citricultura ganha impulso com a irrigação impresso · exportador tem prejudicado o cresci-mento...

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A irrigação é essencial para o êxito da citricultura. Prova disso é o fato recentemente ocorrido na Flórida (EUA), segunda maior área produtora de laranja do mundo (a primeira é o estado de São Paulo), onde o clima seco prejudicou a safra. Na região noroeste paulista, a má distribuição de chuvas é responsável pelas maiores quebras de safra atu- almente. É o que afirma o professor Waldir Barros Fernandes Júnior, repre- sentante da Unesp na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e PhD em Agribusi- ness. Para ele, a irrigação racional é o principal fator de viabilização da citri- cultura na região. “Além de estabilizar a produção, o que é interessante para o mercado por oferecer menores flu- tuações de preços, a irrigação confere qualidade ao produto, que poderá ser comercializado em diferentes canais, o que aumenta, ou pelo menos não diminui, a rentabilidade do citricultor. Em conseqüência, a economia regio- nal se beneficia”, aponta. Fernandes comenta que, mesmo com os preços internacionais dos citros muito atrativos, o câmbio extrema- mente desfavorável ao produtor e ao exportador tem prejudicado o cresci- mento da economia regional. “Os ci- tricultores de baixa produtividade es- tão se vendo obrigados a abandonar a atividade e migrar para a cultura canavieira, até arrendando áreas para as usinas que se instalam na região. O efeito disso é a redução na safra de laranja da região, o que repercute negativamente sobre a renda bruta regional advinda da citricultura”. O professor salienta que a menor pro- dução de citros no Brasil, juntamente com os problemas da Flórida, deverá sustentar os atuais preços elevados do mercado internacional por algum tempo. “O que deverá ocorrer é uma menor oferta de laranja de ratio alto no estado para a produção de suco de laranja, o que não é interessante para as indústrias de suco”. Importância da água Mesmo com diversos empecilhos existentes na citricultura (como CVC, morte súbita dos citros, cancro cítri- co, mercado fechado, políticas pro- tecionistas dos países importadores, pouca divulgação de consumo, logís- tica de distribuição complexa, entre outros), muitos produtores insistem, persistem, investem, dão a volta por cima e obtêm culturas de sucesso. A irrigação é responsável por grande parte dessas vitórias. O engenheiro agrônomo Nilson Mar- cos Matsuda, da empresa Ambiental Gestão em Serviços Agrícolas, cita o exemplo do citricultor Hilton Fagundes Gouveia que, em sua propriedade, lo- calizada em Santo Antonio da Posse - SP, consegue produtividades inima- gináveis em seu pomar de laranja, através do manejo adequado e racio- nal de irrigação. “Com seu sistema de microaspersão, manutenção dos equipamentos, fertirrigação e sensi- bilidade para saber o momento exato de iniciar e parar o fornecimento de água e na quantidade exata, Gouveia obtém produtividade sem compa- rativo. No pico máximo, a produção chega a 120 toneladas por alqueire em pomares de laranja da variedade Valência x Poncirus trifoliata, contra a média nacional, que gira em torno de 40 a 60 toneladas”, conta Matsuda. O citricultor Júlio Cléber Costa, que cultiva 2,7 mil pés de laranja em San- ta Clara D´Oeste, adotou, há dois anos, a irrigação por microaspersão e hoje celebra os resultados do in- vestimento. No sequeiro, ele obtinha aproximadamente duas caixas de la- ranja por pé ao ano. Com a irrigação, consegue três caixas, um ganho de 50%. “O ciclo da planta começou a mudar nesse segundo ano de irriga- ção. Antes, a laranja florava em agos- to e, em setembro e outubro, a fruta caía, então perdíamos muito. Com a irrigação, a planta flora em junho, uma época mais fria, então perdemos bem menos laranjas”, relata Cléber. Ele otimiza seus custos de produção realizando a fertirrigação, que agili- za o trabalho e melhora a produção. “Compensa investir na irrigação, com certeza, mesmo que o custo seja ele- vado. Financiei via Caixa Econômica Federal e nos primeiros dois meses de cultura irrigada já acertei a primeira parcela da dívida, que tem, no total, três parcelas”, ressalta. Satisfeito com os resultados obtidos, Cléber já planeja investir em outra propriedade, em Santa Fé do Sul. “Estamos plantando 4,5 mil pés de la- ranja em uma área que já possui 500 pés plantados e a intenção é irrigar tudo”. Raul José Maschio cultiva dez mil pés de laranja em Santa Fé do Sul. Des- tes, dois mil são irrigados, mas a idéia do citricultor é estender a tecnologia para toda a produção. “As plantas ir- rigadas produzem aproximadamente 60% a mais que as de sequeiro e têm qualidade muito superior. Na área irri- gada, consigo uma média de 4 caixas por pé ao ano, enquanto na que não é irrigada a produção é de 2,5 caixas por pé ao ano”, explica Maschio. Citricultura ganha impulso com a irrigação 04 Raul José Maschio: “Planta irrigada tem pro- dução aumentada em cerca de 60%” Com a irrigação, Júlio Cléber Costa obtém um ganho de 50% na produção de laranja IMPRESSO

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Page 1: Citricultura ganha impulso com a irrigação IMPRESSO · exportador tem prejudicado o cresci-mento da economia regional. “Os ci-tricultores de baixa produtividade es- ... pode ser

A irrigação é essencial para o êxito da citricultura. Prova disso é o fato recentemente ocorrido na Flórida (EUA), segunda maior área produtora de laranja do mundo (a primeira é o estado de São Paulo), onde o clima seco prejudicou a safra.

Na região noroeste paulista, a má distribuição de chuvas é responsável pelas maiores quebras de safra atu-almente. É o que afirma o professor Waldir Barros Fernandes Júnior, repre-sentante da Unesp na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e PhD em Agribusi-ness. Para ele, a irrigação racional é o principal fator de viabilização da citri-cultura na região. “Além de estabilizar a produção, o que é interessante para o mercado por oferecer menores flu-tuações de preços, a irrigação confere qualidade ao produto, que poderá ser comercializado em diferentes canais, o que aumenta, ou pelo menos não diminui, a rentabilidade do citricultor. Em conseqüência, a economia regio-nal se beneficia”, aponta.

Fernandes comenta que, mesmo com os preços internacionais dos citros muito atrativos, o câmbio extrema-mente desfavorável ao produtor e ao exportador tem prejudicado o cresci-mento da economia regional. “Os ci-tricultores de baixa produtividade es-tão se vendo obrigados a abandonar a atividade e migrar para a cultura canavieira, até arrendando áreas para as usinas que se instalam na região. O efeito disso é a redução na safra de laranja da região, o que repercute negativamente sobre a renda bruta regional advinda da citricultura”.

O professor salienta que a menor pro-dução de citros no Brasil, juntamente com os problemas da Flórida, deverá

sustentar os atuais preços elevados do mercado internacional por algum tempo. “O que deverá ocorrer é uma menor oferta de laranja de ratio alto no estado para a produção de suco de laranja, o que não é interessante para as indústrias de suco”.

Importância da águaMesmo com diversos empecilhos existentes na citricultura (como CVC, morte súbita dos citros, cancro cítri-co, mercado fechado, políticas pro-tecionistas dos países importadores, pouca divulgação de consumo, logís-tica de distribuição complexa, entre outros), muitos produtores insistem, persistem, investem, dão a volta por cima e obtêm culturas de sucesso. A irrigação é responsável por grande parte dessas vitórias.

O engenheiro agrônomo Nilson Mar-cos Matsuda, da empresa Ambiental Gestão em Serviços Agrícolas, cita o exemplo do citricultor Hilton Fagundes Gouveia que, em sua propriedade, lo-calizada em Santo Antonio da Posse - SP, consegue produtividades inima-gináveis em seu pomar de laranja, através do manejo adequado e racio-nal de irrigação. “Com seu sistema de microaspersão, manutenção dos equipamentos, fertirrigação e sensi-bilidade para saber o momento exato de iniciar e parar o fornecimento de água e na quantidade exata, Gouveia obtém produtividade sem compa-rativo. No pico máximo, a produção chega a 120 toneladas por alqueire em pomares de laranja da variedade Valência x Poncirus trifoliata, contra a média nacional, que gira em torno de 40 a 60 toneladas”, conta Matsuda.

O citricultor Júlio Cléber Costa, que cultiva 2,7 mil pés de laranja em San-ta Clara D´Oeste, adotou, há dois anos, a irrigação por microaspersão

e hoje celebra os resultados do in-vestimento. No sequeiro, ele obtinha aproximadamente duas caixas de la-ranja por pé ao ano. Com a irrigação, consegue três caixas, um ganho de 50%. “O ciclo da planta começou a mudar nesse segundo ano de irriga-ção. Antes, a laranja florava em agos-to e, em setembro e outubro, a fruta caía, então perdíamos muito. Com a irrigação, a planta flora em junho, uma época mais fria, então perdemos bem menos laranjas”, relata Cléber. Ele otimiza seus custos de produção realizando a fertirrigação, que agili-za o trabalho e melhora a produção. “Compensa investir na irrigação, com certeza, mesmo que o custo seja ele-vado. Financiei via Caixa Econômica Federal e nos primeiros dois meses de cultura irrigada já acertei a primeira parcela da dívida, que tem, no total, três parcelas”, ressalta.

Satisfeito com os resultados obtidos, Cléber já planeja investir em outra propriedade, em Santa Fé do Sul. “Estamos plantando 4,5 mil pés de la-ranja em uma área que já possui 500 pés plantados e a intenção é irrigar tudo”.

Raul José Maschio cultiva dez mil pés de laranja em Santa Fé do Sul. Des-tes, dois mil são irrigados, mas a idéia do citricultor é estender a tecnologia para toda a produção. “As plantas ir-rigadas produzem aproximadamente 60% a mais que as de sequeiro e têm qualidade muito superior. Na área irri-gada, consigo uma média de 4 caixas por pé ao ano, enquanto na que não é irrigada a produção é de 2,5 caixas por pé ao ano”, explica Maschio.

Citricultura ganha impulso com a irrigação

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Raul José Maschio: “Planta irrigada tem pro-dução aumentada em cerca de 60%”

Com a irrigação, Júlio Cléber Costa obtémum ganho de 50% na produção de laranja

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O alto preço da borracha natural no mercado internacional e a demanda do produto na indústria pneumática, entre outros fatores, têm animado quem cultiva seringueira. A cultu-ra, além de ser perene, exige muita mão-de-obra (consequentemente, gera trabalho), utiliza quantidade re-duzida de agrotóxico e está dando ótimo retorno.Ademir Barbosa, produtor de Álvares Florence, possui 1,8 mil pés de serin-gueira adultos, dos quais 230 são ir-rigados. Quanto às mudas, as 1,2 mil são irrigadas. “Fiz uma experiência com as árvores adultas. As que são irrigadas produzem, em média, 1,3 quilos/mês de látex por planta, en-quanto as que não são irrigadas pro-duzem aproximadamente 900 gra-mas/mês por planta. O aumento de produção nas seringueiras irrigadas é de cerca de 40%, no total”, comenta o produtor. Ele diz que não tem água suficiente em sua propriedade para irrigar todo o seringal, senão aumen-taria a área irrigada.Em fevereiro deste ano, Barbosa fez sua primeira remessa de leite da se-ringueira, 900 litros, a R$ 1,30 por litro. Empolgado com a cultura, pro-jeta: “Minha idéia é possuir três mil árvores e tirar quatro mil litros de leite por mês. Para mim, a seringueira é a salvação da pequena propriedade, por utilizar pouco espaço, ter baixo custo de manutenção e ser muito rentável”, aponta. Outro benefício da seringuei-ra é que o espaço entre as árvores pode ser aproveitado para o plantio de culturas diversificadas. “Aproveito o espaço para plantar abóbora, me-lancia, milho e ganhar um dinheiro a mais”, comemora Barbosa.O produtor ressalta que o sucesso da cultura de seringueira depende de muita água, limpeza do terreno e adubação (que é feita via fertirrigação

- aplicação de fertilizantes através da irrigação - em sua propriedade).O engenheiro agrônomo João Felix Toscano, de Nhandeara, investiu na plantação de seringueira há oito anos e atualmente comemora os resulta-dos da empreitada. “Sempre traba-lhei com a produção de mudas e, de dois anos para cá, os produtores de seringueira começaram a ficar mais motivados, pois falta borracha natural no mercado. Hoje, a seringueira é a maior cultura, dá de goleada na cana-de-açúcar. No Estado de São Paulo, por exemplo, a cana rende em média, no arrendamento, R$ 1,5 mil por al-queire, enquanto a seringueira rende R$ 8 mil por alqueire, fora a mão-de-obra”, defende Toscano. Ele explica que o estado paulista concentra 53% da produção nacional, sendo que o pólo produtor, que vai de São José do Rio Preto a Santa Fé do Sul, soma aproximadamente 46% desse total. Somente Nhandeara produz cerca de 700 mil mudas prontas por ano.

“Na nossa região, temos seis me-ses de chuva e seis meses de seca e, como a seringueira necessita de grande quantidade de água, a irriga-ção acelera o desenvolvimento das mudas. Antigamente, produzíamos mudas em 18 meses; hoje, com 12 meses já temos mudas prontas, com a ajuda da irrigação”, diz Toscano.

O engenheiro comenta que os resul-tados do investimento em viveiros de seringueira, com irrigação, aparecem após dois anos do plantio. Para a pro-dução de látex, no mesmo esque-ma, os resultados ocorrem, em mé-dia, depois de cinco anos do plantio. “Pretendo adquirir uma área maior e plantar a seringueira definitivamente, para a produção de látex”, conta ele.

DemandaToscano ressalta que a o consumo da borracha natural aumenta, mundial-mente, muito mais do que a produ-ção. Em sua análise, o Brasil dificil-mente conseguirá suprir a demanda de borracha natural. O País, que já foi o maior produtor do mundo, atu-almente importa grande parte de seu consumo; a estimativa de produção para este ano é de 110 mil tonela-

das, enquanto o consumo anual é de aproximadamente 330 mil toneladas. “A cultura foi valorizada muito tardia-mente no País e faltam linhas de cré-dito acessíveis aos pequenos produ-tores”, comenta o engenheiro.

CuidadosSe por um lado a região de São José do Rio Preto tem boa distribuição de chuvas, que é favorável à seringueira, também o é para o fungo causador do “mal das folhas”. “Antes de investir-mos na produção, fazemos um estudo criterioso de viabilidade. Usamos fun-gicidas e, na seca de setembro, por exemplo, quando ocorre a troca de folhas das árvores, mantemos essas folhas secas durante uns 60 dias para evitar o ‘mal’”, destaca Toscano.

Que tipo de irrigação usar?Fernando Braz Tangerino Hernan-dez, doutor em irrigação e profes-sor da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, ressalta que existem duas fases na cultura da seringueira. Na primeira, em que a quantidade de raízes está mais perto do tronco, a irrigação por gotejamen-to é a mais adequada. Mas, à medida em que a planta cresce, a massa ra-dicular ocupa um grande volume de solo e assim a distribuição de água pelo microaspersor se torna mais efe-tiva. “Como a cultura da seringueira é de prazo alongado, parece-nos mais adequado o uso da microaspersão, se estivermos pensando na irrigação também durante o processo de extra-ção do látex. Se a idéia for apenas antecipar o período de extração do látex, o uso do gotejamento poderá ser mais vantajoso do ponto de vista econômico e do aproveitamento me-lhor da água”, afirma.

Tangerino salienta que a irrigação em seringueira ainda é um assunto pouco explorado, mas que há clones altamente produtivos em outros pa-íses com um regime de chuva mais generoso. “No Brasil, esses clones não têm o mesmo desempenho, pro-vavelmente devido ao déficit hídrico e às altas temperaturas observadas. A expectativa é de que esses clones possam responder com melhores pro-dutividades se forem irrigados”.

Essencial para praticamente todas as formas de vida, a ÁGUA é o elo de ligação com o homem do campo e o citadino. É ela, com suas virtudes e sua imprescindibilidade, o elemento mágico que possibilita uma cumplici-dade positiva entre a IRRIGATERRA e seus clientes, amigos e fornecedores.

A utilização técnica e consciente des-se recurso natural e o atendimento, que é referência no setor, têm per-mitido à IRRIGATERRA impulsionar sonhos, modernizar a agricultura, ga-rantir histórias de sucesso profissional e pessoal, e desenvolver a economia regional há mais de uma década.

“A IRRIGATERRA nasceu há 13 anos, em Pereira Barreto, de forma modes-ta, mas com objetivos e anseios ousa-dos: adicionar tecnologia à atividade ainda incipiente de irrigação, disse-minar essa tecnologia e modernizar a agricultura. Iniciamos nosso trabalho técnico-didático em uma região onde não havia tradição em irrigação e hoje oferecemos uma estrutura sólida, com diferenciais que nos garantem o reconhecimento dos nossos clientes”,

comenta o engenheiro agrônomo Marcelo Akira Suzuki, gerente técni-co-comercial da IRRIGATERRA, que destaca como exemplo seu departa-mento projetos. A instalação de um escritório em Votuporanga, em 2003, possibilitou uma maior aproximação entre a empresa e seus públicos-alvo. “Priorizamos o atendimento regionali-zado, pois entendemos que só assim conseguimos prestar bons serviços. Nosso trabalho não se restringe à implantação de sistemas e venda de equipamentos: caminhamos com o cliente, buscamos compreender suas necessidades, partilhar de sua satis-fação e ouvir suas sugestões”, ressal-ta Suzuki.

A comercialização de produtos de qua-lidade, o desenvolvimento e execução de projetos com responsabilidade, adequados a cada condição de solo, cultura e clima e ainda o atendimento pós-venda, distinguem a IRRIGATER-RA. “Nosso diferencial, sobejamente destacado por nossos clientes, é a atenção que oferecemos às pessoas. Em primeiro lugar está a satisfação do produtor. Não pensamos apenas no momento, mas também a médio e a longo prazo”, aponta o gerente.

Atualmente, a IRRIGATERRA oferece uma ampla diversidade de produtos e serviços voltados a diversas situa-ções: projetos e aparelhos para irri-gação de culturas anuais, fruticultura, pastagens, parques, jardins e áreas esportivas, elaboração e encaminha-mento de projetos para outorga de água, licenciamento ambiental jun-to ao DPRN (Divisão de Proteção de Recursos Naturais) e Ibama (Insti-tuto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis), comercialização de equipamentos para ordenha mecânica, tanques de resfriamento e acessórios para laticí-nios e presta consultoria técnica em agricultura irrigada, incluindo treina-mento de técnicos e operadores de campo.

A IRRIGATERRA oferece também as-sistência técnica preventiva e emer-gencial através de reparos e manu-tenção de sistemas de irrigação e fornece componentes e equipamen-tos, tais como: tubulações; válvulas e registros; conexões em aço, PVC e PELBD; aspersores, gotejadores e mi-croaspersores; autopropelido e pivô central; conjuntos moto-bomba; sis-temas de filtragem; sistemas de inje-ção de fertilizantes e reservatórios de água em laminado de PVC.

Projetos e serviços da Irrigaterra estimulama modernização e o desenvolvimento regional

Projetos especiais de irrigaçãoSoluções específicas também merecem a atenção da equipe técnica da IRRIGATERRA. São os chamados projetos espe-ciais de irrigação ou de integração de sistemas de produção como, por exemplo, projetos de criação de peixe confinado, incluindo dimensionamento hidráulico do sistema, captação, adução, distribuição e drenagem de água.Também realiza dimensionamento de açudes e represas, implantação de sistemas de captação de água e adução de resíduos agro-industriais, dimensionamento de sistemas especiais de filtragem, elaboração de manuais técnicos de ir-rigação e projetos específicos de automação de sistemas.O resfriamento de ambientes fechados, como galpões industriais, é a mais recente técnica oferecida pela IRRIGATERRA a seus clientes.

Irrigação de seringueira aumenta em 40% a produção

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O produtor Ademir Barbosa se surpreendeu com os resultados da seringueira irrigada

Aspersão Gotejamento Microaspersão Pivô Central

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Dentre os vários os fatores que garan-tem o sucesso da produção de leite - a qualidade do rebanho, o manejo do gado, a condição do pasto, preparo e conservação do solo e manejo sanitá-rio-, a irrigação desponta como uma tecnologia indispensável para o au-mento da produção com redução de custos.

O pecuarista João Luiz Cavallari, de Votuporanga, decidiu investir, em 2004, na irrigação de suas pastagens por aspersão fixa. Hoje, utilizando o sistema de pastejo rotacionado, ele mantém de 16 a 18 cabeças por hectare, na área irrigada, enquanto no sequeiro mantém, em média, 4 cabeças por hectare. O aumento na produção de leite das vacas que se alimentam no pasto irrigado, em re-lação às que pastam no sequeiro, é de cerca de 60%. A irrigação permi-

te que o capim aproveite de maneira mais eficiente adubo e aumente suas proteínas, o que resulta no aumento da quantidade e na melhora da quali-dade do leite.

Na propriedade de Cavallari há 52 vacas produzindo aproximadamente 800 litros de leite por dia, e a meta é alcançar mil litros de leite por dia já no próximo mês de maio. “Até o final deste ano serão paridos 30 bezerri-nhos, todos via inseminação artificial. A meta para o próximo ano é produzir 1,6 mil litros de leite por dia”, diz o pecuarista, que comercializa toda a produção diretamente para a Nestlé.

Nos anos anteriores, ele parava de ir-rigar o pasto no final do mês de mar-ço e, durante quatro ou cinco meses, alimentava os animais somente no cocho. A partir deste ano, ele utili-zará a irrigação nos doze meses do ano, irrigando no período noturno, das 21h30 às 6 horas, economizando até 70% do valor da energia elétri-ca e baixando o custo de produção. O intuito é manter o gado no pasto e não no cocho. “Eu parava de irrigar o pasto porque gastava muito de ener-gia elétrica e achava que não com-pensava. Agora vou experimentar a irrigação contínua. Amigos meus que fizeram a experiência asseguram que o resultado é muito mais compensa-dor do que manter o animal no co-cho. Além disso, a transição do pasto para o cocho estressa o gado e faz a produção de leite oscilar”, ressalta Cavallari.

O médico veterinário Sidney Ezídio Martins, diretor da CATI (Coordena-doria de Assistência Técnica Inte-

gral) - Regional de General Salgado, destaca que, aliadas à irrigação, são necessárias outras medidas, como a rotação de pastagem (com respei-to ao período de descanso de cada forrageira), adubação dos piquetes, análise do solo, calagem, adubação e aumento da matéria orgânica do solo, informação também confirmada pelo Professor Fernando Braz Tangerino Hernandez, da UNESP Ilha Solteira, que afirma que é possível a produção de até 127 quilos de matéria seca por hectare por dia, em pastejo nos me-ses de outubro e novembro e aduba-ção de 100 quilos de nitrogênio por hectare. “As diferenças em termos de produção de matéria seca entre capim irrigado e não irrigado pode chegar à 447% no incremento da produção”, afirma o Tangerino.

Irrigação de pastagens alavanca produção de leite

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expediente

O pecuarista João Luiz Cavallari mantém de 16 a 18 cabeças por hectare no pasto irrigado

IRRIGATERRA INFORME é um jornal produzido para difusão de tecnologias em irrigação e agricultura irrigada.

Jornalista:Ester Alkimim

Fotos:Ester Alkimim

Editoração:Robinson Marcel

Agencia Publicidade:CLAN DA CRIAÇÃO

IRRIGATERRA:Braz Hernandez FilhoKátia Regina Vieira CanevariMarcelo Akira Suzuki

TIRAGEM 3000 EXEMPLARES

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Uma parceria firmada entre a IRRI-GATERRA e o SAI-SEBRAE (Sistema Agroindustrial Integrado - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas), no ano passado, permite que pecuaristas da região obtenham leite de qualidade e, con-sequentemente, ganhem mais espaço no mercado competitivo do produto.

A parceria surgiu após a participação da IRRIGATERRA no 2º Encontro Re-gional de Cooperativismo da Cadeia Leiteira, realizado em Fernandópolis em novembro do ano passado. Na ocasião, a empresa manteve dois es-tandes para mostra e comercialização de equipamentos para irrigação, or-denhadeiras e tanques resfriadores e viabilizou, através da Kepler e Weber, dinâmicas voltadas aos manejos de ordenha e sanitário.

“A participação da IRRIGATERRA foi um sucesso. Os produtores gostaram muito e constataram que precisavam de mais orientações e de se adequar às novas tecnologias. Um grupo de General Salgado fez uma compra conjunta de tanques de resfriamen-to da empresa, que, através do SAI de General, disponibilizou dez pales-tras relativas à Instrução Normativa 51 (conjunto de regulamentos do Mi-nistério da Agricultura que determina parâmetros de qualidade do leite)”, explica Maria Odete Tomas Lemos, agente de negócios do SAI de Fer-nandópolis.

As palestras foram ministradas em di-versas cidades da região pelo médico veterinário Ariângelo Fonseca. “Mui-tos pecuaristas estavam com leite de

má qualidade e, após as palestras, co-locaram em prática os procedimentos determinados pela IN 51 e aprende-ram que ações simples, como a me-lhoria dos procedimentos de manejos sanitário e de ordenha, por exemplo, resultam em um leite de mais quali-dade”, aponta Odete.

Os resultados positivos da iniciativa foram reconhecidos via ofício pelo SAI de Fernandópolis, que solicitou à IR-RIGATERRA a manutenção da parce-ria. “O sucesso da parceria somente foi possível devido ao comprometi-mento dos envolvidos. Propomos a continuidade e o forta-lecimento dessa parceria, para que a empreitada seja efetiva e promova uma maior estruturação dos traba-lhos desenvolvidos”, relata o SAI no ofício.

Com o quê concorda o engenheiro agrônomo Marcelo Akira Suzuki, ge-rente comercial da IRRIGATERRA: “O SAI tem uma equipe grande, atuante em quase 50 municípios do estado e os agentes do programa têm feito um trabalho excelente ao levar infor-mações aos pecuaristas e a filosofia da nossa empresa é apoiar iniciativas que levem à modernização do cam-po. Acreditamos que o nosso sucesso depende do sucesso dos agropecua-ristas e a parceria firmada beneficia todos os envolvidos, então acredita-mos nela e a manteremos”, conclui Suzuki.

Parceria firmada entre IRRIGATERRA eSAI-SEBRAE fortalece a cadeia leiteira

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