cidades - lisboa, o chiado volta
TRANSCRIPT
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 1/9
CHIADO IN LOCO
o CHIADO VO LTAFRRC ; FUNDO RE MANESCENTE DE RECONSTRUC; AO DO CHIADO
muito menos. sem atencao ao se u
centro hi st6n co. Mas foi isso que acon
o terrfvel incendio de Agosto de 1988 secou as limona teceu depois do fogo de 1988. ent re um a
das da Ferrari; perdeu as contas da Casa Batalha; eli Baixa Pombalina. ruidosa e decadente.
e uma Rua Garrell. esquecida. poucominou as escolhas nos grandes armazens do Chiado.
revisitada.
do Grandella e do Eduardo Martins; evaporou os per a Chiado na o morreu mas adormeceu a
espera que um pulso mais consequente.fumes da Rua do Carmo e calou a historica Valentim dePedro Sa ntana Lopes. logo que tomou
Carvalho na Rua Nova do Almada ; queimou os saboresposse, recuperou para a Cama ra Munici
do Jeronimo Martins mas . sobretudo. cortou 0 circuito pa l essa area perdida que era 0 FEARC
e deu-lhe um novo folego, Chamou-lhevivo daquelas veias do corac;ao da cidade. Em poucasFundo Remanescente de Reconstrucao
horas. 0 passado do bairro/centro de Lisboa ruiu. comodo Chiado, alargou a s ua area de inter
E
se a memoria se apagasse com 0 fogo. ve ncao ao Alecrim e dotou-o de novas
possibilidades de aplicacao para a cul
tura e para a revitalizacao do Chiado.
A aposta vingou. Neste momen ta ha ce r, ca de 34 candidaturas de proprietar ios,
certo que. depois da catastrofe algumas com obras emblematicas que
de 88. logo se criou 0 Fundo Ex contribuem. de forma decisiva. para
traordinario de Ajuda a Recons uma espec ie de «reg resso ao futuro» do
trucao do Chiado iFEARCi para aJudar os Ch ia do na sua melhor tradicao boemia.
proprietarios a fazer renascer das cinzas cultural e comercial.
os seus ed lficios do tempo de Pombal. a Edifi cio Leonel. por exemplo. quieta naa tempo foi passando. lentamente. sem sua ruin a desde 1988. esta com as obras
que Camara e proprietarios tivessem em bom curso perm itindo recuperar por
tirado pleno partido deste instrumento acresc imo 0 Eleva dor de Santa Justa
financeiro ao seu alcance. Tambem os - icone da Cid ade - que durante tanto
lisboetas se distrairam co m a nov idade tempo tra nsportou lisboetas entre ba ir
dos Centros Comerciais atipicos e repeti ros e turi stas entre as vistas do auro e
tivos na sua oferta mas com abrigo para do Largo do Carmo. Tambem 0 abrigo
a chu va e para as temperaturas na sua do Poeta. no Largo de Ca m6es. sera em
passada se m declives nem graca. breve um belissimo Hotel de Charme.
Sabemos que nao podem haver ci As igrejas nao podiam ser esquec idas
dades com intervalos de atencao e. nesta vaga de «nova vida» que percorre
rUTIDO ItrMIUlrSCrI1Tr DrnrconsTtuCfio DO
(nIllDO
6
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 2/9
CHIADO IN LOCO
FRRC
to dD 0 Ch iado. Por detras dos tec tos
escuros dan c a r n a ~ a o .
po r exemplo. descobrem-se agora nuve ns. anjos.
santos e outra s imagens com uma
lu minosidade e gra.;:a h§ mu ito na o ex
perimentada.
Pretende-se uma requalifica<;:ao em
se ntido global que pa ssa. pelo repovoa
mento, a moderniza.;:ao do tecido comercial. a valoriza.;:ao dos monumentos.
a reabil ita<;:ao dos espa<;:os publicos e
dinamiza<;:ao artfs tica e cu ltural que a li
tem raiz e razao de ser.
o Chiado sera. cada vez mais. a casa
dos seus moradores e a casa dos seus
visitantes. 0 centro cultural. comercial
e boemio da Capital. Consigo. 0
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 3/9
CHIADO IN LOCO
FRRC
the revitalisation of Chiado.
The approach paid off There are cur
rently around 34 schemes by property
owners under appraisal. some of which
are distinctive projects that will contri
bute decisively to taking Chiado 'back
to the future . so to speak. in line with
the areas fin est bohemian. cu ltural and
commercial traditions.
Building work on the Ediffcio Leonel. for
example, which ha s lain peacefully in ru
ins since J988. is already well underway.
allowing in addition the restoration of
the Elevador de Santa Justa - a city icon
which for so long transported lisboetasfrom one part of the city to another and
tourists between the views from Rua do
Duro and Largo do Carma.
The churches could not be forgotten
in this wa ve of rejuvenation sweeping
through Chiado. Behind the dark roofs
of the Igreja da Nossa Se nhora da En
carnar;ao. for example. can now be found
clouds, angels. saints and other images
resplendent in a light and elegance un
seen for many years.
The aim is to rejuvenate the area in every
sense. at tracting the people back, mo
dernising the commercial infrastructure,
enhancing the local monuments, reno
vating the public areas and animating the
artistic and cultura life that are a part of
Chiado and its very raison d'f!tre.
Chiado will increasingly becomehome to its inhabitants and visitors
alike. The culturaL commercial
and bohemian centre of the capita/.
Be a part of it. 0
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 4/9
tambem a sua ma rca no Chiado - um
espa<;:o de Oesign, na c idade. 0
C
hiado has been one of Lisbon's
most cosmopolitan quarters
since the 79th cen tury, so itcom es as no surprise to find that design
ha s been a constant presence.
Art Nouveau, even on Lisbon's slightly
provincial scale, found expression in
Brasileira and the upmarket shops along
Rua Garrell, Pa ris em Lisboa, Ramiro
Leao, Havaneza and Gardenia are al l fineexamples of the era.
Designer goods continue to find an outlet
in Chiado, from the highly hand-crafted'
(Ceramicas Sant Anna} to the mass-pro
duced (Vista Alegre and Cutipo/}, and new
shops, some aimed at the higher and
others at the lower end of the market,
~ , \ ) \ SO USJI C.
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 5/9
CHIADO IN LOCO
RUINAS DA IGREJA DO CARMO
E MUSEU ARQUEOLOGICO
Forografia, E'/elyo Kahn
Ac o n s r u ~ a o da Igreja do Carmo
remonta ao ana de 1389, impu l
sionada pelo desejo e o ~ a o religiosa do seu fundad or, 0 Condestave
do Reino, D. Nuno Alvares Pereira. Cons
truida sobre a co lina fronteira ao Castelo
de S Jorge, a Igreja do Carmo, pela sua
grandeza e monumentalidade, co ncorria
com a Se de Li sboa e com 0 Convento de
S. Francisco da mesma cidade. Desde
cedo es te espa<;:o rel ig ioso foi considerado emblematico da urb e lisboeta e da
propria identidade nacional, pelo fa cto de
lhe estar associado 0 nome de um do s
mais famosos herois portugueses da
Idade Media . Ao ter esco lhido a Igre ja do
Fachada da igreja e Carmo para sua sepultura, Nun 'Alva res
Ccnvenlo do Carma, Pereira, marcou, de forma decisiva, toda
Gravura de a hi sto ria do monumento.
G Debrie. 1745 De raiz ga tica, 0 Convento recebeu
acrescentos e alt era <;:6es ao lon go do s
tempos, adaptando-se a novos gostos
e estilos arquitectonicos e deco rativos,
transformando-se num dos conventos
mai s ricos e poderosos de Lisboa . Em
1755, 0 terramoto que abalou violenta
mente a cidade, provocou graves danos
no edi ficio, agravados pelo subsequente
in ce ndio que destruiu a quase lotalidade
do recheio.
Urn espat,;o de f r u i ~ a o estetica.
de cuttura e de repouso .
em plena baixa lisboeta.
Po uco tempo depoi s ini ciou-se a sua
r e c o n s t r u ~ ja em est ilo ne ogot ico,
Interro mpi da defin tivamente em 1834,
aquando da e x t i n das Ordens Reli
giosas. Desse primeiro periodo recons
trutivo sao os pilares e os arcos das
na ve s, um ve rdadeiro testemunho de arquitectura neogo tica ex perimental, de
ca riz ce nogrMico.
Em mea dos do se culo XIX, imperando
o gosto romantico pelas ruinas e pelos
antigos monumentos medievais, optou
- se po r nao continuar a reconstru<;:ao
do edificio, deixando 0 co rpo das naves
da igreja a ceu ab ert o e c riando, assim,
um idilico ce nario de ruina . As Ruinas do
Carmo transformaram - se, assim, num
monume nto do Te rramoto de 1755.
14
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 6/9
CHIAOO IN LOCO
RuiNAS DA IGREJA DO CARMO E MUSEU ARQUEOlOGICO
Teste lra do TUmulo
do Rei D. Fernando I.
com cenas da vida
emilagres de
5. Francisco de Assis.
com e5pecial re/ el'o
para a E s l i g m a / i z a ~ o1380-1 3113.
Pedra Calcaria .
Proveniente do
Convento de 5. Francisco
de San/ammo
FolD. J 0 5 ~ P ~ S ( J d OOf rPM.
o Museu Arqueologico do Carmo. aqui
instalado. loi lundado em 1864 pelo
primeiro presidente da A s s o c i a ~ a o dos
Arqueologos Portuguese s. Joaquim Pos
sidonio Narciso da Silva 11806-1 8961. com
o o b j e c t i v ~ de sa lvaguard ar 0 patrimonio
nacional que se ia delapidando e deteno
rando. em consequencia da e x t i n ~ a o das
Ordens Religiosas 11 8341.
De todo 0 variado e eclektico espolio do
Museu. tem especial destaque a c o l e c ~ a o de Vila Nova de Sao Pedro. Azambuja
ICalcolitico. c. 3500 a.C); 0 Sa rcolago da
Musas Isec. III-IV de); 0 Tumulo do Rei
D. Fernando I 11380-831. obra prima da
escultura gotica portuguesa Irecente
mente restaurado); as quatro placas de
alabastro de origem inglesa Isec. XV); as
duas mumias e as ceramicas pre-colom
bianas lum dos principais atractivos do
Museu!; 0 monumental tumulo barroco
da rainha D. Maria Ana de Austria Imu
lher de D. Joao VI. da olicina de Machado
de Castro. um conjunto de 14 painei s
de azulejos barrocos alusivos a Paixao
de Cristo Ie. 1780. oficina de Fra ncisco
Jorge da Costal. e ainda a c o l e c ~ a o deescultura heraldica.
Apos um longo periodo de encerra
mento. devido as obras do Metropolitano
de Lisboa. este Museu. 0 mais antigo da
cidade. reabriu em Julho de 2001.
Os visitantes podem agora usufruir de
um e s p a ~ o completamente remodelado.
admirar a c o l e c ~ a o arqueologica ao
mesmo tempo que tiram partido da
modernidade da d i s p o s i ~ a o da s
expostas. mas tambem do amblente
intimista e exclusivo que a e m o d e l a ~ a o
o Chd do Carmo
SaLao de Chd .ALmocos . Tea Room-'
Chas egele ias "j\1ariage Freres"· Scones· Bolos caseiroo' · Gelados
Co<.inha caseim . Enc ol7lcndaspam fom
Em frente as Ruinas do Carmo· In front of "Ruinas do Carmo"
Largo do Ca171l0, 21· Tel. 21 342 1305/1 .Fechado aos Domingos· Closed on SUl1dq,s
soube preservar. 0 Museu guardou a
personalidade antiga e aliou-a aactuali
dade de que necessitava para se tornar
num museu do sec. XX I. 0
The construction of the IgreJa do
Carmo dates back to the year
138 9. motivated by the desire and
religious devotion of its founder. Dom
Nuno Alvares Pereira . Built on the hill
facing the Ca stelo de 5. Jorge. the
church rivalled Lisbon cathedral and the
Convento de 5. Francisco for size and
grandeur From early on. this religious
monument was deemed a symbol of the
city of Lisbon and of Portuguese national
identity by virtue of its association with
one of Portugal"s most famous medieva l
heroes. And in choosing it as his final
resting-place. Nuno Alvares Pereira
decisively marked the entire course of
Its history.
Gothic in design. the
convent was added to A place of aesthetic fulfilment.and altered over the of culture and calm. in the verycenturies. adapting
heart of downtown Lisbon .itself to new archi
tectural and decora
tive tas tes and styles and transforming
itself into one of the r ichest and most
powerful convents in Lisbon. In 1755. the
earthquake that violently shook the city
caused serious damage to the building.
aggravated by the subsequent fire that
destroyed most of ts contents.
Shortly afterwards. work on its recon
struction in Neo-Gothic style was begun.
but th,s was interrupted definitively in
1834 with the abolition of the religious
orders. From this first period of re
co nstruction still stand the pillars and
arches of the nave. testimony to the
scenographic nature of the experimen tal
Neo-Gothic architecture.
CHIADO ~ : J N V I D A 176
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 7/9
CHIADO l'i LOCO
RuiNAS DA IGREJA DO CARMO E MUSEU ARQUEOLOGICO
HORARIOS
OPENING HOURS
'DhOO - 18hOD
Segunda a Sabado
Monday 10 Saturday
(Maio a Selembrol
May to September!
Fecha Domingo.
Closed on Sunday.
Largo do Carma
T e 1 2 1 3 4 7 8 6 2 ~
TIlmulade
D Femao Sanche;;:
I' me/Me sec. XIV.
Granila.
Antigo Conventa
de 5. Domingos
de Santarem .
In the mid- 79th century, with the Roman
tic taste for ruins and medieval monu
ments at its height, it was decided not to
continue with the reconstruction of the
building, but to leave the structure of the
nave open to the elements instead, thus
creating an idyllic ruin scene. And in so
doing, the ruins were transformed into a
monument to the earthquake of 1755.
The Museu Arqueol6gico do Carma,
housed in the convent, was founded in
7864 by the first chairman of the Portu
guese Society of Archaeologists, Joaquim
Narciso da Silva {7806 - 1896}, with the aim
of safeguarding the country's heritage
from decay as a result of the abolition of
the religious orders {7834}.
Of all the museum's varied and eclec
tic exhibits, several in particular stand
out. These include the Vila Nova de Sao
Pedro, Azambuja collection {c. 3500 BC},the Muse Sarcophagus {3rd -4th century
AD}, the tomb of King Fernando I {1380
1383}, the recently restored masterpiece
of Portuguese Gothic sculpture, four
alabaster plaques of English origin f15th
century}, two pre-Columbian mummies
and ceramics {one of the museum's main
attractionsi. the monumental baroque
tomb of Maria-Ana of Austria {the wife of
King Joao V}, from the Machado de Cas
tro workshop, a set of 14 baroque azulejo
panels depicting the Passion {c 7780,
Francisco Jorge da Costa workshop}, and
a collection of heraldic sculptures.
After being closed for a long period of
time, due to work on the Lisbon metro
system, the museum, the city's oldes t,
reopened in July 2001.
Visitors can now enjoy a completely re
designed museum, which allows them
to admire the archaeological collection
while taking advantage of the modern
arrangement of the exhibited items and
also the intimate and exclusive atmos
phere that the refurbishment left intact.The redesign retained the ancient cha
racter but allied it to the modern element
that the museum needed to bring it into
the 27st century. 0
CHIADD IN ~ O
-TEATRO MUNICIPAL SAO LUIZ
A 22 de Maio de 1894, os lisboetas
acorreram em alvoroco aestreiai
de um novo teatro.
No entanto, a maior parte dos convivas
licou aporta para ver entrar 0 Rei D. Car
los e a Rainha Dona Amel ia , madrinha do
novo espa.;:o que, em homenagem a Sua
Majestade, tomava 0 seu nome.
Sala cosmopolita, cUJos foyers eram visi
tados pela sociedade elegante da epoca,
o entao D. Amelia era 0 palco que acolhia
companh a s estrangeiras e as maiores
figuras do Teatro europeu da altura.
Apos 1910, co m a queda da Monar
quia, implantava-se a Republica e para
comemorar 0 leito 0 Teatro tomava 0
nome da nova ordem politica. A partir de
entao e ate a decada de 3D, 0 Teatro foi
o palco de elei.;:ao de art istas nacionai s,
como Joao e Augusto Rosa, Eduardo
Brazao, Rosa Damasceno, Angela Pinto,
Luci nda Sim oes, Adelina Ab ranch es,
Pa lmira Bastos ou Ame lia Rei Co la.;:o
Nessa epoca, 0 Teatro descobria 0 Mod
ernismo pela mao Almada Negreiros
declamando 0 seu Ultimatum Futurista
as gera<;:oes futuras ao lade de Santa
Rita Pintor e com 0 aplauso de Fernando
Pessoa.
20
Em 191 8, 0 Teatro homenageia aquele
que 0 havia transformado num centro de
bom gosto e cultura de referencia e passa a nomear-se Teatro de Sao Luiz. Mais
tarde, chega 0 cinema e os espectadores
fogem para os animatografos. 0 Teatro
de Sao Luiz reforma-se para receber
a novidade, projectando pela primeira
vez, em 1928, 0 filme "Me tropolis" de
Fritz Lang, acompanhado de orquestra .
Durante decadas se ra palco de estreias
que fizeram a historia da Setima Arte.
A poesia, pela mao de Vilaret so chega
depois dos anos 50.
Em 1971, a Camara Municipal de Lisboa
adquire 0 Teatro, cu jo publico comecara
a escassear, para dar inicio a uma serie
de temporadas, apresentadas por uma
nova companhia residente, encabe.;:ada
por Euni ce Munoz e dirigida por Luiz
Franci sco Rebelo. Mais tarde, em 1980,
Amalia regressa a este teatro para que a
cidade prestasse homenagem a uma das
suas mais ilust re s cidadas.
Reinaugurado a 30 de Nove mbro de 2002,
apos um arrojado projecto arquitectonico
que the moldou a face e a estrutura, 0
Teatro Sao Luiz foi semp re marca do pela
mu l tidisciplinariedad e e pela diversidade
das artes e acontecimentos que se cru
zavam e conviviam, abarcando as ma s
var iadas vertentes das Artes Performati
vas: Dan.;:a, Teatro, Musica, entre outras.
o Teatro apresenta-se hoje como um
centro cultural dedicado as Artes do
Espectaculo, com tres palcos Sala Prin
cipal, jardim de Inverno e Teatro-Estudio
Mario Viegas. 0
18
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 8/9
---
I
,
Wat IS today the Teatro Mu
nicipal de Sao Luiz was for
decades, through successive
changes in name and function first a
theatre, then a cinema - a fashionable
location, indeed the most fashionable
in Lisbon, where the most talked about
shows were performed, where in the
elegant foyers the great figures from the
theatre's past were etched in marble, and
where in the intervals everyone would
gather to meet.
It wa s on the night of 22nd of Ma y 1894
that Chiado society headed in excited
expectation to the opening of a new thea
tre, a theatre so co smopolitan that it was
essentially dedicated to showing foreign
companies, so Parisian that its archi ect
was the Frenchman Louis Reynaud, and
so aristocratic that not even its name
could escape the opportunity to honour
Her Majesty the Queen ,
Myriad are the memories that inhabit this
magnificent old theatre, through which
ha ve passed some of Portugal's g reatest
theatrical and cultural figures actors,
playwrights, artists, fi lm directors and
impresario s, Of spe cial note also is the
fact that, since its very beginnings. the
theatre has fo stered a cosmopoli tanism
and openness to outside influences. at
the time particularly those from France.
Italy. Brazil and Spain.
\
..
8/6/2019 Cidades - Lisboa, o Chiado Volta
http://slidepdf.com/reader/full/cidades-lisboa-o-chiado-volta 9/9
CHIAQO IN LOCO
TEATRO MUNICIPAL SAO LUIZ
Jardim de invemCk
fresco que representa
Neptuno. assinado
peto celebre cenegra'o
ilaliano. Manini. ques.radicou em Portugal
n. segunda metade
do s ~ c . XiX
With its different names over the years
[Teatro D. Amelia, Teatro da Republica,
Sao Luiz Cine and Teatro Sao Luizl. the
theat re has always reflected the cultural
and aesthetic fashions of the da y, we l
coming, with ever-present glamour, the
ar istocratic and bourgeois society that
frequented it wi th delight and expecta
tion.
We should also remember that it was on
this stage, in 1916, that Almada Negrei
ros gave a reading of his Ultimatum Fu
turista, with Fernando Pessoa sat amid
an outraged audien ce.
It was also here, in 1928, that Fritz Lang ·s
Metropolis was first screened, complete
with orchestral accompaniment. For
several decades, and following its modi
fica tion for use as a cinema by Leita o de
Barros, Sao Luiz became an important
fi lm-viewing venue,
Thus, and in contra st to the city's two
other great historica l theatres the
aristocratic S. Carlos and the D. Maria
II, which operated within very clearly
defined artistic parameters the Sao Luiz
was always distinguished by its multi
disciplinary approach and the va riety of
artistic forms and events that it staged.
In 1971, the theatre was acquired by
the city of Lisbon . After the unsuccess
ful premiere of a major work by Jose
Regio, S a l v a ~ a o do Mundo starring Eu
nice Munoz, the last few years, desp ite
several sporadic successes, ha ve seen
the Sao Luiz continue along its disjointed
and stuttering trajectory, both in man
agement and artistic terms.
The responsibility for developi ng the
prog ramme has been given to Profes
sor Jorge Salavisa, a well-known figure
in Portuguese art circles, whose past
achievements, beside s other successe s,include running one of the country·s
most prestig ious cultural institution s,
the Ballet Gulbenkian, for 20 yea rs.
Furthermore, having worked many years
outside Portugal, he has wide experience
of both the Portuguese and international
art scenes. 0
22