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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CHRIS TAÍNE MUNIZ DA SILVA A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO COMÉRCIO CONTEMPORÂNEO RECIFE 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CHRIS TAÍNE MUNIZ DA SILVA

A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO COMÉRCIO CONTEMPORÂNEO

RECIFE

2017

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CHRIS TAÍNE MUNIZ DA SILVA

A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO COMÉRCIO CONTEMPORÂNEO

Trabalho de conclusão de curso da

graduação em Gestão da Informação

do Departamento de Ciência da

Informação na Universidade Federal

de Pernambuco, sob orientação do

professor Célio Santana.

RECIFE – PE

2017

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Catalogação na fonte

Bibliotecário Jonas Lucas Vieira, CRB4-1204

S586i Silva, Chris Taíne Muniz da A influência das redes sociais no

comércio contemporâneo / Chris Taíne Muniz da Silva. – Recife, 2017. 51 f.: il., fig.

Orientador: Célio Andrade de Santana Júnior.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal

de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Ciência da Informação,

2017.

Inclui referências.

1. Redes sociais. 2. Comércio contemporâneo. 3. Marketing em redes sociais. 4. Gestão da informação. I. Santana Júnior, Célio Andrade de (Orientador). II. Título.

020 CDD (22.ed.) UFPE (CAC 2017-174)

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AGRADECIMENTOS

● A Deus por toda graça concedida, especialmente por esta graduação, pelo dom

da resiliência, e pelos milagres com relação aos prazos de entrega dos meus

trabalhos.

● Aos meus pais, Geraldo e Ediney, por nunca medirem esforços em me ajudar e

sempre fingirem estar interessados nas bobagens que eu falo, mesmo quando eu

começo a tagarelar, o que acontece com frequência.

● Ao professor Célio Santana que me orientou neste trabalho e sempre esteve de

coração e mente abertos para minhas ideias.

● Aos meus seguidores do Twitter, que não me deram unfollow e acompanhavam

com paciência minhas mudanças de humor durante o processo de criação desta

pesquisa. Aos que deram unfollow, a reciprocidade do sdv também funciona do

modo reverso.

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“Se você não está pagando para usar o

produto, você é o produto”.

(Tim Cook, CEO da Apple em crítica ao

Facebook)

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RESUMO

O objetivo deste estudo é mostrar como e porque as Redes Sociais têm

influenciado no comércio contemporâneo, sendo agente motivador e influenciador do

consumo no ambiente onde os indivíduos mais atuam quando estão online. Com

esse propósito, foi utilizado como material e coletado informações da Pesquisa

Brasileira de Mídia para ser abordado como pesquisa descritiva e bibliográfica.

Resultando em uma abordagem de marketing e relacionamento. Na área da ciência

da informação, pode-se concluir que é trabalho de base do gestor da Informação

coordenar as especificidades dadas, as restrições e as ferramentas abordadas.

Palavras-chave: Redes Sociais; Comércio Contemporâneo, Marketing em

Redes Sociais, Gestão da Informação.

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ABSTRACT

The objective of this study is to show how and why Social Networks have

influenced contemporary commerce, being a motivating and influencing agent of

consumption in the environment where individuals most act when they are online.

With this purpose, it was used as material and collected information from the

Brazilian Media Research to be approached as a descriptive and bibliographic

research. Resulting in a marketing and relationship approach. In the area of

information science, it can be concluded that it is the basic work of the Information

Manager to coordinate the specifics given, the constraints and tools addressed.

Keywords: Social Networks; Contemporary Trade, Marketing in Social

Networks, Information Management.

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8

1.1 Metodologia ................................................................................................ 15

2. AS NOVAS RELAÇÕES DE CONSUMO NAS REDES SOCIAIS ...................... 17

3. BUSINESS-TO-CONSUMER (B2C) ................................................................... 21

4. REDES SOCIAIS ................................................................................................ 26

4.1 Facebook .................................................................................................... 27

4.2 WhatsApp ................................................................................................... 30

4.3 Youtube....................................................................................................... 31

4.4 Instagram .................................................................................................... 33

5. MARKETING EM REDES SOCIAIS ................................................................... 37

5.1- Marketing de relacionamento em redes sociais ......................................... 39

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 43

7. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 45

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – População Online (por dia na semana) de acordo com a PBM .................. 9

Figura 2 – Evolução da população Online de 2000 a 2015 ....................................... 10

Figura 3– Razões pelas quais se usa a internet ........................................................ 11

Figura 4– Redes Sociais mais utilizadas ................................................................... 12

Figura 5– Netflix responde com humor aos comentários .......................................... 23

Figura 6– Netflix aceitando sugestões nos comentários de suas publicações .......... 23

Figura 7– Relação de venda em Grupos do Facebook ............................................. 28

Figura 8 –Link patrocinado ........................................................................................ 29

Figura 9– Interface do Youtube ................................................................................. 32

Figura 11 – Anúncio no Instagram ............................................................................ 34

Figura 12 – Ferramentas diferenciadas em perfil comercial ...................................... 35

Figura 13 – Perfil da Victoria Secret no Instagram .................................................... 35

Figura 14 – Limão na Pepsi....................................................................................... 40

Figura 15 – Limão na Ruffles .................................................................................... 40

Figura 16 – Página do Limão de Pepsi Twist ............................................................ 41

Figura17 – A Netflix ................................................................................................... 42

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1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, é possível notar um comportamento diferente nas pessoas ao

se comunicar e se expressar, pois, essas têm ficado cada vez mais em contato com

a tecnologia e conectadas à Internet. Essa rede tornou-se um ambiente que reúne

habilidades, intelecto, experiências, trabalho e diversão e esse novo meio de

comunicação em massa se expandiu rapidamente e se consolidou como um dos

canais mais utilizado no cotidiano das pessoas (DIZARD JR, 2000).

Existem ainda dificuldades de natureza técnica, política e econômica para que

as pessoas tenham acesso à internet. As dificuldades técnicas (i) ainda existem em

lugares remotos como África e América Latina que não possuem recursos

avançados de conectividade. As dificuldades políticas (ii) se dão pela existência de

um conjunto de interesses e regulamentações governamentais para que toda e

qualquer pessoa tenha acesso a Internet. Isso também sofre a influência da área

geográfica, capacidade financeira e posição política de cada país. As dificuldades

econômicas (iii) se dão porque a tecnologia necessária para que a conectividade

seja plena, muitas vezes ultrapassa a renda das famílias e é comum que não se

possa arcar com tais gastos, e dessa mesma forma, o governo não tem o recurso

necessário ou não quer fornecê-lo aos cidadãos (CASTELLS, 2003).

Apesar de ser colocada como uma barreira por Castells (2003), o fator

economia, também teve um importante papel na migração dos usuários para a world

wide web uma vez que o giro de capital passou a ser uma realidade na rede, e

apresentava certa comodidade em utilizar as novas ferramentas de mídia. Pode-se

constatar que tanto o número de usuários da Internet, quanto o tempo que estes

passam online, vem crescendo exponencialmente conforme se mostra na Figura 1.

No Brasil, quase metade da população usa a Internet, segundo dados da

SECOM (Secretaria de Comunicação Social) na PBM 20151 (Pesquisa Brasileira de

Mídia) o percentual de entrevistados que confirmaram uso diário da Internet chegou

a 49% no ano de 2014 (Figura 1). Nesta mesma pesquisa é mostrado que a

quantidade de horas de conexão também aumentou de 3h39m para 4h59m por dia

entre 2014 e 2015.

1 Pesquisa Brasileira de Mídia 2015. Hábitos de consumo pela população brasileira.

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Figura 1 – População Online (por dia na semana) de acordo com a PBM

Fonte: Pesquisa Brasileira de Mídia 2015

Segundo o G12, no ano 2000, 6,5% da população mundial tinha acesso à

Internet enquanto que, em 2015, esse índice subiu para 43% como pode ser visto na

Figura 2.

2 Mundo tem 3,2 bilhões de pessoas conectadas à internet, diz UIT. Indivíduos

conectados em 2000 eram apenas 400 milhões.

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Figura 2 – Evolução da população Online de 2000 a 2015

Fonte: Apud http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/05/mundo-tem-32-bilhoes-de-pessoas-

conectadas-internet-diz-uit.html

Tornou-se comum o relacionamento entre pessoas que passaram a colaborar

para encontrar soluções, resolver suas questões, se comunicar, e se expressar pela

Internet com maior frequência devido à facilidade de inserção destes usuários em

redes sociais (RECUERO, 2009). Uma vez que existe uma quantidade maior de

possibilidades de comunicação, comercialização e globalização trazidas pela

Internet, pessoas passaram a resolver pendências, realizar compras e despender

tempo em atividades de entretenimento em ambientes online na comodidade dos

lares (MORGADO, 2003). A pesquisa PBM também apresenta as principais razões

que levam os brasileiros a usar a Internet como pode ser visto na Figura 3.

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Figura 3– Razões pelas quais se usa a internet

Fonte: Pesquisa Brasileira de Mídia

Com o surgimento e popularização das redes sociais, as organizações

começaram a perceber que seus clientes estavam cada vez mais tempo “online”, e

passaram a oferecer-lhes serviços também pela Internet. A pergunta feita pelas

empresas era: Onde estariam os meus potenciais consumidores? A forma de

responder esta questão, dada por elas próprias, foi a observação dos seus

consumidores nas redes sociais (TOMAÉL, ALCARÁ e DI CHIARA; 2005). A partir

desta observação se iniciou o interesse de desenvolver também um relacionamento

com estes potenciais clientes nessas redes e se fixar no ciclo de amizades de seus

consumidores.

Quanto à motivação do uso da Internet, também foi questionado pela PBM. O

interesse dos brasileiros pelas mídias sociais para o ano de 2015 é apresentado na

Figura 4.

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Figura 4– Redes Sociais mais utilizadas

Fonte –Pesquisa Brasileira de Mídia

Pode-se perceber então o porquê de, desde os pequenos negócios até

grandes corporações, buscarem seu espaço no círculo social de seus clientes.

Apesar de, inicialmente, tais redes sociais não serem criadas para serem

plataformas específicas para comércio, essas se tornaram um prolífico canal de

marketing por não exigir um alto conhecimento técnico para a manutenção da

página, atraindo muitas organizações com o interesse de realizar as suas

divulgações (CIPRIANI; 2008).

Essa nova relação também foi percebida pelas redes sociais que começaram

a desenvolver ferramentas de compra e venda e de Client Relationship Management

– CRM (Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente) (DEMO; 2015). O

Facebook3 passou a oferecer o sistema de “Páginas” com opções de venda ou até

3 www.facebook.com

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mesmo divulgação. Quer dizer, ao optar por um serviço de rede social, a plataforma

fornece toda uma infraestrutura e interface com recursos que abrangem fotos,

textos, vídeos, gifs, pronta para uso mais que suficiente para iniciar uma jornada em

busca do relacionamento com o cliente (CIPRIANI; 2008).

Diante disso, as funcionalidades de comentar, curtir, e receber feedback de

seus seguidores ou círculos de amizade, tornam-se uma fonte de informação, e o

turbilhão de sentimentos expressado por seu público pode ser analisado,

classificado e usado para o propósito desejado, que pode ser resolver pequenos

incidentes a curto prazo ou evitar crises a longo prazo (CRISTIANO, 2005).

Percebe-se também que o mercado publicitário sofreu severa mudança ao

que diz respeito à comunicação pelas novas mídias, especificamente na plataforma

de redes sociais que, disputando espaço com a televisão, revistas e jornais, é um

ambiente gratuito, efetivo e em constante ascensão, permitindo que as organizações

disponibilizem suas propagandas e estejam conectadas com seus consumidores em

tempo real. Além do incentivo que os próprios usuários das redes sociais recebem

para fazer suas próprias avaliações do produto, que é o que acontece de maneira

bem expressiva no Youtube4, com seus vlogglers, e um pouco mais sutil no Twitter5,

com as hashtags, o que acaba sendo uma força colaborativa para o marketing

(WERNECK e CRUZ; 2009).

Porém, da mesma forma que boas avaliações em redes sociais e um bom

trabalho de mídia social pode elevar a estima da organização e/ou produto para um

novo patamar, pequenos deslizes também podem ser visados e perpetuados,

servindo de chacota ou até mesmo indignação de um público. Essa estrutura

dinâmica requer um trabalho estratégico e de marketing, além de sempre tentar

manter o equilíbrio entre ter uma aparência que agrade o público, mas sem se tornar

apelativo, outro grande desafio enfrentado é capturar a atenção do consumidor

perante ao turbilhão de informações que é apresentado constantemente em suas

timelines, estabelecendo um novo paradigma de estudo social estruturando

comportamento e opiniões. (MARTELETO; 2001).

4www.youtube.com 5 www.twitter.com

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Essa mudança do mercado é percebida pela pró-atividade das marcas, que

se adaptam às mídias e aos meios de comunicação e formas de expressão mais

usadas por seus consumidores, tornando-se próximas e disponíveis a atender uma

demanda que o Serviço de Apoio ao Consumidor (SAC) tradicional já não suporta.

Assim, toda uma cultura comercial se modifica pela nova forma que as pessoas

encontraram de demonstrar sua opinião e sentimento a partir dessa rede (SHAPIRO

e VARIAN, 1999).

Dessa forma, as organizações passaram a criar uma “imagem online” para si,

com o objetivo de se inserir neste mundo virtual que tem ganhado espaço na vida

dos seus utilizadores. E agora, mais do que nunca, se torna importante saber o que

os consumidores têm a dizer sobre determinados produtos, pois não são mais

consumidores passivos dessa mídia, e sim ativos. E para além, existe uma nova

cultura onde todos podem discutir sobre seus assuntos de interesse em comum em

fóruns, e grupos de redes sociais, onde as pessoas estão conectadas o tempo

inteiro (JENKYNS, 2009).

Este mundo virtual funciona 24 horas por dia e pessoas dos hábitos mais

diversos estão participando deste espaço, assim, a busca por alcançar esse

consumidor aonde quer que ele esteja, e a construção de uma imagem online tem

sido preocupação das organizações para que exista uma aproximação entre cliente

e empresa (RECUERO, 2012).

A preocupação de compreender o cliente é tamanha, que algumas empresas

já utilizam técnicas para identificar o comportamento dos usuários nas redes sociais

a partir da análise de sentimento, que tem como objetivo entender os níveis de

satisfação do cliente desenvolvendo um relacionamento de ida e vinda, e não mais

da forma passiva onde o cliente deve simplesmente aceitar o que a organização tem

a oferecer. Agora, este cliente usuário de redes sociais, tem a oportunidade de

participar de um novo processo de qualificação para as organizações (SANTOS,

2010).

Essa preocupação em capturar a expressão de opinião, sensação, emoção,

sentimento do usuário sobre um determinado produto, pessoa, ou ambiente através

de palavras é abordada por Bing Liu (2010) ao afirmar que como a análise de

sentimento, informação que pode ser processada e classificada através de

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ferramentas de linguagem, ou um longo trabalho de análise por pessoas, que já é

desenvolvido em empresas especializadas em mídias sociais como por exemplo

E.life e Lefil.

Ao trabalhar com redes sociais, é possível entender de forma prática e rápida

a reação do cliente para com o produto, serviço ou empresa. Também por isso, as

empresas passaram a investir em métodos para analisar o que é registrado pelos

usuários e qual a sensação dos mesmos obtendo assim um feedback da opinião dos

consumidores para respondê-los de maneira mais pessoal. Dessa forma, a própria

empresa acaba ganhando a credibilidade e confiança dos clientes (ZILLER, 2010).

E a partir deste contexto foi realizada esta pesquisa para apontar algumas

das mudanças ocorridas nas relações das organizações inseridas nas mídias sociais

com seu cliente. Alguns questionamentos sobre esse relacionamento nessa nova

mídia ainda persistem, do ponto de vista da gestão da informação, tais como: (i) de

que forma as redes sociais estão impactando as relações atuais entre cliente e

consumidores na Internet? (ii) Como as redes sociais vêm sendo utilizadas nas

organizações e qual é a relevância dos resultados obtidos? (iii) Quais são os

propósitos que empresas e consumidores têm ao aderir às redes sociais como uma

forma de gerar capital aos negócios e como as percepções e sentimentos dos

consumidores refletem uma realidade da relação de consumo? (iv) Como estes

atores têm se comportado nesse novo veículo midiático? E, finalmente, (v) Como

gerar benefícios para clientes e organizações através dessa relação?

Para isso foram elencados os seguintes objetivos específicos. Fazer um

levantamento para identificar o funcionamento da atual conjuntura das empresas

inseridas nas redes sociais. Entender e destrinchar o funcionamento das

ferramentas de interação e marketing para promoção do produto, serviço ou

organização. E compreender como a gestão da Informação afeta na influência das

redes sociais para o comércio contemporâneo.

1.1 Metodologia

Optou-se por fazer uma pesquisa descritiva utilizando como principal fonte de

dados a Pesquisa Brasileira de Mídia, onde apresenta-se as Redes Sociais mais

utilizadas pelos brasileiros (Facebook, Instagram, Youtube e WhatsApp). Em

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seguida, para explicar os fenômenos encontrados, foi elaborada uma pesquisa

bibliográfica exploratória tendo como base diversos artigos de autores que tenham

abordado mais a fundo pesquisas recorrentes sobre o tema focando nos assuntos

mídias sociais, e-commerce e marketing como: RECUERO (2012), CRISTIANO

(2006) e JENKYNS (2009), para identificar as características e complexidades do

comércio no âmbito das Redes Sociais. No que diz respeito à Ciência da

Informação, as redes sociais como um vasto campo de estudo e uma fonte de dados

e fluxos informacionais que foram analisados segundo a perspectiva de ZILLER e

MOURA (2017). E por fim, a definição de marketing e suas estratégias no e-

commerce baseados em GABRIEL (2016) apresentando também suas influências

com ADOLPHO (2014).

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2. AS NOVAS RELAÇÕES DE CONSUMO NAS REDES SOCIAIS

O primeiro objeto do estudo a ser analisado na relação de consumo que vem

sendo abordada em redes sociais, é o usuário final, aquele que está em contato

direto com a demanda e utiliza o serviço. Podemos observar uma revolução

tecnológica e de comunicação quando várias pessoas se encontram virtualmente

para compartilhar suas experiências. Henry Jenkyns (2009) cita esse fenômeno em

seu livro Cultura da Convergência onde este afirma que os “Consumidores estão

aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias para ter um controle mais completo

sobre o fluxo da mídia e para interagir com outros consumidores”.

E diz mais:

“Se os antigos consumidores eram tidos como passivos. Os

novos consumidores são ativos. (...) Se os antigos consumidores

eram indivíduos isolados, os novos consumidores são mais

conectados socialmente”.

Ora, se os novos consumidores estão mais conectados, e mais ativos do que

passivos na Internet, assim também as organizações devem ir em busca de onde

seus clientes estão, o que resulta numa corrida competitiva para chamar a atenção

do cliente, e em turbilhão de informações jogadas nas redes sociais, que inclusive já

estão se adaptando a uma plataforma também comercial (JENKYNS; 2009).

Esse processo vem sendo comumente chamado de Business-to-Consumer

(B2C), que simboliza uma relação direta entre produtor, vendedor ou prestador de

serviço e o consumidor, através de uma plataforma online, onde procura-se

conquistar a empatia e fidelização do consumidor. Nesse contexto, o B2C precisa

especificamente entender a linguagem do consumidor final e aonde encontrá-lo,

fazendo-se parecer relevante, para isso, investindo na abrangência da comunicação

e marketing, tendendo a destacar-se da concorrência (PEREIRA e PRADO; 2009).

Assim, temos a problemática de como as organizações têm de fato recebido e

trabalhado com esse usuário que tem buscado interagir, que tem inclusive criado

conteúdo sobre a marca, fazendo com que outros se interessem. Neste aspecto,

surgem ferramentas como a análise de sentimento, que segundo Bing Liu (2010)

define como:

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Também chamada de mineração de opinião, a análise de

sentimento é o campo de estudo que analisa a expressão de opinião

das pessoas, sentimentos, avaliações, apreciações, atitudes e

emoções para com entidades como produtos, serviços,

organizações, indivíduos, publicações, eventos, tópicos e seus

atributos. Isso representa um largo espaço de problema.

E finalmente, como consumidor agora tem esse canal de via dupla que é a

rede social, diferente de meios como a televisão e as revistas, o grande desafio é

responder todas as questões pertinentes para uma construção segura da relação

entre o que o usuário tem falado agora e qual será a reação da organização para

fins comerciais. Também segundo Bing Liu (2010):

“Pouca pesquisa tinha sido feito sobre opiniões e sentimentos

das pessoas antes do ano de 2000. Desde então, o campo tornou-se

uma área de pesquisa muito ativa. Há várias razões para isso. Em

primeiro lugar, tem uma amplitude de aplicações quase em todos os

domínios. A indústria em torno a análise de sentimento também

floresceu devido à proliferação de aplicações comerciais. Isso

fornece uma forte motivação para a pesquisa. Em segundo lugar, ele

oferece muitos problemas de pesquisa desafiador, que nunca tinham

sido estudados antes. Em terceiro lugar, pela primeira vez na história

humana, temos agora um enorme volume de dados opinativos na

mídia social na web”.

Neste caso, o marketing nas redes sociais, utilizando a ferramenta do B2C,

toma frente, uma vez que, procura se relacionar com o cliente de forma democrática,

atraindo o consumidor. Sousa e Azevedo (2010) afirmam que estamos diante de

uma nova forma de encarar a informação por causa da tecnologia, que acaba

afetando diretamente o consumo dizendo:

“A comunicação organizacional passa por uma mudança de

foco, que antes era centrado no interesse da organização, agora

passa a atender os interesses dos cidadãos (públicos) e isso vem

sendo encarado como um desafio, pois a afirmativa de que o cliente

sempre tem razão ainda é válida e, nos dias de hoje ele também tem

acesso à informação através das várias tecnologias virtuais”.

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Ou seja, esta é uma era de quantificação e qualificação de dados e

informações. Onde se está conectado vinte e quatro horas por dia e a todo momento

chegam novas notificações em redes sociais. E esse portal onde sua opinião pode

ser vista a todo tempo se está avaliando, curtindo, comentando, compartilhando,

sem hora nem lugar marcado. A relação de consumo em redes sociais está

diretamente ligada à Gestão da Informação por causa do acúmulo de dados e

informação que é constantemente criado e precisa ser administrado para que erros e

crises sejam evitadas, e para que as mídias sociais atinjam um patamar de

satisfação e lucro (BRAMBILA, 2008).

Partindo dessa perspectiva lucrativa da quantificação, novos métodos vêm

sido adotado para gerenciar a demanda de clientes que surgiu através do comércio

eletrônico, vamos comentar sobre um desses, o Customer Relationship

Management – CRM, que trata-se de softwares e serviços especializados em

estratégia de negócios centrado no cliente, dando suporte de forma mais sistemática

ao relacionamento com o cliente em grande escala, sendo auxiliador dos processos

de marketing, vendas, comércio e serviços (GREENBERG; 2001).

Este termo que surgiu na década de 90 apoia-se na certeza de que:

Um ponto fundamental é que, para atuar com “foco no cliente”, as

empresas devem pensar na estratégia global de atendimento. Para

isso, é necessário que todas as informações sobre o mercado, e

principalmente sobre os clientes, estejam consolidadas e disponíveis

para todos os envolvidos no processo, e, assim, desenvolver ações

de marketing conjuntas e com estratégias cada vez mais

personalizadas. Dessa forma, será possível conquistar melhores

resultados para o negócio (ZENONE; 2007).

As tecnologias, novas mídias, e ainda, o foco deste trabalho, as Redes

Sociais dão suporte para esta ferramenta alimentando seu banco de dados sobre

seus clientes. Informações tais como nome, endereço, região onde vive, telefone, e-

mail, gênero, dados referentes à personalidade e características pessoais, sites mais

acessados, buscas frequentes e assim por diante.

Existe por fim, a necessidade latente para a sobrevivência de uma

organização posicionar-se para identificar quais os principais fatores eminentes

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perante o relacionamento com o consumidor, dando-se assim o gerenciamento de

toda informação, visando o desenvolvimento. Na visão da Ciência da Informação,

quando o foco é o relacionamento, a necessidade da informação é evolutiva e

extensa, enfatizando que precisam-se ser feitos os ajustes necessários de acordo

com as especificidades. Já na dimensão tecnológica, os termos englobados são a

criação, armazenamento, troca e uso da informação, tornando-se o agente facilitador

na execução da CRM (BRAMBILLA, SAMPAIO e PERIN; 2008).

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3. BUSINESS-TO-CONSUMER (B2C)

Business-to-consumer (B2C) é o negócio feito diretamente entre o produtor,

vendedor ou prestador de serviço com o consumidor final. O conceito B2C surge

através das campanhas de Marketing que com o advento da Web 2.0 ganham força

em atingir diretamente o público-alvo além de facilitar comunicação. Existem vários

outros termos derivados como Business-to-business (B2B), ou Business-to-

employee (B2E) por causa do comércio eletrônico e da competição por atenção,

mas por enquanto, iremos nos ater ao B2C, em como e por que tem ganhado força

como ferramenta de alcance dos lucros e objetivos, afetando o comércio

contemporâneo (BORNIA; DONADEL e LORANDI, 2006) definem ainda que:

O B2C é a relação da empresa com o consumidor, sem que haja a

presença física, isto é, quem está comprando não vê o produto

fisicamente, não toca, não sente “o cheiro”, e não testa. Por outro

lado, o vendedor não vê quem está comprando, suas reações e suas

fraquezas as quais transparecem normalmente numa negociação

tradicional, caracterizando o que está se chamando de uma

transação virtual. Esta nova forma de relacionamento

empresa/consumidor requer um novo aprendizado, uma nova cultura

a ser criada a partir de poucas experiências vivenciadas até o

momento, pois se trata de algo recente, não mais do que duas

décadas de experiências.

Trata-se então de uma técnica jovem na gestão e no comércio e que pode

apresentar características de vantagens como a quebra da barreira geográfica,

facilidade e rapidez na comunicação, consegue atingir um público específico,

constrói uma rede colaborativa de mão dupla, e de todas as maneiras funcionam

incisivamente nas redes sociais. E também desvantagens como a exigência dos

consumidores que pode ser maior por não poder justamente ter o contato físico com

o produto antes da compra, viralização6 de conteúdo inapropriado ou visto como

ofensivo, e devoluções onerosas. Além de requerer profissionais que pratiquem a

gestão da informação de forma correta para que atinja a amplitude da logística que

se promete (GREENBERG, 2001).

6 Viralizar ou tornar viral: Termo usado na internet quando algo é divulgado ou propagado rapidamente através de compartilhamentos.

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No ambiente das redes sociais, criar conteúdo que atraia o consumidor é

questão de sobrevivência. Trata-se de acompanhar o seu cliente de forma

personalizada, definir um público-alvo, descobrir aonde ele está, qual a rede social

que mais utiliza e pelo que se interessa, desenvolvendo uma estratégia específica.

Ou seja, com o advento do B2C o produtor tem um contato direto com o consumidor

final, e passa a ter a responsabilidade de ter um bom relacionamento com ele.

No caso, é focado sempre em pessoa física. Trabalhando dia após dia para

conquistar a atenção do seu cliente, falando sua língua e entendendo seus anseios.

A imersão neste ambiente requer o constante esforço para alcançar o interesse do

usuário da rede social, isso porque ele é bombardeado de informações a todo

instante nessa plataforma por diferentes concorrentes. Para se fazer visto pelo

cliente é necessário primeiro vê-lo, dar atenção, atrair, e conquistar para fidelizar

(GIANNINI, 2016).

Por causa disso, no B2C existem alguns segmentos que precisam receber

total atenção para que o objetivo seja atingido, são eles: critérios geográficos, onde

se analisa aonde está o seu público e como funciona o clima na sua região. Por

exemplo, uma loja de roupas, como a C&A, que funcione no âmbito internacional

não poderá lançar campanha de biquínis no Brasil e nos EUA nas mesmas épocas

do ano, pois as condições climáticas são completamente diferentes por causa da

condição geográfica. Critério de gênero, que, ainda utilizando o exemplo da C&A,

deverá lançar posts patrocinados nas homepages do público que se autodeclare

feminino ou masculino. E critério comportamental, analisando seu estilo de vida,

idade, escolaridade e personalidade. São esses fatores que interferem no perfil e no

comportamento do consumidor, no caso, fatores culturais pela estrutura de valores,

símbolos, expressões, preferências e percepções, somados à interação social,

interação com leituras, filmes e viagens (CRISTIANO; 2005).

A Netflix tem abordado essa estratégia diretamente em seu perfil no

Facebook, respondendo a comentários e mostrando que se importa com o que seus

clientes têm a dizer e comportando de maneira informal para adaptar-se à linguagem

do seu público, como pode ser visto nas Figuras 5 e 6.

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Figura 5– Netflix responde com humor aos comentários

Fonte: Retirado da página da Netflix no Facebook

Figura 6– Netflix aceitando sugestões nos comentários de suas publicações

Fonte: Retirada da página da Netflix no Facebook

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O B2C passa então a ser um plano de marketing estratégico, fidelizando seus

clientes uma vez que desenvolvendo um relacionamento, muitos deles até anseiam

por ser respondidos, e o interesse por “fazer parte do grupo” leva a angariar mais

clientes.

Zaitseva (2004), portanto, divide o B2C em três categorias: (i) Web-vitrine, no

uso das mídias sociais para expor e propagar o produto/serviço, com detalhamento

de preços, recursos de design e exposição online, mas sem a lógica de vendas

propriamente dita, neste caso o comércio não é feito pela Internet. (ii) Loja virtual,

que além da web-vitrine, incorpora o comércio através da internet sem abrir mão da

loja física, mantendo a lógica do negócio, e (ii) internet – sistemas comerciais, que

são lojas 100% virtuais, tendo funcionamento integralmente comercial online.

Destrinchando melhor essas três opções, podemos ver que a web-vitrine,

portanto, é a solução de relacionamento mais barata, porém, apesar de não ser

preciso gastar com a plataforma de exposição, é limitada e acaba não rendendo

tanto quanto uma loja-virtual, que tem como gastos iguais muitos dos seguimentos,

como despesas operacionais e com pessoal. A loja virtual acaba sendo muito mais

vantajosa, efetuando vendas através de uma séria ação de marketing. Inicialmente,

comparada com a web-vitrine, parece não ser um negócio vantajoso, mas a longo

prazo, a rentabilidade da loja virtual proporcionará um retorno sustentável para o

negócio. E o sistema comercial na Internet, apesar de ainda sofrer com a

desconfiança de muitos, mostra-se mais flexível, possibilitando mais vantagens aos

vendedores e consumidores, e por maioria das vezes, cativando após a primeira

compra por causa da praticidade no processamento do pedido, e recebimento do

produto, construindo confiança e fidelizando o cliente ZAITSEVA (2004).

E no comércio online, ainda segundo Cristiano (2005):

“O vendedor é substituído por uma tela de computador, no qual

são apresentados os produtos ou serviços disponíveis, porém, neste

novo meio de realizar vendas continua existindo a necessidade de

conhecer o consumidor. A interface com o consumidor se apresenta

como meio para obter informações dele e, deste modo, como na loja

tradicional, atendê-lo de acordo com o seu padrão de consumo e

necessidades. Para a interação com os consumidores é necessário,

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portanto, constituir uma ampla base de informações que criam

oportunidades para a descoberta de novos valores e necessidades e,

ao mesmo tempo, produzam dados que possam ser utilizados em

benefício dos consumidores.”

O B2C exige a interação direta e conhecimento de seus consumidores, e sua

expansão expressa a quebra da barreira física. Trata-se, portanto, de uma

alternativa no processo de compra e venda.

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4. REDES SOCIAIS

Passou o tempo em que redes sociais eram usadas apenas para compartilhar

fotos ou bater papo. As redes sociais, hoje, passaram a afetar o estilo de vida da

sociedade, bem como sua economia e comércio. Com a facilidade dos aplicativos e

a variada gama de opções, um olho para atualizar nossas notificações e acabamos

sem tempo, e tudo acontece muito rápido à distância de um like. Muitas vezes ao dia

se ouve falar em Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp. Arriscamo-nos até a ser

críticos das mais novas atualizações que insistem em lotar a memória dos

smartphones. E para aqueles que achavam que essa era mais uma mania

adolescente, viram-se obrigados a repensar este descrédito ao perceber que as

redes sociais proporcionam oportunidades de emprego, compras e até romances

(NOGUEIRA e SILVA, 2016).

O fato é que o mundo está dentro das redes sociais, e delas existem

diferentes tipos para diferentes gostos. Mas, o que determina o sucesso de uma

rede sociais é o quão populosa ela está, afinal o grande objetivo destas plataformas

é o relacionamento, tudo isso em troca de informações. O ponto é que, nestes

gigantes informacionais que aglomeram pessoas e dados, está o que as

organizações produtoras e vendedoras querem: clientes. Que por vezes passaram a

creditar mais na opinião de outros consumidores do que no marketing das próprias

empresas. As redes sociais proporcionaram voz e vez para todos. O que sugere

que, na contemporaneidade cercada por mídias sociais, vale dar atenção ao que seu

cliente tem a dizer (BALESTRIN e VARGAS, 2004).

A capacidade de criar seu próprio conteúdo e compartilhar de forma

espontânea é uma das grandes atrações dessa plataforma que tem atraído

multidões. Percebe-se aí que, dentro das mídias sociais que possibilitam a troca de

conteúdo, as Redes Sociais ganham força por facilitar essa interação por meios de

interesse, oferecendo uma plataforma interativa e com uma grande variedade de

serviços agregados. A evolução da comunicação permitiu então que a interação não

se limitasse apenas aos indivíduos mais próximos, mas à distância com um acesso

mútuo, simultâneo ou não.

Com base no que foi mostrado na PBM, vamos discorrer sobre as mais

utilizadas delas (Facebook, Whatsapp, Youtube e Instagram) mostrando sua

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verdadeira influência para o comércio.

4.1 Facebook

Inicialmente chamado de “Facemash” e criado em 2003 por quatro estudantes

de Harvard, Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro

Eduardo Saverin, foi usado para comparar e escolher as meninas mais bonitas da

universidade, despertando a fúria de alunas, e claro, da diretoria. O website foi

rapidamente fechado. Um ano depois, reaberto como “TheFacebook”, tinha como

objetivo reunir estudantes de várias universidades formando uma rede virtual, sendo

possível conhecer novas pessoas e criar novas amizades entre os universitários. Em

2005 sofreu uma pequena modificação no nome para “Facebook”, sugerido por

Sean Parker, co-fundador do Napster. E, em 2006, passou a ser liberado para

qualquer pessoa acima de 13 anos de idade, exigindo que fossem fornecidos

apenas nome completo, gênero, data de nascimento e e-mail. No final de 2012, o

Facebook atingiu a marca de 1 bilhão de usuários, tornando-se assim a rede social

mais utilizada desde então (MEZRICH; 2011).

Percebe-se que o Facebook não surgiu com o objetivo de influenciar no

comércio, tão pouco de ser uma plataforma para se fazer comércio. Mas o que

vemos hoje são alegorias que facilitam essas manobras. As famosas “fanpages”

facilitam a aproximação dos usuários com o comerciante/empresa sem que seja

necessário “aceitar” um vínculo de amizade. Nesse ambiente de fanpages é onde as

organizações podem fazer suas postagens e criar suas personas para atrair o

interesse dos clientes (RODRIGUES; 2014).

Outra ferramenta oferecida pelo atual Facebook que acaba por corroborar

com o comércio informal são os “Grupos”, que surgiram com o objetivo de reunir

pessoas com os mesmos interesses, mas torna-se cada vez mais comum (e acabou

sendo adaptado para isso) encontrar grupos de vendas. Podemos observar na

Figura 7 os principais elementos que facilitam essa interação vendedor-comprador

nos grupos. São eles: Nome do produto, valor em reais (ou moeda da localidade),

localização, descrição do produto, imagem do produto, e um botão que liga direto

para um chat com o vendedor.

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Figura 7– Relação de venda em Grupos do Facebook

Fonte: Retirado do Grupo público “venda, troca ou doações de livros, revistas e HQs em Recife” no

Facebook

Já para o comércio formal, a ferramenta mais utilizada é a famosa “publicação

sugerida” que nada mais é do que um link patrocinado. Funciona da seguinte

maneira, traçando um perfil do usuário, catalogando-o através de suas pesquisas,

publicações, comentários e todo e qualquer rastro que deixe online, o Facebook

vende um espaço na homepage (local onde aparecem as publicações de interesse

do usuário). No objeto de estudo, temos uma pessoa do gênero feminino, jovem,

que constantemente faz buscas por roupas que estejam na moda, sabendo-se ainda

que a época do ano é primavera, podemos observar como constantemente se

encontra sugestões de roupas na homepage da citada usuária, conforme Figura 8.

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Figura 8 –Link patrocinado

Fonte: Retirado do Facebook

Nesse caso, o espaço de link patrocinado foi comprado pela Zaful, loja de

roupas online, onde se apresenta um link para “Curtir Página” (em linguagem de

Facebook isso significa acompanhar as publicações feitas na Fanpage da Zaful),

imagens que chamem a atenção do público específico, descrição do produto, preço,

e “Comprar agora” link que leva diretamente para o site de vendas. Podendo-se

observar que o Facebook não omite de seus usuários que este é um link

Patrocinado.

Portanto, a rede social Facebook, que como qualquer outra, começou focada

em interligar pessoas e facilitar a comunicação, aos poucos vai se adaptando às

necessidades do comércio, influenciando os indivíduos em suas aquisições, e tem

desenvolvido ferramentas em sua plataforma para atender também à demanda

comercial (KOHN e KRUEL; 2016).

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4.2 WhatsApp

O software de conversa instantânea, WhatsApp, foi lançado em 2009 e

rapidamente substituiu as famosas SMS (Short Message Service), com muito mais

vantagens. Ele, atualmente, oferece não só a rapidez no envio das mensagens

como também suporta envio de imagens, gifs, pdf, faz chamada de áudio e também

de vídeo, e tudo isso de graça, basta ter acesso à Internet (RAMOS e RAMOS;

2016). Inicialmente a proposta do WhatsApp era ser grátis por um ano a partir do

uso, e só depois então cobrar um dólar por ano para seus usuários. O que ainda

sairia muito mais barato comparado às SMS das operadoras telefônicas. Algumas

delas chegavam a cobrar um real por SMS. Porém, após a compra pelo Facebook

em 2014 foi anunciado que qualquer tipo de cobranças seria extinta. No entanto, não

havendo taxa de uso para seus usuários nem qualquer tipo de propaganda no app,

por que interessaria ao Facebook, e ainda no contexto desta pesquisa, de que forma

poderia influenciar no comércio contemporâneo?

A resposta da Gestão da Informação para essa pergunta é bem simples: Big

Data. Para aprofundar ainda mais a análise de dados e estudar o comportamento do

usuário. Mas, eis que surge a “criptografia de ponta-a-ponta” anunciada em 2016,

tendo como objetivo apenas que apenas quem enviou e o destinatário possam ler a

mensagem, sendo que nem mesmo o próprio WhatsApp possa interceptá-la.

Causando inclusive divergências com o sistema jurídico no Brasil, que por vezes

bloqueou o uso no app no país em represaria a empresa não ter descriptografado

mesmo sob ordem judicial7. Porém, apesar do belo discurso de privacidade, em seu

“Termo de uso”, o WhatsApp afirma que:

“Você concorda com as nossas práticas relativas a dados,

inclusive com a coleta, o uso, o processamento e o compartilhamento

de suas informações conforme descrito em nossa Política de

Privacidade, assim como a transferência e processamento de suas

informações nos Estados Unidos e em outros países onde temos ou

usamos instalações, prestadores de serviço ou parceiros,

independentemente do país onde nossos Serviços são usados por

você”.

7 G1: WhatsApp: Justiça do RJ manda bloquear aplicativo em todo o Brasil

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Os dados de seus usuários são coletados, usados, processados, e suas

informações são compartilhadas com os parceiros. Essa é uma forma sutil de dizer

que suas informações são utilizadas para lhe analisar e sim, serão vendidas. Além

de compartilhar suas informações diretamente com o Facebook, que atenua o perfil

de usuário para garantir acertar o público alvo.

Mas essa não é a única forma de interferir no comércio contemporâneo. As

pessoas têm sido abordadas por propostas de vendedores, e ainda, por vendedores

indo atrás do consumidor onde ele está. Um espaço bem aproveitado pelos

pequenos empreendedores que utilizam o WhatsApp8 como veículo de comunicação

direta com o cliente e consequentemente a abordagem perfeita para oferecer

produtos e fazer seu marketing (SILVA, OLIVEIRA e GOMES; 2017).

É fácil fazer a comparação com os antigos vendedores ambulantes que

passavam de porta em porta vendendo seus produtos. Mas agora os tempos são

outros, as pessoas estão cada vez menos dentro de suas casas, e cada vez mais

conectadas em suas redes sociais, portanto, o comércio se adapta, e cada vez mais

as redes sociais interferem na relação de venda e consumo (RADOMSKY e

SCHNEIDER; 2007).

4.3 Youtube

Nesta plataforma, o interesse é compartilhar vídeos. Criado em 2005, e em

2006 comprado pelo Google, e até 2010 permaneceu sem render qualquer lucro a

seus proprietários. Até que, em 2011, o Google incluiu também no Youtube os

famosos AdSense (serviço de publicidade oferecido pelo Google) (FONTENELE e

BARRETO; 2015). Podemos observar como funcionam os AdSense na Figura 9. No

exemplo em questão, mais uma vez jovem e do gênero feminino, escreve na caixa

de busca o nome “RayzaNicácio”, vlogueira, digital influencer, pessoa famosa entre

o público jovem feminino por publicar vídeos sobre moda, e cuidados com os

cabelos. Neste caso, julga-se ser de interesse deste ator a marca de esmaltes

“Risqué”.

8 Exame.com: Como ela ganha dinheiro vendendo pelo WhatsApp e pelo Instagram

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Podemos observar, na Figura 9, que antes de começar o vídeo selecionado, é

apresentada uma propaganda em forma de vídeo que pode ser (1) “pulado” após 5

segundos, apresenta também (2) um link para o “canal” de Youtube da marca, outro

(3) link para a site da marca, e (4) uma pergnta “Do you like this ad?” (Você gosta

desta propaganda?), sendo possível responder clicando no polegar para cima ou

para baixo, mais uma vez para traçar o perfil do usuário e acertar no público-alvo.

No caso, quanto mais acessos se tem um vídeo mais propaganda se pode mostrar,

por isso o YouTube tem incetivado seus “vloglers” melhorarem o conteúdo e a

qualidade de seus vídeos de acordo com seus nichos de interesse, pagando-os por

quantide de acesso.

Ainda com relação aos vloglers, e anteriormente dito “digital influencers”

categoria de marketing que surgiu com o advento da Web 2.0, procura fazer com

que pessoas inflentes na internet passem a usar produtos e fazer boas resenhas

sobre eles com o objetivo de influenciar novos consumidores (LOPES e BRANDT;

2016). Um bom exemplo disse é a própria Rayza Nicácio postando vídeos pintando

as unhas com esmaltes Risqué e falando o quanto as cores são inovadoras.

Figura 9– Interface do Youtube

Fonte: Retirado de Youtube.com

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4.4 Instagram

Esta rede social é popular entre o público jovem por permitir o

compartilhamento de fotos e vídeos com filtros específicos para as imagens, além de

ter envio direto para demais redes sociais como Facebook e Twitter. Lançado em

2010 inicialmente apenas para a plataforma IOS, e também comprado pelo

Facebook em 2012, passou a fazer mais sucesso ainda em 2013 quando foi

disponibilizado nos demais softwares Android, Windows Phone e BlackBerry

(GUIMARÃES e GOUVEIA, 2015).

O Instagram ficou famoso por representar um estilo moderno e inovador,

também conhecido como hipster9, valorizando a fantasia de um belo estilo de vida.

Envolveu-se também em polêmica por uma clausula em seu “termo de uso” onde

afirmava que:

“the posting and use of your Content on or through the

Instagram Services does not violate the privacy rights, publicity rights,

copyrights, contract rights, intellectual property rights or any other

rights of any person, and the posting of your Content on the Site does

not result in a breach of contract between you and a third party”.

Em tradução livre:

“a postagem e uso de seu conteúdo no ou através dos

serviços Instagram não viola direitos de privacidade, direitos de

publicidade, marcas registradas, direitos de contrato, direitos de

propriedade intelectual ou qualquer outro direito de qualquer pessoa,

e a postagem de seu conteúdo no site não resulta na violação de

contrato entre você e terceiros.”

Que significa que ao utilizar os serviços do Instagram postando suas fotos ou

utilizando sua imagem, ele não viola direitos de privacidade, publicidade ou

propriedade ao ceder seu conteúdo postado na plataforma à terceiros. Nesta nova

proposta para gerar capital, a empresa acabou perdendo 4 milhões10 de usuários em

um único mês. O que fez com que recuasse severamente e modificasse o termo de

9Hipster é uma palavra inglesa usada para descrever um grupo de pessoas com estilo próprio e que habitualmente inventa moda, determinando novas tendências alternativas. 10 Instagram privacy debacle sparks debate over user decline

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uso para que não sofresse piores consequências.

Não é novidade que muitas pessoas aceitam termos de uso sem nem sequer

terem lido. Também não é novidade que todo serviço, mesmo que oferecido

gratuitamente ao usuário deseja lucrar de alguma forma. Mas existe uma linha tênue

entre o que é moralmente aceitável e o que se aceita pelos prós pesarem mais do

que os contras (TERMS..., 2013). E o Instagram, apesar de ultrapassar essa linha,

desculpou-se com seus usuários, removeu a clausula e passou a buscar uma nova

categoria para gerar renda.

Então, em 2015, foi liberado o Instagram Ads, anúncios dentro da plataforma,

e funcionando da mesma forma que o Facebook, sendo possível aferir a quantidade

de acesso, cliques e visualizações. Também apresentando postagem Patrocinada

(Figura 11). E especificamente no caso do aplicativo, a plataforma desenvolveu

ferramentas que facilitem para as organizações a disponibilidade, onde no perfil de

um usuário comum (não vendedor ou prestador de serviço) não se aplicam,

podemos notar a diferença na Figura 12.

Figura 10 – Anúncio no Instagram

Fonte: Retirado da homepage de um usuário do Instagram via aplicativo

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Figura 11 – Ferramentas diferenciadas em perfil comercial

Fonte: Retirado dos perfis dos usuários @cupcakesallib e @emanuely_r no Instagram, via aplicativo

Além de influenciar o mercado diretamente no anúncio e marketing ao

público-alvo, tornou-se comum encontrar tanto vendedores informais promovendo

seus produtos quanto lojas já consolidadas no mercado online com perfis que

acabam sendo vitrine, como pode ser visto na Figura 13.

Figura 12 – Perfil da Victoria Secret no Instagram

Fonte: Retirado do perfil da Victoria Secret no Instagram

No caso, a grande influência aqui é o fato de não ser preciso distribuir

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panfletos, o cliente possui um catálogo variado sempre na palma das mãos, e caso

se interesse pelo produto, pode acessar o link da loja virtual que se encontra na

descrição do perfil. Facilitando acesso ao produto e eliminando a complexidade de

logística, podendo gerar três tipos de resultados: aumento de vendas, redução de

custos e melhorias dos níveis de serviço (UEHARA, 2001).

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5. MARKETING EM REDES SOCIAIS

Na contemporaneidade, a civilização tem sido chamada de “sociedade da

informação” por Toffler (2014), onde os meios de comunicação têm refletido cada

vez mais a grande quantidade de informação que se tem trocado pelos indivíduos.

Nessa representativa sociedade da informação, e não poderia ser diferente, a

economia gira em tordo da política da informação. Assim, normas, regras, processos

e tomadas de decisões são baseadas de acordo com as informações que se tem. O

efeito dessa mudança logo se torna perceptível em meios de comunicação em

massa, como é o caso das redes sociais, que no marketing aplicado, tenta atingir

uma grande quantidade de pessoas da forma mais pessoal possível, fazendo uso da

análise cultural/social e disseminação de informação (MACIEL e ALBAGLI; 2011).

Essa economia, representada através do uso da informação, tem em sua

estratégia um plano de marketing consistente na análise da situação e do mercado.

Compreendendo que, neste contexto, o aspecto tático se dará através da plataforma

de redes sociais digitais, apresenta-se a essência para sua utilização de forma bem

sucedida. Levando em consideração que os avanços da tecnologia e o alcance

assertivo proporcionado pelas redes sociais é o que desenvolve esse contexto

(GABRIEL, 2010).

O Marketing evoluiu para um novo patamar agora que está imerso nas redes

sociais, e as organizações têm se adaptado a esse novo cenário. Mais uma vez, por

causa da tendência trazida pelo B2C de conquistar o consumidor traçando laços de

relacionamento, encontrou-se nas redes sociais o ambiente perfeito para essa

combinação. Inserido no Marketing Digital, o Marketing em Redes Sociais tem uma

forma completamente nova e específica de atuação, e é importante adaptar-se à

nova realidade (GONÇALVES; FERNANDES e SETIN, 2013).

Claro (2006) afirma que:

“A satisfação do cliente sempre foi central para qualquer ação

de marketing. Os profissionais de marketing perceberam que se

torna ainda mais importante à satisfação no longo prazo. O foco no

relacionamento com clientes permite empresas conhecerem muito

melhor o que eles querem, como querem e suas necessidades tanto

as declaradas como as não declaradas. Os clientes são então vistos

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como ativos de longo prazo que fornece ganhos uma vez que eles

estejam satisfeitos”.

Então, com a chegada do comércio digital e o fim das barreiras físicas, cada

vez mais o consumidor foi moldando seu ambiente de acordo com seu gosto, a

internet veio então como uma proposta clara de que essa poderia ser uma via de

mão dupla. As empresas perceberam que um nicho estava se formando ali e novas

necessidades específicas. Os consumidores são estudados e classificados de

acordo com suas pesquisas e interações na rede. A relação com o consumidor

passava a ser marca dominante no comércio contemporâneo (ADOLPHO; 2014).

Nessa era, portanto, os clientes são consumidores de informação na web.

Sendo necessária uma estratégia mercadológica flexível e convidativa o suficiente, e

sobretudo que interaja com o cliente, dessa forma, transmitindo uma comunicação

mais eficiente entre as organizações e seus clientes. Essa presença digital em

função do marketing é o que determina o sucesso, e isso se direcionado ao público-

alvo. Essas estratégias de marketing englobam links patrocinados, vídeos de 5

segundos, e qualquer coisa para fazer-se visto pelo cliente (OKADA e SOUZA;

2011).

A rede social é um canal que reúne a propaganda, o relacionamento com o

público e o atendimento ao cliente, tudo em um só lugar, mas com um único

objetivo: a promoção do produto ou serviço. É importante lembrar que a mídia social

é justamente esse canal de entrada e saída para que a página não se torne

simplesmente um mural de promoções, sem interatividade. E é aí que está o

diferencial. Uma vez identificado o ambiente do cliente e seus interesses através do

marketing de conteúdo, e trabalhando com ele de forma específica, esse marketing

em redes sociais levanta o marketing de relacionamento, criando contato com o

cliente e mandando a mensagem publicitária de forma sutil, o que acaba sendo uma

estratégia de médio a longo prazo (D’ANGELO; SCHNEIDER e LARAN, 2006).

A adaptação e construção de um ambiente que cause efeito necessariamente

focado no público-alvo requer o desenvolvimento de uma abordagem específica.

Representa uma mudança no quadro econômico, tecnológico, sociocultural e

político-informacional. E o marketing em rede social não podia ficar de fora, vamos

abordar então o marketing de relacionamento em Redes Sociais.

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5.1- Marketing de relacionamento em redes sociais

Esta dinâmica de relacionamento digital oferece desafios e vantagens, se

utilizar a plataforma de redes sociais como plano estratégico. O que permite refletir

sobre a importância de atuar através desses canais. A dinâmica de reação dos

usuários é considerada a premissa dessa abordagem, na ausência dela, não se tem

giro ou retorno de capital, mais uma vez a economia se fazendo presente no

ambiente social (GALINDO; 2013).

McKenna (1997) chamou de “a era do cliente” este novo período em que o

marketing deixa de ser um monólogo e passa ser um diálogo, é o próprio marketing

respondendo aos clientes em rede. Para estabelecer sincronia de mensagem entre

emissor e receptor, é preciso que tanto o conteúdo, quanto a mensagem, faça

sentido para ambas as partes. Por isso, mesmo que o canal seja as Redes Sociais,

é preciso ter como premissa a conexão para interação.

O processo de compartilhamento de informação nesse meio, de forma

estratégica, funciona através de personas de relacionamento, proporcionando a

aproximação com o público de forma mais humana e irreverente (GIANNINI, 2016).

Conhecendo os interesses e o comportamento do consumidor, é comum

observarmos o uso de personas, figura fictícia que represente a marca e interaja

com o cliente. Um caso famoso recentemente foi a utilização do “Limão” (Figuras 14

e 15) que chegou a representar duas marcas da mesma empresa (PepsiCo), a Pepsi

(refrigerante) e a Ruflles (batata frita), dando ao personagem características jovens e

descoladas, tentando aproximar-se da aparência do seu público alvo. E não

diferente de seu público, limão também possui página no facebook (Figura 16), lá

passa-se uma imagem que busca assemelhar a persona “Limão” ao consumidor

final, jovem, destemido, brincalhão, apressado, paquerador, fala com gírias, e até

mesmo, por vezes, desempregado. Giannini (2016) atribui ao uso de personas, o

meio eficiente na contemporaneidade, e dadas as circunstâncias das redes sociais,

de se fazer entendida uma mensagem através de relacionamento, que é o meio

estratégico de empresas:

A constituição de uma persona para uma instituição se mostra como

estratégia atualizada e eficaz na busca deste relacionamento, pois

favorece uma identificação do público com aquela organização,

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aumentando assim as possibilidades de engajamento e absorção da

informação.

Figura 13 – Limão na Pepsi

Fonte: Campanha publicitária da Pepsi

Figura 14 – Limão na Ruffles

Fonte: Campanha publicitária da Ruffles

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Figura 15 – Página do Limão de Pepsi Twist

Fonte: Retirado da Página da persona Limão no Facebook

Ora, segundo JUNG (2011):

“Como seu nome revela, ela é uma simples máscara da

psique coletiva, máscara que aparenta uma individualidade,

procurando convencer aos outros e a si mesma que é uma

individualidade, quando, na realidade, não passa de um papel,

no qual fala a psique coletiva.”

O que leva a entender a importância de uma outra persona que rapidamente

popularizou a Netflix em si, que constantemente em sua fanpage denomina-se

“menina” (Figura 17), fazendo com que o público não a veja mais como uma

empresa, nem como uma plataforma, ou prestadora de serviço, mas sim, como mais

uma pessoa que atua ativamente no relacionamento com seus amigos, usando

inclusive linguagem informal, e aproximando-se do seu público. É a necessidade de

informação e a atuação tecnológica, linguística e estratégica, fazendo a diferença no

mercado (GIANNINI, 2016).

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Figura16 – A Netflix

Fonte: Retirado do perfil da Netflix no Twitter

Antes das redes sociais, o marketing era uma via de mão única e dificilmente

podia interagir com o consumidor, porém, agora esse contato é imprescindível. Com

esse espaço de relacionamento colaborativo atender as necessidades de

aproximação do público nas redes sociais faz parte da estratégia de controle e

fidelização do cliente (GIANNINI, 2016).

Esse relacionamento permite às empresas a obtenção de vantagem

competitiva que sozinhas não seriam capazes de obter. A sociedade cada vez mais

crítica e informada exige das organizações um desenvolvimento impecável, ele

precisa ser convencido da eficácia e acima de tudo, isso deverá ser dado a ele

através do relacionamento, criará valor para a empresa o cliente que, de dentro de

sua rede conseguir seu próprio espaço de influência, como em uma grande conexão

de rede social (CLARO, 2016).

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As dificuldades de relacionamento entre empresas e clientes sempre foram

muitas. A estrutura de SAC nem sempre davam conta da demanda, o marketing era

tão generalizado que nem sempre atingia quem realmente se esperava e o corte de

gastos sempre parecia iminente. O próspero advento das Redes Sociais pareceu ser

então a solução para esses problemas que constantemente assolam as

organizações. Foram então bem aceitas pelas plataformas de relacionamento e

conseguiram estabelecer seu próprio espaço.

A adaptação sempre é necessária, assim como em todas as coisas, nas

áreas de conhecimento também não poderia ser diferente. Para falar em

contemporaneidade é preciso analisar e entender como se chegou até aqui. E muito

embora ainda se utilize as demais estruturas linguísticas, relacionais e

principalmente de marketing, tratando-se de mercado, é preciso evoluir e adaptar-se.

A via de mão dupla na comunicação do marketing não deve ser vista como uma

barreira e sim como um aliado. E é por isso que a introdução do marketing de

relacionamento no cotidiano tanto das empresas quanto dos usuários só tende a

crescer e fortificar-se para o bem-estar de todos.

Para melhor compreensão de tal eficácia, poderiam ter sido feitos estudos

com os indivíduos usuários em Redes Sociais, abrangendo margens psicológicas,

culturais, sociais e comportamentais. Também estudos de caso em empresas que

arriscaram se introduzir nesse campo, desenvolvendo acompanhamento e

monitoramento, uma estrutura de marketing relacional que tenha sido sucesso,

desvendando seus atributos do início ao fim. Ou até mesmo a construção de um

CMR e aplicação com gerenciamento dos processos. Estudando mais o usuário e

valorizando mais o seu conteúdo, utilizando os conceitos de big data, data

warehouse, base de dados e análise de dados, pois é daí que se pode extrair o

ouro. Para isso, seria necessário mais tempo e networking.

No campo da Ciência da Informação, precisa-se destacar a Gestão da

Informação como responsável por esta área tão abrangente que envolve dados,

informações e redes sociais por causa da dinâmica em que ocorre o processo. A

eficácia do funcionamento requer do profissional um completo entendimento da

causa. Isso significa que um gestor da informação, por basear-se em três pilares:

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gestão organizacional, ciência informacional e tecnologia, tem as competências

necessária para compreender o negócio do começo ao fim em todas as suas

diferentes estruturas. Informação é poder, e, nas mãos certas, pode fazer grandes

coisas.

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