classic life | edição 13

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A revista Classic Life é uma publicação voltada para a área de saúde, qualidade e estilo de vida. Saiba mais acessando: www.classiclife.com.br

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índice

JULIANO CEGLIAInformação e Saúde sobre duas rodas 06

BIOPLASTIADr. Almir Moojen Nácul 10

ENDOMETRIOSEDra. Juliana Lima de Araújo 11

DESEMBARCANDO A TRISTEZADr. Fernando Antonio Lucchese 12

O CÉREBRO TRIÚNICODr. Nelson Spritzer 14

NOVAS TECNOLOGIASDra. Dora Ullmann 15

MICROPIGMENTAÇÃOBerenice Roig 16

COMPORTAMENTO ALIMENTARDra. Carolina de Ávila Rodrigues 18

INTESTINO SAUDÁVELTarcísio Schmitt 20

ALERGIASDr. Bayard Mercio Feltes 21

ALZHEIMER E O DENTISTADr. Maurício Pereira 22

AVANÇOS NA ODONTOLOGIADr. Jéferson Fagundes 25

AUTISMODr. Antônio Leonardo Sarmento 26

OSTEOARTRITECausas, sintomas e tratamento 28

ESPUMANTEPrazer e charme em uma taça 30

AUSTRÁLIAPraias e montanhas 34

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Ano IV | # 13 | Nov/Dez/Jan 2009

DiretoriaAna Luiza Barchinski Marisa Cristina Sarmento

Conselho EditorialAna Luiza Barchinski Marisa Cristina Sarmento

Jornalista responsável e RevisãoSabrina Gisele Becker / MTb 13261

Projeto Gráfico, Diagramação e Arte-finalBeto Santos | www.betosantos.com

Diretoria Comercial e PublicidadeAna Luiza Barchinski – (51) 8135.4800 Marisa Cristina Sarmento – (51) [email protected]

Colunistas desta ediçãoDr. Almir Moogen NáculDr. Nelson SpritzerDra. Juliana Lima de AraújoBerenice RoigTarcísio Schmitt

EspecificaçõesPeriodicidade: TrimestralTiragem: 5.000 exemplaresCirculação: Porto Alegre, Vale do Sinos e Serra GaúchaDistribuição: Gratuita e direcionada ao público classes A e B

Dados TécnicosCapa: Couché 170g com Prolan brilhoPapel: Couché 170gFormato de página: 21cm x 27,5 cm

Capa: Juliano CegliaFotos capa e matéria: Marcos Alberti Make-up e cabelo: Zen Hair Studiowww.zenhairstudio.com.brAssessoria Juliano Ceglia:Gpalhares Artist Mana-gement(11) 3832.7800www.gpalhares.com.br

Revista Classic LifeRua São Joaquim, 1011/202 | Centro | São Leopoldo/RS | CEP 93010-190 | (51) [email protected]

A Revista Classic Life é uma publicação trimestral editada pela Insígnia Propaganda e Marketing. Todos os direitos reservados. Todas as informações, opiniões e/ou conceitos emitidos em entrevistas, artigos e colunas assinadas são de total responsabilidade de seus autores, bem como o conteúdo do material publicitário. Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem autorização prévia e escrita.

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Está chegando o Verão. E com ele cresce a busca das pessoas em fazer as pazes com o espelho. Tratamentos estéticos, exercícios físicos, reeducação ali-mentar, enfim, todos querem alcançar o melhor de sua aparência para esta estação. Foi justamente pensando nisso que a Revista Classic Life preparou uma edição recheada de reportagens, artigos e colunas que se encaixam per-feitamente nesse clima.

Nossa capa traz um exemplo de determinação e força de vontade: o Bike Re-pórter Juliano Ceglia. Com 12 anos de experiência na TV o jornalista mostra o porquê saúde e qualidade de vida são prioridades na sua vida. Uma rotina de cuidados com a alimentação e exercícios físicos uniram-se à profissão, criando um novo estilo de reportagem.

Para quem busca sugestões de alternativas para aperfeiçoar sua imagem para a estação do sol, apresentamos várias opções. Que tal um retoque na aparência? Quem traz a dica é o cirurgião plástico Dr. Almir Moojen Nácul, especialista em bioplastia. E o que fazer com a celulite? Novos tratamentos para este problema tão comum e ao mesmo tempo tão preocupante já estão disponíveis no mercado e prometem resultados muito satisfatórios, segundo a Dra. Dora Ullmann.

Conheça os cuidados com a saúde e a alimentação que devem começar na infância. A nutricionista Carolina Ávila Rodrigues explica quais os principais transtornos alimentares nesta época da vida e como tratá-los. Com Dr. Bayard saiba como enfrentar as alergias de verão. Dr. Lucchese nos ensina como lidar-mos com nossa tristeza e encontrarmos a felicidade.

Descubra os fascínios da ilha-continente com o maior litoral do mundo, a Aus-trália, e saiba como fazer turismo em todas as épocas do ano. E para comple-tar, conheça o charme e o frescor dos espumantes, delícias para as festas de final de ano.

Boa leitura!

editorial

Diretoria GeralClassic Life

“A Revista Classic Life quer auxiliar

você na conquista de uma vida mais alegre

e com mais qualidade. Nas próximas páginas você encontrará dicas

e informações sobre saúde, alimentação,

beleza, além de boas idéias para uma vida

mais feliz.”

QUALIDADE DE VIDA NESTA ESTAÇÃO

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Conhecido desde 2004 como o Bike Repórter, Juliano Ceglia é um jornalista de características singulares. Com 12 anos de estrada na TV, é uma das poucas pessoas que conseguiu unir no trabalho suas duas maiores paixões: es-porte e jornalismo. Quem conheceu o personagem que leva informação a bordo de uma bicicleta não imagina que tudo o que seu criador faz está sustentado pelos pila-res da saúde e qualidade de vida. Alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos, consumo apropriado de água e uma vida regrada são alguns dos cuidados que garantem a energia e o sucesso de Juliano.

Agrega experiências em fotografia, teatro, música e vídeo reportagem. Entre estas estão inclusas atuações na Rádio e TV Bandeirantes, RedeTv!, Rede Record, ESPN Brasil, e, logicamente, a criação do quadro e do personagem Bike Repórter, com o qual ficou conhecido no programa Char-me, apresentado por Adriane Galisteu, no SBT.

perfil

JULIANO CEGLIAINFORMAÇÃO E SAÚDE SOBRE DUAS RODAS

Juliano Ceglia, o Bike Repórter, conta para Classic Life os segredos de uma vida voltada para a saúde

Revista Classic Life: Quando descobriu que sua pai-xão pelos esportes poderia ser aproveitada na sua profissão? Como surgiu o Bike Repórter? Imaginava que seria um sucesso?Juliano Ceglia: Na época eu era repórter da Astrid na TV Bandeirantes, a diretora artística da emissora era a Marlene Mattos. Como eu já tinha experiência com vi-deoreportagem (onde o próprio repórter opera a câ-mera), e utilizava a bike para me locomover em peque-nas distâncias nas pautas que gravava, a idéia surgiu. Levei para Marlene Mattos, que logo me encaixou no Band Verão, em matérias de turismo. Pulei de cabeça, pois assim uniria as duas paixões da minha vida, tv e esportes. Foi o quadro de maior sucesso do Band Ve-rão, em seguida me deram um programa na Rede 21 e com seis meses no ar veio o convite do SBT, para ficar ao lado da Adriane Galisteu.

RCL: Quando iniciou sua relação com o esporte?JC: Quando criança praticava muitos esportes, no judô ganhei minha primeira medalha. Mas foi por causa de um princípio de desvio de coluna que comecei a nadar. Gostei da coisa e logo me profissionalizei. Disputando campeonatos descobri que era um velocista. Meu forte era os 50 metros livre. Estava decidido a ser um atleta pro-fissional.

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perfil

Paralelamente a isso, meu pai me incentivou a correr de kart aos 11 anos. Por causa disso, a natação virou hobbie. No Kart descobri minha paixão e aos 15 anos dividia meu tempo na escola e no kartódromo de Interlagos. Meu pai faleceu quando eu estava com 16 anos de idade. Foi uma época bem difícil que me fez deixar de lado a vontade e a empolgação.

Passado este ano difícil, decidi me dedicar ao trabalho na Comunicação, até mesmo pelo incentivo do meu pai, que era jornalista (Paschoal Ceglia Neto). Virei fotógrafo, mas consegui um trabalho que incluía esporte, o bungee jump. Hoje pratico boxe e kite surfe. Como prefiro velejar no mar, ao invés de represa, tenho que visitar minha mãe na Barra da Tijuca/RJ para satisfazer minha vontade. E o boxe fica a cargo do mestre e campeão Miguel de Olivei-ra, na CIA Atlhética.

RCL: O que mais faz para cuidar da saúde, além de cuidar da alimentação e praticar exercícios? JC: Procuro não sair para festas ou baladas com freqüência. Prefiro uma noite de sono e uma paquera na raia da USP pela manhã à uma noite regada a bebida numa casa noturna.

RCL: Como é sua rotina diária? Dá tempo de cuidar da alimentação, fazer esportes e tudo mais com essa rotina atribulada?

JC: Habitualmente meu despertador toca às 6h30, mas sempre acordo minutos antes do primeiro toque, deve ser o tal relógio biológico. Minha preocupação com a saúde começa logo aí. Meu café da manhã é composto de duas fatias de pão integral, uma xícara de café, frutas e suspiro, isso mesmo, suspiro! Isso porquê minha dieta indica o consumo de fontes de energia pela manhã, in-clusive o açúcar, encontrado no suspiro.

Em seguida vou direto para a academia fazer meu treino de musculação, pois nesta hora estou com muita dispo-sição. Na seqüência cumpro meus compromissos, entre gravações, reuniões, fotos, pedaladas, criação das pautas e até atividades de ginástica laboral. No fim do dia, bem cansado, volto para a academia para fazer um treino aeró-bico, hora da corrida, spinning ou do boxe. Atividades que intercalo diariamente e que me trazem muitos benefícios para a saúde. Se eu ficar um só dia sem cumprir minhas metas com meu corpo e minha saúde, fico emburrado (risos). Nada disso é um sacrifício, a dieta, os treinos ou o trabalho, essa é a vida que escolhi e estou feliz! Só falta uma namorada que acompanhe esse ritmo.

RCL: Você imagina sua vida sem essa sua preocupa-ção com a saúde? Qual o espaço que isso ocupa na sua vida?JC: De jeito algum. Cuidar do corpo e da saúde me faz

“Minha casa é o lugar que reservo para pensar em tudo o que faço. Lá passo momentos em que avalio minhas atitudes, meus erros, minhas próximas matérias, enfim, tudo o que me faz ser gente.”

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sentir bem, não imagino como seria sem esta ocupação. Acho que não seria feliz.

RCL: Você mora em uma chácara. O contato com a na-tureza também é uma de suas prioridades?JC: Tenho uma casa com um terreno de três alqueires na Granja Vianna, a dez minutos de São Paulo. Amo aquele lugar, principalmente por que era onde meu pai morava e também por causa dos meus cachorros, Kyra e Jab. Lá também tenho algumas bicicletas, onze ao todo, um saco de boxe, elástico para exercícios, corda e piscina. É um lu-gar que faz bastante frio no inverno e esquenta bem no verão. Ótimo para um jantar em frente à lareira ou tomar um banho de sol com a namorada.

RCL: Quais são suas atividades agora e quais os pro-jetos futuros?JC: Saí do SBT em março deste ano porque estava muito parado por lá e sou muito ansioso para receber sem fazer nada. Após minha saída criei uma meta para alcançar e, paralelamente a isso, me dedico a outros projetos. Apre-sento um programa de TV corporativa da Morana e Jin Jin, tenho uma produtora de vídeo, e faço um trabalho de ginástica laboral para franqueados junto a uma fisio-terapeuta. Com relação a minha carreira, ainda não pos-so divulgar, mas posso dizer que estou focado na maior emissora do país. E este é meu foco de vida atual, esta

emissora é o sonho de consumo de qualquer apresenta-dor pelo profissionalismo com que trabalha.

RCL: Quais os benefícios que agregar qualidade de vida à sua profissão trouxe e continua trazendo?JC: Me aproximou de pessoas do bem, marcas de patrocí-nio voltadas à saúde, esportes e bem-estar, e tudo o que envolve um estilo de vida Bike Repórter.

RCL: Como você vê essa preocupação atual das pes-soas com o corpo perfeito?JC: Acho super bacana a busca pelos esportes e ativida-des físicas, porém tem de haver um certo limite para sa-ber onde é apenas estética, e onde entra a saúde. Como treino há muitos anos em academia, realmente vi um crescimento considerável de alunos. A maioria vai atrás da estética e, com isso, não tem paciência de esperar na-turalmente a resposta do corpo. Com isso, entram nos anabolizantes e todas as drogas que envolvem este am-biente, que nada têm a ver com saúde.

RCL: Qual a sua maior preocupação no trabalho quan-to à imagem que você passa para o público? Você usa sua imagem para a conscientização do público quan-to à importância de manter hábitos saudáveis?JC: Eu e meu empresário temos uma ótima sintonia na questão da minha imagem. Nunca me vinculei a marcas

“Acho super bacana a busca pelos esportes e atividades físicas, porém tem de haver um certo limite para saber onde é apenas estética, e onde entra a saúde.”

de bebidas alcoólicas, recusamos propostas de programas de televisão que não somavam nada aos telespectadores, revistas que iriam degradar minha imagem em troca de dinheiro, enfim, podemos dizer em alto e bom tom, que tenho uma imagem limpa. Com isso tenho credibilida-de para poder sugerir aos que gostam do meu trabalho, dicas de viagem, alimentação, festas bacanas, descobrir personagens interessantes, mostrar toda a riqueza que existe no Brasil, sempre com um estilo de vida saudável.

RCL: Qual a sua maior conquista durante esses 11 anos de trabalho?JC: Aprender a ultrapassar limites e barreiras para alcançar objetivos que pareciam impossíveis, com determinação, for-ça e coragem, sem derrubar ninguém. Uma música do Lulu Santos resume bem isso: “eu não pedi pra nascer, eu não nas-ci pra perder, nem vou sobrar de vítima da circunstância...”.

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coluna | bioplastia

Dr. Almir Moojen NáculCirurgião plástico especialista em bioplastiaCRM 4178

Cirurgião Plástico;Membro titular da Sociedade Brasi-leira de Cirurgia Plástica;Membro de International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS);Membro da Federação Ibero-latino-americana de Cirurgia Plástica; Ex-professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas/UCS;Criador da Bioplastia;Tem dois livros publicados sobre a sua tecnologia: “Bioplastia, a plástica do terceiro Milênio” e “Bioplastia, a Plástica Interativa”, além de diversos artigos escritos e publicados em livros e revistas nacionais e interna-cionais de sua especialidade.

Mais informações: Centro Mundial de BioplastiaClínica NáculRua Quintino Bocaiúva, 1086Moinhos de VentoPorto Alegre - RS – BrasilTel.: 51 3331.6200 | Fax: 51 3330.2807www.clinicanacul.com.br

BIOPLASTIAE O VISUAL DE VERÃO

Você tem pressa em exibir um bumbum novo? A Bioplastia resolve!

Com a proximidade do verão, estação em que o corpo fica mais exposto, a preocupação da maioria das mulheres se concentra em uma parte do corpo: o bumbum. Tal postura é natural, já que o formato do bumbum é um compo-nente importante na harmonia corporal da mulher, principalmente no padrão estético brasileiro. Muitas querem corrigir, remodelar, empinar ou aumentar o bumbum, mas adiam as providências por achar que isso, necessariamente, tem de ser feito por procedimento cirúrgico. O que a maioria delas não sabe é que a bioplastia atua também nessa área. Por meio da bioplastia toda mulher pode ter o bumbum perfeito para tornar-se mais bonita e autoconfiante — no tamanho e formato que goste e com o qual se sinta bem — de uma maneira muito simples e rápida. E o melhor de tudo é que ela não precisa escolher antecipadamente o tamanho ou o forma-to desejado, mas sim avaliar isso durante o procedimento. A bioplastia é um procedimento não-cirúrgico e minimamente invasivo, rea-lizado com anestesia local (a mesma usada por dentistas), cujo pós-procedi-mento é totalmente indolor. Sua utilização para o aumento ou remodelação do bumbum oferece vantagens ainda maiores, já que, imediatamente após o procedimento, a paciente pode ter vida normal. Terminado o procedimento ela pode sentar-se, viajar, dormir na sua posição costumeira, sair de casa à vontade e, principalmente, pode colocar seu traje de verão e exibir seu novo visual na praia, piscina ou onde quiser.

O resultado de um bumbum modelado pela bioplastia é tão natural que resis-te ao olhar crítico do perito mais exigente, pois não há desníveis de contorno que denunciem a existência de implante. Conheça a técnicaA bioplastia consiste no implante de biomateriais (microesferas de polime-tilmetacrilato - PMMA) que estimulam a formação de colágeno da própria pessoa. O biomaterial é implantado por uma microcânula que não provoca lesões nos tecidos, e o local por onde ela penetra recebe uma anestesia como a utilizada por dentistas.

Conheça o biomaterialO PMMA é um produto utilizado em medicina há mais de 60 anos e sua utiliza-ção como implante já é realizada há mais de 20, tempo suficiente para acompa-nhar mais de 1 milhão de pessoas que se submeteram a implantes de PMMA e garantir que sua utilização é comprovadamente eficaz e segura. Isso comprova, portanto que não há riscos envolvendo o biomaterial ou a bioplastia.

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coluna | ginecologia e obstetrícia

Dra. Juliana Lima de AraújoGinecologista e obstetraCREMERS 21929

Ginecologista e Obstetra;Ampla experiência em Plástica Genital Feminina; Médica Associada da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do RS (SOGIRGS) e da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FE-BRASGO);Médica do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus, Hospital Moinhos de Vento, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e Hospital Divina Providência.

Mais informações:

PORTO ALEGRE - RSAv. Praia de Belas, 2266, sala: 606 Bairro Menino DeusTel.: 51 3231.3277 | 51 3231.8566

SAPUCAIA DO SUL - RSRua Cel. Serafim Pereira, 144, sala: 202 Bairro CentroTel.: 51 3034.3094 | 51 3034.4714

Telefone para contato: 51 8117-8552

ENDOMETRIOSE: UM MAL QUE NÃO SE VÊ, SE SENTE!

A endometriose é uma doença be-nigna com comportamento impre-visível que acomete mulheres em idade fértil. Descrita em 1860, até hoje continua como um enigma a ser desvendado. Com diagnóstico e tratamento incertos e prognóstico reservado, representa 10 a 20% dos casos de dor pélvica e até 50% dos casos de infertilidade. Consiste na implantação do tecido endometrial fora da cavidade uterina. Inúmeras teorias tentam explicá-la, porém ne-nhuma consegue elucidar claramen-te a sua origem, sendo a menstrua-ção retrógrada uma das mais aceitas. Nela o fluxo menstrual, além de sair pela vagina voltaria pelas trompas, cairia na cavidade abdominal, pro-movendo o implante destas células. Fatores genéticos, mecânicos, en-dócrinos, imunológicos e alterações locais do endométrio estariam rela-cionados com sua gênese.

São fatores de risco o ciclo menstrual curto, fluxo abundante, sedentarismo, menarca precoce, baixa paridade, não usar anticoncepcional hormonal, en-tre outros. O sintoma mais comum é a dor em baixo ventre, que piora no período menstrual. Pode haver diar-réia, dor no ato sexual, na micção e ao evacuar, irregularidade menstrual e sintomas que variam conforme o local onde os focos se instalam. Devi-do à dor crônica, cansaço, depressão, alterações do humor, ansiedade, piora da TPM, dor lombar e qualidade de vida ruim são comuns nestas mulhe-res. O exame físico pode ser normal

nos casos mais leves e, nos mais se-veros, identificar nódulos e dor à mo-bilização do colo uterino. Presença de tumores ovarianos na ultra-sonografia transvaginal também pode levar a suspeita clínica. Dois a 22% dos casos podem ser assintomáticos.

A laparoscopia é considerada o me-lhor método para firmar o diagnósti-co, além de servir como tratamento. Pesquisas mostram que as mulheres levam 10 anos e passam, em média, por 5 médicos até fazer o seu diag-nóstico. Ressonância magnética e o CA-125 são exames auxiliares que não firmam o diagnóstico de certeza. Inde-pendente do tratamento, os objetivos principais são alívio dos sintomas, vol-ta da fertilidade, prevenção das recor-rências e da progressão da doença. O tratamento clínico nos estágios mais leves consiste na supressão da ativi-dade ovariana com o uso de anticon-cepcionais contínuos, progestogênios injetáveis e orais ou gestação, se este for o desejo da paciente. Os análogos do GnRH (Zoladex) são muito usados, porém com efeitos adversos intensos. Naquelas que não desejam gestar, o uso do Mirena tem sido indicado com bons resultados sobre a dor. Nos mais graves, recomenda-se o tratamento clínico por 4 a 6 meses e uma segun-da laparoscopia. Por ser uma doença multifatorial e complexa, se faz neces-sário um apoio psicológico eficiente destas pacientes. Fica o alerta para as mulheres com esses sintomas que busquem ajuda, antes que a endome-triose comprometa a sua saúde.

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Neste livro você encontrará o real caminho para a felici-dade. Como? Através da tristeza? Sim, esta é a minha pro-posta. Só conhecendo muito bem o inimigo poderemos vencê-lo. Precisamos conhecer nossas próprias tristezas, descobrir como elas são geradas, como as cultivamos e fazemos crescer, podendo torná-las até uma doença. Caso você não saiba, a tristeza pura não é uma doença. O que a torna nefasta e eternamente dolorosa é a sua transfor-mação em melancolia e depressão. Estas, sim, são doenças. Portanto, a tristeza não é, em realidade, o nosso verdadeiro inimigo. Temos de encará-la apenas como um incômodo companheiro de viagem, pois todos teremos de expe-rimentar tristezas durante a vida, mas sempre sobrevive-remos a elas. Talvez mais enriquecidos e com mais valor, pois esta é a grande qualidade da tristeza: ela nos confere um prêmio por termos aceitado a sua companhia. Após convivermos com ela, tornamo-nos inevitavelmente mais maduros e mais sérios. Quando estou triste, significa que estou me tornando sério. Já a doença depressiva é o real inimigo, que nos fragiliza e abate, podendo até mesmo nos levar à morte.

O que você pode esperar deste livroO que posso lhe prometer é conduzi-lo pelos caminhos da tristeza, desvendando seus mistérios, seu lado poéti-co e encantador (sim, ela tem também esse lado). Você conhecerá sua própria tristeza, como ela o assalta e como você pode transformá-la em uma amiga domada. Infelizmente, devo mostrar-lhe também os caminhos da doença, que são desvios da estrada da tristeza. Devo mostrar-lhe esses desvios para que você evite tomá-los ao longo de sua vida e conheça claramente os perigos que eles ocultam.

Assim, conhecendo suas tristezas e sabendo administrá-las, você estará muito perto do caminho da felicidade e poderá trilhá-lo com a alegria de quem reencontra um velho conhecido. Pois, sem dúvida, fomos feitos para a felicidade, dela viemos e para ela devemos voltar. Este é apenas um guia prático para se chegar lá mais rápido.

comportamento

DESEMBARCANDO

A TRISTEZADr. Fernando Antônio LuccheseCirurgião CardiovascularCRM 4855

Nasci triste ou aprendi a ser triste?Esta é uma pergunta que se impõe. Alguns de nós são mais tristes do que outros? Já nascemos tristes? A tristeza é inevitável? Podemos construir nossa felicidade em cima das tristezas que vivemos no passado?

Na infância somos todos só alegrias porque não sabemos ainda reconhecer os motivos para a tristeza. Essas fotos terríveis que circulam pelos jornais do mundo com crian-ças brincando no lixo são o exemplo da magia infantil que sabe criar alegrias onde elas não parecem existir.

O olhar da criança dispõe de um filtro poderoso que faz uma caixa de fósforo tornar-se um enorme caminhão e dois paus de picolé cruzados assumirem a forma de um grande avião de passageiros. O filtro da criança está em seu cérebro, todos nascemos com ele. Depois, ao longo da vida, a dura realidade vai destruindo esse filtro, como uma vidraça atingida em câmera lenta pela pedra de um estilingue. Alguns de nós nos tornamos peritos em inver-ter a ação desse filtro e passamos a considerar a vida uma grande tristeza.

Definitivamente, não nascemos tristes. Aprendemos ao longo da vida a cultivar a tristeza e transformá-la em uma forma de viver. Tristeza vira hábito. Freqüentemente nós, adultos, esquecemos a felicidade natural da criança pri-mitiva e elaboramos uma armadilha para nos apropriar-mos da felicidade. Temos a sensação de que, aprisionan-do a felicidade em nossas mãos, a teremos para todo o sempre. Engano, puro engano. A felicidade só existe se estiver livre para voar e pousar sobre o galho mais viçoso da árvore. Ela evita galhos secos. Deixa de existir na hora em que a aprisionamos.

A felicidade é um pássaro arisco sensível a pequenos movimentos. Espanta-se facilmente e voa para longe. Preparar a árvore de nossa vida para receber o pássaro felicidade em galhos viçosos e cheios de vida: essa é a árdua tarefa do dia-a-dia. Pelo resto de nossas vidas. Mas também é uma ciência a ser aprendida.

O QUE ESTE LIVRO PODE FAZER POR VOCÊ?

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Dr. Fernando Antônio Lucchese - Cirurgião CardiovascularCRM 4855

Diretor do Hospital São Francisco de Cardiologia da Irmandade daSanta Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

Livros publicados:Pílulas para Viver Melhor; Pílulas para Prolongar a Juventude; ComerBem, Sem Culpa (com Anonymus Gourmet e Iótti); Desembarcandoo Diabetes; Viajando com Saúde; Desembarcando o Sedentarismo(com Claudio Nogueira de Castro); Desembarcando a Hipertensão; De-sembarcando o Colesterol (com a sua filha Fernanda Lucchese); DietaMediterrânea (com Anonymus Gourmet); Fatos & Mitos; e, Confissões &Conversões (25 regras para o tempo de mudar).

Mais informações:Rua 24 de Outubro, 650 - cj. 501Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS - BrasilTel.: 51 3222-3595 | 51 3222-7116

“Lembre-se: para desembarcar a tristeza, é importante

domesticar o selvagem.”

O mais impressionante, no entanto, é a facilidade com que aprendemos a ser tristes e o longo caminho que a felicidade nos exige percorrer para encontrá-la.

A sabedoria está em somar nossas tristezas e transformá-las em um degrau para a nossa felicidade.

Vasculhar nossa cabeça em busca do filtro de nossa infân-cia, buscar em cada minuto sua dose de alegria, ver po-sitivamente o mundo e a vida ao nosso redor é a grande lição a ser aprendida todos os dias.

O selvagem que habita nossa almaOuvi de um bom psicanalista que cada um de nós tem seu selvagem interior. Fico imaginando um daqueles feiosos aborígines australianos que pioram ainda mais a sua tris-te figura cobrindo-se de galharias. Esse é o selvagem que habita nossa alma. Ele é atento, está sempre à espreita, sua jaula tem tranca por dentro, ele mesmo a comanda. Nosso selvagem está sempre à espera da oportunidade do ata-que. Às vezes ataca o motorista do carro ao lado, no trânsito; outras vezes salta sobre o colega de trabalho ou, em casa, sobre a mulher ou o marido. Nosso selvagem é incansá-vel. Não perde oportunidades. O clima de insatisfação que ele gera pode durar dias, até semanas. E inevitavelmente deixa marcas. Nosso selvagem é uma fábrica de mágoas... Ele termina por atingir-nos fisicamente, e só então sossega: quando nos vê definitivamente na horizontal, tomando a carona derradeira para a última morada. Nosso selvagem é indestrutível, mas pode ser domestica-do. Pode ser a tarefa de uma vida. Mas é a única solução: domesticar o selvagem para evitar uma trilha de mágoas e tristezas.

Desembarcando a tristeza, de Fernando Lucchese184 páginasVolume 737 da Coleção L&PM POCKET

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A neurociência progrediu muito nos últimos anos. Paul McLean foi um dos pioneiros no estudo da “caixa preta” cerebral. Ele criou a teoria do cérebro triúnico. Segundo ela, nós não temos um só cérebro, mas três. Há muito tempo tínhamos apenas um, o cha-mado cérebro reptiliano, primitivo, parecido com o dos répteis atuais, dedicado à sobrevivência, reações de fuga ou luta e sexo. Posteriormen-te desenvolvemos o cérebro límbico que é o das emoções. Medo, paixão, inveja, raiva, ciúme e tudo mais foram criações dele. A mais recente criação foi o “novo cérebro”, o neo córtex, que é o centro da razão, da consci-ência, do pensamento abstrato, da capacidade de projetar o futuro, de planejar, de fazer-nos humanos.

É muito bom ter um cérebro dedica-do à nossa sobrevivência, o reptiliano, capaz de nos fazer proezas físicas tidas como impossíveis quando nossa vida está em jogo. Também é importante o límbico porque é imprescindível ter emoções, sem as quais a vida não te-ria a menor graça, já que são elas que nos fazem humanos. É muito bom ter um cérebro racional. O problema acontece quando o cérebro reptilia-no dispara e bloqueia os superiores. O mesmo ocorre quando o límbico dispara e bloqueia o superior, que é o racional, o lógico, o sensato.

Situações rotineiras utilizam o cérebro reptiliano para a resposta como, por exemplo, quando se está dirigindo à noite e um gato cruza em frente ao car-

coluna | programação neurolingüística

Dr. Nelson SpritzerMaster Trainer em Programação NeurolinguísticaCRM 9545

Mestre em Cardiologia (UFRGS);Doutor em Nefrologia (Escola Paulis-ta de Medicina);Master Trainer em Programação Neurolinguística;Diretor-Presidente do Grupo Dolphin TECH e do Centro Sulbrasileiro de Programação Neurolingüística (PNL);Autor dos livros: “Pensamento e Mu-dança - Desmistificando a Progra-mação Neurolingüística”; “O Novo Cérebro - Como Obter Resultados Inteligentes”; “Ler Pessoas” e “Mapa da Mina”.

Mais informações:Av. Iguaçu, 659 - Bairro PetrópolisPorto Alegre - RS - BrasilTel.: 51 3338.2888E-mail: [email protected]

O CÉREBRO TRIÚNICO

ro, a primeira reação é dar uma guinada brusca por instinto. Ou também em um incêndio, onde pessoas morrem porque não percebem rotas de fuga na sua frente. Outro exemplo é o de pesso-as que acabam sendo mortas durante um assalto porque movem as mãos para pegar objetos dentro do carro. Já o cérebro límbico entra em ação em situações como quando uma pessoa se apaixona, compra vários presentes caros e três meses depois se arrepende e quer tudo de volta. Muitas mulheres conhecem o efeito de comprar mais do que deveria ou poderia simplesmente porque o vendedor seduz, encanta e elogia. Tem também o sujeito que ficou “cego de raiva”, destruiu o bar antes de ser preso e depois diz que não se recor-da do que aconteceu.

Note que só conseguimos usar o cé-rebro racional, o neo córtex, quando os primitivos estão sossegados. Sen-do assim, seguem algumas suges-tões para acalmá-los e, portanto, ser mais racional:

1. Evite exposição à situações de ris-co acima do que você fica confor-tável;

2. Procure ter emoções mais positivas e com intensidade moderada, evi-tando situações de alta voltagem, mesmo positivas, a não ser que no momento seu desejo é ser irracional mesmo;

3. O melhor jeito de se conseguir tudo isso é tentar alcançar aquilo que os gurus já diziam há muito tempo, a busca da paz interior.

“Muitos caminhos servem desde que se chegue ao porto desejado.”

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estética

NOVAS

TECNOLOGIAS PARA TRATAR VELHOS PROBLEMAS

Se há uma coisa que tira o bom humor de qualquer mu-lher é olhar no espelho e se deparar com a detestável aparência de casca de laranja nas pernas e glúteos ou gorduras localizadas na barriga, nos flancos (os famosos pneus) ou nos culotes. Pior que isso só mesmo a frustra-ção após um tratamento mal-sucedido para se livrar des-ses problemas.

A boa notícia é que as terapias evoluíram muito e agora sua-vizam em até 80% a aparência de casca de laranja da pele e as saliências, quando combinadas com dieta e exercícios.

A oferta de tratamentos vai desde a antiga endermologia passando pela carboxiterapia e, finalmente, chegando aos equipamentos de alta tecnologia, importados dos Estados Unidos e Israel.

Com tecnologias diferentes, como radiofreqüência e in-fravermelho, alguns procedimentos conseguem penetrar na epiderme com segurança, destruir os nódulos de gor-dura e melhorar a textura da pele.

O Accent é um equipamento de radiofreqüência que quebra as células adiposas, ativa a formação de colágeno e promove uma melhora importante da flacidez da pele.

A vedete do momento é o VelaShape, sucesso nos Esta-dos Unidos, que começa a desbancar a supremacia dos demais. O FDA (Food and Drug Administration), órgão americano que regula a venda de remédios e alimentos, comprovou a eficácia do tratamento que pode reduzir a celulite em até 80%, melhorando bastante inclusive a tex-tura e a consistência da pele. Esse resultado só é possível porque o aparelho reúne três métodos: endermologia, radiofreqüência e raios infravermelhos. O primeiro rom-pe as traves formadas entre a célula de gordura e a pele, responsáveis pelas depressões cutâneas. Ele também faz uma massagem que facilita a drenagem e a penetração de outras energias. A radiofreqüência contrai as fibras de colágeno e deixa a pele mais firme, enquanto os raios in-fravermelhos combatem a flacidez.

Guerra à gordura localizadaExterminar a danada, que insiste em aparecer em regiões como quadris, barriga e coxas, não é tarefa das mais fáceis. Hoje a forma mais eficiente para combatê-la são as máquinas de ultra-som focal que destroem as células adiposas. O principal equipamento é o Ultrashape, que quebra essas células, fazendo com que a gordura caia na corrente sanguínea e seja eliminada pelo organismo e consumida como energia. Não há qualquer dor e os efeitos aparecem 3 semanas após a primeira aplicação. São necessárias de 3 a 6 sessões com intervalo de 15 dias entre cada uma e a redução de medidas pode variar de 2 a 4 cm por sessão.

A celulite é uma doença multifatorial, o que significa que são vários os fatores envolvidos no seu desenvol-vimento. Por essa razão, o tratamento não pode ser focado somente em um, ou seja, não há uma técnica ideal, mas várias realizadas em conjunto para melhorar o problema.

A indicação do tratamento é sempre individualizada, de acordo com o tipo de celulite de cada pessoa, e sempre procurando identificar os fatores desencade-antes para realmente solucionar o problema.

Dra. Dora UllmannMedicina EstéticaCREMERS 10481

Dra. Dora Ullmann - Medicina EstéticaCREMERS 10481

Pós Graduada em Medicina Estética pela Universidade John Kennedy - Argentina;Mestrado em Medicina Estética pela Escola Espanhola de Medicina Estética - Barcelona;Coordenadora Geral do Curso de Pós Graduação em Medicina Estética da Escola de Medicina Souza Marques;Diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

Mais informações:Rua Tobias da Silva, 267/202 – Moinhos de Vento – Porto AlegreCEP: 90570-020 – Telefone: 51 3072-1721www.doraullmann.com.br

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coluna | micropigmentação

Berenice RoigPresidente da Associação Brasileira de Micropigmentação - Abrami

Integra o corpo docente da Associa-ção Internacional de Medicina Estéti-ca em seus cursos de Pós-Graduação, onde é responsável pela área de Micropigmentação Estética e Para-médica e Dermodespigmentação.

Especialista na área de despigmen-tação (retirada de trabalhos antigos ou mal feitos). Especialista em Micropigmenta-ção Paramédica (reconstrução e definição com pigmentos de aréolas mamárias, camuflagem de cicatriz, hipercromias, acromias, queima-duras, falhas em regiões pilosas, ou outros procedimentos similares).

Especializações no exterior: Las Ve-gas, Miami, Nova Iorque, Cidade do México, Buenos Aires e Santiago do Chile. Possui mais de 7.000 trabalhos documentados. Ministra cursos de nível básico e avançado. Atendi-mento a clínicas, salões de beleza e estéticas.

Mais informações:(51) 3593.1324 (51) 3035.5038 (51) [email protected]

www.bereniceroig.com.br

SE VOCÊ QUERFICAR MAIS BONITA CUIDADO COM SUAS ESCOLHAS!

É incrível o número de ofertas na área de prestação de serviços prometendo “mundos e fundos” para o embeleza-mento feminino. Muita calma nessa hora! O mercado está infestado de pessoas que escolhem uma profissão pelo que ela pode lhe trazer de lucro. Aí, a vítima pode ser você.

Você pode pensar que coloco um pouco de exagero em minhas pala-vras, mas a verdade é que estou muito preocupada com o número de cor-reções que faço diariamente. Dando uma rápida olhada em minha agen-da do último mês, constatei que para cada trabalho novo que fiz, corrigi um feito com total irresponsabilidade e incompetência. Revoltei-me quando esses dias mesmo, em Porto Alegre, fiz cinco atendimentos consecutivos de casos de sobrancelhas azuladas, aver-melhadas, largas demais, ou com mo-delos inapropriados. Fiquei estressada e resolvi fazer esse alerta:

Antes de submeter-se a um procedi-mento de maquiagem permanente, veja os resultados do profissional, procure ver algum trabalho feito.

Informe-se mais e não se iluda! Dificil-mente um trabalho “baratinho” vai ser bom. Nesses casos ou o profissional é ruim ou vai usar produtos de baixa qualidade. Seu rosto é seu cartão de visitas, portanto não o entregue por qualquer preço, não arrisque. Uma boa maquiagem pode deixá-la sofisticada e rejuvenescida, mas uma maquia-gem ruim pode acabar com sua boa

aparência. Uma avaliação feita no seu rosto, antes do trabalho permitirá que tenha uma idéia do resultado.

Os maus cursos e os maus profissionais de Maquiagem Permanente prolifera-ram e hoje vemos em todos os lugares sobrancelhas azuladas, grosseiras e tor-tas, lábios que dão a impressão de um quadro mal acabado, deixando a boca deformada, e olhos que parecem feitos com pincel atômico que, além de não embelezar, muitas vezes deixam enor-mes borrões pela imperícia com que são pigmentados.

Além dos riscos estéticos, mais gra-ves ainda são os riscos para a saúde. O profissional da micropigmentação lida com agulhas, abertura de pele e conseqüente sangramento, e por esse motivo deve conhecer profundamen-te as normas de biossegurança que regem esses procedimentos. Você deve conferir se a agulha está lacrada e com esterilização validada, se o pro-fissional usa luvas, máscara, touca, se toca em algo fora da área de contami-nação (tem quem atenda até o celular enquanto atende o cliente), pergunte sobre tudo. Para onde vão as agulhas? Para onde vai o lixo contaminado?

Sei que corro alguns riscos ao colocar essa matéria assim, tão nua e tão crua, mas meus ótimos resultados me auto-rizam a isso, além do profundo respeito que tenho pelas pessoas.

Cuidar de sua saúde e sua beleza co-meça com a escolha do profissional.

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Sabe-se que alimentação e nutrição equilibradas são peças chaves para o crescimento e desenvolvimento de uma criança saudável. Atualmente vive-se dentro de uma realidade onde temos pouco tempo para nos dedicarmos adequadamente aos nossos filhos. A cada dia aumenta o número de crianças matriculadas em tempo integral nas escolas fazendo com que os pais passem a participar cada vez menos da rotina e alimentação de seus filhos. Devido a esta pouca participação, cada vez mais crianças vêm apresentando transtornos alimentares.

Dentre os mais citados, a anorexia é a mais comum, de-senvolvendo-se em três principais variações: • Anorexia comportamental: consiste basicamente em

a criança se recusar a comer, tornando o alimento ou o ato da alimentação uma forma de chamar a atenção dos pais e suprimindo suas carências afetivas;

• Anorexia orgânica: neste caso existe deficiência de micro nutrientes ou propriamente elementos traços, como o ferro e o zinco, fazendo com que a criança não tenha apetite. Quando suplementados estes elementos, a criança volta a se alimentar normalmente;

• Anorexia nervosa: igual à patologia da fase adulta, o quadro se caracteriza pela criança não se alimentar devi-do ao medo de engordar e tornar-se gorda. Existe distor-ção da imagem corporal, nítido apavoramento diante da comida e ingestão de pouca ou nenhuma quantidade de alimento. Este tipo é o mais perigoso, precisando de tratamento psiquiátrico, clínico e nutricional.

NA INFÂNCIATRANSTORNOS DO

COMPORTAMENTO ALIMENTAR

Apesar de diferentes causas, todos os tipos de anorexia acarretam ao organismo os mesmos problemas, que são atraso no desenvolvimento cognitivo e do crescimento, desnutrição ponderal (de peso), desnutrição estatural, desnutrição pôndero-estatural (tanto déficit de peso como de estatura), tornando estas crianças mais “baixi-nhas” e “magrinhas” para sua idade biológica.

Além das anorexias propriamente ditas, ainda existe a pseudo-anorexia que se caracteriza por uma dificuldade na mastigação ou deglutição fazendo com que a crian-ça se alimente de forma insuficiente. Estas dificuldades podem se dar por causa de aftas, fissuras e estomatites. Outro tipo de pseudo-anorexia é aquela em que a crian-ça come pouco na opinião dos familiares, mas apresenta crescimento e desenvolvimento normais. Neste caso, os pais não devem se preocupar.

Excluindo-se a anorexia, ainda têm-se os seguintes trans-tornos do comportamento alimentar:

• Seletividade alimentar: a criança normalmente rejei-ta alimentos como verduras e frutas, ingerindo apenas massas, pães ou outros tipos de alimentos. Neste caso a criança não apresenta déficit de crescimento ou baixo peso, provavelmente só deficiência de micro nutrientes (vitaminas e minerais) por não ingerir frutas e verduras. A seletividade alimentar também se pode dar pela manei-ra de preparo, onde a criança come apenas ovo quando frito, senão não come, por exemplo. A busca pelo tra-tamento se dá na maioria das vezes pelas dificuldades sociais que surgem, como participar de comemorações que incluem comida e dormir na casa de amigos.

Carolina de Ávila Rodrigues - Nutricionista

nutrição

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• Bulimia nervosa: assim como nos adolescentes e adul-tos se caracteriza por uma grande ingestão de alimentos em um período curto de tempo, seguido de um método compensatório, seja ele uso de laxantes, indução do vô-mito, jejuns prolongados ou prática de exercícios físicos extenuantes como medidas de controle de peso. Este tipo de transtorno ocorre nas crianças que estão mais próximas da fase da adolescência e não tanto nas crian-ças pré-escolares.

• Transtorno da compulsão alimentar periódica: este é um transtorno alimentar semelhante à bulimia nervosa. Todavia não existe utilização de métodos compensatórios para controle de peso. Normalmente, as crianças são obesas e os episódios de compulsão alimentar devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana durante três meses para se ter diagnóstico positivo. Algumas características que de-vem estar associadas ao episódio de compulsão alimentar são: comer muito mais rápido do que o normal; comer ate se sentir desconfortavelmente empanturrado; comer gran-des quantidades de comida, mesmo sem fome; comer so-zinho, com vergonha da quantidade; sentir-se culpado ou deprimido depois do episódio. Assim como a bulimia e a anorexia nervosa, este tipo de transtorno é mais comum na adolescência, mas pode aparecer na infância.

• Disfagia funcional: o termo disfagia significa dificulda-de para deglutir. Nesta situação, a recusa alimentar está relacionada com o medo de engolir, engasgar e vomitar, e não à preocupação com o ganho de peso. Em algumas situações, pode-se desencadear após situações traumá-ticas, como experiências dolorosas em exames de en-doscopia ou engasgos prévios.

• Pica: este transtorno é bastante comum em crianças que possuem algum déficit cognitivo, porém qualquer criança pode desenvolvê-lo. Neste caso a criança não tem aversão à comida. Ela ingere substâncias considera-das não nutritivas como terra, tijolo, tinta, cabelos, fezes de animais, areia, insetos, folhas, pedras, cinza de cigarro e alimentos crus como feijão, milho e batata. A procura por tratamento geralmente se dá após complicações cli-nicas resultantes do sintoma alimentar, como por enve-nenamento, perfuração intestinal e verminoses. Para se ter diagnóstico positivo a ingestão de substâncias não nutritivas deve permanecer por, pelo menos, um mês.

• Ruminação: a ruminação consiste na ingestão e regur-gitação do alimento por diversas vezes. Não há causa orgânica e é mais prevalente em bebês. Geralmente, tem inicio entre os três a oito meses de idade, quando a criança se encontra acordada, quieta e entretida com ela mesma. Nunca quando a criança esta dormindo ou quando ela esta ativamente interessada em algum ob-jeto ou pessoa à sua volta. Ocorre voluntariamente, sem esforço, e repetida sem dor ou náuseas, com um volume muito pequeno de alimento expelido. Seu inicio se dá após trinta minutos do termino da refeição, podendo durar por uma hora ou mais.

Após toda esta explanação, fica o alerta, para os pais e cui-dadores que observem seus filhos frente ao ato da alimenta-ção. Caso exista alguma suspeita de que a criança possa estar com algum tipo de transtorno do comportamento alimen-tar, procure um profissional especializado para minimizar ou reverter as conseqüências advindas destas patologias. Assim seu filho, sobrinho, ou conhecido terá um desenvolvimento físico e comportamental normal.

Carolina de Ávila Rodrigues

Nutricionista – UNISINOSMestrado em Medicina - Ciências Médicas UFRGSProfessora da Rede Metodista de Educação do SulProfessora substituta do departamento de Pediatria e Puericultura da UFRGS

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coluna | saúde preventiva

Tarcísio SchmittEspecialista em Nutrição e Qualidade de Vida

Pós em Administração Hospitalar - IACHS - POA;Naturopatia aplicada;Especialista em Nutrição e Qualidade de Vida - Faculdade Dom Bosco - Curitiba; Formado em Iridologia.Cursando Ortobiomolecular

Mais informações: Rua Presidente Roosevelt, 698 - Centro São Leopoldo - RS – BrasilTel.: 51 [email protected]

A SAÚDE INICIA POR UM

INTESTINO SAUDÁVELA frase acima é do Dr. Hiromi Shinya, in-ventor da colonoscopia, conceito mile-nar. Ser o que se absorve e elimina tem tudo a ver com este órgão inteligente e muito mal tratado por quase todas as pessoas. Porém, há muita discussão sobre uma alimentação ideal, mesmo porque o que é bom para uns, pode não ser para outros. Entramos então no mérito do tipo sanguíneo, atividade e fragilidades orgânicas herdadas.

O que se apregoa muito, e é verdade, é a necessidade de nutrientes como proteínas, hidratos de carbono, lipí-dios, vitaminas e minerais, além de água pura e oxigênio e não esque-cendo da importância das atividades físicas. Entretanto, pouco se fala na importância das enzimas, que são simplesmente indispensáveis para to-das as funções, como ligar moléculas, transportar, separar, ou seja, partici-pam diretamente do metabolismo, bem como os hormônios. Enfim, sem enzimas nosso organismo simples-mente não funciona, já que temos uma reserva limitada delas, o que nos leva a morrer quando acabam.

Os grandes consumidores das enzi-mas são as bebidas alcoólicas, estresse, açúcar refinado, branco, cereais refi-nados, margarina, remédios, minerais tóxicos (chumbo, mercúrio, alumínio) e aditivos químicos. Por outro lado, os alimentos oriundos da terra podem nos fornecer enzimas quando consu-midos crus e frescos. A recomendação de primeiro comer as verduras tem sua fundamentação nas enzimas.

A intolerância ou alergia alimentar a glúten, lactose e outras, está direta-mente ligada ao mau funcionamento enzimático que pode desencadear diversos efeitos colaterais como acne, hipotireoidismo, renite alérgica, gastri-te, artrite, e outras “ites”, além de obe-sidade, dores de cabeça e demais ma-les. Mesmo sendo baixa a intolerância, atualmente é possível se detectar estas incompatibilidades através da biores-sonância (Vega Test – disponível na Pró Vida Saudável). Cozinhar, fritar e ferver termina com as enzimas dos alimentos. Uma forma de poupar nossas reservas é consumir produtos fermentados com tempo acima de três meses onde o produto adquire esta capacidade.

O Floranew possui 80 ingredientes (alimentos que deveríamos inge-rir diariamente) e é fermentado por seis meses, sendo fabricado no Brasil e exportado para o Japão, EUA, etc. O produto:

• Ajuda a estimular a produção de enzimas do organismo, melhoran-do assim a absorção de nutrientes, como vitaminas e sais minerais;

• Auxilia na recuperação de órgãos degenerados e promove o au-mento da imunidade geral do organismo;

• Ajuda a regularizar o funcionamento dos intestinos, atuando no equilíbrio da sua flora.

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alergologia

Dr. Bayard Mercio FeltesAlergologistaCRM/RS 15743

ALERGIAS

Até por experiência própria posso afirmar que ser alérgico não é fácil. Outro dia fui questionado em meu consultório sobre a já célebre pergunta alergia têm cura?

Assim como não têm cura diabetes, hipertensão arterial e doenças reumáticas, mas possuem tratamentos muito eficazes, tenho convicção de que também a alergia quan-do bem entendida e tratada é bem tolerada.

Tanto nas áreas de diagnóstico das doenças alérgicas como nas terapias administradas tivemos um grande avanço desde o recente século passado. Para o diagnósti-co das alergias respiratórias, contamos com testes práticos e indolores que determinam à qual substância a pessoa é alérgica. Para o diagnóstico das alergias de pele também já temos disponíveis testes de contato modernos e muito confiáveis. É a globalização.

Neste período do ano que designamos primavera-verão, além das variações abruptas da umidade, amplitude tér-mica muito elevada (variação de 20 graus em um dia), te-mos também dias com vento e muitos polens circulando no ar. A polinose (alergia aos polens de flores, arbustos e árvores) causa muita irritação no nariz e também nos olhos. A pessoa espirra muito e em seguida iniciam os outros sintomas como coriza e entupimento nasal. Além do nariz, os polens provocam coceira no canto dos olhos com lacrimejamento e vermelhidão dos mesmos. O pa-ciente fica sensível à luz e extremamente desconfortável. Passada a crise, a pessoa ainda poderá sofrer os sintomas decorrentes de infecções como as sinusites e conjuntivi-tes, como tosse e secreções infectadas que fatalmente le-vam ao uso de antibióticos e corticóides, medicamentos que muitas vezes fazem mais mal do que bem.

É importante entender a prevenção com medicamentos de uso tópico (local) e de uso oral, como antialérgicos modernos e sem efeitos colaterais, certamente resultará num melhor controle da situação e na redução de remé-dios para tratar as conseqüências da alergia.

Vale a pena lembrar que algumas plantas, como a aroeira e o ipê, podem trazer alergias de pele. Frutos do mar - en-tre eles o siri e o camarão, sucos artificiais e sorvetes com corantes, por exemplo, são consumidos em maior quan-tidade no verão aumentando as urticárias na pele (placas avermelhadas e quentes) provocando muita coceira na maioria dos casos.

Também os insetos podem atormentar-nos nesta estação do ano, com suas dolorosas e irritantes picadas. Para completar, as unhas se encarregam de colocar uma pitada de micróbios para esta receita acabar em antibióticos novamente.

O próprio suor humano acelera e, portanto, piora as re-ações alérgicas, tornando atividades esportivas muitas vezes um problema e não prazer no verão.

Apesar de tudo, o alérgico bem orientado e consciente de seu status de hipersensível pode ter uma ótima quali-dade de vida com saúde. Basta colocar em prática o que já está cientificamente comprovado, ou seja, cuidados ambientais e medicação leve preventiva.

A imunoterapia (vacinas para alergia) funciona muito bem, quando bem indicada.

Dr. Bayard Mercio Feltes - AlergologistaCRM/RS 15743

Médico Especialista pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia;Pós-graduação – PUC / RJ;Especialização na Espanha;Membro do Comitê Educativo da Unimed Vale do Sinos, Sociedade de Medicina de Novo Hamburgo e Sindicato Médico de Novo Hamburgo.

Mais Informações:Clínica Mercio FeltesTelefones: (51) 3527-4757 ou (51) 3527-3270E-mail: [email protected]

DA “PRIMAVERA-VERÃO”

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odontologia

Dr. Maurício PereiraCirurgião-dentistaCRO RS 12453

A DOENÇA DE

ALZHEIMER E O DENTISTAMuito se fala hoje sobre o Mal de Alzheimer. Vamos falar um pouco sobre isso.

A Doença de Alzheimer - DA (pronuncia-se AU-ZAI-MER) é degenerativa, progressiva e compromete o cérebro causando diminuição da memória, dificuldade de raciocí-nio e pensamento e alterações comportamentais.

Definida por muitos como mal do século, peste negra, epidemia silenciosa, entre outras, a DA é ainda pouco co-nhecida em nosso meio e tem efeito devastador sobre a família e o doente. Tida como uma doença rara, conheci-da erroneamente como esclerose pela população em ge-ral, a doença de Alzheimer representa para a comunidade sério ônus social e econômico.

Os sintomas mais comuns são perda gradual da memó-ria, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, dimi-nuição do senso crítico, desorientação têmporo-espacial, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação.

Trata-se de uma doença crônica de evolução lenta (po-dendo durar até 20 anos) que, nas fases avançadas, tor-na o paciente completamente dependente, incapaz de alimentar-se, banhar-se ou vestir-se por si só. O impacto econômico sobre a sociedade é considerável. Sabe-se que, a partir dos 65 anos, de 10 a 15% dessa população

Atendimento hospitalar a pacientes especiais Imagem mostra o descuido na higiene oral formando tártaros e oca-sionando um foco infeccioso na boca, podendo levar as bactérias para órgãos como o coração

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Dr. Maurício Pereira - Cirurgião-dentistaCRO RS 12453

Odontologia – Universidade do Oeste Paulista – 1997;Curso de Aperfeiçoamento em Implante Dental Osseointegrado – CECAE – SP - 1998;Especialização em Odontogeriatria - Associação Brasileira de Odontologia do Rio Grande do Sul - 2005;Habilitação em Sedação por Óxido Nitroso - Universidade Federal do Rio de Janeiro - 2006;Pós-Graduação em Implantes Dental na Europa - Malo-Clinic - 2007;Especialização em implantodontia pela IPENO/SC.

será afetada e que a partir dos 85 anos, praticamente a metade dos indivíduos apresentará a doença.

Ao se tratar de uma pessoa que depende de cuidados especiais não podemos esquecer que a higiene oral deve ser levada muito a sério, até mesmo com orientações de um cirurgião dentista especializado no atendimento. Neste caso o odontogeriatra é o profissional indicado.

A higiene oral é essencial para a saúde e conforto do pa-ciente. Os dentes devem ser escovados e as próteses de-vidamente limpas após cada refeição. Uma boa nutrição começa pela mastigação e desta forma é imperioso que haja zelo pela higiene e manutenção da saúde da boca, dentes e conservação das próteses.

Dentes mal cuidados são sede freqüente de focos de in-fecção e é necessário que se verifique regularmente as condições dos dentes remanescentes, assim como a con-dição das próteses. Se não estão ajustadas, poderão cau-sar lesões, prejudicando a mastigação e fazendo com que o paciente passe a preferir substâncias de consistência cada vez menor, com conseqüente comprometimento de seu estado nutricional.

O paciente também deve ingerir grande quantidade de líquidos promovendo um asseio indireto da boca.

Pacientes que dormem sem ter realizado boa higiene bu-cal estão propensos a apresentar infecções das glândulas salivares e outros problemas bucais que se manifestam por mau hálito. O mau hálito é um sinal de que algo errado está acorrendo, devendo ser convenientemente checado.

O que tenho visto em meus casos clínicos de pacientes com essa doença é que o mínimo problema bucal leva o paciente a vários outros problemas, como não se ali-mentar corretamente, ficar mais irritados nos horários próximos das alimentações, e propício a manifestações de outras doenças relacionadas à boca.

Muitos não suportam suas próteses que machucam e as jogam fora, ou simplesmente quebram. Por isso o cuida-do redobrado na observação de problemas bucais princi-palmente relacionados a próteses mal adaptadas.

Uma solução atual são os implantes osseointegrados que auxiliam na fixação de próteses fixas ou removíveis na boca, mantendo as mesmas bem adaptadas e em muitos casos parafusadas para que o paciente não consiga jogá-las fora.

Procure um odontogeriatra. Ele estará preparado para dar ao paciente de Alzheimer e seus familiares uma solução mais adequada a uma boa saúde oral.

Mais informações:Clínica Odontológica Sorriso NovoAv. João Correa, 1071 Sala 203 – CentroSão Leopoldo – RS – BrasilTel.: 51 3037.5553 - 3566.0101 www.sorrisonovo.com.br [email protected]

Imagem mostra uma prótese mal adaptada causando uma ferida significativa (hiperplasia gengival) que gera muito desconforto no uso da dentadura

Exemplo de uma prótese parafusada em boca através de implantes osseointegrados

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odontologia

Dr. Jéferson FagundesCirurgião-dentistaCRO RS 10142

AVANÇOS NA ODONTOLOGIA:IMPLANTE E CARGA IMEDIATOS

Por muitas décadas a perda de um dente anterior repre-sentou o início de uma série de problemas bucais, os quais a odontologia resolvia de maneiras não muito satisfató-rias. As alternativas de tratamento para perda dos dentes da frente eram a prótese removível (ponte móvel), nada estética e tampouco confortável, ou a prótese fixa, que envolvia o desgaste definitivo dos dentes vizinhos. Com o avanço da odontologia, o tratamento com implantes dentários tornou-se uma realidade mais adequada para esses casos. No entanto, a técnica clássica envolve mais de uma cirurgia, tempo de espera para osseointegração do implante de 3 a 6 meses e tempo total do tratamento (até a conclusão com a prótese definitiva) entre 7 e 10 meses. Para muitos pacientes e profissionais isso ainda não era o ideal. Nos últimos anos as áreas de periodontia, implantodontia e prótese evoluíram consideravelmente, buscando atender tais casos de forma mais adequada.

A tecnologia dos implantes de Titânio evolui e com isso evolu-íram também as técnicas empregadas pelos cirurgiões-dentis-tas. Hoje, quando um paciente recebe o diagnóstico de fratura de um dente da frente não há mais motivo para desespero. As técnicas de implante mediato e carga imediata possibilitam a reabilitação em aproximadamente duas horas, quando realiza-da por profissionais especializados. O implante imediato é a téc-nica de instalação cirúrgica do implante logo após a extração do dente. A técnica de carga imediata é a ativação imediata do implante por uma prótese dentária, assim que o implante foi colocado. As vantagens são muitas:

Contudo, é importante salientar que alguns critérios são fundamentais para a realização dessa técnica como:

Aspecto inicial

Aspecto após 21 dias

Implante instalado

Prótese definitiva em porcelana

Dr. Jéferson Fagundes - Cirurgião-dentistaCRO RS 10142

Especialista em Periodontia;Aperfeiçoamento em Prótese;Mestrado em Implantodontia.

Mais informações:OdontobucalRua Independência, 181 – sala 1102 – Centro – São Leopoldo/RS.Fones: (51) 3589-3982 e 3589-4770www.odontobucal.com.br – [email protected]

• rapidez no tratamento; • melhor pós-operatório (sem dor e sem inchaço);• cirurgia sem suturas (sem pontos);• melhor cicatrização da gengiva (otimizando melhor resultado estético);

• melhor osseointegração do implante;• conservação da estrutura óssea alveolar original;• tratamento conservador (evita o desgaste dos dentes vizinhos);

• melhor estética.

• Alto grau de conhecimento do profissional cirurgião-dentista;

• Utilização de implantes específicos para a técnica;• Boa qualidade do tecido ósseo e gengival do paciente;• Colaboração do paciente.

O caso a seguir mostra como o paciente D. H. F., 45 anos, foi tratado com a técnica de implante imediato e carga imediata após o diagnóstico de fratura do incisivo central esquerdo e indicação de extração:

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Desde os primeiros relatos feitos por Kanner em 1944 até os dias atuais, o trans-torno do espectro autista, um dos mais intrigantes da infância, vem sendo tema de muitos estudos em diferentes partes do mundo. Sendo caracterizado, princi-palmente, por um acentuado prejuízo qualitativo na interação social e comuni-cação, bem como pela presença de padrões restritos e repetitivos de compor-tamento, interesses e atividades, suas manifestações se dão de forma bastante peculiar em cada caso.

Apesar de muito se saber quanto às manifestações que tal condição produz, sua etiologia continua sendo objeto de muitas hipóteses, porém nenhuma, até o momento, teve a capacidade de elucidar de uma maneira conclusiva quais as causas do transtorno. Assim, a melhor definição possível talvez seja a de que o autismo não é uma doença única, mas sim um transtorno do desenvolvimento bastante complexo com etiologias múltiplas e graus variados de severidade.

psicologia

TRANSTORNO DO ESPECTRO

AUTISTA

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Para que um diagnóstico possa ser considerado, algumas características sintomatológicas devem ser observadas antes dos 3 anos de idade. Dentre estas, as mais comu-mente relatadas são aquelas referentes a comportamen-tos de interação social descritos mesmo em crianças com poucos meses de vida nos quais o transtorno não se faz presente, tais como o contato visual, sorriso social, as ten-tativas de chamar a atenção para si, bem como os jogos de imitação.

À medida que a criança vai crescendo é possível ob-servar que seu comportamento é pouco habitual, muitas vezes com rotinas específicas que quando al-teradas geram muita ansiedade, sendo comuns as cri-ses de raiva e até mesmo, nos graus mais acentuados, as auto-agressões. A linguagem, geralmente está alte-rada, sendo que há uma considerável dificuldade de expressar, mesmo de maneira não verbal, aquilo que deseja ou sente.

A dificuldade em perceber afetivamente as outras pes-soas também é uma barreira no contato do autista com o ambiente. Como não consegue avaliar a intenção das pessoas em relação a si próprio, uma simples aproxima-ção pode ser interpretada como algo ameaçador. Por isso é preciso permitir que o autista, seguindo o seu próprio tempo, ganhe a confiança daqueles que com ele tentam relacionar-se sem que tenha a impressão de que estejam forçando o contato afetivo, o que por si só, resultaria no aumento de sua ansiedade.

A característica mais popularmente conhecida e marcan-te do espectro autista são as estereotipias. Tal sintoma torna o comportamento da criança bastante angustiante para os familiares, na medida em que os balanceios do corpo, tapas na boca ou orelhas, bem como os movimen-tos similares ao lavar de mãos ou girar o corpo no mesmo lugar parecem não cessar. Ainda por cima, quando se faz uma tentativa de interrupção, geram ansiedade intensa e de difícil controle.

A maioria dos pacientes com o transtorno apresenta um considerável atraso na maturidade intelectual sendo, de maneira geral, o desempenho nas atividades pedagógi-cas, mesmo nos casos mais leves, limitado. Tal caracterís-tica surpreende se levarmos em consideração a imagem criada quanto ao transtorno em várias produções cine-matográficas, onde o autista geralmente possui habilida-des cognitivas semelhantes aos superdotados, o que não corresponde à realidade da maior parte dos casos.

Como o transtorno do espectro autista é uma condição crônica, o tratamento deve ser planejado por uma equipe multidisciplinar, tendo em vista a vasta gama de sintomas que a condição produz. Também intervenções juntamen-te aos pais são de grande valia para que consigam ter um papel terapêutico no tratamento dos filhos, e para que possam aprender a lidar com situações onde a ansiedade deles esteja elevada, bem como com os comportamen-tos inadequados que por ventura apresentem.

“Como não consegue avaliar a intenção das pessoas em relação a si próprio, uma simples aproximação pode ser interpretada

como algo ameaçador. Por isso é preciso permitir que o autista, seguindo o seu próprio tempo, ganhe a confiança daqueles que

com ele tentam relacionar-se. “

Mais Informações:(51) 3590-3773 ou (51) 9684-6323 São Leopoldo – RS

Dr. Antônio Leonardo SarmentoPsicólogo – CRP 07/11606

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A osteoartrite (artrose, artrite degenerativa, doença articular degenerativa, ar-tropatia degenerativa) é um distúrbio crônico das articulações caracterizado pela degeneração da cartilagem articular e do osso adjacente, podendo cau-sar dor e rigidez articulares. A osteoartrite, o distúrbio articular mais comum, afeta em um certo grau muitos indivíduos aproximadamente em torno dos 70 anos de idade. Os homens e as mulheres são igualmente afetados, mas o distúrbio tende a ocorrer mais precocemente nos homens.

Embora a osteoartrite seja mais comum em indivíduos idosos, ela não é cau-sada pelo simples desgaste que ocorre com o processo de envelhecimento. Quase todos os indivíduos que apresentam esse distúrbio, especialmente os mais jovens, são assintomáticos ou apresentam poucos sintomas. Entretanto, alguns indivíduos idosos apresentam incapacidades importantes.

OSTEOARTRITEsaúde

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CausasNormalmente, as articulações apresentam um nível de atrito tão baixo que não sofrem desgaste, exceto quan-do utilizadas excessivamente ou quando sofrem lesões. A osteoartrite começa com uma alteração das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colá-geno (proteína fibrosa e resistente encontrada no tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que provê-em a elasticidade da cartilagem).

Em seguida, a cartilagem pode crescer exageradamente, mas, finalmente, ela diminui de espessura e apresenta fis-suras em sua superfície. Ocorre a formação de pequenas cavidades na medula óssea localizada sob a cartilagem, enfraquecendo o osso. Pode ocorrer um crescimento ósseo excessivo nas bordas da articulação, produzindo tumefações (osteófitos) que podem ser observados e palpados. Essas protuberâncias podem afetar o funcio-namento normal da articulação, causando dor. Em últi-ma instância, a superfície lisa e deslizante da cartilagem torna-se irregular e apresenta depressões puntiformes, impedindo que a articulação mova-se suavemente.

Ocorre alteração da articulação em decorrência da dete-rioração de todos os seus componentes. A osteoartrite é classificada como primária (idiopática), quando a sua causa é desconhecida, e como secundária, quando ela é decorrente de um outro problema.

SintomasAo atingirem os 40 anos de idade, muitos indivíduos apre-sentam algumas evidências radiográficas de osteoartrite, especialmente nas articulações que sustentam o peso, como a do quadril. No entanto, um número relativamen-te pequeno apresenta sintomas. Geralmente, os sintomas apresentam um desenvolvimento gradual e afetam ape-nas uma ou algumas poucas articulações.

As articulações dos dedos das mãos, da base dos polega-res, do pescoço, da região lombar, dos dedos dos pés, dos quadris e dos joelhos são as comumente afetadas. A dor, a qual geralmente piora com a prática de exercícios, é o primeiro sintoma. O novo crescimento da cartilagem, do osso ou de qualquer outro tecido pode fazer com que as articulações aumentem de tamanho. A cartilagem irregu-lar produz rangido e crepitação quando as articulações são movimentadas. Freqüentemente, ocorre a formação de protuberâncias ósseas (nódulos de Heberden) nas pontas dos dedos das mãos. Em algumas articulações, como a do joelho, os ligamentos (que circundam e sus-tentam a articulação) são distendidos e provocam insta-bilidade articular. A palpação ou a movimentação da arti-culação podem ser muito dolorosas.

Em contraste, o quadril torna-se mais rígido, com redução da amplitude dos movimentos. A movimentação dessa

articulação também é muito dolorosa. Freqüentemente, a osteoartrite afeta a coluna vertebral. A dor nas costas é o sintoma mais comum. Em geral as articulações lesadas da coluna vertebral causam somente dor leve e rigidez. Entretanto, no caso do crescimento ósseo excessivo com-primir nervos, a osteoartrite da coluna cervical (pescoço) ou da região lombar (porção baixa das costas) pode cau-sar adormecimento, sensações incomuns, dor e fraqueza de um membro superior ou inferior.

TratamentoExercícios apropriados, incluindo os de alongamento, de musculação e posturais – ajudam a manter a cartilagem saudável, aumentam a amplitude dos movimentos da articulação e fortalecem os músculos circunvizinhos, de modo que eles possam absorver melhor os choques. O exercício deve ser equilibrado com o repouso das articu-lações doloridas. No entanto, é mais provável que a imo-bilização de uma articulação piore a osteoartrite ao invés de aliviá-la. O uso de cadeiras, poltronas reclináveis, col-chões e assentos de carro excessivamente macios pode piorar os sintomas. Comumente, recomenda-se o uso de cadeiras de encosto reto, colchões duros e estrados de cama inteiriços. Para a osteoartrite da coluna vertebral, exercícios específicos algumas vezes são úteis e, quando o quadro é grave, pode ser necessário o uso de suportes ou coletes ortopédicos para as costas. A fisioterapia, fre-qüentemente terapia com calor, pode ser útil.

As drogas são o aspecto menos importante do programa global de tratamento. Um analgésico pode ser suficiente. O paciente pode tomar uma droga antiinflamatória não esteróide para diminuir a dor e o edema. Se uma articu-lação torna-se abruptamente inflamada, edemaciada e dolorida, pode ser realizada a injeção intra-articular de corticosteróides.

A cirurgia pode ser útil quando todos os demais tratamen-tos não propiciaram alívio ao paciente. Algumas articula-ções, mais comumente a do quadril e a do joelho, podem ser substituídas por uma articulação artificial. A substitui-ção costuma ser muito eficaz, quase sempre melhorando os movimentos e a função e reduzindo a dor de forma dramática. Por essa razão, quando a função torna-se limi-tada, a substituição da articulação deve ser aventada.

Fonte: Merck Sharp & Dohme – www.msd-brazil.com

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Herdeiro do glamouroso champagne, originário da re-gião de mesmo nome na França, o espumante está cada vez mais presente na mesa do brasileiro. E para quem não sabe, a qualidade da produção nacional da bebida vem surpreendendo em todo o mundo. Conhecida como tra-dicional produtora dos chamados vinhos tranqüilos por especialistas no assunto, a região serrana do Rio Grande do Sul despontou também como propícia para o cultivo de uvas com ótima acidez, ideais para os espumantes. O Rio Grande do Sul é atualmente o principal produtor do país, sendo responsável por 90 % da produção total. Dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) apontam que o estado gaúcho comercializou no ano de 2008 (até setembro) aproximadamente 4,5 milhões de litros da be-bida, num aumento de 22,07 % em relação ao mesmo período de 2007. Apesar de ser popularmente utilizado apenas em ocasiões especiais, como reveillon, forma-turas e casamentos, o espumante pode ser bebido em diversos momentos. Mais ainda no verão, seu frescor, ale-gria e jovialidade combinam perfeitamente com os dias quentes do ano.

ProduçãoAssim como seus precursores, os espumantes deman-dam um cuidadoso e delicado processo de produção, cujo sucesso do resultado final depende da qualidade da safra da uva e das demais etapas. Na verdade o espuman-te nada mais é do que um vinho comum que sofreu uma segunda fermentação para a produção de gás carbônico na bebida, criando as famosas e charmosas “bolhas”. No Brasil este processo é regulamentado por lei.

Para a elaboração da bebida podem ser utilizados dois métodos. O Charmat é um procedimento de porte indus-

trial que foi desenvolvido para simplificar a elaboração de espumantes, obtendo maiores volumes e reduzindo mui-to os custos de produção. Já o método Champenoise foi desenvolvido na França, na região de Champagne, que deu o nome a este vinho tão especial.

De acordo com a enóloga Franciele Carraro, do portal Via Del Vino, somente nas cidades francesas de La Marne, L’Aub, L’Aisne, Haut-Marne e Seine-Marne pode-se usar essa de-nominação para a bebida. “As outras regiões acabaram op-tando por outras nomenclaturas, apesar de utilizarem pra-ticamente o mesmo processo. Na Espanha usa-se o nome Cava, na Itália Proseco e Asti, na Alemanha Sekt, Champañe na Argentina, Sparkling Wine nos Estados Unidos e, no Brasil, Espumante”, completa. Também existe o vinho moscato es-pumante ou moscatel espumante, cuja fermentação é feita em recipiente fechado (auto claves), de mosto conservado da uva moscatel. Por fim, temos o Chaussepied. “É um méto-do pouco utilizado pela complexidade dos equipamentos a se utilizar na elaboração, e todos processos ocorrem em um grande recipiente”, detalha a enóloga.

Tipos para todos os gostosPara a alegria de quem aprecia a boa mesa, existem in-finidades de opções de espumantes, que podem variar muito em estilo, corpo, complexidade e frescor. Por isso é importante saber escolher e adequar a bebida à ocasião, gastronomia e preferência dos convidados. Os espuman-tes diferem-se principalmente pelo processo utilizado na elaboração, destacando-se o fato de que nos naturais o processo de fermentação para aumento do gás carbôni-co intensifica as sensações aromáticas, diminui o sabor doce e aumenta a sensação de amargo.

ESPUMANTES:

gastronomia

PRAZER E CHARME EM UMA TAÇA

por Sabrina Gisele Becker

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Quanto à cor os espumantes podem ser tinto, rosé ou branco. Já quanto ao teor de açúcar classificam-se por Ex-tra Brut, Brut natural, Brut, Demi-sec, Suave e Doce. A enó-loga Franciele salienta que a coloração dos espumantes é de suma importância na avaliação do mesmo, juntamen-te com as borbulhas. “Os espumantes mais jovens, em sua maioria, tendem a ostentar cores mais claras e brilhantes, ao envelhecer passam a colorações mais escuras, o que geralmente pode indicar que já entrou em sua fase de declínio”, explica.

Harmonização gastronômicaA enóloga do Via Del Vino detalha que o espumante é uma bebida leve e elegante que pode ser servida sozi-nha para ser apreciada em sua totalidade. “O brut é ideal como aperitivo e acompanha bem pratos ligeiros, frios a base de peixe ou carnes brancas, um demi-sec é compa-nheiro de sobremesas, bolos e doces”, resume.

Para a harmonização com a gastronomia, os mais indicados são os espumantes rosés, que são menos cítricos do que os brancos e que têm como importante característica sua estru-tura gustativa, já que são mais complexos, têm mais corpo e um leve tanino. Sua forte vocação gastronômica deve-se a sua versatilidade, podendo ser apreciados desde recepções até o acompanhamento de pratos completos. Mais suaves, também são encontrados os espumantes roses doces, que combinam melhor com sobremesas.

Os Espumantes Brut são secos e ideais para acompanhar petiscos, pratos frios, entradas, peixes e frutos do mar. Já os espumantes de qualidade superior, em especial o champagne, são indicados para diferentes ocasiões, po-rém não para acompanhamento de pratos principais ou mais elaborados. Entretanto podem ser apreciados como aperitivos e acompanhando até sobremesas. Também combinam com todos os tipos de queijo.

gastronomia

Mais informações:www.viadelvino.com.brwww.academiadovinho.com.br

Na análise visual da espuma observa-se prin-cipalmente:

• seu tamanho, pois quanto menor a circunfe-rência das bolhas de gás que se desprendem, melhor.

• Sua persistência, que é o tempo no qual as borbulhas ficam desprendendo-se da taça. Quanto maior melhor, o movimento delas deve permanecer enquanto consumido, pois são elas que garantem vitalidade ao espumante.

Modo de servir

• Manter a temperatura entre 4 e 6 graus, garantida com o armazenamento durante uma tarde na geladeira. Entretanto, para manter a garrafa fresca durante o consumo basta colocar água fria num balde e algu-mas pedras de gelo (suficiente para que derretam lentamente).

• Ideais para servir espumantes são as tra-dicionais taças longas (flautas). Para servir deve-se sempre utilizar a técnica de dois estágios. Primeiro serve-se um fundo de aproximadamente 2 centímetros para res-friar a taça e em seguida completa-se com mais dois terços de bebida.

Dicas da Enóloga

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AUSTRÁLIADE PRAIAS A MONTANHAS GELADAS, A MELHOR OPÇÃO PARA QUEM BUSCA DIVERSIDADE

turismo

A única nação do mundo que é uma ilha-continente, a Austrália é um país jo-vem e privilegiado. O relevo parecido com o do Brasil oferece uma infinidade de atrações em desertos, extensas praias, florestas tropicais, montanhas neva-das. O clima ameno possibilita turismo em todas as épocas do ano. Apesar de ser conhecida pela maioria das pessoas apenas como o paraíso dos surfistas e habitat natural de cangurus e coalas, o país oferece muito mais para seus visitantes.

Com infra-estrutura moderna, a Austrália possui uma das mais altas qualida-des de vida, um dos melhores ensinos públicos, cidades limpas e seguras, inú-meras atrações naturais, entre outras tantas qualidades que fazem com que muitos que a procuram apenas como destino turístico acabem ficando por lá. É um dos países mais urbanizados do mundo com 70% da população concen-trada nas modernas e arborizadas cidades morando em casa própria. O índice de analfabetismo é mínimo e o voto é obrigatório. O povo é hospitaleiro e gosta de vida ao ar livre. Porém o que a maioria dos que se encantam hoje não sabe é que o passado do país não foi tão rico, já que em 1788 foi trans-formado em colônia penal inglesa, iniciada em Sydney. Atualmente a cidade é a moderna capital australiana, tendo sido erguida ao redor de quatro baías com um dos mais belos portos do mundo. Sydney é a maior, mais antiga e mais excitante cidade da Austrália e talvez do mundo, sendo um dos pontos turísticos mais atraentes deste país. Criada há 200 anos, hoje acolhe um povo multicultural de 4 milhões de pessoas.

Já Melbourne, segunda maior cidade e nascida às margens do Yarra River, mis-tura o moderno e o antigo, mantendo até hoje os bondes coloridos como meio de transporte oficial. Melbourne é a capital cultural do país. É o lugar

por Sabrina Gisele Becker

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onde melhor se nota a mistura de Europa com América presente na Austrália. O lado mais americano da cidade pode ser notado às margens do Yarra River, com arranha-céus, o Victorian Art Centre - um extravagante complexo cultu-ral, e um imenso cassino. Ao lado de tudo isso está o requinte da antigüidade européia em restaurantes, cafés e na arquitetura vitoriana. No Yarra Valley exis-tem diversas vinícolas como a Fergusson’s. Em Philip Island é possível observar um grande número de pingüins.

O que salta aos olhos de qualquer um é a certeza de que a Austrália foi pre-miada com uma maravilha da natureza. A ilha com o maior litoral do mundo guarda sob suas águas a mais impressionante estrutura viva da Terra, a Grande Barreira de Corais, com 2 mil quilômetros de extensão. É um dos principais pontos de mergulho com mais de 1500 de peixes, o que faz da Grande Barrei-ra o maior parque marinho do mundo. Dezenas de empresas oferecem cursos e levam grupos para mergulhar em alto mar, por isso vale a pena comparar preços e vantagens. Esse tesouro natural e marca da cultura aborígine pode ser conhecido e apreciado em Cairns, no estado de Queensland, local prefe-rido dos apreciadores do mar e ponto de partida para quem quer mergulhar. Cercada por floresta tropical e praias de areia branca e mar turquesa também é o paraíso dos esportes radicais, onde é possível praticar de tudo. Para com-pletar, o local é ideal para se fazer ótimas compras e freqüentar excelentes restaurantes, como por exemplo no The Pier Marketplace, complexo de com-pras e lazer.

Para quem busca badalação, a melhor pedida é a praia de Bondi, cheia de gente bonita e corpos esculpidos. Como não poderia ser diferente, a prática do surfe é comum já que os australianos adoram esportes, principalmente os aquáticos. O topless é popular e a praia de nudismo oficial é Lady Jane Beach. Apesar das belezas, também é necessário tomar cuidado com algumas sur-presas desses paraísos tropicais como as águas vivas venenosas (presentes de outubro a maio) e os tubarões, que aparecem de vez em quando. Mas, para garantir a tranqüilidade de todos, salva vidas bem treinados estão presentes em todas as praias. Uma dica importante é não consumir bebidas alcoólicas na rua, o que é proibido por lei. Boas condições para os surfistas são encontra-das também em outras praias dos subúrbios de Queenscliff e Manly, que têm juntas quase 2 quilômetros de mar, porém suas correntezas são traiçoeiras para os nadadores.

Entretanto, não são todos que gostam de praia. Para estes existem diversas outras opções, como a cidade de Alice Springs, região desértica onde está localizado o maior monolito do mundo, Ayres Rock. A formação, sagrada para

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os aborígines, mede 3,6 km por 348 metros de altitude e muda de cor conforme a incidência da luz. É a maior atração do árido centro do país, pertencendo ao Parque Nacional de Uluru, onde estão os MacDonnell Ranges. Tratam-se de desfiladeiros espetaculares no Ross River.

Outra atração característica são os parques nacionais, onde é possível fazer trilhas a pé. Espalhados por todas as regiões são extremamente bem cuidados e dispõem de serviços como campings com banheiros, chuveiros com água quente e churrasqueiras. Um dos mais popula-res é o Parque Nacional Grampians, no estado de Victoria, que oferece, por exemplo, uma trilha de 20 minutos até o Venus Baths (Banhos de Vênus), uma série de piscinas naturais formadas por água vinda de uma cachoeira. Ou-tra opção do local é subir ao topo da montanha Hollow numa caminhada bastante íngreme de 4 quilômetros. Os que escalam montanhas e rochas se satisfazem com a Tasmânia, onde o Parque Nacional Freycinet, na costa leste da ilha, oferece magníficas paisagens. Lá se encontra mapas e guias informativos que indicam e detalham os melhores trajetos e escaladas do lugar.

Tendo como idioma padrão o inglês britânico, o australia-no tem sotaque e expressões própria, característica que não impões dificuldades ao turista para se comunicar. A diferença de fuso horário é de 13 horas em relação à Bra-

sília e o vôo dura 17 horas de Buenos Aires a Sidney. A moeda utilizada é o dólar australiano.

O que muitos não sabem é que a Austrália possui ótimas esta-ções de esqui na neve, cujo período de funcionamento inicia na metade de junho e vai até início de outubro, podendo se esten-der um pouco mais de acordo com a intensidade do inverno. O interessante é que todos os campos ficam em uma única re-gião ao redor do Mt.Kosciusko (2229m) e do Kosciusko National Park, no estado de New South Wales fronteira com o estado de Victoria. Possuem pistas para todos os níveis, proporcionando a cada esquiador que tenha sua preferida de acordo com o nível e habilidade. Com 1760 metros de altura o mais alto é Charlotte Pass, lugar onde foi registrada a menor temperatura na Austrália em todos os tempos, 23 graus negativos. Apesar de distantes dos grandes centros, as cidades nevadas são as que oferecem maior infra-estrutura para os visitantes, com albergues, hotéis, restaurantes, bares, e tudo mais. Desta forma a diversão é certa e acaba se estendendo noite adentro após a sessão de esqui.

O visto de turista pode ser encaminhado com 10 dias de antecedência. É adequado para quem pretende via-jar a lazer, buscando atividades recreativas como férias, passeios turísticos, razões sociais, visitar familiares, assim como para outros fins a curto prazo, que não incluam tra-balho ou estudo.

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Anuncie: (51) 9825.3645 e (51) 8135.4800  [email protected]

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