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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Cálculo III
Universidade Federal do Pará
Instituto de Tecnologia
Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Capítulo II
Universidade Federal do Pará
Instituto de Tecnologia
Equações Diferenciais
Método das Séries de Potência
Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
6/23/2019
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
❑ Fundamentação Teórica
❑ Soluções em Série de Potências
❑ Método de Frobenius
❑ Exercícios
III – Método das Séries de Potência
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
❑ Fundamentação Teórica
❑ Soluções em Séries de Potências
❑ Método de Frobenius
❑ Exercícios
III – Método das Séries de Potência
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ As equações diferenciais lineares homogêneas com
coeficientes constantes podem ser resolvidas por
métodos algébricos, como estudado nos capítulos
anteriores.
✓ Entretanto, no caso das equações com coeficientes
variáveis, tal metodologia não se aplica ou devem ser
utilizados artifícios que muitas vezes são complicados
ou não resolvem o problema.
✓ Um método para resolver equações diferenciais
lineares de ordem superior com coeficientes variáveis
envolve soluções sob a forma de séries de potência.
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Definição de uma série de potências. Uma série de
potências em x – a é uma série infinita na forma
𝑛=0
∞
𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛 = 𝑐𝑜 +𝑐1(𝑥 − 𝑎) + 𝑐2(𝑥 − 𝑎)2⋯,
✓ onde 𝑐𝑜, 𝑐1, ⋯ são constantes, chamadas coeficientes da
série, a é uma constante, dita centro da série, e x uma
variável.
✓ No caso particular de a = 0, obtém-se uma série de
potências de x na forma
𝑛=0
∞
𝑐𝑛𝑥𝑛 = 𝑐𝑜 +𝑐1𝑥 + 𝑐2𝑥
2 + 𝑐3𝑥3⋯
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Série de Taylor. Em matemática, uma série de Taylor é
uma série de funções da forma
𝑓 𝑥 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛 ,
onde 𝐶𝑛 = 𝑓 𝑛 (𝑎)𝑥5
𝑛!e 𝑓 𝑥 uma função analítica dada.
Associadamente, o polinômio de Taylor de ordem n em
torno de x = a de uma dada função n vezes diferenciável
neste ponto é dada por
𝑝 𝑥 = 𝑓 𝑎 + 𝑓 ′ 𝑎(𝑥−𝑎)1
1!+ 𝑓 ′′ 𝑎
(𝑥−𝑎)2
2!
+⋯+ 𝑓(𝑛) 𝑎(𝑥−𝑎)𝑛
𝑛!
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Séries de Maclaurin. No caso particular de a = 0, a série
de Taylor também é chamada de série de Maclaurin ou,
quando for o caso, de polinômio de Maclaurin.
Exemplos de séries de Maclaurin:
1
1−𝑥= σ𝑛=0
∞ 𝑥𝑛 = 1 + 𝑥 + 𝑥2 +⋯ 𝑥 < 1, 𝑠. 𝑔𝑒𝑜𝑚. ,
𝑒𝑥 = σ𝑛=0∞ 𝑥𝑛
𝑛!= 1 + 𝑥 +
𝑥2
2!+
𝑥3
3!+⋯ ,
cos 𝑥 = σ𝑛=0∞ (−1)𝑛
𝑥2𝑛
(2𝑛)!= 1−
𝑥2
2!+
𝑥4
4!−+⋯ ,
sen 𝑥 = σ𝑛=0∞ (−1)𝑛
𝑥2𝑛+1
(2𝑛+1)!= 𝑥 −
𝑥3
3!+
𝑥5
5!−+⋯ ,
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Convergência: Para um valor específico de x, uma
série de potências se torna uma série de constantes. Se
a série é igual a uma constante real finita para o x dado,
então diz-se que a série converge em x, caso contrário
diz-se que ela diverge em x.
✓ Intervalo de convergência: O intervalo de
convergência de uma série de potências é o conjunto de
todos os números para os quais a série converge. Toda
série de potências tem um intervalo de convergência.Converge
absolutamenteDivergeDiverge
a a+𝑹a−𝑹Pode convergir
ou divergir
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3.1 Fundamentação Teórica
✓ Raio de convergência: Todo intervalo de
convergência possui um raio de convergência R,
existindo somente três possibilidade para uma série
de potência σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛:
i. A série converge somente no seu centro a; nesse
caso, 𝑅 = 0.
ii. A série converge para todo x que satisfaça
𝑥 − 𝑎 < 𝑅 (−𝑅 < 𝑥 − 𝑎 < 𝑅 𝑜𝑢 𝑎 − 𝑅 < 𝑥 <𝑎 + 𝑅) , em que 𝑅 > 0; nesse caso, a série
diverge para 𝑥 − 𝑎 > 𝑅 .
iii. A série converge para todo x; então 𝑅 = ∞.
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Convergência em um ponto extremo: Se uma
série de potências converge para 𝑥 − 𝑎 < 𝑅, ou
seja, para 𝑎 − 𝑅 < 𝑥 < 𝑎 + 𝑅, em que 𝑅 > 0, ela
pode ou não convergir nos pontos extremos do
intervalo.
✓ Convergência absoluta: Uma série de potências
converge absolutamente em seu intervalo de
convergência, isto é, para x no intervalo de
convergência, se a série de valores absolutos
𝑛=0
∞|𝑐𝑛||(𝑥 − 𝑎)𝑛| converge.
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3.1 Fundamentação Teórica
✓ Determinação do intervalo de convergência: A
convergência de uma série de potências é
determinada, frequentemente, pelo teste da razão.
lim𝑛→∞
𝑐𝑛+1
𝑐𝑛𝑥 − 𝑎 = 𝐿.
Se 𝐿 < 1 , a série converge, e o raio de
convergência é dado por
𝑅 = lim𝑛→∞
𝑐𝑛
𝑐𝑛+1,
desde que esse limite exista.
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3.1 Fundamentação Teórica
✓ Exemplo. Encontre o intervalo de convergência para
a série σ𝑛=0∞ (𝑥−3)𝑛
𝑛³.
𝑅 = lim𝑛→∞
𝑐𝑛
𝑐𝑛+1= lim
𝑛→∞
Τ1 𝑛3
Τ1 (𝑛+1)³= lim
𝑛→∞
(𝑛+1)³
𝑛3=
= lim𝑛→∞
𝑛+1
𝑛
3= lim
𝑛→∞1 +
1
𝑛
3= 1
A série converge absolutamente para 𝑥 − 𝑎 < 𝑅 ,
como 𝑎 = 3, então
𝑥 − 3 < 1 𝑜𝑢 − 1 < 𝑥 − 3 < 1 𝑜𝑢 𝟐 < 𝒙 < 𝟒
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3.1 Fundamentação Teórica
Nos pontos extremos, tem-se as seguintes séries de
constantes:
𝑥 = 2 → σ𝑛=1∞ (−1)𝑛
𝑛³, série alternada, que pelo
critério de Leibniz* é
convergente.
𝑥 = 4 → σ𝑛=1∞ 1𝑛
𝑛³= σ𝑛=1
∞ 1
𝑛³, série convergente.
Logo, o intervalo de convergência da série de
potência dada é [2, 4]
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
Critério de Leibniz.
Uma série alternada σ𝑛=0∞ (−1)𝑛𝑐𝑛 é convergente
se:
i. |cn+1| ≤ |cn| (a série é monotonamente
decrescente)
ii. cn → 0 se n → ∞ (o limite do termo geral da
sucessão cn for zero).
iii. O erro assumido ao truncar a série não supera o
último termo considerado
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✓ Função na forma de uma série de potências: Uma
função é representada por uma série de potências, na
forma
𝑓 𝑥 =
𝑛=0
∞
𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛 = 𝑐𝑜 +𝑐1(𝑥 − 𝑎) + 𝑐2(𝑥 − 𝑎)2⋯ ,
cujo domínio é o intervalo de convergência da série.
✓ Se a série tiver raio de convergência 𝑅 > 0, então a
função f será contínua, diferenciável e integrável no
intervalo 𝑎 − 𝑅, 𝑎 + 𝑅 , e f(x) e sua integral pode ser
calculada por derivação e integração termo a termo,
como:
3.1 Fundamentação Teórica
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
𝑓′ 𝑥 = 𝑐1 + 2𝑐2 𝑥 − 𝑎 + 3𝑐3(𝑥 − 𝑎)2+⋯ =
=
𝑛=1
∞
𝑛𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛−1
𝑓 𝑥 𝑑𝑥 =
= 𝐶 + 𝑐𝑜 𝑥 − 𝑎 + 𝑐1(𝑥 − 𝑎)2
2+ 𝑐2
(𝑥 − 𝑎)3
3+ ⋯
= 𝐶 +
𝑛=0
∞𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛+1
𝑛 + 1
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Embora o raio de convergência dessas duas séries
seja R, o intervalo de convergência pode ser
diferente. Pode-se perder a convergência em um
ponto extremo na derivação termo a termo e pode-
se obter convergência em um ponto extremo na
integração termo a termo.
✓ Séries identicamente nulas: Se
σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛(𝑥 − 𝑎)𝑛 = 0, 𝑅 > 0
✓ para todo x no intervalo de convergência,
então 𝑐𝑛 = 0 para todo n.
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Analiticidade em um ponto: Diz-se que a função
f(x) é analítica em um ponto a quando ela pode ser
representada por uma série de potências em (x – a)
com um raio de convergência positivo (R > 0).
✓ Aritmética de uma série de potências: Os
procedimentos para as operações com séries de
potências são semelhantes aos utilizados nas
operações de soma, multiplicação ou divisão entre
polinômios, ou seja, soma-se coeficientes de mesma
potência de x, multiplica-se termo a termo e usa-se a
propriedade distributiva para agrupar termos de
mesma potência.
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.1 Fundamentação Teórica
✓ Assim, tem-se, por exemplo: se as séries de
potências
𝑓 𝑥 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛 e g 𝑥 = σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛
✓ forem convergentes para 𝑥 < 𝑅, então
𝑓 𝑥 + 𝑔(𝑥) =
𝑛=0
∞
(𝑐𝑛+𝑏𝑛)𝑥𝑛
e
𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑥 = 𝑐𝑜𝑏1 + 𝑐𝑜𝑏1 + 𝑐1𝑏𝑜 + 𝑥
+ 𝑐𝑜𝑏2 + 𝑐1𝑏1 + 𝑐2𝑏𝑜 𝑥2 +⋯
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
❑ Fundamentação Teórica
❑ Soluções em Série de Potências
❑ Método de Frobenius
❑ Exercícios
III – Método das Séries de Potência
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
✓ O processo prático para o método pode ser descrito
nas seguintes etapas:
1. Dada uma equação diferencial, desenvolve-se todas
as funções que nela figuram, em séries de potências
da variável x (variável normalmente usada) ou em
potências de x – a (caso se deseje a solução sob a
forma de uma série de potências de x – a).
2. Sugere-se uma solução sob a forma de uma série de
potências e substitui-se esta série e suas derivadas
na equação. Agrupando-se todos os termos de
mesma potência de x, a equação resultante pode ser
escrita como
3.2 Soluções em Série de Potências
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𝑘𝑜 + 𝑘1𝑥 + 𝑘2𝑥2 +⋯ = 0
onde as constantes 𝑘𝑜, 𝑘1, 𝑘2⋯ são combinações
que contém os coeficientes incógnitos 𝑐𝑜, 𝑐1, 𝑐2⋯na série correspondente à solução da equação
diferencial.
3. Para que a expressão anterior se verifique para
qualquer x em um intervalo dado, deve-se ter
𝑘𝑜 = 0, 𝑘1= 0, 𝑘2 = 0,⋯
que formam um sistema cuja solução são os
coeficientes 𝑐𝑜, 𝑐1, 𝑐2⋯ da solução sugerida.
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
✓ Exemplo 01. Encontre uma solução para
𝑦′ − 2𝑥𝑦 = 0
• Tenta-se uma solução na forma 𝑦 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛 , que
substituída junto com a sua derivada na equação,
resulta
(𝑐1+2𝑐2𝑥 + 3𝑐3𝑥2 + 4𝑐4𝑥
3 + 5𝑐5𝑥4 +⋯) −
−2𝑥 𝑐𝑜 + 𝑐1𝑥 + 𝑐2𝑥2 + 𝑐3𝑥
3 +⋯ = 0
(𝑐1+2𝑐2𝑥 + 3𝑐3𝑥2 + 4𝑐4𝑥
3 + 5𝑐5𝑥4 +⋯) −
− 2𝑐𝑜𝑥 + 2𝑐1𝑥2 + 2𝑐2𝑥
3 + 2𝑐3𝑥4 +⋯ = 0
3.2 Soluções em Série de Potências
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• Agrupando-se os termos com a mesma potência de x,
tem-se
𝑐1 + 2 𝑐2 − 𝑐𝑜 𝑥 + 3𝑐3 − 2𝑐1 𝑥2 + 4𝑐4 − 2𝑐2 𝑥3
+ 5𝑐5 − 2𝑐3 + 6𝑐6 − 2𝑐4 +⋯ = 0
• Para que esta expressão seja uma identidade em x,é necessário que a soma dos coeficientes de cadapotência de x seja igual a zero, então
𝑐1 = 0; 2 𝑐2 − 𝑐𝑜 = 0; 3𝑐3 − 2𝑐1 = 0;4𝑐4 − 2𝑐2 = 0; 5𝑐5 − 2𝑐3 = 0; 6𝑐6 − 2𝑐4 = 0; ⋯
e, em geral,
(a) 𝑐1 = 0 e (b) 𝑐𝑘+1 =2𝑐𝑘−1
𝑘+1, 𝑘 = 1, 2, 3,⋯
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• A relação (a) é dita fórmula de recorrência, a partirda qual os coeficientes da solução geral da ED dadapodem ser calculados. Assim,
𝑐1 = 0; 𝑐5 =2𝑐35
= 0;
𝑐2 = 𝑐𝑜; 𝑐6 =2𝑐46
=𝑐𝑜2 ∙ 3
=𝑐𝑜3!;
𝑐3 =2𝑐13
= 0; ⋮
𝑐4 =2𝑐24
=𝑐𝟐2!
=𝑐𝑜2!;
3.2 Soluções em Série de Potências
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• Com estes valores, a solução geral da equaçãodiferencial dada é
𝑦(𝑥) = 𝑐𝑜 + 𝑐𝑜𝑥2 +
𝑐𝑜
2!𝑥4 +
𝑐0
3!𝑥6 +⋯
= 𝑐𝑜 1 + 𝑥2 +𝑥4
2!+
𝑥6
3!+⋯
= 𝑐𝑜
0
∞𝑥2𝑛
𝑛!
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Raio de convergência:
𝑅 = lim𝑛→∞
𝑐𝑛
𝑐𝑛+1= lim
𝑛→∞
Τ1 𝑛!
Τ1 (𝑛+1)!=
= lim𝑛→∞
Τ1 𝑛!
Τ1 𝑛+1 𝑛!= lim
𝑛→∞
𝑛+1 𝑛!
𝑛!= ∞
• Intervalo de convergência:
• A série converge absolutamente para 𝑥 − 𝑎 < 𝑅, como
𝑎 = 0, então
𝑥 < ∞ ou −∞ < 𝑥 < ∞
3.2 Soluções em Série de Potências
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➢ Soluções em torno de pontos ordinários.
• Considerando-se a equação diferencial escrita na
forma
𝑦′′ + 𝑝 𝑥 𝑦′ + 𝑞(𝑥)𝑦 = 0,
diz-se que 𝑥𝑜 é um ponto ordinário da equação se
as funções 𝑝(𝑥) e 𝑞 𝑥 são analíticas em 𝑥𝑜, ou
seja, podem ser representadas por séries de
potências em (x – xo) com raios de convergência
positivos (R > 0), conforme representadas a seguir:
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
𝑝 𝑥 = σ𝑛=0∞ 𝑝𝑛(𝑥 − 𝑥𝑜)
𝑛, ∀ 𝑥 − 𝑥𝑜 < 𝑅𝑝,
𝑞(𝑥) = σ𝑛=0∞ 𝑞𝑛(𝑥 − 𝑥𝑜)
𝑛, ∀ 𝑥 − 𝑥𝑜 < 𝑅𝑞,
com 𝑅𝑝 > 0 e 𝑅𝑞 > 0. Caso contrário, diz-se que 𝑥𝑜é um ponto singular da equação diferencial dada.
• Outra forma de explicar o que seja um ponto
ordinário, parte-se da equação diferencial na forma
𝑃(𝑥)𝑦′′ + 𝑄 𝑥 𝑦′ + 𝑅(𝑥)𝑦 = 0,
supondo-se que P, Q e R são polinômios que não tem
fatores comuns aos três.
3.2 Soluções em Série de Potências
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
A solução da ED em um intervalo contendo xo está
intimamente associada ao comportamento de P(x)
nesse intervalo, o que determinará se esse ponto é
ordinário ou singular:
▪ Ponto ordinário. Se 𝑃(𝑥𝑜) ≠ 0. Nesse caso, como
P é contínuo, existe um intervalo em torno de xo
no qual P(x) nunca se anula, pode-se, então,
dividir a ED por P(x) para se obter
𝑦′′ + 𝑝 𝑥 𝑦′ + 𝑞(𝑥)𝑦 = 0,
em que p(x) e q(x) são contínuas.
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Logo, pelo teorema de existência e unicidade,
existe uma solução da ED nesse intervalo que
também satisfaz as condições iniciais impostas no
ponto 𝑥𝑜 [𝑦 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜 e 𝑦′ 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜
′].
▪ Ponto Singular. Se 𝑃 𝑥𝑜 = 0. Neste caso, pelo
menos um entre Q 𝑥𝑜 e R 𝑥𝑜 é diferente de
zero e, em consequência, pelo menos um dos
coeficientes p e q na ED torna-se ilimitado
quando x → xo; portanto, o teorema de existência
e unicidade da solução não se aplica.
3.2 Soluções em Série de Potências
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Na equação 𝑦′′ + 𝑒𝑥𝑦′ + (𝑠𝑒𝑛 𝑥)𝑦 = 0, todo ponto x
é um ponto ordinário. Em particular, x = 0 é um ponto
ordinário, pois
𝑒𝑥 = 1 +𝑥
1!+
𝑥2
2!+⋯ e 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑥 −
𝑥3
3!+
𝑥5
5!−⋯
convergem para todo x.
• A equação 𝑥𝑦′′ + (𝑠𝑒𝑛 𝑥)𝑦 = 0 possui um ponto
ordinário em 𝑥 = 0 , pois 𝑄 𝑥 = Τ𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑥 tem o
desenvolvimento em série de potências
𝑄 𝑥 =𝑠𝑒𝑛 𝑥
𝑥=
𝑥−𝑥3
3!+𝑥5
5!−⋯
𝑥= 1 −
𝑥2
3!+
𝑥4
5!−⋯
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Na equação 𝑦′′ + (𝑙𝑛 𝑥)𝑦 = 0, o ponto x = 0 é um
ponto singular, pois 𝑄 𝑥 = ln 𝑥 não pode ser
desenvolvida em série de potências em torno de x =
0.
• A equação 𝑥𝑦′′ + (𝑐𝑜𝑠 𝑥)𝑦 = 0 possui um ponto
singular em 𝑥 = 0 , pois 𝑞 𝑥 = Τ𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑥 não pode
ser desenvolvida em série de potências centrada em
x = 0.
𝑄 𝑥 =𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑥=
1−𝑥2
2!+𝑥4
4!−⋯
𝑥=
1
𝑥−
𝑥
2!+
𝑥3
4!−⋯
3.2 Soluções em Série de Potências
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Na equação 𝑥2 − 1 𝑦′′ + 2𝑥𝑦′ + 6𝑦 = 0, os pontos
𝑥 = ±1 são singulares, pois nesses pontos 𝑃 𝑥 =0 e, dessa forma, 𝑝 𝑥 = Τ𝑄(𝑥) 𝑃 𝑥 = Τ2𝑥 (𝑥2 − 1)não pode ser desenvolvida em série de potências
centrada em 𝑥 = ±1. Todos os demais pontos são
ordinários.
• A equação de Cauchy-Euler 𝑎𝑥2𝑦′′ + 𝑏𝑥𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0,
em que a, b e c são constantes, possui um ponto
singular em x = 0, pois 𝑝 𝑥 = Τ𝑄(𝑥) 𝑃(𝑥) = Τ𝑏 𝑎𝑥não pode ser desenvolvida em série de potências
centrada em x = 0. Todos os demais pontos, reais ou
complexos, são ordinários.
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
✓ Exemplo 02. Resolva a equação 𝑦′′ − 2𝑥𝑦 = 0.
• Como não há pontos singulares na equação, oteorema de existência e unicidade garante duassoluções na forma de série de potênciasconvergente em 𝑥 < ∞ , em todo 𝑥. Emparticular, para 𝑥 = 0, tem-se:
𝑦 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛;
𝑦′ = σ𝑛=1∞ 𝑛𝑐𝑛𝑥
𝑛−1;
𝑦′′ = σ𝑛=2∞ 𝑛(𝑛 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛−2
3.2 Soluções em Série de Potências
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• Substituindo-se y e sua derivada segunda naequação, tem-se
σ𝑛=2∞ 𝑛(𝑛 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛−2 − 2𝑥 σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛= 0
σ𝑛=2∞ 𝑛(𝑛 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛−2 − σ𝑛=0∞ 2𝑐𝑛𝑥
𝑛+1= 0
2𝑐2 + σ𝑛=3∞ 𝑛(𝑛 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛−2 −σ𝑛=0∞ 2𝑐𝑛𝑥
𝑛+1= 0
• Fazendo-se 𝑘 = 𝑛 − 2 na primeira série e 𝑘 = 𝑛 +1 na segunda, tem-se
2𝑐2 +σ𝑘=1∞ (𝑘 + 2)(𝐾 + 1)𝑐𝑘+2𝑥
𝑘 −σ𝑘=1∞ 2𝑐𝑘−1𝑥
𝑘= 0
2𝑐2 +σ𝑘=1∞ [(𝑘 + 2)(𝐾 + 1)𝑐𝑘+2 − 2𝑐𝑘−1]𝑥
𝑘= 0
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Assim,
2𝑐2 = 0 e 𝑘 + 2 𝐾 + 1 𝑐𝑘+2 − 2𝑐𝑘−1 = 0
ou
𝑐2 = 0 e 𝑐𝑘+2 =2𝑐𝑘−1
𝑘+2 𝐾+1, 𝑘 = 1, 2, 3, …
• Da iteração tem-se
3.2 Soluções em Série de Potências
𝑘 = 1 𝑐3 =2𝑐03 ∙ 2
𝑘 = 2 𝑐4 =2𝑐14 ∙ 3
𝑘 = 3 𝑐5 =2𝑐25 ∙ 4
= 0
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3.2 Soluções em Série de Potências
𝑘 = 4 𝑐6 =2𝑐36 ∙ 5
=22
6 ∙ 5 ∙ 3 ∙ 2𝑐𝑜
𝑘 = 5 𝑐7 =2𝑐47 ∙ 6
=22
7 ∙ 6 ∙ 4 ∙ 3𝑐1
𝑘 = 6 𝑐8 =2𝑐58 ∙ 7
= 0
𝑘 = 7 𝑐9 =2𝑐69 ∙ 8
=23
9 ∙ 8 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 3 ∙ 2𝑐𝑜
𝑘 = 8 𝑐10 =2𝑐710 ∙ 9
=23
10 ∙ 9 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 4 ∙ 3𝑐1
𝑘 = 9 𝑐11 =2𝑐88 ∙ 7
= 0
⋮ ⋮
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Substituindo-se os devidos quocientes em 𝑦, tem-se
𝑦 = 𝑐𝑜 + 𝑐1𝑥 + 𝑐2𝑥2 + 𝑐3𝑥
3 + 𝑐4𝑥4 + 𝑐5𝑥
5 + 𝑐6𝑥6
+𝑐7𝑥7 + 𝑐8𝑥
8 + 𝑐9𝑥9 + 𝑐10𝑥
10 + 𝑐11𝑥11 +⋯
= 𝑐𝑜 + 𝑐1𝑥 +2
3 ∙ 2𝑐𝑜𝑥
3 +2
4 ∙ 3𝑐1𝑥
4 + 0
+22
6∙5∙3∙2𝑐𝑜𝑥
6 +22
7∙6∙4∙3𝑐1𝑥
7 + 0
+23
9∙8∙6∙5∙3∙2𝑐𝑜𝑥
9 +22
10∙9∙7∙6∙5∙3∙2𝑐1𝑥
10 + 0 +⋯
3.2 Soluções em Série de Potências
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
= 𝑐𝑜 1 +2
3∙2𝑥3 +
22
6∙5∙3∙2𝑥6 +
23
9∙8∙6∙5∙3∙2𝑥9 +⋯
+𝑐1 1 +2
4∙3𝑥4 +
22
7∙6∙4∙3𝑥7 +
22
10∙9∙7∙6∙5∙3∙2𝑥10 +⋯
• Algumas vezes é útil escrever as soluções com anotação de somatório, assim
𝑦1(𝑥) = 𝑐𝑜 1 + σ𝑘=1∞ 2𝑘[1∙4∙7⋯ 3𝑘−2 ]
(3𝑘)!𝑥3𝑘
𝑦2 𝑥 = 𝑐1 1 + σ𝑘=1∞ 2𝑘[2∙5∙8⋯ 3𝑘−1 ]
(3𝑘−1)!𝑥3𝑘+1
• O teste da razão pode mostrar que as duas sériesconvergem para todo 𝑥 real, ou seja, 𝑥 < ∞.
3.2 Soluções em Série de Potências
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.2 Soluções em Série de Potências
✓ Exemplo 03. Resolva a equação 𝑦′′ + (cos 𝑥) 𝑦 = 0.
• Como cos 𝑥 = 1 −𝑥2
2!+
𝑥4
4!−
𝑥6
6!+⋯ , verifica-se
que x = 0 é um ponto ordinário. Supondo-se então
𝑦 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛, tem-se
𝑦′′ + (cos 𝑥)𝑦 = σ𝑛=2∞ 𝑛 𝑛 − 1 𝑐𝑛𝑥
𝑛−2
+ 1 −𝑥2
2!+
𝑥4
4!−
𝑥6
6!+⋯ σ𝑛=0
∞ 𝑐𝑛𝑥𝑛
= 2𝑐2 + 6𝑐3 + 12𝑐4𝑥2 + 20𝑐5𝑥
3 +⋯
+ 1 −𝑥2
2!+
𝑥4
4!−
𝑥6
6!+⋯
𝑐0 + 𝑐1𝑥 + 𝑐2𝑥2 + 𝑐3𝑥
3 +⋯ =
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22
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3.2 Soluções em Série de Potências
= 2𝑐2 + 𝑐𝑜 + 6𝑐3 + 𝑐1 𝑥 + 12𝑐4 + 𝑐3 −1
2𝑐𝑜 𝑥2
+ 20𝑐5 + 𝑐3 −1
2𝑐1 𝑥3 +⋯ = 0
2𝑐2 + 𝑐𝑜 = 0 → 𝑐2 = −𝑐𝑜
2
6𝑐3 + 𝑐1 = 0 → 𝑐3 = −𝑐1
6
12𝑐4 + 𝑐2 −1
2𝑐𝑜 = 0 → 𝑐4 =
𝑐𝑜
12
20𝑐5 + 𝑐3 −1
2𝑐1 = 0 → 𝑐5 =
𝑐1
30
⋮
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.2 Soluções em Série de Potências
• Como 𝑐𝑜 e 𝑐1 são arbitrários, a solução geral é
𝑦 𝑥 = 𝑐𝑜 1 −1
2𝑥2 +
1
12𝑥4 −⋯
+ 𝑐1 𝑥 −1
6𝑥3 +
1
30𝑥5 −⋯
• Como a equação diferencial não possui pontossingulares, ambas as séries convergem paratosos os valores de 𝑥.
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.2 Soluções em Série de Potências
➢ Soluções em torno de pontos singulares.
• Considerando-se a equação diferencial escrita na
forma
𝑦′′ + 𝑝 𝑥 𝑦′ + 𝑞(𝑥)𝑦 = 0,
diz-se que um ponto singular 𝑥 = 𝑥𝑜 da equação
é um ponto singular regular se (𝑥 − 𝑥𝑜)𝑝(𝑥) e
(x − 𝑥𝑜)²𝑞 𝑥 são analíticas em 𝑥𝑜 .
Um ponto singular que não é regular échamado de ponto singular irregular.
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.2 Soluções em Série de Potências
• Exemplo: Considerando-se a equação diferencial
escrita na forma
(𝑥2 − 4)2𝑦′′ + 𝑥 − 2 𝑦′ + 𝑦 = 0
Dividindo-se a equação por (𝑥2 − 4)2, encontra-
se
𝑦′′ +𝑥−2
(𝑥2−4)2𝑦′ +
1
(𝑥2−4)2𝑦 = 0
𝑦′′ +1
(𝑥−2)(𝑥+2)2𝑦′ +
1
(𝑥−2)2(𝑥+2)2𝑦 = 0
Logo
𝑝(𝑥) =1
(𝑥−2)(𝑥+2)2e 𝑞(𝑥) =
1
(𝑥−2)2(𝑥+2)2
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.2 Soluções em Série de Potências
Como os pontos 𝑥 = −2 e 𝑥 = 2 são singulares,
testa-se p(x) e q(x) em cada ponto.
Para 𝑥 = −2, aplica-se as condições de
regularidade
𝑥 + 2 𝑝 𝑥 =𝑥+2
𝑥−2 𝑥+2 2 =1
𝑥−2 (𝑥+2)
𝑥 + 2 2𝑞 𝑥 =𝑥+2 2
𝑥−2 2 𝑥+2 2 =1
𝑥−2 2
Na primeira condição, a função resultante não é
analítica no ponto 𝑥 = −2, logo este é um ponto
singular irregular.
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.2 Soluções em Série de Potências
Para 𝑥 = 2, aplica-se as condições de
regularidade
𝑥 − 2 𝑝 𝑥 =𝑥−2
𝑥−2 𝑥+2 2 =1
(𝑥+2)²
𝑥 − 2 2𝑞 𝑥 =𝑥−2 2
𝑥−2 2 𝑥+2 2 =1
𝑥+2 2
Nas duas condições, as funções resultantes são
analíticas no ponto 𝑥 = 2, logo este é um ponto
singular regular.
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
❑ Fundamentação Teórica
❑ Soluções em Série de Potências
❑ Método de Frobenius
❑ Exercícios
III – Método das Séries de Potência
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.3 Método de Frobenius
✓ Considera-se agora o problema de resolver a equação
geral linear de segunda ordem em uma vizinhança de
um ponto singular regular 𝑥 = 𝑥𝑜 .
•Teorema. Se 𝑥 = 𝑥𝑜 for um ponto singular regular
da equação diferencial, então existe pelo menos uma
solução em série na forma
• 𝑦 = (𝑥−𝑥𝑜)𝑟σ𝑛=0
∞ 𝑐𝑛(𝑥−𝑥𝑜)𝑛 = σ𝑛=0
∞ 𝑐𝑛(𝑥−𝑥𝑜)𝑛+𝑟
• em que o número r é uma constante a ser
determinada, e a série convergirá pelo menos em
algum intervalo 0 < 𝑥 − 𝑥𝑜 < 𝑅.
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• O método de Frobenius consiste em identificar uma
singularidade regular 𝑥 = 𝑥𝑜 , substituir 𝑦 =σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛(𝑥−𝑥𝑜)𝑛+𝑟e suas derivadas na equação
diferencial dada e determinar o expoente r e os
coeficientes cn.
• Equação indicial: É a equação que permite
determinar o valor de r, que no caso de uma ED de
segunda ordem será uma equação do segundo grau.
• O método fornece um sistema fundamental de
soluções, que dependerá da natureza das raízes
indiciais, podendo ocorrer três possibilidades:
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Caso I. As raízes indiciais não diferem de um inteiro
(inclui as raízes complexas conjugadas).
Caso II. As raízes indiciais diferem de um inteiro.
Caso III. As raízes da equação indicial são iguais.
CASO I. Se 𝑟1 e 𝑟2 são distintas e não diferem de
um inteiro, então existem duas soluções linearmente
independentes para a ED dada, na forma
𝑦1 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟1 , 𝑐𝑜 ≠ 0
𝑦2 = σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛+𝑟2 , 𝑏𝑜 ≠ 0
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Exemplo. Resolver a equação
2𝑥𝑦′′ + 1 + 𝑥 𝑦′ + 𝑦 = 0
Solução:
2𝑥 σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−2
+(1 + 𝑥)σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1 +σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(2𝑛 + 2𝑟 − 2)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
+σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1+ σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟
+σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(2𝑛 + 2𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
+ σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 + 1 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
𝑟 2𝑟 − 1 𝑐𝑜𝑥𝑟−1 + 𝑥𝑟 σ𝑛=1
∞ (𝑛 + 𝑟)(2𝑛 + 2𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥𝑛−1
+ 𝑥𝑟 σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 + 1 𝑐𝑛𝑥
𝑛 = 0
𝑥𝑟[𝑟 2𝑟 − 1 𝑐𝑜𝑥−1 + σ𝑛=1
∞ (𝑛 + 𝑟)(2𝑛 + 2𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥𝑛−1
+σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 + 1 𝑐𝑛𝑥
𝑛] = 0 k = n – 1
k = n
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
𝑥𝑟{𝑟 2𝑟 − 1 𝑐𝑜𝑥−1
+σ𝑘=0∞ [(𝑘 + 𝑟 + 1)(2𝑘 + 2𝑟 + 1)𝑐𝑘+1
+ 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑐𝑘]𝑥𝑘} = 0
o que implica em
𝑟 2𝑟 − 1 𝑐𝑜 = 0 → 𝑟 2𝑟 − 1 = 0
(𝑘 + 𝑟 + 1)(2𝑘 + 2𝑟 + 1)𝑐𝑘+1+ 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑐𝑘 = 0,
𝑘 = 0, 1, 2,⋯
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Da primeira expressão obtém-se a equação indicial
𝑟 2𝑟 − 1 = 0 → ቊ𝑟1 = Τ1 2𝑟2 = 0
Através da segunda expressão, para cada valor das
raízes indiciais obtém as soluções da equação
diferencial.
𝑐𝑘+1 =−𝑐𝑘
(2𝑘+2𝑟+1)
Para 𝑟 = 𝑟1 = Τ1 2, tem-se
𝑐𝑘+1 =−𝑐𝑘
2(𝑘+1),
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
𝑘 = 0 𝑐1 =−𝑐𝑜2 ∙ 1
𝑘 = 1 𝑐2 =−𝑐12 ∙ 2
=𝑐𝑜
2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 1=
𝑐𝑜
2² ∙ 2!
𝑘 = 2 𝑐3 =−𝑐22 ∙ 3
=−𝑐𝑜
2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 3=
−𝑐𝑜23 ∙ 3!
𝑘 = 3 𝑐4 =−𝑐32 ∙ 4
=𝑐𝑜
24 ∙ 4!
⋮ ⋮
𝑐𝑛 =(−1)𝑛𝑐𝑜
2𝑛𝑛!, 𝑛 = 1, 2, 3,⋯
que determinando os coeficientes da primeira série:
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Logo, tem-se como primeira solução da ED
𝑦1 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟1 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+ Τ1 2
= 𝑐𝑜 σ𝑛=𝑜∞ (−1)𝑛
2𝑛𝑛!𝑐𝑜𝑥
𝑛+1/2
= 𝑐𝑜 σ𝑛=𝑜∞ (−1)𝑛
2𝑛𝑛!𝑥𝑛+1/2
a qual converge para 𝑥 ≥ 0. Na forma apresentada,
a série não tem significado para 𝑥 < 0, por causa da
presença de 𝑥1/2.
Para 𝑟 = 𝑟2 = 0, tem-se
𝑐𝑘+1 =−𝑐𝑘
(2𝑘+2𝑟+1)=
−𝑐𝑘
2𝑘+1,
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
que determinando os coeficientes da segunda série:
𝑘 = 0 𝑐1 =−𝑐𝑜1
𝑘 = 1 𝑐2 =−𝑐13
=𝑐𝑜1 ∙ 3
𝑘 = 2 𝑐3 =−𝑐25
=−𝑐𝑜
1 ∙ 3 ∙ 5
𝑘 = 3 𝑐4 =−𝑐37
=𝑐𝑜
1 ∙ 3 ∙ 5 ∙ 7
⋮ ⋮
𝑐𝑛 =(−1)𝑛𝑐𝑜
1∙3∙5∙7…(2𝑛−1), 𝑛 = 1, 2, 3,⋯
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Logo, tem-se como segunda solução da ED
𝑦2 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟2 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+0
= 𝑐𝑜 σ𝑛=𝑜∞ (−1)𝑛
2𝑛𝑛!𝑐𝑜𝑥
𝑛
= 𝑐𝑜 σ𝑛=𝑜∞ (−1)𝑛
1∙3∙5∙7(2𝑛−1)𝑥𝑛
a qual converge para todo 𝑥.
No intervalo 0,∞ , a solução geral para aequação diferencial é
𝑦 𝑥 = 𝐶1𝑦1 𝑥 + 𝐶2𝑦2 𝑥 .
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
CASO II. Se 𝑟1 − 𝑟2 = 𝑁, em que N é um inteiro,
então existem duas soluções linearmente
independentes para a ED dada, na forma
𝑦1 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟1 , 𝑐𝑜 ≠ 0
𝑦2 = 𝐶𝑦1 𝑥 ln 𝑥 +σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛+𝑟2 , 𝑏𝑜 ≠ 0,
em que C é uma constante que pode ser zero.
Exemplo 1. Resolver a equação
(𝑥2 − 1)𝑦′′− 𝑥2 + 1 𝑥𝑦′ + (𝑥2 + 1)𝑦 = 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.3 Método de Frobenius
Como os pontos 𝑥 = −1 e 𝑥 = 1 são singulares,
testa-se p(x) e q(x) em cada ponto.
Para 𝑥 = −1, aplica-se as condições de
regularidade
𝑥 + 1 𝑝 𝑥 =𝑥+1 (𝑥2+1)
𝑥²−1=
(𝑥2+1)
𝑥−1
𝑥 + 1 2𝑞 𝑥 =𝑥+1 2(𝑥2+1)
(𝑥2−1)=
(𝑥+1)(𝑥2+1)
(𝑥−1)
Na duas condições, a função resultante é analítica
no ponto 𝑥 = −1, logo este é um ponto singular
regular.
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.3 Método de Frobenius
Para 𝑥 = 1, aplica-se as condições de
regularidade
𝑥 + 1 𝑝 𝑥 =𝑥+1 (𝑥2+1)
𝑥²−1=
(𝑥2+1)
𝑥−1
𝑥 + 1 2𝑞 𝑥 =𝑥+1 2(𝑥2+1)
(𝑥2−1)=
(𝑥+1)(𝑥2+1)
(𝑥−1)
Nas duas condições, a função resultante não é
analítica no ponto 𝑥 = 1, logo este é um ponto
singular irregular.
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Solução:
𝑥2 − 1 𝑥²𝑦′′ − 𝑥2 + 1 𝑥𝑦′ + (𝑥2 + 1)𝑦 = 0
𝑥2 − 1 𝑥²σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−2
− 𝑥2 + 1 𝑥 σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
+(𝑥2 + 1)σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
𝑥2 − 1 σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟
− 𝑥2 + 1 σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟
+(𝑥2 + 1)σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Efetuando-se as multiplicações indicadas e
simplificando-se, tem-se
σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟 − 1)²𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟+2
−σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 + 1 𝑛 + 𝑟 − 1 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟 − 1)²𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟+2
− 𝑟 + 1 𝑟 − 1 𝑐𝑜𝑥𝑟 − 𝑟 + 2 𝑟𝑐1𝑥
𝑟+1
−σ𝑛=2∞ 𝑛 + 𝑟 + 1 𝑛 + 𝑟 − 1 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Fazendo-se 𝑘 = 𝑛 no primeiro somatório e 𝑘 =𝑛 − 2 no segundo, obtém-se
σ𝑘=0∞ (𝑘 + 𝑟 − 1)²𝑐𝑛𝑥
𝑘+𝑟+2
− 𝑟 + 1 𝑟 − 1 𝑐𝑜𝑥𝑟 − 𝑟 + 2 𝑟𝑐1𝑥
𝑟+1
−σ𝑘=0∞ 𝑘 + 𝑟 + 3 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑐𝑘+2𝑥
𝑘+𝑟+2 = 0
− 𝑟 + 1 𝑟 − 1 𝑐𝑜𝑥𝑟 − 𝑟 + 2 𝑟𝑐1𝑥
𝑟+1
+σ𝑘=0∞ [(𝑘 + 𝑟 − 1)²𝑐𝑛
− 𝑘 + 𝑟 + 3 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑐𝑘+2] 𝑥𝑘+𝑟+2 = 0
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Igualando-se a zero o coeficiente de 𝑥𝑟 obtém-se a
equação indicial
− 𝑟 + 1 𝑟 − 1 = 0,
com raízes 𝑟1 = 1 e 𝑟1 = −1, que diferem de um
inteiro.
Igualando-se a zero o coeficiente de 𝑥𝑟+1 obtém-se
− 𝑟 + 2 𝑟𝑐1 = 0,
que mostra que para qualquer uma das raízes 𝑐1 =0.
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Igualando-se a soma dos coeficientes de 𝑥𝑘+𝑟+2 a
zero obtém-se
𝑐𝑘+2 =(𝑘 + 𝑟 − 1)²𝑐𝑘
𝑘 + 𝑟 + 3 (𝑘 + 𝑟 + 1), 𝑘 = 0, 1, 2,…
Substituindo-se a raiz 𝑟 = 𝑟1 = 1 na expressão
acima, obtém-se
𝑐𝑘+2=𝑘2
𝑘 + 4 (𝑘 + 2)𝑐𝑘
3.3 Método de Frobenius
6/23/2019
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Para 𝑘 = 0, obtém-se que 𝑘2 = 0 e,
consequentemente, para os demais valores pares de
k obtém-se 𝑐4 = 𝑐6 = ⋯ = 0, e como 𝑐1 = 0 ,segue-se que para os demais valores ímpares dek obtém-se 𝑐3 = 𝑐5 = ⋯ = 0. Assim, a maior raiz𝑟1 = 1 proporciona a solução
𝑦1(𝑥) = 𝑐𝑜𝑥
A raiz menor, 𝑟 = 𝑟2 = −1, é usada para se obter a
segunda solução independente 𝑦2(𝑥) da forma
𝑦2 = 𝐶𝑦1 𝑥 ln 𝑥 +σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛+𝑟2 , 𝑏𝑜 ≠ 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Substituindo-se esta expressão e suas derivadas na
ED e fazendo-se as devidas simplificações e
agrupamentos (os termos logarítmicos se
cancelam), obtém-se
−2𝐶𝑥 + σ𝑛=0∞ 𝑛 − 2 2𝑏𝑛𝑥
𝑛+1
−σ𝑛=0∞ 𝑛 𝑛 − 2 𝑏𝑛𝑥
𝑛−1 = 0
Fazendo-se 𝑘 = 𝑛 + 1 no primeiro somatório e
𝑘 = 𝑛 − 1 no segundo, obtém-se
−2𝐶𝑥 + σ𝑘=1∞ 𝑘 − 3 2𝑏𝑘−1𝑥
𝑘
−σ𝑘=−1∞ (𝑘 + 1) 𝑘 − 1 𝑏𝑘+1𝑥
𝑘 = 0
3.3 Método de Frobenius
6/23/2019
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
−2𝐶𝑥 + σ𝑘=1∞ 𝑘 − 3 2𝑏𝑘−1𝑥
𝑘
+𝑏1 − σ𝑘=1∞ (𝑘 + 1) 𝑘 − 1 𝑏𝑘+1𝑥
𝑘 = 0
Juntando-se os somatórios e igualando-se a soma
dos coeficientes a zero, obtém-se
Para 𝑘 = 0: 𝑏1 = 0;
Para 𝑘 = 1: −2𝐶 + 4𝑏𝑜 = 0;
Para 𝑘 > 1: 𝑘 − 2 2𝑏𝑘 − (𝑘 + 1) 𝑘 − 1 𝑏𝑘+2 = 0
ou
𝑏𝑘+1 =𝑘−3 2𝑏𝑘−1
𝑘2−1
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Como 𝑏1 = 0, então 𝑏3 = 0, 𝑏5 = 0, 𝑏7 = 0 etc.
𝑘 = 3 fornece 𝑏4 = 0, 𝑏6 = 0, 𝑏8 = 0 etc.
𝐶 = 2𝑏𝑜 e 𝑏2 permanecem arbitrários.
Portanto,
𝑦2 𝑥 = 2𝑏0𝑥𝑙𝑛 𝑥 +1
𝑥𝑏𝑜 + 𝑏2𝑥
2
= 2𝑏0𝑥𝑙𝑛 𝑥 +𝑏0
2𝑥+
𝑏2
𝑏𝑜𝑥
Como 𝑦1 = 𝑐𝑜𝑥, então pode-se tomar 𝑏2 = 0, logo
𝑦2 𝑥 = 𝑏0 2𝑥𝑙𝑛 𝑥 +1
𝑥
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Exemplo 2. Resolver a equação
𝑥𝑦′′ + 3𝑦′ − 𝑦 = 0
Solução: Possui singularidade regular em 𝑥 = 0.
𝑥 σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−2
+3σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
−σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
+ 3σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
−σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
σ𝑛=0∞ [ 𝑛 + 𝑟 [ 𝑛 + 𝑟 + 2 ]𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
−σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
𝑥𝑟{𝑟 𝑟 + 2 𝑐0𝑥−1
+σ𝑛=1∞ [ 𝑛 + 𝑟 𝑛 + 𝑟 + 2 ]𝑐𝑛𝑥
𝑛−1
−σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛} = 0
𝑥𝑟{𝑟 𝑟 + 2 𝑐0𝑥−1
+σ𝑘=0∞ 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑘 + 𝑟 + 3 𝑐𝑘+1𝑥
𝑘
−σ𝑘=0∞ 𝑐𝑘𝑥
𝑘} = 0
k = n – 1
k = n
3.3 Método de Frobenius
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𝑥𝑟{𝑟 𝑟 + 2 𝑐0𝑥−1
+σ𝑘=0∞ [ 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑘 + 𝑟 + 3 𝑐𝑘+1−𝑐𝑘]𝑥
𝑘} = 0
Logo,
𝑟 𝑟 + 2 = 0 → ቊ𝑟1 = 0𝑟2 = −2
→ 𝑟1 − 𝑟2 = 2 e
𝑘 + 𝑟 + 1 𝑘 + 𝑟 + 3 𝑐𝑘+1 − 𝑐𝑘 = 0
𝑐𝑘+1 =𝑐𝑘
𝑘+𝑟+1 (𝑘+𝑟+3), 𝑘 = 0, 1, 2, …
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Quando 𝑟1 = 0, 𝑐𝑘+1 =𝑐𝑘
𝑘+1 (𝑘+3), 𝑘 = 0, 1, 2,…
3.3 Método de Frobenius
𝑘 = 0 𝑐1 =1
1.3𝑐𝑜
𝑘 = 1 𝑐2 =1
2.4𝑐1 =
2
2! 4!𝑐𝑜
𝑘 = 2 𝑐3 =1
3.5𝑐2 =
2
3! 5!𝑐𝑜
𝑘 = 3 𝑐4 =1
4.6𝑐3 =
2
4! 6!𝑐𝑜
⋮ 𝑐7 = 0
𝑘 ≥ 7 𝑐𝑛 =2
𝑛! (𝑛 + 2)!𝑐𝑜
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Logo, uma solução em série é
𝑦1 = 𝑐𝑜𝑥𝑜 σ𝑛=0
∞ 2
𝑛!(𝑛+2)!𝑥𝑛
= 𝑐𝑜 σ𝑛=0∞ 2
𝑛!(𝑛+2)!𝑥𝑛 , 𝑥 < ∞
Quando 𝑟2 = −2,
𝑐𝑘+1 =𝑐𝑘
𝑘−1 (𝑘+1)
Observa-se que para 𝑘 = 1 o denominador se
anula; portanto, deixa-se a relação de recorrência
na forma abaixo e a usamos para 𝑘 = 0 e 𝑘 = 1
𝑘 − 1 𝑘 + 1 𝑐𝑘+1 − 𝑐𝑘 = 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Assim,
𝑘 = 0 → −1 ∙ 1𝑐1 − 𝑐𝑜 = 0
𝑘 = 1 → 0 ∙ 2𝑐2 − 𝑐1 = 0
A segunda equação implica o coeficiente 𝑐1 = 0, a
primeira 𝑐𝑜 = 0. Os demais coeficientes (para 𝑘 =2, 3, 4,⋯ , ) são encontrados pela equação de
recorrência na forma
𝑐𝑘+1 =𝑐𝑘
𝑘 − 1 (𝑘 + 1),
conforme mostrados no quadro a seguir
3.3 Método de Frobenius
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3.3 Método de Frobenius
𝑘 = 2 𝑐3 =1
1 ∙ 3𝑐2
𝑘 = 3 𝑐4 =1
2 ∙ 4𝑐3 =
2
2! 4!𝑐2
𝑘 = 4 𝑐5 = −1
3 ∙ 5𝑐4 =
2
3! 5!𝑐2
𝑘 = 5 𝑐6 =1
2 ∙ 4 ∙ 6𝑐5 =
2
2! 4! 6!𝑐2
⋮ ⋮
𝑘 ≥ 2 𝑐𝑛 =2
𝑛−2 !𝑛!𝑐2
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Logo, a segunda solução da ED é
𝑦2 = 𝑐2𝑥−2 σ𝑛=2
∞ 2
𝑛!(𝑛−2)!𝑥𝑛−2 .
Entretanto, caso se faça 𝑘 = 𝑛 − 2, verifica-se que
𝑦2 é um múltiplo de 𝑦1, concluindo-se que o método
de Frobenius para esse caso dá somente uma
solução em série para a ED, com 𝑐𝑜 no lugar de 𝑐7.
Nesse caso, a segunda solução da ED será dada pela
equação abaixo, tomando-se a menor das duas
raízes, no caso 𝑟2 = −2, portanto
3.3 Método de Frobenius
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𝑦2 = 𝑦1 ln 𝑥 +σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛−2,
em que 𝑦1 = σ𝑛=0∞ 2
𝑛!(𝑛+2)!𝑥𝑛.
Derivando-se 𝑦2 duas vezes, obtém-se
𝑦2′ =
𝑦1
𝑥+ 𝑦1
′ ln 𝑥 + σ𝑛=0∞ (𝑛 − 2)𝑏𝑛𝑥
𝑛−3
𝑦2′′ = −
𝑦1
𝑥2+
2𝑦1′
𝑥+ 𝑦1
′′ ln 𝑥
+σ𝑛=0∞ (𝑛 − 2)(𝑛 − 3)𝑏𝑛𝑥
𝑛−4
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Assim,
𝑥𝑦2′′ + 3𝑦2
′ − 𝑦2 =
= ln 𝑥 𝑥𝑦1′′ + 3𝑦1
′ − 𝑦1 + 2𝑦1′ +
2𝑦1
𝑥
+σ𝑛=0∞ (𝑛 − 2)(𝑛 − 3)𝑏𝑛𝑥
𝑛−3
+3σ𝑛=0∞ (𝑛 − 2)𝑏𝑛𝑥
𝑛−3 −σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛−2
= 2𝑦1′ +
2𝑦1
𝑥
+σ𝑛=0∞ (𝑛 − 2)𝑛𝑏𝑛𝑥
𝑛−3 − σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛−2
3.3 Método de Frobenius
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Substituindo-se 𝑦1 e sua primeira derivada na
expressão, tem-se
σ𝑛=0∞ 4𝑛
𝑛!(𝑛+2)!𝑥𝑛−1 + σ𝑛=0
∞ 4
𝑛!(𝑛+2)!𝑥𝑛−1
+σ𝑛=0∞ (𝑛 − 2)𝑛𝑏𝑛𝑥
𝑛−3 − σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛−2
= 0 −2 𝑏𝑜𝑥−3 + −𝑏𝑜 − 𝑏1 𝑥−2 +σ𝑛=0
∞ 4(𝑛+1)
𝑛!(𝑛+2)!𝑥𝑛−1
+σ𝑛=2∞ (𝑛 − 2)𝑛𝑏𝑛𝑥
𝑛−3 −σ𝑛=1∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛−2
= − 𝑏𝑜 + 𝑏1 𝑥−2
+σ𝑘=0∞ 4 𝑘+1
𝑘! 𝑘+2 !+ 𝑘 𝑘 + 2 𝑏𝑘+2 − 𝑏𝑘+1 𝑥𝑘−1 = 0
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Igualando a expressão a zero, verifica-se que 𝑏1 =− 𝑏𝑜 e
4 𝑘+1
𝑘! 𝑘+2 !+ 𝑘 𝑘 + 2 𝑏𝑘+2 − 𝑏𝑘+1 = 0,
𝑘 = 0,1,2,…
Para 𝑘 = 0 → 2 − 𝑏1 = 0 ∴ 𝑏1 = 2, 𝑏𝑜 = −2 e 𝑏2é arbitrário.
Para 𝑘 ≥ 1 → 𝑏𝑘+2 =𝑏𝑘+1
𝑘 𝑘+2−
4 𝑘+1
𝑘! 𝑘+2 !𝑘(𝑘+2),
Logo,
3.3 Método de Frobenius
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3.3 Método de Frobenius
𝑘 = 1 𝑏3 =1
3𝑏2 −
4
9
𝑘 = 2 𝑏4 =1
8𝑏3 −
1
32=
1
24𝑏2 −
25
288
⋮ ⋮
Então, a segunda solução é
𝑦2 = 𝑦1 ln 𝑥 − 2𝑥−2 + 2𝑥−1 +𝑏2
+𝑏2
𝑒−
4
9𝑥 + ⋯
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Exemplo 3. Resolver a equação
𝑥𝑦′′ + 𝑥 − 6 𝑦′ − 3𝑦 = 0
Solução:
𝑥 σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−2
+ 𝑥 − 6 σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
−3σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟)(𝑛 + 𝑟 − 1)𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
+σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 − 6σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
−3σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
σ𝑛=0∞ [ 𝑛 + 𝑟 𝑛 + 𝑟 − 7 − 6(𝑛 + 𝑟)]𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟−1
+σ𝑛=0∞ 𝑛 + 𝑟 − 3 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟 = 0
𝑥𝑟{𝑟 𝑟 − 7 𝑐0𝑥−1
+σ𝑛=1∞ [ 𝑛 + 𝑟 𝑛 + 𝑟 − 7 ]𝑐𝑛𝑥
𝑛−1
+σ𝑛=0∞ (𝑛 + 𝑟 − 3)𝑐𝑛𝑥
𝑛} = 0
𝑥𝑟{𝑟 𝑟 − 7 𝑐0𝑥−1
+σ𝑘=0∞ 𝑘 + 𝑟 + 1 𝑘 + 𝑟 − 6 𝑐𝑘+1
+(𝑘 + 𝑟 − 3)𝑐𝑘]𝑥4} = 0
k = n – 1
k = n
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
Logo,
𝑟 𝑟 − 7 = 0 → ቊ𝑟1 = 7𝑟2 = 0
→ 𝑟1 − 𝑟2 = 7 e
𝑘 + 𝑟 + 1 𝑘 + 𝑟 − 6 𝑐𝑘+1 + 𝑘 + 𝑟 − 3 𝑐𝑘 = 0
𝑐𝑘+1 =− 𝑘 + 𝑟 − 3 𝑐𝑘
𝑘 + 𝑟 + 1 𝑘 + 𝑟 − 6, 𝑘 = 0, 1, 2, …
Para a menor raiz indicial 𝑟2 = 0, tem-se
𝑐𝑘+1 =−(𝑘−3)𝑐𝑘
(𝑘+1)(𝑘−6),
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
que determinando os coeficientes da primeira série:
𝑘 = 0 𝑐1 = −1
2𝑐𝑜
𝑘 = 1 𝑐2 = −1
5𝑐1 =
1
10𝑐𝑜
𝑘 = 2 𝑐3 = −1
12𝑐2 =−−
1
120𝑐𝑜
𝑘 = 3, 4, 5 𝑐4, 𝑐5, 𝑐6 = 0
𝑘 = 6 𝑐7 = 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜
𝑘 ≥ 7 𝑐𝑘+1 =−(𝑘−3)𝑐𝑘(𝑘+1)(𝑘−6)
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
que determinando os coeficientes da primeira série:
𝑘 = 7 𝑐8 = −4
8.1𝑐7
𝑘 = 8 𝑐9 = −5
9.2𝑐8 =
4.5
2! .8.9𝑐7
𝑘 = 9 𝑐10 = −6
10.3𝑐9 = −
4.5.6
3! .8.9.10𝑐7
𝑘 = 10 𝑐11 = −7
11.4= −
4.5.6.7
4! .8.9.10.11𝑐7
⋮ ⋮
𝑐𝑛 =(−1)𝑛+1.4.5.6 …(𝑛−4)
𝑛−7 !.8.9.10…𝑛)𝑐7, 𝑛 = 8, 9,10,⋯
3.3 Método de Frobenius
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23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
• Se for escolhido 𝑐7 = 0 e 𝑐𝑜 ≠ 0 , obtém-se asolução
𝑦1 = 𝑐𝑜 1 −1
2𝑥 +
1
10𝑥2 −
1
120𝑥3 ,
• mas, quando 𝑐7 ≠ 0 e 𝑐𝑜 = 0, obtém-se a umasegunda solução
𝑦2 = 𝑐7 𝑥7 +σ𝑛=8∞ (−1)𝑛+1.4.5.6 …(𝑛−4)
𝑛−7 !.8.9.10 …𝑛)𝑥𝑛 ,
|𝑥| < ∞
• e a solução geral da EDO dada é
𝑦 𝑥 = 𝑦1 𝑥 + 𝑦2 𝑥 .
3.3 Método de Frobenius
23/06/2019 10:48 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem
3.3 Método de Frobenius
CASO III. Se 𝑟1 = 𝑟2, as duas soluções linearmente
independentes para a ED serão na forma
𝑦1 = σ𝑛=0∞ 𝑐𝑛𝑥
𝑛+𝑟1 , 𝑐𝑜 ≠ 0
𝑦2 = 𝑦1 𝑥 ln 𝑥 +σ𝑛=0∞ 𝑏𝑛𝑥
𝑛+𝑟1 , 𝑏𝑜 ≠ 0,
Para encontrá-las, procede-se da mesma maneira
que no caso anterior.