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Cálculo Numérico – BCC760 Integração Numérica
Departamento de Computação
Página da disciplina
http://www.decom.ufop.br/bcc760/
Integração Numérica - Motivação
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• Suponha que queremos obter uma folha de papelão de 4 metros de comprimento. A altura de cada onda do papel ondulado e de 1cm, a partir de seu centro, e cada onda tem um período de, aproximadamente, 2cm. • O problema de se encontrar o comprimento da folha ondulada necessária para fabricar este papelão consiste em determinar o comprimento da curva dada por f (x) = sin(x), a partir de x = 0cm, ate x = 400cm.
Integração Numérica
1 Introdução
2 Fórmulas de Newton-Cotes
2.1 Regra dos Trapézios
2.2 Primeira Regra de Simpson
2.3 Segunda Regra de Simpson
2.4 Grau de exatidão
3. Integração dupla
4. Considerações finais
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1. Introdução
O Cálculo Diferencial e Integral ensina que se y = f(x) é uma função contínua em [a, b], então para se obter
basta determinar uma primitiva, isto é, uma função F(x), tal que F’(x) = f(x), de forma que
b
adx)x(f I
)a(F)b(Fdx)x(f Ib
a
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Problemas
• Pode não ser fácil, ou impossível, expressar F(x) por meio de uma combinação finita de funções elementares.
• Há situações nas quais y = f(x) é conhecida apenas em um conjunto discreto de pontos.
• Nestas situações, avalia-se numericamente!!!
b
adx)x(fI
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1. Introdução
• Ideia básica
Aproximar (substituir) a função integranda, y = f(x), por outra cuja integral seja fácil de avaliar.
Substitui-se, então, y = f(x) pelo polinômio que a interpola em um conjunto de pontos (xi, yi), i = 0,1, ..., n; pertencentes ao intervalo de integração [a, b].
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1. Introdução
2. Fórmulas de Newton-Cotes
• Serão estudadas as Fórmulas de Newton-Cotes do tipo fechado. Neste caso, todos os pontos estão no intervalo de integração [a, b], e x0 = a e xn = b são os extremos.
• Estas fórmulas permitem calcular, por aproximação, uma integral definida substituindo a função a ser integrada pelo polinômio com diferenças finitas ascendentes que a interpola em um conjunto de pontos (xi, yi), i = 0, 1, ..., n.
• Sendo assim, é necessário que as abscissas dos pontos sejam equidistantes.
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2. Fórmulas de Newton-Cotes
Sabe-se que
E que x = x0 + h.z dx = h.dz
Para x = x0
Para x = xn
0n
03
02
000
y!n
)]1 n(z[ ... )1z(z
... y!3
)2z)(1z(zy
!2
)1z(z y.zyh.z) x(p
h
x-x z 0
0 z h
x- x z 00
n z h
n.h
h
x- x z 0n
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• A integral que se deseja calcular é
• A integral que será, efetivamente, calculada é
• Este resultado constitui uma família de regras de integração ou de fórmulas de quadratura.
n0 x b e x a onde ,)( dxxfI
b
a
h.z).h.dz p(x I
n
0
0 h.z).dz p(xh. I
n
0
0
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2. Fórmulas de Newton-Cotes
• Esta regra é obtida fazendo-se n igual a um, ou seja, integrando-se o polinômio interpolador de grau um.
2.1.1 Fórmula Simples
É calculada a integral
Como y0 = y1 – y0
1
0
00 dz]yzy[.hI
2
yyhy
2
zzy.hI 0
0
1
0
0
2
0
10 yy2
hI
Fórmula simples da Regra dos Trapézios
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.1 Regra dos Trapézios
• Note-se que I é a área do trapézio de altura h = x1 – x0 e de bases y0 e y1.
)x(fy
0y
1xb 0xa
)x(py 1y
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.1 Regra dos Trapézios
2.1.2 Fórmula Composta
Para melhorar o resultado, o intervalo de integração é dividido em n partes de tamanho h e aplica-se a fórmula simples em cada uma delas.
hax0 1nx 1x 2x .......... bxn
nI1nI 2I1I
y
x
..........
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.1 Regra dos Trapézios
• Fazendo a soma
I = I1 + I2 + ... + In
• Logo
n21 I
n1n
I
21
I
10 yy2
h.........yy
2
hyy
2
hI
n1n210 yy.2...y.2y.2y2
hI
Fórmula composta da
Regra dos Trapézios
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.1 Regra dos Trapézios
• Erro de truncamento
n0''
2
30n
T xx)(f.n12
)xx(E
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.1 Regra dos Trapézios
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Exemplos
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Exemplos
17
Exemplos
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Exercício
2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
• Esta regra é obtida fazendo-se n igual a dois, ou seja, integrando-se o polinômio interpolador de grau dois.
2.2.1 Fórmula Simples
É calculada a integral
2
0
02
00 dz]y2
)1z(zyzy[.hI
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• O resultado é
Como y0 = y1 – y0 e 2y0 = y2 - 2y1 + y0
Então
2
0
02
23
0
2
0 y.4
z
6
zy.
2
zy.zhI
210 yy4y3
hI
Fórmula simples da Primeira Regra de
Simpson
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
2.2.2 Fórmula Composta
Divide-se o intervalo de integração em n partes de tamanho h e aplica-se a fórmula simples de forma repetida.
• Representação geométrica
ax0 1nx 1x 2x ... bxn
2/nI2I1I
3x 4x 2nx
...
)x(fy y
x
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
•Fazendo a soma: I = I1 + I2 + ... + In/2
•A fórmula composta é
2n21
I
n1n2n
I
432
I
210 yy.4y3
h...yy.4y
3
hyy.4y
3
hI
]yy.4y.2.......y.2y.4y.2y.4y.[3
hI n1n2n43210
Atenção! n deve ser par!
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
• Erro de truncamento
]x,x[)(fn180
)xx( - E n0
)IV(
4
50n
1S
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.2 Primeira Regra de Simpson
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Exemplos
27
Exemplos
28
Exemplos
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Exercício 1
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Exercício 2
2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.3 Segunda Regra de Simpson
• Esta regra é obtida fazendo-se n igual a três, ou seja, integrando-se o polinômio interpolador de grau três.
2.3.1 Fórmula Simples
É calculada a integral
Como y0 = y1 – y0 2y0 = y2 - 2y1 + y0
3y0 = y3 - 3y2 + 3y1 - y0
dz.y!3
)2z)(1z(zy
!2
)1z(zy.zy.hI
3
0
03
02
00
3210 yy3y3y8
h3I
Fórmula simples da Segunda Regra de
Simpson
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.3 Segunda Regra de Simpson
2.3.2 Fórmula Composta
Divide-se o intervalo de integração em n partes de tamanho h e aplica-se a fórmula simples de forma repetida.
Resultando em
3n21
I
n1n2n3n
I
6543
I
3210 yy.3y.3y8
h3...yy.3y.3y
8
h3yy.3y.3y
8
h3I
]yy.3y.3....y.2y.3y.3y.2y.3y.3y[8
h3I n1n2n6543210
Atenção! n deve ser
múltiplo de três!
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• Erro de truncamento
]x,x[)(fn80
)xx( - E n0
)IV(
4
50n
2S
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2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.3 Segunda Regra de Simpson
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Exemplos
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Exercício 1
x ln(x)
2 0.6931
2.5 0.9163
3 1.0986
3.5 1.2528
4 1.3863
4.5 1.5041
5 1.6094
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Exercício 2
2. Fórmulas de Newton-Cotes 2.4 Grau de exatidão
• Uma regra de integração diz-se de grau de exatidão n se integrar, exatamente, todos os polinômios de grau menor ou igual a n e existir pelo menos um polinômio de grau n + 1 que não é integrado exatamente por esta regra.
• Portanto
Regra dos Trapézios grau de exatidão 1
Primeira Regra de Simpson grau de exatidão 3
Segunda Regra de Simpson grau de exatidão 3
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3. Integração Dupla
• Trata-se da utilização de métodos numéricos para integração de funções de duas variáveis, ou seja,
• Pode-se escrever
dxdy)y,x(fIm
0
n
0
y
y
x
x
dy)y,x(fG(x) onde
dx)x(Gdxdy )y,x(fI
m
0
n
0
m
0
n
0
y
y
x
x
y
y
x
x
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Para calcular estas integrais,
Podem ser utilizadas as regras de integração estudadas.
dy)y,x(fG(x)
dx)x(GI
m
0
n
0
y
y
x
x
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3. Integração Dupla
Sendo
I = kx.[a0.G(x0) + a1.G(x1) + a2.G(x2) + ... + an.G(xn)]
G(xi) = ky[b0f(xi, y0) + b1f(xi, y1) + b2f(xi, y2) +… + bmf(xi, ym)]
i = 0, 1, ..., n
Verifica-se que
)y.x(f.b.ak.k I ji
mn
0 i0 j
jiyx
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3. Integração Dupla
41
3. Integração Dupla
42
3. Integração Dupla
43
3. Integração Dupla
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3. Integração Dupla
4. Considerações finais
• Comparando as expressões dos erros, verifica-se que as fórmulas de Simpson têm ordem de convergência h4, enquanto que a Regra dos Trapézios é da ordem h2. Portanto , as regras de Simpson convergem para o resultado exato da integral com a mesma velocidade, e mais rapidamente do que a regra dos Trapézios, quando h → 0.
• Embora a Primeira Regra de Simpson tenha sido obtida por meio do polinômio interpolador de grau dois, ela é exata, também, para polinômios de grau três, uma que, na fórmula do erro de truncamento, aparece a derivada quarta da função. Pode ser demonstrado que, se n é par, então as fórmulas de Newton-Cotes do tipo fechado têm grau de exatidão (n + 1).
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