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TECNOLOGIA PARA O SISTEMA CONSRCIODE MILHO VERDE COM FEIJONO PLANTIO DE INVERNODino Magalhes Soares,Maria Jos Del Peloso,Joo Kluthcouski,Luiz Cesar GandolfieDivino Jos de FariaEmbrapaArrozeFeijoSantoAntniodeCois,CO2000#TTQ\G(GKLQ EmbrapaArrozeFeijo.Bo|etimdePesquisa,10.Comit de PublicaesCar|osA.Pava(Presidente)Car|osMagriFerreiraCera|doEstevamdeSouzaCarneiroLuizPobertoPochadaSi|va(Secretrio)Superviso EditorialMarinaBiavaDigitao/DiagramaoFabianoSeverinoProgramao VisualSebastioJosedeAraujoNormalizao Bibliogrfica/Catalogao na FonteAnaLuciaDe|a|iberadeFariaTiragem:500exemp|ares.Embrapa,2000.SOAPES,D.M.;DELPELOSO,M.J.;KLUTHCOUSKl,J.;CANDOLFl,L.C.;FAPlA,D.J.de.Tecnologia para o sistema consrcio de milho verde comfeijo no plantio de inverno.SantoAntniodeCois.EmbrapaArrozeFeijo,2000.51p.(EmbrapaArrozeFeijo.Bo|etimdePesquisa,10).lSSN1678-96011.Feijo-ConsorciacodeCu|tura.2.Mi|hoVerde-ConsorciacodeCu|tura.3.Agricu|turaFami|iar.4.Tecno|ogiaApropriada.l.DELPELOSO,M.J.,co|ab.ll.KLUTHCOUSKl,J.,co|ab.lll.CANDOLFl,L.C.,co|ab.lV.FAPlA,D.J.de,co|ab.V.EmbrapaArrozeFeijo(SantoAntniodeCois,CO).Vl.Titu|o.Vl.Serie.CDD338.162-21.ed.APRESENTAOAtraves do projeto Fomento a produco e produtividade dearroz, Ieijo e mi|ho para pequenos produtores, desenvo|vido emparceria pe|a Embrapa Arroz e Feijo, Embrapa Mi|ho e Sorgo,EmbrapaNegociosTecno|ogicosEscritoriodeNegociosdeCoinia,e pe|a Agencia Coiana de Desenvo|vimento Pura| e Fundiario -ACENClAPUPAL, veriIicou-se que, na regio do entorno de Coinia-CO, 60% dos pequenos produtores produzem mi|ho verde na epocadeinverno(maioasetembro),cujaproducoedestinadaaoconsumohumano nas Iormas tanto innatura como industria|izado.Op|antiodeinvernocaracteriza-sepe|oempregodetecno|ogias,emboraospequenosprodutores,muitasvezes,noasuti|izemdevidoassuascondicessocio-Iinanceiras.Estarea|idadeexpeacu|turaariscos de produco ou de baixa produtividade. Na tentativa decontornaresteprob|ema,a|gunsprodutoresadotamoconsorciocoma Iina|idade de obter um rendimento adiciona|.Considerando que o objetivo principa| do pequeno produtor ea produco de mi|ho verde, a inc|uso do Ieijo no consorcio visacobrir parcia|mente os custos da produco do mi|ho verde. Nestesentido, este traba|ho ana|isa quatro arranjos de p|antas das duascu|turas. Ii|eiras simp|es de mi|ho, Ii|eiras simp|es de Ieijo, Ii|eirasdup|asdeIeijonasentre|inhasdomi|hoeIi|eirasdup|asdemi|hoede Ieijo.Nesse consorcio, a cu|tura principa| Ioi o mi|ho verde, que,a|emdeterseucustodeproducopraticamentepagope|avendadoIeijo, no soIreu concorrencia pe|a |eguminosa, pois a cu|tivar deIeijoJa|oPrecoce,porterumcic|odeaproximadamente75dias,eco|hido,emgera|,cercade20diasantesdaco|heitadasespigasdemi|ho, no havendo, assim, comprometimento de co|heita para asduas cu|turas.Pedro Antonio Arraes PereiraCheIe da Embrapa Arroz e FeijoVEPSODAPAClNADAAPPESENTACO(EMBPANCO)SUMRIORESUMO ......................................................................... 7ABSTRACT ...................................................................... 81 INTRODUO ............................................................. 92 MATERIAL E MTODOS ............................................... 122.1 Sistemas de Cultivo.............................................. 152.2 Avaliao dos Sistemas Solteiro e Consorciado ........ 192.2.1 Itens avaliados ........................................... 192.2.2 ndice de equivalncia de rea ...................... 212.2.3 Anlise econmica ...................................... 212.3 Atribuies dos Parceiros na Realizao do Consrcio 213 RESULTADOS E DISCUSSO ........................................ 223.1 Avaliaes das Culturas de Milho e de Feijo ........... 223.2 ndice de Equivalncia de rea ............................... 243.3 Anlise Econmica ............................................... 253.3.1 Feijo solteiro............................................. 303.3.2 Milho solteiro............................................. 313.3.3 Consrcio com fileiras simples de milho eduplas de feijo ..........................................323.3.4 Consrcio com fileiras duplas de milho eduplas de feijo .......................................... 333.3.5 Comparativo das taxas indiretas de retorno ebenefcios lquidos entre os quatro sistemasde produo .............................................. 344 CONCLUSES............................................................. 355 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................... 366 ANEXOS ................................................................. 41VEPSODAPAClNADOSUMAPlO(EMBPANCO)TECNOLOGIA PARA O SISTEMA CONSRCIODE MILHO VERDE COM FEIJONO PLANTIO DE INVERNODino Magalhes Soares1, Maria Jos Del Peloso2,Joo Kluthcouski2,Luiz Cesar Gandolfi3eDivino Jos de Faria4RESUMO-O cu|tivo em consorcio e empregado empiricamente noBrasi|hamuitotempo;mas,soapartirdadecadade70,apesquisae o servico de extenso rura| passaram a traba|har para me|horar aeIicienciadoconsorciodemi|hocomIeijo,devidoasuaviabi|idadeeconmica e a necessidade de desenvo|ver tecno|ogias para essesistema de semeadura. Os produtores que possuem pequenas areasequedispemdeequipamentosparairrigacobuscamaotimizacoda receita |iquida por uso de Iator (area e mo-de-obra), atraves dop|antio consorciado no periodo das aguas, principa|mente commi|ho. No caso do consorcio de mi|ho com Ieijo, este u|timo temsidoacu|turacommenordensidadenocampo.NoentornodeCoinia,num raio de 100 km, aproximadamente, ha uma grande demandapor mi|ho verde innatura, visando a produco de pamonhas, curau,sopademi|hoeoutrosderivados,a|emdaproducodomi|hoverdeen|atado pe|as industrias. O objetivo dos pequenos produtores paraa otimizaco da receita esta imp|icito nas vantagens ja identiIicadasno p|antio em consorcio, como, por exemp|o. maior produco dea|imentos por area, maior seguranca de produtividade, possibi|idadedeproducodemi|hoverdeacustoreduzido,maiorganhoeconmico,contro|e de eroso e reduco de p|antas daninhas. O objetivo desteestudo Ioi ava|iar metodo|ogias, identiIicadas pe|a Embrapa Arroz eFeijo e Agencia Coiana de Desenvo|vimento Pura| e Fundiario -Agenciarua| (ex-Agenciarura|-CO), para o consorcio de mi|ho verde1 Pesquisador,M.Sc.,Embrapa Arroz e Feijo,Caixa Postal 179, 75375-000Santo Antnio de Gois, GO.2 Pesquisador, Dr., Embrapa Arroz e Feijo.3 Eng. Agrnomo, Agncia Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundirio - Agenciarural, Caixa Postal 337,74610-060 Goinia, GO.4 Eng. Agrnomo, Agenciarural,Pa Pocidnio Prudncio de Lima, s/n 75420-000 Damolndia, GO.8comIeijonop|antiodeinverno,praticadasporpequenosprodutoresnoentornodeCoinia.EspeciIicamente,props-severiIicarame|hordisposico espacia| das cu|turas em consorcio. uma ou duas |inhasde mi|ho verde com duas de Ieijo no p|antio de inverno, va|idartecno|ogias preconizadas pe|a Embrapa e Agenciarura| para p|antiomecanizado e incentivar o cu|tivo de Ieijo de inverno entre ospequenos produtores.TECHNOLOGY FOR CORN AND COMMOM BEANINTERCROPPING IN THE WINTER SEASONABSTRACT- Common beans and corn intercropping has beenempirica||ypracticedinBrazi|Iormanyyearsbuton|yaIterthe70s,researchers and extension workers started to |ook Ior improvedeIIiciency considering the economic importance oI this crop systemand the |ack oI avai|ab|e techno|ogies. Farmers dea|ing with sma||areas and possessing irrigation Iaci|ities |ook Ior optimized netrevenue by Iactor (area and hand |abor) using intercropped beansystemsduringtherainyseason,especia||ywithcorn.lnthisparticu|arcombination, corn and common beans, the |atter usua||y presentsthe |owest p|ant density in the Iie|d. ln a radius oI approximate|y100 km around Coinia, there is great demand Ior corn on the cobto prepare pamonha, curau, corn soup and other home recipesas we|| as to attend industria| caning purposes. For optimized proIitreturn, Iarmers re|y on the a|ready known intercropping advantagessuch as higher grain production per unit area, greater conIidence inyie|d obtainment, the possibi|ity oI corn produced at a |ower costwith better Iinancia| return and contro||ing, at the same time, soi|erosion and weed p|ant popu|ation. The objective oI this study wasto eva|uate the methodo|ogies, identiIied by Embrapa Arroz e Feijoand Agenciarura|, used by sma|| Iarmers in common bean and cornintercropping during the winter season, in the Coinia region. MorespeciIica||yitisproposedtoidentiIythebestspatia|arrangementoIthe two crops (one or two |ines Ior corn and one Ior beans), tova|idate techno|ogies recommended by Embrapa and Agenciarura|Ior mechanized p|anting, and to stimu|ate common bean cu|tivationduring the winter time.91 INTRODUOPara fugir dos riscos agrcolas e fazer uso da terra de modomaiseficiente,ospequenosprodutoresquasenoutilizamomonocultivo em suas propriedades. Preferem empregar os princpiosdoscultivosmltiplos,queconsistemnoplantiodemaisdeumacultura,namesmarea,nummesmoperodo.Nessesistema,asalternativas, em regime de sequeiro, mais demandadas pelos pequenosprodutores so: (1) cultivos mistos - plantio simultneo de duas oumais culturas na mesma rea, sem organiz-las em fileiras distintas;(2) cultivos intercalares - plantio simultneo de duas ou mais culturasna mesma rea, com uma ou mais culturas plantadas em fileiras; (3)cultivos de substituio - plantio de duas ou mais culturas na mesmarea , de modo que uma plantada depois que a cultura anterioralcanou a fase reprodutiva de crescimento, mas ainda no atingiuo ponto de colheita; e (4) cultivos em faixa - plantio simultneo deduasoumaisculturasnamesmarea,emfaixasdiferentes,suficientemente amplas para permitir o manejo independente de cadacultura,masbastanteestreitasparapossibilitarainteraoentreelas (Aidar, 1978; Feijo..., 1984; Embrapa, 1987; Stone & Sartorato,1994).O cultivo em consrcio empregado empiricamente no Brasilh muito tempo, mas, s a partir da dcada de 70, a pesquisa e oserviodeextensoruralpassaramatrabalharparamelhoraraeficincia do consrcio de milho com feijo (Menezes et al., 1982;Silva et al., 1985; Reunio... 1990a, 1990b), haja vista sua viabilidadeeconmicaeanecessidadededesenvolvertecnologiasparaessesistema de semeadura (Ramalho et al., 1983; Embrapa, 1985a; Meloet al., 1988; Ramalho, 1988; Teixeira & Thung, 1994).Para Lopes (1988), o sucesso do consrcio milho com feijo justificado, dentre outros fatores, pela eficincia diferencial dessasculturas quanto s exigncias e aos limites da tolerncia climtica.Os estudos de sistemas e arranjos para cultivos consorciados,segundo Flesch (1988), devem basear-se em observaes de campo,respeitando-seascaractersticasregionaiseprocurandomelhoraralguns aspectos que possam aumentar a rentabilidade dos sistemas.A prtica a ser recomendada deve ser simples e de fcil execuo.10Os produtores que possuem pequenas reas e que dispem deequipamentos para irrigao buscam a otimizao da receita lquidapor uso de fator (rea e mo-de-obra), com o plantio consorciado noperodo das guas, principalmente com milho. Segundo Teixeira &Thung (1994), so cultivos menos tecnificados, pelas dificuldadesdemecanizaoeusolimitadodeinsumos,almdareduzidapopulao de plantas de uma das culturas. No caso do consrcio demilhocomfeijo,aculturacommenordensidadenocampoofeijo (Aidar, 1978; Guimares Sobrinho et al., 1986; Carvalho &Serpa, 1987, 1989; Embrapa, 1987; Stone & Sartorato, 1994).O inverno seco e a no ocorrncia de temperaturas muito baixas,caractersticasdaRegioCentro-Oeste,somadosscondiesedafoclimticas, favorecem a produo agrcola nessa poca com ousodeirrigao.Paraaproduodefeijo,citam-sepelomenostrs vantagens: (1) permite rendimentos superiores aos normalmenteobtidos nos plantios usuais; (2) alta qualidade dos gros, podendo aexplorao ser direcionada para a produo de sementes; e (3) melhorpreo de comercializao, devido a produo ocorrer na entressafra(Sartorato et al., 1981).NoentornodeGoinia,numraiodeaproximadamente100 km, h uma grande demanda por milho verde in natura, visandoa produo de pamonhas, curau, sopa de milho e outros derivados,alm da produo do milho verde enlatado pelas indstrias.O objetivo dos pequenos produtores para a otimizao da receitaest implcito nas vantagens j identificadas no plantio em consrcio,tais como: maior produo de alimentos por rea, maior seguranade produtividade, possibilidade de produo de milho verde a custoreduzido, maior ganho econmico, controle de eroso e reduo deplantasdaninhas(Aidar,1978;Carvalho&Serpa,1987,1989;Embrapa, 1987; Stone & Sartorato, 1994).Em 1993, com adaptao na metodologia proposta por Flesch(1988), alguns sistemas foram analisados e testados pela EmbrapaArrozeFeijo,emconjuntocomaAgenciaruralepequenosprodutores, em quatro municpios de duas regionais dessa Agncia(em Anpolis e trs municpios do Mato Grosso Goiano). Os resultadosobtidos demonstram que o consrcio de milho verde com feijo 11mais vantajoso economicamente que o monocultivo de milho verde(Soares et al., 1993).Nesta conjuntura fundamentou-se o consrcio de milho verdecom feijo de inverno, justificando a presente anlise das metodologiasagronmicas praticadas no consrcio, por pequenos produtores noentornodeGoinia,erespectivasanliseseconmicasdessasmetodologias.Esta atividade multidisciplinar teve como estratgia a parceriade empresas pblicas e privadas no fornecimento de insumos. AscultivaresdemilhoutilizadasforamasmaisdemandadasporpamonheiroseoutroscomerciantesdeGoinia.Assementesdefeijo, cultivar Jalo Precoce, foram fornecidas pela Embrapa Arroz eFeijo Agenciarural, que as repassou ao produtor, pelo regime decomodato, emprstimo gratuito pelo qual o produtor compromete-se a devolver a quantidade preestabelecida pela Agenciarural. Comisto, h maior empenho do produtor na produo dessa leguminosa,garantindo a disponibilidade de sementes para outros trabalhos compequenos produtores.Essas aes, por envolverem a pesquisa e a transferncia detecnologia, com a participao do produtor, levaram definio evalidao da melhor metodologia.As principais tcnicas debatidas e recomendadas aos produtoresforam: densidade de semeadura, adubao, tratamento de sementes,controle de irrigao, controle fitossanitrio, qualidade da sementeps-colheita, momento certo de colheita e armazenamento do feijo.Tcnicassobremecanizaoagrcolanoforamtratadascomprioridade, apenas a indicao de plantio mecanizado/tratorizado. Oemprego desse tipo de mecanizao visa o aumento da eficincia dotrabalho, permitindo a explorao de reas maiores, a obteno demelhoresprodutividadese,aomesmotempo,arealizaodasatividades de produo em tempo hbil (Silva et al., 1985), emboraa maioria dos pequenos produtores no tenha condio de adquirirtodososimplementospreconizados(GuimaresSobrinhoetal.,1986).O objetivo desta anlise foi avaliar metodologias, identificadaspelaEmbrapaArrozeFeijoeAgenciarural,paraoconsrciode12milho verde com feijo no plantio de inverno, praticadas por pequenosprodutores no entorno de Goinia-GO. Props-se, especificamente,verificar a melhor disposio espacial das culturas de milho verde efeijo,emconsrcio,noplantiodeinverno,validartecnologiaspreconizadas pela Embrapa e Agenciarural, para plantio mecanizado,eincentivarocultivodefeijodeinvernoentreospequenosprodutores.2 MATERIAL E MTODOSO consrcio foi desenvolvido na regio de Nova Veneza-GO(Figura1),municpioqueintegraagrandeGoinia,quepotencialmente vivel para utilizar esse tipo de associao de culturasdevidosfacilidadesdeacesso,proximidadedametrpoleetradio no consrcio milho verde com feijo.Ostrabalhosforamrealizadosdeacordocomocronogramaapresentado na Tabela 1.TABELA 1 Cronograma das aes executadas.Ao Data (1996)Seleo da rea para instalao do consrcio 2/5Preparo da rea 12-13/6Anlise de solos 12/6Anlises fsico-hdricas 13/6Entrega das sementes de milho e de feijo 6/6Plantio 14-17/6Acompanhamento da cultura SempreDia de campo 18/9Colheita do feijo 19-21/9Colheita do milho 7-11/1013FIG. 1 Locais de cultivo de milho, no Estado de Gois, destinados produode milho verde.301918420801093238104316043725133527280611360203DF3931232420341429220526071221173341401501- Abadi a de Gois02-Abadinia03- Alexni a04- Anpolis05- Anicuns06- Aparecida de Goinia07- Arau08- Aragoinia09- Avelinpolis10- Bela Vista11- Bonfinpolis12- Brazabrantes13- Cristianpol is14- Damolndia15- Goianpol is16- Goinia17- Goianira18- Guap19- Hidrolndia20- Inhumas21- Itabera22- Itaguari23- Itaguaru24- Itauu25- Leopoldo de Bulhes26- Nazrio27- Nerpolis29- Ouro Verde30- Palmeiras de Gois28- Nova Veneza31- Petrolina de Goi s32- Piracanjuba33- Santa Brbara de Gois34- Santa Rosa de Goi s35- Santo Antnio de Gois36- So Lus de Montes Belos37- S. Miguel do Passa Quatro38- Silvnia39- Taquaralde Gois40- Terezpoli sde Gois41- Trindade42- Varjo43- Vianpolis14O preparo do solo visou facilitar o plantio, pois permitiu ajustare regular a distribuio uniforme das sementes e do adubo, de formaque a germinao das sementes fosse favorecida. A descompactaodo solo propiciou um melhor desenvolvimento das razes das plantas(Menezes et al. 1982; Embrapa, 1985a, 1985b, 1987, 1992; Stone& Sartorato, 1994).No consrcio, empregou-se, em maio de 1996, a grade aradorae, em junho desse mesmo ano, fez-se a arao com arado de disco,na profundidade de 25 cm, seguida da grade niveladora.A adubao foi realizada de acordo com o histrico da rea,seguindo-se as recomendaes para as culturas de milho (Tabela 2)e de feijo (Tabela 3), com base nas anlises qumica e fsico-hdricado solo, cujos resultados indicaram: H + Al = 6,07; pH em H2O = 5,9;Ca++ = 3,99; Mg++ = 2,0; Al+++ = 0,0;P = 4,7 ppm; K+ = 137 ppm;40,0 % de argila; 19,0% de silte e 41,0% de areia - evidenciando,conseqentemente,umsolofrancoargilosodeclassetextural(Anexos 1 e 2).TABELA 2 Adubao do milho.Adubao por hectareDistribuio por sistema de cultivo* MST M1F2 M2F2Na semeadura12 kg de N,90 kg de P2O5,48 kg de K2Oe 28,5 g da 34,2 g da24,6 g da12 kg de sulfato de zinco frmula/m frmula/m frmula/m(equivalente a 300 kg dafrmula 4-30-16/ha e12 kg de sulfato de zinco/ha)Em cobertura40 kg a 80 kg de N/ha, 19,0 g a 22,8 g a 16,4 g adistribudos por arranjo 38,0 g de 45,6 g de 32,8 g desulfato de sulfato de sulfato deamnio/m amnio/m amnio/m* Sistemas de cultivo (mecanizado, tratorizado): MST = milho solteiro; M1F2 = consrcio comfileirassimplesdemilhoeduplasdefeijo;M2F2=consrciocomfileirasduplasdemilhoeduplas de feijo.15A cultivar de feijo utilizada neste trabalho, Jalo Precoce, possuigros tipo jalo, ciclo precoce com 75 dias e recomendada para osEstadosdeGois,Bahia,MatoGrossoeMatoGrossodoSul).Acultivardemilho,AG1051,hbridoduplodaAgrocereserecomendada para todos os estados brasileiros.TABELA 3Adubao do feijo.Adubao por hectareDistribuio por sistema de cultivo* FSTM1F2 M2F2Na semeadura12 kg de N,90 kg de P2O5e 11,0 g da 17,0 g da 25,0 g da48 kg de K2O frmula/m frmula/m frmula/m(equivalente a 300 kg da fr-mula 4-30-16/ha, distribudospor arranjo)*Sistemadecultivo(mecanizado,tratorizado):FST=feijosolteiro;M1F2=consrciocomfileirassimplesdemilhoeduplasdefeijo;M2F2=consrciocomfileirasduplasdemilhoeduplas de feijo.2.1 Sistemas de CultivoForamavaliadososseguintessistemasdecultivo:milhosolteiro (Figura 2), feijo solteiro (Figura 3), consrcio com fileirassimples de milho e duplas de feijo (Figura 4) e consrcio com fileirasduplas de milho e duplas de feijo (Figura 5).1610.526 m de su|cos5-6sementes/m4,28p|antas/m45.000p|antas/ha26.316m de su|cos15 sementes/m12p|antas/m315.000 p|antas/haOO OOO OFIG. 2 Milho solteiro (MST), mecanizado tratorizado.FIG. 3Feijo solteiro (FST), mecanizado tratorizado.17OOO O O O OFIG. 4 Consrcio com fileiras simples de milho e duplas de feijo (M1F2),mecanizado tratorizado.0,50 m2,14 m0,38 m 0,38 m1,14 m0,38 m 0,50 mFIG. 5 Consrcio com fileiras duplas de milho e duplas de feijo (M2F2),mecanizado tratorizado.(GKLQ17.543 m de su|cos15 sementes/m12,3 p|antas/m216.000 p|antas/ha/KNJQ8.772 m de su|cos5-6 sementes/m5,2 p|antas/m45.000 p|antas/ha(GKLQ12.195 m de su|cos15 sementes/m11,8 p|antas/m144.000 p|antas/ha/KNJQ12.195 m de su|cos4-5 sementes/m3,5 p|antas/m43.000 p|antas/ha18AssementesdefeijoprocederamdaEmbrapaNegciosTecnolgicos, e as de milho, da Agroceres, com sanidade e vigorgarantidos.Aquantidadedesementesdemilhoutilizadanasemeadura(mecanizada tratorizada) foi de 20 hg/ha, e a de feijo, 69 kg/ha. NaTabela 4 indica-se o tratamento aplicado nas sementes de milho edefeijo,enaTabela5,adensidadedesemeaduraadotadanosquatro sistemas avaliados.TABELA 4 Tratamento das sementes de milho e de feijo.TABELA 5 Densidade de semeadura do feijo e do milho.1 Ateno: Produtos perigosos sade humana e animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e sigarigorosamenteasinstruescontidasnosrtulos,nasbulasenasreceitas.Utilizesempreosequipamentos de proteo individual. Nunca permita a utilizao dos produtos por menores de idade.Aomissodeprincpiosativosoudeprodutoscomerciaisnoimpossibilitaasuautilizao,desdequeautorizadopeloMinistriodaAgriculturaedoAbastecimento.Densidade de semeaduraCu|turaFST MST M1F2M2F2Feijo 15sementes/m- 15sementes/m15sementes/mMi|ho - 5-6sementes/m5-6sementes/m4-5sementes/m*Densidadedesemeadura(mecanizado,tratorizado):FST=feijosolteiro;MST=milhosolteiro;M1F2=consrciocomfileirassimplesdemilhoeduplasdefeijo;M2F2=Consrciocomfileirasduplas de milho e duplas de feijo.Substncia1Cu|tura lnseticida Dose Fungicida DoseMi|ho Furathiocarb 1,6L/100kgde - -sementesdemi|hoFeijo Furathiocarb 0,8L/100kgde DiIenocanazo|e 0,35L/100kgsementesde desementesdeIeijo Ieijo19O sistema de irrigao utilizado foi o asperso convencional, jdisponvelnapropriedade,cujadistribuiofoiorientadaporpesquisadores da Embrapa e tcnicos da Agenciarural, procurando-se evitar excesso ou deficincia de gua nas fases de emergncia,florescimento e enchimento de gros (Resende et al., 1990; Embrapa,1992).Para evitar reduo na populao de plantas, na rea foliar, naquantidade de vagens e, ainda, perdas na qualidade do gro e naprodutividade,procedeu-seavaliaocontnuadeocorrnciaecontrole de pragas e doenas, conforme orientaes de pesquisadoresda Embrapa e tcnicos da Agenciarural.A colheita foi realizada aos 93 dias e 111 dias aps a germinaodo feijo e do milho, respectivamente, evitando-se perdas no campo,no caso do feijo, e maturao indesejada, no caso do milho verde(Santos et al., 1987; Embrapa, 1987, 1992, 1993, 1996a, 1996b,1996c, 1996d).Comrelaoaoarmazenamento,ofeijofoiacondicionadoem sacos de aniagem, juntamente com a respectiva munha (resduoda trilha), e estocado em locais arejados para evitar danos nos grose possibilitar a estocagem por um maior perodo de tempo (Stone &Sartorato, 1994).2.2Avaliao dos Sistemas Solteiro e Consorciado2.2.1Itens avaliadosForam avaliados, para os quatro tipos de sistemas de cultivo,os seguintes itens (Anexos 3, 4, 5 e 6): ltimas culturas na rea (data, rea, produo e produtividade); preparo do solo (data e tipo de implemento utilizado); adubao de plantio e em cobertura (frmula e quantidade); plantio (data, sistema e tipo de implemento utilizado); sementes (quantidade e tratamento qumico); controle de plantas daninhas (tipo de implemento utilizado); controle de pragas (produto e dosagem); data de colheita; e produtividade.20Para a cultura do milho foram realizadas trs amostragens de10 m2, em pontos diferentes da rea plantada (Anexo 7), para avaliar: florescimento masculino: quando 50% das plantas da parcelaestavam com as anteras abertas; florescimentofeminino:quando50%dasplantasdaparcelaestavam com os cabelos (estigmas) de fora; alturadaplanta:alturamdiadedezplantascompetitivasdaparcela, medindo a planta do nvel do solo at a folha bandeira; altura da espiga: altura mdia de dez espigas (das mesmas plantasusadas para medir a altura da planta), medindo a planta do nveldo solo at o n de insero da primeira espiga (a mais alta); avaliao das doenas foliares de acordo com Ullstrup (1978); estande final: nmero de plantas existentes na parcela amostrada,por ocasio da colheita; nmerodeplantasacamadas:plantasacamadas(inclinadas),formando um ngulo com a posio vertical, superior a 300; nmerodeplantasquebradas:plantasquebradas,localizadasabaixo da espiga; nmero de espigas colhidas; nmerodeespigascomercializveis:considerandoapenasasespigasqueatendamaospadresexigidospeloconsumidor,eliminando as pequenas, mal-granadas ou danificadas; peso das espigas com palha; peso das espigas despalhadas; peso das espigas comercializveis; empalhamento: qualificado de acordo com a necessidade exigidapara a confeco de pamonhas (bom, aceitvel e inaceitvel); dimetro de 20 espigas colocadas lado a lado; comprimento de 20 espigas colocadas frente a outra; nmero de espigas com lagarta; e padro das espigas: qualificado conforme o padro de exignciado consumidor (excelente, bom, regular e inaceitvel).212.2.2 ndice de equivalncia de reaPara avaliar a eficincia dos sistemas consorciado e monocultivo,empregou-seondicedeEquivalnciaderea(IEA),quepermitequantificar o nmero de hectares necessrio para que a produoem monocultivo se iguale obtida em 1 ha das mesmas culturas emassociao (Feijo..., 1984).O IEA calculado pela seguinte frmula:IEA = CA + CB = IA + IBMAMBonde:CA=rendimentodofeijoemconsrcio(kg/ha);MA=rendimento do feijo em monocultivo (kg/ha); CB = rendimento domilhoemconsrcio(mos/ha);MB=rendimentodomilhoemmonocultivo (mos/ha); IA = ndice individual de feijo; IB = ndiceindividual de milho.O consrcio ser eficiente quando o IEA for superior a 1,00 e,prejudicial produo, quando for inferior a 1,00.Paragarantiraequivalnciadondice,asproduesemmonocultivo foram obtidas com a populao de plantas recomendadapara esse sistema, e o manejo foi o mesmo, tanto para o monocultivocomo para o consrcio.2.2.3 Anlise econmicaA anlise econmica do consrcio de milho verde com feijode inverno foi realizada com um levantamento do oramento parcialde cada sistema de cultivo implantado, com base nas planilhas decusto de produo, receitas brutas e taxas indireta de retorno. Deposse desses dados, foramfeitas as comparaes entre os sistemasconsorciado e solteiro.2.3 Atribuies dos Parceiros na Realizao do ConsrcioAEmbrapaArrozeFeijoficouresponsvelpelaassessoriatcnica,transportedopessoal,obtenodepatrocnioparaoinseticida e para as sementes de milho, fornecimento das sementesde feijo e realizao das anlises qumica e fsico-hdrica do solo.22Foram atribuies da Agenciarural: assistncia tcnica, seleodos produtores, fornecimento das sementes de milho, negociaodo regime de comodato com os produtores, coleta das amostras desolos e coleta dos dados.Aos produtores coube a cesso da rea (1 ha), o preparo dosolo, o fornecimento dos insumos e a participao sistemtica emtodas as etapas das culturas.3 RESULTADOS E DISCUSSO3.1 Avaliaes das Culturas de Milho e de FeijoO nmero de plantas e os componentes primrios de produodetrssi stemasdecul ti vodefei j osoapresentados,respectivamente,nasTabelas6e7.Osparmetrosavaliadosnacultura do milho, em trs sistemas de cultivo, constam na Tabela 8.TABELA 6 Nmero de plantas de feijo em trs sistemas de cultivo.Numero de p|antas / haSistema decu|tivoApos agerminacoNa co|heitaPorcentagem dep|antas co|hidasFST 236.844 189.475 80M1F2157.887 126.309 80M2F2109.755 87.804 80* FST = feijo solteiro; M1F2 = consrcio com fileiras simples de milho e duplas de feijo; M2F2 = consrciocom fileiras duplas de milho e duplas de feijo.TABELA 7 Componentesprimriosdaproduodetrssistemas de cultivo.Sistema de cu|tivoComponenteFST M1F2M2F2No medio de vagens por p|anta 6,5 6,6 6,6No medio de sementes por vagem 3,0 3,1 3,0Peso medio de 100 sementes (g)34 34 34Sistemadecultivo(mecanizado,tratorizado).* FST = feijo solteiro; M1F2 = consrcio com fileiras simples de milho e duplas de feijo; M2F2= consrcio com fileiras duplas de milho e duplas de feijo.23 Sistema de cu|tivoParmetroMST M1F2 M2F2

Tota| MediaTota| Media Tota|MediaA|tura media da p|anta (m) 1,89 - 1,90 - 1,92 -A|tura media da espiga (m) 0,92 - 1,07 - 1,04 -Estande Iina| p|antas/ha 40.000 - 30.702 - 39.024 -p|antas/m - 3,6 - 3,5 - 3,2P|antas acamadas (%) 8,33 - 8,57 - 6,25 -Numero de espigas / 10 m2 42 - 38 - 33 -Numero de espigas comercia|izveis / 10 m2 24 - 24 - 20 -Peso de espigas com pa|ha / 10 m2 kg 14 - 12,57 - 10,72 -C/espiga - 333,33 - 330,76 - 325Peso de espigas despa|hadas / 10 m2 kg 7,87 - 6,72 - 5,70 -C/espiga - 187,5 - 177 - 173Peso medio de espigas comercia|izveis (g)com pa|ha 400 - 385,7 - 380 -sem pa|ha - 250 - 245 - 233Dimetro de espigas (cm) - 6,24 - 6,18 - 6,04Comprimento de espigas (cm) - 30,8 - 30,4 - 32Numero de espigas com |agarta. tota| 3 - 3 - 2 -% - 7,14 - 7,89 - 6,06Doenas Io|iares 2 - 2 - 2 -P|antas quebradas (abaixo da espiga) 0 - 0 - 0 -Empa|hamento Bom - Bom - Bom -Padro de espigas Bom - Bom - Pegu|ar -TABELA 8 Parmetros avaliados na cultura do milho, em trs sistemas de cultivo.* MST = milho solteiro; M1F2 = consrcio comfileiras simples de milho e duplas de feijo; M2F2 = consrcio com fileiras duplas de milho e duplas de feijo.** Conforme escala de notas no Anexo 8.243.2 ndice de Equivalncia de reaO resultado do ndice de Equivalncia de rea (IEA), calculadode acordo com a frmula descrita no item 2.2.2, apresentado naTabela 9.TABELA 9Clculo e resultado do ndice de equivalncia de rea (IEA).* M1F2 = consrcio com fileiras simples de milho e duplas de feijo; M2F2 = consrciode fileiras duplas de milho e duplas de feijo.Nosdoissistemasconsorciados,fileirassimplesdemilhoeduplas de feijo (M1F2) e fileiras duplas de milho e duplas de feijo(M2F2), o IEA foi superior a 1,00 (Figura 6), indicando uma maioreficincia dos sistemas de consrcio em relao ao monocultivo. Oconsrcio M1F2 foi 9% mais eficiente que o consrcio M2F2.lEAConsorcioCa|cu|o Pesu|tadoM

F

=1.028 350 = 1.512 4400,679 0,795 = 1,474M

F

=632 406 = 0,417 1.5124400,922 = 1,3391,474 1,3390%20%40%60%80%100%FIG. 6 ndice de equivalncia de rea no consrcio de milho verde comfeijo no plantio de inverno.Consrciocomfileirassimples de milho e fileirasduplasdefeijoConsrciocomfileirasduplasdemilhoefileirasduplasdefeijo253.3 Anlise EconmicaA anlise econmica dos quatro sistemas de cultivos, no plantiode inverno, foi realizada com base nas planilhas de custo de produo(Tabelas 10, 12, 14 e 16), considerando as respectivas receitas brutaselquidas(Tabelas11,13,15e17)etaxasindiretasderetorno(Figuras 7, 8, 9 e 10).TABELA 10 Custodeproduoporhectaredofeijosolteiro(nov./1996)*.ltem Unid.Cuant./haPrecounitrio(P)Custotota|(P)Partici-paco(%)+PUWOQUSemente kg 70,00 1,70 119,00 19,70Trat. semente. inseticida L 0,56 34,00 19,04 3,15Trat. semente. Iungicida L 0,02 66,00 1,58 0,26Adubo kg 300,00 0,37 111,00 18,37Adubaco de cobertura kg 150,00 0,27 40,50 6,70Subtota| 291,12 48,19/SWKPCUAraco hm 3,00 12,00 36,00 5,96Cradagem hm 1,50 12,00 18,00 2,98P|antio Adubaco hm 1,50 12,00 18,00 2,98Subtota| hm 72,00 11,925GTXKQUTratos cu|turais dh 6,00 7,00 42,00 6,95Tratos cu|turais da 2,00 25,00 50,00 8,28Adubaco de cobertura dh 1,00 7,00 7,00 1,16Co|heita dh 6,00 7,00 42,00 6,95Subtota| 141,00 23,34'PGTIKCKTTKICQ 100,00 16,55Tota| 604,12 100,00*Mecanizado tratorizado.** da = dia/animal; dh = dia/homem; hm = hora/mquina; kg = quilo; L = litro.26TABELA 11 Custo/benefciodofeijosolteiro,considerando a produo de 1.512kg/ha.ltem Va|or (P)Preco pago ao produtor (sc 60 kg) 50,00Peceita bruta 1.259,99Custo de produco 604,12Peceita |iquida 655,87TABELA 12 Custo de produo do milho solteiro (nov./1996)*.ltem Unid.Cuant./haPrecounitrio(P)Custotota|(P)Partici-paco(%)+PUWOQUSemente kg 20 2,10 42,00 6,68Trat. semente. inseticida L 0,32 34,00 10,88 1,73Adubo kg 300 0,37 111,00 17,66Su|Iato de zinco kg 12 0,33 3,90 0,62Adubaco de cobertura kg 150 0,27 40,50 6,44Combate de praga L 0,3 33,00 9,90 1,58Subtota| 218,28 34,71/SWKPCUAraco hm 3 12,00 36,00 5,73Cradagem hm 1,5 12,00 18,00 2,86P|antio Adubaco hm 1 12,00 12,00 1,91Co|heita si|agem hm 81,33 12,94Subtota| 147,33 23,445GTXKQUTratos cu|turais dh 4 7,00 28,00 4,45Tratos cu|turais da 2 25,00 50,00 7,96Pu|verizaco dh 1 7,00 7,00 1,11Adubaco de cobertura dh 1 7,00 7,00 1,11Co|heita dh 3 7,00 21,00 3,34Subtota| 113,00 17,98'PGTIKCKTTKICQ 150,00 23,87Tota| 628,51 100,00* Mecanizado tratorizado.** da = dia/animal; dh = dia/homem; hm = hora/mquina; kg = quilo; L = litro.27TABELA 13 Custo/benefcio do milho solteiro, considerandoumaproduode440mos/hae10,98tdesilagem/ha.ltem Va|or (P$)Preco pago ao produtorMi|ho (mo)Si|agem (t)4,0030,00Custo de produco 628,51Peceita bruta 2.089,40Peceita |iquida 1.460,89TABELA 14 Custodeproduodoconsrciocomfileirassimplesdemilho com duplas de feijo (nov./1996)*.Discriminao Unid. Cuant./haPreounitrio(P)Custotota|(P)Partici-pao(%)+PUWOQUSementedemi|ho kg 20 2,1 42,00 4,68SementedeIeijo kg 47 1,7 79,90 8,90Trat.sementemi|ho.insetic. L 0,32 34,00 10,88 1,21Trat.sementeIeijo.insetic. L 0,376 34,00 12,78 1,42Trat.sementeIeijo.Iungic. L 0,016 66,00 1,08 0,12Aduboparami|ho kg 300 0,37 111,00 12,37Su|Iatodezincop/mi|ho kg 12 0,325 3,90 0,43AduboparaIeijo kg 200 0,37 74,00 8,24Adub.coberturap/mi|ho kg 150 0,27 40,50 4,51Adub.coberturap/Ieijo kg 100 0,27 27,00 3,01Combatepragami|ho L 0,30 33,00 9,90 1,10Subtota| 412,94 46,00/SWKPCUArao hm 3 12,00 36,00 4,01Cradagem hm 1,5 12,00 18,00 2,01P|antioAdubao hm 1,5 12,00 18,00 2,01Co|heitasi|agem hm - - 82,66 9,21Subtota| 154,66 17,24(Continua...)28(...continuao,Tabe|a14)Discriminao Unid. Cuant./haPreounitrio(P)Custotota|(P)Partici-pao(%)5GTXKQUTratoscu|turais dh 8 7,00 56,00 6,24Tratoscu|turais da 3 25,00 75,00 8,36Pu|verizao dh 1 7,00 7,00 0,78Adubaodecobertura dh 2 7,00 14,00 1,56Co|heita dh 4 7,00 28,00 3,12Subtota| 180,00 16,94'PGTIKCKTTKICQ 150,00 16,71Tota| 897,60 100,00* Mecanizado tratorizado.** da = dia/animal; dh = dia/homem; hm = hora/mquina; kg = quilo; L = litro.TABELA 15 Custo/benef ci odoconsrci oM1F2*,considerando uma produo de 1.028 kg defeijo/ha, 350 mos de milho/ha e 11,16 t desilagem/ha.ltem Va|or (P)Preco pago ao produtorFeijo (sc. 60 kg)Mi|ho (mo)Si|agem (t)50,004,0030,00Custo de produco 897,60Peceita brutaFeijoMi|hoSi|agem856,661.400,00334,802.591,46Peceita |iquida 1.693,86TlP (receita/custo) 2,88* Consrcio com fileiras simples de milho e duplas de feijo, mecanizado tratorizado.29TABELA 16 Custo de produo do consrcio com fileiras duplas de milhoe duplas de feijo (nov./1996).ltem Unid.Cuant./haPrecounitrio(P)Custotota|(P)Partici-paco(%)+PUWOQUSemente de mi|ho kg 20 2,1 42,00 5,08Semente de Ieijo kg 32 1,7 54,40 6,57Trat. semente mi|ho. inset. L 0,32 34,00 10,88 1,31Trat. semente Ieijo. inset. L 0,256 34,00 8,70 1,05Trat. semente Ieijo. Iung. L 0,011 66,00 0,73 0,09Adubo para mi|ho kg 300 0,37 111,00 13,42Su|Iato de zinco p/ mi|ho kg 12 0,325 3,90 0,47Adubo para Ieijo kg 140 0,37 51,80 6,26Adub. cobertura p/ mi|ho kg 150 0,27 40,50 4,89Adub. cobertura p/ Ieijo kg 70 0,27 18,90 2,28Combate praga mi|ho L 0,3 33,00 9,90 1,20/SWKPCUAraco hm 3 12,00 36,00 4,35Cradagem hm 1,5 12,00 18,00 2,18P|antio Adubaco hm 1,5 12,00 18,00 2,18Co|heita si|agem hm 0 0 79,69 9,635GTXKQUTratos cu|turais dh 8 7,00 56,00 6,77Tratos cu|turais da 3 25,00 75,00 9,06Pu|verizaco dh 1 7,00 7,00 0,85Adubaco de cobertura dh 2 7,00 14,00 1,69Co|heita dh 3 7,00 21,00 2,54'PGTIKCKTTKICQ 150,00 18,13Tota| 827,40 100,00* Mecanizado tratorizado.** da = dia/animal; dh = dia/homem; hm = hora/mquina; kg = quilo; L = litro.30TABELA 17 Custo/benef ci odoconsrci oM2F2*,considerando uma produo de 632 kg defeijo/ha, 406 mos de milho/ha e 10,76 tde silagem/ha.ltem Va|or (P)Preco pago ao produtorFeijo (sc. 60 kg)Mi|ho (mo)Si|agem (t)50,004,0030,00Custo de produco 827,40Peceita brutaFeijoMi|hoSi|agem526,661.624,00322,802.473,46Peceita |iquida 1.646,06TlP (receita/custo) 2,98* Consrcio com fileiras duplas de milho e duplas de feijo, mecanizado tratorizado.3.3.1Feijo solteiroOcustodeproduodofeijosolteiroporhectarefoideR$ 604,12 (Tabela 10). O maior porcentual de participao refere-seaos insumos (48%), seguido de servios (23%), mquinas (12%) eenergia (17%). Os itens de preos mais elevados foram semente eadubo.Em novembro de 1996, o preo pago ao produtor pela saca de60kgdefeijotipojalofoiR$50,00.Considerandoque,nessesistema, a produtividade foi de 1.512 kg/ha, com benefcio bruto deR$ 1.259,99, por hectare, ao se excluir o custo de produo, obteve-se um benefcio lquido de R$ 655,87, por hectare (Tabela 11).A taxa indireta de retorno (TIR), que a receita bruta divididapelocusto,foide2,08,oquerepresentaumretornosuperiora100% (Figura 7).31Custo de produoR$ 604,12Receita BrutaR$ 1.259,99Receita LquidaR$ 655,87TIR = 2,08FIG.7 Taxa indireta de retorno (TIR) do feijo solteiro.3.3.2Milho solteiroParaproduzir1hectaredemilhosolteiroforamnecessriosR$ 628,51 (Tabela 12), dos quais R$ 218,18 corresponderam a gastoscom insumos (35%); R$ 147,33, com mquinas (23%); R$ 113,00,com servios (18%) e R$ 150,00, com irrigao (24,87%).Em1hectareforamproduzidas440mos1deespigascomercializveis e 10,98 t de silagem, constitudas de espigas semvalor comercial, pelas canas de milho e folhas. Considerando que opreo ao produtor pela mo de milho de R$ 4,00 e pela toneladade silagem de R$ 30,00, o benefcio bruto de R$ 2.089,40, e obenefcio lquido de R$ 1.460,89 por hectare (Tabela 13).Ataxaindiretaderetorno,nessesistemadecultivo,equivalente a 3,32 conforme demonstrado na Figura 8, foi superior do feijo solteiro.1 1 mo = 15 atilhos ou 60 espigas de milho; 1 atilho = 4 espigas de milho; 1 carro = 40 jacs ou4.800 espigas de milho; 1 jac = 2 mos ou 120 espigas.32ReceitaLquida R$ 1.460,89Custo de produo R$ 628,51Receita BrutaR$ 2.089,40TIR = 3,32FIG. 8 Taxa indireta de retorno (TIR) do milho solteiro.3.3.3Consrcio com fileiras simples de milho e duplas de feijoNesse sistema, o custo de produo referente ao item insumosfoi 12% superior ao do milho solteiro e representou 46% do custototal (R$ 897,60). Os porcentuais de participao dos itens servios,mquinas e irrigao foram 20,05; 17,23 e 16,71, respectivamente(Tabela 14).A produtividade de feijo foi de 1.028 kg/ha, e a do milho, de6.948 kg/ha, sendo 350 mos de espigas comercializveis/ha e 11,16 tdesi l agem/ha.Ospreospagosaoprodutorforam:R$ 50,00 pela saca de 60 kg de feijo; R$ 4,00 pela mo de milho; eR$ 30,00 pela tonelada de silagem. Deste modo, o benefcio brutodeste sistema foi de R$ 2.591,46 por hectare, com benefcio lquidode R$ 1.693,86 (Tabela 15).Apesar de a taxa indireta de retorno ter sido de 2,88 (Figura 9),inferior,portanto,domilhosolteiro(3,32),verifica-sequeorendimento lquido por hectare deste sistema de consrcio (Tabela15) foi 15% superior quele obtido com o sistema de milho solteiro(Tabela 13). Com relao ao benefcio lquido do feijo solteiro (Tabela11 e Figura 7), este sistema foi 2,58 superior.33Receita Bruta R$ 2.591,46Custo de ProduoR$ 897,60Receita Lquida R$ 1.693,86TIR = 2,88FIG. 9 Taxa indireta de retorno (TIR) do consrcio com fileiras simplesde milho e duplas de feijo.3.3.4Consrcio com fileiras duplas de milho e duplas de feijoO custo de produo por hectare, neste tipo de consrcio, foide R$ 827,40. Este valor, comparado ao do consrcio M1F2, foi 8%inferior (Tabela 14), verificando-se que o item insumos, neste sistema,foi responsvel por mais de 40% do custo, seguido pelo servios(20,91%). Mquinas e irrigao tiveram participao similar, 18,34%e 18,13%, respectivamente (Tabela 16).A produtividade do feijo foi de 632 kg/ha, a do milho, de 406mos/ha,eadasilagem,de10,76t/ha.Considerandoospreospagosaosprodutores,obenefciobrutototalobtidofoideR$ 2.473,46/ha, sendo: R$ 526,66 advindos da comercializao dofeijo; R$ 1.624,00, das espigas de milho; e R$ 322,80, da silagem.Deduzindo o custo de produo (R$ 827,40), o benefcio lquido foideR$1.646,06/ha(Tabela17)-valoreste2,9%menorqueobenefcio lquido do consrcio M1F2 (Tabela 15).A TIR desse sistema de consrcio foi de 2,98 (Figura 10).34Receita Lquida R$ 1.646,06Custo de produoR$ 827,40Receita Bruta R$ 2.473,46TIR = 2,98FIG. 10 Taxa indireta de retorno (TIR) do consrcio M2F2.3.3.5 Comparativo das taxas indiretas de retorno e benefcios lquidosentre os quatro sistemas de produoA taxa indireta de retorno (TIR) e o benefcio lquido (BL) dofeijo solteiro por hectare foram 2,08 e R$ 655,87, respectivamente.A TIR do milho solteiro foi 3,32, e o BL, R$ 1.460,89, ou seja, duasvezes maior que o do feijo solteiro. As TIR e os BL dos consrciosM1F2 e M2F2 foram superiores aos valores correspondentes obtidosno sistema de monocultivo do feijo e do milho (Figura 11).Comparando-se os dois sistemas de consrcio, verifica-se que,se por um lado a TIR do M2F2 maior, o BL menor, o que leva aconcluirqueoconsrcioM1F2economicamentesuperioraoconsrcio M2F2.352,083,322,882,98R$655,87R$1.460,89R$1.693,86R$1.646,06Feijo solteiroMilho solteiroConsrcio fileiras simples de milho efileiras duplas de feijoConsrcio fileiras duplas de milho efileiras duplas de feijoTIR Benefcio lquidoFIG. 11 Taxa indireta de retorno (TIR) e benefcio lquido (BL) dos quatrossistemas de cultivo avaliados.4 CONCLUSESNa anlise da disposio espacial das culturas, uma ou duaslinhas de milho verde com duas de feijo, no plantio de inverno, emonocultivo de feijo e milho, validaram-se tecnologias para plantiomecanizado, preconizadas pela Embrapa e Agenciarural, incentivandoo cultivo de feijo de inverno para pequenos produtores.Ondicedeequivalnciaderea(IEA)indicouqueosdoistipos de consrcio so mais eficientes que o monocultivo, e que oconsrcio M1F2 mais eficiente que o consrcio M2F2.A taxa indireta de retorno (TIR) por hectare, em monocultivo,indicou que a cultura do milho economicamente mais vantajosaqueadofeijo.OconsrcioM2F2foi3,5%superioraosistemaM1F2; este, todavia, foi 2,9% maislucrativo que o consrcio M2F2.365 REFERNCIAS BIBLIOGRFICASAIDAR, H. 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