e à

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reforma agrária do País”, disse em Brasília a coordenadora nacional da Via Campesina e do Movimento dos Sem-terra (MST), Marina dos Santos. “O cultivo dos transgênicos tira a autonomia dos produtores brasileiros, que ficam reféns da Monsanto, que quer dominar o mercado de sementes no mundo.”

A coordenadora do MST também disse que persistem divergências entre os cientistas a respeito do impacto ambiental e os danos à saúde que as sementes transgênicas podem causar: “O Brasil teria de esperar o resultado final desse estudo.”

A Monsanto registrou boletim de ocorrência pela manhã. De acordo com o relato de Marcos Palhares, representante da área de biotecnologia, à polícia, cerca de 40 mulheres teriam invadido a área com paus e foices, danificando em seguida três experimentos e a estufa, deixando bandeiras do MST e da Via Campesina para trás.

DEPENDÊNCIA

A Via Campesina, organização internacional que no Brasil é representada principalmente pelo MST, é contrária à liberação dada pelo conselho de ministros, em fevereiro, para as duas variedades de milho transgênico (a Guardian, da linhagem MON810, da Monsanto, e a Libertlink, da alemã Bayer). Seus líderes vêem no avanço das pesquisas com transgênicos o risco de uma dependência cada vez maior dos produtores rurais diante dos grandes grupos da área da biotecnologia e do agronegócio. De acordo com nota da entidade internacional, “os transgênicos não são simplesmente organismos geneticamente modificados, mas produtos criados em laboratórios que colocam a agricultura nas mãos do mundo financeiro e industrial”.

Múlti diz que ação é 'atentado à propriedade' Milton F. Da Rocha Filho

A Monsanto divulgou nota de protesto contra a invasão da sua unidade de Santa Cruz das Palmeiras pela Via Campesina. “A Monsanto condena veementemente atos ilegais como este, inclusive desrespeitando recentes decisões do Judiciário”, diz. “A empresa acredita que, num regime democrático como o que vivemos, discordâncias - ideológicas ou não - devem ser expressas por meio dos caminhos legais e de livre forma de expressão e não por atentados aos indivíduos e à propriedade privada.”

A empresa defendeu os experimentos com transgênicos. “A biotecnologia contribui para uma agricultura sustentável e com menor uso de agroquímicos”, argumenta na nota. “É aprovada no Brasil, onde três culturas já tiveram pareceres conclusivos emitidos pelos órgãos federais competentes para tal, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, composta por 27 cientistas) e o CNBS (Conselho Nacional de Biossegurança, formado por 11 ministros). Seus benefícios já promovem soluções sustentáveis para o meio ambiente e para a agricultura no Brasil e no mundo.”

Mulheres divulgam imagens da invasão

A ação da Via Campesina, realizada na madrugada de ontem no campo experimental da Monsanto, não foi acompanhada por repórteres, fotógrafos nem cinegrafistas. Mas contou com um eficiente serviço de divulgação. Logo pela manhã, os principais veículos de comunicação já tinham sido avisados da ação pelos assessores de imprensa da Via Campesina e do Movimento dos Sem-Terra.

Paralelamente, foram postas à disposição dos interessados fotos com o registro da ação das mulheres - feitas pelo próprio serviço de divulgação do movimento. A foto no alto desta página foi cedida pela Via Campesina. Agências internacionais de notícias também puderam distribuir o material. O alvo da Via Campesina era principalmente a Europa, onde existe uma sensibilidade maior para a questão dos transgênicos.

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Esse tipo de ação é bastante utilizado pelo Greenpeace, em ações relâmpagos e em locais de difícil acesso. No Brasil, o MST usa a tática de invadir os locais sem avisar e logo em seguida chamar a imprensa.

No caso de ontem foi uma ação relâmpago - na qual se procurou proteger também a identidade das mulheres, para evitar seu indiciamento em inquérito policial, como ocorreu após a invasão de um viveiro experimental de mudas de eucalipto, no Rio Grande do Sul, em março de 2006.

Outra explicação para a tática de ontem foi o temor de que a Monsanto não desse divulgação ao fato, evitando assim levantar mais poeira em torno da polêmica sobre os transgênicos. De acordo com relatos de representantes da Via Campesina, que reúne movimentos de defesa da reforma agrária e contra o agronegócio em diversas partes do mundo, a empresa já utilizou essa tática em outros países.

Criada em 1901, a Monsanto é uma das principais empresas do mundo na área de biotecnologia. Segundo informações de seu site, investe US$ 1,5 milhão por dia na área de pesquisas.

Sem-terra agiram em 4 Estados durante a semana Após invasão no Rio Grande do Sul que deixou feridos, aconteceram ações em SP, PR e PE

Evandro Fadel, Angela Lacerda e Elder Ogliari

Após uma invasão no Rio Grande do Sul na terça-feira, seguida de ação policial que deixou vários feridos, a Via Campesina fechou a semana com ações em quatro Estados. Além do protesto contra a Monsanto, no interior paulista, houve atos ontem no Paraná e em Pernambuco.

A Via Campesina promoveu manifestações em cinco municípios paranaenses, com grande participação de mulheres, já que hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Segundo o movimento, foram mobilizadas 1,5 mil pessoas. Os atos foram diante de escritórios da multinacional Syngenta Seeds, que acusam de crime ambiental e violência.

Em Londrina, no norte do Estado, um grupo com aproximadamente 300 pessoas ocupou uma praça e chegou a entrar no prédio onde fica o escritório da multinacional, mas depois saiu sem causar danos.

A Syngenta confirmou, por nota, que escritórios de venda foram alvo de manifestações e a unidade de Santa Teresa, à tarde, continuava invadida. “Reafirmamos nossa preocupação com as manifestações e os atos que tentam impedir o desenvolvimento da agricultura, trazendo prejuízos a todos: agricultores brasileiros, comunidade e economia do País”, diz a nota. “Esperamos que não ocorra violência e acreditamos que por meio do diálogo sejam buscadas as soluções.”

No Recife, aos gritos de “usineiros assassinos” e “basta de trabalho escravo”, um grupo de mulheres jogou tinta vermelha na porta e nas paredes da sede do Sindicato do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar). No protesto, elas queimaram um molho de cana-de-açúcar e colaram cartazes na fachada do sindicato, contra o trabalho escravo e a monocultura da cana. A porta do sindicato foi fechada e não houve conflito.

No centro de Porto Alegre, cerca de 50 militantes do PSOL do Rio Grande do Sul protestaram contra a violência sofrida pelas mulheres da Via Campesina durante a desocupação da Fazenda Tarumã pela Brigada Militar, na terça-feira.

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TRIBUTÁRIO

Agenda semanal - Orçamento e contribuição sindical agitam o Congresso. Câmara deve votar o projeto que reconhece as centrais sindicais; governo tentará aprovar a peça orlamentária mesmo

sem acordo com a oposição.(DCI 10.03.2008 A-5 Política)

O reconhecimento das centrais sindicais como entidades representativas é o destaque do Plenário da Câmara na pauta que começa a ser discutida amanhã. Os deputados devem votar as emendas do Senado ao Projeto de Lei 1.990/07, do Poder Executivo, que tramita com urgência constitucional e tranca os trabalhos juntamente com a Medida Provisória 404/07. A principal mudança feita pelas 6 emendas dos senadores exclui a exigência de o trabalhador autorizar desconto da contribuição sindical obrigatória em folha de pagamento, como aprovado pela Câmara na primeira passagem do projeto pela Casa.

Essa exclusão proposta pelo Senado foi possível graças a um acordo pelo qual o governo se compromete a enviar um outro projeto de lei ao Congresso para tratar das contribuições cobradas dos trabalhadores para financiar o movimento sindical.

O novo projeto deve propor uma forma de unificar ao máximo as diversas contribuições pagas: o imposto sindical (equivalente a um dia de trabalho por ano), a contribuição sindical (cobrada em dissídios), a contribuição confederativa mensal e a mensalidade do sindicato. O valor único teria ainda um teto.

Antes de discutirem o PL 1.990/07, os deputados têm de votar a Medida Provisória 404/07, que amplia de cinco para dez o número de dias de pagamento, na rede bancária, dos benefícios da Previdência Social de até um salário mínimo. O objetivo é evitar filas de aposentados e pensionistas. Antes da edição da MP, todos os benefícios eram pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês seguinte ao de sua competência. Permanecem nessa regra os benefícios de valor acima de um salário mínimo.

Tranca ainda a pauta o Projeto de Lei 2.105/07, que cria o Regime de Tributação Unificada (RTU) para a importação de mercadorias do Paraguai por via terrestre. O projeto tramita em conjunto com o PL 1.179/07, do deputado Rodovalho (DEM-DF), e permite o uso do novo regime pelos micro e pequenos empresários participantes do Simples Nacional (Supersimples), estipulando alíquota de 42,25% sobre o valor da compra. O PL 1.650/07 também tranca os trabalhos e prevê incidência das mesmas alíquotas do Imposto de Renda de pessoa física para os ganhos de transportador autônomo do Paraguai que preste serviços a operadora brasileira de transporte rodoviário internacional de carga.

Orçamento de 2008

O vice-líder do governo na Câmara deputado Ricardo Barros (PP-PR) informou que se continuar o impasse que está impedindo que o plenário do Congresso vote o Orçamento, a votação ocorrerá mesmo sem acordo. "Temos que chegar a um acordo sobre tudo: Lei Kandir, tribunais, anexo, decisão de bancadas e fechar um acordo global. Não é possível que a gente vá concedendo e eles [oposição] não concedam nada. Ou temos acordo, ou votamos no plenário o que foi aprovado na comissão."

O governo está preocupado com o atraso na votação do orçamento. Por falta de acordo entre governo e oposição, a votação foi mais uma vez adiada para esta quarta-feira.

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que esteve no Congresso na semana passada, advertiu que o Executivo não vai deixar o País parar, caso o impasse continue. O governo já havia sinalizado que o Planalto poderia enviar medidas provisórias ao Congresso para garantir recursos

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aos projetos de desenvolvimento, em especial, às obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

Na opinião de José Múcio, as medidas provisórias seriam um último recurso. Ele garantiu, no entanto, que o objetivo do governo é tentar dar celeridade à aprovação do Orçamento. "O Brasil não pode parar. Nós temos responsabilidade com a gestão do País. Não podem faltar remédios nos hospitais. As obras não podem ser interrompidas. Vamos ver se dá para chegar [a um acordo] até quarta-feira."

Governo e oposição ainda vão fazer uma última tentativa de consenso amanhã. A oposição reivindica, entre outros pontos, o aumento de recursos para a Lei Kandir, de R$ 5,2 bilhões para R$ 20 bilhões. O 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, deputado Narcio Rodrigues (PSDB-MG), esclarece que são esses recursos que vão compensar as perdas fiscais dos estados exportadores. "Mas há uma resistência porque o governo também não equaciona. Em todos os momentos em que vamos votar o Orçamento não se resolve a questão da Lei Kandir, que diz respeito aos estados exportadores, que sempre saem prejudicados exatamente porque o governo não coloca e depois cabe ao Congresso alocar os recursos."

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Imposto de renda - Receita já recebeu 795 mil declarações(Gazeta Mercantil 10.03.2008 A-24 Direito Corporativo)

Até o fim da tarde da última sexta-feira, 795 mil declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2008 (ano-base 2007) tinham sido entregues. Os contribuintes têm até 30 de abril para enviar a declaração. Está obrigado a declarar quem teve rendimentos tributáveis superiores a R$ 15.764,28 em 2007. A expectativa do supervisor nacional do imposto de renda, Joaquim Adir, é que cerca de 24,5 milhões de pessoas declarem nesse ano. A multa mínima para quem deixar de apresentar a declaração dentro do prazo estipulado é de R$ 165,74 e a máxima de 20% do imposto de renda devido. A Receita Federal do Brasil informou ainda que desde sexta-feira está disponível na internet o acesso do contribuinte ao número do recibo de entrega do Imposto do Renda de 2007. Por medida de segurança, para acessar a informação o contribuinte precisará confirmar alguns dados, como informar o número do CPF, do título de leitor, data de nascimento, nome da mãe ou CNPJ da fonte pagadora. As perguntas serão feitas de forma aleatória, como acontece com consultas telefônicas a cartões de crédito. Somente depois de validadas as respostas, será fornecido o número do recibo. A Receita decidiu tomar essa iniciativa para auxiliar os contribuintes que não dispõem dessa informação. Neste ano, o dado passou a ser obrigatório na declara do Imposto de Renda. CPF suspensos A Receita Federal anunciou, também na sexta-feira, a suspensão de 7,9 milhões de inscrições do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Quem não declarou imposto de renda nem fez a declaração de isento nos últimos dois anos foi punido. O número de documentos suspensos é menor do que o do ano passado, quando a Receita bloqueou 8,27 milhões de inscrições. Segundo a Receita, além das pessoas que tiveram o cadastro suspenso, cerca de 21,6 milhões de contribuintes estão com o CPF pendente de regularização por não terem apresentado declaração no último ano. As consultas para verificar a situação do cadastro estão disponíveis na página da Receita na internet. O endereço é o www.receita.fazenda.gov.br. Quem teve o CPF suspenso pode resolver a situação a qualquer momento. Os isentos de IR devem ir às agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos Correios e pagar uma taxa de R$ 5,50. Os contribuintes obrigados a declarar o IR devem entregar as declarações atrasadas para ter o documento regularizado.

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Bernard Appy: secretário de Política Econômica do Ministéio da Fazenda. 'Podemos avançar na discussão da reforma tributária'. Governo admite debater pontos da regulamentação do IVA

federal durante tramitação da proposta no Congresso Nacional (O Estado de São Paulo 10.03.2008 A-7 Nacional)

Ribamar Oliveira, BRASÍLIA

Diante dos temores criados pelo novo Imposto sobre Valor Adicionado federal (IVA-F), previsto na proposta de reforma tributária, o governo aceitará discutir a regulamentação do tributo - o fato gerador e a base de cálculo - já durante a tramitação da reforma no Congresso, segundo o informações do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.

Veja os principais pontos da reforma tributária

Em entrevista ao Estado, o secretário garantiu que o governo utilizará a menor alíquota do IVA federal - que substituirá quatro contribuições sociais - para tributar empresas prestadoras de serviços, com o objetivo de evitar aumento da carga tributária. Ele também admitiu que as alíquotas, tanto do IVA como as do novo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), poderão ser modificadas no futuro.

Há uma preocupação com a base de incidência do IVA federal. Tem gente achando que ela é ampla demais e que vai invadir a base de incidência do ICMS e do ISS (Imposto sobre Serviços).

Em primeiro lugar, a base de incidência do IVA federal não é em nada maior do que a existente hoje para PIS e Cofins. A razão pela qual se escolheu as operações com bens e serviços, como denominação para o IVA federal, foi que este é o padrão utilizado por outros países, em particular pela União Européia. Eu sei que a fórmula escolhida criou alguma apreensão. Nós entendemos que, se for necessário, para trazer mais tranqüilidade sobre a reforma tributária, poderemos avançar na definição de qual seria o fato gerador e a base de cálculo do IVA federal ainda durante a discussão da reforma tributária. Estamos dispostos a fazê-lo.

Porque o governo não manteve a mesma base da Cofins e do PIS, que é a receita bruta?

Essa base tem algumas complicações na hora de definir o tributo. Quando se utiliza a base da receita bruta, fica mais difícil implementar uma diferenciação de alíquotas por bem ou por serviço. E o IVA federal terá, necessariamente, duas ou, quem sabe, três alíquotas. Esse é o primeiro problema. O segundo problema é que hoje, quando se paga o PIS e a Cofins, isso não aparece na nota fiscal. A base receita tira a transparência do tributo. Um terceiro complicador: a base estritamente receita não permite tributar importações.

Teme-se que o IVA federal seja caracterizado como bitributação, o que poderia criar uma guerra infindável nos tribunais.

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A área jurídica do Ministério da Fazenda está bastante segura com o modelo. Desde a reforma de 1960, temos a incidência de um tributo federal e outro estadual sobre a mesma base, que é o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICMS. Já existem decisões no Supremo Tribunal Federal sobre essa questão.

As empresas prestadoras de serviços, que pagam a Cofins e o PIS pelo regime cumulativo, com alíquota de 3,65%, temem um aumento da carga tributária.

Posso garantir que os setores tributados pelo regime cumulativo terão uma alíquota mais baixa do que a da indústria e a do comércio, tributados no regime não-cumulativo. O objetivo, já explicitado pelo governo, é que a transição seja neutra quanto à carga tributária.

Ao substituir as contribuições sociais pelo IVA federal, o governo levou ao Congresso uma nova discussão sobre a partilha dos recursos federais com os Estados. Isso pode dificultar a aprovação?

A discussão sobre a partilha com os Estados poderá surgir independentemente da incorporação das contribuições no IVA federal. Mas não vemos motivo para não fazer toda a simplificação proposta. Entendemos que o ganho, em termos de simplificação do sistema, justifica a proposta que está sendo feita.

Representantes dos Estados afirmam que o fundo para compensar eventuais perdas só tem, até agora, dinheiro que já é deles. A União não vai colocar recursos no fundo?

Sim, a União vai colocar recursos no Fundo de Equalização de Receitas (FER). É preciso entender, no entanto, que apenas os Estados que terão ganho de receita em função das mudanças é que poderão ter que ceder uma parte dos recursos, que hoje recebem por meio da compensação federal pela desoneração das exportações. A reforma tributária tem um impacto positivo sobre a receita dos Estados e será positiva também do ponto de vista do fim da guerra fiscal, da redução da sonegação e do aumento da formalidade.

E qual será a parte da União na compensação dos Estados?

O governo pretende, nas próximas semanas, discutir com os Estados a estruturação do fundo. Em princípio, a idéia não é definir o montante de aporte da União, mas regras que dêem garantia de que nenhum Estado será prejudicado.

Qual o impacto estimado da reforma no crescimento econômico?

Pela nossa estimativa, teríamos um potencial de crescimento de 0,5% a mais ao ano. Mas só conseguimos estimar uma parte do impacto da reforma tributária. Há outros impactos que não conseguimos quantificar, como o efeito da redução dos custos das empresas com a simplificação do sistema, da formalização e do aumento da eficiência econômica com o fim da guerra fiscal.

Os Estados dizem que terão perdas com a reforma. Qual é o cálculo do governo?

A realidade é que os Estados vão ganhar receita com o fim da guerra fiscal e a União vai perder receita, com a desoneração da folha de pagamentos. A desoneração da folha é conhecida: R$ 24 bilhões. A estimativa para o ganho dos Estados e municípios varia de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões. Do ponto de vista da carga tributária global, haveria uma desoneração efetiva de R$ 9 bilhões a R$ 14 bilhões.

Quem é:Bernard AppyEconomista graduado pela USP e com mestrado na Unicamp. Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda

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Responsável pelas negociações da reforma tributária, como presidente doConselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)

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Ribamar Oliveira - Um complicador político a mais (O Estado de São Paulo 10.03.2008 B-2 Economia)

Ribamar Oliveira, [email protected]

Uma reivindicação do governo do Rio de Janeiro vai dificultar a tramitação da reforma tributária. O Rio quer ficar com 2% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente na comercialização do petróleo. O governo carioca está abrindo uma perigosa discussão sobre a partilha do bolo do ICMS e dizendo claramente que não está conformado com a sua participação.

Atualmente, apenas os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e a energia elétrica são tributados pelo ICMS no destino. O governo do Paraná poderá seguir o exemplo do governo do Rio e também reivindicar os 2% do ICMS sobre a energia de Itaipu, que é distribuída para o resto do País. O governo do Pará também, em relação à energia de Tucuruí. E o governo de Minas Gerais... A disputa poderá ser infindável.

A reivindicação do Rio é antiga. Durante a discussão sobre a primeira proposta de reforma tributária do governo Lula, em 2003, o governo carioca apresentou o mesmo pleito. Ele foi rejeitado pelo então relator da reforma, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), mas a reforma empacou. O governo federal aprovou apenas o que queria: a renovação da CPMF, a renovação do mecanismo de desvinculação das receitas da União (DRU) e a permissão para tributar as importações com a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e com a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).

Agora, o Rio volta à carga e já tem o apoio do relator da proposta de reforma na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Em entrevista à repórter Denise Madueño, do Estado, Picciani disse que pediu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana passada, que esse dispositivo seja colocado no texto da emenda constitucional. 'É uma questão do Rio que sensibiliza o relator', disse. O jogo de disputa pela partilha do bolo do ICMS começou.

O principal argumento do Rio é que os 2% do ICMS sobre petróleo para o Estado representaria um tratamento isonômico, pois a proposta do governo federal prevê que a receita do ICMS será apropriada pelo Estado consumidor das mercadorias e serviços, mas com o Estado de origem ficando com 2%. Se os Estados produtores de todas as mercadorias e serviços ficarão com 2% da receita do ICMS, porque os Estados produtores de petróleo e seus derivados não poderão ter o mesmo tratamento?

Parece razoável. Mas este é apenas um aspecto da questão. O governo do Estado do Rio não está informando que já é fortemente beneficiado pelo pagamento de royalties pela produção de petróleo e gás natural. Segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o governo carioca recebeu R$ 4,36 bilhões a título de royalties em 2007, o que representou 84,5% do total distribuído aos Estados. O ganho com royalties do petróleo e gás equivaleu a 27,8% de toda a arrecadação do Rio com o ICMS no ano passado.

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No mês passado, durante o seminário 'Rio Além do Petróleo', foi revelado que o governo carioca arrecadou cerca de R$ 33 bilhões com os royalties do petróleo e do gás desde 1995. Esta receita explodiu nos últimos anos em decorrência da elevação dos preços internacionais do petróleo e das novas descobertas na plataforma continental.

Com as descobertas dos megacampos de Tupi e Júpiter, as perspectivas de ganhos do Rio de Janeiro com royalties são ainda maiores. Os preços do petróleo no mercado internacional também não param de subir e já ultrapassaram os US$ 100 o barril.

É bom lembrar que apenas dez Estados brasileiros e aproximadamente 900 municípios foram beneficiados pelos royalties do petróleo e do gás natural. Vai ser difícil convencer os demais Estados que o Rio, além de receber os royalties, deve ficar com 2% do ICMS cobrado sobre o petróleo. A proposta tributária apresentada pelo governo federal pressupõe que as mudanças não implicarão aumento da carga ou redistribuição do bolo do ICMS entre os Estados. Ou seja, ela será neutra tanto na partilha quanto na carga. Alterar esse princípio poderá inviabilizar politicamente a tramitação da proposta.

Corrigir uma distorção

Um município de São Paulo recebeu R$ 8.492,43 per capita de receita do ICMS em 2006, enquanto outro apenas R$ 61,44. Essa distorção ocorre por causa do atual critério de partilha. Hoje, 25% do ICMS são transferidos pelos Estados aos municípios. Dos 25%, três quartos são distribuídos proporcionalmente ao valor adicionado nos municípios.

Se um município possui uma refinaria de petróleo ou uma montadora de veículos, receberá uma grande transferência de ICMS. Por causa disso, em algumas prefeituras sobra dinheiro e, em outras, há carência de recursos.

A proposta de reforma tributária do governo pretende corrigir essa distorção. Parece justo que os municípios mais populosos tenham direito a uma fatia maior do ICMS, pois quanto maior a população maior a necessidade de recursos para que a prefeitura cumpra com suas obrigações. A partilha deve ser definida no texto constitucional em função de um mix, que considere, entre outros critérios, a população e o valor adicionado.

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Imposto - Estouro da bolsa dificulta declaração. Número de pessoas que investiu em ações dobrou em 2007 e dúvidas de como declarar essas compras também

(O Estado de São Paulo 10.03.2008 B-5 Economia)

Rosangela Dolis

O engenheiro civil Jorge Manuel Fonseca Beco já vinha aplicando em ações desde 2004, mas todos os anos, na hora de fazer a declaração anual, sentia-se inseguro. 'Como eram movimentos esporádicos, eu perguntava aqui, lia ali, e fazia o preenchimento.' No fim do ano passado, ele resolveu ousar no campo do day-trade, operação mais complexa de compra e venda de ações no mesmo dia. Em fevereiro, com a proximidade do período de entrega da declaração de 2008, ele se preocupou: não tinha a mínima idéia de como informar as novas operações. Foi aí que abriu mão de uma manhã livre de sábado e foi fazer um curso sobre como declarar ações.

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A forma de declarar ações é motivo de dúvidas de muitos investidores. Somente em 2007, com o sucesso da Bolsa, o número de pessoas físicas cadastradas nesse mercado mais que dobrou - saiu de 224.536 em dezembro de 2006 para 456.557 em dezembro de 2007. O simples fato de ter adquirido ações em 2007 torna a entrega de declaração obrigatória.

Mauro Calil, agente autônomo de investimento e orientador do Instituto Nacional dos Investidores (INI), conta que a procura pelo curso aumentou na carona do estouro da Bolsa em 2007. Os próximos serão nos dias 15 de março e 12 de abril. O preço é de R$ 200 (R$ 140 para associados). Inscrições: telefone 11-5093-6449 ou e-mail [email protected].

Edino Garcia, coordenador editorial de Imposto de Renda da IOB, explica que o o estoque de ações em 31/12/2007 vai na ficha de Bens; os ganhos tributáveis, na ficha de Rendimentos de Tributação Exclusiva; e os ganhos isentos, na ficha de Rendimentos Isentos. 'Basicamente, o declarante deve discriminar que possui tantas ações da empresa X, data e valor de aquisição e total', diz Garcia.

Segundo Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC), na declaração de bens, a Receita quer verificar apenas um histórico do estoque de ações do declarante. 'E cada contribuinte pode dar esse histórico a seu modo, papel por papel, ou todos os papéis juntos.'

Estoque de ações inferior a R$ 1 mil não precisa constar da declaração de bens e direitos. É preciso dar baixa das ações vendidas em 2007 no histórico da declaração de Bens.

Apenas os ganhos no mercado à vista decorrentes de vendas de valor inferior a R$ 20 mil por mês estão isentos, desde que não obtidos em operações day-trade. O lucro isento deve ser informado na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis pela soma anual.

Os demais ganhos com ações são tributáveis e devem ser informados na ficha de Rendimentos de Tributação Exclusiva, por meio do demonstrativo de Renda Variável (ler ao lado). Os prejuízos acumulados até um dado mês podem ser abatidos do lucro em meses seguintes, mesmo que vire o ano.

O imposto sobre lucro com ações deve ser recolhido ao longo do ano, no último dia útil do mês seguinte ao da obtenção do lucro. No mercado comum (não day-trade), a alíquota é de 15% sobre o ganho. No day trade, é de 20%. Há retenção de imposto na fonte de 0,05% no mercado comum e de 1% no day trade.

'Esse é o chamado dedo-duro', explica Calil. 'Com essa retenção na fonte pelas instituição financeira, a Receita já marca que o investidor terá de comparecer com o restante do imposto no vencimento.'

'Ações exigem que o investidor faça um controle muito detalhado de suas operações, mês a mês, numa planilha, para apuração de ganhos ou prejuízos e recolhimento de imposto a cada período', orienta Santos.

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Proposta limita imposto de renda sobre ações trabalhistas(Câmara - 07.03.2008)

O Projeto de Lei 2512/07, do deputado Raul Henry (PMDB-PE), limita em 3% a alíquota do Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos originários do pagamento de ação trabalhista que beneficie um trabalhador de forma individual, e cujo valor não ultrapasse os 40 salários mínimos. Pela legislação atual, sobre esses rendimentos incidem as alíquotas normais do IR, podendo chegar ao patamar de até 27,5% sobre o total do crédito a ser recebido pelo trabalhador.

A proposta do deputado abrange apenas as decisões trabalhistas de procedimento sumaríssimo (no qual o juiz é obrigado a proferir a sentença em apenas 15 dias). Esse procedimento foi incluído na CLT pela Lei 9.957/00 e abrange somente as ações individuais, cujo valor cobrado alcance até 40 mínimos e em que constem os dados da parte cobrada (réu).

Precatório e RPVA proposta de Henry modifica a Lei 10.833/03, que trata do pagamento do precatório - decisão irrecorrível contra a Fazenda Pública -, e da Requisição de Pequeno Valor (RPV) - pagamento a que a Fazenda Pública foi condenada em processo judicial, para valores de até 60 salários mínimos por beneficiário. Essa lei já define que, sobre o pagamento do precatório e da RPV, incidirá a alíquota de 3% de imposto de renda.

Raul Henry lembra que as reclamações trabalhistas submetidas ao procedimento sumaríssimo são ajuizadas por trabalhadores que, ao longo de sua relação de trabalho, receberam baixos salários. "Não é justo que os rendimentos originários dessas decisões sofram a incidência de altas alíquotas de imposto de renda", argumenta.

TramitaçãoO projeto tramita apensado ao PL 3463/04, que está sujeito à análise em caráter conclusivo. A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2512/2007http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118277

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Lula quer atender a Serra e exportadores. Após reunião com conselheiros, presidente deve elevar alíquota de ICMS em Estado produtor prevista na reforma tributária

(Folha de São Paulo - 08/03/2008 B-14 Dinheiro)

Preocupado com alta do dólar, Lula também estuda desoneração da folha de pagamento de setores voltados à exportação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

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Depois de avaliar que a proposta de reforma tributária foi bem recebida pelo empresariado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva calcula que terá de atender a uma reivindicação do governador José Serra (PSDB-SP) e de outros Estados produtores para que o assunto tenha chance de prosperar. Lula também se empenhará para reduzir impostos da folha salarial de setores exportadores.Apesar de o governo ter previsto na proposta que a alíquota para o ICMS cobrado na origem das mercadorias vá ficar em 2%, Lula e conselheiros econômicos com os quais se reuniu anteontem consideram que será preciso elevar esse percentual.A Folha apurou que o governo já aceita os 4% pleiteados por Serra, mas os Estados consumidores desejam e lutarão no Congresso pelo percentual mais baixo. Reservadamente, um dos negociadores do governo avalia que uma alíquota de 3% talvez seja aceita por quase todos os Estados.A alíquota prevista no texto da reforma já é uma concessão aos Estados produtores. Inicialmente, a idéia da Fazenda era destinar toda a receita do ICMS aos locais de consumo das mercadorias, como forma de beneficiar regiões mais pobres e eliminar em definitivo a guerra fiscal, ou seja, a disputa entre Estados para atrair empresas por meio da concessão de benefícios fiscais.Na reta final das discussões em torno do texto, foi aceita a argumentação apresentada pelo governo paulista, segundo a qual privar os produtores de toda a receita do ICMS desestimularia a fiscalização tributária. A Fazenda também avaliou que uma alíquota de 2% é pequena o bastante para acabar com a guerra fiscal -ou seja, a oferta de um benefício fiscal dessa magnitude não seria suficiente para influenciar decisões privadas de investimento.Hoje, os Estados produtores cobram até 12% de ICMS sobre os produtos vendidos a outros Estados, aos quais cabe o restante da alíquota do imposto. As exceções são petróleo e derivados, energia elétrica e telecomunicações, só tributados nos locais de consumo.Embora mais discreto que seu colega de partido, o governador de Minas, Aécio Neves, também quer elevar o ICMS na origem. O Amazonas tem interesse na medida porque tem forte dependência do imposto cobrado sobre os artigos produzidos na Zona Franca de Manaus. E o Rio de Janeiro tem uma motivação extra: quer cobrar ICMS sobre o petróleo produzido no Estado.

ExportaçõesNas palavras de um dos conselheiros que estiveram com Lula, o debate sobre o percentual do ICMS no Estado produtor é um dos principais nós da reforma tributária. O outro, segundo avaliação na reunião, é encontrar uma forma de evitar que "impostos sejam exportados", para usar a expressão de um dos conselheiros.Ou seja, o governo vai estimular uma discussão no Congresso para que haja menos impostos sobre a folha salarial de setores exportadores. O objetivo é encontrar outra forma de taxar esse tipo de tributo. Via contribuições, por exemplo.No encontro de anteontem no Palácio do Planalto, Lula discutiu a recente aceleração da queda do dólar. Estiveram reunidos com o presidente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o ex-deputado federal Delfim Netto (PMDB-SP) e o economista e presidente do conselho-curador da TV Brasil, Luiz Gonzaga Belluzzo.Segundo a Folha apurou, Lula demonstrou preocupação com a valorização do real.Na reunião, ele ouviu que setores exportadores da área do agronegócio ainda sustentam o balanço positivo de nosso comércio exterior. Mas, no dizer de um dos presentes, "o setor de "tradeables" [produtos que também podem ser importados] já dá sinais de que pode perder condições de exportar de modo competitivo".(KENNEDY ALENCAR, GUSTAVO PATU E LETÍCIA SANDER)

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Vale a pena sonegar?(Correio Forense – 10.03.2008)

Tiziane Machado Talvez este não seja exatamente o questionamento que o contribuinte brasileiro tem feito a si próprio. Mas a indignação pelo crescente aumento da carga tributária, que compromete os resultados das empresas, associada à impunidade daqueles que cometem ilícitos comprometedores da moral nacional, muitas vezes obriga o empresário a simplesmente não recolher exatamente o que deve.

Por outro lado, a grande maioria dos cidadãos brasileiros desconhece o que vem a ser exatamente sonegar, quais as conseqüências em razão da sua prática e as informações que diariamente alimentam o banco de dados da Secretaria da Receita Federal e das Fazendas Estaduais e Municipais.

Prestar declaração falsa ou omiti-la do Fisco, omitir rendimentos ou operações em livros fiscais, alterar faturas ou notas fiscais, contabilizar despesas inexistentes através de notas fiscais frias, constituem crime de sonegação fiscal. Se condenado, o cidadão estará sujeito à detenção de seis meses a dois anos, além de multa de duas a cinco vezes o valor do tributo.

Mas, ainda assim, o contribuinte pode se questionar: quais as chances de ser apanhado pelo Fisco? No caso de uma empresa, dentro de um universo de milhares cadastradas nos órgãos públicos, em que medida serão investigadas as informações prestadas e, se inexatas, apanhadas pelo Fisco?

Aos que ainda se questionam, aí vão algumas informações que talvez não sejam conhecidas: - As instituições financeiras informam mensalmente, por CPF e CNPJ, todos os débitos de lançamentos em contas correntes à Receita Federal. Além disso, quando é solicitado pelas autoridades fazendárias, os bancos entregam, independente de autorização judiciária, toda a movimentação financeira do investigado.

- As administradoras de cartões de créditos, da mesma forma, são obrigadas a informar as compras efetuadas por seus titulares mensalmente, por CPF e CNPJ, quando os valores ultrapassam R$ 5.000,00 por pessoa física e R$ 10.000,00 por pessoa jurídica;

- As imobiliárias, construtoras, incorporadoras e Cartórios informam sobre todas as operações de comercialização de imóveis, identificando as partes envolvidas, o valor e a localização da transação, ainda que tenha havido a intermediação de terceiros.

Todas essas informações são auditadas pelo Fisco. Havendo divergências, uma luz amarela acende e o órgão arrecadador abre fiscalização rigorosa e detalhada contra aquele contribuinte. Outra informação que pode ser útil àqueles desavisados é que as Fazendas Estaduais e Municipais trocam constantemente informações com a Receita Federal e o INSS.

Sonegar é crime! Omitir receita ou contabilizar despesa fictícia é crime! Importar bens por preços efetivamente não praticados, é crime! E cometer um crime não é uma alternativa para aqueles que supõem auferir vantagens financeiras com a sua prática.

Qual seria, então, a alternativa, questionam para aqueles empresários que se entediam lendo ou ouvindo as informações acima? Destinar de 25 a 30% do faturamento para o esgoto da arrecadação tributária no Brasil? - indagam.

Sonegar ou recolher todos os tributos não são alternativas entre si. As alternativas que existem são: planejar ou não planejar a empresa tributariamente.

Antes de realizar um fato gerador de uma obrigação tributária, o contribuinte deve planejar para que, sobre este fato, incida a menor carga tributária possível. Não se trata aqui de simular fatos ou atos, mas

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sim de realizá-los tendo o seu propósito negocial concretizado, mas de uma forma que sobre o mesmo não haja um “desperdício” tributário. Esta é uma alternativa possível, além de ser uma alternativa legal.

O planejamento tributário eficiente exige um conhecimento profundo e atualizado da legislação. Existem ferramentas e estratégias disponíveis legalmente capazes de minimizar esse custo excessivo e o trabalho dos profissionais especializados consiste exatamente em disponibilizar o conhecimento necessário para que as empresas em ascensão não comprometam seu fluxo financeiro e sua lucratividade. Ou seja, a iniciativa de realizar um planejamento tributário é a solução mais adequada contra o “desperdício”.

A experiência adquirida durante anos estruturando projetos de planejamento tributário para empresas de pequeno a grande porte, confirma cada vez mais a seguinte mensagem aos empresários: sonegar pode parecer economicamente interessante a princípio, mas, se a estratégia realizada ilegalmente for desmascarada pelo Fisco – e existem grandes e concretas chances de isso vir a ocorrer -, o prejuízo empresarial será infinitamente superior a todos os tributos pagos.

http://www.correioforense.com.br/revista/coluna_na_integra.jsp?idColuna=862

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Planejamento tributário – Possibilidades no preenchimento da declaração(Última Instância – 10.03.2008)

Juliana Ono O planejamento tributário deve ser estudado e aplicado durante todo o decorrer do ano, antes da ocorrência do fato gerador do tributo – ou seja, no ano anterior à entrega da declaração. Contudo, no momento de preenchimento da declaração do imposto de renda, muitos cuidados, e a escolha de caminhos certos, ainda podem reduzir a carga tributária. Contrariamente, as escolhas erradas, podem acarretar em aumentos significativos de tributos aos contribuintes. Seguem alguns dos caminhos que o contribuinte pode galgar, no momento do preenchimento da sua declaração.

1 - Modelo de DeclaraçãoAlém das diversas formas de preenchimento da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física (programa e formulário), o contribuinte também poderá optar por preencher a declaração nos modelos completo ou simplificado.

A escolha entre um modelo ou outro, quando possível, deve objetivar a menor carga tributária para o contribuinte. Logo, sempre deverá ser escolhido o modelo completo quando a soma das deduções comprovadas forem superiores ao limite de 20% do desconto simplificado. A declaração simplificada sempre deverá ser preferida quando o desconto for superior ao total das deduções. O próprio programa da Declaração de Ajuste Anual verifica qual a melhor opção de envio, bastando ao contribuinte seguir a sua indicação.

1.1 - Declaração CompletaO contribuinte que optar pela declaração completa poderá utilizar como dedução para base de cálculo do imposto devido os seguintes valores:

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a) despesas médicas pagas para tratamento do contribuinte, de seus dependentes, e de alimentandos em virtude de decisão judicial;b) soma dos valores mensais relativos a: - as despesas escrituradas em livro Caixa – para autônomos;- as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais;- contribuição à previdência oficial;- contribuições a entidades de previdência privada, desde que o ônus tenha sido do próprio contribuinte, em beneficio deste ou de seu dependente;- contribuições aos Fapi (Fundos de Aposentadoria Programada Individual), desde que o ônus tenha sido do próprio contribuinte, em beneficio deste ou de seu dependente;- a soma das parcelas isentas de até R$ 1.313,69, por mês, relativas a aposentadoria ou pensão a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos;- limite anual de R$ 1.584,60 por dependente; e- despesas pagas com instrução do contribuinte, de alimentandos em virtude de decisão judicial e de seus dependentes, até o limite anual individual de R$ 2.480,66.

1.2 - Declaração SimplificadaA opção pela apresentação da Declaração de Ajuste Anual Simplificada implica a substituição das deduções previstas para a declaração completa pelo desconto simplificado de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na declaração, limitado a R$ 11.669,72.

Vedações à Declaração SimplificadaTodos os contribuintes podem optar pela Declaração Simplificada, exceto:a) os que desejem compensar resultado positivo da atividade rural com resultado negativo (prejuízo);b) compensar imposto pago no exterior;c) utilizar o incentivo fiscal da dedução do imposto (ECA, Incentivo à Cultura, Domésticos, etc).

Vantagens da Declaração Simplificada1. Dispensa a comprovação de despesas;2. Facilidade do preenchimento.Caso o valor das deduções e do desconto simplificado sejam equivalentes, aconselha-se o envio da declaração pelo modelo simplificado, haja visto que este não depende de comprovações de gastos perante o fisco.

2 - DependentesO contribuinte que optar por entregar a Declaração de Ajuste Anual no modelo completo poderá incluir seus dependentes para reduzir a base de cálculo do imposto a ser pago.

Esta opção, contudo, deverá ser precedida de algumas observações, pois os rendimentos dos dependentes também deverão ser incluídos na declaração do contribuinte. Com isso, o imposto será calculado pelo montante informado, incluindo os rendimentos do contribuinte e de seus dependentes, podendo inclusive alterar a faixa de tributação da Tabela Progressiva.

A) Dependentes sem rendimentos ou com rendimentos isentos ou limitados à deduçãoEm regra inicial, podemos estabelecer que é vantajosa a inclusão de quaisquer dos possíveis dependentes, desde que estes não aufiram nenhum rendimento tributável, ou que estes rendimentos sejam limitados ao valor da dedução anual.

Faz-se importante também verificar se os rendimentos do dependente são tributáveis, pois sendo os seus rendimentos isentos ou não tributáveis, conforme disciplina o artigo 39 do RIR/99, ainda se faz benéfica a sua inclusão.

B) Dependentes com rendimentos tributáveis

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Caso os dependentes aufiram rendimentos tributáveis, faz-se necessário a análise caso a caso, pois os seus rendimentos podem ser superiores ao valor da dedução e neste caso podem aumentar a tributação para o declarante.

Aqueles dependentes que possuem rendimentos tributáveis acima do limite, entretanto, poderão ainda ser interessantes caso a sua inclusão possa derivar em outras deduções, como despesas com instrução, previdenciárias e médicas.

3 - Declaração em conjunto ou em separadoSemelhante à opção por inclusão de dependentes, na escolha entre declaração em conjunto e separado também se fazem necessários alguns cálculos.

A) Declaração em separadoEm regra, se ambos os cônjuges auferirem rendimentos tributáveis, é mais interessante apresentar a declaração em separado.

Apresentando a declaração em separado, ambos os cônjuges poderão se beneficiar da faixa de isenção anual da tabela progressiva. Caso optem por declarar em conjunto, os rendimentos serão acumulados, e ambos os cônjuges somente poderão se beneficiar de uma faixa de isenção.

Em decorrência do acumulo de rendimentos, ainda pode ocorrer a mudança da faixa de tributação pela Tabela Progressiva. Declarando em separado, ambos os cônjuges podem ter seus rendimentos tributados a alíquota de 15%. Somando-se os rendimentos, podem elevar o rendimento acumulado à faixa de tributação pela alíquota de 27,5%.

Outro benefício da entrega em separado é para aqueles contribuintes que adotam o modelo simplificado. Neste caso, cada cônjuge poderá fazer jus a um desconto simplificado de até R$ 11.669,72 em sua declaração. Na entrega em conjunto, o limite do desconto simplificado deverá ser observados por ambos.

B) Declaração em conjuntoA entrega da declaração em conjunto, contudo, pode ser interessante se um dos cônjuges não possuir rendimentos, ou possuir baixos rendimentos, e, em contrapartida, possuir altos valores de deduções.

Nesta hipótese, poderíamos citar um cônjuge que possui ínfimos rendimentos, mas que teve altos valores de despesas médicas pagas em 2007. Declarando em separado, estas despesas pouco, ou nada, influiriam no cálculo do imposto no ajuste anual. Informando estas despesas na declaração em conjunto com o cônjuge, contudo, irão refletir em grande dedução do imposto global.

http://ultimainstancia.uol.com.br/artigos/ler_noticia.php?idNoticia=48295

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