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Classificação: Documento Ostensivo Unidade Gestora: AOI BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES CIRCULAR SUP/AOI Nº 09/2014-BNDES, DE 2 DE ABRIL DE 2014 Normas Reguladoras do Produto BNDES Automático O Superintendente da Área de Operações Indiretas, tendo em vista o disposto nas Políticas Operacionais do BNDES, consoante Resoluções do BNDES e no uso de suas atribuições, COMUNICA aos AGENTES FINANCEIROS os critérios, condições e procedimentos operacionais a serem observados nos financiamentos concedidos no âmbito do Produto BNDES Automático, conforme estabelecido a seguir. 1. OBJETIVO Financiar, por intermédio de Agentes Financeiros credenciados, projetos de investimento com valores de financiamento inferiores ou iguais a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais), respeitado o referido limite, também, por Beneficiária, a cada período de 12 (doze) meses, contados a partir da data de homologação da operação pelo BNDES. 2. LINHAS DE FINANCIAMENTO 2.1. Em função das prioridades estabelecidas pelo BNDES, as operações realizadas neste Produto serão subdivididas nas seguintes Linhas de Financiamento: 2.1.1. Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME INVESTIMENTO): Financiamento a projetos de investimento de Beneficiárias classificadas, por porte, como micro, pequenas e médias empresas; 2.1.2. Indústria de Bens de Capital (INDÚSTRIA DE BK): Financiamento a projetos de investimento no setor de Indústria de Bens de Capital, com exceção dos segmentos produtores de caminhões, caminhões-trator, cavalos-mecânico, reboques, semirreboques, chassis e carrocerias para caminhões, ônibus, chassis e carrocerias para ônibus, máquinas e tratores rodoviários e respectivos implementos, empilhadeiras e aviões; 2.1.3. Indústria, Agropecuária e Infraestrutura (INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAESTRUTURA): Financiamento a projetos de investimento nos setores de Agropecuária, de Produção Florestal, de Pesca e Aquícola, inclusive serviços diretamente relacionados a essas atividades, de Infraestrutura e de Indústria não contemplados na Linha Indústria de Bens de Capital;

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Classificação: Documento Ostensivo Unidade Gestora: AOI

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES

CIRCULAR SUP/AOI Nº 09/2014-BNDES, DE 2 DE ABRIL DE 2014

Normas Reguladoras do Produto BNDES Automático

O Superintendente da Área de Operações Indiretas, tendo em vista o disposto nas Políticas Operacionais do BNDES, consoante Resoluções do BNDES e no uso de suas atribuições, COMUNICA aos AGENTES FINANCEIROS os critérios, condições e procedimentos operacionais a serem observados nos financiamentos concedidos no âmbito do Produto BNDES Automático, conforme estabelecido a seguir.

1. OBJETIVO

Financiar, por intermédio de Agentes Financeiros credenciados, projetos de investimento com valores de financiamento inferiores ou iguais a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais), respeitado o referido limite, também, por Beneficiária, a cada período de 12 (doze) meses, contados a partir da data de homologação da operação pelo BNDES.

2. LINHAS DE FINANCIAMENTO

2.1. Em função das prioridades estabelecidas pelo BNDES, as operações realizadas neste Produto serão subdivididas nas seguintes Linhas de Financiamento:

2.1.1. Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME INVESTIMENTO): Financiamento a projetos de investimento de Beneficiárias classificadas, por porte, como micro, pequenas e médias empresas;

2.1.2. Indústria de Bens de Capital (INDÚSTRIA DE BK): Financiamento a projetos de investimento no setor de Indústria de Bens de Capital, com exceção dos segmentos produtores de caminhões, caminhões-trator, cavalos-mecânico, reboques, semirreboques, chassis e carrocerias para caminhões, ônibus, chassis e carrocerias para ônibus, máquinas e tratores rodoviários e respectivos implementos, empilhadeiras e aviões;

2.1.3. Indústria, Agropecuária e Infraestrutura (INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAESTRUTURA): Financiamento a projetos de investimento nos setores de Agropecuária, de Produção Florestal, de Pesca e Aquícola, inclusive serviços diretamente relacionados a essas atividades, de Infraestrutura e de Indústria não contemplados na Linha Indústria de Bens de Capital;

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2.1.4. Turismo, Comércio e Serviços (TURISMO, COMÉRCIO E SERVIÇOS): Financiamento a projetos de investimento nos setores de Turismo, Comércio e/ou Serviços.

2.2. O enquadramento da operação em uma ou outra Linha, exceto no caso da MPME INVESTIMENTO, será determinado pelo código da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente à atividade financiada, conforme listagem disposta no Anexo XXII à presente.

3. BENEFICIÁRIAS

3.1. Poderão ser beneficiadas com o apoio financeiro neste Produto:

3.1.1. Sociedades, de controle nacional ou estrangeiro, com sede e administração no País;

3.1.2. Cooperativas, associações e fundações, com sede e administração no Brasil;

3.1.3. Empresários individuais inscritos no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM);

3.1.4. Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno, nas esferas federal (exceto a União), estadual, municipal e do Distrito Federal;

3.1.5. Pessoas Físicas residentes e domiciliadas no País, desde que produtores rurais para investimento no setor agropecuário;

3.1.6. Consórcios e condomínios que exerçam atividade produtiva, sendo que os condomínios devem ser constituídos como entidade societária por cotas, nos termos do art. 14, § 1°, da Lei n 4.504, de 30.11.1964, cujos atos societários estejam devidamente arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas (RCPJ), conforme o caso;

3.1.7. Empresas individuais de responsabilidade limitada inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM).

3.2. Não poderão figurar como Beneficiárias no âmbito deste Produto:

3.2.1. Postulantes que não venham a operar efetivamente o objeto do financiamento, exceto as pertencentes ao setor de hotelaria enquadradas nos códigos I 55.10-8/01, I 55.90-6/01 e I 55.90-6/02 da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde que o investimento seja destinado ao referido setor, devendo essa Postulante apresentar ao Agente Financeiro contrato de gerenciamento firmado entre a própria e a entidade responsável pela administração do empreendimento hoteleiro, a qual deverá comprovar sua habilitação para a gestão hoteleira por meio dos CNAEs acima referidos;

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3.2.2. Clubes, sindicatos e federações e confederações sindicais.

3.3. Para efeito de enquadramento neste Produto, as Beneficiárias de qualquer setor de atividade, exceto as Entidades da Administração Pública Direta (Estados, Municípios e Distrito Federal), serão classificadas em função de seu porte nas categorias a seguir, definidas conforme sua Receita Operacional Bruta (ROB) anual ou anualizada, observado o disposto no subitem 3.4.4:

3.3.1. Microempresas: ROB anual ou anualizada inferior ou igual a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais);

3.3.2. Pequenas Empresas: ROB anual ou anualizada superior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões de reais);

3.3.3. Médias Empresas: ROB anual ou anualizada superior a R$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões de reais) e inferior ou igual a R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais);

3.3.4. Médias-Grandes Empresas: ROB anual ou anualizada superior a R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais) e inferior ou igual a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais);

3.3.5. Grandes Empresas: ROB anual ou anualizada superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

3.4. Para a aferição da ROB da Beneficiária, deverão ser observadas as orientações a seguir:

3.4.1. Considera-se ROB a receita auferida no ano-calendário com o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, observado o disposto no subitem 4.1.5 do Anexo I à presente Circular.

3.4.2. Na hipótese de empresas que não tenham operado os 12 (doze) meses do ano-calendário de referência, a ROB apresentada pela Beneficiária deverá ser anualizada proporcionalmente ao número de meses em que a empresa houver exercido atividade, desconsideradas as frações de meses.

3.4.3. Nos casos de empresas em implantação, será considerada a projeção anual de receita utilizada no empreendimento, levando-se em conta a capacidade total instalada.

3.4.4. Quando a empresa integrar um grupo econômico, a classificação do porte deverá considerar a ROB consolidada do grupo.

3.5. Para efeito de enquadramento neste Produto, deverão ser observadas ainda as seguintes instruções:

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3.5.1. As Pessoas Físicas de que trata o subitem 3.1.5 são equiparadas, quanto ao porte, conforme sua renda anual, às categorias previstas no subitem 3.3 desta Circular.

3.5.2. As empresas classificadas como Médias-Grandes Empresas submeter-se-ão às mesmas condições aplicáveis às Grandes Empresas, ressalvadas as disposições em contrário.

3.5.3. Os Entes da Administração Pública Direta (Estados, Municípios e Distrito Federal) não são classificados por porte. Para fins de condições financeiras, eles são equiparados às Grandes Empresas.

4. SETORES NÃO PASSÍVEIS DE APOIO

Não são passíveis de financiamento neste Produto quaisquer investimentos ou gastos de qualquer natureza no âmbito dos seguintes setores:

4.1. Comércio de armas no País;

4.2. Atividades bancárias / financeiras;

4.3. Motéis, saunas e termas; e

4.4. Relacionados a jogos de prognósticos e assemelhados.

5. EMPREENDIMENTOS PASSÍVEIS DE APOIO CONDICIONADO

São passíveis de apoio condicionado no Produto BNDES Automático os empreendimentos a seguir relacionados:

5.1. Investimentos em empreendimentos relacionados ao setor produtor de ferro gusa, desde que a madeira e o carvão utilizados como energético e matéria-prima no processo de produção das empresas sejam provenientes de reflorestamento, o que deve ser comprovado por meio de Certificação de Cadeia de Custódia;

5.2. Projetos de bovinocultura de corte, desde que a atividade apoiada contemple produção de bezerros;

5.3. Investimentos em empreendimentos que dependam da madeira como principal matéria-prima, desde que a madeira seja proveniente de floresta plantada; caso a madeira seja proveniente de mata nativa, o apoio ficará condicionado à existência de Plano de Manejo Florestal Sustentável, aprovado pelo órgão ambiental competente, e à Certificação Florestal ou Certificação de Cadeia de Custódia, emitida por órgão independente, com credibilidade pública;

5.4. Investimentos em empreendimento associado à exploração de vegetação primária ou de espécies nativas, desde que haja Plano de Manejo Florestal Sustentável, aprovado pelo órgão ambiental competente, e à Certificação Florestal, emitida por órgão independente, com credibilidade pública;

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5.5. Apoio a shopping centers, condicionado à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) de implantação de novos empreendimentos ou, nos casos que couber, de expansão dos já existentes, assim como autorização para a implantação ou expansão do empreendimento objeto do financiamento, emitido pelo órgão municipal competente. Caso seja dispensado o EIV, deverão ser apresentados estudos correlatos solicitados pelo Município para conceder a autorização acima referida, quando for o caso;

5.6. Investimentos em empreendimentos relacionados aos setores de hotelaria enquadrados nos códigos I 55.10-8/01, I 55.90-6/01 e I 55.90-6/02 da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde que o Postulante apresente Certificado de Cadastramento na versão “empreendimento em operação” ou na versão “empreendimento em fase de implantação”, conforme o caso, no Cadastro Nacional de Prestadores de Serviços Turísticos do Ministério do Turismo – CADASTUR.

5.7. Investimentos sociais, observado o subitem 6.3 desta Circular, realizados no âmbito da empresa desde que sejam voltados para: (i) a implantação ou aprimoramento de sistemas de gestão ambiental, social e/ou de saúde e segurança do trabalho, inclusive obtenção de certificações, nas empresas apoiadas; ou (ii) os empregados das empresas apoiadas, seus dependentes e familiares.

Não serão passíveis de apoio no âmbito deste item os seguintes investimentos:

5.7.1. Ações impostas por lei, ato administrativo ou decisão judicial, incluindo obrigações decorrentes de licenciamento ambiental e Termos de Ajustamento de Conduta;

5.7.2. Ações exclusivamente voltadas para performance comercial e competitiva ou ao desenvolvimento direto de mercado consumidor;

5.7.3. Ações de marketing institucional; e

5.7.4. Custeio e gastos com manutenção corrente, incluindo benefícios adicionais voltados para funcionários, que tenham caráter permanente e possam ser caracterizados como política de recursos humanos, tais como: planos de saúde, previdência, seguros, auxílio-moradia, auxílio-educação, dentre outros.

5.8. O apoio a investimentos destinados à implantação, expansão ou modernização de linhas de produção para montagem de veículos automotores rodoviários ou agrícolas ficará restrito a operações que envolvam veículos cujo índice de nacionalização mínimo seja equivalente a 60% (sessenta por cento), em valor e peso, calculado conforme Critérios e Instruções para Apuração e Comprovação dos Índices de Nacionalização de Máquinas, Equipamentos, Componentes e Sistemas, previstos no Anexo II à presente Circular.

5.9. Projetos de renovação e implantação de canaviais somente serão passíveis de financiamento neste Produto quando não estiver vigente o apoio sob a forma

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Indireta Automática no Programa BNDES de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais – BNDES Prorenova.

6. EMPREENDIMENTOS NÃO PASSÍVEIS DE APOIO

Não são passíveis de financiamento quaisquer investimentos ou gastos de qualquer natureza que se destinem aos seguintes empreendimentos:

6.1. Empreendimentos Imobiliários, tais como edificações residenciais, edificações comerciais destinadas à revenda, empreendimentos comerciais destinados a aluguéis de escritórios, time-sharing, hotel-residência e loteamento;

6.2. Empreendimentos do setor de mineração que incorporem processo de lavra rudimentar ou garimpo;

6.3. Ações e projetos sociais contemplados com incentivos fiscais.

7. ITENS DE INVESTIMENTO

Poderão ser financiados investimentos para implantação, ampliação, recuperação e modernização de ativos fixos, bem como investimentos em meio ambiente e projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D & I), nos setores de indústria, infraestrutura, comércio, prestação de serviços, agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, observado o disposto nos subitens 7.1 e 7.2 a seguir.

7.1. Itens Passíveis de Apoio Condicionado

São passíveis de apoio condicionado neste Produto os itens a seguir relacionados:

7.1.1. Máquinas, equipamentos e bens de informática e automação novos, aí incluídos os conjuntos e sistemas industriais, produzidos no País e constantes do Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) do BNDES classificados como “Finamizável (F)” ou “Finamizável Caso a Caso (FCC)”: que:

a) apresentem índices de nacionalização, em valor e peso, iguais ou superiores a 60% (sessenta por cento), calculados segundo os Critérios e Instruções para Apuração e Comprovação dos Índices de Nacionalização de Máquinas, Equipamentos, Componentes e Sistemas, constantes do Anexo II à presente Circular; ou

b) cumpram o Processo Produtivo Básico (PPB).

O BNDES, ao credenciar o bem, verifica tão somente o processo produtivo do Fabricante. Sendo assim, o seu credenciamento no BNDES não gera à Instituição qualquer responsabilidade por problemas relacionados à qualidade e/ou ao desempenho técnico operacional do bem em questão.

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7.1.2. Máquinas e equipamentos usados, de fabricação nacional, desde que a Beneficiária seja classificada por porte como Microempresa;

7.1.3. Aquisição de softwares e prestação de serviços correlatos, observados os critérios estabelecidos no Programa BNDES para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação – BNDES Prosoft – Comercialização;

7.1.4. Despesas financeiras, quando se tratar de Beneficiária classificada, por porte, como Micro e Pequena Empresa, desde que relativas ao financiamento do BNDES para o projeto na linha pleiteada e anteriores ao início de sua operação comercial;

7.1.5. Gastos com treinamento de pessoal, desde que com objetivos e prazos definidos;

7.1.6. Capital de giro associado ao projeto de investimento, observados os seguintes percentuais máximos, aplicados sobre o valor financiado dos demais itens do projeto:

a) Micro, Pequenas e Médias empresas: até 40% (quarenta por cento); e

b) Médias-Grandes e Grandes empresas: até 15% (quinze por cento).

Caso a operação possua mais de um subcrédito, os percentuais acima aplicar-se-ão proporcionalmente a cada um, devendo ser utilizadas, no financiamento ao giro associado, as condições de financiamento dos respectivos subcréditos na mesma proporção.

7.1.7. Gastos e tratos culturais no setor agropecuário, até a primeira colheita/ safra, desde que associados aos investimentos fixos destinados à implantação de culturas;

7.1.8. Plantio de cana-de-açúcar: poderão ser financiados a usina de açúcar e/ou álcool ou o produtor integrado à usina, observado o disposto no subitem 5.9 da presente Circular e no subitem 1.6.3 de seu Anexo I;

7.1.9. Aquisição de bens e serviços importados, excluídos aqueles mencionados no subitem 7.2.7 da presente Circular, desde que haja comprovação de inexistência de similar nacional e sejam observados os requisitos previstos no subitem 4.1.6 de seu Anexo I;

7.1.10. Aquisição de software produzido no exterior, desde que a aquisição esteja associada a projetos de desenvolvimento tecnológico e inovação e que haja comprovação de inexistência de similar nacional e sejam observados os requisitos previstos no subitem 4.1.6 do Anexo I à presente Circular;

7.1.11. Transferência de ativos, desde que seja em casos especiais de projetos de reativação de atividades produtivas.

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7.2. Itens Não Financiáveis

Independentemente da Linha de Financiamento, não são passíveis de apoio neste Produto os seguintes itens:

7.2.1. Aquisição de terrenos e desapropriações;

7.2.2. Custeio e gastos com manutenção corrente;

7.2.3. Quaisquer gastos que impliquem remessa de divisas, incluindo taxa de franquia paga no exterior;

7.2.4. Aquisição de animais para revenda;

7.2.5. Itens isolados que não constituam um projeto de investimento;

7.2.6. Máquinas, equipamentos e bens de informática e automação, dentre outros gastos do projeto, já financiados pelo BNDES;

7.2.7. Aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação importados;

7.2.8. Custos decorrentes da internação de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação importados;

7.2.9. Compra de tecnologia e pagamento de royalties a empresas que integrem o mesmo grupo econômico ao qual a Beneficiária pertença.

8. CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO

Nos financiamentos concedidos neste Produto, deverão ser aplicadas as condições especificadas nos itens 8.1 a 8.5 da presente Circular.

As Condições Financeiras estabelecidas nesta Circular representam a Condição Operacional Vigente código PO2014/02.

O Quadro Resumo da Remuneração Total apresentada neste item consta do Anexo III à presente Circular.

8.1. Taxa de Juros

É o somatório de Custo Financeiro, Remuneração Básica do BNDES, Taxa de Intermediação Financeira e Remuneração da Instituição Financeira Credenciada.

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8.1.1. Custo Financeiro

Nas operações realizadas neste Produto, serão admitidos os tipos de Custo Financeiro abaixo relacionados:

a) Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP;

b) Taxa Média SELIC (TMS) acumulada, apurada pelo Banco Central do Brasil em base diária – Selic;

c) Variação da Unidade Monetária do BNDES, acrescida dos encargos da Cesta de Moedas – UMBNDES/Cesta;

d) Variação do Dólar Norte-Americano, acrescida dos encargos da Cesta de Moedas – US$/Cesta.

8.1.1.1. Critério geral para adoção do Custo Financeiro: Linha de Financiamento da Operação

Nas operações deste Produto, o Custo Financeiro será definido conforme as Linhas de Financiamento, observados os critérios adicionais estabelecidos no subitem 8.1.1.2:

8.1.1.1.1. MPME INVESTIMENTO: TJLP;

8.1.1.1.2. INDÚSTRIA DE BK: TJLP;

8.1.1.1.3. INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAES-TRUTURA: TJLP;

8.1.1.1.4. TURISMO, COMÉRCIO E SERVIÇOS: Selic ou UMBNDES/Cesta ou US$/Cesta.

8.1.1.2. Critérios adicionais para adoção de cada Custo Financeiro

Para a definição do Custo Financeiro a ser utilizado na operação, deverão ser observados adicionalmente os seguintes critérios:

8.1.1.2.1. Independentemente da Linha de Financiamento, deverá ser necessariamente adotada como Custo Financeiro a UMBNDES/Cesta ou a US$/Cesta nas operações de qualquer valor destinadas a investimentos de qualquer natureza em atividade econômica não especificada no Decreto nº 2.233, de 23.05.1997, e suas alterações, realizadas com empresas sediadas no País, cujo controle seja exercido, direta ou indiretamente, por pessoa física ou jurídica domiciliada ou sediada no exterior;

8.1.1.2.2. Ressalvado o caso relacionado no subitem 8.1.1.2.1 desta Circular, deverá ser necessariamente adotada

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como Custo Financeiro a Selic ou UMBNDES/Cesta ou US$/Cesta nas operações realizadas no âmbito das Linhas INDÚSTRIA DE BK e INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAESTRUTURA cujo nível de participação do BNDES tenha sido ampliado, conforme subitem 8.4.6 desta Circular, incidindo sobre o valor correspondente à parcela de crédito adicional.

8.1.2. Remuneração Básica do BNDES

8.1.2.1. A Remuneração Básica do BNDES é definida em função das Linhas de Financiamento, conforme abaixo, observado o disposto no subitem 8.1.2.2 desta Circular:

8.1.2.1.1. MPME INVESTIMENTO: 1,0% a.a. (um inteiro por cento ao ano);

8.1.2.1.2. INDÚSTRIA DE BK: 1,0% a.a. (um inteiro por cento ao ano);

8.1.2.1.3. INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAES-TRUTURA: 3,0% a.a. (três inteiros por cento ao ano);

8.1.2.1.4. TURISMO, COMÉRCIO E SERVIÇOS: 1,2% a.a. (um inteiro e dois décimos por cento ao ano).

8.1.2.2. Nas operações realizadas no âmbito das Linhas de Financiamento INDÚSTRIA DE BK e INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAESTRUTURA, cujo nível de participação do BNDES tenha sido ampliado, conforme subitem 8.4.6 desta Circular, os subcréditos em Selic ou UMBNDES/Cesta ou US$/Cesta terão Remuneração Básica do BNDES de 1,2% a.a. (um inteiro e dois décimos por cento ao ano).

8.1.3. Taxa de Intermediação Financeira

A Taxa de Intermediação Financeira é a taxa fixa destinada a cobrir o risco sistêmico dos Agentes Financeiros do BNDES e será de:

8.1.3.1. Para Micro, Pequenas e Médias Empresas: 0,1% a.a. (um décimo por cento ao ano).

8.1.3.2. Para Médias-Grandes e Grandes Empresas: 0,5% a.a. (cinco décimos por cento ao ano).

8.1.4. Remuneração da Instituição Financeira Credenciada

8.1.4.1. A Remuneração da Instituição Financeira Credenciada deverá ser negociada entre o Agente Financeiro e a Beneficiária,

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observada, nas operações controladas com outorga de garantia de risco pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), a limitação prevista na regulamentação específica desse Fundo;

8.1.4.2. A Remuneração da Instituição Financeira Credenciada deverá ser a mesma para todos os subcréditos deste Produto referentes ao mesmo projeto.

8.2. Prazos

8.2.1. Os prazos de carência e total das operações serão definidos pelo Agente Financeiro em função da capacidade de pagamento do empreendimento da Beneficiária ou do grupo econômico ao qual pertença, respeitado o prazo total máximo de 240 (duzentos e quarenta) meses;

8.2.2. No caso de operações com amortização mensal, o prazo de carência deverá ser de, no mínimo, 3 (três) meses e necessariamente múltiplo de 3 (três). Nos demais casos, o prazo de carência deverá ser múltiplo da periodicidade da amortização;

8.2.3. O prazo de carência deverá ser definido de forma tal que o seu término ocorra, no máximo, até 6 (seis) meses após a data de entrada em operação comercial do empreendimento. Prazos superiores serão admissíveis, mediante justificativa, quando o prazo de maturação do projeto assim o exigir;

8.2.4. O prazo de utilização nas operações deverá sempre anteceder o prazo de amortização. Assim sendo, o Agente Financeiro deverá protocolar o Pedido de Liberação no BNDES em até 30 (trinta) dias antes da data da primeira amortização.

8.3. Periodicidade

8.3.1. As amortizações das operações das empresas dos setores de indústria, infraestrutura, turismo, comércio e de prestação de serviços terão periodicidade mensal. Para as amortizações das operações destinadas ao setores de Agropecuária, de Produção Florestal, de Pesca e Aquícola, inclusive serviços diretamente relacionados a essas atividades, a periodicidade poderá ser mensal, semestral ou anual.

8.3.2. Durante a fase de carência, os juros serão pagos trimestralmente, nas operações com amortização mensal, e na mesma periodicidade de pagamento das amortizações, nos demais casos. Na fase de amortização, os juros serão pagos juntamente com as parcelas de amortização de principal.

8.4. Nível de Participação

8.4.1. Trata-se da participação dos recursos do BNDES em relação ao valor total dos itens financiáveis do projeto, exceto capital de giro associado,

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cujo valor financiado pelo BNDES será definido separadamente, conforme estabelecido no subitem 7.1.6 desta Circular. O nível de participação do BNDES em cada operação deverá ser determinado com base na efetiva necessidade da postulante do financiamento.

8.4.2. A participação máxima do BNDES em cada operação deverá observar os níveis definidos abaixo conforme a Linha de Financiamento, ressalvado o disposto nos subitens 8.4.3 a 8.4.9 desta Circular.

8.4.2.1. MPME INVESTIMENTO: até 90% (noventa por cento);

8.4.2.2. INDÚSTRIA DE BK: até 70% (setenta por cento);

8.4.2.3. INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAESTRUTURA: até 50% (cinquenta por cento);

8.4.2.4. TURISMO, COMÉRCIO E SERVIÇOS: até 90% (noventa por cento).

8.4.3. A participação máxima do BNDES não poderá ultrapassar 90% (noventa por cento).

8.4.4. Operações que objetivem investimento em setores contemplados pela Política de Dinamização Regional (PDR), Anexo IV à presente Circular, que constitui a política de apoio ao desenvolvimento regional do BNDES, poderão ter o nível de participação do BNDES aumentado em até 10 (dez) pontos percentuais, no caso de projetos localizados nas regiões Norte e Nordeste, esta última entendida como municípios de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), e em até 10 (dez) pontos percentuais, no caso de projetos localizados em municípios de baixa renda e média renda inferior, mantendo-se a Remuneração Básica do BNDES e o Custo Financeiro igual à da Linha e observado o disposto no subitem 8.4.3 desta Circular.

8.4.5. O aumento da participação máxima do BNDES de que trata o subitem 8.4.4 desta Circular não se aplica às operações realizadas nas Linhas MPME INVESTIMENTO e TURISMO, COMÉRCIO E SERVIÇOS.

8.4.6. A participação máxima do BNDES nas Linhas INDÚSTRIA DE BK e INDÚSTRIA, AGROPECUÁRIA E INFRAESTRUTURA poderá ser ampliada em até 20 (vinte) ou 40 (quarenta) pontos percentuais, respectivamente, o que poderá ser aplicado cumulativamente à decorrente da PDR, observado o disposto nos subitens 8.1.1.2.2, 8.1.2.2 e 8.4.3 desta Circular.

8.4.7. A participação do BNDES sobre as máquinas e equipamentos será computada sobre o preço de venda das máquinas e equipamentos, inclusive tributos, quando houver incidência, deduzindo-se eventuais descontos concedidos a qualquer título.

8.4.8. Nos projetos em execução:

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8.4.8.1. Os investimentos financiáveis realizados e pagos nos 6 (seis) meses anteriores à data de protocolo da operação no BNDES poderão ser reembolsados ou considerados para efeito do cálculo da contrapartida de recursos próprios que deverão compor as fontes do projeto.

8.4.8.2. Os investimentos financiáveis realizados e pagos entre o 7º e o 12º mês anteriores à data de protocolo da operação no BNDES somente poderão ser considerados para efeito do cálculo da contrapartida de recursos próprios que deverão compor as fontes do projeto.

8.4.9. Máquinas, equipamentos e bens de informática e automação, dentre outros gastos do projeto, financiados por outras fontes do BNDES não devem ser considerados na apuração do nível de participação do BNDES.

8.5. Condições Especiais para Micro e Pequenas Empresas (MPE ESPECIAL)

Além de poderem realizar operações nas condições regulares da Linha MPME INVESTIMENTO, para as Beneficiárias classificadas, por porte, como Micro e Pequenas Empresas, com exceção das pessoas físicas, nas quais os investimentos passíveis de apoio tenham sido realizados nos 12 (doze) meses anteriores à data de entrada da solicitação de financiamento no BNDES, será facultada a possibilidade de reembolso dos correspondentes gastos, desde que respeitadas as seguintes condições específicas em relação à Linha MPME INVESTIMENTO:

8.5.1. O projeto deve estar concluído;

8.5.2. Os gastos tenham sido realizados e pagos;

8.5.3. Não será financiado o capital de giro associado ao investimento;

8.5.4. Os prazos total e de carência serão estabelecidos de acordo com a capacidade de pagamento da Beneficiária, respeitado o prazo máximo de 36 (trinta e seis) meses, incluído aí o prazo máximo 12 (doze) meses de carência;

8.5.5. Os financiamentos com as condições especiais descritas neste subitem 8.5 estarão limitados a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) por Beneficiária, a cada período de 12 (doze) meses, contados a partir da homologação da operação;

8.5.6. A Remuneração Básica do BNDES será de 3,0% (três inteiros por cento) ao ano; e

8.5.7. Os investimentos apoiados nessas condições não poderão ser conjugados ou incluídos em qualquer outra Linha/Programa ou suplementar projetos anteriormente financiados pelo BNDES.

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9. GARANTIAS

A constituição de garantias ficará a critério do Agente Financeiro, observado, caso sejam constituídas, que:

9.1. Deverão ser respeitadas as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil;

9.2. Será admitida a outorga de garantia pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), observada a regulamentação específica desse Fundo;

9.3. Nas operações em que forem constituídas garantias, reais ou pessoais, a critério do Agente Financeiro, tais garantias deverão ser perfeitamente caracterizadas, descritas e detalhadas no instrumento contratual que formalizar o financiamento, nos termos previstos na Ficha Resumo de Operação (FRO);

9.4. Em hipótese alguma será admitida a constituição de penhor de direitos creditórios decorrentes de aplicação financeira.

10. FORMA DE COBRANÇA

Nas operações deste Produto, devem ser observadas as seguintes orientações relativas à forma de cobrança:

10.1. As prestações de amortização serão mensais, para as empresas dos setores de indústria, infraestrutura, turismo, comércio e de prestação de serviços, e mensais, semestrais ou anuais, para as operações dos setores de Agropecuária, de Produção Florestal, de Pesca e Aquícola, inclusive serviços diretamente relacionados a essas atividades, cada uma delas no valor do principal vincendo da dívida, dividido pelo número de prestações de amortização não vencidas, vencendo-se a primeira no dia 15 (quinze) do mês, semestre ou ano subsequente ao do término do prazo de carência.

10.2. Todo vencimento de prestação de amortização de principal e encargos que ocorra em sábados, domingos ou feriados nacionais, inclusive os bancários, será, para todos os fins e efeitos, deslocado para o primeiro dia útil subsequente, sendo os encargos calculados até essa data, e se iniciando, também a partir dessa data, o período seguinte regular de apuração e cálculo dos encargos da operação.

10.2.1. As condições a serem observadas pelo Agente Financeiro na contratação da operação com a Beneficiária devem, por sua vez, observar, adicionalmente, os feriados estaduais, distritais ou municipais, conforme estabelecido nos Anexos XII, XIII, XIV e XV.

10.3. O Agente Financeiro poderá estabelecer outros encargos, livremente pactuados com a Beneficiária no instrumento contratual, inclusive o direito de exigir dessa os juros de mora decorrentes do atraso do pagamento.

10.4. O Agente Financeiro não poderá, no entanto, estabelecer obrigações para a Beneficiária que, a título de reciprocidade, constituam, direta ou indiretamente, elevação da Remuneração Total estabelecida pelo BNDES.

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10.5. Para as operações cujo Custo Financeiro for a TJLP, será observado o seguinte:

10.5.1. Juros: Os juros, aí considerados o Custo Financeiro e a Remuneração Total, serão calculados e apurados observada a sistemática descrita nos itens a seguir:

10.5.1.1. O montante correspondente à parcela da TJLP que exceder a 6% a.a. (seis por cento ao ano) será capitalizado no dia 15 (quinze) de cada mês de vigência do contrato e no seu vencimento ou liquidação e apurado mediante a incidência do Termo de Capitalização (TC), definido conforme fórmula abaixo, sobre o saldo devedor, aí considerados todos os eventos financeiros ocorridos no período:

TC = [(1 + TJLP)/1,06]n/360

- 1, sendo:

TC - termo de capitalização; TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo, divulgada pelo Banco

Central do Brasil; e n - número de dias existentes entre a data do evento financeiro

e a data de capitalização, vencimento ou liquidação da obrigação, considerando-se como evento financeiro todo e qualquer fato de natureza financeira do qual resulte ou possa resultar alteração do saldo devedor do Contrato.

O montante referido neste subitem, que será capitalizado, incorporando-se ao principal da dívida, será exigível juntamente com as parcelas de principal.

10.5.1.2. A Remuneração Total acrescida de 6% a.a. (seis por cento ao ano) ou da própria TJLP, quando esta for inferior ou igual a 6% a.a. (seis por cento ao ano), incidirá sobre o saldo devedor nas datas de exigibilidade dos juros ou na data de vencimento ou liquidação do contrato, considerado, para cálculo diário de juros, o número de dias decorridos entre a data de cada evento financeiro e as datas de exigibilidade acima citadas; o montante apurado será exigível sempre no dia 15 (quinze), observados os períodos abaixo, juntamente com as prestações do principal, e no vencimento ou liquidação do contrato:

a) Trimestralmente, durante o prazo de carência e mensalmente, durante o período de amortização, para operações com periodicidade mensal; e

b) Semestral ou anualmente, tanto durante o período de carência como no período de amortização, para operações com periodicidade semestral ou anual, respectivamente.

10.5.2. Alteração do Critério Legal de Remuneração dos Recursos: Na hipótese de vir a ser substituído o critério legal de remuneração dos recursos repassados ao BNDES, originários do Fundo de Participação PIS/PASEP e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a

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remuneração prevista no subitem 8.1 desta Circular poderá, a critério do BNDES, passar a ser efetuada mediante utilização do novo critério de remuneração dos aludidos recursos, ou outro, indicado pelo BNDES que, além de preservar o valor real da operação, a remunere nos mesmos níveis anteriores. Nesse caso, o BNDES comunicará a alteração, por escrito, aos Agentes Financeiros.

10.6. Para as operações cujo Custo Financeiro for a UMBNDES/Cesta, será observado o seguinte:

10.6.1. Atualização do Valor da Dívida: O saldo devedor do Agente Financeiro, aí incluídos o principal, juros compensatórios e moratórios, despesas, comissões e demais encargos, será atualizado diariamente pela média ponderada das correções cambiais incidentes sobre os recursos captados pelo BNDES, em moeda estrangeira sem vinculação a repasse em condições específicas, apurada segundo os seguintes critérios:

10.6.1.1. Diariamente, o BNDES levantará a posição de seu passivo exigível em moeda estrangeira, sem vinculação a repasse em condições específicas, para efeito de determinação das ponderações a serem aplicadas às correções cambiais;

10.6.1.2. Com base na posição do passivo levantada nos termos acima definidos, será apurada, diariamente, a média ponderada das correções cambiais, levando-se em conta as cotações de fechamento, para venda, das moedas estrangeiras, divulgadas pelo Banco Central do Brasil, no dia anterior.

10.6.2. Juros: A Remuneração Total será acrescida à taxa variável reajustada trimestralmente no dia 16 (dezesseis) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, com base no custo médio ponderado de todas as taxas e despesas incorridas pelo BNDES na captação de recursos em moeda estrangeira, sem vinculação a repasse em condições específicas, no trimestre civil imediatamente anterior ao mês de reajuste da referida taxa. Os juros serão calculados dia a dia, pelo sistema proporcional, sobre o saldo devedor atualizado e exigíveis sempre no dia 15 (quinze), trimestral, semestral ou anualmente, durante o prazo de carência, e, mensal, semestral ou anualmente, durante o período de amortização, juntamente com as prestações do principal, e no vencimento ou liquidação da dívida.

10.6.3. Imposto de Renda: O Agente Financeiro reembolsará o BNDES das despesas incorridas com o Imposto de Renda, mediante pagamento de uma percentagem sobre a taxa variável a que se refere o subitem 10.6.2 desta Circular, correspondente à taxa média ponderada do Imposto de Renda devido sobre os encargos remetidos pelo BNDES aos credores de recursos externos sem vinculação a repasses em condições específicas, no trimestre civil que antecede o mês de reajuste desta percentagem, a ser apurada, reajustada e exigido o reembolso nas mesmas épocas dos juros acima referidos.

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10.6.4. Publicação: A média ponderada acima mencionada será publicada no Diário Oficial da União (Seção 3) nos dias 10 (dez) e 25 (vinte e cinco) de cada mês e as taxas de juros e de Imposto de Renda acima referidas serão publicadas no mesmo órgão oficial no dia 25 (vinte e cinco) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro; caso não seja editado o Diário Oficial da União nas datas acima, as publicações serão efetuadas na primeira edição subseqüente daquele órgão oficial.

10.7. Para as operações cujo Custo Financeiro for a US$/Cesta, será observado o seguinte:

10.7.1. Atualização do Valor da Dívida: O saldo devedor do Agente Financeiro, aí incluídos o principal, juros compensatórios e moratórios, reembolso de despesa com Imposto de Renda, outras despesas, comissões e demais encargos, será atualizado diariamente pelo índice de variação da taxa de câmbio, para venda, do dólar norte-americano divulgada pelo Banco Central do Brasil e disponível no Sistema de Informações Banco Central (SISBACEN) – transação “consultas às taxas de câmbio”, opção “cotações para contabilidade”.

10.7.2. Juros: A Remuneração Total será acrescida à taxa variável reajustada trimestralmente no dia 16 (dezesseis) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, com base no custo médio ponderado de todas as taxas e despesas incorridas pelo BNDES na captação de recursos em moeda estrangeira, sem vinculação a repasse específico, no trimestre civil imediatamente anterior ao mês de reajuste da referida taxa de juros.

10.7.2.1. Os juros serão calculados dia a dia, pelo sistema proporcional, sobre o saldo devedor atualizado, exigíveis no dia 15 (quinze), trimestral, semestral ou anualmente, durante o prazo de carência, e, mensal, semestral ou anualmente, durante o período de amortização, juntamente com as prestações do principal, e no vencimento ou liquidação da dívida;

10.7.2.2. As taxas variáveis reajustadas trimestralmente referidas no subitem 10.7.2 desta Circular serão publicadas, pelo BNDES, no Diário Oficial da União (Seção 3), no dia 25 (vinte e cinco) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano ou na primeira edição subsequente àquele dia, se a referida publicação oficial não for editada naquela data.

10.7.3. Imposto de Renda: Reembolso de despesa com o Imposto de Renda, mediante pagamento de uma percentagem sobre a taxa variável equivalente ao custo médio ponderado de todas as taxas e despesas incorridas pelo BNDES na captação de recursos em moeda estrangeira, sem vinculação a repasse em condições específicas, referida no subitem 10.7.2 desta Circular, correspondente à taxa média ponderada do Imposto de Renda devido sobre os encargos remetidos pelo BNDES aos credores de recursos externos sem vinculação a repasse em condições específicas, no trimestre civil que antecede o mês de reajuste desta percentagem, a ser apurada, reajustada e exigido o reembolso nas

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mesmas épocas dos juros a que se refere o subitem 10.7.2 desta Circular.

10.7.3.1. A taxa média ponderada do Imposto de Renda acima mencionada será publicada, pelo BNDES, no Diário Oficial da União (Seção 3), no dia 25 (vinte e cinco) dos meses de janeiro, abril, julho ou outubro de cada ano ou na primeira edição subsequente àquele dia, se a referida publicação oficial não for editada naquela data.

10.8. Para as operações cujo Custo Financeiro for a Selic, será observado o seguinte:

10.8.1. Juros: Os juros, aí considerado o somatório do Custo Financeiro e da Remuneração Total, a qual inclui a Remuneração Básica do BNDES, a Remuneração da Instituição Financeira Credenciada e a Taxa de Intermediação Financeira, quando houver esta última, serão calculados e apurados observada a sistemática descrita nos subitens abaixo:

10.8.1.1. Custo Financeiro: O saldo devedor do Agente Financeiro, aí incluídos o principal, juros compensatórios e moratórios, e outras despesas, será capitalizado a cada dia útil pela taxa Selic diária;

10.8.1.1.1. Para efeito da capitalização acima referida, as taxas Selic, fator diário, divulgadas pelo Banco Central do Brasil, a serem consideradas, estarão defasadas em 2 (dois) dias úteis em relação às datas em que ocorrer a capitalização do saldo devedor;

10.8.1.1.2. O montante apurado será incorporado diariamente ao principal da dívida e exigível juntamente com as parcelas de amortização do principal e no vencimento ou liquidação do contrato;

10.8.1.2. Remuneração Total: A Remuneração Total incidirá sobre o saldo devedor nas datas de exigibilidade dos juros ou na data de vencimento ou liquidação do contrato, considerado, para cálculo diário de juros, o número de dias úteis decorridos entre a data de cada evento financeiro e as datas de exigibilidade acima citadas; o montante apurado será exigível sempre no dia 15 (quinze), observadas as periodicidades previstas nas alíneas “a” e “b” abaixo, juntamente com as parcelas de amortização do principal capitalizado, conforme estabelecido no subitem 10.8.1.1 desta Circular, e no vencimento ou liquidação do contrato:

a) Trimestralmente durante o prazo de carência e mensalmente durante o período de amortização, para operações com periodicidade mensal; e

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b) Semestral ou anualmente, tanto durante o período de carência como para o período de amortização, para operações com periodicidade semestral ou anual, respectivamente.

10.8.2. No caso de indisponibilidade temporária da taxa Selic quando do pagamento de qualquer obrigação pecuniária prevista no contrato, será utilizada a última taxa Selic conhecida até a data do cálculo, não sendo devidas quaisquer compensações financeiras tanto pelo credor quanto pelo devedor, quando da divulgação posterior da taxa Selic, observado o subitem 10.8.3 desta Circular.

10.8.3. Alteração do Critério de Remuneração dos Recursos: Na hipótese de indisponibilidade da taxa Selic a que se refere o subitem 10.8.2 desta Circular, pelo período de 60 (sessenta) dias ou de extinção da taxa Selic, pela superveniência de normas legais ou regulamentares, ou alteração dos critérios de sua aplicação, o BNDES escolherá um índice substituto que melhor preserve o valor real da operação e a remunere nos mesmos níveis anteriores. Nesse caso, o BNDES comunicará a alteração por escrito, ao Agente Financeiro.

11. ENCARGOS MORATÓRIOS

11.1. Em caso de inadimplemento financeiro do Agente Financeiro, o BNDES cobrará encargos moratórios, nos termos do disposto nos artigos 42 e seguintes das “Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES”.

11.1.1. Sobre o valor das obrigações inadimplidas será aplicada, de imediato, a pena convencional de 10% (dez por cento), escalonada de acordo com o período de inadimplemento, conforme especificado abaixo:

Nº de Dias Úteis de Atraso Pena Convencional 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 ou mais

1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9%

10%

11.1.2. O saldo devedor vencido, já incorporada a pena convencional de até 10% (dez por cento), será remunerado pelos encargos financeiros contratuais, acrescidos de 7,5% a.a. (sete inteiros e cinco décimos por cento ao ano), e atualizado, quando for o caso, de acordo com o índice constante do contrato.

No caso de obrigação financeira com previsão de capitalização de encargos, a forma de cálculo descrita no parágrafo acima será aplicada,

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somente, para a parcela dos encargos de inadimplemento que vier a exceder a parte capitalizável.

11.1.3. O Agente Financeiro inadimplente ficará, ainda, sujeito ao pagamento de juros moratórios de 1% a.a. (um por cento ao ano), incidentes sobre o saldo devedor vencido acrescido da pena convencional a que se refere o subitem 11.1.1 desta Circular que serão calculados, dia a dia, de acordo com o sistema proporcional.

11.2. Conforme disposto no artigo 47 das “Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES”, na hipótese de inadimplemento de obrigação não-financeira, o Agente Financeiro, sem prejuízo das demais providências e penalidades cabíveis, ficará sujeito a multa de 1% a.a. (um por cento ao ano), incidente sobre o valor do contrato atualizado pela taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).

11.2.1. A multa a que se refere o subitem 11.2 desta Circular incidirá a partir do dia fixado pelo BNDES, em suas normas regulamentares, para cumprimento da obrigação, ou na notificação judicial ou extrajudicial que comunicar a ocorrência do inadimplemento e, para os casos de obrigação de não fazer, do dia em que for executado o ato que não se deveria realizar, até a data:

11.2.1.1. do cumprimento tardio da obrigação;

11.2.1.2. fixada em decisão do BNDES, no caso de ser impossível ou não admitido o cumprimento tardio da obrigação; ou

11.2.1.3. da declaração do vencimento antecipado do contrato.

11.2.2. No período compreendido entre a data de término da incidência da multa até a data da sua efetiva liquidação, a multa a que se refere o subitem 11.2 desta Circular será atualizada pela taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).

11.2.3. Se ocorrer descumprimento do disposto no subitem 8.3 do Anexo I à presente Circular, o Agente Financeiro incorrerá em multa de 1% (um por cento) ao ano, incidente sobre o valor não liberado à Beneficiária, atualizado pela SELIC, até a data da efetiva liquidação da penalidade.

11.2.3.1. Será cobrado o valor de R$ 20,00 (vinte reais), caso a multa prevista no referido artigo seja inferior a este valor.

12. VENCIMENTO ANTECIPADO DO FINANCIAMENTO

12.1. Sem prejuízo das hipóteses previstas nos artigos 39 e 40 das "Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES", poderá ocorrer o vencimento antecipado do contrato pelo BNDES/FINAME, com exigibilidade da dívida e imediata sustação de qualquer desembolso, nos seguintes casos:

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12.1.1. Constatar-se a existência de sentença condenatória transitada em julgado em razão da prática de atos, pela Beneficiária, exceto quando esta integrar a Administração Pública Direta ou Indireta, que importem trabalho infantil, trabalho escravo ou crime contra o meio ambiente, salvo se efetuada a reparação imposta ou enquanto estiver sendo cumprida a pena imposta à Beneficiária, observado o devido processo legal.

12.1.2. Se for comprovada, na hipótese de operação com empresa sob controle de capital nacional, a inclusão, em acordo societário, estatuto ou contrato social da Beneficiária, ou das empresas que a controlam, de dispositivo pelo qual seja exigido quórum especial para deliberação ou aprovação de matérias que limitem ou cerceiem o controle de qualquer dessas empresas pelos respectivos controladores, ou, ainda, a inclusão, naqueles documentos, de dispositivo que importe em:

a) restrições à capacidade de crescimento da Beneficiária ou ao seu desenvolvimento tecnológico;

b) restrições de acesso da Beneficiária a novos mercados; ou

c) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras decorrentes da operação.

OU Se for comprovada, na hipótese de operação com empresa sob controle de capital estrangeiro, a inclusão em acordo societário, estatuto ou contrato social da Beneficiária, ou das empresas que a controlam, de dispositivo que importe em restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras decorrentes da operação.

12.2. Ocorrerá o vencimento antecipado do contrato, com exigibilidade da dívida e imediata sustação de qualquer desembolso, nas seguintes hipóteses:

12.2.1. Não-comprovação física e/ou financeira da realização do projeto objeto da colaboração financeira;

12.2.2. Aplicação dos recursos concedidos em finalidade diversa daquela prevista no instrumento contratual que formalizar da operação;

12.2.3. Nas operações realizadas com Beneficiárias que possuem, dentre as suas atividades, o abate e/ou fabricação de produtos de carne (Seção C 10.1 da CNAE do IBGE, apenas no que se refere a bovinos), nos casos de:

12.2.3.1. Descumprimento de obrigação especial de a Beneficiária atualizar e manter disponível ao Agente Financeiro e ao BNDES, o cadastro de fornecedores diretos, conforme estabelecido no subitem 6.2.14 do Anexo I à presente Circular;

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12.2.3.2. Falsidade da declaração exigida no subitem 1.6.2 do Anexo I à presente Circular, sem prejuízo da aplicação das sanções legais cabíveis.

12.2.4. Nas operações com Beneficiárias que possuem, dentre as suas atividades, o plantio, renovação e custeio de lavouras, e a industrialização de cana-de-açúcar para produção de etanol e demais biocombustíveis derivados da cana-de-açúcar, e açúcar, exceto o açúcar mascavo, conforme Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, códigos 0113-0/00, 1071-6/00, 1072-4/01 e 1931-4/00, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no caso de:

12.2.4.1. Inexistência, no instrumento contratual que formalizar o financiamento, de obrigação especial de a Beneficiária implementar, atualizar e manter sob sua guarda e disponível ao Agente Financeiro e ao BNDES, até a integral quitação do financiamento, os cadastros exigidos no subitem 1.6.3 do Anexo I, conforme o caso;

12.2.4.2. Falsidade das declarações e/ou informações prestadas e exigidas no subitem 1.6.3 do Anexo I a presente Circular, sem prejuízo da aplicação das sanções legais cabíveis.

12.3. Nas hipóteses previstas nos subitens 12.2.1 e 12.2.2 desta Circular, aplicar-se-á ao Agente Financeiro a multa de 50% (cinquenta por cento) incidente sobre o valor liberado e não comprovado, acrescido dos encargos devidos na forma contratualmente ajustada até a data da efetiva liquidação do débito (art 47-A das citadas 'Disposições') a partir do dia seguinte ao fixado por meio de notificação oficial ou extrajudicial.

13. NORMAS DE REGÊNCIA

Além das Condições Gerais Reguladoras das Operações da FINAME e demais normativos emitidos pelo BNDES/FINAME, aplicam-se às operações realizadas neste Produto, no que couber, as “Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES”, disponíveis no endereço eletrônico www.bndes.gov.br.

Em Programas específicos estabelecidos por meio de normativos emitidos pelo BNDES, poderão ser determinados condições, critérios e procedimentos operacionais diferentes dos estabelecidos na presente Circular.

14. VIGÊNCIA

14.1. Esta Circular e seus respectivos Anexos entram em vigor na presente data, revogando-se a Circular nº 34/2011, de 06.09.2011, e seus respectivos Anexos.

14.2. Ficam, ainda, revogadas as Circulares nº 44/2011, de 31.10.2011, nº 18/2012, de 09.04.2012, nº 68/2012, de 21.11.2012, nº 03/2013, de 05.02.2013, nº 19/2013, de 17.05.2013, e nº 23/2013, de 10.07.2013.

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14.3. As novas condições estabelecidas pela presente Circular representam a Condição Operacional PO2014/02 e aplicam-se às operações protocoladas no BNDES, para homologação, a partir de 03.04.2014, independentemente da Sistemática Operacional, ressalvado o disposto no subitem 14.4 desta Circular.

14.4. As operações encaminhadas na Condição Operacional código PO2011 poderão ser protocoladas no BNDES, para homologação, até o dia 30.06.2014, independentemente da Sistemática Operacional, vedada a combinação de condições entre a Circular nº 34/2011, de 06.09.2011, e a presente. No caso de reapresentação de operações, o protocolo poderá ser realizado até o dia 18.07.2014.

14.5. As novas condições estabelecidas pela presente Circular se aplicam, no que couber, às operações realizadas no âmbito de Programas que sigam as normas e procedimentos deste Produto protocoladas no BNDES, para homologação, a partir de 03.04.2014, independentemente da Sistemática Operacional, ressalvado o disposto no subitem 14.6 desta Circular.

14.6. As operações realizadas no âmbito de Programas que sigam as normas e procedimentos deste Produto protocoladas no BNDES, para homologação, até o dia 30.06.2014, independentemente da Sistemática Operacional, poderão utilizar, no que couber, as condições estabelecidas pela Circular nº 34/2011, de 06.09.2011, e seus respectivos Anexos, vedada a combinação de condições entre a referida Circular e a presente. No caso de reapresentação de operações, o protocolo poderá ser realizado até o dia 18.07.2014.

A opção pela utilização das condições estabelecidas pela Circular nº 34/2011, de 06.09.2011, deverá ser informada no campo “Descrição do Projeto”.

Claudio Bernardo Guimarães de Moraes

Superintendente Área de Operações Indiretas

BNDES

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RELAÇÃO DE ANEXOS À CIRCULAR SUP/AOI Nº 09/2014-BNDES, DE 02.04.2014 Anexo I - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Anexo II - CRITÉRIOS E INSTRUÇÕES PARA CÁLCULO DE ÍNDICES DE NACIONALIZAÇÃO

Anexo III - QUADRO RESUMO DAS CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO

Anexo IV - PROGRAMA DE DINAMIZAÇÃO REGIONAL – PDR

Anexo V - DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE INFRAÇÕES AMBIENTAIS

Anexo VI - DECLARAÇÃO SOCIAL

Anexo VII - DECLARAÇÃO PECUÁRIA BOVINA

Anexo VIII - FICHA RESUMO DE OPERAÇÃO - FRO

Anexo IX - PEDIDO DE LIBERAÇÃO – PL

Anexo X - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

Anexo XI - PROPOSTA DE ADITIVO À FICHA RESUMO DE OPERAÇÃO

Anexo XII - CONDIÇÕES A SEREM OBSERVADAS NA CONTRATAÇÃO (TJLP)

Anexo XIII - CONDIÇÕES A SEREM OBSERVADAS NA CONTRATAÇÃO (UMBNDES/CESTA)

Anexo XIV - CONDIÇÕES A SEREM OBSERVADAS NA CONTRATAÇÃO (US$/CESTA)

Anexo XV - CONDIÇÕES A SEREM OBSERVADAS NA CONTRATAÇÃO (SELIC)

Anexo XVI - DECLARAÇÃO (NOS CASOS DE OPERAÇÕES GARANTIDAS POR PENHOR DE DIREITOS CREDITÓRIOS)

Anexo XVII – DECLARAÇÃO DE DISPENSA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Anexo XVIII - MODELO DE PLANILHA DE COMPROVAÇÃO DOS GASTOS INCORRIDOS NO PROJETO

Anexo XIX - RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DA OPERAÇÃO

Anexo XX - DECLARAÇÃO ACERCA DO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA POR PARTE DE FRIGORÍFICOS

Anexo XXI - DECLARAÇÃO DE ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA CANA

Anexo XXII - QUADRO DE CNAES DE ENQUADRAMENTO