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CIDADANIA COM RESPONSABILIDADE SOCIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL:

orientando os alunos para a preservação do patrimônio público escolar

Autora: Jocely Garbelini Sturion1

Orientadora: Ivani Aparecida Basso da Silva2

RESUMO:

A conservação do patrimônio público tornou-se um dos assuntos mais presentes na educação, por ser um instrumento importante através do qual podemos ensinar e incentivar os alunos na preservação daquilo que é da comunidade. É de fundamental importância que os alunos recebam na escola essas orientações, pois escolas danificadas por vandalismo gastam valores significativos com reformas, prejudicando novos investimentos que poderiam ser feitos na própria escola, bem como outros recursos que seriam aplicados nos diversos setores da educação. Este artigo aborda o tema escolhido, por ser relevante para a escola, pois procura transmitir informações sobre a necessidade da preservação de seu patrimônio. Com relação a abordagem metodológico, foram propostas leituras, apresentação de painel, vídeos e atividades específicas que permitam aos educandos, esclarecimentos sobre a necessidade da conservação do Patrimônio Público Escolar. As ações implementadas na escola tiveram como abrangência os alunos da 5ª e 7ª séries, os professores, equipe pedagógica, funcionários da escola e pais. Procurou-se transmitir uma orientação correta tanto para os professores como para os alunos sobre a educação patrimonial, como sendo um instrumento de prevenção para a conservação deste patrimônio público, ou seja, ao patrimônio público físico das escolas, que é essencial para seu funcionamento. Os resultados obtidos foram satisfatórios, todos se empenharam em melhorar na questão preservação do ambiente escolar. Sabemos que qualquer mudança requer tempo, mas o projeto desenvolvido serviu como um alerta a todos que achavam que cuidar da escola não era sua obrigação. Palavras-chave: Cidadania; Responsabilidade Social; Patrimônio Público; Preservação; Escola.

1 Professora PDE 2010-2011, UEM, atuante na Escola Estadual Cecília Meireles na cidade de Santa

Fé, graduada em Ciências e Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio, pós graduada em Fundamentos da Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari. 2 Mestre em Estatística pela Universidade Estadual de Londrina, graduada em Matemática pela

Universidade Estadual de Maringá, professora Assistente nível D do Departamento de Estatística da

Universidade Estadual de Maringá.

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1. Introdução

A conservação do patrimônio público tornou-se um dos assuntos mais

presentes na educação, por ser um instrumento importante através do qual podemos

ensinar e incentivar os alunos na preservação daquilo que é da comunidade.

Muitas vezes ouvimos notícias através da mídia sobre os constantes atos de

vandalismo que acontecem nas escolas, causando uma grande destruição desses

bens públicos. Estas atitudes prejudicam muito os alunos e os prejuízos causados

são pagos pela própria população, através dos tributos arrecadados.

Este artigo se justifica, em primeiro lugar, pelo fato de não se ter ainda como

prioridade uma orientação correta, tanto para os professores como para os alunos,

sobre a necessidade da conservação do patrimônio público, ou seja, do patrimônio

físico das escolas, que é essencial para seu funcionamento. Uma melhor educação

patrimonial em sala de aula pode funcionar como apoio à formação da

conscientização desses alunos sobre suas responsabilidades em relação à

conservação dos bens públicos tanto dentro quanto fora da escola.

É de fundamental importância que os alunos recebam na escola essas

orientações, pois escolas danificadas por vandalismo gastam valores significativos

com reformas, pinturas e concertos de equipamentos prejudicando novos

investimentos que poderiam ser feitos na própria escola, bem como outros recursos

que seriam aplicados nos diversos setores da educação.

Desta forma, o tema aqui abordado é relevante para a escola, pois procura

transmitir informações sobre a necessidade da preservação de seu patrimônio, que é

também de toda a comunidade. As estratégias utilizadas fizeram com que ocorresse

a participação tanto do professor como da comunidade escolar, sendo esses a

população estudada. Para facilitar o desenvolvimento do tema utilizou-se de uma

forma que instigue o aluno a apreender conteúdos estatísticos específicos para

obter, sintetizar, quantificar, analisar e contextualizar informações, de forma que

sejam incorporadas às experiências de seu cotidiano.

Dentro do espaço escolar existem elementos que são essenciais para que a

criança ou adolescentes tenham uma boa qualidade de ensino e conseqüentemente

de vida. Como questão problemática, propõe-se, “Por que é importante a

preservação do espaço escolar e como a Estatística pode ser utilizada para auxiliar

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na reflexão e contribuir na apresentação de soluções para essa preservação?”. É

através deste questionamento que várias questões são resolvidas, orientando e

conscientizando os alunos sobre a importância da preservação e bom uso do

Patrimônio Público Escolar.

2. Desenvolvimento

2.1 A preservação do patrimônio público escolar

O mundo atual se caracteriza pelas inovações que são intensas, sendo

observadas em várias áreas do conhecimento. Estas inovações ou mudanças são

percebidas quando reparamos em nossa cidade através de seu desenvolvimento,

em nosso redor no crescimento de nosso bairro, em nossa casa, em nossa escola.

É preciso parar e repensar as mudanças do mundo contemporâneo. Pensar que dentro de uma comunidade pode existir um outro tempo, especifico, bem diferente do tempo capitalista, avassalador, que destrói e constrói numa velocidade que somos incapazes de captar e tornar inteligível. (SUWABE, 2010, p. 1).

Mesmo com todas estas transformações, muitas lembranças são

armazenadas em nossas mentes. Quando crescemos, e passamos em frente da

escola que estudamos quando éramos crianças, nos lembramos da sala de aula,

das carteiras, do quadro negro. São recordações que gravamos através de fotos, de

objetos, etc. Todas essas recordações são guardadas, sendo preservadas e

cuidadas com carinho.

Para que tudo isso continue existindo, a necessidade de conservação e

preservação se torna essencial. As pessoas precisam ter a consciência dessa

necessidade para que no futuro, possam mostrar ou deixar a seus filhos as

recordações do passado.

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Por outro lado, a necessidade de conservação e preservação é também

essencial quando se trata de bens de uso da comunidade, pois envolve gastos dos

recursos públicos.

2.2 O patrimônio

Patrimônio – Herança paterna; bens de família; dote de ordinando; (p. ext.)

quaisquer bens, materiais ou morais, pertencentes a um indivíduo ou a uma

instituição; propriedade (Do lat. patrimoniu.).

Cada ser humano tem uma forma peculiar de contar suas histórias. Em

nossa casa possuímos um patrimônio considerado familiar, guardado muitas vezes

com carinho, por ser a única forma de se lembrar do passado.

São registros de lembranças passada que contam as histórias da família,

como as fotografias, os objetos que também guardam lembranças, os hábitos e

saberes que são passados de geração para geração.

Um instrumento usado por nosso avô, o diploma de nossa formatura, a foto daquele aniversário, um postal que recebemos de um amigo ou a foto de parentes que nem chegamos a conhecer, são exemplos de recordações de vida de nossa família e merecem ser preservados. Para isso, guardamos as fotos em um álbum, cuidamos de não dobrar ou amassar o diploma, limpamos periodicamente os objetos (MEDEIROS, 2005, p. 2).

A autora observa que é através do cuidado com esses objetos que ocorre a

preservação da memória das famílias, permitindo contar suas histórias aos que virão

futuramente.

2.3 O patrimônio escolar

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A preservação e o cuidado do espaço escolar são tão importantes quanto o

cuidado que temos com a nossa própria casa. O patrimônio escolar é definido por

Tajra (2010) da seguinte forma:

[...] conjunto de bens, direitos e obrigações suscetíveis de depreciação econômica obtidos através de compra, doação ou outra forma de aquisição, devidamente identificado e registrado contabilmente. Em outras palavras podemos dizer que o patrimônio escolar é o conjunto de bens móveis e imóveis que formam a parte física e material da escola e que, quando postos em uso, não estão sujeitos a danificações imediatas. Vemos nessa definição de patrimônio os termos: bens móveis e bens imóveis da escola (TAJRA, 2010, p.1).

Esses bens segundo o autor são diferenciados. Os bens móveis são os

materiais móveis, equipamentos, etc., e os imóveis como a palavra diz, é o terreno

em que se encontra construída a escola. Existem também aqueles bens que não

podem ser tocados, considerados incorpóreos, imateriais e intangíveis por Tajra:

[...]não apresentam uma forma física e que a escola também tem esses bens imateriais que são: a sua cultura, os seus valores, a sua filosofia, o próprio projeto pedagógico, a sua tradição, a sua história e os seus símbolos. Esses bens imateriais não podem ser guardados e estocados e o seu valor é difícil de determinar como também é praticamente impossível a sua reposição (TAJRA, 2010, p. 1).

Segundo Medeiros (2005, p. 2-3), a escola mostra suas características

através de suas estruturas físicas externas. Para ele:

A imagem do prédio de uma escola revela muito sobre os valores e o comportamento da comunidade na qual está inserido. O cuidado com as carteiras e salas de aulas pode refletir o grau de identificação e envolvimento dos alunos com sua escola.

Suwabe (2010) apresenta em seus estudos a Escola Barnabé localizada na

cidade de Santos, estado de São Paulo, como exemplo. Ela vem procurando

sobreviver ao longo de mais de um século de existência. Mantendo-se íntegra

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graças a pequenas ações de sua administração e da comunidade no seu entorno.

Atualmente é considerada como um exemplo concreto de Preservação e Educação

para o Patrimônio cultural. Pois segundo Suwabe, ela mantém suas características

físicas, mantém sua função primordial e, sobretudo, representa a História do cidadão

comum, da pessoa comum.

As ações educativas para a preservação da escola passaram a ser uma rotina no dia-a-dia de professores e alunos do Barnabé. Os alunos aprendem a preservar, limpando suas próprias carteiras quando as riscam ou as sujam. Os banheiros, quando têm portas e paredes pichadas, têm também o próprio autor convocado para as limpar ou repintar. Essas ações de educação patrimonial fizeram com que acabassem as pichações nos muros externos da escola (SUWABE, 2010, p. 1).

Estas ações foram realizadas com a intervenção da comunidade local (pais,

alunos e direção) que se uniram para a restauração da escola.

Os valores não podem mais ser tratados apenas como conceitos ideais. A

escola faz parte de um processo, ou seja, ela “está inserida e comprometida com o

desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na sociedade para

transformá-la [...]” (BAUER; BASSI, 2006, p. 1).

2.4 A cidadania e a responsabilidade social

Como prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394

de 20 de Dezembro de 1996, a Educação tem como finalidade preparar o educando

para o exercício da cidadania.

Na opinião de Souza (2009, p. 1):

Este processo só é possível se dentro do ambiente escolar forem desenvolvidas práticas que levem os indivíduos a promover ações de solidariedade, respeito mútuo, ética, responsabilidade social e cooperação, pois a escola é sempre um subsistema do Mundo Social e deve representar certamente os anseios e desejos da comunidade que a ela busca.

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Para o autor, é muito importante que sejam desenvolvidas práticas

pedagógicas na escola e essas práticas devem ser “voltadas para o reconhecimento

dos bens patrimoniais e de sua valorização ativa e consciente”. Souza comenta que

”o processo de conhecimento gerado na escola é de grande importância para

promover atitudes que levem em conta uma melhor relação dos cidadãos com o

patrimônio que faz parte de sua vida” (SOUZA, 2009, p. 1).

A conscientização ou sentimento de cidadania nas pessoas só ocorrerá se

forem cultivados valores, e esses valores devem ser passados dentro da escola,

pois eles formarão uma “base de sustentação do comprometimento com princípios

como o respeito à diversidade, à interdependência, à justiça e ao amor ao próximo”

segundo as autoras Bauer e Bassi (2006, p.1):

É importante uma Educação em Valores e o Papel da Escola e do Educador no desenvolvimento do educando, por meio de práticas, conceitos e exemplos aplicados na escola junto ao currículo escolar já a partir do Ensino Fundamental, práticas essas que respeitem a diversidade cultural e social e as necessidades de cada comunidade em torno da escola e que apresentem os conceitos e os diálogos existentes sobre a capacitação dos alunos, de forma a aprenderem a conhecer, a fazer, a viver juntos, a entender, a respeitar e ajudar ao próximo, a ser, a ouvir, a dialogar, a questionar, a mudar e resolver os problemas do dia-a-dia (BAUER; BASSI, 2006, p.1).

As autoras complementam: “Se a escola deve ter como tarefa a formação da

cidadania e esta ganha seu sentido pleno num contexto democrático, é fundamental

verificar a situação educacional existente hoje no Brasil”. Com relação a

responsabilidade social as autoras apresentam o seguinte comentário:

A comunidade escolar é o ambiente ideal para a conscientização e para o desenvolvimento de projetos voltados à Responsabilidade Social. Os educandos, podem e devem tomar conhecimento das necessidades e das problemáticas da sociedade e, potencialmente, tornarem-se pessoas que respeitem a diversidade, que convivam com as diferenças e que sejam

mais comprometidas com o futuro (BAUER; BASSI, 2006, p. 2).

Portanto é no universo da escola que o educando vivencia situações

diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente

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com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e ser ouvido, a

reivindicar direitos e cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica,

cultural, social e política do país e do mundo.

A conscientização de que cada um dos seus integrantes (professores,

funcionários, coordenadores e diretores) deve assumir seu papel, tendo como

objetivo, promover o bem de todos, é uma maneira prática de transparecer

responsabilidade social na escola.

2.5 A contribuição da estatística no processo de educação para o exercício da

cidadania

A estatística é descrita pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas

(ENCE) vinculada ao IBGE, como:

Um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação das informações. O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas estatísticas de obtenção e análise de informações permite o controle e o estudo adequado de fenômenos, fatos, eventos e ocorrências em diversas áreas do conhecimento. A Estatística tem por objetivo fornecer métodos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações sujeitas a incertezas (ESTATÍSTICA, 2011, p. 2).

A estatística já era usada desde a antiguidade, os povos utilizavam-na para

registrar a quantidades de habitantes, de nascimentos, de óbitos etc. Na Idade

Média teve importante função nos levantamentos tributários ou bélicos (ROSETTI

JR, 2007 apud SILVA; ALMEIDA, 2010, p.2).

São muitos os trabalhos de pesquisadores a respeito do ensinamento da

estatística e da probabilidade nas escolas básicas, e todos eles procuram

demonstrar a relevância do assunto.

Na opinião de Lopes (2008, p. 59), “A competência nesses assuntos permite

aos alunos uma sólida base para desenvolverem estudos futuros e atuarem em

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áreas científicas como a biologia e as ciências sociais”. A autora complementa

apresentando que,

No mundo das informações no qual estamos inseridos, torna-se cada vez mais “precoce” o acesso do cidadão a questões sociais e econômicas em que tabelas e gráficos sintetizam levantamentos; índices são comparados e analisados para defender idéias. Dessa forma, faz-se necessário que a escola proporcione ao estudante, desde os primeiros anos da escola básica, a formação de conceitos que o auxiliem no exercício de sua cidadania. Entendemos que cidadania também seja a capacidade de atuação reflexiva, ponderada e crítica de um indivíduo em seu grupo social. Sendo assim, urge que a escola cumpra seu papel de educar para a cidadania (LOPES, 2008, p. 60).

O ensino da estatística contempla o “Tratamento da Informação”.

Pesquisadores como Santos e Magina (2008), Ribeiro (2007) e Morais (2006)

investigaram a forma de implementação do Tratamento da Informação, e

constataram o seguinte:

Na maioria das vezes, o trabalho limita-se às atividades e propostas apresentadas em livros didáticos, refletindo uma concepção errônea de uma visão tecnicista (utilitarista) e limitada da interpretação e análise de dados porque priorizam o uso de registros em tabelas e gráficos e apenas a interpretação algorítmica do conceito de média aritmética. Ambos evidenciaram que as concepções e competências dos professores, especialistas e polivalentes, ainda se encontram vinculadas a essa visão tecnicista da Estatística, limitada à interpretação simples de conceitos básicos (apud SILVA; ALMEIDA, 2010, p.2-3).

Os conceitos estatísticos têm exercido profunda influência na maioria dos

campos do conhecimento humano. Na prática, a Estatística pode ser empregada

como ferramenta fundamental em várias outras ciências. As informações estatísticas

são concisas, específicas e eficazes, fornecendo assim subsídios imprescindíveis

para as tomadas racionais de decisão (ESTATÍSTICA, 2011, p.2).

Conclui-se, portanto, que obter, sintetizar e analisar informações é

fundamental para auxiliar na reflexão e na busca de soluções.

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3. Relato das Ações de Implementação do Projeto na Escola

O Projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Cecília Meireles – Ensino

Fundamental do município de Santa Fé. As ações implementadas na escola tiveram

como abrangência os alunos da 5ª e 7ª séries, os professores, equipe pedagógica,

funcionários da escola e pais. As atividades foram aplicadas no Ensino de

Matemática, dentro do qual se insere o estudo do tema.

Com os alunos da 7ª série foram desenvolvidos conteúdos teóricos

estatísticos sobre a forma de obter e sintetizar informações bem como

esclarecimentos e reflexões sobre a importância da Preservação do Patrimônio

Público Escolar.

As etapas de desenvolvimento do Projeto seguiram os seguintes passos

com a turma da 7ª série: Esclarecimentos e reflexões do professor sobre o tema;

Realização de pesquisas teóricas pelos alunos e discussão sobre o tema em sala

de aula; Listagem de palavras com objetos do patrimônio público da sala e/ou da

escola e nomes dos espaços escolares ou com palavras chaves da preservação

deste espaço; Elaboração, juntamente com a turma, de questionário para

levantamento de informações sobre o tema; Aplicação do questionário aos alunos

da 5ª série da escola para saber quais são suas atitudes na utilização dos bens

públicos; Elaboração de tabelas e gráficos de barras ou setores e cálculo de

proporções com as informações obtidas na aplicação do questionário; Apresentação

para a escola dos resultados das informações obtidas na aplicação do questionário

através de cartazes ilustrativos; Produção de um texto coletivo apresentando o

resultado das informações obtidas na aplicação do questionário para ser entregue

aos pais; Realização de Palestra com os alunos, professores, equipe pedagógica e

funcionário da escola, sobre o tema; Elaboração de frases, panfletos e cartazes

ilustrativos, através de sugestões de alunos, sobre o bom uso do Patrimônio Público

Escolar; Elaboração de propostas de ações junto aos alunos da 5ª e 7ª séries, a

serem realizadas por eles, para a preservação do patrimônio escolar; Sugestão de

outras ações sobre a preservação do patrimônio público escolar tais como: -

Paródias, rap, teatro, poesias, envolvendo:Depredação e desperdícios na escola;

Direitos e deveres dos alunos, professores e funcionários na escola; Levantamento

de dados sobre despesas públicas com: Consertos e reposições de orelhões;

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Consertos em praças públicas; Consertos de iluminação pública; Limpeza pública,

etc; Análise dos recursos financeiros destinados às despesas que poderiam ser

redirecionados a outras ações em benefício da comunidade escolar; Aplicação dos

recursos na escola (equipamentos, manutenção, etc). Cada situação pôde ser

elaborada envolvendo as quatro operações, sistema de numeração decimal, fração,

desafios, tabelas, gráficos, etc.

A produção didática, apresentada está vinculada ao Projeto de

Intervenção/Implementação do Professor PDE, tanto em sua forma como em seu

conteúdo. O Projeto de implementação na escola busca a percepção dos alunos

quanto à importância da preservação de seu ambiente escolar através da ação

humana. Portanto, as atividades tentam despertar nos educandos maior interesse

sobre o tema proposto e seus benefícios no meio escolar.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Básica do Estado do

Paraná, um dos desafios do ensino de Matemática é a abordagem de conteúdos

para a resolução de problemas, por se tratar de uma metodologia pela qual o

estudante tem a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em

novas situações, de modo a resolver a questão proposta.

Para tanto, pretendeu-se com este trabalho levar o aluno a uma atitude de

investigação em relação àquilo que lhe é proposto. A partir daí fazer os devidos

questionamentos aos colegas, provocando uma análise mais detalhada que os leve

a levantar dados, elaborar estratégias e buscar a solução do problema. Estamos

inseridos em um mundo de muitas informações, torna-se cada vez mais “precoce” o

acesso do cidadão a questões sociais e econômicas em que tabelas e gráficos

sintetizam levantamentos; índices são comparados e analisados para defender

idéias.

No Brasil, o órgão governamental responsável pela realização de

levantamentos estatísticos oficiais é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) que tem como principal missão transmitir informações necessárias ao

conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania.

Este órgão realiza muitas pesquisas importantes, todos conhecem e já

ouviram falar do Censo em que se faz a contagem da população do país. Existem

vários outros tipos: número de crianças matriculadas nas escolas; mortalidade

infantil, entre outras. O IBGE utiliza a estatística para contar e registrar a história por

meio de imagens, figuras, dados, tabelas, gráficos e outros. A estatística é um

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conjunto de métodos e técnicas para o planejamento, coleta, organização,

apresentação, análise e interpretação de dados. É considerada uma ferramenta

muito importante, ou seja, ela é essencial para a compreensão e descrição de várias

situações do cotidiano, pois seus métodos são usados em várias áreas do

conhecimento humano.

As atividades apresentadas a seguir, são atividades elaboradas embasadas

em sua maioria em dados estatísticos e seus resultados foram representados

através de tabelas e gráficos pelos alunos.

ATIVIDADE 1 – Estudo de Texto

O objetivo desta atividade foi de refletir sobre a importância da preservação

do patrimônio público.

A leitura e compreensão da literatura sobre o tema “Cidadania com

Responsabilidade Social” proporcionam um conhecimento geral ao aluno da forma

como ele deve agir e pensar a esse respeito.

Utilizou-se um texto para esclarecer e refletir, com a turma em sala de aula,

procurando conscientizar sobre a importância deste estudo e despertar no aluno o

interesse sobre o tema proposto.

O Patrimônio Público vem a ser o conjunto de bens e direitos que

pertence a todos e não a um determinado indivíduo ou entidade e cuidar deste patrimônio torna-se um ato de responsabilidade social. Esta responsabilidade social requer o exercício da cidadania quanto aos deveres e direitos de cada cidadão ajudando-o a regular as relações sociais, além de inseri-lo na sociedade, de forma que ele se sinta parte atuante do todo social e seja reconhecido e respeitado como tal; uma atitude recíproca de participação, civilidade e respeito, que implica no compromisso com si mesmo e com o próximo.

"CIDADANIA COM RESPONSABILIDADE SOCIAL:

PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO"

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Após esclarecimento e reflexão sobre o tema, os alunos foram incentivados a

montar listagem de palavras com objetos do patrimônio público da sala e/ou da

escola; nomes dos espaços escolares ou com palavras chaves da preservação

deste espaço; elaborar frases, panfletos e cartazes ilustrativos, através de sugestões

de alunos, sobre o bom uso do Patrimônio Público Escolar, tentando conscientizar a

comunidade escolar sobre a importância de cuidar e preservar este espaço. Na

figura abaixo está a lista de objetos do Patrimônio Público Escolar, feita por um dos

alunos da turma.

O Patrimônio Escolar é definido por Tajra (2010) com um conjunto de bens,

direitos e obrigações suscetíveis de depreciação econômica, obtidos através de compra,

doação ou outra forma de aquisição, devidamente identificado e registrado

contabilmente.

A Escola com todos os seus bens materiais é um exemplo claro de bem

público de uso da coletividade. Pois não pertence ao governo, nem ao diretor, nem ao

professor e tão pouco aos alunos. Mas sim pertencente a todos da sua comunidade

escolar e por certo um Patrimônio Público, mantido com recursos das pessoas que a

utilizam. A preservação e o cuidado do espaço escolar são tão importantes quanto o

cuidado que temos com a nossa própria casa.

É muito importante que todos da comunidade escolar, e por certo os alunos,

desenvolvam o sentimento de cidadania, respeitando e conservando o Patrimônio

escolar. Somos sabedores que essa idéia de conservação não se limita somente ao

espaço escolar, mas acreditamos que é da Escola que surgem os cidadãos que

convivem em sociedade e se respeitam, preparando-se para um mundo mais humano e

solidário. A escola faz parte de um processo, ou seja, ela “está inserida e comprometida

com o desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na sociedade para

transformá-la [...]” (BAUER; BASSI, 2006, p. 1).

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Figura 1 – Lista de Objetos do Patrimônio Público Escolar-construída por um dos

alunos da 7ª série da Escola Estadual Cecília Meireles – Ensino Fundamental - 2011

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ATIVIDADE 2 – “Aprendendo um pouco mais...”

Esta atividade teve como objetivo introduzir o aluno na Análise Exploratória

de Dados

Como vivemos em um mundo em que tudo que fazemos muitas vezes

envolve números, é preciso organizá-los para um maior entendimento das

informações que são apresentadas por eles. Uma forma de fazer isso é através de

tabelas e gráficos estatísticos. É muito importante a forma construtiva de uma tabela

e de um gráfico. É preciso aprender a organizar os dados coletados em linha e

colunas e representá-los geometricamente. Estas atividades tiveram sua construção

inicial manualmente, os desenhos foram feitos no próprio caderno no sentido de

registro permanente.

Conhecendo os termos: “Pesquisa, Questionários, Tabelas e Gráficos”.

DEFINIÇÕES

QUESTIONÁRIO:

O questionário é o instrumento de

pesquisa muito utilizado na coleta de dados,

e deve ser montado com clareza e ter um

número suficiente de questões, para atingir o

objetivo proposto. As questões podem se

Fechadas (marcar x) ou Abertas (perguntas).

PESQUISA:

A pesquisa é definida

como toda atividade realizada para

se descobrir a resposta de alguma

indagação que temos a respeito de

um assunto.

TABELAS:

As tabelas servem para

organizar e tabular os dados

adquiridos através do instrumento

de pesquisa, apresentando-os em

linhas e colunas distribuídas de

modo ordenado.

GRÁFICOS:

Os gráficos são representações

geométricas que transmitem as

informações apresentadas através

das tabelas, com clareza e

transparência, contribuindo para

uma leitura objetiva.

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Como se deve montar uma tabela

Após a aplicação do questionário, é preciso que se organize as respostas.

Como observamos acima, a tabela serve para organizar os resultados

numéricos de uma pesquisa onde foi aplicado o questionário.

Para construir uma tabela, é preciso analisar os dados a serem organizados,

decidindo quais deles comporão as linhas e quais as colunas, ou seja, como devem

se relacionar. Escolher um título explicativo para tabela; citar abaixo dela a fonte dos

dados quando estes não forem do próprio autor e não fechá-la nas laterais.

O título deve conter a designação do fato observado (o quê), o local (onde) e

a época (quando) em que foi registrado.

Abaixo segue o modelo de uma tabela de distribuição de frequência simples.

Frequência é o número de vezes que um dado aparece. Este modelo foi explicado

aos alunos, para que os mesmos pudessem montar as tabelas em outras atividades

a serem aplicadas.

Título Tabela 1 - Sexo dos alunos entrevistados da

Escola Criança Feliz no ano 2005

Fonte: Do autor (2011)

A seguir, temos um modelo de tabela de dupla entrada.

Tabela de dupla entrada tem a função de representar os valores de mais de

uma variável.

Sexo Nº de Alunos % de Alunos

Masculino 57 45,6

Feminino 68 54,4

Total 125 100

Linhas

Colunas

Nominação das

colunas

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Tabela 2 - Grau de escolaridade por sexo dos entrevistados – Escola Criança Feliz no ano 2005.

ESCOLARIDADE SEXO

TOTAL MASCULINO FEMININO

1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série

15 14 17 15

16 18 13 17

31 32 30 32

TOTAL 61 64 125 Fonte: Do autor (2011)

Como se deve montar um gráfico

Os Gráficos são tentativas de expressar visualmente os dados ou valores

numéricos representados em uma tabela, de maneiras diferentes, facilitando a

compreensão dos mesmos.

Na construção de um gráfico alguns pontos devem ser respeitados, tais como:

1. Devem ser claros e simples e sempre ter um título completo, o qual

deve ser colocado na parte inferior do gráfico;

2. Devem ser construídos numa escala conforme os fatos que se desejam

destacar e ser mais largos do que altos;

3. Seus eixos devem sempre ser especificados (dar nome) e graduados

(criar escalas);

4. Quando os dados não são próprios, deve-se citar a fonte, a qual deve

ser colocada na parte inferior do gráfico;

5. Na parte inferior do gráfico pode-se também usar notas para

esclarecimentos gerais.

Existem vários tipos de gráficos e os mais conhecidos e utilizados para a

representação dos dados são os de colunas, os de linhas e os circulares conhecidos

por setores ou pizza. É importante que os alunos aprendam a montar as tabelas e os

gráficos manualmente, pois assim conseguirão gravar com facilidade as etapas de

elaboração dos mesmos, ou seja, o “como fazer” e os “porquês” dos resultados.

Se começarem a desenvolver este estudo em planilhas eletrônicas não

sentirão estimulos para trabalharem o conteudo no caderno.

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Tipos de Gráficos

Os modelos de gráficos abaixo apresentados foram elaborados no Programa

Excel, sendo apenas modelos de base para os alunos.

Gráficos de Colunas

Nestes modelos de gráficos, as frequências dos valores são colocadas em um

eixo vertical. A representação é feita por meio de retângulos, dispostos verticalmente

(em colunas). Os retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais aos

respectivos dados estatísticos.

Gráfico 1 - Preferência por sabores de Sorvetes dos alunos da 3ª série,

ano letivo 2005, Escola Criança Feliz.

Gráfico 2 - Preferência por sabores de Sorvetes dos alunos da 3ª série,

ano letivo 2005, Escola Criança Feliz.

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Gráficos de Setores/Pizza

O modelo de gráfico circular (setores) ou pizza é utilizado quando se deseja

ressaltar a participação do dado em relação ao todo. Dividi-se um circulo em setores,

com ângulos de medidas proporcionais as frequências das classes. Para achar a

medida do ângulo, utiliza-se a seguinte regra (FERREIRA, 2008):

Frequência da classe x 360 Total da frequência

Gráfico3 - Preferência por sabores de Sorvetes dos alunos da 3ª série, ano letivo 2005, Escola Criança Feliz.

Gráficos de Barras

É a representação por meio de retângulos, dispostos horizontalmente (em

barras). Os retângulos têm a mesma altura e os comprimentos são proporcionais

aos respectivos dados estatísticos.

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Gráfico 6 - Preferência por sabores de Sorvetes dos alunos da 3ª série, ano letivo 2005, Escola Criança Feliz

Gráficos de Linhas

Gráficos de linhas podem exibir dados ao longo do tempo, definidos em

relação a uma escala comum e são, portanto, ideais para mostrar tendências em

dados a intervalos iguais. Em um gráfico de linha, dados de categorias são

distribuídos uniformemente ao longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores

são distribuídos igualmente ao longo do eixo.

Exemplo de gráfico de linha:

Gráfico 7 - Preferência por sabores de Sorvetes dos alunos da 3ª série,

ano letivo 2005, Escola Criança Feliz.

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Gráficos Comparativos

São gráficos que servem para representar mais de uma variável.

Gráfico 8 - Preferência por sabores de Sorvetes dos alunos da 3ª, 4ª e 5ª Série

ano letivo 2005, Escola Criança Feliz.

ATIVIDADE 3 – Colocando em prática a teoria aprendida

O objetivo desta atividade foi fixar o conteúdo da atividade 2, propondo aos

alunos que fizessem uma pesquisa sobre qualquer assunto, dentro da própria sala

(por ex: cor preferida, sorvete preferido, cor dos olhos, altura, carro preferido, etc.).

Os alunos foram separados em grupos e foi deixado que eles usassem a

imaginação, para que tenham a idéia do que vem a ser uma pesquisa. Após a

pesquisa, de acordo com a aula desenvolvida na atividade 2, cada grupo montou

sua tabela e o gráfico de sua preferência, com a orientação da professora. No final

da atividade, todos apresentaram os seus trabalhos para o restante da sala. Na

figura abaixo está o resultado do trabalho de um dos grupos.

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Figura 2 – Tabela e Gráfico construídos por alunos da 7ª série da Escola Estadual

Cecília Meireles-Ensino Fundamental - 2011

ATIVIDADE 4 – Elaboração do Questionário

Esta atividade teve como objetivo a elaboração de um questionário sobre

“Preservação do Patrimônio Público Escolar”, através de sugestões dadas pelos

alunos da 7ª série, o qual foi aplicado em outras séries da escola.

O questionário elaborado foi o seguinte:

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1. Sexo

( ) Masculino ( ) Feminino 2. Em sua sala de aula, você costuma: a) Jogar sujeira no chão

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias b) Escrever na carteira ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias c) Escrever na parede

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias d) Tirar a carteira do lugar ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias e) Falar palavrões

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias f) Deixar sujeira na carteira

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias

g) Colaborar na organização

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Alguns dias ( ) Na maioria dos dias ( ) Todos os dias 3. No banheiro da sua escola, você costuma: a) Jogar papel/objetos no vaso sanitário ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre b) Jogar papel no chão

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre c) Deixar a torneira aberta ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre d) Fechar a torneira quando a encontra aberta

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre e) Acionar a descarga ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre

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4. No pátio da sua escola, você costuma: a) Sujar o pátio da escola

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre b) Deixar vasilhas (do recreio), espalhadas aos arredores da escola ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre c) Sujar as paredes da escola ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre d) Quebrar os vidros das janelas de sua escola

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre e) Subir em cima das mesas de refeição que se encontram no pátio ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre f) Quebrar as plantas (flores) da escola ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre

5. Quando utiliza algum livro da biblioteca, você o danifica (rabisca, dobra/tira a folha, etc.) ?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) Sempre ( ) Não utilizo livros da biblioteca

6. Você conhece os funcionários(as) da escola que fazem o serviço de limpeza ?

( ) Sim ( ) Não

7. Você já viu alguém danificando/depredando algum “bem” da escola?

( ) Sim ( ) Não

8. Se encontrasse alguém danificando ou depredando algum “bem” da escola, você denunciaria? ( ) Sim ( ) Não

9. Você sabe onde denunciar alguém que esteja danificando ou depredando algum “bem” da escola?

( ) Sim ( ) Não 10. A conservação do prédio da sua escola, está boa pra você?

( ) sim ( ) não

ATIVIDADE 5 – Aplicação do Questionário

Esta atividade teve como objetivo a coleta de informações através da

aplicação do questionário desenvolvido pelos alunos, sobre “Preservação do

Patrimônio Público Escolar”, em outras séries da escola. Foi aplicado o questionário

aos alunos da 5ª série.

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ATIVIDADE 6 – Construção das Tabelas

Nesta atividade foi realizada a construção das tabelas referente à pesquisa

realizada sobre “Cidadania com Responsabilidade Social”. A seguir estão duas delas

como exemplo.

Figura 3 – Exemplo de Tabelas construídas por alunos da 7ª série da Escola Estadual

Cecília Meireles – 2011.

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ATIVIDADE 7 – Construção dos Gráficos

Nesta atividade foram construídos os gráficos referentes às tabelas da

pesquisa realizada sobre cidadania com responsabilidade social, montadas na sexta

atividade. . Abaixo estão os gráficos das duas tabelas anteriores

Figura 4 – Exemplo de Gráfico de Setor construído por alunos da 7ª série da Escola Estadual

Cecília Meireles – Ensino Fundamental - 2011

Figura 5 – Exemplo de gráfico de Colunas construído por alunos da 7ª série da Escola Estadual

Cecília Meireles – Ensino Fundamental – 2011.

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ATIVIDADE 8 – Apresentação dos Resultados da Pesquisa

Nesta atividade foram apresentados os resultados da pesquisa para

comunidade escolar, através de cartazes e elaboração de frases sobre cidadania

com responsabilidade social.

Figura 6 – Mural dos trabalhos referente ao Projeto “Cidadania com Responsabilidade

Social”, feito pelos alunos da 7ª série da Escola Estadual Cecília Meireles

Ensino Fundamental - 2011.

4. Conclusão

As atividades que foram apresentadas neste artigo foram todas realizadas.

Deu-se uma ênfase maior na parte da pesquisa e trabalhou-se bastante a questão

da cidadania com responsabilidade social, através de palestras educativas e

cartazes ilustrativos, confeccionados pelas crianças que divulgaram a importância de

se preservar o patrimônio público escolar.

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Pretendeu-se com este trabalho levar o aluno a uma atitude de investigação

em relação àquilo que lhe é proposto. A partir daí fazer os devidos questionamentos

aos colegas, provocando uma análise mais detalhada que os levassem a levantar

dados, elaborar estratégias e buscar a solução do problema.

Através dos gráficos confeccionados, após aprendizagem dos mesmos,

pode-se comparar e analisar quais salas precisariam ser melhores trabalhadas na

questão da preservação do patrimônio escolar.

Os resultados obtidos foram muito satisfatórios. Todos se empenharam em

melhorar na questão preservação do ambiente escolar. Porém sabemos que

quaisquer mudanças requerem tempo, mas o projeto desenvolvido serviu como um

alerta a todos que achavam que cuidar da escola não era sua obrigação.

Os alunos também perceberam que fora do muro da escola o vandalismo

acontece com maior freqüência e que se eles quiserem podem tentar ajudar a mudar

a situação.

A divulgação das atividades foi geral para a escola toda. Não houve

nenhum problema, todas as atividades ocorreram normalmente com a participação

da grande maioria dos alunos.

Estamos inseridos em um mundo de muitas informações, torna-se cada vez

mais “precoce” o acesso do cidadão a questões sociais e econômicas em que

tabelas e gráficos sintetizam levantamentos; índices são comparados e analisados

para defender idéias.

Espera-se que este trabalho tenha contribuído para um melhor entendimento

da importância da Estatística neste contexto.

Espera-se também que as informações transmitidas por este estudo possam

colaborar no desenvolvimento de trabalhos futuros, relacionados ao mesmo tema.

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Referências

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