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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI COORDENAÇÃO DE BIOMEDICINA ISABELE CASTRO DE AGUIAR MAYARA CARVALHO RAMOS INCIDÊNCIA DE MICOSES SUPERFICIAIS EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 5 A 10 ANOS DO MUNICÍPIO DE MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRASIL TERESINA-PIAUÍ 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

COORDENAÇÃO DE BIOMEDICINA

ISABELE CASTRO DE AGUIAR

MAYARA CARVALHO RAMOS

INCIDÊNCIA DE MICOSES SUPERFICIAIS EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA

ENTRE 5 A 10 ANOS DO MUNICÍPIO DE MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRASIL

TERESINA-PIAUÍ

2019

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ISABELE CASTRO DE AGUIAR

MAYARA CARVALHO RAMOS

INCIDÊNCIA DE MICOSES SUPERFICIAIS EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA

ENTRE 5 A 10 ANOS DO MUNICÍPIO DE MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Centro Universitário UNINOVAFAPI como

requisito parcial para obtenção de Grau de

Bacharel em Biomedicina.

Orientadora: Dra. Amanda Torres Nunes

TERESINA-PIAUÍ

2019

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FICHA CATALOGRÁFICA

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ISABELE CASTRO DE AGUIAR

MAYARA CARVALHO RAMOS

INCIDÊNCIA DE MICOSES SUPERFICIAIS EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA

ENTRE 5 A 10 ANOS DO MUNICÍPIO DE MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Centro Universitário UNINOVAFAPI como

requisito parcial para obtenção de Grau de

Bacharel em Biomedicina.

Orientadora: Dra. Amanda Torres Nunes

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Dedicamos essa Monografia aos nossos pais e a nossa orientadora e amiga, Dra. Amanda

Torres Nunes.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela força e persistência a nós concedida, aos nossos pais pelo incentivo e

amor incondicional, a Prefeitura Municipal de Marcos Parente Piauípor acolher a nossa

pesquisa e colaborar conosco, a UNINOVAFAPI pela qualidade de ensino e pela

disponibilidade dos laboratórios para realização da referida pesquisa.

Agradecemos também a todo o corpo docente da instituição, mas em especial ao

professor João Victor Oliveira Alves e a nossa orientadora Dra. Amanda Torres Nunes, o

nosso maior espelho de ser humano e profissional, por sua paciência, apoio, disponibilidade e

motivação incansável.

E por fim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta

pesquisa. A todos o nosso muito obrigada.

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“Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum”

(Jim Rohn)

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RESUMO

As micoses superficiais são infecções fúngicas com incidência crescente, podendo ser

decorrentes de fungos filamentosos queratinofílicos dos gêneros Trichophyton,

Microsporum e Epidermophyton ou por leveduras comensais da microbiota. O presente

estudo teve por objetivo avaliar as crianças na faixa etária entre 5 a 10 anos do município de

Marcos Parente-Piauí averiguando se essas possuem sinais clínicos sugestivos de micoses

superficiais e quais os respectivos agentes etiológicos. Para tanto, foram realizadas coletas de

escamas da pele em crianças (5 a 10 anos) que apresentaram sinais característicos de micoses

superficiais. Após as coletas as amostras foram encaminhadas ao Laboratório de Micologia da

UNINOVAFAPI para identificação dos agentes etiológicos através de exame direto.

Participaram da pesquisa 194 crianças, dessas 12 foram positivaspara Malassezia spp.

confirmando suspeita clínica de Pitiríase versicolor, não foram identificados outros tipos de

micoses superficiais.A incidência de micose superficial foi de 7%. Houve uma discreta

predominância entre o sexo masculino em relação ao feminino nos casos positivos.

Palavras-chaves: Micoses superficiais, Dermatofitoses, Crianças

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ABSTRACT

Superficial mycoses are fungalinfectionswithincreasingincidence,

andmaybeduetokeratinophilicfilamentousfungiofthegeneraTrichophyton,MicrosporumandEpi

dermophytonorcommensalyeastsofthe microbiota. The

objectiveofthisstudywastoevaluatechildrenaged 5 to 10 years in thecityof Marcos Parente-

Piauí, ascertainingwhetherthesehaveclinicalsignssuggestiveof superficial

mycosesandwhattherespectiveetiologicalagents are. For this, skinscaleswerecollected in

children (5 to 10 yearsold) whopresentedsignscharacteristicof superficial mycoses.

Aftercollection, thesamplesweresenttothe UNINOVAFAPI

MycologyLaboratorytoidentifytheetiologicalagentsthroughdirectexamination. A total of 177

childrenparticipated, ofwhich 12 were positive for Malassezia

spp.confirmingclinicalsuspicionofPityriasis versicolor, othertypesof superficial

mycoseswerenotidentified. The incidenceof superficial mycosiswas 7%. Therewas a

slightpredominancebetween males andfemales in positive cases.

Keywords: Superficial mycoses, dermatophytosis, children

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ABREVIATURAS E SIGLAS

CAAE: Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Relação entre o total de participantes do estudo e participantes que apresentaram

sinais clínicos de micoses superficiais após triagem, Marcos Parente – Piauí, 2019.

...................................................................................................................................................24

Gráfico 2: Incidência de micoses superficiais em crianças de 05 a 10 anos. Relação entre os

participantes do estudo com ausência de estruturas fúngicas e os participantes com estruturas

fúngicas típicas de Malassezia spp. ao realizar o exame direto, Marcos Parente - Piauí, 2019.

...................................................................................................................................................25

Gráfico 3: Relação entre a quantidade de participantes com estruturas fúngicas sugestivas de

Malassezia spp. e os sítios de localização das lesões, Marcos Parente - Piauí, 2019.

................26

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Relação entre as respostas fornecidas pelos responsáveis legais e a quantidade de

participantes com/sem sinais clínicos para micoses superficiais, Marcos Parente - Piauí, 2019.

...................................................................................................................................................27

Tabela 2: Relação entre as respostas fornecidas pelos responsáveis legais e a quantidade de

participantes com sinais clínicos que apresentaram estruturas fúngicas sugestivas de

Malassezia spp. e participantes com ausência de estruturas fúngicas, Marcos Parente - Piauí,

2019.

...................................................................................................................................................28

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SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 13

2. REFERENCIAL TEORICO ............................................................................................. 14

2.1. Micose e fatores de risco associados ......................................................................... 14

2.2. Dermatomicoses por fungos dermatofítos ................................................................. 14

2.2.1. Tinea Capitis ...................................................................................................... 14

2.2.2. Tinea Nigra ......................................................................................................... 15

2.2.3. Tinea Corporis.................................................................................................... 15

2.3. Dermatomicoses por fungos não dermatofítos .......................................................... 16

2.3.1. Tinea Ungueal .................................................................................................... 16

2.3.2. Pitiríase versicolor .............................................................................................. 16

2.3.3. Candidíase .......................................................................................................... 17

3. METODOLOGIA............................................................................................................. 18

3.1. Tipo de Estudo ........................................................................................................... 18

3.2. Período de Estudo ...................................................................................................... 18

3.3. Objeto de Estudo ........................................................................................................ 18

3.4. Local de Estudo ......................................................................................................... 18

3.5. Coleta de Dados ......................................................................................................... 18

3.6. Aspectos Éticos e legais ............................................................................................. 19

3.7. Critérios de Inclusão e Exclusão ................................................................................ 19

3.8. Riscos e Benefícios .................................................................................................... 19

3.9. Análise de Dados ....................................................................................................... 20

4. ARTIGO CIENTÍFICO .................................................................................................... 21

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 33

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 34

APÊNDICE A .......................................................................................................................... 37

APÊNDICE B ........................................................................................................................... 40

APÊNDICE C ........................................................................................................................... 43

ANEXO I .................................................................................................................................. 45

ANEXO II ................................................................................................................................ 46

ANEXO III ............................................................................................................................... 47

ANEXO IV ............................................................................................................................... 52

ANEXO V ................................................................................................................................ 53

ANEXO VI ............................................................................................................................... 54

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As micoses superficiais são classificadas em estritas e cutâneas. As estritas são

infecções causadas por fungos encontrados, principalmente, nas camadas superficiais da

pele e seus anexos, tendo como agentes etiológicos os fungos

leveduriformes(Malassezia spp.; Trichosporon spp.) e fungos filamentosos

(Piedraiahortae; Hortaeawerneckii). Já as micoses superficiais cutâneas têm a

capacidade de digerir estruturas queratinizadas da epiderme, unhas e cabelos,

desencadeando ou não resposta inflamatória no hospedeiro. Apresentam os seguintes

agentes etiológicos: fungos filamentosos dermatofíticos

(Microsporumspp.,Trichophyton spp. e Epidermophyton spp.) e as leveduras do gênero

Candida spp. (SOUZA; PAULA; SOUTO, 2014).

Segundo Rocha et al. (2011), as infecções fúngicassão as enfermidades mais

aparentes na prática clínica dermatológica. Essas infecções podem ser de origem

antropofílica, zoofílica ou geofílica. As antropofílicas estão unicamente relacionadas

com o homem e raramente infectando outros animais. Os zoofílicos, por sua vez,

infectam frequentemente os animais, podendo, ocasionalmente, infectar o homem, e os

geofílicos se encontram no solo, associados a material queratinizado em decomposição,

podendo infectar tanto animais como seres humanos. Já foram apresentadas mais de

quarenta espécies de dermatófitos, porém a maioria é ocasionada pelo Microsporum

spp., Trichophyton spp. e Epidermophyton spp.

A ocorrência de micoses superficiais e cutâneas resulta de vários fatores, tais como

as condições climáticas, principalmente, o clima tropical que favorece o

desenvolvimento dos fungos, sudorese, contato prolongado com animais de estimação,

como cães e gatos, uma vez que são vistos como reservatórios para certos dermatófitos,

além de água contaminada em piscinas (SIDRIM et al., 2004; PEREIRA et al., 2014).

De acordo com Carrão (2014), essas infecções fúngicas são cosmopolitas, afetando

cerca de 25% da população mundial, sendo considerada como o terceiro distúrbio de

pele em crianças menores de 12 anos.

A prevalência consiste mais em crianças em função da pele ser frágil e delicada e

sua estrutura ser imatura. Sendo, portanto mais susceptíveis a tal infecção. Porém, não

se tem ideia da extensão do problema, pois essas infecções não constituem doenças de

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notificação compulsória. Diante disso, pretende-se averiguar a incidência de micoses

superficiais em crianças de 5 a 10 anos no município de Marcos Parente- Piauí.

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1.Micose e fatores de risco associados

Ao passar dos anos, a ocorrência de infecções causadas por fungos tem aumentado

no Brasil, podendo infectar o organismo de diversas formas. No entanto, a presença da

microbiota bacteriana residente e as defesas imunitárias do organismo as impedem de se

disseminarem. As micoses, como são conhecidas, podem ser superficiais ou profundas.

Nas superficiais, a pele, unhas e cabelos são agredidos, dando origem a enfermidades

conhecidas como dermatofitose, Pitiríase versicolor, candidíase cutânea e outras. Já nas

micoses profundas, são os órgãos internos que são atingidos, primordialmente (PERES

et al., 2010).

As dermatomicoses são infecções na pele e seus anexos provocadas por fungos, este

tipo de enfermidade é comum em crianças, pelo maior tempo de exposição a

contaminantes, como aglomeração em escolas e creches (correspondendo a 70% dos

casos de dermatomicoses), contato com animais domésticos (aproximadamente 30%

dos casos) e com a areia (SOUZA; PAULA; SOUTO, 2014).

As dermatofitoses são causadas por fungos que se alimentam da queratina presente

na pele, unhas e cabelos. Os fungos mais prevalentes nessas micoses são dos gêneros

Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. São micoses conhecidas como tineas.

Essas micoses superficiais podem ser ocasionadas por fungos antropofílicos, zoofílicos

e geofílicos, sendo transmitidos através do contato com o homem, animais e terra,

respectivamente. A contaminação pode ocorrer sem o contato direto, através dos

artrósporos, escamas de pele e pelos (CRIADO et al., 2011).

A região Nordeste, por ter um clima quente e úmido, torna-se o lugar com maior

incidência para o desenvolvimento destes microrganismos, como dermatofitoses e

pitiríase versicolor (ARAÚJO et al., 2010).

2.2.Dermatomicoses por fungos dermatofítos

2.2.1. Tinea Capitis

Entre as dermatofitoses, tem-se a tinea capitis, a qual se caracteriza pela quebra de

cabelos perto da pele, deixando áreas tonsuradas ou com alopecia definitiva. Essa

micose é decorrente da presença de fungos dos gêneros Trichophyton e Microsporum no

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folículo piloso do pelo e ao redor da pele. É a maior causa de micoses superficiais em

crianças em idade escolar (DIAS et al., 2013).

Binder et al. (2011) e Cortez et al. (2012) afirmam, em seus estudos, que a tinea

capitis é a dermatofitose mais comum em crianças, sendo considerada uma doença de

infância. Esse fato se explica devido à ausência de produção de sebo do couro cabeludo

deixando-o mais propício para colonização por fungos.

No estudo de Zaraa et al. (2012), num período de 12 anos, foram revisados todos os

casos de lactantes, com menos de 2 anos, que obtiveram diagnóstico positivo para tinea

capitis. Os bebês do sexo masculino apresentaram a maior porcentagem, 57,1 % dos

casos, em relação aos do sexo feminino. O penso alopécico foi o achado clinico mais

comum (48,57%), seguido de descamação difusa do pelo a nível do folículo (37,14%).

2.2.2. TineaNigra

Outro exemplo de dermatomicose é a tineanigra, a qual é vista como rara e

assintomática da camada córnea, causada pelo fungo demácioHortaeawerneckii, que se

manifesta em indivíduos de ambos os sexos, comprometendo qualquer faixa etária,

sendo, em sua maioria, em indivíduos do sexo feminino. Tal infecção se evidencia por

máculas pigmentadas marrons ou pretas encontradas, principalmente, nas palmas das

mãos e plantas dos pés (ROSSETTO et al., 2014).

No seu relato de caso, Mendes et al. (2015) evidenciou que uma menina de 4 anos,

de raça branca natural e procedente do Rio de Janeiro possuía manchas eritematosas

acastanhadas típicas de tineanigra.

2.2.3. TineaCorporis

A tineacorporis é uma infecção fúngica superficial da pele que acomete o couro

cabeludo, barba, pés ou mãos, no entanto, não lesiona tecidos e órgãos mais profundos

em pessoas com sistema imunológico normais. Manifesta-se, clinicamente, como uma

área elevada com uma borda escamosa e avançada. As lesões podem mostrar anéis

concêntricos com placas vermelhas no centro que podem clarear à medida que a lesão se

espalha, deixando uma área de hipopigmentação central, que quer dizer perda da cor da

pele (EL-GOHARY et al., 2012).

Thakur et al. (2018), em seu estudo, apresentaram a tineacorporis prevalente em

61,2% dos casos, sendo o paciente mais jovem uma criança do sexo feminino de 1 ano;

e o mais velho, uma senhora de 60 anos. Essa dernatofitose apareceu mais comum em

homens (63%) do que em mulheres (37%).

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2.3.Dermatomicoses por fungos não dermatofítos

2.3.1. Tinea Ungueal

Tineaunguium é a infecção fúngica da lâmina ungueal, sendo sua prevalência 2 a

9% na população geral. Pode ser ocasionada por fungos dermatófitos (como

Trichophytonrubrum, em 71% dos casos, e Trichophytonmentagrophytes, em 20% dos

acasos) sendo chamada de tineaunguium, ou por leveduras (sendo a mais frequente a

Candidaalbicans) e por fungos filamentosos não dermatófitos sendo denominada de

onicomicose. Sua presença, muitas vezes, é subjugada uma vez que é vista apenas como

questões estéticas. No entanto, apresenta incontáveis impactos na vida dos portadores

(CHIACCHIO et al., 2013).

Essa dermatofitose acomete menos de 1% das crianças e 18% de pessoas maiores de

60 anos. Tal fato decorre da menor taxa de crescimento da unha, queda imunitária,

sedentarismo e falta de higiene das unhas. Além disso, o uso de calçados fechados ou o

hábito de andar descalço, condições de umidade e temperatura facilitam sua transmissão

(MORALES-CARDONA et al., 2014).

2.3.2. Pitiríaseversicolor

Segundo Morais, Cunha e Frota (2010), a pitiríase versicolor é uma infecção fúngica

ocasionada por leveduras do gênero Malassezia, as quais são lipofílicas. É uma micose

superficial crônica, normalmente não assintomática, mas podem ocorrer várias

recidivas. Provocam lesões arredondadas ou ovaladas, podendo ser isoladas ou se

intercalarem, sendo separadas por áreas de pele sadia. Apresentam cor amarelada ou

parda, descamando com o atrito.

Para a identificação do gênero Malassezia spp., recomenda-se, primeiramente, fazer

o exame direto, no qual se notam leveduras brotantes e hifas curtas, flexuosas e hialinas

e, após o exame, realiza-se a cultura e posterior diferenciação de espécies. As colônias

se caracterizam por textura glabrosa, relevo rugoso e coloração variável no tom

amarelo-creme e o reverso da mesma cor da colônia (JAGIELSKY et al., 2014).

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017), a pitiríase versicolor é uma

das micoses superficiais mais comuns e recorrentes entre jovens. Em um estudo

realizado por Petry et al. (2011), no município de Porto Alegre- RS, das 87 amostras

com suspeita clínica de pitiríase versicolor, 77% foram positivas ao exame direto e 75%

foram positivas após feita a cultura micológica.

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2.3.3. Candidíase

A Candidíase ou candidose é uma micose causada por leveduras do gênero Candida.

É sabido que essa levedura se faz presente na microbiota humana, vista como uma

micose oportunista, de caráter leve ou grave, aguda ou crônica, superficial ou profunda,

podendo mostrar-se em amplo espectro clínico. Espécies do gênero Candida são

frequentemente encontradas como sapróbios, colonizando superfícies de certas

membranas e mucosas no homem (LEITE JÚNIOR et al., 2011).

Uma variedade de fatores locais e sistêmicos predispõe a infecções fúngicas

superficiais. A candidíase cutânea ocorre com mais frequência em condições de

umidade, temperatura e pH propícias, susceptíveis às dobras da pele (axilas, virilha,

sulco interglúteo, prega submamária e em pessoas obesas), embaixo das fraldas de

recém-nascidos e em climas tropicais ou durante meses de verão (BARBEDO et al.,

2012).

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3. METODOLOGIA

3.1.Tipo de Estudo

Trata-se de uma pesquisa coorte seccional, uma vez que se caracteriza pela

observação direta de determinada quantidade planejada de indivíduos em uma única

oportunidade. As taxas de incidência entre aqueles com e sem exposição ou com vários

níveis de exposição são determinadas e comparadas na análise dos dados (INPE, 2011).

3.2.Período de Estudo

O presente estudo teve início após autorização do Comitê de Ética em Pesquisa do

UNINOVAFAPI pelo CAAE 96458518.9.0000.5210. Depois disso, foi realizada uma

atividade educativa abordando, através de palestra e roda de conversas, várias questões

à cerca das micoses superficiais e foi encaminhado o TCLE (Apêndice A) para os

responsáveis legais das crianças (5 a 10 anos) e o Termo de Assentimento Livre e

Esclarecido (Apêndice B) para as crianças (5 a 10 anos) do município de Marcos

Parente- PI. Em seguida, foi aplicado o questionário (Apêndice C). Posteriormente, foi

realizada a coleta de dados e análise dos mesmos.

3.3.Objeto de Estudo

Avaliaçãomicológica de escamas de pele de crianças (5 a 10 anos) do município de

Marcos Parente- Piauí que apresentaram sinais clínicos sugestivos de micoses

superficiais.

3.4.Local de Estudo

O estudo foi realizado na cidade de Marcos Parente- Piauí, a qual possui uma área

de 677,414 km², com uma população estimada de 4.478 habitantes, tendo densidade

demográfica de 6,58 hab/km². Em 2015, os alunos dos anos iniciais da rede pública de

ensino do município tiveram nota média de 4.2 no IDEB. Esse município, em 2010,

obteve uma taxa de escolarização (para alunos de 6 a 14 anos) de 97.3 (IBGE, 2017).

3.5.Coleta de Dados

Com a assinatura do TCLE (Apêndice A) pelos responsáveis legais e o Termo de

Assentimento Livre e Esclarecido (Apêndice B) pelas crianças foi aplicado o

questionário (Apêndice C). Foram realizadas quatro (4) coletas em dias diferentes

previamente estabelecidos, tentando abranger todos os participantes. Os procedimentos

para a coleta seguiram os devidos padrões de biossegurança necessários, desde a

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identificação da lâmina com o código da criança, suas iniciais e local coletado, seguida

pela antissepsia no local sugestivo de micose, através de escarificação com auxílio de

lâmina de bisturi e pela técnica de Porto (1981), que consiste na utilização de uma fita

adesiva na área de interesse fazendo-se uma fricção sob a fita com o auxílio de uma

lâmina, em seguida, retira-se a fita e a coloca em cima da lâmina identificada, sendo a

mesma posteriormente corada com azul de metileno para melhor visualização.

Essas amostras foram devidamente acondicionadas e levadas ao laboratório de

micologia do UNINOVAFAPI, onde realizou-se o exame direto para a identificação do

agente etiológico.

3.6.Aspectos Éticos e legais

Destaca-se que esse estudo obedeceu aos princípios da ética, sigilo e

confidencialidade. Os participantes poderão desvincular-se do estudo tão logo

considerem necessário.

Os responsáveis legais pelos participantes foram convidados a consentir com o

estudo e, após apresentação dos objetivos do mesmo, assinaram o TCLE. As crianças

foram convidadas a participar da pesquisa e, após apresentação dos objetivos do mesmo

assinaram o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido, conforme determinado pela

Resolução nº. 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Os resultados dos exames micológicos foram disponibilizados para os

representantes legais de cada criança participante, sendo que os participantes com

resultados positivos foram encaminhados à Equipe de Estratégia da Saúde da Família do

município de Marcos Parente - Piauí.

3.7.Critérios de Inclusão e Exclusão

Foram incluídas na pesquisa crianças na faixa etária de 5 a 10 anos com sinais

clínicos patognomônicos de micoses superficiais, após assinatura do TCLE (Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido) pelos seus responsáveis legais e do Termo de

Assentimento Livre e Esclarecido pelas mesmas.

Foram excluídas da pesquisa crianças que não se encontravam na faixa etária de 5 a

10 anos, crianças que os pais não consentiram com o estudo, crianças que não aceitaram

participar

3.8.Riscos e Benefícios

Os indivíduos voluntários do estudo poderiam estar expostos aos riscos (físico e

psicológico) citados a seguir:

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Risco físico: poderia haver incômodo no local das lesões pelo processo de

escarificação. Para minimizar tal transtorno, os pesquisadores estavam treinados

e experientes;

Risco psicológico: modificação nas emoções, ocasionando estresse que

poderiam estar relacionados aos resultados dos testes, indicando possíveis

doenças que, até então, eram desconhecidas pelos voluntários. As alterações nos

parâmetros foram esclarecidas pelas acadêmicas e professora orientadora, bem

como as crianças com exames micológicos positivos foram encaminhadas para a

UBS do município de Marcos Parentes Piauí.

Com a execução deste estudo, adquiriu-se benefícios tanto em níveis individuais

como coletivos. Em níveis individuais, foram obtidas/concedidas informações sobre o

estado de saúde dos mesmos, sendo os participantes com resultados positivos

direcionados à Equipe de Estratégia da Saúde da Família do município. No que diz

respeito aos benefícios coletivos, a apreciação da palestra facilitou o entendimento

quanto às dermatomicoses e os resultados do estudo evidenciaram a prevalência de

casos de dermatomicoses e seus agentes etiológicos em crianças de 5 a 10 anos do

município de Marcos Parente- Piauí.

3.9.Análise de Dados

Com a identificação dos agentes etiológicos e análise do questionário, foi realizada a

correlação dos resultados. Esses foram expostos em forma de gráficos e tabelas,

utilizando para isso o pacote Microsoft Office 2016 e o programa estatístico IBM SPSS

STATISTICS.

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¹Discentes do curso de Biomedicina pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI. ²Professora Doutora do Centro Universitário UNINOVAFAPI.

Teresina-PI, Rua Vitorino Orthiges Fernandes, nº 6340, bloco 9b, apt 227 Email: [email protected]/[email protected]

4. ARTIGO CIENTÍFICO

INCIDÊNCIA DE MICOSES SUPERFICIAIS EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 5 A

10 ANOS DO MUNICÍPIO DE MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRASIL

INCIDENCE OF SURFACE MICOSES IN CHILDREN IN THE AGE GROUP BETWEEN 5 TO

10 YEARS OF THE MUNICIPALITY OF MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRAZIL

INCIDENCIA DE MICOSES SUPERFICIALES EN NIÑOS EN LA BANDA ETARIA ENTRE 5 A

10 AÑOS DEL MUNICIPIO DE MARCOS PARENTE-PIAUÍ, BRASIL

Isabele Castro de Aguiar¹; Mayara Carvalho Ramos¹; Amanda Torres Nunes².

RESUMO Esse artigo teve por objetivo avaliar as crianças na faixa etária entre 5 a 10 anos do município de Marcos Parente- Piauí averiguando se essas possuem sinais clínicos de micoses superficiais e quais os respectivos agentes etiológicos. Para tanto, foram realizadas coletas de material biológicos em crianças (5 a 10 anos) que apresentaram sinais característicos de micoses superficiais. Após as coletas as amostras foram encaminhadas ao Laboratório de Micologia da UNINOVAFAPI para identificação dos agentes etiológicos. Participaram da pesquisa 194 crianças, dessas 12 foram positivas para Malassezia spp. confirmando suspeita clínica de Pitiríase versicolor, não foram identificados outros tipos de micoses superficiais. A incidência de micose superficial foi de 7%. Houve uma discreta predominância entre o sexo masculino em relação ao feminino nos casos positivos. Palavras chaves:Micoses superficiais, Dermatofitoses, Crianças ABSTRACT This article aimed to evaluate the children in the age group between 5 and 10 years of age in the municipality of Marcos Parente-Piauí, ascertaining if they have clinical signs of superficial mycoses and what the respective etiological agents. For this, biological material collections were performed in children (5 to 10 years old) who presented signs characteristic of superficial mycoses. After collection the samples were sent to the UNINOVAFAPI Mycology Laboratory to identify the etiological agents. 194 children participated, of which 12 were positive for Malassezia spp. confirming clinical suspicion of Pityriasis versicolor, other types of superficial mycoses were not identified. The incidence of superficial mycosis was 7%. There was a slight predominance between males and females in positive cases. Keywords:Superficial mycoses, Dermatophytosis, Children RESUMEN Este artículo tuvo por objetivo evaluar a los niños en el grupo de edad entre 5 a 10 años del municipio de Marcos Parente- Piauí averiguando si éstas poseen signos clínicos de micosis superficiales y cuáles son los respectivos agentes etiológicos. Para ello, se realizaron colectas de material biológico en niños (5 a 10 años) que presentaron signos característicos de micosis superficiales. Después de las colectas las muestras fueron encaminadas al Laboratorio de Micología de la UNINOVAFAPI para identificación de los agentes etiológicos. Participaron en la investigación 194 niños, de los cuales 12 fueron positivos para Malasseziaspp. confirmando sospechosos clínicos de Pitiriasis versicolor, no se identificaron otros tipos de micosis superficiales. La incidencia de micosis superficial fue del 7%. Hubo una discreta predominancia entre el sexo masculino en relación a lo femenino en los casos positivos.

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¹Discentes do curso de Biomedicina pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI. ²Professora Doutora do Centro Universitário UNINOVAFAPI.

Teresina-PI, Rua Vitorino Orthiges Fernandes, nº 6340, bloco 9b, apt 227 Email: [email protected]/[email protected]

Palabras claves:Micosis superficial, Dermatofitosis, Niños

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INTRODUÇÃO

As micoses superficiais são classificadas em estritas e cutâneas. As estritas são

infecções causadas por fungos encontrados, principalmente, nas camadas superficiais

da pele e seus anexos, tendo como agentes etiológicos os fungos

leveduriformes(Malassezia spp.; Trichosporon spp.) e fungos filamentosos

(Piedraiahortae; Hortaeawerneckii). Já as micoses superficiais cutâneas têm a

capacidade de digerir estruturas queratinizadas da epiderme, unhas e cabelos,

desencadeando ou não resposta inflamatória no hospedeiro. Apresentam os seguintes

agentes etiológicos: fungos filamentosos dermatofíticos (Microsporum spp.,

Trichophyton spp. e Epidermophyton spp.) e as leveduras do gênero Candida spp.

(SOUZA; PAULA; SOUTO, 2014).

Segundo Rocha et al. (2011), dentre as doenças de infecções mais aparentes na

prática clínica dermatológica, destacam-se as infecções fúngicas. Estas podem ser de

origem antropofílica, zoofílica ou geofílica. As antropofílicas estão unicamente

relacionadas com o homem e raramente infectando outros animais. Os zoofílicos, por

sua vez, infectam frequentemente os animais, podendo, ocasionalmente, infectar o

homem, e os geofílicos se encontram no solo, associados a material queratinizado em

decomposição, podendo infectar tanto animais como seres humanos. Já foram

apresentadas mais de quarenta espécies de dermatófitos, porém a maioria é

ocasionada por algumas dessas espécies.

A ocorrência de micoses superficiais e cutâneas resulta de vários fatores, tais

como as condições climáticas, principalmente, o clima tropical, clima esse favorável

ao desenvolvimento dos fungos, sudorese, contato prolongado com animais de

estimação, como cães e gatos, uma vez que são vistos como reservatórios para certos

dermatófitos, além de água contaminada em piscinas (SIDRIM et al., 2004; PEREIRA

et al., 2014).

De acordo com Carrão (2014), essas infecções fúngicas são cosmopolitas, afetando

cerca de 25% da população mundial, sendo considerada como o terceiro distúrbio de

pele em crianças menores de 12 anos.

A prevalência consiste mais em crianças em função da pele ser frágil e delicada e sua

estrutura ser imatura. Sendo, portanto mais susceptíveis a tal infecção. Porém, não se

tem ideia da extensão do problema, pois essas infecções não constituem doenças de

notificação compulsória. Diante disso, pretende-se averiguar a incidência de micoses

superficiais em crianças de 5 a 10 anos no município de Marcos Parente- Piauí.

METODOLOGIA

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Trata-se de uma pesquisa de coorte seccional, a qual teve início após

autorização do Comitê de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI pelo CAAE

96458518.9.0000.5210. Participaram da pesquisa crianças de 5 a 10 anos

devidamente matriculadas na rede pública de ensino do município de Marcos Parente

– Piauí. Para atender tais critérios foram inclusas na pesquisa duas escolas, os nomes

das mesmas serão preservados por questões éticas.

Inicialmentefoi realizada uma atividade educativa abordando, através de

palestra e roda de conversas, várias questões à cerca das micoses superficiais. Na

ocasião foram apresentados e entregues o TCLE para os responsáveis legais das

crianças (5 a 10 anos) e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido para as crianças

do município de Marcos Parente- Piauí. Em seguida, foi aplicado o questionário

socioeconômico e relativo a micoses superficiais aos responsáveis legais.

Após as assinaturas, fez-se uma triagem em todos os participantes averiguando a

existência de características patognomônicas de micoses superficiais em cada criança

participante da pesquisa e naqueles que apresentavam tais sinais, foi realizada a

coleta.

As coletas foram realizadas em quatro (4) dias diferentes previamente

estabelecidos, tentando abranger todos os participantes. Os procedimentos para a

coleta seguiram os devidos padrões de biossegurança necessários, desde a

identificação da lâmina com o código da criança, suas iniciais e local coletado,

seguida pela antissepsia no local sugestivo de micose, através de escarificação com

auxílio de lâmina de bisturi e pela técnica de Porto (1981), que consiste na utilização

de uma fita adesiva na área de interesse fazendo-se uma fricção sob a fita com o

auxílio de uma lâmina, em seguida, retira-se a fita e a coloca em cima da lâmina

identificada, sendo a mesma posteriormente corada com azul de metileno para

melhor visualização.

Essas amostras foram devidamente acondicionadas e levadas ao laboratório de

micologia do UNINOVAFAPI, onde realizou-se o exame direto para a identificação do

agente etiológico. Os casos positivos foram encaminhados para a Equipe de Estratégia

da Saúde da Família do município de Marcos Parente-PI para o devido

encaminhamento dos participantes e posterior tratamento dos mesmos.

A análise de dados foi realizada através do IBM SPSS STATISTICS. Esse programa

estatístico realizou a correlação entre os dados obtidos dos questionários e os obtidos

após a análise das amostras coletadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Educação de Marcos

Parente, 311 crianças na faixa etária de 5 a 10 anos encontram-se matriculadosna

rede pública de ensino do município, sendo os mesmos divididos em duas escolas.

194(62,4%) crianças participaram da pesquisa através da assinatura do TCLE pelos

responsáveis legais e do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido pelas crianças.

Apesar da realização de quatro (4) coletas em dias diferentes, 17

(5,46%)participantes não compareceram, totalizando 177(56,91%) participantes

efetivos.

Após a realização da triagem clínica, constatou-se que 31 (17,51%)

participantesapresentavam algum tipo de manifestação clínica sugestiva de micoses

superficiais, enquanto que os outros 146 (82,48%) participantes encontravam-se sem

nenhum tipo de sinal aparente (Gráfico 1).

Gráfico 1: Relação entre o total de participantes do estudo e participantes que apresentaram sinais clínicos de micoses superficiais após triagem, Marcos Parente –

Piauí, 2019.

Após a análise das amostras coletas verificou-se que 12 (38,71%) dos 31

participantes apresentaram exame direto positivo, demonstrando estruturas

fúngicasglobosas, unibrotantes, com hifas curtas e tortuosas características da

levedura Malasseziaspp, agente etiológico da pitiríase versicolor. Não houve presença

de outro tipo de micose superficial (Gráfico 2).

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Participantes

177

146

31

Amostragem Sem sinais clínicos para micoses superficiais

Com sinais clínicos para micoses superficiais

Fonte: Autoria própria

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Gráfico 2: Incidência de micoses superficiais em crianças de 05 a 10 anos. Relação entre os participantes do estudo com ausência de estruturas fúngicas e os participantes com estruturas fúngicastípicas de Malassezia spp.ao realizar o exame

direto, Marcos Parente-Piauí,2019.

Espécies de Malassezia fazem parte da microbiota da pele, encontrando-se

predominantemente nos folículos pilosos de áreas seborreicas. Com o aumento da

concentração de lipídeos, em virtude de questões imunitárias e hormonais, a

levedura modifica sua forma de saprofítica para a forma patogênica, apresentando

pseudo-hifas. Essa levedura é o agente etiológico da pitiríase versicolor (BANDEIRA;

NUNES; VANDESMET, 2016). Nesse trabalho foram encontradas nas amostras positivas

estruturas fúngicas típicas de Malassezia spp. confirmando diagnostico de pitiríase

versicolor.

Popularmente a pitiríase versicolor é conhecida como pano branco, isso em

virtude do seu agente etiológico, a Malassezia spp., produzir ácido azeláico ativando

a antitirosinase. Essa enzima inibe a produção de melanina, deixando áreas da pele

esbranquiçadas (TIAGO; CORTEZ; OLIVEIRA, 2018).

Os casos de pitiríase versicolor relatados na pesquisa podem ser explicados

por Texeira e Gripp (2014), esses autores descrevemque a maior susceptibilidade de

crianças ao contagio de micoses superficiais em relação aos adultos, se dá pelo

imaturo sistema imunológico, uma vez que o menor tempo e oportunidades de

contato com os antígenos facilita o desenvolvimento dessas enfermidades.

0

5

10

15

20

25

30

35

Participantes com sinais clínicos

31

19

12

Amostragem Ausêcia de estruturas fúngicas Estruturas fúngicas tipicas de Malassezia spp.

Fonte: Autoria própria

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Foi observado uma discreta predominância de participantes do sexo masculino

(58,33%) em detrimento do sexo feminino nos casos positivos. Quando referido ao

sitio de localização observou-se que 9 (75%) casos foram na região do dorso, 2 (17%)

na região do ombro e 1 (8%) na região do pescoço. Como apresentado no Gráfico 3.

Gráfico 3: Relação entre a quantidade de participantes com estruturas fúngicas sugestivas de Malassezia spp.e os sítios de localização das lesões, Marcos Parente-

Piauí, 2019.

Em um estudo realizadopor Laczynski e Cestari (2011), foi observado que 60%

dos casos positivos para Pitiríase versicolor eram do gênero feminino, o que contradiz

com o achado no presente estudo, onde a predominância dos casos positivos foi no

sexo masculino (58,33%).

Os principais sítios de localização são especialmente dorso, ombro e pescoço,

raramente afetando a face. No entanto, em crianças pode ocorrer em toda a área

facial e as lesões normalmente são cobertas por finas escamas (ROTTA; OTUKI;

CORRER, 2012). Esses sítios de localização são mais incidentes devido à localização

da Malassezia spp. ser no couro cabeludo.

Em seguida, as respostas dos questionários foram correlacionadas com o total

de participantes separando os que possuíam sinais clínicos e os que não possuíam.

Dessa forma, foi observado que a maioria dos responsáveis legais possuíam

escolaridade inferior ao ensino fundamental e renda per capita inferior a um salário

mínimo. Quanto às informações sobre conhecimento prévio a respeito das micoses

Dorso75%

Ombro17%

Pescoço8%

Sítios de localização

Dorso Ombro Pescoço

Fonte: Autoria própria

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superficiais, a maioria dos participantes responderam que já tinham algum tipo de

conhecimento. No entanto, 22 (15,9%) responsáveis legais afirmaram que seus filhos

possuíam algum tipo de sinal clinico de micoses, mas após a realização da triagem

clínica dessas crianças,esses sinais não foram identificados, evidenciando que os

mesmos não possuem o correto entendimento sobre o assunto. Os dados

socioeconômicos e referentes a micose superficial encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1: Relação entre as respostas fornecidas pelos responsáveis legais e a quantidade de participantes com/sem sinais clínicos para micoses superficiais,

Marcos Parente- Piauí, 2019.

Sinais clínicos

Apresentam Não apresentam

n % n %

Qual escolaridade?

Pós-Graduação 2 6,5% 3 2,1%

Graduação 1 3,2% 6 4,2%

Ensino Médio Completo 3 9,7% 39 27,5%

Ensino Médio Incompleto 3 9,7% 4 2,8%

Ensino Fundamental 5 16,1% 29 20,4%

Inferior ao Ensino Fundamental 17 54,8% 61 43,0%

Qual renda per capita?

Menos de um salário mínimo 28 90,3% 120 83,9%

Um salário mínimo 3 9,7% 22 15,4%

Dois salários mínimos 0 0,0% 1 0,7%

Quantos residentes?

Duas pessoas 1 3,3% 6 4,1%

Três pessoas 5 16,7% 28 19,3%

Quatro pessoas 11 36,7% 45 31,0%

Cinco pessoas 7 23,3% 41 28,3%

Mais de cinco pessoas 6 20,0% 25 17,2%

Quantos cômodos?

Dois cômodos 0 0,0% 2 1,4%

Três cômodos 0 0,0% 6 4,3%

Quatro cômodos 6 20,0% 31 22,0%

Cinco cômodos 11 36,7% 29 20,6%

Seis cômodos 6 20,0% 43 30,5%

Mais de Seis cômodos 7 23,3% 30 21,3%

Conhecimento prévio sobre micose superficial?

Sim 27 87,1% 102 70,8%

Não 4 12,9% 42 29,2%

Conhecimento sobre alguém com micose superficial?

Sim 26 83,9% 84 59,6%

Não 5 16,1% 57 40,4%

Quantos banhos por dia? Dois banhos 10 33,3% 31 21,8%

Três banhos 13 43,3% 84 59,2%

Quatro banhos 6 20,0% 23 16,2%

Mais de Quatro banhos 1 3,3% 4 2,8%

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Fonte: Autoria própria

A Tabela 2 expressa os resultados da correlação entre as respostas obtidas nos

questionários e os participantes que possuíam sinais clínicos distinguindo os que

possuíam estruturas fúngicas típicas de Malassezia spp. e os que não possuíam

nenhum tipo de estrutura fúngica. Foi verificado que do total de participantes que

possuíam estruturas fúngicas típicas de Malassezia spp., 8 (72,8%) dos responsáveis

legais responderam que seus filhos não possuíam nenhum tipo de sinais clínicos

sugestivos de micoses, constatando a falta de conhecimento sobre micoses

superficiais por parte dos responsáveis legais das crianças.

Tabela 2: Relação entre as respostas fornecidas pelos responsáveis legais e a quantidade de participantes com sinais clínicos que apresentaram estruturas fúngicas sugestivas deMalassezia spp.e participantes com ausência de estruturas fúngicas,

Marcos Parente- Piauí, 2019.

Estruturas fúngicas

Presente Ausente

n % n %

Qual escolaridade?

Pós-Graduação 0 0,0% 2 10,0%

Graduação 0 0,0% 1 5,0%

Ensino Médio Completo 1 9,1% 2 10,0%

Ensino Médio Incompleto 2 18,2% 1 5,0%

Ensino Fundamental 3 27,3% 2 10,0%

Inferior ao Ensino Fundamental 5 45,5% 12 60,0%

Qual renda per capita?

Menos de um salário mínimo 10 90,9% 18 90,0%

Um salário mínimo 1 9,1% 2 10,0%

Quantos residentes?

Duas pessoas 0 0,0% 1 5,0%

Três pessoas 1 10,0% 4 20,0%

Quatro pessoas 5 50,0% 6 30,0%

Possuem manchas descamativas? Sim 6 19,4% 22 15,9%

Não 25 80,6% 116 84,1%

Manchas descamativas em qual parte do corpo?

Couro cabeludo 0 0,0% 2 9,5%

Mãos 0 0,0% 1 4,8%

Pés 1 16,7% 3 14,3%

Pescoço 1 16,7% 7 33,3%

Ombros 1 16,7% 0 0,0%

Tronco 1 16,7% 1 4,8%

Membros superiores 1 16,7% 2 9,5%

Membros inferiores 0 0,0% 3 14,3%

Outra parte 1 16,7% 2 9,5%

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Cinco pessoas 2 20,0% 5 25,0%

Mais de cinco pessoas 2 20,0% 4 20,0%

Quantos cômodos?

Quatro cômodos 2 20,0% 4 20,0%

Cinco cômodos 3 30,0% 8 40,0%

Seis cômodos 4 40,0% 2 10,0%

Mais de seis cômodos 1 10,0% 6 30,0%

Conhecimento prévio sobre micose superficial?

Sim 9 81,8% 18 90,0%

Não 2 18,2% 2 10,0%

Conhecimento sobre alguém com micose superficial?

Sim 8 72,7% 18 90,0%

Não 3 27,3% 2 10,0%

Quantos banhos por dia? Dois banhos 5 45,5% 5 26,3%

Três banhos 4 36,4% 9 47,4%

Quatro banhos 2 18,2% 4 21,1%

Mais de quatro banhos 0 0,0% 1 5,3%

Possuem manchas descamativas? Sim 3 27,3% 3 15,0%

Não 8 72,7% 17 85,0%

Manchas descamativas em qual parte do corpo?

Pés 1 33,3% 0 0,0%

Pescoço 1 33,3% 0 0,0%

Ombros 1 33,3% 0 0,0%

Tronco 0 0,0% 1 33,3%

Membros superiores 0 0,0% 1 33,3%

Outra parte 0 0,0% 1 33,3%

De acordo com Tiago, Cortez, Oliveira (2018), as micoses superficiais são mais

prevalentes em regiões de clima quente em somatória com condições

socioeconômicas, higiene pessoal e a falta de informação sobre o assunto. Esses

dados conferem com os resultados obtidos. Já Laczynski, Cestari (2011) relatam em

seu estudo que não existe relação direta entre pitiríase versicolor e fatores

sociodemográficos.

Raheemet al. (2015), evidenciaram que as condições de moradia, número de

cômodos e habitantes das residências relacionam-se de forma direta com a alta

prevalência de micoses superficiais em crianças. No entanto, os achados expressos

nas Tabelas 1 e 2 no que se refere ao número de cômodos e moradores das

residências não condizem com a literatura.

Observou-se que a incidência de micoses superficiais em crianças (5 a 10 anos)

do município de Marcos Parente – PI foi de 7% com um intervalo de confiança de 2,5%

para mais ou para menos, possuindo um grau de confiança de 95%.

Fonte: Autoria própria

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CONCLUSÃO

Verificou-se que a incidência de micoses superficiais em crianças de 05 a 10

anos do município de Marcos Parente -Piauíparticipantes do estudo foi de 7%. Essa

baixa incidência pode ser justificada pelas boas condições higiênicas notadas nos

participantes do estudo durante os dias de coleta. Houve uma discreta

predominância do sexo masculino em relação ao sexo feminino nos casos positivos,

bem como a maioria das lesões encontravam-se na região dorsal.

REFERÊNCIAS

BANDEIRA, I.B.; NUNES, A.G.; VANDESMET, M.L.C.S. Malassezia sp. Uma revisão de literatura sobre os aspectos gerais. Mostra Cientifica em Biomedicina, v. 1, n. 01, jun., 2016.

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PEREIRA, C.A; SOUSA, N.M; FRANCO, P.I.R; REIS, A.F; BARBOSA, M.S. Análise das principais micoses encontradas na rotina de um laboratório de análises clínicas na cidade de Jataí, estado de Goiás, Brasil. SaBios: Revista de Saúde e Biologia. v. 9, n.1, p. 108-114, 2014.

PORTO, E. et al –Nuevo método para microcultivo de hongo. Rev. Argent. Micol., v.4, p. 24-29, 1981

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ROCHA, J; DUARTE, M.L; OLIVEIRA, P; BRITO, C. Dermatofitias no Distrito de Braga- Estudo Retrospectivo dos últimos 11 anos (1999-2009). Revista da Sociedade Portuguesa de Dematologia e Venereologia. v. 69, n. 1, p. 69-78, 2011.

ROTTA, I; OTUKI, M.F; SANCHES, A.C.C; CORRER, C.J. Eficácia de antifúngicos tópicos em diferentes dermatomicoses: uma revisão sistemática com metanálise. Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, v. 58, n. 3, 2012.

SIDRIM, J.J.C; MEIRELES, T.E.F; OLIVEIRA, L.M.P; DIÓGENES, M.J.N. Aspectos clínicos-laboratoriais das dermatofitoses. In: SIDRIM, J.J.C; ROCHA, M.F.G. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2004. Cap. 14, p. 135-161.

SOUZA, T.S; PAULA, N.C.R; SOUTO, R.C.F. PREVALÊNCIA DE Micoses Superficiais diagnosticadas em um laboratório de análises clínicas em Goiânia, Goiás. Revista Estudos. Goiânia, v. 41, n. 4, p. 855-868, 2014.

TEXEIRA, G.P.G.; GRIPP, A.C. Frequência das dermatoses nos pacientes da enfermaria de pediatria do hospital universitário Pedro Ernesto. Revista HUPE, v. 13, n. 1, p. 28-39, 2014.

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TIAGO, M.R.M.; CORTEZ, A.C.A.; OLIVEIRA, J.A.A. Pitiríase versicolor e dermatofitoses diagnosticadas entre os anos de 2006 e 2007 no laboratório de micologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus – AM. EVS, v. 45, p. 123-129, 2018.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificou-se que a incidência de micoses superficiais em crianças de 05 a 10 anos

do município de Marcos Parente - Piauí participantes do estudo foi de 7%. Essa baixa

incidência pode ser justificada pelas boas condições higiênicas notadas nos participantes

do estudo durante os dias de coleta. Houve uma discreta predominância do sexo

masculino em relação ao sexo feminino nos casos positivos, bem como a maioria das

lesões encontravam-se na região dorsal.

Vale ressaltar que há poucas publicações semelhantes à dessa pesquisa nos bancos

de dados, dificultado a execução da pesquisa. No tocante a obtenção de resultados,

houve resistência por parte de alguns responsáveis legais em consentirem com a

participação das crianças no estudo, diminuindo o valor da amostragem.

Houve uma modificação no título da pesquisa por conta que durante o

desenvolvimento do trabalho foi observado que não há artigos relacionados a micose

superficial em Marcos Parente - Piauína literatura, levando a substituição do termo

“prevalência” para ”incidência”, por este se tratar de um trabalho inédito na literatura.

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34

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THAKUR, R.; KALSI, A.S.; KUSHWAHA, P.; SINGH, P. Epidemiologyofcortico-

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APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Prezado responsável legal,

Pedimos sua aceitação para que seu filho (a):

_______________________________________________________________ participe

da pesquisa “Incidência de micoses superficiais em crianças de um município da

região Nordeste do Brasil”, desenvolvida por Isabele Castro de Aguiar e Mayara

Carvalho Ramos, discentes do curso de Graduação em Biomedicina do Centro

Universitário Uninovafapi, sob orientação da Profa. Dra. Amanda Torres Nunes.

O objetivo central do estudo é analisar as crianças na faixa etária entre 5 a 10

anos do município de Marcos Parente-PI, averiguando se elas possuem sinais clínicos

de micoses superficiais e quais os respectivos agentes etiológicos.

O convite para seu consentimento visa averiguar a prevalência de micoses

superficiais em crianças e identificar o seu conhecimento a respeito de tais

enfermidades. O seu aceite é de suma importância.

Sua colaboração é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena

autonomia para decidir se quer ou não permitir a participação de seu filho (a), bem

como retirar seu aceite a qualquer momento. Você não será penalizado caso decida não

aceitar a participação de seu filho (a) na pesquisa ou, tendo aceitado, desistir desta.

Serão garantidas a confidencialidadee a privacidade das informações por você

prestadas.

Qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados

da pesquisa e o material será armazenado em local seguro. A qualquer momento,

durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do pesquisador informações

sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através dos meios de

contato explicitados neste termo.

Sua participação se dará em total anonimato em que sua identidade e de seu filho

(a) ficarão em sigilo, somente com os pesquisadores, e o material coletado, por meio

dos questionários e das amostras biológicas, será armazenado em local seguro.

Os riscos que podem decorrer do seu aceite são mínimos: constrangimento ao

responder o questionário, possível incômodo no local da coleta da amostra biológica,

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38

insegurança quanto ao sigilo das informações pessoais coletadas e/ou receio da crítica

por parte dos pesquisadores.

A sua participação consistirá em responder ao pesquisador desta pesquisa um

questionário com aspectos socioeconômicos e relativo a micoses superficiais. Seu filho

(a) será submetido(a) à coleta de amostras biológicas para posterior análise.

Anteriormente à coleta, será realizada uma antissepsia do local com álcool e gaze. Após

essa etapa, será realizada uma escarificação da área de interesse, com lâmina ou bisturi

ou, dependendo da suspeita clínica, pode-se utilizar como método a fricção de uma

lâmina sobre uma fita adesiva anteriormente fixada sobre a mancha a ser analisada,

sendo coletadas as escamas de pele provenientes.

O tempo previsto que você gastará respondendo o questionário será de trinta minutos,

não sendo imposto pelo pesquisador tempo máximo de resposta para cada

questionamento. Já a coleta das amostras biológicas, será realizada, no máximo, em

trinta minutos. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo por, pelo

menos, 5 anos, mas somente os pesquisadores e a orientadora terão acesso, conforme

Resolução 466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI.

Este estudo poderá trazer a você benefícios diretos, como o entendimento sobre

micoses superficiais, o diagnóstico prévio de seu filho (a) a respeito de tais patologias

e,em casos positivos, o encaminhamento para a UBS do município.

Este estudo também poderá ter benefícios indiretos, uma vez que os resultados

deste estudo evidenciarão a prevalência dos casos de micoses superficiais e seus agentes

etiológicos em crianças do município de Marcos Parente- PI, os quais poderão ser

divulgados em meios científicos.

Os resultados serão divulgados somente em artigos científicos, congressos e na

dissertação/tese de conclusão de curso.

Ressalta-se que os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de

dano, previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no

estudo, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização, conforme itens

III.2.0,IV.4.c, V.3, V.5 e V.6 da Resolução CNS 466/12.

Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o

Comitê de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua Vitorino Orthiges

Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel - (086) 2106-0738,

e-mail: [email protected]..

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39

O Comitê de Ética em Pesquisa é a instância que tem por objetivo defender os

interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir

no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma, o comitê tem o

papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os

princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não

maleficência, da confidencialidade e da privacidade”.

___________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador Responsável

RG/CPF

____________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador Participante

RG/CPF

____________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador Participante

RG/CPF

Pesquisador Responsável: Amanda Torres Nunes. End.: Rua Vitorino Orthiges

Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel – (86) 99452-5354.

E-mail: [email protected].

Marcos Parente-PI, Brasil, _____/_____/2019

Declaro que entendi os objetivos e condições de meu aceite na pesquisa e

concordo que meu filho (a) participe.

_________________________________________

(Assinatura do responsável legal pelo participante da pesquisa)

Nome legível do participante:

RG e CPF:

Atenção: Este Termo de Consentimento será composto de duas vias: uma será entregue

a você como responsável legal, e a outra será arquivada juntamente com o material

coletado sob a responsabilidade dos pesquisadores envolvidos.

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APÊNDICE B

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) aluno (a),

Pedimos sua participação na seguinte pesquisa “Incidência de micoses

superficiais em crianças de um município da região Nordeste do Brasil”,

desenvolvida por Isabele Castro de Aguiar e Mayara Carvalho Ramos, alunas do

curso de Graduação em Biomedicina do Centro Universitário Uninovafapi, sob

orientação da Profa. Dra. Amanda Torres Nunes.

O objetivo central do estudo é analisar as crianças em idade de 5 a 10 anos do

município de Marcos Parente -PI, observando se elas possuem manchinhas no corpo e

seus causadores.

Estamos convidando-o, pois você se encontra na idade para estudo. A sua

participação é muito importante.

Sua colaboração é voluntária e você tem livre escolha para decidir se quer ou

não participar da pesquisa, ou desistir a qualquer momento. Você não será castigado

caso decida não aceitar participar da pesquisa ou, se tiver aceito, desistir. Garantimos

guardar em segredoas informações dadas por você.

Qualquer informação que possa identificá-lo será escondida na divulgação dos

resultados da pesquisa e o material será guardado em local seguro. A qualquer

momento, no período da pesquisa, ou depois, você poderá pedir para as pesquisadoras

informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através

dos meios de contato que se encontram no final deste termo.

Sua participação ficará em total segredo, seu nome não aparecerá. Somente os

pesquisadores vão saber e o material coletado será guardado em local seguro.

Os riscos que podem acontecer são mínimos: possível dor no local da coleta da

amostra de pele, ter medo se serão guardadas suas informações.

Se você aceitar participar, iremos limpar o local da manchinha com álcool e

gaze, depois passaremos a lâmina, ou colocaremos uma fita adesiva sobre a sua mancha

e com a lâmina faremos movimento de vai e vem.

O tempo previsto para a coleta das amostras de pele será de, no máximo, trinta

minutos. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo por, pelo menos,

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5 anos, mas somente os pesquisadores e a orientadora terão acesso, conforme Resolução

466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI.

Este estudo poderá trazer a você benefícios, como o entendimento sobre micoses

superficiais, o resultado do exame realizado. Se for positivo, seus pais o levarão para a

UBS da sua cidade.

Este estudo também poderá gerar como benefícios o conhecimento geral sobre a

quantidade de casos de micoses superficiais e seus causadores em crianças do município

de Marcos Parente- PI.

Os resultados serão mostrados somente em artigos científicos, congressos e na

dissertação/tese de conclusão de curso, sendo que seu nome não será informado.

Caso você tenha alguma ferida após a coleta das amostras de pele, ou seu nome for

informado, você terá direito aos cuidados médicos e direito à indenização, conforme

itens III.2.0,IV.4.c, V.3, V.5 e V.6 da Resolução CNS 466/12.

Em caso de dúvida quanto à realização ética do estudo, seus pais poderão entrar em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua

Vitorino Orthiges Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel -

(086) 2106-0738, e-mail: [email protected]..

O Comitê de Ética em Pesquisa tem por objetivo defender os interesses dos

participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no

desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma, o comitê tem o

papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os

princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não

maleficência, da confidencialidade e da privacidade”.

___________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador Responsável

RG/CPF

____________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador Participante

RG/CPF

____________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador Participante

RG/CPF

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Pesquisador Responsável: Amanda Torres Nunes. End.: Rua Vitorino Orthiges

Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel – (86) 99452-5354.

E-mail: [email protected].

Marcos Parente-PI, Brasil, _____/_____/2019

Ao pintar este desenho, declaro que entendi os objetivos e condições da minha

participação nesta pesquisa.

Nome legível do participante:

RG e CPF:

Atenção: Este Termo de Consentimento será composto de duas vias: uma será entregue

a você e a outra será arquivada, juntamente com o material coletado sob a

responsabilidade dos pesquisadores envolvidos.

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APÊNDICE C

Questionário Socioeconômico e Relativo a Micoses Superficiais Aplicado aos

Responsáveis Legais

O presente questionário é um dos instrumentos de coleta de dados da pesquisa

“Incidência de micoses superficiais em crianças na faixa etária entre 5 a 10 anos de

um município da região Nordeste do Brasil”, desenvolvida por Isabele Castro de

Aguiar e Mayara Carvalho Ramos, discentes do curso de Graduação em Biomedicina

do Centro Universitário Uninovafapi, sob orientação da Profa Dra. Amanda Torres

Nunes.

1. Iniciais:_________________________ 2. Data de nascimento:___/___/_____

3. Sexo:( ) Feminino ( )Masculino

4. Escolaridade: () Pós-Graduação ( ) Graduação ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino

Médio Incompleto ( ) Ensino Fundamental ( )___________________

5. Renda per capita (por pessoa):( ) Menos de um salário mínimo ( ) Um salário mínimo

( ) Dois salários mínimos ( ) Três ou mais salários mínimos

6. Quantas pessoas residem em sua casa?

( ) 2 ( )3 ( )4 ( )5 ( ) ____

7. Quantos cômodos têm em sua casa?

( ) 2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( ) ____

8. Quantos filhos (as) você tem?

( ) 1 ( )2 ( )3 ( ) ____

8.1. Em quais idades?

____________________________________________________________________________

1. Antes de participar dessa pesquisa você já tinha conhecimento sobre alguma micose

superficial?

( ) Sim ( ) Não

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1.1.Se você respondeu sim ao item anterior, de que forma você ficou sabendo?

( ) Profissionais da Saúde ( ) Jornais ( ) Revistas ( ) Redes Sociais ( ) Televisão ( ) Amigos (

) Outros

2. Você conhece alguém que teve/tem micose superficial (alguma mancha tipo “pano

branco” ou “impinge”)?

( ) Sim ( ) Não

2.1.Caso sim, quem?

____________________________________________________________________________

2.2.Essa pessoa procurou o posto de saúde ou fez tratamento?

( ) Sim ( ) Não ( )Não sei responder

3. Quantos banhos seus filhos (as) tomam por dia?

( ) 1 ( ) 2 ( )3 ( ) 4 ( ) _____

4. Seus filhos(as) possuem manchas descamativas (manchas que saem a pele)?

( ) Sim ( ) Não

4.1.Se você respondeu sim no item anterior, em que parte do corpo era a mancha?

( ) Couro cabeludo(cabeça) ( ) Mãos ( ) Pés ( ) Pescoço ( ) Ombros( )Tronco(barriga ou

costas)

( ) Membros Superiores(braços) ( ) Membros Inferiores (pernas) ( ) Outros

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ANEXO I

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ANEXO II

-

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ANEXO III

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ANEXO IV

Normas para Submissão na Revista

A Revista Interdisciplinar publica artigos originais, revisões, relatos de casos,

resenhas e página do estudante, nas áreas da saúde, ciências humanas e tecnológicas.

Artigos originais: são contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa

original inédita. Digitados (Trebuchet MS 11) e impressos em folhas de papel A4 (210

X 297 mm), com espaço 1,5 margem superior e esquerda de 3,0 cm e inferior e direita

de 2,0 cm, perfazendo um total de no mínimo 15 páginas e no máximo 20 páginas para

os artigos originais (incluindo em preto e branco as ilustrações, gráficos, tabelas,

fotografias etc). As tabelas e figuras devem ser limitadas a 5 no conjunto. Figuras serão

aceitas, desde que não repitam dados contidos em tabelas. Recomenda-se que o número

de referências bibliográficas seja de, no máximo 20. A estrutura é a convencional,

contendo introdução, metodologia, resultados e discussão e conclusões ou

considerações finais.

A Revista Interdisciplinar recomenda que os trabalhos sigam as orientações das Normas

da ABNT para elaborar lista de referências e indicá-las junto às citações.

Os manuscritos deverão ser encaminhados somente pelo sistema eletrônico, com fonte

Trebuchet tamanho 11.

Página de identificação: título e subtítulo do artigo com máximo de 15 palavras

(conciso, porém informativo) nos três idiomas (português, inglês e espanhol); nome

do(s) autor(es), máximo 06 (seis) indicando em nota de rodapé o(s) título(s)

universitário(s), cargo(s) ocupado(s), nome da Instituição aos quais o trabalho deve ser

atribuído, Cidade, Estado e endereço completo incluindo o eletrônico do pesquisador

proponente.

Resumos e Descritores: o resumo em português, inglês e espanhol, deverá conter de

100 a 150 palavras em espaço simples, com objetivo da pesquisa, metodologia,

principais resultados e as conclusões. Deverão ser destacados os novos e mais

importantes aspectos do estudo. Abaixo do resumo, incluir 3 a 5 descritores alusivos à

temática. Apresentar seqüencialmente os três resumos na primeira página incluindo

títulos e descritores nos respectivos idiomas.

Ilustrações: as tabelas devem ser numeradas consecutivamente com algarismos

arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Os quadros são identificados como

tabelas, seguindo uma única numeração em todo o texto. O mesmo deve ser seguido

para as figuras (fotografias, desenhos, gráficos, etc). Devem ser numeradas

consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto.

Notas de Rodapé: deverão ser indicadas em ordem alfabética, iniciadas a cada página e

restritas a no máximo 03 notas de rodapé por artigo.

Depoimentos: seguir as mesmas regras das citações, porém em itálico. O código que

representa cada depoente deve ser apresentado entre parênteses e sem grifo.

Citações no texto: ABNT

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ANEXO V

CERTIDÃO DE REVISÃO ORTOGRÁFICA

Certifico por expressão da verdade que o trabalho intitulado: “Incidência de

micoses superfíciais em crianças na faixa etária de 05 a 10 anos de um

município da região nordeste do Brasil” das acadêmicas de Biomedicina:

Isabele Castro de Aguiar e Mayara Carvalho Ramos sob orientação da

professora Dra. Amanda Torres Nunes foi por mim realizada a revisão

ortográfica de acordo com a norma culta da lingua portuguesa praticada no

território brasileiro. Eu Maria de Nasaré da Silva Ribeiro ratifico e dou fé às

informações supracitadas.

Teresina (PI) 30/05/2019

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ANEXO VI