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Ciências Humanas e Educação a Distância: um estudo sobre
Grupos de Pesquisa no Brasil
Edvaldo Souza Couto – UFBA
Ramon Missias-Moreira - UFBA
ObjetivoApresentar um panorama atual e
relevante sobre a situação dos grupos de estudos e pesquisas da área de Ciências
Humanas que investigam a EaD no Brasil.
Metodologia
A pesquisa usou a abordagem quantitativa-qualitativa, de cunho descritiva e analítica. A análise dos dados foi feita através da Técnica de Análise de Conteúdo.
Grupos e linhas de pesquisa
Identificamos 25 grupos com 31 linhas de pesquisa sobre EaD e similares, distribuídos nas cinco regiões do país, com 496 líderes, pesquisadores e estudantes.
Norte 1
Nordeste 6
Centro Oeste 2
Sudeste 7
Sul 9NorteNordesteCentro OesteSudesteSul
31 Linhas de pesquisa1-5 – Educação a Distância
6 – Educação, Comunicação e Tecnologias
7 – Educação e difusão do Conhecimento
8 – Educação, Tecnologia e Cibercultura
9 – Tecnologias, Formação de Professores e Cultura
10 – Educação a Distancia no Ensino Superior
11 – Políticas, Gestão e Inovação da Educação Superior a Distância
12 – Filosofia, Imagem e Cultura Digital
13 – Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem
14 – Redes de Formação
15 – Políticas Públicas de Educação a Distância
16 – Cátedra UNESCO de Educação a Distância
17 – História da Educação Aberta, Continuada e a Distância
18 – Relações de gênero
19 – Tecnologia e Educação
20 – Educação a Distância e Aprendizagem Dialógica
21 – Informática na Educação a Distância
22 – Diferentes mídias Educativas no Ensino de História
23 – Educação e Inclusão Digital
24 – Desenvolvimento de soluções em Ambientes Virtuais de aprendizagens
25 – Complexidade, Caos, e Auto-organização de Sistemas Cognitivos
26 – Ambientes de Ensino a Aprendizagem Virtual e presencial
27 – Estratégias e práticas educativas
28 – Educação Superior no Brasil
29 – Novas Tecnologias de Ensino e Pesquisa em Ciências Sociais
30 – Sociedade do Conhecimento: Novos Códigos culturais
31 – Educação e Cibercultura
31 Linhas de pesquisa
5 principais temas de pesquisa1.Políticas Públicas de EaD no Brasil;
2.Gestão de ambientes e processos educacionais em EaD;
3.Formação de professores em EaD;
4.EaD no Ensino Superior;
5.Ensino e aprendizagem híbridos, em ambientes presenciais
e virtuais.
Metodologias mais utilizadas
Qualitativa
Quantitativa
Exploratória
Descritiva
Experimental
Estudo de caso
Estudo de Campo
Integrantes dos grupos de pesquisa
Doutores Mestres/Mestrandos Especialistas Graduados/graduandos Técnicos Ensino médio0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200 177
196
25
85
103
O grupo mais antigo funciona há 29 anos. Nos últimos 10
anos encontramos 17 grupos de pesquisa
Ano de criação Número de grupos
1988 1
2000 2
2002 2
2005 1
2006 2
2007 3
2008 2
2009 2
2010 1
2011 1
2012 2
2013 1
2014 3
2015 2
Total 25 grupos
Conteúdos manifestos em três grupos de pesquisa
Sociedade em Rede, Pluralidade cultural e Conteúdos Digitais Educacionais – UNEB
Formação, Tecnologias, Educação a Distância e Currículo - ForTEC – UNEB
Difusão do Conhecimento, Educação, Tecnologia e Modelagens Sociais - UNEB
5 eixos temáticos1. Difusão do conhecimento;
2. Formação continuada de professores em EaD;
3. Soluções didático-pedagógicas online para EaD;
4. Relações de psicopedagogia na aprendizagem online;
5. Perspectivas multidisciplinares.
Dificuldades encontradas para pesquisar em EaD
1. Estrutura física, sobretudo de acesso e qualidade a internet
2. Falta de tempo para atender as exigências das agências de fomento à pesquisa
3. Dificuldade em ampliar as articulações entre grupos de pesquisa
4. Falta de editais, recursos financeiros sempre bastantes limitados e progressiva restrição de acesso aos financiamentos de pesquisa
5. Indisponibilidade de dados e fontes primárias
6. Resistência a EaD
7. Dificuldade em se estabelecer parcerias com outros grupos de pesquisa
8. Os jogos de poder e de interesse ainda permanecem hierarquizadas dentro das Universidades
9. Pouca produção científica nos grupos sobre EaD
Algumas soluções para as dificuldades
1. Trabalhar em rede de cooperação e contando com a contribuição valiosa dos orientandos na composição de grupos de trabalho para gestão de publicações, participações e organizações em eventos
2. Buscar a proximidade dos pesquisadores e convergência nos estudos e trabalhos produzidos
Conclusões1. Muitos grupos, embora atualizados com frequência no Diretório dos Grupos de Pesquisas no CNPq, não disponibilizam as informações que o próprio Diretório solicitam
2. Baixa participação na pesquisa. Apenas 3 líderes responderam ao questionário. muitos pesquisam, mas poucos se dispõem a ser pesquisados. Todos falam em pesquisas colaborativas, mas poucos colaboram com as pesquisas dos colegas.
3. Os grupos de pesquisas são bem diversos, multireferenciais em termos de usos de teorias e metodológicas. Todos se dedicam a produzir conteúdos, uma característica importante e em sintonia com a vida conectada que levamos na cibercultura. Alguns desenvolvem ambientes virtuais de aprendizagens para seus cursos.
4. Os grupos com linhas de pesquisa em EaD em Ciências Humanas no Brasil estão em expansão
5. A produção e a difusão do conhecimento desse grupos, no contexto na cibercultura, ainda solicitam articulações mais dinâmicas, colaborativas e velozes entre instituições, pesquisadores, grupos, investigações e produtos realizados
6. Praticamente não existe integração entre o Currículo Lattes dos pesquisadores com a produção acadêmica dos grupos
7. Melhorar a qualidade e a quantidade das informações e integrar os sistemas de informações são desafios a serem enfrentados.
Edvaldo Souza Couto – UFBA
Ramon Missias-Moreira – UFBA