chamada pública saf/ater n° 04/2014 - mda.gov.br · tamanho e a família extensa é a unidade...
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Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA
Secretaria da Agricultura Familiar – SAF
Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural – DATER
CHAMADA PÚBLICA PARA SELEÇÃO DE ENTIDADE
EXECUTORA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL
EM ÁREAS INDÍGENAS NO ESTADO DO ACRE
Chamada Pública SAF/ATER
n° 04/2014
Brasília, setembro de 2014.
2
1. Introdução
A presente Chamada Pública, elaborada pelo Departamento de Assistência Técnica e
Extensão Rural/Secretaria de Agricultura Familiar/Ministério do Desenvolvimento Agrário-
DATER/SAF/MDA em parceria com a Coordenação Geral de Políticas para Povos e Comunidades
Tradicionais/ CGPCT/MDA e com a Coordenação Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento/
CGETNO/ FUNAI, apresenta, de acordo com o estabelecido pela Lei nº12.188, de 11 de janeiro de
2010 (Lei de ATER), e no âmbito da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural-
PNATER, as orientações para contratação e execução de serviços de Assistência Técnica e Extensão
Rural - ATER em vinte (20) Terras Indígenas - TIs do estado do Acre.
Esta Chamada Pública está de acordo com o estabelecido pela Lei nº 12.188, de 11 de
janeiro de 2010 (Lei de ATER), a qual caracteriza os serviços de ATER como um “serviço de
educação não formal, de caráter continuado”, conforme Art. 2°, I, compreendendo-se, portanto, a
ATER como um processo inserido no contexto do desenvolvimento rural. Institui, ainda, a Política
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER e estabelece as bases para a execução
do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, prevendo a contratação de serviços
continuados organizados em etapas que serão seccionados por força do instrumento de contrato.
Insere-se, ainda, no âmbito da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras
Indígenas- PNGATI, a qual determina diretrizes para o uso sustentável de recursos naturais e
iniciativas produtivas indígenas (Decreto nº 7.747, de 05/06/2012, Art. 4º, V), bem como do
Programa de Promoção e Proteção dos Direitos dos Povos Indígenas, do Plano Plurianual- PPA
2012/2015.
As áreas desse instrumento foram priorizadas a partir de indicadores da linha de critérios de
“Potencialidade”. Os critérios foram construídos no âmbito da Comissão Nacional de Política
Indigenista (CNPI) e aprovados na 12ª Reunião Ordinária, realizada no período de 04 e 05 de março
de 2010.
O procedimento para seleção das áreas prioritárias se deu através do diálogo entre o
Ministério do Desenvolvimento Agrário/MDA, Fundação Nacional do Índio - FUNAI, e
representantes dos povos indígenas no âmbito da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI)
que contribuíram para a elaboração das proposições dos “Tipos”, “Temas” e Critérios”, ora usados
para a identificação das áreas prioritárias para os serviços de ATER junto aos grupos indígenas.
Para a identificação das áreas prioritárias, as demandas foram dividas em duas categorias ou
“Tipos”: “Vulnerabilidades” e “Potencialidades”. O Tipo “Vulnerabilidade” abarca o atendimento
em ATER daquelas áreas indígenas que demandam ações ainda básicas de produção de alimentos
e/ou geração de renda, de acordo com o contexto de interatividade e as características sócio
culturais e organizacionais dos grupos indígenas a serem beneficiados. Por sua vez, o Tipo
“Potencialidade” focaliza o atendimento em ATER nas Terras Indígenas (TI's) que já possuem
experiências anteriores, que justificam a demanda por esses serviços, visando potencializar as
iniciativas indígenas que podem, inclusive, mais facilmente ser articuladas a outras políticas
públicas, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Alimentação Escolar
Indígena, dentre outras, como no caso da presente chamada.
O presente instrumento prevê a contratação dos serviços organizados em três (03) lotes,
quais sejam: Lote 1- Nukini, Poyanawa e Nawa, localizadas no município de Mâncio Lima;
Campinas Katukina e Jaminawa do Igarapé Preto, localizadas no município de Cruzeiro do Sul;
Arara do Igarapé Humaitá, localizada no município de Porto Walter; e Jaminawa Arara do Rio
Bagé, localizada no município de Marechal Thaumaturgo; Lote 2- Kaxinawá do Rio Jordão,
3
Kaxinawá do Baixo Rio Jordão e Kaxinawá do Seringal Independência, localizadas no município de
Jordão, Kaxinawá do Rio Humaitá, situada no município de Feijó e Kaxinawá Ashaninka do Rio
Breu, localizada nos municípios de Jordão e de Marechal Thaumaturgo; e Lote 3- Kampa do
Igarapé Primavera, Rio Gregório, Kaxinawá da Praia do Carapanã; Kaxinawá Colônia 27, Igarapé
do Caucho, localizadas no município de Tarauacá; e Katukina/Kaxinawá, Seringal Curralinho e
Kaxinawá Nova Olinda, localizadas no município de Feijó.
Segundo o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE do
ano de 2010, esses municípios possuem população e Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal - IDH-M de: Feijó: 32.412 habitantes- 0,541 IDH-M; Tarauacá: 35.590 habitantes- 0,539
IDH-M; Jordão: 6.577 habitantes – 0,475 IDH-M, Marechal Thaumaturgo: 14.227 habitantes –
0,501 IDH-M, Porto Walter: 9.176 habitantes –0,532 IDH-M, Cruzeiro do Sul: 78.507 habitantes –
0,664 IDH-M e Mâncio Lima: 15.206 habitantes –0,625 IDH-M.
Os povos indígenas do estado do Acre vivem basicamente da agricultura tradicional, do
agroextrativismo, da caça e da pesca; cujo excedente é comercializado pelos produtores indígenas
nos municípios próximos às aldeias. A distância que separa essas Terras Indígenas dos municípios
próximos varia de 5hs a 10 dias de viagem de barco. As aldeias variam, significativamente, em
tamanho e a família extensa é a unidade padrão que constitui uma aldeia e organiza a vida
doméstica. Segundo dados etnográficos, inicialmente, as aldeias em questão variavam de 50 a 150
indígenas. Atualmente, nas aldeias das TIs contempladas pela presente Chamada Pública, observa-
se uma variação demográfica de 70 a 1.249 indígenas. Por outro lado, permanece a dinâmica da
vida social dessas aldeias, a qual se realiza por meio das visitas que são empreendidas pelos grupos
domésticos entre si. As visitas ajudam a cimentar as relações entre os grupos domésticos e definem
o pertencimento a um grupo local, a uma aldeia. Os grupos domésticos envolvem a esfera da
produção e do consumo, combinando agricultura (milho, banana e mandioca doce), caça, coleta e
pesca.
De acordo com a literatura existente, os povos indígenas do Acre são fragmentos de um
grupo social e cultural mais complexo, o qual é constituído por vários grupos locais. Os grupos se
caracterizam por uma uniformidade linguística e cultural e todos se situam numa mesma região, no
sudoeste da Amazônia. Esses grupos podem ser classificados dentro de três (03) categorias
linguísticas e culturais, de modo a dificultar o estabelecimento de uma identidade grupal a esses
vários subgrupos. A unidade máxima a que os grupos se consideram pertencer não se define em
termos linguísticos políticos, étnicos e nem mesmo territoriais. Desse modo, o público-alvo dessa
Chamada Pública representa uma parte da população indígena do estado do Acre e não a sua
totalidade.
2. Objeto
Seleção de entidade executora de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER
em Terras Indígenas para a produção de alimentos visando a segurança alimentar e nutricional, a
organização da produção para a comercialização, o manejo sustentável dos recursos naturais e a
organização social local, por meio de atividades individuais e coletivas, compreendendo o
planejamento, a execução, o controle social e a avaliação.
3. Entidades executoras
Poderão participar desta Chamada Pública as instituições públicas ou privadas, com ou sem
4
fins lucrativos, previamente credenciadas, na forma da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, do
Decreto nº 7.215, de 15 de junho de 2010 e da Portaria MDA n° 35, de 16 de junho de 2010.
Para contratação, as instituições selecionadas deverão estar cadastradas e em situação
regular perante o Sistema de Cadastramento de Fornecedores – SICAF e Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, conforme a IN MPOG nº 02/2010.
4. Público beneficiário
Os beneficiários do objeto desta chamada pública são estimados em 9.833 indígenas, cerca
de 60 % da população indígena do estado do Acre, aproximadamente 1.400 famílias, distribuídas
por 20 Terras Indígenas e 109 aldeias, localizadas na Faixa de Fronteira do sudoeste do Estado do
Amazonas no Brasil e o sudeste do Peru, conforme indicado no item 5. da presente Chamada
Pública, desde que possuam a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar – DAP, conforme parágrafo único do Artigo 5º da Lei nº 12.188/10.
A escolha destas áreas considerou os critérios de Potencialidades, ou seja, aqueles cujas
ações de formação de agentes agroflorestais, ambientais e técnicos agrícolas indígenas são
fundamentais para o atendimento da demanda local. Entretanto, dada à localização das Terras
Indígenas na Faixa de Fronteira da região amazônica, o território indígena fica exposto à presença
de atividades ilícitas e predatórias em seu entorno e interior, tais como extração ilegal de madeira,
pressão direta por arrendamento, caça ilegal, grilagem, entre outros. Assim, além do critério de
Potencialidades, essa Chamada Pública visa coibir essas ações ilegais no entorno e interior das TIs
por meio da valorização dos projetos de ATER que venham a contribuir para a fiscalização e gestão
do território indígena, segundo os preceitos da PNGATI, minimizando a vulnerabilidade das vinte
(20) TIs.
Não serão beneficiários desta Chamada Pública os indígenas que, atualmente, recebem
assistência via convênios de ATER celebrados pela SAF, com recursos financeiros oriundos do
Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar e Reforma
Agrária - PRONATER, ação orçamentária ATER em Terras Indígenas, e que estejam em execução
na mesma área de abrangência e temas do objeto.
5. Área geográfica da prestação dos serviços
Esta Chamada abrange vinte (20) Terras Indígenas situadas nos municípios de Marechal
Thaumaturgo, Porto Walter, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Tarauacá, Jordão e Feijó, estado do
Acre. Foi organizada em Três (03) lotes com definição dos municípios e das Terras Indígenas que
deverão ser atendidas, conforme distribuição do quadro abaixo.
5
Quantitativo Lote 1 Lote 2 Lote 3
Total
Municípios
Marechal Thaumaturgo Porto Walter
Cruzeiro do Sul Mâncio Lima
Marechal Thaumaturgo Jordão
Feijó Tarauacá
07
Terras Indígenas 07 05 08
20
População Indígena 3.294 3.137 3.402
9.833
Aldeias 31 43 35
109
Número mínimo de Famílias Indígenas Beneficiadas
470 448 486
1.404
Estima-se que, em média, serão assistidas 200 famílias indígenas por município, respeitando
a relação estabelecida de 01 técnico para no máximo 60 beneficiários, o que favorece a organização
dos serviços e o planejamento da equipe técnica.
As propostas em resposta ao chamamento público deverão informar como será a distribuição
dos beneficiários entre as aldeias e povos indígenas, tendo em vista a logística para os
deslocamentos e as características socioculturais do público-alvo, buscando uma distribuição que
atinja o maior número possível de aldeias.
É importante frisar que os beneficiários dos serviços de ATER a serem contratados são,
exclusivamente, indígenas das TIs em destaque no mapa abaixo.
Mapa das Terras Indígenas do Acre
Fonte: CEDI (2013)
6
Municípios Contemplados
6. Descrição das atividades para a prestação dos serviços
A descrição detalhada das atividades individuais e coletivas que devem compor a proposta
técnica a ser apresentada, a quantidade de atividades, o valor pago para cada atividade e o
cronograma-base de execução constam nos Anexos I e II, os quais devem ser rigorosamente
observados.
Ressalta-se que as entidades contratadas deverão apoiar ações do MDA e de parceiros
(FUNAI, MDS e outros órgãos e entidades federais, estaduais e municipais), em ações que visem à
inclusão dos beneficiários deste chamamento em políticas públicas, como por exemplo: a)
mobilização das famílias para participação em mutirões de documentação; b) promover a inclusão
social pelo encaminhamento de demandas sobre água, habitação, transferência de renda, entre
outras.
Em caso de identificação de um número de famílias portadoras de DAP inferior ao número
definido no item 5, a entidade contratada deverá viabilizar, junto aos órgãos credenciados, a
emissão desse documento.
Na execução de todas as atividades, as mulheres e jovens devem ser considerados como
beneficiários ativos e iguais receptores de todas as orientações, exigindo-se a participação de, no
mínimo, 30% de mulheres e jovens nas atividades coletivas, respeitando-se as especificidades
locais.
Todas as atividades realizadas exigirão sistematização de dados e elaboração de documentos
em meio eletrônico, utilizando softwares e equipamentos eletrônicos indicados pelo MDA, quando
for o caso.
Para cumprir com o objeto desta Chamada Pública, serão contratadas atividades individuais
e coletivas a serem executadas pela entidade contratada. Com relação às atividades coletivas, fica
estabelecido que a contratada somente será remunerada pela mesma caso seja alcançado o número
mínimo de participantes exigido no instrumento convocatório.
Por meio da entidade a ser contratada, os beneficiários dos serviços de ATER previstos nesta
Chamada receberão os seguintes serviços:
7
LOTE 1
Atividades Duração unitária mínima
Produtos esperados
1. Reuniões iniciais para escolha pelas comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
8h
Cronograma de execução atualizado; estratégia de atendimento por técnico pactuada; indicação de 3 representantes indígenas para compor o Comitê Gestor com ata de deliberação; relatório da reunião.
2. Visitas técnicas individuais para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
4h
Dados sistematizados de cada unidade de produção familiar indígena.
3. Oficinas para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
16h Dados sistematizados por coletivos.
As atividades individuais e coletivas para levantamento de dados devem ser realizadas preferencialmente através de metodologias participativas, considerando os aspectos culturais de cada povo indígena, a forma como se organiza o trabalho, a estrutura das famílias e as relações de parentesco, as atividades produtivas e os produtos que compõem o “habitus” alimentar do grupo indígena beneficiado, os aspectos ambientais, a infraestrutura, o acesso ao mercado e aos programas públicos, as carências e potencialidades e a renda, se houver, com a identificação da sua fonte.
4. Encontro para consolidação do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
16h
Relatório do encontro; Planejamentos do que será trabalhado nas atividades dentro dos temas de cada coletivo.
5. Visitas de acompanhamento técnico.
4h Relatório por aldeia do que foi realizado durante as visitas.
6. Seminário onde as políticas públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
12h Documento sobre a atual situação de acesso as políticas públicas pelos beneficiários; relatório do seminário.
7.Oficinas para elaboração de projetos.
16h Projetos elaborados.
Dentre as várias políticas e programas disponíveis para acesso dos povos indígenas devem ter destaque: Programa de Aquisição de Alimentos-PAA; Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE; Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária-ATER; Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas-PNGATI e o Novo Código Florestal no que tange aos Povos Indígenas.
8
8. Curso. Temas: a. Organização da Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
40hs Relatório do Curso; Apresentação do material didático utilizado.
9.Oficinas. Temas: a. PNGATI e com abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
32hs
Relatórios de cada curso; Apresentação do material didático utilizado. (1 oficina por TI com 32 hs duração)
10. Elaboração do Plano de Gestão Territorial Local para as aldeias.
54h Plano de Gestão Territorial Local.
11. Reuniões do Comitê Gestor do projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
8h
Relatório de cada reunião; Carta dos representantes indígenas sobre a situação do projeto, encaminhando diretamente ao fiscal do projeto pelos indígenas.
O Comitê Gestor deve funcionar como espaço para os representantes dos beneficiários poderem, junto com a entidade executora dos serviços de ATER, ajustar e adequar às atividades e a rotina de trabalho. Também é um espaço que deve apontar alterações metodológicas na condução do projeto. A sugestão é que seus membros sejam eleitos na “Reunião Inicial”, ou então eleitos segundo os costumes e tradição dos povos indígenas beneficiários. Deve ser comunicado ao MDA, o procedimento adotado para a escolha e os nomes eleitos. Cada reunião do Comitê Gestor deverá estar organizada de maneira a garantir dois momentos distintos. Um somente para os representantes indígenas discutirem sobre o andamento dos serviços, e um segundo momento onde representantes indígenas, equipe técnica e coordenação da entidade executora discutem conjuntamente.
12. Encontro final para avaliação da execução dos serviços de ATER. (composto por indígenas do Comitê Gestor, técnicos e coordenadores do projeto).
6h Relatório do encontro.
LOTE 2
Atividades Duração unitária mínima
Produtos esperados
1. Reuniões iniciais para escolha pelas comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
8h
Cronograma de execução atualizado; estratégia de atendimento por técnico pactuada; indicação de 3 representantes indígenas para compor o Comitê Gestor com ata de deliberação; relatório da reunião.
2. Visitas técnicas individuais para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
4h Dados sistematizados de cada unidade de produção familiar indígena.
3. Oficinas para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
16h Dados sistematizados por coletivos.
9
As atividades individuais e coletivas para levantamento de dados devem ser realizadas preferencialmente através de metodologias participativas, considerando os aspectos culturais de cada povo indígena, a forma como se organiza o trabalho, a estrutura das famílias e as relações de parentesco, as atividades produtivas e os produtos que compõem o “habitus” alimentar do grupo indígena beneficiado, os aspectos ambientais, a infraestrutura, o acesso ao mercado e aos programas públicos, as carências e potencialidades e a renda, se houver, com a identificação da sua fonte.
4. Encontro para consolidação do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
16h
Relatório do encontro; Planejamentos do que será trabalhado nas atividades dentro dos temas de cada coletivo.
5. Visitas de acompanhamento técnico.
4h Relatório por aldeia do que foi realizado durante as visitas.
6. Seminário onde as políticas públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
12h Documento sobre a atual situação de acesso as políticas públicas pelos beneficiários; relatório do seminário.
8.Oficinas para elaboração de projetos.
16h Projetos elaborados.
Dentre as várias políticas e programas disponíveis para acesso dos povos indígenas devem ter destaque: Programa de Aquisição de Alimentos-PAA; Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE; Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária-ATER; Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas-PNGATI e o Novo Código Florestal no que tange aos Povos Indígenas.
8. Curso. Temas: a. Organização da Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
40hs Relatório do Curso; Apresentação do material didático utilizado.
9.Oficinas. Temas: a. PNGATI e com abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
32hs
Relatórios de cada curso; Apresentação do material didático utilizado. (1 oficina por TI com 32 hs duração)
10. Elaboração do Plano de Gestão Territorial Local para as aldeias.
54h
Plano de Gestão Territorial Local.
11. Reuniões do Comitê Gestor do projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
8h
Relatório de cada reunião; Carta dos representantes indígenas sobre a situação do projeto, encaminhando diretamente ao fiscal do projeto pelos indígenas.
O Comitê Gestor deve funcionar como espaço para os representantes dos beneficiários poderem, junto com a entidade executora dos serviços de ATER, ajustar e adequar às atividades e a rotina de trabalho. Também é um espaço que deve apontar alterações metodológicas na condução do projeto. A sugestão é que seus membros sejam eleitos na “Reunião Inicial”, ou então eleitos segundo os costumes e tradição dos povos indígenas beneficiários. Deve ser comunicado ao MDA, o procedimento adotado para a escolha e os nomes eleitos. Cada reunião do Comitê Gestor deverá estar organizada de maneira a garantir dois momentos distintos. Um somente para os representantes indígenas discutirem sobre o andamento dos serviços, e um segundo momento onde representantes indígenas, equipe técnica e coordenação da entidade executora discutem conjuntamente.
12. Encontro final para avaliação da execução dos serviços de ATER. (composto por indígenas do Comitê Gestor, técnicos e coordenadores do projeto).
6h Relatório do encontro.
10
LOTE 3
Atividades Duração unitária mínima
Produtos esperados
1. Reuniões iniciais para escolha pelas comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
8h
Cronograma de execução atualizado; estratégia de atendimento por técnico pactuada; indicação de 4 representantes indígenas para compor o Comitê Gestor com ata de deliberação; relatório da reunião.
2. Visitas técnicas individuais para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
4h
Dados sistematizados de cada unidade de produção familiar indígena.
3. Oficinas para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
16h Dados sistematizados por coletivos.
As atividades individuais e coletivas para levantamento de dados devem ser realizadas preferencialmente através de metodologias participativas, considerando os aspectos culturais de cada povo indígena, a forma como se organiza o trabalho, a estrutura das famílias e as relações de parentesco, as atividades produtivas e os produtos que compõem o “habitus” alimentar do grupo indígena beneficiado, os aspectos ambientais, a infraestrutura, o acesso ao mercado e aos programas públicos, as carências e potencialidades e a renda, se houver, com a identificação da sua fonte.
4. Encontro para consolidação do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
16h Relatório do encontro; Planejamentos do que será trabalhado nas atividades dentro dos temas de cada coletivo.
5. Visitas de acompanhamento técnico.
4h Relatório por aldeia do que foi realizado durante as visitas.
6. Seminário onde as políticas públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
12h Documento sobre a atual situação de acesso as políticas públicas pelos beneficiários; relatório do seminário.
9.Oficinas para elaboração de projetos.
16h Projetos elaborados.
Dentre as várias políticas e programas disponíveis para acesso dos povos indígenas devem ter destaque: Programa de Aquisição de Alimentos-PAA; Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE; Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária-ATER; Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas-PNGATI e o Novo Código Florestal no que tange aos Povos Indígenas.
8. Curso. Temas: a. Organização da Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
40hs
Relatório do Curso; Apresentação do material didático utilizado. Curso(considerando 2 representantes indígenas por TI no curso com total
11
de 40 hs).
9.Oficinas. Temas: a. PNGATI e com abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
32hs Relatórios de cada curso; Apresentação do material didático utilizado. (1 oficina por TI com 32 hs duração)
10. Elaboração do Plano de Gestão Territorial Local para as aldeias.
54h Plano de Gestão Territorial Local.
11. Reuniões do Comitê Gestor (10 indigenas) do projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
8h
Relatório de cada reunião; Carta dos representantes indígenas sobre a situação do projeto, encaminhando diretamente ao fiscal do projeto pelos indígenas.
O Comitê Gestor deve funcionar como espaço para os representantes dos beneficiários poderem, junto com a entidade executora dos serviços de ATER, ajustar e adequar às atividades e a rotina de trabalho. Também é um espaço que deve apontar alterações metodológicas na condução do projeto. A sugestão é que seus membros sejam eleitos na “Reunião Inicial”, ou então eleitos segundo os costumes e tradição dos povos indígenas beneficiários. Deve ser comunicado ao MDA, o procedimento adotado para a escolha e os nomes eleitos. Cada reunião do Comitê Gestor deverá estar organizada de maneira a garantir dois momentos distintos. Um somente para os representantes indígenas discutirem sobre o andamento dos serviços, e um segundo momento onde representantes indígenas, equipe técnica e coordenação da entidade executora discutem conjuntamente.
12. Encontro final para avaliação da execução dos serviços de ATER. (composto por indígenas do Comitê Gestor, técnicos e coordenadores do projeto).
6h Relatório do encontro.
O detalhamento de cada etapa, com a quantidade, público beneficiário e valor pago para
cada atividade consta no Anexo I. O qual deve ser rigorosamente obedecido para elaboração da
proposta, assim como a descrição do glossário dos temas (Anexo VI) e da Descrição dos Temas da
Chamada Pública - Atividades (Anexo VII).
7. Prazo de execução dos serviços
O prazo para a execução dos serviços será de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser
prorrogado nos termos do Art. 57, §1º da Lei 8.666/93.
8. Valor da Chamada Pública
O valor da presente chamada pública é de R$ 3.599.251,98 (três milhões, quinhentos e
noventa e nove mil, duzentos e cinquenta e um reais e noventa e oito centavos). Os pagamentos
ocorrerão a cada trinta dias, com valor proporcional aos serviços executados no referido período,
mediante apresentação do relatório de execução dos serviços contratados, conforme Art. 23 da Lei
nº 12.188/2010. Os valores para cada lote estão discriminados na tabela abaixo:
12
UF CR Município(s) Terra(s) Indígena(s) Etnias Nº de famílias
Valor (R$)
01
AC
Rio Branco
Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Cruzeiro do
Sul e Mâncio Lima
Nukini, Poyanawa, Nawa, Campinas/ Katukina, Arara do Igarapé Humaitá,
Jaminawa do Igarapé Preto e Jaminawa Arara do Rio Bagé.
Jaminawa-Arara,
Shawãdawa, Katukina,
Jaminawa, Poyanawa,
Nukini e Nawa.
470
R$1.174.462,02
02
AC
Rio Branco
Marechal Thaumaturgo
e Jordão
Kaxinawá do Rio Jordão, Kaxinawá do
Baixo Rio Jordão, Kaxinawá do
Seringal Independência,
Kaxinawá do Rio Humaitá e Kaxinawá
Ashaninka do Rio Breu.
Kaxinawá e Ashaninka.
448 R$1.170.032,58
03
AC
Rio Branco
Feijó e Tarauacá
Kampa do Igarapé Primavera, Rio
Gregório, Kaxinawá da Praia do
Carapanã; Kaxinawá Colônia 27, Igarapé
do Caucho, Katukina/Kaxinawá,
Seringal Curralinho e Kaxinawá Nova
Olinda.
Katukina, Yawanawá, Ashaninka, Kaxinawá,
Shanenawa e Kulina.
486 R$1.254.757,38
TOTAL
1.404
R$3.599.251,98
Custo da assistência técnica – Lote 1
Equipe Técnica R$ 449.468,16
Coordenação R$ 380.529,36
Logística R$ 83.948,76
Administração R$ 47.660,02
Despesas com Participantes R$ 212.855,72
Total R$ 1.174.462,02
Custo da assistência técnica – Lote 2
Equipe Técnica R$ 466.216,45
Coordenação R$ 380.529,36
Logística R$ 82.219,14
Administração R$ 49.376,05
Despesas com Participantes R$ 191.691,52
Total R$ 1.170.032,5
Custo da assistência técnica – Lote 3
Equipe Técnica R$ 547.043,86
Coordenação R$ 380.529,36
Logística R$ 94.068,10
Administração R$ 54.299,30
Despesas com Participantes R$ 178.816,76
Total R$ 1.254.757,38
13
9. Qualificação e composição da equipe técnica
Para executar as atividades a serem contratadas, será necessária uma equipe técnica
composta por técnicos de nível médio e superior, obedecendo à proporção de no mínimo 02
técnicos de nível superior para 03 técnicos de nível médio. Dentre os técnicos de nível superior,
exige-se no mínimo 01 profissional com formação em Antropologia Social e os demais com
formação em Ciências Agrárias e afins. A composição da equipe técnica deverá ser multidisciplinar,
a fim de atender aos princípios da PNATER e o contido nos Artigos 6° do Decreto n° 7.215/2010 e
Art. 4° § 1º da Portaria MDA nº 35, de 16 de junho 2010. Qualquer alteração da equipe técnica
apresentada na proposta técnica deverá ser autorizada pelo contratante. Cada técnico atenderá no
máximo 60 famílias indígenas beneficiárias.
Lote 1
Número mínimo de técnicos
Número mínimo de técnicos de nível superior
Número mínimo de técnicos da área de Antropologia
Social
10 4 01
Lote 2
Número mínimo de técnicos
Número mínimo de técnicos de nível superior
Número mínimo de técnicos da área de Antropologia
Social
10 4 01
Lote 3
Número mínimo de técnicos
Número mínimo de técnicos de nível superior
Número mínimo de técnicos da área de Antropologia
Social
12 5 01
Alterações na equipe técnica para elaboração da proposta deverão respeitar a
proporcionalidade entre técnicos de nível superior e médio indicada pelo quadro anterior e, após a
seleção/contratação, alterações na equipe deverão ser autorizadas pelo contratante.
Os currículos devem ser apresentados, necessariamente, conforme modelo do Anexo V.
10. Metodologia para execução dos serviços
A metodologia para a ação de ATER em Terras Indígenas deve ter um caráter educativo, com
ênfase na pedagogia da prática, promovendo a geração, a revitalização, a circulação e a apropriação
coletiva de conhecimentos.
Contudo, essa metodologia deve ser entendida como um trabalho específico e diferente do
que é realizado, por exemplo, com famílias rurais não indígenas pelo seu caráter étnico, linguístico,
cultural e, principalmente, pela forma com a qual cada grupo indígena concebe sua noção de
sustentabilidade e produção.
A ação de ATER em Terras Indígenas requer, tanto da entidade executora quanto da equipe
14
técnica, um distanciamento dos parâmetros e conceitos pré-estabelecidos e oriundos da sociedade
não indígena como referencial de atuação, ou seja, a equipe não deve estabelecer relações com
bases etnocêntricas.
Ao mesmo tempo, é necessário internalizar conceitos como autodeterminação (Artigo 4°
inciso III da Constituição Federal de 1988, Artigo 1° da Convenção 169 da OIT, ratificada pelo
Decreto nº 5051/2004 e Artigo 3° da Declaração das Nações Indígenas sobre os Direitos Indígenas),
autonomia indígena (Artigo 4° da Declaração das Nações Indígenas sobre os Direitos Indígenas) e o
de etnodesenvolvimento. Com estas noções, a equipe de ATER executará os serviços contratados na
perspectiva de colaboradora das propostas locais, desenvolvendo junto às comunidades uma
metodologia de trabalho que contemple o diálogo intercultural e intersocietário.
O etnodesenvolvimento é entendido como o desenvolvimento que mantém o diferencial
sociocultural de uma sociedade, ou seja, respeita a etnicidade com seus códigos e valores locais e
culturais. Nessa acepção, desenvolvimento tem pouco ou nada a ver com indicadores de
“progresso” no sentido usual do termo: PIB, renda per capita, etc. Alguns princípios básicos do
etnodesenvolvimento são: objetivar a satisfação de necessidades básicas do maior número de
pessoas em vez de priorizar o crescimento econômico; embutir-se de visão indígena endógena;
valorizar e utilizar conhecimento e tradição locais na busca da solução dos problemas; dentre
outros.
A rotina dos serviços de ATER em Terras Indígenas deve ser dimensionada segundo as
especificidades de cada grupo étnico, levando em consideração fatores que vão além do acesso as
áreas. É mais proveitoso organizar os serviços a partir de longos períodos em área, permitindo uma
permanência maior dos técnicos nas Terras Indígenas. Deste modo é possível aprofundar o
conhecimento da dinâmica comunitária do grupo indígena em questão, incluindo aspectos da
organização sociocultural e política, linguística, diálogo permanente com os anciãos, vivência das
práticas culturais, entre outras questões. O ideal é que no âmbito das equipes contratadas, estejam
contabilizados aqueles indígenas que são técnicos formados por escolas técnicas e universidades, os
agentes indígenas formados ao longo de cursos, seminários e capacitações de órgãos e instituições
parceiras, e aqueles indígenas que reconhecidamente são detentores de conhecimento tradicional de
seu povo no tema foco do projeto.
Com relação à produção, é necessário atentar aos aspectos sociopolíticos de cada povo
indígena, incluindo a forma como concebem e organizam cada tipo de atividade produtiva, sabendo
que no contexto indígena para as atividades agrícolas, de um modo geral, a preocupação não se fixa
necessariamente no quanto será produzido ou no valor de mercado dessa produção, mas no “o que”,
“como” e “quando” será produzido; que, por sua vez, tem relação com os aspectos cosmogônicos
(visão de mundo) de cada etnia. Tendo em vista que cada etnia concebe interditos alimentares
específicos à relação deles com o universo e os acontecimentos mundanos que os norteiam,
identificam e diferenciam de outros grupos.
A metodologia para a ação de ATER em Terras Indígenas deve ter uma perspectiva holística,
sendo a produção agrícola apenas um dos muitos aspectos a serem trabalhados. O assessoramento
esperado é que dependendo de cada realidade e demanda local, seja possível trabalhar aspectos do
fortalecimento institucional das organizações indígenas, do diálogo em torno das tecnologias
apropriadas e ambientalmente sustentáveis, seja com disponibilização de novas técnicas seja com a
valorização do conhecimento e técnicas tradicionais, do acesso às políticas públicas, do apoio à
gestão ambiental e territorial das terras indígenas, do fortalecimento cultural, etc.
A metodologia deve seguir os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de ATER-
PNATER e o documento “Fundamentos teóricos, orientações e procedimentos metodológicos para a
15
construção de uma pedagogia de ATER” (http://portal.mda.gov.br/portal/saf/publicacoes/?page=1),
com especial atenção para princípios e diretrizes relacionados aos povos indígenas. Deve promover
a construção de processos de etnodesenvolvimento, com equidade de gênero e geração; a adaptação
e adoção de tecnologias voltadas para a construção de agriculturas sustentáveis; a conservação e uso
sustentável dos recursos naturais; a comercialização e o acesso aos mercados institucionais e
provados, quando for o caso.
Com base nestes princípios metodológicos, a proposta técnica a ser apresentada pela
entidade de ATER, deverá descrever a metodologia que utilizará no decurso do contrato,
devidamente fundamentada teoricamente, e logisticamente detalhada para a realização das
atividades contratadas.
11. Encaminhamento das propostas
As propostas deverão ser enviadas via SEDEX ou entregues diretamente no protocolo do
MDA, atendendo ao previsto nesta Chamada Pública no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da
publicação do extrato do presente chamamento no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico do
MDA, valendo a data de postagem do documento ou a data de protocolo no MDA. As propostas
deverão ser encaminhadas, devidamente lacradas e identificadas, seguindo obrigatoriamente o
modelo abaixo:
As propostas somente serão abertas e analisadas, após o 31° dia a contar da publicação do
extrato da presente Chamada Pública no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico do MDA.
O roteiro obrigatório para a elaboração da proposta técnica está no Anexo III.
É necessário anexar à proposta de projeto os seguintes documentos:
- Extrato SIATER, comprovando o credenciamento como prestadora de ATER;
- Cópia de carta encaminhada à Coordenação Regional da FUNAI informando sobre o envio
do projeto;
- Carta de anuência das comunidades beneficiárias quanto ao envio do projeto.
Os esclarecimentos acerca desta Chamada Pública poderão ser feitos através dos contatos
abaixo:
DATER/SAF Tel. (61) 2020-0942 – 2020-0934
Endereço Eletrônico: [email protected]
1
7
CRITÉRIO VARIÁVEL Classes/Pontos Pontuação máxima
atual Meios de comprovação
Apresentação
Demonstra conhecimento da realidade local
(0) Não aborda (1) Apenas cita (3) Descreve em linhas gerais (4) descreve com clareza com base na PNATER (6) Descreve com clareza e explicita a pertinência com base na realidade das etnias a serem beneficiadas
36 Análise da Proposta
Relato da relação entre proposta apresentada, entidade executora e/ou técnicos e os potenciais beneficiários.
(0) Não aborda (1) Apenas cita (3) Descreve em linhas gerais (4) descreve com clareza com base na PNATER (6) Descreve com clareza e explicita a pertinência com base na realidade das etnias a serem beneficiadas
Distribuição estratégica das ações
Descrição detalhada e justificada sobre onde e com quais etnias/aldeias as atividades serão realizadas, considerando a totalidade da abrangência do lote e as questões logísticas bem como com a quantidade de indígenas beneficiários e suas culturas.
(0) Não aborda (1) Apenas cita (3) Descreve em linhas gerais (4) descreve com clareza com base na PNATER (6) Descreve com clareza e explicita a pertinência com base na realidade das etnias a serem beneficiadas
Atividades
Descrição detalhada das atividades que serão realizadas, incluindo todos os insumos e infraestrutura que serão disponibilizados para cada atividade a ser realizada. Em acordo com a realidade local, com o tipo e duração das atividades.
(0) Não aborda (1) Apenas cita (3) Descreve em linhas gerais (4) descreve com clareza com base na PNATER (6) Descreve com clareza e explicita a pertinência com base na realidade das etnias a serem beneficiadas
Metodologia
Detalhamento da linha metodológica, seus fundamentos e sustentação teórica, sua adequação às atividades a serem desenvolvidas e sua adequação aos povos indígenas beneficiários.
(0) Não aborda (1) Apenas cita (3) Descreve em linhas gerais (4) descreve com clareza com base na PNATER (6) Descreve com clareza e explicita a pertinência com base na realidade das etnias a serem beneficiadas
Monitoramento e Avaliação
Descrição da estratégia e procedimentos/sistema que será adotado pela entidade para o acompanhamento e avaliação de cada atividade contratada.
(0) Não aborda (1) Apenas cita (3) Descreve em linhas gerais (4) descreve com clareza com base na PNATER (6) Descreve com clareza e explicita a pertinência com base na realidade das etnias a serem beneficiadas
1
8
TEMA CRITÉRIO VARIÁVEL modo de aferição peso meios de comprovação
Soma do número 1
10
Soma do número 1
Soma do número 1
10
Nº de projetos executados com recursos públicos Soma do número 1
Anos de atuação junto aos povos indígenas Soma dos anos de experiência 2 16
ITEM CRITÉRIO VARIÁVEL modo de aferição pontuação meios de comprovação
Multidisciplinaridade Soma das diferentes formações 1 3 Currículo dos técnicos
Técnicos indígenas 1 4 Currículo dos técnicos
Formação
% 3
7
% 7
% 1
7
Currículo dos técnicos
% 3 Currículo dos técnicos
% 7 Currículo dos técnicos
% 1
7
Currículo dos técnicos
% 3 Currículo dos técnicos
% 7
Currículo dos técnicos
pontuação máxima
total
EXPERIÊNCIA DA
EMPRESA OU
ENTIDADE
Nº de projetos de
assessoria aos povos
indígenas
Nº de projetos de assessoria executados com
recursos de organismos internacionais
Declaração da entidade
contratante ou cópia do
contrato
Nº de projetos de assessoria executados com
recursos públicos
Extrato do DOU ou
declaração do órgão
contratante
Nº de projetos de
ATER executados
nos temas da Política
Nacional de ATER
Nº de projetos executados com recursos de
organismos internacionais
Extrato do DOU ou
declaração do órgão
contratante
Declaração da entidade
contratante ou cópia do
contrato
Experiência com
povos indígenas
Currículo da entidade,
fundação e datação de
projetos
pontuação máxima
total
QUALIFICAÇÃO DA
EQUIPE TÉCNICA
Composição da
equipeSoma do nº de técnicos
indígenas
De 30% a 60% da equipe técnica de ensino médio
possui certificados em cursos voltados aos temas
do desenvolvimento rural e/ou questão indígena
Currículo dos técnicos e
certificados
Mais de 60% da equipe técnica de ensino médio
possui certificados em cursos voltados aos temas
do desenvolvimento rural e/ou questão indígena
Currículo dos técnicos e
certificados
Tempo de trabalho da
equipe com ATER
(Máximo 100 pontos)
Até 40% dos técnicos possui experiência
profissional em ATER maior que 03 anos
Até 80% dos técnicos possui experiência
profissional em ATER maior que 03 anos
Mais de 80% dos técnicos possui experiência
profissional em ATER maior que 03 anos
Tempo de trabalho da
equipe com povos
indígenas
Até 30% dos técnicos possui experiência de
atuação em áreas indígenas maior que 03 anos
Até 70% dos técnicos possui experiência de
atuação em áreas indígenas maior que 03 anos
Mais de 70% dos técnicos possui experiência de
atuação em áreas indígenas maior que 03 anos
1
9
A classificação das entidades será feita de acordo com a pontuação obtida. Será selecionada
em primeiro lugar a proposta que obtiver a maior pontuação.
Em caso de empate, os seguintes pontos serão considerados como critérios de desempate:
- Maior pontuação no bloco de avaliação EXPERIÊNCIA E COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
EXECUTORA DOS SERVIÇOS;
- Maior pontuação no bloco de avaliação PROPOSTA TÉCNICA;
- Maior pontuação no bloco de avaliação Experiência da Entidade.
Serão eliminadas as propostas que:
- Obtiverem pontuação final menor que 50% do total de pontos;
- Apresentarem composição da equipe técnica inferior à quantidade mínima exigida nessa
chamada pública;
- Não obedecerem às exigências previstas nesta Chamada Pública.
13. Divulgação dos resultados no sítio eletrônico do MDA
O resultado desta Chamada Pública será publicado no sítio eletrônico do MDA, em até 30
dias após o encerramento do recebimento das propostas.
A classificação na proposta técnica não gera obrigação de contratação, cuja efetivação
deverá observar a ordem de classificação e o prazo de validade da proposta.
Caberá ao DATER/SAF avaliar e resolver casos omissos e situações não previstas nesta
Chamada Pública.
14 – Impugnações à Chamada Pública
Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar chamada pública por irregularidade na
aplicação da Lei n.º 12.188/2010, devendo protocolar o pedido até 10 (dez) dias após a publicação
do Aviso de Chamamento Público no Diário Oficial da União.
15. Validade das propostas
A administração poderá convocar a entidade executora selecionada em primeiro lugar para
assinar o contrato dentro do prazo de validade da proposta, que será de 180 (cento e oitenta) dias a
contar da data de divulgação do resultado da seleção.
A entidade selecionada deverá apresentar, quando convocada para formalizar o contrato, a
documentação relativa à sua regularidade fiscal e outros documentos solicitados pelo MDA, no
prazo máximo de até 15 (quinze) dias, prorrogável uma vez por igual período, desde que
justificado o motivo do atraso e aceito pelo MDA. Decorrido o prazo concedido, poderá ser
convocada a proposta seguinte, obedecida a ordem de classificação.
Em caso de aprovação e contratação do projeto, faz-se necessário que a Coordenação
Regional da FUNAI local seja comunicada pela Coordenação Geral de Povos e Comunidades
Tradicionais - CGPCT do DATER/SAF/MDA.
2
0
16. Casos Omissos e situações não previstas
Para solucionar casos omissos e situações não previstas nesta Chamada Pública, deverá ser
encaminhado expediente para o diretor do DATER/SAF/MDA, para os devidos esclarecimentos.
2
1
Anexo I
Detalhamento dos serviços
Lote 1
Custo por beneficiário R$ 2.498,85
ATIVIDADE Nº DE
EVENTOS DINÂMICA
NÚMERO MÍNIMO
DE
PARTICIPANTES
POR EVENTO
N° TOTAL DE
BENEFICIÁRIOS
SEM REPETIÇÃO
CUSTO
UNITÁRIO
(R$)
CUSTO TOTAL
(R$)
1. Reuniões iniciais para escolha pelas comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
7
1 reunião
por terra
indígena
70 470 9.420,85
65.945,97
2. Visitas técnicas individuais para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
470 1 visita por
família 1 470
1.409,15
662.300,13
3. Oficinas para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
7
1 oficina
por terra
indígena
70 470 14.763,86
103.347,04
2
2
4. Encontro para consolidação do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
1
Encontro
entre
equipe
técnica
- - - -
5. Visitas de acompanhamento técnico.
31 1 visita por
aldeia 15 470
2.325,44
72.088,73
6. Seminário onde as políticas públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
1
1
representa
nte por
aldeia
31 31 4.653,88
4.653,88
7. Oficinas para
elaboração de projetos.
7
1 oficina
por terra
indígena
70 470 14.827,59
103.793,15
8. Cursos. Temas: a. Organização da Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
1
1
representa
nte por
aldeia
31 31 18.144,05
18.144,05
9.Oficinas. Temas: a. PNGATI e com abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
7
1 oficina
por terra
indígena e
2
representa
ntes por
aldeia
9 63 14.161,83
99.132,83
10. Elaboração do Plano de Gestão Territorial Local para as aldeias.
1
1
representa
nte por
aldeia
31 31 28.816,28
28.816,28
2
3
11. Reuniões do Comitê Gestor do projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
3
1 reunião
por ano
com 3
indígenas
que
integrarão
o comitê
gestor
3 9 3.860,89
11.582,68
12. Encontro final para avaliação da execução dos serviços de ATER.
1
3
indígenas
do comitê
gestor e 1
representa
nte por TI
10 10
4.657,27
4.627,27
Valor pago pelos serviços Beneficiári
os totais
1.174.462,02
470
Lote 2
Custo por beneficiário R$ 2.611,68
ATIVIDADE Nº DE
EVENTOS DINÂMICA
NÚMERO MÍNIMO
DE
PARTICIPANTES
POR EVENTO
N° TOTAL DE
BENEFICIÁRIOS
SEM REPETIÇÃO
CUSTO
UNITÁRIO
(R$)
CUSTO TOTAL
(R$)
2
4
1. Reuniões iniciais para escolha pelas comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
5
1 reunião
por terra
indígena
90 448 9.819,19
49.095,97
2. Visitas técnicas individuais para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
448 1 visita por
família 1 448
1.445,67
647.659,20
3. Oficinas para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
5
1 oficina
por terra
indígena
90 448 17.884,77
89.423,87
4. Encontro para consolidação do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
1
Encontro
entre
equipe
técnica
- - - -
5. Visitas de acompanhamento técnico.
43 1 visita por
aldeia 11 448
3.513,72
151.090,11
2
5
6. Seminário onde as políticas públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
1
1
representa
nte por
aldeia
43 43 5.207,33
5.207,33
7. Oficinas para
elaboração de projetos.
5
1 oficina
por terra
indígena
90 448 17.323,86
86.619,32
8. Cursos. Temas: a. Organização da Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
1
1
representa
nte por
aldeia
43 43 19.943,70
19.943,70
9.Oficinas. Temas: a. PNGATI e com abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
5
1 oficina
por terra
indígena e
2
representa
ntes por
aldeia
17 85 15.625,53
78.127,66
10. Elaboração do Plano de Gestão Territorial Local para as aldeias.
1
1
representa
nte por
aldeia
43 43 29.003,58
29.003,58
11. Reuniões do Comitê Gestor do projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
3
1 reunião
por ano
com 3
indígenas
que
integrarão
o comitê
gestor
3 9 3.548,82
10.646,47
12. Encontro final para avaliação da execução dos serviços de ATER.
1
3
indígenas
do comitê
gestor e 1
representa
nte por TI
10 10
4.427,03
4.427,03
Valor pago pelos serviços Beneficiári
os totais
1.170.032,58
448
2
6
Lote 3
Custo por beneficiário R$ 2.581,80
ATIVIDADE Nº DE
EVENTOS DINÂMICA
NÚMERO MÍNIMO
DE
PARTICIPANTES
POR EVENTO
N° TOTAL DE
BENEFICIÁRIOS
SEM REPETIÇÃO
CUSTO
UNITÁRIO
(R$)
CUSTO TOTAL
(R$)
1. Reuniões iniciais para escolha pelas comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
8
1 reunião
por terra
indígena
60 486 8.259,97
66.079,73
2. Visitas técnicas individuais para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
486 1 visita por
família 1 486
1.391,83
676.430,84
3. Oficinas para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
8
1 oficina
por terra
indígena
61 486 13.853,20
110.825,57
2
7
4. Encontro para consolidação do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
1
Encontro
entre
equipe
técnica
- - - -
5. Visitas de acompanhamento técnico.
35 1 visita por
aldeia 14 486
3.075,30
107.635,39
6. Seminário onde as políticas públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
1
1
representa
nte por
aldeia
35 35 3.865,52
3.865,52
7. Oficinas para
elaboração de projetos.
8
1 oficina
por terra
indígena
60 486 12.252,98
98.023,81
8. Cursos. Temas: a. Organização da Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
1
1
representa
nte por
aldeia
35 35 19.833,58
19.833,58
9.Oficinas. Temas: a. PNGATI e com abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
8
1 oficina
por terra
indígena e
2
representa
ntes por
aldeia
9 72 15.501,60
124.012,77
10. Elaboração do Plano de Gestão Territorial Local para as aldeias.
1
1
representa
nte por
aldeia
35 35 28.905,06
28.905,06
2
8
11. Reuniões do Comitê Gestor do projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
3
1 reunião
por ano
com 4
indígenas
que
integrarão
o comitê
gestor
4 12 4.828,01
14.484,02
12. Encontro final para avaliação da execução dos serviços de ATER.
1
4
indígenas
do comitê
gestor e 1
representa
nte por TI
12 12
4.661,09
4.661,09
Valor pago pelos serviços Beneficiári
os totais
R$ 1.254.757,38
486
2
9
Anexo II
CRONOGRAMA BASE DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS Prazos estimados para execução dos procedimentos prévios à contratação da entidade:
setembro/14 outubro/14 outubro/14 novembro/14 dezembro/14 –
janeiro/2015
Prazo para receber propostas Seleção das propostas Contratação e capacitação
de equipes de ATER
Grupo 1 – Início das atividades no mês 1 (Lotes 01, 02 e 03)- Considerando 36 meses de implantação do projeto.
ATIVIDADES
Mês
1
Mês
2
Mês
3
Mês
4
Mês
5
Mês
6
Mês
7
Mês
8
Mês
9
Mês
10
Mês
11
Mês
12
1º sem/ 2º ano
2º sem/ 2º ano
1º sem/ 3º ano
2º sem/ 3º ano
1. ATIVIDADE COLETIVA - Reuniões iniciais para escolha pelas
comunidades e pactuação das famílias que participarão do projeto; com o devido esclarecimento da proposta da chamada e dos serviços de ATER; discussão e planejamento do cronograma de execução do projeto junto às comunidades; esclarecimentos sobre as despesas previstas para as atividades. Esclarecimentos e promoção do acesso dos beneficiários aos cadastros da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
2. ATIVIDADE INDIVIDUAL - Visitas técnicas individuais
para as famílias participantes do projeto para levantamento de dados com objetivo de identificar a situação atual das unidades de produção familiar indígena - Diagnóstico das unidades de produção familiar.
3. ATIVIDADE COLETIVA - Oficinas para levantamento de
dados com objetivo de identificar a situação atual da aldeia, de um grupo de aldeias ou das famílias extensas, conforme cada caso – Diagnóstico coletivo.
4. ATIVIDADE INDIVIDUAL - Encontro para consolidação
do diagnóstico, e a partir do mesmo realizar planejamento do que será trabalhado nas atividades relativas aos temas da chamada e demais atividades do projeto.
5. ATIVIDADE INDIVIDUAL - Visitas de acompanhamento
técnico.
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0
ATIVIDADES
Mês
1
Mês
2
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Mês
4
Mês
5
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6
Mês
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Mês
8
Mês
9
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10
Mês
11
Mês
12
1º sem/ 2º ano
2º sem/ 2º ano
1º sem/ 3º ano
2º sem/ 3º ano
6. ATIVIDADE COLETIVA - Seminário onde as políticas
públicas de interesse dos beneficiários serão abordadas, informando os participantes sobre os mecanismos de acesso. Tema: Organização Social.
7. ATIVIDADE COLETIVA - Oficinas para elaboração de
projetos.
8. ATIVIDADE COLETIVA - Curso. Temas: a. Organização da
Produção para Comercialização; b. Organização Social; c. Produção de Alimentos para Segurança Alimentar e Nutricional; e d. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais.
9. ATIVIDADE COLETIVA - Oficinas. Temas: a. PNGATI e com
abordagem do novo Código Florestal brasileiro; e b. Critérios de conservação do solo e da água na produção.
10. ATIVIDADE COLETIVA - Elaboração do Plano de Gestão
Territorial Local para as aldeias.
11. ATIVIDADE COLETIVA - Reuniões do Comitê Gestor do
projeto composto por indígenas, técnicos e coordenadores. Deverá avaliar o andamento do projeto e propor ajustes para melhor condução do mesmo.
12. ATIVIDADE COLETIVA - Encontro final para avaliação
da execução dos serviços de ATER. (composto por indígenas do Comitê Gestor, técnicos e coordenadores do projeto).
3
1
Anexo III
Roteiro para elaboração de Proposta Técnica
A proposta técnica deve ser enviada contendo obrigatoriamente todos os itens abaixo
descritos, com seu respectivo detalhamento, tendo como referência o objeto desta chamada. Os
componentes da proposta técnica devem estar articulados aos itens previstos pelo item 12 desta
Chamada Pública, que trata dos critérios objetivos para a seleção da entidade executora.
Todas as informações declaradas na proposta técnica serão conferidas através dos
documentos comprobatórios, no momento da contratação.
Item Detalhamento
TÍTULO – Nome da proposta
Nome da entidade
CNPJ
Número do credenciamento no Siater e UF do credenciamento
Apresentação
Atividades
Metodologia
Distribuição das atividades ao longo da vigência do contrato
Resultados Esperados
Equipe técnica
IDENTIFICAÇÃO DA
PROPOSTA
NÚMERO DA CHAMADA e LOTE (apenas 01 Lote por proposta)
Identificação do
proponente
Contexto em que a proposta se insere, fornecendo elementos sobre a
realidade indígena da área de abrangência do Lote da Chamada.
Informes sobre a relação entre a proposta apresentada, entidade executora
e/ou técnicos e os potenciais beneficiários.
Distribuição estratégica
das ações
Descrição detalhada e justificada sobre onde e com quais etnias/aldeias as
atividades serão realizadas, considerando a totalidade da abrangência do lote
e as questões logísticas.
Descrição detalhada das atividades que serão realizadas, sendo necessário
identificar e mensurar todos os insumos e infra-estrutura que serão
disponibilizados para cada atividade a ser realizada. Estes devem estar de
acordo com a realidade local, com o tipo e duração das atividades,
bem como com a quantidade de indígenas beneficiários e suas culturas.
Detalhamento da linha metodológica, seus fundamentos e sustentação
teórica, sua adequação às atividades a serem desenvolvidas e sua
adequação aos povos indígenas beneficiários.
Monitoramento e
Avaliação
Descrição da estratégia e procedimentos/sistema que será adotado pela
entidade para o acompanhamento e avaliação de cada atividade contratada
Cronograma de
execução físico e
financeiro
Descrição dos resultados esperados após a realização das atividades
contratadas, apontando quais indicativos serão utilizados para analisar a
continuidade dos serviços contratados
Apresentação dos currículos da equipe técnica que executará as atividades
contratadas, contendo nome, CPF, formação, titulação e experiência em
ater, em conformidade com o anexo Currículo da Equipe Técnica
Experiência da
Proponente
Apresentação do currículo da entidade em conformidade com o anexo
Currículo da Proponente
Estrutura Física da
Proponente
Apresentar declaração do número de bases fixas da entidade (escritórios)
contendo estrutura física e operacional que serão utilizadas na execução do
contrato.
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2
Anexo IV
Currículo da Entidade Proponente
O currículo da entidade proponente deve seguir o formulário padrão abaixo. Em cada tópico
acrescente as linhas que forem necessárias para continuar a inserir as informações.
Nome: Sigla: CNPJ:
Ano de fundação: Nº SIATER:
Endereço:
Endereço eletrônico: Site: Telefones:
Experiência da entidade Com projetos de ater Com comunidades indígenas
Anos:
Projetos de
assessoria aos
povos
indígenas
Projetos de assessoria executados com recursos de organismos internacionais
Financiador: Instrumento de
parceria*: Atividades realizadas:
Terra Indígena /
Etnia Período de execução
Projetos de assessoria executados com recursos públicos
Financiador: Instrumento de
parceria*: Atividades realizadas:
Terra Indígena /
Etnia Período de execução
*: Convênio, contratos de repasse,acordo de cooperação técnica, etc.
Projetos de
ATER
executados
com grupos da
agricultura
familiar nos
temas da
Política
Nacional de
ATER
Projetos executados com recursos de organismos internacionais
Financiador: Instrumento de
parceria: Atividades realizadas: Local / Público Período de execução
Projetos executados com recursos públicos
Financiador: Instrumento de
parceria: Atividades realizadas: Local / Público Período de execução
OBS: Quando se tratar de projetos de ATER em comunidades indígenas, informar nas duas tabelas.
Qualificação das ações da entidade
Espaço para maiores informações sobre a atuação da entidade.
Linhas de pesquisa e extensão, programas, ações prioritárias, tipos de formação, parceiros, infraestrutura e capacidade instalada,
indicadores e métodos de avaliação e acompanhamento, conhecimento sobre as políticas públicas, relação com o público indígena,
etc.
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3
Anexo V
Currículo dos Técnicos
Os currículos devem seguir o formulário padrão abaixo, para cada técnico. Em cada tópico
acrescente as linhas que forem necessárias para continuar a inserir as informações.
Nome do (a) Profissional (sem abreviações): Sexo:
Não indígena ( ) Indígena ( ) Etnia:
Data Nascimento: RG:
Registro Profissional (entidade e nº): CPF:
Endereço eletrônico: (DDD) Telefone: Celular:
Endereço residencial completo:
NÍVEL ( ) SUPERIOR ( ) TÉCNICO
Formação acadêmica: (em ordem cronológica inversa) informar o título obtido (Técnico ou Profissionalizante; Bacharelado ou
Licenciatura; Especialização; Mestrado ou Doutorado).
Título / Curso: Instituição /UF: Ano de conclusão:
Formação complementar: (em ordem cronológica inversa) informar os cursos e capacitações com certificado voltados aos temas do
desenvolvimento rural e/ou questão indígena
Curso / temática: Instituição /UF: Ano de conclusão:
EXPERIÊNCIA
EM ATER: ( ) 0 a 35 meses ( ) 36 a 72 meses ( ) mais de 73 meses
Detalhamento: (em ordem cronológica inversa) considerar os trabalhos dos últimos 15 anos – citar experiência de campo, pesquisa e
trabalho em projetos/programas de Ater/Capacitação de agricultores familiares, comunidades tradicionais e indígenas.
Entidade/UF: Cargo/Função: Atividades realizadas: Tempo em meses: Período (*):
(*): mês/ano de início e mês/ano de término.
EXPERIÊNCIA
INDIGENISTA: ( ) 0 a 35 meses ( ) 36 a 72 meses ( ) mais de 73 meses
Detalhamento: (em ordem cronológica inversa) considerar os trabalhos dos últimos 15 anos – citar experiência de campo,
pesquisa, trabalho e assessoria aos povos indígenas.
Entidade / Função: Local/Etnia: Atividades realizadas: Tempo em meses: Período (*):
(*): mês/ano de início e mês/ano de término.
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4
Atividades no projeto: Cargo/Função: Atividades a serem desenvolvidas sob sua
responsabilidade:
Declaração de compromisso:
Declaro para os devidos fins que conheço o conteúdo do projeto e concordo em participar da execução do mesmo, desempenhando as
atividades supracitadas sob a minha responsabilidade, durante a vigência do contrato.
Local/UF e data: Assinatura do (a) Profissional:
IMPORTANTE: caso a proposta seja vencedora, todos os documentos que comprovam a
experiência de cada currículo da equipe técnica deverão ser apresentados para o ato da contratação.
Caso as informações prestadas não sejam passíveis de comprovação, a próxima proposta em
pontuação que apresente os documentos comprobatórios será contratada.
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5
Anexo VI
Glossário de Atividades
Diagnóstico
Participativo –
Unidade de
Produção
Familiar (UPF)
Conjunto de procedimentos metodológicos participativos (entrevistas,
caminhadas, calendários, fluxogramas, entre outros) que tem por
objetivo identificar a situação atual da UPF, considerando os aspectos
do trabalho familiar, patrimônio, às atividades produtivas, a renda, os
aspectos ambientais, a infraestrutura, o acesso ao mercado e aos
programas públicos, as carências e potencialidades. Devem-se
considerar as especificidades culturais, sociais, de gênero e geração.
Estes procedimentos podem ser executados por meio de visitas
técnicas.
No caso indígena, devem ser considerados especialmente os aspectos
culturais de cada etnia, a forma como se organiza o trabalho, a estrutura
das famílias e as relações de parentesco, as atividades produtivas e os
produtos que compõem o habitus alimentar do grupo indígena
beneficiado, os aspectos ambientais, a infraestrutura, o acesso ao
mercado e aos programas públicos, as carências e potencialidades e a
renda, se houver, com a identificação da sua fonte.
Para efeito de diagnóstico podem ser realizadas a coleta e análise de
amostras de solo, água e plantas; dados georreferenciais; dados
espaciais e/ou cartográficos; e dados meteorológicos, incluindo
mapeamento georreferenciado das formas de uso e ocupação da terra
das UPF.
O MDA e INCRA disponibilizarão, quando for o caso, orientações
metodológicas específicas para o desenvolvimento dos seus programas.
Esta atividade inclui a sistematização dos dados e elaboração de
documento em meio físico ou eletrônico, utilizando softwares próprios.
Em caso de Diagnóstico do Pronaf Sustentável, os dados deverão ser
sistematizados no aplicativo SIGALivre.
INDIVIDUAL
Diagnóstico
Participativo –
grupo,
comunidade,
assentamento,
município e
território
Conjunto de procedimentos metodológicos participativos
(levantamento de dados, seminários, oficinas, reuniões, visitas técnicas
e outros) que, realizados em conjunto e sistematicamente, orientam a
análise coletiva e participativa da realidade indígena e a identificação
de problemas, necessidades e potencialidades do grupo, comunidade,
Terra Indígena, aldeias, município ou território. Estes procedimentos
devem ser realizados de forma a garantir à participação, o
empoderamento, a avaliação e a análise por parte de todos os
envolvidos no processo, considerando as especificidades de gênero,
etnia e geração. Permite a obtenção de dados essenciais para uma
intervenção que considere os princípios da sustentabilidade para a
promoção do desenvolvimento.
Para a participação dos indígenas, poderá ser assegurado o
fornecimento de materiais didáticos adequados, alimentação, transporte
e alojamento, de forma a garantir a gratuidade, qualidade e
acessibilidade à atividade.
COLETIVO
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6
Reunião Atividade grupal planejada dos agentes de ATER com grupos
comunitários ou organizações formais (associações e cooperativas).
Tem por objetivo promover a troca e apropriação de conhecimentos
teóricos e práticos, informar, assessorar, demonstrar e orientar
tecnicamente o desenvolvimento das atividades produtivas,
organizacionais, gerenciais e de infraestrutura, divulgação,
sensibilização, planejamento, monitoramento, avaliação, tomada de
decisões, articulação institucional, e encaminhamentos relacionados a
ações de organização produtiva, social, econômica, da reforma agrária
e de políticas públicas, no âmbito da unidade produtiva, do grupo, da
comunidade, da organização, do município e do território.
Deve promover a problematização de situações concretas,
considerando as esferas social, produtiva, econômica, ambiental e de
infraestrutura, e construir soluções, de forma conjunta, com os
participantes.
As reuniões podem, também, orientar o acesso a programas específicos
desenvolvidos pelo MDA e outros órgãos federais parceiros.
COLETIVO
Oficina Atividade de caráter educativo ou organizacional, de curta duração,
dedicada à capacitação através do saber-fazer prático para a resolução
de problemas concretos, o desenvolvimento de aptidões, habilidades
técnicas e o planejamento operacional e de avaliação das ações
desenvolvidas pelo grupo. Busca construir com o público participante,
ações de aperfeiçoamento das suas intervenções ou a construção de
novos conhecimentos.
Deve ser orientada por facilitadores qualificados. O conteúdo deve
estar relacionado a organização produtiva, social, econômica, extensão
rural, reforma agrária, desenvolvimento rural e políticas públicas. Ao
final da oficina, recomenda-se que o público participante receba
certificado.
Para a participação dos indígenas deverá estar assegurado o
fornecimento de materiais didáticos adequados, alimentação e
transporte, de forma a garantir a gratuidade, qualidade e acessibilidade
à atividade.
COLETIVO
Seminário Atividade de caráter educativo, técnico, científico e/ou mobilizador de
conhecimentos que inclui apresentação de um tema, pesquisa,
discussão e debate. Deve ser usado material didático e pedagógico
adequado ao conteúdo e número de participantes.
Para a participação dos indígenas deverá ser assegurado o fornecimento
de materiais didáticos e de apoio adequados, alimentação, transporte, e
alojamento, de forma a garantir a gratuidade, qualidade e acessibilidade
à atividade.
COLETIVO
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7
Encontro Atividade de caráter educativo, técnico, científico e/ou mobilizador de
conhecimentos. Pode ser organizado em plenárias ou pequenos grupos
para apresentação, debate e construção de propostas para os conteúdos
tratados. Os conteúdos podem ser originários de estudos, trabalhos
científicos e experiências concretas.
Esta atividade inclui a sistematização dos dados e a elaboração de
relatórios em meio físico ou eletrônico.
Para a participação dos indígenas deverá ser assegurado o fornecimento
de materiais didáticos adequados, alimentação, transporte, e
alojamento, de forma a garantir a gratuidade, qualidade e acessibilidade
à atividade.
COLETIVO
Visita Técnica –
Unidade de
Produção
Familiar (UPF)
Visita planejada dos agentes de Ater à UPF. Tem por objetivo conhecer
a realidade socioeconômica e ambiental, informar, pesquisar,
assessorar; demonstrar e orientar tecnicamente o desenvolvimento dos
sistemas produtivos, dos processos de comercialização - incluindo a
logística de entrega de produtos – do gerenciamento da UPF e a
organização social.
Deve-se problematizar sobre situações concretas considerando as
esferas social, produtiva, econômica, ambiental e da infraestrutura, e
construir soluções, de forma conjunta (agentes de Ater e os/as
integrantes da unidade familiar). Devem-se considerar as
especificidades sociais, culturais, de gênero, e geração.
As visitas podem, também, orientar o acesso à programas específicos
desenvolvidos pelo MDA e outros parceiros federais.
Esta atividade inclui a sistematização dos dados e a elaboração de
relatórios e/ou laudos em meio físico ou eletrônico.
INDIVIDUAL
Elaboração de
Projetos
Elaboração de projeto técnico a ser apresentado às instituições
financeiras, órgãos governamentais e não governamentais e agências de
cooperação, com objetivo de fortalecer as atividades produtivas e
econômicas. Os projetos podem atender a demandas individuais ou
coletivas e devem ser previamente discutidos com os membros da
família ou dos grupos e organizações. Podem também atender as
demandas de grupos formais (com CNPJ) e informais, considerando as
especificidades culturais, de gênero, e geração. Devem atender as
demandas locais e/ou estar embasados no diagnóstico e planejamento
prévios.
A elaboração de projetos pode, também, ser direcionada para o acesso a
programas específicos desenvolvidos pelo MDA e outros órgãos
federais parceiros.
COLETIVO
Elaboração do
Plano de
Gestão
Territorial
Local
No Plano de Gestão Territorial serão identificadas as potencialidades e
ameaças presentes nas aldeias contempladas pelas Unidades
Demonstrativas onde deverá ser realizado o planejamento para ordenar
as formas de uso e ocupação da terra.
Esta atividade inclui a sistematização dos dados e a elaboração de
relatórios em meio físico ou eletrônico, utilizando softwares próprios
ou os disponibilizados pelo MDA e INCRA, contendo informações
sobre o empreendimento, as análises de mercado, as estratégias
operacionais e de inserção no mercado e os resultados financeiros
previstos.
COLETIVO
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Cursos Atividade de caráter educativo, de curta duração, para que o público-
alvo passa adquirir, ampliar, aprofundar e desenvolver conhecimentos
teóricos e práticos relativos à organização produtiva, social, econômica,
extensão rural, reforma agrária, desenvolvimento rural e políticas
públicas. Sua realização deve incorporar atividades didático–
pedagógicas e dialogar com os conhecimentos e experiências do
público participante. Deve ser disponibilizado material didático de
conteúdo adequado ao curso. Pode ser realizado em uma única etapa,
ou de forma modular, utilizando metodologia de alternância. Ao final
do curso o público participante deverá receber certificado.
Para participação dos agricultores familiares, poderá ser assegurado o
fornecimento de materiais didáticos adequados, alimentação, transporte
e alojamento, de forma a garantir a gratuidade, qualidade e
acessibilidade à atividade.
COLETIVO
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Anexo VII
Descrição dos Temas da Chamada Pública
1. Segurança Alimentar e Nutricional
A ATER deve: identificar hábitos alimentares e necessidades nutricionais da família indígena,
tendo como referência a concepção de cada etnia acerca da “categoria Família”; adequar a
produção para atendimento das necessidades nutricionais identificadas, valorizando os hábitos
tradicionais; promover hábitos alimentares saudáveis, mas compatíveis com a dinâmica alimentar
do grupo indígena; qualificar os indígenas na utilização e aproveitamento integral dos alimentos,
respeitando os interditos e conotações simbólicas dos mesmos; introduzir espécies animais e
vegetais, quando necessário, solicitado ou pertinente aos hábitos alimentares do grupo indígena;
promover implantação de sistemas de cultivos e criações adequados aos recursos naturais
disponíveis, e que, preferencialmente, não utilize insumos externos; disponibilizar técnicas de
armazenagem e conservação de alimentos, considerando também os recursos utilizados e os
disponíveis pelos indígenas; estimular a criação de estoques de alimentos nas UPF’s para o
suprimento ao longo do ano; disponibilizar técnicas de conservação da água e do solo, entre
outras.
2. Organização da Produção para Comercialização
A ATER deve: desenvolver ações voltadas aos programas e políticas públicas federais, estaduais e
municipais de apoio à comercialização, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o
programa Fome Zero, Programa de Aquisição de Alimentos e Produtos da Agricultura Familiar –
PAA, entre outros; promover a organização da produção para o atendimento às demandas
existentes; organizar a escala de produção individual e grupal; promover a adequação dos produtos
às normas sanitárias vigentes; apoiar a organização de grupos de produção. Nas atividades
coletivas, recomenda-se a participação de representantes dos órgãos públicos e das organizações
de agricultores familiares para tratar de questões referentes ao tema.
3. Manejo Sustentável dos Recursos Naturais
A ATER deve: desenvolver atividades de utilização e conservação dos recursos naturais, levando-
se em conta biomas, ecossistemas e paisagens; abordar temas como sistemas sustentáveis de
utilização de recursos naturais, manejo e produção florestal madeireira e não-madeireira, manejo
sustentável de pastagens nativas, recuperação e conservação dos solos, sistemas agroflorestais e
agrosilvopastoris e manejo de recursos hídricos; promover a adequação ambiental das unidades
familiares que permitam sanar passivos ambientais que possam existir, como recomposição de
áreas de preservação permanente, reserva legal, entre outras.
4. Organização Social
A ATER deve: desenvolver ações educativas de promoção dos grupos indígenas e suas
organizações sociais, tais como conselhos comunitários, associações, cooperativas e grupos de
interesse; qualificar a participação das famílias indígenas nas esferas pública e privada de diálogo,
4
0
negociação e reivindicação; desenvolver, nas organizações indígenas, a capacidade de negociação,
gestão, articulação, que permita a participação nas decisões e acesso a recursos e serviços que
abarquem políticas públicas específicas, que garantam suas expressões dentro e fora das Terras
Indígenas. Deve promover o fortalecimento das organizações indígenas existentes, nas esferas de
gestão administrativa e financeira, articulação institucional e na consolidação de suas redes
sociais.