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T E O R I A T E O R I A

D OD O

C R I M EC R I M E

Prof. Cláudio Firmino - Prof. Cláudio Firmino - [email protected]@hotmail.com

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CONCEITO DE CRIMECONCEITO DE CRIME CONCEITO ANALÍTICOCONCEITO ANALÍTICO – – crime é ação típica (tipicidade), antijurídica ou ilícita crime é ação típica (tipicidade), antijurídica ou ilícita

(ilicitude) e culpável (culpabilidade). Para outros, ele é (ilicitude) e culpável (culpabilidade). Para outros, ele é apenas, um fato típico e antijurídico. Vejamos:apenas, um fato típico e antijurídico. Vejamos:

Justamente quanto ao Justamente quanto ao conceito analíticoconceito analítico é que se é que se encontram as maiores divergências doutrinárias.encontram as maiores divergências doutrinárias.

Em geral, quanto ao conceito analítico do crime, os Em geral, quanto ao conceito analítico do crime, os penalistas se dividem em duas grandes correntes:penalistas se dividem em duas grandes correntes:

- B i p a r t i d a;B i p a r t i d a;

- T r i p a r t i d a.T r i p a r t i d a.

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CONCEITO ANALÍTICOCONCEITO ANALÍTICO

1) 1) B i p a r t i d aB i p a r t i d a – Crime é: – Crime é:

- - um fato típico e antijurídicoum fato típico e antijurídico,, sendo a sendo a culpabilidade apenas um pressuposto de culpabilidade apenas um pressuposto de aplicação da pena.aplicação da pena.

Defensores:Defensores:

(René Ariel Dotti, Damásio de Jesus, Júlio (René Ariel Dotti, Damásio de Jesus, Júlio Fabbrini Mirabete, Celso Delmanto, Flávio Fabbrini Mirabete, Celso Delmanto, Flávio Augusto Monteiro de Barros, Cleber Augusto Monteiro de Barros, Cleber Masson, etc.)Masson, etc.)

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CONCEITO ANALÍTICO-ESTRATIFICADOCONCEITO ANALÍTICO-ESTRATIFICADO

2) 2) T r i p a r t i d a -Crime, ele é: -Crime, ele é:

Um fato típico, ilícito e culpável.Um fato típico, ilícito e culpável.

Defensores: Rogério Greco, Assis Toledo, Defensores: Rogério Greco, Assis Toledo, Cezar Roberto Bitencourt, Luis Regis Prado, Cezar Roberto Bitencourt, Luis Regis Prado, Guilherme de Souza Nucci, Magalhães Guilherme de Souza Nucci, Magalhães Noronha, Aníbal Bruno, etc.Noronha, Aníbal Bruno, etc.

Para concursos, em geral, adotamos a Para concursos, em geral, adotamos a TRIPARTIDA.TRIPARTIDA.

Vejamos o quadro de ROGÉRIO GRECO:Vejamos o quadro de ROGÉRIO GRECO:

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FATO TÍPICO ANTIJURIDICO CULPÁVEL

1) Conduta (Dolosa/Culposa)

2) Resultado

3) Nexo Causal

4) Tipicidade

Obs: Qd. o agente ñ atua em:

A) Estado de Necessidade;

B) Legítima Defesa

C) Estrito Cumprimento do Dever Legal

D) Exercício Regular de um Direito

Elementos:

1) Imputabilidade2) Potencial

Consciência sobre a Ilicitude do fato

3) Exigibilidade de conduta Diversa

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Elementos do CrimeElementos do Crime

1- 1- Fato Típico - Fato Típico - Elementos Para que se possa afirmar que o fato concreto tem

tipicidade, é necessário que ele se contenha perfeitamente na descrição legal, ou seja, que haja perfeita adequação do fato concreto ao tipo penal. Deve-se, por isso, verificar de que se compõe o fato típico. São elementos do fato típico:

a) conduta (ação/omissão/dolosa/culposa); a) conduta (ação/omissão/dolosa/culposa); b) o resultado; b) o resultado; c) a relação de causalidade (nexo causal); c) a relação de causalidade (nexo causal); d) a tipicidade.d) a tipicidade.

Em regra, caso o fato concreto não apresente um desses elementos, não é fato típico e, portanto, não é crime.

Excetua-se, no caso, a tentativa, em que não ocorre o resultado, entre outros casos.

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1- FATO TÍPICO1- FATO TÍPICO::

a) CONDUTA a) CONDUTA

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C O N D U T AC O N D U T A

Conduta quer dizer ação ou comportamento humano. Conduta quer dizer ação ou comportamento humano. Embora seja o delito o resultado de uma ação humana, Embora seja o delito o resultado de uma ação humana,

a CF/88 prevê a possibilidade de a CF/88 prevê a possibilidade de punir penalmente a punir penalmente a pessoa jurídicapessoa jurídica por ter, ela própria, praticado uma por ter, ela própria, praticado uma atividade lesiva ao meio ambiente, conforme se atividade lesiva ao meio ambiente, conforme se dessume da redação de seu dessume da redação de seu art. 225art. 225, § 3., § 3. Lei n. Lei n. 9.605/98, art. 3º.9.605/98, art. 3º.

Sujeito Ativo: Pessoa física ou jurídica.Sujeito Ativo: Pessoa física ou jurídica.

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CONDUTAS DOLOSAS E CULPOSASCONDUTAS DOLOSAS E CULPOSAS

A conduta pode ser de dois tipos: dolosa ou culposa.A conduta pode ser de dois tipos: dolosa ou culposa. DOLOSADOLOSA – ocorre quando o agente quer diretamente – ocorre quando o agente quer diretamente

o resultado ou assume o risco de produzi-lo. art.18 CPo resultado ou assume o risco de produzi-lo. art.18 CP CULPOSACULPOSA – ocorre quando o agente dá causa ao – ocorre quando o agente dá causa ao

resultado em virtude de sua imprudência, imperícia ou resultado em virtude de sua imprudência, imperícia ou negligência.negligência.

Via de regra, os crimes só podem ser dolosos, sendo Via de regra, os crimes só podem ser dolosos, sendo culposos apenas quando houver previsão legal culposos apenas quando houver previsão legal expressa nesse sentido. expressa nesse sentido.

Obs:Obs: PRETERDOLO (DOLO + CULPA) PRETERDOLO (DOLO + CULPA) ex. art. 129, § 3°ex. art. 129, § 3°

PRETERCULPA (CULPA + DOLO) CTBPRETERCULPA (CULPA + DOLO) CTB

Art. 18 - Diz-se o crime: Art. 18 - Diz-se o crime: Crime dolosoCrime dolosoI - doloso, quando o I - doloso, quando o agente quisagente quis o resultado ou o resultado ou assumiu assumiu o riscoo risco de produzi-lo; de produzi-lo; Crime culposoCrime culposoII - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.senão quando o pratica dolosamente.

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No No doIo diretodoIo direto, o sujeito visa a certo e determinado resultado. Ex.: o , o sujeito visa a certo e determinado resultado. Ex.: o agente desfere goIpes de faca na vítima com intenção de matá-Ia. O agente desfere goIpes de faca na vítima com intenção de matá-Ia. O doIo se projeta de forma direta no resuItado morte.doIo se projeta de forma direta no resuItado morte.

Há Há doIo indiretodoIo indireto quando a vontade do sujeito não se dirige a certo e quando a vontade do sujeito não se dirige a certo e determinado resuItado. Possui duas formas:determinado resuItado. Possui duas formas:

a) a) doIo aIternativodoIo aIternativo; b) ; b) doIo eventuaIdoIo eventuaI.. Há Há doIo aIternativodoIo aIternativo quando a vontade do sujeito se dirige a um ou quando a vontade do sujeito se dirige a um ou

outro resuItado. Ex.: o agente desfere goIpes de faca na vítima com outro resuItado. Ex.: o agente desfere goIpes de faca na vítima com intenção alternativa: ferir ou matar.intenção alternativa: ferir ou matar.

Ocorre o Ocorre o doIo eventuaIdoIo eventuaI quando o sujeito assume o risco de produzir o quando o sujeito assume o risco de produzir o resuItado, isto é, admite e aceita o risco de produzi-Io. EIe não quer o resuItado, isto é, admite e aceita o risco de produzi-Io. EIe não quer o resuItado, pois se assim fosse haveria doIo direto. EIe antevê o resuItado, pois se assim fosse haveria doIo direto. EIe antevê o resuItado e age. resuItado e age.

A vontade não se dirige ao resuItado (o agente não quer o evento), mas A vontade não se dirige ao resuItado (o agente não quer o evento), mas sim a conduta, prevendo que esta pode produzir aqueIe. Percebe que é sim a conduta, prevendo que esta pode produzir aqueIe. Percebe que é possíveI causar o resuItado e, não obstante, reaIiza o comportamento. possíveI causar o resuItado e, não obstante, reaIiza o comportamento. Entre desistir da conduta e causar o resuItado, prefere que este se Entre desistir da conduta e causar o resuItado, prefere que este se produza. produza.

Ex.: atirador mata “A” com dolo direto e “B” com dolo eventual.Ex.: atirador mata “A” com dolo direto e “B” com dolo eventual.

Dolo de 1º e 2º GrauDolo de 1º e 2º Grau (de conseqüências necessárias). (de conseqüências necessárias).

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Dolo EventualDolo EventualExemplos (Mirabete)Exemplos (Mirabete)

O médico que ministra medicamento que sabe O médico que ministra medicamento que sabe poder conduzir à morte o paciente, apenas para poder conduzir à morte o paciente, apenas para testar o produto;testar o produto;

Jurisprudência: homicídio com dolo eventual:Jurisprudência: homicídio com dolo eventual:A)A) Atirar em outrem para assustá-lo;Atirar em outrem para assustá-lo;B)B) Atropelar ciclista e em vez de deter as marcha do Atropelar ciclista e em vez de deter as marcha do

veículo, acelerá-lo, visando arremessar ao solo a veículo, acelerá-lo, visando arremessar ao solo a vítima que caíra sobre o carro;vítima que caíra sobre o carro;

C)C) Dirigir caminhão em alta velocidade na contra-mão, Dirigir caminhão em alta velocidade na contra-mão, embriagado, batendo em automóvel que trafegava embriagado, batendo em automóvel que trafegava regularmente e matando 3 pessoas;regularmente e matando 3 pessoas;

D)D) Participar de racha com morte;Participar de racha com morte;

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É aquela em que o agente não deseja o resultado, É aquela em que o agente não deseja o resultado, mas, por outro lado, não toma o cuidado que dele se mas, por outro lado, não toma o cuidado que dele se esperava para evitar o dano.esperava para evitar o dano.

ELEMENTOS DO CRIME CULPOSOELEMENTOS DO CRIME CULPOSOa) Conduta voluntária;a) Conduta voluntária;b) Inobservância de um dever objetivo de cuidado;b) Inobservância de um dever objetivo de cuidado;c) Resultado involuntário;c) Resultado involuntário;d) Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;d) Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;e) Previsibilidade objetiva;e) Previsibilidade objetiva;f)f) TipicidadeTipicidade

Obs: compensação de culpas - admissibilidade ??Obs: compensação de culpas - admissibilidade ??

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MODALIDADES DE CULPAMODALIDADES DE CULPA- NegligênciaNegligência: é a ausência de precaução ou : é a ausência de precaução ou

indiferença em relação ao ato realizado. indiferença em relação ao ato realizado. Ex.: deixar arma ao alcance de uma criança. Ex.: deixar arma ao alcance de uma criança. - ImprudênciaImprudência: dirigir veículo em rua : dirigir veículo em rua

movimentada com excesso de velocidade.movimentada com excesso de velocidade.- ImperíciaImperícia: médico que emprega determinada : médico que emprega determinada

técnica ao executar uma intervenção cirúrgica técnica ao executar uma intervenção cirúrgica em face de escusável erro de diagnostico. em face de escusável erro de diagnostico. ESPÉCIES DE CULPAESPÉCIES DE CULPA

Culpa Culpa inconscienteinconsciente ou ou comumcomum (ñ prevê) (ñ prevê);;Culpa Culpa conscienteconsciente.(prevê).(prevê)Vejamos o quadro a seguir:Vejamos o quadro a seguir:

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Culpa Consciente x Dolo EventualCulpa Consciente x Dolo Eventual

Questionamentos Culpa Consciente Dolo Eventual

Previsibilidade objetiva?

Sim Sim

Previsibilidade subjetiva?

Sim Sim

Resultado desejado? Não Não

Agente assume o risco?

Não Sim

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CONDUTAS COMISSIVAS E OMISSIVASCONDUTAS COMISSIVAS E OMISSIVAS

A conduta pode se traduzir por meio de uma ação (conduta A conduta pode se traduzir por meio de uma ação (conduta comissiva ou positiva) ou de uma omissão (conduta omissiva comissiva ou positiva) ou de uma omissão (conduta omissiva ou negativa).ou negativa).

Enquanto nos crimes comissivos o agente direciona sua Enquanto nos crimes comissivos o agente direciona sua conduta a uma finalidade ilícita, nos crimes omissivos há conduta a uma finalidade ilícita, nos crimes omissivos há uma abstenção de uma atividade que era imposta pela lei ao uma abstenção de uma atividade que era imposta pela lei ao agente. agente.

A omissão é a abstenção da atividade juridicamente exigida. A omissão é a abstenção da atividade juridicamente exigida. Constitui uma atitude psicológica e física de Constitui uma atitude psicológica e física de não-não-atendimento da ação esperadaatendimento da ação esperada, que devia e podia ser , que devia e podia ser praticada. O conceito é, portanto, puramente normativo.praticada. O conceito é, portanto, puramente normativo.

Os crimes omissivos podem ser:Os crimes omissivos podem ser:- - PrópriosPróprios (puros ou simples) (puros ou simples) - ImprópriosImpróprios(comissivos por omissão ou omissivos (comissivos por omissão ou omissivos

qualificados).qualificados).VEJAMOS: VEJAMOS:

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CONDUTAS COMISSIVAS E OMISSIVASCONDUTAS COMISSIVAS E OMISSIVAS

CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOSCRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS – são – são objetivamente descritos no tipo com uma conduta objetivamente descritos no tipo com uma conduta negativa, de não fazer o que a lei determina, negativa, de não fazer o que a lei determina, consistindo a omissão na transgressão da norma consistindo a omissão na transgressão da norma jurídica e não sendo necessário qualquer resultado jurídica e não sendo necessário qualquer resultado naturalístico (são portanto delitos formais). São delitos naturalístico (são portanto delitos formais). São delitos nos quais existe o chamado nos quais existe o chamado dever genérico de dever genérico de proteçãoproteção. Ex. art. 135 CP, Art. 269 CP. Ex. art. 135 CP, Art. 269 CP

CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOSCRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS – somente as – somente as pessoas referidas no §2º do art. 13, do CP, podem pessoas referidas no §2º do art. 13, do CP, podem praticá-los, pois existe o chamado praticá-los, pois existe o chamado dever especial de dever especial de proteçãoproteção. Nesses crimes, o agente deve encontrar-se . Nesses crimes, o agente deve encontrar-se numa posição de garante ou garantidor, que pode numa posição de garante ou garantidor, que pode ocorrer de três formas distintas: art. 13, §2º CP. OBS: ocorrer de três formas distintas: art. 13, §2º CP. OBS: OCORRENCIA DO RESULTADOOCORRENCIA DO RESULTADO

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:

Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.

Relevância da omissão§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o

omitente deviadevia e podia agirpodia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;

b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado

c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

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AUSÊNCIA DE CONDUTAAUSÊNCIA DE CONDUTAExcludentes de TipicidadeExcludentes de Tipicidade

Segundo DAMÁSIO, Segundo DAMÁSIO, se a vontade constitui elemento da conduta, é evidente que esta não ocorre quando o ato é involuntário.

São os casos de:São os casos de:Força IrresistívelForça Irresistível (seja proveniente da (seja proveniente da

natureza ou da ação de um terceiro). natureza ou da ação de um terceiro). Coação física (vis absoluta). Força Maior/caso fortuito

Movimentos reflexosMovimentos reflexos (só excluem a conduta (só excluem a conduta quando absolutamente imprevisíveis);quando absolutamente imprevisíveis);

Estados de inconsciênciaEstados de inconsciência (sonambulismo/hipnose, narcolepsia)(sonambulismo/hipnose, narcolepsia)

ATENÇÃOATENÇÃO ATENÇÃOATENÇÃO

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1- FATO TÍPICO1- FATO TÍPICO::

b) RESULTADOb) RESULTADO

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DO RESULTADODO RESULTADO

Quanto à exigência de resultado naturalístico, os crimes podem ser materiais, formais ou de mera conduta. (Ver tabela a seguir)

NUCCI colaciona duas espécies de resultado:1- Naturalístico: modificação do mundo

exterior;2- Jurídico/normativo: dano efetivo/potencial,

ferindo interesse protegido pela norma penal.A doutrina adota o resultado naturalístico, pois

é neste q/ se fundamenta o nexo causal – conduta/resultado.

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Classificação dos CrimesClassificação dos Crimesquanto ao Resultadoquanto ao Resultado

Material Ação + resultado Exige o resultado

Formal Ação + resultado Nâo exige o resultado

Mera conduta Ação Sequer prevê o resultado

ATENÇÃOATENÇÃO

ATENÇÃOATENÇÃOATENÇÃOATENÇÃO

ATENÇÃOATENÇÃOATENÇÃOATENÇÃO

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1- FATO TÍPICO1- FATO TÍPICO::

c) Nexo Causalc) Nexo Causal

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Relação de causalidadeRelação de causalidade

Ensina GRECO que o Nexo Causal, ou relação de causalidade, é elo necessário que une a conduta praticada pelo agente ao resultado por ela produzido.Vejamos o art. 13 do CP a definição de causa:

Art. 13 - Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

OBS: O CP adotou a:OBS: O CP adotou a:Teoria dos Antecedentes Causais ou Teoria dos Antecedentes Causais ou

da Equivalência das Condições da Equivalência das Condições ((conditio sine qua non)conditio sine qua non)

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Relação de causalidadeRelação de causalidade DA SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTEDA SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE

Ex. Tício, com Ex. Tício, com animus necandianimus necandi, atira em caio que vem a , atira em caio que vem a ser socorrido para um hospital e lá morre por ser socorrido para um hospital e lá morre por desabamento do nosocômio.desabamento do nosocômio.

Houve uma quebra no desdobramento da causalidade Houve uma quebra no desdobramento da causalidade da ação inicial de Tício, respondendo este apenas da ação inicial de Tício, respondendo este apenas pelos atos já praticados (tentativa de homicídio).pelos atos já praticados (tentativa de homicídio).

Superveniência de causa independente§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

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1- FATO TÍPICO1- FATO TÍPICO::

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Tipicidade é o encaixe perfeito entre a conduta praticada Tipicidade é o encaixe perfeito entre a conduta praticada pelo agente e modelo previsto na lei penal (tipicidade pelo agente e modelo previsto na lei penal (tipicidade formal), sendo tal conduta ofensiva a bens relevantes para o formal), sendo tal conduta ofensiva a bens relevantes para o direito penal.(tip. material). Vejamos:direito penal.(tip. material). Vejamos:

OBSOBS: : 1) 1) princípio da insignificânciaprincípio da insignificância

TipicidadeTipicidade tipicidade formal (legal)tipicidade formal (legal)

Penal Penal = = + +tipicidade Materialtipicidade Material

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F I MF I M